CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS-UNILESTEMGDEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS
Curso de Engenharia Mecânica
WILIAN MARCOS SOUZA
RAFAEL SANTOS DE BRITO
BERNARDO LIMA
RODRIGO RAMOS DE SOUZA
MARCO ANTÔNIO TEIXEIRA GONÇALVES
TÍTULO DO TRABALHO: “Energia Eólica”
SUBTÍTULO “Importância energética”
Coronel Fabriciano-MG
2011WILIAN MARCOS SOUZA
RAFAEL SANTOS DE BRITO
BERNARDO LIMA
RODRIGO RAMOS DE SOUZA
MARCO ANTÔNIO TEIXEIRA GONÇALVES
TÍTULO DO TRABALHO: “Energia Eólica”
SUBTÍTULO “Importância energética”
Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia
Mecânica do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais,
como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina
Máquinas Térmicas.
Área de concentração: Energia
Orientador: Jorge Sussumu Yamana
Coronel Fabriciano-MG
2011
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Moinho.................................................................................................................................9
FIGURA 2 - Aerogeradores.......................................................... ...........................................................9
FIGURA 3 - Conservação em energia mecânica....................................................................................10
FIGURA 4 - Conservação em energia elétrica .......................................................................................11
FIGURA 5 - Consevação em energia elétrica – Parque Eólico..............................................................11
FIGURA 6 - Aerogerador – Funcionamento..........................................................................................12
FIGURA 7 - Esquema do Processo.........................................................................................................14
FIGURA 8 - Turbina Eólica – Eixo Horizontal......................................................................................15
FIGURA 9 - Aerogerador vertical – Tipo Savonius...............................................................................17
FIGURA 10 - Aerogerador vertical – Tipo Darrieus..............................................................................17
FIGURA 11 - Avanços tecnológicos – Instalação em alto mar..............................................................19
FIGURA 12 - Duas turbinas geradoras na Dinamarca............................................................................22
LISTA DE GRÁFICOS, TABELAS E QUADROS
QUADRO 1 – Distribuição da área de cada continente segundo a velocidade média do vento.............13
QUADRO 2 – Capacidade de produção de energia eólica em 2009 no mundo......................................23
RESUMO
Com a falta cada vez mais evidente dos recursos naturais do planeta, a água é um bom exemplo
disso, buscar outras formas de geração de energia tem sido priorizado por empresas do Brasil e
do mundo.
A obtenção desta energia, através dos ventos, que é uma fonte inesgotável, tem aumentado em
grande significância, de uns anos pra cá, especificamente a partir de 1970, em função da crise do
petróleo.
Hoje, existem mais de 30.000 turbinas de vento no mundo, com capacidade de 13.000 MW. Esta
energia será responsável, por volta de 2020, entre 5% a 15% da demanda de eletricidade, hoje
este consumo é de 0,1%.
A partir de 1995, o crescimento foi ainda maior, com taxa de 29% ao ano, mostrando sua
importância, principalmente ambiental, para um futuro mais limpo, com energia abundante e
renovável.
É uma forma antiga de geração de energia. Na Europa, no século XII, os ventos serviam para
moagem dos grãos.
Palavras-chave: Energia Eólica, crescimento, permanente, renovável e limpa.
ABSTRACT
With the lack more and more evident of the natural resources of the planet, the water is a good example
of that, to look for other forms of generation of energy has been prioritized by companies of Brazil and
of the world.
The obtaining of this energy, through the winds, that it is an inexhaustible source, has been increasing
in great significancia, of one years for here, specifically starting from 1970, in function of the crisis of
the petroleum.
Today, they exist more than 30.000 wind turbines in the world, with capacity of 13.000 MW. This
energy will be responsible, about 2020, among 5% to 15% of the demand of electricity, today this
consumption is of 0,1%.
Starting from 1995, the growth was still larger, with tax of 29% a year, showing his/her importance,
mainly environmental, for a cleaner future, with abundant and renewable energy.
It is an old form of generation of energy. In Europe, in the century XII, the winds were for grinding of
the grains.
Keywords: Wind Energy, growth, permanent, renewable and clean.....................................
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................8
2 REVISÃO BILBIOGRÁFICA..........................................................................................................10
2.1 Energia Mecânica............................................................................................................................10
2.2 Energia Elétrica...............................................................................................................................11
2.3 Funcionamento................................................................................................................................12
2.3.1 Eixo Horizontal e Vertical..........................................................................................................15
2.3.1.1 Eixo Horizontal...........................................................................................................................15
2.3.1.2 Eixo Vertical...............................................................................................................................16
2.4 Avanços Tecnológicos....................................................................................................................18
2.4.1 Custo de Produção.........................................................................................................................18
2.5 Aplicações dos Sistemas Eólicos....................................................................................................19
2.6 Energia Eólica no Brasil..................................................................................................................20
2.7 Energia Eólica no Mundo................................................................................................................21
2.7.1 Energia Eólica na Dinamarca.........................................................................................................21
2.7.2 Energia Eólica na França...............................................................................................................22
2.7.3 Energia Eólica nos Estados Unidos...............................................................................................23
2.8 Vantagens/Desvantagens................................................................................................................24
3 CONCLUSÃO....................................................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................26
9
1 INTRODUÇÃO
Desde os tempos antigos que utilizamos a energia dos ventos. Há mais de 5 mil anos, os
Egípcios usavam o vento para navegar no Rio Nilo. Depois, construíram moinhos de vento para moer o
trigo e outros grãos. Os moinhos de vento (ver figura 1), mais antigos conhecidos existiam na Pérsia.
Esses primeiros moinhos, assemelhavam-se a grandes rodas de remos. Séculos depois, a população da
Holanda melhorou o desenho básico do moinho. Deram-lhe pás tipo hélice, ainda feitas com velas. A
Holanda é famosa pelos seus moinhos de vento.
A falta de petróleo da década de 1970 modificou o panorama da energia para o mundo. Criou-se
um interesse em fontes de energia alternativas, abrindo o caminho para a reentrada do moinho de vento
para gerar eletricidade. No início da década de 1980 a energia eólica disparou realmente, em parte por
causa de medidas que estimularam fontes de energia renováveis. O apoio para o desenvolvimento do
vento aumentou desde então em todo o mundo.
Diante da necessidade energética atual, as perspectivas da utilização da energia eólica são cada
vez maiores no panorama energético geral, pois apresentam um custo reduzido em relação a outras
opções de energia.
Os campeões de uso dos ventos são a Alemanha, a Dinamarca e os Estados Unidos, Índia e a
Espanha.
FIGURA 1 - Moinho FIGURA 2 - Aerogerador Fonte: www.ecodebate.com.br Fonte:www.comerc.com.br
10
FIGURA 3 - Conservação em energia MecânicaFONTE: FLICKR.COM
2 REVISÃO BILBIOGRÁFICA
2.1 Energia Mecânica
O vento sofre uma ação lateral ao bater na vela do barco (ver figura 3), fazendo com que este se
movimente.
Este é um exemplo clássico da conservação de energia mecânica. Desde a antiguidade, na
Europa, por volta do século XII, os moinhos utilizavam os ventos para moagem de grãos.
Este vento, ao bater nas pás, se transformam em energia mecânica. Era usado também para
bombeamento de água de grandes canais ou plantações.
Os moinhos eram utilizados para fabricação de farinha nos países baixos.
11
FIGURA 4 - Conservação em Energia ElétricaFONTE: redebrasilatual.com.br
FIGURA 5 - Conservação em Energia Elétrica Parque EólicoFONTE: redebrasilatual.com.br
2.2 Energia Elétrica
O vento gira as pás de uma turbina de vento (como um brinquedo de pinhão de espigas
grande). Este dispositivo é chamado de turbina de vento e não um moinho de vento. Um moinho de
vento é usado para bombear a água.
As pás da turbina são atadas a um cubo da roda que é montado num cabo giratório. O cabo atravessa
uma caixa de transmissão de engrenagem onde a velocidade é aumentada. A transmissão é atada a um
cabo de alta velocidade que move um gerador que faz eletricidade.
Um aerogerador é um dispositivo que aproveita a energia eólica e a converte em energia elétrica
(ver figuras 4 e 5).
12
FIGURA 6 – Aerogerador - FuncionamentoFONTE: Sandia, 2006
2.3 Funcionamento
O potencial eólico de uma determinada região, requer estudos climáticos, com coleta de dados
periódicos, principalmente em relação a velocidade dos ventos.
Essa coleta deve ser feita em aeroportos, estações metereológicas e aplicações similares que
podem auxiliar e prever o real potencial eólico bruto e teórico de uma região.
Estudos feitos pela Organização Mundial de Meteorologia, mostram que para uma região ser
considerada aproveitável, a densidade tem que ser maior ou igual a 500 W/m a uma altura de 50
metros, com velocidade mínima de 7 a 8 m/s.
13
QUADRO Nº1 - Distribuição da área de cada continente, segundo a velocidade média do ventoFONTE: GRUBB, M. J; MEYER, N. I. Washington, D.C.: Island Press, 1993. p.
Foi comprovado que em apenas 13% da terra o vento consegue chegar a 7 m/s na altura de 50
metros.
O potencial maior de vento é na América do Norte com 15% e na Europa Ocidental 22%, como
conforme mostrado no quadro nº1.
14
FIGURA 7 – Esquema do ProcessoFONTE: CENTRO BRASILEIRO DE ENERGIA EÓLICA
15
FIGURA 8 – Turbina eólica – eixo horizontalFONTE: CBEE, 2000
2.3.1 Eixo Horizontal e Vertical
2.3.1.1 Eixo Horizontal
Um aerogerador é um gerador elétrico integrado ao eixo de um cata-vento e que converte
energia eólica em energia elétrica. É um equipamento que tem se popularizado rapidamente por ser
uma fonte de energia renovável e não poluente.
Mas a energia eólica é ainda muito pequena em relação ao consumo mundial de eletricidade.
Os rotores de eixo horizontal (ver figura 8), são os mais conhecidos e os mais utilizados
pela sua maior eficiência, compensando o seu custo maior.
O uso de aerogeradores tem algumas restrições técnicas:
Nas proximidades dos parques eólicos é detectada poluição sonora, devido ao ruído
produzido. Alguns também consideram a poluição visual.
16
Os lugares mais apropriados para sua instalação coincidem com as rotas das aves
migratórias, o que faz com que centenas de pássaros possam morrer ao chocar contra as suas hélices.
Os aerogeradores só podem ser instalados de forma rentável em áreas de vento constante.
As primeiras turbinas eólicas desenvolvidas em escala comercial tinham potências nominais
entre 10 Kw e 50 Kw. No início dos anos 90, a potência das máquinas aumentou para a faixa de 100
Kw a 300 Kw. Em 1995, a maioria dos fabricantes de grandes turbinas ofereciam modelos de 300 Kw a
750 Kw.
Em 1997, foram introduzidas comercialmente as turbinas eólicas de 1 MW e 1,5 MW, iniciando
a geração de máquinas de grande porte. Em 1999 surgiram as primeiras turbinas eólicas de 2 MW e
hoje existem protótipos de 3,6 MW e 4,5 MW sendo testados na Espanha e Alemanha. Atualmente,
existem mais de 1000 turbinas eólicas com potência nominal superior a 1 MW em funcionamento no
mundo.
2.3.1.2 Eixo Vertical
Os rotores de eixo vertical são geralmente mais baratos que os de eixo horizontal, pois o gerador
não gira seguindo a direção do vento, apenas o rotor gira enquanto o gerador fica fixo, mas seu
desempenho é inferior.
O rotor do tipo Savonius (ver figura 9), é um dos mais simples, é movido principalmente pela
força de arrasto do ar, sua maior eficiência se dá em ventos fracos e pode chegar a 20%.
17
FIGURA 9 – Aerogerador vertical - Tipo SavoniusFONTE: Birdlife Internacional
FIGURA 10 – Aerogerador vertical - Tipo DarrieusFONTE: Birdlife Internacional
O rotor do tipo Darrieus (ver figura 10), é constituído por 2 ou 3 pás (como as dos helicópteros),
funciona através de força de sustentação tendo assim uma eficiência melhor que a do rotor Savonius,
podendo chegar a 40% em ventos fortes.
18
2.4 Avanços Tecnológicos
A maioria dos projetos está localizada na Alemanha, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos e
Índia. Os avanços tecnológicos dos últimos cinco anos têm colocado a energia eólica em posição de
competir, em um futuro próximo, com as tecnologias de geração de energia convencionais.
Na década passada, aerogeradores eram equipamentos que chegavam a uma potência de 250 a
500 Kw, com diâmetro do rotor de 50m e altura de torre de 50m. Hoje, eles são produzidos em escala
industrial e chegam a 3.000 Kw, com diâmetro de rotor de 100m e altura de torre também de 100m. O
mercado já atua com protótipos de 4.500 Kw de potência, diâmetro de 100m e torre de 120m. Quando
essas máquinas se tornarem comercialmente viáveis, uma única turbina poderá alimentar cerca de 21
mil consumidores residenciais, o equivalente a um conjunto habitacional de 4.200 residências.
A energia eólica é uma energia renovável e de baixo impacto ambiental. Não existem
emissões de gases na geração, rejeitos efluentes e tampouco consumo de outros bens naturais como a
água. Para se ter uma idéia de ocupação de solo, o equipamento ocupa 1% da área da usina eólica, e o
restante pode ser ocupado por lavoura ou pastagem, sem transtornos para animais ou plantas. Pode-se
morar a uma distância de 400 metros das usinas eólicas sem que seu ruído cause danos ou perturbações
ao ser humano.
2.4.1 Custo de Produção
O custo de produção de eletricidade pela ação do vento na Europa diminuiu nos últimos 15
anos aproximadamente em 80%. Ao mesmo tempo, a capacidade instalada aumentou enormemente,
desde menos de 100 MW até 34.400 MW em 2004. Estas reduções de custo tão importantes foram
conseguidas graças ao desenvolvimento de turbinas eólicas mais seguras, mais eficientes e mais trocas,
em combinação com a produção de turbinas maiores e com uma expansão do mercado. Durante os
últimos dez anos o preço das turbinas eólicas diminuiu em 5% cada ano, enquanto que o rendimento
aumentou em 30%. Outra circunstância é o aumento de capacidade das máquinas, que se multiplicou
por um fator de 10 nos últimos dez anos.
19
FIGURA 11 – Avanços Tecnológicos – Instalação em alto mar FONTE: PROCOBRE.ORG
2.5 Aplicações dos Sistemas Eólicos
Sistemas isolados - São todos os sistemas que se encontram privados de energia elétrica
proveniente da rede pública. Estes sistemas armazenam a energia do aerogerador em baterias
estacionárias, que permitem consumir energia nas temporadas em que não se verifique vento, evitando
que a energia elétrica falhe quando o aerogerador pára. Mas para se poder consumir a energia que o
aerogerador produz tem-se que a alterar, pois as tensões produzidas não são compatíveis com os
aparelhos domésticos ou industriais, visto que a corrente produzida é contínua e a corrente pretendia é
alternada. Para isso é usado um inversor senoidal de corrente, que faz isso mesmo, transforma a
corrente contínua em corrente alterna. Este aparelho designa-se por senoidal porque a energia
consumida (na Europa) refere-se a 230 V e 50 Hz (para baixa tensão) ou 400 V 50 Hz (para alta
tensão). Estes 50 Hz, quando analisados no osciloscópio revelam um gráfico com uma forma de seno.
É esta a função de um inversor, converter para estes 50 Hz de forma a obtermos energia elétrica igual à
dos requisitos dos equipamentos.
20
Sistemas híbridos - São todos os sistemas que produzem energia elétrica em simultâneo com
outra fonte eletroprodutora. Esta fonte poderá ser de origem fotovoltaica em geradores elétricos de
diesel/biodiesel, ou qualquer outra fonte eletroprodutora. Nestes sistemas temos o mesmo
funcionamento que nos sistemas isolados, a única alteração é que o carregamento das baterias
estacionárias é feito por mais do que um gerador.
Sistemas de injeção na rede - São todos os sistemas que inserem a energia produzida por eles
mesmos na rede elétrica pública. Neste caso, a maioria dos aerogeradores são os de alta tensão. Só uma
pequeníssima minoria da totalidade de aerogeradores instalados para este fim é deste tipo, pois a
potência injetada na rede é muito menor que um aerogerador de alta tensão.
Uma recente abordagem, ainda em desenvolvimento para a exploração da energia eólica, propõe
uma forma inovadora de aproveitar a energia do vento a grandes altitudes.
Este sistema adota um par de bolas que se movem horizontalmente a uma altitude de 800
metros. Os cabos transmitem movimento rotativo para uma plataforma em terra. Cada bola tem uma
vela. As duas bolas se deslocam alternadamente, com a bola vela chama mais aberta com a bola vela
fechada e, portanto, a situação se inverte. O movimento do cabo vem utilizado para ligar um gerador
para produzir eletricidade.
2.6 Energia Eólica no Brasil
Apesar de vários trabalhos e pesquisas científicas realizadas nas décadas de 70 e 80 a geração
de energia a partir de turbinas eólicas no Brasil teve início apenas em julho de 1992, com a instalação
de uma turbina de 75 Kw na ilha de Fernando de Noronha, através de iniciativa pioneira do Centro
Brasileiro de Energia Eólica - CBEE, na época conhecido como Grupo de Energia Eólica da
Universidade Federal de Pernambuco.
Em 2008, a capacidade instalada no Brasil era de 341 MW, com instalações eólicas de grande
porte nos estados do Ceará, Pernambuco, Minas Gerais e Paraná.
Em 2009, a capacidade aumentou para 744 MW (0,38% da produção mundial).
21
O alto custo da produção de energia, juntamente com as vantagens da energia eólica como uma
fonte de energia renovável, amplamente disponível, tem levado vários países a estabelecer incentivos
regulamentando e dirigindo investimentos financeiros para estimular a geração de energia eólica.
Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22 MW em
2003 para 744 MW em 2009, como parte dos 36 projetos privados. Outros 10 projetos estão em
construção, com uma capacidade de 256,4 MW, e 45 outros projetos foram aprovados pela ANEEL,
com um potencial estimado de 2140 MW.
O desenvolvimento destas fontes de energia eólica no Brasil está ajudando o país a alcançar
seus objetivos estratégicos de aumentar a segurança energética, reduzir as emissões de gases de efeito
estufa criando empregos. O potencial para este tipo de geração de energia no Brasil poderia chegar a
até 145.000 MW, segundo o Relatório de Potencial de Energia Eólica de 2001 do Centro de Pesquisas
de Energia Elétrica (Cepel).
2.7 Energia Eólica no Mundo
2.7.1 Energia Eólica na Dinamarca
A Dinamarca investiu, neste 15 anos, mais em energia elétrica que qualquer outro país europeu. Isto é
decorrente da longa tradição da utilização do vento como forma de energia. A primeira turbina que
gerou eletricidade foi construída em 1891. O programa energético dinamarquês de hoje ainda faz parte
do estabelecido em 1976. O principal objetivo deste é fazer a Dinamarca menos dependente de
suprimento de energia importada. Conseqüentemente, argumentos em defesa do meio ambiente estão
sendo levados em conta.
22
FIGURA 12 – Duas Turbinas geradoras de 630 Kw, cada, localizada perto de Nibe, DinamarcaFONTE: www.fem.unicamp e www.eren.doe.gov/wind
2.7.2 Energia Eólica na França
O principal impasse da expansão na utilização de energia eólica na França tem sido o poder
público que não deseja dividir com empresas privadas e pagar uma tarifa comparável ao custo de
geração de energia elétrica.
Életricité de France (EDF), controla toda demanda para o mercado. Depois de uma iminente
falta de energia durante a década de 80, a França reinaugurou um pequeno projeto de implantar a
utilização de energia eólica durante o começo dos anos 90. A mudança chegou a tempo, justamente
quando a França enfrentava a constante pressão da Comunidade Européia para abrir o seu mercado de
eletricidade para competição e o surgimento de novas questões relativas à dependência da energia
nuclear.
O programa desenvolvido pela Agence de l'Environnement et de la Maîtrise de l'Énergie
(ADEME), estava concentrada no uso de pequenas turbinas geradas à diesel que se localizavam no
além mar da costa francesa, em áreas remotas no continente Francês, e duas usinas eólicas interligadas
com as linhas de EDF.
23
QUADRO Nº2 – Capacidade de produção em 2009 de Energia Eólica no mundoFONTE: GRUBB, M. J; MEYER, N. I. Washington, D.C.: Island Press, 1993. p.
Apenas 2,5 MW foram instalados até 1994, a maioria na primeira usina eólica francesa.
Localizada em Port-la-Nouvelle no Sul da França a pequena usina de apenas 5 turbinas rende 5,1
milhões de kWh de produção anual. Seguindo a instalação de uma turbina na costa de Dunkerque no
começo de 1990, um segundo projeto seria completado em 1995 perto da fronteira com a Bélgica.
Como o projeto atual da França se baseia na utilização de energia atômica e como muitos dos
núcleos geradores de energia atômica estão perto do seu tempo de vida útil, a EDF terá que mudar o
seu projeto de energia, ou senão, terá que investir em um novo projeto de elevado custo na construção
de usinas nucleares.
2.7.3 Energia Eólica nos Estados Unidos
A energia eólica é muito difundida nos EUA, são recursos que se distribuem desde o nível menos
classificado até a mais alta classificação. Como exemplo tem-se Dakota do Norte, que sozinha, possui a
capacidade de produzir energia que conseguiria suprir 36% da eletricidade de 48 estados.
Alguns projetos que estão em andamento nos EUA atingiram uma meta que é muito importante para o
desenvolvimento futuro da utilização da energia eólica, conseguiu diminuir drasticamente o custo do
kWh, que variam de 3,9 centavos (em algumas usinas nos Texas) a 5 centavos ou mais (no Pacífico
Noroeste). Estes custos são similares de muitas formas convencionais de geração de energia, e se
espera que tais custos diminuam ainda mais em um intervalo de 10 anos.
Atualmente a energia eólica é responsável por apenas 1% de toda energia produzida no país. O
Departamento de Energia espera um aumento de 600% na utilização de energia eólica nos próximos 15
anos. Espera-se que no meio do próximo século o vento possa ser responsável por 10% de toda energia
norte-americana, o mesmo que a parcela produzida pela energia hidrelétrica.
Capacidade instalada de produção de energia eólica no final de 2009
País EUA Alemanha China Espanha Índia Itália FrançaReino Unido
Portugal Brasil
MW 35.159 25.777 25.104 19.149 10.926 4.850 4.492 4.051 3.535 744% 22,3 16,3 15,9 12,1 6,9 3,1 2,8 2,6 2,2 0,7
24
2.8 Vantagens/Desvantagens
Vantagens
Gera turismo a comunidades locais;
Preserva recursos hídricos;
Não produz emissões perigosas de gases;
É completamente renovável e muito eficiente;
Compensa as emissões de outras fontes de energia, reduzindo nossa contribuição para as
alterações climáticas globais.
Pode desenvolver o terreno e as comunidades rurais;
É uma fonte mais econômica da nova geração de eletricidade em grande escala;
É uma alternativa de receita a agricultores que arrendem suas terras.
Desvantagens
Impacto visual na paisagem;
Barulho excessivo (pás muito grandes);
Interferência em televisores;
Acidentes com pássaros selvagens.
25
3 CONCLUSÃO
A implantação do uso de energia eólica depende unicamente do crescimento tecnológico da
humanidade com o objetivo de diminuir os custos relativos à manutenção, diminuir o efeito sonoro e
aumentar o rendimento das turbinas eólicas.
Como o vento é uma fonte inesgotável de energia, e ao mesmo tempo a água tem sumido do
cenário mundial pela ação do próprio homem, existe a necessidade de buscar outras formas de geração
dessa energia.
O alto custo da produção de energia, juntamente com as vantagens da energia eólica como uma
fonte de energia renovável, amplamente disponível, tem levado vários países a estabelecer incentivos
regulamentando e dirigindo investimentos financeiros para estimular a geração de energia eólica.
26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dutra, R.M., 2001. Viabilidade Técnico-Econômica da Energia Eólica face ao Novo Marco Regulatório do Setor Elétrico Brasileiro. Dissertação de M.Sc., Programa de Planejamento Energético, COPPE/UFRJ , Rio de Janeiro, Brazil, 300 pp.
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TAYLOR, C.W., 2008. “Rotor hub for a 1.5 / 2.0 megawatt wind turbine”. Arquivo disponível na internet via http://www.cwtaylor.co.uk/news/body.htm. Arquivo consultado em abril, 2010.
Wind Power Monthly, 2006. Wind Statistic. Arquivo disponível na internet via http://www.windpower.com/statistics.html. Arquivo consultado em abril, 2010.
CARVALHO, P. 2003. Geração Eólica. ISBN 85-7485-039-X. Imprensa Universitária, Fortaleza, CE.
CEPEL, 2001. Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. Ed. CEPEL, Rio de Janeiro, RJ.
CHESF-BRASCEP, 1987. Fontes Energéticas Brasileiras, Inventário/Tecnologia. Energia Eólica. V.1 De cata-ventos a aerogeradores: o uso do vento, Rio de Janeiro.
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