endividamento das famílias. Seguindo a mesma linha, o Índice de Con�ança da Indústria caiu 2,2 pontos, marcando o menor patamar desde junho do ano passado, o que na visão da FGV, “joga um balde de água fria sobre indicadores que já estavam mornos”.
Outro importante indicador, a TJLP, publicada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), �cou inalterada em 7,5% ao ano, para os próximos três meses, levando em conta a meta de in�ação (atualmente em 4,5%) e a avaliação sobre o risco país, que se manteve estável nos últimos meses. Essa taxa tem se mantido constante desde o primeiro trimestre deste ano.
Na política, a Câmara dos Deputados aprovou a renegociação das dívidas de Estados com a União, por 296 votos a favor e 12 contra, excluindo praticamente todas as contrapartidas de ajuste �scal antes impostas pelo governo, o que pode deteriorar ainda mais a situação �scal dos Estados e di�cultar a aprovação de medidas de ajustes nas assembleias legislativas. Após essa derrota, o governo anunciou a liberação de saque do total do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) depositado até o dia 31 de dezembro de 2015 para os trabalha-dores que possuem conta inativa (não recebem mais depósitos), com o objetivo de ajudar no processo de desendividamento das famílias, e a estimativa inicial é que a ação libere R$ 30 bilhões no mercado. O gover-no também vem estudando o parcelamento automático da fatura após o 30º dia de uso do rotativo do cartão de crédito, para que os juros cobrados sejam reduzidos. Por �m, o governo anunciou um projeto de lei para uma “minirreforma” trabalhista com 12 medidas, que aumen-tam o prazo para o contrato de trabalho temporário de 90 para 120 dias (podendo ser renovado por mais 120), o �m do limite de jornada de trabalho de 12 horas por dia, e a possibilidade de parcelamento das férias em 3 vezes.
Na penúltima semana do ano, contamos com a divulgação de alguns indicadores no cenário interno e externo, dentre eles: a segunda prévia de dezembro do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), o Índice Geral de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15) de dezembro, os índices de con�ança do consumidor e da indústria, e a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), no Brasil; e a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre nos Estados Unidos.
Divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M subiu 0,41% na segunda prévia de dezembro, ante 0,02% no mesmo período de novembro, em grande parte in�uenciado pela alta dos itens industriais no atacado, em especial o minério de ferro. Já o IPCA-15, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE) e considerado uma prévia da in�ação o�cial (medida pelo IPCA), teve alta de 0,19%, abaixo do 0,29% aguardado pelo mercado e do 1,18% do mesmo mês no ano passado. Esse foi o menor valor para o mês de dezembro desde 1998, quando registrou 0,13%. E no acumulado do ano, o índice �cou em 6,58%, ante 6,71% esperado pelo mercado. De acordo com o Relatório Trimestral de In�ação do quarto trimestre, publicado pelo Banco Central (BC) na quinta-feira (22), a projeção é que esse índice termine 2016 em 6,5%, caia para 4,4% em 2017 e encerre 2018 em 3,8%. O BC também reforçou o tom da última reunião do Comitê de Política Mone-tária (Copom), a�rmando que a in�ação vem se mostrando mais favorá-vel no curto prazo e, assim, sugere um aumento na intensidade do corte da taxa Selic para a próxima reunião, de 12 de janeiro.
Também divulgado pela FGV, o Índice de Con�ança do Consumidor recuou 5,8 pontos, para 73,3 pontos, marcando o menor nível desde junho deste ano. O índice termina o ano um pouco melhor que 2015, quando marcou 64,9 pontos, mas ainda evidencia um consumidor pouco con�ante, fruto do desemprego em alta e do elevado nível de
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*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o numero de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento( aumento, diminuição ou estabilidade)
26
com os investidores ajustando as posições após o BC sinalizar um ritmo mais acelerado de corte de juros já em janeiro. A divulgação do IPCA-15, que caiu mais forte que o esperado, também contribuiu para esse movimento de queda das taxas. O DI de jan/18 fechou cotado a 11,60%; o de jan/19, a 11,12%; e o de jan/21, a 11,42%.
Por sua vez, o Ibovespa encerrou a semana com queda acumulada de 0,77%, com a proximidade do �m do ano resultando num baixo volume �nanceiro. No ano, a alta é de 33,65%.
O dólar fechou a semana em queda de 3,53% frente ao real, seguindo o movimento no exterior, com o a queda das taxas dos títulos do governo dos Estados Unidos. O menor volume de saída de remessas de lucros e dividendos, a entrada de recursos para operações de fusões e aquisições também in�uenciaram nessa queda e o pacote de medidas do governo para retomada da atividade econômica também tiveram in�uência nessa queda.
No mercado de juros futuros, as taxas encerraram a semana em queda,
desembolsos do governo foram fortalecidos e impulsionaram esse avanço da economia americana.
Por �m, nos Estados Unidos, o PIB revisado do terceiro trimestre avançou 3,5%, acima dos 3,3% esperados pelo mercado e dos 3,2% calculados inicialmente. Gastos dos consumidores, investimentos e
0,25%
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0,31%
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33,16%
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6,99% 18,20%
R$ 3,27 -3,53% -3,42% -17,51% -17,03% 21,33%
57.937 -0,77% -6,41% 33,65% 31,63% 13,85%
2.264 0,25% 2,96% 10,76% 9,66% 8,72%
Novembro
23.12.16
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Resultado primário do governo central
Resultado prmário do setor público consolidado
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Coe�ciente % da dívida/PIB
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IGPM in�ação FGV A/A
Taxa de desemprego nacional
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