Resgate em Altura – Apoios e Fachadas
Edifícios
Guia de Apoio
Curso de Especialização para Quadros Técnicos e
Formadores para Prestadores de Serviço
AL 2015
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ou divulgados a terceiros, sob qualquer forma ou por qualquer meio,
sem o prévio consentimento expresso e por escrito da EDP – Energias de
Portugal, S.A. Este documento e o seu conteúdo são confidenciais.
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Preâmbulo ...................................................................................................................................................... 4
1 Apoios de Betão ou Metálicos ................................................................................................................ 5
1.1 - Montagem do equipamento de resgate em apoios de betão ou metálicos .................................... 5
1.2 – Auto resgate em apoios de betão ou metálico ............................................................................... 7
1.3 - Resgate assistido - Apoios de betão ou metálicos ........................................................................... 9
1.3.1 Resgate não acompanhado ......................................................................................................... 9
1.3.2 Resgate acompanhado .............................................................................................................. 12
2 Fachadas de Edifícios ............................................................................................................................ 15
2.1 – Montagem do equipamento de resgate em fachadas de edifícios ............................................... 15
2.2 – Auto resgate – Fachadas de edifícios ............................................................................................ 17
2.3 – Resgate assistido, não acompanhado - Fachadas de edifícios ...................................................... 20
2.4 Documentos de procedimentos de segurança de referência .......................................................... 23
2.5 Normas europeias de certificação aplicáveis ................................................................................... 23
2.6 Equipamentos de resgate, proteção e segurança e de trabalho ..................................................... 24
2.6.1 Equipamento de resgate ........................................................................................................... 24
2.6.2 Equipamento de proteção e segurança .................................................................................... 25
2.6.3 Equipamento de trabalho ......................................................................................................... 27
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PREÂMBULO
Numa situação de emergência, no decurso de trabalho em altura na Rede de Distribuição AT, MT
e BT, que envolva vítimas de acidente ou doença súbita, deverão ser acionadas medidas de
autoproteção de forma a garantir a proteção dos trabalhadores, afastando-os da zona de perigo e
assegurando-lhes as ações de socorro adequadas.
Para o efeito, as equipas que intervêm em altura deverão dispor de equipamento de resgate em
altura, capaz de ser operado por todos os elementos posicionados em altura, bem como de um
elemento de apoio ao nível do solo, instruído para acesso a posto em altura e resgate.
Por princípio, o equipamento de resgate deverá ser instalado no decorrer do primeiro acesso ao
posto em altura, no local onde irão decorrer os trabalhos e antes do seu início, só sendo recolhido
no final dos mesmos.
Cabe ao responsável de trabalhos assegurar que a equipa dispõe de equipamento de resgate em
altura, assumir a responsabilidade pela comunicação do sinistro, quando ocorra e conduzir as
ações de socorro, até chegada dos socorros solicitados.
Para assegurar efetivo socorro de vítimas resgatadas, quando necessário e até chegada de ajuda
diferenciada, cada equipa de trabalho em altura deverá possuir, no mínimo, dois elementos com
formação em Suporte Básico de Vida (SBV).
Os procedimentos constantes do manual foram objeto de validação prática, que se encontra
reproduzida nas fotos ilustrativas, as quais constituem exemplos, não impedindo a utilização de
outros equipamentos com idênticas caraterísticas técnicas e funcionais, em conformidade com os
requisitos de normalização e de segurança.
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1 APOIOS DE BETÃO OU METÁLICOS
1.1 - Montagem do equipamento de resgate em apoios de betão ou metálicos
1 - Antes da subida:
1.1 - Confirmar que no percurso de acesso não existem obstáculos que impeçam ou condicionem
a colocação e utilização dos equipamentos e movimentação das pessoas;
1.2 - Verificar a estabilidade do apoio, estado de conservação, profundidade de encastramento,
zona envolvente, verticalidade, etc.;
1.3 - Preparar os equipamentos de proteção
individual contra quedas e resgate em altura.
2 - Na subida:
2.1 - Iniciar a subida do apoio, aplicando o procedimento operacional adequado para acesso ao
posto de trabalho em altura conforme indicado no Manual de Procedimentos Operacionais –
Prevenção do Risco de Queda em Altura e Fachadas na Rede de Distribuição em vigor na EDP
Distribuição.
2.2 - Chegado à posição de trabalho, o
executante deverá amarrar-se ao apoio
com a corda de posicionamento do cinto de
trabalho (1) e prender o amortecedor
paraquedas a um ponto seguro, utilizando um estropo colocado
acima da cabeça (2).
(2)
NOTA I – O amortecedor paraquedas deverá estar
colocado de forma a não impedir os movimentos
do executante, mas, sempre posicionado na parte
exterior dos braços deste
(2)
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2.3 – Colocar a corda de serviço num ponto seguro utilizando, um estropo (3).
3 - Instalação do equipamento de resgate.
3.1 – Elevar o equipamento de resgate (corda, descensor, mosquetão e estropo) com o auxílio da
corda de serviço;
3.2 - Colocar o estropo num ponto seguro acima da cabeça
(enforcar no caso de apoio de betão BT, usando cinta reforçada
contra arestas) e fixar a corda de resgate através do mosquetão
(1);
3.3 – Colocar o descensor na corda
de resgate, conforme indicação na
gravura impressa no equipamento
(descensor).
(3)
(1)
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1.2 – Auto resgate em apoios de betão ou metálico
Situação:
O executante está a realizar trabalhos em altura num apoio quando sofre uma indisposição. Por sua
iniciativa decide efetuar o auto resgate, utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de
resgate).
Procedimento operacional para permitir o auto resgate.
Execução do Auto Resgate:
1. Fixa ao arnês de segurança, através da argola peitoral ou dorsal,
o paraquedas deslizante (1) existente na corda linha de vida
(opcional);
2. Prende na argola peitoral do arnês (2) o descensor
aplicado na corda de resgate através do
mosquetão de modo a poder controlar a pressão
sobre a alavanca durante o movimento de
descida;
3. Liberta do apoio a corda de posicionamento do cinto de trabalho;
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4. Confirma que o arnês está preso ao descensor e desprende o amortecedor paraquedas do
ponto seguro;
5. Inicia a descida, controlando com uma mão
a pressão sobre a alavanca do descensor e
com a outra mão eleva a ponta livre da
corda de resgate para controlar a
velocidade de descida, se necessário (4);
6. Utiliza os pés para manter o corpo afastado do apoio (5);
7. Caso esteja a utilizar o paraquedas deslizante da corda linha de vida
(opção indicada em 1), em simultâneo com
o ponto 5, então acompanha visualmente o
movimento do paraquedas deslizante (6) e,
se for necessário, auxilia-o na descida;
8. Ao chegar ao solo o responsável de
trabalhos assume o auxílio ao resgatado.
Liberta-o do equipamento de proteção
individual (EPI) (7), deita-o de costas numa
superfície previamente preparada, ex. oleado seco, (8) permeabiliza as vias respiratórias e
verifica o seu estado (ver, ouvir e sentir) durante 10 segundos (9);
9. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos chama o 112 e informa
sobre o estado do resgatado;
10. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos inicia os procedimentos do Suporte
Básico de Vida (SBV);
11. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30o e as
pernas fletidas, durante 10 minutos, coberto com uma
manta térmica. Após esse tempo e caso o resgatado
necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS)
(10), até à chegada dos socorros solicitados.
(4)
(10)
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1.3 - Resgate assistido - Apoios de betão ou metálicos
1.3.1 Resgate não acompanhado
Situação:
O executante, em conjunto com outro colega, está a realizar trabalhos em altura num apoio quando se
verifica que está em estado de inconsciência. O outro colega decide resgatar o executante inconsciente,
utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de resgate).
Procedimento operacional para permitir o resgate não acompanhado.
Execução do resgate não acompanhado
1. Os colegas que desenvolvem as atividades de resgate verificam as condições de segurança;
2. O resgatador que se encontra no cimo do apoio coloca ou confirma que:
• Uma extremidade da corda de resgate está
aplicada num estropo a um ponto seguro
acima da cabeça (1);
• O descensor está aplicado na corda de
resgate (2);
3. O resgatador retira a corda de resgate do
estropo (1) e prende neste o descensor pela argola através de
um mosquetão (3);
4. O resgatador prende o mosquetão da corda de resgate na argola
peitoral do arnês do resgatado com o auxílio do mosquetão (4).
Caso o arnês possua argola de ancoragem abdominal “A” junto
ao cinto (5), deverá neste caso, aplicar o descensor na argola A;
(2)
(2)
(4)
(1)
(3)
(5)
10
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5. Opcionalmente, o resgatador utiliza uma talha fixada
num ponto seguro acima da cabeça e na argola
peitoral do arnês do resgatado (5), elevando-o um
pouco até aliviar a tensão na corda de
posicionamento do cinto de trabalho do resgatado;
6. O resgatador coloca a corda auxiliar (ou de manobra)
na argola dorsal do arnês do resgatado (6);
7. O resgatador liberta do apoio a corda de
posicionamento do cinto de trabalho do resgatado e retira a talha da argola
peitoral no arnês do resgatado;
8. O resgatador confirma que o resgatado está preso à corda de resgate
desprende o seu amortecedor paraquedas (7);
9. O resgatador inicia a descida do resgatado, controlando com uma mão a
pressão sobre a alavanca do descensor e com a outra mão eleva a ponta livre
da corda de resgate para controlar a velocidade de descida, se necessário;
10. O responsável dos trabalhos, no solo, controla a corda auxiliar (ou de
manobra), de modo a manter o resgatado afastado do apoio
(8);
11. Ao chegar ao solo o responsável de trabalhos assume o
auxílio ao resgatado. Liberta-o do equipamento de proteção
individual (EPI), deita-o de costas numa superfície
previamente preparada, ex. oleado seco (9), permeabiliza as
vias respiratórias e verifica o seu estado (ver, ouvir e sentir)
durante 10 segundos;
12. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de
trabalhos chama o 112 e informa sobre o estado do
resgatado;
13. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos
inicia os procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV);
(5)
(6)
(7)
(5)
(9)
(8)
11
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14. Caso respire, senta-o com
uma inclinação de 30o e as
pernas fletidas, durante 10
minutos, coberto com uma
manta térmica. Após esse
tempo e caso o resgatado
necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS) (10), até à chegada dos socorros
solicitados.
(10)
(10)
12
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1.3.2 Resgate acompanhado
Situação:
O executante, em conjunto com outro colega, está a realizar trabalhos em altura num apoio quando se
verifica que está em estado de inconsciência. O outro colega decide resgatar o executante inconsciente,
utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de resgate).
Procedimento operacional para permitir o resgate acompanhado.
Execução do resgate acompanhado (A).
1. O resgatador fixa o seu arnês de segurança, através da
argola dorsal, ao paraquedas deslizante existente na corda
linha de vida (1);
2. O resgatador que se encontra no cimo do apoio coloca ou
confirma que:
• Uma extremidade da corda de resgate está aplicada num
estropo a um ponto seguro acima da cabeça (2);
• O descensor está aplicado na corda de resgate (3);
3. O resgatador prende o arnês do resgatado pela argola peitoral
ao descensor, que está aplicado na corda de resgate,
através do mosquetão (4) de modo a poder controlar a
pressão sobre a alavanca durante o movimento de
(A) – Caso o resgatado esteja sozinho no apoio, o resgatador deverá subir ao apoio aplicando o procedimento operacional adequado para acesso ao posto
de trabalho em altura conforme indicado no Manual de Procedimentos Operacionais – Prevenção do Risco de Queda em Altura e Fachadas na Rede de
Distribuição em vigor na EDP Distribuição e executa o procedimento de resgate conforme descrito.
(1) (1)
(3)
(4)
(2)
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descida (B). Caso o arnês possua argola de
ancoragem abdominal “A” junto ao cinto (5), deverá
neste caso, aplicar o descensor na argola A;
4. O resgatador prende a argola peitoral do seu arnês
diretamente no mosquetão do descensor (6);
5. Opcionalmente, o
resgatador utiliza uma
talha (C) fixada num
ponto seguro acima da
cabeça e na argola
peitoral do arnês do
resgatado, elevando-o
um pouco até aliviar a
tensão na corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado (7);
6. O resgatador coloca a corda auxiliar (ou de manobra) na argola dorsal do arnês do
resgatado (8), (opcional) (D);
7. O resgatador liberta do apoio a corda de
posicionamento do cinto de trabalho do
resgatado e em seguida a sua e retira a
talha da argola peitoral do arnês do
resgatado;
8. O resgatador confirma que o arnês do
resgatado está preso ao descensor e
desprende o amortecedor paraquedas do resgatado e em seguida o seu, dos
respetivos pontos seguros (9);
(B) – A utilização de uma cinta de extensão colocada entre a argola peitoral do arnês, através de um mosquetão, e a argola do descensor facilita a operação
de descida do resgatador, pois coloca o resgatado numa cota inferior ao resgatador.
(C) –Caso seja necessário aliviar a tensão na corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado para permitir a sua retirada, o resgatador, nesta
situação, poderá utilizar uma talha embora esta não constitua um elemento de segurança. Nesta fase do resgate, o resgatado continua ligado ao sistema de
paraquedas e ao equipamento de resgate.
(D) – Recomendado para situações onde exista 1 elemento para prestar apoio a partir do solo.
(4)
(6)
(7)
(7)
(9)
(8)
(8)
(5)
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9. O resgatador inicia a descida,
controlando com uma mão a pressão
sobre a alavanca do descensor e com a
outra mão eleva a ponta livre da corda
de resgate para controlar a velocidade
de descida, se necessário (10);
10. O resgatador utiliza as pernas para
afastar o resgatado do apoio (11);
11. O responsável dos trabalhos, no solo, controla a corda
auxiliar (ou de manobra), de modo a manter o resgatado
afastado do apoio (12), (opção indicada no ponto 6);
12. O resgatador em simultâneo com o ponto 9, acompanha
visualmente o movimento do paraquedas deslizante e se
for necessário auxilia-o na descida (13);
13. Quando o resgatado chega ao solo, o responsável de trabalhos assume
o auxílio ao mesmo. Liberta-o do equipamento de proteção individual
(EPI) (14), deita-o de costas numa superfície previamente preparada, ex.
oleado seco, permeabiliza as vias respiratórias e verifica o seu estado
(ver, ouvir e sentir) durante 10 segundos;
14. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos
chama o 112 e informa sobre o estado do resgatado;
15. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos inicia os
procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV);
16. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30o e as pernas fletidas,
durante 10 minutos, coberto com uma manta térmica. Após esse
tempo e caso o resgatado necessite, coloca-o na
Posição Lateral de Segurança (PLS) (15), até à chegada
dos socorros solicitados.
(10) (11)
(12)
(13)
(15)
(14)
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2 FACHADAS DE EDIFÍCIOS
2.1 – Montagem do equipamento de resgate em fachadas de edifícios
1 - Antes da subida:
1.1 - Confirmar que no percurso de acesso não existem obstáculos que
impeçam ou condicionem a colocação e utilização dos equipamentos e
movimentação das pessoas;
1.2 - Verificar a estabilidade da fachada (estado de conservação), da
escada (espiamento ou amarração (E)), (1) etc.;
1.3 - Preparar os equipamentos de proteção individual
contra quedas e resgate em altura.
2 - Na subida:
2.1 - Iniciar a subida da escada aplicando o procedimento operacional adequado para
acesso ao posto de trabalho em altura conforme indicado no Manual de Procedimentos
Operacionais – Prevenção do Risco de Queda em Altura e Fachadas na Rede de Distribuição
em vigor na EDP Distribuição;
2.2 - Chegado à posição de trabalho o
executante deverá amarrar-se à escada
com a corda de posicionamento do
cinto de trabalho (2) e prender o
(E) - Na impossibilidade de utilizar guilhos para espiar a escada, deverão ser aplicados, na base da fachada ou no pavimento, chumbadores
com olhal temporários. No final, os furos deverão ser convenientemente tapados.
(1)
(2)
(3)
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amortecedor paraquedas, no topo da escada, entre o 1º e 2º degrau, utilizando um estropo
(3);
2.3 – Colocar a corda de serviço num ponto
seguro, utilizando o montante livre no topo da
escada, entre o 1º e 2º degrau, através de um
estropo (4);
3 - Instalação do equipamento de resgate.
3.1 – Elevar o equipamento de resgate (corda, descensor, mosquetão e
estropo) com o auxílio da corda de serviço;
3.2 - Colocar o estropo no montante livre, no
topo da escada, entre o 1º e 2º degrau e fixar a
corda de resgate ao mesmo através de
mosquetão (5);
3.3 – Colocar o descensor
na corda de resgate,
conforme indicação na
gravura impressa no
equipamento (descensor),
(6).
(4)
(5)
(6)
(6) (6) (6)
(5)
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2.2 – Auto resgate – Fachadas de edifícios
Situação:
O executante está a realizar trabalhos em altura, numa fachada, quando sofre uma indisposição. Por sua
iniciativa decide efetuar o auto resgate, utilizando para o efeito o equipamento apropriado (kit de
resgate).
Procedimento operacional para permitir o auto resgate.
Execução do Auto Resgate:
1. Fixa o arnês de segurança, através da argola peitoral ou dorsal, ao
paraquedas deslizante existente na corda linha de vida (1), (opcional)
(F);
2. Prende na argola peitoral do arnês o descensor aplicado na corda de resgate através do
mosquetão de modo a poder controlar a pressão sobre a alavanca durante o movimento
de descida (2);
(F) - Para que possa ser utilizada, a linha de vida terá de ficar suspensa, com um peso junto à base que a mantenha na vertical e facilite o
deslizamento do paraquedas deslizante.
(1)
(2)
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3. Desprende o amortecedor paraquedas do ponto seguro;
4. Liberta da escada a corda de posicionamento do cinto de trabalho;
5. Inicia a descida controlando com uma mão a pressão sobre a
alavanca do descensor e com a outra mão eleva a ponta livre da
corda de resgate para controlar a velocidade de descida, se
necessário (3);
6. Utiliza os pés para manter o corpo afastado da fachada (4);
7. Caso esteja a utilizar o paraquedas
deslizante da corda linha de vida (opção
indicada em 1), em simultâneo com o
ponto 5, então acompanha visualmente o
movimento do paraquedas deslizante e, se
for necessário, auxilia-o na descida (5);
8. Ao chegar ao solo o responsável de trabalhos assume o auxílio ao
resgatado. Liberta-o do equipamento de proteção individual (EPI) (6),
deita-o de costas numa superfície previamente preparada, ex. oleado
seco, permeabiliza as vias respiratórias e verifica o seu estado (ver,
ouvir e sentir) durante 10 segundos;
9. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos
chama o 112 e informa sobre o estado do resgatado;
10. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos inicia os procedimentos do
Suporte Básico de Vida (SBV);
(3)
(3)
(3)
(4)
(6)
(5)
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11. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30o e as
pernas fletidas, durante 10 minutos, coberto com uma
manta térmica. Após esse tempo e caso o resgatado
necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS)
(7), até à chegada dos socorros solicitados.
(7)
(7)
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2.3 – Resgate assistido, não acompanhado - Fachadas de edifícios
Situação:
O executante está a realizar trabalhos em altura numa fachada, quando se verifica que está em estado
de inconsciência. O outro colega decide resgatar o executante inconsciente, utilizando para o efeito o
equipamento apropriado (kit de resgate).
Procedimento operacional para permitir o resgate não acompanhado.
Execução do resgate não acompanhado
1. Os colegas que desenvolvem as atividades de resgate verificam as condições de segurança;
2. O resgatador sobe a escada e coloca ou confirma que:
• Uma extremidade da corda de resgate
está aplicada num estropo a um ponto
seguro (1);
• O descensor está aplicado na corda de
resgate (2);
3. O resgatador retira a corda de resgate do
estropo (1) e prende neste o descensor pela
argola através de um mosquetão (3);
(2)
(1)
(3)
(3)
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4. O resgatador prende o mosquetão da
corda de resgate na argola peitoral do
arnês do resgatado com o auxílio do
mosquetão (4);
5. Opcionalmente, o resgatador coloca
uma talha (G) num ponto seguro,
utilizando o estropo de fixação da corda
de resgate, por exemplo, e na argola
peitoral do arnês do resgatado,
elevando-o um pouco até aliviar a
tensão na corda de posicionamento do
cinto de trabalho do resgatado (5);
6. O resgatador coloca a corda auxiliar (ou de manobra) na argola dorsal do
arnês do resgatado (opcional);
7. O resgatador liberta da escada a corda de posicionamento do cinto de trabalho do
resgatado e retira a talha da argola peitoral no arnês do resgatado;
8. O resgatador confirma que o resgatado está preso à corda de resgate e
liberta o amortecedor paraquedas do mesmo;
9. O resgatador inicia a descida, controlando com uma mão a pressão sobre
a alavanca do descensor e com a outra mão eleva a ponta livre da corda
de resgate para controlar a velocidade de descida, se necessário (6);
10. O responsável dos trabalhos, no solo, controla a corda auxiliar (ou de
manobra), de modo a manter o resgatado afastado da fachada, (opção
indicada em 6);
(G) - Caso seja necessário aliviar a tensão na corda de posicionamento do cinto de trabalho do resgatado para permitir a sua retirada, o resgatador, nesta
situação, poderá utilizar uma talha embora esta não constitua um elemento de segurança. Nesta fase do resgate, o resgatado continua ligado ao sistema de
paraquedas e ao equipamento de resgate.
(4) (5)
(5)
(6)
(6)
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11. Ao chegar ao solo o responsável de trabalhos ou o resgatador assume o
auxílio ao resgatado. Liberta-o do equipamento de proteção individual
(EPI) (7), deita-o de costas numa superfície previamente preparada, ex.
oleado seco, permeabiliza as vias respiratórias e verifica o seu estado
(ver, ouvir e sentir) durante 10 segundos;
12. Caso seja necessária ajuda diferenciada, o responsável de trabalhos
chama o 112 e informa sobre o estado do resgatado;
13. Caso o resgatado não respire, o responsável de trabalhos
inicia os procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV);
14. Caso respire, senta-o com uma inclinação de 30o e as
pernas fletidas, durante 10 minutos, coberto com uma
manta térmica. Após esse tempo e caso o resgatado
necessite, coloca-o na Posição Lateral de Segurança (PLS)
(8), até à chegada dos socorros solicitados.
(8)
(8)
(7)
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2.4 Documentos de procedimentos de segurança de referência
• DPS 38.008-3-1 EDP Manual de Procedimentos Operacionais – Prevenção do Risco de
Queda em Altura, em Apoios e Fachadas na Rede de Distribuição;
• DPS 38.008-3 EDP - Manual de Segurança para Prevenção do Risco de Queda em Altura
- Trabalhos em Altura em Apoios e Fachadas;
• FSS 03.01 Trabalhos com escadas portáteis;
• FSS 03.02 Trabalhos em apoios metálicos;
• FSS 03.07 Trabalhos em apoios.
2.5 Normas europeias de certificação aplicáveis
Equipamento Norma de certificação
Dispositivos ascensores/ descensores EN 341/12841
Dispositivos antiquedas deslizantes aplicados a linha de vida flexível EN 353-2
Cintas EN 354
Absorvedores de energia EN 355
Cinto de trabalho e corda de posicionamento de trabalho EN 358
Arnês de segurança EN 361
Mosquetões/ conectores EN 362
Acessórios de segurança de ancoragem EN 567
Dispositivos de ancoragem EN 795
Dispositivos de elevação para resgate EN 1496
Arneses para resgate EN 1497
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2.6 Equipamentos de resgate, proteção e segurança e de trabalho
2.6.1 Equipamento de resgate
Equipamento de resgate Exemplo Ficha técnica
Sistema de resgate em altura – descensor, corda
de diâmetro adequado e mosquetão
Especificação do
fabricante
EN341/353/362/1496
Talha de 240 daN
FT – MO 320B-BT
Cinta de extensão com alças nas extremidades Especificação do
fabricante
EN 354
Mosquetão de rosca
FT 1.1.13
Corda linha de vida em corda com diâmetro de 10
a 12 mm, equipada com paraquedas deslizante e
mosquetão de dupla segurança numa das
extremidades
FT 1.1.14
Estropo de cinta em poliamida 23 mm, com
comprimento 0,60 metros ou superior
FT 55-MT-A/D
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2.6.2 Equipamento de proteção e segurança
Equipamento de proteção e segurança Exemplo Ficha técnica
Arnês de segurança com cinto de trabalho incorporado
FT 1.1.4
Capacete de proteção (deverá dispor de francalete)
FT 1.2.1
Calçado de proteção com rasto antiderrapante
FT 1.6.2
Corda linha de vida em corda com diâmetro de 10 a 12
mm, equipada com paraquedas deslizante e
mosquetão de dupla segurança numa das
extremidades
FT 1.1.14
Mosquetão de dupla segurança de grande abertura,
manobrável à distância e com encaixe para vara de
manobra
FT 1.1.13
Mosquetão de dupla segurança com cordão de
manobra à distância e encaixe para vara de manobra
FT 1.1.13
Paraquedas com absorvedor de energia e mosquetões
nas extremidades
FT 1.1.3
Paraquedas em Y com absorvedor de energia e
mosquetões de grande abertura
FT 1.1.8
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Equipamento de proteção e segurança Exemplo Ficha técnica
Manga de proteção para corda
Especificação do
fabricante
EN 358
Corda de posicionamento no cinto de trabalho com
regulador
FT 1.1.2
FT 1.1.12
Punho ascensor/descensor para resgate em altura
Especificação do
fabricante
EN 341/12841
Sistema de resgate em altura
Especificação do
fabricante
EN341/353/362/1496
Vara de manobra telescópica e isolante com
comprimento de 7,5 metros ou superiores
FT 2.0.3
Estropo de cinta em poliamida 23 mm, com
comprimento 0,60 metros ou superior
FT 55-MT-A/D
Mosquetão de rosca
FT 1.1.13
Corda auxiliar de manobra com diâmetro de 10 mm
FT 62-MT-A/D
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2.6.3 Equipamento de trabalho
Equipamento de trabalho Exemplo Ficha técnica
Escada portátil extensível com último lanço isolante
Especificação do
fabricante
EN 131/IEC CD61478
Escada portátil auto suportada
Especificação do
fabricante
EN 131/IEC CD61478
Escada vertical de elementos de encaixar
FT 73-MT-A/D
Adaptador de apoio de escada a postalete ou
esquinas de fachadas
Especificação do
fabricante
EN 131
Plataforma adaptável a degrau de escada portátil
Especificação do
fabricante
EN 131
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Equipamento de trabalho Exemplo Ficha técnica
Plataforma de apoio de pés adaptável a degrau de
escada portátil
Especificação do
fabricante
EN 131
Corda de serviço com diâmetro de 12 mm
FT 62-MT-A/D
Corda de espiamento de diâmetro 15 mm (ou
superior)
FT 65A-AT-A/D
Marreta
Especificação do
fabricante
Guilhos metálicos para fixação no solo de
comprimento 1,20 a 2,00 metros
Especificação do
fabricante
Chumbadores com olhal para ancoragem, portáteis
ou permanentes, de aplicação em fachada ou no
pavimento
Especificação do
fabricante
EN 795
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