gestão da revenda agropecuária
jun/jul 2014 • nº 55 • ano X
Gestão de Pessoaso maior investimentoda BelaGrÍcolaMercadoSupleMentoS para agrorevendaS
eventoSglobal agribuSineSS e Hortitec
prateleiraoportunidadeS eM Suinocultura
Equipe Belagrícola em constante treinamento.
circulação auditada pelo
U m a e m p r e s a d o
4 AgroRevenda jun/jul 2014
palavra do presidente
Funcionário, o principal ativo de uma empresa.
Nas próximas páginas o leitor poderá conferir que,
apesar dos altos investimentos em equipamentos, novas
aquisições, layouts e marketing, muitas agro revendas não
decolam porque não cuidam dos funcionários. “O grande
diferencial de um negócio é ter pessoas engajadas e
comprometidas com a organização”, afirma João Andreo
Colofatti, presidente-fundador da Belagrícola, empresa que
recebeu em 2013, o prêmio como a Melhor na Gestão de
Pessoas no agronegócio e que está na Reportagem de
Capa desta publicação.
A valorização do funcionário, sob suas diversas nuances,
também é o tema abordado por nosso time de articulistas,
não deixem de conferir.
O investimento pessoal também foi responsável pelo sucesso
da Agro100, a Revenda da Vez, que mostra os excelentes
resultados alcançados por um grupo de jovens estudantes que
hoje comanda 18 unidades nas regiões sul e sudeste do Brasil.
Em Prateleira, trazemos dados sobre o avanço do setor de
suplementação bovina e em Mercado, as oportunidades do
segmento de suinocultura para as agro revendas.
Para finalizar, em Eventos, o leitor poderá acompanhar a
cobertura de dois importantes encontros que trouxeram
informações e inovações fundamentais para o setor: A
Hortitec, realizada no final de maio em Holambra, SP, que
está cada vez mais moderna e com lançamentos e inovações
que tornam o agronegócio um ambiente sempre versátil; e
o Global Agribusiness Forum, encontro que reuniu em São
Paulo grandes expoentes mundiais da agricultura, com a
responsabilidade de discutir sustentabilidade, globalização
e os desafios do setor.
Que a leitura seja proveitosa!
Carlos Alberto da SilvaPrESidENtE dO GruPO PuBliQuE E PuBliSHEr dA PuBliQuE EditOrA
PUBLISHER: Carlos Alberto da Silva | Mtb 20.330
PRESIDENTE E FUNDADOR: Carlos Alberto da Silva
EDITORA:
REPORTAgENS:
ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E RH:
COMERCIAL:
DIAgRAMAÇÃO E ARTE:
PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO:
FOTO CAPA:
IMPRESSÃO:
TIRAgEM:
DISTRIBUIÇÃO DIRIgIDA:
ADMINISTRAÇÃO:
Mônica Costa | Mtb 26.580
Mônica [email protected]@agrorevenda.com.br(11) 9.9364.1398 | Skype: sra.costa37
Miriam [email protected](11) 9.9418.6684 | Skype: miriamrpinto
Adriana [email protected](11) 3042.6312 | Skype: adrianagsbonanni
Naira BarelliGerente [email protected](11) 9.9382.1999 / 9.5271.4488 | Skype: naira.neg
Carlos Alberto da [email protected](11) 9.9105.2030 | Skype: carlaodapublique
Mirian [email protected](11) 9.8905.3928 | Skype: mirian.domingues5
Gutche [email protected](11) 9.9108.0856 | Skype: gutche.alborgheti
Paulo [email protected](11) 9.9402.7078 | Skype: paulohsbonanni
Arquivo Belagrícola
Gráfica Pauligraf
5 mil exemplares
A revista Agrorevenda é uma publicação da Publique Editora, empresa do Grupo Publique, dirigida a proprietários, gerentes,balconistas de revendas agropecuárias e cooperativas.
iSSN 1808-4869
A revista Agrorevenda está matriculada sob nº 497629 no4º registro de títulos e documentos e Civil de Pessoa Jurídica,conforme a lei de imprensa e lei de registros Públicos.
Caixa Postal 85 - CEP 18260-000Estrada Municipal Bairro dos Mirandas, Km 05Porangaba, SP - Brasil • (11) 3042.6312www.publique.com • [email protected] • [email protected]
www.publique.com
www.agrorevenda.com.br
Circulação auditada pelo:
Twitter@grupopublique
Facebookfacebook.com/gpublique
Slideshareslideshare.net/grupopublique
YouTubeyoutube.com/GrupoPublique
Twitter@Agrorevenda
Facebookfacebook.com/agrorevenda
Fox. De primeira na lavoura, e com o seu apoio, o fungicida líder* de mercado.
Fox - De primeira, sem dúvida.
www.bayercropscience.com.br 0800 011 5560
O fungicida de primeira agora também é o primeiro do mercado, graças à confiança dos produtores que protegeram mais de 70 milhões de hectares. Sua eficácia foi testada e aprovada contra as principais doenças, e é por essas e outras que Fox é o fungicida que mais cresce em uso no Brasil.
*Fonte: pesquisa AMIS Soja 13/14, Kleffmann.
AF_An_Fox_pag simples trofeu21x28.indd 1 7/14/14 2:52 PM
Fox. De primeira na lavoura, e com o seu apoio, o fungicida líder* de mercado.
Fox - De primeira, sem dúvida.
www.bayercropscience.com.br 0800 011 5560
O fungicida de primeira agora também é o primeiro do mercado, graças à confiança dos produtores que protegeram mais de 70 milhões de hectares. Sua eficácia foi testada e aprovada contra as principais doenças, e é por essas e outras que Fox é o fungicida que mais cresce em uso no Brasil.
*Fonte: pesquisa AMIS Soja 13/14, Kleffmann.
AF_An_Fox_pag simples trofeu21x28.indd 1 7/14/14 2:52 PM
6 AgroRevenda jun/jul 2014
44
nesta edição
índice de anunciantes
13 A Castellano
2ª Capa e 03 Agroquima
37 Basso Pancotte
05 Bayer CropScience
49 Connan
27 Dinagro
3ª Capa Mosaic
4ªCapa OurofinoAgrociência
31 OurofinoSaúdeAnimal
07 Stoller
22
28
18
notícias08 As principais informações
do agronegócio
fornecedores14 Notícias sobre as ações dedestaquedaindústria
mercado18 Produtor consciente,
gado bem suplementado
capa22 Belagrícola,
Investir em pessoas tem retorno garantido
icp rural28 Confiançadoprodutorrural
segue em alta
markestrat & uni.business30 Gestão de pessoas e
qualificaçãodeequipes
stracta32 Os caminhos do sucesso
em gestão de pessoas
profissionaldevendas32 Equipe comercial e o desempenho
estratégico da revenda
evento GAF 201428 LÍderes mundiais discutem
o futuro da produção agrícola
evento Hortitec30 Hortitec gera mais de
R$ 100 milhões em negócios
markestrat & uni.business42 Gente! O Problema e a Solução
dos Negócios
revenda da vez44 Grupo Agro100
O sucesso como meta
prateleira46 Suinocultura, um mercado
de oportunidades
48 por onde andamos...
50 fotolegenda
8 AgroRevenda jun/jul 2014
notícias
os períodos de carência constantes
nas bulas (estabelecidos pela
indústria veterinária e aprovados
pelo MAPA) e assumindo assim que
tais produtos são capazes de gerar
benefícios e eficiência à produção,
com total segurança para os
produtos finais”. A entidade lembrou
que as Avermectinas são aprovadas
pelo Mapa e usadas no Brasil há
mais de 25 anos.
Queda do Índicede confiança
O Índice de Confiança do
Agronegócio (iC Agro) apresentou
queda de dois pontos no primeiro
trimestre de 2014, em comparação
ao último trimestre de 2013. Os dados
foram divulgados no dia 27 de maio,
na sede da Federação das indústrias
do Estado de São (FiESP), na capital
paulista. Para Benedito da Silva
Ferreira, diretor do departamento
do Agronegócio da Fiesp, a queda
significativa na confiança do
primeiro elo da cadeia produtiva foi
provocada, especialmente, pelo setor
de máquinas agrícolas, que registrou
queda de 21,3% nas vendas entre
janeiro e março, se comparados com
o mesmo período do ano anterior.
“Embora pessimista em relação
à situação atual, os produtores
se mostram otimistas em relação
às expectativas futuras. Seja em
relação ao setor em que atuam, ou
à economia brasileira, eles acreditam
que o cenário mudará para melhor”,
explicou Ferreira. “Esse otimismo foi
influenciado, especialmente, pelas
revendas, indústrias de defensivos
maPa ProÍBe avermectinas delonGa duração
O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) publicou,
na sexta-feira, dia 30 de maio uma
instrução Normativa (iN) proibindo a
fabricação de produtos veterinários
antiparasitas de longa duração
contendo avermectinas. Além da
fabricação, a iN restringe também
a manipulação, o fracionamento, a
comercialização, a importação e o
uso desses produtos.
Segundo o Mapa, a decisão foi
tomada por que algumas cargas
de carne brasileira continuavam
sendo rejeitadas pelos Estados
unidos em função da constatação
da presença dessa substância.
“Há uma superdosagem que
acaba contaminando a carne
bovina que está sendo exportada
para os EuA. Em função disso,
nós baixamos uma instrução
Normativa proibindo esse
produto, tendo em vista que
está prejudicando o mercado
internacional”, explicou o ministro
Neri Geller.
Medida polêmicaSebastião da Costa Guedes, diretor
de Sanidade Animal do Conselho
Nacional da Pecuária de Corte
(CNPC), se mostrou contrário a
posição anunciada pelo Mapa “A
atitude foi inaceitável, nenhuma
decisão desse gabarito pode ser
realizada em curto período de
tempo. Se existe algum problema,
as instituições envolvidas deveriam
ser comunicadas e propostos
estudos quanto ao assunto, até
porque a substância é extremamente
necessária para a produção animal.
isso só aumentará a entrada ilegal
deste produto”, declarou.
Em nota, a Associação dos Criadores
de Nelore do Brasil (ACNB) destacou
que “confia que as Avermectinas são
usadas de forma responsável pelos
produtores brasileiros, respeitando
Aplicação de Avamerctina: agora é proibido.
Divu
lgaç
ão
jun/jul 2014 AgroRevenda 9
agrícolas e os bancos que financiam
o setor”, continuou.
Na escala de 0 a 200, o iC Agro geral
(que abrange os segmentos “antes” e
“depois da porteira” mais o “produtor
agropecuário”) variou de 104,5 para
102,7 pontos, demonstrando uma
percepção ainda mais cautelosa em
todos os elos da cadeia.
Já os produtores agropecuários se
mostraram satisfeitos em relação aos
preços e à confiança no setor. Porém,
isso não foi suficiente para manter o
Índice de Confiança deste elo em alta. A
preocupação com a economia brasileira
e os custos de produção puxaram os
resultados de 97,5 para 97,1.
“Apesar da evolução de preços de alguns
produtos agropecuários e da confiança
no próprio setor, é importante lembrar
que o primeiro trimestre deste ano foi
marcado como um período de falta de
chuvas em diversas regiões”, ressalta
Márcio lopes de Freitas, presidente
Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB), parceira da Fiesp na
divulgação do índice. “Consequência do
clima, a redução da produtividade média
e elevação de custos, somados ao
pessimismo em relação aos indicadores
macroeconômicos, fizeram com que a
confiança caísse.”
PesQuisa da aBmr&a revela Que Produtor rural está mais conectado
O aumento da renda no campo
tem estimulado a aquisição de
equipamentos e tecnologias que
dão mais agilidade nas atividades
do cotidiano e tornam o produtor
mais exigente quanto à qualidade
do que adquire e produz. O novo
perfil do homem do campo foi
apresentado durante a 6ª Edição
da Pesquisa Comportamental
e Hábitos de Mídia do Produtor
rural Brasileiro 2013/2014, no
dia 14 de maio pela Associação
Brasileira de Marketing rural e
Agronegócio (ABMr&A) durante
um café da manhã para a
imprensa em São Paulo.
O levantamento, feito em parceria
com o instituto de pesquisas iPSOS,
dados de 2.581 produtores – 1.920
agricultores e 661 criadores de gado,
aves ou suínos – responsáveis pela
compra de insumos, implementos e
maquinários de 10 estados brasileiros.
Entre os dados em destaque, está o
aumento da participação das mulheres
no comando das propriedades, que já
representa 10% do total.
Os acessos são feitos, em sua maioria
(71%) via computador pessoal e 19% via
celulares do tipo smartphone. Quanto
à escolaridade, 21% dos entrevistados
declararam ter nível superior ou mais.
Segundo a pesquisa a porção é maior
do que entre a população urbana, onde
apenas 17% foram além da conclusão
do curso superior. “Este público está
mais crítico e exigente, o que aumenta
a responsabilidade dos veículos
de comunicação na formatação de
campanhas e na oferta de produtos”, diz
daniel Baptistella, presidente da ABMrA.
O levantamento mostra que ainda
há uma parcela (42%) que resiste à
utilização de novos recursos e mantém
Daniel Baptistella, presidente da ABMR&A em apresentação da Pesquisa sobre o perfil do produtor rural.
Divu
lgaç
ão
10 AgroRevenda jun/jul 2014
antigos hábitos. Entretanto, mais
da metade dos entrevistados (58%)
aposta na inovação. Os produtores
engajados e que apostam em ações
inovadoras como ferramenta para o
crescimento representam 34% e outros
24% conhecem novas tecnologias e
utilizam recursos digitais e serviços da
internet com certa frequência. Quanto
à comercialização, mais de 75%
dos entrevistados utilizam recursos
próprios ou da família para custearem
a atividade, principalmente entre os
pecuaristas. E o mercado futuro é
o mecanismo de comercialização
usado por 21% dos produtores da
pesquisa especialmente nas grandes
propriedades.
Basf ofereceseGuro aGrÍcola
A Basf, indústria química mundial,
e a Swiss re Corporate Solutions,
companhia suíça especializada em
financiamento de risco, formaram uma
parceria para viabilizar a contratação
do seguro agrícola pelo produtor rural
brasileiro. “Este é mais um serviço do
portfólio da Basf para atender a demanda
crescente do agronegócio, com soluções
completas para o desenvolvimento do
setor”, afirma Fernando lobo, gerente
do departamento de Operações
Estruturadas da unidade de Proteção
de Cultivos da Basf para o Brasil. “Com
esta parceria será possível levar ainda
mais tecnologia e tranquilidade aos
produtores brasileiros. Hoje, eles podem
investir com confiança, pois o seguro
agrícola atende a uma das principais
necessidades do agronegócio brasileiro,
que é permitir ao agricultor conduzir
sua produção de forma
segura”, completa José
Cullen, diretor de Seguros
rurais da Swiss re
Corporate Solutions.
O projeto-piloto começou a
ser testado em 2012 e hoje
já atende 900 produtores
distribuídos em 110 mil
hectares, segurados na
sua maioria na região sul
do Brasil. “Atendemos
inicialmente os cultivos de
trigo, soja, cana, milho, café
e maçã, arroz, tomate e
uva. Em 2014 vamos focar
especialmente os produtores
de soja” afirma lobo.
O executivo explica que a
modalidade está disponível
apenas para clientes Basf, o
que garante uma cobertura maior que os
demais seguros do mercado. “A utilização
dos nossos produtos garante uma
produtividade media de até três vezes e
meia superior à média nacional, portanto a
cobertura será maior”, diz. O serviço pode
ser contratado diretamente nas revendas
e cooperativas agrícolas parceiras da
Basf espalhadas pelo País. As empresas
parceiras da Basf interessadas em
comercializar o seguro devem contatar
um representante da Swiss re que fará a
capacitação dos funcionários para operar
o simulador utilizado para mensurar o
tamanho da área e o valor a ser contratado.
comPanhia anuncia Parceria com emBraPa
A BASF, firmou um acordo com a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), principal instituição brasileira
de pesquisa tecnológica agrícola, e com
a Fundação Espaço ECO® (FEE®)
para o desenvolvimento de pesquisas
e transferências de tecnologia na
agricultura. A parceria terá duração
inicial de 30 meses e terá como
objetivo promover ajustes e melhorias
nos critérios e fontes de informação
que compõem os indicadores para
avaliação de impactos socioambientais
de atividades agrícolas e agroindustriais.
também atuará na construção de
inventários de sistemas de produção
de cana-de-açúcar, bem como de seus
principais insumos e derivados, na
região Centro Sul brasileira, para estudos
de avaliação de ciclo de vida.
Esta ação é um desdobramento do Acordo
de Cooperação técnica estabelecido
entre a Basf e a Embrapa em 2011 para o
desenvolvimento de novas tecnologias e
produtos, com ênfase na identificação de
notícias
Fernando Lobo, gerente do Departamento de Operações Estruturadas da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para o Brasil.
Divu
lgaç
ão
jun/jul 2014 AgroRevenda 11
estudos em biotecnologia, melhoramento
genético, fertilização, mecanização, proteção
de plantas e caracterização da fisiologia e
avaliação dos tratamentos das culturas.
“Este novo acordo fortalece o elo entre a
Embrapa e a BASF e é um exemplo positivo
de parceria público-privada. Com ela, é
possível comprovar a viabilidade de projetos
entre o Governo e indústria que favoreçam
a posição de destaque na produção de
fontes renováveis de energia”, afirma Celso
Manzatto, Chefe Geral da Embrapa Meio
Ambiente. O investimento faz parte dos
€1.835 milhões aportados pela BASF em
pesquisa & desenvolvimento em 2013, dos
quais 26% totalmente aplicados em seu
negócio agrícola.
esclarecimentosoBre aGroQuÍmicos
A senadora Kátia Abreu, presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA), apresentou ao presidente
da dow AgroSciences no Brasil, Welles
Pascoal, uma proposta para a divulgação
de uma campanha de esclarecimento
sobre a segurança dos agroquímicos,
condição obtida a partir de rígidos
processos de análise e de controle
realizados pelo Governo Federal.
de acordo com a presidente da CNA,
as pessoas precisam saber que a
evolução da agropecuária brasileira nos
últimos anos reflete os altos ganhos de
produtividade alcançados, em parte,
graças às tecnologias pesquisadas
pelas indústrias de agroquímicos e
que este processo é seguro e não traz
riscos para a saúde humana. “É preciso
A 17ª Edição do Prêmio ANdEF, uma das mais importantes
premiações da agricultura brasileira, anunciou na noite do
dia 21 de julho, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo, os
25 profissionais ganhadores do troféu, carinhosamente
conhecido como “Oscar da Agricultura”.
A temática do Prêmio ANdEF neste ano foi: “Educando para
um novo tempo” e a grande estrela da noite foi o educador do
campo. “Não estamos falando de um único profissional, mas
de todos aqueles que se esforçam para levar conhecimento
até o produtor rural, como o engenheiro agrônomo, o técnico
agrícola, os representantes de cooperativas e tantos outros”,
explicou Fábio Kagi, gerente de educação da ANdEF.
Os vencedores de cada categoria receberam uma bolsa de
estudos no MBA em Fitossanidade do instituto Agronômico
de Campinas (iAC) e um tablet pida 2.
O evento é promovido pela Associação Nacional de
defesa Vegetal (ANdEF), entidade que reúne, há 40
anos, as empresas que investem em ciência e inovação,
pesquisa e desenvolvimento de novos defensivos
agrícolas no Brasil. Segundo os organizadores, desde
sua criação, o projeto já beneficiou mais de 18 milhões
de pessoas. Para conhecer cada um dos ganhadores
desta edição acesse a página da Andef:
www.andef.com.br
Prêmio andef
anDe
f
Da esquerda para a direita: Deputado Federal Guilherme Campos, Seneri Paludo, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Antônio Botelho Lima, da AgroLógica, contemplada pelo Projeto Horta Espaço Prima Jovem, Henrique Mazzotini, presidente executivo da Andav, que recebeu a homenagem pela Agrícola Alvorada, Roberto Motta, da Agro Amazônia e Carlos Henrique Franco Nottar, presidente do Conselho Diretor da Andav.
12 AgroRevenda jun/jul 2014
comparar a produtividade de áreas
tratadas com e sem esses produtos
e mostrar esses números”, propôs
a senadora. O presidente da dow
AgroSciences no Brasil informou
que a pesquisa de um novo produto
leva, em média, 12 anos para ser
concluída. Outros vincos anos são
gastos apenas com o registro nos
órgãos responsáveis pela análise e
liberação das moléculas no Brasil –
Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA), instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos
recursos Naturais renováveis
(ibama) e Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Os
gastos podem chegar a uS$ 300
milhões. “A demora na obtenção do
registro tem impactado na decisão
das indústrias de se instalarem no
Brasil”, afirmou Pascoal.
Nos Estados unidos, o tempo para
registro não supera dois anos e seis
meses. O trabalho de análise e liberação
é feito por 300 profissionais e os pedidos
são avaliados em três instâncias. No
Brasil, 30 técnicos fazem este trabalho e
o envio de um processo de um órgão
para outro pode levar até três meses.
nova diretoriana aBaG
A Associação Brasileira do Agronegócio
(Abag) anunciou a contratação do
executivo luiz Cornacchioni para
assumir a direção executiva da entidade.
O principal objetivo da Abag com a
nova contratação é aproveitar a vasta
experiência do executivo para aprofundar
ainda mais sua filosofia de disseminar e
valorizar o conceito de cadeia produtiva.
Formado em engenharia pela Escola
Superior de Agricultura luiz de Queiroz,
(ESAlQ/uSP), Cornacchioni possui
MBA na Kellogg School nos Estados
unidos e trabalhou nos últimos 27
anos em empresas nas áreas de
papel e celulose, florestas plantadas e
sucroalcooleiro. Antes de entrar para a
Abag, Cornacchioni exercia a função
de diretor executivo da Associação
Brasileira de Produtores de Florestas
Plantadas (Abraf). Ele também foi diretor
da terracal Alimentos e Bioenergia e da
Suzano Papel e Celulose.
aBramilho anuncia novo Presidenteinstitucional
Sérgio Bortolozzo é o novo presidente
institucional da Associação Brasileira
dos Produtores de Milho (Abramilho).
O ex-ministro Alysson Paolinelli
segue como presidente-executivo da
entidade. de acordo com Bortolozzo, a
prioridade da gestão será a finalização
do Plano de reestruturação da Cadeia
Produtiva do Milho, trabalho que já está
em desenvolvimento sob a liderança
de Paolinelli. “Queremos que o Brasil
seja conhecido como o maior player do
setor”, afirma Bortolozzo. “Acreditamos
que em 10 anos nossa produção
de milho chegue a 150 milhões de
toneladas. Hoje já temos produção
até de terceira safra. A concretização
deste plano depende da articulação
dos setores público, privado e claro,
dos produtores”, completa.Luiz Cornacchioni, novo diretor executivo da Abag.
Divu
lgaç
ão
notícias
jun/jul 2014 AgroRevenda 13
Bortolozzo também é vice-presidente
da Maizall- the international Maize
Alliance –instituição que congrega as
principais associações de produtores
de milho do Brasil, Argentina e
Estados unidos – e da Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado do
Piauí (FEAPi) e há 20 anos integra a
Comissão Nacional de Cereais, Fibras
e Oleaginosas da Confederação
Nacional da Agricultura (CNA).
A Abramilho é uma entidade civil criada
em 2007 que mantém como afiliados
associações estaduais, independentes
ou em parceria, nos Estados do rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Minas
Gerais, São Paulo, Paraná e Piauí e
também no distrito Federal.
Sérgio Bortolozzo, presidente institucional da Abramilho.
Divu
lgaç
ão
14 AgroRevenda jun/jul 2014
fornecedores
portfólio de produtos e nos permitirá
obter rápidas sinergias no Canadá,
Estados unidos, Austrália e, no médio
prazo, em outros mercados”, declarou
Matthieu Frechin, CEO da Vétoquinol.
“A venda da nossa unidade de saúde
animal à Vétoquinol está de acordo
com a nossa estratégia de reduzir
o peso de nosso endividamento e
de focar em nosso core business”,
completou dr. Michael Berendt, diretor
Geral da Bioniche life Sciences inc.
A Vetóquinol está entre as dez maiores
indústrias farmacêuticas do mundo
com foco nos mercados de grandes
animais (bovinos e suínos) e pet (cães
e gatos) e atua no Brasil desde 2011,
quando adquiriu a empresa nacional
Farmagrícola S.A.
controle de Percevejos
A BASF, unidade de Proteção de
Cultivos lançou o Fastac® duo,
inseticida voltado para o controle de
importantes percevejos nos cultivos da
soja e do arroz. O produto é composto
pelos ingredientes ativos acetamiprido
novo comandona unidade desementes da Bayer
O engenheiro agrônomo Eduardo
Mazzieri é o novo diretor da unidade
de Sementes da Bayer CropScience
Brasil, companhia mundial que atua
nas áreas de sementes, proteção de
cultivos e controle de pragas não-
agrícolas. Mazzieri assumiu o novo
posto no dia 1º de abril e tem como
principal desafio alavancar, ainda mais,
a estratégia de sementes da empresa
no Brasil, com foco na consolidação do
negócio e na integração da proposta
de valor para os clientes.
O executivo tem 15 anos de experiência
no agronegócio brasileiro. Começou no
segmento de fertilizantes, passando
também pelas áreas de marketing,
supply chain e vendas. Está na
multinacional desde 2007, atuando
nas áreas de marketing estratégico
e marketing regional no cerrado
brasileiro. Agora passa a ocupar o
cargo que desde 2012 estava sob o
comando de André Kraide, que agora
que assumiu as operações da Bayer
CropScience no México.
vétoQuinol comPra unidade de saúde animal da Bioniche life sciences
O grupo francês Vétoquinol anunciou
a conclusão do processo de aquisição
da canadense Bioniche em abril. “O
negócio representa uma nova etapa
na implementação de nossa estratégia
de desenvolvimento internacional e vai
reforçar de maneira significativa nosso
Fábrica Vétoquinol no Brasil.
Eduardo Mazzieri, diretor da unidade de Sementes da Bayer CropScience.
Divu
lgaç
ão
Divu
lgaç
ão
jun/jul 2014 AgroRevenda 15
aumento de área plantada no País,
com ‘novas fronteiras agrícolas’ em
Estados como Pará e tocantins. tudo
isso faz com que a confiabilidade em
nossos produtos atraia clientes novos”,
apontou Silvio Furtado, gerente de
Vendas e de Projetos dos Sistemas de
Eixos e transmissões Fora de Estrada
da ZF.
landini aPresenta nova linha
A companhia italiana landini levou para
a 21ª edição da Agrishow o seu mais
recente lançamento. O trator landforce
foi apresentado ao público presente e
deve atender à demanda dos países
da América latina. “A landini buscou
na dedicação exclusiva a tratores, o
desenvolvimento de equipamentos
com a mais alta eficiência produtiva
no campo. isto foi o resultado de
permanente investimento em pesquisa
e desenvolvimento, o que permitiu uma
expressiva oferta por parte de seus
concessionários, de soluções flexíveis
a seus clientes”, comemora o CEO
para as Américas tiago Bonomo. O
landForce é um trator de alta eficiência
equipado com transmissão 12x12
com reversor mecânico sincronizado
e bloqueio do diferencial traseiro
acionado por um simples interruptor
no espaço do operador, tendo como
e alfacipermetrina - que têm
composição exclusiva e balanceada,
o que confere seletividade e eficácia
biológica contra os percevejos, que
são insetos sugadores e promovem
a deformação das plantas e má
formação dos grãos. Para a cultura do
arroz, o Fastac® duo foi registrado
para o controle do percevejo-do-
colmo e pode ser utilizado de forma
rotacionada e, consequentemente,
auxiliar no manejo de resistência
dos insetos. “É muito importante
monitorar a cultura do arroz, pois
o percevejo-do-colmo pode ser
encontrado nas fases vegetativa e
reprodutiva da cultura“, afirma Airton
leite, gerente de desenvolvimento
técnico Cerais Sul da unidade de
Proteção de Cultivos da BASF. “tanto
na produção de sementes de soja
como na de arroz, o percevejo causa
perda de poder germinativo e vigor.
Além disso, os campos de produção
de sementes muitas vezes são
descartados devido a má qualidade
dos grãos. Por isso, é importante
a aplicação do produto logo no
aparecimento dos primeiros insetos,
evitando-se a explosão da praga e
novas gerações“, complementa o
executivo.
Zf na aGrishow
O Grupo ZF, multinacional com atuação
no fornecimento de sistemas de
transmissão e tecnologia de chassis
para o setor automotivo expôs sua
linha de produtos durante a 21a.
Agrishow, realizada entre os dias 28 de
abril e 02 de maio em ribeirão Preto,
SP. Além dos eixos e transmissões
para máquinas agrícolas, a companhia
deu destaque para as transmissões
automatizadas e mecânicas para
veículos comerciais, embreagens,
componentes de chassis e peças de
reposição para todo tipo de veículo
ligado ao campo, do trator ao
caminhão.
As perspectivas de
mercado para os produtos
da área agrícola da ZF
são promissoras com as
projeções para o biênio
2013/2014: “dados da
Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB)
indicam que a próxima safra
brasileira de grãos deverá
atingir 190 milhões de
toneladas, um novo recorde
nacional. também houve LandForce da Landini: pronto para a América Latina.
Estande da ZF na Agrishow 2014.
Divu
lgaç
ão
Divu
lgaç
ão
16 AgroRevenda jun/jul 2014
maior caPacidadede receBimento
A Mosaic Fertilizantes, produtora
global de fosfatados e potássio
combinados, anunciou no final de
maio, o início das operações do
novo guindaste no terminal portuário
da Fospar, em Paranaguá. “Este é
um investimento muito importante
para a otimização das atividades do
terminal portuário da Fospar e reflete
o comprometimento da empresa com
o desenvolvimento do país”, afirma o
gerente de porto da Mosaic, ronaldo
Sapateiro.
O projeto para a aquisição do novo
guindaste teve início em 2012 e
foi desenhado especialmente para
o terminal portuário da Fospar.
O equipamento é mais seguro,
econômico e de alta confiabilidade.
Outro aspecto relevante é o caráter
sustentável do guindaste, que possui
sistema de absorção da energia
cinética e geração de energia elétrica,
consumindo, assim, menos óleo diesel.
A expectativa é que esta nova
aquisição aumente a confiabilidade
e eficiência no recebimento de
fertilizantes no terminal. Além disso,
a previsão é de que o equipamento
apresente uma maior produtividade
comparado ao guindaste anterior.
A partir de agora a Fospar, unidade
administrada pela Mosaic, conta
com dois equipamentos de ponta,
considerados os melhores para
operação de descarga a granel.
opcional o super redutor. Sua tomada
de força é independente, com
potência de 103 cv e duas velocidades
540/1000rPM. Plataforma do trator com
ótima ergonomia sendo as alavancas
de acionamento da transmissão nas
laterais , levantador hidráulico com
capacidade de elevação de 5000kg,
acionamento mecânico e 2 válvulas de
controle remoto.
armaZenamentosa Granel
A Sansuy, tradicional fabricante
de laminados flexíveis e produtos
manufaturados de PVC, levou para a
Bahia Farm Show, realizada entre os
dias 27 e 31 de maio, em luís Eduardo
Magalhães, BA, o silobunker, seu novo
sistema para armazenamento de grãos
a granel. O equipamento é destinado a
produtores, empresas armazenadoras
e cooperativas e foi desenvolvido
para atender à grande demanda por
sistemas de armazenamento de grãos
no Brasil. Sua estrutura metálica de
contenção e cobertura em membrana
de PVC reforçada, também produzida
pela empresa impedirá a entrada
de água da chuva, preservando a
qualidade dos grãos.
Seu funcionamento é simples: primeiro
montam-se os perfis metálicos e,
conforme ocorre o enchimento de
grãos, vão sendo cobertos por módulos
de membrana de PVC reforçada. O
equipamento armazena diversos tipos
de grãos, sendo que a capacidade
padrão é de 10.000 toneladas de milho
ou soja.
fornecedores
Apresentacão do Topseed Premium durante a Hortitec em Holambra, SP.
Silobunker da Sansuy, o novo sistema para armazenamento de grãos a granel: novidade no Bahia Farm Show.
Divu
lgaç
ãoDi
vulg
ação
jun/jul 2014 AgroRevenda 17
destinada ao mercado de hortifrúti e
proporciona nutrição equilibrada em
todas as etapas da produção.
“A Ajinomoto investe na Hortitec por
ser uma das mais importantes feiras
do segmento de hortaliças do mundo.
Acreditamos ser uma oportunidade
única para estreitar relacionamentos
com clientes e fornecedores,
apresentando produtos inovadores,
de alta tecnologia e que entregam
soluções expressivas para produtores
rurais”, afirma Maurício Silva, gerente
de área da divisão.
A divisão Agronegócios da Ajinomoto
do Brasil foi estruturada no ano 2000.
Hoje atua no mercado de fertilizantes
em diversas culturas, entre elas frutas,
hortaliças e café.
O porto de Paranaguá é o principal
ponto de descarga de fertilizantes
do Brasil, recebendo 42% das
importações desse produto. No
terminal da Fospar atracam de sete a
dez navios por mês, sendo que cada
embarcação transporta em média 30
mil toneladas de fertilizantes.
ajinomotolança fertiliZante
A 21ª edição da Hortitec, realizada
entre os dias 28 e 30 de maio em
Holambra, interior de São Paulo, foi o
palco para o lançamento do AJiFOl®
Max, fertilizante organomineral
foliar desenvolvido pela Ajinomoto
do Brasil. O novo produto fornece
e facilita o acesso de nutrientes
a culturas variadas, como frutas,
hortaliças e café, pois combina
o efeito surfactante, que melhora
a dispersão das gotas sobre as
folhas e aumenta a absorção, com
os benefícios dos aminoácidos,
grande diferencial dos produtos da
companhia. As marcas AMiNO® Plus,
AMiOrGAN®, AJiPOWEr® e AJiFOl®
Gold também foram destacadas no
espaço da empresa, no pavilhão
marrom. A linha de fertilizantes é
Novidade na Hortitec 2014: lançamento do Fertilizante AJIFOL® da Ajinomoto.
Novo guindaste no terminal portuário da Fospar em Paranaguá.
Divu
lgaç
ão
18 AgroRevenda jun/jul 2014
mercado
Fagundes, coordenador de Marke-
ting da Premix, empresa de nutri-
ção animal, com sede em Patrocínio
Paulista, interior de São Paulo.
de acordo com Fagundes, a Premix
é pioneira em assistência técnica no
campo e prioriza, desde sua funda-
A suplementação bovina é uma
ferramenta cada vez mais utili-
zada pelo pecuarista de corte
para garantir que seu rebanho mante-
nha o ritmo de engorda, mesmo nos
períodos mais secos do ano, quando
o pasto perde muito do vigor. A im-
portância da mineralização tem sido
percebida graças a uma forte estra-
tégia de esclarecimento da indús-
tria sobre os benefícios do produto.
“realizamos diversas palestras, dias
de campo, encontros com pecuaris-
tas e, principalmente, visitas às pro-
priedades com uma equipe técnica
altamente qualificada”, afirma Jonas
Paraindústria,asagrorevendassãoaliadasimportantespara manter o consumidor bem informado
Produtor consciente, Gado Bem suPlementado
Mônica Costa
jun/jul 2014 AgroRevenda 19
buscar melhores índices de produtivi-
dade. “E para alcançar esses índices,
o pecuarista deve focar em melhorias
na nutrição do rebanho, assim como
genética, manejo e etc.”, diz o coor-
denador de Marketing da Premix que
atende 10% deste mercado e espera
crescer até 15% em 2014.
Informação como baseA participação das agro revendas
como uma fonte para a divulgação
da importância da suplementação
também é considerada pela Con-
nan, Companhia Nacional de Nutri-
ção Animal, sediada em Boituva, SP.
Para Márcio de Nadai Bonin, médi-
co veterinário e gerente técnico da
indústria, a associação com estes
canais de distribuição é importante
por causa da proximidade com o
pecuarista. “As agro revendas po-
dem ser parceiras da indústria na
transferência de informações atra-
vés de ações conjuntas em eventos
que reúnam seus clientes e treina-
mento de seus funcionários sobre a
correta utilização das diferentes ca-
tegorias de suplementos.”, afirma.
ção, o compartilhamento da infor-
mação e do conhecimento com o
pecuarista. E as revendas têm papel
fundamental para este fim. “Na pe-
cuária isto é ainda mais perceptível,
pois os vendedores das lojas são
grandes influenciadores e possuem
relacionamento direto com os criado-
res” diz.
de todo o volume de suplementos
minerais produzidos pela companhia,
que atua há mais de 35 anos nesta
área, 25% passa pelas agro reven-
das. “Por isso temos este canal como
um grande parceiro e fomentamos
um trabalho conjunto realizando pa-
lestras técnicas e visitas a campo nos
clientes das revendas”, continua.
“A agro revenda é nossa parceira na
promoção e orientação dos nossos
clientes pecuaristas quanto ao uso
da nossa exclusiva tecnologia” acres-
centa Juliano Sabella, diretor de Marke-
ting de ruminantes da dSM Brasil.
Companhia holandesa com sede na
capital paulista, que possui o maior
corpo técnico a campo do mercado
e que trabalha exclusivamente com
produtos tortuga para ruminantes.
“realizamos eventos para difundir a
nossa tecnologia para o mercado.
também promovemos treinamentos
para as equipes das agro revendas
que são importantes para levar in-
formações técnicas adequadas ao
produtor rural”, diz.
Em 2013, de acordo com a Associa-
ção Brasileira das indústrias de Su-
plementos Minerais (Asbram), o setor
encerrou o ano com um crescimento
de 3,75% ante 2012, com a venda de
quase dois milhões de toneladas de
insumos para alimentação animal, o
faturamento regis-
trou aumento de
19% com a recei-
ta atingindo r$
2,57 bilhões. Este
resultado aponta
para uma melhoria
na quantidade e
qualidade do re-
banho suplemen-
tado. Fagundes
defende que este
é um reflexo do
avanço da agricul-
tura em áreas de
pastagens que for-
ça o pecuarista a se
tecnificar mais e
consequentemente Jonas Fagundes, coordenador de Marketing da Premix.
Divu
lgaç
ão
20 AgroRevenda jun/jul 2014
de incentivo à tecnologia tortuga
(Pitt) que uma consultoria e ofere-
ce serviço personalizado constante
para os produtores com o objetivo
de estimular o aumento da produti-
vidade e da lucratividade. “A troca
de informações é fundamental para
que o criador possa fazer suas es-
colhas de maneira clara e eficiente”,
aponta Sabella.
de acordo com o executivo, a com-
panhia começa agora uma nova
fase com a introdução de novos
nutrientes e novas soluções para
os problemas enfrentados pelos
criadores brasileiros. “As nossas
perspectivas são ambiciosas, ain-
da mais agora com as tecnologias
advindas da dSM, que nos colo-
ca em novos mercados. Exemplo
disso são os produtos que foram
lançados na Megaleite, destinados
ao período de transição da vaca
leiteira, Bovigold Beta Pré-Parto e
Bovigold Beta Pós-Parto, que pro-
movem o melhor desempenho re-
produtivo das vacas, diminuindo o
intervalo de partos e aumentando
a taxa de prenhez e a rentabilidade
dos produtores”, completa.
O executivo lembra que os pecuaris-
tas comprometidos com o sucesso
do negócio compreendem a impor-
tância e o retorno que a suplemen-
tação nutricional proporciona. “Estes
procuram suplementar de forma cor-
reta. Entretanto, ainda existem produ-
tores que entendem a suplementação
como custo e não como investimen-
to, essa parcela de produtores tende
a não seguir as recomendações téc-
nicas, suplementando o rebanho de
forma inadequada”, explica.
Para Bonin, o apoio governamental,
embora não seja suficiente frente a
enorme demanda do setor produti-
vo, é uma estratégia importante para
a conscientização do produtor. “En-
tendemos que órgãos como a Co-
ordenadoria de Assistência técnica
integral (CAti), em São Paulo ou as
Empresas de Assistência técnica e
Extensão rural (EMAtEr) em outros
Estados, são fundamentais na trans-
ferência de novas tec-
nologias, principalmente
aos pequenos produto-
res”, completa o gerente
técnico da indústria que
completou 10 anos em
2014 e que já se posi-
ciona entre as 10 maio-
res empresas do país
no setor e tem como ex-
pectativa o crescimento
de 33% em 2014.
A Connan tem como
rotina a orientação dos
clientes quanto ao uso
correto e os benefícios
da suplementação. Além
disso, são realizados
treinamentos de funcio-
nários e dias de campo
em fazendas de diversas
regiões do país, levando
informações e tecnolo-
gias que proporcionam o
aumento da produção e da lucrativi-
dade da pecuária brasileira.
A prática também é uma rotina na
dSM que investe na informação de
seus parceiros através do Programa ar
Márcio De Nadai Bonin, médico veterinárioe gerente técnico da Connan.
Juliano Sabella, Diretor de Marketing de Ruminantes da DSM Brasil.
Divu
lgaç
ão
Divu
lgaç
ão
mercado
jun/jul 2014 AgroRevenda 21
maIs tecnologIa na suplementação
Os produtos da linha Connan diferem dos sais minerais comuns por se tratar de um produto elaborado através
de exclusivo processo de aglomeração em que todos os nutrientes garantidos encontram-se na mesma partícula
(microgrânulo). isto confere ao produto maior homogeneidade, uma vez que não está sujeito à segregação. Outra
grande vantagem é a presença do cloreto de sódio no interior das partículas do produto, evitando a absorção
de umidade em excesso e o empedramento no cocho. Além da qualidade
química e física do produto, a Connan busca sempre a melhoria da eficiência
produtiva e financeira dos clientes. Com a linha Connan Mais que combina
aditivos promotores de crescimento e eficiência alimentar com modernas
fórmulas e técnicas de suplementação. Os produtos proporcionam acesso
à tecnologia de ponta e inovações produtivas para sistemas tradicionais,
tecnificados e altamente tecnificados nas fases de cria, recria e engorda
através de manejo de fácil adoção e implantação.
soluções para todas as categorIas
A Premix tem soluções para a pecuária de corte, leite, equinocultura, caprinocultura e
ovinocultura. Como destaque, os protocolos de monta com uma linha de minerais
orgânicos e o FAtOr P que é a mais avançada biotecnologia que auxilia na produção de
carne e leite orgânicos. É um aditivo orgânico composto por aminoácidos, probióticos e
ácidos graxos essenciais que melhoram a digestão de alimentos fibrosos, o metabolismo
ruminal e a absorção de nutrientes. A sua inclusão no sistema de alimentação favorece
aumentos no ganho de peso em até 20%, melhora a reprodução de fêmeas, pode reduzir
o manejo sanitário e melhorar a resposta imunológica.
maIor produtIvIdade
A dSM tem como destaque o Programa Boi Verde, que é uma linha completa de suplementos que aumentam a
produtividade do gado de corte, com produtos específicos para cada fase do animal e época do ano permitindo
que os animais cresçam/engordem mais rapidamente, diminuindo
o tempo necessário para atingirem o peso ideal. “Programa de
Suplementação Estratégica tem o mesmo propósito e pode ser
adequado para atender necessidades pontuais de manejo da
propriedade”, completa o diretor de marketing de ruminantes da
companhia.
22 AgroRevenda jun/jul 2014
investirem Pessoas temretorno Garantido
Grupo Belagrícola se destaca entre as agro revendas pelo trabalhodeexcelêncianagestãodepessoas
Mônica Costa
No atual cenário empresarial, marcado pela globalização e competitividade, é
essencial que as empresas invistam no aprimoramento profissional de seus
colaboradores. Equipes motivadas, competitivas, eficientes e que garantam
bons resultados são alguns dos principais objetivos das empresas nos dias de hoje.
capaBelagrícola
Divu
lgaç
ão
jun/jul 2014 AgroRevenda 23
“ter na companhia equipes qualificadas
para as funções que desempenham é
primordial para o sucesso do negócio.
isto porque a qualidade dos produtos
e serviços tem relação direta com o
nível de capacitação das pessoas que
trabalham na organização”, ressalta
renan de Marchi Sinachi, coordenador
de projetos da leme Consultoria –
especializada em soluções para Gestão
de Pessoas e Estratégia Empresarial.
Para que uma empresa conquiste
visibilidade no mercado em que atua,
ficando à frente da concorrência, é
importante ter profissionais capacitados
e em sintonia com os seus valores,
objetivos e metas e este tem sido o foco
da Belagrícola, agro revenda sediada
em londrina, a 400 km de Curitiba,
capital do Paraná, que apostou em
novos serviços e na confiança dos
mais de dois mil funcionários para
ser uma das maiores empresas do
agronegócio do País.
“A gestão de pessoas é uma das
forças mais importantes no contexto
organizacional. Nós não vamos para
lugar nenhum se não contarmos com
profissionais comprometidos com a
empresa”, diz Adilséia Batista, gerente
do departamento de recursos humanos
da companhia. de acordo com a
Equipe Belagrícola: integrada e unida com os objetivos da empresa.
segundo especIalIstas,as empresas que não estImulam nem Investem na capacItação de seus profIssIonaIs estão fadadas ao fracasso, poIs este é um processo contínuo para aprImorar habIlIdades e adquIrIr novos conhecImentos e manter os colaboradorese a empresa atualIzados.
24 AgroRevenda jun/jul 2014
capaBelagrícola
executiva, é fundamental que toda a
equipe trabalhe com foco no processo
de desenvolvimento dos parceiros,
para tanto é preciso que haja políticas
e práticas de recursos humanos
consistentes com o pensamento e
valores da Belagrícola.
“A área de Gestão de Pessoas
ganhou força a partir de 2008, mas
o foco nos funcionários existe desde
o nascimento da empresa em 1985,
porque João Andreo Colofatti, o
presidente-fundador, sempre priorizou
os seus colaboradores por entender
que o grande diferencial de um
negócio é ter pessoas afinadas com
os objetivos da organização”, afirma.
empresa destaqueO resultado do investimento no quadro
de funcionários é o destaque que a
Belagrícola tem recebido no cenário
nacional como uma das melhores
empresas em gestão de pessoa.
Em novembro de 2013 a Belagrícola
foi a única do agronegócio a ser
premiada pelo ranking “As Melhores
na Gestão de Pessoas”, da revista
Valor Carreira, publicação anual do
jornal Valor Econômico. depois de ser
classificada para o ranking por quatro
vezes consecutivas, a Belagrícola
conquistou o terceiro lugar na
categoria “Empresas de 1001 à 2.000
funcionários”. A pesquisa elaborada
pela consultoria Aon Hewitt, apresenta
as 30 empresas mais bem avaliadas
por seus próprios funcionários e
serve como um indicador importante
para as empresas que participam
porque revela como a satisfação dos
funcionários se traduz também em
resultados para os negócios.
“Estes prêmios confirmam que
estamos no caminho certo. uma vez
que cuidamos das nossas pessoas
e percebemos que há um retorno
de envolvimento e comprometimento
dos profissionais com a empresa”,
continua a gerente.
Entre os critérios para apontar os
ganhadores do ranking está a análise
por meio do nível de engajamento,
ou seja, quando os funcionários falam
positivamente sobre a empresa, têm
grande desejo de fazer parte da
organização e mostram esforço extra,
contribuindo para o sucesso da equipe.
A “média final” da Belagrícola foi 80,
calculada a partir de três quesitos
gerais: engajamento (85%), cultura de
alto desempenho (74%) e satisfação
(78%). O item mais bem avaliado
na pesquisa entre os funcionários
foi “reputação da empresa” 93%.
“idoneidade é uma característica
importante que a empresa preza e exige
de seus colaboradores”, completa a
gerente de recursos humanos.
No mês de agosto de 2013, a
Belagrícola também foi destaque no
ranking 1000, do Valor Econômico, que
apresenta as mil maiores empresas do
Brasil. Entre as cinco londrinenses que
aparecem na relação, a Belagrícola é
a primeira da lista, na 241ª posição.
“também fomos ganhadores do
prêmio “Ser Humano Paraná – 2011
na Modalidade Gestão de Pessoas
e Prêmio FidAGH 2013 na categoria
Excelência Empresarial da república
do Panamá” lembra Adilséia.
Capacitar os funcionários é a ferramenta
usada pela agro revenda para se
manter em ascensão. A companhia
oferece aos 2.194 funcionários cursos
de treinamento, bolsas de graduação
e pós-graduação. “temos plano de
Adilséia Batista, gerente do departamento de recursos humanos da Belagrícola.
Sede da Belagrícola em Londrina, PR
Divu
lgaç
ãoDi
vulg
ação
jun/jul 2014 AgroRevenda 25
cargos e oportunidades, avaliação
de desempenho e reconhecimentos
financeiros instituídos na empresa”,
afirma a gerente. Os funcionários têm
participação nos resultados, e os que
mais se destacam ganham viagens
com a família e prêmios internos.
“tenho aprendido muito aqui e
a possibilidade de ampliar meus
conhecimentos tornam o meu trabalho
ainda mais prazeroso”, assegura
rodrigo Bragante, engenheiro
agrônomo, que trabalha há quatro anos
na Belagrícola como consultor técnico
na unidade localizada em Arapongas,
Pr, a 40 km da sede em londrina.
Bragante é um dos funcionários
da agro revenda que frequenta
a Academia de Vendas, projeto
de capacitação desenvolvido pela
Syngenta, multinacional com atuação
em proteção de cultivos, em parceria
com seus revendedores.
O curso tem duração de quatro anos
e oferece educação contínua para
os profissionais de venda das agro
revendas parceiras, certificado pela
Escola Superior de Propaganda e
Marketing (ESPM). As aulas são
planejadas a partir das necessidades
dos parceiros e ministradas de forma
que levem aos alunos conhecimentos
relevantes para o dia a dia, como
administração rural, tecnologia de
produção e informações sobre o
mercado. Além disso, os alunos
têm a oportunidade de produzir
resenhas técnicas, estudos de caso e
levantamento de dados experimentais.
“Com o conhecimento adquirido nos
cursos promovidos pela empresa tenho
mais embasamento e segurança para
lidar com os clientes no campo e isso
aumenta a fidelidade ”, diz o engenheiro
agrônomo, que também participa de
outros treinamentos técnicos e cursos
de atualização dentro da Belagrícola.
conscIentIzação e humoruma das inovações da Belagrícola
foi apresentada durante a Semana
interna de Prevenção de Acidentes de
trabalho (Sipat) em 2013. A companhia
apostou na presença de palhaços para
conscientizar os funcionários sobre
a importância da utilização correta
dos equipamentos de proteção e
das medidas preventivas para evitar
Unidade Belagrícola em Cambé, PR.
Divu
lgaç
ão
26 AgroRevenda jun/jul 2014
acidentes no ambiente de trabalho. O
Plantão Sorriso, um grupo de palhaços
repleto de carisma e bom-humor
criou o projeto Plantão de Qualidade,
especializado em “rH”, ou seja, em
“risos e Humor”. São ações dirigidas
a empresas e instituições que buscam
qualidade nas relações de trabalho e
bem-estar.
Por meio do teatro, os doutores-palhaços
do Plantão Sorriso realizaram 14
apresentações na Belagrícola, abordando
a segurança no trabalho, a prevenção de
doenças, a motivação e a qualidade de
vida: “Na Sipat da Belagrícola, criamos
um roteiro de atividades baseado nos
gargalos da empresa para reforçar a
questão da segurança no trabalho”,
explica a coordenadora geral do grupo,
Emilia Miyazaki. Quando contratados
pelas empresas, o Plantão Sorriso
também faz intervenções no ambiente
de trabalho. Os doutores-palhaços
percorrem as salas, os departamentos
e os corredores da empresa, passando
uma mensagem diferenciada. uma
das características do grupo é interagir
com os funcionários, levando humor,
informação e descontração. “A presença
do palhaço no ambiente empresarial
muda a rotina de trabalho, desperta a
criatividade e gera energia positiva”,
comenta Emilia.
clIente satIsfeIto Com funcionários bem tratados, o
resultado não poderia ser outro: a
Belagrícola tem uma base com mais
de 15 mil clientes fidelizados e deve
registrar em 2014 um faturamento
de aproximadamente r$ 2,4 bilhões.
Com profissionais especializados,
entre eles engenheiros agrônomos,
capazes de ajudar os clientes sobre
o uso adequado de insumos em
suas propriedades, a Belagrícola
iniciou um plano de venda de muito
sucesso. ‘Havia muita carência por
assistência técnica aos produtores
nas revendas agrícolas”, lembra
João Andreo Colofatti, presidente da
empresa. Segundo ele, o processo
que faz uma empresa crescer, em
qualquer setor, é a inovação. No caso
da Belagrícola, a assistência técnica
prestada aos produtores ajudou a
fidelizar clientes. ‘’Naquela época, os
agricultores compravam de diversos
fornecedores, por isso decidimos
contratar engenheiros agrônomos para
darem o suporte necessário para os
clientes‘’, relembra Colofatti. Com essas
parcerias, as revendas começaram a
se tornar filiais. Segundo o dirigente,
o trabalho de campo foi muito intenso.
‘’Não basta contato comercial, se não
houver uma interação com o produtor’’,
salienta. Hoje, a Belagrícola possui
50 unidades filiais, sendo 35 só de
recebimento e sete delas localizadas
no estado de São Paulo.
Unidade Belagrícola em Tamarana, PR.
ar
Divu
lgaç
ão
capaBelagrícola
jun/jul 2014 AgroRevenda 27
dIretrIzes estratégIcas do rh
A Belagrícola apresenta um crescimento exponencial, mas tem como objetivo
manter a cultura, a forma simples de trabalhar e a proximidade entre os
colaboradores. Sendo assim a Área de Recursos Humanos tem como papel:
• Apoiar e instrumentar a direção nas decisões estratégicas;
• Criar mecanismos de manutenção da cultura;
• Capacitar a liderança tanto na parte de gestão como em
questões relacionadas à cultura e procedimento organizacional;
• Munir a direção de informações que a auxilie
na tomada de decisão;
• Ser uma área aberta a todos os colaboradores com o objetivo
de trazer soluções e respostas rápidas e eficientes a todos.
Divu
lgaç
ão
28 AgroRevenda jun/jul 2014
índice de confiança do produtorICP
A 29ª rodada do Índice de
Confiança do Produtor rural
realizada pelo AgroFEA/uSP
mostra que a confiança dos produtores
rurais, medida pelo iCPrural registrou
alta em relação à última rodada,
realizada no mês de janeiro, ficando
acima do nível de confiança. Enquanto
isso a confiança dos produtores de
soja (iCPSoja) permaneceu no mesmo
nível. O destaque do levantamento
de maio ficou por conta do subíndice
preço: alta de 16% no iCPrural
e elevação de 25% no iCPSoja.
A elevação deste item é reflexo,
segundo os entrevistados, da queda
significativa na produtividade, devido
ao clima desfavorável durante a safra.
ICPRuRAl REGIStRA AltAO iCPrural fechou a rodada marcando
104,3 pontos, aumento de 12% em
relação a janeiro, quando havia
registrado 93 pontos. O subíndice
insumos que havia marcado 123 pontos
em janeiro, sofreu elevação de 4%.
O que sinaliza uma alta no consumo,
principalmente defensivos. O subíndice
Equipamentos que havia marcado 68,2
pontos em janeiro foi o único a registrar
queda na rodada de abril, redução de
3%, marcando 66,1 pontos. O subíndice
Condições Atuais registrou leve alta de
2%, fechando a rodada em 94 pontos.
O iCPrural de abril passou a fechar
acima dos 100 pontos, indicando
produtores mais confiantes, sendo o
maior valor registrado nas últimas duas
rodadas. dos subíndices que compõem
o iCPrural, apenas Preço e insumos
fecharam acima dos 100 pontos,
mostrando que os produtores não
diminuíram e, em algumas situações,
elevaram a utilização de insumos em
suas lavouras. A principal justificativa
para a queda registrada no subíndice
Equipamentos foi a de que os produtores
já haviam feito à aquisição de novos
equipamentos no ano passado.
CoNfIANçA DoS SojICultoRES PERMANECE EStÁVElO iCPSoja fechou a rodada estável em
relação à rodada de janeiro, marcando
114,5 pontos. Este resultado expressa
a confiança dos sojicultores para a
safra de 2014. O destaque da rodada
ficou para o item Preço que fechou em
abril com forte alta de 25%, quando fonte: agrofea ribeirão preto/usp e markestrat / uni.business
Roberto Fava Scare, Matheus Kfouri Marino, Beatriz Paro Barison e Fernanda Branco Rodrigues
confiança do Produtor rural seGue em alta
28 AgroRevenda jun/jul 2014
29ª rodada do ICPRural mostra aumento de 12% em relação à pesquisa anterior
jun/jul 2014 AgroRevenda 29
fonte: agrofea ribeirão preto/usp e markestrat / uni.business
resultados trimestrais:
comparado à rodada de janeiro. Os
subíndices Equipamentos, insumos
e Condições Atuais apresentaram
redução, quando comparados com
a rodada de janeiro, com quedas de
8%, 2% e 16% respectivamente. Com
exceção dos subíndices Equipamentos
e Condições Atuais, todos os outros
indicadores permaneceram acima do
nível de confiança.
Em comparação ao mesmo período de
2013 o iCPSoja registrou alta de 7,2%. O
subíndice Preço, registrou alta de 55,2%,
quando comparado ao mesmo período
de 2013, indicando uma maior confiança
em relação aos preços da safra 2014.
Para o subíndice Equipamentos a queda
registrada no comparativo com abril de
2013 foi de 79%. O subíndice insumos
que apesar de registrar queda no período
de abril quando comparado a janeiro de
2014, apresentou elevação de 10,4% no
comparativo com abril de 2013.
O valor registrado de 93,9 pontos no
subíndice Condições atuais mostra que
as condições da safra de soja deste ano
não estão muito satisfatórias, embora
haja grandes expectativas de elevação
nos preços e de que uma quantidade
satisfatória de insumos na lavoura
aumente a produtividade. desta forma
a expectativa de lucro dos produtores
segue ainda a tendência da safra 2013.
MEtoDoloGIAA confiança do produtor é avaliada
por questões que abordam a intenção
de compra de insumos (defensivos
e fertilizantes), equipamentos e
implementos agrícolas, avaliação
sobre o preço do produto cultivado
e percepções sobre as condições
atuais do seu negócio. O iCPrural e o
iCPSoja se desdobram em subíndices
que refletem a expectativa para cada
um desses tópicos. Os índices são
apurados pelo AgroFEA ribeirão Preto
em entrevistas telefônicas com base
em uma amostra representativa de
produtores de soja, milho, cana, café,
arroz, citros e algodão em 16 estados
brasileiros. A coleta é realizada entre o
primeiro e o último dia útil do mês e a
divulgação é trimestral.
O objetivo dos indicadores é o de
aprofundar o conhecimento sobre a
tomada de decisão do produtor rural e
tem apoio da universidade de São Paulo
por meio do seu programa “Aprender
com Cultura e Extensão”.
Markestrat / Uni.Business
A Markestrat / uni.Business é umaorganização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geração e a difusão de conhecimento sobre o agronegócio brasileiro.
Site: www.markestrat.org www.unibusiness.orgTel.: (11) (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316Parceria: Canal rural
ar
AgroRevenda 29jun/jul 2014
30 AgroRevenda jun/jul 2014
Gestão de Pessoase Qualificaçãode eQuiPes
Matheus Consoli, Lucas Prado, Isabela G. R. Teixeira e Anamaria Gandra *
As revendas devem repensar a forma como contratam e aplicam ostreinamentos,quenãodevemsereventosúnicoseseparados,mas integrados e relacionados com a estratégia da empresa
markestrat & uni.business
30 AgroRevenda jun/jul 2014
centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia
Observa-se, há algum tempo
no mercado brasileiro, o
aumento nas movimentações
de fusão, aquisição, compra e vendas
de empresas. Essas mudanças
ocorrem porque o mercado precisa
ganhar competitividade e geralmente
as empresas que passam por
esse processo estão preparadas e
organizadas para isso.
Nesse sentido, observa-se a importância
das revendas agrícolas se organizarem
internamente. tanto em relação
aos processos e procedimentos de
trabalhos rotineiros, quanto em relação à
preparação da equipe para uma eventual
operação que exija sinergia. Além do
mais, deve-se considerar que o resultado
de um processo de consolidação será
o surgimento de empresas mais fortes
e estruturadas, acirrando ainda mais
a competição de mercado. Sendo
assim, esse cenário exige investimento
na capacitação da equipe para que
a revenda se mantenha atualizada e
competitiva.
Estudos apontam que a aprendizagem do
indivíduo no ambiente de trabalho ocorre
por duas maneiras, a informal e a formal.
A primeira é baseada nas experiências
do trabalho diário, nas relações pessoais
e nos feedbacks. Geralmente ocorre fora
das salas de aula e sem planejamento.
A segunda está relacionada com
treinamento e capacitação da equipe de
forma planejada e estruturada. destaca-
se que as ações de capacitação formal
são cada vez mais importantes num
contexto de mudanças econômicas,
políticas e sociais.
Nesse cenário, as revendas devem
repensar a forma como contratam e
aplicam os treinamentos, que não devem
ser eventos únicos e separados, mas
sim, integrados e relacionados com a
estratégia da empresa. Além do mais,
devem ser expandidos para as diversas
áreas e níveis hierárquicos, de acordo com
a necessidade. É comum observarmos
a contratação de treinamentos apenas
para a equipe de vendas, quando na
verdade, é importante capacitar também
a equipe interna, como por exemplo, no
uso correto do software, planejamento,
gestão financeira e do negócio, gestão
operacional, entre outros. isso se deve ao
fato de que a gestão eficiente da empresa
jun/jul 2014 AgroRevenda 31
ar
Tradiçãoe liderança
absolutas no mercado
Mais de 7,5 milhões debisnagas vendidas no Brasil desde 2008.
Agora o Mastifin® é exclusivamente
comercializado pelo Atacado. O
representante do atacadista mais
próximo de você será o responsável
pela venda do produto à sua loja, não
mais o representante da Ourofino
Saúde Animal. É mais oportunidades
para você com o antimastítico líder de
vendas no Brasil.
depende da análise de indicadores de
desempenho confiáveis.
Mas, para que a revenda não invista
dinheiro além do necessário, é preciso que
ela avalie a necessidade do treinamento,
planeje o programa de capacitação e
faça uma avaliação ao final para medir a
eficácia do treinamento.
A etapa de reconhecimento das
necessidades é primordial para as
organizações. Muito dinheiro é gasto
em treinamento sem realmente ser
necessário, apenas para cumprir com
um cronograma preestabelecido.
Quando isso ocorre, as chances de
retenção do conhecimento por parte da
equipe tendem a ser menores.
Os treinamentos realizados de acordo com
a estratégia da empresa e baseados nas
necessidades da equipe, independente
do nível hierárquico e da área, acabam
de certa forma, transformando a cultura
organizacional e, como consequência
influenciará os próximos programas
de capacitação. Cabe ressaltar que as
ações de treinamento e desenvolvimento
de equipe devem ser programadas para
atender às necessidades específicas de
cada participante. Ela pode ser detectada
por simples observação no trabalho, por
roteiros de avaliação e também pelo
resultado da avaliação de desempenho.
Quanto mais precisa for a ferramenta
utilizada para detectar os pontos de
melhoria, maior será a probabilidade de
eficácia do treinamento.
Assim, para garantir o retorno do
investimento feito em formação, as
organizações precisam começar a tratar
os investimentos em treinamento como
tratam outros investimentos financeiros.
É importante entender as necessidades
da organização, dos empregados
e assegurar que as concepções da
formação, do conteúdo e da entrega
proporcionarão captação máxima.
* Os autores são consultores da Markestrat
Uni.Business e atuam em projetos em
agronegócios e distribuição de insumos
agropecuários. Para maiores informações,
acesse www.markestrat.org
* Matheus Alberto Consoli - Especialista
em Estratégias de Negócios, Distribuição,
Marketing e Vendas, Gestão de Cadeias de
Suprimentos, e Avaliação de Investimentos.
Doutor em Eng. Produção pela EESC/USP.
Mestre pela FEA/USP. Professor de MBA’s
na FGV e FUNDACE/USP.
* Lucas Sciencia do Prado - Especialista
em Sustentabilidade Social no Varejo
e Negociação Empresarial. Mestre em
Administração de Empresas pela FEA-RP/
USP. Administrador de Empresas também
pela FEA-RP/USP.
* Isabela grespan da Rocha Teixeira -
Mestre em Administração de Organizações
pela FEA-RP/USP. Possui MBA em Gestão de
Comércio Exterior e Negócios Internacionais
e graduação em Administração de
Empresas.
* Anamaria guimarães gandra - Mestre
em Administração de Organizações pela
FEA-RP/USP e graduação em Administração
pela UNESP. Participou de diversos projetos
nas áreas de Planejamento Estratégico e de
Marketing para empresas.
jun/jul 2014
Markestrat / Uni.Business
A Markestrat / uni.Business é umaorganização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geração e a difusão de conhecimento sobre o agronegócio brasileiro.
Site: www.markestrat.org www.unibusiness.orgTel.: (11) (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316Parceria: Canal rural
32 AgroRevenda jun/jul 2014
gestão
32 AgroRevenda jun/jul 2014
stracta
Boas práticas das empresas que as revendas devem saber
Camila Mourad *
Em um trabalho de diagnóstico
de gestão realizado pela Stracta
em cerca de 60 revendas
agropecuárias distribuídas por todo o
país, uma das principais deficiências
gerenciais identificadas foi a gestão de
pessoas.
Nesses diagnósticos, encontramos
problemas como alta rotatividade de
funcionários, conflitos internos entre
chefias, desempenho da equipe abaixo
da expectativa e ações trabalhistas. Estes
problemas enfrentados pelas revendas
estão altamente relacionados com a
deficiência nas práticas de gestão de
pessoas identificadas pela Stracta em
cerca de 70% das revendas visitadas.
Com o aumento da concorrência pela
mão de obra observada no país nos
últimos anos, a implementação de
práticas ligadas a pessoas é uma saída
utilizada pelas empresas de diversos
setores. Mas que práticas são essas
e como elas podem contribuir para
a manutenção do bom funcionário e
para a melhora nos relacionamentos
interpessoais dentro empresa? A seguir
apontamos uma pequena lista para
falar sobre a importância de cada uma
dessas práticas:
Desenho da Estrutura organizacionalO desenho da estrutura organizacional,
também chamado de organograma,
é o primeiro passo rumo à gestão de
pessoas. isso porque uma parte dos
conflitos, principalmente nas empresas
de pequeno porte, é resultado da
indefinição das linhas de comando e das
funções de cada área ou departamento.
Com isso, várias pessoas se sentem
responsáveis pelas mesmas atividades
ou, o contrário, nenhum departamento
assume a responsabilidade sobre
determinadas atividades, “jogando a
bola” para o outro lado.
Para solucionar este tipo de
conflito, é preciso conversar com
todos os funcionários ou com um
representante de cada função, para
entender como as atividades estão
distribuídas entre as pessoas e como
se dá fluxo de poder. A partir desse
primeiro diagnóstico, será possível
desenhar uma estrutura de áreas e
cargos que atenda as necessidades
da empresa. Nesse momento, será
possível, inclusive, identificar a
necessidade de novas posições e
extinção de algumas que apresentem
sobreposições de tarefas.
Plano de Cargos e SaláriosCom as áreas e cargos definidos no
organograma, passamos para o passo
seguinte que é o detalhamento das
atividades e responsabilidades de cada
cargo, bem como as remunerações
atribuídas a eles. Para isso, fazemos uma
descrição de cargo, neste documento fica
estabelecido quais são as atribuições,
os requisitos de conhecimento e
as habilidades necessárias para
desempenhar bem a função.
Os benefícios da formalização dos
cargos estão inicialmente na clareza
que o colaborador tem sobre quais
são, de fato, suas responsabilidades e
sobre quais aspectos ele será cobrado
pela empresa. Essa simples informação,
muitas vezes dispersa nas pequenas
empresas do agronegócio, traz certo
conforto ao funcionário, permitindo que
ele se planeje para cumprir o acordo
estabelecido ao assumir a função. O
segundo benefício está na seleção de
novos colaboradores, pois o processo
seletivo poderá ser estruturado para atrair
profissionais com o perfil (conhecimentos
e habilidades) previamente descrito,
reduzindo a probabilidade de contratação
da pessoa errada. O baixo desempenho e
a rotatividade de funcionários podem estar
os caminhos do sucessoem Gestão de Pessoas
A Stracta Consultoria é uma empresa de prestação de serviços e treinamentos focada no atendimento personalizado de seus parceiros. Buscando participar dos desafios diários de seus clientes, a Stracta auxilia na melhor tomada de decisão para resoluções de problemas, permitindo o sucesso a longo prazo para a empresa.Tel: (11) 2339-4616 Site: www.stractaconsultoria.com.br E-mail: [email protected]
jun/jul 2014
ligados à má alocação das pessoas por
não atenderem às competências técnicas
e, principalmente, às comportamentais
que o cargo exige.
tanto na manutenção dos colaboradores
atuais como na atração de novos, o
acordo estabelecido entre empregado e
empregador deve deixar claro os direitos
e deveres de cada parte. Os deveres do
funcionário estão explícitos na descrição
de cargos, ao passo que os deveres do
empregador estão no plano de cargos
e salários . Esse tipo de ferramenta
permite o planejamento orçamentário
das promoções e novas contratações,
pois o valor da remuneração de cada
cargo já está previsto. Além disso,
a presença de planos de cargos e
salários que demonstre as diferenças
de remuneração em função do tipo
de atribuição dos cargos é um ponto
favorável às empresas em situações de
reclamações trabalhistas.
Avaliação de DesempenhoA partir do momento que temos um
acordo de direitos e deveres, todos
deveriam cumprir a sua parte, certo? Mas
como o colaborador pode ter certeza
de que sua atuação está atendendo
às expectativas dos gestores? Como o
colaborador pode saber se o seu gestor
está percebendo que ele se dedica mais
ao trabalho que outra pessoa na equipe?
As respostas para essas questões estão
na avaliação de desempenho.
A reação inicial de gestores e
funcionários que nunca passaram
por um processo de avaliação de
desempenho é a resistência, afinal as
pessoas serão “medidas” e alguns
pontos que às vezes fingimos ignorar
serão levados à tona. Essa resistência,
no entanto, pode ser quebrada com a
demonstração dos benefícios envolvidos
nesse tipo de prática, já que o avaliado
poderá adquirir maior consciência
sobre sua função e oportunidades de
desenvolvimento e crescimento.
Para o gestor, a avaliação proporciona
indicadores de gestão de sua área, que
também devem ser analisados a fim de
desenvolver a equipe em sua totalidade.
Além disso, os resultados das avaliações
podem ser utilizados como indicadores
para outros processos, como para a
elaboração de um plano de capacitação.
Portanto, a avaliação de desempenho
nos permite dar um feedback consistente
ao colaborador, algo que impacta
diretamente em sua motivação, e planejar
as ações de desenvolvimentos das
equipes de trabalho.
Plano de treinamento e DesenvolvimentoCom base nas necessidades de
desenvolvimento identificadas na
avaliação de desempenho de cada
colaborador, fazemos um levantamento
das necessidades de treinamento e
desenvolvimento de toda a empresa. Com
essas informações em mãos, é possível
elaborar um plano de capacitação voltado
aos objetivos estratégicos e à realidade da
empresa. um bom plano de capacitação
deverá responder às seguintes questões:
Quais são as nossas necessidades?
Onde devemos e queremos chegar?
Como iremos proceder para chegar
onde queremos? Como iremos mensurar
os resultados? Quanto irá custar o que
definimos fazer? Sem a resposta para
essas perguntas, a empresa corre o risco
de investir em treinamentos isolados cuja
efetividade não é percebida.
Além de melhorar o desempenho técnico
e comportamental dos colaboradores,
as ações de desenvolvimento também
apresentam caráter motivacional, pois traz
a possibilidade de crescimento individual
do colaborador.
Plano de Carreiraum dos componentes para que o
colaborador se engaje no aprimoramento
de suas habilidades e conhecimentos
é a visualização de como suas ações
irão contribuir para sua evolução dentro
da empresa. Apresentar quais são as
possibilidades de crescimento em termos
de posições possíveis dentro da empresa
é a função do Plano de Carreira.
O desafio central ao se elaborar esse
plano é atender tanto às necessidades
da organização, quanto aos anseios
e ambições profissionais e pessoais
do colaborador. diante da disputa
no mercado por bons profissionais,
apresentar as possibilidades reais e os
mecanismos de ascensão na empresa
confere reconhecimento e segurança
aos profissionais, contribuindo para a
manutenção dos talentos da empresa.
A adoção dessas práticas de gestão
de pessoas trazem excelentes
resultados para as empresas quando
bem implementadas, reduzindo a
rotatividade, melhorando o desempenho
das equipes e o clima organizacional.
O sucesso da implementação, por
sua vez, irá depender da presença
de um profissional qualificado em
gestão de pessoas para conduzir os
processos, mas principalmente, do
comprometimento dos gestores em
inserir a valorização e o reconhecimento
das pessoas à cultura da empresa.
* Camila Mourad - Consultora Associado
da Stracta Consultoria.
ar
AgroRevenda 33
34 AgroRevenda jun/jul 2014
profissional de vendas
Um departamento de Gestão de Pessoas ativo desenvolve treinamentos para capacitação dos colaboradores, cria condições de trabalho ideais, realiza descrições de atividades claras, monitora e acompanha o desempenho e amarra os objetivos estratégicos com os planos de remuneração e incentivo.
Lucas Sciencia do Prado*
Ao visitarmos as mais diversas
regiões do Brasil, notamos
que muitos distribuidores
estão trabalhando com o tema de
planejamento. Nesse aspecto temos
aqueles que já realizaram há algum
tempo o seu planejamento, aqueles que
estão em desenvolvimento, aqueles
que perceberam a necessidade e estão
se estruturando ou ainda aqueles que
não perceberam tal importância.
isso é consequência das
transformações no ambiente da
distribuição de insumos, que já
discutimos em outros artigos. O maior
detalhamento dessas mudanças foge
do escopo deste tema, no entanto,
podemos relembrar algumas dessas
transformações. Entre elas, o aumento
da competitividade (distribuidores
ampliando a sua área de atuação),
a presença de outros players na
distribuição, a maior verticalização dos
eQuiPe comerciale o desemPenho estratéGicoda revenda
jun/jul 2014 AgroRevenda 35
negócios ou ainda as mudanças no
comportamento do cliente: o produtor.
também é comum observarmos que
boa parte dos distribuidores sente
que o seu planejamento não está
sendo executado da maneira como
foi idealizado ou, ainda, que somente
um grupo seleto dentro da empresa
entende a estratégia. isso pode estar
ligado a resposta de uma pergunta
simples: quem implementa a sua
estratégia? talvez neste momento a
resposta já tenha sido dada em seu
pensamento: são as pessoas.
Assim o envolvimento das pessoas,
notadamente para o foco deste artigo,
da equipe comercial é fundamental para
a implementação do planejamento. Na
sequência, vamos destacar como o
vendedor pode contribuir para esse
processo, assim como a empresa
pode criar algumas bases para essa
integração:
(1) Envolvimento na definição
das estratégias.
Grande parte dos métodos de
estratégia trabalham com análises
internas e externas. A equipe comercial
pode levantar quais são os principais
pontos de melhoria de sua área,
assim como monitorar e trazer dados
de mercado, sobre culturas, atuação
dos concorrentes, novos entrantes e
tendências da região. Outro tópico
que merece destaque envolve as
informações sobre o que o cliente
valoriza. isso será muito útil para que as
empresas possam criar a sua proposta
de valor. A definição dos objetivos e
metas também pode ser facilitada com
a participação da equipe comercial.
Conhecer o potencial da área de
atuação e traçar metas de crescimento
para o longo prazo é importante.
(2) Envolvimento na execução
da estratégia.
Após definidos os planos de ação,
o time deve escalonar as metas e
colocar o projeto em prática. do lado
da equipe comercial é preciso ser
organizado, utilizar as ferramentas
que possam facilitar o trabalho do dia
a dia, tais como plano e relatórios de
visitas e fichas de relacionamento. O
vendedor deve buscar onde estão as
oportunidades para cumprir a meta
desenhada no longo prazo e quais são
os clientes que deverão fazer parte
desse processo.
do lado da gestão é preciso
acompanhar esse trabalho e criar
momentos para discussão e redesenho
dos planos de ação. A definição de
indicadores de desempenho pode ser
uma boa ferramenta. Esses indicadores
devem gerar informações sobre a
evolução dos principais objetivos
da organização. Por exemplo, se a
estratégia da empresa é aumentar a
penetração de mercado, sem expandir
muito a carteira de clientes, então
um bom indicador é o seu customer
share (participação de mercado) nos
principais clientes da empresa.
(3) Envolvimento no
ajuste estratégico.
todas as estratégias devem ser
acompanhadas e revisadas. Assim,
é importante que a equipe comercial
consiga gerar constantemente
informações sobre como o mercado
está se desenvolvendo, como a
concorrência se posiciona, quais são
os preços e ações praticadas. também
é importante observar a maneira como
o produtor (cliente) está respondendo a
oferta levada até ele. isso auxiliará os
gestores da organização a monitorarem
o planejamento estratégico, bem como
gerar ações para correção de curso.
Essas e outras ações podem ser
acompanhadas nas reuniões mensais
como a equipe.
Os tópicos listados neste artigo são
apenas alguns exemplos de como
as atividades desenvolvidas pela
equipe comercial podem auxiliar no
desenvolvimento estratégico da agro
revenda. Não podemos deixar de
ressaltar que a mesma análise feita
para a área comercial pode ser aplicada
para todas as áreas da organização.
* lucas Sciencia do Prado -
Especialista em Sustentabilidade Social
no Varejo e Negociação Empresarial.
Mestre em Administração de Empresas
pela FEA-rP/uSP. Administrador de
Empresas também pela FEA-rP/uSP.
ar
Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia“Missão de gerar valor para pessoas e organizações, desenvolvendo e aplicando conhecimento em administração, com a visão de ser referência internacional no planejamento e gestão de estratégias integradas e sustentáveis com orientação para o mercado”.E-mail: [email protected].: (16) 3456-5555
Seção direcionada a você
BAlCoNIStA. Sua opinião é muito
importante para nós da revista
Agrorevenda. Envie um e-mail
para [email protected]
e encaminhe os seus dados nos
informando o que você achou deste
tema. Sugira novos assuntos que
você, BAlCoNIStA, gostaria que
abordássemos nas próximas edições.
36 AgroRevenda jun/jul 2014
eventos
lÍderes mundiaisdiscutem o futuro daProdução aGrÍcola
brasileiro faz cada vez mais com
menos, registrando seguidos
recordes de produtividade, gerando
desenvolvimento socioeconômico,
e atuando com respeito ao meio
ambiente.” afirmou.
O GAF 14, que está entre os maiores
fóruns de agronegócio do mundo,
reuniu mais de 1200 produtores,
Os desafios para atender ao
crescimento da população mundial
que deverá alcançar nove bilhões de
pessoas até 2050 e a incorporação
de mais de três bilhões de pessoas
à classe média até 2030 foi o centro
das discussões promovidas pelo
Global Agribusiness Fórum 2014,
realizado nos dias 24 e 25 de março,
em São Paulo, SP.
Para Gustavo diniz Junqueira,
presidente da Sociedade rural
Brasileira (SrB) entidade
organizadora do evento, com
a curadoria técnica da datagro
Consultoria, o desafio de abastecer
o mundo tem que caminhar lado
a lado com a necessidade de
remuneração adequada e justa
para quem produz. “E o produtor
Miriam Pinto
Manter a produção sustentável para alimentar um mundo em constante crescimento foi o foco dos debates do Global Agribusiness Forum
Gustavo Diniz Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira em discurso de abertura do GAF 2014
Divu
lgaç
ão
jun/jul 2014 AgroRevenda 37
autoridades e representantes
de governos, pesquisadores e
membros da iniciativa privada de
cada um dos elos da cadeia de
produção e serviços de apoio, para
discutir os principais desafios e
oportunidades da agricultura e do
agronegócio, a nível mundial. Estas
discussões foram acompanhadas
e interagiram com mais de 36 mil
participantes remotos, localizados
em 19 universidades, mais de 4800
agências do Banco Bradesco e na
rede nacional integrada do sistema
BNdES.
segurança alImentarEm 2030 serão 8.3 bilhões de
pessoas no mundo, de acordo com
projeções do Fundo de Populações
das Nações unidas e, de acordo
com os especialistas, o aumento da
produtividade de grãos é um passo
importante para garantir a segurança
alimentar. “É preciso planejar para
que a produção seja suficiente
para atender consumidores cada
vez mais exigentes” afirmou Plínio
Nastari, presidente da datagro.
O aumento da demanda por
alimentos no mundo é explicado
por dois fatores principais:
crescimento populacional e renda
dos consumidores. dessa forma,
o incremento populacional e o
crescimento econômico dos países
resultarão na procura por alimentos
que consomem mais recursos para
serem produzidos, como as carnes.
“Existe potencial para novos ganhos
de eficiência em toda a cadeia
produtiva. Precisamos diminuir o
desperdício de alimentos, que é de
mais de 40%”, completou diniz.
O crescimento da produção de
alimentos aliado ao crescimento
populacional foi também lembrado
por Mônika Bergamaschi, secretária
da agricultura do Estado de São
Paulo. “Novecentos milhões de
pessoas estão sem comida. A
produção tem que crescer, de forma
sustentável, para uma população
também crescente”, disse.
Neri Geller, ministro da agricultura,
reforçou a linha de pensamento,
afirmando que a pasta irá se
empenhar para quebrar barreiras
fitossanitárias, abrir novos
mercados e no abastecimento com
grãos. ”Não precisamos aumentar
preços, precisamos efetivamente
é baixar custos. temos potencial
extraordinário de aumento da
produção”, considerou o ministro.
Outros temas como a alavancagem
da infraestrutura, comércio, valor da
produção, rastreabilidade, energia,
clima, logística, organização e
valorização do setor, comunicação
e cooperação do agronegócio no
mundo também foram abordados.
“Os painéis contemplaram
contrapontos e os debates foram
realizados com o objetivo de
oferecer diferentes visões sobre os
temas, a fim de propor reflexão e
produzir conteúdos abrangentes,
profundos e claros sobre os
assuntos”, sintetizou o presidente
da SrB.
Entre os palestrantes estavam
José Manuel Silva rodriguez,
diretor geral da Agricultura da
Comissão Européia; Peter Baron,
diretor executivo da Organização
internacional do Açúcar (iSO);
roberto Silva, diretor executivo
da Organização internacional do
Café (iCO) e Jean Marc Anga,
diretor executivo da Organização
internacional do Cacau (iCCO). ar0800 541 1170054 3323 1900
PARA ENCARAR QUALQUER CHÃO VOCÊ PRECISA DE
CONFORTO E RESISTÊNCIA!
As botas Superleve Baspan são de Poliuretano, por isso são mais leves, confortáveis e tem isolamento térmico.Para encarar o trabalho pesado ou no lazer, leve sempre suas Botas Superleve Baspan.
Seja um revendedor
LEVE TÉRMICA
CONFORTÁVEL
BOTA SUPERLEVE
BASPAN
Leve para qualquer chão!
zero
3des
ign.co
m
38 AgroRevenda jun/jul 2014
biotecnologia e assessoria técnica
que resultaram na movimentação de
mais de r$ 100 milhões em negócios.
A busca por tecnologia e inovação no
segmento de horticultura é reflexo do
crescimento acelerado de produção
estimado em mais de 120% na última
década e do faturamento superior
a r$ 45 bilhões por ano, de acordo
com a Associação Brasileira de
Sementes e Mudas (ABCSEM). A
entidade revela, ainda, que as áreas
durante três dias, em Holambra,
a 130 quilômetros da capital
paulista, mais de 27 mil
pessoas participaram de palestras,
rodadas de negócios e troca de
experiências dentro da 21ª edição
da Hortitec - Exposição técnica
de Horticultura, Cultivo Protegido e
Culturas intensivas.
O evento, que tradicionalmente
é realizado no mês de junho, foi
antecipado para os dias 28, 29 e 30
de maio em função das festividades
durante a Copa do Mundo no Brasil
e reuniu o que há de mais inovador
em tecnologia para todos os elos da
cadeia produtiva do setor de flores,
frutas, hortaliças, florestais e demais
culturas intensivas. Foram mais de
400 empresas expositoras brasileiras
e estrangeiras que apresentaram
novidades em sementes, bulbos,
mudas, fertilizantes, irrigação,
ferramentas, estufas, embalagens,
vasos, telas, substratos, climatização,
hortitecGera mais der$ 100 milhõesem neGócios
Perfiltécnicoatraicadavezmaisvisitanteseexpositoresparaoeventoqueseconsolida como um dos mais importantes da horticultura brasileira
Mônica Costa
Divu
lgaç
ão
eventos
jun/jul 2014 AgroRevenda 39
Já a Sakata Seeds, multinacional
japonesa sediada em Bragança
Paulista, SP, levou oito novas variedades
de hortaliças. Segundo Paulo Koch,
diretor de Marketing da companhia,
os novos produtos visam suprir as
necessidades e expectativas pré e pós-
colheita dos produtores rurais, bem
como as tendências de consumo do
mercado hortícola. “todos os esforços
da área de pesquisa da Sakata são
voltados ao desenvolvimento de
variedades com genética aprimorada,
ocupadas por hortaliças representam
500 mil hectares no país.
“O diferencial da Hortitec esteve, mais
uma vez, no nível técnico do público
que a visitou. isto porque grande
parte dos convites foi distribuída pelos
próprios expositores aos seus clientes
atuais e potenciais” aponta renato
Opitz, diretor geral da Hortitec.
de acordo com o executivo, além
dos negócios que são iniciados
durante a feira, a Hortitec tem um
papel fundamental na multiplicação
do conhecimento sobre a tecnologia
existente para a horticultura,
contribuindo de forma decisiva para
tornar a atividade cada vez mais
produtiva, rentável e ecologicamente
viável. “Capacitação técnica e
reciclagem de conhecimento também
são atividades consolidadas no
evento”, completou Opitz.
durante a feira, diversas palestras
com foco em orientação e inovação
sobre o mercado foram ministradas
para os profissionais do agronegócio
e empresários rurais do setor
hortícola. Entre os temas
abordados estavam: usos
da reserva legal; inovações
no Manejo integrado de
Pragas; Fundamentos da
rastreabilidade; Ferramentas
de Marketing no Agronegócio
e relacionamento Comercial.
cores e saboresAs mudanças de formato e
de cores das hortaliças e
legumes estiveram entre as
atrações da 21ª Hortitec para
o consumidor final. A isla
Sementes, empresa gaúcha
com mais de 50 anos no
mercado, levou para a 21ª
Hortitec os mini pimentões,
em quatro cores: laranja,
vermelho, amarelo
e branco. O público
presente também pode
conferir o lançamento
das alfaces Prado,
Carminia, Cacimba,
Joaquina e Palmas;
a abóbora Glória; as
berinjelas tetti, Niobe
e Morella; a beterraba
híbrida; o manjericão
Gennaro de Menta;
pepinos pré-comerciais;
os pimentões talento
e Bárbaro; e uma linha
de tomates com novas resistências e
formatos. “Os produtos dessa linha
especial de tomates são fornecidos
por produtores selecionados, que
atendem a rigorosos requisitos e são
controlados durante todo o processo
de produção, desde o cultivo
protegido até as boas práticas de
manejo. isso permite um volume de
produção mais controlado, garantindo
a maior qualidade do produto” aponta
diana Werner, diretora-Presidente
da isla.
Público presente na Hortitec em Holambra, SP.
Renato Opitz, diretor geral da Hortitec.
Divu
lgaç
ãoDi
vulg
ação
40 AgroRevenda jun/jul 2014
o destaque da instrutherm, marca
especializada em equipamentos de
medição. O medidor, modelo MP-150,
facilita o trabalho por ter um formato
tipo caneta que permite acesso aos
locais de difícil alcance. Pode ser
utilizado para uma série de finalidades,
como a inspeção em áreas agrícolas,
para analisar pragas e fungos em
folhas, plantas e frutos. Possui lentes
ópticas internas, com aumento máximo
de até 300 vezes, foco automático, com
distância focal de 10 mm, iluminação
controlada manualmente de oito lEds,
aproximação máxima de operação de
15 mm e conexão uSB.
de olho no mercado Atenta ao crescimento do setor, a Basf
anunciou, durante a 21ª Hortitec, a
entrada no mercado de fertilizantes
no Brasil com a linha librel totalmente
voltada para o segmento de hortifrútis.
Os produtos foram desenvolvidos pela
Ciba, empresa adquirida pela Basf
há cerca de cinco anos. “tivemos
a preocupação de testar a eficácia
e adaptabilidade dos produtos
ano após ano, para adaptação ao local
de cultivo, inclusão de resistências a
novas doenças, melhorias de padrão
e coloração dos frutos, dentre outros
aspectos importantes”, afirmou Koch.
Foram apresentados dois tomates
(Valerin e Santy), três pimentões (Marli
r, Beti r e Cida r), uma abobrinha
(Alanis) e dois pepinos (Compadre e
Campeiro).
Inovação como marcaO novo Pulverizador Costal de Alavanca
12l PrO foi a novidade levada pela
Guarany, empresa líder em tecnologia
de aplicação. O equipamento
apresenta um tanque com design
inovador, com capacidade para 12
litros para suportar uma jornada de
trabalho intenso e proporcionar total
conforto ao operador melhorando seu
desempenho durante a operação.
Além disso, o tanque reforçado feito
de polietileno extremamente resistente
diminui a possibilidade de vazamento
e trincas. O equipamento também
com um sistema de
filtragem que reduz
a possibilidade
de entupimento
e para garantir
mais segurança ao
usuário, a tampa do
pulverizador possui
um copo dosador
acoplado que
facilita a dosagem
e diminui o risco de
contato do operador
com os defensivos.
um microscópio
portátil que ajuda a
detectar e analisar
pragas em meio
ao campo foi
Os mini-pimentões coloridos da Isla.
Divu
lgaç
ão
Tomates Sakata.
Divu
lgaç
ão
eventos
jun/jul 2014 AgroRevenda 41
ao perfil climático brasileiro“, diz
Marcelo Manieiro ismael, diretor
de Especialidades da unidade de
Proteção de Cultivos empresa no
Brasil. toda a linha foi formulada a
partir de micro grânulos dispersíveis
em água para aplicação foliar ou
fertirrigação. Entre os benefícios estão
o aumento da produção, qualidade do
produto final, equilíbrio nutricional da
planta, eficiência em ampla faixa de Ph,
alta estabilidade em soluções nutritivas e
maior resistência ao stress da planta.
Pulverizador Costal de Alavanca 12l PRO da Guarany.
Divu
lgaç
ão
crescImento baseadona Inovação Em 2012 o setor de horticultura
produziu 19,6 milhões de toneladas
de hortaliças no Brasil, o que
representou um aumento de 13,4%
na comparação com o ano anterior.
O produtor investiu cerca de r$
475 milhões na aquisição de
sementes e obteve uma receita
de mais de r$ 14,2 bilhões. “Os
índices de produtividade e lucro
de comercialização aumentaram,
evidenciando que a horticultura
brasileira tem investido cada vez mais
em tecnologia, profissionalização
e qualidade técnica”, apontou
Steven udsen, presidente
da Associação Brasileira do
Comércio de Sementes e
Mudas (ABCSEM) que, e parceria
com MNAgro Consultoria compilou e
apresentou, com exclusividade durante a 21ª Hortitec, os novos dados da
Pesquisa Socioeconômica da Cadeia Produtiva de Hortaliças no Brasil.
O setor, que tem como base a mão de obra familiar, gerou dois
milhões de empregos no campo, número bastante considerável
quando comparado a outras culturas. A pesquisa considerou 18
espécies hortícolas e identificou também dados sobre os valores
de comercialização das hortaliças pelo produtor, atacado e varejo;
gastos totais com mão de obra e insumos agrícolas; além de um
panorama sobre a produção e comércio das principais espécies e os
fatores que influenciaram diretamente no aumento da produtividade
e lucratividade do segmento hortícola.
Os números foram levantados com base em dados fornecidos pelos
associados da entidade, que representam 98% do setor sementeiro
do País, e complementados por informações de órgãos públicos e
privados, redes de hortifrúti, consultorias, cooperativas, produtores e
profissionais experientes do setor.
ar
42 AgroRevenda jun/jul 2014
markestrat & uni.business
Está cada vez mais comum escutar
de empresas reclamações quanto
ao seu pessoal. Qualificação
inferior ao esperado, problemas de
rotatividade, dificuldade para atrair e reter
pessoas e até falta de candidatos para
assumir vagas disponíveis.
E esta não é uma questão localizada.
reclamações sobre este assunto
são relatadas por empresas de
todo o Brasil. Atualmente a taxa de
desemprego estrutural é muito baixa e
aqueles que querem trabalhar já estão
com alguma ocupação em muitas
localidades. Assim, na distribuição de
insumos, como em outros setores, lidar
com essa nova realidade passa a ser
uma rotina dos negócios.
um ponto que sugere o título desse
artigo, é que muitos veem as pessoas
Matheus Alberto Consoli *
Entre as agro revendas como em outros setores da economia, lidar com essa nova realidade passa a ser uma rotina dos negócios.
Gente!o ProBlema e a solução dos neGócios
jun/jul 2014 AgroRevenda 43
como um problema: não querem
trabalhar em localidades distantes,
querem receber salários mais elevados,
precisam ser capacitadas “on the job”,
estão mais exigentes e difíceis de serem
gerenciadas, entre outras reclamações.
Entretanto, poucos percebem, de
maneira estratégica, que são essas
pessoas que executam as atividades-
chave da empresa e que, sem gente,
de fato, não haveria problemas, mas
também não haveria negócio!
Assim, passamos a olhar as pessoas
como solução, com todos os desafios
inerentes à gestão de pessoas e
sugerimos atenção às questões abaixo:
Rotatividade/retenção: como
está a política de remuneração
e incentivos? A organização
deve manter um processo de
acompanhamento e meritocracia.
É importante lembrar que a
motivação dos colaboradores não
está apenas ligada à remuneração,
mas também aos benefícios,
reconhecimento, oportunidades
internas e ambiente de trabalho.
Há pouco tempo recebemos o caso
de uma revenda que está em pleno
crescimento em sua região, mas
que não consegue contratar um
novo gerente administrativo. Fizemos
algumas perguntas e análises a
respeito dos itens acima mencionados
e descobrimos vários problemas:
salário incompatível com a função,
falta de clareza do cargo, objetivos
indefinidos, dificuldades dos gestores
em lidar com o gerente. Não basta
culpar os “candidatos”, mas também
tem que se considerar os aspectos
internos, políticas e gestão de pessoas
da empresa.
Capacitação: O sonho do empresário
de distribuidoras agrícolas é encontrar
alguém pronto, bem formado e com
experiência no setor, se possível
cobrando pouco. infelizmente, essas
são situações cada vez mais difíceis de
serem encontradas.
Além dos aspectos setoriais, como
concorrência por mão de obra
e qualidade dos egressos das
universidades, a disponibilidade de
profissionais qualificados em algumas
regiões é realmente restrita. dessa
forma, será necessário cada vez
mais que as empresas invistam em
capacitação das suas equipes. isso
pode ser feito com cursos abertos ou
in-company (com ou sem apoio dos
parceiros), além de atuação conjunta
entre revendas para capacitarem seus
funcionários de forma colaborativa,
unindo empresas para realização de
programas de profissionalização ou por
meio de associações.
Por fim, há que se conscientizar que
gente mais capacitada, trabalhando
motivada em um bom ambiente
de trabalho produz mais, dá mais
resultados! Certa vez escutamos de
uma empresa que – “não vou investir
nas pessoas, pois elas aprendem,
ficam boas e depois vão embora”.
lembrem-se: pessoas são a solução
e não o problema. Pense nisso e
bons negócios!
* Matheus Alberto Consoli - Especialista
em Estratégias de Negócios, Distribuição,
Marketing e Vendas, Gestão de Cadeias
de Suprimentos, e Avaliação de Investi-
mentos. Doutor em Eng. Produção pela
EESC/USP. Mestre pela FEA/USP. Profes-
sor de MBA’s na FGV e FUNDACE/USP.
E-mail: [email protected]
ar
Markestrat / Uni.Business
A Markestrat / uni.Business é umaorganização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geração e a difusão de conhecimento sobre o agronegócio brasileiro.
Site: www.markestrat.org www.unibusiness.orgTel.: (11) (11) 3034.3316 / (11) 3034.3316Parceria: Canal rural
44 AgroRevenda jun/jul 2014
revenda da vez
Mônica Costa
um sonho de jovens engenheiros
agrônomos transformou-se
em uma das mais importantes
empresas do agronegócio do Paraná.
interessados em levar melhorias e
avanços tecnológicos para o campo,
Walter Bussadori Jr e João Fernando
Garcia, fundaram em 1996, no município
de londrina, a Agro100, revenda de
insumos agropecuários, sementes,
fertilizantes e defensivos agrícolas. A
unidade logo se consolidou e permitiu
a abertura de novas lojas nos mais
importantes núcleos agrícolas do Paraná.
Hoje são 18 filiais, 14 no Paraná, três
no Mato Grosso do Sul e uma em
São Paulo. “Nossa meta é continuar
crescendo e investindo constantemente
em todos os setores da cadeia produtiva
do agronegócio, buscando novas
oportunidades para atender um número
cada vez maior de produtores parceiros”,
salienta Walter Bussadori Júnior. tanto
Bussadori quanto o sócio, Garcia, são de
famílias de produtores rurais e, segundo
eles, esta experiência ajudou a perceber
quais as necessidades dos clientes e
passaram a tê-los como parceiros. “Se
o trabalho dos nossos clientes recebe
o incentivo necessário para prosperar
o sucesso do nosso negócio também
estaria garantido”, lembra o executivo.
“Acreditamos que nosso sucesso esteja
pautado na confiança que o produtor
tem em fazer negócios conosco.
Confiança esta, conquistada com muito
Jovens visionários criaram há 18 anos uma das maiores redes de agro revenda do Paraná
Divu
lgaç
ão
o sucesso como meta
jun/jul 2014 AgroRevenda 45
trabalho, seriedade e responsabilidade
junto ao produtor”, acrescenta Garcia.
Com o crescimento da empresa e sua
necessidade de expansão, mais três
sócios passaram a integrar o grupo:
o agrônomo roger Alberto Bolsoni, o
técnico agrícola Antônio luiz Giuliangeli e,
por último, em 1999, entrou para o grupo
o agrônomo Carlos Henrique Arrabal
Garcia. “Com muito trabalho, dedicação
e uma equipe de colaboradores bem
treinados e eficientes estamos presentes
em todas as etapas do processo
produtivo, do planejamento do plantio à
exportação”, diz Carlos Henrique Arrabal
Garcia.
bons frutos O sucesso da agro revenda incentivou a
criação de novas unidades. A Nutri100,
outra empresa do grupo, foi fundada
em 1999 e conta com 10 unidades em
operação nos Estados do Paraná, Mato
Grosso do Sul e São Paulo, já desponta
entre os 10 maiores exportadores da
região. A unidade opera no recebimento,
armazenagem, compra, venda e
exportação de grãos, e no setor de
logística. Anualmente são mais de 500 mil
toneladas de grãos (soja, milho e trigo),
transportados por mais de cinco milhões
de quilômetros com sua frota de cerca
70 caminhões. Em 2010, ainda no apoio
à exportação de commodities (grãos,
açúcar e calcário) o Grupo Agro100
associou-se a Nutri rico. Esta empresa,
instalada em rolândia, Pr, com seu
terminal de transbordo rodoferroviário,
movimentou no ano passado mais de 1
milhão de toneladas, oferecendo logística
de qualidade para as empresas do grupo
e importantes clientes que atuam no
agronegócio na região.
Atualmente o Grupo Agro100, formado por
três vertentes - distribuição de insumos;
transporte e armazenagem de grãos, e
terminal de transbordo rodoferroviário
- atende mais de 60 municípios dos
Estados do Paraná, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e São Paulo. São mais
de 400 colaboradores, entre eles, 65
engenheiros agrônomos e técnicos
em agropecuária atuando no campo,
repassando tecnologia de produção.
melhor canal de dIstrIbuIçãodo sul do brasIl A Agro100 que se especializou na
distribuição de insumos para grãos,
recebeu da Companhia Monsanto, da
qual é distribuidora, os seguintes prêmios:
“melhor empresa do Sul do Brasil na área
de proteção de cultivares”; “destaque
na geração de demanda no Sul do
Brasil”; “Melhor empresa em gestão e
alinhamento estratégico”; e ainda foi
premiada pelo pioneirismo na implantação
do Sistema Qi.on, colocando a gestão
do agronegócio na era virtual. Em 2012
empresa tornou-se o maior distribuidor
das Sementes Agroceres, ultrapassando
a barreira das 100 mil sacas de híbridos
de milho fornecidos aos produtores rurais
e seus parceiros no Paraná, Mato Grosso
do Sul e Sul de São Paulo, na safra de
inverno, a chamada “safrinha”.
Em 2013 a Agro100 alcançou um
faturamento de r$ 250 milhões, o
equivalente a 45% da receita aferida pelo
grupo, que chegou a r$ 550 milhões, e a
expectativa é avançar mais 15% em 2014. ar
Da esquerda para direita: Carlos Arrabal Garcia, Walter Bussadori Júnior, Antônio Luiz Giuliangeli, Róger Alberto Bolsoni e João Fernando Garcia.
Divu
lgaç
ão
46 AgroRevenda jun/jul 2014
prateleira
e exportador no ranking mundial de carne
suína e este mercado segue abrindo novas
frentes, o que garante as expectativas de
manutenção do crescimento.
O mercado de insumos para a
suinocultura movimentou mais
de r$ 12 bilhões em 2013 -
considerando o segmento de rações e
medicamentos veterinários - e estima-se
que 10% desta receita tenha passado
pelas agro revendas em todo o território
nacional. O Brasil é o quarto maior produtor
suinocultura, um mercado de oPortunidades
Aumento da demanda por insumos para suínos abre espaço para a participação das agro revendas no segmento
Mônica Costa
jun/jul 2014 AgroRevenda 47
“Embora tenha uma participação ainda
pequena na comercialização de nossos
produtos, consideramos este canal de
extrema importância para a distribuição
dos produtos Bayer” completa rogério
Petri, gerente da unidade de Suínos da
Bayer. A multinacional tem uma forte
presença neste segmento e estima
registrar um crescimento acima do
mercado. “Nossa expectativa é que o
mercado cresça em torno de 2% ao
ano até 2020, e nosso crescimento
deverá ser ao redor de 6% no mesmo
período”, afirma Petri. Atualmente a
Bayer atende aproximadamente e 5%
de share do mercado e mantém a
liderança no segmento de coccidiose
suína. ”temos levantamentos que
mostram que a cada segundo 300
leitões são tratados mundialmente
com Baycox”, diz Petri. A distribuição
dos produtos Bayer está concentrada
em agroindústrias, grandes clientes e
cooperativas. A companhia mantém
programas de treinamentos para
balconistas, “neste caso importante
na suinocultura quando falamos de
grandes cooperativas”.
Na Nutron, empresa do Grupo Cargill
desde 2012, as previsões são otimistas
e a previsão é de que o setor de
suinocultura acompanhe o ritmo de
crescimento da companhia, que estima
um avanço de 10% em 2014 conforme
anunciou o presidente Celso Mello. “A
Nutron não é apenas uma indústria de
nutrição animal. É uma empresa de
produção animal. Com essa filosofia,
‘vendemos’ soluções que ajudam
criadores a obter melhores resultados
econômicos em seus negócios”,
ressaltou Marcos Aurélio Nicoluzzi,
diretor comercial monogástricos da
Cargill Alimentos – Nutron.
Neste segmento cerca de 10% do
total vendido pela Cargill passa pelas
revendas agrícolas. Nos Estados da
região Sul, além das vendas diretas
aos clientes, a companhia utiliza as
cooperativas como canal de revenda
e nos demais Estados predominam
produtores independentes. “Por isso,
além da venda direta, temos utilizado
canais de distribuição exclusiva de
produtos da Cargill Alimentos - Nutron e
de representantes”, continua Nicoluzzi.
A companhia tem como filosofia oferecer
soluções completas e individualizadas,
que incluem serviços
com profissionais
especializados nas
diferentes necessidades
do negócio, como
nutrição, sanidade,
genética ou questões
estruturais. “Entendemos
o que o cliente precisa
para, então, oferecer
o que realmente
poderá ajudá-lo”, diz
o executivo. Por isso o
treinamento de todos os
profissionais envolvidos
na comercialização dos
produtos passam por
capacitações constantes.
Marcos Aurélio Nicoluzzi, diretor comercial monogástricos da Cargill Alimentos da Nutron.
Rogério Petri, gerente da Unidade de Suínos da Bayer.
Divu
lgaç
ão
ar
48 AgroRevenda jun/jul 2014
Marcos Gaio, Gregório Gaio e Francisco Oliveirana MegaLeite em Uberaba, MG.
Gabriel Garcez Ghirardi, Diretor de Integração Tortuga/DSM, Carlos Roberto Silva, Vice Presidente,Dra.Irmgard Imming, Global Category Manager Ruminant, A. Ruy Freire, Presidente DSM Latin Américae Silvia Lopez, diretora de vendas DSM Latin América, no Coquetel de Lançamento de Novos Produtos daTortuga, a marca para ruminantes da DSM, no estande da empresa em Uberaba, MG, durante a MegaLeite.
por onde andamos
Ricardo Viacava, Carlos da Publiquee Carlos Viacava, em São Paulo, SP.
Paulo Hermann, presidente da John Deeredo Brasil, e Carlão em Indaiatuba, SP.
Carlão e Renata Okano, da Casa do Produtor,de Ituverava, SP.
Naira Barelli e Priscila Barros, na sededa Zoetis, em São Paulo, SP.
Vicente Lobo, da Vale, Carlão e Juan Lebron,diretor de Marketing da da ABCZ.
Carlão no estúdio do SBA na Matsudaem Presidente Prudente, SP.Jorge Matsuda e José Edimir Dos Santos Júnior,
da DuPont, na sede da Matsuda em Presidente Prudente, SP.
Naira Barelli, Revista AgroRevenda,Fernanda Brito e Renata Marques e Carlãona sede da DuPont em Barueri, SP.
Top Related