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AVM – Faculdade Integrada
Engenharia de Bioprocessos
Luiz Augusto Rodrigues da Luz
ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS INFLUENCIADAS POR PRODUTOS QUÍMICOS
Cabo Frio/RJ
2014
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Luiz Augusto Rodrigues da Luz
ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS INFLUENCIADAS POR PRODUTOS QUÍMICOS
Monografia apresentada à AVM – Faculdade
Integrada, como exigência parcial à obtenção do
título de Especialista em Engenharia de
Bioprocessos.
Orientadora: Profa. Dra. Ana Isabel de
Camargo.
Cabo Frio/RJ
2014
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RESUMO
Embora haja literatura vasta a respeito de químicos impactando a saúde, em
diversas formas de abordagem no que se refere a formação acadêmica de quem
confeccionou as laudas, o trabalho se esmerou em identificar quais impactos podem
ocorrer quando homens têm contato com substâncias que possuem densa utilização e que
são conhecidos em processos importantes na indústria, não se refreando em direcionar em
alguns momentos, o uso de produtos químicos que são disseminados por milhões de lares
e com o consequente contato com os habitantes desse recinto não industrial. O uso de, por
exemplo, Dióxido de Enxofre na indústria e nas emissões devido a queima de
combustíveis fósseis, segundo estudos, dentro outros, que apontaram a sua capacidade em
interferir negativamente na síntese da produção de vitaminas B e C, levou a um
estabelecimento de uma ideia de que, dentro de um ciclo bioquímico como o de Krebs,
precursor de energia celular através da formação de ATP, poderia ser sensivelmente
prejudicado, uma vez que substâncias carreadoras e faceadas com a respiração celular,
poderiam ter sua produção interrompida e/ou mitigada devido a esse fenômeno de
emissão. Essa associação analítica com as emissões se SO2 que prejudicam a formação de
especialmente vitaminas B, podem provocar efeitos deletérios principalmente na parte do
interior das cristas mitocondriais onde é disparado o ciclo do ácido Cítrico ou o ciclo de
Krebs. Ainda, no trabalho, verifica-se que há indicativos para outras substâncias até
mesmo corriqueiras, mas que associadas em sua forma residual ou ao meio natural,
potencialmente produzem estressores debilitantes, nessa oportunidade carcinogênica.
Palavras-chaves: Bioquímica, Químicos, Energia, Krebs, Alterações.
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ABSTRACT
Although there are vast literature about chemicals impacting the health, in various
forms of approach with regard to who's education made the pages, the work is dressed up
in identifying which impacts may occur when men have contact with substances that have
dense use and who are known in important processes in the industry, not by curbing in
direct in a few moments, the use of chemicals that are disseminated by millions of
households and consequent contact with the inhabitants of the non-industrial premises.
The use of Sulfur dioxide, for example, in industry and in emissions due to fossil fuel
burning, according to studies, in others, which showed their ability to interfere negatively
in the synthesis of vitamins B and C, led to an establishment of an idea that, within a
biochemical cycle like Krebs, precursor of cellular energy through the formation of ATP,
could be significantly harmed, since electron carriers and faceadas substances with
cellular respiration, could have interrupted production and/or mitigated due to this
phenomenon of issue. This association if SO2 emissions analytical that harm the
formation of especially B vitamins, can cause deleterious effects mainly on the part of the
interior of the mitochondrial cristae where is raised the tricarboxylic acid cycle or Krebs
cycle. Still, at work, it turns out that there are indicative for other substances even
commonplace, but that residual or form associated to the natural environment, potentially
debilitating stressors that produce carcinogenic_opportunity.
Keywords: Biochemistry, chemical, energy, Krebs, Changes.
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LISTA DE DESENHOS
1 Bioestrutura da Clorofila “a” e “b” Pág.13
2 Bioestrutura Heme – carreador de Oxigênio Pág.14
3 Benzopireno – estrutura poliaromática carcinogênica Pág.24
4 Bases Nitrogenadas Pág.25
5 Substâncias poliaromáticas com e sem estrutura barco Pág.29
6 Ácido Tricloroisocianúrico Pág.32
7 Dioxinas com Cloro na posição beta Pág.33
8 Herbicidas + Agente Laranja Pág.33
9 Estrutura da Vitamina B2 Pág.44
10 Estrutura química do ATP Pág.45
11 Estrutura química do FAD Pág.47
vi
LISTA DE TABELAS
1 Diferentes Imunoglobulins Pág.18
2 Substâncias comprovadamente carcinogênicas Pág.27
3 Outras estruturas Poliaromáticas Pág.29
4 Emissões da Bacia area III Pág.48
5 Emissões de partculados Pág.51
6 Logarítmos base 10 Pág.53
7 Cronograma Pág.60
vii
LISTA DE GRÁFICOS
1 Avaliação das emissões em locais diferenciados Pág.49
2 Velocidade dos ventos na região – dispersão Pág.50
viii
LISTA DE FIGURAS
1 Pulverização e impactos do Agente Laranja Pág.34
2 Propágulos onde há os gametas alguns espécimes Pág.36
3 Anterozoide – Esptz vegetal Pág.37
4 Organela – Mitocôndria Pág.39
ix
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO Pág.1
Referencial teórico Pág.5
CAPÍTULO I – ÁTOMOS IGUAIS, REAÇÕES E CONTEXTOS DIFERENTES Pág.9
Linha do tempo de estudiosos sobre assuntos envolvidos Pág.9
CAPÍTULO II – DEFESAS BIOQUÍMICAS X RECEPTORES ESPECIFICOS Pág.17
Capítulo II.1 – Substâncias mononucleares e ou polinucleares Pág.23
Substâncias comprovadamente carcinogênicas Pág.27
Outras substâncias polinucleares para análise Pág.29
Produtos químicos iguais dentro e fora da empresa Pág.31
CAPÍTULO III – EMISSÕES DE SO2 IMPACTANDO O CICLO DE KREBS E OUTRAS
PERTURBAÇÕES NOTÁVEIS Pág.35
Reações importantes para a produção de Ácido Sulfúrico = chuva ácido Pág.36
CONCLUSÃO Pág.56
CRONOGRAMA Pág.60
GLOSSÁRIO Pág.61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS Pág.63
1
INTRODUÇÃO
O trabalho tem o firme propósito de elencar alguns estressores químicos de grande
periculosidade que se encontram dispersos pela biosfera, e o pior, com a nossa anuência,
como por exemplo, “Alterações bioquímicas influenciadas por produtos químicos”.
Como, em um mundo industrializado de produção em massa, é possível manter os
bastiões de uma vida saudável e quais seriam os efeitos no aspecto bioquímico ? Os
cuidados devem ser redobrados para se analisar alguns desses atores uma vez que
possuem especificidade de agirem em nível celular, alterando profundamente mecanismos
vitais à manutenção da vida, os quais estendem sua influência para vários reinos e seus
respectivos filos. É factual que um trabalho acadêmico possui uma singular característica
de formador de opinião, uma vez que goza de uma prerrogativa de ter sua elaboração em
nichos intelectuais. Partindo dessa premissa, as pessoas que terão acesso às informações
registradas, servirão como verdadeiros multiplicadores na célula máter, como também em
outras esferas de relacionamentos sociais. Assim, as informações que possuem uma
grande relevância serão disseminadas de forma linear e integral, fazendo com que a
internalização do conhecimento adquirido, seja uma ferramenta eficaz para o novo
pensar/fazer – Práxis -, municiando as mudanças de valores e atitudes no que tange as
ações impensadas e a tecnologia de alta densidade que possui um perfil ambíguo, quase
Cornucopiana, de se aventar que a tecnologia dará solução a todos os problemas, mas que,
no entanto, sem uma visão holística, possui desdobramentos que podem causar grandes
malefícios de uma forma não seletiva. Devido à extensão do problema, foi necessário
identificar quais reinos e filos seriam mais afetados, os quais já se encontram de forma
definida em muitas literaturas e depois desse feedback, analisar bases de dados para as
analogias e demonstrar como teoricamente é o modus operandi no mais recôndito espaço
celular frente a esses estressores. Classificar diferentes reinos e resultados semelhantes, é
uma prática importante como modo de identificar que tais desdobramentos não possuem
especificidade. Uma vez que está envolvida nessa pesquisa uma flagrante complexidade, a
2
escolha do tema atentou para esses paroxismos, e o desconhecimento das pessoas, mesmo
que se considere o senso comum, ele nesse caso, não apresenta um ideário que seja
satisfatório para uma boa análise, pois faltam conhecimentos básicos que não foram
assimilados, devido ao exposto. Como esse problema é de grande interesse, pois sua área
de influência abarca a manutenção da vida, a longevidade e a qualidade em seu aspecto
mais intrínseco quando se busca o equilíbrio, foi possível coadunar algumas
particularidades desses estressores, que, em um segundo plano ou na sequência como já
mencionado, podem desencadear reações de grande demérito, através de uma simples
emissão gasosa às quais somos habituados a escutar nas várias mídias, mas que, no
entanto, possui um perfil nefasto bem mais incisivo que outras de menor calibre e cujos
controles estão criados e implementados. Uma vez espacejada algumas ações para tomada
de decisão, surge à necessidade premente de se conhecer as metas que se deseja atingir
com o estudo. Desta maneira, passou-se a comparar estruturas e distinguir se os
desdobramentos que se achava impactar somente um reino, como por exemplo, o vegetal,
venha na realidade pelo estudo comparativo de estruturas, afetar-nos de uma forma
contundente, sendo assim isso é classificar. Foram introduzidas literaturas para se
descrever com auspícios de outros interlocutores, substâncias já sistematizadas em
algumas leis, como a lei federal 10165(RETP), Índices Biológicos de Exposição e
sistemas internacionais em que o Brasil é signatário como o GHS (Sistema Global
Harmonizado). Preocupou-se também o trabalho em esquadrinhar as organelas que seriam
mais afetadas bioquimicamente, para que possamos ter a manutenção da vida e a energia
que pode ser obliterada especificamente no ciclo denominado KREBS. Estressores como
o SO2 que é o cerne desse questionamento sobre essa disrrupção bioquímica, segundo
Barboza (2001), podem inibir a síntese de vitaminas do complexo B (Flavina), o que pode
por analogia, interferir na síntese do ATP – Trifosfato de Adenosina - , molécula
altamente energética que é vital para todo o organismo. Fato de grande relevância e que
gera um inconformismo é o de ainda não existir estudos de laboratório que abarquem todo
o processo, ficando-se à mercê das circunstâncias. Outras analogias que merecem citação,
3
é que segundo autores como Linhares & Gewandsznadjer (2004), a organela afetada é
especial, como as Mitocôndrias, que utilizam o FAD como fonte de respiração celular.
Por conseguinte, a ineficiência ou inexistência da Flavina Adenina Dinucleotídeo, pode
ensejar uma série de desdobramentos indesejáveis. Para se fazer justiça, deve estar aqui
registrado alusões que demonstram que não há uma concentração segura para o
indiscriminado uso de produtos químicos, frente à nossa biologia. Há uma série de
informações e exemplos onde a química ambiental fornece inúmeros estudos e exemplos,
que segundo Baird (2000), podem impactar de forma irrevogável todos os
compartimentos abióticos, que inexoravelmente afetará toda a biota, estando o homem
sem antropocentrismos, situado no topo de cadeia, afetando-o até mesmo com as maiores
concentrações desses “produtos”. Os exemplos e citações que coadunam a ideia central
estão ganhando terreno de forma tão incisiva que a WEB está repleta de exemplos em
vários sites de pesquisa. O próprio Instituto Brasileiro do Petróleo promoveu workshops a
respeito de substâncias neoplásicas por arranjos de núcleos benzênicos, que ao
apresentarem forma “barco”, evidenciam tal fenômeno, uma vez que as bases púricas ou
pirimídicas se encaixam naquele sítio, gerando ligações tipo epóxi. A metodologia, apesar
de se valer de trabalhos literários já produzidos e consagrados, apresenta uma sistemática
analogia entre as informações obtidas e as várias hipóteses de agressões ao Meio
Ambiente que foram constituídas pela lógica científica apreendida e a qual também
apresenta um forte indício de multidisciplinaridade. Tendo-se perscrutado as variáveis que
compõem essa fase do trabalho científico escrito, voltado para a apresentação de um
produto final, primou-se a qualidade acima de qualquer outra necessidade, apresentando-
se um sequenciamento ordenado sobre o problema observado e consequentemente suas
justificativas, o que se deseja alcançar e por último e não de menor importância, qual a
tipologia metodológica aplicada, a fim de que pudessem ser expressos de forma
concatenada todos os parâmetros que são intrinsecamente naturais na busca de um
trabalho que se constitui em um esforço que congrega o cognitivo e o afetivo, na busca
incessante do homem em manter seus processos, mas de maneira a garantir a integridade
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de todos os componentes bióticos, os quais apresentam uma simbiótica necessidade de
aportarem os compartimentos abióticos os quais deverão apresentar sadia constituição
para que não ocorra um paradoxo de ao invés de manter a sua integridade, venha a
maculá-la de forma irreversível e irremediavelmente a nós, Homo sapiens sapiens (ou
Demens ?), que inseridos nesse circuito, nessa biosfera, possam ensejar, assim como em
priscas eras, a substituição de espécimes, fato que já ocorrera em tempos quase
imemoriais, mas, registrados nos anais históricos os quais, ao serem relembrados, causam
grande desconforto, uma vez que características sui generis àquela época, estão
despontando meristematicamente, ou como em uma neoplasia que consiste em algo que se
repete de forma deletéria.
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REFERENCIAL TEÓRICO
Para se formular o trabalho de maneira a não apenas repetir-se as colocações de
autores consagrados, inseriu-se uma preocupação bem atual, que norteia não apenas os
perigos do convívio com hidrocarbonetos e outras substâncias perigosas, principalmente o
SO2 – Dióxido de Enxofre (BARBOZA, 2001) e sua ação depletora sobre a formação de
ATP (LINHARES & GEWANDSZNADJER, 2004, p.145-152), substância altamente
energética que é composta no ciclo Bioquímico denominado Krebs. Assim, se faz
coerente realizar indagações a respeito do trabalho.
Qual a população que se desejar alcançar ?
Aquela cujo perfil se enquadre dentro das ações de tais estressores ambientais. Com
essa simples pergunta, nota-se facilmente que todos os países industrializados estão dentro
desse escopo.
Qual o cerne do estudo envolvido ?
Impactos em nível bioquímico devido à exposição a produtos químicos.
Qual o objeto de estudo utilizado na pesquisa ?
O estudo se vale de literaturas, sites e papers científicos que foram confeccionados
com o intuito de municiar a comunidade científica quanto aos perigos intrínsecos do uso
indiscriminado de produtos químicos, os quais são amplamente utilizados sendo eles de
origem primária ou secundária, de origem reacional.
Antes de adentrar no cerne do assunto escolhido, foram evocados marcos da
biologia, como Mendel e Darwin e seus estudos consagrados os quais estão registrados
em muitos papers científicos em várias instituições de ensino pelo mundo. Um desses
temas foi o intitulado “Ensaios com Plantas Híbridas”, que coroou o trabalho de Mendel,
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dando a ele o título de descobridor das leis sobre a Hereditariedade e paralelo a isso,
abrindo um vasto campo de estudo sobre o DNA e suas relações celulares e com o meio
exterior, o que foi mais visado no presente trabalho.
Obviamente, as definições químicas de Paracelso o cientista de muitas habilidades
(http://www.brasilescola.com/quimica/paracelso-cientista-saude.htm) se mostraram
esplêndidas quanto ao entendimento que produtos químicos dependendo da natureza e de
sua dose, poderiam flutuar em uma escala entre a vida e a morte. Esse entendimento sobre
produtos químicos e sua natureza deu forte embasamento às características periculosas de
sua utilização frente à nossa biologia.
Livros atuais de bioquímica, que apresentam estruturas como a Clorofila e a
estrutura Heme do sangue, permitiram um importante estudo comparativo através das
similaridades estruturais e seus componentes, abrindo uma visão mais crítica a respeito de
algumas substâncias que no nosso mundo, dito moderno, utilizamos com a inocência de
atingir apenas determinados organismos em reinos diferentes do Animalia. Tais
comparações, se não confirmam que substâncias de características agressivas somente
para vegetais, podem nos deixar um legado obscuro em relação a nossa integridade.
Sendo assim, essa visão, se não for conclusiva, serve como um norteador para futuros
estudos.
Como estudos dessa natureza são normalmente multidisciplinares, a toxicologia,
uma das bases de dados utilizadas, através da apostila confeccionada pelo Instituto
Brasileiro do Petróleo – IBP, em seus anuários mais recentes, nos brindou com
informações muito úteis e com uma expertise a qual de uma forma bem simples, mesmo
quando quem analisa seja indouto frente a esses assuntos. Como hoje o mundo inteiro
possui como matriz energética a utilização de hidrocarbonetos do petróleo, é notório a
presence de alguns HPA-Hidrocarbonetos Poliaromáticos
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/93043), que são oriundos de uma molécula
denominada Benzeno, e que a legislação aponta como carcinogênica, compõem as
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substâncias HPAs através do fusionamento de vários núcleos benzênicos . Tais moléculas
em determinada conjunção poderão apresentar um sítio específico como a ocorrência de
ligações químicas, onde as bases nitrogenadas do DNA, na sua unidade nucleotídica,
encaixam-se nesse sítio, e tendo como resultando sínteses perniciosas, como por exemplo,
a formação de neoplasias. Livros de Química Ambiental (BAIRD, 2000), nos subsidia
com informações mais pulverizadas, mas com grande teor de importância e aplicabilidade,
quanto os desdobramentos não só para o homem, mas na cadeia trófica.
Finalmente, quando volta-se a atenção para compostos à base de Enxofre, percebe-
se que por sua natureza, sintetiza ácidos como o Sulfúrico, prejudicando assim, a fusão e
maculando gametas vegetais, inutilizando-os e impedindo a formação de um embrião
saudável. Como se não fosse o bastante, estudos com estruturas hidrocarbônicas em
literaturas como a da Dra Barboza, nos alimenta com informações atuais as quais
ressaltam que esse óxido, o de Enxofre – SO2, pode ocasionar alterações na formação das
vitaminas B e C. Ora, partindo dessa premissa, e com o conhecimento de ciclos
bioquímicos, pode-se hipoteticamente teorizar, que o transporte de H, como a respiração
celular podem ficar prejudicadas, justamente por haver uma interação negativa com a
vitamina B, o que poderá inibir a síntese do FAD (Flavina Adenina Dinucleotídeo),
importante estrutura no interior da organela citoplasmática denominada Mitocôndria, onde
ocorre o Ciclo de Krebs, um dos ciclos mais importantes, justamente por produzir
moléculas como o ATP-Trifosfato de Adenosina-, molécula altamente energética. Assim,
é sensato um estudo capaz de se verificar como poderemos reduzir a presença de SO2 na
atmosfera, a fim de que se mitiguem esses fenômenos adversos.
A partir dessas considerações, essa matéria poderá ser mais um auxílio para que alguns
paradigmas sejam quebrados e que apesar do Enxofre estar presente em alguns
aminoácidos, moléculas utilizadas para a confecção de proteínas, no que tange ao ciclo de
Krebs, o Enxofre na forma do óxido ou ácido, pode inferir grandes perturbações em ciclos
de tremenda importância para a continuidade da homeostase.
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O uso de Fispqs – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos -,
(NBR ABNT 14725/2013), pode ser um indicativo importante, no que se refere a ações de
controle e prevenção principalmente em empresas, locais que dependendo de sua natureza
cadastrada no CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas-, podem conter
inúmeros produtos químicos sejam eles inorgânicos ou orgânicos.
(http://www.segurancaetrabalho.com.br); (http://msds.chem.ox.ac.uk/#MSDS)
Outras fontes de consulta que foram de grande valia para as informações sobre
produtos químicos onde aponta se são carcinogênicos, com potencial, prováveis ou não
carcinogênicos - Monografias do IARC - ou ainda para uma apresentação mais sucinta -
Índices Biológicos de Exposição na versão 2012- , e mais recentemente um estudo global
para harmonização – GHS, foram subsidiados por literaturas altamente específicas quanto
a essas considerações do Orange Book (2010).
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CAPÍTULO I – ÁTOMOS IGUAIS, REAÇÕES E CONTEXTOS DIFERENTES
Quem coordena o quê? Átomos, moléculas e/ou células?
Mesmo sabedores que a célula é a menor unidade morfofisiológica, ainda assim é
constituída por átomos, e por isso as reações e os contextos que podem ser realizados
possuem características únicas, desde que não se mude apenas um parâmetro sequer
dentro de um universo destes.
“Somos Macacos Engenhosos, ganhadores da loteria evolutiva” – Darwin.
Essa afirmação partira de um estudioso que sem palavras em demasia, expressou a
capacidade humana frente aos outros animais, mesmo os classificados sendo do mesmo
Reino, Filo, Classe e Ordem, mas não da mesma espécie. Obviamente, nessa época, em
que viveu Darwin, as teorias sobre o DNA e suas depleções não eram bem elucidadas.
Havia sim, outro cientista que começava a observar de maneira meticulosa, através de
cruzamentos entre ervilhas, que existia algo que passava aos descendentes, que mais tarde
descobriu-se ser os caracteres hereditários. No entanto, Darwin, mesmo com a sua profusa
frase, desconheceu Mendel.
1822 - No dia 20 de Julho, nasce Gregor Johann Mendel na Silésia, na região de
Troppau, filho de uma família de camponeses.
1841-1843 - Estuda dois anos no Instituto Filosófico em Olomouc.
1843-1854 - Torna-se professor de ciências naturais na Escola Superior de Brno
1843 - Entra no mosteiro de Brno, onde passará a maior parte da sua vida e onde
fará as suas famosas experiências.
1847 - É ordenado sacerdote.
1851-1853 - Estuda dois anos na Universidade de Viena história natural.
1853 - De volta ao mosteiro, dá aulas principalmente de Física.
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1856 - Inicia as suas experiências nos jardins do mosteiro onde cruza as ervilhas e
diferentes árvores.
1862 - com alguns colegas do mosteiro funda a Sociedade de Ciências Naturais.
1863 - Acaba as suas experiências em animais e plantas que duraram cerca de sete
anos.
1865 - A 8 de Março e a 8 de Fevereiro apresenta à sociedade local o seu trabalho:
"Ensaios com Plantas Híbridas".
1866 - Pública oficialmente o seu livro tendo muito pouco impacto na comunidade
científica.
1868 - É eleito abade do mosteiro, após o que nunca mais pôde continuar as suas
pesquisas devido às numerosas tarefas administrativas.
1871 - É nomeado presidente da Sociedade de Apicultura de Brno.
1873 - Mendel demite-se do cargo.
1874 - É reeleito, mas por razões pessoais não ocupa o cargo.
1884 - Morre a 6 de Janeiro de 1884 em relativa obscuridade, aos 61 anos de
idade.
1900 - Os botânicos K. Correns (Alemanha), E. Tschermak (Áustria) e H. de Vries
(Países Baixos) redescobrem o trabalho de Mendel, demonstrando a sua importância e
estabelecendo as Leis de Mendel. (Wikipedia).
Praticamente ao mesmo tempo, Gregor Mendel, um monge da Morávia (região
central da República Tcheca), como mencionado na cronologia, desenvolveu um trabalho
com ervilhas no jardim de seu mosteiro. Seu trabalho foi lido para a Sociedade de História
Natural de Brno em 1865, mas não teve o que podemos chamar de “sucesso”. Em 1884, o
considerado atualmente como pai da genética, morreu sozinho e desiludido. Apenas 16
anos depois de sua morte e 35 anos depois da publicação de seu trabalho, o legado de
Mendel foi finalmente redescoberto, de forma independente por vários cientistas. Hoje
devido a velocidade de publicação e disseminação de artigos científicos via internet, a
ideia de que um trabalho científico de tamanha importância como o de Mendel para a
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teoria da evolução passou despercebido por Darwin é realmente inconcebível. Mas,
pensando em uma época onde a forma mais comum de disseminação de artigos científicos
era a leitura dos mesmos em reuniões de sociedades científicas, podemos compreender
melhor esta lacuna. Mas será que Darwin poderia ter descoberto as leis de Mendel sobre
hereditariedade de forma independente? Em um artigo publicado no periódico Journal of
Biology, Jonathan C. Howard discute esta questão. Mesmo com todo esse conhecimento
acumulado, ainda o homem não tinha recebido o galardão de Homo, como epíteto duplo
de sapiens. O conhecimento aprofundado de que é possível a recombinação gênica,
através de Engenharia Genética, Conjugação, Transformação ou Transdução, ainda era, se
existiu na mente de algum cientista naquela sociedade, apenas um insight, que
provavelmente passou despercebido, como uma espécie de devaneio. Pensamento
análogo, às interações, normalmente negativas que acontecem ao DNA original sem
nenhuma modificação provocada, com vistas a se desenvolver uma maior resistência de
seus genes a algum xenobionte.
Obviamente, outros cientistas na área, por exemplo da Química, desde priscas eras, já
faziam suas analogias e estudos para que fosse determinado quais os impactos negativos
sobre nossa biologia. Esses estudos não estavam coadunados aos da biologia, aos quais
destacados de Mendel e de Darwin. Mesmo com a internalização de vasto conhecimento e
as propriedades da multidisciplinaridade em nosso tempo, ainda há os mecanicismos que
impedem uma proteção em nível cabal, visto o poder econômico também estar
anastomosado com outras considerações a respeito do uso de químicos de forma profusa
em nossa sociedade dita moderna. Paracelso, foi um desses homens que empreendeu
trabalho sério em várias frentes, mas o destaque que envolve as considerações do trabalho
está sob o domínio da Química e da Toxicologia.
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Paracelso, pseudônimo de Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (Einsiedeln, 17 de dezembro de 1493 — Salzburgo, 24 de setembro de 1541) foi um médico, alquimista, físico, astrólogo e ocultista suíço-alemão. A ele também é creditado a criação do nome do elemento zinco, chamando-o de zincum .
Seu pseudônimo significa "superior a Celso (médico romano)". No estudo da sua biografia, facto tem sido gradualmente separado da crença, mas nenhum acordo foi alcançado no que respeita à natureza e sentido de seu ensino. Ele é considerado por muitos como um reformador do medicamento. Também é aclamado por suas realizações em Química e como fundador da Bioquímica e da Toxicologia .
Ele aparece entre cientistas e reformadores como Andreas Vesalius, Nicolau Copérnico e Georgius Agricola, e, portanto, é visto como um moderno. Por outro lado, sempre possuiu uma aura de místico e até mesmo a obscura reputação de mago. (Wikipedia).
Estudos recentes elencam uma série de elementos e substâncias capazes de interferir
negativamente nos processos vitais. Devido essa natureza agressiva e invasiva de muitos
produtos ou compostos, em um futuro próximo, a Bioquímica receberá inestimável ajuda
de microrganismos e práticas que renderão ao organismo a ser protegido, que inclusive
poderá ser no homem, um plus no que confere resistência, frente aos efeitos nefastos que
a literatura descreve. Em três grandes grupos pode-se destacar: Efeitos Carcinogênicos,
Mutagênicos e Teratogênicos. Metais pesados, oriundos de atividades industriais e há
pouco tempo atrás, um composto denominado Chumbo-tetraetila, era incorporado à
gasolina com vistas ao aumento da octanagem. O Brasil com a ajuda do instituto francês,
retirou esse produto pois causava demência, devido a particular afinidade com o SNC. O
Chumbo contido em baterias também é um problema, mas está confinado, reduzindo
drasticamente seu poder de causar dano, quando comparado à gasolina que está presente
nas emissões ou efluentes atmosféricos. Hoje o produto contido na gasolina é o MTBE –
Metil-Terciobutil-Éter. Será que existem outras particularidades químicas que podem
afetar os seres vivos e que agora é que começamos a desenvolvermos tal percepção ?
Outro aspecto que devemos levar em consideração é a extrema semelhança entre as
estruturas da Clorofila e da estrutura Heme do sangue, frente ao uso indiscriminado de
biocidas vegetais com a crença que estamos, nós humanos, salvaguardados,
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DESENHO 1 - CLOROFILA
Desenho retirado do http://www.infoescola.com/plantas/clorofila
Ao se observar a molécula de Clorofila acima, verifica-se que existe um átomo
central de Magnésio, o qual é um metal alcalino terroso divalente, e que serve como um
estabilizador das estruturas adjacentes. Ou seja, ele é um Quelato. É interessante também
verificar, que há uma estrutura próxima que lembra as sépalas de uma flor e entre cada
estrutura dessas, nota-se um núcleo pirrólico com 5 átomos, que compõem a Clorofila.
Essa estrutura é originalmente de um vegetal, e quando o homem utiliza produtos
agrícolas ou alguns biocidas para exterminar representantes vegetais, será que nossas
células estão livres de algum revés, uma vez que somos de reinos diferentes e a estrutura
responsável assim como a Clorofila nas plantas é a estrutura Heme para nós mamíferos
superiores?
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Poder-se-á vislumbrar alguma semelhança nas estruturas o que pode nos colocar em
uma situação perigosa ?
Vamos realizar um detalhamento assim como foi feito para a Clorofila e por estudo
comparativo, aventar possibilidades.
DESENHO 2 – ESTRUTURA HEME
Desenho retirado do http://www.infoescola.com/plantas/clorofila
Lançando mão da estrutura esqueleto da direita, nota-se uma grande similaridade,
tanto com a presença de um quelato, como os núcleos pirrólicos, com a mesma ordem
química de seus átomos componentes.
O quelato nesse caso é um átomo de Ferro, mas que também é um metal divalente.
Esse átomo em especial é que confere a cor vermelha ao sangue dos mamíferos. E que por
oxidação, realiza o carreamento de Oxigênio para os sistemas através do complexo
Oxiemoglobina. Vale o destaque que o Magnésio verificado na Clorofila, é o mesmo
utilizado pelos Ribossomos humanos para unir ou ligar as suas duas subunidades, as quais
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são ânions. A partir dessa premissa, podemos aventar que a bioquímica vegetal e animal
em certos aspectos podem ter algumas similaridades, principalmente por comparação de
estruturas importantes como as mencionadas anteriormente. Através do conhecimento
bioquímico, inúmeras analogias relevantes acerca de quais organismos presentes e qual o
tipo de impactante químico utilizado em um raio que seguramente possa ter contato.
Os estudos realizados sob o tema podem render subsídios para que
compostos químicos, não sejam catalisadores de apoptoses ou multiplicação celular
desordenada, o que caracterizaria neoplasias que costumam ser seriamente invasivas e que
dependendo do órgão alvo, pelas características celulares, apresentar maior
susceptibilidade às metástases. Obviamente, as defesas bioquímicas são bem nítidas e um
operandum marcante, no entanto, as exposições crônicas e agudas não apresentam,
infelizmente, um maior ou menor grau para carcinogenicidade, teratogenicidade ou
mutagenicidade. A maioria dos produtos químicos em relação a nossa bioquímica é
disruptora, o que objetiva mais pesquisa e investimento em proteção. Existem vários
informativos científicos que podem ser consultados. Alguns deles são as monografias do
IARC (http://monographs.iarc.fr/); tabelas dos Índices Biológicos de Exposição, que a
ACGIH e ABHO (Agência Brasileira de Higiene Ocupacional) difundem amplamente em
locais que possuem interface com tais produtos; IBAMA através da lei 10165 sobre RETP
(Registro de Emissões e Transferência de Poluente) e RAPP (Relatório Anual de
Atividades Potencialmente Poluidoras), onde mencionam 153 substâncias consideradas
perigosas.
Nos capítulos seguintes, as abordagens serão feitas com o intuito de mostrar
quais são as defesas naturais, a identificação de substâncias que apresentam maior poder
de causar tais disrupções e ou leituras errôneas na multiplicação semiconservativa do
DNA
Como fechamento, as exemplificações passarão para um nível estritamente
bioquímico, como por exemplo, os possíveis impactos que podem ocorrer no ciclo de
16
Krebs, interferindo negativamente no processo de síntese do ATP e de certa forma na
respiração celular. Tais assuntos serão abordados com maior propriedade no capítulo III.
17
CAPÍTULO II – DEFESAS BIOQUÍMICAS X SÍTIOS RECEPETORES
O Programa Internacional sobre Segurança Química (IPCS), implantado em
1980, é coordenado conjuntamente pelo Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Os objetivos gerais do IPCS são estabelecer as
bases científicas para a avaliação dos riscos à saúde humana e ao ambiente provenientes
da exposição a agentes químicos, utilizando processos de revisões críticas internacionais
como um pré-requisito para a promoção da segurança química e fornecendo assistência
técnica voltada à melhoria da capacitação de cada país para o gerenciamento adequado de
substâncias químicas. “O Programa Interorganizacional para o Gerenciamento
Adequado de Substâncias Químicas (IOMC – Inter-Organizacional Programme for the
Sound Management of Chemicals) foi implantado em 1995 pela UNEP, pela OIT, pelo
Programa das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos (FAO), pela OMS, pela
Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), pelo
Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa e pela Organização para
Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD) (Organizações Participantes),
seguindo recomendações feitas em 1992 na Conferência da ONU sobre Meio Ambiente
e Desenvolvimento para fortalecer a cooperação e o incremento das ações coordenadas
no campo da Segurança Química. O objetivo da IOMC é promover a coordenação
de políticas e ações deflagradas pelas Organizações Participantes, em conjunto ou
separadamente, para atingir o gerenciamento adequado de substâncias químicas no que
diz respeito à saúde humana e ao ambiente”.
© Organização Mundial da Saúde, 2000
Em um mundo cada vez mais permeado por produtos químicos, quais
conhecimentos devem ser adquiridos ? Quais manuais devem ser consultados ? E o que
18
podemos esperar de uma convivência íntima, com substâncias que precisamos em
inúmeros processos, mas que podem nos causar efeitos desastrosos ?
Nos anais da toxicologia aplicada onde algumas informações foram obtidas,
destaca-se a Intertox-SP e o IBP - Instituto Brasileiro do Petróleo, onde treinamentos são
realizados a fim de que profissionais que atuam em suas respectivas empresas de forma
fixa e ou de campo, possam internalizar conceitos de envergadura, com o firme propósito
de realizarem as suas funções dentro da forma mais adequada, mantendo a integridade de
seus sistemas biológicos.
Várias são as defesas que poderemos encontrar em nosso organismo. Uma delas são
as imunoglobulinas:
TABELA 1 - IMUNOGLOBULINAS
http://essenciadavida-julianacorreia.blogspot.com.br/2010_02_01_archive.html
19
Nos cromossomos onde estão os genes, estes são altamente susceptíveis a
mudanças, o que podem gerar anomalias visíveis ou uma carga genética, como um
espoleta de tempo que poderá se manifestar nas gerações seguintes.
As espécies que se reproduzem assexuadamente, isto é, sem a troca de material
genético, possuem um número de cromossomos fixos em todas as suas células. Já os
organismos que se reproduzem sexuadamente, possuem células somáticas (não
reprodutivas)
Diploides , isto é, com dois conjuntos de cromossomos. Nessas espécies, as células
reprodutivas possuem apenas um conjunto de cromossomos, ou seja, são haploides,
como os espermatozoides e óvulos. Os organismos diploides são representados como
2n, onde n representa o número de cromossomos. Os pares de cromossomos são
chamados de cromossomos homólogos.
O número de cromossomos por célula varia de espécie para espécie, sendo uma
característica particular de cada espécie. A mosca de fruta drosófila possui 2n = 8
cromossomos, enquanto uma minhoca possui 2n = 32 e uma borboleta 2n = 380. Os
seres humanos possuem 2n = 46 cromossomos, sendo que dois deles são sexuais,
denominados X e Y, esse último presente somente nos homens.A manutenção da
morfologia e do número de cromossomos é essencial para o desenvolvimento de um
organismo, já que os cromossomos contêm os genes, e qualquer alteração pode
acarretar vários problemas. As alterações cromossômicas podem ser estruturais ou
numéricas.
As alterações estruturais podem ser de vários tipos diferentes, entre elas:
Deleções: ocorre perda de fragmentos do cromossomo, que podem constituir um ou
muitos genes. Nos seres humanos, a mais estudada é a Síndrome do Cri du chat,
ocasionada por uma deleção no braço curto de um dos cromossomos 5. É também
conhecida como síndrome do miado de gato, já que o choro das crianças portadoras
tem esse aspecto.
Duplicações: ocorrem quando um segmento cromossômico aparece mais de
duas vezes em uma célula diploide normal, podendo estar ligado a um cromossomo ou
20
como um fragmento separado. A duplicação do braço longo do cromossomo 5 causa
atraso físico e mental nos seres humanos.
Inversões: acontecem quando partes dos cromossomos se quebram e são
reinseridas a 180 graus, na mesma origem do cromossomo, de modo que os genes ficam
em ordem inversa. Essas inversões parecem estar associadas à diminuição da
fertilidade masculina.
Translocações: ocorre quando parte de um cromossomo se separada e se liga a
um cromossomo não homólogo. Em humanos, as translocações entre os cromossomos
14 e 21 geram uma variação da Síndrome de Down. Outro exemplo é a leucemia
mielógena crônica, na qual ocorre uma translocação entre partes dos cromossomos 22
e 9.
Fusão e fissão cêntricas: esse é um caso de uma alteração estrutural/numérica,
já que, devido à quebra do cromossomo na altura do centrômero, passam a existir dois
cromossomos acrocêntricos, podendo também acontecer o processo inverso, de fusão.
Na espécie humana geralmente não se observa a existência de síndromes ou patologias
ocasionadas por este tipo de alteração. As alterações numéricas podem causar a
multiplicação do conjunto de cromossomos, originando células poliploides, com 3n, 4n,
5n etc. Pode ocorrer ainda a redução do conjunto de cromossomos, 0,5n, por exemplo.
As alterações em número não necessariamente ocorrem em conjunto, o que
resulta em células com um cromossomo a mais ou a menos. Um exemplo desse tipo de
alteração é a Síndrome de Down, cujos indivíduos possuem 3 cromossomos 21, o que
causa anomalias físicas e atraso mental. Outro exemplo é a Síndrome de Turner, que
afeta apenas meninas, que possuem apenas 1 cromossomo sexual, o X. Essas meninas
possuem órgãos sexuais e caracteres sexuais secundários pouco desenvolvidos.
Vários fatores estão relacionados com o surgimento de alterações
cromossômicas, principalmente influenciando na divisão dos cromossomos durante a
formação dos gametas. A idade materna avançada está relacionada com trissomias dos
cromossomos 21, 18 e 13. Radiação, drogas(produtos químicos) e vírus podem induzir
21
quebras cromossômicas. A grande maioria das alterações cromossômicas, tanto
estrutural quanto numérica, é letal para o organismo que as carregam.
h ttp://moodle.posavm.com.br/pluginfile.php/264435/mod_resource/content/3/
Biologia%20Celular%20e%20Fundamentos%20de%20Bioqu%C3%ADmica.pdf
Obviamente, há morte celular sem que haja uma ação específica de um produto
químico sobre essa unidade morfofisiológica. Há regimes internos que controlam
rigorosamente a vida e a morte, como é o caso da Apoptose.
O ciclo celular possui intrinsecamente vários fenômenos, além das divisões
celulares, a morte celular, não somente devido a lesões, mas também por um processo
fisiológico normal e programado, conhecido como apoptose.
Por meio do processo de apoptose é que o nosso organismo elimina células danificadas e
indesejáveis, controlando o número de células dos órgãos e tecidos.
Segundo apostila de Bioquímica a e Biologia Celular da AVM, especificamente as
Caspases, são reconhecidas como sendo proteases responsáveis pela apoptose, clivando
(uma espécie de separação) várias proteínas importantes para a célula (aproximadamente
4 dúzias de targets), como os nucleossomos, levando à fragmentação celular. Tais
fragmentos possuem revestimento por membranas, os quais são fagocitados por
macrófagos (células de defesa) ou células vizinhas, sendo assim, removidos do tecido.
Inúmeros sinais extrínsecos e/ou intrínsecos podem induzir a cascata de
sinalização, levando à apoptose. Um exemplo bem conhecido são os polipeptídeos da
família fator de necrose tumoral. (TNF). Esses polipeptídeos ativam receptores na
membrana, induzindo diretamente a apoptose da célula alvo. Esse tipo de mecanismo é
eficaz contra células cancerosas ou células infectadas por vírus. A apoptose também
pode ser induzida por agentes patogênicos, como vírus e algumas toxinas, pelo aumento
de temperatura em algumas espécies, pela diminuição de nutrientes no meio, agentes
quimioterápicos, radiação ionizante, entre outras.
http://moodle.posavm.com.br/pluginfile.php/264435/mod_resource/content/3/Biologia
%20Celular%20e%20Fundamentos%20de%20Bioqu%C3%ADmica.pdf – pags 42 2 43.
22
Produtos químicos também afetam sobremaneira a biota, às vezes pelo simples fato
de se salinizar uma determinada área. Para cálculos dessa natureza, utilizamos a fórmula
geral da pressão osmótica: PV = n.R.T. Nessa equação existem duas variáveis para “R”,
que pode modificar-se acentuadamente, ao inserirmos na equação a pressão. Ex: 1 atm ou
760 mmHg. Esse adendo mostrar que substâncias consideradas simples como o sal de
cozinha, NaCl, pode influenciar de maneira profunda, organismos em nível celular, como
por exemplo, na mudança de meios isotônicos, para hipertônicos.
23
CAPÍTULO II.1 - SUBSTÂNCIAS MONUCLEARES E OU POLUNUCLEARES
Sob esse tópico, serão abordadas estruturas com formas características para
desenvolverem neoplasias, mas vale um adendo sobre o Benzeno, que é o precursor de
tais substâncias, como os HPA’s Hidrocarbonetos poliaromáticos.
Benzeno
“1. O presente Anexo tem como objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos
de prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visando à proteção da
saúde do trabalhador, visto tratar-se de um produto comprovadamente
cancerígeno.
2. O presente Anexo se aplica a todas as empresas que produzem, transportam,
armazenam, utilizam ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um
por cento) ou mais de volume e aquelas por elas contratadas, no que couber.
2.1. O presente Anexo não se aplica às atividades de armazenamento,
transporte, distribuição, venda e uso de combustíveis derivados de petróleo.
3. Fica proibida a utilização do benzeno, a partir de 01 de janeiro de 1997,
para qualquer emprego, exceto nas indústrias e laboratórios que:
a) o produzem;
b) o utilizem em processos de síntese química;
c) o empreguem em combustíveis derivados de petróleo;
d) o empreguem em trabalhos de análise ou investigação realizados em laboratório,
quando não for possível sua substituição. (Decreto 3214/78 NR-15, anexo 13-A)”.
24
As estruturas a seguir são de natureza carcinogênica e a posição de seus anéis
aromáticos na cadeia identifica a potencialidade de algumas fórmulas serem mais
impactantes que outras. Algumas informações foram extraídas do BEL’s - Limites
Biológicos de Exposição.
O estudo partiu da observação do Benzeno, proibido pela legislação. Seus núcleos
fusionados podem levar ao aparecimento de HPA’s (Hidrocarbonetos poliaromáticos),
com grande periculosidade quando livre na natureza e sem condições de se mensurar suas
concentrações com facilidade. O RETP (Registro de Emissões e Transferência de
Poluentes) mencionado anteriormente, lista mais de 150 substâncias que podem causar
além de câncer, outros problemas advindos da vivência com eles. Ou ainda, podem
enquadrar-se em carcinogênicas, teratogênicas e mutagênicas.
Estruturas que apresentam cavidades entre seus núcleos benzênicos em uma forma
particular, como um barco, são reconhecidamente carcinogênicas, visto permitir a entrada
de bases responsáveis pela composição do DNA. As bases púricas e pirimídicas são:
Citosina (C) , Guanina (G), Adenina (A) e Timina (T). No RNA encontramos também a
Uracila (U), com a ausência da Timina.
Hidrocarbonetos poliaromáticos e as bases púricas e pirimídicas do DNA e RNA.
DESENHO 3 - BENZOPIRENO
Forma barco – carcinogenicidade
25
A estrutura acima (Vermelho) é a do Benzopireno. Essa e outras podem ser
encontradas em livros de química ou na própria net. Além da presença no petróleo, pode
ser encontrada em carnes defumadas, enquanto se prepara o tradicional churrasco.
Abaixo as estruturas ligadas ao DNA e ao RNA.
DESENHO 4 – BASES NITROGENADAS
Na estrutura barco, as bases, sejam elas púricas ou pirimídicas se encaixam naquele
sítio, desenvolvendo ligações químicas perniciosas, criando condições para gerar
alterações profundas no DNA. Então, quais seriam genes que possuuem poder de defesa
contra tais situações de exposição anteriromente menciomadas ?
26
Os genes supressores de tumores dão origem a proteínas que impedem
que a célula se divida se mantendo na fase G1, caso haja alguma alteração no DNA.
Quase todos os tumores malignos conhecidos não possuem esses genes, ou que
apresentam alguma modificação.
O gene p53 é um gene de supressão tumoral, e em 50% dos casos de
câncer este aparece modificado. Cerca de 1000 formas mutantes desse gene já foram
descritas.
A proteína codificada pelo gene p53 está envolvida nos processos
regulatórios da divisão celular, impedindo que células com danos no DNA atinjam a
fase S do ciclo celular. Além disso, essa proteína também tem a capacidade de
desencadear o processo de apoptose celular. Então, o gene p53 tem papel fundamental
na proteção do DNA, impedindo que falhas no processo de divisão do DNA sejam
passadas para as células filhas.
Qualquer mutação no gene p53 leva a célula a perder sua capacidade de
regulação da divisão celular, o que ocasiona a multiplicação do DNA mutado ou
modificado e até mesmo a falha no processo de apoptose celular.
http://moodle.posavm.com.br/pluginfile.php/264435/mod_resource/content/3/
Biologia%20Celular%20e%20Fundamentos%20de%20Bioqu%C3%ADmica.pdf
27
SUBSTÂNCIAS COMPROVADAMENTE CARCINOGÊNICAS
TABELA 2
1) Ácido 2,2 – cloropropiônico TWA 0,1 ppm - Dano a reprodução humana.2) Arsênio TWA 0,01mg/m3 – Câncer de Pulmão3) Asbesto TWA 0,1f/cc – Câncer de Pulmão, mesotelioma.4) Benzidina TWA nA - Câncer de Bexiga5) Benzeno TWA 0,5 ppm – Câncer no sangue = leucemia.6) Benzo(a)Antraceno TWA - Câncer de Pele7) Benzo[b]fluoranteno TWA - Câncer8) Benzo[a]pireno TWA - Câncer9) Berílio TWA 0,0002mg/m3 – Câncer de Pulmão10) Brometo de Vinila TWA 0,5 ppm - Câncer de Fígado11) 1,3 butadieno TWA 2 ppm - Câncer 12) Carbureto de silício – fibroso TWA 0,1 f/cc - Câncer 13) Cloreto de Vinila TWA 1 ppm - Câncer de pulmão; 14) Criseno TWA - Câncer15) Cromita TWA 0,05 mg/m3 - Câncer16) Cromato de Cálcio TWA 0,001mg/m3 - Câncer de Pulmão17) Cromato de Estrôncio TWA 0,0005mg/m3 - Câncer 18) Cromatos de Zinco TWA 0,01mg/m3 - Câncer nasal19) Composto de cromo VI insol TWA 0,01mg/m3 - Câncer de Pulmão20) Comp de Cromo VI sol H2O TWA 0,05mg/m3 - Câncer21) 3,3 diclobenzidina TWA - Câncer de bexiga22) Éter-bis – (Clorometílico) TWA 0,05ppm - Câncer de Pulmão23) Fluoreto de vinila TWA 1ppm - Câncer de fígado24) Hexafluoracetona TWA 0,1 ppm - Dano testicular25) Metil hidrazina TWA 0,01ppm - Câncer de Pulmão26) Beta naftilamina TWA - Câncer de Bexiga27) Níquel carbonila TWA 0,05ppm - Câncer Nasal e Pulmão28) Compost Inorg insolúveis* TWA - Câncer de Nasal e Pulmão29) Óxido Nitroso TWA 50 ppm - Dano embrio/fetal30) Beta-propiolactona TWA 0,5 ppm - Câncer de pele31) Tálio TWA 0,1mg/m3 - Alopecia32) Tetrafluoretileno TWA 2 ppm - Câncer de Fígado33) Trióxido de Antimônio TWA - Câncer de Pulmão34) O – tolidina TWA - Câncer de Bexiga35) Telúrio TWA 0,1mg/m3 - Halitose36) Propileno TWA 500ppm - Asfixia37) Propano sulfona TWA - Câncer
28
Totalmente insolúveis – Sulfetos(Exceção Metais Alcalinos, Metais Alcalinos
Terrosos e NH4OH), Carbonatos (Exceção Metais Alcalinos + Amônio), Silicatos, bases
(principalmemte metais) exceção do NH4OH, Fosfatos (exceção Metais Alcalinos e
Amônio).
29
OUTRAS ESTRUTURAS POLIAROMÁTICAS PARA ANÁLISE
TABELA 3
DESENHO 5 – SUBSTÂNCIAS COM ESTRUTURA “BARCO”
30
Substâncias como os Hidrocarbonetos Poliaromáticos acima, possuem uma série de
repreentantes que se encaixam na definição toxicológica de carcinogênicos para humanos,
justamente pela presença de cadeia tipo “barco”.
31
PRODUTOS QUÍMICOS USUAIS DENTRO E FORA DAS EMPRESAS
Hoje o uso de produtos químicos está totalmente pulverizado por toda a sociedade,
nas mais variadas classes sejam: econômicas, intelectuais, étnicas e qualquer outra
definição que possa ser aventada.
“Na FISPQ –Fischa de Informação de segurança de produtos químicos reza:
cuidado ao usar, irritante ao olhos e a pele”. Utilizado como referência a NBR 14725 para
a construção de FISPQS.
Como usar algo que manteremos contrato estrito com tais frases de advertência,
como a mencionada logo acima ?
O Cloro usado na indústria e em nossos lares (na forma residual) ao reagir com os
ácidos Húmicos e Fúlvicos, gerados pela degradação vegetal na água, produz os terríveis
THM (Trialometanos), sendo o pior deles uma molécula pequena, mas extremamente
carcinogênica o TCM – Triclorometano – CH-Cl3. A concentração máxima desse produto
na água não poderá exceder a 80 µg/l. Esse teto foi indicado pela USEPA, que é o órgão
ambiental norte-americano. Hoje já se acena a substituição de cloro como o utilizamos
hoje, pelo ácido Tricloro Isocianúrico. O Cloro na forma de NaClO deve ser substituído, e
o qual é utilizado amplamente nos lares.
32
DESENHO 6 – ÁCIDO TRICLOROISOCIANÚRICO
Substâncias conhecidas como Dioxinas e Furanos, impactam os níveis tróficos
ambientais como também às pessoas. Essas classes de substâncias estão referenciadas no
2º protocolo de Estocolmo, como substâncias conhecidas como POP’s – Poluentes
Orgânicos Persistentes. Por serem altamente resistentes e não sendo “quebrado” pelas
enzimas específicas para esse fim, esses se depositam nas células adiposas, podendo causar
injúria a qualquer momento, quando for necessária a queima de lipídeos, pela carência do
combustível preferencial da célula, os glicídeos (Glicose).
Na síntese dessas substâncias são elencados inúmeros fenômenos e meios reacionais,
mas, para o momento, foi evidenciada a reação com o Triclorofenol. Substâncias como
essas se tornam mais mórbidas com Cloro na posição Beta.
33
DESENHO 7 - DIOXINAS
Química Ambiental – Colin Baird
Outras substâncias altamente impactantes, embora não tenhamos explicitamente fora dos
recintos agrícolas:
DESENHO 8 – HERBICIDAS + AGENTE LARANJA
Química Ambiental – Colin Baird
Nos anais há registros que o ácido triclorofenoxiacético foi batizado na guerra do
Vietnã como Agente Laranja, um potente desfolhante que as forças americanas usavam
para poder avistar o inimigo entre a vegetação, e que gerou grande teratogenia e distúrbios
no SNC.
34
FIGURA 1 – PULVERIAÇÃO COM AGENTE LARANJA-PROBLEMS CAUSADOS
Agente laranja é uma mistura de dois herbicidas: o 2,4-D e o 2,4,5-T.
Foi usado como desfolhante pelo exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.
Ambos os constituintes do Agente Laranja tiveram uso na agricultura, principalmente o
2,4-D vendido até hoje em produtos como o Tordon. Por questões de negligência e
pressa para utilização, durante a Guerra do Vietnã, foi produzido com inadequada
purificação, apresentando teores elevados de um subproduto cancerígeno da síntese do
2,4,5-T: a dioxina tetraclorodibenzodioxina. Este resíduo não é normalmente
encontrado nos produtos comerciais que incluem estes dois ingredientes, mas marcou
para sempre o nome do Agente Laranja, cujo uso deixou sequelas terríveis na
população daquele país e nos próprios soldados norte-americanos. (Wikipédia).
35
CAPÍTULO III – EMISSÕES DE SO2 IMPACTANDO O CICLO DE KREBS E OUTRAS
PERTURBAÇÕES NOTÁVEIS
Como coadunar a necessiade de produzir substâncias químicas cuja origem está
calcada na indústria petroquímica e ao mesmo tempo manter os padrões de qualidade de
vida, baseado em nossa bioquímica ?
A Dra Mariano em seu livro “Impactos Ambientais no Refino do Petróleo”, rendeu
grandes subsídios no desenvolvolvimento das analogias a respeito das ações do Díóxido
de Enxofre sobre, por exemplo, à síntese das vitaminas B e C.
O ciclo de Krebs, é um dos ciclos bioquímicos mais importantes, uma vez que
desde a via de Embden Meyerhof, o produto final e a intenção do ciclo é a produção de
energia. Obviamente, outros ciclos são de grande importância, mas, sem energia, não se
realiza trabalho. Definida essa premissa, o ciclo de Krebs foi escolhido para esse
particular e porque não dizer peculiar estudo, das interações e impactos de químicos na
bioquímica.
Quimicamente falando, o SO2 - Dióxido de Enxofre – é uma substância oriunda da
queima de combustíveis que na prsença de O2, o produz. É um produto reacional
produzido diretamente e assim, primário. Possui uma interação muito negativa sobre os
vegetais, causando clorose e a redução de meristemas apicais, pois retarda o crescimento
vegetal, assim como o PAN e o ATFA – Ácido Trifluoracético (CF3-COOH). Ainda
levando em consideração o reino Plantae, há certos representantes que utilizam a água nos
conceptáculos ou propágulos para que a continuidade da espécie ocorra, embora seja
assexuada, ou seja, sem conjunção de aparelhos sexuais. No entanto, os gametas
masculinos e femininos ficam na água, a fim de que a fertilização ocorra.
36
FIGURA 2 – PROPÁGULOS
http://www.brasilescola.com/biologia/briofitas.htm
Nesses conceptáculos, a Oogônia e o Anterídeo estão presentes e precisam de uma
forma simbiótica de mão única, da presença de água e de qualidade. Essas estruturas
produzem respectivamente, oogônia(oosfera) e Anterozóide. Já está amplamente
sedimentado o conhecimento de que o SO2, através de reações de inserção de novo átomo
de Oxigênio e Água, pode gerar ácido Sulfúrico:
1) S + O2 ---------- SO2
2) 2SO2 + O2 -------- SO3
3) SO3 + H2O -------- H2SO4 Esse ácido forte possui duas protonações.
H2SO4 - H+ + HSO4-
HSO4- - H+ + SO4-2
37
FIGURA 3 – ANTEROZÓIDE – ESPERMATOZOIDE VEGETAL
A estrutura do Anterozóide é frágil, e nela estão contidas inúmeras informações
como os caractéres hereditários. A estrutura em contato com água acidificada, ou seja, um
pH muito baixo, pode ocasionar destruição ou inativação de algum tecido, que poderá
gerar o aparecimento de espécimes fracas, improdutivas ou em casos mais graves não
acontecer a formação do embrião. Em outra situação mais preocupante, se o Anterídeo
estiver mergulhado e consequentemente maior contato com água acidificada, com o já
mencionado, a exposição será mista, ou seja, crônica e aguda.
Abordando o assunto propriamente dito, segundo a literatura da Dra. Barboza, o
SO2 interfere negativamente na síntese das vitaminas B e C. Dessa afirmação, pode-se
facilmente derivar para um assunto de maior complexidade e que afeta bioquimicamente
todos os organismos que em seu aparato bioquímico realizam o ciclo de Krebs ou do
ácido Cítrico, com vistas a produção de ATP.
O processo ocorre eepcificamente fora e dentro de uma organela citoplamática
particular, a Mitocôndria. Essa organela em particular é a geradora de enrgia dentro das
células animais, assim como o Cloroplasto nas células vegetais. A Mitocôndria parece ter
38
sido incorporada ainda provavelmente no caldo orgânico quando ainda as células não
tinham ou possuim MP extremamente rústica. Essa organela, tem a propriedade de se
duplicar independente do núcleo celular onde se encontram os cromossomos e os genes,
mostrando a independência da mesma. Ela fornece a energia necessária à célula e por sua
vez recebe proteção, por estar dentro de um local que possui um sistema de interações e
não à deriva erraticamente nos líquidos corpóreos. Tanto a glicólise como o ciclo de
Krebs, os quais serão abordados à frente ocorrem fora e dentro das cristas mitocondriais,
daí a importãncia desse orgânulo. A fim de que se desenvolva um pensamento com
dimensionalidade, será registrado parte do processo de Krebs com um pequena estampa
da Mitocôndria. Vide estampa central.
As mitocôndrias estão imersas no citosol, entre as diversas bolsas e filamentos que preenchem o citoplasma das células eucariontes. Elas são verdadeiras “casas de força” das células, pois produzem energia para todas as atividades celulares.
As mitocôndrias foram descobertas em meados do século XIX, e, durante décadas, sua existência foi questionada por alguns citologistas. Somente em 1890 foi demonstrada, de modo incontestável, a presença de mitocôndrias no citoplasma celular. O termo “mitocôndria” (do grego, mitos, fio, e condros, cartilagem) surgiu em 1898, possivelmente como referência ao aspecto filamentoso e homogêneo (cartilaginoso) dessas organelas em alguns tipos de células, quando observadas ao microscópio óptico.
As mitocôndrias, cujo número varia de dezenas até centenas, dependendo do tipo de célula, estão presentes praticamente em todos os seres eucariontes, sejam animais, plantas, algas, fungos ou protozoários.
Estrutura interna das mitocôndrias
As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas lipoprotéicas semelhantes às demais membranas celulares. Enquanto a membrana externa é lisa, a membrana interna possui inúmeras pregas – as cristas mitocondriais – que se projetam para o interior da organela.
39
FIGURA 4 - MITOCÔNDRIAS
A cavidade interna das mitocôndrias é preenchida por um fluido denominado matriz mitocondrial, onde estão presentes diversas enzimas, além de DNA e RNA e pequenos ribossomos e substâncias necessárias à fabricação de determinadas proteínas.
A respiração celular
No interior das mitocôndrias ocorre a respiração celular, processo em que moléculas orgânicas de alimento reagem com gás oxigênio (O2), transformando-se em gás carbônico (CO2) e água (H2O) e liberando energia.
C6H12O6 + O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito27.php
Vale um registro importante sobre a Mitocôndria, quanto ao fenômeno da
Apoptose, o qual provoca morte celular e assim as substituições ocorrem.
A sua função é vital para a célula, sem a qual há morte celular. O DNA
mitocondrial não tem se modificado muito desde do seu princípio, além do descartar de
DNA inutilizado, apesar do seu elevado índice de mutações (10 vezes maior que o DNA
nuclear). O que acontece é que este DNA está apenas sujeito a modificações por
mutação, dado não haver maneira do mesmo sofrer recombinação como acontece
quando o DNA do espermatozoide entra no núcleo do óvulo, dando-se a recombinação
40
quando metade do DNA de cada parente se junta, formando o ovo, ou zigoto. Como o
que entra na célula sexual feminina vindo do pai é apenas o seu DNA nuclear, as
mitocôndrias masculinas ficam de fora, logo não se dá recombinação do seu DNA. O
resultado é recebermos o DNA mitocondrial da mãe, levando a poucas modificações
deste ao longo dos tempos. Os antropologistas aproveitam estas propriedades para
examinar, através do DNA mitocondrial, as relações de parentesco entre os grandes
grupos de seres vivos. Esta situação mostra-nos o elevado poder da recombinação
genética, visto que o DNA nuclear, sempre atrasado em relação ao mitocondrial que
sofre 10 vezes mais mutações, ganha um enorme impulso de modificação na
recombinação com outros DNAs.
A mitocôndria forma uma extensa rede, denominada rede mitocondrial. Essa rede é
constituída por subunidades mitocondriais que podem se fundir ou se dividir de acordo
com as necessidades fisiológicas.
A organela tem sido associada, nos últimos anos, ao processo de morte celular
denominado apoptose. Diversas proteínas mitocondriais encontram-se diretamente
ligadas à apoptose, como as proteínas BCL-2, AIF e o Citocromo C, por exemplo.
A mitocôndria é responsável por muitos processos catabólicos fundamentais para a
obtenção de energia para a célula, como a β-oxidação de ácidos graxos, o Ciclo de
Krebs e a Cadeia respiratória.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito27.php
Antes do start do ciclo, ocorrem muitos fenômenos bioquímicos, como a glicólise,
conhecida como a via de Embden Meyerhof, como também modificações estruturais e de
função.
“Glicólise (do grego antigo "γλυκύς" (glykýs), adocicado e "λύσις"
(lýsis), quebra, degradação) é a sequência metabólica composta por um conjunto de dez
reações catalizadas por enzimas livres no citosol, na qual a glicose é oxidada
produzindo duas moléculas de piruvato, duas moléculas de ATP e dois equivalentes
41
reduzidos de NADH+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou na fermentação.
A glicólise é uma das principais rotas para geração de ATP nas células e está presente
em todos os tipos de tecidos.
A glicose tem sua importância também por ser fonte de energia para
todos os tipos de células de mamíferos, além de ser fonte exclusiva de energia para as
hemácias. O eritrócito maduro não apresenta mitocôndrias, sendo assim obtêm sua
energia a partir da glicose por duas principais vias: via glicolítica anaeróbia
(Embeden-Meyrhof) que envolve 90% da degradação da glicose até lactato, e a via das
pentoses fosfato ou derivação da hexose monofosfato, ou ainda via do fosfogliconato .
A importância da glicólise em nossa economia energética é relacionada
com a disponibilidade de glicose no sangue, assim como com a habilidade da glicose
gerar ATP tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. A glicose é o principal
carboidrato em nossa dieta e é o açúcar que circula no sangue para assegurar que
todas as células tenham suporte energético contínuo. O cérebro utiliza quase
exclusivamente glicose como combustível. A oxidação de glicose a piruvato gera ATP
pela fosforilação (a transferência de fosfato de intermediários de alta energia da via do
ADP) a nível de substrato e NADH. Subsequentemente, piruvato pode ser oxidado a CO2
no ciclo de Krebs e ATP gerado pela transferência de elétrons ao oxigênio na
fosforilação oxidativa. Entretanto, se o piruvato e o NADH gerados na glicólise forem
convertidos a lactato (glicólise anaeróbica), ATP pode ser gerado na ausência de
oxigênio, através da fosforilação em nível de substrato”. (Wikipedia)
De uma forma bem reduzida, a Glicose(combustível preferencial da célula), sofre
inúmeras reações, as quais criam isômeros e inserem radicais fosfato.
Para o ciclo da glicose interagir com o ciclo de Krebs, há uma reação intermediária
a qual transforma-se o Piruvato em Acetil-CoA. Nesta etapa, ocorre a entrada de NAD e
CoA-SH (radical R-SH é um tioálcool. Nos aminoácidos o “S” está presente na Metionina
e Cisteína). O Piruvato gerado na glicólise sofre desidrogenação (oxidação) e
descarboxilação catalisado pelo complexo Piruvato desidrogenase. Durante essas reações,
é adicionada a coenzima A(CoA). Desta forma, a partir de cada piruvato, produz-se um
42
acetil-CoA. Esta etapa é fundamental, principalmente no fígado, que regula a glicemia no
sangue, pois é irreversível. O piruvato, pode ser transformado novamente em glicose,
através do gasto de energia, num processo chamado gliconeogênese, processo essencial
para manutenção do nível mínimo de glicose no corpo, sem o qual certos tecidos
morreriam, por não realizarem o ciclo de Krebs. Uma vez transformado em acetil-CoA,
não há como gerar glicose novamente, sendo este acetil-CoA usado para produzir energia
(com oxigênio), corpos cetônicos, gordura, colesterol ou isoprenóides. (Linhares &
Gewandsznajer, 2005 – parte)
Quando usado para produzir energia, o acetil-CoA vai para o ciclo de Krebs, onde
será oxidado, produzindo CO2, água e ATP(energia). Os produtos da oxidação são
gerados pelo oxigênio na Fosforilação oxidativa, gerando ainda mais energia. Somado
com a glicólise, são produzidos 38 ATP por molécula de açúcar.
Outros distúrbios importantes e que merecem destaque, pois neste caso chega em
nível de organelas citoplasmáticas são as desordens no metabolismo das proteínas, dos
carboidratos e deficiências de vitaminas B e outros.
A estrofe acima/ anterior é uma informação retirada de literaturas especializadas e
se esta susceptibilidade impacta um grande número de pessoas, problemas na formação de
açúcares e o ciclo de Krebs, que está envolvido entre outros processos bioquímicos como
a respiração celular devido a FAD (Flavina Adenina Dinucleotídeo) ter inibida a sua
síntese devido a interações negativas no sistema metabólico que o SO2 “poderá”
desenvolver. A vitamina B2, se não produzida a contento pode gerar doenças como a de
Parkinson.
Na síntese de glicídeos se houver realmente uma interação negativa, poderá antes
das cristas mitocondriais ocorrer um erro inespecífico na glicólise ou como alguns
denominam, a via de Embden Meyerhof. Já no interior das mitocôndrias (organelas
citoplasmáticas responsáveis pela geração de energia) o ciclo de Krebs, ainda levando em
43
conta a informação, distúrbios na síntese de vitamina B, poderá ocasionar uma espécie de
déficit pela diminuição do FAD e FMN , deixando a função de carrear Hidrogênios,
somente com o NAD (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo). Não foi levado em
consideração Coenzima Q que somente recebe e-. Caso esses fenômenos interferentes
ocorram, esse organismo em particular poderá experimentar sensações altamente
adversas, ou até mesmo fatais. Este processo (ciclo de Krebs) é um importante fenômeno
para a formação de uma molécula de alta energia imprescindível para o corpo denominado
ATP (Trifosfato de Adenosina).
A Vitamina B2 ou Riboflavina participa da respiração celular e a inibição de sua
síntese pode ocasionar problemas críticos, além dos relatados anteriormente.
DESENHO 9 – VITAMINA B2
Vitamina B2
Molécula Vitamina B2 (Riboflavina) - Wikipedia
Também conhecida como riboflavina, e no passado por vitamina G, é obtida a partir de
vegetais folhosos e, em maior quantidade, da soja, do leite e de frutos do mar.
No organismo dos seres humanos, auxilia no metabolismo das gorduras, açúcares e
proteínas, sendo importante para a saúde dos olhos, pele, boca e cabelos.
44
Esta vitamina é usada como corante alimentar recebendo a denominação de E101 ou
E101a (forma fosfatada). Sua deficiência causa lesões na mucosa da boca, rachaduras
nos cantos dos lábios (queilose), gengivite com epistaxe, língua de coloração roxa,
ardência dos olhos, pele seca, depressão, catarata, letargia e histeria.
A riboflavina é essencial para a produção de dois cofatores enzimáticos necessários
para o funcionamento de diversas enzimas que atuam nas vias metabólicas do
organismo. Esta molécula degrada-se na presença da luz.
http://www.infoescola.com/bioquimica/vitaminas-do-complexo-b/
O ciclo de Krebs é na realidade uma série de reações de Desidrogenação (enzima
Desidrogenase) e Descarboxilação (enzima Descarboxilase), as quais vão criando outras
estruturas químicas e como consequência em um dado momento, a produção do ATP. A
Riboflavina atua na síntese de enzimas que são catalisadores. O que podemos esperar
desse fenômeno ?
DESENHO 10 - ATP
45
Obviamente existem outras enzimas que estão presentes no processo, como a
Catalase, que justamente devido à grande quantidade de Oxigênio vindo do sangue
através da Hematose, facilita a formação Peróxido de Hidrogênio (Água Oxigenada), o
que pode ser um problema agravado pela carência do FAD.
A reação de quebra do H2O2 (extremamente tóxico), produzindo água e Oxigênio
molecular que não irá interferir no ciclo bioquímico de Krebs.
2H2O2 ---------Catalase------------ 2H2O + O2
Essa reação é facilmente comprovada, quando há uma laceração de tecido e
algumas células são rompidas, ao adicionarmos água oxigenada, que nada mais é que
Peróxido de Hidrogênio observa-se uma espécie de borbulhamento, justamente o
Oxigênio molecular sendo liberado.
No que se refere a particular ação de produção de ATP, os produtos envolvidos e
que sofrem as alterações estruturais são as seguintes:
1) Ácido Cítrico
2) Ácido Cis-Acotínico
3) Ácido Isocítrico
4) Ácido Oxalacético
5) Ácido Alfa Cetoglutárico
6) Ácido Succínico
7) Ácido Fumárico
8) Ácido Málico
9) Ácido Oxalacético
46
A Flavina Adenina Dinucleotídeo tem uma estrutura de fácil compreensão,
Molécula da Riboflavina + a Adenina + nucleotídeo [compostos de 2 grupamentos fosfato
(no caso da molécula analisada) + pentose + base nitrogenada].
DESENHO 11 – FAD
Caso haja uma redução do FAD, o carreamento de Hidrogênios para a formação
de água e o aumento complexo de O2 vindo do sangue, pode ensejar o aumento da
produção de Peróxidos de Hidrogênio, que é extremamente tóxico para a célula. Assim, é
notório que o Enxofre ao ser lançado na natureza seja através da queima de combustíveis,
processo industrial e demais atividades antropocêntricas, pode, segundo a informação da
Dra Barboza, a qual alega que esse calcogênio (O, S, Se, Te, Po), perturba a formação de
47
vitaminas que são primordiais na confecção de carreadores ou aceptores extremamente
relevantes, como no caso do FAD. (Barboza, 2001 – pag 71).
Hematose – O2(oxigênio) vindo das trocas gasosas – Alvéolos pulmonares.
Trocado para o meio externo.
FAD(composta por uma das vitaminas do complexo-B).
Citocromos são receptores de elétrons.
NAD carreia os hidrogênios para formar água. 2 H2 +O2 = 2H2O
Caso ocorra a formação de peróxido Hidrogênio
Saída de Hidrogênios e gás carbônico(CO2)
Ácidos envolvidos no ciclo:
Cítrico
Cis-acotínico
Isocítrico H2O2 Catalase
Oxálico
Alfa-cetoglutárico
Succícnico 2H2O + O2
Fumárico
Málico ADP + Pi = ATP
Oxalacético
Ocorre a junção à Acetil Coenzima-A
Ciclo de Krebs
Desidrogenases e
descarboxilases.
Também chamado
ciclo do ácido
48
Fósforo “I” vindo da alimentação Via de Embden Meyerhof início da glicólise
O acido Pirúvico CH3-CO-COOH é na realidade um ácido acético com uma
cetoxila e é justamente esse ácido que se une a Coenzima A, representada como Co-A.
CH3-CO-COOH – (MENOS) CO2 ------ CH3-COOH, saindo o H, sai para dar lugar ao acetil.
Há evidências através de cientistas e médicos, que na carência da Vitamina B2, ou
por inibição de sua ação bioquímica, acontece uma degeneração mitocondrial e uma
doença que aflige principalmente pessoas de terceira idade se instala – o mal de
Parkinson. Note que não estamos falando da B6, B12 ou outra do complexo, mas da
B2(A riboflavina (lactoflavina ou vitamina B2; designada no passado também por
vitamina G; nome sistemático 7,8-dimetil-10-(D-1'-ribitil)-isoaloxazina) é um composto
orgânico (flavina) da classe das vitaminas. No organismo humano, favorece o
metabolismo das gorduras, açúcares e proteínas e é importante para a saúde dos olhos,
pele, boca e cabelos) justamente a que compõe o FAD (Flavina-adenina-dinucleotídeo).
Vemos assim, que sua função não é somente de carrear Hidrogênios e elétrons que ficam
nos sítios dos Citocromos.
TABELA 4
Estressores controlados na Bacia Aérea III – vide somente qualidade do ar.
50
GRAFICO 2
Velocidade dos ventos em relação às medições.
A velocidade do vento em Km/h foi de ? Maior evento observado foi de 5,7 m/s.
Para passarmos para um sistema de Km/h.
Km/h = m/s ... 1/1 = 1000/3600. Multiplicando-se as frações tem,os como
resultado 3,6. 1 Km = 1000m, e 1h = 3600 seg. Para tanto, bata-se multiplicar, os 5,7 m/s
por 3,6 = 20,52 km/h, Ventos considerados fracos, mas que podem carregar grande massa
de poluentes por um espaço considerável.
Em 2006 houve mais de 1400 violações de Ozônio Troposférico observados na
bacia aérea de número III. O Ozônio troposférico é produzido através de Hidrocarboneto
não queimado + NOx + fotocatálise pela luz solar.
51
Há empresas nacionais que engajadas em processos de diminuição de Enxofre nos
combustíveis ajudam a mitigar as chuvas ácidas e processos intrincados como o de formar
ATP no ciclo de Krebs. O exemplo mais palpável é o Diesel S10, que contêm apenas 10
ppm de Enxofre.
TABELA 5
Da análise da tabela cima, verifica-se que apenas uma refinaria pode emitir para a
atmosfera 2,8t de SOx, uma quantidade expressiva, uma vez que para causar injúria aos
sistema biológicos, bastam poucos ug ou ng.
Alterações de pH também poderão ocorrer, uma vez que o SO2, mesmo sem sofrer
transformação de óxido para ácido, pode promover a alteração do Potencial
Hidrogeniônico. O pH do sangue varia entre 7,34 a 7,45, levemente básico, e o SO2 pode
criar condições insalubres para a bioquímica do sangue propriamente dita. Para se ter uma
ideia, levaremos em consideração uma concentração de 10-5 mol/L de pois da reação de
Hidrólise do SO2, temos SO2 + ½ O2 = SO3 + H2O = H2SO4. 2H+ + SO4-2. Como
temos 2H+, a concentração poderá ser duplicada, ou seja 2x10-5 mol/L. Qual seria então o
pH que estaria sendo introduzido e que que terá contato com as hemácias ?
52
pH = -log [H+], e além dessa equação lança-se mão das relações logarítmicas:
Operação com números Operação com expoentes Identidade logarítmica
53
TABELA 6
pH = 2 x 10-5 mol/L------ assim, utilizando-se a equação Ab = b.log(a), faz-se:
pH = - [log (-5)log2]
pH = 5-0,30103 = 5.03013. pH = 4.69897 = 4,7..
Lança-se mão da segunda tabela de log na base 10, ou Brix.
Ou ainda: 2 x 10-5 = 2 x 0,00001 = 0,00002.
log 0,00002 = 4,69897.
54
O equilíbrio do pH em nosso organismo é mantido pelo balanceamento entre o CO2
e o Bicarbontao (HCO3-1). Mais CO2 significa uma diminuição do pH e
consequentemente maior acidez, já o aumento de Bicarbonato tende a aumentar o pH, o
que significa solução mais básica.
Nota que vale apena ser registrada, é que o Bicarbonato, mesmo nas bebidas anti-
ácidas, possui um próton que pode levar a um efeito rebote de acidificação. Assim, um
aumento ou diminuição do CO2, que é um gás e uma molécula, pode ocasionar grande
transtornos no pH sanguíneo, sendo que o tecido hematopoético não poderá reverter tal
situação. Assim, no ciclo de Krebs, nos processo de descarboxilação, pode haver um
aumento exacerbado do CO2 oriundo dos ácidos envolvidos, devido a interferência
negativa no processo, uma vez que o SO2, como vimos, poderá se transformar em ácido,
com duas protonações importantes.
O ritmo da nossa respiração é gerado e controlado pelo centro respiratório,
grupos de células localizados no bulbo raquidiano e na ponte (porções dilatadas do
final da medula; região denominada de tronco encefálico). São pulsos nervosos que a
cada poucos segundos viajam do alto do pescoço até os músculos inspiratórios
(diafragma e intercostais externos), que então se contraem promovendo a entrada de ar
nos nossos pulmões.
Ao contrário do que poderíamos esperar, o gás carbônico (CO2) têm um papel muito
mais importante do que o oxigênio (O2) no controle nervoso da respiração. É ele que
estimula o centro respiratório - um aumento na concentração de CO2 resulta numa
respiração mais rápida e mais profunda. Podemos aqui desconsiderar
os efeitos do oxigênio.
O Carbogênio é uma mistura gasosa de gás carbônico (CO2) e oxigênio (O2). O que
utilizamos nas sessões da Experiência do CO2 é essa mistura na proporção de 70% de
O2 e 30% de CO2. Como o ar atmosférico que respiramos contém cerca de 0,3% de
CO2 e 20% de O2, inalamos com a mistura cerca de 100 vezes mais CO2 e 3 vezes e
meia mais O2 do que na respiração normal. Devido à alta concentração de CO2, logo
nos tornamos ofegantes, dispneicos (com "fome de ar") e algumas vezes ansiosos, uma
55
vez que o corpo traduz essa alta concentração de CO2 como falta de oxigênio - mas
estamos respirando 3,5 vezes mais oxigênio que o normal!
http://www.renascimento.com.br/co2/deep.htm
Todo o trabalho orbitou nas interações de químicos com a bioquímica de
organismos, mas foi na disssertação sobre o SO2 no vasto conceito que foi aqui expresso
sobre interações negativas nas estruturas responsáveis pela transmissão dos caractéres
hereditários e oportunamente na geração de neoplasias, que o assunto ganhou
complexidade e que gerou paralelamente importância de grande envergadura. Devido à
importância influência do SO2 em vários reinos e filos deve-se dar tratativa mais
pormenorizada frente aos outros assuntos abordados, como foi facilmente atestado nas
considerações, principalmente no Ciclo de Krebs e os desdobramentos, que nem sempre
são positivos, mas, marcantes.
56
CONCLUSÃO
No trabalho, primou-se a tecer as relações causais de impactos e consequentemente
“Alterações Bioquímicas influenciadas por produtos Químicos”, através do uso
indiscriminado destes ou de maneira negligente. Assim, através de informações já
sedimentadas, literaturas e outros veículos capazes de substanciar o desenvolvimento
educacional, aventou-se e criou-se hipóteses de que além da já conhecida alteração na
homeostase, com se não fosse o suficiente, pelo comparativo de moléculas de células
vegetais e animais, a similaridade, simetria e por que não dizer, que quase estruturas
isômeras, tem-se uma sólida analogia de que um determinado xenobionte, não apresenta
caráter seletivo para essa ou aquela molécula. Assim, foi quase que vociferado sobre essas
alterações que podem macular seriamente nossa saúde, que em muitos momentos a
emoção sobre o assunto se caracterizou. (http://www.segurancaetrabalho.com.br);
(http://msds.chem.ox.ac.uk/#MSDS)
Nas subdivisões do trabalho ou em sua capitulação, o ideário foi postulado de forma
a municiar concatenadamente uma crescente lógica a fim de que se pudesse projetar a
princípio que estudiosos fizeram no decorrer da linha do tempo para entenderem os
mecanismos bioquímicos e da genética, e que substâncias outras, que se apresentam sem
códigos específicos para aquele nicho biológico, sejam consideradas como sérios
interferentes à qualidade de vida e suas relações com a hereditariedade. Preparava-se o
caminho para adentrar em locais mais específicos de comparação de estruturas vegetais e
animais, onde pela leitura atômica e molecular, pode-se sem fustigantes dúvidas, afirmar
que não há substâncias químicas seletivas para esse ou outro reino. Sua ação disrruptora é
sistêmica e assim, precisamos conhecer demais mecanismos para que possamos tecer
defesas suficientemente capazes de nos livrar de imbróglios criados pelo mesmo Homo,
com epíteto duplo de sapiens. Com esses dados, internalizado pelos multiplicadores, as
informações serão verticalizadas e feedbacks positivos acontecerão, uma vez que como já
57
mencionado, a confecção de trabalhos, que têm a sua gênese no meio acadêmico, desfruta
de conceituada credibilidade. Após essa fase, conhecer os sítios que podem mutar
substâncias vitais em outras de grande periculosidade teve um sequenciamento de ideias e
de provas largamente difundidas, o que permitiu com as ideias anteriormente apresentadas
ter um “time” dentro de um compasso mais harmonioso, se reconhecendo, mesmo para
aqueles que não tiveram um convívio mais estreitos com as ciências que aqui deram o
embasamento necessário, a capacidade de perceber, quais substâncias seriam capazes de
gerar neoplasias, verificando-se apenas o mosaico formado por sua disposição no espaço.
Este momento nos brindou com uma defesa e escolha capaz de permitir a longevidade de
muitos que desconheciam tal periculosidade. Mecanismos que possam parecer a princípio
estranhos, são nosso salvo-conduto para uma vida sem interferências significativas e o
modus operandi dessas defesas, a fim de que possamos contribuir para um resultado que
nos pode manter acima de inúmeros impactos. Reconhecer que mecanismos, como por
exemplo o de geração de energia, de suma importância podem ser impedidos por
substâncias químicas que teoricamente seriam de menor importância, nos alertam e nos
revelam saídas mais racionais e nos embasam para que como sociedade esclarecida,
cobre a mudança de postura para a redução ou a troca de certas estruturas químicas que
grassam nas ruas, oriundas de fontes estacionários ou não, e que podem macular
seriamente muitos reinos, impedindo processos de extrema importância como os
fotossintéticos e ciclos bioquímicos que não podem sofrer ínfimas alterações.
Manter então, os componentes abióticos e os bióticos, é o elo fundamental do
objetivo do trabalho, e a demonstração de como se atingir e manter tais condições de
estabilidade, e o que deve se abster para que processos bioquímicos não sofram
influência, como por exemplo, mutagenicidade, a qual pode ter como resultantes efeitos
catastróficos.
Faz-se mister e oportuno ressaltar que as informações obtidas no curso, que tem um
forte link com o tema, endossou inúmeros argumentos e forneceu chancela para que a
58
pesquisa e as observações feitas a partir daí, apresentassem uma maior credibilidade. A
lógica científica, sem evocarmos os valores empíricos, foi um adendo que protagonizou a
união da teoria e da prática. As considerações bioquímicas adquiridas anteriormente,
unidas a consolidação de bases de dados mais recentes criou um sinergismo benéfico que
culminou com uma argumentação mais sólida e compatível ao trabalho em seus capítulos.
Segundo Baird (2000), não sabemos qual a pior condição, se a exposição crônica ou
aguda aos produtos químicos. Para tanto deve-se manter um controle eficaz no contato
com os mesmos. É muito fácil perceber também, que para Mendel, que nos subsidiou
sobre as heranças genéticas e as mudanças quer podem ocorrer entre cruzamentos e
exposições de representantes que quando cruzados apresentam F1 muitas vezes totalmente
diferenciados, sejam naturais, radioativos e/ou produtos químicos. Darwin com a teoria
das espécies e sua morfologia e fisiologia, nos incumbe de atenção, pois em sua célebre
frase, nos lembra inexoravelmente que “somos macacos engenhosos ganhadores da loteria
evolutiva”. Essa afirmação nos faz pensar, que temos a mesma origem, e continuamos a
evoluir. Assim, ainda podemos nutrir algum gene primitivo o que factualmente permite
ocasionarmos erros nas formulações de produtos que seriam para o bem-estar da
humanidade, porém, desencadeando uma série de reações adversas como a Talidomida
que provocou teratogenia.
Embora haja uma pequena controversa entre Baird (não sabemos qual a pior
condição, se a exposição crônica ou aguda aos produtos químicos) e Paracelso (não há
remédio ou veneno, tudo depende da dose), a resultante dessas lógicas individuais,
mostram antagonicamente a verdade em campo. Isso vem demonstrar que não existe uma
verdade absoluta, se faz necessário e sábio, uma análise crítica sobre a utilização de
produtos químicos, uma vez que temos como certo que eles podem em condições
controladas criar situações que nos trazem maior benefício, mas, jamais banalizar seu uso.
Hoje milhares de produtos químicos são sintetizados anualmente, as FISPQS – Fichas de
Informação de Segurança de Produtos Químicos -, ainda sem a implantação do GHS -
Sistema Global e Harmonizado - , não representam uma documentação segura, uma vez
59
que interesses econômicos tendem a mascarar informações que podem ser cruciais para a
saúde do homem, que se traduz em bem-estar físico, mental e social – Biopsicossocial.
60
CRONOGRAMA
Tabela 7 – Distribuição das atividades
PRELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA
DIGITAÇÃO DOS DADOS
VERIFICAÇÃO DOS DADOS
ENTREGA DO TRABALHO
01/10/2014
15/10/2014.
16/10/2014
30/11/2014.
01/12/2014
19/12/2014.
20/12/2014
61
GLOSSÁRIO
Anterozoide Espermatooide vegetal
ATFA Ácido Trifluoracetico
ATP Trifosfato de Adenosina
Benzopireno HPA com 5 núcelos benzênicos fundidos
Clorofila Estrutura vegetal responsável pela
fotossíntese
CO2 Gás Carbônico – primcipal gás do efeito
estufa
DNA Ácido Desoxiribonucleico.Caractéres
hereditários
Elétrons Partícula de carga negativa que circula o
átomo, quase na velocidade de luz. Ou seja, 300.000 km/seg
Embden Meyerhof Via responsável pela quebra da glicose antes
das cistas mitocondriais internas
FAD Flavina adenina dinucleotídeo
62
H2O2 Peróxido de Hidrogênio.
Hematopoético Sistema responsável pela síntese do sangue
Heme Estrutura responsável pelo carreamento de
Oxigênio molecular, ou seja, O2
Hidrocarbonetos Estruturas que só possuem Hidrogênio e
Carbono
Homo Designação de homem
HPA Hidrocarbonetos poliaromáticos
IDH Índice de desenvolvimento humano
Krebs Ciclo bioquímico para produzir energia e
carrear O2
L Litro
Mitocôndrias Organela citoplasmática responsável pela
geração de energia
mmHg Miligramas de Mercúrio
mol Somatório das massas atômicas
63
NAD Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo
Nucleotídeo Estrutura formada por ácido Fosfórico,
pentose e base nitrogenada
O Oxigênio atômico
pH Potencial Hidrogeniônico
Po Polônio
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente
Propágulos Estruturas vegetais onde de encontram os
gametas
Protonações Liberação de Cátio Hidrogênio paraum
determinado meio
Riboflavina Uma das vitaminas do complexo B
RNA Ácido Ribunucleico
S Enxofre
Sapiens Sábio. Epiteto que completa Homo, normalmente
65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
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BARBOZA, Jaqueline. Impactos ambientais no refino do petróleo. 2.ed. Rio de
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Moderna,1996
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3a ed. SP: Ática, 2012.
LEI 9605, de 12/02/98 – Lei de Crimes Ambientais.
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Secretaria do Estado do Meio Ambiente, 1997. 177 p.
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monoaromáticos do petróleo sobre (Crustadea: Mysidacea). Dissertação
(Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de SC, 2004.
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