ROCHAS ORNAMENTAIS PORTUGUESAS
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CLUSTER DA PEDRA NATURAL
Jorge M. F. Carvalho
12 de Abril de 2012 (Hotel Aqualuz, Tróia)
ABORDAGEM
Arqueológica (História da Arte) versus Geológica
Académica (classificação das rochas, mineralogia, génese, ...)
Económica (recurso mineral) ou
Alguns Conceitos: recursos geológicos, minerais, indústria extrativa, Rochas Ornamentais.
Rochas Ornamentais Portuguesas: principais tipos e onde ocorrem.
Cluster da Pedra Natural: o que é, que objetivos ?
RECURSOS GEOLÓGICOS
• Recursos Minerais
– Calcário, mármore, ouro, cobre, etc.
• Recursos Minerais Energéticos
– Petróleo, carvão, urânio, etc.
• Recursos Hidrogeológicos
– Águas subterrâneas e superficiais
• Recursos Patrimoniais
– Geológicos (pegadas dinossáurios, etc.)
– Geológico-Mineiros (minas, pedreiras, etc.)
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RECURSOS MINERAIS
- São Recursos Naturais -
São uma mais valia natural dos territórios onde ocorrem
São imprescindíveis à manutenção dos padrões de vida da sociedade actual
A localização das ocorrências com valor económico resulta de processos geológicos e, portanto, não determináveis
pelo Homem.
“If you can't harvest it, then you must mine it”
• Cobre: 800 kg
• Argilas: 10 000 kg
• Sal: 14 000 kg
• Agregados e RO: 800 000 kg
• Petróleo: 320 000 litros
• Cimento: 32 000 kg
• Fosfatos: 11 000 kg
Recursos minerais e energéticos consumidos por cada ser humano ao longo
da vida: 1,75 milhões de kg
INDÚSTRIA EXTRACTIVA
• É a actividade que disponibiliza os recursos minerais à sociedade.
• Só pode desenvolver-se onde esses recursos ocorrem.
Edward Burtynsky
... e o que são ROCHAS ORNAMENTAIS?
PEDRAS DIMENSIONAIS (dimension stones)
PEDRAS NATURAIS (natural stones)
PEDRAS DE CONSTRUÇÃO (construction rocks)
ROCHAS ORNAMENTAIS (ornamental stones)
No passado, a função das rochas era uma função essencialmente estruturante das edificações (desde as
primeiras habitações pré-históricas até a palácios e outros monumentos mais recentes) ou de peças de arte
Actualmente a pedra perdeu essa função estruturante para o ferro, para o tijolo, para as argamassas em
revestimentos e para outros produtos de substituição.
AGORA, as rochas usam-se unicamente em função das suas potencialidades decorativas, ornamentais. As capacidades estruturantes que lhes estão associadas são aproveitadas apenas pontualmente ou de modo secundário.
ROCHAS ORNAMENTAIS
Matéria-prima de origem mineral que se utiliza como material de construção
com funções essencialmente decorativas.
A função decorativa atribuída às Rochas deve constituir o cerne da sua definição
ROCHAS ORNAMENTAIS EM PORTUGAL - PRINCIPAIS TIPOS -
• CALCÁRIOS
• MÁRMORES
• GRANITOS
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LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS
Xistos Xistos
Xistos
GRANITOS
• Rochas ígneas intrusivas. Grãos Qz + feldsp K, mais ou menos grosseiros
– Acessórios: micas, anfíbolas, ...
• Do ponto de vista comercial incluem todas as rochas ígneas intrusivas ou metamórficas de textura granular. Ex.: gabros, sienitos, gnaisses
– Porque apresentam caraterísticas tecnológicas e texturas semelhantes
GRANITOS
Rosa de Monção
Pedras Salgadas
SPI (Cinzento de Alpalhão)
Rosa de Monforte
Amarelo de V. Real
GRANITOS (que não o são)
Favaco (quartzodiorito)
Sienito de Monchique Preto de Odivelas (gabro)
BRASIL (GNAISSES)
CALCÁRIOS
• Rocha sedimentar. Grãos calcíticos diversos, incluindo restos de conchas, aglutinados num cimento também calcítico.
– Texturas e estruturas sedimentares variadas.
• Comercialmente são muitas vezes apelidados de mármores. Contudo:
– Textura completamente distinta
– Caraterísticas tecnológicas bem distintas
Microfotografia de Moca Creme
Fósseis de rudistas como aspeto distintivo do Lioz
CALCÁRIOS DO MACIÇO CALCÁRIO ESTREMENHO
Semi Rijo
Moca Creme
Relvinha
Ataíja
Brecha Sto. António
Alpinina
Particularidades …
Segurança no trabalho…
Destino da produção
ORIGEM DO PATRIMÓNIO? Fonte de material para
restauro?
?
CALCÁRIOS DE PÊRO PINHEIRO
• Origem dos calcários ornamentais portugueses mais tradicionais.
• A exploração começou há mais de 8 séculos: construção dos antigos edifícios, igrejas e monumentos da região de Lisboa.
• Recursos disponíveis: ~ 5 x 106 tons • Grandes restrições devido à
expansão urbana
• Importância para recuperação de edifícios e monumentos de Lisboa – necessidade de criação de uma Área de Reserva.
Lameiras
Montelavar
Pero Pinheiro
Morelena
Maceira
AncosNegrais
0 0,5 2 km
Alluvium
Limestones and marls
Benfica Complex
Senonian Vulcano SedimentaryComplex of Lisbon
Limestones with rudists( )Ornamental limestones
Andesites
EOCENE-OLIGOCENE
Albian-L.and MiddleCenomanian
Upper Cenomanian
HOLOCENE
CRETACEOUS
PORTO
FARO
LISBOA
PRINCIPAIS VARIEDADES AMARELO DE NEGRAIS LIOZ ENCARNADÃO
ALGARVE
GUELHIM S. MIGUEL
Moncarapacho
Estói
TAVIRA
Luz
S. Brázde Alportel
ConceiçãoS. Estevão
Mesquita
Cerro daCabeça
Atla
ntic O
cean
0 2 8 km
ConglomeratesValanginianLOWER CRETACEOUS
Limestones and sandstonesU. Kimmeridgian
UP
PE
R J
UR
AS
SIC
1-Dolostones and dolomitic limestones2-Organic build-up limestones (" ")Brecha de Tavira
M. Kimmeridgian
Limestones with silex nodulesL. Kimmeridgian
Mud limestones and marlsOxfordian
Marls and limestones with silex nodules
Limestones and dolostonesDomerian -- Toarcian
BajocianMIDDLE JURASSIC
LOWER JURASSIC
Main Faults
Pedreiras confinadas a 3 locais:
Mesquita e Sto. Estêvão (Brecha de Tavira)
Albufeira (Escarpão)
BRECHA PÉROLA BRECHA AVERMELHADA ESCARPÃO
MÁRMORES
• Rocha metamórfica. Deriva dos calcários por efeito de elevadas pressões e temperaturas (> 5000C). • Perda completa das estruturas e texturas
sedimentares
• Melhores caraterísticas tecnológicas
ANTICLINAL DE ESTREMOZ -Explorações ao longo de toda a faixa de afloramentos de mármores. -Maior concentração em 5 núcleos: Estremoz, Borba, Vigária, Lagoa e Pardais
Branco estatuária
Branco corrente
Creme do Mouro
Creme de Borba
Rosa Aurora
Rosa puro
Ruivina escuro
n= 319
VESTÍGIOS DE EXPLORAÇÃO ROMANA (Núcleo de Lagoa – Pedreira Marmoz)
Trigaches, V. do Alentejo, Serpa e Ficalho
• Núcleos de pequenas dimensões • Atualmente inativos • Potencialidades económicas reduzidas
Verde de Viana Cinzento de Trigaches Verde de Serpa Branco de Ficalho
CLUSTER DA PEDRA NATURAL
O SECTOR DA PEDRA NATURAL
• 2000 empresas repartidas pela – extração
– transformação
– produção de máquinas e equipamentos
• 18000 postos de trabalho
• 7º produtor mundial
• Know-how
• Bom apetrechamento tecnológico e capacidade de inovação
• Saldo positivo nas transações comerciais. 60% da produção destina-se a exportação – Contribui com 1,5% para o total das exportações nacionais
Cluster da Pedra Natural
CEVALOR
ASSOCIAÇÕES SETORIAIS
ORGANISMOS PÚBLICOS
CENTROS E INSTITUTOS
DE I&D
UNIVERSIDADES
EMPRESAS MERCADOS
• Visão e atuação comum para o Sector da Pedra Natural;
• Mobilização de todos os envolvidos no Sector da Pedra Natural;
• Estratégia e Programa de Ação definidos e assumidos coletivamente por Empresas e Instituições de Suporte.
O CLUSTER DA PEDRA NATURAL
Potencial Humano
Como Surgiu o Cluster: • 2006 – Estudo Estratégico do Setor mostrou necessidade
para:
o Marketing, Comercialização e Promoção mais ativos ;
o Estratégias de Internacionalização mais dinâmicas;
o Construção de plataformas logísticas na União Europeia – Estratégias para atuação internacional conjunta;
o Especialização em produtos não standard;
o Aposta na qualificação e formação dos recursos humanos.
• 2007
o Apresentações e Discussões Publicas;
o Acordo estratégico entre Empresas e Entidades.
• 2008
o Construção de parcerias;
o Processo de Candidatura às Estratégias de Eficiência Coletiva (programa COMPETE)
• 2009
o Reconhecimento público do CLUSTER DA PEDRA NATURAL . Eixos Estratégicos:
o INTERNACIONALIZAÇÃO: Reforço e conquista de mercados
o SUSTENTABILIDADE: Qualificar os territórios
o COMPETITIVIDADE: Investir na inovação Organizacional, Produtiva e Tecnológica
o ASSOCIAÇÃO VALORPEDRA – Entidade para a Gestão do Cluster da Pedra Natural
• 2010 – 2013 …
o Execução do Plano de Ação
30 empresas envolvidas
Associações Setoriais (ASSIMAGRA e ANIET)
Centro Tecnológico (CEVALOR)
Escola Tecnológica (ESTER)
Entidades públicas (LNEG, UÉVORA, UTAD, ISEP, EDM)
• Pólo da Saúde
• Pólo da Moda
• Pólo Agro-industrial
• Pólo da Energia
• Pólo das Indústrias de Base Florestal
• Pólo Engineering & Tooling
• Pólo das Indústrias de Refinação, Petroquímica e Química Industrial
• Pólo das Indústrias da Mobilidade
• Pólo das Tecnologias de Produção
• Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica
• Pólo do Turismo
• Cluster Habitat Sustentável
• Cluster Agro-Industrial do Centro
• Cluster da Pedra Natural
• Cluster das Empresas de Mobiliário de Portugal
• Cluster das Indústrias Criativas na Região do Norte
• Cluster Agro-Industrial do Ribatejo
• Cluster Vinhos da Região Demarcada do Douro
• Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar
CLUSTER DA PEDRA NATURAL • Objetivos
– Apostar na diferenciação dos produtos nacionais para ampliar o grau de penetração nos mercados, promovendo de forma concertada e sustentada a internacionalização.
– Reforçar as capacidades de inovação e as competências técnicas e humanas do tecido empresarial do Cluster da Pedra Natural.
– Promover o aproveitamento sustentável das rochas ornamentais e das rochas industriais de modo a contribuir para a valorização do ambiente e para o ordenamento do território
– Estimular a integração de todos os atores do Cluster da Pedra Natural, promovendo redes de cooperação entre as empresas e entre estas e as instituições de interface
• Resultados a alcançar
– Aumentar a produtividade e melhorar o desempenho de mercado
– Criar emprego qualificado
– Aumentar em 10% as despesas empresariais em atividades de I&DT
– Reforçar a participação nacional em redes e programas internacionais de I&DT
– Obter a certificação da Pedra Natural Portuguesa e a acreditação da Organização StonePT
PLANO DE AÇÃO • PROJETOS ÂNCORA
• VALORIZAÇÃO DA PEDRA NATURAL
• Contribuir para o aumento da dinâmica de mercado das atividades da Pedra Natural
• Oportunidades de inovação e internacionalização para as empresas
• SUSTENTABILIDADE DA INDUSTRIA EXTRACTIVA
• Melhorar o desempenho económico e ambiental, aumentando a eficiência e atenuando os impactos negativos;
• Contribuir para o Planeamento e integração das atividades em sede de Ordenamento do Território
• INOVSTONE – NOVAS TECNOLOGIAS PARA A PEDRA NATURAL
• Desenvolvimento de Tecnologias inovadoras para as Empresas do Sector
• PROJECTOS COMPLEMENTARES
• Outros desenvolvidos pelas Empresas e Entidades e que respondam aos objetivos
do Cluster
ALGUNS RESULTADOS
www.valorpedra.pt
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