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Page 1: ROLA AUTOMÁTICAMENTE Vangelis - Aquatic A CEGONHA.

ROLA AUTOMÁTICAMENTE

Vangelis - Aquatic

A CEGONHA

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Parti do Norte de África, local onde permaneci cerca de cinco meses, seguindo a rota das aves com destino ao meu antigo

lar…

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Cheguei a Faro, em finais de Janeiro, num dia de Inverno, quase ao cair da noite e o meu

velho ninho ainda estava lá…

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Exausta de uma longa viagem, pousei no meu

candeeiro, junto à Marina de Faro, tendo como vizinho

o Hotel Faro.

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Pelo caminho perdi o meu companheiro de alguns anos, mas não faz mal,

hei-de arranjar outro!!!…

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Alimentei-me durante algum tempo, com toda a comida que me foi possível ingerir, pois já sabia que teria que procriar…

é um ciclo de vida.

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E assim, comecei a cantarolar, aquele cantar do bater das castanholas, um cantar convidativo de quem se quer

enamorar.

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Eis que arranjei um companheiro que, de imediato, tudo fazia para me cativar… cantarolava comigo, torcia elegantemente o pescoço e batia as

asas numa constante parada nupcial…

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Bem-vindo à vida!!!

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Foi assim que, aqui, a partir de 9 de Fevereiro, me tornei amigo deste casal de cegonhas… até ao dia em

que partiram.

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Este casal é monogâmico, porque durante a procriação foram sempre fieis, muito embora um ou outro cegonho tenha

quebrado este mito de monogamia.

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E lá foram reconstruindo o ninho, com muita dedicação,

que os ventos do Outono e do Inverno haviam danificado…

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Nos seus bicos grandes e pontiagudos trazem pequenos paus, pastos e algas que começam a entrelaçar a partir da base,

formando uma parede em roda, o ninho.

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Era um vai vem de voos directos ao sapal da Ria Formosa, em busca de materiais para reconstruir o seu ninho e aconchegar

a sua companheira.

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Som da cegonha

Estavam em pleno acasalamento e a cópula ocorre várias vezes ao dia após uma breve exibição do macho num acto

verdadeiramente subtil, seguindo-se o entoar das “castanholas”. 

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No dia 10 de Março a cegonha põe o primeiro ovo e no dia seguinte completou a postura com mais outros 3 ovos.

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A partir deste dia a cegonha manteve-se dentro do ninho… apenas se levantava para mudar de posição consoante os

ventos e para desentorpecer as patas.

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Quer em dias de chuva, de ventos fortes ou de temporais, a cegonha mantinha-se no ninho, muito quieta a chocar os seus

preciosos ovos, com ar de sedutora.

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Nesta fase, o cegonho trazia algas secas, porque dão maior aquecimento ao ninho, pois não tarda os ovos começam a

eclodir.

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O tempo começou a aquecer e a cegonha já se levantava de cerca de meia em meia hora para se espreguiçar e bocejar.

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O cegonho trazia comida dentro do papo que despejava no ninho para a sua companheira comer.

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Assim que pousava no ninho reinava alegria entre o casal não só pela melodia provocada por ambos, como pela elegância

do seu companheiro.

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Com o bico, fazia-lhe festas, limpava a sua companheira, estava verdadeiramente

enamorado e demonstrava grande carinho e guardião do seu lar “ninho”.

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A 10 de Março eclode o primeiro ovo e nos dois dias seguintes, os

restantes.

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Sobreviveram três simpáticos cegonhitos que passaram uma boa parte do tempo debaixo das asas da sua mãe.

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A 3 de Maio, um dos cegonhitos não conseguiu

sobreviver aos ventos fortes e morreu. A mãe cegonha, com o bico,

colocou-o na lateral do ninho.

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A cegonha ficou irrequieta durante os dois dias

seguintes…

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Ao terceiro dia, com o bico, agarrou no cegonhito, não o ingeriu, e colocou-o junto aos seus filhotes…

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De imediato, começaram a piquenicar… e lá foram devastando a pequena “carcaça” que a própria natureza lhes

reservou.

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Os dias passavam rapidamente e o casal sabia que só poderia

abandonar o ninho quando os seus filhotes fossem um pouco

mais crescidos e pudessem voar.

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Enquanto tal não acontecia, este simpático casal de cegonhos estava indiferente às pessoas e aos veículos que por aqui

transitam diariamente.

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Dia 11 de Maio, os cegonhitos já estavam mais crescidos, já se notava a formação das penas pretas nas asas e já se

remexiam com muita inquietude…

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Os ventos do levante, vindos do lado do mar, trouxeram alguns chuviscos e a mãe cegonha, desesperadamente, abriu

as asas para proteger os seus filhotes.

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O cegonho pai levava o dia inteiro no sapal da Ria Formosa à procura de alimentos para a sua família.

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No dia 17 de Maio, nota-se perfeitamente como da plumagem começam nascer as penas e também as primeiras tentativas

do bater das asas.

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Estava-se a aproximar o dia da partida e sua

mãe, de mansinho, saía do ninho. Era o início de uma nova vida que seus

filhotes teriam que aprender.

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A 25 de Maio, os filhotes já se encontravam mais

crescidos e indiferentes a quase tudo, apenas

esperavam seu pai no lar, com muito carinho.

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Como qualquer mãe, esta cegonha branca, foi incansável na preparação dos seus dois filhotes para os perigos que os esperam… faltam poucos dias para começarem a voar… dizem que deve ser lá para o dia de São João.

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Esta emocionante história passou-se em cima do candeeiro público da rotunda do Hotel Faro, onde o casal de cegonhas reconstruíram

o ninho, tendo como pano de fundo a exótica paisagem da Ria

Formosa.

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Uma produção e realização de:www.umraiodeluzefezseluz.blogspot.com

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Até breve - A bientôt - see you soon

E N D

F I M