Download - SALVADOR TERÇA-FEIRA 12/2/2013 OPINIÃO - asprabahia.com · Transatlântico (Tafta, em inglês). A Ásia, em uma completa mudança de posição, embarcou em uma série de acordos

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OPINIÃOSALVADOR TERÇA-FEIRA 12/2/2013A2

Participe desta página: e-mail: [email protected]/ Tel: 71 3340 8990/ Twitter: reporteratardeCartas: Redação de A TARDE/Opinião/ R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

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ESPAÇO DO LEITORO papa e a Findus

Duas notícias bombásticas acordaram o mun-do nesta segunda-feira de Carnaval: a renún-cia do papa e a descoberta que a marca inglesaFindus , fornecedora de lasanhas congeladasestá colocando no seu molho à bolonhesa,carne de cavalo. Esta é somente a segunda vezque um papa renuncia ao seu ponticiado.Estaria o catolicismo em crise? Quanto aomolho com carne de cavalo, foi consideradoperfeitamente normal por Bleerta e Maria-chiara, duas italianas que hospedo aqui emcasa, que me contaram - Mariachiara - quesempre quando visita a sua avó na cidade deParma,érecebidacomumbelopratode“pestodi cavallo”, prato típico da região... DILU MA-CHADO, SALVADOR - BA, [email protected]

Salve os carteiros!Todos os anos centenas de ecetistas têm pe-dido demissão da ECT por conta dos péssimossalários, péssima condição de trabalho e faltade reconhecimento profissional. É a empresapúblicaquepagaopiorsalárionoPaís,nãoporfalta de dinheiro, já que nos últimos 15 anosseus lucros batem recordes a cada ano. Porconta dessas demissões e a falta de contra-tação os serviços dos Correios têm deixado adeseja. Talvez agora o secretário de Transportede Salvador entenda o "porquê" de quase 8 milmultas encalhadas; é falta de trabalhador. Aprocissão dos carteiros baianos, tradição na-cional única, que no dia 25 de janeiro com-pletou 104 anos, foi um fiasco. Sem patrocínio,até para pagar a missa, quase a procissão nãosaiu. Porém não faltou dinheiro para os ar-tistas e atores nacionais divulgarem os 350anos de Correios. Os carteiros fariam melhore com custo quase zero. Salve os carteiros doBrasil! Salve os carteiros da Bahia, pela pas-sagem do seu dia, 25 de janeiro! ENÉAS ES-TRÊLA, SALVADOR-BA, [email protected]

A Limpurb sumiuDesde o início do Carnaval que a coleta do lixona Silveira Martins - Cabula, não é feita. Oscontêineres estão cheios de lixo (pelo menosa partir do 19º BC, até a Uneb) e as moscasproliferam! Ontem (domingo) à noite, vi umanimal atravessar a rua numa rapidez danadae,amim,mepareceu,umgatoouumcachorropequeno. Era um rato! Enorme! Será que ocontingente da limpeza foi todo para a ave-nida brincar o Carnaval? Não duvido! Cadê asaúde pública, a qualidade de vida que se querdar ao cidadão soteropolitano? Por falar emgato e em rato, não sei o porquê, mas, todasàs vezes que vejo ACM Neto abraçado ao go-vernador Jaques Wagner, a primeira lembran-ça que me chega é o desenho animado, Tome Jerry! Tou intrigado, sem saber o motivodessas lembranças... Quem deve está meiodanado da vida é Pelegrino... . VALDIR DE SAN-TANA, [email protected]

Salários atrasadosO ano letivo vai começar no dia 18 de fevereiroe nada do pagamento dos salários atrasados- desde novembro - dos terceirizados da Se-cretaria Municipal de Educação. ACM Netoentrou e disse que ia resolver, mas até agoranão foi divulgada nenhuma data para o pa-gamento. Pelo visto todo mundo está em cli-ma de Carnaval e os funcionários não têmnem o que comer em casa. Isso é um absurdo,um descaso! FLÁVIA APARECIDA, SALVADOR -BA, [email protected]

Carnaval carbono zeroO Carnaval de Salvador ainda tem muito o quemelhorar, principalmente nas questões am-bientais, defendo um "Carnaval carbono ze-ro", onde obrigue os donos de blocos e ca-marotesrevertertodaaenergiagastaemplan-tações de árvores. Defendo também a criaçãode abadás biodegradáveis para facilitar a de-terioração. Outro ponto a ser visto, e o maispreocupante, é sobre a poluição da Baía deTodos-os-Santos, que sofre uma enorme de-gradação durante a festa. Temos que criaralternativas, sugiro de imediato colocar umatela de proteção que evite os dejetos no mar.Vou elaborar um "projeto de lei ambientalpara o Carnaval 2014. VEREADOR MARCELLMORAES, SALVADOR - BA, [email protected]

Mudança do CarnavalO Carnaval tem que sair do Centro da cidade,pois está muito espremido tornando estres-sante e violento, transferindo para Paralelaentre Boca do Rio e CAB, certamente caberãomais pessoas, ficando mais bonito e alegre eo Centro da cidade com os hotéis, restau-rantes, shoppings, praias livres e pequenasbandas na Barra e Pelourinho e a cidade me-lhora e aumentará muito mais o turismo.PEDRO CALMON, SALVADOR - BA, [email protected]

Buraco e acidentesPela milésima vez, solicito à Sucop que tape,pelo menos, o buraco aberto há mais de umano na curva após 7 de Abril, em direção aobairro de Pau da Lima. Esta cratera é a causade vários acidentes no local. O último foi fatalpara uma pessoa que viajava numa moto, quebateu de frente com um veículo pesado queseguia na faixa contrária. A questão aí não émais de peças automotivas danificadas, masde perdas de vidas. SINVAL BRITO, SALVADOR -BA, [email protected]

Rubens BarbosaEx-embaixador do Brasil em Washington(EUA)

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O comércio internacional, fonte decrescimento e de emprego, vive sig-nificativas mudanças, lideradas pe-

los EUA e pela China, que procuram ajustarsuas políticas externas e comerciais à novaordem internacional multipolar. Obser-va-se hoje a proliferação de acordos re-gionais e bilaterais e a multiplicação demedidas restritivas e protecionistas, emgrande parte, devido ao fracasso das ne-gociações multilaterais da Rodada de Dohae do enfraquecimento da OrganizaçãoMundial de Comércio (OMC).

As limitações políticas e técnicas daOMC refletem as dificuldades para res-ponder aos desafios surgidos com as no-vas formas de organização da produçãoe de serviços e com a crescente inte-gração dos países às cadeias produtivasglobais. Conceitos inovadores como ca-deia de forneci-mento mundial emanipulação dastaxas de câmbioterão impacto so-bre as negocia-ções internacio-nais. Para voltar ater um papel cen-tral no sistema decomércio interna-cional, a OMC de-veria passar poruma ampla refor-ma para ajustá-laàs mudanças globais.

Em reação a essas mudanças, os EUA,a Europa e a Ásia estão avançando en-tendimentos para a negociação de acor-dos de livre comércio de grande porte. AParceria Trans-Pacífica, liderada pelosEUA, concentra 40% do PIB global, e in-clui a Austrália, Malásia, Vietnã, Cinga-pura, Nova Zelândia, Chile, Peru, Brunei,Canadá, México e talvez Japão e Coreia doSul. Os EUA já haviam firmado acordoscom o Canadá e México (Nafta) e maisrecentemente com Panamá, Colômbia,Peru, Chile e Coreia do Sul.

A União Europeia, apesar da pesadaburocracia de Bruxelas, finalizou acordode livre comércio com a Coreia e estánegociando com Cingapura, Canadá einiciou conversação com o Japão e o Mer-cosul. Bruxelas e Washington conversampara avançar os entendimentos de ummega-acordo de comércio e investimen-to, chamado de Acordo de Livre ComércioTransatlântico (Tafta, em inglês). A Ásia,

em uma completa mudança de posição,embarcou em uma série de acordos delivre comércios regionais, sob a liderançada China e do Japão, inclusive com paísessul-americanos.

Como os EUA e a Europa são dois dosprincipais parceiros do Brasil, é impor-tante entender o significado do Tafta esuas implicações para os países que deleficarem de fora.

Os países em desenvolvimento pode-rão ficar muito afetados pelos mencio-nados mega-acordos de livre comércio,que podem implicar a exclusão dos be-nefícios, podem obrigá-los a aceitar com-promissos de difícil cumprimento. E pelofortalecimento do poder internacionaldos setores financeiros internacionais,talvez os principais beneficiários dessesprocessos de integração.

Nesse contexto de grandes movimen-tos de transformação no comércio in-ternacional, o Brasil está sem estratégiade negociação comercial.

Caso os acordos EUA-União Europeia(Tafta) e o dos EUA com países asiáticos(Trans Pacific Partnership) sejam concluí-dos, o Brasil ficará alijado dos dois maioresfluxos de comércio internacional. A eli-minação de tarifas entre os países mem-

bros desses doisblocos afetará ain-da mais a compe-titividade dos pro-dutos brasileirosque, praticamente,ficarão excluídosdesses mercados.

A política sul--sul dos últimosdez anos, no to-cante à África eOriente Médiopouco resultou doângulo comercial.

A Aliança do Pacífico (Chile, México, Perue Colômbia) representou uma ação geoe-conômica importante pela aproximaçãodos EUA e da Ásia. O Mercosul, que pediupara ser observador da Aliança, encon-tra-se em situação de quase total iso-lamento. Nos últimos dez anos firmouapenas três acordos de livre comérciocom Israel, Egito e Autoridade Palestina,além de um acordo de preferência ta-rifária com a Índia e a África do Sul. Anegociação do grupo com a União Eu-ropeia passa a ser crucial para podermosestar sintonizados com essas transfor-mações globais.

Se as negociações com a Comissão Eu-ropeia não avançarem, não restará al-ternativa ao Brasil, no âmbito do Mer-cosul, senão fazer um acordo em sepa-rado com a União Europeia, para res-guardar nossos interesses.

RUBENS BARBOSA ESCREVE QUINZENALMENTE NA 2ªE 4ª TERÇA-FEIRAS DO MÊS

Como os EUA e a Europasão dois dos principaisparceiros do Brasil, éimportante entender osignificado do Tafta esuas implicações paraos países que deleficarem de fora

A vidraça vai à Mudança do GarciaOs petistas que, em passado recente, predo-minavam na Mudança do Garcia, quando es-tavam no time da oposição, não se afastaramdo bloco mais original do Carnaval baiano,agora que viraram vidraça, fazendo parte dosgovernos federal e estadual. Ficaram, assim,sujeitos às críticas dos foliões do bloco.

O ataque mais contundente foi expresso nocartaz: “É isso aí Barbosão, lugar de corrupto,mensaleiro, aloprado e ladrão é na prisão”,exaltando o trabalho do relator do mensalãoministro Joaquim Barbosa do Supremo Tri-bunal Federal. Graças a “Barbosão” foram con-denados à prisão o ex-ministro José Dirceu, osdeputados José Genoino e João Paulo Cunha,além do ex-secretário petista Delúbio Soares,próceres petistas.

Mas houve espaço, também, para a CentralÚnica dos Trabalhadores (CUT) criticar o jul-gamento do mensalão, alegando que a con-denação foi “sem provas” e que a intenção foiatingir o PT e, “depois, outras organizações,militantes e os direitos democráticos”. En-quanto a sociedade exalta como avanço oresultado do julgamento, a CUT pede a sua“anulação”.

O jegueA proibição das tradicionais carroças puxadaspor jegues diminuiu o clima de escracho daMudança do Garcia. Lourival Chaves, um doscoordenadores da Mudança, admite o baque,mas alega ser preciso cumprir o que deter-minou o Ministério Público a pedido de gru-pos de proteção aos animais. “A verdade é quemuita gente maltratava os bichos. Alguns ba-tiam, outros chegavam ao cúmulo de queimaros jegues com cigarro”, contou. Restou aos“humanos”, agora, levar os cartazes que eramfixados nas laterais das carroças.

INCONFORMADO Um dos incorformadoscom a proibição, o sociólogo Joviniano Neto,que sai na Mudança há mais de 40 anos, foireclamar dos defensores dos jegues. “A in-tenção é boa, mas o resultado é a morte dosanimais. O jegue é um animal de tração. Vocêconhece alguém que tenha um jumento comoanimal de estimação? Vai acontecer o que vemocorrendo no interior, em que as pessoas es-tão trocando os animais por motos e ven-dendoosbichosapreçodebananaprajaponêslevar para o Japão pra comer”, disse, achandoque o problema é a falha na fiscalização deeventuais maus-tratos.

“Além disso tem o caráter da tradição cul-tural. Era muito mais simbólico colocar astabuletas nas carroças. Isso porque desde ocomeço da Mudança, isso era uma caricaturado antigo corso carnavalesco, que era a ca-valaria na frente, seguido das carruagens comas princesas e depois o pessoal dançando”.

Só entra se tiver importânciaEntre a turma da “esquerda governista” aindareverberava, na Mudança, o “barramento”, noCamarote do Governo, do deputado DanielAlmeida (PCdoB) e do secretário estadual daJustiça Almiro Sena (que levaram dois con-vidados, enquanto a “quota” era de apenasum). A indagação de um dos críticos: “Será quea regra é, ‘só lhe chamo para a festa se vocêtiver alguma importância?’”

Distensão no CarnavalSó mesmo o Carnaval para aproximar o go-vernador Jaques Wagner (PT) e o vereadorMarcos Prisco (PSDB) líder da greve da PM noano passado. Civilizadamente, Wagner rece-beu Prisco no camarote oficial, ouviu suasdemandas, reconheceu (finalmente) sua li-derança, se disse aberto ao diálogo e abraçouo até pouco tempo, "inimigo número 1" dogoverno do Estado. Tudo fotografado.

RANGO RUIM Além de reclamar pessoal-mente ao governador, do valor de R$ 144,considerado baixo, pago aos PMs, por plantãode 12 horas, Prisco tem recebido queixas dascondições de trabalho dos policiais durante afesta. Uma delas: a PM forneceu lanche comdata de validade vencida a patrulheiros: "Ser-viram lanche mofado para os policiais. Váriosforam para o Hospital Agenor Paiva passandomal”, contou o vereador. Avisado, o comandogeral da PM substituiu o rango.

Netinho da DilmaO bom relacionamento entre ACM Neto e ogovernador Jaques Wagner já provoca o boatode adesão do prefeito ao “projeto petista”.Cartaz na Mudança apregoava: “Ele agora querser o Netinho da Dilma”.

. A assessoria da Boate Twist Pub es-clareceu que sua rota de fuga e itens desegurança estão "dentro das exigênciaslegais". Com relação à exigência do Pla-no de Segurança em Situação de Pânico(PSSP) embora seja uma casa de dimen-são reduzida, assumiu o compromissode se adequar à norma.

Biaggio [email protected]

TEMPO PRESENTE Revolução no comérciointernacional

EditorJary Cardoso

atarde.com.br/chamegente

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