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SE ESSA RUA FOSSE MINHA... NELA EU IA ENSINAR: uma percepção sobre a prática da caminhada em Belém-Pa e suas implicações na construção de um
hábito saudável
Indira Cristian Venancio Vulcão
Aluna concluinte do CEDF/UEPA
E-mail: [email protected]
Vera Solange Gomes Pires de Souza
Professor orientador do CEDF/UEPA
E-mail: [email protected]
RESUMO Este artigo é resultado do trabalho conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de licenciatura em educação física. Realizamos uma pesquisa de campo e utilizamos como instrumento de coleta de dados um formulário. Nosso objetivos foram registrar informações acerca do perfil dos praticantes de caminhada e identificar, os motivos de adesão a essa modalidade, e ainda quais as influencias da caminhada realizada sem orientação para a saúde dos praticantes. Concluímos que os praticantes de caminhada não atingem de forma satisfatória os objetivos almejados, a prática da caminha realizada sem orientação de Professores de Educação Física, tem implicações positivas e negativas na saúde dos praticantes. Dessa forma concluímos que a presença do Professor de Educação Física em espaços não escolares não somente se faz necessária, como é fundamental para que a prática da caminhada seja realmente eficaz. Palavras-chave: Caminhada. Professor de Educação Física. Promoção de Saúde.
INTRODUÇÃO
A caminhada é uma prática comum na cidade de Belém-PA, ao observar
alguns praticantes, percebemos que os mesmos aparentemente não mantinham um
ritmo adequado, e que alguns não usavam calçados minimamente adequados para
realização de exercícios físicos. Percebemos a necessidade de investigar essa
prática comum a espaços públicos a fim de identificá-la e caracterizá-la a partir da
sua implicação para a rotina como habito saudável.
Em relação aos seus objetivos, esse estudo se propõe a registrar informações
acerca do perfil dos praticantes, identificar os motivos de adesão à caminhada e
estabelecer relações teórico-práticas sobre os riscos e benefícios da prática da
caminhada realizada sem a orientação do Professor de Educação Física.
Para além de responder inquietações pessoais, esse trabalho será essencial
para o marco inicial em novas pesquisas que se preocupem em apresentar à
população os impactos de um programa de caminhada não orientado e quais
estratégias devem ser adotadas para maximizar os efeitos benéficos da caminhada
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e a melhor forma de alcançar objetivos desejados, uma vez que a maioria das
pessoas não tem acesso a esse tipo de informação em uma linguagem que seja
acessível.
Com este estudo pretendemos responder alguns questionamentos sobre a
prática da caminhada Belém-PA: Em relação aos objetivos dos praticantes, está
prática se realiza de forma correta? Qual a influência da prática desorientada para
preservação da saúde dos praticantes desta modalidade? Existe a real necessidade
da presença de um Professor de Educação Física para orientar a prática?
1. OS CAMINHOS E (DES) CAMINHOS NA RUA: O PERCURSO TEÓRICO.
2.1 Promoção de saúde através da caminhada
A pesquisa sobre caminhada suscita ousadia, haja vista que, nem sempre a
abordagem é bem receptiva. Os caminhos teóricos nos delineiam um entendimento
e apreensão do conhecimento referente a temática aqui abordada, entretanto, com
a falta de pesquisas de campo que fomentem, muitos são os descaminhos, um
destes, é explicar a necessidade de cada pergunta e resposta.
De acordo com Polito (2010) o ser humano encontra-se em um processo de
destreinamento físico decorrente das facilidades e adaptações ao estilo de vida
moderno.
A caminhada caracteriza-se como uma atividade bastante democrática, pode
ser realizada em diferentes intensidades, em grupos ou de forma individual,
apresenta um baixo risco de lesão, o sujeito não necessita desprender muitos
recursos financeiros para praticá-la, uma vez que ela é realizada ao ar livre e possui
exigências bem simples quanto à vestimenta a ser utilizada, não é de caráter
competitivo ou agressivo, é excelente para socialização e pode ser praticadas por,
basicamente, qualquer pessoa de qualquer idade.
Para Matsudo (2002) a caminhada é uma das atividades mais prevalecente
na população, o que a caracteriza como um importante instrumento para programas
que tenham como objetivo a promoção de atividade na população, auxiliando na
redução do risco de morte por doenças hipocinéticas.
O autor supracitado, em um estudo que se propôs a analisar o impacto de um
programa não supervisionado de caminhada no nível de atividade física de
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determinada comunidade, concluíram que a prática da caminhada não
supervisionada aumenta o nível de atividade física, porém o acompanhamento e a
orientação influenciam no aumento do nível de atividade física a curto e médio prazo
após a suspensão da orientação da caminhada.
Precisamos, enquanto professores de educação física, discutir e valorizar as
práticas corporais tais onde elas ocorrem de outra forma é possível que nossa
atuação passe despercebida. Nesse prisma, se faz necessário um estudo que
contribua nessa relação, que se proponha a investigar a viabilidade da atuação de
professores de educação física em ambientes não escolares para que possamos
cada vez mais ampliar nossas possibilidades de ação pedagógica.
2.2. A caminhada e alguns fatores impactantes na sua difusão junto à
população
A caminhada é tão antiga quanto o próprio homem, inicialmente existiu a
necessidade de se deslocar para procurar alimentos, num segundo momento o
deslocamento se fez necessário para tirar sustento da terra é que nos mostra
Martins et al (2010). A partir da necessidade de transformar essa atividade natural
do ser humano em exercício físico, que a caminhada tornou-se uma prática corporal
que atrai novos praticantes diariamente. Dessa forma, destacamos a caminhada
“Atividade física” e a caminha “Exercício Físico” e, a utilização adequada dos termos.
Atividade física é considerada qualquer forma de ativação muscular voluntária, com consequente gasto energético. Assim, têm-se como exemplos de atividade física: caminhar, correr, varrer a casa, lavar o carro e prática esportes em geral, percebesse que, nesse caso a atividade física pode ser voltada para o lazer ou trabalho. (POLITO, 2010 p. 15) Por definição, exercício físico é toda atividade física planeja, repetitiva com duração, intensidade e ritmos predefinidos, e com objetivos preestabelecidos, como melhorar a capacidade respiratória, torna-se um exercício físico. (CARVALHO, MAREGA, 2012 p. 16)
Ainda que a caminhada seja uma atividade aparentemente simples, se faz
necessária uma atenção especial para sua prática, para que ela seja considerada
segura, o profissional habilitado para acompanhar, recomendar e prescrever
exercícios físicos não deve ser outro, além do Professor de Educação Física.
Realizamos esse parênteses textual com objetivo de introduzir a questão sobre a
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prescrição de exercícios físicos e a crescente ( e preocupante) intervenção da área
médica.
Ora, pois, se o projeto de Lei 7703/06, mais conhecido como A Lei do Ato
Médico foi criado para garantir que outros profissionais da área da saúde sejam
impossibilitados de realizar atribuições que são exclusivas de médicos e dessa
forma assegurar as necessidades da população, e ainda, que de acordo com a
própria lei, “a sociedade precisa ter uma lei para regulamentar a Medicina e para
salvaguardar os interesses do cidadão, antes do que para defender os interesses da
classe médica.”, de que forma, podemos nos manter omissos a inúmeras
intervenções médicas nas áreas de conhecimento da educação física.
Enquanto pesquisadores lamentamos perceber que tal Lei foi criada para
atender apenas os necessidades e interesses de uma classe de profissionais, se
médicos não podem permitir o exercício ilegal da medicina como forma de assegurar
os direitos do cidadão, sob qual ótica analisaremos o fato de que médicos em seus
consultórios prescrevem a seus pacientes a prática de atividades e exercícios físicos,
uma vez que esses são conteúdos destinados a cursos de educação física e suas
respectivas pós-graduações.
Ainda que a relação entre professores de educação física e médicos em suas
áreas de atuação esteja um pouco confusa, queremos agora salientar que em
nenhum momento almejamos desmerecer o trabalho exercido por tais profissionais
pelo contrário, somos conscientes de que o papel do médico em relação a
programas de exercícios físicos para a promoção de saúde na população é
fundamental para o sucesso de tais ações, porém defendemos a atuação de uma
equipe multidisciplinar onde cada profissional exerça as funções para as quais foi
preparado para exercer.
2.3. A relação entre a prática da caminhada e a busca da satisfação com a imagem corporal.
A história do corpo humano é a história da civilização. Cada Sociedade, cada cultura age sobre o corpo, enfatizando determinados atributos em detrimento de outros, cria seus próprios padrões. Surgem, então, os padrões de beleza de sensualidade, de saúde, de postura, que dão referências aos indivíduos para se constituírem como homens e mulheres. (BARBOSA; MATOS e COSTA, 2011, p. 24).
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Apoiamos as ideias expressas por Barbosa; Matos e Costa (2011) quando
nos dizem que hoje vivemos a “revolução do corpo”, em virtude de valores como
beleza, saúde, higiene, lazer, alimentação e exercício físico que passaram a
reorientar o comportamento da sociedade, resultando em um estilo de vida mais
aberto à diversidade e por outro lado mais narcisista e hedonista no que diz respeito
ao corpo. Apesar de que hoje não existir a obrigação das pessoas se vestirem de
acordo com a sua posição social, como acontecia em épocas passadas, vivemos
uma contradição, por que a moda dita suas regras.
Na sociedade brasileira, ocorrem críticas dos amigos e da família
direcionadas aquele sujeito que está acima do peso considerado ideal, o que gera
um descontentamento com o próprio corpo, o que pode resultar, indo de um extremo
a outro, na adesão a prática de exercícios físicos ou severos distúrbios alimentares
como bulimia e anorexia.
Com base em quais padrões de beleza alguém pode se considerar gordo ou
magro. Podemos dizer que os padrões atuais são aqueles expostos nas mídias,
aqueles com os quais nos deparamos frequentemente em bancas de revistas, nas
telenovelas e em sites da internet. A busca pela anatomia ideal tornou-se uma
compulsão. Para as mulheres se resume no ideal da magreza e a para homens em
um corpo mais forte, volumoso e com baixo percentual de gordura.
De acordo com Schilder (1999) a imagem corporal representa o desenho que
formamos em nossa mente do nosso próprio corpo, é a forma como o vemos. Em
outras palavras, imagem corporal é a representação mental que fazemos do nosso
corpo. O processo de criação dessa imagem está ligado diretamente a fatores como
sexo, idade e a influência exercida pelos meios de comunicação, que devido à
exposição frequente de corpos quase sempre magros, determinam um padrão
estético.
Damasceno (2005) em seu estudo “Tipo físico ideal e satisfação com a
imagem corporal de praticantes de caminhada” concluiu que homens e mulheres
que iniciam um programa de atividade física, na maioria dos casos, buscam
modificar, as formas e proporções de seu corpo e também notaram que a maior
parte dos sujeitos estudados estavam insatisfeitos com sua imagem corporal
independente de gênero.
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A incansável, às vezes incontrolável, busca por uma melhor aparência física
dos praticantes de atividade física tornou-se um fenômeno sociocultural, mais
significativo do que a própria satisfação econômica, o grau de insatisfação com a
imagem corporal influencia na forma como jovens e adultos se percebem em relação
à massa corporal, percentual de gordura e estatura, é o que nos mostra Damasceno
(2005).
Ressaltamos que de nenhuma maneira essa pesquisa objetiva enaltecer ou
incentivar o “culto ao corpo perfeito”, contudo, não podemos fechar os olhos ao
fenômeno da cultura do corpo, nossa preocupação está voltada para as
consequências dessa insatisfação.
2. OS PASSOS DA CAMINHADA: A GUISA DO ESTUDOS METODOLÓGICOS.
O presente trabalho caracteriza-se como uma pesquisa de campo de
abordagem quanti-qualitativa. Realizada na cidade de Belém-PA, especificamente
na Avenida João Paulo II (antiga Avenida 1ª de Dezembro), uma das principais
avenidas de integração da cidade, localizada no bairro do Marco, um bairro
residencial de classe média e classe média alta que tem em suas fronteiras de
divisão bairros periféricos de classe média baixa e baixa, com altos índices de
pobreza e violência.
Utilizamos como ferramenta de coleta de dados uma formulário composto de
24 questões abertas, fechadas e mistas, os sujeitos da pesquisam foram praticantes
de caminhada com idade superior a 18 anos, independente do grau de instrução e
do período de prática da caminhada, os mesmos serão coletados no local
supracitado.
Nos deparamos com a inacessibilidade a toda a população e utilizamos a
amostragem não probabilística. Dessa forma nossa população-objeto é constituída
por todos os praticantes de caminhada que realizam suas atividades no canteiro da
Avenida João Paulo II e, nossa população amostrada é composta de 60 homens e
50 mulheres, totalizando 110 participantes em nosso estudo.
Os participantes deste estudo foram analisados segundo os preceitos da
Resolução 196–CNS, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,
que consistiu na explicação do estudo aos seus participantes, informando-os sobre
os objetivos e procedimentos utilizados, assim como os benefícios esperados
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3. ANALISES E DISCUSSÕES
Pesquisas realizadas pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco
Central (SINAL) mostram que a maior parte das pessoas que tem 15 anos ou mais
de estudo ganham entre cinco e dez salários mínimos (28,7%) enquanto a realidade
nacional, ou seja, aqueles que têm entre 11 e 14 anos de estudo ganham entre um e
dois salários mínimos (36,3%). A partir dessa informação relacionamos os dados
obtidos em nosso estudo com o nível de escolaridade dos praticantes de caminhada.
Gráfico 1- Perfil dos praticantes de caminhada: Escolaridade
No universo de 110 participantes nesse estudo: Em relação ao grau de
escolaridade: 13,6% cursaram o ensino fundamental, 62,7% cursam ou concluíram o
ensino médio, 20,9% cursam ou concluíram o nível superior e 2,7% concluíram ou
estão cursando o a pós-graduação.
De forma geral, os praticantes de caminhada buscam praticidade e baixo custo,
ou seja, a possibilidade de realizar exercícios físicos próximos do local de residência,
de uma forma barata. Uma vez que a maior parte dos participantes desse estudo
tem 11 e 14 anos de estudo, ou seja, o nível médio, relacionamos o grau de
escolaridade e a renda igual ou inferior a dois salários mínimos como uma
justificativa para adesão a caminhada, sendo essa uma atividade física de baixos
custos.
Gráfico 2- Bairro de Residência
Belém é considerada a quarta cidade com maior proporção de pessoas
morando em favelas do país. Não nos surpreende que a maior parte dos praticantes
Ens.
Fundamental
Ens. Médio Nível Superior Pós-Graduado
15
69
23 3
53
22 11 7 6 4 3 1 1 1 1
8
de caminhada que participaram desse estudo seja residente de bairros periféricos.
Em relação ao bairro de residência: 48,18% são moradores do bairro do Marco, 20%
são moradores do bairro do Canudos, 10% são moradores do bairro da Terra-Firme,
6,36% são moradores do bairro do Guamá, 5,45% são moradores de São Braz,
3,63% são moradores do Curió Utinga, 2,27% são moradores do bairro de Fátima,
os bairros da Castanheira, Campina, Pedreira e Souza tiveram 0,9% morador cada.
Gráfico 3- Consumo de Álcool e Drogas
Em relação ao consumo de bebidas alcoólicas: 46,36% afirmaram que
consomem bebidas alcoólicas frequentemente e 53,63 afirmaram que não
consomem bebidas alcoólicas; Em relação ao uso de cigarro: 5,45% apenas fazem
uso de cigarros diariamente e 94,54% não fazem uso de cigarro ou deixaram de
usar a mais de 10 anos. De acordo com Senger (2011) o hábito de fumar está
particularmente associado em usuários de bebidas alcoólicas, predispondo o
indivíduo a importantes alterações na capacidade visual e cognitiva. O tabagismo,
aliado ao hábito de beber, mesmo que de vez em quando, tem potencial para
destruir os benefícios acumulados durante a prática de exercícios físicos. A prática
de exercícios físicos é um fator importante para a manutenção de uma vida saudável
assim como a alimentação adequada, a adoção de comportamentos seguros na
vida.
Gráfico 4- Grau de satisfação com a Imagem Corporal
A imagem corporal é entendida como a construção multidimensional que
descreve de maneira completa as representações internas da estrutura corporal e da
Consumo de Alcool Uso de Cigarro
51 6 59 104
SIM NÃO
Satisfeitas Diminuir
Números
Aumentar
Números
Não
estavam de
acordo
3
45
2 0
MULHERES
Satisfeitos
Diminuir
Números
Aumentar
Números
Não
estavamde acordo
15
36
8 1
HOMENS
9
aparência física do indivíduo em relação a si próprio e aos outros. Para Cash e
Prusinsky (2002), a imagem corporal é formada por quatro dimensões: cognitiva,
afetiva, comportamental e perceptiva. A dimensão perceptiva tem sido
frequentemente utilizada na tentativa de avaliar como o indivíduo percebe a forma
e/ou tamanho do seu corpo. Para avaliar a dimensão perceptiva da imagem corporal
utilizamos conjuntos de silhuetas proposto por Stunkard et al, que consistem de uma
série desenhos de corpos, representando vários tamanhos corporais contendo 9
imagens com sequencias de silhuetas que vão das mais magras até as mais
obesas.
Em relação ao grau de satisfação com a imagem corporal, os dados obtidos
nos mostram que, a maioria dos participantes, tanto homens quanto mulheres, estão
insatisfeitos com o próprio corpo. Sendo que, na amostra composta por 50 mulheres
90% gostariam de reduzir em média, de um até três números de silhuetas corporais,
apenas 6% mulheres responderam que estavam completamente satisfeitas com o
próprio corpo e 4% desejavam aumentar números. Na amostra masculina, dos 60
homens que participaram deste estudo, 60% responderam que gostariam de reduzir
números, ou seja, a maioria, um fato que contraria os resultados encontrados em
pesquisas similares realizadas com praticantes de caminhada, onde os resultados
apresentados revelaram que os homens desejavam aumentar números, escolhendo
silhuetas que representavam um corpo musculoso, 25% dos homens alegaram estar
completamente satisfeitos com o próprio corpo a maioria com idade superior a 50
anos, assim como na pesquisa realizada por Damasceno et al (2005) constatamos
que as pessoas idosas ou com idade superior a 50 anos apresentam uma melhor
relação com o próprio corpo. Completando as análises sobre a percepção da
imagem corporal de praticantes de caminhada 13,3% dos homens gostariam de
aumentar números de silhuetas corporais e 1,6% não estavam de acordo com as
silhuetas propostas.
O conjunto de silhuetas utilizado em nosso estudo foi elaborado há quase
trinta anos, reconhecemos que o padrão corporal proposto Stunkard em 1983 está
desatualizado com os padrões atuais, contudo esse pequeno contratempo não se
configurou como obstáculo para a realização de nosso estudo, pelo contrário,
apenas evidenciou a oportunidade de destacar para futuras pesquisas a
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necessidade de elaborar um novo conjunto de silhuetas que esteja pareado com o
padrões atuais de corpo.
Gráfico 5 - Recomendação Médica para a prática de Atividade Física
Quando questionados sobre a existência ou não da recomendação médica
para a adesão a prática de atividades físicas, 60% dos participantes responderam
que foram orientados por médicos a iniciar a prática de atividade física, na maioria
das respostas a caminhada com 59% de respostas foi a atividade mais prevalente,
seguida pela natação com 12%, pela corrida e musculação ambas com 9%.
Os praticantes de caminhada que entrevistamos alegaram que foram
recomendados por médicos caminhar pelo menos três vezes por semana como
medida de controle de doenças como diabetes, osteoporose, obesidade entre
outras. A outra parcela da população analisada correspondente a 40% do total de
participantes respondeu que não recebeu orientação médica e, que iniciou a prática
por outros motivos ou que sempre manteve o hábito de realizar atividades físicas.
Como pontuamos, incansavelmente, em capítulos anteriores, não está entre
as funções legadas a médicos clínicos recomendar ou prescrever a prática de
atividades ou exercícios físicos, em função de vários aspectos que também já foram
abordados nesse estudo, como por exemplo, a inexistência em grades curriculares
de cursos de medicina de disciplinas que estejam voltadas para metodologia,
fisiologia ou treinamento aplicados ao exercício físico e ao desporto.
Há quem considere desnecessário pontuar os riscos provenientes da prática
excessiva ou inadequada de exercícios físicos, ou ainda dispensáveis para
indivíduos aparentemente hígidos a realização de avaliação médica prévia antes de
se iniciar a prática de “uma simples caminhada de trinta minutos” por que
consideram que (Carvalho e Marega, 2012 p. 104). Durante a etapa exploratória
dessa pesquisa, realizamos observações assistemáticas e constatamos que os
praticantes de caminhada da avenida João Paulo II conhecem os efeitos benéficos
SIM NÃO
66 44
59% 12%
9%
9% 9% 2% Atividade Recomendadas
CaminhadaNataçãoMusculaçãoCorridaHidroginásticaBicicleta
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da pratica regular de exercícios físico, contudo desconhecem os métodos corretos
para alcançar tais efeitos benéficos.
Para Carvalho e Marega (2012) médicos devem prescrever atividades físicas
para seus pacientes, uma vez que qualquer atividade física é melhor que nenhuma
por que o sedentarismo é fatal. Se aceitarmos essa incursão médica crescente na
área de atuação da educação física, estaremos compactuando com a
desvalorização do Professor de Educação Física a precarização da educação em
saúde. Historicamente médicos e advogados são profissões reconhecidas
socialmente como status, em detrimento do conhecimento das demais profissões,
que também contribuem para a prevenção da saúde. Em um país que desvaloriza a
o trabalho de professores e desvaloriza a educação de forma geral em função de
grandes eventos esportivos, tentaremos garantir o nosso espaço enquanto
professores de educação física, mesmo sem o apoio daqueles que nos governam.
Gráfico 6- Acesso a Conteúdo informativo sobre Caminhada
Ainda que a maior parte dos praticantes de caminhada que constituíram a
amostra desse estudo tenha iniciado a prática por recomendação médica, de acordo
com os dados obtidos a maior fonte de informação sobre a forma correta de realizar
a caminhada, ainda é a televisão, 38% das 60 pessoas que responderam que já
tiveram acesso a conteúdo informativo sobre caminhada alegaram obter suas
informações em programas de televisão, 23% responderam já leram alguma
matérias em revistas, 20% buscaram informações com professores de educação
física e outras 19% buscaram informações na internet. Entretanto, 50 pessoas,
praticamente a metade do total de participantes do estudo, responderam que nunca
tiveram acesso a conteúdos informativos sobre a forma correta de realizar a
caminhada.
Como citado anteriormente as informações expostas na mídia na maioria das
vezes são direcionadas a um público de perfil saudável e jovem, o que não se
aplica a maior parte da população que se interessa pela prática da caminhada. Nos
SIM NÃO
60 50
38%
20%
19% 23%
Meio de acesso ao conteúdo informativo
Televisão
Profº Ed. Física
Internet
Revistas
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programas de televisão que já foram citados acima, nas páginas de internet e em
revistas, comumente a prática da caminhada é descrita como uma atividade física
que pode deve ser realizada durante trinta minutos pelo menos três vezes por
semana, podendo até ser realizada de forma “parcelada” em três tempos de dez
minutos ou em dois tempos de quinze minutos, essas orientações foram prescritas
pela ACMS (American College of Sports Medicine) em 1995, essas diretrizes foram
atualizadas pela mesma instituição que passou a recomendar que os exercícios
aeróbicos fossem praticados pelo menos cinco dias por semana, numa intensidade
de moderada a intensa, e dois dias devem ser dedicados a atividades de
fortalecimento muscular.
O Ministério da saúde lançou um programa de apoio financeiro aos
municípios e oferece uma razoável quantidade de recursos para ajudar centenas de
cidades a promover a prática de atividade física, contudo, o objetivo de tais
programas nos municípios não é a atividade física em si, mais a promoção de saúde
de forma geral (BRASIL, 2001).
A mídia ainda é principal incentivadora para que as pessoas iniciem a prática
de exercícios físicos, seja por que se sentem insatisfeitas com o próprio corpo ou por
que desejam alcançar melhorias na saúde, contudo defendemos aqui a ação de uma
equipe profissional multidisciplinar formada por professores de educação física,
médicos e nutricionistas, cada um desempenhando suas respectivas funções para
que antes de iniciar um programa de exercícios físicos o individuo passe por uma
avaliação física, uma avaliação médica e uma avaliação nutricional, essa estratégia
é apontada por diversos autores como Marega e Carvalho(2012), Polito (2010) e
Wilmore e Costill(2001). Sabemos das dificuldades encontradas em nosso país para
que a população tenha acesso a uma simples consulta na clinica média, entretanto
não podemos nos limitar as precariedades do nosso sistema de saúde.
Gráfico 7- Realização da Atividade
Frequência
43 44
23
1-3 Dias/Semana
4-5 Dias/Semana
6-7 Dias/Semana
Intensidade
26
63
14 5 2
Leve Moderado
Alto Muito Alto
Duração
3 15
44 46
Menos de 30' 30'
De 30' à 60' Mais de 60'
13
Os dados levantados nos mostram que os participantes desse estudo em
relação à frequência semanal com a qual praticam caminhada: 39,09% praticam
entre um e três dias na semana, 40% praticam entre quatro e cinco dias e apenas
20,90 praticam de seis a sete dias.
Em relação à percepção subjetiva de esforço com objetivo de apontar
mensurar a intensidade com que os praticantes realizam a caminhada: 23,63%
praticantes assinalaram que o esforço desprendido para realizar a caminhada como
leve, 57,27% disseram que realizam a caminhada com esforço moderado, 12,72%
apontaram um esforço alto, 4,54% afirmaram desprender um esforço muito alto para
realizar a caminhada e 1,81% pessoas não souberam quantificar o esforço subjetivo
desprendido.
Quanto a duração do exercício 2,72% sujeitos praticam caminhada com
menos de trinta minutos, 13,63% sujeitos praticam trinta minutos de caminhada,
40% pessoas praticam entre trinta e sessenta minutos de caminhada e 41,81%
pessoas praticam mais de uma hora de caminhada.
Os participantes do estudo, em média realizam suas atividades com
frequência semanal entre quatro e cinco dias na semana com intensidade moderada
e com mais de uma hora de duração.
Outra razão pela qual se faz necessária a presença do Professor de
Educação Física para acompanhar os praticantes de caminhada é que ainda que
existam preceitos básicos para a prática de caminhada a individualidade de cada
sujeito deve ser respeitada no período de montagem de treinamento.
Antes de examinarmos os componentes básicos da prescrição de exercício, devemos analisar qual a quantidade de exercício é efetiva. Um limiar mínimo de frequência, duração e intensidade deve ser atingido antes que seja obtido qualquer beneficio aeróbio. No entanto, como já discutimos, as respostas individuais a um determinado programa de treinamento são altamente variáveis e, por isso, o limiar necessário difere-se de pessoa para pessoa. (WILMORE E COSTILL, 2001 p. 617).
Ou seja, as variáveis frequência, intensidade e duração, são particulares e
individuais para os objetivos e as condições fisiológicas de cada pessoa e, devem
ser controladas com o objetivo de maximizar o ganhos e diminuir o número de
possíveis lesões.
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De acordo com Wilmore e Costill (2001) “muito frequentemente uma pessoa
inicia com grandes intenções, está altamente motivada e exercita-se diariamente
durante as primeiras semanas, parando somente em consequência da fadiga total
ou de uma lesão.” Completamos essa citação que se refere apenas a frequência
com a pessoa inicia seu programa de exercícios quando está motivada adicionando
a variável intensidade, não é incomum que pessoas que foram orientadas por
médicos ou foram incitadas por programas de televisão a iniciar um programa de
caminhada, ao se deparar com pessoas que praticam caminhada com maior
intensidade, extrapolem os seus limites nos primeiros dias, o que pode resultar em
fadiga total e lesões.
Gráfico 8- Objetivo com a prática da caminhada
Ainda que tanto homens quanto mulheres estejam insatisfeitos com a imagem
corporal, o principal motivo para adesão a prática da caminhada apontado nesse
estudo foi a busca pela manutenção da saúde, 85% dos homens e 98% das
mulheres apontam a saúde como principal objetivo para a prática da caminhada, em
segundo lugar para os homens temos a manutenção ou aquisição do bom
condicionamento físico com 36% das respostas e para as mulheres a melhora ou
manutenção do perfil estético com 36%.
Tornou-se uma necessidade governamental criar campanhas públicas para
conscientizar a população sobre a prática de exercícios físicos, com objetivo
minimizar os custos com internações e diminuir o número mortes causadas por
doenças crônicas relacionadas à inatividade física.
A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Saúde Cond.
Físico
Estético
Homens
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Saúde Estético Cond.
Físico
Mulheres
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doenças degenerativas sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levando-o a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. (ASSUMPÇÃO, MORAIS E FONTOURA, 2002).
Além de buscar melhorias na saúde, os praticantes de caminhada que fizeram
parte deste estudo almejam uma melhor relação com a imagem corporal, pois ainda
aqueles que não pontuaram como o principal objetivo para pratica caminhada,
alegaram a insatisfação com o próprio corpo. Confirmando mais um hipótese
levantada, porem não apontada nesse estudo, mulheres sofrem maior influencia da
mídia, em consequência da frequente exposição de corpos femininos em
campanhas publicitárias.
Gráfico 9- Praticantes de outras atividades
Os participantes desse estudo quando questionados se para alcançar os seus
objetivos realizavam outras atividades além da caminhada obtivemos as seguintes
respostas: 46,36 responderam que SIM, praticam outras atividades, dentre as
atividades mais praticadas que foram citadas com mais frequência à musculação
tanto em espaços privados quanto em academias ao ar livre foi a mais citada com
60%.
Os participantes que indicaram não realizar outras atividades foram a maioria,
totalizando com 53,63% e desses 67,79% alegaram não realizar outras atividades
“por falta de tempo”. Uma pessoa que disponibiliza em média trinta minutos por dia
durante pelo menos três dias na semana para caminhar, essa pessoa dispõe de
tempo hábil para frequentar uma academia. Não que a população deva migrar para
ambientes privados, apenas gostaríamos de pontuar que, a situação que realmente
impossibilita que os participantes desse estudo complementem a sua prática com
outro tipo de exercícios, possa ser a condição financeira, uma vez que apenas na
avenida João Paulo segundo e ruas adjacentes existem sete academias e, dessa
SIMNÃO
51 59
60%
13%
9%
8% 3% 7%
Atividades Praticadas Musculação
Lutas
Futebol
Bicicleta
Natação
Hidroginástica
16
forma o tempo gasto para chegar até a academia seria relativo ao tempo gasto para
chegar a avenida.
Gráfico 10- Resultados obtidos com a prática da caminhada
Questionamos nossos participantes se após a adesão da prática da
caminhada eles haviam notado algum efeito positivo e, se sim, qual. Um total de
98,18% praticamente todos os participantes deste estudo relataram reconhecer os
resultados positivos após iniciar a prática da caminha mesmo aqueles que haviam
iniciado a menos de um mês, 1,81% não opinaram. Dentre os participantes que
responderam positivamente o principal efeito positivo relatado foi a melhora na
disposição para exercer as atividades diárias, concluímos dessa forma após analisar
nas respostas a repetição de palavras e expressões como “Disposição”, “Mais ativo”,
“Melhor pra trabalhar”. Como exemplo citamos a fala do sujeito número 61 do grupo
masculino “Me sinto mais disposto, com mais saúde e menos stress, caminhar
melhora o teu corpo e você se sente melhor.” O segundo efeito positivo apontado
por nossos participantes foi o emagrecimento com 31%.
Com 10% e configurando o terceiro efeito positivo mais citado, temos
melhoras nos sintomas de doenças crônicas como a diminuição e até a suspenção
do uso de medicamentos para controle das mesmas e diminuição nas dores
musculares e na coluna. Uma parcela de 4% dos participantes relatou perceber uma
melhora significativa na qualidade do sono. Configurando 5% das respostas
positivas a prática da caminhada foram melhoras na autoestima1.Um resultado que
pode ser parcialmente corroborado por um estudo realizado em mulheres com
síndrome de fibromialgia constatou que a prática da caminhada melhorou a
qualidade do sono e o estado de humor dessas mulheres. (Steffens et al, 2011)
1 Todas as respostas foram obtidas de acordo com a percepção subjetiva.
Resultados Positivos Não opinou
108 2 50%
31%
10% 4%
5% Mais disposição
Emagrecimento
Melhora no sintoma de
doenças cronicasMelhor Sono
Melhoras na Auto-Estima
17
Gráfico 11- Opinião sobre a presença do Professor de Educação Física
Questionamos nossos participantes sobre a atuação de professores de
educação física orientando a caminhada que é realizada ao ar livre. Um total de
94,54% praticantes de caminhada respondeu que seria favorável a receber
orientação de professores de educação física, afirmando eles próprios que
desconhecem as formas corretas de realizar a caminhada, reconhecendo que pode
ser um risco caminhar “por conta própria” e ainda, que temem realizar algo de forma
errada por falta de conhecimento. Outras participantes afirmaram que a presença de
um professor seria mais “motivante” e que dessa forma seria mais fácil conseguir
alcançar os objetivos. De modo geral todos os participantes que se posicionaram
favoravelmente a presença do Professor de Educação Física lamentaram por não
contarem com esse profissional nas ruas. Como exemplo temos a fala do sujeito
número 60 do grupo masculino, “Pra mim com o tempo que o governo investe em
hospitais, deveria investir em profissionais nos locais onde se prática caminhada. Ao
invés de investir em doença investir em saúde. Os professores de educação física
aqui iriam nos instruir e corrigir.”
Os participantes do estudo que se mostraram desfavoráveis alegaram que
para praticar caminhada não se faz necessário muita atenção, ou que já sabiam o
necessário para realizar suas atividades sozinhas, como relatou o sujeito do grupo
masculino número 52, “Não precisa de muita orientação, é só você manter a
postura.” Um dos sujeitos da pesquisa apontou que gostaria “que os professores
ensinassem fora da escola”, corroborando com as ideias expressas nesse estudo,
sobre a necessidade da presença de professores de educação física em espaços
não escolares.
104
3
3
Favoráveis
Desfavoráveis
Não Informaram
18
LIÇÕES APRENDIDAS
Todos os objetivos propostos por esse estudo foram cumpridos de forma
satisfatória, com essa pesquisa desvendamos o perfil dos praticantes de caminhada
da Avenida João Paulo II, podemos caracterizá-los como sujeitos com o grau de
escolaridade equivalente ao nível médio, residentes de bairros periféricos, com
consumo de álcool frequente e baixos índices de tabagismo. Que aderiram a prática
de exercícios físicos em busca de melhoras na saúde e melhorias estéticas. Que
foram orientados por médicos a iniciar a prática de exercícios ou que foram
instigados por programas de televisão, sendo essa a maior via de acesso a
conteúdo informativo sobre os benefícios da caminhada.
Respondendo aos questionamentos que deram significado a esse estudo,
concluímos que em relação aos seus objetivos os praticantes a caminhada não
atingem de forma satisfatória os objetivos almejados, ainda que a maioria dos
sujeitos ressalte a existência de resultados positivos após aderir a prática da
caminhada, constatamos que a falta do conhecimento científico para embasar os
princípios da prática diminuem as chances de êxito e de alcançar melhores
resultados. Nossos resultados sugerem que a prática da caminha realizada sem
orientação de professores de educação física, tem suas implicações na saúde dos
praticantes desta modalidade, sejam essas implicações positivas, quando os
praticantes saem de um nível crítico de sedentarismo para um nível mínimo ou
adequado de atividade física, ou as implicações são negativas para a saúde, quando
os praticantes desconhecem os próprios limites fisiológicos e, falta de orientação
adequada acabam por excede-los.
Dessa forma concluímos que a presença do Professor de Educação Física a
em espaços não escolares não somente se faz necessária, é fundamental, como
forma de dar significado as ações governamentais de incentivo a prática de
atividades e exercícios físicos, para que estas não sejam apenas superficiais e
sejam concretizadas como um direito para a população. Dizer que alguém precisa
praticar exercícios físicos para conseguir melhorias na saúde e não oferecer a essa
pessoas as informações adequadas sobre como alcançar esses objetivos é
incoerente. Uma vez que os meios de comunicação não fornecem as informações
adequadas, para que a prática da caminhada realizada em espaços públicos seja
19
considerada como um instrumento eficaz de prevenção de doenças, ela não pode
ocorrer sem a presença de professores de educação física para orientar essa prática,
fornecendo as informações necessárias.
Esperamos que através da analise do conteúdo desse estudo, aqueles que se
interessam pelo assunto possam encontrar aqui, dados para a elaboração de planos
e projetos para intervenções no intuito beneficiar a população adepta da caminhada,
professores e estudantes de educação física.
Si ese era mi calle... Yo enseñaría: una visión de la práctica de la caminada de Belém-PA y sus implicaciones en la construcción de un hábito saludable
RESUMEN Este artículo es resultado de la realización del trabajo de curso presentada como requisito parcial para el grado de en educación física. Hemos llevado a cabo un estudio de campo y se utiliza como una herramienta para la recopilación de datos un formulario. Nuestros objetivos fueron registrar la información sobre el perfil de los practicantes de caminada e identificar las razones de los mismos, y que todavía influye en el paseo detenido sin orientación a los maestros de educación física. Llegamos a la conclusión de que los practicantes de caminada no alcanzan satisfactoriamente los objetivos perseguidos, la práctica sin la ayuda del profesor de educación física tiene consecuencias positivas y negativas en la salud. Así llegamos a la conclusión de que la presencia de un profesor de educación física en espacios que no sean de la escuela no sólo es necesario, como es fundamental para la práctica de caminar sea realmente eficaz. Palabras clave: Caminada. Maestro de Educación Física. Promoción de Salud.
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