SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do AbastecimentoDERAL - Departamento de Economia Rural
Olericultura - Análise da Conjuntura AgropecuáriaDezembro de 2012
INTRODUÇÃO
Para Filgueira, Fernando Reis, Olericultura é um termo técnico-científico, muito preciso,
utilizado no meio agronômico. Derivado do latim (oleris, hortaliça, + colere, cultivar), refere-se à
ciência aplicada, bem como ao estudo da agrotecnologia de produção das culturas oleráceas,
ministrados nos cursos de Agronomia. A palavra hortaliça refere-se ao grupo de plantas que
apresentam, em sua maioria, as seguintes caraterísticas: consistência tenra, não-lenhosa; ciclo
biológico curto; tratos culturais intensivos; cultivos em áreas menores, em relação às grandes
culturas; e utilização na alimentação humana, sem exigir preparo industrial.
Segundo o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater),
existem no Paraná cerca de 48.000 produtores de hortaliças. Cada produtor em média,
cultiva 4 ou 5 culturas. Por exemplo um mesmo produtor geralmente pode produzir na sua
propriedade culturas como alface, berinjela, beterraba, couve-flor, repolho entre outras.
O Estado do Paraná possui uma vasta extensão territorial o que permite que sejam
produzidas inúmeras variedades de produtos. A produção paranaense de olerícolas é
pulverizada por todas as regiões do Estado, com uma concentração maior em torno das
grandes cidades, conhecidas como “cinturões verdes”.
A produção de olerícolas possui algumas características que a diferem de outras
culturas. Por não necessitar de grandes áreas, a produção de olerícolas é uma alternativa
atrativa para os pequenos agricultores. Outra característica desse segmento é a
participação das famílias nos trabalhos de produção. A maioria são culturas que
demandam cuidados permanentes e diários, contribuindo também para evitar o êxodo
rural, fazendo com que os produtores familiares permaneçam no campo. Em culturas
como batata, cebola e tomate os produtores com áreas maiores, tem necessidade de
contratar mão de obra temporária em determinadas épocas da safra.
O clima é fator fundamental para a agricultura em geral e com as hortaliças não é
diferente, pois está diretamente ligado ao desempenho econômico das culturas e é
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comum o produtor ter problemas nas lavouras devido a eventos como: chuva, estiagem,
vento, granizo, geadas, etc.
O dinamismo é outra característica do mercado de hortaliças. Na unidade de
Curitiba da Centrais de Abastecimento do Paraná S. A. (CEASA), por exemplo é comum
encontrar produtos de praticamente todo o Brasil. Por exemplo a cebola produzida no
Paraná é ofertada basicamente de novembro a abril. Nos outros meses do ano a cebola
comercializada nesta unidade é oriunda de outros estados como: Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e São Paulo entre outros.
Essa sazonalidade na produção das olerícolas faz com que os preços sofram
variações constantes. Em épocas de safra, dependendo do ano, o excesso de produção
causa a queda dos preços, inclusive algumas vezes com valores abaixo dos custos de
produção, o que beneficia o produtor mas, por outro lado prejudica os produtores.
Quando não existe a oferta do produto, há a necessidade de importação de
produtos de outras regiões do país e por isso são adicionados aos preços os valores de
intermediação e frete e isso acaba por encarecer o produto para o consumidor final.
O objetivo deste trabalho é apresentar, de uma forma breve, considerações e
dados relativos as hortaliças, com enfase em três principais produtos da olericultura
paranaense: batata, cebola e tomate.
ASPECTOS DA OLERICULTURA PARANAENSE
Área, Produção e VBP
No ano de 2011 foram produzidas cerca de 3.187.953 toneladas de hortaliças no
Paraná em uma área de 121.254 hectares. O aumento na produção vem sendo constante
nos últimos anos, devido basicamente, ao aumento da produtividade nas culturas.
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A batata foi a hortaliça mais produzida no ano de 2011 com 827.325 toneladas, e
na sequência aparecem tomate 357.038 toneladas, repolho 344.287 toneladas, mandioca
223.384 toneladas, cenoura 212.362 toneladas e cebola 167.352 toneladas. (Tabela 1)
O Núcleo Regional de Curitiba é o que mais produz no Paraná, com cerca de 34%
da produção estadual de hortaliças. Outros Núcleos que também se destacam são os
Núcleos Regionais de Apucarana, Ponta Grossa, Guarapuava, Irati, Jacarezinho e
Londrina entre outras. (Tabela 2)
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Cultura Área (ha) Produção (t) Valor (R$) % VBPBatata 33.477 827.325 393.408.588 16 26Tomate 5.650 357.038 465.841.432 19 11Repolho 8.409 344.287 97.753.507 4 11Mandioca Consumo 11.275 223.384 117.768.235 5 7Cenoura 6.327 212.362 171.643.831 7 7Cebola 8.089 167.352 54.054.551 2 5Melancia 5.000 135.471 55.542.946 2 4Couve-Flor 3.350 98.851 346.718.129 14 3Beterraba 3.527 92.881 76.081.368 3 3Alface 4.308 83.638 61.891.824 2 3Abobora 4.343 81.835 49.100.820 2 3Batata Doce 4.244 80.605 65.289.969 3 3Pimentão 2.291 73.089 53.017.299 2 2
1.574 61.091 38.515.010 2 2Pepino 2.346 54.477 53.870.423 2 2Milho Verde 2.824 40.815 50.456.340 2 1Abobrinha 2.065 36.801 32.016.522 1 1
1.135 22.064 12.135.145 0 1Couve 792 17.998 22.857.714 1 1
1.009 17.819 28.331.956 1 1Couve Chinesa 590 17.192 6.705.063 0 1Morango 569 16.205 74.756.214 3 1Outras Hortaliças (*) 8.061 125.375 177.271.836 7 4Total 121.254 3.187.953 2.505.028.722 100 100
Tabela 01 – Área, Produção e VBP das Principais Hortaliças Cultivadas no Paraná – Safra 2010/11
% Prod.
Cuchu
Kabotia
Brocolos
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O crescimento da produção de olerícolas no Paraná, no período de 2000 a 2011,
foi de 54%. No ano 2000 o Paraná produziu 1,71 milhão de toneladas, em 2011 esse
número saltou para 3,19 milhões (Figura 01). Esse desempenho se deve basicamente a
organização dos produtores, ao investimento em novas tecnologias o que tem feito com
que as produtividades das mais variadas culturas venham aumentando ano a ano.
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Tabela 02 – Área, Produção e VBP das Principais Hortaliças Cultivadas no Paraná
Núcleos Regionais no Paraná – Safra 2010/11
Núcleo Regional AREA (ha) Valor (R$) % VBP
Apucarana 9.145 386.842 408.021.903 16 12
Campo Mourão 855 14.635 14.117.040 1 0
Cascavel 5.660 115.144 92.664.284 4 4
Cianorte 818 14.947 9.920.540 0 0
Cornélio Procópio 2.463 61.325 54.693.889 2 2
Curitiba 44.966 1.086.738 809.484.176 32 34
Dois Vizinhos 1.065 26.124 16.885.292 1 1
Francisco Beltrão 3.410 82.479 57.860.842 2 3
Guarapuava 6.417 189.069 106.096.167 4 6
Irati 5.778 153.245 70.628.314 3 5
Ivaiporã 2.732 98.671 97.604.756 4 3
Jacarezinho 6.369 160.354 168.048.934 7 5
Laranjeiras do Sul 1.127 17.999 12.867.588 1 1
Londrina 4.627 137.901 146.257.770 6 4
Maringá 2.463 49.749 46.204.448 2 2
Paranaguá 1.687 36.923 29.120.026 1 1
Paranavaí 312 7.615 5.823.587 0 0
Pato Branco 1.682 45.302 23.884.431 1 1
Ponta Grossa 8.490 269.957 206.449.933 8 8
Toledo 777 14.525 13.448.979 1 0
Umuarama 2.696 64.185 38.516.787 2 2
União da Vitória 7.716 154.225 76.429.034 3 5
Total 121.254 3.187.953 2.505.028.722 100 100
Fonte: SEAB/DERAL
Produção (ton) % Prod.
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Valor Bruto da Produção Agropecuária Paranaense (VBP)
O Valor Bruto da Produção do setor foi de cerca de 2,50 bilhões de reais e a
participação ficou no mesmo patamar do ano anterior, em torno de 3% do total
paranaense (Figura 01). A participação das hortaliças é 4% em comparação com alguns
seguimentos rurais no VBP 2011.
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Figura 2 – Participação dos seguimentos rurais no VBP em 2011
Fonte: SEAB/DERAL
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Soja 22%
Aves 16%
Milho 9%Bovinos 8%
Leite 6%
Suínos 5%
Hortaliças 4%
Cana-de-Açúcar 4%
Serraria e Laminadora 4%
Frutas 2%
Trigo e triticale 2%
Outros 16%
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BATATA
A espécie Solanum tuberosum ssp., conhecida por batata, batata-inglesa,
batatinha ou papa. É um vegetal que pertence a família das solanáceas, originária da
América do Sul e cultivada mundialmente pelos seus tubérculos comestíveis. De acordo
com Filgueira: Um tubérculo nutritivo, dietético, versátil na cozinha, um alimento básico
para muitos povos – eis a batata andina, erroneamente denominada de “inglesa”. Trata-
se da cultura olerácea mais relevante no Brasil e em todo o mundo.
Panorama Mundial
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Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO), a produção mundial de batata foi de 324,42 milhões de toneladas. O principal
produtor foi a China, com 74,8 milhões de toneladas, 23% do total produzido. Em ordem
decrescente de produção: Índia 36,6 milhões de toneladas, 11% do total; Rússia 21,1
milhões de toneladas, 7%; Ucrânia 18,7 milhões de toneladas, 6% e Estados Unidos da
América 18,3 milhões, 6% do total produzido. O Brasil ocupou a 19ª colocação com 3,55
milhões de toneladas, o que representa cerca de 1% do total da produção mundial.
(Tabela 03).
Panorama Nacional
De acordo com os dados do IBGE, tabela 4, a área do cultivo de batata na
safra 2011/12 foi 133.284 hectares, 9% menor que a passada. O Paraná foi a segunda
unidade da federação que mais cultivou o tubérculo com cerca de 29.073 hectares.
Destaque para Minas Gerais que ficou com o primeiro lugar e cultivou 38.789 hectares, o
primeiro 29% do total nacional no cultivo do tubérculo.
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Na safra 2011/12 a produção brasileira de batata foi de 3,62 milhões de toneladas.
7% menor que o ano anterior. O Paraná foi o terceiro estado que mais produziu o
tubérculo com cerca de 741.042 toneladas. O maior produtor nacional foi novamente
Minas Gerais com 1,19 milhão de toneladas, com 33% do total produzido. (Tabela 05)
Panorama Estadual
Os produtores paranaenses produziram na safra 2010/11 cerca de 794.593
toneladas de batata em uma área total de 30.564 hectares. A produtividade média foi
25.998 quilos por hectare. (Tabela 06)
A produção paranaense é dividida em duas safras, a primeira é conhecida como
safra das águas e é cultivada no verão é responsável por cerca de 60% da produção total.
A segunda safra ou da seca, é responsável pelos 40% restantes e é cultivada nos meses
mais frios do ano.
A produção paranaense de batata está concentrada basicamente em quatro
Núcleos Regionais que juntos concentram 83% da produção estadual. Curitiba é o
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principal Núcleo Regional produz cerca de 36% da batata do Estado, na sequencia
aparecem Guarapuava com 18%, Ponta Grossa com 15%, União da Vitória com 14%, Irati
com 9%, Pato Branco com 5% e Cornélio Procópio com 2%. (Tabela 06)
Na safra de 2010/11, o plantio da batata 1ª safra foi nos meses de agosto a
novembro e a colheita de novembro a abril. A oferta do tubérculo no Paraná ocorreu entre
dezembro e abril. O plantio da 2ª safra foi entre os meses de janeiro a julho, e a colheita
entre março a outubro. A comercialização no período de março a novembro.
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Conforme os dados da SEAB/DERAL (tabela 07), os 10 (dez) maiores municípios
produtores de batata do Estado que juntos, totalizaram 509.675 toneladas, cerca de 64%
da produção total Paranaense. São Mateus do Sul se destaca em primeiro lugar com uma
produção em torno de 73.800 toneladas, seguido por Castro com 72.250 toneladas.
Perspectivas para a safra 2012/13
Segundo as primeiras estimativas para a primeira safra 2011/12 divulgadas pela
SEAB/DERAL, a expectativa é de que ocorra diminuição de área em torno de 9%. A
expectativa inicial é de que sejam produzidas cerca de 428.379 toneladas na próxima
safra. (Tabela 08)
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CEBOLA
Cebola, de acordo com Filgueira: A espécie cultivada, Allium cepa, originou-se das
regiões asiáticas correspondentes aos atuais Irã e Paquistão. A cultura é praticada há
milênios. Trata-se de condimento cosmopolita, também muito utilizado na culinária
brasileira. A parte utilizável é um bulbo tunificado, compacto, originado pela superposição
de bainhas foliares carnosas. Aquela bainha mais externa constitui uma película seca,
com coloração típica da cultivar.
Panorama Mundial
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Segundo números da FAO, a produção mundial de cebola no ano de 2010 foi de 78,53
milhões de toneladas. Os sete maiores produtores são: China, Índia, Estados Unidos,
Egito, Iran, Turquia e Brasil. Juntos esses países produziram 61% da produção mundial.
O Brasil produziu 1,75 milhão de toneladas, o que representa cerca de 2% da produção
mundial, e o 7º maior produtor mundial da hortaliça. (Tabela 08)
Panorama Nacional
De acordo com os dados do IBGE, tabela 10, a área brasileira no cultivo da
cebola na safra 2011/12 foi 57.620 hectares, 4% menor que a passada. O Paraná foi a
quarta unidade da federação em área no cultivo do tubérculo com 57.620 ha. Destaque
para Santa Catarina que ficou com o primeiro lugar e cultivou 19.412 hectares, e
responsável por 34% da área total.
Conforme o IBGE, tabela 11, na safra 2011/12 foram produzidas 1,42 milhão de
toneladas de cebola. O maior produtor foi Santa Catarina que produziu 448 mil toneladas,
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31% do total nacional e o Paraná obteve a sexta maior produção com aproximadamente
135 mil toneladas.
Panorama Estadual
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Segundo a SEAB/DERAL, tabela 12, na safra 2010/11 foram produzidas no Paraná
cerca de 166.925 toneladas de cebola em uma área total de 8.068 hectares. A
produtividade média foi de 20.691 quilos por hectare.
A produção paranaense de cebola se concentra na região Centro Sul do Estado. O
Núcleo Regional de Curitiba foi responsável por 63% da produção estadual do bulbo,
seguida pela Região de Irati com 26%. A Região de Irati apresenta o maior nível de
produtividade no Paraná, no ano de 2011 obteve uma produtividade de cerca de 27.998
quilos.
Conforme os dados da SEAB/DERAL (tabela 13), os 12 (doze) maiores municípios
produtores de cebola do Estado que juntos, totalizaram 137.222 toneladas, cerca de 82%
da produção total Paranaense. Irati se destaca em primeiro lugar com uma produção em
torno de 26.480 toneladas, seguido por Contenta com 19.300 toneladas.
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Na safra de 2010/11, o plantio da cebola foi nos meses de agosto e setembro e a
colheita de novembro a fevereiro. A oferta de cebola no Paraná geralmente acontece de
outubro a abril. A maior quantidade do bulbo é ofertada nos meses de dezembro e janeiro.
Nos outros meses do ano, os bulbos são comprados em outras regiões produtoras do
país.
Perspectivas para a safra 2012/13
Com relação ao Paraná, tabela 14, levantamentos divulgados pelos técnicos deste
DERAL, a estimativa é que ocorra diminuição de área da ordem de 6%, sendo cultivados
cerca de 7.034 hectares. Ocorrendo condições climáticas normais, a expectativa é de que
a produção possa atingir 152.336, cerca de 8% abaixo do obtido na safra passada
(166.205 toneladas).
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TOMATE
Tomateiro é uma espécie cultivada, cosmopolita, Lycopersicon esculentum. De
acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA): o tomateiro é
originário da costa oeste da América do Sul, onde as temperaturas são moderadas
(médias de 15 ºC a 19 ºC) e as precipitações pluviométricas não são muito intensas.
Entretanto, floresce e frutifica em condições climáticas bastante variáveis. A planta pode
desenvolver-se em climas do tipo tropical de altitude, subtropical e temperado, permitindo
seu cultivo em diversas regiões do mundo. O tomateiro é uma solanácea herbácea , com
caule flexível e incapaz de suportar os pesos dos frutos e manter a posição vertical.
Panorama Mundial
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Segundo dados da FAO, a produção mundial de tomates em 2010 foi de 151,70
milhões de toneladas. A China foi o maior produtor mundial de tomates em 2010, com
47,12 milhões de toneladas, isso representa 31% da produção do planeta. A produção
brasileira foi de 4,11 milhões de toneladas e foi a 9ª maior, correspondendo a cerca de
3% do total mundial. (Tabela 15)
Panorama Nacional
De acordo com os dados do IBGE, tabela 16, a área brasileira no cultivo de tomate
na safra 2011/12 foi 57.850 hectares, 17% menor que a passada. O Paraná foi a quarta
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unidade da federação em área no cultivo do fruto com 5.649 ha. Destaque para Goiás
que ficou com o primeiro lugar e cultivou 13.660 hectares, e foi responsável por 24% da
área total. As unidades da federação Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná
respondem por 63% do total produzido no país.
Na safra 2011/12 foram produzidas no Brasil cerca de 3,66 milhões de toneladas
de tomate. Os maiores estados produtores foram Goiás com 30% da produção nacional,
São Paulo com 18%, Minas Gerais com 12% e Paraná com 9%. Juntos estes Estados
produzem 70% do total nacional de tomate. (Tabela 17)
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Panorama Estadual
Segundos dados do DERAL/SEAB, a produção paranaense de tomates nas safra
2010/11 foi de 356.521 toneladas em uma área de 5.624 hectares. Os principais Núcleos
Regionais produtores são: Apucarana com 22% da produção, Ponta Grossa com 20%,
Ivaiporã com 16%, Londrina com 13%, Jacarezinho com 9% e Curitiba com 5%. (Tabela
18)
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A produção paranaense é dividida em duas safras: a primeira conhecida como
“safrão” é cultivada nos meses mais quentes do ano e a segunda conhecida como “e
risco” é cultivada entre os meses de março e setembro.
Na safra de 2010/11, o plantio do tomate 1ª safra foi nos meses de agosto a janeiro
e a colheita de novembro a maio. A oferta do fruto no Paraná geralmente acontece de
novembro a maio. O plantio da 2ª safra se deu nos meses de janeiro a julho, e a colheita
entre março a setembro. A comercialização aconteceu nos meses de março a setembro.
Conforme os dados da SEAB/DERAL (tabela 19), os 10 (dez) maiores municípios
produtores de tomate do Estado juntos, totalizaram 251.647 toneladas ou 81% da
produção total Paranaense. Marilândia do Sul se destaca em primeiro lugar com uma
produção em torno de 73.525 toneladas e seguido por Reserva com 58.220 toneladas.
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Perspectivas para a safra 2012/13
Os levantamentos de intenção de plantio para a safra de verão, mostram que na
maioria das regiões produtoras deverá ocorrer redução no tamanho da área.
O Departamento de Economia Rural – DERAL, estima que no Paraná a primeira
safra 2011/13 apresenta uma redução na área em torno de 5% e estima-se cultivar uma
uma área de 3.371 hectares. Ocorrendo condições climáticas favoráveis, a expectativa é
de que a produção possa atingir 216.264, ou seja, 2% menor que a anterior. (Tabela 20)
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