SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
OAC- OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO
1 – IDENTIFICAÇÃO
Autor: Ana Queiroz Pedro
Estabelecimento: Colégio Estadual Carlos Argemiro Camargo
Ensino: Médio
Disciplina: Geografia
Conteúdo Estruturante: Dimensão Política do Espaço Geográfico
Conteúdo Específico: Malha Viária Urbana
Palavras-chave: violência no trânsito; espaço urbano; malha viária
Esse OAC faz parte do PDE
2- PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO
Chamada para a problematização do conteúdo
“Hoje a "Violência no Trânsito" tem ceifado vidas inocentes, dentre essas a maioria
são jovens entre 15 e 25 anos”.
Esta pesquisa se justifica a medida que, inclui no estudo do espaço
urbano, o elemento violência no trânsito, como um dos principais problemas
enfrentados pela sociedade atual, no qual os jovens são os mais vulneráveis. O
traçado viário de uma cidade tem sido um dos mais importantes elementos da infra-
estrutura, que dá sustentação ao desenvolvimento econômico, bem como o
deslocamento de pessoas sejam elas pedestres, ciclistas, motociclistas,
caminhoneiros ou motoristas em geral e o deslocamento de mercadorias. Sendo
assim, faz-se necessário analisar toda a complexidade do traçado viário, ruas,
avenidas e no nosso caso, trecho da rodovia que contorna o perímetro urbano,
numa escala que permita interpretar e entender elementos políticos, sociais e
econômicos que interagem nesse espaço, os quais expressam conflitos e
contradições do assim chamado espaço integrado ao mundo globalizado,
Dentre esses conflitos, será trabalhada mais detalhadamente a violência
no trânsito, incentivando os educadores a dar um novo enfoque a essa temática,
buscando encaminhamentos alternativos e possíveis numa ação interdisciplinar,
que possibilitem uma melhora na atuação dos docentes e na educação dos jovens,
em relação à violência no trânsito urbano local.
Referências bibliográficas:
CARLOS, Ana Fani A. A Cidade. São Paulo: Contexto, 2005
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, et al. Geografia em Sala de Aula,
práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 1998.
SANTOS, Milton. Por uma Outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2005.
3- INVESTIGAÇÕES DISCIPLINAR
A Geografia e o Estudo da Violência no Trânsito
Mediante as campanhas publicitárias veiculadas pelos meios de
comunicação e outras ações previstas ou promovidas pelos órgãos responsáveis
pelo Sistema de Trânsito Brasileiro, a sociedade espera por resultados que
infelizmente não tem acontecido. Será que a educação para o trânsito tem sido
eficaz? Por que os índices de acidentes de trânsito só aumentam?
Propomos como conteúdo específico "A malha viária urbana", contextualizando toda
complexidade do traçado viário.
O traçado viário dentro do espaço urbano é um importante campo de
estudo da Geografia, representando uma parte da paisagem produzida e utilizada
pelo homem. Dentro desse espaço são elaboradas várias ações positivas e ou
negativas que estão contidas nas relações dos homens entre si e dos homens com
o espaço produzido e organizado geograficamente com fins de circulação de
pessoas, mercadorias e veículos. Ações essas que precisam ser identificadas no
decorrer do estudo do traçado viário urbano como: o perfil do relevo, a sinalização
das vias, a visibilidade nos cruzamentos mais movimentados, entre outros.
Envolvendo toda complexidade de interação do motorista, ciclista e pedestre dentro
de uma escala local, permitindo a identificação dos fatores que contribuem ou que
são determinantes na intensa violência no trânsito que caracterizam os espaços
urbanos, atualmente.
A educação só se efetiva quando está comprometida com o espaço local,
onde se discutem os problemas, identificam suas causas e buscam possíveis
soluções, possibilitando o desenvolvimento de alunos críticos, conscientes e
afetivos, elementos esses que são, determinantes na construção de uma sociedade
mais justa e humana, que é afinal o objetivo geral de todo sistema de ensino.
Referências Bibliográficas:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. 33 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas
Tecnologias. Brasília. MEC: 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado
do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
CÓDIGO DE TRÃNSITO BRASILEIRO. Brasília, 2008. Disponível em:
nttp://www.senado.gov.br/web/códigos/transito/cnt0001.htn. Acessado em
03/03/2008.
4- PESPECTIVA INTERDISCIPLINAR
Pesquisa de campo (Matemática, Sociologia e Língua Portuguesa)
Na perspectiva interdisciplinar, propomos a pesquisa de campo, como
recurso de coleta de dados estatísticos, identificação dos aspectos físicos da malha
viária urbana, observação do fluxo de veículos em circulação e do nível de
conscientização dos motoristas, entrevistas, palestras sobre o Código de Trânsito
Brasileiro. Este recurso vai possibilitar a interação dos alunos com relação ao tema
em estudo, munindo-os para debater e expor suas opiniões. Nesse âmbito, a
interpretação dos dados estatísticos e do fluxo de veículos será indispensável a
participação da matemática.
A Sociologia poderá ser envolvida no tocante ao debate em sala de aula
sobre a questão do entendimento do homem como produtor e gerenciador do
espaço urbano bem como toda complexidade de relações ocorridas nesse espaço
de infra-estrutura, o qual é cheio de conflitos e contradições.
A Língua Portuguesa será bem vinda na organização e sistematização do
texto final, onde serão contempladas todas as informações, obtidas ao longo do
processo de pesquisa.
5- CONTEXTUALIZAÇÃO
Educação para o Trânsito
Um dos objetivos da Geografia enquanto disciplina escolar é preparar o
cidadão para agir cotidiana e conscientemente, estando, portanto relacionado ao
circular com segurança pelo espaço de sua vivência. Fica claro o papel que a
Geografia escolar pode exercer sobre eventos diretamente ligados ao dia-a-dia dos
jovens, nesse caso, a questão da violência no trânsito urbano deve ser tratada de
forma séria e através de várias ações, visando prepará-los no tempo presente, para
obter resultados futuros.
Os temas geográficos trabalhados devem promover o desenvolvimento
de valores e atitudes como a amorosidade, o comprometimento e a solidariedade.
Não com o intuito de relacioná-los com padrões de comportamento, mas para
despertá-los para problemas vivenciados no seu espaço geográfico de vivência.
As técnicas de investigação ajudam na identificação dos problemas, cabendo à
Geografia, que lida com conceitos e com referências teórico-metodológicas,
conceituar e orientar, fazendo assim uma sistematização coerente, compreensível e
lógica do seu mundo.
A cidade ou espaço urbano apresenta uma paisagem em constante
movimento, a qual expressa ao mesmo tempo, ordem e caos, como manifestações
próprias do processo de produção, circulação de mercadorias e pessoas que ali
vivem e convivem, transitando nesse espaço. Portanto, a cidade tem a dimensão do
humano, que a reproduz e a reorganiza de acordo com suas necessidades e
interesses, num determinado local e tempo específico.
“Nessa perspectiva de totalitarismo e movimento constante, de construção social do
espaço e de compreensão da realidade como instrumento de transformação social,
a cidade assume um papel de destaque no ensino de geografia em qualquer de
seus graus, porque é ali que se visualizam a forte alienação entre o trabalho e a
natureza, a máxima acumulação do capital, a intensidade de conflitos de interesse,
mas, sobretudo, onde surgem as maiores possibilidades de organização de
movimentos com objetivo de transformação social”. (Castrogiovanni et al, 2003,
p.116)
O papel da escola é desmistificar a cultura automobilística do brasileiro
onde a “normalidade” das mortes no trânsito é uma praxe, onde dirigir um veículo é
sinônimo de brincadeira e diversão, provocando assim a sensação de ”poder”, o
que deixa os jovens muito vulneráveis a questão de auto-risco no trânsito. Esse é o
papel da educação; nada melhor que ocupar o espaço escolar para implantar essa
tarefa, conforme as DCE no Conteúdo Estruturante na Dimensão Econômica da
Produção do Espaço “Afinal os jovens do Ensino Médio são agentes da construção
do espaço e o papel da Geografia, nesse nível de ensino, é subsidiá-los para
interferir, conscientemente, na realidade vivida”. Pode-se, dentro dessa temática
“Violência no Trânsito”, articular com o conteúdo estruturante Geopolítica, uma vez
que esse conteúdo aborda as relações de poder, econômicas e sociais, dentro do
desdobramento: territórios urbanos marginais.
Os educadores precisam levar em consideração vários aspectos,
presentes na sociedade urbana de hoje, que fazem parte do cotidiano dos jovens,
como fatores emocionais, a cultura do ter e não a do ser, a corrupção, a omissão e
o alcoolismo.
E com relação à violência no trânsito, levanta-se aqui a questão
emocional, abordada pelo Presidente da Associação de Vítimas de Trânsito,
Salomão Rabinovich, (2005, p.06) que se refere ao tema como:
“... uma questão epidêmica de saúde pública defendendo medidas
extremas para conter o número de acidentes e mortes no trânsito brasileiro, como a
obrigatoriedade de um exame psicológico rígido a cada renovação de Carteira de
Habilitação e o uso do bafômetro. Ele vai além, culpa a sociedade pela omissão e
declara que o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) trata o trânsito como um caso de
polícia quando deveria ser de educação, sendo apenas um código meramente
arrecadador. Diz lutar por uma verdadeira revolução para reverter as estatísticas de
mortes, sendo que essa revolução deveria começar pela educação”.
Em detrimento ao grande aumento da frota de veículos, vê-se uma
disputa constante por um espaço físico, que infelizmente a infra-estrutura urbana
não está comportando, como a sociedade é formada com divergência de valores,
idéias e cultura, a negociação que deveria ocorrer no trânsito acaba não
acontecendo, o que deixa os condutores nervosos, ansiosos e estressados,
restando o espaço de luta e a agressividade no trânsito:
"O trânsito é uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa pelo
tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos - é uma negociação permanente
do espaço, coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas as características de
nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma
base ideológica e política; depende de como as pessoas se vêem na sociedade e
de seu acesso real ao poder". (VASCONCELOS, 1991).
Além disso, o carro exerce um fascínio grande sobre as pessoas,
especialmente sobre os jovens, fascínio esse reforçado pela sociedade capitalista e
de consumo, motivada o tempo todo pela mídia, que transforma o tempo e o
conforto em mercadoria.
O álcool é outro tema tratado por muitos estudiosos, que está
contemplado no art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro, dirigir sob influência de
álcool é crime de trânsito.
O médico especialista em tráfego, Alberto Sabag (2007, p.5) explica que
o álcool age no sistema nervoso central, inibindo o bom funcionamento do cérebro,
”a recepção de perceber e reagir no tempo certo fica prejudicada, o álcool deixa as
percepções de tempo, espaço e velocidade distorcidas”, afirma.
Assim sendo, não se pode admitir que os alunos que estão cursando o Ensino
Médio, os quais serão os próximos motoristas, fiquem alheios à essas informações
e sem uma séria conscientização.
Em tempos de globalização da economia, onde somente o que interessa
para o capitalismo é o lucro, implantando a ideologia do ter, da competitividade, da
não solidariedade, do egoísmo, da normalidade dos conflitos urbanos, os
professores devem estar blindados com conhecimentos não modistas, se firmando
no que se embasou a sobrevivência dos seres humanos até hoje, que é capacidade
de sobrevivência a partir da junção de forças em prol do bem comum.
No Brasil, com exceção das doenças associadas à má nutrição, os
acidentes de trânsito constituem o pior problema de saúde pública sendo a primeira
causa de morte entre os jovens do sexo masculino.
A morte no trânsito é uma epidemia que, em nosso país, segundo dados
oficiais, morrem 50.000 pessoas por ano, e outras 350.000 saem feridas. Existem
estatísticas extras oficiais, que dizem que o número é 150% maior, ultrapassando
as 100.000 vítimas fatais anuais, isto porque os dados oficiais só consideram as
vítimas de acidente de trânsito que morre no local.
O trabalho de prevenção dos acidentes de trânsito deve incluir além da
conscientização via educação, de medidas de reorganização do espaço urbano
cabendo aí o trabalho dos órgãos gestores do trânsito, para garantir os direitos de
todos os cidadãos sejam eles pedestres, ciclistas, motoqueiros e motoristas,
promovendo o equilíbrio racional da função das redes viárias.
Para Carlos (2005, p.83) “Cabe ao geógrafo pensar a relação necessária
entre sociedade e espaço na medida em que a produção da vida humana, no
cotidiano das pessoas, não é só produção de bens materiais. È também e,
sobretudo, a produção da humanidade do homem através de relações que são de
produção, relações essas que são sociais, políticas, ideológicas, jurídicas, etc.”.
Portanto, a organização e o planejamento de atividades no tocante ao
estudo do espaço urbano ou da cidade, não pode ser muito rígido no sentido de
possibilitar ao professor de Geografia, uma maior liberdade de adequação à
realidade vivida pelos seus alunos, promovendo toda uma discussão voltada para a
formação de uma cidadania consciente e atuante, capaz de levar o indivíduo a
refletir sobre seu papel na construção desse espaço, analisando criticamente a
realidade que o cerca.
Referências Bibliográficas:
CARLOS, Ana Fani A. A Cidade. São Paulo: Contexto, 2005
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, et al. Geografia em Sala de Aula,
práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. 33 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
RABINOVICH, Salomão. Trânsito: uma luta sem fim. Detrânsito. Curitiba, ano
ll, n. 21, p.6, fev/2005
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado
do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
VASCONCELOS, Eduardo A. O que é trânsito. São Paulo: Brasiliense, 1991. VIDA
URGENTE, Fundação Thiago Gonzaga. www.vidaurgente.com.br/artigos/2005.
Acesso em 01/07/2008
6- SÍTIOS
a) CTB motorista:
O professor pode, com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), orientar os
alunos quanto ao tocante ao motorista. As normas de Trânsito servem para
organizar e orientar todos os usuários , assim saberão como se comportar de forma
segura no trânsito.
http://www.educacaotransito.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php
b) Direção e álcool:
Dirigir depois de ingerir bebida alcoólica, caracteriza ação criminosa,
todo condutor alcoolizado está colocando sua vida e das demais pessoas em risco.
Por isso é necessário que o professor trabalhe muito bem esta questão.
Sugerimos a colaboração do professor de Biologia, para trabalhar a
questão do efeito do álcool no cérebro, daí a perda dos reflexos.
http://www.educacaotransito.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1
08
c) Você no Trânsito:
Os acidentes de trânsito são hoje, uma das maiores causas de morte e
invalidez, entre os jovens entre 18 e 25 anos, constituindo assim um dos grandes
problemas da vida contemporânea, que segundo informações desse sitio, mata 25
mil pessoas por ano no Brasil.
http://www.educacaotransito.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1
19
d) O Fim da Impunidade:
Nesse sitio, podemos encontrar vários artigos além desse, também vídeos e outras
informações úteis ao nosso trabalho em sala de aula.
http://www.vidaurgente.com.br/artigos.asp
e) Ocorrências mais freqüentes: Este também é um tema proposto para pesquisar com os alunos na escola, levando-os a refletir sobre os tipos de ocorrências mais freqüentes no município onde vivem. http://www.educacaotransito.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=107 f) Jogo da forca:
Esse jogo é uma forma lúdica, de refletir sobre os reflexos rápidos que
são necessários aos motoristas. Reflexos esses os quais se perde ao ingerir
bebidas alcoólicas ou drogas de qualquer tipo.
http://www.educacaotransito.pr.gov.br/jogo_forcany_oficial.html
g) Jogo da Memória:
Nesse jogo o educando vai de maneira divertida, obtendo a memorização
das placas de trânsito, informando e formando o jovem, futuro motorista.
http://www.educacaotransito.pr.gov.br/jogo_das_placas.html
7-SONS E VÍDEOS
A) -Amigos da vida- depoimentos:
São vários depoimentos de artistas brasileiros que alertam os jovens
sobre os perigos da junção bebida e direção.
Aqui faço destaque a homenagem do Nando Reis para o amigo Marcelo
Flomer, retratando a dor e revolta da perda, nos chamados "acidentes.
HOMENAGEM DE NANDO REIS (durante o show no Vida Urgente in Concert)
O mais difícil é recomeçar
começar de novo o que acabou
porque só não acaba o que é eterno.
Onde estava Deus que não viu essa dor?
Deus estava dentro do homem
dentro da alma.
Deus não é um sábio senhor
de longas barbas brancas
Deus é o amor, tão velho e tão jovem.
Esse poema é dedicado ao Marcelo Fromer
(e hoje ao Thiago, Priscila e outros tantos que se vão sem ao menos se
despedir...)http://www.vidaurgente.com.br/amigos.asp?area=8&item=1
b) VÍDEO
Título: Rodando por aí
Direção: Janaina Jardim Marcos
Produtor: Colégio Fundação Bradesco
Duração: 1 minuto e 30 segundos
Local da publicação: Gravataí – RS
Ano: 2007
http://www.youtube.com/watch?v=-
ovKEAKOcNQ&eurl=http://www.vidaurgente.com.br/video.asp?area=21&item
Comentários:
Esse vídeo servirá para conscientização dos jovens com relação, a
importância da responsabilidade de cada um em divertir-se, sem por em risco sua
integridade física, e mais ainda, não colocar em risco a vida de seus semelhantes.
No Brasil, com exceção das doenças associadas à má nutrição, os
acidentes de trânsito constituem o pior problema de saúde pública, sendo a primeira
causa de morte entre os jovens do sexo masculino.
A morte no trânsito é uma epidemia que, em nosso país, segundo dados
oficiais, morrem 50.000 pessoas por ano, e outras 350.000 saem feridas. Existem
estatísticas extras oficiais, que dizem que o número é 150% maior, ultrapassando
as 100.000 vítimas fatais anuais, isto porque os dados oficiais só consideram as
vítimas de acidente de trânsito que morre no local.
Obs. Essa atividade poderá ser desenvolvida com a disciplina de Inglês,
fazendo primeiro a tradução da música e depois entra com o trabalho de
conscientização, através de execução do vídeo, questionamentos e comentários
dos alunos, fechando com a leitura do poema do Nando Reis.
8-IMAGENS
a) A Bicicleta:
Fonte: Portal da Educação do Paraná
Será uma bela solução para o trânsito, desde que tenhamos vias
preparadas p/ este meio de transporte, do contrário, estaremos criando mais um
problema naquilo que deveria ser solução (Silva, 2007).
b) O transporte coletivo:
Fonte: Portal da Educação do Paraná
Será o mais viável para a solução do trânsito do mundo
contemporâneo. Tendo em vista que, a tendência mundial será o aumento da frota
de veículos, a sociedade deverá cobrar do poder público uma infra-estrutura voltada
para a circulação do transporte coletivo com mais eficiência.
c) A reflexão do jovem:
Fonte: Portal da Educação do Paraná
Levantar o questionamento junto ao jovem, de como transformar uma
realidade cruel, perversa, que além de desestruturar tantas famílias, representa hoje
um grande problema social, tanto em âmbito local, estadual e mundial.
Fonte: http://www8.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens2.php
9-PROPOSTA PEDAGÓGICA
-Guia de Percurso Urbano
O Guia de Percurso Urbano será utilizado na realização do trabalho de
campo, sendo um procedimento indispensável na execução desta atividade, uma
vez que uma série de cuidados são necessários para que, o mesmo alcance os
objetivos que se pretende, podendo ser eles cognitivos, perceptivos, descritivos ou
afetivos.
Sendo uma atividade que promoverá a interdisciplinaridade,
caberia buscar a integração das demais áreas também na organização e promoção
do trabalho, planejando-o concretamente.
Professores e alunos do Ensino Médio (uma turma), irão escolher o
trajeto a ser percorrido , determinar o tempo, contatar as fontes para entrevistas,
listar elementos para observação,estabelecendo uma linha condutora, que será o
traçado viário, mais especificamente o perfil topográfico, o traçado das ruas,
cruzamentos de maior movimento, sinalização, redutores de velocidade,
arborização, entre outros, conforme sugestões do grupo.
Procedimentos: os alunos do EM organizados em grupos de
cinco jovens, por grupo sob a orientação dos professores envolvidos, munidos com
um mapa da cidade,vão traçar o trajeto a ser percorrido com caneta colorida,
pontilhando os pontos de paradas; levantar informações a cerca dos acidentes
ocorridos nos últimos cinco anos através de fontes diversas (jornais, boletins de
ocorrências junto à polícia militar e civil) e entrevistas com agentes de trânsito
municipal.
Para Castrogiovane, et al.. (2003,p.119)".a observação, o registro das
informações e a busca de fontes que expliquem a conformação e a funcionalidade
espacial podem sensibilizar o aluno para as formas que o cercam cotidianamente e
para eventos a que elas estão referidos".
O percurso se dará em momentos distintos, como:
a) apreciação geral, com controle de tempo, as devidas paradas e registro das
observações;
b) fotografar locais específicos acompanhados de mapas e pequenos textos,
entrevistas e tabelas com os dados coletadas sobre os acidentes de trânsito ;
c) retornar com um debate em sala de aula onde os grupos socializarão suas
observações, emitindo suas opiniões e conclusões elaborando um texto geral;
d) Organização e exposição de um mural com o material coletado e elaborado;
e) apresentação com recursos multimídia, para a comunidade escolar na Semana
Nacional para o Trânsito os resultados obtidos com o trabalho, a fim de sensibilizar
a todos sobre a urgência de um repensar o trânsito como um todo.
O trabalho será avaliado em todos os momentos de sua execução, com o
intuito de rever pontos que necessitem de mudanças, pois sendo esse um método
que auxilia o professor em alternativas de ensino-aprendizagem, colabora com
eficácia na formação dos alunos como agentes sociais, indo a busca do sujeito
interativo, como propõe Vasconcelos (2005).
Referências Bibliográficas:
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, et al. Geografia em Sala de Aula,
práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 1998.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação: concepção dialético-libertadora
do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 2005.
10- SUGESTÕES DE LEITURA
10.1- LIVROS:
a) CARLOS, Ana Fani A. A Cidade. São Paulo: Contexto, 2005.
“Cabe ao geógrafo pensar a relação necessária entre sociedade e
espaço na medida em que a produção da vida humana, no cotidiano das pessoas,
não é só produção de bens materiais. È também e, sobretudo, a produção da
humanidade do homem através de relações que são de produção, relações essas
que são sociais, políticas, ideológicas, jurídicas, etc.”.
Portanto, a organização e o planejamento de atividades no tocante ao
estudo do espaço urbano ou da cidade, não pode ser muito rígido no sentido de
possibilitar ao professor de Geografia, uma maior liberdade de adequação à
realidade vivida pelos seus alunos, promovendo toda uma discussão voltada para a
formação de uma cidadania consciente e atuante, capaz de levar o indivíduo a
refletir sobre seu papel na construção desse espaço, analisando criticamente a
realidade que o cerca.
b) CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, et al. Geografia em Sala de Aula, práticas
e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 1998.
“Nessa perspectiva de totalitarismo e movimento constante, de
construção social do espaço e de compreensão da realidade como instrumento de
transformação social, a cidade assume um papel de destaque no ensino de
geografia em qualquer de seus graus, porque é ali que se visualizam a forte
alienação entre o trabalho e a natureza, a máxima acumulação do capital, a
intensidade de conflitos de interesse, mas, sobretudo, onde surgem as maiores
possibilidades de organização de movimentos com objetivo de transformação
social”. (Castrogiovanni et al, 2003, p.116)
A cidade ou espaço urbano apresenta uma paisagem em constante
movimento, a qual expressa ao mesmo tempo, ordem e caos, como manifestações
próprias do processo de produção, circulação de mercadorias e pessoas que ali
vivem e convivem, transitando nesse espaço. Portanto, a cidade tem a dimensão do
humano, que a reproduz e a reorganiza de acordo com suas necessidades e
interesses, num determinado local e tempo específico.
c) VASCONCELOS, Eduardo A. O que é trânsito. São Paulo: Brasiliense, 1991.
VIDA URGENTE, Fundação Thiago Gonzaga.
www.vidaurgente.com.br/artigos/2005. Acesso em 01/07/2008:
"O trânsito é uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa pelo
tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos - é uma negociação permanente
do espaço, coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas as características de
nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma
base ideológica e política; depende de como as pessoas se vêem na sociedade e
de seu acesso real ao poder". (VASCONCELOS, 1991).
A disputa pelo espaço físico no trânsito é acentuada pelo aumento da
frota automobilística, a divergência de valores, idéias e cultura. A negociação que
deveria ocorrer no trânsito acaba não acontecendo, o que deixa os condutores
nervosos, ansiosos e estressados, restando o espaço de luta e a agressividade no
trânsito
d) SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2005.
“Fala-se, hoje, muito em violência e é geralmente admitido que é quase
um estado, uma situação característica do nosso tempo. Todavia, dentre as
violências de que se fala, a maior parte é sobretudo formada de violências
funcionais derivadas, enquanto a atenção é menos voltada para o que preferimos
chamar de violência estrutural, que está na base da produção das outras e constitui
a violência central e original”. Santos (2005, p.55)
A violência estrutural é a base de todas as outras formas de violências,
que estão contidas no sistema de produção, fruto da globalização. Onde os
responsáveis por medidas de segurança não cumprem o seu real papel. Onde o
Estado se exime da sua real responsabilidade de proporcionar à sociedade a
esperada segurança.
10.2- PERIÓDICOS:
a) SABAG, Albert, Detrânsito n.45, Curitiba, maio 2007
O médico especialista em tráfego, Alberto Sabag (2007, p.5) explica que
o álcool age no sistema nervoso central, inibindo o bom funcionamento do cérebro,
”a recepção de perceber e reagir no tempo certo fica prejudicada, o álcool deixa as
percepções de tempo, espaço e velocidade distorcidas”, afirma.
Assim sendo, não se pode admitir que os alunos que estão cursando o
Ensino Médio, os quais serão os próximos motoristas, fiquem alheios à essas
informações e sem uma séria conscientização para o trânsito.
O médico especialista em tráfego, Alberto Sabag (2007, p.5) explica que
o álcool age no sistema nervoso central, inibindo o bom funcionamento do cérebro,
”a recepção de perceber e reagir no tempo certo fica prejudicada, o álcool deixa as
percepções de tempo, espaço e velocidade distorcidas”, afirma.
Assim sendo, não se pode admitir que os alunos que estão cursando o
Ensino Médio, os quais serão os próximos motoristas, fiquem alheios à essas
informações e sem uma séria conscientização para o trânsito.
O médico especialista em tráfego, Alberto Sabag (2007, p.5) explica que o
álcool age no sistema nervoso central, inibindo o bom funcionamento do cérebro, ”a
recepção de perceber e reagir no tempo certo fica prejudicada, o álcool deixa as
percepções de tempo, espaço e velocidade distorcidas”, afirma.
Assim sendo, não se pode admitir que os alunos que estão cursando o
Ensino Médio, os quais serão os próximos motoristas, fiquem alheios à essas
informações e sem uma séria conscientização para o trânsito.
b) DETRÂNSITO, Curitiba, Vol.5, n. 33, fev -2006
Ônibus nas cidades: conflito urbano
Motoristas de ônibus, carros, ciclistas e pedestres se estranham nas ruas do Paraná
O trânsito é um ambiente propício para o surgimento de conflitos, pois reúne
os mais diversos tipos de pessoas, classes sociais e credos. Da mesma maneira,
reúne os mais diversos meios de transporte, de pequeno, médio e grande porte.
Nas cidades, um dos mais importantes é, sem dúvida, os ônibus de transporte
coletivo.
Em Curitiba, circulam diariamente 2.190 ônibus de transporte coletivo,
que,transportam em média 2,33 milhões de passageiros. O sistema de transporte
coletivo de Curitiba emprega 6.333 motoristas, devidamente treinados para trafegar
entre os demais veículos e transportar centenas de vidas. Mas a relação que
deveria ser pacífica está mais próxima do conflito.
c) SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado do
Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
É papel de a escola desmistificar a cultura automobilística do brasileiro
onde a “normalidade” das mortes no trânsito é uma praxe, onde dirigir um veículo é
sinônimo de brincadeira e diversão, provocando assim à sensação de “poder”, o
que deixa os jovens muito vulneráveis a questão de auto-risco no trânsito. Esse é o
papel da educação; nada melhor que ocupar o espaço escolar para implantar essa
tarefa, uma vez que o tema está contemplado no Conteúdo Estruturante: A
Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço (DCE, p.33-4).Sendo possível
articular com o conteúdo estruturante Geopolítica, uma vez que esse conteúdo
aborda as relações de poder, econômicas e sociais, dentro do desdobramento:
territórios urbanos marginais.
11- DESTAQUE
A Lei de Tolerância zero
“Lei de tolerância zero ao álcool foi sancionada pelo presidente Luis Inácio
Lula da Silva em 19 de junho de 2008. Agora, as multas são aplicadas para
condutores que apresentarem 0,2 gramas de álcool por litro de sangue, mas o valor
pago será o mesmo (R$ 955). O motorista também poderá ser punido com a
suspensão da carteira de habilitação por um ano”.
Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 2008
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11705.htm
12- NOTÍCIAS
a) Brasil: Vítimas de acidentes de trânsito caem 55% com a Lei Seca
Fonte: Jornal do Trânsito
Vítimas de acidentes de trânsito caem 55% com a Lei Seca
Enviado por em 16/07/2008 17h14min: 06 (424 leituras internas)
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, com base em dados dos três
principais hospitais estaduais considerados referências em trauma, aponta que
desde a implantação da lei seca o atendimento a vítimas de acidente de trânsito
caiu 55% na cidade de São Paulo.
http://www.jornaldotransito.com.br/modules/news/article.php?storyid=156
b) Jovens estão no foco de campanha contra bebida e direção
FONTE: O Portal de Rodovias do Brasil
“Os jovens são as principais vítimas do “esquenta”, porque são inexperientes para
beber e dirigir e, no retorno para casa, se envolve nos piores acidentes”, afirma
Flamarion dos Santos Batista, médico traumatologista, presidente do Congresso e
coordenador da campanha “Quanto vale o esquenta? – Sua vida vale muito mais”,
que será lançada hoje.
http://www.estradas.com.br/new/noticias/materia.asp?id=44359.
13- O PARANÁ
a) População - Veículos (alguns municípios do Oeste do Paraná)
Analisando as cidades abaixo, podemos perceber o grande número de veículos em
circulação. Chamo atenção para o Município de Capitão L. Marques que possui
quase um veículo para cada dois habitantes, logo é preciso se pensar numa
melhoria no sistema viário, que irá possibilitar um tráfego mais seguro.
CIDADE POPULAÇÃO VEÍCULOS
CAP.L.MARQUES 13.616 5.628
Santa Lúcia 3.725 1.196
Lindoeste 5.446 1.448
Realeza 15.809 6.881
Boa V.Aparecida 7.828 2.384
Fonte: http://www.detran.pr.gov.br/arquivos/File/estatisticasdetransito/anuario2006.pdf
c) Rodovias
Podemos utilizar os mapas rodoviários do Brasil, do Paraná e também do município
de estudo específico, assim estaremos localizando de forma escalonada a questão
da malha viária.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovias_do_Paran%C3%A1
http://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais/brasil_infra_estrutura_tran
sp.pdf
c) Acidentes de Trânsito no Estado do Paraná
Fonte:
http://www.detran.pr.gov.br/arquivos/File/estatisticasdetransito/anuario2007.pdf
Obs. O gráfico acima mostra claramente o que tem acontecido ano após ano, com
relação ao trânsito no Estado do Paraná. Esse crescimento assustador de mortes e
feridos no trânsito, não pode passar despercebido da sociedade, nem tão pouco
das nossas escolas, uma vez que essa problemática está ligada diretamente aos
nossos jovens educando.
14-RECURSO DE INTERAÇÃO
Você pode colaborar:
Se você têm outras informações ou perspectivas que queira compartilhar
conosco, escolha uma das opções abaixo e faça parte dessa comunidade.
-Com esse conteúdo
-Na construção de outro OAC
Ana Queiroz Pedro – PDE 2008
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