SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO MINEROMETALÚRGICO E
POLÍTICA ENERGÉTICA
SUPERINTENDÊNCIA DE MINERAÇÃO E METALURGIA
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA SUPERINTENDÊNCIA DE MINERAÇÃO E METALURGIA
3. HISTÓRICO DA SIDERURGIA NO BRASIL
4. CONCEITUAÇÃO
5. A SIDERURGIA COMO PROMOTORA DO DESENVOLVIMENTO Indicadores Econômicos de Minas Gerais 5.1 – A Siderurgia Mundial 5.2 – A Siderurgia Brasileira 5.3 – A Siderurgia de Minas Gerais
5.3.1 – Empresas Siderúrgicas 5.3.2 – A Indústria de Ferro-gusa a Carvão Vegetal 5.3.3 – A Indústria de Ferroligas 5.3.4 – A Indústria de Fundição 5.3.5 – A Indústria Automotiva
6. PRINCIPAIS PRODUTOS DA SIDERURGIA BRASILEIRA
7. EMPRESAS DE MINERAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO EM MINAS GERAIS
8. EMPRESAS FORNECEDORAS DE INSUMOS BÁSICOS
9. REFRATÁRIOS
10. EMPRESAS FORNECEDORAS DE TECNOLOGIA, SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
11. A LOGÍSTICA EM MINAS GERAIS
12. PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA SIDERÚRGICA
13. APÊNDICE:
2010 – PERSPECTIVAS PARA A SIDERURGIA EM MINAS GERAIS
Minas Gerais é hoje o maior produtor mineral do Brasil, respondendo por 44% da produção do país. Em caso particular, a produção de minério de ferro corresponde a 71,45% da produção brasileira e a 70% da exportação nacional ( incluindo pelotas ), segundo dados de 2008. A siderurgia é considerada um setor estratégico para o desenvolvimento de qualquer país, especialmente para o Brasil, devido às suas reservas de minério de ferro e por se tratar de uma indústria de base, que promove a geração de emprego e renda. O setor siderúrgico brasileiro, com capacidade instalada de 45 Mt / ano de aço e planejamento para expansão até 70 Mt / ano em 2015, produziu 33,7 Mt em 2008, ocupando o 9º lugar no mundo. No Brasil, Minas Gerais é também o maior produtor de ferro-gusa ( 52,5% ), considerando os produtores independentes e de aço ( 35,6% ), destacando a siderurgia mineira no desenvolvimento do país. A disponibilidade de grandes reservas de minério de ferro, de mão de obra especializada e a infraestrutura de exportação favorecem a competitividade da siderurgia brasileira e, em especial, a de Minas Gerais. A siderurgia brasileira, considerando as grandes usinas produtoras de aço, passou por várias fases distintas. Primeiramente estatal, iniciou-se, em 1991, um processo de privatização. Em seguida, veio a consolidação, cujos investimentos foram dirigidos para a modernização da linha de produção com a melhoria da produtividade e qualidade. Em fase posterior, projetou-se a expansão da produção, mas que foi interrompida pela crise econômica mundial do último trimestre de 2008. Atualmente, desenvolve-se um processo de verticalização com os principais grupos siderúrgicos brasileiros investindo no setor de mineração, logística, serviços e distribuição de seus produtos. Este trabalho apresenta uma síntese da siderurgia no estado de Minas Gerais referente ao ano de 2008, com dados extraídos de publicações estatísticas de órgãos públicos e instituições relacionadas com o setor, além de informações obtidas diretamente com especialistas do setor. Não se pretende esgotar o assunto, pois, por falta de informações específicas, não foram contemplados segmentos importantes da cadeia como a indústria da construção civil, a área de forjados e usinagem, os fabricantes de máquinas e equipamentos e a indústria de metal mecânica de um modo geral. Outro capítulo que deveria ser abordado é a formação de mão de obra para o setor siderúrgico e os centros de tecnologia existentes. Em um trabalho posterior de atualização periódica estas áreas certamente serão abordadas.
Governo de Minas - Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico
Superintendência de Mineração e Metalurgia
Cód. Objetivos
Estratégicos SEDE
Fatores Críticos de Sucesso
Objetivo Superintendência
Atividades Continuadas
P2
Elaborar e implementar a política minero-metalúrgica do Estado
a) Conhecimento da legislação federal e estadual vigente b) Identificar oportunidades de melhoria na política vigente. c)Ter conhecimentos sobre os setores envolvidos d) Interação com os segmentos afetados pelas políticas propostas
Participar da formulação da política minero-metalúrgica do Estado de MG, respeitando a política nacional, para atender aos setores envolvidos.
a) Avaliar a legislação vigente b) Propor alterações c) Elaborar documento d) Participar das discussões no âmbito federal
P4
Prospectar, atrair, ampliar e reter investimentos de interesse da economia Mineira
a) Desonerar estrutura tributária b) Reduzir custo de capital c) Custo Brasil e Minas Gerais (custo de licenciamento ambiental, fiscal, logístico) d) Geração de informação geológica básica e) Garantia de recursos. f) Conhecer as necessidades e diretrizes do governo do Estado (PMDI) g) Conhecer as potencialidades regionais para receber investimentos minerometalúrgicos
Interagir com outros órgãos do Governo para agilizar o ingresso ou ampliação de investimentos minerometalúrgicos
• Apoiar o Projeto Estruturador "Promoção e Atração de Investimentos Estratégicos e Desenvolvimento das Cadeias Produtivas das Empresas Âncoras” • Participação em reuniões • Análise de estudos • Acompanhamento de Projetos
P9
Desenvolver inteligência sobre os setores estratégicos
a) Dispor de informações sobre os setores de mineração e metalurgia b) Recursos humanos na SEDE com conhecimento especifico sobre os setores c) Desenvolver programas de atualização tecnológica d) Interação com outros órgãos do governo
Desenvolver inteligência sobre o setor minerometalúrgico
• Desenvolvimento e Atualização tecnológica: estudos, participação em congressos, seminários e mesas redondas • Participação em grupos de trabalhos formalmente instituídos • Interação com entidades civis (ASSEMG, SME, ABM, IBS, IBRAM) com foco em assuntos minerometalúrgicos • Acompanhamento diário de informações sobre o setor minerometalúrgico
P11
Incorporar regiões de baixo dinamismo no processo de
a) Conhecer as potencialidades regionais para receber
Estimular e coordenar ações para investimento nas regiões de
• Apoiar o INDI na pesquisa de oportunidades na área minerometalurgica nessas regiões;
desenvolvimento sócio-econômico
investimentos minerometalúrgicos b) Conhecer as necessidades e diretrizes do governo do Estado (PMDI)
baixo dinamismo • Apoiar o Projeto Estruturador nos itens: a) “Elaboração de estudos de modelos de negócios das cadeias produtivas” b) “Atração de empresas âncoras de novo investimentos para as regiões” c) “Desenvolvimento das cadeias de fornecedores para as empresas âncoras regionais” d) “Levantamento de oportunidades regionais de investimentos”
P12
Articular a estratégia de desenvolvimento econômico com a política de preservação ambiental
a) Ter conhecimento da política ambiental b)Ter gestores compromissados com a política ambiental e com o desenvolvimento do Estado c) Conhecer o potencial de investimento econômico das regiões comparativamente às limitações ambientais d) Buscar equilibrio entre as políticas ambiental e de desenvolvimento do setor produtivo minerometalúrgico
Participar da aplicação da política ambiental com ênfase no desenvolvimento econômico sustentável
a) Participar das Câmaras Temáticas do SISEMA b) Subsidiar as discussões com informações de potencial de desenvolvimento econômico sobre os setores estratégicos c) Participar da elaboração da avaliação ambiental estratégica (AAE) / Mineração
Não é propósito, deste trabalho, tratar com profundidade da história da siderurgia
desde os seus primórdios, mas, tão somente, registrar resumidamente o início desta
arte em Minas Gerais.
No mundo, sabe-se, segundo o IBS: História da Siderurgia – A Siderurgia no mundo
(www.ibs.org.br) – “Há cerca de 4500 anos, o ferro metálico usado pelo homem era
encontrado in natura em meteoritos recolhidos pelas tribos nômades nos desertos
da Ásia Menor”.
“Aos poucos, o ferro passou a ser usado com mais freqüência a partir do momento
em que se descobriu como extraí-lo do seu minério. A exploração regular de jazidas
começou em torno de 1500 A.C., provavelmente no Oriente Médio, de onde o metal
teria sido importado por assírios e fenícios”.
Brasil: “... em 1554, o padre jesuíta José de Anchieta relatou, em um informe ao rei
de Portugal, a existência de depósitos de prata e de minério de ferro no interior da
capitania de São Vicente (atual estado de São Paulo).
“ A primeira manufatura de ferro se instalou no Brasil após 1589 em Biraçoiaba (ou
Araçoiaba), local próximo à atual cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo
Minas Gerais: Ainda segundo o IBS: “Apenas no início do século XIX as fábricas
de ferro começaram a ganhar importância. Entre 1809 e 1814, o Intendente Câmara
instalou a Real Fábrica de Ferro do Morro do Pilar, nas proximidades do Tejuco. A
fábrica funcionou com dois pequenos fornos suecos e foi desativada em 1831”.
“Em 1810, longe dali, no sítio paulista de Araçoiaba foi oficialmente criada a Fábrica
Ipanema, da qual a coroa participava”....”No dia 1º de novembro de 1818, dia de
todos os santos, a primeira corrida de gusa em um alto-forno ocorreu em terras
brasileiras”.
“Em 1811, o engenheiro Eschwege implantou a usina Patriótica, em Congonhas do
Campo (MG), em local bem próximo aos centros mineradores de ouro. Em 1812
saiu de lá a primeira partida de ferro de qualidade industrial no país... Aos poucos, a
Patriótica foi se transformando apenas em ruínas, que até hoje estão em Congonhas
do Campo”.
De acordo com “Histórias e Lendas de Cubatão – As origens da Siderúrgica” (A
História da COSIPA):
1808 – Chegada de D. João VI ao Brasil, acompanhado de Frederico Luiz de
Varnhagem e o barão Wilhelm Von Eschwege, especialistas em siderurgia.
Nesse ano, as forjas catalãs foram instaladas no Vale do Rio Doce (MG) e instituiu-
se alvará (SIC), permitindo livre estabelecimento de fábricas e manufaturas no
Brasil.
1809 – O Intendente Manoel Ferreira da Câmara Bittencourt lança os fundamentos
da fábrica Patriótica, em Gaspar Soares (MG), hoje Congonhas do Campo (?).
1810 – Autorizada a instalação de uma fábrica de ferro em Sorocaba (SP) – a Real
Fábrica de Ferro de São João de Ipanema.
1811 – Construído o primeiro alto-forno do Brasil, em Caeté (MG), implantando as
forjas catalãs no Vale do Rio Doce.
1812 – Eschwege coloca em funcionamento a usina de ferro de propriedade da
Sociedade Patriótica, em Congonhas do Campo (MG), promovendo a primeira
corrida de gusa no País e consegue laminar aço em Itabira do Mato Dentro.
1815 – Chega ao Brasil o engenheiro francês Jean Antoine de Monlevade, fixando-
se em Caeté (MG).
Relato do Professor José Roberto Salles em “Os Primórdios da Indústria de Ferro no
Brasil – Uma atração do Turismo Histórico-Cultural em Minas Gerais” (2003, 60 p.
IGC. UFMG, BH):
O processo siderúrgico pode ser dividido em três grandes etapas: redução, aciaria e
laminação.
Redução
É a etapa de transformação do minério em ferro-gusa. O minério de ferro,
dependendo da granulometria, passa pelo processo de sinterização, onde os finos
de minério (> 0,15mm e < 10mm) são transformados em sínter, ou pelo processo de
pelotização para granulometria (menor que 0,15mm – 100mesh) quando são
transformados em pelotas. O sínter e/ou as pelotas são as matérias primas do alto-
forno, onde é produzido o ferro-gusa. Nesta operação o combustível usado pode ser
o carvão vegetal ou o carvão mineral, que primeiramente é transformado em coque.
A mistura de sínter / pelota e coque dá origem ao ferro-gusa líquido. São usados
também alguns fundentes (calcário e ou dolomita) para facilitar a retirada de escória.
Técnicas modernas de operação permitem uma produção de ferro-gusa em altos
fornos com elevada produtividade.
Aciaria
Na aciaria o gusa líquido é transformado em aço liquido e tratado para receber as
características ideais para as variadas aplicações. Várias técnicas complementares
de refino secundário e outros tratamentos (forno panela, desgaseificação, injeção de
ligas, injeção de argônio, etc.) são usados para a obtenção de um aço líquido e
adequado para o mercado altamente competitivo. Ainda nesta fase, o aço passa
pelo processo de lingotamento convencional (cada vez mais, menos usado – onde
são produzidos os lingotes) ou o lingotamento continuo que promove elevados
índices de qualidade e produtividade. É nesta etapa que são produzidos os produtos
intermediários ou semi-processados – placas ou blocos – que alimentarão as
laminações.
Laminações
Quando for o caso, os lingotes são submetidos a uma laminação primária. A
laminação primária recebe os lingotes e blocos lingotados e os transformam em
placas, blocos e tarugos. Estes produtos intermediários, assim como aqueles, com
mesma denominação, obtidos diretamente pelo lingotamento contínuo são, então,
submetidos à laminação final ou de acabamento, sendo, por conseguinte,
produzidos os aços planos (chapas grossas, bobinas a quente ou a frio, chapas finas
a quente ou a frio) e os aços longos (perfis, fios-máquinas, etc).
Linhas de Acabamento
Os produtos classificados como chapas grossas recebem, de acordo com sua
aplicação, tratamentos térmicos para lhes conferir as características adequadas.
Tratamento como: recozimento, normalização e têmpera e revenimento.
Da mesma forma, os produtos laminados a frio para atenderem às especificações
são submetidos a tratamentos de recozimento e encruamento e, por fim
galvanizados (por imersão a quente ou eletrolítico).
Fonte: ANUT
O Brasil, com uma expansão de investimentos nos últimos dois anos superior a
10%, registrou um aumento na sua capacidade de fabricar mais mercadorias, aliado
a ganhos de produtividade. Uma fração expressiva dos recursos aplicados em novos
projetos foi direcionada para o setor de mineração e metalurgia. Nesse bom
momento, a siderurgia brasileira desenvolveu um ambicioso programa de
investimentos para a expansão de sua capacidade, empregando, no período de
1994 a 2006, valores da ordem de US$18,9 bilhões, proporcionando uma
capacidade atual instalada para a produção de 37,1 Mt de aço e tendo como foco a
modernização das usinas conforme dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia – IBS.
E no período de 2007 a 2012, investimentos da ordem de US$ 17,2 bilhões,
objetivando o aumento de capacidade de produção de aço de 15,1 Mt. Portanto,
num período de 19 anos, com investimentos de US$ 36,1 bilhões previa-se uma
capacidade total de produção de aço de 52,2 Mt. Este ritmo de crescimento
planejado teve como espelho a perspectiva de crescimento econômico do país e
acompanhando a evolução da siderurgia mundial puxada pelo espetacular programa
de investimentos gerais na China, principalmente a partir de 2003.
Contudo, a crise financeira internacional surgida no último trimestre de 2008 fez com
que as empresas siderúrgicas revissem estes planos de investimentos e
desenvolvessem um novo cronograma de obras, com ampliação de prazos de
realização.
O aço é um fator básico no processo de desenvolvimento de um país, estando
estreitamente ligado ao seu crescimento. E o consumo de aço per capita é indicador
de desenvolvimento dos países.
O consumo per capita de aço no Brasil mantém-se inalterado na faixa de 100
kg/hab/ano há 26 anos. Dados do Instituto Aço Brasil – ex-IBS – mostram uma
evolução desse valor para 127 kg/hab/ano em 2008.
Tabela 5.1 - EVOLUÇÃO DO CONSUMO DO AÇO PER CAPITA NO BRASIL
INDICADOR ANO
2004 2005 2006 2007 2008 CONSUMO DE AÇO PER CAPITA NO BRASIL
kg/hab/ano 112 101 111 131 127
Fonte: Instituto Aço Brasil – ex- IBS – 2009
A expectativa, antes da crise financeira internacional, era que esse número viesse a
ser ampliado para 230 quilos per capita em 2015. Mesmo assim, o nível continuaria
bem abaixo de países desenvolvidos, como Japão, Estados Unidos, Alemanha, Itália
e Espanha, onde o consumo atinge entre 400 a 700 kg/hab/ano.
Tabela 5.2 - PIB DAS MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO X CONSUMO
DE AÇO PER CAPITA
World Fonte: The Factbooks – CIA
Instituto Aço Brasil – ex-IBS
Siderurgia: Setor fundamental para reativar o crescimento de um país
Segundo CRU Steel News (08 janeiro 2008), Mr. Hajime Bada, presidente do
Conselho Administrativo da Federação de Ferro e Aço do Japão (JISF), advertiu que
embora fosse provável que a demanda de aço global permanecesse forte em 2008,
a indústria enfrentaria sérios desafios no final do ano. Entre as preocupações citadas
estavam as conseqüências globais de uma possível retração econômica nos
Estados Unidos. Viu-se, então, irromper no último trimestre de 2008, a crise
PIB US$ tri CONSUMO DE AÇO PER CAPITA kg/ hab/ano PAÍSES
2007 2008 2007 2008
Estados Unidos 14,3 14,26 373 356
China 7,8 7,9 331 329
Japão 4,3 4,3 671 647
Índia 3,2 3,3 52 49
Alemanha 2,8 2,9 558 526
Rússia 2,2 2,2 329 ____
Brasil 2 2 131 127
Itália 1,8 1,8 653 596
México 1,5 1,5 236 220
Coréia do Sul 1,3 1159 1262
financeira internacional afetando toda a cadeia minerometalúrgica e trazendo
conseqüências trágicas para o crescimento econômico do Brasil.
A reativação do crescimento econômico do Brasil vai requerer pesados
investimentos desde o setor das indústrias de base até o da ponta final dos
suprimentos. E, neste contexto, entre os processos de retomada do crescimento
econômico, figura a siderurgia.
Os gráficos e os quadros a seguir mostram a evolução do consumo aparente de
produtos siderúrgicos no Brasil de 2003 a 2008, bem como a distribuição regional e
a evolução da participação dos principais setores consumidores finais (%).
Tabela 5.3 - EVOLUÇÃO DO CONSUMO APARENTE POR SETORES CONSUMIDORES FINAIS
Unid.: 1.000 t
PRODUTOS PLANOS PRODUTOS LONGOS TOTAL
2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008
- AUTOMOTIVO 3.346 3.687 4.227 4.380 1.444 1.482 1.693 1.763 4.790 5.169 5.920 6.143
- BENS DE CAPITAL, MÁQ. E EQUIPS. (INCL. AGRÍCOLAS) 2.591 2.685 3.450 3.655 741 884 1.145 1.354 3.332 3.569 4.595 5.009
- FERROVIÁRIO 47 31 29 51 159 176 187 273 206 207 216 324
- NAVAL 76 48 126 170 17 1 4 9 93 49 130 179
- AGRÍCOLA/RODOVIÁRIO 568 568 732 727 279 351 457 543 847 919 1.189 1.270
- ELETRO-ELETRÔNICO 659 696 743 709 - 8 45 131 659 704 788 840
- MECÂNICO 1.241 1.342 1.820 1.998 286 348 452 398 1.527 1.690 2.272 2.396
- CONSTRUÇÃO CIVIL 1.540 1.662 2.042 2.334 3.239 3.865 4.570 5.685 4.779 5.527 6.612 8.019
- UTILIDADES DOMÉSTICAS E COMERCIAIS 789 791 918 943 321 387 431 481 1.110 1.178 1.349 1.424
- EMBALAGENS E RECIPIENTES 864 842 890 824 42 46 50 52 906 888 940 876
- TUBOS COM COSTURA DE PEQUENO DIÂMETRO (d<7") 930 1.080 1.482 1.395 - - - - 930 1.080 1.482 1.395
- OUTROS SETORES 108 375 381 399 857 749 781 783 965 1.124 1.162 1.182
10.168 11.122 13.390 13.930 6.644 7.413 8.670 10.118 16.812 18.535 22.060 24.048
SETORES
TOTAL
Fonte: Instituto Aço Brasil
TABELA 5.4 - CONSUMO APARENTE DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS EM 2008
Unid.: %
PRODUTOS PLANOS PRODUTOS LONGOS TOTAL
2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008
- AUTOMOTIVO 32,9% 33,1% 31,6% 31,4% 21,7% 20,0% 19,5% 17,4% 28,6% 27,9% 26,8% 25,5%
- BENS DE CAPITAL, MÁQ. E EQUIPS. (INCL. AGRÍCOLAS) 25,5% 24,1% 25,8% 26,2% 11,2% 11,9% 13,2% 13,4% 19,8% 19,2% 20,8% 20,9%
- FERROVIÁRIO 0,5% 0,3% 0,2% 0,4% 2,4% 2,4% 2,2% 2,7% 1,2% 1,1% 1,0% 1,4%
- NAVAL 0,7% 0,4% 0,9% 1,2% 0,3% - - 0,1% 0,6% 0,3% 0,6% 0,7%
- AGRÍCOLA/RODOVIÁRIO 5,6% 5,1% 5,5% 5,2% 4,2% 4,7% 5,3% 5,4% 5,0% 4,9% 5,4% 5,3%
- ELETRO-ELETRÔNICO 6,5% 6,3% 5,6% 5,1% - 0,1% 0,5% 1,3% 3,9% 3,8% 3,5% 3,5%
- MECÂNICO 12,2% 12,0% 13,6% 14,3% 4,3% 4,7% 5,2% 3,9% 9,1% 9,1% 10,3% 10,0%
- CONSTRUÇÃO CIVIL 15,1% 15,0% 15,2% 16,8% 48,8% 52,2% 52,7% 56,2% 28,4% 29,8% 30,0% 33,4%
- UTILIDADES DOMÉSTICAS E COMERCIAIS 7,8% 7,1% 6,9% 6,8% 4,8% 5,2% 5,0% 4,8% 6,6% 6,4% 6,1% 5,9%
- EMBALAGENS E RECIPIENTES 8,5% 7,6% 6,6% 5,9% 0,6% 0,6% 0,6% 0,5% 5,4% 4,8% 4,3% 3,6%
- TUBOS COM COSTURA DE PEQUENO DIÂMETRO (d<7") 9,1% 9,7% 11,1% 10,0% - - - - 5,5% 5,8% 6,7% 5,8%
- OUTROS SETORES 1,1% 3,4% 2,8% 2,9% 12,9% 10,1% 9,0% 7,7% 5,7% 6,1% 5,3% 4,9%
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%TOTAL
SETORES
Fonte: Instituto Aço Brasil Gráfico 5.1 -
EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DOSPRINCIPAIS SETORES CONSUMIDORES FINAIS (%)
Mercado Brasileiro de Aço – Análise Setorial e Regional – Edição 2009 – IBS
7,7 7,36,6 6,4 6,1 5,9
19,3 1919,8
19,2
20,8 20,9
24,1
26,827,9
26,8
25,5
30,229,3 29,8 30
33,4
28,6
28,4
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Construção Civil
Automotivo
Bens de capital, Máq. eEquips. (incl. Agrícola)
Utilidades Domésticas eComerciais
2003 2004 2005 2006 2007 2008
A Tabela, a seguir, apresenta a distribuição regional do consumo aparente de
produtos planos e produtos longos de aço ao carbono e aços ligados especiais no
Brasil.
Observa-se que a região Sudeste com uma participação de consumo de 9.632.540 t,
corresponde a 69,1% do consumo total do Brasil para aços planos; e 6.379.786 t ou
63% do consumo de aços longos.
Minas Gerais ocupa o 2º lugar, respectivamente para aços planos 1.722.528 t ou
12,4% do consumo brasileiro e 1.418.546 t ou 14,0%, ficando atrás somente de São
Paulo que apresenta o maior consumo de produtos planos e longos do Brasil.
TABELA 5.5 - DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DO CONSUMO APARENTE DE
PRODUTOS PLANOS E PRODUTOS LONGOS DE AÇOS AO CARBONO E AÇOS LIGADOS ESPECIAIS
(t)
REGIÕES / ESTADOS
PRODUTOS PLANOS
PRODUTOS LONGOS
Norte
AM/ PA/ RO/ AP/ RR/ AC/TO
128.674
0,9%
283.830
2,8%
Nordeste
724.803
5,3%
1.103.763
10,9%
Bahia Ceará
Pernambuco MA/ PI/ RN/ PB/ AL/ SE
119.135 345.021 163.455 97.192
0,9% 2,5% 1,2% 0,7%
355.400 191.759 206.965 349.639
3,5% 1,9% 2,0% 3,5%
Centro Oeste
275.617
2,0%
542.177
5,4%
Mato Grosso/ Mato Grosso
do Sul
Goiás/ Distrito Federal
127.702
147.915
0,9%
1,1%
250.695
291.482
2,5%
2,9%
Sudeste
9.632.540
69,1%
6.379.786
63,0%
Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro
São Paulo
1.722.528 379.634 659.412
6.870.966
12,4% 2,7% 4,7% 49,3%
1.418.546 352.441 730.722
3.878.077
14,0% 3,5% 7,2% 38,3%
Sul
3.168.782
22,7%
1.807.858
17,9%
Paraná
Santa Catarina Rio Grande do Sul
700.342
1.054.153 1.414.287
5,0% 7,6% 10,1%
452.356 629.691 725.811
4,5% 6,2% 7,2%
Total
13.930.416
100,0%
10.117.652
100,0%
Fonte: Instituto Aço Brasil Investimentos na siderurgia têm sido feitos pelas empresas, como já foi visto, desde
1994. Faltam agora políticas definidas para o aumento do consumo dos suprimentos
e completar os investimentos anunciados para a siderurgia. A retomada do
crescimento de todos os grandes setores consumidores como a indústria de base,
com obras em infraestrutura na construção civil, na indústria de exploração e
transporte de petróleo e derivados, passando pela indústria automotiva e bens de
consumo domésticos, está fortemente relacionada com a cadeia siderúrgica. Estes
setores, diretamente relacionados com a siderurgia, têm uma influência muito forte
sobre o emprego. E o próprio desempenho da economia é fortemente dependente
deles.
No estado de Minas Gerais tem sido apurado, para o período de 2003 a 2010,
somente para o setor de siderurgia investimentos de R$ 28.073.868,15, equivalentes
a 15,41% do total de investimentos totais para o mesmo período citado; e a geração
de empregos diretos de 24.829 ou 6,85%, considerando o total de novas ofertas,
conforme pode ser observado na Tabela 5.6 .
Tabela 5.6 - INVESTIMENTOS
Fonte: INDI
Os valores da folha de pagamento, faturamento, contribuições sociais e impostos
pagos pelas empresas siderúrgicas brasileiras, nos últimos 5 anos, são
apresentados na Tabela a seguir.
Observa-se que o setor contribui significativamente para o desenvolvimento do país,
além do número de empregos ofertados conforme já discutido.
Tabela 5.7 - INDICADORES ECONÔMICOS DA SIDERURGIA BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS
10³ RS$
2004 2005 2006 2007 2008
Folha de pagamento
3.112 3.527 3.707 4.234 4.815
Faturamento
51.507 54.662 54.356 61.464 76.863
Impostos Pagos
9.523 11.210 10.533 12.649 16.139
Contribuições Sociais
827 940 1.153 1.339 1.584
Fonte: Instituto Aço Brasil
INVESTIMENTOS TOTAIS ANUNCIADOS PARA OS SETORES: METALURGIA - MINERAÇÃO - SIDERURGIA
Investimento R$ 1.000,00 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Total geral
METALURGIA 857.677,00 3.149.366,00 927.967,00 11.500,00 45.000,00 113.500,00 5.105.010,00 MINERAÇÃO 149.596,00 9.364.540,00 3.325.136,00 4.637.620,00 3.883.000,00 6.341.816,00 27.701.708,00 SIDERURGIA 447.348,00 1.972.145,00 911.013,00 7.445.623,00 15.424.239,15 1.873.500,00 28.073.868,15 Total geral 1.454.621,00 14.486.051,00 5.164.116,00 12.094.743,00 19.352.239,15 8.328.816,00 60.880.586,15
Nº Empreg. Diretos
2003 2004 2005 2006 2007 2008 Total geral
METALURGIA 741 2.373 882 54 425 16 4.491 MINERAÇÃO 165 10.814 1.907 10.395 614 1.583 25.478 SIDERURGIA 5.270 360 1.410 1.963 15.286 540 24.829 Total geral 6.176 13.547 4.199 12.412 16.325 2.139 54.798
Nº de Projetos
2003 2004 2005 2006 2007 2008 Total geral
METALURGIA 10 12 30 2 3 3 60 MINERAÇÃO 3 12 13 4 10 5 47 SIDERURGIA 6 7 6 9 13 3 44 Total geral 19 31 49 15 26 11 151
A Tabela 5.8 registra a evolução do efetivo ligado diretamente nas usinas
siderúrgicas brasileiras. Observa-se a importância do setor na oferta de empregos.
Tabela 5.8 - EVOLUÇÃO DO EFETIVO EM ATIVIDADES DA SIDERURGIA
BRASILEIRA
ESPECIFICAÇÃO
2004
2005
2006
2007
2008
Efetivo Próprio Total
60.328
60.819
61.603
64.475
70.411
Efetivo Próprio em Exercício
56.827
57.671
57.971
61.007
67.280
Efetivo de Terceiros
29.460
37.439
49.954
57.122
48.650
Efetivo em Atividades
Siderúrgicas
86.287
95.110
107.925
118.129
115.930
Fonte: Instituto Aço Brasil
A Tabela 5.9, a seguir, mostra um sumário dos indicadores dos setores de
mineração e transformação mineral no período de 2007/ 2008, segundo o Ministério
de Minas e Energia – MME.
Exemplificando a importância da siderurgia, metalurgia e da mineração como
promotoras do desenvolvimento, as Tabelas 5.10 e 5.11 mostram, para o caso de
Minas Gerais, que entre os dez principais produtos exportados somente um (café)
não pertence à cadeia minerometalúrgica.
Tabela 5.9 - INDICADORES DOS SETORES DE MINERAÇÃO E
TRANSFORMAÇÃO MINERAL - M&TM - 2007/2008
UNIDADE 2007 2008 2008/2007(%)
FATURAMENTO TOTAL
109 US$
100,1
124,8
24,7
PIB BRASIL
109
1499
1576
5,1
PIB INDÚSTRIA
109
454,7
480,1
5,6
PIB M&TM
109
68,1
69,1
1,5
PARTICIPAÇÃO M&TM NO PIB
INDUSTRIAL
%
15,0
14,4
-
PARTICIPAÇÃO M&TM NO PIB
BRASILEIRO
%
4,5
4,4
-
INVESTIMENTOS PRIVADOS
109US$
11,97
12,91
7,8
EMPREGOS DIRETOS
103
1239
1288
4,0
EXPORTAÇÕES M&TM
109
33,2
43,8
31,7
IMPORTAÇÕES M&TM
109
17,2
29,0
68,9
SALDO COMERCIAL M&TM
109
16,1
17,1
6,41
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
109
160,6
197,9
23,2
IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS
109
120,6
173,2
43,6
SALDO COMERCIAL
BRASILEIRO
109
40,0
24,7
(38,3)
PARTICIPAÇÃO M&TM NO
%
40,2
69,2
-
SALDO BRASILEIRO
CONSUMO ENERGÉTICO
TOTAL M&TM
2008: Indústria = 40 % Brasil = 17%
CONSUMO ELÉTRICO M&TM
2008: Indústria = 69% Brasil = 20%
Fonte: MME
Tabela 5.10 - Principais Produtos Exportados (2008)
Produtos US$ (milhões) Part. % Total Var. % 07/08
Minérios de ferro não aglomerados e seus
concentrados 6.880,1 28,1% 48,7%
Café não torrado, não descafeinado, em grão 2.981,4 12,2% 17,8% Ferro nióbio 1.506,1 6,2% 56,9% Ferro fundido bruto não ligado 1.273,1 5,2% 90,4% Ouro em barras, fios, perfis de sec. maciça,
bulhão dourado 616,2 2,5% 19,3% Pasta química madeira (celulose) 609,8 2,5% 10,0% Automóveis c/motor explosão, 1500<cm3<=3000 500,1 2,0% 29,9% Billets de ferro/aço 459,2 1,9% 51,8% Produtos semimanufaturados de ferro/aço, não
ligados 447,4 1,8% 287,3% Outros silícios 417,4 1,7% 42,7%
Total – dez principais produtos 15.690,8 64,2% 43,3%
Total – todos os produtos 24.444,4 100% 33,2%
Fonte: Aliceweb/ Central Exportaminas
E as principais empresas exportadoras em 2008 por Minas Gerais, todas pertencem
à cadeia minerometalúrgica, como se pode ver na Tabela 5.11.
Tabela 5.11 - Minas Gerais - Principais Empresas Exportadoras (2008)
Empresas US$ FOB
(milhões) Part. % Total Variação %
07/08 Área de atuação
Vale 6.364,5 26,04% 84,15% Mineração Companhia Brasileira de
Metalurgia e Mineração 1.613,7 6,60% 58,86% Mineração e Metalurgia
Gerdau Açominas 1.480,1 6,06% 101,29% Metalúrgica Siderúrgica Fiat Automóveis 1.023,9 4,19% -7,03% Automobilístico Mercedes-Benz do Brasil 764,0 3,13% 182,24% Automobilístico Cenibra 609,8 2,49% 9,97% Papel e celulose Usiminas 450,9 1,84% -1,69% Metalúrgica Siderúrgica Acesita 385,7 1,58% -29,74% Metalúrgica Siderúrgica ArcelorMittal Brasil 378,7 1,55% 10,35% Metalúrgica Siderúrgica Nacional Minérios 305,4 1,25% 116,43 Mineração
Fonte: Aliceweb/ Central Exportaminas
A Tabela 5.12 mostra o PIB da mineração e da metalurgia, em relação ao do Brasil.
Tabela 5.12 – PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) DA MINERAÇÃO, E
METALURGIA DO BRASIL
2007 2008
PIB 109 US$ % 109 US$ %
BRASIL
1.499,0
-
1576,0
-
MINERAÇÃO
16,2
1,08
16,5
1,05
METALURGIA
41,0
2,74
41,0
2,60
As Tabelas de 5.13 a 5.15 mostram a geração e o consumo de energia .
Tabela 5.13 - GERAÇÕES E CONSUMO DE ENEGIA ELÉTRICA DA
SIDERURGIA BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS (Mwh)
2004 2005 2006 2007 2008
Geração
Própria
3.828.777
4.526.203
4.193.129
6.364.331
7.697.519
Suprimento
Externo
11.685.723
11.461.549
11.175.514
12.357.766
9.400.931
Consumo
15.393.751
15.808.397
14.931.695
17.136.010
16.592.152
Fonte: Instituto Aço Brasil Tabela 5.14 - CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
2007 2008
% TWh % TWh
BRASIL
100
411,9
100
428,7
MINERAÇÃO
2,58
10,6
2,72
11,6
METALURGIA
15,74
64,8
15,4
66,0
INDÚSTRIA
50,6
208,7
68,7
216,1
Tabela 5.15 - CAPACIDADE INSTALADA E GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
MINAS GERAIS E BRASIL - 2007
CAPACIDADE INSTALADA (MW)
BRASIL 100.449
MINAS GERAIS 12.320 12,3%
GERAÇÃO BRUTA (GWh)
BRASIL 446.600
MINAS GERAIS 62.929 14,1%
Fonte: Fundação João Pinheiro
Segundo dados do “World Steel Association” (janeiro, 2009) a produção mundial de
aço bruto alcançou um total de 1.329,7 Mt em 2008, conforme tabela 5.1.1. Este
valor representa uma queda de 1,2%, comparado com a produção de 2007 (1.344,1
Mt). Este é o segundo ano consecutivo que a produção mundial de aço atinge
valores acima de 1.300 Mt.
Como consequência da crise financeira global ocorrida no último trimestre de 2008,
a produção mundial de aço registrou uma queda na maioria dos países produtores e
em regiões como Estados Unidos, América do Norte, América do Sul e comunidades
dos Estados Independentes (CIS – principalmente, Rússia e Ucrânia).
Tabela 5.1.1 - PRODUÇÃO MUNDIAL DE AÇO BRUTO (Mt)
ANO 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2007/2008
%
Mt 789 845 850 904 969 1.067 1.132 1.240 1.344 1.329 (1,2)
Fonte: World Steel Association
A Tabela 5.1.2 apresenta a variação da produção mundial de aço desde 1970 até
2008.
Tabela 5.1.2 – VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE AÇO
DESDE 1970 ATÉ 2008
ANO MT Variação por ano %
1970 595 1,6
1975 644 2,2
1980 717 0,1
1985 719 1,4
1990 770 (-0,5)
1995 752
1996 752
1997 779
1998 777
1995/2000
2,4
1999 789
2000 848
2001 850
2002 904
2003 970
2004 1069
2005 1147
2000/2005
6,2
2006 1251
2007 1344
2005/2007
8,3
2008 1329 2007/2008
(-1,2)
Fonte: World Steel Association
A tabela 5.1.3 mostra a evolução da produção de aço, de 2001 a 2008,
considerando os 10 principais países produtores.
Tabela 5.1.3 – PRODUÇÃO DE AÇO DOS PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES
(Milhões de Toneladas – Mt)
Variação
Nº PAÍSES 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 % 2008/2007
1 China 150,9 182,2 222,4 280,5 355,8 422,7 489,2 502,0 2,6
2 Japão 102,9 107,7 110,5 112,7 112,5 116,2 120,2 118,7 - 1,2
3 Estados Unidos 90,1 91,6 93,7 99,7 94,9 98,6 98,2 91,5 - 6,2
4 Rússia 59,0 59,8 61,5 65,6 66,1 70,8 72,4 68,5 - 5,4
5 Índia 27,3 28,8 31,8 32,6 45,8 49,5 53,1 55,1 3,7
6 Coréia do Sul 43,9 45,4 46,3 47,5 47,8 48,5 51,5 53,5 3,8
7 Alemanha 44,8 45,0 44,8 46,4 44,5 47,2 48,6 45,8 - 5,6
8 Ucrânia 33,1 34,1 36,9 38,7 38,6 40,9 42,8 37,1 - 13,4
9 Brasil 26,7 29,6 31,1 32,9 31,6 30,9 33,8 33,7 - 0,2
10 Itália 26,5 26,1 27,1 28,6 29,3 31,6 31,5 30,5 - 3,4
Fonte: World Steel Association – janeiro 2009
Observa-se que, com exceção de China, Índia e Coréia do Sul que apresentaram
uma variação positiva de produção, os demais tiveram perda de produção,
considerando 2007 e 2008. O Brasil, com uma queda de – 0,2%, praticamente
manteve a sua produção em 2008 relativa a 2007. E a Ucrânia apresentando a
maior queda (-13,6%).
Considerando por região, Tabela 5.1.4, a Ásia produziu 770 Mt de aço bruto em
2008, valor este que corresponde a 58% da produção mundial e um aumento de
1,9% em relação à sua produção de 2007. E a China, o maior produtor de aço do
mundo, tornou-se o primeiro país a ultrapassar a produção anual de 500 Mt.
A América do Norte apresentou uma variação negativa de 5,5% e o bloco CIS, de
-8,1%.
A região formada pelos quatro países emergentes conhecida pela sigla BRIC (Brasil,
Rússia, Índia e China), foi responsável por quase metade da produção mundial de
aço em 2008, alcançando 48,2% equivalente a 659,3 milhões de toneladas contra
45,9%, ou 648,5 milhões de toneladas em 2007, conforme a World Steel
Association.
Tabela 5.1.4 – EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO POR REGIÃO
Período de 2000 a 2008 (Mt)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
África
variação
13,8
14,9
8,0%
15,8
6,0%
16,3
3,2%
16,7
2,5%
17,9
7,2%
18,6
3,9%
18,4
-1,2%
17,0
-7,5%
América do Sul
variação
56,1 51,9
-7,5%
56,2
8,4%
59,6
6,0%
64,0
7,3%
62,9
-1,7%
62,9
0,0%
48,3
-23,2%
47,6
-1,4%
América do Norte
variação
98,5 99,7
1,2%
101,2%
1,5%
106,5
5,2%
113,4
6,5%
113,2%
-0,2%
119,7
5,7%
132,7
10,8%
125,4
-5,5%
Ásia
variação
331,9 353,9
6,6%
394,9
11,6%
442,4
12,0%
510,0
15,3%
593,4
16,4%
669,7
12,9%
739,0
10,3%
749,5
1,4%
CIS
variação
98,5 99,7
1,2%
101,2
1,5%
106,5
5,2%%
113,4
6,5%
113,2
-0,2%
119,7
5,7%
123,9
3,5%
114,0
-,8%
Europa (18 países)
variação
210,4 205,1
-2,5%
207,6
1,2%
213,8
3,0%
226,3
5,8%
220,4
--2,6%
234,8
6,5%
209,6
-10,7%
198,5
-5,3%
Oceania
variação
7,8 7,9
1,3%
8,3
5,1%
8,4
1,2%
8,3
-1,2%
8,6
3,6%
8,7
1,2%
8,8
1,0%
8,4
-4,1%
Oriente Médio
variação
10,8 11,7
8,3%
12,5
6,8%
13,4
7,2%
14,2
6,0%
15,2
7,0%
15,4
1,3%
15,8
2,9%
16,0
1,2%
Fonte: WSA/ILAFA/IBS
E, considerando somente os países do bloco BRIC, o gráfico 5.1.1, a seguir mostra
a evolução da produção de aço, de 2001 a 2008.
Produção de Aço no Mundo Fonte: The World Steel Association – janeiro de 2009 Gráfico 5.1.1 -
150,9
59,0
27,3
26,7
182,2
59,8
28,8
29,6
222,4
61,5
31,8
31,1
280,5
65,6
32,6
32,9
355,8
66,1
45,8
31,6
422,7
70,8
49,5
30,9
489,2
72,4
53,1
33,8
502,0
68,5
55,1
33,7
0
100
200
300
400
500
600
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
China Rússia Índia Brasil
Produção de aço mundial - em milhões de toneladas
Nos últimos anos, tem-se observado, assim como no setor de mineração, também
no setor siderúrgico, uma grande associação de empresas, permitindo a criação de
fortes grupos produtores de aço no mundo. Dois exemplos de destaque foram a
fusão dos produtores Arcelor (Luxemburgo) com a Mittal (Índia), constituindo a
ArcelorMittal, com várias usinas siderúrgicas, e tornando-se o maior produtor de aço
no mundo, com uma produção acumulada de 109,7 Mt, em 2005. E, outro, a fusão
entre as siderúrgicas indiana Tata Steel e a anglo-holandesa Corus, permitindo a
criação do grupo colocado em sexto lugar mundial com uma produção acumulada de
quase 23 milhões de toneladas em 2005.
A lista dos dez gigantes mundiais do setor, em função de sua produção, em milhões
e toneladas de aço bruto (MT), em 2005, segundo a AFP (janeiro 2007), é:
Fonte: AFP
FATOS RELEVANTES SOBRE A SIDERURGIA MUNDIAL
A Siderurgia Mundial apresentou nos últimos anos resultados surpreendentes,
atingindo em 2007 e 2008, uma produção de aço bruto superior a 1.300 Mt. Até
meados do ano de 2008, em todos os países a produção mostrou-se quase
crescente, constituindo um dos mais longos períodos de demanda e de alta de
preços de seus produtos. Neste período, observou-se, também, uma subida
2006 2007
ArcelorMittal 117 1) 116,4
Nippon Steel 34,7 2) 35,7
JFE 32 3) 34
Posco 30,1 4) 31,1
Baosteel 22,5 5) 28,6
Tata Steel 6,4 6) 26,5
Anshan-Benxi 22,5 7) 23,6
Shagang 14,6 8) 22,9
Tangshan 19,1 9) 22,8
US Steel 21,2 10) 21,5
Wuhan 15,1 20,2
Nucor 20,3 20
Gerdau Group 15,6 18,6
Riva 18,2 17,9
vertiginosa dos preços das matérias primas, provocando sem precedentes uma
procura das empresas siderúrgicas por ativos minerários, principalmente, minérios
de ferro. Assim é que várias dessas empresas investiram e adquiriram minas de
ferro.
Este fenômeno de desenvolvimento da siderurgia mundial foi provocado pela China
que, impulsionada pelo forte crescimento de sua economia a partir de 2003, atingiu
uma produção de aço bruto superior a 500 Mt, em 2008.
Contudo, a crise financeira internacional, irrompida no último trimestre de 2008,
interrompeu acentuadamente a curva ascendente do desenvolvimento da siderurgia
mundial, provocando uma queda de 1,2% na produção total de aço, comparando os
anos de 2008 e 2007. Com o agravamento da crise, a partir do último trimestre de
2008, as siderúrgicas foram obrigadas a reduzir fortemente a produção por conta da
queda da demanda mundial. Assim é que várias ações foram tomadas como
adiamento de planos de investimentos, paralisação de linhas de produção,
antecipando manutenções futuras, o expediente de colocar os funcionários em férias
coletivas e até mesmo provocando demissões. Esta é uma situação que envolve
também a construção civil e a fabricação de veículos automotores, dois setores
diretamente ligados à siderurgia.
De todos os países produtores de aço afetados pela crise financeira internacional, a
China é o que terá vantagens adicionais com a recessão. As maiores siderúrgicas
chinesas receberão crédito dos bancos, após o corte nos juros e a promessa do
governo de US$ 584 bilhões em investimentos, segundo a Associação de
Mineradoras do País.
O cenário mundial tenderá a mudar com a queda nos preços do minério de ferro e
do coque metalúrgico e o fim da fase mais dramática de correção de estoques, tanto
de matérias primas quanto de aço.
A Siderurgia Brasileira é formada por 8 grupos que compõem 32 usinas cujas
localizações estão mostradas no mapa a seguir. Observa-se uma forte concentração
dessas usinas no sudeste brasileiro, particularmente o estado de Minas Gerais,
devido às proximidades com as matérias-primas e o mercado consumidor. Nesta
região, a produção de aço bruto correspondeu a 93,9%, enquanto que a região Sul
foi de 3,7% e o Nordeste com 2,4%, segundo o Instituto Aço Brasil - IABr (ex-IBS).
Ainda segundo o IABr, a produção de aço no Brasil em 2008 corresponde a 33,7 Mt,
ficando – 0,2% em relação a 2007 que foi de 33,8 Mt. As empresas siderúrgicas
responsáveis por esta produção, bem como o volume produzido no período de 2003
a 2008 são apresentadas na Tabela 5.2.1.
CEARÁGerdau - Cearense
PERNAMBUCOGerdau - Açonorte
BAHIAGerdau - Usiba
RIO DE JANEIROCSA - RioCSN - Volta RedondaGerdau - Aços Especiais - Rio Gerdau - CosiguaVotorantim Siderurgia - Barra Mansa
SÃO PAULOArcelorMittal - PiracicabaCosipa (Usiminas) - CubatãoGerdau - Água Funda Gerdau - Mogi das CruzesGerdau - PindamonhangabaVillares MetalsPARANÁ
Gerdau - Guaíra
RIO GRANDE DO SULGerdau - PiratiniGerdau - Riograndense
MINAS GERAISArcelorMittal - Contagem ArcelorMittal - ItaúnaArcelorMittal - Juiz de ForaArcelorMittal - MonlevadeArcelorMittal - SabaráArcelorMittal Inox - Timóteo Cisam / Ciafal - Pará de Minas / DivinópolisGerdau - Barão de CocaisGerdau - DivinópolisGerdau Açominas - Ouro BrancoUsiminas - IpatingaV&M do Brasil - Belo Horizonte
ESPÍRITO SANTOArcelorMittal - Grande VitóriaArcelorMittal - Tubarão
Fonte: IBS
Usinas Siderúrgicas no BrasilParque Existente
SANTA CATARINAArcelorMittal - Vega
Fonte: Instituto Aço Brasil
Tabela 5.2.1 – PRODUÇÃO BRASILEIRA DE AÇO BRUTO POR EMPRESA (10³ t)
EMPRESA ESTADO CAPACIDADE INSTALADA
2003 2004 2005 2006 2007 2008
Aços Villares S.A. * SP 995 - - - - - - ArcelorMittal Aços Longos ** - 3.900 2.889 3.250 3.272 3.569 3.739 3.502 ArcelorMittal Inox Brasil S.A. MG 922 749 835 753 810 797 770 ArcelorMittal Tubarão *** ES 7.800 4.812 4.958 4.850 5.136 5.692 6.177 Companhia Siderúrgica Nacional - CSN RJ 5.750 5.318 5.518 5.201 3.499 5.323 4.985 Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA SP 4.635 - - - - -
-
Gerdau Açominas S.A. MG 4.500 Gerdau Aços Longos S.A. **** - 5.657 Gerdau Aços Especiais S.A. RS 390
7.637
8.100
7.569
7.698
8.111
8.704
Siderúrgica Barra Mansa Votorantim Sid. S.A. RJ 723 421 564 579 638 624 712 Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. USIMINAS MG 4.800 8.621 8.951 8.661 8.770 8.675 8.022 V&M do Brasil S.A. MG 685 561 611 592 659 686 655 Villares Metals S.A. SP 150 113 122 133 122 135 143 31.147 32.909 31.610 30.901 33.782 33.712
Fonte: Instituto Aço Brasil * Compreende as usinas de Pindamonhangaba (SP) e Mogi das Cruzes (SP) – GERDAU ** Compreende as usinas de João Monlevade (MG), Grande Vitória (ES), Piracicaba (SP), Juiz de Fora (MG) e Itaúna (MG) *** Compreende a usina de ArcelorMittal Veja (SC) **** Compreende as usinas de Açonorte (PE), Água Funda (SP), Barão de Cocais (MG), Cearense (CE), Cosigua (RJ), Divinópolis (MG), Guairá (PR), Rio Grandense (RS), São Paulo (SP) e Usiba (BA).
1) A produção da Gerdau abrange também a Aços Villares 2) A produção da Usiminas abrange também a da COSIPA.
Em Setembro de 2008 irrompeu uma crise financeira internacional, começada nos
Estados Unidos no setor de construção civil, com reflexos negativos no sistema
bancário, acarretando falência de grandes bancos e pondo em risco todo o sistema
de crédito internacional. Esta crise atingiu toda a cadeia minerometalúrgica do
mundo inteiro, provocando, como visto no capítulo anterior, uma queda na produção
de aço na maioria dos países.
O Brasil também foi afetado, diminuindo o ritmo de crescimento da sua siderurgia,
embora o resultado final anual tenha permanecido praticamente igual ao de 2007.
A Tabela 5.2.2 mostra o desempenho operacional da siderurgia brasileira em 2008,
com destaque para as produções de outubro – novembro – dezembro,
comparativamente para 2007 e 2008.
Tabela 5.2.2 - DESEMPENHO OPERACIONAL DA SIDERURGIA
BRASILEIRA EM 2008
Fonte: Instituto Aço Brasil
Os principais grupos que formam a siderurgia brasileira são:
• ArcelorMittal
• Companhia Siderúrgica Nacional – CSN
• Grupo Gerdau
• Sistema Usiminas – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais
• Vallourec & Mannesmann
• Villares Metals
• Votorantim Siderurgia
• Cisam / Ciapal
Constituem cada grupo:
• ARCELORMITTAL
� SIDERURGIA
- ArcelorMittal Aços Longos: Usinas de João Monlevade (ex-Belgo
Mineira) (MG), Juiz de Fora (MG), Itaúna (MG), Cariacica (ES),
Piracicaba (SP); ArcelorMittal Tubarão (ES), ArcelorMittal Veja (SC);
ArcelorMittal Inox Brasil (MG); ArcelorMittal Usinas de Contagem,
Sabará e Vespasiano (MG) e Osasco e Hortolândia (SP), Manchester
Tubos e Perfilados (MG).
� MINERAÇÃO
Além da Mina de Andrade, hoje explorada pela Vale, a ArcelorMittal
adquiriu recentemente a London Mining Brasil (ex- Itatiaiuçu) (MG),
Mineração Pirâmide Participações (Corumbá – MS) e áreas de pesquisa
no Nordeste da Bahia, quase divisa com Pernambuco.
• COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL – CSN
� SIDERURGIA
- Usina de Volta Redonda (RJ); Galvasud S.A. (RJ); Lusosider Aços
Planos (Portugal)
� MINERAÇÃO
- Mina de Casa de Pedra (MG); Namisa (MG) e Mineração Arcos (MG)
• GRUPO GERDAU
� SIDERURGIA
Açominas (MG), Barão de Cocais (MG), Divinópolis (MG), Usiba (BA),
Cearense (CE), Açonorte (RE), Guairá (PR), Aços Especiais Piratini (RS),
Riograndense (RS), Cosigua (RJ), Villares – Mogi das Cruzes (SP).
No exterior:
Sipar (ex Acindar) (ARG), Aza (CHI), Cleary Holdings (COL), Sidelpa
(COL), Aceros Corsa (Mex), Siderúrgica Tultitlán (MEX), Siderperu
(PERU), INCA (Rep. Dominicana), Laisa (URU), Zuliana (VEN),
Ameristeel (USA), Chaparral (USA), Enco (USA), Quanex Corporation
Macsteel (USA), Sheffield Steel (USA), Valley Placers (USA), GSB (ESP),
Trefusa (ESP), SJK (Índia), Sidernor (ESP), Diaco (COL) e Corporación
Centroamericana Del Acero (América Central).
� MINERAÇÃO
Minas de Miguel Burnier (Ouro Preto), Várzea do Lopes (Itabirito), Gongo
Soco (Barão de Cocais), Dom Bosco (Ouro Branco).
• SISTEMA USIMINAS
� SIDERURGIA
Usina de Ipatinga (MG), Unigal (MG), Usiroll (MG), Usiparts (MG),
Usiminas Mecânica (MG), Cosipa (SP).
No exterior:
Ternium (Argentina e México).
� MINERAÇÃO
Minas: Central (Itatiaiuçu) – MG, Oeste (Itatiaiuçu) – MG e Leste (Mateus
Leme) – MG
• VALLOUREC & MANNESMANN
� SIDERURGIA
V&M do Brasil (MG) e VSB (MG) – em construção em Jeceaba
� MINERAÇÃO
Mina de Pau Branco (Brumadinho) - MG
� FLORESTAL
V&M Florestal
• VOTORANTIM SIDERURGIA
� SIDERURGIA
Usina de Barra Mansa (RJ), Usina de Resende (RJ)
No exterior:
Acer Barg (ARG), Acerias Paz Del Rio (COL).
• VILLARES METALS
� SIDERURGIA
Villares Metals (SP)
• CISAM / CISAL
� SIDERURGIA
Unidade de Pará de Minas (MG)
Unidade de Divinópolis (MG)
As Tabelas 5.2.3 e 5.2.4 mostram a produção brasileira de aço por Estado,
evidenciando a variação dessa produção ano a ano, bem como a posição de cada
Estado no contexto do Brasil.
E a Tabela 5.2.5 mostra a produção de aço bruto da América Latina.
Tabela 5.2.3 – PRODUÇÃO BRASILEIRA DE AÇO POR ESTADO
10³ t
Fonte: Instituto Aço Brasil
ESTADO
2004
2005
% 2005/ 2004
2006
% 2006/ 2005
2007
% 2007/ 2006
2008
% 2008/ 2007
MINAS GERAIS 12.186 11.755 - 3,5 11.918 1,4 11.914 - 11.990 0,6
RIO DE JANEIRO 7.398 6.834 - 7,6 5.091 - 25,5 6.890 35,3 6.619 -3,9
SÃO PAULO 5.413 5.691 5,1 6.234 9,5 6.712 7,7 6.302 -6,1
ESPIRITO SANTO 5.715 5.298 - 7,3 5.648 6,6 6.219 10,1 6.690 7,6
RIO GRANDE DO SUL 761 777 2,1 785 0,6 815 3,8 806 -1,1
PARANÁ 537 494 - 8,0 372 - 3,8 418 12,4 454 8,6
BAHIA 530 403 - 24,0 475 - 7,7 389 - 18,1 415 6,7
PERNAMBUCO 227 218 - 4,0 252 15,6 258 2,4 238 -7,8
CEARÁ 142 140 - 1,4 126 - 10,0 167 2,5 160 -4,2
PARÁ - - - - - - - 42 -
BRASIL 32.909 31.610 - 3,9 30.901 - 2,2 33.782 9,3 33.716 -0,2
Tabela 5.2.4 – VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE AÇO POR ESTADO E CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO BRASILEIRA 10³t
Fonte: Instituto Aço Brasil
ESTADO
2004
PO
SIÇ
ÃO
2005
PO
SIÇ
ÃO
2006
PO
SIÇ
ÃO
2007
PO
SIÇ
ÃO
2008
PO
SIÇ
ÃO
MINAS GERAIS 12.186 1º 37%
11.755 1º 37,2%
11.918 1º 38,6%
11.914 1º 35,3%
11.990,9 1º 35,6%
RIO DE JANEIRO 7.398 2º 22,5%
6.834 2º 21,6%
5.091 2º 16,5%
6.890 2º 20,4%
6.619 3 º 19,6%
SÃO PAULO 5.413 4º 16,5%
5.691 3º 18,0%
6.234 3º 20,2%
6.712 3º 19,9%
6.302 4 º 18,7%
ESPIRITO SANTO 5.715 3º 17,4%
5.298 4º 16,8%
5.648 4º 18,6%
6.219 4º 18,4%
6.690 2 º 19,8%
RIO GRANDE DO SUL 761 5º 2,3%
777 5º 2,4%
785 5º 2,5%
815 5º 2,4%
806 5 º 2,4%
PARANÁ 537 6º 1,6%
494 6º 1,6%
372 7º 1,2%
418 6º 1,2%
454 6 º 1,3%
BAHIA 530 7º 1,6%
403 7º 1,3%
475 6º 1,5%
389 7º 1,1%
415 7 º 1,2%
PERNAMBUCO 227 8º 0,7%
218 8º 0,6%
252 8º 0,8%
258 8º 0,8%
238 8 º 0,7%
CEARÁ 142 9º 0,04
140 9º 0,4%
126 9º 0,4%
167 9º 0,5%
160 9 º 0,4%
BRASIL 32.909 -
31.610 -
30.901 -
33.782 -
33.712 -
Tabela 5.2.5 – PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO DA AMÉRICA LATINA
10³ t PAÍSES 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2008
% BRASIL 31.147 32.909 31.610 30.901 33.782 33.712 51,3 MÉXICO 15.178 16.730 16.195 16.313 17.563 17.230 26,2 ARGENTINA 5.043 5.133 5.380 5.533 5.387 5.543 8,4 VENEZUELA 3.930 4.561 4.907 4.864 5.005 4.224 6,4 CHILE 1.377 1.579 1.540 1.627 1.679 1.523 2,3 COLÔMBIA 669 806 1.007 1.211 1.245 1.053 1,6 PERU 669 726 790 901 881 1.110 1,7 TRINDAD e TOBAGO 903 815 712 672 695 489 0,7 AMÉRICA CENTRAL 283 292 255 364 422 321 0,5 CUBA 210 193 245 257 268 279 0,4 PARAGUAI 91 116 101 103 95 83 0,1 EQUADOR 80 72 82 86 87 128 0,2 URUGUAI 41 58 64 57 71 85 0,1 TOTAL 59.621 63.990 62.888 62.889 67.180 65.780 100,0
Fonte: Instituto Aço Brasil
INVESTIMENTOS EM MINÉRIO DE FERRO
A Siderurgia Brasileira integrada consumiu em 2007 cerca de 45 milhões de
toneladas de minério de ferro. Outros 15 milhões de toneladas foram consumidas
pela indústria de ferro gusa. Destes montantes (60 milhões de toneladas),
aproximadamente 30% foram fornecidos por algumas das empresas siderúrgicas
que possuem a sua própria mina. O caso mais notável é a Companhia Siderúrgica
Nacional - CSN – que nos últimos anos tem consumido em torno de 8 milhões de
toneladas de suas próprias minas.
Os outros 70% consumidos (ou 42 milhões de toneladas) foram provenientes de
compras de terceiros, principalmente a Vale, que é a principal fornecedora do
mercado interno. A alta acumulada de maio de 380% no preço do minério de
terceiros fez com que as empresas siderúrgicas nacionais desenvolvessem, a
exemplo de siderúrgicas estrangeiras, uma acirrada corrida, buscando a aquisição
desse ativo minerário.
Este interesse das siderúrgicas pelas minas de ferro tem como objetivo situar-se em
uma posição menos dependente das oscilações de preços do minério de ferro,
aumentar as margens de lucros e, até mesmo, buscar a possibilidade de entrar no
lucrativo negócio de sua comercialização. Até o inicio da crise financeira global, final
de setembro de 2008, vários grupos internacionais procuravam no Brasil por minas
de minério de ferro. A ArcelorMittal que já possuía a mina de Andrade, porém
arrendada para a Vale, adquiriu as minas brasileiras da mineradora London Mining
(US$ 810 milhões), que havia, em 2007 incorporado a mina de Itatiaiuçu , na região
de Serra Azul (MG) e em MS e BA. Também nesta época o Grupo Gerdau passou a
ter as minas de Miguel Burnier (Ouro Preto), Várzea do Lopes (Itabirito), Gongo
Soco (Barão de Cocais) e Dom Bosco (Ouro Branco), investindo US$ 90 milhões.
Recentemente, o Grupo Gerdau entrou com um pedido junto ao Departamento de
Produção Mineral (DNPM) da Bahia para pesquisar uma ocorrência do mineral na
região de Jussiape a 760 Km de Salvador. A empresa compra hoje 70% do minério
que consome e a meta, até 2010, é que 80% do consumo saiam das reservas
próprias. A demanda da empresa está projetada para 9,4 milhões de toneladas por
ano e suas reservas em Minas Gerais estão estimadas em 1,8 bihão de toneladas. A
Usiminas incorporou, na região de Serra Azul – MG, as minas da J. Mendes,
Somisa, Global Mineração e Pau de Vinho, investindo cerca de US$ 1,8 bilhão.
A Companhia Siderúrgica Nacional – CSN foi a pioneira entre as siderúrgicas
brasileiras a manter uma mina de ferro, a Casa de Pedra, em Minas Gerais. Em
2007, a CSN adquiriu a Companhia de Fomento Mineral e Participações – CFM, e
em 2008 foi constituída a Nacional Minérios S/A – NAMISA, empresa do Grupo CSN.
Em outubro de 2008, a CSN vendeu 40% do capital da Namisa para a “holding” Big
Jump Energy Participações, empresa que tem no seu comando siderúrgicas
japonesas e coreanas.
A tabela 5.2.6 apresenta, para os anos de 2007 e 2008, a produção siderúrgica e
respectivo suprimento de minério de ferro das usinas integradas brasileiras.
Tabela 5.2.6 – PRODUÇÃO SIDERÚRGICA E SUPRIMENTO DE MINÉRIO DE FERRO PARA AS USINAS INTEGRADAS RELATIVOS A 2007 E 2008
EMPRESAS
Produção de Aço
Bruto (t) 2007
Consumo de
Minério (t) 2007
Produção Própria de Minério de
Ferro (t) 2007
Suprimento Próprio
%
Produção de Aço
Bruto (t) 2008
Consumo de Minério
(t) 2008
Produção Própria de Minério de
Ferro (t) 2008
Suprimento Próprio
% 2008
ArcelorMittal 10.749,0
16.123,5 2.500,0 15,5 10.449,0 15.673,5 -
-
Usiminas / Cosipa
8.675,0 12.166,5 - - 8.022,0 12.033,0 3.813,0 31,7
Gerdau 7.300,0
10.950,0
2.700,0 24,6 - 13.066,5 1.800,0 1,4
CSN 5.323,0
7.984,0 8.000,0 100 4.985,0 7.477,5 17 + Namisa
100,0
V&M do Brasil
686,0
1.027,5 1.000,0 100 655,0 982,5 - -
Calculado para 1t/aço → 1,5 t de minério de ferro.
O sucesso dessas aquisições será avaliado no futuro, pois com a crise financeira
global, as siderúrgicas do mundo todo cortaram a produção em até 30% e passou a
haver uma grande probabilidade de queda de preços do minério. Os valores de
venda podem ser considerados elevados, uma vez que estes negócios estão
concentrados na região de Serra Azul, onde a qualidade do minério é de baixo teor
de ferro e que apresenta conhecidas dificuldades no transporte de matéria prima até
os portos.
Contudo, mesmo com uma tendência geral de variação do preço do minério de ferro
nos próximos anos, ainda que uma queda, “as siderúrgicas que não tiveram auto-
suficiência nas principais matérias primas poderão enfrentar compreensão das
margens, com menos lucratividade na comparação anual”, afirmou Peter Archbold,
diretor do grupo European Corporates da Fitch.
Preços elevados de minério de ferro, mais o custo do transporte transoceânico,
permitirão um aumento de competitividade para a siderurgia brasileira, com reflexo
imediato e positivo para a siderurgia de Minas Gerais.
CONSOLIDAÇÃO DA SIDERURGIA BRASILEIRA
A Siderurgia Brasileira, acompanhando a tendência mundial, segue um movimento
de reestruturação e consolidação, manifestado por fusões e aquisições de grandes
grupos, o que tende a formar novos conglomerados empresariais.
Este movimento começou no início dos anos 90, após as privatizações (que
começou pela Usiminas em 1991) e o primeiro grande negócio no Brasil aconteceu
com a privatização da Cosipa em 1994 e que, num segundo lance, acabou ficando
com a Usiminas. Posteriormente, a CSN participou de uma acirrada corrida, sem
êxito, para a aquisição dos ativos da siderúrgica anglo-holandesa Corus (que foi
arrematada pela indiana Tatá Steel). Hoje, a única participação da CSN e na
Lusosider Aços Planos (Portugal). Desde 2000, a CSN mantém a produção de 5,6
milhões de toneladas.
A Votorantim Siderurgia, participando desse processo, incorporou a AcerBarg
(Argentina) e a Acerias Paz Del Rio (Colômbia).
Contundo, o caso mais espetacular desta fase do processo de movimentação da
siderurgia mundial envolveu os dois maiores produtores de aço do mundo, a Arcelor
(Luxemburgo) e a Mittal (Índia), que em meados de 2006, após longo período de
insistência da Mittal, concretizaram uma fusão de US$ 33,6 bilhões. Foi criado,
então, o maior grupo siderúrgico do mundo com uma produção de aço superior a
100 milhões de toneladas ano. Esta fusão provocou, também, no Brasil, a criação do
maior grupo siderúrgico com uma produção de aço superior aos 10 milhões de
toneladas, em 2008, conforme tabela 5.2.1.
Entretanto, foi o Grupo Gerdau que, nos últimos tempos mais promoveu aquisições
no Brasil e ultrapassando as fronteiras para a América do Norte e América Latina
como pode ser visto anteriormente. No Brasil, além da Gerdau Açominas, o grupo
possui outras 10 usinas. E no exterior, somam um total de 23 usinas. Sua
capacidade instalada de aço que em 2000 era de 8 milhões de toneladas, subiu para
23,2 milhões de toneladas em 2007, ou seja, um aumento de quase 200%.
Assim, as siderúrgicas brasileiras aproveitam o momento para buscar novos
mercados consumidores, como Europa e Estados Unidos, realizando aqui a parte
quente da produção, enquanto a finalização dos produtos semimanufaturados ocorre
já bem próximo dos mercados consumidores. Esta estratégia visa a proporcionar um
possível equilíbrio operacional, porque atuando em várias partes do mundo pode-se
ter custos menores em determinado país que compensam custos maiores em
outros.
Produzir aço no Brasil é uma alternativa interessante, em razão da mão de obra
mais competitiva, a riqueza e proximidade dos principais insumos e instalações de
produções modernas. Contudo, pode pesar contra, a flutuação cambial, assim como
a elevada carga tributária e a mão de obra que já sofre ameaças com a da China e
da Índia, mais competitiva.
PROJETOS DE EXPANSÃO ANUNCIADOS PARA A SIDERURGIA BRASILEIRA
Em 8 de janeiro de 2008, a CRU Steel News informava que: “ Embora é provável
que a demanda de aço global permaneça robusta em 2008, a indústria enfrenta
desafios sérios este ano, advertiu Hajine Bada, presidente do Conselho
Administrativo da Federação de Ferro e Aço do Japão (JISF). Entre as
preocupações chaves dele estão as conseqüências globais de uma possível
retração econômica nos Estados Unidos, mais as contínuas subidas de preço do
petróleo, sucata ferrosa e outras matérias primas que, segundo ele, excedem em
valor a habilidade das usinas japonesas para cortar os custos de produção e
distribuição”.
Em 30 de janeiro de 2008, representantes das empresas siderúrgicas,
desacreditando em recessão abrupta, não pretendiam rever seus investimentos no
Brasil por causa da iminência de uma crise internacional (Valor Econômico / Diário
do Comércio). A meta era atingir a produção de 37 milhões de aço líquido em 2008 e
aumentar em 11 milhões de toneladas a capacidade produtiva até 2012. Naquele
momento, a preocupação era com a possibilidade de déficit no abastecimento do
setor elétrico.
Este otimismo, porém, desapareceu a partir do quarto trimestre de 2008, quando
irrompeu a crise financeira internacional, atingindo diretamente os setores de
mineração e siderurgia. Viu-se uma grande queda no mercado de minério de ferro e
produtos siderúrgicos, fazendo com que as metas projetadas não fossem
alcançadas. Várias medidas de emergência foram tomadas pelas empresas
siderúrgicas, como parada de fornos, antecipação de grandes manutenções,
estudos de discussão de revisão de contratos de trabalho, etc., e, além disto, os
planos de investimentos foram analisados e avaliadas revisões no cronograma de
execução das obras.
Antes da crise financeira internacional os planos de investimentos da siderurgia
brasileira eram da ordem de “US$ 57 bilhões num horizonte de 10 anos – quando a
produção alcançará 80 milhões de toneladas”.
“ Em dois meses e meio (quarto trimestre de 2008), o setor siderúrgico passou de
um cenário mundial de escassez de oferta para o outro extremo, de excesso de aço
e retração da demanda. Revisão inevitável: revisão e eventual suspensão de
investimentos do setor “. (O Estado de São Paulo – 4 de dezembro de 2008).
Segundo o Instituto Aço Brasil, os investimentos no País estavam divididos em três
grandes etapas: a primeira, de expansão do parque industrial em 18,9 milhões de
toneladas/ano, orçada em US$ 39,9 bilhões, já foi iniciada, e já teve grande parte
dos investimentos feitos. A segunda fase, de US$ 5,8 bilhões, referia-se à entrada
de novas empresas no mercado, a partir de 2010 – neste caso, está a Companhia
Siderúrgica do Atlântico (CSA) em construção. A terceira, de US$ 13 bilhões, para
ampliar em 16,5 milhões a produção de aço que estão sendo reavaliados .
Tabela 5.2.7 - PROJETOS ANUNCIADOS ANTES DA CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL DO FINAL DE 2008
19 anos
• Investimento US$ 36,1 bilhões
• Capacidade total: 52,2 Mt
2007/2012
• Investimentos US$ 17,2 bilhões
• Foco – Aumento de capacidade:15,1 Mt
Arcelor Mittal Tubarão – 2,5 Mt/ano
Grupo Gerdau – 4,0 Mt/ano
Aços Villares – 600 mt/ano
Siderúrgica Barra Mansa – 1,3 Mt/ano
Votorantim Siderurgia
CSN – 4,5 Mt/ano
USIMINAS – 2,2 Mt/ano
1994/2006
• Investimentos US$ 18,9 bilhões
• Foco – modernização das usinas
• Capacidade atual – 37, 1 Mt
PROJETOSPARQUE EXISTENTE
Siderurgia BrasileiraInvestimentos
Até 2015 - Total Investimentos: US$ 47,8 bilhõesCapacidade total : 77 Mt
Fonte – IBS 2007
NOVOS ENTRANTES PROJETOS
APÓS 2007
• Investimentos US$ 5,8 bilhões
• Capacidade Instalada: 6,8 Mt
• Subtotal da capacidade Instalada: 59,0 Mt
CSA (ThyssenKrupp + Vale) 5,0 Mt/ano
Aços Cearense 400 mt/ano
Companhia Siderúrgica do Planalto 400 mt/ano
Vallourec Sumitomo Tubos do Brasil 1,0 Mt/ano
6,8 Mt/ano
Fonte: Instituto Aço Brasil ( ex- IBS ) 2007
CSV (Baosteel + CVRD) - 5,0 Mt/ano
MMX - 500 mt/anoCSN - 4,5 Mt/anoCeará Steel - 1,5 Mt/ano
USIMINAS - 4,0 Mt/ano CSN - 3,5 Mt/ano
19,0 Mt/ano
PROJETOS
Após 2009Investimentos
US$ 8,4 bilhões.
EM ESTUDOS
DISTRIBUIDORAS DE AÇOS - CONSOLIDAÇÃO
Uma nova estratégia das siderúrgicas brasileiras, continuando o processo de
verticalização, é a aquisição de distribuidoras de aço independentes e a
incorporação de outras que até então tinham participação em seu capital. Esta é
uma estratégia que vem se consolidando, buscando um canal exclusivo de vendas
para a indústria. Assim, as siderúrgicas passam a ter um controle total sobre a
comercialização de seus produtos, refletindo em uma adequação de seu
planejamento da produção e distribuição no preço do produto comercializado.
O caso mais notável desta estratégia tem sido dado pela Usiminas. Inicialmente,
assumiu o controle das distribuidoras Fasal, Dufer e Rio Negro, nas quais já
participava com 50% do capital. Posteriormente, reforçou sua presença neste
mercado com a aquisição da distribuidora Zamprogna, a segunda maior do país.
Deste modo lançou-se em negócios na região Sul, preparando-se para uma
internacionalização .
O preço de aquisição de 100% das ações foi de R$ 160 milhões. Com sede em
Porto Alegre (RS) e linha de produção também em São Paulo, a Zamprogna é a
maior fabricante de tubos com costura do Brasil e a maior distribuidora independente
de aço do país. Com estas movimentações a Usiminas criou uma nova empresa, a
Usiminas Soluções e Serviços reunindo suas empresas de distribuição.
Também a ArcelorMittal aumentou a sua participação na distribuição com a
aquisição de ações das empresas Gonvarri e Manchester.
A CSN comercializa seus produtos pela INAL que pertence ao grupo E e Grupo
Gerdau por meio da Comercial Gerdau.
Minas Gerais atingiu em dezembro de 2008 a marca de R$ 184 bilhões em
investimentos privados e públicos anunciados para o período de 2003 a 2010, com a
geração de 337.738 novos postos de trabalho, entre diretos e indiretos. Desse total,
os setores de mineração e metalurgia representam 33,08% dos investimentos
anunciados no Estado, para implementação até 2010, somando R$ 60,88 bilhões e
gerando 14,5% ou 54.798 mil empregos diretos.
Contudo, a crise econômica internacional está fazendo com que as empresas
siderúrgicas refaçam seus planos de investimentos, postergando os prazos de
execução dos projetos anunciados.
Atualmente, o parque siderúrgico de Minas Gerais, considerando a siderurgia
integrada, compõe-se de 12 usinas administradas por 5 empresas, responsáveis
pelos investimentos acima, não só para aumentar a capacidade instalada, mas
também implementando grandes melhorias nos programas de qualidade e, assim,
importantes ganhos de produtividade.
Os grupos siderúrgicos estabelecidos em Minas Gerais: ArcelorMittal, Gerdau,
Usiminas e Vallourec & Mannesmann, que foram responsáveis por uma produção de
11,9 milhões de toneladas de aço bruto que correspondem a 35,6% do total do
parque siderúrgico brasileiro, conforme a Tabela 5.2.3, que mostra a produção
brasileira de aço por estado.
Estas empresas siderúrgicas, classificadas como indústria de transformação, situam-
se entre as 10 maiores empresas do Estado por sua receita operacional líquida,
lucro líquido, patrimônio líquido e ativos totais, exportações e importações.
• Receita Operacional Líquida
• Lucro Líquido
• Patrimônio Líquido
• Ativos Totais
• Exportações
• Importações
A Tabela 5.3.1 mostra a localização no Estado de Minas Gerais das principais
usinas siderúrgicas e seus respectivos produtos.
Tabela 5.3.1 – USINAS SIDERÚRGICAS INTEGRADAS E TREFILARIAS DE MINAS GERAIS E SEUS PRODUTOS
(Fonte: Instituto Aço Brasil)
PRODUTOS
LAMINADOS TUBOS
EMPRESA
MUNICÍPIO
GU
SA
PLA
CA
BLO
CO
a b c d e f g h i j k l
ARCELORMITTAL AÇOS LONGOS João Monlevade • • . .
ARCELORMITTAL AÇOS LONGOS Juiz de Fora • • . .
ARCELORMITTAL INOX BRASIL Timóteo • • . . . .
ARCELORMITTAL AÇOS LONGOS Sabará .
ARCELORMITTAL Contagem
ARCELORMITTAL ITAÚNA Itaúna
GERDAU AÇOMINAS S.A. Ouro Branco • • • . . . .
GERDAU AÇOS LONGOS S.A. Barão de Cocais •
GERDAU AÇOS LONGOS S.A. Divinópolis • . . .
USIMINAS Ipatinga • • . . . .
VALLOUREC & MANNESMANN Belo Horizonte • • • . . .
a – chapas grossas c – tiras e fitas e – barras e vergalhões g – folhas de flandres i – perfis pesados k – com costura
b – chapas finas d – galvanizados f – fio máquina h – perfis leves j – chapas inox e siliciosas l – sem costura
EMPRESA: ARCELORMITTAL AÇOS LONGOS (COMPANHIA SIDERÚRGICA
BELGO MINEIRA
Avenida Carandaí, 1115 – 20º ao 26º andares
30130-915 - Belo Horizonte – MG
USINA DE JOÃO MONLEVADE
Av. Getúlio Vargas, 100 – Centro Industrial
35930-900 - João Monlevade – MG
Início de Operações: 20/07/1937 (Usina Barbanson)
• Tecnologia de Produção : Sinterização – Alto-Forno – Aciaria LD
Lingotamento Contínuo – Laminação a Quente
• Principais Produtos e Aplicações:
Barras trefiladas, Perfil I (ASTM A-36), Perfil U (ASTM A-36), Barras trefiladas
planas (ASTM A-36), Barras laminadas redondas, Bobinas laminadas a
quente, Barras para construção civil laminadas a quente, Barras lisas, Barras
retas, Arame recozido, Aço de alta resistência, Fibras metálicas para concreto
e telas soldadas.
• Instalações e Equipamentos:
1 máquina de sinterização Dwight Lloyd, capacidade de 1.100.000 t/ano, 1
máquina hibrida pelotização sinterização
- Processo HPS – 3 altos-fornos: 1 de 4,65 m de diâmetro de cadinho, 214 m³,
capacidade 150.000 t/ano, 1 de 3,9m de diâmetro de cadinho, 164 m³,
capacidade 90.000 t/ano, e 1 de 6m de diâmetro de cadinho, 406 m³,
capacidade 2280.000 t/ano, 2 convertidores LD de 100 t/corrida, capacidade
instalada de 1.200.000 t/ano, Metalurgia Secundária, 1 forno panela,
capacidade 450.000 t/ano, 1 máquina de lingotamento contínuo 1.100.000
t/ano, laminação a quente, trem contínuo Morgan para 2 linhas, capacidade de
625.000 t/ano. Capacidade total de laminação a quente 1.200.000 t/ano de
arames para aplicações comerciais e industriais.
• Projeto de Expansão em Discussão:
Sinterização – Alto-Forno – Forno Panela – Lingotamento – Laminador –
aumento da capacidade dos laminadores existentes.
Após a expansão: 4.000.000 t/ano sinter, 1.500.000 t/ano de gusa; 1.500.000
t/ano de tarugos (aciaria) e 850.000 t/ano de fio máquina (laminação).
• Principais Certificações de Sistema de Gestão:
ISO 9000, BS 8800, ISO l4000
USINA DE SABARÁ
Rua da Ponte, 12
34515-190 - Sabará – MG
• Área da Usina: 129, 055 m²
• Início de Operações: 1917 / 1919 – Primeira corrida de gusa
11/12/1921 – Companhia Siderúrgica Belgo Mineira
• Tecnologia de Produção: Trefilaria orientada para a construção civil e nos
segmentos automobilísticos, de implementos agrícolas e indústria em geral.
• Capacidade Instalada:
Fase I - 97.982 t/ano atualmente
Fase II - 180.000 t/ano previstos para 2010
• Principais Produtos e Aplicações:
Telas soldadas, arames para construção civil, barras trefiladas e laminadas.
• Instalações e Equipamentos:
Nova linha de trefilação de rolos para barras, com a instalação de uma
máquina SHUMAG 908 – KZ RP ID/5 com os seguintes segmentos: estação
de abastecimento, abridor de rolos, pré-endireitador, decapadora, banco de
trefilação, equipamento de inspeção, tesoura, mesas com tubo guia, polideira
(2 rolos), mesa separadora, berço de acumulação, balança, coletor de pó
bernauer e ponte rolante.
USINA DE JUIZ DE FORA
BR 040 – km 769 – Dias Tavares
36105-000 - Juiz de Fora – MG
• Tecnologia de Produção: Sinterização – Altos-fornos a carvão vegetal –
Aciaria Elétrica- lingotamento contínuo – laminação a quente.
• Principais Produtos e Aplicações:
Produtos trefilados – capacidade 226.000 t/ano, barras e vergalhão para
construção civil, barras mecânicas, barras redondas, arames para indústria e
agricultura.
• Instalações e Equipamentos:
Nova linha de trefilação de rolos para barras, com a instalação de uma
máquina SHUMAG 907 – KZ RP ID/5 com os seguintes segmentos: estação
de abastecimento, abridor de rolos, pré-endireitador, decapadora, banco de
trefilação, equipamento de inspeção, tesoura, mesas com duo guia, polideira
(2 rolos), mesa separadora, berço de acumulação, balança, coletor de pó
bernauer e ponte rolante.
• Principais Certificações de Sistema de Gestão: BS 8800
EMPRESA : ARCELORMITTAL INOX BRASIL (ACESITA)
Avenida João Pinheiro, 580 – centro
30130-180 - Belo Horizonte – MG
USINA DE ACESITA
Praça 1º de Maio, nº 09 – Centro
30130-180 - Acesita – MG
• Início de Operações: 1949 (31/10/1944 → Cia. Itabira de Mineração)
• Tecnologia de Produção: Sinterização – Alto-forno – Aciaria LD - Aciaria
Elétrica- Lingotamento Contínuo – Laminação a Quente - Laminação a Frio.
• Instalações e Equipamentos:
Sinterização – 1 alto forno a carvão vegetal de 4,7m de diâmetro de cadinho a
coque (em projeto para coque), de 294 m³, com capacidade de 214.500 t/ano;
1 alto forno de 6,5m de diâmetro de cadinho, de 558 m³ e com capacidade de
445.000t /ano.
Aciaria ao Oxigênio: 1 convertedor LD II – Voest-Alpine, de 80 t/corrida: 1
convertedor MRPL – Demag, de 75 t/corrida. Capacidade via BOF 450.000
t/ano.
Aciaria Elétrica: 2 forno elétricos ao arco de 30 t/corrida, com uma capacidade
via EAF 360.000 t/ano. Metalurgia secundária: 2 convertedores VOD –
Standard Messo de 75t e 1 forno panela ABB de 75/corrida.
Lingotamento Contínuo: 2 máquinas Voest-Alpine / concast para placas, cada
uma de molde curvo (900 a 1600 mm x 150 a 200mm)
Voest-Alpine/ Concast (1 linha cada uma), com molde curvo, com capacidade
total de 577.500 t/ano e 1 lingotamento convencional com capacidade de
300.000 t/h, 1 laminador Steckel Davy de 87.800 t/h e capacidade instalada
de 600.000 t/ano.
Laminação a Frio - Laminadores: Sendzimir I – capacidade 60.000t/ano;
Sendzimir II – 156.000 t/ano; Sendzimir III – 6.000 t/ano;Sendzimir IV –
capacidade total de laminação a frio: 350.000 t/ano.
EMPRESA: ACESITA ENERGÉTICA LTDA. (ArcelorMitall Jequitinhonha)
Avenida João Pinheiro, 580 – Centro
30130-180 - Belo Horizonte – MG
• Área Industrial: Vale do Jequitinhonha – MG (Capelinha, Itamarandiba, Água
Boa, Santa Maria do Suaçuí e José Raidan)
EMPRESA: GERDAU AÇOMINAS
Rua dos Inconfidentes, 871 – Funcionários
30140-120 - Belo Horizonte – MG
USINA PRESIDENTE ARTHUR BERNARDES Rodovia MG 443 – km 7 – Fazenda do Cadete 36420-000 - Ouro Branco – MG
• Área da Usina: 10.000.000 m²
• Início de Operações: 1986 (Privatizada em 1977)
• Tecnologia de Produção:
Coqueria
Sinterização - HPS (Hybrid Pelletized Sinter)
Alto-Forno
Aciaria LD – Lingotamento Contínuo e Convencional – Laminação de
Placas/Blocos/ Tarugos
Laminação de Perfis Estruturais
Laminação de Fio Máquina
Laminação de Chapas Grossas (2010)
• Capacidade Instalada: 4.550.000 t/ ano
• Principais Produtos:
o Aços Longos: Placas, Blocos, Tarugos, Perfis Estruturais, Laminados
(vergalhões, perfis, barras, cantoneiras e dormentes)
o Aços Planos: Chapas grossas (em implantação)
• Principais Instalações e Equipamentos:
A AÇOMINAS foi inaugurada em julho de 1986 com uma produção de 2,4
milhões de toneladas de aço liquido por ano.
De 1997 para 2004 a produção passou para 3.000.000 t e para 2007
aumentou para 4.500.000 t/ano. A Usina conta hoje com:
2 coquerias - coqueria 1 – 1.167.000 t/ano
a coqueria 2 foi inaugurada em 2008
2 sinterizações - a de nº 2 foi inaugurada em 2007
(Processo HPS) – 4.300.000 t/ano
2 altos-fornos - em 2001 foi feita uma atualização tecnológica do alto-forno
nº 1 – 3.000.000 t/ano, enquanto que o alto-forno nº 2 foi inaugurado em
outubro de 2007 – 1.500.000 t/ano.
Aciaria - 1 estação de dessulfuração de gusa (KR); 2 convertedores LD de
220 t – 3000.000; 1 desgaseificação a vácuo, 2 fornos panela – 1.000.000
t/ano, 2 estações de argônio.
Lingotamento – lingotamento convencional – 24 carros 2.000.000 t/ano, 1
máquina de lingotamento contínuo de tarugo com 6 veios, 1 máquina de
lingotamento contínuo de blocos e “bean blanks” (agosto 2007), com 4 veios,
1 máquina de lingotamento contínuo de placas com 1 veio, a ser inaugurado
em final de 2008 – lingotamento contínuo 1.000.000 t/ano.
Laminação – laminação de perfis estruturais (2002)
- laminação de fio máquina – 550.000 t/ano (2004)
- expansão do laminador de perfis (2009)
- laminação de chapas grossas (2010)
USINA BARÃO DE COCAIS
Avenida Getúlio Vargas, 1555 – Vila Operária
35970-000 - Barão de Cocais – MG
Inaugurada em 29/01/1925
Antiga Cimetal, foi privatizada em 21/11/1988
• Capacidade instalada: 200.000 t/ano
• Tecnologia de Produção: Sinterização, Alto-forno a carvão vegetal, Aciaria
LD, Laminação.
• Principais Produtos: Ferro-gusa, tarugos, barras mecânicas redondas, barras
mecânicas quadradas, perfis leves chatos, T e U e cantoneiras.
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