Semanal de Economia e de Mercados
SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS
31 de agosto de 2020
Sumário O sentimento do mercado apresentou um comportamento positivo, após uma semana mista e outras duas semanas
positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou maioritariamente positivas em 15:
Comportamentos maioritariamente positivos entre os principais índices de ações [positivos nos EUA, mistos na
Europa (subidas na Zona Euro, mas descida no Reino Unido) e na América Latina e tendencialmente positivos na
Ásia], com o índice MSCI global a registar uma subida 2.7%, contabilizando 33 subidas nas últimas 47 semanas
(+0.3% na semana anterior), afastando-se dos níveis mínimos desde meados de 2016 observados 23 semanas
antes e ascendendo agora a níveis máximos históricos (batendo os anteriores máximos verificados no dia
12/02/2020);
yields das obrigações da dívida de referência subiram na Alemanha, tanto no curto prazo (dois anos), como no
longo prazo (10 anos) (+2 p.b. e +10 p.b., respetivamente), neste último caso para -0.409%, afastando-se dos níveis
mínimos históricos (-0.856%) observados em 9 de março, tendo, nos EUA, descido no curto prazo (-0.2 p.b., para
0.127%, representando a 2.ª ligeira descida consecutiva, após duas semanas consecutivas a aliviar do mais baixo
registo desde o início da série em 1979), mas subido no longo prazo (+9 p.b., para 0.721%), afastando-se, um pouco
mais, do mínimo da série iniciada em 1979 observado quatro semanas antes;
taxas Euribor subiram 1 p.b. nos três e nos 12 meses, aproximando-se dos máximos (de fecho de semana) desde
fevereiro de 2016 e dezembro de 2016, observados 18 semanas antes, tendo nos seis meses descido ligeiramente
(-0.3 p.b.), afastando-se dos máximos (de fecho de semana) desde abril de 2016 igualmente observado 18
semanas, ficando muito perto (-0.444%) dos níveis mínimos históricos observados em 03/09/2019 (-0.448%). No dia
20/08/2020 foi feito níveis mínimos históricos nos três meses (-0.491%), tendo nos 12 meses permanecido perto dos
mínimos históricos de 21/08/2019. Continua a observar-se um prémio de risco no mercado monetário ainda
relativamente elevado nos 12 meses (ainda superior à média do pré Grande Recessão, mas já inferior à média
desde 1999);
spreads da dívida a 10 anos dos países periféricos da Zona Euro apresentaram comportamentos
tendencialmente favoráveis, com exceção da estabilização na Irlanda e da ligeira subida do spread de Itália. Na
Grécia, o spread desceu 9 p.b., para 151 p.b., fazendo mínimos desde meados de fevereiro. Portugal evidenciou
uma descida de spread de 3 p.b., para 81 p.b., afastando-se, ligeiramente, dos níveis máximos desde meados de
fevereiro de 2019 observados 18 semanas antes, tendo praticamente igualado os mínimos desde meados de
fevereiro (i.e., antes da chegada em força da pandemia à Europa) observados duas semanas antes, diminuindo a
distância face aos mínimos desde dezembro de 2009 registados em 07/11/2019. O spread de Itália aumentou
marginalmente (+0.2 p.b.), para 145 p.b., reduzindo ligeiramente a distância face aos máximos desde junho de 2019
observados 15 semanas antes, tendo aliviado, pela 2.ª semana consecutiva, de um mínimo desde meados de
fevereiro, quando caiu para o nível mais baixo desde início de maio de 2018 (mínimo verificado nos dias 12 e 13 de
fevereiro, e também em 22/10/2019). O spread de Espanha desceu 2 p.b., para 79 p.b., praticamente igualando o
mínimo desde meados de fevereiro observado duas semanas antes, aumentando a distância face ao máximo desde
abril de 2017 verificado 18 semanas antes e diminuindo-a em relação ao mínimo desde maio de 2010 registado em
03/07/2019. Por sua vez, o spread da Irlanda estabilizou em 34 p.b., continuando afastado do máximo desde abril
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de 2017 verificado 14 semanas antes e estando praticamente em mínimos desde abril de 2018 (observados em
20/02/2020);
yields da dívida pública portuguesa a 10 anos fecharam a semana em 0.399%, um valor 7.0 p.b. acima do fecho
da semana anterior (0.329%), afastando-se, um pouco mais dos mínimos históricos do dia 15 de agosto de 2019
(0.071%);
spreads do mercado de crédito corporate apresentaram um comportamento positivo;
índices gerais de commodities aumentaram, com o CRB Index a subir 2.3% (+0.5% na semana anterior) e com o
GSCI S&P a avançar 1.9% (+0.3% na semana anterior), afastando-se do mais baixo registo de final de semana desde
outubro de 2003 observado 18 semanas antes, aproximando-se, por sua vez, do registo de 3 de outubro de 2018 (um
máximo desde novembro de 2014), tendo sido, na semana passada, suportado por quatro das cinco principais
categorias de commodities, com a única exceção a caber ao gado. Com efeito, a energia subiu 1.8%, depois de ter
descido 0.3% na semana anterior, contabilizando 13 subidas em 18 semanas, afastando-se dos níveis mínimos desde
fevereiro de 2002 observados 18 semanas antes, tendo-se registado, por sua vez, uma descida no gado (-2.8%,
aproximando-se dos níveis mínimos desde fevereiro de 2004 observados 21 semanas antes). Registaram-se também
subidas nos metais preciosos (+1.6%, aproximando-se dos níveis máximos históricos registados três semanas
antes), nos metais de base (+2.4%, afastando-se dos mínimos desde junho de 2016 observados 21 semanas antes e
renovando máximos desde abril de 2019) e nas agrícolas (+3.7%, aumentando a distância face aos níveis mínimos
desde setembro de 2019 verificados 18 semanas antes).
A condicionar o sentimento do mercado estiveram:
os elevados níveis do n.º de novos casos de infetados por Covid-19, em particular nos EUA, no Brasil e na Índia
(que registou um máximo mundial diário durante a pandemia, superando o anterior máximo dos EUA), mas também
o aumento dos novos casos em vários países da Europa, embora seja de salientar, pela positiva, o abrandamento,
pela 3.ª semana consecutiva, dos novos casos nos EUA;
a demissão de Shinzo Abe, Primeiro-ministro do Japão, por motivos de saúde, penalizando, sobretudo, as ações
japonesas.
Já a suportar o sentimento do mercado estiveram:
os dados dos indicadores no pós início de desconfinamento, que se mostraram maioritariamente positivos para
os EUA (nomeadamente para o imobiliário, mas também ao nível do consumo privado e do investimento, levando-
nos a rever em alta a previsão para o crescimento do PIB do 3.º trimestre, sendo que o PIB do 2.º trimestre foi revisto
em alta), para a Zona Euro (subida, pelo 4.º mês consecutivo, do indicador de sentimento económico) e para a
China (lucro das empresas do setor industrial acelerou em julho, abrandando a queda desde o início do ano);
a redução das tensões comerciais entre os EUA e a China, com os dois países a reafirmarem o compromisso
sobre a “Fase um” do acordo comercial;
a 7.ª semana da época de resultados das empresas americanas referentes ao 2.º trimestre, com a dimensão
das surpresas a ser superior à observada até à 6.ª semana e bem superior à registada no 1.º trimestre e à mediana
desde a crise financeira de 2008/09.
Índice
Mercados Financeiros: Assistiu-se a um comportamento positivo do sentimento do mercado, depois de uma semana mista e duas
semanas positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou maioritariamente positivas em 15. A condicionar o sentimento do
mercado estiveram: i) os elevados níveis do n.º de novos casos de infetados por Covid-19, em particular nos EUA, no Brasil e na
Índia (que registou um máximo mundial diário durante a pandemia, superando o anterior máximo dos EUA), mas também o
aumento dos novos casos em vários países da Europa, embora seja de salientar, pela positiva, o abrandamento, pela 3.ª semana
consecutiva, dos novos casos nos EUA; ii) a demissão de Shinzo Abe, Primeiro-ministro do Japão, por motivos de saúde,
penalizando, sobretudo, as ações japonesas. Já a suportar o sentimento do mercado estiveram: i) os dados dos indicadores no pós
início de desconfinamento, que se mostraram maioritariamente positivos para os EUA (nomeadamente para o imobiliário, mas
também ao nível do consumo privado e do investimento, levando-nos a rever em alta a previsão para o crescimento do PIB do 3.º
trimestre, sendo que o PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta), para a Zona Euro (subida, pelo 4.º mês consecutivo, do indicador de
sentimento económico) e para a China (lucro das empresas do setor industrial acelerou em julho, abrandando a queda desde o
início do ano); ii) redução das tensões comerciais entre os EUA e a China, com os dois países a reafirmarem o compromisso sobre
a “Fase um” do acordo comercial; iii) a 7.ª semana da época de resultados das empresas americanas referentes ao 2.º trimestre,
com a dimensão das surpresas a ser superior à observada até à 6.ª semana e bem superior à registada no 1.º trimestre e à
mediana desde a crise financeira de 2008/09. ..................................................................................................................................... 4
Crise do coronavírus: Dados económicos divulgados já esta 2.ª feira levaram-nos a rever em baixa em 0.4 p.p. o crescimento da
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economia mundial, passando-se a assumir uma contração do PIB do nosso agregado G4+BRIC de 3.8% em 2020, devido à
revisão em baixa do PIB da Índia (e de Itália), que mais do que anulou as revisões em alta do PIB dos EUA e da Alemanha. O
mundo ultrapassou fasquia dos 25 milhões de infetados. Índia com maior aumento diário mundial de Covid-19. Mais vacinas para
os países da União Europeia: 225 milhões de doses da CurveVac e 300 milhões da AstraZenec. EUA vão adquirir 150 milhões de
testes rápidos à Abbott. Antiviral da Merck pode substituir tratamentos contra Covid-19. Dividendos globais tombam 91.5 mil
milhões de euros (mM€) durante a crise do Covid-19. Comissão Europeia propôs ao Conselho Europeu a concessão de um
empréstimo de 5.9 mM€ em condições favoráveis, no âmbito do instrumento SURE, para Portugal financiar as medidas de apoio e
preservação de emprego adotadas na sequência da pandemia. Alemanha aumenta as ajudas para a preservação dos empregos
de forma a promover a recuperação. Fed admite que a inflação possa estar acima dos 2% para suportar emprego, o que,
implicitamente, implica uma política monetária expansionista durante mais tempo............................................................................ 11
EUA: PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta, o que, associado à revisão que efetuámos à previsão do 3.º trimestre, nos levou a
rever em alta a previsão do PIB de 2020 em 0.4 p.p., apontando-se agora para uma descida de 4.7%. Encomendas de bens
duradouros em julho superaram as expectativas, algo que também sucedeu com o consumo privado e os stocks dos grossistas e
dos retalhistas, que mais do que compensaram os dados mais negativos da balança comercial de bens, levando-nos a rever em
alta, durante a semana, em 2 p.p. a nossa previsão para subida anualizada do PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de 22%
(continuando a identificar-se riscos ascendentes), em recuperação da queda de 31.7% observada no 2.º trimestre, que resultou
dos efeitos da crise do coronavírus. Dados do imobiliário maioritariamente positivos: índice de preços S&P/Core Logic – 20
principais áreas metropolitanas estabilizou em junho, não recuperando da queda de maio, mas o indicador análogo da FHFA
recuperou da queda do mês anterior e atingiu máximos históricos, enquanto as vendas de casas novas subiram em julho
inesperadamente para máximos desde 2006 e os contratos de compras e venda de casas usadas para máximos desde outubro de
2005. A confiança dos consumidores, calculado pela Conference Board, desceu para mínimos desde maio de 2014, contrariando
as expectativas do mercado, devendo ter sido penalizada pelo aumento dos novos casos de Covid-19 no país em julho e no início
de agosto. Já o indicador da Bloomberg subiu na 4.ª semana de agosto e o da Universidade de Michigan foi revisto em alta na
estimativa final de agosto, intensificando a subida mensal. No mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego
desceram em linha com o esperado, sendo consistentes com uma aceleração do emprego em agosto. Também os dados da
indústria se revelaram maioritariamente favoráveis, com o Chicago PMI a cair inesperadamente em agosto, mas permaneceu
acima do limiar da expansão, e com os indicadores dos Distritos da Fed de Kansas City e de Richmond a atingirem em agosto
máximos desde outubro de 2018. ...................................................................................................................................................... 15
Zona Euro: Confirmada a queda em cadeia do PIB francês no 2.º trimestre (-13.8%), mas a do PIB alemão foi revista de 10.1%
para 9.7%, levando-nos a rever a previsão para a queda anual de 2020 de 6.4% para 6.2%, sendo que em agosto o clima
empresarial (IFO) neste país renovou máximos desde fevereiro. Agregado monetário M3 cresceu na Zona Euro em julho ao maior
ritmo desde maio de 2008, suportado pela política expansionista do BCE. Confirmada a subida da confiança dos consumidores na
Zona Euro, revertendo a queda do mês anterior, o que, associada à subida da generalidade das confianças empresariais (a
exceção foi a construção), conduziu ao 4.º aumento consecutivo do indicador de sentimento económico. ....................................... 32
Portugal: Significativo agravamento do défice orçamental até julho, devido aos efeitos da pandemia. Vendas a retalho registaram a
3.ª subida mensal consecutiva em julho, estando a subir fortemente no 3.º trimestre. Em agosto, a confiança dos consumidores
subiu, bem como a confiança dos empresários na maioria dos setores, conduzindo a um aumento do indicador de sentimento
económico, que subiu pelo 3.º mês consecutivo, renovando níveis máximos desde março. .............................................................. 42
Reino Unido: Sentimento económico britânico caiu em agosto, mas está a subir bastante no 3.º trimestre e a sinalizar um regresso
ao crescimento do PIB. ...................................................................................................................................................................... 48
Japão: Índice de atividade económica registou uma forte subida em junho, mas não evitou a maior queda de sempre no conjunto
do 2.º trimestre, devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre. ................................................................................................. 49
China: Lucro dos industriais acelerou em julho, abrandando a queda desde o início do ano. ............................................................ 52
Aconteceu na semana passada… no Brasil .................................................................................................................................... 53
Previsões…........................................................................................................................................................................................ 62
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Mercados Financeiros: Assistiu-se a um comportamento positivo do sentimento do
mercado, depois de uma semana mista e duas semanas positivas, contabilizando 10 semanas
positivas ou maioritariamente positivas em 15. A condicionar o sentimento do mercado estiveram:
i) os elevados níveis do n.º de novos casos de infetados por Covid-19, em particular nos EUA, no
Brasil e na Índia (que registou um máximo mundial diário durante a pandemia, superando o
anterior máximo dos EUA), mas também o aumento dos novos casos em vários países da Europa,
embora seja de salientar, pela positiva, o abrandamento, pela 3.ª semana consecutiva, dos novos
casos nos EUA; ii) a demissão de Shinzo Abe, Primeiro-ministro do Japão, por motivos de saúde,
penalizando, sobretudo, as ações japonesas. Já a suportar o sentimento do mercado estiveram: i) os
dados dos indicadores no pós início de desconfinamento, que se mostraram maioritariamente
positivos para os EUA (nomeadamente para o imobiliário, mas também ao nível do consumo
privado e do investimento, levando-nos a rever em alta a previsão para o crescimento do PIB do 3.º
trimestre, sendo que o PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta), para a Zona Euro (subida, pelo 4.º
mês consecutivo, do indicador de sentimento económico) e para a China (lucro das empresas do
setor industrial acelerou em julho, abrandando a queda desde o início do ano); ii) redução das
tensões comerciais entre os EUA e a China, com os dois países a reafirmarem o compromisso sobre
a “Fase um” do acordo comercial; iii) a 7.ª semana da época de resultados das empresas americanas
referentes ao 2.º trimestre, com a dimensão das surpresas a ser superior à observada até à 6.ª
semana e bem superior à registada no 1.º trimestre e à mediana desde a crise financeira de 2008/09.
Assistiu-se a um comportamento positivo do sentimento do
mercado, após uma semana mista e outras duas semanas
positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou
maioritariamente positivas em 15. Observaram-se
comportamentos maioritariamente positivos entre os principais
índices de ações [positivos nos EUA, mistos na Europa (subidas
na Zona Euro, mas descida no Reino Unido) e na América Latina
e tendencialmente positivos na Ásia], com o índice MSCI global a
registar uma subida 2.7%, contabilizando 33 subidas nas últimas
47 semanas (+0.3% na semana anterior), afastando-se dos
níveis mínimos desde meados de 2016 observados 23 semanas
antes e ascendendo agora a níveis máximos históricos (batendo
os anteriores máximos verificados no dia 12/02/2020).
Por seu lado, as yields das obrigações da dívida de referência
subiram na Alemanha, tanto no curto prazo (dois anos), como no
longo prazo (10 anos) (+2 p.b. e +10 p.b., respetivamente), neste
último caso para -0.409%, afastando-se dos níveis mínimos
históricos (-0.856%) observados em 9 de março, tendo, nos
EUA, descido no curto prazo (-0.2 p.b., para 0.127%,
representando a 2.ª ligeira descida consecutiva, após duas
semanas consecutivas a aliviar do mais baixo registo desde o
início da série em 1979), mas subido no longo prazo (+9 p.b.,
para 0.721%), afastando-se, um pouco mais, do mínimo da série
iniciada em 1979 observado quatro semanas antes.
No MMI, de referir que as taxas Euribor subiram 1 p.b. nos três e
nos 12 meses, aproximando-se dos máximos (de fecho de
semana) desde fevereiro de 2016 e dezembro de 2016,
observados 18 semanas antes, tendo nos seis meses descido
ligeiramente (-0.3 p.b.), afastando-se dos máximos (de fecho de
semana) desde abril de 2016 igualmente observado 18 semanas,
ficando muito perto (-0.444%) dos níveis mínimos históricos
observados em 03/09/2019 (-0.448%). No dia 20/08/2020 foi feito
níveis mínimos históricos nos três meses (-0.491%), tendo nos
12 meses permanecido perto dos mínimos históricos de
21/08/2019. Continua a observar-se um prémio de risco no
mercado monetário ainda relativamente elevado nos 12 meses
(ainda superior à média do pré Grande Recessão, mas já inferior
à média desde 1999).
Os spreads da dívida a 10 anos dos países periféricos da
Zona Euro apresentaram comportamentos tendencialmente
favoráveis, com exceção da estabilização na Irlanda e da ligeira
subida do spread de Itália. Na Grécia, o spread desceu 9 p.b.,
para 151 p.b., fazendo mínimos desde meados de fevereiro,
afastando-se, um pouco mais, do máximo desde junho de 2019
observado 18 semanas antes, passando a apresentar, nas sete
últimas semanas, um spread ligeiramente superior ao de Itália,
depois de seis semanas a exibir um spread inferior, sendo estas
as primeiras semanas desde janeiro em que tal sucede. Há 11
semanas atrás, a dívida grega tinha observado o spread mais
negativo face a Itália desde a série iniciada em 1998. Portugal
evidenciou uma descida de spread de 3 p.b., para 81 p.b.,
afastando-se, ligeiramente, dos níveis máximos desde meados
de fevereiro de 2019 observados 18 semanas antes, tendo
praticamente igualado os mínimos desde meados de fevereiro
(i.e., antes da chegada em força da pandemia à Europa)
observados duas semanas antes, diminuindo a distância face
aos mínimos desde dezembro de 2009 registados em
07/11/2019. O spread de Itália aumentou marginalmente (+0.2
p.b.), para 145 p.b., reduzindo marginalmente a distância face
aos máximos desde junho de 2019 observados 15 semanas
antes, tendo aliviado, pela 2.ª semana consecutiva, de um
mínimo desde meados de fevereiro, quando caiu para o nível
mais baixo desde início de maio de 2018 (mínimo verificado nos
dias 12 e 13 de fevereiro, e também em 22/10/2019). O spread
de Espanha desceu 2 p.b., para 79 p.b., praticamente igualando
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o mínimo desde meados de fevereiro observado duas semanas
antes, aumentando a distância face ao máximo desde abril de
2017 verificado 18 semanas antes e diminuindo-a em relação ao
mínimo desde maio de 2010 registado em 03/07/2019. Por sua
vez, o spread da Irlanda estabilizou em 34 p.b., continuando
afastado do máximo desde abril de 2017 verificado 14 semanas
antes e estando praticamente em mínimos desde abril de 2018
(observados em 20/02/2020). O spread de Portugal (81 p.b.)
apresentou, pela 5.ª semana consecutiva, um valor ligeiramente
superior ao de Espanha (79 p.b.), depois de ter apresentado um
nível semelhante na semana imediatamente anterior e também
ligeiramente superior na semana precedente, tendo observado
spreads inferiores ao de Espanha em 19 das últimas 47
semanas, que representam também as únicas desde dezembro
de 2009. O spread de Portugal (81 p.b.) passou, nas 18 últimas
semanas, a encontrar-se novamente mais perto do da Irlanda (34
p.b.) do que do de Itália (145 p.b.).
De realçar que as yields da dívida pública portuguesa a 10
anos fecharam a semana em 0.399%, um valor 7.0 p.b. acima do
fecho da semana anterior (0.329%), afastando-se, um pouco
mais dos mínimos históricos do dia 15 de agosto de 2019
(0.071%), numa semana em que o spread da dívida portuguesa
a 10 anos, como referido, desceu 3 p.b., para 81 p.b., afastando-
se dos níveis máximos desde meados de fevereiro de 2019
observados 18 semanas antes e diminuindo a distância face aos
mínimos desde dezembro de 2009 registados em 07/11/2019.
Os spreads do mercado de crédito corporate apresentaram
um comportamento favorável, com o índice Itraxx Cross-Over a
apresentar um desagravamento, de 9 p.b. (para 323 p.b.,
afastando-se do máximo desde julho de 2012 observado 23
semanas antes). Por sua vez, o índice Itraxx Financials caiu 3
p.b. (para 61 p.b., afastando-se do máximo desde setembro de
2013 registado 23 semanas antes), descendo para um novo
mínimo desde meados de fevereiro, ao passo que o Itrax desceu
1 p.b., para 54 p.b., praticamente igualando o mínimo desde
meados de fevereiro observado três semanas antes, afastando-
se do máximo desde fevereiro de 2016 verificado 23 semanas
antes), com o Itraxx Financials a permanecer, pela 133.ª semana
consecutiva, num nível superior ao do Itraxx.
Os índices gerais de commodities observaram
comportamentos positivos, com o CRB Index a subir 2.3%
(+0.5% na semana anterior), afastando-se, um pouco mais, dos
níveis mínimos históricos deste índice criado em janeiro de 1994
observados 18 semanas antes, e com o GSCI S&P a subir 1.9%
(+0.3% na semana anterior), afastando-se do mais baixo registo
de final de semana desde outubro de 2003 observado 18
semanas antes, aproximando-se, por sua vez, do registo de 3 de
outubro de 2018 (um máximo desde novembro de 2014), tendo
sido, na semana passada, suportado por quatro das cinco
principais categorias de commodities, com a única exceção a
caber ao gado. Com efeito, a energia subiu 1.8%, depois de ter
descido 0.3% na semana anterior, contabilizando 13 subidas em
18 semanas, afastando-se dos níveis mínimos desde fevereiro
de 2002 observados 18 semanas antes, tendo-se registado, por
sua vez, uma descida no gado (-2.8%, aproximando-se dos
níveis mínimos desde fevereiro de 2004 observados 21 semanas
antes). Registaram-se também subidas nos metais preciosos
(+1.6%, aproximando-se dos níveis máximos históricos
registados três semanas antes), nos metais de base (+2.4%,
afastando-se dos mínimos desde junho de 2016 observados 21
semanas antes e renovando máximos desde abril de 2019) e nas
agrícolas (+3.7%, aumentando a distância face aos níveis
mínimos desde setembro de 2019 verificados 18 semanas
antes).
A energia, como referido, registou uma subida de 1.8%,
representando a 3.ª subida nas últimas quatro semanas (-0.3%
na semana anterior), afastando-se, um pouco mais, dos níveis
mínimos desde fevereiro de 2002 observados 18 semanas antes,
diminuindo, por sua vez, a distância em relação aos níveis
máximos desde novembro de 2014 verificados em 03/10/2018,
com a subida das energéticas a ocorrer num contexto de
comportamentos positivos dos preços do petróleo, com o brent a
subir 1.6% (-1.0% na semana anterior), afastando-se do mais
baixo fecho de semana desde fevereiro de 2002 observado 18
semanas antes, aproximando-se do máximo desde maio de 2019
verificado 34 semanas antes e dos máximos desde outubro de
2014 registados no dia 03/10/2018, enquanto os preços do WTI
subiram 1.5% (+0.8% na semana anterior), afastando-se dos
níveis mínimos desde maio de 1999 registados 18 semanas
antes e aproximando-se dos máximos desde novembro de 2014
observados, também, em 03/10/2018.
O sentimento do mercado apresentou, como referido, um
comportamento positivo, depois de uma semana mista e duas
semanas positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou
maioritariamente positivas em 15.
A condicionar o sentimento do mercado estiveram: i) os
elevados níveis do n.º de novos casos de infetados por Covid-19,
em particular nos EUA, no Brasil e na Índia (que registou um
máximo mundial diário durante a pandemia, superando o anterior
máximo dos EUA), mas também o aumento dos novos casos em
vários países da Europa, embora seja de salientar, pela positiva,
o abrandamento, pela 3.ª semana consecutiva, dos novos casos
nos EUA; ii) a demissão de Shinzo Abe, Primeiro-ministro do
Japão, por motivos de saúde, penalizando, sobretudo, as ações
japonesas.
Já a suportar o sentimento do mercado estiveram: i) os dados
dos indicadores no pós início de desconfinamento, que se
mostraram maioritariamente positivos para os EUA
(nomeadamente para o imobiliário, mas também ao nível do
consumo privado e do investimento, levando-nos a rever em alta
a previsão para o crescimento do PIB do 3.º trimestre, sendo que
o PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta), para a Zona Euro
21 ago 20 31 dez 19 28 ago 19
Grécia 151 -9 -13 -94
Irlanda 34 0 0 -30
Portugal 81 -3 18 0
Espanha 79 -2 14 1
Itália 145 0 -14 -31
10Y
Spreads face ao Bund
28 ago 20Valor
(p.b.)
Variação (p.b.)
21 ago 20 31 dez 19 28 ago 19
Itraxx 54.3 -1 11 -1
Itraxx Financials 60.7 -3 9 0
Itraxx Cross Over 323.3 -9 117 87
Spreads de Crédito (Índices de CDS 5Y )
28 ago 20 Valor (p.b)Variação (p.b.)
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(subida, pelo 4.º mês consecutivo, do indicador de sentimento
económico) e para a China (lucro das empresas do setor
industrial acelerou em julho, abrandando a queda desde o início
do ano); ii) redução das tensões comerciais entre os EUA e a
China, com os dois países a reafirmarem o compromisso sobre a
“Fase um” do acordo comercial; iii) a 7.ª semana da época de
resultados das empresas americanas referentes ao 2.º trimestre,
com a dimensão das surpresas a ser superior à observada até à
6.ª semana e bem superior à registada no 1.º trimestre e à
mediana desde a crise financeira de 2008/09.
Na 2.ª feira (24 de agosto), as bolsas americanas fecharam em
alta, com o S&P 500 e o Nasdaq a renovarem máximos
históricos, à boleia da autorização de emergência da FDA para o
tratamento com plasma em pacientes infetados com Covid-19.
Em termos de cotadas, destaque para a Apple, que atingiu a
barreira dos 500 dólares. As bolsas europeias encerraram
igualmente em terreno positivo, a reagirem positivamente à
notícia do anúncio da FDA. Também a Comissão Europeia deu
na 2.ª feira mais um passo no sentido de firmar um acordo com a
CureVac para a compra de 225 milhões de doses de uma
potencial vacina para o Covid-19, em nome de todos os Estados-
membros. O setor petrolífero destacou-se entre os setores que
mais valorizaram na sessão, num dia em que o petróleo valorizou
nos mercados internacionais. Na 3.ª feira, as bolsas
americanas fecharam sem tendência, num dia marcado pelo
atenuar das tensões sino-americanas e pela divulgação de dados
económicos positivos na indústria e no imobiliário, mas negativos
no domínio da confiança dos consumidores (Conference Board).
O Dow Jones caiu, mas o Nasdaq e o S&P 500 renovaram
máximos históricos. As bolsas europeias encerraram em ligeiro
terreno negativo, depois de terem passado a maior parte da
sessão em alta. Após ter tocado em máximos de 13 de agosto, o
índice de referência europeu Stoxx600 inverteu para terreno
negativo e fechou com perdas de 0.3%. As quedas dos setores
petrolífero e das matérias-primas foram as que mais penalizaram
o sentimento dos investidores europeus, enquanto as subidas
dos setores das viagens e tecnológico foram as únicas a
contribuir para perdas menores. A contribuir para a inversão do
sentimento na Europa esteve a divulgação dos dados mais
recentes sobre a confiança dos consumidores norte-americanos.
Este índice recuou, em agosto, para o nível mais baixo desde
2014, quebra sobretudo explicada pela deterioração dos
indicadores de emprego. Na 4.ª feira, as bolsas americanas
fecharam em terreno positivo, com destaque para o setor
tecnológico, que liderou as subidas. Em termos de cotadas, a
empresa Salesforce valorizou mais de 25%, à boleia dos
resultados divulgados na véspera após o fecho de mercado e
que ficaram acima das estimativas dos analistas. A beneficiar a
ação estará também o facto de esta vir a integrar o índice Dow
Jones 30 no final deste mês. As bolsas europeias encerraram
também em terreno positivo. Em destaque esteve o índice
alemão, o DAX, que ganhou perto de 1%, num dia em que o
Governo germânico largou um envelope de mais de 11 mM€ num
programa destinado a combater o desemprego. Na 5.ª feira, as
bolsas americanas fecharam mistas, com o índice Dow Jones a
apresentar o melhor desempenho, num dia marcado pelo
discurso de Jerome Powell e pela divulgação de alguns dados
económicos que superaram as expectativas. A Reserva Federal
dos EUA anunciou uma alteração à sua estratégia de política
monetária, durante o encontro anual do banco central em
Jackson Hole, que vai permitir que a inflação suba acima dos
2%, durante alguns períodos, com o objetivo de suportar o
mercado laboral, em particular, e impulsionar a economia do
país, em geral. A contribuir para o otimismo estão ainda os dados
revelados antes da abertura do mercado, que mostram que a
economia dos EUA contraiu menos do que era esperado no 2.º
trimestre deste ano e que os pedidos de subsídio de desemprego
diminuíram na última semana passada face à anterior. As bolsas
europeias encerraram em terreno negativo. Em termos setoriais,
a grande maioria dos setores fecharam no vermelho, com
exceção do setor de media e publicidade, que conseguiu manter
os ganhos. Em Portugal, destaque para a subida de cerca de
30% da Mota-Engil, que valorizou na sequência do anúncio de
que a empresa estará na fase final de negociação de um acordo
de parceria estratégica e investimento com uma das maiores
construtoras do mundo. No comunicado enviado à CMVM, a
Mota-Engil não identificou o novo acionista, mas o Negócios
avançou que se trata da China Communications Construction
Company (CCCC). Na 6.ª feira, as bolsas americanas fecharam
em terreno positivo, numa sessão marcada ainda pelo discurso
de véspera de Jerome Powell. As bolsas europeias encerraram
em terreno negativo. Destaque para o bom desempenho do setor
financeiro e da banca em particular, que, tendo em conta o peso
deste setor no índice espanhol, fez com que este mercado fosse
a exceção na Europa ao valorizar 0.60%.
Ao nível dos indicadores económicos divulgados, nos EUA,
os dados de atividade divulgados durante a semana revelaram-
se maioritariamente favoráveis. O PIB do 2.º trimestre foi revisto
em alta, o que, associado à revisão que efetuámos à previsão do
3.º trimestre, nos levou a rever em alta a previsão do PIB de
2020 em 0.4 p.p., apontando-se agora para uma descida de
4.7%. As encomendas de bens duradouros em julho superaram
as expectativas, algo que também sucedeu com o consumo
privado e os stocks dos grossistas e dos retalhistas, que mais do
que compensaram os dados mais negativos da balança
comercial de bens, levando-nos a rever em alta, durante a
semana em 2 p.p. a nossa previsão para subida anualizada do
PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de 22% (continuando
a identificar-se riscos ascendentes), em recuperação da queda
de 31.7% observada no 2.º trimestre, que resultou dos efeitos da
crise do coronavírus. Os dados do imobiliário apresentaram-se
maioritariamente positivos: índice de preços S&P/Core Logic – 20
principais áreas metropolitanas estabilizou em junho, não
recuperando da queda de maio, mas o indicador análogo da
FHFA recuperou da queda do mês anterior e atingiu máximos
históricos, enquanto as vendas de casas novas subiram em julho
inesperadamente para máximos desde 2006 e os contratos de
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
29-M
ay
05-Jun
12-Jun
19-Jun
26-Jun
03-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
07-A
ug
14-A
ug
21-A
ug
28-A
ug
Grécia Irlanda Portugal Espanha Itália
Un: p.b.
Países periféricos - Spreads face ao Bund a 10 anos
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
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compras e venda de casas usadas para máximos desde outubro
de 2005. A confiança dos consumidores, calculado pela
Conference Board, desceu para mínimos desde maio de 2014,
contrariando as expectativas do mercado, devendo ter sido
penalizada pelo aumento dos novos casos de Covid-19 no país
em julho e no início de agosto. Já o indicador da Bloomberg
subiu na 4.ª semana de agosto e o da Universidade de Michigan
foi revisto em alta na estimativa final de agosto, intensificando a
subida mensal. No mercado de trabalho, os novos pedidos de
subsídio de desemprego desceram em linha com o esperado,
sendo consistentes, com uma aceleração do emprego em
agosto. Também os dados da indústria se revelaram
maioritariamente favoráveis, com o Chicago PMI a cair
inesperadamente em agosto, mas permaneceu acima do limiar
da expansão e com os indicadores do Distrito da Fed de Kansas
City e da Fed de Richmond a atingirem em agosto máximos
desde outubro de 2018. Na Zona Euro, foi confirmada a queda
em cadeia do PIB francês no 2.º trimestre (-13.8%), mas a do PIB
alemão foi revista de 10.1% para 9.7%, levando-nos a rever a
previsão para a queda anual de 2020 de 6.4% para 6.2%, sendo
que em agosto o clima empresarial (IFO) neste país renovou
máximos desde fevereiro. O agregado monetário M3 cresceu na
Zona Euro em julho ao maior ritmo desde maio de 2008,
suportado pela política expansionista do BCE. Foi confirmada a
subida da confiança dos consumidores na Zona Euro, revertendo
a queda do mês anterior, o que, associada à subida da
generalidade das confianças empresariais (a exceção foi a
construção), conduziu ao 4.º aumento consecutivo do indicador
de sentimento económico. No Reino Unido, o indicador de
sentimento económico, que caiu em agosto, mas estando a subir
bastante no 3.º trimestre e a sinalizar uma subida em cadeia do
PIB de 1.2%, antevendo-se, no entanto, um crescimento bem
superior (+15%), após as fortes quedas no 1.º semestre. No
Japão, destaque-se apenas a divulgação do índice de atividade
económica, que registou uma forte subida em junho, mas não
evitou a maior queda de sempre no conjunto do 2.º trimestre,
devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre, para o qual
prevemos uma subida maior do que a que antecipamos para o
PIB. Já relativamente à China, na passada semana, destaque-se
apenas a divulgação do lucro das principais empresas do setor
industrial, que acelerou em julho, abrandando a queda desde o
início do ano. Mantemos a nossa previsão para o crescimento
homólogo do PIB no 3.º trimestre em 5.5%, em aceleração face
aos 3.2% do 2.º trimestre.
Em termos das tensões comerciais entre os EUA e a China,
os dois países reafirmaram o compromisso sobre a “Fase um” do
acordo comercial. As principais autoridades comerciais dos EUA
e da China reafirmaram o seu compromisso mesmo depois de a
China atrasar as suas obrigações de comprar produtos
americanos, proporcionando, assim, um alívio nos mercados na
3.ª feira. A promessa foi feita num telefonema entre o
Representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, o
Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o Vice-
primeiro-ministro chinês, Liu He. Este foi o 1.º diálogo formal
desde o início de maio e surgiu no meio das crescentes
preocupações de que o negócio poderia estar em terreno
instável. O Ministério do Comércio chinês, em comunicado,
classificou o telefonema como um “diálogo construtivo”.
Ao nível das commodities, refira-se que o valor do ouro
valorizou 1.7% durante a semana, encerrando perto de 1 970
dólares por onça, numa altura em que os investidores tentam
aferir o impacto da mudança anunciada por Jerome Powell
relativamente à política monetária americana.
Sobre outros factos económicos relevantes, referir que, nos
EUA, os utilizadores da aplicação WeChat estão a processar o
Presidente norte-americano, Donald Trump, numa tentativa de
bloquear a ordem executiva que, segundo defendem, impediria o
acesso à aplicação chinesa de mensagens extremamente
popular nos EUA. Por sua vez, em Espanha, o Presidente do
Governo, Pedro Sánchez, fez na 3.ª feira uma "declaração
institucional" após o Conselho de Ministros: “A evolução da curva
da pandemia é preocupante e deve ser interrompida”, disse
Sánchez, que também pediu serenidade: “Não deve haver medo
que nos paralise”. O Presidente ofereceu 2 000 militares para
rastrear infeções nas regiões autónomas, lembrando que podem
solicitar a declaração de estado de alarme para os seus
territórios. Referir também que Portugal garantiu na 4.ª feira, dia
26 de agosto, o juro mais baixo em nove meses para se financiar
a 10 anos, num duplo leilão de dívida em que o IGCP levantou
um total de 1 250 M€. Na emissão a 10 anos o IGCP colocou 800
M€ com uma taxa de juro de 0.336%, abaixo da yield de 0.352%
que aceitou pagar na mais recente emissão comparável, a 22 de
julho. Nessa ocasião, o instituto que gere a dívida pública emitiu
um total de 820 M€ em obrigações a 10 anos.
Ao nível das empresas, nos EUA, tratou-se da 7.ª semana da
Época de Resultados, relativa ao 2.º trimestre, tendo já sido
divulgados resultados de 489 das 500 empresas do S&P 500
(476 até à semana anterior), sendo que 82.8% superaram as
expectativas. Trata-se de um valor superior aos 82.5% que se
observavam até à semana anterior e bem superior aos 65.1%
registados no 1.º trimestre, estando também bem acima (+12.1
p.p.) da mediana dos trimestres após a crise de 2008/09 (70.7%).
De referir que a Exxon foi excluída pela Dow Industrials que
abraça agora as grandes tecnológicas. O domínio das empresas
de tecnologia eclipsou todas as outras companhias históricas do
mercado de ações num cenário de pandemia em alta. Na maior
remodelação em sete anos, a Exxon Mobil Corp, Pfizer Inc. e
Raytheon Technologies Corp. foram expulsas do Dow Jones
Industrial Average, abrindo caminho para a Salesforce.com,
Amgen Inc. e Honeywell International.
Na Europa, na próxima revisão anual da composição do índice
Stoxx 50, que agrupa as 50 maiores cotadas da Europa, as
espanholas Telefónica e BBVA, bem como a alemã BMW ou o
banco francês Société Générale, irão abandonar o barco, uma
vez que a sua capitalização de mercado sofreu uma derrocada
com a atual pandemia. No lugar destas empresas mencionadas,
entrarão outras, como a Prosus, a Adyen, a Vonovia e a
Pernod Ricard. As alterações terão lugar no próximo dia 18 de
setembro. De acordo com a análise do Banco Sabadell, estas
alterações vão refletir a "forte volatilidade e debilidade de alguns
setores", como o financeiro, das telecomunicações ou de
fabricantes automóveis, e a força de outros setores, como o
tecnológico.
Na Ásia, a petrolífera estatal da Arábia Saudita suspendeu um
acordo para construir um complexo petroquímico e de refinação
de 10 mil milhões de dólares (mM$) na China, segundo pessoas
familiarizadas com o assunto. A empresa tem vindo a cortar
custos para lidar com a queda dos preços do petróleo. A Saudi
Arabian Oil Co., conhecida como Saudi Aramco, decidiu parar
de investir no complexo localizado na província de Liaoning, no
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
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nordeste da China, após negociações com os parceiros locais,
revelaram as fontes, que pediram anonimato porque o assunto é
particular. A perspetiva incerta do mercado motivou a decisão,
disseram. A Ant Group – maior empresa de pagamentos digitais
na China e dona da aplicação Alipay – anunciou que pretende
entrar em simultâneo nas bolsas de Hong Kong e Xangai. O
objetivo será financiar-se em cerca de 30 mM$ (equivalente a
25.4 mM€), o que colocaria a operação no topo das maiores
ofertas públicas iniciais de sempre (IPO, na sigla em inglês),
ultrapassando a Saudi Aramco no ano passado. O CEO da
TikTok demitiu-se três meses depois de assumir o cargo. A rede
social chinesa TikTok está no centro de nova disputa entre
Donald Trump e a China. Numa carta aos funcionários, Kevin
Mayer, que assumiu o cargo em maio, disse que a sua decisão
surge depois de o "contexto político ter mudado drasticamente".
A demissão acontece depois de o Presidente dos EUA, Donald
Trump, ter ordenado a proibição do TikTok, a menos que a
proprietária, a Bytedance, venda as suas operações nos EUA a
uma empresa norte-americana num prazo de 90 dias. "Fiz uma
reflexão significativa sobre o que as mudanças estruturais
empresariais exigirão e o que isso significa para o papel global
com o qual me comprometi", escreveu Mayer. Entretanto, a
Walmart aliou-se à Microsoft numa oferta conjunta para a compra
do TikTok, anunciou a retalhista, num comunicado enviado aos
media. Esta operação deverá ajudar ao crescimento da
plataforma de comércio online a Walmart, assim como o recente
braço de publicidade que faz parte deste grupo, explicou o CEO
da Wallmart, Doug McMillion. Estas duas empresas já eram
parceiras noutros negócios, uma vez que a Walmart utiliza a
tecnologia cloud da Microsoft em toda a empresa.
Posteriormente, foi noticiado pela Bloomberg que a ByteDance
será obrigada a obter a aprovação do Governo chinês para
vender as operações dos EUA do seu aplicativo TikTok dadas as
novas restrições que Pequim impôs às exportações de
tecnologias de inteligência artificial, de acordo com uma pessoa
familiarizada com o assunto.
Em Portugal, a CMVM afasta a OPA sobre a Nos, mas
minoritários contestam. A Sonae vai ficar com 33.45% da Nos, o
que diz ser uma diminuição de posição. A CMVM confirma que,
pelos acordos divulgados pela Sonaecom e Sonae no âmbito do
fim da parceria com Isabel dos Santos para o controlo da Nos, as
empresas da família Azevedo não terão de lançar uma OPA
(oferta pública de aquisição) sobre a operadora de
telecomunicações liderada por Miguel Almeida. Os donos da
Flexdeal admitem ficar só com 51% do capital. A 1.ª SIMFE
(Sociedades de Investimento Mobiliário para Fomento à
Economia) portuguesa vai realizar um aumento de capital no
valor de 10 M€, dispondo-se a emitir 2 milhões de novas ações a
5 euros cada, um preço acima da cotação atual. Não há tomada
firme, nem a garantia de que os acionistas vão acompanhar a
operação. A Mota-Engil vai ter um novo acionista. A empresa
revelou que está na fase final das negociações de um acordo de
parceria estratégica e investimento com um dos maiores grupos
de infraestruturas do mundo, a chinesa China Communications
Construction Company (CCCC), que ficará com 30% do capital
numa operação realizada a um valor “muito acima do preço atual
de mercado”. Este negócio avalia a companhia de António Mota
em 750 M€. Não obstante ter caído na 6.ª feira, as ações da
Mota-Engil registaram uma valorização de 18.3% no conjunto da
semana.
Mercado Acionista
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
S&P 500
Un: %
-0.8
-0.4
0.0
0.4
0.8
1.2
1.6
2.0
2.4
2.8
3.2
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Eurostoxx 50
Un: %
-1.2
-0.8
-0.4
0.0
0.4
0.8
1.2
1.6
2.0
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
PSI-20
Un: %
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
FTSE-100
Un: %1.10
1.11
1.12
1.13
1.14
1.15
1.16
1.17
1.18
1.19
1.20
3,040
3,080
3,120
3,160
3,200
3,240
3,280
3,320
3,360
3,400
3,440
29-M
ay
05-Jun
12-Jun
19-Jun
26-Jun
03-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
07-A
ug
14-A
ug
21-A
ug
28-A
ug
Taxa de Câmbio Euro/Dólar Índice Eurostoxx 50
Taxa de Câmbio Euro/Dólar vs Eurostoxx 50
Un: EUR/USDUn: Índices
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Semanal de Economia e de Mercados
9
Mercado de Taxas de Juro
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Taxas 10 Anos - EUA
Un: p.b.
-2
0
2
4
6
8
10
12
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Taxas 10 Anos - Zona Euro
Un: p.b.
-3.5
-3.0
-2.5
-2.0
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Portugal - Spread face ao Bund 10 Anos
Un: p.b.
-2.5
-2.0
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Spain - Spread face ao Bund 10 Anos
Un: p.b.
-3
-2
-1
0
1
2
3
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Italy - Spread face ao Bund 10 Anos
Un: p.b.
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Greece - Spread face ao Bund 10 Anos
Un: p.b.
-0.2
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Euribor 3M
Un: p.b.
-2.0
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Libor USD 6M
Un: p.b.
.08
.10
.12
.14
.16
.18
.20
.22
.24
48
52
56
60
64
68
72
76
80
29-M
ay
05-Jun
12-Jun
19-Jun
26-Jun
03-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
07-A
ug
14-A
ug
21-A
ug
28-A
ug
OIS Spread Libor/Euribor Itraxx a 5 anos
Diferencial OIS Spread Libor/Euribor a 3 meses vs Itraxx a 5 anos
Un: p.p.. Un: p.b.
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
29-M
ay
05-Jun
12-Jun
19-Jun
26-Jun
03-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
07-A
ug
14-A
ug
21-A
ug
28-A
ug
Grécia Irlanda Portugal Espanha Itália
Un: p.b.
Países periféricos - Spreads face ao Bund a 10 anos
-.58
-.56
-.54
-.52
-.50
-.48
-.46
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Horizonte (em Meses)
2020-08-21 2020-08-28
Yield Curve: EONIA Implícita na Curva de Swaps da EONIA
Un:%
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
10
Mercado de Commodities
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
WTI Crude
Un: %
-2
-1
0
1
2
3
4
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Brent
Un: %
-0.4
0.0
0.4
0.8
1.2
1.6
2.0
2.4
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Commodities - Composite
Un: %
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Ouro
Un: %
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
2020-08-21
-4.7
-2.6
-4.6
-1.8
1.4
-0.1
Petróleo Petróleo - Consenso
Gasolina Gasolina - Consenso
Prod. Destilados Prod. Destilados - Consenso
EUA - Variação dos Stocks de Combustíveis (DOE)
Un: 10^6 barris
Mercado Cambial
-0.4
-0.2
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Euro/Dolar
Un: %
-1.0
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0.0
0.2
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Dollar Index
Un: %
-1.0
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0.0
0.2
0.4
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Euro/Libra
Un: p.b.
-0.6
-0.4
-0.2
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
24/08 25/08 26/08 27/08 28/08
Diária Acumulada
Euro/Iene
Un: %
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.10
1.11
1.12
1.13
1.14
1.15
1.16
1.17
1.18
1.19
1.20
29-M
ay
05-Jun
12-Jun
19-Jun
26-Jun
03-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
07-A
ug
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Euro/Dólar Options Risk Reversal Taxa de Câmbio Dólar/Euro
Euro/Dólar Options Risk Reversal vs Taxa de Câmbio Dólar/Euro
Un: % Un: EUR/USD
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 CRISE DO CORONAVÍRUS
Semanal de Economia e de Mercados
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Crise do coronavírus: Dados económicos divulgados já esta 2.ª feira levaram-nos a rever em
baixa em 0.4 p.p. o crescimento da economia mundial, passando-se a assumir uma contração do PIB
do nosso agregado G4+BRIC de 3.8% em 2020, devido à revisão em baixa do PIB da Índia (e de
Itália), que mais do que anulou as revisões em alta do PIB dos EUA e da Alemanha. O mundo
ultrapassou fasquia dos 25 milhões de infetados. Índia com maior aumento diário mundial de Covid-
19. Mais vacinas para os países da União Europeia: 225 milhões de doses da CurveVac e 300 milhões
da AstraZenec. EUA vão adquirir 150 milhões de testes rápidos à Abbott. Antiviral da Merck pode
substituir tratamentos contra Covid-19. Dividendos globais tombam 91.5 mil milhões de euros (mM€)
durante a crise do Covid-19. Comissão Europeia propôs ao Conselho Europeu a concessão de um
empréstimo de 5.9 mM€ em condições favoráveis, no âmbito do instrumento SURE, para Portugal
financiar as medidas de apoio e preservação de emprego adotadas na sequência da pandemia.
Alemanha aumenta as ajudas para a preservação dos empregos de forma a promover a recuperação.
Fed admite que a inflação possa estar acima dos 2% para suportar emprego, o que, implicitamente,
implica uma política monetária expansionista durante mais tempo.
Dados económicos divulgados já esta 2.ª feira levaram-nos
a rever em baixa em 0.4 p.p. o crescimento da economia
mundial, passando-se a assumir uma contração do PIB do
nosso agregado G4+BRIC de 3.8% em 2020, devido à
revisão em baixa do PIB da Índia (e de Itália), que mais do
que anulou as revisões em alta do PIB dos EUA e da
Alemanha
Comparando as nossas atuais previsões com as previstas na
semana anterior (24 de agosto), revimos em baixa em 0.4 p.p. o
cenário central para a economia mundial em 2020 com a
contração prevista para o nosso agregado G4+BRIC a cifrar-se
3.8%, seguido de um regresso aos crescimentos em 2021 (para
+6.1%, revisto dos anteriores +6.2%). Esta revisão em baixa do
crescimento para este ano refletiu os dados do PIB da Índia
relativos ao 2.º trimestre e divulgados já esta 2.ª feira (dia 31 de
agosto), que, juntamento com o agravar da situação pandémica
no país, no levou a rever bastante em baixa as perspetivas de
crescimento do país em 2020 (em -3.9 p.p., para -7.6%), tendo
bem mais do que anulado a revisão em alta efetuada ao
crescimento dos EUA (+0.4 p.p.). Mantivemos a previsão para
2020 do crescimento da Zona Euro, tendo-se efetuado uma
revisão em alta do PIB da Alemanha (+0.2 p.p.), mas em baixa
do PIB de Itália (-0.3 p.p.).
Notas: i) as revisões referem-se às previsões apresentadas na semana anterior (terminada em 24 de agosto); ii) relativamente a Portugal, apesar de
continuarmos perante uma enorme incerteza, o Montepio continuou a apontar para previsões de crescimento em 2020 a oscilarem essencialmente entre -7.0%
e -11.0%, com a maior massa de probabilidade a permanecer em torno dos -9.0% (+2.2% em 2019).
2017 2018 2019 2020 2021 2020 2021
EUA 2.4 2.9 2.3 -4.7 4.6 0.4 0.0
Zona Euro 2.7 1.9 1.3 -7.8 6.3 0.0 0.0
Alemanha 2.9 1.3 0.6 -6.2 5.5 0.2 -0.2
França 2.4 1.8 1.5 -9.8 7.5 0.0 0.0
Itália 1.7 0.7 0.3 -9.7 6.6 -0.3 -0.1
Espanha 2.9 2.4 2.0 -11.1 7.5 0.0 0.0
Portugal 3.5 2.6 2.2 -9.0 6.3 0.0 0.0
Reino Unido 1.9 1.3 1.5 -10.0 8.9 0.0 0.0
Japão 2.2 0.3 0.7 -5.3 3.4 0.0 0.0
China 6.8 6.6 6.1 2.2 7.9 0.0 0.0
India 6.9 6.8 4.9 -7.6 5.9 -3.9 -0.9
Brasil 1.3 1.3 1.1 -6.2 5.0 0.0 0.0
Rússia 1.6 2.5 1.3 -4.6 3.8 0.0 0.0
G4+BRIC 4.0 3.9 3.3 -3.8 6.1 -0.4 -0.1
Previsões Macroeconómicas do Montepio (GEEF-Research)
Revisões (p.p.) PIB
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EVENTOS ANUNCIADOS
Semanal de Economia e de Mercados
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Mundo ultrapassou fasquia dos 25 milhões de infetados.
Índia com maior aumento diário mundial de Covid-19
No que diz respeito à evolução da pandemia no Mundo, foi
ultrapassada a fasquia dos 25 milhões de infetados com Covid-
19. A Índia registou mais de 78 mil casos em 24h, um novo
recorde mundial. O anterior recorde diário tinha sido
estabelecido a 17 de julho pelos EUA, quando diagnosticaram
77 638 contágios, de acordo com dados compilados pela
agência de notícias France-Presse (AFP). A Índia foi o país com
o maior número de novas infeções na semana passada (488
271), à frente dos EUA (293 419), que se aproximou do limite de
seis milhões de casos declarados oficialmente, do Brasil (263
791), da Colômbia (66 811) e da Argentina (64 437).
Mais vacinas para os países da União Europeia: 225 milhões
de doses da CurveVac e 300 milhões da AstraZenec
Em termos dos desenvolvimentos ao nível das vacinas e das
terapêuticas, de referir que, no início da semana passada, a
Comissão Europeia deu mais um passo no sentido de firmar
um acordo com a CureVac para a compra de 225 milhões de
doses de uma potencial vacina para o Covid-19, em nome de
todos os Estados-membros. A Comissão fez também um
adiantamento de 336 milhões de euros (M€) à farmacêutica
britânica AstraZeneca para garantir pelo menos 300 milhões
de doses da sua potencial vacina para o Covid-19, afirmou,
no final da semana passada, um porta-voz na Comissão. Ficou
também garantida a opção de compra de mais 100 milhões de
doses adicionais da vacina em desenvolvimento.
EUA vão adquirir 150 milhões de testes rápidos à Abbott
A Casa Branca anunciou, no final da semana passada, a
aquisição de 150 milhões de unidades de testes rápidos de
deteção do novo coronavírus ao grupo farmacêutico Abbott,
com o propósito de apoiar a recuperação económica do país. "É
um grande desenvolvimento que vai ajudar" o país "a
permanecer aberto", fazer com que a população volte a
trabalhar e permitir que as crianças regressem às aulas
presenciais, escreveu a porta-voz do Presidente dos EUA,
Kayleigh McEnany, na rede social Twitter.
Antiviral da Merck pode substituir tratamentos contra
Covid-19
Antiviral da Merck pode substituir tratamentos contra
Covid-19. Os resultados dos testes de nível intermédio aos
novos comprimidos podem ser divulgados já esta semana,
abrindo caminho para o novo medicamento chegar ao mercado
antes do fim do ano.
Dividendos globais tombam 91.5 mM€ durante a crise do
Covid-19
Em termos de impacto da crise, um estudo às 1 200 maiores
empresas do mundo revelou a maior queda trimestral desde
de que há registos. O valor pago pelas grandes empresas aos
seus investidores caiu entre abril e junho, quando as empresas
cortaram ou cancelaram os seus dividendos para conservar
dinheiro durante a crise da pandemia do coronavírus. O total de
pagamentos feitos aos acionistas caiu globalmente 108.1 mM$
(91.5 mM€), para 382.2 mM$, uma queda de 22%.
Comissão Europeia propôs ao Conselho Europeu a
concessão de um empréstimo de 5.9 mM€ em condições
favoráveis, no âmbito do instrumento SURE, para Portugal
financiar as medidas de apoio e preservação de emprego
adotadas na sequência da pandemia
Ao nível das respostas à crise em termos de política
orçamental, a Comissão Europeia propôs ao Conselho
Europeu que Portugal receba os 5.9 mM€ a que se
candidatou para financiar medidas de apoio ao emprego no
âmbito do instrumento SURE. A proposta feita relativamente a
Portugal junta-se à proposta conhecida na 2.ª feira para a
distribuição de 81.4 mM€ por 15 Estados-membros. Assim, a
Comissão já apresentou propostas para conceder empréstimos
a 16 países da União Europeia (UE) num valor total de 87.3
mM€. O SURE funciona como uma rede de proteção ao
emprego no contexto da crise pandémica e permitirá à UE
atribuir empréstimos em condições favoráveis num valor global
que pode chegar ao máximo de 100 mM€, pelo que há ainda
12.7 mM€ de verba disponível.
Alemanha aumenta as ajudas para a preservação dos
empregos de forma a promover a recuperação
A Alemanha estendeu um programa que tem evitado que
milhões de pessoas perdessem o emprego, ajudando a maior
economia da Europa a recuperar da crise do coronavírus. Numa
reunião em Berlim, a coligação da Chanceler Angela Merkel
concordou em fornecer subsídios até ao final de 2021. Os
subsídios, conhecidos em alemão como "Kurzarbeit" e
originalmente destinados a 12 meses, permitem que as
empresas mantenham os trabalhadores durante o choque
económico.
Fed admite que a inflação possa estar acima dos 2% para
suportar emprego, o que implicitamente implica uma
política monetária expansionista durante mais tempo
Ao nível das respostas à crise em termos da política
monetária, a Reserva Federal (Fed) dos EUA anunciou uma
alteração à sua estratégia de política monetária, durante o
encontro anual do banco central em Jackson Hole, que vai
permitir que a inflação suba mais do que os 2% estipulados,
durante alguns períodos, com o objetivo de suportar o
mercado de trabalho. Na prática, significa que deverá manter
as taxas de juro baixas durante mais tempo, de modo a
impulsionar a economia do país. Jerome Powell, Presidente da
Fed, referiu que "a declaração revista reflete a nossa apreciação
pelos benefícios de um mercado de trabalho forte,
especialmente para muitos trabalhadores de rendimentos baixos
e moderados, e que um mercado de trabalho robusto pode ser
sustentado sem causar um aumento indesejado na inflação". A
alteração central nesta política da Fed passa pela meta de
inflação média. A partir de agora, depois da conferência virtual
que teve início ontem e que se prolongará até hoje, o banco
central vai ser mais tolerante com os desvios da inflação face ao
seu objetivo de 2%, de forma a compensar a inflação
persistentemente baixa, que tem afetado não só a economia
americana, como outras geografias nos últimos anos. Para além
das alterações no campo da inflação, a Fed ajustou a sua
política sobre o emprego. Powell enfatizou que um patamar
máximo de emprego é um objetivo demasiado abrangente pelo
que, a partir de agora, o banco central vai basear as suas
decisões de política monetária nas "avaliações das deficiências
de emprego no seu nível máximo". Desde que o banco central
oficializou a meta de inflação nos 2%, em 2012, o deflator do
consumo privado esteve sempre aquém deste objetivo,
circulando por volta dos 1.4%, em média.
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Indicadores Anunciados na Semana Passada
Fonte: Thomson Reuters. Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada
ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses.
País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão
Portugal 26-ago Saldo Adm. Públicas - Acumulado Jul - - -8 331.7 M€ -6 776.0 M€ --
28-ago Confiança do Consumidor - INE (mm3m) Aug -- -26 -28.3 --
Indicador de Clima Económico - INE (mm3m) Aug -- -1.3 -2.9 --
Sentimento Económico (CE) Aug -- 85.9 84.6 --
Vendas a Retalho (MoM) Jul -- 3.90% 4.40% 5.30%
Vendas a Retalho (YoY) Jul -- -3.00% -6.60% -5.70%
Espanha 25-ago IPP (YoY) Jul -- -4.80% -6.10% -5.90%
28-ago Sentimento Económico (CE) Aug -- 88.1 90.6 --
Total de Empréstimos Hipotecários - Valor (YoY) Jun -- -6.90% -28.00% --
Vendas a Retalho Reais (YoY) Jul -- -3.70% -3.30% --
Vendas a Retalho Reais sa Wda (YoY) Jul -- -3.90% -4.70% --
Alemanha 25-ago Consumo Privado (QoQ) 2Q -9.80% -10.90% -3.20% -2.50%
Consumo Público (QoQ) 2Q 1.50% 1.50% 0.20% 0.60%
IFO - Avaliação Atual Aug 86.2 87.9 84.5 --
IFO - Clima Empresarial Aug 92.1 92.6 90.5 90.4
IFO - expectativas Aug 98 97.5 97 96.7
Investimento em Capital (QoQ) 2Q -12.20% -7.90% -0.20% -0.50%
PIB nsa (YoY) 2Q F -11.70% -11.30% -11.70% --
PIB sa wda (QoQ) 2Q F -10.10% -9.70% -10.10% --
PIB sa wda (YoY) 2Q F -11.70% -11.30% -11.70% --
28-ago GfK - Confiança Consumidor Sep 1 -1.8 -0.3 -0.2
França 26-ago Confiança do Consumidor Aug 94 94 94 --
27-ago Índice de Confiança Empresarial (INSEE) Aug 88 91 85 84
Índice de Confiança Industrial (INSEE) Aug 86 93 82 --
Perspetivas sobre Produção da Própria Empresa Aug 13 22 24 --
Perspetivas sobre Produção Global Aug -2 -3 -3 -4
28-ago Consumo Privado (MoM) Jul 1.20% 0.50% 9.00% 10.30%
Consumo Privado (YoY) Jul 2.60% 0.60% 1.30% 0.50%
IPC (YoY) Aug P 0.10% 0.20% 0.80% --
IPCH (YoY) Aug P 0.20% 0.20% 0.90% --
IPP (YoY) Jul -- -2.60% -2.70% --
PIB (QoQ) 2Q F -13.80% -13.80% -13.80% --
PIB (YoY) 2Q F -19.00% -18.90% -19.00% --
Itália 27-ago Encomendas Industriais nsa (YoY) Jun -- -11.80% -34.70% -34.10%
Encomendas Industriais sa (MoM) Jun -- 23.40% 42.20% 43.80%
Vendas Industriais nsa (YoY) Jun -- -16.40% -25.90% --
Vendas Industriais sa (MoM) Jun -- 13.40% 41.90% 42.30%
28-ago Confiança do Consumidor Aug 101 100.8 100 100.1
Índice de Confiança Industrial Aug 88.9 86.1 85.2 85.3
Índice de Sentimento Empresarial Aug -- 80.8 76.7 77
IPP (YoY) Jul -- -5.40% -6.10% --
Zona Euro 27-ago M3 sa (YoY) Jul 9.20% 10.20% 9.20% --
28-ago Confiança do Consumidor Aug F -- -14.7 -14.7 --
Confiança Industrial Aug -13 -12.7 -16.2 --
Confiança nos Serviços Aug -23 -17.2 -26.1 -26.2
Sentimento Económico (CE) Aug 85 87.7 82.3 82.4
R. Unido 25-ago Survey CBI - Vendas no Comércio a Retalho Aug 6 -6 4 --
28-ago Sentimento Económico (CE) Aug -- 75.1 75.5 --
Japão 26-ago Índice de Preços nas Empresas - Serviços (YoY) Jul 0.80% 1.20% 0.80% 0.90%
27-ago Índice de Atividade Económica sa (MoM) Jun 6.30% 6.10% -3.50% -4.10%
28-ago IPC Core Tóquio (IPC excl. prod. alim. não transf. e energia) Aug 0.40% -0.10% 0.60% --
IPC Tokyo (YoY) Aug 0.60% 0.30% 0.60% --
IPC Tokyo exc prod aliment não transformados (YoY) Aug 0.30% -0.30% 0.40% --
Brasil 24-ago Confiança do Consumidor Aug -- 80.2 78.8 --
25-ago Investimento Direto Estrangeiro Jul $2200m $2685m $4754m $4814m
IPCA-15 - IBGE (YoY) Aug 2.30% 2.28% 2.13% --
26-ago Custos nas Construção - FGV (MoM) Aug 0.86% 0.82% 0.84% --
28-ago Empréstimos (MoM) Jul 0.00% 1.00% 0.80% --
Incumprimento Individual (+ 90 dias de atraso) Jul 5.30% 5.10% 5.20% --
Saldo Orçamental Jul -97.6b -87.8b -194.7b --
China 27-ago Lucros Industriais (YoY) Jul -- 19.60% 11.50% --
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Indicadores Anunciados na Semana Passada (continuação)
Fonte: Thomson Reuters. Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada
ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses.
País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão
EUA 24-ago Índice de Atividade Nacional - CFNAI Jul 3.7 1.18 4.11 5.33
25-ago Confiança do Consumidor (Confer. Board) Aug 93 84.8 92.6 91.7
Índice de Preços de Habitações FHFA -Aquisições (QoQ) 2Q -- 0.80% 1.70% --
Índice Preços Habitação - FHFA (MoM) Jun 0.30% 0.90% -0.30% -0.20%
IP Habitação S&P/Core Logic (20 Áreas Metropolitanas) Jun -- 225.13 224.76 224.6
IP Habitação S&P/Core Logic (20 Áreas Metropolitanas) sa MoM Jun 0.10% 0.00% 0.04% -0.03%
IP Habitação S&P/Core Logic (20 Áreas Metropolitanas) YoY Jun 3.60% 3.46% 3.69% 3.61%
IP Habitação S&P/Core Logic (Nacional) Jun -- 219.82 218.87 218.6
IP Habitação S&P/Core Logic Nacional YoY Jun -- 4.29% 4.46% 4.32%
Richmond Fed - Manufacturing Aug 10 18 10 --
Vendas Casas Novas (MoM) Jul 1.80% 13.90% 13.80% 15.10%
Vendas Casas Novas saar Jul 790k 901k 776k 791k
26-ago Enc. Bens Dur. Ex Def. Mat. Aero (Mom) Jul P 1.70% 1.90% 3.40% 4.30%
Encomendas Bens Duradouros excl Transp sa (MoM) Jul P 2.00% 2.40% 3.60% 4.00%
Encomendas Bens Duradouros sa (MoM) Jul P 4.80% 11.20% 7.60% 7.70%
Entregas Bens Dur. Ex Def. Mat. Aero (MoM) Jul P 1.80% 2.40% 3.30% 3.80%
27-ago Confiança do Consumidor (Bloomberg; anterior ABC) Aug 23 -- 44.3 43.5 --
Consumo Privado (QoQ) 2Q S -34.20% -34.10% -34.60% --
Contratos Assinados p/ Venda de Casas Usadas (MoM) Jul 2.00% 5.90% 16.60% 15.80%
Contratos Assinados p/ Venda de Casas Usadas nsa (YoY) Jul 10.80% 15.40% 12.70% 11.80%
Deflator Core do Consumo Privado (QoQ) 2Q S -1.10% -1.00% -1.10% --
Deflator do PIB (QoQ) 2Q S -1.80% -2.00% -1.80% --
Kansas City Fed Aug 5 14 3 --
Pedidos Subsídio de Desemprego - Acumulado Aug 15 14400k 14535k 14844k 14758k
Pedidos Subsídio de Desemprego - Novos Aug 22 1000k 1006k 1106k 1104k
PIB Anualizado (QoQ) 2Q S -32.50% -31.70% -32.90% --
28-ago Balança Comercial de Bens (estimativa preliminar) Jul -$72.0b -$79.3b -$70.6b -$71.0b
Chicago PMI Aug 52.6 51.2 51.9 --
Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) Aug F 72.8 74.1 72.8 --
Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) - Expec. Inf. 1Y Aug F -- 3.10% 3.00% --
Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) - Expec. Inf. 5Y Aug F -- 2.70% 2.70% --
Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) - Expectativas Aug F 66 68.5 66.5 --
Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) - Situação Aug F 82.4 82.9 82.5 --
Consumo Privado - Nominal (MoM) Jul 1.60% 1.90% 5.60% 6.20%
Consumo Privado (real) Jul 1.30% 1.60% 5.20% 5.70%
Deflator Consumo Privado (YoY) Jul 1.00% 1.00% 0.80% 0.90%
Deflator Core Consumo Privado (YoY) Jul 1.20% 1.30% 0.90% 1.10%
Deflator Core do Consumo (MoM) Jul 0.50% 0.30% 0.20% 0.30%
Deflator do Consumo (MoM) Jul 0.40% 0.30% 0.40% 0.50%
Rendimento Privado sa (MoM) Jul -0.20% 0.40% -1.10% -1.00%
Stocks Grossistas (MoM) Jul P -0.90% -0.10% -1.40% -1.30%
Stocks Retalhistas - estimativa preliminar (MoM) Jul -1.10% 1.20% -2.60% -2.70%
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA
Semanal de Economia e de Mercados
15
EUA: PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta, o que, associado à revisão que efetuámos à previsão do
3.º trimestre, nos levou a rever em alta a previsão do PIB de 2020 em 0.4 p.p., apontando-se agora
para uma descida de 4.7%. Encomendas de bens duradouros em julho superaram as expectativas,
algo que também sucedeu com o consumo privado e os stocks dos grossistas e dos retalhistas, que
mais do que compensaram os dados mais negativos da balança comercial de bens, levando-nos a rever
em alta, durante a semana, em 2 p.p. a nossa previsão para subida anualizada do PIB no 3.º trimestre
para valores na ordem de 22% (continuando a identificar-se riscos ascendentes), em recuperação da
queda de 31.7% observada no 2.º trimestre, que resultou dos efeitos da crise do coronavírus. Dados
do imobiliário maioritariamente positivos: índice de preços S&P/Core Logic – 20 principais áreas
metropolitanas estabilizou em junho, não recuperando da queda de maio, mas o indicador análogo da
FHFA recuperou da queda do mês anterior e atingiu máximos históricos, enquanto as vendas de
casas novas subiram em julho inesperadamente para máximos desde 2006 e os contratos de compras e
venda de casas usadas para máximos desde outubro de 2005. A confiança dos consumidores,
calculado pela Conference Board, desceu para mínimos desde maio de 2014, contrariando as
expectativas do mercado, devendo ter sido penalizada pelo aumento dos novos casos de Covid-19 no
país em julho e no início de agosto. Já o indicador da Bloomberg subiu na 4.ª semana de agosto e o da
Universidade de Michigan foi revisto em alta na estimativa final de agosto, intensificando a subida
mensal. No mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego desceram em linha com
o esperado, sendo consistentes com uma aceleração do emprego em agosto. Também os dados da
indústria se revelaram maioritariamente favoráveis, com o Chicago PMI a cair inesperadamente em
agosto, mas permaneceu acima do limiar da expansão, e com os indicadores dos Distritos da Fed de
Kansas City e de Richmond a atingirem em agosto máximos desde outubro de 2018.
PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta, o que, associado à
revisão que efetuámos à previsão do 3.º trimestre, nos
levou a rever em alta a previsão do PIB de 2020 em 0.4 p.p.,
apontando-se agora para uma descida de 4.7%
Detalhando a nossa análise, a 2.ª estimativa do PIB para o 2.º
trimestre apontou para uma queda trimestral anualizada de
31.7% (-32.9% na 1.ª estimativa), aquém das nossas
expectativas (Montepio: -31.9%) e das do mercado (consenso: -
32.5%), após a contração de 5.0% no 1.º trimestre (que era a
maior desde o 4.º trimestre de 2008). Tratou-se da maior
descida trimestral da atual série do PIB, iniciada em 1947, com
esta contração a resultar dos efeitos da pandemia do Covid-19
sobre a economia, sendo especialmente penalizados pelo
investimento empresarial em equipamentos e pelo consumo
privado, nomeadamente de serviços, tradicionalmente muito
pouco volátil, mas que registou a maior queda de sempre, em
resultado das medidas de confinamento adotadas na maioria
dos estados dos EUA. A revisão do crescimento do PIB no 2.º
trimestre refletiu a revisão em alta dos contributos do
investimento em existências (+0.52 p.p.), do consumo
privado (+0.29 p.p.), das exportações líquidas (+0.22 p.p.) e
do investimento privado em capital fixo (+0.18 p.p.), sendo
que o contributo dos gastos públicos não sofreu revisões.
O PIB caiu para o nível mais baixo desde o 4.º trimestre de
2014, mas ainda ficou 9.6% acima do máximo histórico anterior
à Grande Recessão, devendo observar um crescimento
anualizado no 3.º trimestre na ordem de 21% (revisto durante a
semana dos anteriores +20%), com a recuperação da economia
em maio e junho face aos recentes mínimos de abril e implicar já
um carry-over significativo para o atual trimestre. Em função dos
efeitos da pandemia, a economia deverá cair 4.7% em 2020
(revisto de -5.1%, quer devido ao facto de o crescimento do 2.º
trimestre ter ficado acima das expectativas, quer em resultado
da revisão em alta, efetuada durante a semana, ao crescimento
do 3.º trimestre e não obstante se antecipar para o 4.º trimestre
um crescimento um pouco mais fraco do que o anteriormente
perspetivado), devendo depois recuperar grande desta queda,
subindo 4.6% em 2021.
Encomendas de bens duradouros em julho superaram as
expectativas…
Relativamente ao 3.º trimestre, as encomendas de bens
duradouros subiram em junho mais do que o esperado,
registando a 2.ª forte subida consecutiva, em recuperação das
fortes quedas de março e abril. Prevemos uma subida do
investimento empresarial em equipamentos no 3.º trimestre,
após a forte queda no 2.º trimestre.
… algo que também sucedeu com os stocks dos grossistas
e dos retalhistas…
Por sua vez, os stocks dos grossistas caíram menos do que o
esperado em julho e os dos retalhistas subiram
inesperadamente. Já o défice da balança comercial de bens
subiu mais do que o esperado. Continuamos a prever um
contributo negativo das exportações líquidas para o
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA
Semanal de Economia e de Mercados
16
crescimento do PIB do 3.º trimestre, mas um contributo positivo
da variação de existências.
… bem como com o consumo privado
Também ao nível do consumo privado os dados foram
favoráveis. Em julho, o consumo privado registou uma subida
de 1.6%, depois de, no mês anterior, crescido 5.2% e após ter
avançado 8.4% em maio, a maior da série iniciada em 1995,
fazendo melhor do que as expectativas do mercado (consenso:
+1.3%), continuando a recuperar da descida de abril (-12.4%, a
maior de sempre), que tinha sido a 3.ª consecutiva e que tinha
colocado o indicador em mínimos desde dezembro de 2011,
ficando agora 4.8% abaixo dos máximos históricos de janeiro. O
consumo privado caiu a um ritmo anualizado de 34.1% no 2.º
trimestre (a maior queda da série iniciada em 1947), devendo
regressar ao crescimento no 3.º trimestre, para valores na
ordem de 29% (revisto de 27%).
Dados quantitativos positivos de julho levaram-nos a rever
em alta em 2 p.p. a nossa previsão para subida anualizada
do PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de 22%
Os dados positivos das encomendas de bens duradouros, dos
stocks dos grossistas e dos retalhistas de julho, bem como os
dados de julho do consumo privado, mais do que compensaram
os dados mais negativos da balança comercial, levando-nos a
rever em alta em 2 p.p. a nossa previsão para subida
anualizada do PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de
22% (continuando a identificar-se riscos ascendentes), em
recuperação da queda de 31.7% observada no 2.º trimestre, que
resultou dos efeitos da crise do coronavírus.
Dados do imobiliário maioritariamente positivos: índice de
preços S&P/Core Logic – 20 principais áreas metropolitanas
estabilizou em junho, não recuperando da queda de maio,
mas o indicador análogo da FHFA recuperou da queda do
mês anterior e atingiu máximos históricos, enquanto as
vendas de casas novas subiram em julho inesperadamente
para máximos desde 2006 e os contratos de compras e
venda de casas usadas para máximos desde outubro de
2005
No imobiliário, os preços das habitações vendidas,
calculado pelo índice S&P/Core Logic referente às 20
principais áreas metropolitanas estabilizaram em junho, após
uma queda de 0.03% no mês anterior (revista de +0.04%) e 97
subidas consecutivas, continuando perto dos níveis máximos
históricos de abril. Por sua vez, segundo o índice da Agência
Federal de Financiamento da Habitação (FHFA), os preços a
nível nacional subiram 0.9% em junho, superando as
expectativas do mercado de uma subida mais moderada
(consenso: +0.3%), registando a 40.ª subida em 41 meses (a
exceção foi a descida de maio), atingindo níveis máximos
históricos, ficando agora 28.2% acima dos anteriores máximos
históricos, registados em abril de 2007. A crise do coronavírus
constitui um forte constrangimento podendo conduzir a alguma
volatilidade nos preços nos próximos meses.
Já em julho, as vendas de casas novas subiram de 791 mil
(revisto de +776 mil) para 901 mil, contrariando as expectativas
do mercado (consenso: 790 mil), aliviando, pelo 3.º mês
consecutivo, do nível mais baixo desde dezembro de 2018,
atingindo o nível mais elevado desde dezembro de 2006.
Também em julho os contratos de compras e venda de casas
usadas registaram a 3.ª subida consecutiva e depois de, em
maio, ter observado a maior subida mensal de sempre, mas
após terem afundado em março e abril e passado do nível mais
elevado desde fevereiro de 2017 para o mais baixo de sempre
deste indicador criado em 2001, tendo mais do que recuperado
dessas fortes quedas e atingindo máximos desde outubro de
2005, sugerindo dever ter-se assistido a uma nova subida das
vendas de casas usadas em agosto, a 3.ª consecutiva, depois
das intensas quedas em abril e maio.
Confiança dos consumidores, calculada pela Conference
Board, desceu para mínimos desde maio de 2014,
contrariando as expectativas do mercado. Já o indicador da
Bloomberg subiu na 4.ª semana de agosto e o da
Universidade de Michigan foi revisto em alta na estimativa
final de agosto, intensificando a subida mensal
Os dados da confiança dos consumidores revelaram-se
maioritariamente positivos, com exceção do indicador da
Conference Board, que caiu em agosto, de 91.7 para 84.8
pontos, ficando abaixo das expectativas do mercado (consenso:
93.0 pontos), observando a 2.ª queda consecutiva, após duas
subidas, caindo para um mínimo desde maio de 2014. Já o
indicador da Bloomberg subiu no 4.º registo semanal de
agosto, registando 10 subidas em 14 semanas, estando, agora,
a estabilizar em agosto, após duas subidas mensais
consecutivas, continuando acima do registo de maio, um mínimo
mensal desde setembro de 2014. Por sua vez, o indicador da
Universidade de Michigan foi revisto em alta na estimativa
final, intensificando a subida mensal. A confiança foi suportada,
sobretudo, pela componente de expectativas, sendo
marginalmente suportada também pela de situação (que foi
revista de uma queda para uma subida), que terá sido
condicionada pelo aumento em julho do n.º de novos casos de
Covid-19 no país, que fez com que diversos Estados tenham
dado passos atrás na reabertura da economia. O indicador
compósito do Montepio para a confiança dos consumidores
americanos subiu em agosto, pela 3.ª vez em quatro meses (a
exceção foi a queda de julho), e depois de duas quedas em que
tinha passado do nível mais elevado desde novembro de 2000
para o mais baixo desde novembro de 2013, sinalizando um
crescimento anualizado do consumo privado de 2.1% no 3.º
trimestre, acima dos 1.9% que tinha sinalizado para o 2.º
trimestre (quando o consumo caiu 34.1%), mas antecipando-se,
como referido, um crescimento bem superior, na ordem de 29%.
Novos pedidos de subsídio de desemprego desceram em
linha com o esperado, sendo consistentes, com uma
aceleração do emprego em agosto
No mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de
desemprego desceram sensivelmente em linha com o esperado
na semana terminada em 22 de agosto, sendo o 2.º registo mais
baixo desde março (o mais baixo foi observado na 1.ª semana
de agosto), sinalizando uma aceleração do emprego em agosto,
após o abrandamento de julho.
Também os dados da indústria se revelaram
maioritariamente favoráveis, com o Chicago PMI a cair
inesperadamente em agosto, mas permanecendo acima do
limiar da expansão, e com os indicadores dos Distritos da
Fed de Kansas City e de Richmond a atingirem em agosto
máximos desde outubro de 2018
Na indústria, o dado menos favorável foi o registo de agosto do
indicador PMI da atividade da região de Chicago, que caiu, de
51.9 para 51.2 pontos, contrariando as expectativas do mercado
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA
Semanal de Economia e de Mercados
17
(consenso: 52.6 pontos), mas ficando bem acima dos 32.3
pontos de maio, um mínimo desde março de 1982, aliviando de
um máximo desde maio de 2019, sinalizando uma subida da
atividade na região, pelo 2.º mês consecutivo, após 12 quedas e
40 meses de expansão. Já o indicador da atividade industrial
do distrito da Reserva Federal de Richmond registou em
agosto a 4.ª subida consecutiva, mas após, em abril, ter
observado a maior queda de sempre, que o colocou num
mínimo histórico deste indicador criado em 1993, ascendendo
agora a um máximo desde outubro de 2018. Também o
indicador da atividade industrial do distrito da Reserva
Federal de Kansas City atingiu em agosto um máximo desde
outubro de 2018.
O Destaque na semana passada… nos EUA
PIB
Segunda estimativa do PIB para o 2.º trimestre apontou para uma queda
trimestral anualizada de 31.7% (-32.9% na 1.ª est.), aquém das nossas
expectativas (Montepio: -31.9%) e das do mercado (consenso: -32.5%), após a
contração de 5.0% no 1.º trimestre (que era a maior desde o 4.º trimestre de 2008).
Tratou-se da maior descida da atual série do PIB, iniciada em 1947, resultando
dos efeitos da pandemia do Covid-19 sobre a economia, sendo especialmente
penalizados pelo investimento empresarial em equipamentos e pelo consumo
privado, nomeadamente de serviços, tradicionalmente muito pouco volátil, mas
que registou a maior queda de sempre, em resultado das medidas de
confinamento adotadas na maioria dos estados dos EUA.
De acordo com a 2.ª estimativa do PIB para o 2.º trimestre, registou-se uma descida
trimestral anualizada de 31.7% (-32.9% na 1.ª estimativa), aquém das nossas
expectativas (Montepio: -31.9%) e das do mercado (consenso: -32.5%), após a queda
de 5.0% no 1.º trimestre (que era a maior desde o 4.º trimestre de 2008, quando o PIB
recuou 8.4%).
Não obstante a revisão, tratou-se da maior descida trimestral da atual série do PIB,
iniciada em 1947, com esta contração a resultar dos efeitos da pandemia do Covid-19
sobre a economia, sendo especialmente penalizados pelo investimento empresarial em
equipamentos e pelo consumo privado, nomeadamente de serviços, tradicionalmente
muito pouco volátil, mas que registou a maior queda de sempre, em resultado das
medidas de confinamento adotadas na maioria dos estados dos EUA.
A economia está em recessão técnica (dois trimestres consecutivos de contração em
cadeia do PIB), sendo que, de acordo com as datações do NBER, a economia esteve
em expansão entre julho de 2009 e fevereiro de 2020, sendo o mais longo período de
expansão da história do país.
A revisão do crescimento do PIB no 2.º trimestre refletiu a revisão em alta dos
contributos do investimento em existências (+0.52 p.p.), do consumo privado (+0.29
p.p.), das exportações líquidas (+0.22 p.p.) e do investimento privado em capital
fixo (+0.18 p.p.), sendo que o contributo dos gastos públicos não sofreu revisões.
A descida do PIB no 2.º trimestre refletiu os contributos negativos do consumo
privado (-24.76 p.p. vs -4.75 p.p. no trimestre anterior), do investimento privado em
capital fixo (-5.20 p.p. vs -0.23 p.p. no trimestre anterior) e do investimento em
existências (-3.46 p.p. vs -1.34 p.p. no trimestre anterior), que mais do que anularam
os contributos positivos das exportações líquidas (+0.90 p.p. vs + 1.13 p.p. no
trimestre anterior) e dos gastos públicos (+0.82 p.p. vs +0.22 p.p. no trimestre
anterior).
Durante o ciclo económico iniciado no 3.º trimestre de 2009 e finalizado no 1.º trimestre
de 2019, o mais baixo crescimento aconteceu no 1.º trimestre de 2014 (-1.1%),
enquanto o mais elevado ocorreu no 2.º trimestre de 2014 (+5.5%), que é também o
maior desde o 3.º trimestre de 2003 (+7.0%). O crescimento médio e mediano desse
período de expansão cifrou-se em 2.3%, um valor abaixo dos crescimentos medianos
observados desde 1965 até 2019 (+3.0%), embora sendo superior ao crescimento
potencial estimado pela Fed (cerca de +1.9%).
Nesses 42 trimestres de expansão da economia (ou seja, entre o 3.º trimestre de 2009
e o 4.º trimestre de 2019), o PIB caiu por duas vezes: no 1.º trimestre de 2011 (-1.0%) e
no 1.º trimestre de 2014 (-1.1%).
PIB caiu para o nível mais baixo desde o 4.º trimestre de 2014, mas ainda ficou
9.6% acima do máximo histórico anterior à Grande Recessão
No 2.º trimestre, a economia caiu para o nível mais baixo desde o 4.º trimestre de
2014, mas ainda ficou 9.6% acima (revisto de +9.2%) do máximo histórico anterior à
Grande Recessão (registado no 4.º trimestre de 2007), sendo que no 4.º trimestre de
2019 estava 21.9% acima.
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2010
:Q2
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:Q2
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2015
:Q2
2016
:Q2
2017
:Q2
2018
:Q2
2019
:Q2
2020
:Q2
Var. Trim. Anualizada (QoQ)
Var. Hom. (YoY)
Var. Média Anual
EUA - PIB
Un: %
1ºT20 2ºT20 1ºT20 2ºT20
PIB -5.0 -31.7 0.3 -9.1
Consumo Privado -6.8 -34.1 0.2 -10.5
Duradouros -12.5 -1.2 2.0 -1.4
Não-Duradouros 7.1 -14.9 3.6 -1.7
Serviços -9.8 -43.1 -1.1 -14.5
Gastos Públicos 1.3 2.8 2.7 2.1
Investimento Privado -9.0 -46.2 -4.2 -16.8
Capital Fixo -1.4 -28.9 0.4 -7.7
Residencial 19.0 -37.9 6.6 -4.9
Estruturas -3.7 -33.4 -1.0 -10.9
Equipamentos -15.2 -35.9 -5.8 -14.9
Proprieda intelectual 2.4 -7.7 4.1 1.0
Exportações -9.5 -63.2 -2.6 -23.2
Importações -15.0 -54.0 -5.3 -22.4
Trimestral Homólogo
EUA - PIB
14,000
15,000
16,000
17,000
18,000
19,000
20,000
21,000
22,000
23,000
2005:Q
2
2006:Q
2
2007:Q
2
2008:Q
2
2009:Q
2
2010:Q
2
2011:Q
2
2012:Q
2
2013:Q
2
2014:Q
2
2015:Q
2
2016:Q
2
2017:Q
2
2018:Q
2
2019:Q
2
2020:Q
2
PIB - baseado na tendencia de crescimento 1998-2007
PIB
EUA - PIB vs Estimativa para o PIB baseado na tendencia
Un: 10^9$
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Crescimento Trimestral Anualizado
EUA - PIB
Un: %Previsão
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Semanal de Economia e de Mercados
18
PIB deverá observar um crescimento anualizado no 3.º trimestre na ordem de
22% (revisto durante a semana dos anteriores +20%), com a recuperação da
economia em maio e junho face aos recentes mínimos de abril e implicar já um
carry-over significativo para o atual trimestre
Para o 3.º trimestre, prevemos que o PIB possa crescer a um ritmo anualizado na
ordem de 22% (revisto durante a semana dos anteriores +20%), com a recuperação da
economia em maio e junho face aos recentes mínimos de abril e implicar já um carry-
over significativo para o atual trimestre, estimando-se que em julho o ritmo de
crescimento possa ter sido inferior ao estimado para junho, devendo abrandar também
em agosto em resultado do recente recrudescimento do n.º de novos casos de Covid-
19, levando a alguns passos atrás nas medidas de desconfinamento em vários
estados.
O consumo privado deverá regressar ao crescimento no 3.º trimestre, bem como o
investimento em capital fixo e o investimento em existências. Já os gastos
públicos deverão continuar a crescer, mas as exportações líquidas deverão
regressar aos contributos negativos.
Depois de ter acelerado nos dois anos anteriores, a economia abrandou em 2016,
mas acelerou em 2017 e 2018, tendo abrandado novamente em 2019 e devendo
cair 4.7% em 2020 (revisto de -5.1%), devido aos efeitos da pandemia
Em termos anuais, depois de a economia ter crescido 3.1% em 2015, abrandou para
1.7% em 2016, o mais baixo crescimento anual desde 2011, tendo acelerado em 2017
para 2.3% e em 2018 para 3.0%, observando o maior crescimento desde 2015 (que é o
maior desde 2005), mas abrandou no ano de 2019 para 2.2%. O crescimento médio
anual no período 2015/19 situou-se em 2.5%, um valor acima do observado nos cinco
anos anteriores (+2.1% no período 2010/14).
Em função dos efeitos da pandemia, a economia deverá cair 4.7% em 2020 (revisto de
-5.1%, quer devido ao facto de o crescimento do 2.º trimestre ter ficado acima das
expectativas, quer em resultado da revisão em alta, efetuada durante a semana, ao
crescimento do 3.º trimestre e não obstante se antecipar para o 4.º trimestre um
crescimento um pouco mais fraco do que o anteriormente perspetivado), devendo
depois recuperar grande desta queda, subindo 4.6% em 2021.
-35
-30
-25
-20
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2010
:Q2
2011
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2012
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2013
:Q2
2014
:Q2
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:Q2
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:Q2
2017
:Q2
2018
:Q2
2019
:Q2
2020
:Q2
Var. Trim. Anualizada (QoQ)
Var. Hom. (YoY)
Var. Média Anual
EUA - Consumo Privado
Un: %
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2010
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2011
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2013
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2014
:08
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2017
:08
2018
:08
2019
:08
2020
:08
PIB - Variação Homóloga
Deflator Core PCE - Variação Homóloga
Fed Funds
EUA - Evolução do PIB, da Inflação (Core) e dos Fed Funds
Un: %
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA
Semanal de Economia e de Mercados
19
Aconteceu na semana passada… nos EUA
Emprego
Novos pedidos de subsídio de desemprego desceram na semana terminada em
22 de agosto, ficando num nível similar ao esperado, após uma subida e duas
descidas consecutivas, duas subidas e 15 semanas a cair, sendo que as duas
anteriores subidas de julho tinham refletido os passos atrás observados em
alguns Estados ao nível do desconfinamento, afastando-se do máximo histórico
registado na última semana de março e aproximando-se do registo da 1.ª semana
de agosto, o valor mais baixo desde meados de março (e este é o 2.º valor mais
baixo desde essa data). Trata-se da 22.ª semana consecutiva com registos
semanais perto ou acima de 1 milhão (3.3 milhões, 6.9 milhões, 6.6 milhões, 5.2
milhões, 4.4 milhões, 3.8 milhões, 3.2 milhões, 2.7 milhões, 2.4 milhões, 2.1
milhões, 1.9 milhões, 1.6 milhões, 1.54 milhões, 1.48 milhões, 1.41 milhões, 1.31
milhões, 1.30 milhões, 1.42 milhões, 1.44 milhões, 1.19 milhões, 971 mil, 1.11
milhões e 1.01 milhões, pela ordem cronológica, sendo que o atual máximo
histórico é 10 vezes acima do anterior máximo histórico de 1982
O número de novos pedidos de subsídio de desemprego caiu na semana terminada
em 22 de agosto, de 1 104 mil (revisto de 1 106 mil) para 1 006 mil, ficando
sensivelmente em linha com as expectativas do mercado (consenso: 1 000 mil), com
esta descida a ocorrer após uma subida e duas quedas consecutivas, duas subidas e
15 semanas a cair, sendo que as duas anteriores subidas de julho tinham refletido os
passos atrás observados em alguns Estados ao nível do desconfinamento. Este é o 2.º
mais baixo registo desde meados de março (o mais baixo foi observado na 1.ª semana
de agosto), continuando bem afastado dos máximos históricos (6 867 mil), observados
na 4.ª semana de março (que é cerca de 10 vezes acima do anterior máximo histórico
de 1982).
O registo da última semana de janeiro (+201 mil) é o valor mais baixo desde 1969. O
indicador permaneceu, bem acima, da marca dos 300 mil.
… tendo a respetiva média móvel de quatro semanas caído, pela 17.ª vez em 18
semanas (a exceção foi a subida da última semana de julho), e depois de nove
subidas, sendo que as últimas cinco dessas nove subidas foram muito fortes
Persistem, no entanto, sinais de dificuldades nos ajustamentos de sazonalidade
(particularmente em redor de feriados e das festividades móveis, como a Páscoa).
Esse facto, bem como o de os registos semanais serem bastante voláteis, tornam
premente olhar para a média móvel de quatro semanas (mm4s), que caiu, pela 17.ª
vez em 18 semanas (a exceção foi a subida da última semana de julho), descendo de
1 175 mil para 1 068 mil indivíduos, sendo que, em cinco semanas consecutivas,
atingiu sucessivos máximos históricos (o máximo histórico foi atingido na semana
terminada em 18 de abril: 5.790 milhões). Ainda assim, continuou bem acima dos
níveis mínimos desde 1969 registados em meados de fevereiro de 2020 e abril de
2019 (208 mil), apresentando-se, pela 23.ª semana consecutiva, acima da barreira
psicológica dos 300 mil, após 277 semanas consecutivas (mais de cinco anos), algo
ímpar nos anteriores 10 anos. A taxa de desemprego em abril atingiu 14.7% e só não
ultrapassou os 15% porque houve uma redução da população ativa, tendo, entretanto
em maio caído para 13.3%, em junho descido para 11.1% e em julho para 10.26% (no
conjunto desses três meses acompanhadas por aumentos da população ativa, embora
não recuperando da forte queda de abril).
Por outro lado, se utilizamos os dados não dos novos pedidos de subsídio, mas do n.º
total de pessoas a receber subsídio, o valor acumulado desceu em 223 milhares,
para 14.535 milhões, na semana terminada em 15 de agosto (são conhecidos com
uma semana de desfasamento), sendo que a descida da semana anterior foi revista de
636 milhares para 722 milhares, contabilizando agora 12 vezes em 14 semanas em
que a quantidade de trabalhadores a regressar ao trabalho terá superado os novos
desempregados, num total acumulado de 10.377 milhões (10.068 milhões de acordo
com os dados anteriores). Comparando com o registo observado quatro semanas
antes, trata-se da 13.ª queda (consecutiva) desde o início da pandemia, o que continua
a ser consistente com uma nova criação de emprego em agosto, para já superior à de
julho, quando o emprego abrandou. Em abril foram perdidos 20.787 milhões de
empregos, a maior perda da série iniciada em 1939, tendo sido criados 2.725 milhões
de empregos em maio, 4.791 milhões em junho e 1.763 milhões empregos em julho.
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35
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2016
:08
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2018
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2019
:08
2020
:08
Índice Regionais de Emprego - média 7 (esc. esq.)
Novos Pedidos Subsídio Desemprego - Média 4 Semanas (esc. dir.)
EUA - Índice Regionais de Emprego vs Pedidos Semanais
Un: Índice Un: Milhares (escala invertida)
-24,000
-20,000
-16,000
-12,000
-8,000
-4,000
0
4,000
8,000 0
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
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2010
:07
2011
:07
2012
:07
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2017
:07
2018
:07
2019
:07
2020
:07
Variação do Emprego Não-Agrícola
Pedidos Subs. Desemprego - MM 4 Semanas - esc dir. e invertida
EUA - Variação do Emprego Não-Agrícola vs Pedidos Semanais
Un: 10^3 Empregos Un: 10^3 Empregos
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Semanal de Economia e de Mercados
20
Emprego acelerou em 2019 e no 4.º trimestre de 2019, tendo-se perdido
empregos no 1.º trimestre de 2020, que era o maior ritmo desde o 2.º trimestre de
2009, o qual foi superado no 2.º trimestre, que foi o pior de sempre, estando no
3.º trimestre a registar a maior criação de empregos de sempre
A criação de empregos em 2017 abrandou, pelo 3.º ano consecutivo (+2.109 milhões
em 2017; +2.345 milhões em 2016; +2.720 milhões em 2015 e +3.004 milhões em
2014), tendo em 2018 acelerado para 2.314 milhões, mas abrandou em 2019 para
2.133 milhões [revisto de +2.096 milhões], aproximando-se do ritmo de 2017 (+2.109
milhões), o menor desde 2011. No 4.º trimestre de 2019 a criação de empregos
acelerou para 630 mil (revisto de +593 mil), registando a 3.ª aceleração trimestral
consecutiva (+609 mil no 3.º trimestre) e (+477 mil no 2.º trimestre). Assim, o
crescimento do emprego no 4.º trimestre de 2019 ficou acima da média (+555 mil) e da
mediana (+562 mil) do período de criação de empregos nos EUA, iniciado no 1.º
trimestre de 2010 e que, em termos trimestrais, acabou nesse 4.º trimestre de 2019.
Relativamente ao 1.º trimestre de 2020, a perda de empregos de março mais do que
anulou a criação de empregos de janeiro e fevereiro, observando-se uma perda de 908
mil empregos, a maior perda desde o 4.º trimestre de 2009, tendo as perdas do 2.º
trimestre (-13.271 milhões, revistas de -13.288 milhões) sido as piores de sempre, não
obstante a recuperação em maio e junho, em resultado da “reabertura” da economia,
após as medidas de confinamento adotadas para combater a pandemia. No 3.º
trimestre está a observar-se a maior criação de empregos de sempre, sinalizando
uma subida anualizada do PIB de 17.8% no 3.º trimestre, sensivelmente aquém das
nossas perspetivas (na ordem de 21%, valor revisto em alta durante a semana dos
anteriores +20%, continuando a identificar-se riscos ascendentes).
-24,000
-20,000
-16,000
-12,000
-8,000
-4,000
0
4,000
8,000 0
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8,000
2010
:07
2011
:07
2012
:07
2013
:07
2014
:07
2015
:07
2016
:07
2017
:07
2018
:07
2019
:07
2020
:07
Variação do Emprego Não-Agrícola
Pedidos Subs. Desemprego - MM 4 Semanas - esc dir. e invertida
EUA - Variação do Emprego Não-Agrícola vs Pedidos Semanais
Un: 10^3 Empregos Un: 10^3 Empregos
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Confiança dos Consumidores
Indicador de confiança dos consumidores da Conference Board caiu em agosto,
pelo 2.º mês consecutivo, após duas subidas, descendo para um mínimo desde
maio de 2014…
O indicador de confiança dos consumidores calculado pela Conference Board caiu
em agosto, de 91.7 pontos (revistos de 92.6 pontos) para 84.8 pontos, ficando abaixo
das expectativas do mercado (consenso: 93.0 pontos), observando a 2.ª queda
consecutiva, após duas subidas, caindo para um mínimo desde maio de 2014. O
registo de outubro de 2018 é o nível mais elevado desde setembro de 2000. Observou-
se uma descida da componente de situação corrente (descendo para um mínimo
desde maio, o valor mais baixo desde agosto de 2013) e um recuo da de expectativas
(devendo estar a ser penalizada pelo elevado n.º de novos casos de Covid-19 nos EUA
no pós desconfinamento, caindo para um mínimo desde julho de 2016).
... ficando acima dos fundamentais
Se olharmos para os seus habituais determinantes, constatamos que a confiança dos
consumidores está acima dos valores dos fundamentais económicos, pela 10.ª vez em
11 meses (a exceção foi abril), tendo o “valor fundamental” do indicador caído também
em agosto.
Confiança dos consumidores, medida pela Bloomberg, subiu no 4.º registo
semanal de agosto, após duas quedas consecutivas, observando 10 subidas em
14 semanas (as outras exceções foram as quedas da 1.ª e última semanas de
julho), estando agora a estabilizar no mês em agosto, após ter subido em junho e
julho, em recuperação das descidas de maio e abril, esta última quando
observou a maior queda mensal de sempre
No 4.º registo semanal de agosto, o indicador de confiança dos consumidores,
divulgado pela Bloomberg, subiu de 43.5 para 44.3 pontos, após duas quedas
consecutivas, registando 10 subidas em 14 semanas (as outras exceções foram as
quedas da 1.ª e última semanas de julho), após seis subidas consecutivas, depois de,
20 semanas antes (-6.4 pontos), ter registado a maior descida semanal deste indicador
criado em 1985. O indicador deverá estar a ser penalizado pelo aumento de novos
casos de Covid-19 nos EUA, mas continua suportado pela recuperação da atividade
económica e do emprego, tendo-se afastado dos 34.7 pontos da 3.ª semana de maio,
um mínimo desde maio de 2014, aproximando-se, um pouco mais, dos 67.3 pontos de
final de janeiro, um máximo desde janeiro de 2000. O indicador contabiliza uma subida
acumulada líquida de 9.6 pontos em 14 semanas, mas após ter caído 28.3 pontos nas
nove semanas anteriores, o maior deslize em 34 anos de pesquisas semanais. Em
termos mensais, o indicador evidencia, agora, uma estabilização mensal em agosto,
depois de ter aumentado 1.0 pontos em julho e 6.3 pontos em junho, mas após ter
recuado 2.5 pontos em maio e 16.8 pontos em abril, a maior de sempre (mais do dobro
da maior descida então registada, em 1990), depois de já ter perdido 7.2 pontos em
março, contabilizando agora nove subidas em 22 meses, continuando aquém do
registo de janeiro, o nível mais elevado desde a criação do indicador em 1985,
mantendo-se acima da leitura de maio, um mínimo desde setembro de 2014.
Verificam-se comportamentos negativos em duas das três componentes: situação da
atividade económica (após dois meses a aliviar de um mínimo desde setembro de
2014) e na de finanças pessoais, sendo que a de predisposição para consumir
está a subir.
Indicador de expectativas da Bloomberg caiu em agosto, depois de ter avançado
em junho e em julho e estabilizado em maio, aproximando-se dos níveis de abril
e maio, quando caiu para um mínimo desde outubro de 2011, afastando-se do
registo de fevereiro, um máximo desde outubro de 2018
Num outro relatório divulgado igualmente pela Bloomberg, o indicador mensal de
expectativas relativamente à economia americana caiu em agosto, depois de ter
avançado em junho e em julho e estabilizado em maio, aproximando-se dos níveis de
abril e maio, quando caiu para um mínimo desde outubro de 2011, afastando-se do
registo de fevereiro, um máximo desde outubro de 2018, ficando pelo 5.º mês
consecutivo abaixo da sua média histórica.
Fazendo a média (ponderada com a correlação com o consumo) do indicador de
situação da Bloomberg com o de expectativas (que vamos denominar de
Bloomberg – sit & exp), verifica-se que o indicador está a cair em agosto, depois de
duas subidas consecutivas, quatro quedas, aproximando-se do registo de maio
(mínimo desde outubro de 2013) e afastando-se da leitura de janeiro (máximo desde
agosto de 2000).
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2010
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2011
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2012
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2013
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2014
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2015
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2016
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2017
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2018
:08
2019
:08
2020
:08
Conference Board (esc. esq.) Universidade Michigan (esc. dir.)
EUA - Confiança dos Consumidores
Un: Índice Un: Índice
jul-20 ago-20
Sit - Economia 0.7 -1.3
Sit - Emprego 3.0 -3.4
Exp - Economia -3.6 -0.5
Exp - Emprego -5.8 -0.4
Exp - Rendiment -0.9 -1.3
Contributos
EUA - Contributos para Conference Board
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2017
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:02
2018
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2018
:08
2018
:11
2019
:02
2019
:05
2019
:08
2019
:11
2020
:02
2020
:05
2020
:08
Conf. Board (esc. esq.) Univ. Michigan (esc. esq.)
IBD/TIPP (esc. esq.) Bloomberg (esc. dir.)
EUA - Confiança dos Consumidores
Un: Índice Un: Índice
Ind. Confiança jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Bloomberg sit_exp 42.5 42.3 0.8 -0.2
Situação 44.3 44.3 1.0 0.0
Expectativas 38.5 38 0.5 -0.5
Valor Variação
EUA - Ind. Confiança Consumidor da Bloomberg
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22
Estimativa final de agosto do indicador de confiança dos consumidores da
Universidade de Michigan veio rever em alta a estimativa preliminar apontar para
uma subida mensal, a 3.ª em quatro meses, depois de, em abril, ter observado a
maior descida mensal de sempre e passado em dois meses de um máximo desde
março de 2018 para um mínimo desde dezembro de 2011, do qual agora se
afastou…
A estimativa final de agosto do indicador de confiança dos consumidores da
Universidade de Michigan veio rever em alta em 1.3 pontos a estimativa preliminar e
apontar para uma subida mensal, de 72.5 para 74.1 pontos, superando as expectativas
do mercado (consenso: 72.8 pontos) e contrariando as expectativas do mercado
aquando da 1.ª estimativa mercado (consenso: 72.0 pontos), registando a 3.ª subida
em quatro meses, depois de, em abril, ter observado a maior descida mensal de
sempre e passado em dois meses de um máximo desde março de 2018 para um
mínimo desde dezembro de 2011, do qual agora se afastou. A confiança não
conseguiu recuperar da queda do mês anterior, devendo estar a ser penalizada pelo
aumento do n.º de novos casos de Covid-19 no país em julho, que fez com que
diversos Estados tenham dado passos atrás na reabertura da economia, sendo que a
revisão em alta da confiança deverá estar a refletir o recente decréscimo dos novos
casos. Em fevereiro, tinha atingido um máximo desde março de 2018, quando, com
101.4 pontos, atingiu o nível mais elevado desde janeiro de 2004 (ou seja,
sensivelmente a meio do anterior ciclo económico e bem antes de a economia ter
entrado na anterior recessão).
… com a confiança a ficar, pela 11.ª vez em 12 meses, acima dos fundamentais…
Se olharmos para os seus habituais determinantes, constatamos que a confiança dos
consumidores está, pela 11.ª vez em 12 meses, acima dos valores dos fundamentais
económicos (a exceção foi abril), não obstante o “valor fundamental” do indicador ter
subido em agosto. As expectativas de inflação para o horizonte de 12 meses
subiram de 3.0% para 3.1% (3.0% na 1.ª est.), depois de terem estabilizado no mês
anterior e caído 0.2 p.p. em junho, ficando 0.1 p.p. abaixo dos 3.2% de maio, um
máximo desde agosto de 2014, permanecendo acima do registo de abril (+2.1%), o
valor mais baixo desde março de 2009, sendo que as expectativas para o horizonte
de cinco anos subiram de 2.6% para 2.7%, regressando ao nível de maio, um máximo
desde março de 2016, afastando-se dos 2.2% de dezembro, um mínimo desde que,
em 1979, estes dados começaram a ser compilados (também observados noutras
ocasiões, designadamente em junho de 2019).
… e sendo suportada pela componente de situação, mas, sobretudo, suportada
pela de expectativas
Esta subida mensal do indicador de Michigan resultou quer da componente de situação
(que foi revista de uma queda para uma marginal subida), mas, sobretudo, pela subida
da de expectativas, que registou apenas a 2.ª subida em seis meses (a outra subida foi
em junho). A componente de expectativas no mês anterior tinha igualado o registo de
maio, um nível mínimo desde outubro de 2013 e aproximou-se do registo de fevereiro,
um máximo desde maio de 2019, o nível mais elevado desde janeiro de 2004. Já a
componente de situação corrente subiu, após uma queda e duas subidas, afastando-
se do registo de abril, um mínimo desde agosto de 2011, ficando mais perto da leitura
de dezembro de 2019, um máximo desde dezembro de 2018. Em março de 2018
atingiu máximos históricos deste indicador criado em janeiro de 1978. Note-se que,
ainda assim, o indicador manteve-se em níveis acima do limiar historicamente
consistente com acréscimos no consumo privado.
Indicador compósito do Montepio para a confiança dos consumidores
americanos subiu em agosto, pela 3.ª vez em quatro meses (a exceção foi a
queda de julho), e depois de duas quedas em que tinha passado do nível mais
elevado desde novembro de 2000 para o mais baixo desde novembro de 2013…
Já são conhecidos, para o mês de agosto, valores para os quatro indicadores que
monitorizamos, com as indicações a serem mistas em comparação com o mês anterior
(subidas nos indicadores da IBD/TIPP e da Universidade de Michigan, mas quedas
nos da Bloomberg – sit & exp e da Conference Board). Em todo o caso, em agosto,
o indicador compósito do Montepio para a confiança dos consumidores
americanos – obtido através da média ponderada dos quatro principais indicadores de
confiança dos consumidores – subiu, pela 3.ª vez em quatro meses (a exceção foi a
queda de julho), depois de duas quedas, em que passou do nível mais elevado desde
novembro de 2000 para um mínimo desde novembro de 2013. Em termos médios
trimestrais, o indicador ficou no 1.º trimestre de 2020 no nível mais elevado desde o
3.º trimestre de 2018, um máximo desde o 4.º trimestre de 2000, tendo no 2.º
trimestre descido para mínimos desde o 4.º trimestre de 2013, do qual está a aliviar no
3.º trimestre.
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2010
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2012
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:08
Conference Board (esc. esq.) Universidade Michigan (esc. dir.)
EUA - Confiança dos Consumidores
Un: Índice Un: Índice
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:02
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2018
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2018
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:02
2019
:05
2019
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2019
:11
2020
:02
2020
:05
2020
:08
Conf. Board (esc. esq.) Univ. Michigan (esc. esq.)
IBD/TIPP (esc. esq.) Bloomberg (esc. dir.)
EUA - Confiança dos Consumidores
Un: Índice Un: Índice
Ind. Confiança jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Michigan 72.5 74.1 -5.6 1.6
Situação 82.8 82.9 -4.3 0.1
Expectativas 65.9 68.5 -6.4 2.6
EUA - Ind. Confiança Consumidor da Univ. Michigan
Valor Variação
Ind. Confiança jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Conference Board 91.7 84.8 -6.6 -6.9
Bloomberg - Sit&exp 42.5 42.3 0.8 -0.2
IBD 44.0 46.8 -3.0 2.8
Michigan 72.5 74.1 -5.6 1.6
Valor Variação
EUA - Indicadores de Confiança dos Consumidores
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23
Em agosto, o indicador da IBD ficou abaixo da média histórica, pelo 3.º mês
consecutivo, após 28 meses acima, enquanto o indicador da Conference Board
regressou em julho a valores abaixo da respetiva média histórica (93.5 pontos), algo
que não constituía a regra desde junho de 2016, com outras as exceções a serem abril
e maio passado. Também o da Universidade de Michigan passou, em abril, para
valores abaixo da média, bem como o indicador da Bloomberg – sit & exp, que aí se
mantiveram em agosto (este último marginalmente).
… sinalizando um crescimento anualizado do consumo privado de 2.1% no 3.º
trimestre, acima dos 1.9% que tinha sinalizado para o 2.º trimestre (quando o
consumo caiu 34.1%), mas antecipando-se um crescimento bem superior, na
ordem de 29% (revisto de +27%, na sequência dos dados de julho do consumo
privado)
No 1.º trimestre, o indicador compósito do Montepio para a confiança dos
consumidores atingiu o nível mais elevado desde o 3.º trimestre de 2018, um máximo
desde o 4.º trimestre de 2000, sinalizando uma subida de 4.6%, observando-se, no
entanto, uma queda de 6.9%, devido aos efeitos da crise do coronavírus, com o
consumo a ser em março severamente penalizado. No 2.º trimestre, o indicador
compósito do Montepio para a confiança dos consumidores desceu para mínimos
desde o 4.º trimestre de 2013, sinalizando ainda uma subida do consumo privado
(+1.9%), mas observou-se uma intensificação do ritmo de descida, para 34.1%,
sinalizando uma subida de 2.1% para o 3.º trimestre, mas antecipando-se um
crescimento bem superior, na ordem de 29% (revisto de +27%, na sequência dos
dados de julho do consumo privado).
Antes da crise, o consumo privado estava a ser suportado: i) pela boa dinâmica de
criação de empregos ao longo dos últimos anos; ii) pelos ainda baixos preços da
energia; iii) pelas baixas taxas de juro; iv) pela tendência de aumento da riqueza.
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2000
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:Q3
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:Q3
2010
:Q3
2012
:Q3
2014
:Q3
2016
:Q3
2018
:Q3
2020
:Q3
Consumption - QoQ Anualiz. (esc. esq.)
Consumer Confidence - Quarterly Average (esc. dir.)
EUA - Consumo Anualisado (QoQ) vs Conf. Consumidor Composite
Previsão - 3Q20 YoY:-10.7/QoQ Anz:2.1Un: % Un: Indice
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24
Imobiliário – Preços
Preços das casas nas 20 principais áreas metropolitanas (índice S&P/Core Logic) estabilizaram em junho, após uma queda de 0.03% no mês anterior (revisto de +0.04%) e 97 subidas consecutivas, ficando, quer a evolução mensal, quer a homóloga, aquém das expectativas do mercado, ficando perto dos níveis máximos históricos observados em abril
Os preços das casas nas 20 principais áreas metropolitanas, medidos pelo índice S&P/Core Logic, registaram uma variação homóloga positiva de 3.46% em junho, inferior à observada no mês anterior (+3.61% em maio; revisto de +3.69%), representando a 97.ª subida consecutiva, após 20 meses com quedas, um crescimento abaixo das expectativas do mercado (consenso: +3.60%), aumentando a distância face aos 6.77% registados em março de 2018, que é o maior crescimento desde junho de 2014 (+8.05%), após noves meses consecutivos a aliviar dos 2.0% de agosto de 2019, o menor crescimento desde agosto de 2012 (+1.99%). Em novembro de 2013 tinham crescido 13.70%, ao ritmo mais elevado desde fevereiro de 2006, mas os crescimentos acima da tendência histórica têm vindo a ser suportados pelo reduzido número de casas usadas para venda no mercado e pela convergência dos preços com os níveis de equilíbrio. Em termos mensais, considerando os dados ajustados de sazonalidade, registou-se uma estabilização, após uma queda de 0.03% no mês anterior (revisto de +0.04%) e 97 subidas consecutivas, , com os preços médios no último trimestre móvel a superarem, pelo 29.º mês consecutivo, o registo de junho de 2006 e a ficarem perto dos máximos históricos de abril, sendo visível uma tendência de recuperação depois dos mínimos desde janeiro de 2003 registados em março de 2012. Refira-se que estas recentes evoluções do S&P/Core Logic constituem um sinal de que o rápido processo de recuperação dos preços já estava a abrandar mesmo antes da chegada da crise do coronavírus, na medida em que estes já se encontravam nos seus valores de equilíbrio, ainda que bastante aquém dos especulativos máximos históricos observados na 1.ª metade de 2006.
Preços das habitações vendidas (índice da Agência Federal de Financiamento da Habitação - FHFA) subiram 0.9% em junho, superando as expectativas do mercado de uma subida mais moderada (consenso: +0.3%), registando a 40.ª subida em 41 meses (a exceção foi a descida de maio), atingindo níveis máximos históricos…
Por sua vez, o índice nacional de preços de casas (HPI) da Agência Federal de Financiamento da Habitação (FHFA) subiu 0.9% em junho, superando as expectativas do mercado (consenso: +0.3%), tendo além do mais a queda do mês anterior sido revista de 0.3% para 0.2%, registando a 40.ª subida em 41 meses (a exceção foi a descida de maio), atingindo níveis máximos históricos. A média móvel de três meses – forma de cálculo do índice S&P/Core Logic – subiu o ritmo de crescimento, de 0.03% para 0.4%, o que representa o 104.º crescimento consecutivo, tendo os preços, em novembro de 2015, superado o registo de maio de 2007, renovando agora máximos históricos. As recentes subidas dos índices S&P/Core Logic e FHFA (que tem vindo a recuperar dos mínimos desde dezembro de 2003 observados em maio de 2011) podem ser entendidas como um sinal de gradual recuperação do imobiliário americano.
Sem estancar o movimento de quedas nos preços das casas, o imobiliário nunca poderia iniciar uma recuperação sustentável, na medida em que as expectativas deflacionistas contribuem para o adiamento das decisões de compra de casas, o que alimenta as quedas nos preços.
… ficando agora 28.3% acima dos anteriores máximos históricos, registados em abril de 2007, devendo a crise do coronavírus provocar novas descidas nos próximos dois a três meses
Em termos homólogos, o indicador da FHFA apresentou um crescimento de 5.7% em junho, a um ritmo inferior ao de maio (+4.9%), representando o 100.º consecutivo, após ter estado em queda ininterrupta desde o verão de 2007, período que correspondeu ao agravamento da crise do segmento de crédito imobiliário de risco (subprime), estando agora 28.3% acima dos anteriores máximos históricos, registados em abril de 2007. A leitura do FHFA é limitada pelo universo que abrange, cingindo-se aos preços das casas compradas com base em títulos garantidos por créditos hipotecários emitidos pelas agências Fannie Mae e Freddie Mac. Esta realidade, aliada ao facto de a bolha imobiliária ter sido mais intensa nas maiores áreas metropolitanas, justifica o porquê de o índice S&P/Core Logic só ter atingido máximos históricos em janeiro de 2018, encontrando-se, em junho, em novos máximos históricos (ficou 8.1% acima dos anteriores máximos históricos observados em 2006).
Os preços das casas tinham vindo a ser pressionados pelo fraco nível de vendas, mas que, desde agosto de 2012, passou a ser historicamente compatível com subidas dos preços. De resto, quando comparado com o stock de casas usadas (rácio de existências sobre vendas), este já se revelava, em julho, compatível, pelo 109.º mês consecutivo (i.e., desde julho de 2011), com crescimentos nos preços, que só não se consubstanciam em maiores subidas devido às execuções hipotecárias e às vendas a descoberto (que no conjunto são as chamadas distressed sales). A redução das execuções hipotecárias (que têm observado um desagravamento) contribuíram, efetivamente, para que os preços das casas se aproximassem do seu valor de equilíbrio de longo prazo, após vários meses abaixo. Efetivamente, desde o relatório de dezembro de 2015, a avaliar pelo modelo de longo prazo desenvolvido pelo Montepio para o mercado imobiliário norte-americano, com base no índice S&P/Core Logic, os preços encontram-se relativamente em linha com os valores de equilíbrio, sendo que, sobretudo, com a queda do PIB do 2.º trimestre, os preços passaram a estar acima dos valores de equilíbrio, atendendo a que o PIB caiu abruptamente e constitui um importante input do modelo, mas com os compradores a considerarem que essa queda do PIB foi temporária, em resultado da crise. A crise do coronavírus constitui um forte constrangimento podendo conduzir a alguma volatilidade nos preços nos próximos meses.
130
140
150
160
170
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190
200
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2011
:06
2012
:06
2013
:06
2014
:06
2015
:06
2016
:06
2017
:06
2018
:06
2019
:06
2020
:06
S&P/Case-Shiller - 20 áreas metropolitanas
FHFA - Nacional mm3m
EUA - Preço das Casas
Un: Índice (Jan.2000=100)
un: % mai jun mai jun
S&P/Case-Shiller 20 0.0 0.0 3.61 3.46
FHFA -0.2 0.9 4.90 5.70
Var. Mensal Var. Homól.
EUA - Índices de Preços das Casas
-20
-10
0
10
20
30
40
1976:6
1978:6
1980:6
1982:6
1984:6
1986:6
1988:6
1990:6
1992:6
1994:6
1996:6
1998:6
2000:6
2002:6
2004:6
2006:6
2008:6
2010:6
2012:6
2014:6
2016:6
2018:6
2020:6
US Houses Prices (Equilibrium=0)
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA
Semanal de Economia e de Mercados
25
Imobiliário – Contratos de Vendas de Casas Usadas
Número de contratos assinados (mas não concluídos) de transações de
imóveis usados registou uma nova subida em julho, a 3.ª consecutiva e depois
de, em maio, ter observado a maior subida mensal de sempre, mas após terem
afundado em março e abril e passado do nível mais elevado desde fevereiro de
2017 para o mais baixo de sempre deste indicador criado em 2001, tendo mais
do que recuperado dessas fortes quedas e atingindo máximos desde outubro
de 2005…
O número de contratos assinados (mas não concluídos) de transações de
imóveis usados registou, em julho, uma subida de 5.9%, depois de ter avançado
15.8% no mês anterior (revisto de +16.6%) e 44.3% em maio, no que representou a
maior subida de sempre deste indicador criado em 2001, superando as expectativas
do mercado (consenso: +2.0%), mas após terem afundado em março (-20.8%) e abril
(-21.8%) e passado nesse período do nível mais elevado desde fevereiro de 2017
para o mais baixo de sempre deste indicador criado em 2001, tendo mais do que
recuperado dessas fortes quedas e atingindo máximos desde outubro de 2005.
… sugerindo dever ter-se assistido a uma nova subida das vendas de casas
usadas em agosto, a 3.ª consecutiva, depois das intensas quedas em abril e
maio
A recente evolução dos dados dos contratos comparativamente aos das vendas
sugere, assim, que deverá ter-se assistido a uma nova subida das vendas de casas
usadas em agosto, após estas terem subido em julho, em que já tinha recuperado
das intensas quedas de abril e maio, nesse último mês para um valor anualizado de
3.91 milhões, passando, em três meses, do nível mais elevado desde fevereiro de
2007 para o mais baixo desde outubro de 2010, devido à crise do coronavírus, tendo,
posteriormente, em julho atingido o nível mais elevado desde dezembro de 2006. As
vendas encontram-se, em julho, 69.9% acima do mínimo de ciclo observado em
meados de 2010, apresentando agora uma subida de 8.7% face a igual período do
ano anterior, após três quedas consecutivas (-11.7% no mês anterior), nove subidas
e 16 descidas, registando apenas 13 subidas em 33 meses, mas 46 crescimentos em
71 meses.
EUA – Vendas de Casas Usadas
Imobiliário – Vendas de Casas Novas
Vendas de casas novas aliviaram, pelo 3.º mês consecutivo, do nível mais baixo
desde dezembro de 2018, atingindo um máximo desde dezembro de 2006
O número de habitações novas vendidas subiu em julho de 791 mil (revisto de +776
mil) para 901 mil, contrariando as expectativas do mercado (consenso: 790 mil),
aliviando, pelo 3.º mês consecutivo, do nível mais baixo desde dezembro de 2018,
atingindo o nível mais elevado desde dezembro de 2006. A média móvel de três meses
(mm3m) das vendas subiu, pelo 2.º mês consecutivo, após três quedas, aliviando, pelo
2.º mês, de mínimos desde fevereiro de 2019, superando o registo de fevereiro e
atingindo um máximo desde julho de 2007.
NAR prevê uma subida das vendas em 2020 e uma forte aceleração em 2021,
antecipando subidas dos preços nos dois anos
Em 2019 as vendas subiram 10.4%, atingindo o nível mais elevado desde 2007, com a
NAR (associação de imobiliárias) a prever (em agosto) um acréscimo de 3.1% em 2020
(+1.0% em julho), mas depois uma forte aceleração para 16.5% em 2021 (revisto de
+15.9%).
Em 2012 o preço da casa mediana aumentou 7.9%, tendo depois subido 9.7% em
2013, 5.2% em 2014, 4.0% em 2015, 4.6% em 2016, 4.3% em 2017 e apenas 0.3% em
2018, acabando por cair 1.5% em 2019, sendo que a NAR previa, em agosto, uma
subida de 1.1% em 2020 (+0.4% em julho), seguida de um aumento de 3.1% em 2021
(+2.8% em julho).
3.2
3.6
4.0
4.4
4.8
5.2
5.6
6.0
60
70
80
90
100
110
120
130
2010
:07
2011
:07
2012
:07
2013
:07
2014
:07
2015
:07
2016
:07
2017
:07
2018
:07
2019
:07
2020
:07
Vendas de Casas (esc. esq.) Contratos Assinados (esc. dir.)
EUA - Vendas de Casas Usadas e Contratos Assinados
Un: 10^6 Un: Índice
jun jul jun jul jun jul
Contratos 115.3 122.1 15.8 5.9 11.8 15.4
Vendas Usadas 4.700 5.860 20.2 24.7 -11.7 8.7
Valor Var. Mensal Var. Homól.
Novas (10 3̂) jun jul jun jul jun jul
Vendas 791.0 901.0 15.1 13.9 9.0 36.3
Stocks 304.0 299.0 -2.6 -1.6 -7.9 -8.8
Usadas (10 6̂)
Vendas 4.700 5.860 20.2 24.7 -11.7 8.7
Stocks nsa 1.540 1.500 -0.6 -2.6 -19.8 -21.1
Stocks sa 1.417 1.389 -2.1 -2.0 -19.9 -21.1
Contratos Usadas (Índice) 116.1 - 16.6 - 12.7 -
Preços Novas
Médio 381.9 391.3 4.5 2.5 5.5 4.8
Mediano 337.0 330.6 7.7 -1.9 8.1 7.2
Preços Usadas
Médio 328.9 337.5 3.5 2.6 2.3 6.5
Mediano 294.5 304.1 3.8 3.3 3.2 8.5
Valor Var. Mensal Var. Homól.
EUA - Vendas de Casas
3.2
3.6
4.0
4.4
4.8
5.2
5.6
6.0
6.4
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0
2010
:07
2011
:07
2012
:07
2013
:07
2014
:07
2015
:07
2016
:07
2017
:07
2018
:07
2019
:07
2020
:07
Vendas de Casas Usadas saar (esc. esq.)
Vendas de Casas Novas saar (esc. dir.)
EUA - Vendas de Casas Novas e Usadas
Un: 10^6 Un: 10^6
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26
Investimento
Encomendas de bens duradouros subiram em julho mais do que o esperado,
registando a 3.ª forte subida consecutiva, em recuperação das fortes quedas de
março e abril
As encomendas de bens duradouros subiram 11.2% em junho, mais do que o
antecipado pelas expectativas do mercado (consenso: +4.8%) e com o crescimento de
junho a ser revisto em alta, de 7.6% para 7.7%, registando a 3.ª subida consecutiva, e
após duas fortes descidas, atingindo o nível mais elevado desde março. As
componentes menos voláteis também subiram mais do que o esperado (+1.9% vs
+1.7% de consenso), tal como as entregas core (+2.4% vs +1.8% de consenso),
sugerindo uma subida do investimento empresarial em equipamentos no 3.º trimestre,
após a forte descida forte descida no 2.º trimestre.
Investimento empresarial em equipamentos caiu no 1.º trimestre, tendo
intensificado significativamente a queda no 2.º trimestre, antevendo-se o
regresso ao crescimento no 3.º trimestre
Estes dados, conjuntamente com os surveys regionais de intenções de investimento,
sugerem uma subida do investimento empresarial em equipamentos no 3.º trimestre,
após as fortes quedas no 1.º e 2.º trimestres.
Efetivamente, o investimento empresarial em equipamentos apresentou uma subida
anualizada de 2.0% no 1.º trimestre de 2019, atingindo um nível máximo histórico,
tendo caído desde então, descendo 15.2% no 1.º trimestre de 2020 e 35.9% no 2.º
trimestre, mas ficando 23.5% acima dos máximos (observados em 2007) do penúltimo
período de expansão da economia dos EUA, uma performance bem superior à
observada pelo PIB (9.6% acima).
O investimento empresarial em equipamentos tinha exibido uma resiliência notável
num contexto de forte incerteza na economia mundial, nomeadamente mesmo durante
o período em que a crise da Zona Euro se foi arrastando. O dólar forte e os baixos
preços do petróleo, desde o final de 2014, impactaram no investimento da indústria
transformadora e da indústria extrativa, conduzindo a várias quedas trimestrais do
investimento em 2015 e 2016, mas, desde então, tinha havido uma tendência de
recuperação, que foi interrompida com a guerra comercial e, no 1.º trimestre, com a
pandemia do Covid-19.
Variação de existências com um contributo negativo para o crescimento do PIB
do 1.º trimestre, tendo sido bem mais negativo no 2.º trimestre, mas devendo ser
positivo no 3.º trimestre
Por sua vez, os stocks de bens duradouros desceram 0.5% em julho (-0.1% no mês
anterior), evidenciando uma variação no 3.º trimestre, inferior à observada no 2.º
trimestre, sendo que, em termos reais, também apresentam um pior comportamento
do que no trimestre anterior. Todavia, prevemos que, no seu conjunto, as diversas
componentes dos stocks (os stocks dos bens não duradouros industriais, grossistas e
retalhistas) apresentem um contributo positivo da variação de existências para o
crescimento do PIB do 3.º trimestre. Recorde-se que, de acordo com a 2.ª estimativa
do PIB, relativa ao 2.º trimestre, observou-se um contributo negativo para o
crescimento anualizado do PIB (-3.46 p.p. vs -1.34 p.p. no 1.º trimestre).
-20
-16
-12
-8
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0
4
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2015:07 2016:07 2017:07 2018:07 2019:07 2020:07
Encomendas de Bens Duradouros sa (MoM) (esc. esq.)
Encomendas de Bens Duradouros excl. Transp sa (MoM) (esc. dir.)
EUA - Encomedas de Bens Duradouros (Nominais)
Un: % Un: %
4
5
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7
8
9
10
11
12
13
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2011
:Q1
2012
:Q1
2013
:Q1
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:Q1
2015
:Q1
2016
:Q1
2017
:Q1
2018
:Q1
2019
:Q1
2020
:Q1
Investimento (nominal) - Var. Hom. (YoY) (esc. esq.)
Encomendas Bens Duradouros 2-Lags - (YoY) (esc. esq.)
Enc. Bens Dur. Excl. Def. e Mat. Aero. 2-Lags - (YoY) (esc. esq.)
EUA - Invest. Empresarial Equipam. vs Enc. Bens Duradouros
Un: % Un: %
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Semanal de Economia e de Mercados
27
Dados Preliminares Stocks e Balança Comercial de Bens
Dados dos stocks sugerem um contributo positivo da variação de existências
para o crescimento do PIB do 3.º trimestre…
Os stocks dos grossistas caíram menos do que o esperado em julho, em 0.1%
(consenso: -0.9%; -1.3% em junho, revisto de -1.4%), estando a apresentar no 3.º
trimestre, em termos reais, um comportamento melhor do que no 2.º trimestre, tal como
os stocks dos retalhistas (que em julho subiram 1.2%, contrariando os -1.1%
esperados pelo mercado, ainda que depois de terem caído 2.7% no mês anterior, cujo
valor foi revisto dos anteriores -2.6%) e contrariamente aos bens industriais
duradouros. Considerando também as demais componentes, prevemos um contributo
positivo da variação de existências para o crescimento do PIB do 3.º trimestre, após
cinco contributos negativos consecutivos. Recorde-se que, de acordo com a 2.ª
estimativa do PIB, relativa ao 2.º trimestre, observou-se um contributo negativo para o
crescimento anualizado do PIB (-3.46 p.p. vs -1.34 p.p. no 1.º trimestre).
… e os dados da balança comercial de bens sugerem um contributo negativo das
exportações líquidas para o crescimento do PIB do 3.º trimestre
Já o défice comercial de bens subiu mais do que o esperado em julho, estando a
subir face à média do 2.º trimestre, o que será compatível com um contributo negativo
das exportações líquidas para o crescimento do PIB do 3.º trimestre, depois do
contributo positivo no 2.º trimestre. Relembre-se que os dados da 2.ª estimativa do PIB,
relativa ao 2.º trimestre, revelaram um contributo positivo das exportações líquidas
(+0.90 p.p. vs +1.13 p.p. no 1.º trimestre).
Estes dados positivos de julho dos stocks dos grossistas e dos retalhistas, bem como
os dados do consumo privado mais do que compensaram os dados mais negativos da
balança comercial, levando-nos a rever em alta em 1 p.p. a nossa previsão para subida
anualizada do PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de 22% (no conjunto da
semana revimos em alta em 2 p.p. e continuando a identificar-se riscos ascendentes),
em recuperação da queda de 31.7% observada no 2.º trimestre, que resultou dos
efeitos da crise do coronavírus.
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
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2.5
-10
-5
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2010
:07
2011
:07
2012
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2014
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:07
2016
:07
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:07
2018
:07
2019
:07
2020
:07
Variação Mensal (esc. esq.) Variação Homóloga (esc. dir.)
EUA - Stocks Grossistas
Un: % Un: %
1.1
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
2010
:06
2011
:06
2012
:06
2013
:06
2014
:06
2015
:06
2016
:06
2017
:06
2018
:06
2019
:06
2020
:06
Rácio entre os Stocks e as Vendas
Média 1992-2018
EUA - Comércio Grossista
Un: Índice
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Semanal de Economia e de Mercados
28
Consumo Privado
Consumo privado real registou uma subida de 5.2% em junho, depois de, no mês
anterior, ter subido 8.4% (revisto de +8.1%), a maior da série iniciada em 1995,
fazendo melhor do que as expectativas do mercado (consenso: +5.0%),
continuando a recuperar da descida de abril (-12.4%, a maior de sempre), que
tinha sido a 3.ª consecutiva e que tinha colocado o indicador em mínimos desde
dezembro de 2011, ficando agora 6.7% abaixo dos máximos históricos de janeiro.
Em junho, o consumo privado registou uma subida de 5.6% em termos nominais,
ficando acima das expectativas do mercado (consenso: +5.2%), após uma subida de
8.5% no mês anterior, continuando a recuperar das fortes quedas de abril e março. Em
termos reais, o consumo privado registou uma subida de 1.6% em julho, depois de,
no mês anterior, subido 5.2% e após ter avançado 8.4% em maio, a maior da série
iniciada em 1995, fazendo melhor do que as expectativas do mercado (consenso:
+1.3%), continuando a recuperar da descida de abril (-12.4%, a maior de sempre), que
tinha sido a 3.ª consecutiva e que tinha colocado o indicador em mínimos desde
dezembro de 2011, ficando agora 4.8% abaixo dos máximos históricos de janeiro.
Durante 128 meses (i.e., durante o período de expansão dos EUA, iniciado em julho de
2009 e terminado em fevereiro de 2020), o consumo real caiu apenas por 21 vezes,
mas, como esperado, caiu significativamente em março e abril devido à crise do
coronavírus, em resultado da redução do consumo de bens duradouros e serviços,
mas, em abril, também de bens não duradouros, onde estão incluídos os bens de 1.ª
necessidade, que no mês anterior tinham subido, quer por motivos de precaução, quer,
em alguns casos, numa atitude de açambarcamento.
O consumo de bens duradouros subiu 2.5% (+7.9% no mês anterior), aliviando, pelo
3.º mês consecutivo, de níveis mínimos desde setembro de 2014, tendo renovado
máximos históricos. Por seu lado, o consumo de bens não-duradouros subiu 1.2%,
depois de, no mês anterior, ter avançado 4.4%, aliviando, pelo 3.º mês consecutivo, de
mínimos desde junho de 2015 e atingindo um máximo desde março, quando fez níveis
máximos históricos. Os gastos em serviços subiram 1.6%, após ter avançado 5.7% no
mês anterior, observando a 3.ª subida consecutiva, após duas descidas (-12.4% em
abril, a maior queda da série iniciada em 1995; -9.0% em maio), aliviando, pelo 3.º mês
consecutivo, de mínimos desde novembro de 2006, aproximando-se dos níveis
máximos históricos de fevereiro.
Indicador compósito do Montepio para a confiança dos consumidores
americanos subiu em agosto, pela 3.ª vez em quatro meses (a exceção foi a
queda de julho), e depois de duas quedas em que tinha passado do nível mais
elevado desde novembro de 2000 para o mais baixo desde novembro de 2013,
sinalizando um crescimento anualizado do consumo privado de 2.1% no 3.º
trimestre, acima dos 1.9% que tinha sinalizado para o 2.º trimestre (quando o
consumo caiu 34.1%), mas antecipando-se um crescimento bem superior, na
ordem de 29% (revisto de +27%, na sequência dos dados de julho do consumo
privado)
No 1.º trimestre, o indicador compósito do Montepio para a confiança dos
consumidores atingiu o nível mais elevado desde o 3.º trimestre de 2018, um máximo
desde o 4.º trimestre de 2000, sinalizando uma subida de 4.6%, observando-se, no
entanto, uma queda de 6.9%, devido aos efeitos da crise do coronavírus, com o
consumo a ser em março severamente penalizado. No 2.º trimestre, o indicador
compósito do Montepio para a confiança dos consumidores desceu para mínimos
desde o 4.º trimestre de 2013, sinalizando ainda uma subida do consumo privado
(+1.9%), mas observou-se uma intensificação do ritmo de descida, para 34.1%,
sinalizando uma subida de 2.1% para o 3.º trimestre, mas antecipando-se um
crescimento bem superior, na ordem de 29% (revisto de +27%, na sequência dos
dados de julho do consumo privado).
Antes da crise, o consumo privado estava a ser suportado: i) pela boa dinâmica de
criação de empregos ao longo dos últimos anos; ii) pelos ainda baixos preços da
energia; iii) pelas baixas taxas de juro; iv) pela tendência de aumento da riqueza.
-24
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-4
0
4
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2010
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2011
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2012
:08
2013
:08
2014
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2016
:08
2017
:08
2018
:08
2019
:08
2020
:08
Consumo Privado - Nominal (YoY) (esc. esq.)
Confiança do Consumidor - Conf. Board (esc. dir.)
EUA - Consumo Privado vs Confiança (Conf. Board)
Un: % Un: Índice
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Semanal de Economia e de Mercados
29
Indicadores Coincidentes
CFNAI desceu em julho, ficando aquém das expectativas do mercado e o ritmo
do mês anterior, que foi o maior ritmo de sempre, sinalizando uma subida da
atividade acima da média de longo prazo, pelo 3.º mês consecutivo e pela 5.ª vez
em 13 meses, depois de, em abril, ter sinalizado a maior queda de sempre deste
indicador criado em 1969 (e a queda de abril foi quase três vezes e meia a subida
de junho)…
O índice nacional de atividade (CFNAI), indicador coincidente constituído por 85
indicadores económicos mensais e publicado pela Reserva Federal (Fed) de Chicago,
desceu, em julho, de 5.33 pontos (revisto de +4.11 pontos) para 1.18 pontos, ficando
abaixo das expectativas do mercado (consenso: +3.70 pontos) e sinalizando uma
subida anualizada do PIB de 8.9%, inferior aos 31.0% do mês anterior. Para abril (-
92.5%) tinha sinalizado a maior queda de sempre. O CFNAI está acima da respetiva
média de longo prazo (+2.8%, desde 1967, o ano de início do CFNAI), pelo 3.º mês
consecutivo, contabilizando 12 meses em 19 abaixo (as exceções foram junho, agosto
e novembro de 2019 e, em 2020, fevereiro, maio, junho e julho). O máximo do anterior
ciclo foram os 0.79 pontos de outubro de 2017, quando sinalizou o maior ímpeto de
crescimento da economia desde dezembro de 2006. Trata-se de um movimento similar
ao registado pelo indicador coincidente (CEI) da Conference Board, que
desacelerou o crescimento de 2.9% para 1.2%.
… sinalizando uma subida anualizada do PIB de 8.9% no mês e um aumento de
21.7% no trimestre terminado em julho, depois de ter sinalizado uma queda de
12.1% no trimestre terminado em junho (i.e. o 2.º trimestre), quando o PIB caiu
31.7%. Continuamos a prever uma subida do PIB no 3.º trimestre na ordem dos
22%
Importa, em todo o caso, ter em consideração que o CFNAI é bastante errático, sendo,
assim, útil analisar a respetiva média móvel de três meses (mm3m), medida menos
volátil, que subiu de -2.78 para 3.58 pontos, aliviando, pelo 3.º mês consecutivo, de um
mínimo desde a criação do indicador em 1967, ficando acima da sua média histórica,
após 10 meses consecutivos abaixo, sugerindo uma subida (anualizada) do PIB de
21.7% no trimestre terminado em julho, depois de ter sinalizado uma queda de 12.1%
no trimestre terminado em junho (i.e. o 2.º trimestre), quando o PIB caiu 31.7%.
Prevemos uma subida do PIB no 3.º trimestre na ordem dos 22% (revisto durante a
semana em 2 p.p.), com o crescimento do trimestre a beneficiar do carry-over favorável
vindo do 2.º trimestre (i.e., o nível de atividade de junho já foi bastante superior à média
do 2.º trimestre).
Registaram-se subidas nas quatro componentes, com todas a aliviarem, pelo 3.º
mês consecutivo, de mínimos históricos, sendo que a de consumo & habitação
deixou de ser a mais elevada, para passar a ser a de produção & rendimento, esta
após 18 meses abaixo
Ao nível das componentes do CFNAI – continuando aqui a analisar a mm3m –,
observou-se um comportamento positivo nas quatro componentes, mas com todas a
aliviarem, pelo 3.º mês consecutivo, de mínimos históricos. A de produção &
rendimento subiu 2.25 pontos, ficando acima da média de longo prazo, após 18 meses
consecutivos abaixo, atingindo um máximo histórico. A mm3m da componente de
emprego observou a 2.ª maior subida, sendo a 2.ª componente mais positiva das
quatro, atingindo também máximos históricos, ficando acima da respetiva média de
longo prazo, apenas pela 3.ª vez em 18 meses. A componente de consumo &
habitação subiu 0.44 pontos, também um máximo histórico, ficando acima da respetiva
média de longo prazo, pelo 2.º mês consecutivo, após três meses abaixo, dois meses
acima e 154 meses abaixo, em que estava, essencialmente, penalizada pela
componente da habitação. A componente de vendas, encomendas & stocks subiu
também pelo 3.º mês consecutivo, contabilizando 11 subidas em 15 meses, atingindo
também máximos históricos, estando com valores acima da respetiva média histórica,
depois de quatro meses consecutivos abaixo.
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PIB - QoQ Anualiz. (esc. esq.)
CFNAI - Quarterly Average (esc.dir.)
EUA - PIB (QoQ) Anualized vs CFNAI
Previsão - 3Q20 YoY:-8.2/QoQ Anz:8.9Un: % Un: %
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Índice de Atividade
Média Móvel 3 meses
EUA - Chicago Fed National Activity Index (CFNAI)
Un: Índice (Score)
jun jul jun jul
CFNAI 5.33 1.18 1.09 -4.15
CFNAI - mm3m -2.780 3.583 3.22 6.36
PIB - previsão 31.0 8.9 5.8 -22.1
PIB - prev. mm3m -12.1 21.7 17.1 33.8
Produção e Rendimento 2.21 1.09 1.39 -1.12
Emprego 1.94 0.38 0.23 -1.56
Consumo e Habitação 0.42 0.02 -0.51 -0.40
Vendas, Encom. e Stocks 0.77 -0.31 -0.01 -1.08
Produção e Rendimento mm3m -0.88 1.37 1.35 2.25
Emprego mm3m -1.68 1.34 1.00 3.02
Consumo e Habitação mm3m 0.02 0.46 0.34 0.44
Vendas, Encom. e Stocks mm3m -0.24 0.41 0.52 0.65
Nível Diferença
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA
Semanal de Economia e de Mercados
30
Atividade Industrial
Indicador da atividade industrial do distrito da Reserva Federal de Richmond
registou em agosto uma nova subida, a 4.ª consecutiva, depois de, em junho, ter
registado a maior subida de sempre, ficando em terreno positivo, pelo 2.º mês
consecutivo, após um mês neutro e dois meses no vermelho
O indicador da atividade industrial do distrito da Reserva Federal de Richmond
subiu, em agosto, de 10 para 18 pontos, registando a 4.ª subida consecutiva, depois
de, em junho ter avançado 28 pontos, a maior subida de sempre (+26 pontos em maio,
a 2.ª maior subida de sempre), ficando acima das expectativas do mercado (consenso:
+10 pontos), mas depois de, em abril, ter observado a maior queda de sempre, que o
colocou num mínimo histórico deste indicador criado em 1993, atingindo agora um
máximo desde outubro de 2018.
Com os 27 pontos de setembro de 2018, o indicador atingiu o mais elevado registo de
sempre (indicador criado em janeiro de 1993), partilhado com as leituras de março de
2004 e novembro de 2017. O indicador sinaliza uma subida da atividade em agosto,
pelo 2.º mês consecutivo, após uma estabilização e duas quedas, contabilizando
quatro quedas em nove meses (as exceções foram a estabilização de junho e as
subidas de janeiro, março, julho e agosto).
Indicador da atividade industrial do distrito da Reserva Federal de Kansas City
subiu, em agosto, mais do que o esperado pelo mercado, aliviando, pelo 4.º mês
consecutivo, de mínimos históricos e atingindo um máximo desde novembro de
2018, regressando ao verde nos três últimos meses, após três meses em terreno
negativo
Em agosto, o indicador PMI da atividade industrial no distrito da Reserva Federal
de Kansas City subiu de 3 para 14 pontos, ficando acima das expectativas do
mercado (consenso: +5 pontos), aliviando, pelo 4.º mês consecutivo, de um mínimo
histórico deste indicador criado em 2001, atingindo um máximo desde novembro de
2018, quando se situou no nível mais elevado desde março de 2019. Em junho de
2018 atingiu máximos desde a criação da atual série do indicador, em julho de 2001. O
indicador apresentou uma leitura no verde, pelo 3.º mês consecutivo, após três meses
em terreno negativo, um mês positivo, sete meses negativos e 30 meses no verde,
regressando, a valores acima da respetiva mediana (+6 pontos, desde a criação do
indicador em 2001), após 15 meses abaixo, um mês acima e dois meses abaixo e um
mês em linha e 18 meses acima, regressando também, a valores acima da média (+5.2
pontos) do último período de expansão da economia americana (iniciado em julho de
2009 e terminado em fevereiro de 2020), após 15 meses abaixo, um mês acima e dois
meses abaixo. Entre os oito indicadores, foram registadas sete subidas.
Em termos prospetivos, o índice compósito de expectativas para os próximos seis
meses subiu, pelo 5.º mês consecutivo, aliviando pelo 5.º mês de um mínimo desde
março de 2009 (durante a Grande Recessão), atingindo um máximo desde março de
2019. Em fevereiro de 2018, foi observado o nível mais elevado desde a sua criação
(em julho de 2001). O indicador registou o 3.º registo consecutivo no verde, depois de
três meses no vermelho e de 47 meses no verde, após anteriormente o setor ter sido
penalizado pela redução da atividade em diversos campos petrolíferos de gás de xisto,
mas estando abaixo da sua média histórica.
Indicador PMI da atividade da região de Chicago caiu em agosto, aliviando de um
máximo desde maio de 2019, aproximando-se, ligeiramente, do registo de maio,
um mínimo desde março de 1982
O indicador PMI da atividade da região de Chicago caiu em agosto, de 51.9 para
51.2 pontos, contrariando as expectativas do mercado (consenso: 52.6 pontos), após
duas subidas consecutivas e três descidas, mas ficando bem acima dos 36.6 pontos de
junho e, sobretudo, dos 32.3 pontos de maio, um mínimo desde março de 1982,
aliviando de um máximo desde maio de 2019. O indicador continuou bem afastado dos
64.7 pontos de fevereiro de 2019, um máximo desde os 66.5 pontos observados em
dezembro de 2017, que são o nível mais elevado desde março de 2011. O PMI sinaliza
uma subida da atividade na região, pelo 2.º mês consecutivo, após 12 meses de
quedas e 40 meses de expansão, embora evoluindo a um ritmo inferior à respetiva
média histórica (+54.8 pontos), pelo 17.º mês consecutivo, após 26 meses acima.
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Richmond Fed (esc. esq.) Kansas City Fed (esc. esq.)
ISM Manufacturing (esc. dir.)
EUA - Atividade Regional (Richmond Fed e KC Fed) vs ISM
Un: Índice Un: Índice
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Dallas Fed (esc. esq.) ISM Manufacturing (esc. dir.)
EUA - Atividade Regional (Dallas Fed) vs ISM
Un: Índice Un: Índice
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Chicago PMI ISM Manufacturing
EUA - Chicago PMI vs ISM Manufacturing
Un: Índice Un: Índice
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA
Semanal de Economia e de Mercados
31
Média dos indicadores regionais subiu em agosto, quer na versão indicadores
gerais, quer na versão PMI, em ambos os casos para valores positivos, em
recuperação da intensa descida de abril
Já foram divulgados dados, relativos a agosto, para os seis surveys regionais que
monitorizamos (Nova Iorque, Filadélfia, Richmond, Kansas City, Chicago e Dallas
[está já nesta 2.ª feira, 31 de agosto]), com a média dos seis a ser positiva e superior à
do mês anterior, quer ao nível dos índices gerais, quer na versão PMI, a que tem maior
correlação com a atividade nacional. Por sua vez, a estimativa preliminar de agosto do
indicador PMI Manufacturing da Markit veio apontar para uma subida mensal, de 50.9
para 53.6 pontos, aliviando, pelo 4.º mês consecutivo, de um mínimo desde março de
2009, em plena Grande Recessão, tendo atingido um máximo desde janeiro de 2019 e
ficado pelo 2.º mês consecutivo com níveis acima do limiar da expansão, após quatro
meses abaixo.
Conjuntamente, os indicadores regionais e do PMI Manufacturing da Markit
sugerem um novo registo positivo do indicador nacional ISM Manufacturing, em agosto,
e até ligeiramente superior ao de julho, quando atingiu um máximo desde março de
2019 e se afastou, pelo 3.º mês consecutivo, do registo de abril, o valor mais baixo
desde abril de 2009, ficando acima do limiar da expansão, pelo 2.º mês consecutivo,
após três meses abaixo.
Produção apresentou uma intensa queda anualizada de 6.7% no 1.º trimestre de
2020, que era então a maior queda desde o 2.º trimestre de 2009 (-10.9%), tendo
sextuplicado esse ritmo de contração no 2.º trimestre (-43.2%), devendo
regressar ao crescimento no 3.º trimestre (com o registo de julho já está a
observar um crescimento anualizado de 31.8% no trimestre)
No 4.º trimestre de 2014 registou-se uma subida anualizada da produção industrial de
2.7%, observando o 22.º trimestre consecutivo de expansão, sequência sem paralelo
nas outras grandes economias desenvolvidas (Zona Euro, Japão ou Reino Unido).
Todavia, entre o 1.º trimestre de 2015 e o 2.º trimestre de 2016, apenas se
registaram quedas. Desde o 3.º trimestre de 2016 a produção industrial tem vindo a
subir, com exceção da queda de 0.8% no 3.º trimestre de 2017, registando uma forte
subida no 4.º trimestre de 2017 (+7.5%), a maior desde o 2.º trimestre de 2010
(+8.1%). No 1.º trimestre de 2018 a produção industrial continuou a subir, embora em
abrandamento, tendo avançado 2.3%, e acelerado depois para 4.6% no 2.º trimestre.
No 3.º trimestre, a produção industrial subiu 5.2%, tendo depois voltado a registar um
novo forte crescimento no 4.º trimestre, de 3.9%. A produção industrial apresentou
uma queda anualizada de 1.9% no 1.º trimestre de 2019, tendo observado uma nova
queda no 2.º trimestre (-2.3%) e subido 1.1% no 3.º trimestre, verificando-se um
abrandamento no 4.º trimestre de 2019 (+0.4%), tendo caído uns intensos 6.7% no 1.º
trimestre de 2020, a maior queda desde o 2.º trimestre de 2009 (-10.9%), sextuplicado
esse ritmo de contração no 2.º trimestre (-43.2%), devendo regressar ao crescimento
no 3.º trimestre (com o registo de julho já está a observar um crescimento anualizado
de 31.8% no trimestre).
Indicadores regionais sugerem uma subida anualizada do PIB de 3.0% do PIB no
3.º trimestre, uma subida bem inferior às nossas expectativas, na ordem de 22%
Refira-se que os indicadores regionais sinalizam uma subida anualizada do PIB de
3.0% para o 3.º trimestre, mas prevemos uma subida bem superior, na ordem de 22%,
com a economia a continuar a recuperar das intensas quedas de março e abril, depois
de já ter regressado aos crescimentos em maio, e prosseguido a crescer em junho,
julho e agosto. Com efeito, o consumo privado deverá regressar ao crescimento no
3.º trimestre, bem como o investimento em capital fixo e o investimento em
existências. Já os gastos públicos deverão continuar a crescer, mas as exportações
líquidas deverão regressar aos contributos negativos.
Em termos anuais, depois de a economia ter abrandado no ano de 2019 para 2.2%,
em função dos efeitos da pandemia, a economia deverá cair 4.7% em 2020, devendo
depois recuperar desta queda, subindo 4.6% em 2021.
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PIB - QoQ Anualiz. (esc. esq.)
Regional Surveys - Quarterly Average (esc. dir.)
EUA - PIB (QoQ) Anualized vs Regional Surveys
Previsão - 3Q20 YoY:-9/QoQ Anz:3Un: % Un: Indice
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Richmond Fed (esc. esq.) Kansas City Fed (esc. esq.)
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EUA - Atividade Regional (Richmond Fed e KC Fed) vs ISM
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Dallas Fed (esc. esq.) ISM Manufacturing (esc. dir.)
EUA - Atividade Regional (Dallas Fed) vs ISM
Un: Índice Un: Índice
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Chicago PMI ISM Manufacturing
EUA - Chicago PMI vs ISM Manufacturing
Un: Índice Un: Índice
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ZONA EURO
Semanal de Economia e de Mercados
32
Zona Euro: Confirmada a queda em cadeia do PIB francês no 2.º trimestre (-13.8%), mas a do PIB
alemão foi revista de 10.1% para 9.7%, levando-nos a rever a previsão para a queda anual de 2020 de
6.4% para 6.2%, sendo que em agosto o clima empresarial (IFO) neste país renovou máximos desde
fevereiro. Agregado monetário M3 cresceu na Zona Euro em julho ao maior ritmo desde maio de
2008, suportado pela política expansionista do BCE. Confirmada a subida da confiança dos
consumidores na Zona Euro, revertendo a queda do mês anterior, o que, associada à subida da
generalidade das confianças empresariais (a exceção foi a construção), conduziu ao 4.º aumento
consecutivo do indicador de sentimento económico.
Queda em cadeia do PIB alemão do 2.º trimestre revista de
10.1% para 9.7%, levando-nos a rever a previsão para a
queda anual de 2020 de 6.4% para 6.2%. Clima empresarial
(IFO) na Alemanha renovou máximos desde fevereiro
Foi confirmada a queda em cadeia do PIB francês no 2.º
trimestre (-13.8%), mas a do PIB alemão foi revista de 10.1%
para 9.7%. Em todo o caso, a economia viu, como esperado,
bastante agravado o ritmo de queda (-2.0% no 1.º trimestre),
sendo bastante penalizada pelo impacto da pandemia do Covid-
19, e com esta queda a ser superior à que era aguardada pelo
mercado aquando da 1.ª estimativa (consenso: -9.0%), mas
inferior às nossas estimativas aquando da 1.ª estimativa
(Montepio: -10.5%), com a economia a confirmar a entrada em
recessão técnica no início do ano. Trata-se da maior queda em
cadeia do PIB germânico desde o início da série trimestral do
PIB (em 1970), superando os -4.7% observados no 1.º trimestre
de 2009, aquando da Grande Recessão de 2008/09. A forte
contração, em cadeia, do PIB no 2.º trimestre refletiu um
comportamento desfavorável, essencialmente, da procura
interna, em concreto do consumo privado e do investimento
(FBCF), mas com as exportações líquidas a terem também
penalizado o crescimento, refletindo fortes descidas tanto das
exportações, como das importações. Relativamente ao 3.º
trimestre, o indicador de clima empresarial (IFO) alemão
renovou em agosto máximos desde fevereiro, sinalizando uma
subida do PIB de 4.7%, abaixo do centro do nosso intervalo de
previsão entre 4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a
permanecerem rodeadas de bastante incerteza e riscos
descendentes, decorrentes dos desenvolvimentos da pandemia.
Revimos o nosso cenário para o PIB alemão de 2020,
continuando-se a prever uma forte contração média anual, mas
0.2 p.p. inferior ao anteriormente admitido, apontando-se para
agora para uma descida de 6.2%, mesmo assumindo um
crescimento até ao final do ano um pouco menos célere do que
o anteriormente admitido, continuando também a prever-se um
regresso aos crescimentos em 2021.
Agregado monetário M3 cresceu em julho ao maior ritmo
desde maio de 2008, suportado pela política do BCE
O crescimento homólogo do agregado monetário M3 acelerou
em julho, de 9.2% para 10.2%, um máximo desde maio de 2008
(+10.3%), tendo superado as expectativas do mercado
(consenso: +9.2%), ao passo que o crédito bancário ao setor
privado manteve-se a crescer 4.7%, continuando aquém dos
5.2% de maio, o maior ritmo de crescimento desde dezembro de
2008 (+5.8%), exibindo o 63.º acréscimo consecutivo, com o
comportamento favorável do crédito a continuar a beneficiar das
medidas de política monetária que têm vindo a ser
implementadas.
Confirmada a subida da confiança dos consumidores,
revertendo a queda do mês anterior…
Ao nível do consumo privado, foi confirmada a subida da
confiança dos consumidores em agosto, de -15.0 para -14.7
pontos, revertendo a queda do mês anterior, superando as
expectativas do mercado, registando a 3.ª subida em quatro
meses, as quais, no entanto, tinham ocorrido após duas fortes
descidas, a de abril de 10.4 pontos que representou a maior
queda de sempre do indicador (série iniciada em 1985), que
tinham colocado o indicador em níveis mínimos desde março de
2009 (-23.9 pontos), quando fez mínimos históricos, dos quais
aliviou desde maio (com exceção da descida de julho),
provavelmente refletindo a sensação dos consumidores de já
algum regresso progressivo à normalidade, à medida que as
economias iniciam o processo de desconfinamento. Já a
marginal descida em julho poderá refletir apenas alguma
apreensão face à situação mais descontrolada da pandemia do
Covid-19 observada noutras regiões do globo (como nos EUA e
na América Latina), mas também alguns focos de novas
infeções dentro da própria Zona Euro. A confiança dos
consumidores ficou, pelo 6.º mês consecutivo, abaixo respetiva
mediana histórica, depois um ciclo de 73 vezes, em 74 meses,
acima, encontrando-se em níveis empiricamente consistentes
com uma descida do consumo privado no 2.º trimestre e no 3.º
trimestre, indo ao encontro das nossas expectativas no que ao
2.º trimestre respeita, com o agregado a dever ter contraído
entre 10.5% e 12.5%, em marcado agravamento (-4.7% no 1.º
trimestre) e sendo bastante penalizado nos dois primeiros
trimestres do ano pelo impacto que a pandemia do Covid-19 na
região, mas perspetivando-se depois um regresso do consumo
aos crescimentos no 3.º trimestre.
… o que, associada à subida da generalidade das
confianças empresariais (a exceção foi a construção),
conduziu ao 4.º aumento consecutivo do indicador de
sentimento económico
A subida da confiança dos consumidores, bem como a
confiança dos empresários na maioria dos setores (a exceção
foi a descida da confiança na construção), conduziu a um
aumento do indicador de sentimento económico (ESI), que
subiu pelo 4.º mês consecutivo, renovando máximos desde
março. Esta subida do ESI em agosto superou as expectativas
do mercado, mas com estas quatro subidas a surgirem depois
de duas quedas ainda mais intensas (a de abril, representou a
maior da atual série histórica iniciada em 1985), que tinham
colocado o indicador em níveis mínimos desde março de 2009.
O ESI encontra-se, em termos trimestrais, em níveis
compatíveis com uma queda do PIB de 0.5% no 3.º trimestre,
ficando bem aquém das nossas expectativas, que apontam para
um regresso da economia aos crescimentos (entre +7.3% e
+9.3%), embora com estas nossas previsões a permanecerem
rodeadas de incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos
desenvolvimentos da pandemia, em concreto do respetivo
processo de desconfinamento.
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ZONA EURO
Semanal de Economia e de Mercados
33
Aconteceu na semana passada… na Zona Euro
Consumo Privado
Confiança dos consumidores subiu ligeiramente em agosto, de -15.0 para -14.7
pontos, revertendo a queda do mês anterior, superando as expectativas do
mercado, registando a 3.ª subida em quatro meses (-0.3 pontos em julho), as
quais, no entanto, tinham ocorrido após duas fortes descidas, a de abril de 10.4
pontos que representou a maior queda de sempre do indicador (série iniciada em
1985), que tinham colocado o indicador em níveis mínimos desde março de 2009
(-23.9 pontos), quando fez mínimos históricos, dos quais aliviou desde maio
(com exceção da descida de julho), provavelmente refletindo a sensação dos
consumidores de já algum regresso progressivo à normalidade, à medida que as
economias iniciam o processo de desconfinamento. Já a marginal descida em
julho poderá refletir apenas alguma apreensão face à situação mais
descontrolada da pandemia do Covid-19 observada noutras regiões do globo
(como nos EUA e na América Latina), mas também alguns focos de novas
infeções dentro da própria Zona Euro
A estimativa final de agosto da Comissão Europeia (CE) para a confiança dos
consumidores veio confirmar a estimativa preliminar e dar conta de uma ligeira subida
mensal, de -15.0 para -14.7 pontos, revertendo a queda do mês anterior, superando as
expectativas do mercado aquando da 1.ª estimativa, registando a 3.ª subida em quatro
meses (-0.3 pontos em julho), as quais, no entanto, tinham ocorrido após duas fortes
descidas, a de abril de 10.4 pontos que representou a maior queda de sempre do
indicador (série iniciada em 1985), que tinham colocado o indicador em níveis mínimos
desde março de 2009 (-23.9 pontos), quando fez mínimos históricos, dos quais aliviou
desde maio (com exceção da descida de julho), provavelmente refletindo a sensação
dos consumidores de já algum regresso progressivo à normalidade, à medida que as
economias iniciam o processo de desconfinamento. Já a marginal descida em julho
poderá refletir apenas alguma apreensão face à situação mais descontrolada da
pandemia do Covid-19 observada noutras regiões do globo (como nos EUA e na
América Latina), mas também alguns focos de novas infeções dentro da própria Zona
Euro
Confiança dos consumidores ficou, pelo 6.º mês consecutivo, abaixo respetiva
mediana histórica (-9.1 pontos), depois um ciclo de 73 vezes, em 74 meses,
acima…
A confiança dos consumidores ficou, pelo 6.º mês consecutivo, abaixo da respetiva
mediana histórica (-9.1 pontos), depois um ciclo de 73 vezes, em 74 meses (esteve em
linha em fevereiro de 2014), mesmo após ter estado condicionada por vários focos de
tensão geopolítica internacionais, mas estando agora a ser, essencialmente,
penalizada pela já referida pandemia do Covid-19.
… encontrando-se em níveis empiricamente consistentes com uma descida do
consumo privado no 2.º trimestre e no 3.º trimestre, indo ao encontro das nossas
expectativas no que ao 2.º trimestre respeita, com o agregado a dever ter
contraído entre 10.5% e 12.5%, em marcado agravamento (-4.7% no 1.º trimestre)
e sendo bastante penalizado nos dois primeiros trimestres do ano pelo impacto
que a pandemia do Covid-19 na região, mas perspetivando-se depois um
regresso do consumo aos crescimentos no 3.º trimestre
Em termos trimestrais, o indicador de confiança dos consumidores na Zona Euro
apresenta, no 3.º trimestre (-14.9 pontos), um nível superior ao observado no 2.º
trimestre (-18.5 pontos), mas ambos bem abaixo do observado no 1.º trimestre (-8.8
pontos), estando no 3.º trimestre a aliviar de um mínimo desde o 2.º trimestre de 2013
(-19.1 pontos), mas revelando-se empiricamente consistente com uma descida do
consumo privado no 2.º trimestre e no 3.º trimestre, indo ao encontro das nossas
expectativas no que ao 2.º trimestre respeita, com o agregado a dever contrair entre
10.5% e 12.5%, em marcado agravamento (-4.7% no 1.º trimestre) e sendo bastante
penalizado nos dois primeiros trimestres do ano pelo impacto que a pandemia do
Covid-19 na região, mas perspetivando-se depois um regresso do consumo aos
crescimentos no 3.º trimestre. O consumo privado deverá ter sido bastante penalizado
no 2.º trimestre pelo consumo de serviços, pelas vendas de carros e pelas vendas a
retalho.
-40
-36
-32
-28
-24
-20
-16
-12
-8
-4
0
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
2010
:08
2011
:08
2012
:08
2013
:08
2014
:08
2015
:08
2016
:08
2017
:08
2018
:08
2019
:08
2020
:08
Confiança do Consumidor (esc. esq.)
Consumo Privado(YoY) (esc. dir.)
Zona Euro - Confiança do Consumidor e Consumo Privado
Un: Índice Un: %
jul-20 ago-20 jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Conf. Consumidor -15.0 -14.7 -0.3 0.3 -1 1
Expectativas Sit. Financeira -3.9 -4.0 0.4 -0.1 3 -1
Expectativas Economia -29.5 -28.9 0.1 0.6 3 4
Expectativas Poupança 3.1 2.2 1.5 -0.9 3 -1
Expectativas Desemprego 51.8 51.5 0.2 -0.3 1 -1
Actual Sit. Financeira -10.1 -9.7 -2.4 0.4 -5 1
Situação Economia -58.0 -59.8 -3.0 -1.8 -5 -6
Grandes Aquisições - Expectativas -16.4 -16.2 0.8 0.2 3 4
Grandes Aquisições - Situação -19.2 -19.5 3.6 -0.3 3 -1
Expectativas Preços 12M 17.5 16.9 -4.1 -0.6 -3 -4
Situação Preços 12M 12.7 13.9 -1.8 1.2 -1 1
Zona Euro - Confiança dos Consumidores
Up/DownValor Variação
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ZONA EURO
Semanal de Economia e de Mercados
34
Indicadores de Confiança
Sentimento económico subiu em agosto, de 82.4 (revisto de 82.3 pontos) para
87.7 pontos, um novo máximo desde março, representando a 4.ª subida
consecutiva (+6.6 pontos em julho, +8.3 pontos em junho e +2.7 pontos em
maio) e representando uma leitura superior à esperada pelo mercado
(consenso: 85.0 pontos), mas com estas quatro subidas a surgirem depois de
duas quedas ainda mais intensas (a de abril, de -29.3 pontos, que representou
a maior da atual série histórica iniciada em 1985), que tinham colocado o
indicador em níveis mínimos desde março de 2009, dos quais aliviou agora
entre maio e agosto, com as intensas deteriorações do indicador observadas
nos meses de março e abril a refletirem os impactos da pandemia do
coronavírus sobre a economia da região
O indicador de sentimento económico (ESI) subiu em agosto, de 82.4 pontos
(revisto em alta em 0.1 pontos) para 87.7 pontos, um novo máximo desde março,
representando a 4.ª subida consecutiva (+6.6 pontos em julho, +8.3 pontos em junho
e +2.7 pontos em maio) e representando uma leitura superior à esperada pelo
mercado (consenso: 85.0 pontos), mas com estas quatro subidas a surgirem depois
de duas quedas ainda mais intensas (-29.3 pontos em abril e -9.2 pontos em março),
com a expressiva descida de abril a ser a maior da atual série histórica (iniciada em
1985) e a remeter o indicador para níveis mínimos desde março de 2009, dos quais
aliviou agora entre os meses de maio e agosto. Note-se que as intensas
deteriorações do sentimento económico observadas nos dois anteriores meses de
março e abril refletiram os impactos da pandemia do coronavírus sobre a economia
da região. Com essas duas fortes descidas em março e abril, o ESI passou a estar
em níveis abaixo da respetiva média de longo prazo do indicador (100 pontos),
permanecendo agora em agosto abaixo dessa marca pelo 6.º mês consecutivo,
depois de 61 meses acima.
O ESI encontra-se, em termos trimestrais, em níveis compatíveis com uma
queda do PIB de 0.5% no 3.º trimestre, ficando bem aquém das nossas
expectativas, que apontam para um regresso da economia aos crescimentos
(entre +7.3% e +9.3%), embora com estas nossas previsões a permanecerem
rodeadas de incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos
desenvolvimentos da pandemia, em concreto do respetivo processo de
desconfinamento
Em termos trimestrais, segundo cálculos do Montepio, o ESI encontra-se em níveis
compatíveis com uma contração, em cadeia, da atividade económica de 0.5% no 3.º
trimestre, ficando bem aquém das nossas expectativas, que apontam para um
regresso da economia aos crescimentos, depois das fortes contrações observadas
nos dois primeiros trimestres do ano (-3.6% no 1.º trimestre e -12.1% no 2.º
trimestre), com o indicador compósito do Montepio para o PIB a apontar para
uma forte expansão, entre 7.3% e 9.3%, pese embora com estas nossas previsões
a permanecerem rodeadas de incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos
desenvolvimentos da pandemia do coronavírus, em concreto dos timings e
processos de desconfinamento seguidos pelas diversas economias da região, bem
como das respostas dos agentes económicos aos novos modos de vida.
Em termos anuais, apontamos para uma contração média anual do PIB de 7.8%
em 2020, em marcado agravamento face ao crescimento de 1.3% observado em
2019. Trata-se de uma contração inferior à prevista pela CE (-8.7%, em 07/07/2020)
e pelo BCE (-8.7% em 04/06/2020), e estando, por sua vez, ainda mais afastada das
quedas projetadas pelo FMI (-10.2%, em 24/06/2020) e pela OCDE (-9.5% em
10/06/2020). A economia deverá regressar aos crescimentos, em termos médios
anuais, em 2021, ano para o qual continuamos a prever um crescimento de 6.3%.
A subida do ESI refletiu comportamentos maioritariamente ascendentes dos
índices de confiança analisados, com as novas fortes subidas observadas nos
serviços, na indústria, no comércio a retalho e na confiança dos consumidores
a bem mais do que compensarem a ligeira descida registada na construção
Esta subida do sentimento económico, em agosto, refletiu comportamentos
maioritariamente ascendentes dos índices de confiança analisados, com as novas
fortes subidas observadas nos serviços, na indústria, no comércio a retalho e na
confiança dos consumidores a bem mais do que compensarem a ligeira descida
observada na confiança na construção.
-14
-12
-10
-8
-6
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0
2
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130
2010
:Q3
2011
:Q3
2012
:Q3
2013
:Q3
2014
:Q3
2015
:Q3
2016
:Q3
2017
:Q3
2018
:Q3
2019
:Q3
2020
:Q3
PIB - QoQ (esc. esq.)
Economic Sentiment (Quarterly Average) (esc. dir.)
Zona Euro - GDP (QoQ) vs Economic Sentiment
Previsão - 3Q20 YoY:-15.6/QoQ:-0.5Un: % Un: Indice
60
70
80
90
100
110
120
130
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
2018
:8
2018
:11
2019
:2
2019
:5
2019
:8
2019
:11
2020
:2
2020
:5
2020
:8
Sent. Económico (esc. esq.) Conf. Consumidor (esc. dir.)
Conf. Serviços (esc. dir.) Conf. Industrial (esc. dir.)
Conf. Com. Retalho (esc. dir.) Conf. Construção (esc. dir.)
Zona Euro - Indicadores de Confiança (CE)
Un: Índice Un: % (SRE)
jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Sentimento Económico 82.4 87.7 6.6 5.3
Indústria -16.2 -12.7 5.4 3.5
Serviços -26.2 -17.2 9.3 9.0
Construção -11.4 -11.8 -0.1 -0.4
Retalho -15.1 -10.5 4.3 4.6
Consumidor -15.0 -14.7 -0.3 0.3
Un: ÍndiceValor Variação
Zona Euro - Indicadores de Confiança da CE
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ZONA EURO
Semanal de Economia e de Mercados
35
Com efeito, registaram-se subidas de confiança na indústria (+3.5 pontos, aliviando,
pelo 4.º mês consecutivo, de níveis mínimos desde junho de 2009), no comércio a
retalho (+4.6 pontos, aliviando, também pelo 4.º mês consecutivo, de níveis
mínimos históricos) e nos serviços (+9.0 pontos, aliviando, neste caso pelo 3.º mês
consecutivo, de níveis mínimos históricos. Também a confiança dos
consumidores subiu (+0.3 pontos, revertendo a descida do mês anterior e após
duas fortes subidas, em que esteve a aliviar de níveis mínimos desde março de
2009). Por seu lado, observou-se uma descida na confiança na construção (-0.4
pontos vs -0.1 pontos em julho, depois de ter subido intensamente em junho e
aliviado de mínimos desde abril de 2016). A construção tinha evidenciado de março
a julho, o mais elevado nível de confiança entre os setores de atividade, lugar que
agora foi ocupado pelo retalho, ao passo que os serviços passaram, nos cinco
últimos meses, a destacar-se como o índice com o menor nível de confiança.
Indicadores do mercado de trabalho exibiram também algum alívio, pelo 4.º
mês consecutivo, depois dos fortes agravamentos observados nos meses de
março e abril, refletindo o impacto negativo da pandemia do coronavírus sobre
a economia da região, com a tendência de melhoria das condições deste
mercado a ser, como esperado, severamente revertida no atual contexto de
crise económica causada pelo Covid-19
Ao nível do mercado laboral, os indicadores de confiança revelaram um alívio das
expectativas dos empresários em agosto, pelo 4.º mês consecutivo, contabilizando
36 subidas em 69 meses, com estas subidas do indicador a surgirem depois de
quatro descidas consecutivas, as duas últimas, de março e abril, bastante intensas e
que estiveram naturalmente associadas ao impacto negativo da pandemia do
coronavírus sobre a economia da região, observando-se, pelo 4.º mês consecutivo,
um comportamento positivo das expectativas de emprego (próximos três meses)
na generalidade dos setores de atividade (este mês de agosto apenas com a
pontual exceção da construção, tal como tinha sucedido em julho), sendo mais
intensas nos serviços, depois de terem sido os mais penalizados em março e abril.
O indicador para a totalidade da economia da região registou o 6.º mês consecutivo
em terreno negativo, depois de 61 meses (consecutivos) desde março de 2012 em
terreno positivo, estando, pelo 5.º mês consecutivo, num nível empiricamente
compatível com um decréscimo do emprego na região, depois de 77 meses
consecutivos a sugerir crescimentos do emprego. Setorialmente, as expectativas
mais baixas observam-se na indústria e as mais elevadas nos serviços. Do lado dos
consumidores, assistiu-se a uma descida subida das expectativas de
desemprego (próximos 12 meses), pela 3.ª vez em quatro meses depois de dois
fortes alívios e após dois intensos agravamentos consecutivos, encontrando-se, pelo
6.º mês consecutivo, de acordo com os cálculos do Montepio, num nível compatível
com uma subida do desemprego na região, depois de 62 meses a sugerir descidas.
Moeda e Crédito
Crescimento homólogo do agregado monetário M3 acelerou em julho, de 9.2% para 10.2%, um máximo desde maio de 2008 (+10.3%), tendo superado as expectativas do mercado (consenso: +9.2%)…
O crescimento homólogo do agregado monetário M3 situou-se em 10.2% em julho, em aceleração face aos 9.2% observados em junho e ficando acima das expetativas do mercado (consenso: +9.2%), com o indicador a exibir a 7.ª aceleração consecutiva e a apresentar o maior ritmo desde maio de 2008 (+10.3%), afastando-se, ainda mais, do menor ritmo desde novembro de 2014 (+3.1%) verificado em agosto de 2018 (+3.5%).
… ao passo que que crédito bancário ao setor privado se manteve a crescer 4.7%, continuando aquém dos 5.2% de maio, o maior ritmo de crescimento desde dezembro de 2008 (+5.8%), exibindo o 63.º acréscimo consecutivo, com o comportamento favorável do crédito a continuar a beneficiar das medidas de política monetária que têm vindo a ser implementadas
No mesmo mês, o crédito bancário ao setor privado cresceu 4.7% em termos homólogos, a um ritmo igual ao observado no mês anterior (+4.7%), continuando aquém do ritmo de maio (+5.2%), o maior crescimento desde dezembro de 2008 (+5.8%), tratando-se do 63.º acréscimo consecutivo e do 64.º nos últimos 65 meses (estabilizou em abril de 2015), após quase três anos (34 meses) em permanente contração, com o comportamento favorável do crédito a continuar a beneficiar das medidas de política monetária que têm vindo a ser implementadas.
Esta manutenção do ritmo de crescimento do crédito bancário ao setor privado esteve associada a uma manutenção do ritmo de crescimento do crédito às empresas não-financeiras, em 6.5%, evidenciando o 55.º acréscimo consecutivo e continuando apenas 0.2 p.p. abaixo do ritmo de maio (+6.7%), o maior ritmo desde fevereiro de 2009 (+7.6%). Por sua vez, o crédito a empresas financeiras não monetárias desacelerou o crescimento de 6.7% para 6.5%, ao passo que o crédito a particulares cresceu 3.3%, aumentando o ritmo face ao mês anterior (+3.2%) e avançando, agora, pelo 63.º mês consecutivo.
jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Sentimento Económico 82.4 87.7 6.6 5.3
Indústria -16.2 -12.7 5.4 3.5
Serviços -26.2 -17.2 9.3 9.0
Construção -11.4 -11.8 -0.1 -0.4
Retalho -15.1 -10.5 4.3 4.6
Consumidor -15.0 -14.7 -0.3 0.3
Un: ÍndiceValor Variação
Zona Euro - Indicadores de Confiança da CE
jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Consumidores (Desemprego 12M) 51.8 51.5 0.2 -0.3
Empresários (Emprego 3M) -7.5 -6.0 2.9 1.5
Indústria -16.4 -13.7 3.1 2.7
Construção -5.6 -6.9 -1.4 -1.3
Comércio a Retalho -10.0 -6.7 1.5 3.3
Serviços -4.7 -3.6 3.5 1.1
Zona Euro - Expectativas de Emprego e Desemprego
Un: ÍndiceValor Variação
Nota: As Expectativas dos Consumidores referem-se ao Desemprego nos próximos 12 meses e as
dos Empresários ao Emprego nos próximos 3 meses.
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-2
0
2
4
6
8
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12
2010
:07
2011
:07
2012
:07
2013
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2014
:07
2015
:07
2016
:07
2017
:07
2018
:07
2019
:07
2020
:07
M3 - Var. Hom. (YoY)
Empréstimos ao Setor Privado - Var. Hom. (YoY)
Zona Euro - M3 e Empréstimos ao Setor Privado
Un: %
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ESPANHA
Semanal de Economia e de Mercados
36
Consumo Privado
Vendas a retalho registaram uma forte subida mensal de 1.2% em julho,
representando a 3.ª subida consecutiva (duas delas muito intensas: +17.6% em
junho, +19.4% em maio), mas depois de duas quedas bastante intensas (-20.2%
em abril e -15.6% em março), que tinham levado a atividade retalhista a afundar
para níveis mínimos históricos, dos quais aliviou de maio a julho, tendo nesses
meses sido bastante penalizada pelas medidas de confinamento adotadas pelo
país em meados de março, para tentar controlar a propagação do Covid-19
As vendas a retalho (ajustadas de dias úteis e de sazonalidade) registaram uma forte
subida mensal de 1.2% em julho, representando a 3.ª subida consecutiva (duas delas
muito intensas: +17.6% em junho, +19.4% em maio), mas depois de duas quedas
bastante intensas (-20.2% em abril e -15.6% em março), que tinham levado a atividade
retalhista a afundar para níveis mínimos históricos, dos quais aliviou de maio a julho,
aproximando-se, por sua vez, um pouco mais dos níveis máximos desde dezembro de
2010 observados em novembro. A atividade retalhista vinha a evidenciar uma
tendência ascendente desde o início de 2014, não obstante algumas interrupções
pontuais, uma tendência que foi severamente revertida nos meses de março e abril,
com as vendas a retalho a serem bastante penalizadas pelas medidas de
confinamento adotadas pelo país em meados de março, para tentar controlar a
propagação do Covid-19.
As vendas a retalho exibiram uma intensa queda de 14.7% no 2.º trimestre,
depois de já terem caído 5.1% no 1.º trimestre, estando no 3.º trimestre (apenas
com o registo de julho) a subir 18.4%, devendo apresentar um forte contributo
positivo para o comportamento do consumo privado, que deverá registar uma
forte expansão no 3.º trimestre, depois das duas intensas quedas observadas no
1.º semestre (-6.5% no 1.º trimestre, -20.8% no 2.º trimestre)
Em termos trimestrais, as vendas a retalho evidenciaram uma intensa queda de 14.7%
no 2.º trimestre, depois de já terem caído 5.1% no 1.º trimestre, estando no 3.º
trimestre (apenas com o registo de julho) a subir 18.4%, devendo apresentar um forte
contributo positivo para o comportamento do consumo privado, que deverá registar
uma forte expansão no 3.º trimestre, depois das duas fortes quedas observadas no 1.º
semestre (-6.5% no 1.º trimestre, -20.8% no 2.º trimestre). O indicador compósito do
Montepio para o consumo privado espanhol aponta atualmente para uma subida
entre 19.0% e 23.0%, devendo o agregado ser suportado pelas vendas de carros,
pelas vendas a retalho e pelo consumo de serviços.
-32
-28
-24
-20
-16
-12
-8
-4
0
4
8
2010
:07
2011
:07
2012
:07
2013
:07
2014
:07
2015
:07
2016
:07
2017
:07
2018
:07
2019
:07
2020
:07
Vendas a Retalho Reais (YoY)
Vendas a Retalho Reais wda (YoY)
Espanha - Vendas a Retalho
Un: %
Aconteceu na semana passada… em Espanha
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 FRANÇA
Semanal de Economia e de Mercados
37
Aconteceu na semana passada… na França
Confiança Empresarial
Confiança dos empresários subiu em agosto, de 84 (revisto de 85 pontos) para
91 pontos, ficando acima das expectativas do mercado e representando a 4.ª
subida consecutiva (+6 pontos em julho; +18 pontos em junho, que representou
a maior de sempre), embora depois de duas intensas quedas (-41.3 pontos em
abril), que foram as maiores do histórico do indicador (série iniciada em 1970) e
que tinham remetido a confiança dos empresários para níveis mínimos
históricos, dos quais aliviou nos quatro últimos meses, estando agora em
máximos desde março. Note-se que as intensas deteriorações do indicador nos
meses de março e abril tinham refletido os receios dos empresários quanto ao
impacto da pandemia do coronavírus na economia francesa e, em concreto,
sobre as suas empresas
O índice de confiança empresarial (BCI) do instituto nacional de estatística (INSEE)
subiu em agosto, de 84 (revisto de 85 pontos) para 91 pontos, ficando acima das
expectativas do mercado (consenso: 88 pontos) e representando a 4.ª subida
consecutiva (+6 pontos em julho, +18 pontos em junho, que representou a maior de
sempre do indicador), embora depois de duas intensas quedas (-41.3 pontos em abril),
que foram as maiores do histórico do indicador (série iniciada em 1970) e que tinham
remetido a confiança dos empresários para níveis mínimos históricos, dos quais aliviou
nos três últimos meses, atingindo um máximo desde março. Note-se que as intensas
deteriorações do indicador nos meses de março e abril tinham refletido os receios dos
empresários quanto ao impacto da pandemia do coronavírus na economia francesa e,
em concreto, sobre as suas empresas.
O indicador sinaliza uma subida, em cadeia, do PIB francês de 3.9% para o 3.º
trimestre, com a intensidade destes movimentos a ser inferior ao que
perspetivamos: continuamos a prever uma forte subida entre 11.7% e 13.7% para
o 3.º trimestre, depois da economia ter contraído 15.1% no 2.º trimestre
Em termos trimestrais, o indicador BCI sinaliza uma expansão, em cadeia, do PIB de
3.9% para o 3.º trimestre, com a intensidade destes movimentos a ser inferior ao que
perspetivamos. Com efeito, o indicador compósito do Montepio para o PIB francês
continua a apontar para uma forte subida, em cadeia, no 3.º trimestre, entre 11.7% e
13.7% para o 3.º trimestre, depois da economia ter contraído 15.1% no 2.º trimestre,
com estas nossas previsões a permanecerem rodeadas de incerteza e riscos
descendentes, decorrentes dos desenvolvimentos da pandemia do coronavírus no
país, em concreto dos timings e processo de desconfinamento seguido pela economia
francesa, bem como das respostas dos agentes económicos aos novos modos de vida.
Mantemos o nosso cenário de uma forte contração média anual do PIB de 9.8%
em 2020, seguido de um regresso aos crescimentos em 2021
Em termos anuais, depois do crescimento de 1.5% observado em 2019 pela
economia francesa, continuamos a apontar para uma forte contração média anual do
PIB de 9.8%, com estas previsões a permanecerem rodeadas de forte incerteza,
associados aos futuros desenvolvimentos em torno da pandemia do Covid-19. Trata-se
de uma queda inferior às previstas pela Comissão Europeia (-10.6% em 07/07/2020),
pela OCDE (-11.4% em 10/06/2020) e pelo FMI (-12.5% em 24/06/2020). A economia
deverá regressar ao crescimento, em termos médios anuais, em 2021, ano para o qual
prevemos um crescimento de 7.5%.
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
50
60
70
80
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110
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2010
:Q3
2011
:Q3
2012
:Q3
2013
:Q3
2014
:Q3
2015
:Q3
2016
:Q3
2017
:Q3
2018
:Q3
2019
:Q3
2020
:Q3
PIB - QoQ (esc. esq.)
Business Confidence (Quarterly Average) (esc. dir.)
France - GDP(QoQ) vs INSEE Business Confidence
Previsão - 3Q20 YoY:-15.9/QoQ:3.9Un: % Un: Indice
50
60
70
80
90
100
110
120
2010
:08
2011
:08
2012
:08
2013
:08
2014
:08
2015
:08
2016
:08
2017
:08
2018
:08
2019
:08
2020
:08
INSEE França
IFO Alemanha
INSAE Itália
França - Índice de Confiança Empresarial
Un: Índice
jul-20 ago-20 jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Confiança Empresarial 84 91 6 7 3 4
Indústria 82 93 5 11 3 4
Produção Corrente -41 -2 16 39 2 3
Inventários 14 4 0 -10 -1 -2
Procura e Encomendas (P&E) -51 -38 5 13 2 3
P&E p/Exp -63 -52 2 11 1 2
Perspetivas Prod. Própria Empresa 24 22 4 -2 3 -1
Perspetivas Prod. Global -4 -3 10 1 3 4
Serviços 88 94 10 5 3 4
Comércio a Retalho 88 93 4 5 3 4
Un: Índice
França - Indicador de Confiança Empresarial (INSEE)
Nível Diferença Up/Down
Nota: Up / Down - Número de meses consecutivos do indicador a subir ou a descer.
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 FRANÇA
Semanal de Economia e de Mercados
38
Consumo Privado
Confiança dos consumidores manteve-se nos 94 pontos, em linha com as
expectativas do mercado (consenso: 94 pontos), após ter caído 2 pontos no mês
anterior e revertido metade da subida de junho, com o indicador a continuar 2
pontos acima dos níveis mínimos desde janeiro de 2019 registados em maio,
depois de ter sido penalizado pela entrada, em março, da pandemia do Covid-19
no território francês. Já a descida em julho e manutenção em baixos níveis em
agosto poderá refletir alguma apreensão face ao aumento de novas infeções em
França e à situação mais descontrolada da pandemia do Covid-19 observada
noutras regiões do globo
O índice de confiança dos consumidores, calculado pelo INSEE, manteve-se em
agosto nos 94 pontos, em linha com as expectativas do mercado (consenso: 94
pontos), depois de ter caído 2 pontos no mês anterior e revertido metade da subida de
junho, com o indicador a continuar 2 pontos acima dos níveis mínimos desde janeiro
de 2019 registados em maio, depois de ter sido penalizado pela entrada, em março, da
pandemia do Covid-19 no território francês. O indicador manteve a distância face aos
níveis máximos desde junho de 2002 (109 pontos), verificados em junho de 2017 (108
pontos), bem como em relação aos 79 pontos verificados em junho de 2013, quando
caiu para mínimos desde fevereiro de 2009. As deteriorações do indicador
observadas entre os meses de março e maio, estiveram naturalmente a refletir os
receios dos consumidores franceses quanto ao impacto da pandemia do
coronavírus nas suas vidas, da mesma forma que a descida em julho e
manutenção em baixos níveis em agosto deverá estar a refletir alguma apreensão
face ao aumento de novas infeções em França e à situação mais descontrolada da
pandemia do Covid-19 observada noutras regiões do globo, como nos EUA e na
América Latina.
Confiança está abaixo da sua mediana, pelo 5.º mês consecutivo, depois de 10
meses acima…
A confiança dos consumidores apresenta-se abaixo da sua mediana de longo prazo
(100.6 pontos), pelo 5.º mês consecutivo, depois de 10 meses acima, mas continuando
com valores acima do limiar empiricamente compatível com expansões do consumo
privado no país.
Confiança dos consumidores encontra-se em níveis abaixo da mediana de longo
prazo no 3.º trimestre, mas que é empiricamente consistente com uma subida do
consumo privado, sendo que o indicador compósito do Montepio para o
consumo privado aponta para uma forte subida do consumo privado no 3.º
trimestre, entre 10% e 12%, recuperando parcialmente das fortes quedas de 5.8%
no 1.º trimestre e de 11.2% no 2.º trimestre
Em termos trimestrais, o índice de confiança dos consumidores apresenta, no 3.º
trimestre, um nível médio de 94.0 pontos, ainda ligeiramente inferior (espera-se
alguma recuperação em setembro) ao observado no 2.º trimestre (94.3 pontos) e
ainda mais abaixo do nível observado no 1.º trimestre (104.0 pontos), regressando
nos dois últimos trimestres para níveis abaixo da mediana de longo prazo (100.6
pontos), depois de três trimestres acima, mas encontrando-se num nível
empiricamente compatível com uma expansão do consumo privado no 3.º trimestre,
embora a um ritmo claramente inferior às nossas expectativas. Com efeito, o
indicador compósito do Montepio para o consumo privado francês aponta para
uma forte subida do consumo privado no 3.º trimestre entre 10% e 12%, depois das
fortes descidas de 5.8% no 1.º trimestre e de 11.2% no 2.º trimestre, com o agregado
a ser bastante penalizado nos dois primeiros trimestres do ano pelo confinamento
adotado no país para condicionar a disseminação da pandemia do Covid-19.
-35
-30
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
75
80
85
90
95
100
105
110
115
2010
:08
2011
:08
2012
:08
2013
:08
2014
:08
2015
:08
2016
:08
2017
:08
2018
:08
2019
:08
2020
:08
Consumo Privado sa (YoY) (esc. esq.)
Confiança do Consumidor - INSEE (esc. dir.)
França - Consumo Privado e Confiança dos Consumidores
Un: %. Un: Índice
jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
Confiança Consumidores (INSEE ) 94 94 -2 0
Past Financial Situation -15 -14 -3 1
Future Financial Situation -8 -8 0 0
Current Saving Capacity 24 22 -2 -2
Future Savings Capacity 8 5 1 -3
Savings intentions, 12 m. 23 24 8 1
Major purchases intentions -16 -19 -1 -3
General economic sit. -65 -64 -8 1
General economic sit., next 12 m -53 -53 1 0
Future Unemployment Situation 76 70 -1 -6
Consumer prices, past 12 m. -27 -17 3 10
Consumer prices, next 12 m. -21 -25 -7 -4
Un: ÍndiceNível Diferença
França - Confiança dos Consumidores
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ALEMANHA
Semanal de Economia e de Mercados
39
Aconteceu na semana passada… na Alemanha
PIB
Estimativa final do PIB reviu em alta em 0.4 p.p. a estimativa preliminar, mas
apontou para uma forte contração em cadeia de 9.7% no 2.º trimestre, com a
economia alemã a ver, como esperado, bastante agravado o ritmo de queda (-
2.0% no 1.º trimestre), sendo bastante penalizada pelo impacto da pandemia do
Covid-19, e com esta queda a ser superior à que era aguardada pelo mercado
aquando da 1.ª estimativa (consenso: -9.0%), mas inferior às nossas estimativas
aquando da 1.ª estimativa (Montepio: -10.5%), com a economia a confirmar a
entrada em recessão técnica no início do ano. Trata-se da maior queda em
cadeia do PIB germânico desde o início da série trimestral do PIB (em 1970),
superando os -4.7% observados no 1.º trimestre de 2009, aquando da Grande
Recessão de 2008/09
De acordo com a estimativa final, o PIB registou uma forte contração em cadeia de
9.7% no 2.º trimestre (-10.1% na estimativa preliminar), com a economia alemã a ver,
como esperado, bastante agravado o ritmo de queda (-2.0% no 1.º trimestre), sendo
bastante penalizada pelo impacto da pandemia do Covid-19, e com esta queda a ser
superior à que era aguardada pelo mercado aquando da 1.ª estimativa (consenso: -
9.0%), mas inferior às nossas perspetivas nessa 1.ª estimativa (Montepio: -10.5%).
Esta representou a maior queda em cadeia do PIB germânico desde o início da série
trimestral do PIB (em 1970), tendo superado, largamente, a maior queda observada
aquando da Grande Recessão de 2008/09 (-4.7% no 1.º trimestre de 2009). Tratou-se
da 2.ª queda em cadeia consecutiva do PIB (0.0% no 4.º trimestre de 2019),
confirmando, assim, a entrada da economia alemã em recessão técnica no início
deste ano. Em termos homólogos, o PIB registou, no 2.º trimestre, um decréscimo de
11.3%, agravando, igualmente, bastante o ritmo de queda face ao observado no 1.º
trimestre (-2.2%, revisto de -2.3%), dando, assim, nos dois últimos trimestres, como
terminada a série de crescimentos que vinha a evidenciar desde o início de 2010 e que
já tinha sido pontualmente interrompida no 1.º trimestre de 2013.
A forte contração, em cadeia, do PIB no 2.º trimestre refletiu um comportamento
desfavorável, essencialmente, da procura interna, em concreto do consumo
privado e do investimento (FBCF), mas com as exportações líquidas a terem
também penalizado o crescimento, refletindo fortes descidas tanto das
exportações, como das importações
Com esta estimativa foram agora divulgados dados em detalhe, o Destatis sugere que,
na ótica da despesa, esta forte contração, em cadeia, do PIB no 2.º trimestre refletiu
um comportamento desfavorável, essencialmente, da procura interna, em concreto do
consumo privado e do investimento, mas com as exportações líquidas a terem também
penalizado o crescimento, refletindo fortes descidas tanto das exportações, como das
importações. Com efeito, segundo o Destatis, observou-se uma nova forte contração
do consumo privado de 10.9% e em marcado agravamento (-2.5% no 1.º trimestre),
com o investimento em capital fixo (FBCF) a exibir também uma intensa contração
de 7.9% e em agravamento (-0.5% no 1.º trimestre), refletindo o forte comportamento
negativo tanto da FBCF em equipamento (-19.6% vs -7.3% no trimestre anterior),
tendo a FBCF na construção também descido, embora menos (-4.2% vs +5.1% no 1.º
trimestre). A impedir uma contração superior do PIB esteve também o consumo
público, que, segundo o Destatis, cresceu 1.5% (+0.6% no trimestre anterior). As
exportações líquidas também exibiram um contributo negativo de 2.8 p.p. para o
crescimento do PIB, depois do contributo já negativo de 0.8 p.p. observado no 1.º
trimestre, refletindo fortes decréscimos tanto das exportações (-20.3% vs -3.3% no
trimestre anterior), como das importações (-16.0% vs -1.6% no 1.º trimestre).
Economia alemã deverá regressar aos crescimentos em cadeia no 3.º trimestre,
depois de dois trimestres de forte contração provocada pelo confinamento
adotado para controlar a pandemia do Covid-19, apontando-se para uma
expansão do PIB entre 4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a
permanecerem rodeadas de bastante incerteza e riscos descendentes,
decorrentes dos desenvolvimentos da pandemia
Em termos de perspetivas, o indicador compósito do Montepio para o PIB sugere
um regresso aos crescimentos em cadeia no 3.º trimestre, depois de dois trimestres
de forte contração (-10.1% no 2.º trimestre, -2.0% no 1.º trimestre) provocada pelo
confinamento adotado para controlar a pandemia do Covid-19, apontando-se para uma
expansão do PIB entre 4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a
permanecerem rodeadas de bastante incerteza e riscos descendentes,
decorrentes dos desenvolvimentos da pandemia, em concreto dos timings e
processo de desconfinamento seguido pela economia alemã, bem como das respostas
dos agentes económicos aos novos modos de vida.
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
2010
:Q2
2011
:Q2
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:Q2
2013
:Q2
2014
:Q2
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:Q2
2016
:Q2
2017
:Q2
2018
:Q2
2019
:Q2
2020
:Q2
Var. Trim. (QoQ)
Var. Hom. (YoY)
Var. Média Anual
Alemanha - PIB
Un: %
Un: % 3ºT19 4ºT19 1ºT20 2ºT20 3ºT19 4ºT19 1ºT20 2ºT20
PIB 0.3 0.0 -2.0 -9.7 0.7 0.4 -2.2 -11.3
Consumo Privado 0.3 0.1 -2.5 -10.9 1.9 1.2 -2.3 -12.9
Consumo Público 1.4 0.3 0.6 1.5 3.4 3.3 2.6 3.8
FBCF -0.1 -0.4 -0.5 -7.9 2.2 0.8 -1.3 -8.8
Equipamento -1.4 -2.0 -7.3 -19.6 0.3 -2.4 -10.4 -28.0
Construção 0.3 0.4 5.1 -4.2 3.3 2.3 4.9 1.5
Procura interna -0.3 0.3 -1.4 -7.2 0.5 0.3 -1.3 -8.5
Importações 0.0 0.3 -1.9 -16.0 1.4 0.8 -2.0 -17.4
Exportações 1.3 -0.3 -3.3 -20.3 1.7 0.9 -3.8 -22.2
Fonte: Eurostat, Destatis.
Crescimento Trimestral Crescimento Homólogo
Alemanha - PIB
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ALEMANHA
Semanal de Economia e de Mercados
40
Revimos o nosso cenário para o PIB de 2020, continuando-se a prever uma forte
contração média anual, mas 0.2 p.p. inferior ao anteriormente admitido,
apontando-se para agora para uma descida de 6.2%, mesmo assumindo um
crescimento até ao final do ano um pouco menos célere do que a anteriormente
admitida, continuando também a prever-se um regresso aos crescimentos em
2021 (+5.7%, revisto de +5.5%)
Em termos anuais, a economia alemã cresceu 0.6% em 2019, evidenciando o 2.º
abrandamento consecutivo (+1.5% em 2018, +2.8% em 2017; e +2.1% em 2016). Já
para 2020, e atendendo a que o comportamento do PIB no 2.º trimestre saiu até
ligeiramente mais favorável do que o que estávamos a assumir, revimos o nosso
cenário de uma forte contração média anual do PIB de 6.4% para 6.2%, mesmo
assumindo um crescimento até ao final do ano um pouco menos célere do que a
anteriormente admitida, mas com estas previsões a permanecerem rodeadas de
riscos descendentes, associados aos futuros desenvolvimentos em torno da
pandemia do Covid-19. Trata-se de uma queda anual sensivelmente em linha com a
prevista pela Comissão Europeia (-6.3% em 07/07/2020) e inferior às previstas pela
OCDE (-6.6% em 10/06/2020) e pelo FMI (-7.8% em 24/06/2020). A economia deverá
regressar ao crescimento, em termos médios anuais, em 2021, ano para o qual
prevemos um crescimento de 5.5% (revisto de +5.7%).
Confiança Empresarial
O indicador de clima empresarial (IFO) registou uma subida em agosto, de 90.4
pontos (revisto em baixa em 0.1 pontos) para 92.6 pontos, representando a 4.ª
subida consecutiva (+4.1 pontos em julho), mas depois de duas fortes descidas
consecutivas (-11.7 pontos em abril e -10.1 pontos em março), aliviando nos
quatro últimos meses apenas ligeiramente de níveis mínimos desde a atual série
iniciada em 2005, que deveria ser também um mínimo histórico da anterior série
iniciada em 1969, renovando máximos desde fevereiro. Note-se que as intensas
deteriorações do indicador nos meses de março e abril tinham refletido os
receios dos empresários quanto ao impacto da pandemia do coronavírus na
economia alemã e, em concreto, sobre as suas empresas
O indicador de clima empresarial no comércio e indústria, elaborado pelo IFO,
registou uma subida em agosto, de 90.4 pontos (revisto em baixa em 0.1 pontos) para
92.6 pontos, representando a 4.ª subida consecutiva (+4.1 pontos em julho), mas
depois de duas fortes descidas (-11.7 pontos em abril e -10.1 pontos em março),
aliviando nos quatro últimos meses apenas ligeiramente de níveis mínimos desde a
atual série iniciada em 2005, que deveria ser também um mínimo histórico da anterior
série iniciada em 1969, renovando agora em agosto níveis máximos desde fevereiro. O
indicador tem apresentado, recentemente, um ciclo desfavorável, contabilizando 20
descidas em 33 meses, ao longo do qual passou de níveis máximos históricos
(observados em novembro de 2017) para os referidos mínimos históricos, dos quais
agora aliviou nos meses de maio a agosto. Apesar das recentes descidas, note-se que
só mais recentemente, entre os meses de junho de 2019 a junho de 2020, o indicador
passou para um nível abaixo da sua média histórica de 97.5 pontos, depois de ter
estado, desde dezembro de 2014, sempre acima dessa média histórica. Note-se que
as intensas deteriorações do indicador nos meses de março e abril tinham refletido os
receios dos empresários quanto ao impacto da pandemia do coronavírus na economia
alemã e, em concreto, sobre as suas empresas.
Subida da confiança esteve associada a um comportamento favorável quer da
componente de expectativas, quer da de situação, que neste mês subiu mais do
que a de expectativas
A subida da confiança dos empresários germânicos, em agosto, refletiu um
comportamento favorável quer da componente de expectativas, quer da de situação,
que neste mês subiu mais do que a de expectativas. Com efeito, a componente de
situação subiu 3.4 pontos, regressando aos crescimentos nos três últimos meses
(+3.2 pontos em julho), depois de quatro descidas consecutivas (-0.5 pontos em maio),
contabilizando 20 descidas nos últimos 31 meses e aliviando, pelo 3.º mês
consecutivo, de níveis mínimos desde julho de 2009, aproximando-se um pouco mais
(mas permanecendo distante) do registo de janeiro de 2018, quando atingiu um
máximo histórico.
-12
-10
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:Q2
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Var. Trim. (QoQ)
Var. Hom. (YoY)
Var. Média Anual
Alemanha - PIB
Un: %
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2011
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2019
:08
2020
:08
INSEE França
IFO Alemanha
ISTAT Itália
Alemanha - Índice de Confiança Empresarial
Un: Índice
jul-20 ago-20 jul-20 ago-20 jul-20 ago-20
IFO 90.4 92.6 4.1 2.2 3 4
Expectativas 96.7 97.5 5.1 0.8 3 4
Situação 84.5 87.9 3.2 3.4 2 3
Alemanha - Indicador de Clima Empresarial (IFO)
Nota: Up / Down - Número de meses consecutivos do indicador a subir ou a descer.
Nível Diferença Up/DownUn: Índice
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ALEMANHA
Semanal de Economia e de Mercados
41
Já a componente de expectativas – a mais influenciada pelas incertezas e receios dos
empresários relativamente aos diversos riscos que se deparam sobre a economia
global e, em particular, sobre a economia alemã –, subiu 0.8 pontos, regressando às
subidas nos quatro últimos meses (+5.1 pontos em julho), depois de duas fortes
quedas consecutivas (-10.1 pontos em abril e -13.6 pontos em março), aliviando, neste
caso, pelo 4.º mês consecutivo, de níveis mínimos históricos e atingindo um novo
máximo desde novembro de 2018, diminuindo a distância (mas permanecendo
distante) em relação ao registo de novembro de 2017, que é um máximo desde
dezembro de 2010.O indicador sinaliza um crescimento em cadeia do PIB de 4.7%
no 3.º trimestre, abaixo das nossas expectativas, que apontam para uma
expansão entre 4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a permanecerem
rodeadas de bastante incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos
desenvolvimentos da pandemia
Em termos trimestrais, o indicador IFO (juntamente com a sua variação) sinaliza um
acréscimo em cadeia do PIB de 4.7% no 3.º trimestre, abaixo das nossas
expectativas. Com efeito, o indicador compósito do Montepio para o PIB também
sugere um regresso aos crescimentos, depois de dois trimestres de forte contração (-
9.7% no 2.º trimestre, -2.0% no 1.º trimestre) provocada pelo confinamento adotado
para controlar a pandemia do Covid-19, apontando para uma expansão do PIB entre
4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a permanecerem rodeadas de
bastante incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos desenvolvimentos da
pandemia, em concreto dos timings e processo de desconfinamento seguido pela
economia alemã, bem como das respostas dos agentes económicos aos novos modos
de vida.
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
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2010
:Q3
2011
:Q3
2012
:Q3
2013
:Q3
2014
:Q3
2015
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2016
:Q3
2017
:Q3
2018
:Q3
2019
:Q3
2020
:Q3
PIB - QoQ (esc. esq.)
IFO Business Climate (Quarterly Average) (esc. dir.)
Alemanha - PIB (QoQ) vs IFO
Previsão - 3Q20 YoY:-7.8/QoQ:4.7Un: % Un: Indice
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PORTUGAL
Semanal de Economia e de Mercados
42
Portugal: Significativo agravamento do défice orçamental até julho, devido aos efeitos da
pandemia. Vendas a retalho registaram a 3.ª subida mensal consecutiva em julho, estando a subir
fortemente no 3.º trimestre. Em agosto, a confiança dos consumidores subiu, bem como a confiança
dos empresários na maioria dos setores, conduzindo a um aumento do indicador de sentimento
económico, que subiu pelo 3.º mês consecutivo, renovando níveis máximos desde março.
Os dados divulgados durante a semana passada continuaram a
evidenciar os efeitos muito adversos da pandemia sobre a
atividade económica e as contas públicas, com os dados em
contabilidade pública até ao mês de julho a evidenciarem um
significativo agravamento do défice orçamental face a igual
período de 2019, não obstante a atividade económica estar a
recuperar face aos recentes níveis mínimos observados em
abril.
Significativo agravamento do défice orçamental até julho,
devido aos efeitos da pandemia…
Detalhando a nossa análise, ao nível das contas públicas, a
execução orçamental, na ótica da contabilidade pública,
registou um saldo deficitário de 8 331.7 milhões de euros (M€)
até julho, representando um agravamento de 7 853.2 M€ face ao
período homólogo, com este agravamento a resultar de um
crescimento da despesa (+5.3%) e de uma contração da
receita (-10.5%). Segundo o Ministério das Finanças, a
execução continua a evidenciar os efeitos da pandemia da
Covid-19 na economia e nos serviços públicos na sequência
das medidas de política de mitigação adotadas, estimando
que, pelo menos, pelo menos 2 271 M€ da degradação do
saldo se deva à crise pandémica.
Relativamente ao total de 2020, e embora ainda com muito
incerteza associada, apontamos agora para um défice
orçamental de 8.5% do PIB (revisto de -7.5%, sobretudo em
resultado da revisão em baixa do crescimento do PIB efetuado
no final de julho, de -8.0% para -9.0%), depois do excedente de
0.2% observado em 2019 (+0.2% em 2019). Trata-se de um
défice superior ao admitido pelo Governo no Orçamento
Suplementar de 2020 (-7.0%), bem como ao que era admitido
por outras entidades de referência, antes de serem conhecidas
as medidas introduzidas no Orçamento Suplementar de 2020,
que acarretaram uma degradação do cenário orçamental,
designadamente pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) (-
6.5% em 03/06/2020), pela Comissão Europeia (-6.5% em
06/05/2020), pelo FMI (-7.1% em 14/04/2020) e também pela
OCDE (-7.9% em 10/06/2020).
Vendas a retalho registaram a 3.ª subida mensal
consecutiva em julho, estando a subir fortemente no 3.º
trimestre
Ao nível do consumo privado, as vendas a retalho registaram
uma subida de 3.9% em julho, depois de já terem aumentado
5.3% em junho (revisto de +4.4%), e após já terem registado um
forte crescimento de 14.8% em maio, com estas fortes subidas
nos três últimos meses a já serem algo esperadas, depois das
duas intensas quedas registadas nos dois meses anteriores (-
17.4% em abril e -12.7% em março), que tinham levado a
variável a passar de níveis máximos históricos para mínimos
históricos, que tinham refletido o impacto do confinamento
associado à entrada da pandemia do Covid-19 no país. As
vendas atingiram máximos desde fevereiro, estando a subir
12.2% no 3.º trimestre (apenas com o dado de julho), após a
intensa queda de 14.6% no 2.º trimestre (revisto de -14.9%),
prevendo-se uma forte subida do consumo privado no 3.º
trimestre, para valores superiores a 10%, depois da queda
também superior a 10% estimada para o 2.º trimestre, em
marcado agravamento, após a contração de 2.9% observada no
1.º trimestre, refletindo o impacto negativo da crise do
coronavírus.
Já em agosto, a confiança dos consumidores subiu, pela 3.ª
vez em quatro meses e após duas quedas bem mais
expressivas, que tinham feito a confiança afundar para níveis
mínimos desde setembro de 2013, dos quais aliviou desde maio
(com exceção de julho). A confiança dos consumidores
encontra-se em níveis consistentes com uma descida em cadeia
do consumo privado de 0.4% no 3.º trimestre, contrariando as
nossas expectativas de um regresso aos crescimentos e
superior aos 10%, depois da forte contração de 13.6%
observada no 2.º trimestre, perspetivando-se o regresso aos
fortes crescimentos das vendas a retalho, das vendas de carros
e do consumo de serviços, depois de dois trimestres em que
foram bastante penalizadas pelo impacto do Covid-19.
A subida da confiança dos consumidores, bem como a
confiança dos empresários na maioria dos setores (a exceção
foi a descida da confiança da indústria, e com a confiança nos
serviços a registar, por sua vez, a maior subida, embora sendo
o setor em que a confiança está mais baixa), conduziu a um
aumento do indicador de sentimento económico (ESI), que
subiu pelo 3.º mês consecutivo, renovando máximos desde
março.
O sentimento económico está a aliviar de junho a agosto dos
níveis mínimos históricos, e com essas recentes intensas
descidas do indicador a refletirem os impactos da pandemia do
coronavírus sobre a economia nacional. O ESI encontra-se, em
termos trimestrais, em níveis compatíveis com uma contração
em cadeia do PIB de 1.0% para o 3.º trimestre, contrariando as
nossas perspetivas, que apontam para um regresso do PIB aos
crescimentos (entre +7.5% e +9.5%), embora com estas nossas
previsões a permanecerem rodeadas de fortes riscos
descendentes.
Não obstante encontrarmo-nos num período marcado por
enorme incerteza, as previsões do Montepio continuam a
apontar para um crescimento médio anual do PIB a oscilar entre
-7.0% e -11% em 2020, com a maior massa de probabilidade a
encontrar-se em torno dos -9.0%.
Sinais animadores dos indicadores de emprego
Ao nível do mercado de trabalho, refiram-se os movimentos
favoráveis nos indicadores de confiança, passando o indicador
dos empresários a sinalizar uma subida do emprego, embora
com o indicador dos consumidores a continuar a sinalizar um
agravamento da taxa de desemprego.
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Semanal de Economia e de Mercados
43
Aconteceu na semana passada… em Portugal Indicadores de Confiança
Indicador de sentimento económico subiu em agosto, de 84.6 para 85.9 pontos,
regressando aos crescimentos nos três últimos meses (+10.5 em julho, +11.1
junho, a maior subida desde 1987, quando se observou a maior subida de
sempre), depois de quatro quedas consecutivas (-3.9 pontos em maio) e depois
de ter autenticamente afundado em abril (-31.5 pontos), naquela que representou
a maior queda da série (iniciada em 1985), com o indicador a aliviar agora de
junho a agosto de níveis mínimos históricos, e com essas recentes intensas
descidas do indicador a refletirem os impactos da pandemia do coronavírus
sobre a economia nacional
O indicador de sentimento económico (ESI), calculado pela Comissão Europeia
(CE), registou uma nova subida em agosto, de 84.6 para 85.9 pontos, regressando aos
crescimentos nos três últimos meses (+10.5 em julho, +11.1 junho, a maior subida
desde 1987, quando se observou a maior subida de sempre), depois de quatro quedas
consecutiva (-3.9 pontos em maio) e depois de ter autenticamente afundado em abril (-
31.5 pontos), naquela que representou a maior queda da série (iniciada em 1985), com
o indicador a aliviar agora nos meses de junho a agosto de níveis mínimos históricos, e
com essas recentes intensas descidas a refletirem os impactos da pandemia do
coronavírus sobre a economia nacional. O indicador atingiu um novo máximo desde
março, mas pelo 6.º mês consecutivo está em níveis abaixo da respetiva média de
longo prazo (100 pontos), depois de ter estado permanentemente, desde janeiro de
2014, em níveis superiores à respetiva média de longo prazo (100 pontos) – a única
exceção observou-se em fevereiro de 2014, quando esteve marginalmente abaixo –,
mas aproximando-se, com estas subidas de junho a agosto, um pouco mais (embora
permanecendo bem distante), do nível máximo desde dezembro de 2017 observado
em junho de 2018 e do registo de novembro de 2017, que é o mais elevado desde
fevereiro de 2000, tendo passado, entre os meses de abril a agosto, a estar em níveis
abaixo dos níveis pré-crise de 2008/09, depois de 37 meses consecutivos acima.
Observou-se um comportamento positivo da confiança na generalidade das
componentes, com a única exceção a caber à confiança da indústria e com a
confiança nos serviços a registar a maior subida, embora sendo o setor em que a
confiança está mais baixa
Esta subida do sentimento económico, em agosto, esteve associada a um
comportamento positivo da confiança na generalidade das componentes, com a única
exceção a caber à indústria (desceu 0.3 pontos vs +8.8 pontos em julho). Já a maior
subida foi registada pelos serviços (+7.3 pontos vs +5.5 pontos em julho), mas
manteve-se como o setor em que a confiança está mais baixa. Observaram-se
também subidas da confiança na construção (+2.8 pontos vs +4.8 pontos em julho) e
no comércio a retalho (+5.3pontos vs +3.2 pontos em julho). O comércio a retalho
destronou a indústria e passou a evidenciar o mais elevado nível de confiança entre os
setores de atividade, ao passo que o setor dos serviços passou a destacar-se, nos
últimos cinco meses, como o índice com o menor nível de confiança. A confiança dos
consumidores também subiu (+1.4 pontos vs -2.1 pontos em julho).
O ESI encontra-se, em termos trimestrais, em níveis compatíveis com uma
contração em cadeia do PIB de 1.0% para o 3.º trimestre, contrariando as nossas
perspetivas, que apontam para um regresso do PIB aos crescimentos (entre
+7.5% e +9.5%), embora com estas nossas previsões a permanecerem rodeadas
de fortes riscos descendentes
Em termos trimestrais, e de acordo com os cálculos do Montepio, o ESI encontra-se
em níveis compatíveis com uma contração em cadeia do PIB de 1.0%, contrariando as
nossas perspetivas, que apontam para uma forte expansão, depois de ter
autenticamente afundado nos dois primeiros trimestres do ano (-3.9% no 1.º trimestre
e -13.9% no 2.º trimestre). Com efeito, o indicador compósito do Montepio para o
PIB português aponta agora para uma expansão, em cadeia, entre 7.5% e 9.5% no
3.º trimestre, embora com estas nossas previsões a permanecerem rodeadas de
muita incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos desenvolvimentos da
pandemia do coronavírus no país, em concreto dos timings e processo de
desconfinamento seguido pela economia portuguesa (estamos a admitir que não vão
existir passos atrás nas medidas de reabertura da economia), bem como das
respostas dos agentes económicos aos novos modos de vida.
-16
-14
-12
-10
-8
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0
2
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2010
:Q3
2011
:Q3
2012
:Q3
2013
:Q3
2014
:Q3
2015
:Q3
2016
:Q3
2017
:Q3
2018
:Q3
2019
:Q3
2020
:Q3
PIB - QoQ (esc. esq.)
Economic Sentiment (Quarterly Average) (esc. dir.)
Portugal - GDP (QoQ) vs Economic Sentiment
Previsão - 3Q20 YoY:-17.3/QoQ:-1Un: % Un: Indice
50
60
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2018
:8
2018
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2019
:2
2019
:5
2019
:8
2019
:11
2020
:2
2020
:5
2020
:8
Sent. Económico (esc. esq.) Conf. Consumidor (esc. dir.)
Conf. Serviços (esc. dir.) Conf. Industrial (esc. dir.)
Conf. Com. Retalho (esc. dir.) Conf. Construção (esc. dir.)
Portugal - Indicadores de Confiança
Un: Índice Un: % (SRE)
jun-20 jul-20 ago-20 jun-20 jul-20 ago-20
Sentimento Económico 74.1 84.6 85.9 11.1 10.5 1.3
Indústria -24.4 -15.6 -15.9 9.6 8.8 -0.3
Serviços -43.6 -38.1 -30.8 7.6 5.5 7.3
Construção -23.3 -18.5 -15.7 3.7 4.8 2.8
Retalho -20.9 -17.7 -12.4 4.4 3.2 5.3
Consumidor -25.5 -27.6 -26.2 4.3 -2.1 1.4
Un: ÍndiceValor Variação
Portugal - Indicadores de Confiança da CE
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Não obstante encontrarmo-nos num período marcado por enorme incerteza, as
previsões do Montepio continuam a apontar para um crescimento médio anual
do PIB a oscilar entre -7.0% e -11% em 2020, com a maior massa de
probabilidade a encontrar-se em torno dos -9.0%
Em termos anuais, continuamos a apontar para um valor pontual em torno de -9.0%,
com o intervalo de previsões a manter-se entre -7.0% e -11.0%, e em marcado
agravamento, após o crescimento de 2.2% observado em 2019. Continuamos a
apontar para um regresso da economia aos crescimentos em 2021, apontando-se para
uma expansão em torno de 6.3%, mas com estas previsões a permanecerem, como
referido, rodeadas de muita incerteza, no atual contexto da grave pandemia que o
mundo atravessa.
Indicadores do mercado de trabalho com movimentos favoráveis, passando o
indicador dos empresários a sinalizar uma subida do emprego, embora com o
indicador dos consumidores a continuar a sinalizar um agravamento da taxa de
desemprego
Ao nível dos indicadores de expectativas de emprego por parte dos empresários,
para os próximos três meses, assistiu-se, em agosto, a uma subida do indicador
relativo à totalidade da economia, pelo 4.º mês consecutivo (+6.3 pontos vs +1.0
pontos no mês anterior), encontrando-se agora em -3.5 pontos, um máximo desde
março, aproximando-se do nível máximo desde abril de 2000 observado em agosto de
2019 e permanecendo ainda negativo, refletindo, essencialmente, as fortes quedas do
indicador observadas em março e abril (-28.6 pontos em abril). Esta subida das
expectativas refletiu um comportamento misto entre os principais setores de atividade,
com a maior subida a observar-se nos serviços e a menor na indústria. A indústria
apresenta, atualmente, as expectativas de emprego mais desfavoráveis entre os
diversos setores, ao passo que o comércio a retalho passou a exibir as expectativas
menos desfavoráveis, por troca com a construção. As expectativas de emprego para o
total da economia encontram-se abaixo do limiar teórico da criação de emprego, pelo
5.º mês consecutivo, depois de 46 meses acima do mesmo, estando agora a sinalizar
empiricamente a criação de postos de trabalho, após quatro meses consecutivos a
sinalizar quedas e depois de 74 meses a sugerir crescimentos do emprego. Por seu
lado, em agosto, os consumidores evidenciaram uma subida dos níveis de otimismo,
apresentando um decréscimo das expectativas de desemprego para os próximos 12
meses, pela 3.ª vez em quatro meses (-4.1 pontos vs +2.2 pontos em julho) e após
outros três agravamentos consecutivos e especialmente intenso em abril (+65.8
pontos), com o indicador a manter-se, pelo 5.º mês consecutivo, em níveis
empiricamente compatíveis com um agravamento do desemprego, depois de um longo
período (74 meses) a sugerir diminuições do desemprego.
50
60
70
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90
100
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-60
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2018
:8
2018
:11
2019
:2
2019
:5
2019
:8
2019
:11
2020
:2
2020
:5
2020
:8
Sent. Económico (esc. esq.) Conf. Consumidor (esc. dir.)
Conf. Serviços (esc. dir.) Conf. Industrial (esc. dir.)
Conf. Com. Retalho (esc. dir.) Conf. Construção (esc. dir.)
Portugal - Indicadores de Confiança
Un: Índice Un: % (SRE)
jun-20 jul-20 ago-20 jun-20 jul-20 ago-20
Consumidores (Desemp. 12M) 65.3 67.5 63.4 -9.6 2.2 -4.1
Empresários (Emprego 3M) -10.8 -9.8 -3.5 1.7 1.0 6.3
Indústria -7.8 -4.2 -3.7 2.1 3.6 0.5
Construção -11.1 -5.1 -3.6 4.0 6.0 1.5
Comércio a Retalho -6.2 -6.9 -3.2 2.1 -0.7 3.7
Serviços -12.9 -12.7 -3.4 1.3 0.2 9.3
Nota: As Expectativas dos Consumidores referem-se ao Desemprego nos próximos 12 meses e as dos Empresários ao Emprego
nos próximos 3 meses.
Portugal - Expectativas de Emprego e Desemprego
Un: ÍndiceValor Variação
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45
Consumo Privado
Vendas a retalho registaram uma subida de 3.9% em julho, depois de já terem
aumentado 5.3% em junho (revisto de +4.4%), e após já terem registado um forte
crescimento de 14.8% em maio, com estas fortes subidas nos três últimos meses
a já serem algo esperadas, depois das duas intensas quedas registadas nos dois
meses anteriores (-17.4% em abril e -12.7% em março), que tinham levado a
variável a passar de níveis máximos históricos para mínimos históricos, dos
quais agora aliviou nos dois três meses, com as vendas a atingirem máximos
desde fevereiro, com essas anteriores fortes e esperadas quedas da variável a
refletirem o impacto do confinamento associado à entrada da pandemia do
Covid-19 no país
As vendas a retalho (deflacionadas e corrigidas de sazonalidade e de dias úteis)
registaram uma subida de 3.9% em julho, depois de já terem aumentado 5.3% em
junho (revisto de +4.4%), e após já terem registado um forte crescimento de 14.8% em
maio, com estas fortes subidas nos três últimos meses a já serem algo esperadas,
depois das duas intensas quedas registadas nos dois meses anteriores (-17.4% em
abril e -12.7% em março), que tinham levado a variável a passar de níveis máximos
históricos para mínimos históricos, dos quais agora aliviou nos dois três meses, com as
vendas a atingirem máximos desde fevereiro. Note-se que essas anteriores fortes e
esperadas quedas das vendas a retalho em março e abril refletiram o impacto do
confinamento associado à entrada da pandemia do Covid-19 no território nacional, da
mesma forma que o regresso aos crescimentos traduz o processo de gradual
desconfinamento adotado a partir de maio.
A subida das vendas a retalho em julho refletiu o forte comportamento positivo
das vendas de bens não alimentares e de vendas de bens alimentares
A subida das vendas, em julho, deveu-se ao forte comportamento positivo quer das
vendas de bens não alimentares, quer de bens alimentares. Com efeito, as vendas de
bens alimentares registaram um acréscimo de 4.5% (-6.4% em junho, afastando-se
dos níveis mínimos desde abril de 2018 observados em abril e aproximando-se dos
níveis máximos históricos observados em março. Por seu lado, as vendas de bens
não alimentares exibiram uma nova subida, de 3.4%, depois de já terem crescido
intensamente em junho (+17.2%) e em maio (+21.2%), mas após duas ainda mais
expressivas quedas (-21.4% em abril e -23.6% em março), que tinham feito as vendas
deste tipo de bens passar, em apenas dois meses, de níveis máximos desde agosto de
2008 para níveis mínimos históricos da série criada em 2005, dos quais agora aliviou
em maio e junho.
As vendas a retalho exibiram uma intensa queda de 14.6% no 2.º trimestre
(revisto de -14.9%), estando a subir 12.2% no 3.º trimestre (apenas com o dado
de julho), prevendo-se uma forte subida do consumo privado no 3.º trimestre,
para valores superiores a 10%, depois da queda de 13.6% observada no 2.º
trimestre, em marcado agravamento, após a contração de 2.8% observada no 1.º
trimestre, refletindo o impacto negativo da crise do coronavírus
Em termos trimestrais, as vendas a retalho apresentaram uma forte contração de
14.6% no 2.º trimestre (revisto de -14.9%), depois da estagnação observada no 1.º
trimestre, estando a subir 12.2% no 3.º trimestre (apenas com o dado de julho),
prevendo-se uma forte subida do consumo privado no 3.º trimestre, para valores
superiores a 10%, depois da queda também superior a 10% observada no 2.º
trimestre, de 13.6%, em marcado agravamento, após a contração de 2,8% (revisto de -
2.9%) observada no 1.º trimestre, devendo no 3.º trimestre registar-se fortes subidas
nas vendas a retalho, nas vendas de carros e no consumo de serviços, depois das
quedas do 2.º trimestre.
Emprego intensificou ligeiramente a queda, mas remunerações e número de
horas trabalhadas desagravaram os ritmos de contração
Noutros dados relativos ao comércio a retalho, refira-se que o emprego, as
remunerações e o número de horas trabalhadas (corrigidas dos efeitos de
calendário) exibiram fortes quedas em julho, registando variações homólogas de -
3.6%, -0.6% e -8.3%, apresentando, no 1.º caso uma descida ligeiramente superior à
observada no mês anterior, mas, nos outros casos quedas inferiores às observadas no
mês anterior (-3.2%, -0.7% e -10.5% em junho, respetivamente), embora continuando
a exibir uma queda bem mais expressiva que a evidenciada pelo emprego e pelas
remunerações.
-20
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4
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-20
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:07
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:07
2016
:07
2017
:07
2018
:07
2019
:07
2020
:07
Var. Mensal (MoM) - Wda/sa (esc. esq.)
Var. Hom. (YoY) - Wda/sa (esc. dir.)
Var. Média 12M - Wda/sa (esc. dir.)
Portugal - Vendas a Retalho
Un: %
jun-20 jul-20 jun-20 jul-20
Vendas a Retalho 5.3 3.9 -5.7 -3.0
Bens Alimentares -6.4 4.5 -2.4 0.0
Bens Não Alimentares 17.2 3.3 -8.2 -5.4
Portugal - Vendas a Retalho
Un: %Var. Mensal Var. Homól.
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46
Confiança dos consumidores subiu 1.4 pontos em agosto, para -26.2 pontos,
registando a 3.ª subida em quatro meses (-2.1 pontos em julho, +4.3 pontos em
junho e +6.5 pontos em maio) e após duas quedas bem mais expressivas (-23.9
pontos em abril), que tinham feito a confiança afundar para níveis mínimos
desde setembro de 2013, dos quais aliviou desde maio (com exceção de julho)…
A confiança dos consumidores registou, em agosto, uma subida de 1.4 pontos, para
-26.2 pontos, contabilizando três subidas em quatro meses (-2.1 pontos de julho, +4.3
pontos em junho e +6.5 pontos em maio) e após duas quedas bem mais expressivas (-
23.9 pontos em abril), que tinham feito a confiança afundar para níveis mínimos desde
setembro de 2013, dos quais aliviou nos meses de maio a agosto (com a exceção ser
julho). Note-se que as duas intensas deteriorações do indicador nos meses de março e
abril refletiram os receios dos consumidores quanto ao impacto da pandemia do
coronavírus nas suas vidas, da mesma forma que os alívios observados de maio a
agosto deverão ter refletido a sensação dos consumidores de já algum regresso
progressivo à normalidade, à medida que a economia iniciam o processo de
desconfinamento, sendo que esta descida de julho deverá ter refletido o aumento dos
novos casos que se foi observando em julho.
… refletindo comportamentos mistos das suas componentes, mas com as
melhorias observadas ao nível das expectativas sobre a evolução da economia,
expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar e das expectativas
de desemprego a mais do que anularem a degradação registada nas expectativas
de poupança
Esta descida da confiança dos consumidores, em agosto, refletiu comportamentos
mistos das suas componentes, mas com as melhorias observadas ao nível das
expectativas sobre a evolução da economia (+1.9 vs -5.6 pontos no mês anterior),
das expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar (+2.7 pontos vs
0.0 pontos no mês anterior) e das expectativas de desemprego (-4.1 pontos vs +2.2
pontos no mês anterior) a mais do que anularem a degradação registada nas
expectativas de poupança (-3.9 pontos vs +4.1 pontos no mês anterior).
Confiança dos consumidores encontra-se em níveis consistentes com uma
descida em cadeia do consumo privado de 0.4% no 3.º trimestre, contrariando as
nossas expectativas de um regresso aos crescimentos, depois da forte
contração de 13.6% observada no 2.º trimestre
Em termos trimestrais, segundo cálculos do Montepio, o indicador de confiança dos
consumidores sinaliza um decréscimo de 0.4% do consumo privado para o 3.º
trimestre, contrariando as nossas expectativas de um regresso aos crescimentos,
depois da forte contração de 13.6% observada no 2.º trimestre. Com efeito, o
indicador compósito do Montepio para o consumo privado aponta para uma forte
expansão no 3.º trimestre e superior a 10%, depois da contração também superior a
10% observada no 2.º trimestre, refletindo o forte impacto negativo da crise do
coronavírus, perspetivando-se o regresso aos fortes crescimentos das vendas a
retalho, das vendas de carros e do consumo de serviços, depois de dois trimestres em
que estas variáveis foram bastante penalizadas pelo impacto do Covid-19.
-70
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:08
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:08
Confiança dos Consumidores (INE ) mm3m
Consumo Privado - Var. Hom. (YoY)
Portugal - Confiança vs Consumo Privado
Un: % Un: %
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47
Finanças Públicas
Execução orçamental, na ótica da contabilidade pública, registou um saldo deficitário de 8 331.7 milhões de euros (M€) até julho, representando um agravamento de 7 853.2 M€ face ao período homólogo, com este agravamento a resultar de um crescimento da despesa (+5.3%) e de uma contração da receita (-10.5%). Segundo o Ministério das Finanças, a execução continua a evidenciar os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia e nos serviços públicos na sequência das medidas de política de mitigação adotadas, estimando que, pelo menos, pelo menos 2 271 M€ da degradação do saldo se deva à crise pandémica
A execução orçamental, na ótica da contabilidade pública (de caixa), das Administrações Públicas (AP) registou um défice de 8 331.7 milhões de euros (M€) até julho, o que se traduz num agravamento de 7 853.2 M€ face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado dos efeitos conjugados de uma diminuição da receita (-10.5%) e de um acréscimo da despesa (+5.3%). O saldo primário situou-se em -3 453.9 M€, menos 8 318.9 M€ do que em julho de 2019.
De acordo com o comunicado do Ministério das Finanças, "a execução evidencia os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia e nos serviços públicos também na sequência de adoção de medidas de política de mitigação". Referiu, ainda, que "pelo menos 2 271 M€” do aumento do défice é explicado por "medidas extraordinárias de política de apoio às famílias e às empresas", detalhando que a prorrogação das retenções na fonte de IRC e IRS e pagamento do IVA, a suspensão de execuções da receita e a isenção ou redução da taxa contributiva explicam 672 M€ do saldo negativo. Também o aumento da despesa em 1 599 M€ está "principalmente associado às medidas de lay-off (+752 M€), aquisição de equipamentos na saúde (+304 M€) e outros apoios suportados pela Segurança Social (+342 M€)".
Aumento expressivo da despesa e forte queda da receita explicam o agravamento do défice orçamental
Segundo o Ministério das Finanças, diminuição da receita em 10.5% (-5 213.4 M€ face ao período homólogo) reflete, essencialmente, a evolução negativa da receita fiscal (-3 858.1 M€), que traduz, sobretudo, o decréscimo da receita de IRC (resultado do adiamento do pagamento do primeiro pagamento por conta de julho para agosto de 2020) e de IVA, como efeito do impacto da Covid-19 na atividade económica. A receita não fiscal e não contributiva regista uma diminuição de 969.1 M€, nomeadamente ao nível das taxas, multas e outras penalidades e da venda de bens e serviços correntes. Destaca-se, ainda, a quebra dos rendimentos de propriedade, relacionada, sobretudo, com a evolução da receita de dividendos.
O crescimento da despesa em 5.3% (-2 639.8 M€ face a julho de 2019 na despesa efetiva total e 3 105.6 M€ na despesa primária) é explicado, principalmente, pelos seguintes aumentos: i) transferências correntes (+2 000.7 M€) - em particular, com despesas suportadas pela Segurança Social associadas a um conjunto de medidas extraordinárias de apoio a famílias e empresas no âmbito do Covid-19 (+1 094 M€), com pensões enquadradas no âmbito do regime geral de Segurança Social (+357.3 milhões de euros), com pensões e outros abonos a cargo da Caixa Geral de Aposentações, I.P. (+187 M€) e com prestações de desemprego (+150.8 M€); ii) despesas com pessoal (+519.4 M€) resultado dos encargos associados a medidas de política de promoção salarial das Administrações Públicas; e iii) aquisição de bens e serviços (+249.7 M€), influenciada por aquisições pelas entidades da área da Saúde dos vários subsetores das Administrações Públicas de medicamentos e equipamentos de proteção individual para prevenção e tratamento da doença do Covid-19
Apontamos para um défice orçamental de 8.5% do PIB em 2020 (revisto de -7.5%, sobretudo em resultado da revisão em baixa do crescimento do PIB efetuado no final de julho, de -8.0% para -9.0%), depois do excedente de 0.2% observado em 2019
Recorde-se que o INE divulgou, no final de junho, os dados referentes ao 1.º trimestre na ótica da contabilidade nacional, que deu conta de um défice orçamental de 570.9 M€, equivalente a 1.1% do PIB, representando uma deterioração acentuada face ao excedente de 59 M€ registados em igual período do ano passado (+0.1% do PIB). Este agravamento homólogo do saldo observado no 1.º trimestre, que ocorreu num período em que as finanças públicas ainda foram pouco afetadas pelo lockdown da economia e pelas medidas que o Governo adotou, posteriormente, para fazer face ao impacto da pandemia, refletiu um aumento da despesa (+4.3%), superior ao aumento da receita (+1.1%).
Relativamente ao total de 2020, e embora ainda com muito incerteza associada, apontamos agora para um défice orçamental de 8.5% do PIB (revisto de -7.5%, sobretudo em resultado da revisão em baixa do crescimento do PIB efetuado no final de julho, de -8.0% para -9.0%), depois do excedente de 0.2% observado em 2019 (+0.2% em 2019). Trata-se de um défice superior ao admitido pelo Governo no Orçamento Suplementar de 2020 (-7.0%), bem como ao que era admitido por outras entidades de referência, antes de serem conhecidas as medidas introduzidas no Orçamento Suplementar de 2020, que acarretaram uma degradação do cenário orçamental, designadamente pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) (-6.5% em 03/06/2020), pela Comissão Europeia (-6.5% em 06/05/2020), pelo FMI (-7.1% em 14/04/2020) e também pela OCDE (-7.9% em 10/06/2020).
-14,000
-12,000
-10,000
-8,000
-6,000
-4,000
-2,000
0
2,000
4,000
2010
:07
2011
:07
2012
:07
2013
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2014
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2018
:07
2019
:07
2020
:07
Saldo do Estado e Seg. Social - Acumulado
Portugal - Saldo Orçamental
Un: € 10^6
-20
-16
-12
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-4
0
4
8
-12
-10
-8
-6
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-2
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2
2009
:Q3
2010
:Q3
2011
:Q3
2012
:Q3
2013
:Q3
2014
:Q3
2015
:Q3
2016
:Q3
2017
:Q3
2018
:Q3
2019
:Q3
Necessidades Líquidas de Financiamento Público (% PIB)
Média móvel de 4 trimestres
Portugal - Necessidades de Financiamento Público
Un:% PIB
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 REINO UNIDO
Semanal de Economia e de Mercados
48
Reino Unido: Sentimento económico britânico caiu em agosto, mas está a subir bastante no 3.º
trimestre e a sinalizar um regresso ao crescimento do PIB.
O destaque da semana vai para o indicador de sentimento
económico, que caiu em agosto, mas estando a subir bastante
no 3.º trimestre e a sinalizar uma subida em cadeia do PIB de
1.2%, antevendo-se, no entanto, um crescimento bem superior
(+15%), após as fortes quedas no 1.º semestre.
Sentimento económico caiu ligeiramente em agosto, após
duas subidas consecutivas e três quedas (a de abril foi a
maior deste indicador criado em 1985), aproximando-se do
registo de maio, um mínimo desde março de 2009 (em plena
Grande Recessão de 2008/09), aliviando de um máximo
desde março…
O indicador de sentimento económico (ESI), calculado pela
Comissão Europeia, caiu, em agosto, de 75.5 para 75.1 pontos,
após duas fortes subidas consecutivas, embora depois de três
quedas (a descida de 29.6 pontos em abril foi a maior deste
indicador criado em 1985), ficando bem acima dos 61.7 pontos
de abril, um mínimo desde março de 2009 (em plena Grande
Recessão de 2008/09), tendo aliviado de um máximo desde
março. Em fevereiro tinha atingido um máximo desde abril de
2019. O indicador está, pelo 18.º mês consecutivo, abaixo da
sua média histórica, após 67 meses acima.
… tendo a sua média móvel de três meses subido, pelo 2.º
mês consecutivo, após três quedas, aliviando, pelo 2.º mês,
de mínimos desde abril de 2009…
Dada a sua volatilidade, analisa-se a respetiva média móvel de
três meses (mm3m), que subiu 4.5 pontos (+4.4 pontos no mês
anterior), registando a 2.ª subida consecutiva, após três
descidas, quatro subidas e 13 quedas, aliviando, pelo 2.º mês,
de mínimos desde abril de 2009. Em fevereiro de 2018 atingiu o
nível mais elevado desde setembro de 2015.
… sinalizando uma subida em cadeia de 1.2% do PIB no 3.º
trimestre, mas admite-se um crescimento bem superior, na
ordem de 15%, refletindo a recuperação iniciada em maio. O
indicador tinha sinalizado uma queda de 6.4% para o 2.º
trimestre, mas o PIB caiu bastante mais (-20.4%)
-24
-20
-16
-12
-8
-4
0
4
60
70
80
90
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110
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130
2010
:Q3
2011
:Q3
2012
:Q3
2013
:Q3
2014
:Q3
2015
:Q3
2016
:Q3
2017
:Q3
2018
:Q3
2019
:Q3
2020
:Q3
PIB - QoQ (esc. esq.)
Economic Sentiment (Quarterly Average) (esc. dir.)
Reino Unido - PIB (QoQ) vs Economic Sentiment
Previsão - 3Q20 YoY:-21.2/QoQ:1.2Un: % Un: Indice
Segundo cálculos do Montepio, o indicador sinaliza uma subida
em cadeia de 1.2% do PIB no 3.º trimestre, mas admite-se um
crescimento bem superior, na ordem de 15%, refletindo a
recuperação iniciada em maio. O indicador tinha sinalizado uma
queda de 6.4% para o 2.º trimestre, mas o PIB caiu bastante
mais (-20.4%), condicionada pelas medidas de confinamento e
distanciamento social adotadas pelo Governo.
Em termos setoriais, verificaram-se subidas no retalho, na
indústria e nos serviços, tendo a confiança dos
consumidores também subido. Pelo 10.º mês consecutivo,
não foram divulgados dados para a construção
Igualmente em termos de mm3m, a confiança dos
consumidores subiu, pelo 2.º mês consecutivo, após quatro
quedas e quatro subidas, sendo que, em termos setoriais,
registaram-se subidas no retalho, na indústria e nos serviços,
que foi o setor mais penalizado pelas medidas de confinamento.
Pelo 10.º mês consecutivo, não foram divulgados dados para a
construção. A indústria, pelo 5.º mês consecutivo, não é o setor
com o registo mais baixo, lugar ocupado pelos serviços, sendo
pelo 3.º mês consecutivo o setor menos negativo. O retalho
está, pelo 14.º mês consecutivo, em terreno negativo, com todos
os indicadores, pelo 14.º mês consecutivo, abaixo de zero.
A confiança na indústria subiu, pelo 2.º mês consecutivo, após
três quedas, contabilizando 17 quedas em 24 meses, aliviando,
pelo 2.º mês consecutivo, de um mínimo desde maio de 2009.
O comércio a retalho subiu, pelo 2.º mês consecutivo, após
três quedas, contabilizando 10 quedas em 14 meses (as
exceções foram as subidas de novembro de 2019, de fevereiro
de 2020 e de julho e agosto de 2020), aliviando, pelo 2.º mês
consecutivo, do valor mais baixo desde março de 2009,
aproximando-se, ligeiramente, da leitura de maio de 2019, o
nível mais elevado desde novembro de 2018 (máximo desde
março de 2016).
Nos serviços, a confiança também aliviou, pelo 2.º mês, de um
mínimo histórico deste indicador criado em 1997.
Do lado da procura, a confiança dos consumidores subiu,
igualmente, pelo 2.º mês consecutivo, após quatro quedas,
aliviando, pelo 2.º mês, de mínimos desde outubro de 2012,
aproximando-se do registo de fevereiro, o nível mais elevado
desde outubro de 2018, encontrando-se em terreno negativo,
pelo 54.º mês consecutivo, e pelo 6.º mês consecutivo abaixo da
média histórica, depois de um mês acima e 13 meses abaixo, 14
meses acima, três abaixo, um em linha e 45 meses acima.
Perspetivas dependentes do controlo da pandemia e do
acordo da futura relação comercial com a UE
Em termos anuais, em 2014 o PIB cresceu 2.6%, em 2015
2.4%, em 2016 1.9%, em 2017 1.9%, tendo reduzido novamente
o ritmo de crescimento em 2018, para 1.3%, observando o 3.º
abrandamento anual em quatro anos, tendo depois acelerado
ligeiramente em 2019, para 1.5%, mas devendo cair 10.0% em
2020, devido aos efeitos da crise do coronavírus, regressando
depois ao crescimento em 2021 (+8.9%).
As perspetivas relativamente à dimensão da recuperação
permanecem incertas, estando dependentes do controlo da
pandemia, do comportamento dos consumidores e dos efeitos
de 2.ª ordem que a paragem da atividade a partir de março teve
no desemprego e nas expectativas dos consumidores. Além
disso, estarão ainda dependentes das negociações
relativamente à futura relação comercial com a UE no pós
Brexit.
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 JAPÃO
Semanal de Economia e de Mercados
49
Japão: Índice de atividade económica registou uma forte subida em junho, mas não evitou a maior
queda de sempre no conjunto do 2.º trimestre, devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre.
Na passada semana, Shinzo Abe, o Primeiro-ministro do Japão,
formalizou, na 6.ª feira, a renuncia a líder do seu partido, o
Partido Liberal Democrata, por motivos de saúde, encerrando,
também, o seu mandato como Primeiro-ministro do país, sendo
este o grande evento da semana. Ao nível da informação
macroeconómica, destaque-se apenas a divulgação do índice
de atividade económica, que registou uma forte subida em
junho, mas não evitou a maior queda de sempre no conjunto do
2.º trimestre, devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre,
para o qual prevemos uma subida maior do que a que
antecipamos para o PIB.
Índice de atividade económica subiu 6.1% em junho, um
pouco aquém das expectativas do mercado (consenso:
+6.3%), tendo a queda do mês anterior sido revista de 3.5%
para 4.1%, com o indicador a aliviar do registo mais baixo
do histórico do indicador criado em 1993, aproximando-se
do registo de setembro de 2019, o nível mais elevado desde
março de 2008...
Detalhando a nossa análise, o índice de atividade económica
do Ministério da Economia (METI), que engloba todos os setores
de atividade com exceção da agricultura, subiu 6.1% em junho,
um pouco aquém das expectativas do mercado (consenso:
+6.3%), tendo a queda do mês anterior sido revista de 3.5%
para 4.1%, com o indicador a aliviar do registo mais baixo do
histórico do indicador criado em 1993, em resultado da crise do
Covid-19, sendo que no 4.º trimestre de 2019 a atividade já tinha
sido prejudicada pelo aumento da taxa de imposto sobre o
consumo em 1 de outubro, de 8% para 10%. Em setembro de
2019, a atividade tinha atingido o nível mais elevado desde
março de 2008.
Tinha sido observada uma tendência de recuperação do
indicador no pós-sismo iniciada em abril de 2011 até setembro
de 2019, situação que foi interrompida em outubro de 2019 com
o já referido aumento do imposto sobre o consumo e, mais
recentemente, com os efeitos da pandemia do coronavírus. O
índice situa-se 7.6% abaixo do registo de fevereiro de 2011 (-
12.2% com os anteriores dados de maio), o último pré-sismo.
… sendo neste mês suportado pela indústria e pelo setor
terciário, mas prejudicado pela construção
Por setores de atividade, a performance foi idêntica à do índice
geral (+6.1%), com a média ponderada dos registos setoriais a
apresentar uma subida também de 6.1%, sendo que, no mês
anterior, se tinha registado uma variação (-4.1%) igual à do
índice geral (é frequente observarem-se divergências, na
medida em que o índice geral é alvo de um ajustamento sazonal
independente dos índices setoriais). A atividade no setor
terciário (com um peso de 73.5%) subiu 7.9% em junho, depois
de nos meses anteriores ter sido prejudicado pelas medidas de
confinamento adotadas para combater à pandemia, com esta
subida a ocorrer após quatro descidas consecutivas (-2.9% no
mês anterior), após três subidas, em que a atividade estava a
recuperar da forte descida de 5.5% em outubro, a qual resultou
do referido agravamento da taxa de imposto sobre o consumo
em 1 de outubro, que tinha colocado a atividade do setor em
mínimos desde outubro de 2016. A indústria subiu 1.9% em
junho (-8.9% em maio, -9.8% em abril), registando oito descidas
em 15 meses, tendo a produção aliviado do nível mais baixo
desde fevereiro de 2009, depois de, em setembro de 2019, ter
atingido um nível máximo desde maio de 2019, quando atingiu o
nível mais elevado desde outubro de 2018. A construção
desceu 2.2%, depois de ter caído 2.9% em maio, caindo agora
para um nível mínimo desde janeiro de 2013.
Índice de atividade económica observou uma forte queda no
4.º trimestre de 2019 (-3.1%), tendo registado uma nova
contração no 1.º trimestre de 2020 (-0.8%) e, sobretudo, no
2.º trimestre (-10.8%)
Em termos trimestrais, o índice de atividade económica
revelava-se consistente com uma descida do PIB de 3.1% no 4.º
trimestre de 2019, bem mais do que o PIB (-1.8%), prejudicada
por desastres naturais (sismos e tufões no 4.º trimestre de
2019), pelo enquadramento internacional adverso, pelo aumento
do imposto sobre o consumo, em vigor desde 1 de outubro,
tendo caído 0.8% no 1.º trimestre de 2020, mais do que o PIB
(-0.6%), com a atividade a ser prejudicada pela crise do Covid-
19, fator que foi determinante para as fortes descidas no 2.º
trimestre, com o índice de atividade a cair 10.8% e o PIB 7.8%.
Por setores, a registou-se uma descida da atividade no setor
terciário de 3.1% no 4.º trimestre de 2019 e uma nova queda
no 1.º trimestre de 2020 (-1.1%), tendo intensificado
significativamente a descida no 2.º trimestre (-10.0%), devido às
medidas de distanciamento social adotadas no Japão e na
maioria dos países, devendo regressar ao crescimento no 3.º
trimestre. No 2.º trimestre de 2019, o setor da construção
subiu 1.0%, observando a 2.ª subida consecutiva, após seis
quedas, tendo caído 1.3% no 3.º trimestre, observando-se uma
nova descida no 4.º trimestre de 2019 (-2.0%), tendo descido
1.1% no 1.º trimestre de 2020 e estando a cair 1.2% no 2.º
trimestre, apenas com os dados de abril e maio, estimando-se
também uma queda na totalidade do trimestre. No 1.º trimestre
de 2019, a produção industrial caiu 2.1%, estabilizando no 2.º
trimestre, mas voltando a cair 1.1% no 3.º trimestre e 3.7% no
4.º trimestre, tendo subido 0.4% no 1.º trimestre de 2020, mas
caído 16.9% no 2.º trimestre, fazendo pior do que as
expectativas do METI (-15.9%), que aponta para uma subida de
9.4% para o 3.º trimestre, contrastando com as indicações ainda
negativas do PMI Manufacturing.
Índice de atividade económica deverá registar ao
crescimento no 3.º trimestre, subindo na ordem de 5%, mais
do que o PIB (+4.0%)
Relativamente ao 3.º trimestre, o índice de atividade
económica deverá recuperar parcialmente da forte queda do 2.º
trimestre (-10.8%), devendo subir na ordem de 5%, mais do
que o PIB (+4.0%), devendo ser suportado pela indústria, pelo
setor terciário e pela construção.
Do lado da procura, a atividade no 3.º trimestre deverá ser
suportada por crescimentos do consumo privado, do
investimento em construção, devendo também observar-se
um contributo positivo das exportações líquidas. Já o
investimento empresarial em equipamentos deverá registar
uma ligeira descida.
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 JAPÃO
Semanal de Economia e de Mercados
50
Aconteceu na semana passada… no Japão vÍndice de Atividade Económica
Índice de atividade económica subiu 6.1% em junho, um pouco aquém das
expectativas do mercado (consenso: +6.3%), tendo a queda do mês anterior sido
revista de 3.5% para 4.1%, com o indicador a aliviar do registo mais baixo do
histórico do indicador criado em 1993, aproximando-se do registo de setembro
de 2019, o nível mais elevado desde março de 2008...
O índice de atividade económica do Ministério da Economia (METI), que engloba
todos os setores de atividade com exceção da agricultura, subiu 6.1% em junho, um
pouco aquém das expectativas do mercado (consenso: +6.3%), tendo a queda do mês
anterior sido revista de 3.5% para 4.1%, com o indicador a aliviar do registo mais baixo
do histórico do indicador criado em 1993, em resultado da crise do Covid-19, sendo
que no 4.º trimestre de 2019 a atividade já tinha sido prejudicada pelo aumento da taxa
de imposto sobre o consumo em 1 de outubro, de 8% para 10%. Em setembro de
2019, a atividade tinha atingido o nível mais elevado desde março de 2008.
Tinha sido observada uma tendência de recuperação do indicador no pós-sismo
iniciada em abril de 2011 até setembro de 2019, situação que foi interrompida em
outubro de 2019 com o já referido aumento do imposto sobre o consumo e, mais
recentemente, com os efeitos da pandemia do coronavírus. O índice situa-se 7.6%
abaixo do registo de fevereiro de 2011 (-12.2% com os anteriores dados de maio), o
último pré-sismo.
… sendo neste mês suportado pela indústria e pelo setor terciário, mas
prejudicado pela construção
Por setores de atividade, a performance foi idêntica à do índice geral (+6.1%), com a
média ponderada dos registos setoriais a apresentar uma subida também de 6.1%,
sendo que, no mês anterior, se tinha registado uma variação (-4.1%) igual à do índice
geral (é frequente observarem-se divergências, na medida em que o índice geral é alvo
de um ajustamento sazonal independente dos índices setoriais). A atividade no setor
terciário (com um peso de 73.5%) subiu 7.9% em junho, depois de nos meses
anteriores ter sido prejudicado pelas medidas de confinamento adotadas para
combater à pandemia, com esta subida a ocorrer após quatro descidas consecutivas (-
2.9% no mês anterior), após três subidas, em que a atividade estava a recuperar da
forte descida de 5.5% em outubro, a qual resultou do referido agravamento da taxa de
imposto sobre o consumo em 1 de outubro, que tinha colocado a atividade do setor em
mínimos desde outubro de 2016. Com esta subida de junho, a atividade aliviou de um
nível mínimo desde janeiro de 1995 e aproximou-se ligeiramente do registo de
setembro de 2019, quando observou o 2.º registo mais elevado da série (a seguir ao de
março de 2008). O indicador encontra-se agora 7.2% abaixo do registo (-13.1% abaixo
com os anteriores dados de maio) de fevereiro de 2011 (o último que não fora afetado
pelo sismo de março de 2011). A indústria subiu 1.9% em junho (-8.9% em maio, -
9.8% em abril), registando oito descidas em 15 meses, tendo a produção aliviado do
nível mais baixo desde fevereiro de 2009, depois de, em setembro de 2019, ter
atingido um nível máximo desde maio de 2019, quando atingiu o nível mais elevado
desde outubro de 2018. A construção desceu 2.2%, depois de ter caído 2.9% em
maio, caindo agora para um nível mínimo desde janeiro de 2013, registando 10 quedas
em 13 meses, aumentando a distância face ao registo de maio de 2019, um máximo
desde maio de 2018, bem como em relação ao registo de maio de 2017, quando
alcançou o nível mais elevado desde novembro de 2003 e encontrando-se agora 2.5%
abaixo do registo de fevereiro de 2011, o último pré-sismo. Refira-se que apenas o
dado da construção ainda não era conhecido, acabando por se revelar mais
desfavorável que os dados dos fogos iniciados e das encomendas de construção.
Índice de atividade económica observou uma forte queda no 4.º trimestre de 2019
(-3.1%), tendo registado uma nova contração no 1.º trimestre de 2020 (-0.8%) e,
sobretudo, no 2.º trimestre (-10.8%)
Em termos trimestrais, o índice de atividade económica revelava-se consistente com
uma descida do PIB de 3.1% no 4.º trimestre de 2019, bem mais do que o PIB (-
1.8%), prejudicada por desastres naturais (sismos e tufões no 4.º trimestre de 2019),
pelo enquadramento internacional adverso, pelo aumento do imposto sobre o
consumo, em vigor desde 1 de outubro, tendo caído 0.8% no 1.º trimestre de 2020,
mais do que o PIB (-0.6%), com a atividade a ser prejudicada pela crise do Covid-19,
fator que foi determinante para as fortes descidas no 2.º trimestre, com o índice de
atividade a cair 10.8% e o PIB 7.8%.
-10
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Ind. Atividade - Var. Mens. (MoM) (esc. esq.)
Ind. Avançado (esc. dir.)
Ind. Coincidente (esc. dir.)
Japão - Indicador Avançado, Coincidente e de Atv. Económica
Un: % Un: Índice
Un: % mai jun mai jun
Índice Atv. Económica -4.1 6.1 2.0 1.7
Set Terciário (73.45%) -2.9 7.9 -15.9 -9.2
Indústria (20.78%) -8.9 1.9 -26.3 -18.2
Construção (5.77%) -2.9 -2.2 -6.7 -8.4
Japão - Índice de Actividade Económica
Var. Mensal Var. Homól.
72
76
80
84
88
92
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108
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2012
:06
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2014
:06
2015
:06
2016
:06
2017
:06
2018
:06
2019
:06
2020
:06
Serviços (Setor Terciário)
Indústria
Construção
Japão - Índice de Atividade Económica
Un: Índice (2005=100)
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 JAPÃO
Semanal de Economia e de Mercados
51
Por setores, a registou-se uma subida de 0.8% no 3.º trimestre de 2019, da atividade
no setor terciário, empolada pelo aumento do consumo privado antes do
agravamento da taxa de imposto sobre o consumo em 1 de outubro, tendo-se
observado uma forte contração no 4.º trimestre de 2019 (-3.1%) e uma nova queda no
1.º trimestre de 2020 (-1.1%), tendo intensificado significativamente a descida no 2.º
trimestre (-10.0%), devido às medidas de distanciamento social adotadas no Japão e
na maioria dos países, devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre. No 2.º
trimestre de 2019, o setor da construção subiu 1.0%, observando a 2.ª subida
consecutiva, após seis quedas, tendo caído 1.3% no 3.º trimestre, observando-se uma
nova descida no 4.º trimestre de 2019 (-2.0%), tendo descido 1.1% no 1.º trimestre de
2020 e estando a cair 1.2% no 2.º trimestre apenas com os dados de abril e maio,
estimando-se também uma queda na totalidade do trimestre. No 1.º trimestre de 2019,
a produção industrial caiu 2.1%, estabilizando no 2.º trimestre, mas voltando a cair
1.1% no 3.º trimestre e 3.7% no 4.º trimestre, tendo subido 0.4% no 1.º trimestre de
2020, mas caído 16.9% no 2.º trimestre, fazendo pior do que as expectativas do METI
(-15.9%), que aponta para uma subida de 9.4% para o 3.º trimestre, contrastando com
as indicações ainda negativas do PMI Manufacturing.
Índice de atividade económica deverá registar ao crescimento no 3.º trimestre,
subindo na ordem de 5%, mais do que o PIB (+4.0%)
Relativamente ao 3.º trimestre, o índice de atividade económica deverá recuperar
parcialmente da forte queda do 2.º trimestre (-10.8%), devendo subir na ordem de 5%,
mais do que o PIB (+4.0%), devendo ser suportado pela indústria, pelo setor terciário
e pela construção.
Do lado da procura, a atividade no 3.º trimestre deverá ser suportada por
crescimentos do consumo privado, do investimento em construção, devendo
também observar-se um contributo positivo das exportações líquidas. Já o
investimento empresarial em equipamentos deverá registar uma ligeira descida.
72
76
80
84
88
92
96
100
104
108
2010
:06
2011
:06
2012
:06
2013
:06
2014
:06
2015
:06
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:06
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:06
2019
:06
2020
:06
Serviços (Setor Terciário)
Indústria
Construção
Japão - Índice de Atividade Económica
Un: Índice (2005=100)
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 CHINA
Semanal de Economia e de Mercados
52
China: Lucro dos industriais acelerou em julho, abrandando a queda desde o início do ano.
Na passada semana, destaque-se apenas a divulgação do lucro
das principais empresas do setor industrial, que acelerou em
julho, abrandando a queda desde o início do ano. Mantemos a
nossa previsão para o crescimento homólogo do PIB no 3.º
trimestre em 5.5%, em aceleração face aos 3.2% do 2.º
trimestre.
Lucro das maiores empresas do setor industrial com
evolução bastante favorável em julho…
Efetivamente, em julho, o lucro das maiores empresas do
setor industrial subiu 19.6% face ao período homólogo, depois
de ter avançado 11.5% em junho e 6.0% em maio, e após ter
caído 4.3% em abril, 34.9% em março e 38.3% na média de
janeiro e fevereiro.
De abril a julho a produção industrial subiu face a igual período
de 2019, após as quedas no 1.º trimestre, o mesmo tendo
sucedido com as vendas.
As fortes quedas no 1.º trimestre devem-se ao choque severo
causado pela pandemia de coronavírus. A produção e as
vendas tinham caído, enquanto os lucros tinham sido
pressionados pelo aumento dos custos e queda nos preços de
produtos industriais.
… e os dados acumulados até julho revelaram uma
diminuição do ritmo de queda dos lucros
Os dados acumulados até julho revelaram uma desaceleração
do ritmo de queda dos lucros, dos 12.8%, registados até junho,
para 8.1%, mas continuando a representar uma forte
desaceleração face ao valor observado na totalidade de 2019 (-
3.3%), bem como com as subidas de 2018 (+10.3%) e de 2017
(+21.0%), num contexto em que o PIB no 1.º trimestre registou
uma inédita queda de 6.8%, observando-se um regresso ao
crescimento no 2.º trimestre (+3.2%), antecipando-se uma
aceleração no 3.º trimestre (+5.5%), mas crescendo ainda
abaixo dos ritmos pré-pandemia, com a recuperação a ser
condicionada pela recessão mundial que se viveu no 1.º
semestre devido à pandemia do coronavírus.
Em 2018, a subida dos lucros tinha revelado a política de
contenção de custos, mas igualmente a recuperação dos preços
dos produtos vendidos, sendo que, em 2019, a descida dos
lucros resultou de uma subida das receitas inferiores ao
aumento dos custos. Entretanto, em termos acumulados até
julho, as receitas de vendas desceram 3.9% (-5.2% até junho;
+3.8% em 2019; +8.5% em 2018; +11.1% em 2017; +4.9% em
2016). A melhor performance dos lucros, a partir de 2016,
resultou, essencialmente, da evolução dos preços das
commodities industriais nos mercados internacionais, que, em
2016, registaram quedas inferiores a 2015 e que, em 2017,
subiram. Em 2016, em termos médios, os preços dos metais
registaram uma descida de 6.7% face à média do período
homólogo, os das agrícolas de 0.2% e os da energia 14.1%,
mas, em 2017, os dos metais e da energia subiram,
respetivamente, 25.5% e 18.7%, mas os das agrícolas caíram
1.5%, e, em 2018, observaram-se crescimentos de 6.0% nos
metais de base, de 25.4% na energia e de 0.6% nas agrícolas.
Em 2019, observaram-se quedas, de 10.0%, 11.0% e 2.9%,
respetivamente, nos preços dos metais, nas agrícolas e na
energia. Já em 2020, desde o início do ano até julho,
observaram-se quedas, de 10.6%, 33.8% e 3.0%,
respetivamente, nos preços dos metais, na energia e nas
agrícolas.
Mantemos a nossa previsão para o crescimento homólogo
do PIB no 3.º trimestre em 5.5%, em aceleração face aos
3.2% do 2.º trimestre.
-40
-30
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2010
:Q3
2011
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2018
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:Q3
Var. Hom. Acum. (YtD-YoY)
China - Lucros Industriais
Un: %
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:07
Indicador PMI Manufacturing (esc. esq.)
Produção Industrial (YoY) (esc. dir.)
China - PMI Manufacturing vs Produção Industrial
Un: Índice Un: %
-8
-6
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2010
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:07
2020
:07
Indicador mensal da Bloomberg (YoY)
Media de 3 meses (mm3m)
PIB (YoY)
China – Indicador mensal da Bloomberg para o PIB
Un: %
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 BRASIL
Semanal de Economia e de Mercados
53
Aconteceu na semana passada… no Brasil Confiança dos Consumidores
Confiança dos consumidores alivou em agosto, pelo 4.º mês consecutivo, de
mínimos históricos, tendo atingido um novo máximo desde março…
A confiança dos consumidores subiu em agosto, pelo 4.º mês consecutivo, de 78.8
para 80.2 pontos, um novo máximo desde março, mas depois de em abril ter registado
a maior queda de sempre – superior à observada em outubro de 2009 (pós falência da
Lehman Brothers) – e passado, em quarto meses, de um máximo desde fevereiro de
2019 para um mínimo histórico (58.2 pontos) deste indicador criado em setembro de
2005, sendo penalizada pela chegada em força da pandemia do coronavírus ao Brasil.
… mas sinalizando uma descida do consumo privado no 2.º trimestre, que deverá
ter caído a um ritmo superior ao observado no 1.º trimestre (-2.0%), ainda
sinalizando uma queda do consumo para o 3.º trimestre, mas prevendo-se o
regresso ao crescimento deste agregado, bem como do próprio PIB
O indicador sinaliza uma descida do consumo privado no 2.º trimestre, que deverá
ter caído a um ritmo bem superior ao observado no 1.º trimestre, quando desceu 2.0%,
com a confiança dos consumidores em mínimos históricos na média do 2.º trimestre
(63.8 pontos), do qual está a aliviar no 3.º trimestre (79.5 pontos), ainda sinalizando
uma queda do consumo para este trimestre, mas prevendo-se o regresso ao
crescimento deste agregado, bem como do próprio PIB.
A confiança em agosto foi suportada pelo indicador de situação (aliviou, pelo 3.º mês
de um mínimo junho de 2016 e atingiu um novo máximo desde março) e pelo
indicador de expectativas (aliviou, pelo 4.º mês consecutivo, de um mínimo histórico
e atingiu um novo máximo desde fevereiro).
-1,000,000
-800,000
-600,000
-400,000
-200,000
0
200,000
400,000
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2015:08 2016:08 2017:08 2018:08 2019:08 2020:08
Variação Mensal do Emprego no Set. Privado - nsa (esc. esq.)
Confiança do Consumidor - nsa (esc. dir.)
Brasil - Variação do Emprego e Confiança do Consumidor
Un: % Un: Índice
50
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-2.5
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-1.5
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-0.5
0.0
0.5
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2.0
2012
:Q3
2013
:Q3
2014
:Q3
2015
:Q3
2016
:Q3
2017
:Q3
2018
:Q3
2019
:Q3
2020
:Q3
Confiança dos Consumidores (esc. esq.)
Consumo Privado - Var. trim. (esc. dir.)
Brasil - Confiança dos Consumidores vs Consumo
Un: Índice Un: %
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EVENTOS A ANUNCIAR
Semanal de Economia e de Mercados
54
Indicadores a Anunciar esta Semana
Fonte: Thomson Reuters. Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada
ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3
meses.
País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão
Portugal 31-ago IPC (MoM) Aug P -- -0.20% -1.30% --
IPC (YoY) Aug P -- 0.00% 0.10% --
IPCH (MoM) Aug P -- -0.20% -2.00% --
IPCH (YoY) Aug P -- -0.20% -0.10% --
PIB (QoQ) 2Q F -13.90% -13.90% -13.90% --
PIB (YoY) 2Q F -16.30% -16.30% -16.30% --
Taxa de Desemprego mensal sa - INE (mm3m) Jul -- 8.1% 7.0% 7.3%
Turismo - Dormidas nsa (YoY) Jul P -- -68.0% -85.2% --
01-set Produção Industrial (YoY) Jul -- -- -14.60% --
Produção Industrial sa (MoM) Jul -- -- 11.20% --
Registos Automóveis (YoY) Aug -- -- -17.5% --
Vendas de Veículos Comerciais Ligeiros (YoY) Aug -- -- -19.4% --
Vendas de Veículos Comerciais Pesados (YoY) Aug -- -- 67.3% --
Zona Euro 01-set IPC (MoM) Aug P -0.10% -- -0.40% --
IPC Core (YoY) Aug P 0.80% -- 1.20% --
IPC Estimativa (YoY) Aug 0.20% -- 0.40% --
PMI Manufacturing Aug F 51.7 -- 51.7 --
Taxa Desemprego sa Jul 8.00% -- 7.80% --
02-set IPP (MoM) Jul 0.40% -- 0.70% --
IPP (YoY) Jul -3.40% -- -3.70% --
03-set PMI Composite Aug F 51.6 -- 51.6 --
PMI Services Aug F 50.1 -- 50.1 --
Vendas a Retalho - reais sa (MoM) Jul 1.00% -- 5.70% --
Vendas a Retalho - reais wda (YoY) Jul 1.90% -- 1.30% --
Alemanha 31-ago IPC (YoY) Aug P 0.10% 0.00% -0.10% --
IPCH (YoY) Aug P 0.10% -0.10% 0.00% --
01-set PMI Manufacturing Aug F 53 -- 53 --
Taxa Desemprego sa Aug 6.40% -- 6.40% --
02-set Vendas a Retalho (MoM) Jul 0.50% -- -1.60% -2.00%
Vendas a Retalho (YoY) Jul 4.10% -- 5.90% 6.00%
03-set PMI Composite Aug F 53.7 -- 53.7 --
PMI Services Aug F 50.8 -- 50.8 --
04-set Encomendas Industriais nsa (YoY) Jul -6.00% -- -11.30% --
Encomendas Industriais sa (MoM) Jul 5.00% -- 27.90% --
PMI Construction Aug -- -- 49.7 --
França 01-set PMI Manufacturing Aug F 49 -- 49 --
03-set PMI Composite Aug F 51.7 -- 51.7 --
PMI Services Aug F 51.9 -- 51.9 --
Itália 31-ago IPCH (MoM) Aug P -1.10% -1.30% -0.60% -0.70%
IPCH (YoY) Aug P -0.30% -0.50% 0.80% --
PIB sa wda (QoQ) 2Q F -12.40% -12.80% -12.40% --
PIB sa wda (YoY) 2Q F -17.30% -17.70% -17.30% --
01-set PMI Manufacturing Aug 52 -- 51.9 --
03-set PMI Composite Aug 50 -- 52.5 --
PMI Services Aug 49.5 -- 51.6 --
Espanha 31-ago Balança Corrente (EUR) Jun -- 2.0b 0.8b --
IPC (YoY) Aug P -0.50% -0.50% -0.60% --
IPCH (YoY) Aug P -0.60% -0.60% -0.70% --
01-set PMI Manufacturing Aug 53 -- 53.5 --
02-set Variação Desemprego (milhares) Aug 9.0k -- -89.8k --
03-set PMI Composite Aug 49.3 -- 52.8 --
PMI Services Aug 48 -- 51.9 --
R. Unido 01-set Empréstimos Hipotecários Aprovados (BoE) Jul 55.0k -- 40.0k --
Empréstimos Líquidos de Crédito Consumo Jul 0.8b -- -0.1b --
Empréstimos Líquidos Garantidos por Habitações Jul 3.0b -- 1.9b --
M4 Ex IOFCs 3M Annualised Jul -- -- 19.80% --
M4 Oferta Monetária (YoY) Jul -- -- 13.10% --
PMI Manufacturing Aug F 55.3 -- 55.3 --
02-set BRC Shop Price Index YoY Aug -- -- -1.30% --
Preços Habitação - Nationwide nsa (YoY) Aug 2.00% -- 1.50% --
Preços Habitação - Nationwide sa (MoM) Aug 0.50% -- 1.70% --
03-set PMI Composite Aug F 60.3 -- 60.3 --
PMI Services Aug F 60.1 -- 60.1 --
04-set PMI Construction Aug 58.3 -- 58.1 --
Registos Automóveis (YoY) Aug -- -- 11.30% --
China 31-ago PMI Compósito (Oficial) Aug -- 54.5 54.1 --
PMI Manufacturing Aug 51.2 51 51.1 --
PMI Non-Manufacturing (Oficial) Aug 54.2 55.2 54.2 --
01-set PMI Manufacturing - HSBC Aug 52.5 -- 52.8 --
03-set PMI Composite Aug -- -- 54.5 --
PMI Services Aug 53.9 -- 54.1 --
Índia 31-ago Défice Orçamental Jul -- 158986 196020 --
Eight Infrastructure Industries YoY Jul -- -9.60% -15.00% -12.90%
VAB (YoY) 2Q -18.80% -22.80% 3.00% --
01-set PMI Manufacturing Aug -- -- 46 --
03-set PMI Composite Aug -- -- 37.2 --
PMI Services Aug -- -- 34.2 --
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EVENTOS A ANUNCIAR
Semanal de Economia e de Mercados
55
Indicadores a Anunciar esta Semana (continuação)
Fonte: Thomson Reuters. Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada
ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3
meses.
País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão
EUA 31-ago Dallas Fed - Manufacturing Aug 0 -- -3 --
01-set Gastos Construção (MoM) Jul 1.10% -- -0.70% --
ISM Manufacturing Aug 54.5 -- 54.2 --
PMI Manufacturing (Markit) Aug F 53.6 -- 53.6 --
Vendas de Veículos Ligeiros sa Aug 14.80m -- 14.52m --
02-set Enc. Bens Dur. Ex Def. Mat. Aero (Mom) Jul F -- -- 1.90% --
Encomendas Bens Duradouros excl Transp sa (MoM) Jul F 2.40% -- 2.40% --
Encomendas Bens Duradouros sa (MoM) Jul F 11.20% -- 11.20% --
Encomendas Industriais sa (MoM) Jul 6.00% -- 6.20% --
Entregas Bens Dur. Ex Def. Mat. Aero (MoM) Jul F -- -- 2.40% --
Variação do Emprego no Setor Privado - Relatório ADP Aug 950k -- 167k --
03-set Balança Comercial Jul -$57.0b -- -$50.7b --
Confiança do Consumidor (Bloomberg; anterior ABC) Aug 30 -- -- 44.3 --
Custos do Trabalho (QoQ Anualizado) 2Q F 12.10% -- 12.20% --
Despedimentos Anunciados - Challenger (YoY) Aug -- -- 576.10% --
ISM Composite Aug -- -- 57.7 --
ISM Non-Manufacturing Aug 57 -- 58.1 --
Pedidos Subsídio de Desemprego - Acumulado Aug 22 14000k -- 14535k --
Pedidos Subsídio de Desemprego - Novos Aug 29 950k -- 1006k --
PMI Composite (Markit) Aug F -- -- 54.7 --
PMI Services (Markit) Aug F 54.7 -- 54.8 --
Produtividade por hora exc agric (QoQ) - Anualizada 2Q F 7.40% -- 7.30% --
04-set Média de Remunerações/hora - Total (MoM) Aug 0.00% -- 0.20% --
Média de Remunerações/hora - Total (YoY) Aug 4.50% -- 4.80% --
Média Semanal de Horas - Total Aug 34.5 -- 34.5 --
Revisão Líquida Emprego não-Agrícola (2 meses) Aug -- -- 17k --
Taxa de Atividade Aug 61.70% -- 61.40% --
Taxa de Desemprego Alargada (U-6) Aug -- -- 16.50% --
Taxa Desemprego sa Aug 9.80% -- 10.20% --
Variação do Emprego na Indústria Transformadora (MoM) Aug 63k -- 26k --
Variação do Emprego não Agrícola (MoM) Aug 1400k -- 1763k --
Variação do Emprego no Setor Privado (MoM) Aug 1275k -- 1462k --
Japão 31-ago Confiança do Consumidor sa Aug 28.5 29.3 29.5 --
Encomendas de Construção (YoY) Jul -- -22.90% -13.40% --
Fogos Iniciados (YoY) Jul -12.50% -11.40% -12.80% --
Fogos Iniciados anualizada Jul 0.798m 0.828m 0.790m --
Produção de Veículos (YoY) Jun -- -36.60% -61.10% --
Produção Industrial nsa (YoY) Jul P -17.50% -16.10% -18.20% --
Produção Industrial sa (MoM) Jul P 5.00% 8.00% 1.90% --
Vendas a Retalho - nominais nsa (YoY) Jul -1.70% -2.80% -1.20% -1.30%
Vendas a Retalho - nominais sa (MoM) Jul -2.50% -3.30% 13.10% --
01-set Gastos em Equipamento e Software (YoY) 2Q -4.00% -- 0.10% --
Gastos em Equipamento excl Software (YoY) 2Q -4.00% -- -1.40% --
PMI Manufacturing Aug F -- -- 46.6 --
Rácio de Oportunidades de Trabalho por Candidato Jul 1.08 -- 1.11 --
Taxa Desemprego sa Jul 3.00% -- 2.80% --
02-set Base Monetária (fim de período) Aug -- -- ¥576.3t --
Base Monetária (média mensal) YoY Aug -- -- 9.80% --
03-set PMI Composite Aug F -- -- 44.9 --
PMI Services Aug F -- -- 45 --
Brasil 31-ago Dívida Pública Líquida (% PIB) Jul 59.30% -- 58.10% --
Saldo Orçamental Nominal Jul -101.0b -- -210.2b --
Saldo Orçamental Primário Jul -89.8b -- -188.7b --
01-set Balança Comercial Aug $6896m -- $8060m --
Exportações Aug $18400m -- $19566m --
Importações Aug $11500m -- $11506m --
PIB - crescimento médio últimos 4 trimestres 2Q -2.00% -- 0.90% --
PIB (QoQ) 2Q -9.20% -- -1.50% --
PIB (YoY) 2Q -10.80% -- -0.30% --
PMI Manufacturing Aug -- -- 58.2 --
Venda de Veículos (Fenabrave) Aug -- -- 174498 --
02-set IPP - Ind. Transformadora (YoY) Jul -- -- 6.68% --
03-set PMI Composite Aug -- -- 47.3 --
PMI Services Aug -- -- 42.5 --
Produção Industrial nsa (YoY) Jul -6.00% -- -9.00% --
Produção Industrial sa (MoM) Jul 5.80% -- 8.90% --
04-set Exportação de Veículos Aug -- -- 29126 --
Produção de Veículos Aug -- -- 170287 --
Vendas de Veículos Aug -- -- 174487 --
Rússia 01-set PMI Manufacturing Aug 48.9 -- 48.4 --
03-set PMI Composite Aug -- -- 56.8 --
PMI Services Aug 55.1 -- 58.5 --
04-set IPC (YoY) Aug 3.50% -- 3.40% --
IPC Core (YoY) Aug 3.00% -- 3.00% --
Vendas de Veículos Novos Ligeiros Aug 4.10% -- 6.80% --
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
56
Taxas de Juro
Curto Prazo
Fonte: Thomson Reuters.
28-08-20 1 semana 1 mês 3 meses 6 meses 9 meses 1 ano 2 anos 3 anos 5 anos
1 mês -0.523 -0.517 -0.515 -0.461 -0.488 -0.439 -0.417 -0.371 -0.372 -0.371
3 meses -0.477 -0.487 -0.454 -0.290 -0.424 -0.397 -0.422 -0.319 -0.329 -0.298
6 meses -0.444 -0.441 -0.379 -0.142 -0.386 -0.347 -0.427 -0.266 -0.273 -0.191
12 meses -0.369 -0.376 -0.307 -0.078 -0.311 -0.283 -0.379 -0.166 -0.159 -0.050
Euribor
(%)
-.5
-.4
-.3
-.2
-.1
.0
29-M
ay
05-Jun
12-Jun
19-Jun
26-Jun
03-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
07-A
ug
14-A
ug
21-A
ug
28-A
ug
Refi Rate 3M 6M 12M
Taxas Euribor
Un: %
-.5
-.4
-.3
-.2
-.1
.0
29-M
ay
05-J
un
12-J
un
19-J
un
26-J
un
03-J
ul
10-J
ul
17-J
ul
24-J
ul
31-J
ul
07-A
ug
14-A
ug
21-A
ug
28-A
ug
2 Anos 5 Anos 10 Anos
Taxas Swap
Un: %
28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.
1 mês -0.523 -1 p.b. 0.157 -2 p.b. -0.075 1 p.b. 0.056 0 p.b. -0.781 0 p.b.
3 meses -0.477 1 p.b. 0.241 -1 p.b. -0.057 0 p.b. 0.065 0 p.b. -0.721 0 p.b.
6 meses -0.444 0 p.b. 0.310 0 p.b. -0.042 0 p.b. 0.116 0 p.b. -0.669 0 p.b.
12 meses -0.369 1 p.b. 0.445 0 p.b. 0.107 0 p.b. 0.245 -1 p.b. -0.525 0 p.b.
CHF
MMI
EUR USD JPY GBP
-0.75
-0.50
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
0 3 6 9 12
Prazo (em meses)
Curvas Euribor - EUR
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
0.00
0.50
1.00
1.50
2.00
2.50
3.00
3.50
0 3 6 9 12Prazo (em meses)
Curvas Libor - USD
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
-0.25
0.00
0.25
0.50
0 3 6 9 12
Prazo (em meses)
Curvas Libor - JPY
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
0 3 6 9 12
Prazo (em meses)
Curvas Libor - GBP
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
57
Swaps
Dívida Pública
Fonte: Thomson Reuters.
28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.
2 Anos -0.434 2 p.b. 0.227 0 p.b. -0.028 1 p.b. 0.108 2 p.b. -0.640 1 p.b.
5 Anos -0.363 4 p.b. 0.346 3 p.b. -0.019 1 p.b. 0.233 5 p.b. -0.514 4 p.b.
7 Anos -0.280 6 p.b. 0.510 6 p.b. -0.003 1 p.b. 0.331 7 p.b. -0.395 6 p.b.
10 Anos -0.144 8 p.b. 0.731 10 p.b. 0.070 2 p.b. 0.454 9 p.b. -0.235 8 p.b.
CHF
Swap
EUR USD JPY GBP
-0.75
-0.50
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
0 5 10 15 20 25 30
Prazo (em anos)
Curvas Swap - EUR
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
1.75
2.00
2.25
0 5 10 15 20 25 30
Prazo (em anos)
Curvas Swap - USD
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
-0.30
-0.20
-0.10
0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0 5 10 15 20 25 30
Prazo (em anos)
Curvas Swap - JPY
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
0 5 10 15 20 25 30
Prazo (em anos)
Curvas Swap - GBP
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.
2 Anos -0.6650 2 p.b. 0.1270 -2 p.b. -0.1090 0 p.b. -0.0570 -1 p.b. -0.4930 -2 p.b.
5 Anos -0.6490 5 p.b. 0.2689 0 p.b. -0.0670 1 p.b. -0.0080 4 p.b. -0.1590 3 p.b.
10 Anos -0.4090 10 p.b. 0.7211 9 p.b. 0.0590 3 p.b. 0.3110 11 p.b. 0.3990 7 p.b.
30 Anos 0.0650 14 p.b. 1.5010 16 p.b. 0.6230 1 p.b. 0.8860 10 p.b. - -
Reino Unido Portugal
Yields
Alemanha EUA Japão
-1.00
-0.75
-0.50
-0.25
0.00
0.25
0.50
0 5 10 15 20 25 30
P razo (em anos)
Alemanha
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
-0.250.000.250.500.751.001.251.501.752.002.252.502.75
0 5 10 15 20 25 30
P razo (em anos)
EUA
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
-0.50
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
0 5 10 15 20 25 30
Prazo (em anos)
Japão
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
0 5 10 15 20 25 30
Prazo (em anos)
Reino Unido
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
58
Taxas de Bancos Centrais
Fonte: Thomson Reuters.
Nota: Taxas de juro reais calculadas com base na diferença entre as taxas dos bancos centrais e a inflação média dos últimos 12 meses.
Unidade: %
28-08-2020 1 sem. 1 mês 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 3 anos 5 anos
EUA Fed Funds 1.5 0.25 0.25 0.25 0.25 1.75 2.25 2.00 1.25 0.25
Canadá O/N Rate 1.3 0.25 0.25 0.25 0.25 1.75 1.75 1.50 0.75 0.50
Japão Target Rate 0.3 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10
Euro Refi Rate 0.8 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.05
R. Unido Repo Rate 1.3 0.10 0.10 0.10 0.10 0.75 0.75 0.75 0.25 0.50
Suécia Repo Rate 1.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 -0.25 -0.50 -0.50 -0.35
Dinamarca Repo Rate 0.5 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05
Noruega O/N Rate 1.3 0.00 0.00 0.00 0.00 1.50 1.25 0.50 0.50 1.00
Islândia Repo Rate 2.5 1.75 1.75 1.75 1.75 3.50 4.25 5.00 5.25 6.25
Suíça Libor Target -0.3 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75
Polónia Reference Rate 3.4 0.10 0.10 0.10 0.50 1.50 1.50 1.50 1.50 1.50
R. Checa Repo Rate 3.2 0.25 0.25 0.25 0.25 2.25 2.00 1.25 0.25 0.05
Eslováquia Repo Rate 2.5 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
Estónia Interbank Rate 0.8 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40
Letónia Refi Rate 1.5 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25
Lituânia Interbank Rate 1.8 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08
Hungria Base Rate 3.4 0.60 0.60 0.60 0.90 0.90 0.90 0.90 0.90 1.35
Rússia Refi Rate 3.2 4.25 4.25 4.25 5.50 6.00 7.25 7.25 - -
Turquia Interbank Rate 11.5 8.25 8.25 8.25 8.25 10.75 19.75 17.75 8.00 7.50
Brasil O/N Rate 3.0 2.00 2.00 2.25 3.00 4.25 6.00 6.50 9.25 14.25
México O/N Rate 3.1 4.50 4.50 5.00 5.50 7.00 8.00 7.75 7.00 3.00
Argentina Repo Rate 45.4 43.00 43.00 43.00 43.00 43.00 43.00 27.00 24.00
Venezuela Borrow Rate 3231.3 36.85 36.85 35.45 37.51 36.11 32.09 21.71 20.02 20.05
China Lending Rate 3.7 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.60
Índia Repo Rate 6.7 4.00 4.00 4.00 4.00 5.15 5.40 6.50 6.00 7.25
Hong Kong Base Rate 1.9 0.50 0.50 0.50 0.56 2.00 2.50 2.25 1.50 0.50
Singapura Interbank Rate 0.1 0.10 0.06 0.27 0.09 1.26 1.64 1.39 1.14 0.20
Coreia S. Target Rate 0.3 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00
Taiwan Discount Rate 0.1 1.13 1.13 1.13 1.13 1.38 1.38 1.38 1.38 1.88
Austrália O/N Rate 1.5 0.13 0.13 0.13 0.14 0.75 1.00 1.50 1.50 2.00
N. Zelând O/N Rate 2.0 0.25 0.25 0.25 0.25 1.00 1.00 1.75 1.75 3.00
A. Sul Repo Rate 3.6 3.50 3.50 3.50 3.75 6.25 6.50 6.50 6.75 6.00
Inflação
Média
Taxas de Juro
-3.3-3.3
-2.9-2.8-2.7-2.5-2.4
-1.7-1.7
-0.4-0.4-0.2-0.1
0.00.7
1.01.0
1.4
-0.8-1.3
-6 -4 -2 0 2 4 6 8 10 12
VenezuelaTurquiaPolónia
R. ChecaHungria
ÍndiaEslováquiaArgentinaN. Zelând
LituâniaEstónia
DinamarcaJapãoA. Sul
SingapuraChina
TaiwanRússia
México
EuroEUA
Taxas de Juro Reais
0.0
0.4
0.8
1.2
1.6
2.0
2.4
2.8
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Euro EUA Japão Canadá
Un: %
-.8
-.6
-.4
-.2
.0
.2
.4
.6
.8
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Euro Reino Unido Suécia Dinamarca Suiça
Un: %
0
2
4
6
8
10
12
14
16
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Euro China Índia Brasil Rússia
Un: %
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
59
Spreads de Crédito
Nota: Os spreads de crédito correspondem à diferença entre as yields de obrigações privadas e as yields de obrigações de dívida pública.
Mercado Cambial
Nota: Variação positiva significa apreciação da moeda base.
Fonte: Thomson Reuters.
28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.
2 Anos 42 0 73 2 24 0 55 0 26 0 34 0
5 Anos 56 -1 151 -1 31 -1 70 0 55 1 50 0
10 Anos 80 -1 257 -10 35 -1 87 -1 96 1 53 0
15 Anos 86 -2 290 -15 19 -1 95 -2 142 1 - -
28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.
2 Anos 79 0 58 1 51 0 25 -1 43 0 55 -1
5 Anos 109 0 95 4 96 -1 33 -1 58 0 75 0
10 Anos 126 -2 146 3 - . 11 0 23 0 31 -1
15 Anos 128 -3 194 2 - - 11 0 23 0 31 -1
Japão Banca AAA Banca AA
Rating ARating AA
Banca A+
Japão Zona Euro EUA
Spreads
Crédito
p.b.
Spreads
Crédito
p.b.
Zona Euro EUA
Japão
Rating BBB Zona Euro
Zona Euro EUA
20
40
60
80
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Prazo (em anos)
Zona Euro AA
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
20
40
60
80
100
120
0 2 4 6 8 10 12 14
Prazo (em anos)
Zona Euro A
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
40
60
80
100
120
140
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Prazo (em anos)
Zona Euro BBB
28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019
28-08-20 Δ 1 sem. início ano 28-08-20 Δ 1 sem. início ano
EUR/USD 1.1889 0.99 5.88 EUR/BRL 6.4623 -2.12 43.19
EUR/JPY 125.31 0.54 2.75 EUR/INR 87.0227 -1.40 8.81
EUR/GBP 0.89205 -0.91 5.36 EUR/RUB 88.0774 -0.05 26.39
EUR/DKK 7.4422 -0.05 -0.41 EUR/CNY 8.1624 0.20 4.39
EUR/CHF 1.0758 0.03 -0.86 EUR/MPS 293.5318 -0.92 -22.82
EUR/CZK 26.1260 0.09 2.74 USD/JPY 105.4000 -0.45 -2.93
EUR/PLN 4.3854 -0.58 3.03 USD/GBP 0.7503 -1.88 -0.46
EUR/HUF 353.8300 0.82 6.82 USD/AOA 596.4700 1.23 24.50Hungria Angola
EUA
Japão Índia
RussiaReino Unido
Polónia
Dinamarca
Mercado Cambial - Spot
Suíça
República Checa
México
Japão
Δ %
Brasil
Δ %
Reino Unido
China
1.10
1.11
1.12
1.13
1.14
1.15
1.16
1.17
1.18
1.19
1.20
.884
.888
.892
.896
.900
.904
.908
.912
.916
.920
.924
29-M
ay
05-Jun
12-Jun
19-Jun
26-Jun
03-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
07-A
ug
14-A
ug
21-A
ug
28-A
ug
EUR/USD EUR/GBP
EUR vs USD e GBP
EUR/USD EUR/GBPEUR/USD EUR/GBP
1.060
1.064
1.068
1.072
1.076
1.080
1.084
1.088
1.092
119
120
121
122
123
124
125
126
127
29-M
ay
05-Jun
12-Jun
19-Jun
26-Jun
03-Jul
10-Jul
17-Jul
24-Jul
31-Jul
07-A
ug
14-A
ug
21-A
ug
28-A
ug
EUR/CHF EUR/JPY
EUR vs CHF e JPY
EUR/CHF EUR/JPY
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
60
Índices Acionistas Gerais
Índices Acionistas Setoriais – Europa
Fonte: Thomson Reuters.
Δ 1 sem. Mês ant. Início ano Anual PBV PER Vol.10d. Vol.30d.
EUA Dow Jones 28 653.87 2.59 8.62 0.40 10.05 4.27 24.31 8.68 11.05
S&P 500 3 508.01 3.26 9.00 8.58 21.47 3.94 27.29 7.24 10.03
Nasdaq 11 695.63 3.39 12.44 30.35 48.86 5.91 59.29 11.08 17.38
Europa Eurostoxx 50 3 315.54 1.71 0.36 -11.47 -1.48 1.63 37.94 17.23 18.43
FTSE 100 (R. Unido) 5 963.57 -0.64 -2.70 -20.93 -16.18 1.49 90.72 16.12 19.13
PSI-20 (Portugal) 4 342.98 -0.03 -1.46 -16.71 -9.48 1.08 18.47 14.85 13.88
CAC40 (França) 5 002.94 2.18 1.50 -16.31 -6.81 1.53 44.58 17.22 18.18
DAX (Alemanha) 13 033.20 2.10 1.54 -1.63 11.39 1.66 40.84 17.37 19.56
IBEX (Espanha) 7 133.00 2.16 -1.56 -25.30 -18.45 1.13 28.03 14.91 20.09
FTSE MIB (Itália) 19 841.01 0.74 -0.31 -15.59 -5.48 1.07 79.20 18.52 20.33
WSE WIG20 (Polónia) 1 829.79 0.50 0.34 -14.90 -10.80 0.95 17.93 15.93 17.06
Prague PX (R. Checa) 908.09 1.27 -0.15 -18.60 -11.33 1.08 12.10 11.93 15.73
BUX (Hungria) 34 842.51 -3.33 0.25 -24.39 -9.98 0.94 15.10 15.07 14.94
SKSM (Eslováquia) 330.62 -1.11 -0.23 -5.84 -3.80 0.74 283.95 8.12 14.88
IMKB Nat 100 (Turquia) 1 100.55 -0.84 -4.52 -3.82 14.75 0.95 9.73 22.01 29.55
RTSI (Rússia) 1 265.62 0.29 0.63 -18.29 -0.09 0.97 8.61 22.26 21.79
Ásia Nikkei 225 (Japão) 22 882.65 -0.16 0.99 -3.27 11.73 1.76 37.10 12.82 17.71
Hang Seng (Hong-Kong) 25 422.06 1.23 2.62 -9.82 -0.76 1.05 12.63 16.79 19.53
Shangai Comp. (China) 3 403.81 0.68 5.45 11.60 17.63 1.64 17.40 16.42 19.82
Sensex 30 (Índia) 39 467.31 2.69 2.53 -4.33 5.38 2.87 29.05 10.76 14.00
A. Latina Ibovespa (Brasil) 102 142.90 0.61 -1.89 -11.68 4.02 2.11 66.91 19.84 20.17
Mexbol (México) 37 794.25 -0.79 0.06 -13.20 -7.69 1.75 22.19 11.56 13.69
Merval (Argentina) 46 396.58 -2.14 -5.19 11.34 82.25 0.89 161.40 40.66 38.78
IGPA Gen (Chile) 3 873.78 -3.03 -4.48 -17.05 -15.96 1.11 24.86 11.19 15.18
28-08-2020Índices Gerais - SpotΔ % Indicadores
96
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S&P500 Nasdaq Dow Jones
EUA
Un: 29-May=100
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ug
CAC (França) FTSE (R. Unido) DAX (Alem.)
Un: 29-May=100
União Europeia
Δ 1 sem. Mês ant. Início ano Anual PBV PER Vol.10d. Vol.30d.
Tecnologia 589.05 2.97 2.54 11.12 27.88 4.17 41.34 18.50 22.68
Telecomunicações 204.19 -0.09 -1.89 -16.67 -14.63 1.35 27.84 17.70 19.31
Utilities 348.53 -0.62 -3.30 -2.12 6.56 1.93 33.07 14.87 15.18
Automóvel 421.98 3.01 2.72 -17.00 -4.87 0.84 10.66 21.24 29.11
Banca 94.53 3.96 -0.47 -34.02 -20.66 0.48 30.51 24.64 27.18
Química 1052.37 1.68 0.46 2.20 16.98 2.53 34.91 18.54 16.67
Construção 467.95 0.66 3.01 -8.72 5.83 2.15 31.24 17.88 20.81
Energia 208.61 1.15 -0.76 -34.53 -29.79 1.08 66.68 24.23 28.01
Seguros 255.79 2.01 1.34 -20.75 -7.46 0.98 13.65 14.15 20.81
Media 244.90 1.14 5.44 -20.11 -15.86 2.82 44.76 13.90 20.15
Saúde 883.24 -1.28 -3.59 -2.88 6.23 3.80 29.37 11.42 15.93
Retalho 350.83 0.68 4.85 -3.09 14.58 2.80 33.08 12.75 15.35
Serviços Financeiros 555.57 1.24 1.23 -4.77 11.25 1.28 14.60 17.71 17.81
Recursos Básicos 409.71 1.37 0.19 -11.25 6.56 1.38 26.57 24.46 26.41
Alimentação e Bebidas 679.07 0.22 -2.22 -12.23 -15.22 3.70 30.39 13.73 15.12
Bens Industriais 556.18 1.82 4.13 -7.54 7.52 3.60 59.51 16.38 18.36
Bens Pessoais 842.30 1.11 -0.67 -6.52 0.03 3.17 29.48 13.64 15.56
Viagens e Lazer 184.67 4.97 13.59 -30.40 -20.12 2.68 1.45 21.43 28.48
Índices Sectoriais - Spot 28-08-2020Δ% Indicadores
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS
Semanal de Economia e de Mercados
61
Commodities
Fonte: Thomson Reuters.
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Banca Serv Financeiros Seguros
Setoriais Europa
Un: 29-May=100
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07-A
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ug
Media Tecnologia Telecomunic
Setoriais Europa
Un: 29-May=100
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Banca Serv Financeiros Seguros
Setoriais Europa
Un: 24-Jan=100
50
60
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03-A
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pr
Banca Serv Financeiros Seguros
Setoriais Europa
Un: 24-Jan=100
Δ % Anual
-25.52
-22.97
18.04
-34.29
-35.82
-21.81
50.73
27.90
11.43
17.17
-4.53
-4.46
10.32
-4.62
14.19
8.69
10.82
22.47
34.93
-10.38
27-11-2020
27-11-2020
1.66
121.62 0.68
1966.80
Zinco
42.97 1.49 -29.63
USD/MT
USD/MT
USD/t oz. 31-10-2020
1.53
2.66
54.07
WTI Crude
7.99
29.13
Moeda/Unid
30-10-2020Ouro
Gasóleo
Gasolina
Gás Natural 31-10-2020USD/MMBtu
30-09-2020Prata
Comb. aquecimento 29-09-2020
-22.52131.5529-09-2020
Cobre
USd/gal.
USD/MT
USd/gal.
USD/t oz.
USD/t oz.
27.61 3.28
365.50
2.32 -17.41
5.83 -2.00USd/lb.
USD
-3.49
-10.77
16-09-2020
346.00
12.32 0.16 -6.20
2692.00 9.48 5.98
15-12-2020 12.60 -1.79
5.81
Compósito
30-09-2020 127.10
- 153.44
Arroz 16-09-2020
22-10-2020
Cacau
Algodão
Açúcar
Milho
Trigo
USd/lb.
USD/MT 30-09-2020
16-09-2020
2515.00 2.40
2.736667.00
-31.74Brent Crude
USD/MT
1.00
Café
-6.11
USd/bu.
USd/bu.
USD/cwt
27-11-2020 0.00
4.6015367.00
1972.50
64.37
2.28539.25
Mercadoria Δ % início anoΔ% 1 sem.28-08-2020
30-09-2020
Data de entrega
USD/bbl.
9.57
-6.78
2.36
45.05 1.58
Niquel
21.38
-40.4730-09-2020
-40.04
8.54
2.45
27-11-2020USD/MT
USd/lb.
Chumbo
10.70
32
34
36
38
40
42
44
46
48
31
32
33
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Brent - USD (esc. esq.) Brent - EUR (esc. dir.)
Brent em USD e EUR
1,650
1,700
1,750
1,800
1,850
1,900
1,950
2,000
2,050
2,100
1,440
1,480
1,520
1,560
1,600
1,640
1,680
1,720
1,760
1,800
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Ouro - USD (esc. esq.) Ouro - EUR (esc. dir.)
Ouro em USD e EUR
5,000
5,200
5,400
5,600
5,800
6,000
6,200
6,400
6,600
6,800
7,000
4,800
4,900
5,000
5,100
5,200
5,300
5,400
5,500
5,600
5,700
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Cobre USD (esc. esq) Cobre EUR (esc. esq)
Cobre em USD e EUR
USD EUR
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Compósito - USD (esc. esq.) Compósito - EUR (esc. dir.)
Un: Indice
Índice Compósito de Mercadorias
Un: índice
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PREVISÕES
Semanal de Economia e de Mercados
62
Previsões de Consenso
Q219 Q319 Q419 Q120 Q220 Q320 Q420 Q121 Q221 Q321
Zona Euro PIB (QoQ) 0.2 0.3 0.0 -3.6 -12.1 8.1 2.6 1.3 1.1 0.8
PIB (YoY) 1.3 1.4 1.0 -3.1 -15.0 -7.9 -5.4 -0.5 14.0 6.3
Inflação (YoY) 1.3 0.8 1.3 0.7 0.3 0.2 0.1 0.6 1.0 1.3
Taxa Desemprego 7.5 7.5 7.4 7.2 7.8 9.3 9.6 9.4 9.2 9.0
Balança Corrente (% do PIB) 2.2 2.6 2.0 2.8 2.3 2.4 2.0 2.0 2.7 2.5
Refi Rate 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
Taxa de Juro a 3 Meses -0.35 -0.42 -0.38 -0.36 -0.42 -0.44 -0.43 -0.42 -0.42 -0.42
Dívida Pública 2 Anos (Alemanha) -0.75 -0.77 -0.60 -0.69 -0.69 -0.67 -0.62 -0.59 -0.55 -0.51
Dívida Pública 10 Anos (Alemanha) -0.33 -0.57 -0.19 -0.47 -0.45 -0.45 -0.38 -0.32 -0.27 -0.20
EUA PIB (QoQ Anualizado) 1.5 2.6 2.4 -5.0 -31.7 20.0 6.1 5.0 4.1 3.8
PIB (YoY)* 2.0 2.1 2.3 0.3 -9.1 -4.0 -3.1 -0.6 9.0 4.8
Inflação (YoY) 1.6 1.7 2.3 1.5 0.6 0.8 0.7 1.2 2.1 1.9
Taxa Desemprego 3.7 3.5 3.5 4.4 11.1 10.0 9.0 8.4 7.6 7.0
Balança Corrente (% do PIB) -2.4 -2.4 -2.2 -2.1 -2.2 -2.3 -2.3 -2.3 -2.2 -2.3
Saldo Orçamental (% do PIB) -4.4 -4.5 -4.7 -4.9 -13.8 -15.2 -17.8 -14.6 -11.9 -9.8
Fed Funds 2.50 2.00 1.75 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.30 0.30
Taxa de Juro a 3 Meses 2.32 2.09 1.91 1.45 0.30 0.29 0.31 0.35 0.37 0.42
Dívida Pública EUA 2 Anos 1.75 1.62 1.57 0.25 0.15 0.18 0.22 0.30 0.36 0.43
Dívida Pública EUA 10 Anos 2.01 1.66 1.92 0.67 0.66 0.66 0.76 0.89 0.99 1.08
Taxa de Câmbio EUR/USD 1.14 1.09 1.12 1.10 1.12 1.18 1.18 1.19 1.20 -
Reino UnidoPIB (QoQ) -0.1 0.5 0.0 -2.2 -20.4 13.1 4.0 1.4 1.0 0.7
PIB (YoY) 1.4 1.3 1.1 -1.7 -21.7 -10.2 -6.6 -3.4 22.0 7.8
Inflação (YoY) 2.0 1.8 1.4 1.7 0.6 0.1 0.4 0.6 1.3 1.8
Taxa Desemprego 3.8 3.8 3.8 3.9 3.9 5.9 8.1 7.0 7.0 6.9
Balança Corrente (% do PIB) -4.7 -4.8 -4.0 -3.3 -2.5 -2.8 -3.0 -3.6 -3.3 -3.7
Repo Rate 0.75 0.75 0.75 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10
Taxa de Juro a 3 Meses 0.77 0.76 0.79 0.60 0.14 0.14 0.11 0.13 0.16 0.17
Dívida Pública 2 Anos 0.62 0.37 0.55 0.14 -0.08 -0.02 0.00 0.04 0.10 0.16
Dívida Pública 10 Anos 0.83 0.49 0.82 0.36 0.17 0.18 0.24 0.29 0.35 0.44
Taxa de Câmbio EUR/GBP 0.89 0.89 0.85 0.88 0.91 0.91 0.92 0.91 0.91 -
Japão PIB (QoQ Anualizado) 1.7 0.2 -7.0 -2.5 -27.8 12.2 5.1 3.6 2.9 2.8
PIB (YoY)* 0.9 1.7 -0.7 -1.8 -9.9 -7.3 -4.4 -2.9 6.1 3.6
Inflação (YoY) 0.8 0.3 0.5 0.5 0.1 -0.1 -0.5 -0.4 0.1 0.2
Taxa Desemprego 2.4 2.3 2.3 2.4 2.8 3.2 3.5 3.3 3.2 3.1
Balança Corrente (% do PIB) 3.5 3.4 3.6 3.6 3.1 3.0 2.8 3.0 3.0 3.3
Taxa do Banco Central 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.00 0.10 0.10 0.10 0.10
Taxa de Juro a 3 Meses -0.07 -0.10 -0.05 -0.05 -0.05 -0.08 -0.09 -0.08 -0.09 -0.07
Dívida Pública 2 Anos -0.22 -0.32 -0.13 -0.14 -0.13 -0.16 -0.13 -0.13 -0.10 -0.10
Dívida Pública 10 Anos -0.16 -0.21 -0.01 0.02 0.03 -0.03 -0.01 0.00 0.01 0.02
Taxa de Câmbio EUR/JPY 122.54 117.91 121.96 118.25 121.23 124.00 124.00 125.00 125.00 -
Canadá PIB (QoQ Anualizado) 3.2 1.1 0.6 -8.2 -38.7 35.0 7.5 5.8 4.1 3.9
Inflação (YoY) 2.1 1.9 2.1 1.8 0.0 0.6 0.7 1.0 2.4 1.8
Taxa Desemprego 5.6 5.6 5.7 6.3 13.0 10.5 9.5 8.9 8.6 7.9
Balança Corrente (% do PIB) -2.3 -2.4 -2.0 -1.9 -1.9 -2.7 -2.8 -3.0 -2.9 -2.6
Taxa do Banco Central 1.75 1.75 1.75 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25
Taxa de Juro a 3 Meses 1.97 1.97 2.08 1.24 0.56 0.20 0.21 0.21 0.24 0.24
Dívida Pública 2 Anos 1.47 1.58 1.70 0.43 0.29 0.29 0.31 0.34 0.38 0.43
Dívida Pública 10 Anos 1.47 1.36 1.70 0.70 0.53 0.58 0.68 0.77 0.86 0.95
Taxa de Câmbio EUR/CAD 1.49 1.44 1.46 1.56 1.53 1.58 1.57 1.58 1.60 -
Brasil PIB (QoQ) 0.5 0.5 0.4 -1.5 -9.5 5.3 2.1 0.9 0.5 0.5
PIB (YoY) 1.1 1.2 1.7 -0.3 -10.5 -6.3 -3.5 -0.9 7.7 3.7
Inflação (YoY) 4.3 3.2 3.4 3.8 2.1 2.6 1.7 2.2 3.3 3.1
Taxa Desemprego 12.3 11.8 11.3 11.7 12.9 14.0 15.0 14.3 14.9 13.3
Taxa do Banco Central 6.50 5.50 4.50 3.75 2.25 2.00 1.95 1.95 2.15 2.45
Dívida Pública 2 Anos 6.07 5.42 5.29 4.48 3.57 - - - - -
Taxa de Câmbio EUR/BRL 4.35 4.54 4.51 5.71 6.14 6.25 6.25 6.19 6.24 -
China PIB (YoY) 6.2 6.0 6.0 -6.8 3.2 5.2 6.1 17.1 7.2 5.9
Inflação (YoY) 2.6 2.9 4.3 5.0 2.7 2.4 1.3 1.6 2.3 2.4
Taxa de Juro a 12 Meses 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.30 4.30 4.30 4.30
Dívida Pública 2 Anos 2.81 2.68 2.63 1.91 2.24 2.20 2.14 2.18 2.19 2.33
Dívida Pública 10 Anos 3.24 3.14 3.14 2.59 2.85 2.88 2.83 2.86 2.89 3.05
Taxa de Câmbio EUR/CNY 7.80 7.79 7.82 7.77 7.94 8.26 8.26 8.27 8.28 -
Índia PIB (YoY) 5.2 4.4 4.1 3.1 -18.1 -6.6 -1.0 1.5 13.7 7.1
Inflação (YoY) 3.1 3.5 5.8 6.7 6.6 5.7 3.7 3.7 3.6 3.9
Dívida Pública 2 Anos 6.30 5.78 5.77 5.27 4.21 - - - - -
Dívida Pública 10 Anos 6.88 6.70 6.56 6.14 5.89 5.89 5.87 6.03 6.00 5.80Taxa de Câmbio EUR/INR 78.30 77.27 80.15 82.71 84.95 88.50 88.50 88.66 88.80 -
Rússia PIB (YoY) 1.1 1.5 2.1 1.6 -8.5 -4.7 -3.1 -2.1 8.4 4.2
Inflação (YoY) 5.0 4.3 3.4 2.4 3.1 3.6 3.7 3.6 3.3 3.3
Taxa Desemprego 4.5 4.4 4.6 4.7 6.0 6.2 6.1 5.9 5.5 5.6
Taxa de Câmbio EUR/RUB 71.71 70.73 69.69 85.68 80.02 86.14 84.96 85.09 84.60 -
* Previsões estimadas com base na variação (QoQ).
Fim de PeríodoPaís Variável
Nota: Os dados a sombreado referem-se a dados efetivamente registados, sendo que os restantes referem-se a
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Semanal de Economia e de Mercados
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Previsões de Indicadores Económicos
Fonte: FMI, CE, OCDE e Thomson Reuters. Legenda:
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2017 2018 2019 2020 2021 2020 2021 2020 2021
ZONA EURO 2.5 1.9 1.2 -8.7* 6.1* -10.2* 6.0* -9.1 6.5
PORTUGAL 3.5 2.6 2.2 -9.8* 6.0* -8.0 5.0 -9.4 6.3
ALEMANHA 2.5 1.5 0.6 -6.3* 5.3* -7.8* 5.4* -6.6 5.8
FRANÇA 2.3 1.7 1.3 -10.6* 7.6* -12.5* 7.3* -11.4 7.7
ITÁLIA 1.7 0.8 0.3 -11.2* 6.1* -12.8* 6.3* -11.3 7.7
ESPANHA 2.9 2.4 2.0 -10.9* 7.1* -12.8* 6.3* -11.1 7.5
IRLANDA 8.1 8.2 5.5 -8.5* 6.3* -6.8 6.3 -6.8 4.8
PAÍSES BAIXOS 2.9 2.6 1.8 -6.8* 4.6* -7.7* 5.0* -8.0 6.6
BÉLGICA 2.0 1.5 1.4 -8.8* 6.5* -6.9 4.6 -8.9 6.4
ÁUSTRIA 2.5 2.4 1.6 -7.1* 5.6* -7.0 4.5 -6.2 4.0
FINLÂNDIA 3.1 1.6 1.0 -6.3* 2.8* -6.0 3.1 -7.9 3.7
GRÉCIA 1.5 1.9 1.9 -9.0* 6.0* -10.0 5.1 -8.0 4.5
LUXEMBURGO 1.8 3.1 2.3 -6.2* 5.4* -4.9 4.8 -6.5 3.9
ESLOVÉNIA 4.8 4.1 2.4 -7.0* 6.1* -8.0 5.4 -7.8 4.5
CHIPRE 4.4 4.1 3.2 -7.7* 5.3* -6.5 5.6
MALTA 6.5 7.3 4.4 -6.0* 6.3* -2.8 7.0
ESLOVÁQUIA 3.0 4.0 2.3 -9.0* 7.4* -6.2 5.0 -9.3 6.4
ESTÓNIA 5.7 4.8 4.3 -7.7* 6.2* -7.5 7.9 -8.4 4.3
LETÓNIA 3.8 4.3 2.2 -7.0* 6.4* -8.6 8.3 -8.1 6.3
LITUÂNIA 4.2 3.6 3.9 -7.1* 6.7* -8.1 8.2 -8.1 6.4
REINO UNIDO 1.9 1.3 1.4 -9.7* 6.0* -10.2* 6.3* -11.5 9.0
SUÉCIA 2.4 2.2 1.2 -5.3* 3.1* -6.8 5.2 -6.7 1.7
DINAMARCA 2.0 2.4 2.4 -5.2* 4.3* -6.5 6.0 -5.8 3.7
POLÓNIA 4.9 5.3 4.1 -4.6* 4.3* -4.6* 4.2* -7.4 4.8
REPÚBLICA CHECA 4.4 2.8 2.6 -7.8* 4.5* -6.5 7.5 -9.6 7.1
HUNGRIA 4.3 5.1 4.9 -7.0* 6.0* -3.1 4.2 -8.0 4.6
BULGÁRIA 3.5 3.1 3.4 -7.1* 5.3* -4.0 6.0 -7.1 2.4
ROMÉNIA 7.1 4.4 4.1 -6.0* 4.0* -5.0 3.9 -6.5 4.7
CROÁCIA 3.1 2.7 2.9 -10.8* 7.5* -9.0 4.9
SUÍÇA 1.8 2.8 0.9 -5.0 4.5 -6.0 3.8 -7.7 5.7
NORUEGA 2.3 1.3 1.2 -5.5 3.0 -6.3 2.9 -6.0 4.7
ISLÂNDIA 4.5 3.8 1.9 -5.0 2.4 -7.2 6.0 -9.9 4.6
TURQUIA 7.5 2.8 0.9 -5.4 4.4 -5.0* 5.0* -4.8 4.3
EUA 2.4 2.9 2.3 -6.5 4.9 -8.0* 4.5* -7.3 4.1
CANADÁ 3.2 2.0 1.7 -7.4 5.2 -8.4* 4.9* -8.0 3.9
JAPÃO 2.2 0.3 0.7 -5.0 2.7 -5.8* 2.4* -6.0 2.1
COREIA DO SUL 3.2 2.9 2.0 -1.0 2.5 -2.1* 3.0* -1.2 3.1
MÉXICO 2.1 2.2 -0.3 -6.4 2.8 -10.5* 3.3* -7.5 3.0
AUSTRÁLIA 2.5 2.8 1.8 -6.7 5.7 -4.5* 4.0* -5.0 4.1
NOVA ZELÂNDIA 3.8 3.1 2.3 -7.3 5.5 -7.2 5.9 -8.9 6.6
ISRAEL 3.6 3.7 3.3 -6.3 5.0 -6.2 5.7
CHILE 1.2 4.0 1.1 -4.5 5.3 -5.6 3.4
BRASIL 1.3 1.3 1.1 -5.2 1.9 -9.1* 3.6* -7.4 4.2
CHINA 6.9 6.7 6.1 1.0 7.8 1.0* 8.2* -2.6 6.8
ÍNDIA 8.3 7.0 6.1 1.1 6.7 -4.5* 6.0* -3.7 7.9
RÚSSIA 1.8 2.5 1.3 -5.0 1.6 -6.6* 4.1* -8.0 6.0
ÁFRICA DO SUL 1.4 0.8 0.1 -8.0* 3.5* -7.5 2.5
INDONÉSIA 5.1 5.2 5.0 -0.3* 6.1* -2.8 5.2
ARGENTINA 2.8 -2.6 -2.1 -9.9* 3.9* -8.3 4.1
ARÁBIA SAUDITA -0.7 2.4 0.3 -6.8* 3.1*
Crescimento do PIB
(% média anual)
Notas : i ) Os dados de 2017/2019 são do Eurostat/CE para os países europeus e do FMI para os restantes; ii ) As previsões da OCDE e do FMI para a Índia
respeitam ao ano f iscal iniciado em abril (PIB calculado a preços de mercado); iii ) As previsões da OCDE referem-se ao cenário de uma vaga da pandemia; iv ) As
previsões do FMI com asterisco referem-se às previsões intermédias de 24/06/2020; v ) As previsões da CE com asterisco referem-se às previsões intermédias de
07/07/2020.
10-06-20
OCDE
06-05-20
CE FMI
14-04-20País
6.1 6.1 5.5 5.0 4.9 4.4 4.3 4.1 4.1 3.91.1 1.0 1.0 0.9 0.6 0.3 0.3 0.1 -0.3 -2.2
-2.5-2.0-1.5-1.0-0.50.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.5
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ENTI
NA
Crescimento do PIB - 2019
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Semanal de Economia e de Mercados
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Previsões de Indicadores Económicos
Fonte: FMI, CE, OCDE e Thomson Reuters. Legenda:
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2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021
ZONA EURO 0.3* 1.1* 0.2 1.0 0.4 0.5 9.6 8.6 10.4 8.9 9.8 9.5
PORTUGAL 0.0* 1.2* -0.2 1.4 0.2 0.2 9.7 7.4 13.9 8.7 11.6 9.6
ALEMANHA 0.4* 1.5* 0.3 1.2 0.8 0.7 4.0 3.5 3.9 3.5 4.5 4.3
FRANÇA 0.3* 0.7* 0.3 0.7 0.4 0.5 10.1 9.7 10.4 10.4 11.0 9.8
ITÁLIA 0.0* 0.8* 0.2 0.7 -0.1 0.1 11.8 10.7 12.7 10.5 10.1 11.7
ESPANHA -0.1* 0.9* -0.3 0.7 0.0 0.3 18.9 17.0 20.8 17.5 19.2 18.7
IRLANDA -0.2* 0.8* 0.4 1.7 0.2 0.6 7.4 7.0 12.1 7.9 10.8 8.5
PAÍSES BAIXOS 0.8* 1.2* 0.5 1.2 0.3 0.6 5.9 5.3 6.5 5.0 5.9 4.9
BÉLGICA 0.3* 1.4* 0.3 1.1 0.4 0.7 7.0 6.6 7.3 6.8 7.4 6.5
ÁUSTRIA 0.8* 1.2* 0.4 1.7 0.8 1.3 5.8 4.9 5.5 5.0 5.8 5.2
FINLÂNDIA 0.3* 1.1* 0.9 1.7 0.8 0.8 8.3 7.7 8.3 8.4 8.7 8.5
GRÉCIA -0.5* 0.5* -0.5 1.0 0.2 0.4 19.9 16.8 22.3 19.0 19.4 19.8
LUXEMBURGO 0.1* 1.5* 0.7 1.5 0.7 1.0 6.4 6.1 7.7 6.8 7.1 7.5
ESLOVÉNIA 0.2* 1.1* 0.4 1.4 1.0 2.0 7.0 5.1 9.0 6.0 6.4 5.4
CHIPRE -0.5* 0.8* 0.7 1.0 8.6 7.5 8.8 7.4
MALTA 0.8* 1.2* 0.6 1.9 5.9 4.4 5.0 4.4
ESLOVÁQUIA 1.9* 0.8* 1.1 1.4 1.3 1.2 8.8 7.1 8.0 7.4 8.9 7.0
ESTÓNIA 0.3* 1.9* 1.5 2.0 0.1 1.3 9.2 6.5 6.0 4.7 9.2 8.1
LETÓNIA 0.4* 2.0* -0.3 3.0 1.0 1.3 8.6 8.3 8.0 6.3 9.2 9.3
LITUÂNIA 0.8* 1.5* -0.3 1.7 0.9 1.5 9.7 7.9 8.9 8.1 9.1 8.2
REINO UNIDO 0.9* 1.3* 1.2 1.5 0.7 0.6 6.8 6.0 4.8 4.4 9.1 7.8
SUÉCIA 0.6* 1.1* 0.5 1.5 0.3 1.1 9.7 9.3 10.1 8.9 10.0 10.0
DINAMARCA 0.3* 1.2* 0.7 1.2 0.4 0.4 6.4 5.7 6.5 6.0 6.6 6.5
POLÓNIA 2.7* 2.8* 3.2 2.6 3.0 1.7 7.5 5.3 9.9 8.0 7.3 5.8
REPÚBLICA CHECA 2.8* 2.2* 2.1 2.0 3.0 1.9 5.0 4.2 7.5 6.0 3.5 3.8
HUNGRIA 3.5* 2.8* 3.3 3.2 3.5 2.1 7.0 6.1 5.4 4.0 6.3 4.9
BULGÁRIA 1.0* 1.1* 1.0 1.9 0.8 0.6 7.0 5.8 8.0 4.5
ROMÉNIA 2.5* 2.8* 2.2 1.5 1.9 1.5 6.5 5.4 10.1 6.0
CROÁCIA 0.4* 1.4* 1.3 1.2 10.2 7.4 11.5 8.0
SUÍÇA -0.5 1.0 -0.4 0.6 -0.2 0.5 5.5 5.0 2.7 2.6 5.7 6.4
NORUEGA 0.3 1.5 2.4 2.2 0.8 1.3 7.3 5.7 13.0 7.0 5.9 4.6
ISLÂNDIA 2.3 2.5 1.9 1.9 7.6 7.0 8.0 7.0 7.4 6.0
TURQUIA 11.4 11.7 12.0 12.0 10.6 9.1 17.0 17.0 17.2 15.6 15.6 14.2
EUA 0.5 1.5 0.6 2.2 1.5 1.5 9.4 7.7 10.4 9.1 11.3 8.5
CANADÁ 0.6 1.3 0.9 1.3 5.8 5.8 7.5 7.2 8.9 8.0
JAPÃO 0.0 0.2 0.2 0.4 -0.3 -0.1 4.2 4.5 3.0 2.3 3.2 3.2
COREIA DO SUL 0.3 0.4 0.5 0.3 3.5 3.5 4.5 4.5 4.5 4.4
MÉXICO 2.7 2.8 2.7 2.8 5.3 3.5 6.0 5.8
AUSTRÁLIA 1.4 1.8 0.2 1.4 5.3 5.2 7.6 8.9 7.4 7.6
NOVA ZELÂNDIA 1.2 1.4 1.5 0.8 9.2 6.8 7.9 7.2
ISRAEL -1.9 0.5 -0.5 0.4 12.0 7.6 7.5 6.6
CHILE 3.4 2.9 3.6 3.1 9.7 8.9 9.5 8.7
BRASIL 3.6 3.3 3.1 3.3 14.7 13.5
CHINA 3.0 2.6 3.8 1.9 4.3 3.8
ÍNDIA 3.3 3.6 4.9 4.3
RÚSSIA 4.0 4.0 3.1 3.0 2.9 4.0 6.2 6.0 4.9 4.8
ÁFRICA DO SUL 2.4 3.2 3.5 3.7 35.3 34.1
INDONÉSIA 2.9 2.9 2.5 2.8 7.5 6.0
ARGENTINA 48.5 46.7 10.9 10.1
ARÁBIA SAUDITA 0.9 2.0
06-05-20
CE FMI
14-04-20 30-05-18 06-05-20 14-04-20
OCDE
Inflação Taxa de Desemprego
(% da população activa)(% média anual)País
FMI OCDE
10-06-20
CE
Notas: i ) Cálculo da Inflação - CE: IPCH quando disponível, IPC para os restantes países, com exceção de CA, KR, MX, AU, NZ, em que é utilizado o deflator do consumo
privado. OCDE: IPCH ou IPC caso contrário; FMI: IPC; ii ) As previsões da CE com asterisco referem- se as previsões intermédias de 2020/07/07; iii ) As previsões da OCDE referem-
se ao cenário de uma vaga da pandemia.
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Taxa de Desemprego (média) - 2020
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Previsões de Indicadores Económicos
Fonte: FMI, CE, OCDE e Thomson Reuters. Legenda:
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2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021
ZONA EURO -8.5 -3.5 -11.7* -5.3* -9.2 -5.1 3.4 3.6 2.6 2.7 2.7 2.6
PORTUGAL -6.5 -1.8 -7.1 -1.9 -7.9 -4.7 -0.6 -0.2 0.3 -0.4 -0.2 -0.1
ALEMANHA -7.0 -1.5 -10.7* -3.1* -7.1 -3.8 6.1 7.4 6.6 6.7 6.1 6.1
FRANÇA -9.9 -4.0 -13.6* -7.1* -10.4 -5.5 -0.1 -0.4 -0.7 -0.6 0.5 0.1
ITÁLIA -11.1 -5.6 -12.7* -7.0* -11.2 -6.8 3.4 3.3 3.1 3.1 2.7 2.8
ESPANHA -10.1 -6.7 -13.9* -8.3* -10.3 -6.2 3.2 2.7 2.2 2.4 2.3 2.0
IRLANDA -5.6 -2.9 -5.2 -0.8 -8.4 -5.4 4.6 4.4 6.3 5.3 -26.8 -26.1
PAÍSES BAIXOS -6.3 -3.5 -6.2 -2.1 -11.5 -5.9 9.0 8.4 9.0 9.4 13.6 12.8
BÉLGICA -8.9 -4.2 -8.9 -6.0 -8.6 -3.8 -0.1 -0.3 -0.7 -1.1 -0.1 -1.4
ÁUSTRIA -6.1 -1.9 -7.1 -1.6 -7.3 -3.2 0.9 1.6 1.9 2.0 2.6 2.2
FINLÂNDIA -7.4 -3.4 -6.7 -3.8 -7.6 -5.4 -1.3 -1.5 -3.5 -3.0 -3.1 -2.1
GRÉCIA -6.4 -2.1 -9.0 -7.9 -7.7 -4.9 0.1 -1.2 -6.5 -3.4 -0.6 -0.6
LUXEMBURGO -4.8 0.1 -2.8 0.2 -5.8 -4.6 4.5 4.5 4.0 4.4 2.8 3.8
ESLOVÉNIA -7.2 -2.1 -6.6 -2.1 -8.0 -5.7 6.8 6.8 0.8 3.2 6.3 6.7
CHIPRE -7.0 -1.8 -1.8 1.9 -10.9 -10.1 -8.3 -5.6
MALTA -6.7 -2.5 -7.2 -0.4 7.6 9.7 3.3 6.1
ESLOVÁQUIA -8.5 -4.2 -5.9 -2.8 -9.3 -6.2 -2.9 -2.4 -3.0 -2.4 -2.2 -3.0
ESTÓNIA -8.3 -3.4 -8.3 -3.0 -7.9 -4.4 1.1 2.2 -2.7 -1.9 -0.7 0.6
LETÓNIA -7.3 -4.5 -5.2 -3.7 -5.9 -3.5 1.1 1.2 -2.2 -1.5 1.9 1.3
LITUÂNIA -6.9 -2.7 -7.6 -2.5 -9.8 -3.5 2.2 2.9 6.0 4.5 3.6 3.9
REINO UNIDO -10.5 -6.6 -12.7* -6.7* -12.4 -7.8 -4.1 -4.3 -4.4 -4.5 -3.5 -3.5
SUÉCIA -5.6 -2.2 -5.3 -1.6 -8.0 -7.0 3.7 4.0 2.2 4.0 2.5 2.8
DINAMARCA -7.2 -2.3 -7.0 -0.3 -7.6 -3.8 6.2 6.7 4.8 5.3 5.8 6.3
POLÓNIA -9.5 -3.8 -6.7 -3.5 -9.4 -7.1 0.6 0.9 0.2 0.1 1.0 0.8
REPÚBLICA CHECA -6.7 -4.0 -4.7 -1.7 -6.5 -2.2 -1.5 -1.0 -2.1 -0.9 1.5 -1.3
HUNGRIA -5.2 -4.0 -3.0 -1.6 -8.8 -7.3 1.3 1.5 -0.1 -0.6 -1.2 -0.4
BULGÁRIA -2.8 -1.8 -2.9 -1.4 -3.3 -2.9 3.3 5.4 1.7 0.6 3.0 2.7
ROMÉNIA -9.2 -11.4 -8.9 -7.0 -8.0 -6.6 -3.3 -3.4 -5.5 -4.7 -3.7 -3.9
CROÁCIA -7.1 -2.2 -6.5 -2.6 1.9 -4.0 -1.5
SUÍÇA -4.0 -1.5 -5.1 -1.9 -6.1 -1.1 6.4 6.5 7.2 8.8 6.5 6.1
NORUEGA 4.7 9.2 0.8 3.7 -1.4 1.4 1.9 1.7 -1.3 0.1 1.7 0.9
ISLÂNDIA -5.9 -2.9 -6.7 -4.0 -9.5 -5.8 2.4 3.9 2.1 3.4 0.9 0.5
TURQUIA -7.8 -9.0 -7.5 -6.7 -0.5 1.5 0.4 -0.2 0.9 -1.3
EUA -17.8 -8.5 -23.8* -12.4* -15.0 -10.5 -2.6 -2.8 -2.1 -2.5
CANADÁ -12.6* -5.8* -7.5 -2.6 -2.5 -2.6 -3.7 -2.3 -3.1 -4.2
JAPÃO -4.9 -5.3 -14.7* -6.1* -11.6 -5.9 3.6 3.2 1.7 1.9 3.8 3.7
COREIA DO SUL -1.8 -1.6 -2.9 -2.6 2.5 2.6 4.9 4.8 3.0 3.0
MÉXICO -6.0* -4.0* 1.1 1.1 -0.3 -0.4 -0.1 -0.2
AUSTRÁLIA -9.7 -7.3 -10.2 -3.1 -0.8 -1.5 -0.6 -1.8 1.4 1.0
NOVA ZELÂNDIA -5.2 -3.4 -10.0 -8.9 -4.4 -3.6 -4.5 -3.2 -4.8 -4.4
ISRAEL -10.2 -5.9 -11.1 -8.4 3.5 3.2 3.4 3.4
CHILE -6.3 -3.5 -0.9 -1.8 0.1 1.3
BRASIL -16.0* -5.9* -14.5 -7.2 -1.8 -2.3 -1.8 -2.0
CHINA -12.1* -10.7* -7.2 -6.2 0.6 0.8 0.5 1.0 0.6 0.9
ÍNDIA -12.1* -9.4* -8.2 -7.2 -0.6 -1.4 -0.3 -0.6
RÚSSIA -2.7 -2.7 -5.5* -3.9* -2.5 -2.1 -2.7 -2.1 0.7 0.6 -7.0 -9.8
ÁFRICA DO SUL -14.8* -11.0* -9.0 -7.6 0.2 -1.3 -3.0 -2.5
INDONÉSIA -5.0 -4.0 -6.7 -5.2 -3.2 -2.7 -2.8 -2.8
ARGENTINA 0.5 0.6
ARÁBIA SAUDITA -11.4* -5.6* -3.1 -3.4
País
Saldo Orçamental Balança Corrente
(% do PIB) (% do PIB)
06-05-20 14-04-20 10-06-20 06-05-20 14-04-20 10-06-20
CE FMI OCDE CE FMI OCDE
Nota : i ) As previsões da OCDE e do FMI para a Índia respeitam ao ano fiscal inic iado em abril; ii) As previsões da OCDE referem- se ao cenário de uma vaga da pandemia; iii ) As
previsões do FMI com asterisco referem- se às previsões intermédias de 24/06/2020.
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Balança Corrente (média) - 2020
bancomontepio.pt
GEEF – Research // 31 de agosto de 2020
Semanal de Economia e de Mercados
66
GABINETE DE ESTUDOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS (GEEF)
Unidade de RESEARCH MACROECONÓMICO, SETORIAL E DE
MERCADOS FINANCEIROS
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Este documento foi elaborado pela Unidade de Research Macroeconómico, Setorial e de Mercados Financeiros do Gabinete de Estudos
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O relatório pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte
Rui Bernardes Serra – Chief Economist [email protected]
José Miguel Moreira – Senior Economist
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