SESC BRASIL n NOVEMbrO 2008 1
sescbrAsIL
J O r N A L I N T E r N O M E N S A L D O S E r V I Ç O S O C I A L D O C O M É r C I O
N O V E M b r O 2 0 0 8 - A N O 5 - N º 6 3 - D I S T r I b U I Ç Ã O N A C I O N A L - I S S N 1 9 8 3 - 7 6 2 3
acontece PANTANAL CONCORRE ÀS SETE MARAVILHAS NATURAIS DO MUNDOentrevista WANDA ENGEL, ESPECIALISTAEM DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Amazônia das Artes promove integração cultural
SESC BRASIL n NOVEMbrO 2008 2
PONTO De VIsTA
eXPeDIeNTe
Antonio Oliveira Santos
Presidente do
Conselho Nacional
Maron Emile Abi-Abib
Diretor-Geral
Coordenação editorial
SESC-DN/Assessoria de Divulgação e Promoção
Jornal SESC Brasil é editado e produzido pela AG Rio
Fotos - Banco de Imagem SESC Nacional
Jornalista responsável - Arlete Gadelha (MTb 13.875/RJ)
Impressão: Gráfica Minister
Tiragem: 18 mil exemplares
AcONTece
n educação (ce/rN/TO)A educação foi tema de encontros realizados
em vários Departamentos Regionais. O Seminá-
rio de Educação no SESC Cariri, no Ceará, abor-
dou o tema Histórias, Memórias e Identidade,
entre 9 e 11 de outubro. Durante o evento os
professores discutiram a importância das narra-
tivas literárias, de acordo com as diretrizes que
orientam os novos rumos da educação no Brasil.
“Educação: inclusão pelo esporte, arte e cultura”
foi o foco do 1º Congresso Pensar, em Palmas/TO,
no final de outubro. O encontro é uma realização
do Jornal de Tocantins, em parceria com o SESC
e a Secretaria Estadual de Educação e Cultura.
As modificações no sistema educacional do país
foram discutidas na I Jornada SESC Educação, rea-
lizada de 30 de outubro a 1º de novembro, no DR/
RN. Durante a jornada se discutiu a mudança para
nove anos do ensino fundamental e os desafios
na construção do currículo escolar.
n cNc, sesc e senac juntos na AbAV (DN)
Representantes do Sistema CNC SESC Senac
participaram da Feira das Américas 2008, organizada
pela Associação Brasileira de Agências de Viagens,
entre os dias 22 e 24 de outubro, no Rio de Janeiro.
O estande de 221m², assinado pela cenógrafa Lídia
Kosovsky, reproduziu as linhas modernas dos anos
dourados, marcados pelas curvas e grandes murais
de azulejos do pós-guerra. O mosaico, com ícones
dos meios de transportes, simbolizava o compro-
misso do empresariado do turismo com a constru-
ção de caminhos de desenvolvimento para o país.
n bienal Arte Naïf 2008 (sP)
A mostra, que apresenta 107 obras de 70 artis-
tas selecionados da arte conhecida como espon-
tânea ou instintiva, está aberta para visitação até
14 de dezembro, no SESC Piracicaba. São pinturas,
fotografias e esculturas produzidas por artistas
plásticos autodidatas, que com suas cores vivas
e perspectiva bidimensional, traduzem a cultura
popular brasileira.
“... o campo da produção cultural é um
daqueles em que se jogam de forma
decisiva as possibilidades e as espe-
ranças de construir um país melhor
para todos”.
O papel transformador da produção
cultural, exaltado em nossas “Diretrizes
Gerais”, assume proporções inusitadas
quando aplicado a uma região que
compreende 60% do território nacional
e ultrapassa fronteiras territoriais.
A introdução da matéria de capa desta edição (páginas 4 e 5) mostra
que “a diversidade cultural e geográfica da Floresta Amazônica ainda
é território desconhecido da maioria dos brasileiros, inclusive dos seus
próprios moradores”.
O Circuito Cultural Amazônia das Artes evidencia que não somente
do Boi-Bumbá de Parintins – que todo ano atrai milhares de visitantes
para a pequena cidade do Baixo Amazonas – vive a cultura da região.
No dizer do nosso colega Thadeu Franco, gerente de cultura do DR/RR,
“o evento vai proporcionar aos amazônidas conhecer os próprios ama-
zônidas , com suas diferenças, crenças e tradições”.
A repercussão desta primeira edição do “Circuito”, coordenada pelo
DR/TO, permite antecipar o sucesso da edição 2009 que será coordena-
da pelo DR/PA que já antecipa algumas de suas atrações ( página 5).
A operação harmônica de 10 DDRR é reveladora de um perfil que
explica boa parte do nosso sucesso - nossa capacidade de buscar a uni-
dade na diversidade. Temos todos a consciência de que a produção e a
divulgação de obras e objetos de cultura são o espaço privilegiado em
que se forjam e se difundem novas visões de mundo.
O “Circuito” cumpre, rigorosamente, o estabelecido em nossas “Dire-
trizes para o Qüinqüenio 2006-2010”.
Não cabe ao SESC ser um repetidor de expressões do lazer e da cul-
tura de caráter reificador, e que têm como objetivo cativar a população
para o consumo como simbolização de status.
Maron Emile Abi-AbibDiretor Geral
Cultura Pan-amazônica
SESC BRASIL n NOVEMbrO 2008 3
cUrTAs
n Triathlon (rs) A etapa de Porto Alegre, do SESC
Triathlon Circuito Nacional, aconte-
cerá em 30 de novembro, na Praia do
Veludo, em Belém Novo. As provas de
natação, ciclismo e corrida terão per-
curso diferenciado para a categoria
faixa etária e o grupo de elite, e obe-
decerão à regra oficial da Confedera-
ção Brasileira de Triathlon (CBTri). As
inscrições podem ser feitas nas unida-
des operacionais do SESC em todo o
estado ou no site www.sesc-rs.com.br,
até 19 de novembro.
n Vote na Maravilha do
Pantanal (DN) O Pantanal concorre com mais de
300 sítios naturais ao título de uma
das sete maravilhas do mundo. A pri-
meira fase da votação, que será reali-
zada on-line, se encerra no dia 31 de
dezembro. A Estância Ecológica SESC
Pantanal e a TV Centro América inicia-
ram uma campanha de incentivo à vo-
tação popular. Para saber como votar
acesse http://rmtonline.globo.com/
noticias.asp?n=412831&p=2&Tipo=
n sesc Goiás pede paz (GO)
O show da Banda Sentido Contrário en-
cerrou, no dia 1° de novembro, a edição
2008 do projeto Soldados da Paz, com a
participação do vocalista Tico Santa Cruz,
dos Detonautas. O projeto, lançado em 18
de setembro, incluiu também gincanca
em escolas, para recolher e destruir brin-
quedos que lembrassem a violência.
n Literatura viatorpedo (sP)Um dos desafios da Mostra SESC
de Artes, em outubro, foi o convite
feito a 30 autores para escrever mi-
crocontos com 120 caracteres. O re-
sultado foi enviado, via torpedo, para
portadores de celulares pré-cadastra-
dos no Portal SESC SP.
n Viagem a lugares imaginários (sc)A riqueza da descrição literária costuma deixar na lembrança dos leitores a imagem
dos lugares onde as histórias se desenrolaram. Assim é com a ilha de Robinson Crusoé,
a Biblioteca de Ravel, Cidade de Leônia e outros cenários que habitam o imaginário cole-
tivo. A mostra Lugares Imaginários, concepção da curadora Bianca Tomaselli baseada no
Dicionário de lugares imaginários, de Alberto Manguel e Gianni Guadalupo, recria e torna
reais cenários dessas obras literárias. Desenhos e intervenções de 12 artistas fazem parte da
exposição que poderá ser vista até 5 de dezembro no SESC Estreito, em Florianópolis.
O cinema esteve em discussão do nor-
te ao sudeste do país entre outubro e no-
vembro. O Centro de Atividades Ceilândia,
no DR/DF, realizou de 7 a 9 de novembro o
Festival de Cinema e Cultura Cine Periferia
Criativa, em parceria com a Central Única
de Favelas do Distrito Federal (Cufa). Foram
apresentados curtas e longas-metragens
de filmes nacionais e estrangeiros, em es-
paços comunitários.
Na região Sudeste, o IV Festival Curta
Três Rios/RJ reuniu, entre 4 e 8 de novem-
bro, curtas em vários formatos, produzidos
por profissionais e amadores. O estado de
São Paulo, com o apoio do SESC/SP, sediou
mais uma vez a 32ª edição da Mostra In-
ternacional de Cinema, entre os dias 17 e
30 de outubro. Uma seleção de 454 filmes
n sétima Arte (DF/Pb/rJ/sP/TO)
produzidos em 75 países permitiu a amplia-
ção das perspectivas culturais e estéticas.
Em João Pessoa, o Jampa Vídeo Festival reu-
niu em outubro oficinas, seminários, mos-
tras competitivas e especiais para discutir a
produção videográfica nacional. Participa-
ram categorias como Ficção, Documentá-
rio, Experimental, Animação e Videoclipe. Já
em Tocantins, acontece o VII Chico - Festival
de Cinema e Vídeo de Palmas, entre os dias
27 e 29 de novembro, Haverá exibição de
mostras competitivas e circuito pocket mo-
vies, com exibição de filmes produzidos em
aparelhos celulares, com a duração máxima
de cinco minutos.
SESC BRASIL n NOVEMbrO 2008 4
MATÉrIA De cAPA
O SESC Amazônia das
Artes, circuito cul-
tural interestadual
lançado em abril de
2008, está descorti-
nando a diversidade cultural dos po-
vos amazônicos, ocupantes de mais
de 61% do território nacional, para
quem quiser ver. A idéia do projeto
surgiu há três anos quando Diretores
dos Departamentos da Região Norte
perceberam, durante encontros re-
gionais, que possuíam dificuldades
comuns na difusão da cultura.
A criação de um circuito cultural
itinerante foi à solução encontrada
para vencer obstáculos como à es-
cassez de patrocínios culturais, a ca-
rência de espaços para apresentação
de espetáculos nas capitais, a falta de
qualificação técnica dos artistas atra-
vés da promoção variada de oficinas
e cursos, além da longa distância que dificulta o
intercâmbio das artes entre os estados.
A itinerância, realizada entre abril e no-
vembro, levou 84 espetáculos de teatro, dan-
ça, shows e exposições de arte a milhares de
pessoas nas capitais dos estados, em uma
viagem pela identidade cultural dos povos
que habitam a Amazônia Legal – formada
por Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre,
Amapá, Maranhão, Tocantins e Mato Gros-
so. O circuito cultural também contempla o
vizinho Piauí, que embora não faça parte da
Amazônia Legal, também precisava fomentar
a produção artística local.
A implantação do projeto foi viabilizada
a partir do apoio do Departamento Nacio-
nal que contribuiu com metade dos custos
envolvidos (passagens, hospedagens, diá-
rias, etc.) e o cuidadoso planejamento dos
Departamentos Regionais envolvidos, que
custearam o restante da verba necessária. O
Trio Manari, grupo musical paraense, fez a
primeira apresentação do SESC Amazônia
das Artes, no dia 10 de abril, no Mato Grosso.
A itinerânciaO Gerente Cultural do DR/AM, Nilton
Carlos Teixeira, enfatiza que o SESC Amazô-
nia das Artes representa a abertura de vários
canais de divulgação dos produtos culturais
da região: “Através do projeto passamos a co-
nhecer o que vem sendo produzido em ter-
mos de cultura na Amazônia em suas mais
diversas linguagens: teatro, dança, música e
artes plásticas”, afirmou Nilton Teixeira.
O estado do Amazonas foi representado
no projeto pelo grupo musical Imbaúba, que
reúne em seu repertório músicas de autoria
própria, compostas a partir da sonoridade da
natureza, como os trinados de pássaros, farfa-
lhar de folhas, sons e ruídos da floresta, tem-
perados da mística que emana do universo
amazônico.
De acordo com a Coordenadora de Cul-
tura do DR/TO, Ana Friedlander, responsável
pela coordenação do SESC Amazônia das Ar-
tes este ano, o projeto garante entretenimen-
to gratuito ou a preços populares, incentiva a
arte regional, que valoriza a intensa relação do
homem amazônico com a natureza, contribui
para o desenvolvimento sociocultural da re-
gião e lança novos talentos, caso da profes-
sora de dança Daniela Perez, diretora da Cia.
Casulo de Dança, licenciada pela Faculdade
Paulista de Artes.
É a diretora da Cia. Casulo de Dança que
explica a importância da entidade para viabi-
lizar as artes amazônicas.
“Enquanto o Casulo fazia apresentações
em sete dos estados, descobri que a pro-
dução artística é embrionária na maior par-
te deles. O pouco que existe, existe graças
à contribuição do SESC. Em alguns lugares,
como Porto Velho (RO), o único teatro da
capital é da entidade. Em Boavista (RR), o
espaço mais utilizado também é
do SESC, porque o único te-
atro da cidade precisa de
reformas. Por isso digo
em todos os lugares
por onde passo que
nunca encontrei
em nenhuma ins-
tituição pública o
incentivo cultural
que o SESC dá.”,
declara Daniela
Perez.
Já a Coordenadora
de Cultura do DR/MA,
Isoneth Almeida, acre-
dita que “a difusão das
tradições, costumes e
vivências interestadu-
ais, através dos grupos
artísticos de cada esta-
A Amazônia vista por seus artistasA diversidade cultural e geográfica dos povos amazônicos ainda é território desconhecido da maioria dos brasileiros, inclusive de seus próprios moradores
Por entre vãos, espetáculo da Casulo Cia. de Dança, de Tocantins
SESC BRASIL n NOVEMbrO 2008 5 5
do, oferecem uma oportunidade de expansão
das expressões artísticas”.
Os amazônidas pelos amazônidas
Para o Gerente de Cultura do DR/RR, Tha-
deu Franco das Neves, participar do Amazô-
nia das Artes é ter a certeza de que a Amazô-
nia precisa ainda ser compreendida em todas
as suas manifestações culturais.
“A Amazônia não pode ser vista como
sinônimo de distância e, sim, de imensidão
cultural ainda a ser divulgada. O circuito vai
proporcionar tudo isso: os amazônidas co-
nhecendo os próprios amazônidas, com to-
das as suas diferenças, crenças e tradições”,
enfatiza Thadeu Franco das Neves.
As fotografias de Wank Carmo, artista de
Roraima, mostram a natureza selvagem do
Baixo Rio Branco, de Roraima e da Amazô-
nia, bem ao sul do estado, onde é praticada
a pesca profissional artesanal. O fotógrafo
esbanja satisfação em participar do circuito:
“Agradeço ao SESC por ter nos embarca-
do nesse ziguezague itinerante, o que dará
oportunidade aos nossos irmãos amazôni-
das, fotógrafos ou não, de vislumbrarem este
pequeno pedaço da Amazônia Oriental”.
As atrações para o projeto em 2009 foram
definidas no encontro dos curadores, Coorde-
nadores de Cultura e Diretores dos Departa-
mentos Regionais do SESC que participam do
projeto, no início de agosto, em Belém/PA.
A Coordenadora de Cultura do DR/PA,
Maria Emília Farias, conta que em breve serão
divulgados os nomes dos artistas que parti-
ciparão do Amazônia das Artes em 2009. Ela
explica que os critérios de escolha dos artistas
foram baseados na pesquisa de linguagem e
A Amazônia vista por seus artistasA diversidade cultural e geográfica dos povos amazônicos ainda é território desconhecido da maioria dos brasileiros, inclusive de seus próprios moradores
O repertório do grupo Imbaúba/AM traz os sons e ruídos da floresta
O cortejo “Arrastões do Pavulagem” valoriza a música de raiz da região amazônica
A peça “A menina e o palhaço “, um dos represen-tantes do Acre no projeto
Mantos de artista paraense vestem a Nossa Senhora no Círio de Nazaré
AC – A cantora Gracinha Gomes,
o artista plástico Darci Seles e o
espetáculo teatral “A Menina e
o Palhaço” foram os represen-
tantes do Acre.
AM – O estado se fez represen-
tar através do Grupo Imbaúba.
AP – A Cia. Supernova, de Ma-
capá, encenou “Ensaio ou Saio”,
inspirada na peça “Um grito
parado no ar”, de Gianfrances-
co Guarnieri.
MA - Carlos Pial, percussionista maranhense, mostrou
ritmos como salsa, baião e bumba-meu-boi, mescla-
dos com batidas africanas e cubanas.
MT – A exposição de esculturas “Sentinelas do Cerrado”,
de Ronei Ferraz; o Grupo Trieiro; os espetáculos “Muru-
cutu” e “Primeira Pele”, da Cia. Pessoal de Teatro; e Alicce
Oliveira, em “Histórias Birutas e Batutas” representaram
os mato-grossenses.
PA – O Trio Manari, que explora ritmos tradicionais
da região como o Carimbó, o Lundu, o Samba do Ca-
cete e utiliza instrumentos exclusivos da Amazônia,
como o Curimbó, feito de madeira rústica e de couro
de boi, tradicional da região do Marajó, difundiu a
cultura paraense.
RR – O estado foi representado pelo grupo Criarte e o fotógra-
fo Wank Carmo, com a exposição fotográfica “Água Branca”.
TO – A Cia. Casulo de Dança Contemporânea, de Tocantins, le-
vou o espetáculo “Por entre vãos” a sete estados.
Participantes do Amazônia das Artes 2008
materiais; qualidade artística e viabilidade
técnica e adianta que o projeto estará sob a
coordenação do seu DR no próximo ano.
“Teremos o estilista Jorge Bittencourt
e seus ‘Os Mantos Sagrados’ entre os re-
presentantes do projeto. Um dos mantos
vestirá Nossa Senhora, na festa do Círio de
Nazaré, a maior procissão religiosa do Bra-
sil. Na exposição serão exibidas 25 vestes,
confeccionadas em cetim italiano e broca-
do e organza. Os tecidos foram bordados
com cristais, canutilhos, miçangas, pedra-
rias, fio de ouro, falões e paetês. Outro par-
ticipante paraense será o grupo Arraial do
Pavulagem, que valoriza a música de raiz
produzida na região amazônica, utilizan-
do-se da alegoria de um boizinho na tala.
Foi assim que começaram os cortejos de-
nominados ‘Arrastões do Pavulagem’”, fala
Maria Emília entusiasmada.
A arte pop de Darci Seles retrata a cultura indígena
SESC BRASIL n NOVEMbrO 2008 6
Alcir da Silva, porteiro do De-
partamento Nacional e Ângela
Koerich, telefonista do SESC Santa
Catarina, foram os sorteados da
edição 61. A frase “Turismo So-
cial do SESC, 60 anos fazendo os
brasileiros redescobrirem o Brasil”,
de Ricardo Perdomo Fogaça, do
Setor de Odontologia do DR/RS, foi premiada com uma viagem. A frase foi
escolhida pela comissão formada por técnicos de Turismo Social, da Gerência
de Esporte e Lazer do DN e da equipe de Comunicação Corporativa do Senac
DN. Os três poderão desfrutar um fim de semana, com seus acompanhantes,
em um dos 42 destinos SESC, de norte a sul do país.
PreMIADOLeITOr
VeNceDOr DA eNQUeTe
CONCORRA A UMA ESTADA NO SESC CABO BRANCO (PB)
Com direito a acompanhante, incluindo viagem aérea e traslado. Preencha o cupom e envie para a “Promoção SESC Cabo Branco” – Av. Ayrton Senna 5.555, bl. L, sala 301,
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Nome:..............................................................................................
...........................................................................................................
Estado:.............................................................................................
Setor:................................................................................................
Cargo/função:...............................................................................
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Telefone:............................................................................................
E-mail:.................................................................................................
Qual símbolo de Natal é mais marcante para você?
( ) Árvore de Natal ( ) Papai Noel ( ) Presépio ( ) Outros
Verão em João PessoaO SESC Cabo Branco hospedará o leitor premiado
foto de Mariana Santiago
O futuro vencedor da enquete vai curtir o visual de João Pessoa de
frente para um dos principais cartões-postais da cidade: a praia
de Cabo Branco. É lá que fica a Pousada SESC Cabo Branco, perti-
nho do mirante do Farol, um dos pontos turísticos mais visitados,
a 40 metros acima do nível do mar, de onde se descortinam falésias, quilô-
metros de praias e a Ponta dos Seixas, o ponto geográfico mais oriental das
Américas, onde o sol nasce primeiro. A praia de Tambaú, os bancos da Areia
Vermelha e as piscinas naturais de Picãozinho são outros passeios indicados.
Mas nem só do litoral vive João Pessoa. O artesanato rico em tramas
e tecidos, as iguarias da gastronomia regional, bares embalados a forró e
a receptividade de um povo alegre são outras atrações.
Vale a pena uma parada no Mercado de Artesanato para levar de
souvenir roupas produzidas com algodão colorido, caminhos de mesa
bordados em crochê e doces típicos da região. À noite, escolha um dos
restaurantes do calçadão da orla para desfrutar da comida típica, farta
em carne-de-sol, feijão-verde, macaxeira e frutos do mar.
Antes do fim de semana terminar, prove as saborosas aguardentes
da Cachaçaria Dona Maria e vá assistir ao pôr-do-sol na praia do Jacaré,
ao som do “Bolero de Ravel”. A praia fluvial é rodeada por bares às suas
margens, onde um saxofonista e violinista executam o bolero durante os
exatos 15 minutos que o sol leva para tingir de amarelo e vermelho as
águas escuras do rio.
Alcir da Silva Ângela Koerich
SESC Cabo Branco
SESC BRASIL n NOVEMbrO 2008 7
NOssA GeNTe
Aroldo Lima Verde, Técnico especializa-
do em Comunicação, do DR/MT, começou a
praticar esportes aos oito anos para ajudar
a controlar a diabetes. Aos 13 anos apren-
deu KickBoxer, luta que combina diversas
técnicas de combate, incluindo o Boxe,
Kung Fu e Tae Kwondo, e que abriu cami-
nho para Aroldo descobrir a paixão pelas
artes marciais. Aos 14 anos ele começou a
praticar judô, mas foi só em 2002 que ele
aderiu ao Jiu-Jítsu, esporte em que é Cam-
peão Mato-grossense. “Ao contrário do que
muitas pessoas imaginam, o Jiu-Jítsu não é
uma luta agressiva. É uma arte marcial que
ensina respeito, disciplina, dedicação e exi-
ge autocontrole”, afirma Aroldo.
Eles têm em comum o local de trabalho, a paixão pelos esportes e a superação de desafios. Ao vencer os limites do corpo, en-contram na prática desportiva maior disposição para desempenhar suas funções no SESC.
Louca por trilhas
A primeira trilha ninguém esquece. Cláudia Flo-
res, Assistente Sênior do Setor de Relações de Traba-
lhos, da Divisão de Recursos Humanos do DR/SC, des-
cobriu a paixão por trilhas em agosto de 2007, ao subir a
Costa da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, acompanha-
da por colegas do Regional. Desde então ela percorreu 23 trilhas na
ilha, além de outras, como a do cume da Serra do Tabuleiro.
“O cheiro da terra, o som dos pássaros, o vento no rosto, tudo
na natureza renova minhas energias. Aos 30 anos encarei a primei-
ra prova de corrida em montanhas, conhecida como Mountain Do,
organizada pelo grupo ‘Loucos por Trilhas’”, conta a atleta.
A preparação para a prova, que aconteceu em outubro, du-
rou quatro meses e incluiu dois dias de musculação na acade-
mia da entidade.
De olho no cronômetrocombate a Diabetes
A rotina diária da auxiliar administrativa
Maria Luzineide Santos, do SESC Rio Grande do
Norte, concilia horas de treinamento e trabalho.
O dia começa cedo para a servidora, que
é tetracampeã brasileira de Halterofilismo,
na categoria até 44 kg.
Ela inicia os treinos, que às vésperas de um
campeonato podem durar até três horas, às
7h30 da manhã. Ao meio-dia ela vai para a Cen-
tral do Trabalhador, onde trabalha até as 18h.
“Meu tempo é todo cronometrado. Corro
do treinamento para o trabalho. O condicio-
namento físico adquirido com a prática dos
exercícios, somado à alimentação balancea-
da, me ajudam a render bem no trabalho e
no atletismo”, garante Luzineide, que partici-
pou do Campeonato Brasileiro de Halterofilis-
mo, no início de novembro, em Fortaleza, e foi
quinta colocada nas provas da categoria, nas
Paraolimpíadas em Pequim.
SESC BRASIL n NOVEMbrO 2008 8
eNTreVIsTA
JSB: O SESC, assim como o Instituto Unibanco, tem a educação como um de seus focos. Nesse sentido, como foi parti-cipar do Seminário Mesa Brasil SESC?
Wanda Engel: Foi bastante interessan-
te notar a intersetorialidade dos assuntos
debatidos no seminário e perceber que to-
dos os participantes estavam imbuídos da
idéia de integralidade dos direitos. Todos
sabiam que os fatores estão interligados,
uma vez que a fome não é uma questão
isolada. A qualificação depende da capaci-
tação, que depende da segurança alimen-
tar, que depende da assistência mínima ao
cidadão. O próprio programa Mesa Brasil
SESC tem uma abordagem pluralista. Inves-
te na educação nutricional, além de atuar
na coleta e distribuição dos alimentos, de
forma organizada.
JSB: O Mesa Brasil SESC dissemina ações educativas contra o desperdí-cio dos alimentos. Na sua visão, como programas dessa natureza contribuem para reduzir o estado de inseguran-ça alimentar grave em que vivemseis milhões de pessoas no país, segun-do o IBGE?
W.E.: A saída para essas seis milhões de
pessoas começa com a distribuição de ali-
mentos e recursos. Porque existe o alimen-
to, mas falta dinheiro às famílias para ter
acesso ao alimento. Não se trata de política
de assistencialismo, mas de dar as primei-
ras condições mínimas para um processo
de promoção social, que começa com a
alimentação, passa pela educação, até che-
gar ao desenvolvimento econômico, que
é a inserção das pessoas no mercado, que
fecha o ciclo e vai garantir um futuro para
gerações inteiras.
Se eu tenho uma família indigente, por
exemplo, os programas que vão incorpo-
rando outros componentes são absoluta-
mente importantes. A alimentação e os
recursos permitem que o sujeito
tenha acesso aos outros tipos de
auxílio, como colocar as crianças
no colégio e receber capacitação
profissional. Nesse sentido, não
existe dicotomia entre dar o peixe
e ensinar a pescar. A reengenha-
ria social é que vai permitir a saída
dessa vulnerabilidade.
JSB: Você acredita que a crise finan-ceira mundial pode desencadear uma alta nos preços de alimentos básicos e o agravamento da insegurança alimentar no país?
W.E.: Eu estou otimista. Pode haver au-
mento no preço do trigo e outros itens de
exportação, mas não acredito que a crise
elevará os preços dos alimentos de uma
forma geral. A dimensão geográfica do
Brasil, aliada à vantagem de ter a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-
brapa), que através da tecnologia dobrou
a capacidade de produção de alimentos
no país, fará com que não falte comida
para 190 milhões de consumidores.
JSB.: Durante a palestra “A dimensão social da Segurança Alimentar”, no semi-nário Mesa Brasil SESC, foram correla-cionadas questões como a necessidade de fomentar a agricultura alimentar e a parceria nos projetos sociais. Para você, que caminhos novos foram apontados no seminário?
W.E.: Ficou evidente que precisamos
aproveitar a crise para buscar saídas de
consenso, que unam todos os níveis de go-
verno, empresas privadas, sociedade civil e
voluntariado. Se todos são unidos em tor-
no de objetivos, o alcance é maior. Eu faço
um paralelo com a atuação do Mesa Bra-
sil SESC, que age para evitar o desperdício
de alimentos. Acredito que devamos estar
atentos com o desperdício humano, que
acontece quando crianças deixam a escola
e desperdiçam a sua capacidade de apren-
dizagem, por fatores como o desemprego
que coloca jovens e suas famílias em situ-
ações de risco, porque esse país não pode
mais desperdiçar gente!
JSB: Para finalizar, após coordenar por mais de uma década o desenvol-vimento de políticas públicas sociais, você foi convidada para atuar na ini-ciativa privada. Quais são as diferen-ças entre um lado e outro?
W.E.: Vivi a experiência de dirigir uma
organização não-governamental (Ong),
onde destinava 80% do tempo à arreca-
dação de recursos e apenas 20% para o
desenvolvimento de ações. No governo,
a situação era invertida. Eu dispunha de
tempo e orçamento, mas precisava admi-
nistrar a burocracia. Apesar das restrições
burocráticas, não existe lugar que tenha
maior possibilidade de cobertura do que
o Executivo.
Hoje, no Instituto Unibanco, eu tenho
agilidade e recursos suficientes para desti-
nar aos projetos.
W anda Engel, atual Superintendente Executiva do Instituto
Unibanco, falou ao Jornal SESC Brasil sobre sua participa-
ção no Seminário Nacional Mesa Brasil SESC – Segurança
Alimentar e Nutricional. Ministra de Estado de Assistência
Social durante o segundo mandato de Fernando Henrique
Cardoso, entre 1999 e 2002, Wanda aproveitou para abordar diferenças básicas
de atuação na vida privada e pública. Geógrafa, doutora em Educação pela
Puc-Rio e pós-graduada em Pedagogia e Civilização pelo Centre International
D’Études Pedagogiques, Sévres, na França, ela se mostra otimista mesmo diante
da atual crise finaceira.
A qualificação depende
da capacitação, que
depende da segurança
alimentar, que depende
da assistência mínima
ao cidadão.
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