GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
AS POPULAÇÕES E O ESPAÇO GEOGRÁFICO
Para começo de conversa
Página 3
1.
a) Há no mundo atualmente cerca de 6,8 bilhões de habitantes. Dizer se é muito ou
pouco é pessoal. É bastante, tendo-se em conta o passado, mas levando-se em conta
outras referências é discutível.
b) A resposta é pessoal. A ideia aqui é que o estudante se posicione e se possa saber
se ele tem argumentos para justificar a sua opinião.
2.
5. Grandes volumes de pessoas nos transportes coletivos
6. Multidões andando lentamente em ruas centrais
7. Multidões em eventos artísticos e esportivos aguardando em filas
8. Grande volume de pessoas disputando poucas vagas em vestibulares
a) O que há de comum entre eles é que sempre envolvem grandes quantidades de
pessoas e de objetos. Há um elemento quantitativo comum.
b) Como esses problemas têm em comum as grandes quantidades, a tendência é
considerar que tais problemas resultam disso. Mas isso é discutível, pois com mais
cuidado vai se verificar que nem sempre grandes quantidades significam problemas.
c) Cidades menores, com pequenas quantidades de pessoas e objetos, também
podem ter problema de congestionamento, de fila, de espera, de acúmulos
desconfortáveis, e aí o motivo já não será a quantidade e, sim, a qualidade.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
2
Desafio!
Página 4
• Basta dividir o número de habitantes pelo tamanho do território: Paquistão: 180,8
milhões de habitantes divididos por 796 095 km2 = 227 hab/km2; Holanda: 16,8
milhões de habitantes divididos por 40 844 km2 = 411 hab/km2.
• Considerando-se as densidades demográficas dos dois países, parece que, a princípio,
na Holanda haveria uma distribuição mais equitativa da população no território. Mas
a densidade demográfica é uma média aritmética e não nos diz, nessa escala, se a
população está distribuída ou concentrada em algumas poucas áreas (grandes
cidades, por exemplo). É o caso do Paquistão, que tem zonas muito populosas (na
região de Karachi e na província do Punjab) e outras zonas que são vazios
demográficos.
• Maior densidade, população concentrada num pequeno território não significa
maiores problemas sociais (como se poderia pensar, já que há muita gente a ser
sustentada). O caso da Holanda mostra o contrário. Trata-se de um país de muito boa
qualidade de vida, enquanto no Paquistão, onde aparentemente sobra mais território,
os problemas sociais se acumulam. A princípio não existe uma relação necessária
entre tamanho do país, tamanho da população, densidade demográfica na escala do
país e o desenvolvimento.
Leitura e Análise de Mapa
Página 5
1. Como são círculos dispostos no mapa-múndi e como eles têm tamanhos diferentes,
fica evidente que onde tem mais círculos e estes são maiores há manifestação mais
significativa do que se está querendo representar. No caso, os círculos representam o
tamanho das populações dos países.
2. O fundo do mapa é limpo. Apenas apresenta contornos discretos dos continentes e
dos países, de modo a não concorrer com a informação principal, que é composta de
círculos proporcionais aos tamanhos das populações dos países.
3. A figura é o círculo. Eles têm tamanhos diferentes, que correspondem (são
proporcionais) aos tamanhos das populações dos países.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
3
4.
a) É possível sim, aliás, as populações da China, dos EUA e do Brasil já constam
da legenda, por serem países muito populosos. Mas, para chegar a valores da
população de países que não constam da legenda, basta medir o diâmetro do círculo e
ver a diferença em relação ao diâmetro da China (100% = 1 336 000 000 de
habitantes) e aplicar uma regra de três.
b) É sim, mapa é comunicação visual, e não verbal. Logo, o país de círculo maior é
o de maior população, e, onde há mais concentração de círculos grandes, mais
habitantes. Os dois países mais populosos no mapa são: China e Índia. E é muito
fácil ver isso.
5. Sim, é um mapa de comunicação muito fácil e evidente. Consegue de forma límpida
e cristalina dar todo o destaque ao que se quer representar, não permite interferências
e o faz de maneira precisa.
6. Trata-se de um mapa quantitativo, pois expressa quantidades por meios de círculos
proporcionais em relação aos dados populacionais dos países.
PESQUISA EM GRUPO
Página 7
PPaaíísseess mmaaiiss ppooppuulloossooss
NNoommee PPooppuullaaççããoo
((nnoo ddee hhaabbiittaanntteess))
DDeennssiiddaaddee ddeemmoo--ggrrááffiiccaa
((hhaabb//kkmm22))
AAnnoo CCoonnttiinneennttee HHeemmiissfféérriioo NNíívveell ddee ddeesseennvvooll--vviimmeennttoo
1. China 1,3 bilhão
137 2005 Ásia Norte Emergente
2. Índia 1,1 bilhão 344 2005 Ásia Norte Emergente
3. EUA 302 milhões 31 2005 América do
Norte
Norte Rico
4.
Indonésia
219 milhões 115 2005 Asia Norte/ Sul Pobre
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
4
5. Brasil 186 milhões 22 2005 América do
Sul
Sul Emergente
6.
Paquistão
165 milhões 208 2005 Ásia Norte Pobre
7.
Banglades
h
153 milhões 1063 2005 Ásia Norte Pobre
8. Rússia 143
milhões
8 2005 Europa/Ásia Norte Emergente
9. Nigéria 141
milhões
153 2005 África Norte Pobre
10. Japão 127 milhões 337 2005 Ásia Norte Rico
11.México 105 milhões 54 2005 América do
Norte
Norte Emergente
12.Filipina
s
85 milhões 285 2005 Ásia Norte Pobre
13. Vietnã 84 milhões 253 2005 Ásia Norte Pobre
14.
Alemanha
82 milhões 231 2005 Europa Norte Rico
15. Egito 77 milhões 77 2005 África/ Ásia Norte Pobre
16. Etiópia 74 milhões 68 2005 África Norte Pobre
17.
Turquia
71milhões 91 2005 Europa/Ásia Norte Pobre
18. Irã 70 milhões 91 2005 Ásia Norte Pobre
19.
Tailândia
65 milhões 129 2005 Ásia Norte Pobre
20. Rep.
Dem. do
Congo
59 milhões 25 2005 África Norte/Sul Pobre
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
5
FFoonnttee ((ss)) ONU <http://esa. un.org/ unpp>
Fonte dos dados da Tabela ONU <http://esa. un.org/ unpp>
Ao fazer a pesquisa e preencher os 20 itens da tabela no Caderno do Aluno, os
estudantes irão notar as incríveis desigualdades existentes na distribuição das
populações entre os países, em termos de volume absoluto. Alguns aspectos a ser
salientados:
• A distribuição mundial não é uniforme, e a Ásia concentra grande parte dessa
população e, também, as maiores densidades demográficas do globo. A maior
densidade demográfica entre os 20 países mais populosos é a de Bangladesh, o
sétimo país mais populoso do mundo. A Rússia, o oitavo país mais populoso do
mundo, tem a menor densidade populacional entre os vinte países mais populosos do
mundo;
• A maior parte do contingente populacional dos vinte países mais populosos do
mundo encontra-se em países pobres e emergentes;
• Não há relação direta entre tamanho da população, densidade demográfica e
desenvolvimento. Exemplo: os EUA têm uma densidade menor que a de outros
países e é desenvolvido; o Japão, também desenvolvido, tem uma alta densidade
demográfica; Bangladesh, com altíssima densidade demográfica, é pobre.
Página 8
• O importante é que os alunos notem que a resposta a essa questão exige um
raciocínio que vai perguntar em relação a quê? Por exemplo, o fato de haver muita
gente na China e na Índia é considerado positivo para a economia: são mercados
novos em potencial. Desse ponto de vista é bom, pois, quanto mais gente, melhor.
Desafio!
Página 9
A afirmação de que há gente demais no mundo é realmente diferente de dizer que há
gente demais na Índia, em Bangladesh ou na Indonésia. É só observar os índices de
densidade demográfica desses países para verificar a desigualdade da distribuição. No
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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mundo há ainda muitos vazios demográficos, há países com população diminuta e
outros muito povoados. Então, é isso. Conforme a escala geográfica de abordagem a
afirmação de que há gente demais pode fazer sentido, ou não.
Leitura e Análise de Quadro
Página 9
1. A classificação é feita por somatória de regiões que estão próximas, independentemente
dos países. O critério utilizado é a busca das principais áreas de povoamento no mundo.
Essas áreas são, até mesmo, anteriores à formação dos países modernos.
2. O melhor exemplo para essa classificação é a identificação da região mais povoada
do mundo: trata-se da junção de partes da China, da Coreia do Sul e do Japão que
estão bem próximas, embora divididas em três países. Mas, antes que esses Estados
modernos existissem, aquela já era a parte mais povoada do mundo. Logo, não é a
China a área mais povoada do mundo, e, sim, esse segmento regional.
3.
a) Sem dúvida. No interior da China, no seu noroeste, há certos vazios
demográficos, o que comprova que, conforme a escala geográfica de observação, os
resultados se alteram.
b) Logo, mesmo na escala do país mais populoso do planeta, a afirmação de que há
gente demais no mundo pode não fazer sentido. Pois, como se viu, a China possui em
seu interior áreas de vazio demográfico.
4. A somatória dos nove principais focos de povoamento mundial é de cerca de 4
bilhões. Logo, neles se concentram 61% da população mundial, que, na verdade,
concentra-se em poucos pontos.
LIÇÃO DE CASA
Página 11
1. A confecção desse mapa é simples. Mas é importante que o aluno localize as áreas
mencionadas, pois isso vai ajudá-lo a se familiarizar com o mapa-múndi. Nós o
designamos como um pré-mapa, porque um mapa definitivo sobre esse fenômeno
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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implicaria a confecção de círculos proporcionais – o que envolveria cálculos e
precisão matemática, para que o mapa não expressasse apenas localização e, sim,
quantidades. Mapas que expressam apenas localizações são pré-mapas. Dizem
pouco, mas dizem algo.
2. Não representa. Se somarmos as nove áreas mais povoadas, elas compõem um
território bastante pequeno quando comparadas com o restante da extensão territorial
do planeta. Isso mostra como a população mundial se concentra, e não o contrário.
3. Em Geografia é comum nos referirmos à distribuição de coisas – de objetos e
pessoas. Mas o que acontece em geral é o contrário: concentração, e não dispersão.
Viver junto (e aglomerar os seus recursos) é o que o ser humano tem feito ao longo
da história.
Leitura e Análise de Esquema
Página 12
1. O esquema mostra que, para pensar a questão populacional no planeta, é preciso
considerar sua “distribuição” – na verdade concentração – no espaço, logo também é
necessário levar em conta os espaços, suas divisões, seus tamanhos. Nessa relação,
os dados fazem outro sentido. Do mesmo modo, pensar na população implica saber
se nas áreas onde os grupos se encontram conseguem-se os meios econômicos de
sobrevivência.
2. Não há possibilidade de se afirmar que há muita gente no mundo sem verificar os
espaços onde os grupos se distribuem. O espaço entra nessa relação por meio da
abordagem da escala geográfica. Conforme a escala, há muita gente ou não.
3. O ser humano é um ser social. Organizar a sociedade implica criar relações entre
seus membros e, quanto mais próximos estes estiverem entre si, melhor para as
relações. Esta é a lógica poderosa que justifica a concentração humana. Os seres
humanos querem viver juntos e viver junto é se concentrar.
4. É preciso também considerar a economia. Viver junto leva ao desenvolvimento de
formas sofisticadas de sustentação material. Implica organizar a economia.
5. Por enquanto tem sido, embora não o faça de forma igual. Ao compararmos os países,
veremos muita desigualdade, e há países muito populosos que demonstram bem isso, e
outros que não. E países pouco povoados (e populosos, é a mesma coisa) que não
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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conseguem boa sustentação econômica para os membros de sua sociedade. Isso sem
contar as desigualdades que existem no interior dos próprios países. Mas, de um modo
geral, pode-se afirmar que a humanidade consegue recursos para se sustentar.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
AS REFERÊNCIAS GEOGRÁFICAS E ECONÔMICAS DA DEMOGRAFIA
Leitura e Análise de Gráfico
Página 14
1. No eixo vertical se representam os números dos habitantes (em bilhões). No eixo
horizontal se representa o tempo em intervalos de + 500 anos. Logo, o gráfico vai
cruzar essas duas informações.
2.
a) A população mundial em 400 a.C. estava em torno de 200 milhões de habitantes.
b) No início do século XVI a população era de cerca de 500 milhões.
c) No ano de 2007 chegava-se a 6,7 bilhões de habitantes.
d) Passaram-se pouco mais de 500 anos, e a população aumentou em 6 bilhões de
habitantes nesse período.
3. A partir de 1800 há uma imensa aceleração do crescimento populacional, refletindo o
que seria a nova forma de organização social da humanidade.
4.
a) Se compararmos com um passado remoto ainda é, mas, depois de um
impressionante crescimento populacional que ocorreu nos últimos 200 anos – em que
todo o porte atual da humanidade se fez –, estamos atingindo certa estabilização, com
algumas exceções.
b) Na África (no Golfo da Guiné) ainda é acelerado e na América Latina (no
Sudeste brasileiro e em outros pontos) também não se pode negar um relativamente
alto ritmo de crescimento. Porém, na América do Norte e na Europa o crescimento já
está estabilizado.
c) Esse exercício é para a criação de um mapa ordenado, que mostra do mais
intenso para o menos intenso crescimento. Por isso, o recurso gráfico escolhido tem
de ter a mesma lógica: uma única cor (um único fenômeno) e tonalidades do escuro
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
10
para o claro (mais intenso, para o menos intenso). Ele é simples, mas dá uma
visualização do fenômeno bem interessante.
PESQUISA EM GRUPO
Página 17
O relatório deverá refletir as reflexões propostas nos dois quadros, mas o importante
é que tais reflexões têm de ser alimentadas por pequenas pesquisas feitas nos livros
didáticos e nos atlas geográficos. Os alunos precisam visualizar os mapas-múndi para
encontrar os ecúmenos (áreas que o ser humano pode habitar) e os anecúmenos (áreas
de difícil habitação – os desertos gelados e os desertos quentes, por exemplo). Um leque
maior de informações sobre as áreas mencionadas nas duas situações vai melhorar o
nível das reflexões e aumentar o espectro de aspectos que os grupos devem considerar.
Chegar a um relatório (não necessariamente certo) que reflita as múltiplas interações
sugeridas é o ideal.
Desafio!
Página 19
1. Considerando-se um país isolado, vai haver fome, em razão do déficit de produção
alimentar. Mas no mundo contemporâneo as relações com os outros países podem
compensar essa carência.
2. O crescimento da produção de alimentos está mais acelerado do que o populacional
(embora este tenha sido gigantesco nos últimos 200 anos). Mas isso faz sentido: mais
gente, mais produção, mais necessidades, novos investimentos, novas pesquisas.
Conta aqui também o surgimento da economia moderna, que possui outra lógica, em
comparação com a economia das sociedades tradicionais.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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Leitura e Análise de Tabela
Página 20
1. Considera-se o volume total de produção de alimentos de um país (no caso da tabela
por continente) e divide-se pelo número de habitantes. Aí se chega a um resultado
que corresponde à produção de alimentos por habitante (per capita).
2. Nessa coluna os números são sempre 100,0. Escolheu-se esse período (1979-1981)
como ponto de referência das medidas. O montante da produção de cada continente
foi transformado em 100. Assim torna-se possível saber os percentuais obtidos antes
e depois deste período.
3. Quando a variação está acima de 100,0, significa que houve aumento da produção de
alimentos per capita (por continente e nos países destacados). Quando a variação
estiver abaixo, quer dizer que a produção de alimentos per capita caiu. Como se vê a
tabela é de fácil compreensão.
4. De um modo geral a tabela mostra que ocorre no mundo um crescimento importante
da produção de alimentos per capita. Há exceções na África, e em períodos já
superados também havia decréscimo na América Central. Chamam atenção os
índices elevados de crescimento da América do Sul e, especialmente, os da Ásia.
LIÇÃO DE CASA
Página 21
Novamente a proposição aqui é uma produção de texto sobre a questão se há gente
demais no mundo, só que agora o que se pede para considerar é a relação população ↔
economia (produção de alimentos). Várias informações foram trabalhadas e torna-se
importante que, na redação, o estudante siga o roteiro estabelecido na atividade.
• Sim, pode-se associar o Caso 2 (África Tropical) apresentado anteriormente aos
índices de produção de alimentos da África que aparecem na tabela. São
manifestações do mesmo processo.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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• O caso da África não é o padrão, aliás, é exceção. Um continente muito povoado
como a Ásia é uma demonstração de que não há relação entre crescimento
populacional e a fome. Ao contrário.
• Sim, há gente passando fome no mundo, em algumas partes do planeta. Dependendo
da escala que se observa, isso pode acontecer numa cidade rica, por exemplo. Os
principais motivos são os fenômenos de desigualdade. Mas, potencialmente, a
humanidade tem condição de produzir (e já produz) alimentos para que ninguém
passe fome.
• Levando-se em conta a capacidade da humanidade de produzir alimentos, não há
gente demais no mundo.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
POPULAÇÕES: PERFIL INTERNO, DESIGUALDADES, MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS
Para começo de conversa
Página 22
1. Uma história breve não significa necessariamente um grande acúmulo de problemas
sociais. A história breve do Brasil é a mesma dos EUA e do Canadá, por exemplo, e
nestes o panorama social é melhor (de um modo geral). Alguns problemas sociais
brasileiros estão sendo agravados com o tempo, e isso às vezes pode acontecer. A
relação história e desenvolvimento é complexa.
2. Isso faz algum sentido, mas o fato de não termos muitas coisas resolvidas indica que
há uma grande margem de manobra para construir um futuro. E também porque
temos um grande contingente de população jovem que exige isso. Mas nada disso
significa garantia para a construção de um futuro melhor. Há o potencial, mas é
preciso saber fazer o futuro.
3. Não se assemelha. Nas populações dos países mais ricos contam-se mais adultos e
idosos, o que é exatamente o contrário nos países mais pobres.
4. Existe, e isso é claro. Nos extremos da estrutura etária estão as principais diferenças:
nos países mais pobres – mais jovens e menos idosos; nos países mais ricos – menos
jovens e mais idosos.
Leitura e Análise de Mapa
Página 23
1. Representam, sim. Procura tornar visíveis aspectos da estrutura etária dos países. No
primeiro, a população infantil e, no segundo, a população idosa.
2. Ambos fazem uso da cor como meio de representação. Mas usam cores de modo
diferente.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
14
3. No primeiro, cada classe (participação de crianças no conjunto da população) é
representada com uma cor diferente. No segundo, usa-se uma única cor, e diferentes
tonalidades da mesma.
4. O segundo permite uma melhor relação com o fenômeno representado. Afinal
retrata-se um único fenômeno, o da proporção de população idosa no conjunto da
população. Único fenômeno – única cor. Mas há diferentes proporções, da maior
para a menor, então diferentes tonalidades – da mais escura para a mais clara. A
relação é direta. No primeiro mapa essa relação direta não existe, e o uso da legenda
(meio verbal) é que vai esclarecer o visual, que não permite leitura.
5. No primeiro mapa os países com maior proporção de população infantil encontram-
se no continente africano e em algumas partes da Ásia e da América Latina. São
países que estão mal classificados em termos de desenvolvimento socioeconômico.
Ao contrário, naqueles onde a participação de crianças é menor, o desenvolvimento é
maior. O mesmo raciocínio, agora invertido, serve para a população idosa.
Leitura e Análise de Quadro
Página 25
1. É possível encontrar esses três padrões. Eles são nítidos. Como se percebe, os mapas
permitem a construção de raciocínios, de classificações, de percepção de padrões. Ao
observar o mapa de população idosa, pode-se dizer que os Padrões 1 e 3 estão nas
tonalidades mais claras e mais escuras, respectivamente, e que o Padrão 2
(intermediário) apresenta-se nas tonalidades intermediárias.
2.
PPaaíísseess sseegguunnddoo ooss ppaaddrrõõeess ppooppuullaacciioonnaaiiss
NNoommee CCoonnttiinneennttee
PPaaddrrããoo 11 Nigéria África
Madagascar África
PPaaddrrããoo 22 Brasil América do Sul
África do Sul África
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
15
PPaaddrrããoo 33 Japão Ásia
Itália Europa
3. É notório como os padrões populacionais se agrupam por regiões no mundo, embora
também se agrupem por continentes: na África há predomínio do Padrão 1, na
América do Sul, do Padrão 2, e na Europa Ocidental, do Padrão 3. Mas há situações
mais isoladas e menos agrupadas também.
Leitura e Análise de Mapa
Página 26
1. Esses dois novos mapas fazem o mesmo uso de tonalidades de cor, como o mapa de
população com mais de 60 anos. Cada um deles trata de um único fenômeno, logo,
uma cor. Procura mostrar onde o mesmo fenômeno é mais intenso e onde é menos,
logo, o uso de tonalidades. São mapas muito comunicativos. Apenas o mapa de
população com menos de 15 anos se diferencia desse conjunto.
2. No mapa de esperança de vida, os países do Padrão 1 situam-se entre aqueles que
têm os piores índices. No mapa de desigualdade na distribuição de renda os países de
Padrão 1 também estão em má situação, mas aqui eles vão ter a companhia de alguns
do Padrão 2, como é o caso do Brasil.
3. É notório como o Padrão 2 encontra coerência nessas duas próximas representações:
tanto na esperança de vida quanto na distribuição de renda os países deste padrão
encontram-se em situação intermediária. Uma grande exceção é o Brasil, cujo padrão
de distribuição de renda é dos piores.
4. Mais uma vez a coerência se mantém: os melhores índices de esperança de vida,
assim como uma distribuição de renda mais equitativa (o que é o bom padrão no
caso), vão ser notadas no Padrão 3. Logo, existe relação entre os padrões
demográficos e a qualidade de vida e estruturas econômicas mais igualitárias.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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PESQUISA EM GRUPO
Página 28
No relatório final do grupo é importante verificar se os elementos propostos para
pesquisa e reflexão foram considerados.
• Não é isso o que ocorre, pois os países tendem a transitar do Padrão 1 para os
Padrões 2 e 3. E isso é uma das faces do que nas sociedades modernas designamos
desenvolvimento.
• Países do Padrão 3, como os europeus, já tiveram um perfil populacional de Padrão 1
e 2. Suas populações eram pobres e boa parte da solução da pobreza e da
impossibilidade de alimentar tantas crianças veio com a migração para as Américas.
• De fato, fica bem expressivo chamar essa passagem de um padrão para o outro de
transição demográfica.
• De fato há uma transição demográfica em andamento no Brasil. A queda dos índices
de fecundidade indicam melhor do que todos os outros índices essa transição. Essa
queda resulta da intensificação da urbanização, de maiores esclarecimentos sobre o
uso de contraceptivos, da crescente emancipação das mulheres etc. Fatores como
esses podem ser tidos como fatores de desenvolvimento social.
• A transição demográfica não é um fenômeno natural, depende do desenvolvimento
de outras estruturas sociais, da ascensão do indivíduo.
Leitura e Análise de Texto
Página 29
1. Ser um país do Padrão 1, com muitas crianças e jovens, significa que há uma grande
necessidade de investimentos no sistema educacional (e em outros) e indica que a
existência de uma população economicamente ativa menor. Essa contradição é
problemática, mas pode ser superada. Mas a princípio (em alguns aspectos) seria
melhor para um país já ser de Padrão 2 ou 3.
2. Há muitas vantagens num país no qual há equilíbrio entre as necessidades de
investimentos em serviços sociais e o tamanho da população ativa. Isso se comprova
nos países de Padrão 3. O que não quer dizer que não haja problemas, pois a margem
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
17
de manobra para novidades, para mudanças, é menor e pode haver desequilíbrios
com o aumento da população de idosos, a ponto de esta começar a ficar do tamanho
da população ativa.
LIÇÃO DE CASA
Página 30
Mais uma vez trata-se de uma proposta de produção de texto com reflexão orientada
por vários itens. É importante conferir se cada um deles vai ser contemplado no texto
produzido.
• De fato o Brasil vive uma transição demográfica do Padrão 2 para o Padrão 3, o que
significa o aumento do número de idosos no país, consequência de uma maior
esperança de vida. É um fenômeno novo para nós, e isso vai exigir que nos
preocupemos mais com a vida dessas pessoas, algo até então não muito praticado no
país.
• Todos ficaremos velhos, esta é uma condição humana natural. Ser velho não implica
estar doente nem incapacitado. Se nessa fase houver cuidados com a sustentação
dessas pessoas, com a saúde, com a qualidade de vida, vamos poder eliminar esse
tipo de preconceito antissocial.
• Para os idosos viverem bem é preciso que os espaços das cidades sejam seguros, que
haja atividades dignas, assistência médica, e que eles sejam tratados como pessoas
plenas, e não como pessoas limitadas.
• Nossas cidades não estão preparadas para garantir a acessibilidade aos idosos; as
calçadas são perigosas, no trânsito corre-se risco etc. É muito importante garantir
acessibilidade aos idosos, pois eles não podem ficar confinados em casa, deprimidos,
sem atividade, e isso piora muito a qualidade de ensino deles.
• Com o Estatuto do Idoso, os problemas relativos a eles estão longe serem resolvidos,
mas isso já é inegavelmente um avanço. Antes nem isso havia. Agora temos uma
base legal com a qual podemos exigir políticas mais dignas para os idosos.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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Desafio!
Página 32
O ser humano migra mais, atualmente, do que no passado, e isso é facilitado pelos
novos meios de transportes, pelas novas facilidades de locomoção. No entanto, o ser
humano não circula pelo mundo com a mesma facilidade que as mercadorias, que as
informações. Ainda é bastante restrito o movimento do ser humano, algo de fato bem
mais complexo.
PESQUISA EM GRUPO
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Neste item se propõe uma pesquisa complexa, juntamente com algumas reflexões. As
primeiras propostas de reflexão devem basear-se nesses aspectos:
• De fato, hoje existem fluxos migratórios que podem ser considerados sistemas, tendo
em vista a frequência e todos os fluxos e serviços que se criaram em virtude da
circulação de pessoas de alguns países para outros. As migrações têm origem nas
regiões de pobreza; são pessoas pobres que buscam trabalho em países mais ricos, de
preferência os mais próximos e os que foram colonizadores.
• O maior grupo de imigrantes é de jovens pobres de países com problemas estruturais
graves, os países de Padrão 1. Os jovens, nesse caso, não conseguem ver com boas
perspectivas o seu futuro e tendem a migrar para os ex-países colonizadores, onde já
estão vários dos seus compatriotas. É o caso da França, da Inglaterra, que recebem
imigrantes jovens das ex-colônias.
• Os migrantes estão vendo as portas serem fechadas nos países europeus, que, apesar
de, por um lado, precisarem das correntes migratórias, de outro lado, sabem que há
problemas sérios para absorver esses migrantes na Europa. Isso ocorre também nos
EUA, o principal destino da imigração no século XX. De modo geral, há impasses
graves complicando os sistemas migratórios.
Exemplo de uma pequena descrição de um sistema migratório: Um importante
sistema migratório atual tem origem na Índia e no Paquistão e vai para os Emirados
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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Árabes, para os países produtores de petróleo. Nesses países estão ocorrendo grandes
investimentos, e constroem-se cidades enormes, que visam aos negócios mais variados,
até mesmo o turismo. É o caso de Dubai. No entanto, como não há mão de obra local
para suprir a demanda dessas novas atividades, estimula-se a emigração de indianos e
paquistaneses que vão para Dubai e os Emirados de um modo geral.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
POPULAÇÕES E CULTURA: MUNDO ÁRABE E MUNDO ISLÂMICO
Para começo de conversa
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1. Mundo ocidental: é o conjunto de países que estão no Hemisfério Ocidental, a parte
que fica a oeste do meridiano de Greenwich. O núcleo do mundo ocidental é a
Europa Ocidental.
Oriente Médio: anteriormente chamado de Oriente Próximo, trata-se da área formada
pelos países árabes e pela antiga Pérsia (atual Irã). Não tem uma delimitação clara,
mas este é o núcleo.
Extremo Oriente: Japão, China e as Coreias são o núcleo dessa região.
Mundo cristão: área de expansão do cristianismo, cujo núcleo é o mundo ocidental,
que vai além da Europa, pois soma também as Américas e parte da África.
Mundo árabe: coincide com o Oriente Médio, incluindo aí um pouco da África do
Norte (Egito, Líbia, Tunísia etc.)
Mundo islâmico (o Islã): área de expansão do islamismo, que vai além do Oriente
Médio, passa pela Ásia Central, chegando até a Indonésia.
2. A população brasileira, de um modo geral, pertence ao mundo ocidental, ao mundo
cristão. O Brasil está no Hemisfério Ocidental, área de expansão do cristianismo, que
é um traço cultural forte de nossa formação.
3. O mundo cristão se confunde com o Ocidente. A expansão cristã data do Império
Romano e tomou todo o Ocidente. A Igreja Católica Apostólica Romana, a principal
força do cristianismo, durante boa parte de nossa história pesou como um poder
significativo, moldador do Ocidente.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 3
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Leitura e Análise de Tabela
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1. Os cristãos são maioria no Brasil e em todos os países da Europa Ocidental. Os
islâmicos são maioria absoluta em todos os países árabes e na Indonésia. Os
hinduístas, na Índia, e os budistas, no Tibete.
2. Não, boa parte das religiões é multinacional, como o cristianismo e o islamismo. Mas
há religiões nacionais, como o hinduísmo, praticamente restrito à Índia.
3. Sem dúvida, o cristianismo e o islamismo se expandiram para vários países e, nessa
expansão, tornaram-se forças políticas e culturais significativas, o que permite dizer
que há um mundo islâmico e um mundo cristão.
4. Não. China e Índia, os países mais populosos do mundo, praticam religiões mais ou
menos restritas aos seus territórios. Religiões que não se expandiram para outras
localidades e, por isso, não são maiores que o islamismo e o cristianismo.
Leitura e Análise de Tabela
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1. A proposição aqui é a feitura de um mapa quantitativo com a distribuição dos
praticantes do islamismo em oito países. A ideia é fazer primeiro um círculo maior
para a Indonésia e, então, os outros círculos vão diminuindo conforme o número de
praticantes islâmicos. É importante visualizar essa distribuição, que dará uma ideia
do expansionismo dessa religião.
2. Somando a população islâmica desses oito países e, depois, calculando o quanto isso
significa em relação ao total, vamos chegar a 68% dos muçulmanos.
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PESQUISA EM GRUPO
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Espera-se que se contemplem ao menos esses aspectos que vamos expor a seguir:
É normal associar o árabe ao islamismo, afinal Maomé nasceu na Arábia e foi o
fundador da religião. Lá ela se consolidou e depois se expandiu por extensões imensas,
para além do mundo árabe. Islamismo e mundo árabe, portanto, têm uma ligação
histórica e de formação. Porém, atualmente o islamismo tornou-se complexo, dividiu-se
e se distribuiu por vários países, para além do mundo árabe (mundo composto da
Península Árabe e dos países da África do Norte), mas essa civilização perdeu espaço
no islamismo, que hoje tem um maior número de praticantes em países não árabes.
Este é apenas o núcleo, que deve ser alimentado por informações históricas e
geográficas e dados diversos.
Leitura e Análise de Imagem
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1. Essa imagem é da cidade de Meca e retrata um momento de peregrinação de islâmicos
de fora de Meca, que vêm de outros países. O cubo negro (Caaba), em torno do qual se
realiza uma série de cerimônias, é anterior ao islamismo, pois era símbolo sagrado de
práticas religiosas antigas, mas atualmente os islâmicos o veneram.
2. Meca é a cidade onde nasceu o profeta Maomé. É o berço de seu profeta e com o
tempo se estabeleceu entre os praticantes a necessidade de ao menos uma vez na vida
ir a Meca, daí as grandes peregrinações.
3. Há o Vaticano, sede eclesial do catolicismo. Trata-se de uma área muito visitada
pelos cristãos católicos, mas não é a mesma coisa que Meca, onde todos os islâmicos
devem ir. Há centros de peregrinação regionais, em cada país. Mas este não é um
fato central no cristianismo, como o é no islamismo.
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Leitura e Análise de Texto
Página 39
Parte significativa da expansão se deu por meio das rotas comerciais. Os árabes eram
comerciantes e também se organizavam para saquear quem usasse suas rotas. O
islamismo incorporou-se à vida dos grupos tribais nômades e dos comerciantes árabes,
que expandiram a religião para áreas extensas, organizando, posteriormente, exércitos e
promovendo conquistas. O islamismo chegou por esses caminhos até a Europa e
construiu ali civilizações de mais de 700 anos.
LIÇÃO DE CASA
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A história do islamismo é fascinante. A historiografia estuda muito essa religião,
pois, por meio de sua história, muito do Oriente Médio assim como da Ásia pode ser
compreendido. Há muitas publicações sobre essa história que começa em 622 d.C., ano
que marca a fundação do islamismo por Maomé.
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