Soft Skills
Enriquecimento do
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
António Chaves, Diogo Basto, Diogo Teixeira, Guilherme Pacheco,
Henrique Cruz, João Costa, Nuno
Soft Skills
Enriquecimento do Curriculum Vitae
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Rua Roberto Frias, s/n
4200-465 Porto, Portugal
Grupo 416
António Chaves, Diogo Basto, Diogo Teixeira, Guilherme Pacheco,
Henrique Cruz, João Costa, Nuno Pires
Outubro de 2009
Curriculum Vitae
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
António Chaves, Diogo Basto, Diogo Teixeira, Guilherme Pacheco,
Soft Skills
Enriquecimento do Curriculum Vitae
Grupo 416
António Chaves, Diogo Basto, Diogo Teixeira, Guilherme Pacheco,
Henrique Cruz, João Costa, Nuno Pires
Alunos dos Mestrados Integrados em Engenharia Informática e
Computação e Engenharia Industrial e Gestão da Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto
Trabalho realizado no âmbito da disciplina Projecto FEUP, do 1º semestre,
do 1º ano, dos Mestrados Integrados da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores
Rua Roberto Frias, s/n, 4200-465 Porto, Portugal
Outubro de 2009
1
Resumo
Nos dias de hoje as Soft Skills são extremamente importantes e representam
uma parte da inteligência que se relaciona com a capacidade de gestão de relações
humanas, comunicação, ou seja, estão ligadas ao conceito de inteligência emocional.
Estas aptidões assumem cada vez mais um papel de relevo no mercado de trabalho,
pois não chega ter apenas competências técnicas.
Tendo em conta os aspectos acima enunciados, a estrutura do relatório divide-
se, por um lado, numa componente mais teórica, definindo Soft Skills, os canais para a
sua obtenção e a valorização das mesmas no mercado de trabalho. Por outro lado, é
feito um estudo estatístico com base em dados adquiridos por diferentes elementos
do grupo, acompanhadas pelas devidas interpretações, com vista a compreender o
panorama do problema na nossa faculdade, rematando com possíveis soluções.
Após a análise dos gráficos resultantes dos dados adquiridos, podemos concluir
que as Soft Skills dos alunos do primeiro ano do da FEUP são satisfatórias.
2
Abstract
Nowadays, Soft Skills are extremely important and represent the connection
between intelligence and the management of human relations, communication, in
other words, they are linked to the concept of emotional intelligence. These features
are quickly assuming a very important role in the labor market. Technical qualifications
are not enough anymore.
The structure of this report is splitted in two parts. The first, a more theoretical
one, defines Soft Skills, how they can be obtained and how important they are in the
present labor market. The second one presents a statistic analysis on data gathered by
different group elements, aimed at the understanding of our faculty’s population and
concluding with possible solutions.
3
Dedicamos este trabalho à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, pela
oportunidade que nos foi dada para desenvolvermos as nossas capacidades individuais e interpessoais
de trabalho, permitindo que nos fosse possível conhecer a nossa nova casa.
4
Agradecimentos
Para a elaboração desde trabalho foi imprescindível o auxílio do monitor do
projecto, Luís Teófilo, ao qual deixamos desde já um sentido agradecimento. Estamos
também gratos ao professor supervisor do projecto, Rui Camacho, que nos ajudou em
problemas de ordem técnica, tal como a correcção desde relatório.
Terminamos com um agradecimento mais geral, a toda a Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto pelos meios cedidos, não esquecendo todos os
alunos que responderam ao inquérito.
5
Índice
Resumo ............................................................................................................................. 1
Abstract ............................................................................................................................ 2
Agradecimentos ................................................................................................................ 4
Lista de Figuras ................................................................................................................. 6
1. Introdução ................................................................................................................. 7
1.1 Enquadramento .................................................................................................................. 7
1.2 Motivação ........................................................................................................................... 7
1.3 Objectivos ........................................................................................................................... 7
1.4 Plano de trabalho ................................................................................................................ 8
2. O conceito de Soft Skills ............................................................................................ 9
3. As Soft Skills no mercado de trabalho ..................................................................... 11
4. As Soft Skills mais valorizadas no mercado de trabalho ......................................... 12
5. Inteligência emocional e manipulação.................................................................... 14
6. Meios de obtenção de Soft Skills ............................................................................ 15
7. Soft Skills estudantes do 1º ano da FEUP ................................................................ 16
7.1 Introdução ......................................................................................................................... 16
7.2 Inquérito ........................................................................................................................... 16
7.3 Análise e interpretação dos gráficos sobre as capacidades linguísticas dos inquiridos
20
7.4 Análise e interpretação dos gráficos sobre desporto ................................................. 22
7.5 Análise e interpretação dos gráficos relativos a experiência profissional .................. 24
7.6 Análise e interpretação do gráfico relativo a participação em
instituições/organizações ....................................................................................................... 26
7.7 Análise e interpretação do gráfico relativo a capacidades de tocar instrumentos
musicais................................................................................................................................... 27
7.8 Análise e interpretação do gráfico relativo à posse de carta de condução ................ 28
7.9 Análise e interpretação dos gráficos relativos à auto-avaliação dos inquiridos ......... 29
7.10 Análise global dos resultados (procura de soluções) .................................................. 30
8. Conclusões e perspectivas de desenvolvimento .................................................... 31
Referências Bibliográficas ............................................................................................... 32
6
Lista de Figuras
FIGURA 1 DOMÍNIO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS ........................................................................................ 20
FIGURA 2 LÍNGUAS ESTRANGEIRAS FALADAS ............................................................................................. 21
FIGURA 3 PRÁTICA DESPORTIVA ............................................................................................................. 22
FIGURA 4 PRÁTICA DE DESPORTOS COLECTIVOS ......................................................................................... 23
FIGURA 5 EXPERIÊNCIA LABORAL ............................................................................................................ 24
FIGURA 6 EXPERIÊNCIA EM VOLUNTARIADO .............................................................................................. 25
FIGURA 7 PARTICIPAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES ............................................................................................ 26
FIGURA 8 INSTRUMENTOS TOCADOS ....................................................................................................... 27
FIGURA 9 CARTA DE CONDUÇÃO............................................................................................................. 28
FIGURA 10 AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................................................ 29
7
1. Introdução
1.1 Enquadramento
O trabalho realizado foi desenvolvido por alunos do Mestrado Integrado em
Engenharia Industrial e Gestão (MIEIG) e do Mestrado Integrado em Engenharia
Informática e Computação (MIEIC), no âmbito da disciplina Projecto FEUP, tendo sido
sugerido o problema: “Quais as Soft Skills que os alunos do 1º ano da FEUP possuem?”.
1.2 Motivação
A motivação principal para a realização deste trabalho resulta da importância
crescente das Soft Skills. Actualmente é notório que não é suficiente para o indivíduo
recorrer simplesmente ao grau da sua formação e aos conhecimentos técnicos que
possui para ser bem sucedido. Realmente, ninguém poderá dispensar as Soft Skills, que
traduzem a inteligência emocional do indivíduo, a sua capacidade de comunicação e
interacção com os outros. Tendo em vista estes aspectos, pretendemos obter dados
concretos sobre o estado dos alunos do primeiro ano no que diz respeito ao domínio
destas técnicas.
1.3 Objectivos
Os objectivos específicos deste trabalho são os seguintes:
• Introduzir a definição de Soft Skills;
• Demonstrar a importância das Soft Skills;
• Especificar quais os meios para a obtenção de Soft Skills;
• Investigar quais as Soft Skills mais valorizadas no mercado de trabalho;
• Fazer o levantamento de quais os meios a que os alunos do primeiro ano da
FEUP recorrem para adquirir e aperfeiçoar Soft Skills;
• Relacionar os dados adquiridos com as Soft Skills consideradas mais relevantes;
8
• Contribuir para a consciencialização da comunidade quanto à necessidade de
dominar algumas destas técnicas, culminando com a apresentação de um
conjunto de soluções para o problema.
1.4 Plano de trabalho
O resto do trabalho aborda os seguintes pontos:
• Definição do problema: “Quais as Soft Skills que os alunos do 1º ano da FEUP
possuem?”;
• Procurar entender a definição de Soft Skills (ex: capacidades de
relacionamento, comunicação, de gestão interpessoal, etc.) e os meios para as
adquirir;
• Encontrar e definir algumas delas (ex: liderança, optimismo, linguagem, etc.);
• Compreender a importância destas qualidades na actualidade e mundo
empresarial, como qualidades que distinguem e particularizam o indivíduo;
• Realização de um inquérito aos alunos do primeiro ano, averiguando até que
ponto são detentores destas qualidades e especificá-las. Para isso vamos tentar
perceber se os alunos desenvolveram algum tipo de actividades que funcionem
como veículo para a aquisição destas capacidades (Soft Skills);
• Tratamento dos dados;
• Estudo estatístico dos dados adquiridos;
• Análise dos dados e propostas de solução para eventuais situações;
• Conclusões do estudo.
9
2. O conceito de Soft Skills
Actualmente o mundo encontra-se em constante evolução, e facilmente
detectamos sinais da globalização um pouco por toda a parte. De facto, estamos de tal
maneira ligados que a tecnologia atinge valores de desenvolvimento notáveis nos
últimos anos. O conhecimento circula quase que sem barreiras e rapidamente temos
acesso a ele. Estes factores levantam um problema, o saber técnico perde alguma
importância e relevância, uma vez que a tecnologia pode ser comprada e estratégias e
conhecimentos podem ser copiados ou adquiridos sem grandes dificuldades.
Desta forma podemos definir três conceitos que estão intrinsecamente
interligados: conhecimento, Skills (destreza, jeito, capacidade) e aptidões pessoais. O
conhecimento, ao contrário das Soft Skills, depende do saber, é um processo contínuo
que está mais ou menos actualizado dependendo do indivíduo.
As Skills, por sua vez, são muitas vezes associadas ao marketing. Podemos
admitir como sendo um bom exemplo, um agente de marketing terá de ser capaz de
avaliar os defeitos e qualidades do produto, colocá-lo no mercado na altura mais
apropriada, no espaço ideal, da forma mais correcta e adequada. Para ser capaz de o
fazer terá de dominar uma série de capacidades, sendo por exemplo a mais
importante, saber lidar com a sensibilidade e emoções das pessoas. Caso reúna essas
capacidades prontamente concretizará o objectivo da forma mais eficaz possível.
Tendo em conta esses elementos podemos fazer uma distinção entre as Hard
Skills, relacionadas com a componente técnica do saber e com as matérias do
conhecimento, das Soft Skills, as componentes afectivas e emocionais mais
importantes. Inerente a estas ideias está o conceito de Inteligência emocional. É de
realçar que frequentemente as pessoas com QI (Coeficiente de inteligência) mais
elevado nem sempre são as mais bem sucedidas, é frequente vermos pessoas com um
QI mediano distinguirem-se e apresentarem melhores níveis de sucesso, o que pode
ser justificado pelo facto de apresentarem maiores níveis de QE (Coeficiente de
inteligência emocional) em relação às anteriores.
10
Apesar de as capacidades de comunicação e de relacionamento interpessoal e
intrapessoal estarem muitas vezes ligadas a uma tendência do próprio individuo, isso
não exclui que não possam ser melhoradas e aprendidas, tal como os conhecimentos.
11
3. As Soft Skills no mercado de trabalho
No que diz respeito ao mercado de trabalho, mais concretamente no sector
empresarial, é crescente a necessidade de existirem pessoas qualificadas que
dominem e sejam capazes de pôr em prática as suas Soft Skills. Tal como foi dito
anteriormente, as Soft Skills implicam noções, tais como, a capacidade de
comunicação, de iniciativa, hábitos pessoais, de simpatia, tratamento e postura,
capacidade de relacionamento, que funcionam como complemento às Hard Skills que
são as exigências técnicas necessárias para qualquer trabalho ou emprego. Nos dias
que correm são raros os empregos para “toda a vida”. Espera-se que uma pessoa que
entre no mercado de trabalho, saia dele passando, pelo menos, por dois empregos
diferentes. Por isso é que nos deparamos com uma competitividade crescente e uma
exigência cada vez maior, que levam inevitavelmente à versatilidade e adaptabilidade
por parte das pessoas.
A ideia geral é que é altamente relevante para as organizações, este tipo de
capacidades, pois representam uma parte considerável da contribuição individual da
pessoa para o sucesso da própria organização. Principalmente em organizações em
que o seu dia-a-dia se baseia na comunicação e interacção com outras empresas. A
aposta está numa comunicação eficaz e correcta, investindo no treino dos quadros
empresariais.
12
4. As Soft Skills mais valorizadas no mercado de trabalho
Para que seja mais fácil compreender o que são as Soft Skills em aplicação
directa no dia-a-dia de uma instituição, segue-se um exemplo das mais importantes:
1. Sentido de trabalho - é importante ter a noção de que é necessária dedicação
para obter um bom trabalho e ter consciência de que se tem de dar o nosso
melhor, independentemente da situação;
2. Uma atitude optimista - criando um ambiente positivo para o desenvolvimento
do trabalho;
3. Capacidades de comunicação - mais uma vez impera a ideia de que não basta
“saber-fazer” é importante saber transmitir o que se vai fazer de maneira a
conseguir articular o trabalho com as várias partes envolvidas. Nesta
capacidade é importante o rigor, a correcção, a forma de transmissão, que
deve ser adaptada ao ouvinte;
4. Gestão do tempo - é incontornável que se seja capaz de fazer uma gestão do
tempo rigorosa, cumprindo os prazos. Para que tal aconteça, é importante
conhecer todos os passos do trabalho;
5. Autonomia na resolução de problemas - ao surgir um problema ser capaz de o
resolver o mais prontamente e eficazmente possível, muitas vezes recorrendo à
criatividade;
13
6. Saber agir como membro de uma equipa - ou seja, ser tolerante em algumas
situações e saber assumir a liderança noutras, gerindo o mais correctamente
possível essas duas posições;
7. Auto-confiança - a confiança pessoal de que se é capaz de realizar o trabalho é
imprescindível para a sua concretização. Por outro lado, é necessário saber
delegar e confiar nos outros. Não ter problemas em colocar questões, não
considerar essa posição como uma exposição ou falta de inteligência, mas
antes pelo contrário, uma forma inteligente de combater possíveis mal
entendidos, e acabar assim por manter a estrutura do trabalho clara;
8. Lidar com a crítica e assumi-la com uma forma de melhorar - pode ser uma
maneira de progredir em termos de formação pessoal e profissional;
9. Flexibilidade e adaptabilidade - é importante assumir uma postura aberta e
tolerante, sabendo ser versátil no que diz respeito em lidar com as pessoas,
com alterações de planos, com novas ideias, desafios e formas de pensamento;
10. Saber trabalhar bem numa situação de pressão.
14
5. Inteligência emocional e manipulação
Todas as pessoas tem os seus interesses pessoais e metas individuais a atingir.
E para que tal seja possível, será mesmo imprescindível cultivar/desenvolver as Soft
Skills. Enunciamos que as Soft Skills agregavam uma série de capacidades de
relacionamento inter e intra pessoais. E de facto, é necessário fazer uma distinção bem
clara entre as duas. Para que seja possível atingir determinada meta, que não depende
exclusivamente de nós, é necessário existir comunicação para que cada parte
envolvida no projecto cumpra o que lhe foi incumbido. As relações que se vão
estabelecer podem ser melhoradas no sentido em que o trabalho corra o mais
idealmente possível. Para que isso aconteça, o individuo tem de ser capaz de avaliar
um conjunto de circunstâncias, entre as quais: a capacidade de trabalho e
personalidade de cada membro, e procurar encontrar afinidades. Estas regras vão
permitir uma aproximação da equipa, que se desenvolva um maior nível de confiança e
por fim, caso se propicie em alguma situação, motivar o grupo. Ao atingir este
patamar, é fácil saber como exigir o trabalho a cada parte e conseguir transmitir como
se quer que fique o produto apresentado.
O problema surge quando o indivíduo se torna capaz de dominar na perfeição as
Soft Skills e as utiliza não no sentido de realização do projecto conjunto, mas para
projecção individual servindo-se dos restantes elementos da equipa. Nesta fase é
crucial que eticamente o indivíduo seja correcto e saiba precisamente como colocar de
parte dos seus interesses individuais, que poderiam afectar todo o desempenho da
equipa.
15
6. Meios de obtenção de Soft Skills
A chave para obtenção de sucesso reside no domínio das Soft Skills. E apesar de
algumas delas serem quase inatas, com algum treino e actividades elas podem ser
aperfeiçoadas, desenvolvidas e melhoradas.
Podemos admitir que as Soft Skills, o nível de inteligência emocional, que se
associa à capacidade de relacionamento intra e inter pessoal, podem ser
correlacionadas com actividades que enriquecem o indivíduo no que se refere à sua
formação como pessoa. Mais tarde, as actividades desenvolvidas e o percurso
percorrido irão servir para particularizar a pessoa. As vivências e experiências vão
funcionar como critério de distinção.
Com alguns exemplos simples, é fácil compreender as ideias apresentadas.
Tendo em conta duas pessoas com o mesmo nível de formação, podemos supor que
tenham frequentado o mesmo curso, aparentemente não há muito que as possa
distinguir. Um dos guias pode ser a média final de curso, mas tal como foi exposto em
cima nem sempre as pessoas com melhores resultados (derivados do nível de QI) são
as que apresentam maior sucesso no futuro e na realidade do mercado de trabalho.
Para que se desempate a situação, pode-se recorrer a actividades que os indivíduos
tenham desenvolvido em paralelo, que possam ser o reflexo do seu nível de
desenvolvimento de inteligência emocional (QE). Se um deles apresentar no seu
currículo uma participação numa organização de cariz social, podemos deduzir que
possivelmente, o mesmo, terá maior consciência da relação com o outro e noção de
responsabilidade ética e indo mais longe e dependendo da função que exerceu, se tem
capacidade de gestão de recursos, se teve experiência na liderança de equipas, entre
outras.
16
7. Soft Skills estudantes do 1º ano da FEUP
7.1 Introdução
Tendo em conta o problema que foi exposto, “saber quais as Soft Skills dos
alunos do primeiro ano da FEUP apresentam Soft Skills”, foi elaborado um inquérito
que nos permitiu ter a percepção aproximada do problema. O inquérito desenvolvido
focou essencialmente na averiguação de qualidades extra curriculares que possam
funcionar como meios para obtenção de Soft Skills permitindo as respectivas
deduções. A população inquirida faz um total de 217 alunos. O inquérito é totalmente
anónimo e todos os dados adquiridos foram cuidadosamente tratados.
7.2 Inquérito
O inquérito que foi utilizado para obtenção de dados foi realizado através da
internet com recurso ao Google Docs. Uma situação que revela de alguma forma se os
alunos dominam ou não recursos informáticos. As perguntas incluídas no inquérito, e
as respectivas hipóteses de resposta, foram as seguintes:
• Qual o curso que frequenta?
� MIB
� MIEC
� MIEA
� MIEEC
� MIEIG
� MIEIC
� MIEM
� MIEMM
� MIEQ
• Domina alguma língua para além da língua materna?
17
� Sim
� Não
• Se sim qual (quais)?
� Inglês
� Francês
� Alemão
� Chinês
� Russo
� Outras
• Pratica ou praticou algum desporto?
� Sim
� Não
• Se sim, algum deles é colectivo?
� Sim
� Não
• Toca algum instrumento musical?
� Piano
� Guitarra
� Violino
� Bateria
� Flauta
� Saxofone
� Trompete
� Cavaquinho
18
� Outro
� Não toco qualquer tipo de instrumento
• Tens experiência laboral?
� Sim
� Não
• Se sim, alguma vez foi em regime de voluntariado?
� Sim
� Não
• Participa ou participou em algum tipo de instituição, organização ou
associação?
� Sim
� Não
• Já tirou a carta de condução?
� Sim
� Não
� Estou a tirar
• Se sim ou se ainda está a tirar, de qual se trata?
� Carro
� Mota
� Outra
• Se tivesse que optar por uma postura que o definisse, destas quatro qual
seria?
� Com grande capacidade de relacionamento
� Com razoável capacidade de relacionamento
� Com capacidade de relacionamento quando me identifico com as
pessoas
19
� Com dificuldades de relacionamento
• Na realização de um trabalho de grupo, qual a sua atitude?
� Demonstra-se pro-activo e assume rapidamente a liderança
� É tolerante e intervêm no sentido de resolver os possíveis conflitos
� Permanece passivo e dá seguimento ao seu trabalho
20
7.3 Análise e interpretação dos gráficos sobre as capacidades linguísticas dos inquiridos
Com a colocação desta pergunta será possível supor que um aluno que domine
uma língua seja capaz de entender e trocar ideias com um maior número de pessoas.
Por outro lado poderá representar maior agilidade mental, desenvolvimento pessoal
mais acentuado a nível de comunicação, que por sua vez dá origem a um indivíduo
mais completo e enriquecido culturalmente.
Figura 1 Domínio de línguas estrangeiras
Pela observação do grafico da Figura 1, podemos concluir que 93% dos alunos
inquiridos dominam alguma língua para além da sua lingua materna.
Dominas alguma língua para além da língua
materna?
7%
93% Não
Sim
21
Figura 2 Línguas estrangeiras faladas
Após a observação do grafico da Figura 2, podemos retirar a conclusão de que
dentro da percentagem de alunos que dominam uma língua para além da materna, a
que se destaca é o Inglês, com 203 casos. Segue-se o Francês com 24 casos. Temos
ainda 28 pessoas que dominam outras línguas como o Alemão e o Espanhol e por fim
temos 9 casos de inquiridos que não dominam qualquer língua para além da materna.
203
24
715
6 9
0
50
100
150
200
250
Se sim qual (quais)?
Inglês Francês Alemão Espanhol Outras Nenhuma
7.4 Análise e interpretação dos gráficos sobre desporto
O desporto é claramente um bom meio para obter um
de auto-confiança, permite adquirir maior desenvoltu
capacidadde rápida de processamento da acção. Por outro lado
colectivos há um increment
sensibilidade para saber lidar com outros, o conceito trabalho de
um objectivo comum e por fim saber lidar com
Figura 3 Prática desportiva
Ao analisar o grafico
algum deporto, deixando assim 12% dos alunos do primeiro ano que nunca praticaram
qualquer desporto.
88%
Pratica ou praticou algum desporto?
Análise e interpretação dos gráficos sobre desporto
mente um bom meio para obter um maior desenvolvimento
confiança, permite adquirir maior desenvoltura mental no sentido de uma
capacidadde rápida de processamento da acção. Por outro lado, ao referir desportos
colectivos há um incremento de qualidades tais como interacção interpessoal, a
sensibilidade para saber lidar com outros, o conceito trabalho de equipa para atingir
um objectivo comum e por fim saber lidar com o insucesso.
Ao analisar o grafico da Figura 3 podemos concluir que 88% pratica ou praticou
algum deporto, deixando assim 12% dos alunos do primeiro ano que nunca praticaram
12%
Pratica ou praticou algum desporto?
Sim
Não
22
Análise e interpretação dos gráficos sobre desporto
maior desenvolvimento
ra mental no sentido de uma
ao referir desportos
cção interpessoal, a
equipa para atingir
3 podemos concluir que 88% pratica ou praticou
algum deporto, deixando assim 12% dos alunos do primeiro ano que nunca praticaram
Sim
Não
Figura 4 Prática de desportos colectivos
A partir da análise do grafico
declararam praticar algum desporto, houve uma predominâ
colectivos ao invés dos individuais. De facto 61% dos inquiridos prat
colectivos, contra 39% que praticaram apenas desportos individuais.
61%
Se sim, algum deles é colectivo?
Prática de desportos colectivos
lise do grafico da Figura 4 concluimos que, dos inquiridos que
um desporto, houve uma predominância dos desportos
colectivos ao invés dos individuais. De facto 61% dos inquiridos praticaram desportos
colectivos, contra 39% que praticaram apenas desportos individuais.
39%
Se sim, algum deles é colectivo?
Sim
Não
23
4 concluimos que, dos inquiridos que
ncia dos desportos
icaram desportos
Sim
Não
7.5 Análise e interpretação dos gráficos relativos a experiência profissional
Esta pergunta foi elaborada com a i
os alunos apresentam caracterí
herarquia, de conhecimento de condições lab
como trabalhadores. Para além disso, p
quando nos referimos a trabalho de voluntariado. Ao
características como responsabilidade social, mais sensibilidade na
capacidade de análise do ambiente mais desenvolvida e auto
Com a leitura do gráfico
indivíduos inquiridos já tem algum tipo de experiê
nunca beneficiaram de qualquer tipo de experiencia laboral.
32%
Tens experiência laboral?
Figura 5 Experiência laboral
Análise e interpretação dos gráficos relativos a experiência profissional
elaborada com a intenção de permitir perceber até que ponto
os alunos apresentam características tais como a responsabilidade, sentido de
herarquia, de conhecimento de condições laborais, que adveem da sua experiê
como trabalhadores. Para além disso, podemos acrescentar mais algumas beneces
quando nos referimos a trabalho de voluntariado. Ao qual podemos associar
sticas como responsabilidade social, mais sensibilidade na
capacidade de análise do ambiente mais desenvolvida e auto-controlo.
Com a leitura do gráfico da Figura 5 rapidamente se pode dizer que 68%
dos já tem algum tipo de experiência laboral e os restantes 32%
nunca beneficiaram de qualquer tipo de experiencia laboral.
68%
Tens experiência laboral?
Sim
Não
24
Análise e interpretação dos gráficos relativos a
ntenção de permitir perceber até que ponto
sticas tais como a responsabilidade, sentido de
orais, que adveem da sua experiência
odemos acrescentar mais algumas beneces
qual podemos associar
sticas como responsabilidade social, mais sensibilidade na comunicação,
ntrolo.
rapidamente se pode dizer que 68% dos
ncia laboral e os restantes 32%
Figura 6 Experiência em voluntariado
Tendo em conta o
regime normal, e apenas 21% em regime de voluntariado.
21%
Se sim, alguma vez foi em regime de
Experiência em voluntariado
Tendo em conta o Figura 6, cerca de 79% dos alunos inquiridos trabalhou em
regime normal, e apenas 21% em regime de voluntariado.
79%
Se sim, alguma vez foi em regime de voluntariado?
Sim
Não
25
6, cerca de 79% dos alunos inquiridos trabalhou em
Não
7.6 Análise e interpretação do gráfico relativo a participação em instituições/organizações
Esta questão foi elaborada como forma de apurar até que ponto o
primeiro ano da FEUP possuem capacidades tais como: criatividade, a capacidade de
resolução de problemas, e a c
quais dos inquiridos tem facilidade em trabalhar em equipa e lidar com as outras
pessoas de forma produtiva e eficaz.
Figura 7 Participação em organizações
Neste ponto, pela aná
primeiro ano já participou ou participa em algum tipo de instituição, organização ou
associação, os restantes 51% não apresentam qualquer tipo de participação.
49%
Participa ou participou em algum tipo de instituição, organização ou associação?
Análise e interpretação do gráfico relativo a participação em instituições/organizações
Esta questão foi elaborada como forma de apurar até que ponto o
possuem capacidades tais como: criatividade, a capacidade de
resolução de problemas, e a capcidade de comunicação. Também se pretende analisar
quais dos inquiridos tem facilidade em trabalhar em equipa e lidar com as outras
pessoas de forma produtiva e eficaz.
Participação em organizações
análise do gráfico da Figura 7, cerca de 49% dos alunos do
primeiro ano já participou ou participa em algum tipo de instituição, organização ou
associação, os restantes 51% não apresentam qualquer tipo de participação.
51%
Participa ou participou em algum tipo de instituição, organização ou associação?
Sim
Não
26
Análise e interpretação do gráfico relativo a participação em instituições/organizações
Esta questão foi elaborada como forma de apurar até que ponto os alunos do
possuem capacidades tais como: criatividade, a capacidade de
apcidade de comunicação. Também se pretende analisar
quais dos inquiridos tem facilidade em trabalhar em equipa e lidar com as outras
, cerca de 49% dos alunos do
primeiro ano já participou ou participa em algum tipo de instituição, organização ou
associação, os restantes 51% não apresentam qualquer tipo de participação.
Sim
Não
27
7.7 Análise e interpretação do gráfico relativo a capacidades de tocar instrumentos musicais
Esta questão foi elaborada como forma de perceber quais dos alunos do
primeiro ano têm algum treino a nível musical. Deste treino podem surgir capacidades
tais como a concentração, a coordenação, a disciplina, a capacidade de trabalhar em
grupo, a facilidade e o à vontade necessário para enfrentar uma plateia.
Figura 8 Instrumentos tocados
Pela observação do gráfico de barras da Figura 8, destaca-se a percentagem de
53% dos alunos que não tocam qualquer tipo de instrumento, contra os 47% dos
alunos que tocam um ou mais instrumentos, destacando-se a guitarra com 30%.
38
65
9
21 12
115
0
20
40
60
80
100
120
140
Toca algum intrumento?
Piano Guitarra Violino Flauta Outro Nenhum
28
7.8 Análise e interpretação do gráfico relativo à posse de carta de condução
Os resultados obtidos reflectem até que ponto os alunos possuem sentido de
responsabilidade, noção de civismo, respeito pelas regras que são impostas. São
características fundamentais no mundo empresarial e laboral. Além disso, ter carta de
condução oferece a mobilidade de deslocação para qualquer lado, sendo muitas vezes
um requisito utilizado pelas empresas empregadoras.
Figura 9 Carta de condução
Tendo em consideração o gráfico da Figura 9, cerca de 48% dos alunos do
primeiro ano, ainda se encontram a tirar a carta, 30% já a tem em sua posse e 22% não
tirou a carta de condução.
30%
22%
48%
0
20
40
60
80
100
120Já tirou a carta de condução?
Sim
Não
Estou a tirar
29
7.9 Análise e interpretação dos gráficos relativos à auto-avaliação dos inquiridos
A pergunta que foi efectuada, tende a transparecer não só a atitude, mas
também a postura do indivíduo. A resposta referente à proactividade e liderança,
poderá significar que o indivíduo pode ter tendência a ser pouco flexível e tolerante
em relação aos outros, impondo circunstancialmente a sua posição. Um aluno que
escolhe a segunda posição, deverá ter o seu nível de sensibilidade mais apurado, tendo
possivelmente mais capacidade de lidar com os restantes elementos. A terceira
hipótese, transparece uma posição de inactividade e deslocação da actividade central
do grupo, o que poderá fazer com que exista dificuldades de comunicação.
Figura 10 Auto-avaliação
Pela análise do gráfico da Figura 10, 29% dos alunos respondem que são pro-
activos e rapidamente assumem a liderança. 61% é tolerante e intervêm no sentido de
resolver conflitos, e por fim 11% assumem-se com sendo passivos.
62
132
23
0
20
40
60
80
100
120
140
Na realização de um trabalho de grupo, qual a sua atitude?
Demontra-se pro-activo e assume rapidamente a liderança
É tolerante e intervem no sentido de resolver os possíveis conflitos
Permanece passivo e dá seguimento ao seu trabalho
30
7.10 Análise global dos resultados (procura de soluções)
Tendo em conta todos os dados presentes nos gráficos, podemos assinalar os
pontos fracos e fortes dos alunos do primeiro ano. Quanto ao domínio de uma língua
para além da materna, o valor dos que dominam é de 93%, um resultado de nenhuma
maneira brilhante, mas satisfatório. Destaca-se também pela positiva a percentagem
de alunos que pratica ou praticou desporto, cerca de 88%.
Os pontos em que é necessário haver um fortalecimento e melhoramento, é na
experiência laboral, seja em regime normal ou de voluntariado, na participação em
instituições ou organizações …. e a nível de formação musical.
Mas fazendo uma análise mais geral, pode-se concluir que os alunos do
primeiro ano deverão apresentar um nível de desenvolvimento das suas Soft Skills
aceitável.
Com vista a combater estas lacunas, por um lado, tem de haver uma maior
preocupação no ensino pré-universitário em tentar implementar novos sistemas e
métodos de trabalho. Apesar da evolução positiva que tem sofrido não é bastante,
pois continua a focalizar na transmissão do saber fazer, Hard Skills, deixando sempre
as Soft Skills em segundo plano. Está iminente a necessidade de caminhar para um
conciliar das Hard com as Soft, criando por exemplo, espaço de debates, inserção na
vida escolar de agentes de mercado, permitindo assim que os alunos progridam no
sentido de dominar a comunicação, as relações interpessoais, aprendam trocando
experiências, formando assim pessoas mais completas.
De um ponto de vista mais específico, para que seja possível que exista um maior
número de alunos a entrarem para a faculdade já com alguma experiência laboral, é
importante apoiar e criar associações que visam proporcionar este tipo de
experiências. Em contra partida, a participação em associações ou organizações, tais
como associações de estudantes, por exemplo, dependem exclusivamente do
indivíduo, que deve tentar fazê-lo para enriquecimento pessoal.
31
8. Conclusões e perspectivas de desenvolvimento
Tendo em conta todo o trabalho realizado, o mesmo reúne a informação mais
relevante sobre a definição de Soft Skills, os meios para a sua aquisição, as mais
significativas no mercado de trabalho, e até que ponto é que são eticamente correctas.
Permite ainda introduzir outros conceitos com o coeficiente de inteligência emocional
e Hard Skills.
A sua componente mais prática, deu resposta ao problema colocado
inicialmente, permitindo que haja uma aproximação real ao estado das Soft Skills dos
alunos do 1º ano da FEUP.
Como seria de esperar, para além destas duas componentes a elaboração do
trabalho por si só, permitiu por em prática algumas das Soft Skils que pesquisamos e
estudamos. Revela-se assim um trabalho relevante que tornou possível lidar com
vários materiais disponibilizados pela faculdade, conhecer os seus espaços e o mais
importante desenvolver as nossas capacidades de trabalho, de comunicação e de
gestão das relações interpessoais.
Para terminar, esperamos que com a leitura do relatório, fique bem clara a
importância das Soft Skills e a necessidade de as explorar.
32
Referências Bibliográficas
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http://jobs.aol.com/articles/2009/01/26/top-10-soft-skills-for-job-hunters/ (visitado a
Outubro 13, 2009)
Wikipedia. 2009. http://wikipedia.org/ (visitado a Outubro 5, 2009)
Fernández, Fernando. 2009. Soft Skills Para além das técnicas e tecnologias.
http://portfolio.tagus.ist.utl.pt/portfolio/DocumentoDownload.ashx?ID=67ef1c82-
95a5-47f6-8f61-43aa36c7e413 (visitado a Outubro 8, 2009)
Trigo, Vítor. 2007. Soft Skills O Desafio A Ganhar.
http://boffice.share.pt/documentos/Soft%20Skills.VT.doc (visitado a Outubro 5, 2009)
Azevedo, Ana. 2009. Relatórios em Engenharia. Apresentação no âmbito da
disciplina Projecto Feup. 22 de Setembro, 2009, Porto, Portugal.
Teófilo, Luís. 2009. Exemplo de relatório
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