Download - Solucao Lista de Aplicação Módulo 1 - 2º2013.pdf

Transcript
  • Universidade de BrasliaDepartamento de Matematica

    Calculo 2Lista de Exerccios Modulo 1 Lista 1 Solucao

    1) O objetivo desse exerccio e mostrar que limn!

    nn= 0.

    a) Verifique quen!

    nn=n

    n

    n 1n

    n 2n 3

    n

    2

    n

    1

    n

    b) Usando o item anterior, mostre que 0 1, mostre que

    |rn ||rn1 | 1, segue entao que

    |rn | = rn1rn1

    =

    1

    rn1| rn1|

    1, temos que ax =1

    xpe positiva e decrescente. Pelo teste da integral, a serie

    p-harmonican=1

    1

    npconverge se

    1

    an dn 0. Portanto a serie p-harmonica converge para qualquer p > 1.c) Se 0 < p < 1, temos que ax =

    1

    xpe positiva e decrescente. Pelo teste da integral, a

    serie p-harmonican=1

    1

    npdiverge se

    1

    an dn =.

    Temos que 1

    an dn =

    1

    np dn =[n1p

    1 p]1

    = limn

    (n1p

    1 p 1

    1 p)

    =,

    Pagina 10 de 26

  • onde usamos quelimn

    n1p =,uma vez que 1 p > 0. Por outro lado, se p = 1, temos que

    1

    an dn =

    1

    1

    ndn = [log(n)]1 = limn

    log(n) =.

    Portanto a serie p-harmonica diverge para qualquer 0 < p 1.

    Pagina 11 de 26

  • 3) Nos itens abaixo, determine se a afirmacao e verdadeira ou falsa. Se for verdadeira,demonstre porque. Se for falsa, de um exemplo que prove sua falsidade.

    a) Se a serie de termos nao-negativosn=0

    (an)2 converge, entao

    n=0

    an tambem converge.

    b) Se an bn e a serien=0

    bn diverge, entao a serien=0

    an diverge.

    c) Se lim n|an| < 1, entao lim an = 0.

    d) Para cada x R, temos que lim xn

    n!= 0.

    e) Se lim

    an+1an = 1, entao

    n=0

    an converge.

    f) Se lim

    an+1an = 1, entao

    n=0

    an diverge.

    Solucao:

    a) Falsa. Basta pensar na serie 2-harmonican=1

    (1

    n

    )2, que converge, enquanto a serie

    harmonican=1

    1

    ndiverge.

    b) Falsa. Temos que1

    n2 1n

    e que a serie harmonican=1

    1

    ndiverge, enquanto a serie

    2-harmonican=1

    1

    n2converge.

    c) Verdadeira. Se lim n|an| < 1, pelo teste da raiz, a serie

    n=0

    |an| converge, de modoque |an| 0 e, portanto, que an 0.

    d) Verdadeira. Temos que

    lim

    1(n+1)!

    |x|n+11n!|x|n = lim

    |x|n+ 1

    = 0,

    Pelo teste da razao,n=0

    |x|nn!

    converge, de modo que|x|nn! 0 e, portanto, que x

    n

    n! 0.

    e) Falsa. Basta pensar na serie harmonican=1

    1

    n, que diverge, enquanto

    lim1

    n+11n

    = limn

    n+ 1= 1.

    f) Falsa. Basta pensar na serie 2-harmonican=1

    1

    n2, que converge, enquanto

    lim

    1(n+1)2

    1n2

    = lim

    (n

    n+ 1

    )2= 1.

    Pagina 12 de 26

  • Universidade de BrasliaDepartamento de Matematica

    Calculo 2Lista de Exerccios Modulo 1 Lista 4 Solucao

    1) O objetivo desse exerccio e descobrir para que valores de x R as series dadas abaixoconvergem, convergem absolutamente ou divergem.

    a) A serien=0

    1

    n!xn.

    b) A seriek=0

    (1)k(2k)!

    x2k.

    c) A seriek=0

    (1)k(2k + 1)!

    x2k+1.

    Solucao:

    a) Aplicando o teste da razao, temos que

    lim

    1

    (n+1)!xn+1

    1n!xn

    = lim n!(n+ 1)!x

    = lim |x|n+ 1 = 0,onde usamos que (n+ 1)! = (n+ 1)n!. Segue que a serie converge absolutamente paratodo x R.

    b) Aplicando o teste da razao, temos que

    lim

    (1)k+1(2(k+1))!

    x2(k+1)

    (1)k(2k)!

    x2k

    = lim (2k)!(2k + 2)!x2

    = lim |x|2(2k + 2)(2k + 1) = 0,onde usamos que (2k + 2)! = (2k + 2)(2k + 1)(2k)!. Segue que a serie convergeabsolutamente para todo x R.

    c) Aplicando o teste da razao, temos que

    lim

    (1)k+1

    (2(k+1)+1)!x2(k+1)+1

    (1)k(2k+1)!

    x2k+1

    = lim(2k + 1)!(2k + 3)!x2

    = lim |x|2(2k + 3)(2k + 2) = 0,onde usamos que (2k + 3)! = (2k + 3)(2k + 2)(2k + 1)!. Segue que a serie convergeabsolutamente para todo x R.

    Pagina 13 de 26

  • 2) O objetivo desse exerccio e apresentar series de potencias que possuem o mesmo raiode convergencia, mas cuja convergencia nos pontos de fronteira do intervalo ocorre demaneira distinta. Verifique as seguintes afirmacoes.

    a) O domnio da serie de potenciasn=0

    xn

    e o intervalo aberto (1, 1) e ela converge absolutamente em todo intervalo aberto(1, 1).

    b) O domnio da serie de potenciasn=1

    1

    nxn

    e o intervalo [1, 1), mas ela converge absolutamente apenas no intervalo aberto(1, 1).

    c) O domnio da serie de potencias

    n=1

    (1)nn

    xn

    e o intervalo (1, 1], mas ela converge absolutamente apenas no intervalo aberto(1, 1).

    d) O domnio da serie de potencias

    k=1

    (1)kk

    x2k

    e o intervalo fechado [1, 1], mas ela converge absolutamente apenas no intervaloaberto (1, 1).

    e) O domnio da serie de potenciasn=1

    1

    n2xn

    e o intervalo fechado [1, 1] e ela converge absolutamente em todo intervalo fechado[1, 1].

    Solucao:

    a) Como

    lim

    xn+1xn = lim |x| = |x|,

    pelo teste da razao, a serie de potencias converge absolutamente quando |x| < 1 ediverge quando |x| > 1. Quando |x| = 1 a serie tambem diverge, uma vez que, nessecaso, o termo geral nao vai pra zero, pois |xn| = |x|n = 1. Portanto o domnio dessaserie de potencias e o intervalo aberto (1, 1) e ela converge absolutamente em todointervalo aberto (1, 1).

    b) Como

    lim

    1n+1xn+11nxn

    =(

    limn

    n+ 1

    )|x| = |x|,

    Pagina 14 de 26

  • pelo teste da razao, a serie de potencias converge absolutamente quando |x| < 1 ediverge quando |x| > 1. Quando x = 1 a serie tambem diverge, uma vez que, nessecaso

    n=1

    1

    n(1)n =

    n=1

    1

    n=.

    Quando x = 1 a serie converge, uma vez que, nesse cason=1

    1

    n(1)n

    e alternada e 1n 0. Mas nao converge absolutamente em x = 1, pois

    n=1

    1n(1)n =

    n=1

    1

    n=.

    Portanto o domnio dessa serie de potencias e o intervalo [1, 1), mas ela convergeabsolutamente apenas no intervalo aberto (1, 1).

    c) Como

    lim

    (1)n+1n+1

    xn+1

    (1)nnxn

    =(

    limn

    n+ 1

    )|x| = |x|,

    pelo teste da razao, a serie de potencias converge absolutamente quando |x| < 1 ediverge quando |x| > 1. Quando x = 1 a serie converge, uma vez que, nesse caso

    n=1

    (1)nn

    e alternada e 1n 0. Mas nao converge absolutamente em x = 1, pois

    n=1

    (1)nn =

    n=1

    1

    n=.

    Quando x = 1 a serie diverge, uma vez que, nesse cason=1

    (1)nn

    (1)n =n=1

    1

    n=.

    Portanto o domnio dessa serie de potencias e o intervalo (1, 1], mas ela convergeabsolutamente apenas no intervalo aberto (1, 1).

    d) Como

    lim

    (1)k+1k+1

    x2(k+1)

    (1)kkx2k

    =(

    limk

    k + 1

    )|x|2 = |x|2,

    pelo teste da razao, a serie de potencias converge absolutamente quando |x|2 < 1e diverge quando |x|2 > 1. Portanto a serie de potencias converge absolutamentequando |x| < 1 e diverge quando |x| > 1. Quando |x| = 1 a serie tambem converge,uma vez que, nesse caso

    k=1

    (1)kk

    x2k =k=1

    (1)k 1k

    e alternada e 1k 0. Mas nao converge absolutamente quando |x| = 1, pois

    k=1

    (1)kk x2k =

    n=1

    1

    k=.

    Pagina 15 de 26

  • Portanto o domnio dessa serie de potencias e o intervalo fechado [1, 1], mas elaconverge absolutamente apenas no intervalo aberto (1, 1).

    e) Como

    lim

    1

    (n+1)2xn+1

    1n2xn

    =(

    limn2

    (n+ 1)2

    )|x| = |x|,

    pelo teste da razao, a serie de potencias converge absolutamente quando |x| < 1 ediverge quando |x| > 1. Quando |x| = 1 a serie tambem converge absolutamente,uma vez que, nesse caso

    n=1

    1n2xn =

    n=1

    1

    n2

  • 3) O objetivo desse exerccio e apresentar algumas series de potencias que naturalmentepossuem raio de convergencia diferente de zero, de um e de infinito.

    a) Considere an a sequencia de Fibonacci. Utilizando o teste da raao, mostre que o raiode convergencia de

    n=1

    anxn

    e igual dado por R = 1/, onde e a razao aurea.

    b) Utilizando o teste da raiz, mostre que o raio de convergencia de

    n=1

    (1 +

    1

    n

    )n2xn

    e igual dado por R = 1/e.

    c) Utilizando o teste da razao, mostre que o raio de convergencia den=1

    nn

    n!xn

    e igual dado por R = 1/e.

    Solucao:

    a) Temos que

    lim

    an+1xn+1anxn = lim an+1an |x| = |x|

    onde usamos que

    liman+1an

    =

    Pelo teste da razao, temos que a serie de potencias converge quando |x| < 1 e divergequando |x| > 1. Ou seja, a serie de potencias converge quando |x| < 1/ e divergequando |x| > 1/, de modo que o raio de convergencia e dado por R = 1/.

    b) Temos que

    lim n

    (

    1 +1

    n

    )n2xn

    = lim((

    1 +1

    n

    )n2|x|n

    ) 1n

    = lim

    (1 +

    1

    n

    )n|x| = e|x|

    onde usamos que

    lim

    (1 +

    1

    n

    )n= e

    Pelo teste da razao, temos que a serie de potencias converge quando e|x| < 1 e divergequando e|x| > 1. Ou seja, a serie de potencias converge quando |x| < 1/e e divergequando |x| > 1/e, de modo que o raio de convergencia e dado por R = 1/e.

    c) Temos que

    lim

    (n+1)n+1

    (n+1)!xn+1

    nn

    n!xn

    = lim (n+ 1)n

    nn|x| = lim

    (1 +

    1

    n

    )n|x| = e|x|

    onde usamos que

    lim

    (1 +

    1

    n

    )n= e

    Pelo teste da razao, temos que a serie de potencias converge quando e|x| < 1 e divergequando e|x| > 1. Ou seja, a serie de potencias converge quando |x| < 1/e e divergequando |x| > 1/e, de modo que o raio de convergencia e dado por R = 1/e.

    Pagina 17 de 26

  • 4) Nos itens abaixo, determine se a afirmacao e verdadeira ou falsa. Se for verdadeira,demonstre porque. Se for falsa, de um exemplo que prove sua falsidade.

    a) Se an e positiva e decrescente e a serien=0

    an converge, entao a serien=0

    (1)nanconverge.

    b) Se a serien=0

    |an| diverge, entao a serien=0

    an diverge.

    c) Toda serie alternada converge.

    d) Toda serie alternada convergente nao converge absolutamente.

    Solucao:

    a) Verdadeira. De fato, ja sabemos que an e positiva e decrescente e, uma vez quen=0

    an

    converge, segue que an 0. Podemos entao aplicar o teste da serie alternada paraconcluir que

    n=0

    (1)nan converge, como afirmado.

    b) Falsa. Por exemplo, tome an =(1)nn

    . Temos quen=0

    |an| =n=0

    1

    ndiverge, pois e a

    serie harmonica e, no entanto,n=0

    an converge, pelo teste da serie alternada.

    c) Falsa. Por exemplo, a serie alternadan=0

    (1)n diverge, uma vez que seu termo geral(1)n nao tende a zero.

    d) Falsa. Por exemplo, tome an =(1)nn2

    . Temos quen=0

    an converge, pelo teste da

    serie alternada, e tambem quen=0

    |an| =n=0

    1

    n2converge, pois e serie p-harmonica

    com p > 1. Segue quen=0

    an e alternada e absolutamente convergente.

    Pagina 18 de 26

  • Universidade de BrasliaDepartamento de Matematica

    Calculo 2Lista de Exerccios Modulo 1 Lista 5 Solucao

    1) O objetivo desse exerccio e utilizar a derivada e a integral de series de potencias paraobter a expressao de certas series de potencias.

    a) Usando quen=0

    xn =1

    1 x

    no intervalo (1, 1), obtenha a serie de 1(1 x)2 , derivando a expressao acima, e

    obtenha a serie de log(1 x), integrando a expressao acima. Quais os raios deconvergencia das series encontradas?

    b) Usando o item anterior, mostre que

    n=1

    1

    nxn = log(1 x)

    no intervalo (1, 1). Obtenha a serie de 11 x , derivando a expressao acima, e obte-

    nha a serie de (1 x) log(1 x) + x, integrando a expressao acima. Quais os raios deconvergencia das series encontradas?

    c) Usando o item anterior, mostre que

    n=1

    (1)nn

    xn = log(1 + x)

    no intervalo (1, 1). Obtenha a serie de 11 + x

    , derivando a expressao acima, e obte-

    nha a serie de (1 + x) log(1 + x) + x, integrando a expressao acima. Quais os raiosde convergencia das series encontradas?

    d) Usando o item anterior, mostre que

    k=1

    (1)kk

    x2k = log(1 + x2)

    no intervalo (1, 1). Obtenha a serie de 2x1 + x2

    , derivando a expressao acima. Qual

    o raio de convergencia das serie encontrada?

    e) Usando o segundo item, mostre que( n=1

    1

    n2xn

    )= log(1 x)

    x

    no intervalo (1, 1).

    Solucao:

    Pagina 19 de 26

  • a) Temos quen=0

    xn =1

    1 xno intervalo (1, 1). Por um lado, derivando o lado esquerdo, obtemos(

    n=0

    xn

    )=n=1

    nxn1 =n=0

    (n+ 1)xn

    e derivando o lado direito, obtemos(1

    1 x)

    =1

    (1 x)2

    de modo que1

    (1 x)2 =n=0

    (n+ 1)xn

    Por outro lado, integrando o lado esquerdo, obtemos ( n=0

    xn

    )dx =

    n=0

    xn+1

    n+ 1+ A =

    n=1

    1

    nxn + A

    e integrando o lado direito, obtemos1

    1 x dx = log(1 x) +B

    de modo que

    log(1 x) =n=1

    1

    nxn + C

    onde C = AB. Substituindo x = 0, obtemos que C = log(1) = 0, de modo que

    log(1 x) =n=1

    1

    nxn

    Os raios de convergencia de ambas as series e R = 1, iguais ao raio original.

    b) Pelo item anterior, temos que

    n=1

    1

    nxn = log(1 x)

    no intervalo (1, 1). Por um lado, derivando o lado esquerdo, obtemos( n=1

    1

    nxn

    )=n=1

    1

    nnxn1 =

    n=0

    xn

    e derivando o lado direito, obtemos

    ( log(1 x)) = 11 x

    de modo que1

    1 x =n=0

    xn

    Pagina 20 de 26

  • Por outro lado, integrando o lado esquerdo, obtemos ( n=1

    1

    nxn

    )dx =

    n=1

    1

    n

    xn+1

    n+ 1+ A =

    n=2

    1

    (n 1)nxn + A

    e integrando o lado direito, obtemos log(1 x) dx = (1 x) log(1 x) + x+B

    de modo que

    (1 x) log(1 x) + x =n=2

    1

    (n 1)nxn + C

    onde C = AB. Substituindo x = 0, obtemos que C = log(1) = 0, de modo que

    (1 x) log(1 x) + x =n=2

    1

    (n 1)nxn

    Os raios de convergencia de ambas as series e R = 1, iguais ao raio original.

    c) Pelo item anterior, temos que

    n=1

    1

    nxn = log(1 x)

    no intervalo (1, 1). Substituindo x por x em ambos os lados, obtemosn=1

    1

    n(x)n = log(1 (x))

    de modo quen=1

    (1)nn

    xn = log(1 + x)

    no intervalo (1, 1). Por um lado, derivando o lado esquerdo, obtemos( n=1

    (1)nn

    xn

    )=n=1

    (1)nn

    nxn1 =n=0

    (1)n+1xn

    e derivando o lado direito, obtemos

    ( log(1 + x)) = 11 + x

    de modo que1

    1 + x=n=0

    (1)n+1xn

    Por outro lado, integrando o lado esquerdo, obtemos ( n=1

    (1)nn

    xn

    )dx =

    n=1

    (1)nn

    xn+1

    n+ 1+ A =

    n=2

    (1)n1(n 1)nx

    n + A

    e integrando o lado direito, obtemos log(1 + x) dx = (1 + x) log(1 + x) + x+B

    Pagina 21 de 26

  • de modo que

    (1 + x) log(1 + x) + x =n=2

    (1)n1(n 1)nx

    n + C

    onde C = AB. Substituindo x = 0, obtemos que C = log(1) = 0, de modo que

    (1 + x) log(1 + x) + x =n=2

    (1)n1(n 1)nx

    n

    Os raios de convergencia de ambas as series e R = 1, iguais ao raio original.

    d) Pelo item anterior, temos que

    n=1

    (1)nn

    xn = log(1 + x)

    no intervalo (1, 1). Substituindo x por x2 em ambos os lados, obtemosn=1

    (1)nn

    (x2)n = log(1 + x2)

    de modo quek=1

    (1)kk

    x2k = log(1 + x2)

    no intervalo (1, 1). Derivando o lado esquerdo, obtemos( k=1

    (1)kk

    x2k

    )=k=1

    (1)kk

    2kx2k1 = 2k=1

    (1)kx2k1

    e derivando o lado direito, obtemos( log(1 + x2)) = 2x1 + x2

    de modo que2x

    1 + x2= 2

    k=1

    (1)kx2k1

    O raio de convergencia de e R = 1, igual ao raio original.

    e) Temos que ( n=1

    1

    n2xn

    )=n=1

    1

    n2nxn1 =

    1

    x

    n=1

    1

    nxn

    Usando quen=1

    1

    nxn = log(1 x)

    no intervalo (1, 1), segue que( n=1

    1

    n2xn

    )= log(1 x)

    x

    no intervalo (1, 1).

    Pagina 22 de 26

  • 2) O objetivo desse exerccio e obter a serie de Taylor da funcao seno.

    a) Mostre que

    sen(n)(x) =

    sen(x), n = 4lcos(x), n = 4l + 1 sen(x), n = 4l + 2 cos(x), n = 4l + 3

    b) Use o item anterior para concluir que | sen(n)(x)| 1 para cada n 0 e todo x R.Conclua que a funcao seno e igual a` sua serie de Taylor, para todo x R.

    c) Use o primeiro item para concluir que

    sen(2k)(0) = 0 e sen(2k+1)(0) = (1)kpara todo k 0.

    d) Use os itens anteriores para concluir que

    sen(x) =k=0

    (1)k(2k + 1)!

    x2k+1,

    para todo x R.Solucao:

    a) Temos quesen(0) = sen(x), sen(4) = sen(x), sen(1) = cos(x), sen(5) = cos(x), sen(2) = sen(x), sen(6) = sen(x), sen(3) = cos(x), sen(7) = cos(x),

    b) Pelo item anterior, segue que| sen(n)(x)| 1,

    para cada n 0 e todo x R, uma vez que | sen(x)|, | cos(x)| 1. Para todo c > 0,segue que

    | sen(x) pn1(x)| cn

    n!para todo x [c, c], onde pn1(x) e o polinomio de Taylor de grau n 1 da funcaoseno. Como lim c

    n

    n!= 0, pelo teorema do Sanduche, segue que os polinomios de Taylor

    de seno se aproximam do seno, para todo x [c, c]. Como c e arbitrario, segue quesen(x) e igual a` sua serie de Taylor para todo x R.

    c) Pelo primeiro item, segue que

    sen(n)(0) =

    sen(0) = 0, n = 4lcos(0) = 1, n = 4l + 1 sen(0) = 0, n = 4l + 2 cos(0) = 1, n = 4l + 3

    de modo que sen(n)(0) = 0, quando n e par, e sen(n)(0) alterna entre 1 e 1,comecando do 1, quando n e mpar. Logo

    sen(2k)(0) = 0 e sen(2k+1)(0) = (1)kpara todo k 0.

    d) Pelos itens anteriores segue que

    sen(x) =n=0

    sen(n)(0)

    n!xn =

    k=0

    (1)k(2k + 1)!

    x2k+1,

    para todo x R.

    Pagina 23 de 26

  • 3) O objetivo desse exerccio e obter a serie de Taylor da funcao cosseno.

    a) Mostre que

    cos(n)(x) =

    cos(x), n = 4l sen(x), n = 4l + 1 cos(x), n = 4l + 2

    sen(x), n = 4l + 3

    b) Use o item anterior para concluir que | cos(n)(x)| 1 para cada n 0 e todo x R.Conclua que a funcao cosseno e igual a` sua serie de Taylor, para todo x R.

    c) Use o primeiro item para concluir que

    cos(2k)(0) = (1)k e sen(2k+1)(0) = 0para todo k 0.

    d) Use os itens anteriores para concluir que

    cos(x) =k=0

    (1)k(2k)!

    x2k,

    para todo x R.Solucao:

    a) Temos quecos(0) = cos(x), cos(4) = cos(x), cos(1) = sen(x), cos(5) = sen(x), cos(2) = cos(x), cos(6) = cos(x), cos(3) = sen(x), cos(7) = sen(x),

    b) Pelo item anterior, segue que| cos(n)(x)| 1,

    para cada n 0 e todo x R, uma vez que | sen(x)|, | cos(x)| 1. Para todo c > 0,segue que

    | cos(x) pn1(x)| cn

    n!para todo x [c, c], onde pn1(x) e o polinomio de Taylor de grau n 1 da funcaocosseno. Como lim c

    n

    n!= 0, pelo teorema do Sanduche, segue que os polinomios

    de Taylor de cosseno se aproximam do cosseno, para todo x [c, c]. Como c earbitrario, segue que cos(x) e igual a` sua serie de Taylor para todo x R.

    c) Pelo primeiro item, segue que

    cos(n)(0) =

    cos(0) = 1, n = 4l sen(0) = 0, n = 4l + 1 cos(0) = 1, n = 4l + 2

    sen(0) = 0, n = 4l + 3

    de modo que cos(n)(0) alterna entre 1 e 1, comecando do 1, quando n e par, ecos(n)(0) = 0, quando n e mpar. Logo

    cos(2k)(0) = (1)k e cos(2k+1)(0) = 0para todo k 0.

    d) Pelos itens anteriores segue que

    cos(x) =n=0

    cos(n)(0)

    n!xn =

    k=0

    (1)k(2k)!

    x2k,

    para todo x R.

    Pagina 24 de 26

  • 4) Nos itens abaixo, determine se a afirmacao e verdadeira ou falsa. Se for verdadeira,demonstre porque. Se for falsa, de um exemplo que prove sua falsidade.

    a) Se o domnio den=0

    anxn e (1, 1], entao o domnio de

    n=0

    an2nxn e (2, 2].

    b) Sen=0

    anxn converge para x = 2, entao tambem converge para x = 2.

    c) Sen=0

    anxn converge para x = 2, entao tambem converge para x = 1.

    d) Sen=0

    anxn converge para x = c, onde c > 0, mas nao converge absolutamente para

    x = c, entao o raio de convergencia dessa serie e R = c.

    e) Se o limite limxc

    n=0

    anxn existe, entao ele e igual a

    n=0

    ancn.

    f) Se a derivada den=0

    anxn em x = c existe, entao ela e igual a

    n=0

    anncn1.

    Solucao:

    a) Verdadeira. De fato, se f(x) =n=0

    anxn tem domnio (1, 1], entao

    g(x) =n=0

    an2nxn =

    n=0

    an

    (x2

    )n= f

    (x2

    ),

    tem domnio (2, 2], pois quando x percorre (2, 2], temos que x/2 percorre (1, 1].b) Falsa. Considere, por exemplo, a serie de potencias

    n=1

    (1)nn2n

    xn.

    Para x = 2, obtemos a serie harmonica alternada

    n=1

    (1)nn2n

    2n =n=0

    (1)nn

    ,

    que converge. Para x = 2, usando que (2)n = (1)n2n, obtemos a serie harmonican=1

    (1)nn2n

    (2)n =n=0

    1

    n,

    que diverge.

    c) Verdadeira. De fato, se essa serie converge para x = 2, entao seu raio de convergenciaR e maior ou igual a 2. Segue que x = 1 (R,R), de modo que a serie tambemconverge para x = 1.

    d) Verdadeira. De fato, se essa serie converge para x = c, entao seu raio de convergenciaR e maior ou igual a c. Por outro lado, se R fosse maior que c, entao x = c (R,R),de modo que a serie convergiria absolutamente para x = c. Como isso nao ocorre,temos que R = c.

    Pagina 25 de 26

  • e) Falsa. Basta considerar c = 1 e a serie geometrican=0

    xn =1

    1 x

    cujo domnio e o intervalo aberto (1, 1). Temos que o limite

    limx1

    n=0

    xn = limx1

    1

    1 x =1

    1 (1) =1

    2.

    Por outro lado,n=0

    (1)n

    sequer converge.

    f) Falsa. Basta considerar c = 1 e a a serien=1

    1

    nxn = log(1 x)

    cujo domnio e o intervalo aberto [1, 1). Temos a derivada da serie em x = 1 existee e igual a (

    n=1

    1

    nxn

    )x=1

    = ( log(1 x))x=1 =(

    1

    1 x)

    x=1=

    1

    2.

    Por outro lado,n=1

    1

    nn(1)n1 =

    n=1

    (1)n1

    sequer converge.

    Pagina 26 de 26