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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO DE LEOPOLDINA

1ª. CAPACITAÇÃO DO PROJETO ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL

OBJETIVOS:

- Oferecer condições para debate sobre questões que envolvam as oficinas do

PETI;

- Apresentar diversas atividades práticas para serem aplicadas nas oficinas;

- Discutir os aspectos positivos e negativos das oficinas;

- Compreender a necessidade de realizar um planejamento coletivo na escola e

escolher o melhor caminho para a interdisciplinaridade.

DESENVOLVIMENTO:

1- DINÂMICA

- Aplicação da Dinâmica do Pom Pom da Vida:

Sente-se em círculo com os cursistas no chão. Com alguns novelos de lã, inicie

falando sobre você, sua vida, profissão etc. e, enquanto fala, vá enrolando a lã

num pequeno pedaço de papel cartão. Ao terminar de falar sobre você, passe o

novelo de lã e o cartão com a lã que você enrolou para seu aluno, questionando-o

se deseja mudar a cor do novelo. Um a um, os cursistas deverão continuar

enrolando o novelo e contando um pouco sobre si até que o objeto volte às suas

mãos.

Amarre o meio do novelo e explore o objeto dizendo que agora ele faz parte da

vida de todos, pois, ali tem um pouquinho da história de cada um.

Com uma tesoura, corte o lado oposto do novelo enrolado, formando um pom-

pom. Solicite que os cursistas coloquem um nome para o pom-pom. Explique-lhes

que o objeto confeccionado por eles terá uma finalidade: só poderá falar, durante

as atividades, quem estiver com o pom-pom nas mãos e só o terá se solicitá-lo, ao

coordenador, levantando o dedo.

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Use e abuse deste objeto, que disciplinará o saber falar na hora certa e o saber

ouvir o colega.

2- SÍNTESE DO PETI

- Relembrando o que é, como funciona, qual a metodologia, quais os espaços

do PETI

Técnica Verborragia

Disponha a turma em círculo e distribua papéis para todos. Se possível, coloque

uma música de fundo. De canetas em punho, peça para que cada cursista comece

a escrever tudo o que lhe passar pela cabeça a respeito da Escola de Tempo

Integral. Diga-lhes que não se preocupem com a coerência, apenas que registrem

exatamente o que estiverem pensando naquele momento. Deverão escrever

simplesmente, sem parar para pensar no que vão escrever. Marque cerca de 30

segundos e peça para que cada um passe sua folha para o colega da esquerda.

Desta feita, todos continuarão a tarefa na folha que receberam. Como não

poderão parar de escrever, não farão a leitura da folha recebida. Marque outros 30

segundos e repita o processo até que as folhas retornem às mãos de quem as

possuía no princípio da atividade.

Para finalizar a atividade, solicite leituras em voz alta de alguns dos textos criados.

3- TEXTO GERADOR: OLHA O OLHO DA MENINA – MARISA PRADO

a- Técnica (divisão em grupos)

Cada parte do texto gerador conterá um número, que é resultado de uma

multiplicação do número 5. Os pares deverão se encontrar e posicionar-se de

forma a fazer um jogral do texto.

b- Leitura do Texto “Olha o Olho da Menina” Marisa Prado

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Olha O Olho da Menina

Marisa Prado

Ilustração: Ziraldo

Menina crescia escutando

que não adiantava mentir

porque mãe sempre sabia

Mãe dizia

que lia na testa da Menina,

e que só Mãe sabia ler testa.

Menina tentava tapar a testa com a mão

na hora de mentir.

Mãe achava graça. Muita graça.

E continuava lendo assim mesmo

Menina precisava entender

como essa coisa misteriosa acontecia.

No espelho do banheiro,mentia muito em silêncio.

E na testa, nada escrito!

Aí, Menina descobriu que Mãe também mentia.

E que então não era testa

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- era o olho, com um brilho diferente -

que entregava a mentira.

Menina então tentava fechar o olho com força,

para esconder a Mentira.

Mas nem isso resolvia, pois Mãe sempre adivinhava.

Menina tinha era que aprender

a fingir de olho aberto que mentira era verdade.

Menina tentou, tentou... e aprendeu.

Era essa a solução.

Mas de noite Menina ficava apertada por dentro. Assim meio sufocada, não podia

nem piscar.

Com o olho muito aberto, não conseguia dormir.

Faltava ar pra Menina.

Igual quando a gente fica quase sem respirar

rindo de uma cosquinha. Só que não tinha graça.

Menina - sem querer –

tinha descoberto a Consciência,

uma coisa que toma conta da gente

mesmo quando Mãe não está lendo testa,

nem adivinhando olho.

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Menina tinha aprendido que ter que fingir doía.

E que desse jeito ia ficar muito sem graça

ser gente grande.

Menina desistiu de crescer.

Mas não adiantava.

Menina via que agora já estava quase da altura

do móvel da sala da vovó.

E ficava muito triste, o aperto apertando mais.

E de tanto que o aperto apertava,

Menina achou que fingir só podia doer tanto

porque era dor sozinha.

Menina teve uma idéia, e ainda não sabia

se era idéia brilhante.

Mas sabia - isso sim - que precisava testar,

pra conseguir descobrir.

A idéia da Menina foi dizer para Mãe

que era difícil fingir.

Menina achava ruim aprender montes de coisas

sem dividir com ninguém.

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Menina falou pra Mãe que era muito complicado

e que não era nada bom ter que crescer sozinha.

Mãe abraçou muito apertado a Menina.

E no colo tão esperado Menina estava sendo mãe da Mãe.

Menina sentiu que Mãe estava chorando.

E que Mãe ainda não tinha aprendido tudo.

Mãe não falava nada

Mas uma e outra sabiam naquele abraço apertado

que em Mãe também doía ser gente grande sozinha.

c- Exploração do Texto

Discuta a história com os cursistas

- Sobre o que fala o texto?

- Quem narra o texto? Mãe, Menina, ou outro?

- O que significa a frase: “E no colo tão esperado Menina estava sendo mãe da

Mãe.”

- Há palavras desconhecidas?

- Há passagens que não ficaram claras?

- Explore a narrativa com os cursistas até que não restem dúvidas.

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- Motive-os a conceituar o significado de mentira, crescer, fingir, dor, consciência.

- Anote todos os termos e seus significados, para que eles organizem um

dicionário.

- Solicite dos cursistas os nomes para os personagens.

4- RECONTO DA HISTÓRIA

A- Organize os cursistas nos grupos formados para no início e peça que cada

grupo represente a história de uma forma diferente: pode ser por meio de

desenho, montagem das personagens em massinha, dramatização, colagem,

pintura, etc. Promova uma exposição dos trabalhos dos cursistas.

B- Os cursistas deverão criar uma melodia para o texto e cantá-lo.

5- OFICINA DE MATEMÁTICA

A- O OLHO MÁGICO

MATERIAL NECESSÁRIO: Cópias do Triângulo do Olho Mágico

DESENVOLVIMENTO:

a- Entregue a cada cursista um triângulo como o que está indicado abaixo e

solicite que por tentativa distribuam a seqüência dos números de 1 a 6, nos

círculos de modo que a soma dos três números, sobre qualquer um dos lados

triângulo seja a mesma. Por exemplo, igual a 10. Informe aos cursistas que um

triângulo com essa propriedade é chamado olho mágico.

Dê um tempo para os cursistas se organizarem em grupos de 4 e discutirem até

chegar a uma solução.

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Verifique em seguida quantas e quais foram as soluções encontradas pelos

grupos. Reúna-as em cartazes de modo que possa ser feita uma comparação

entre as figuras, destacando as diferenças e semelhanças observadas....

b- Proponha outros tipos de situações para os grupos, dando um tempo para

discutirem cada uma delas.

Distribua novamente os números, no triângulo de modo a obter a mesma soma

sobre os lados, porém, diferente de 10. É possível encontrar outras somas?

Quais? Qual a maior e a menor soma possível encontrada?

No processo de ensaio e erro que os cursistas experimentarão para encontrar as

soluções é provável que algumas propriedades do olho mágico sejam explicitadas.

O que pode ser verificado através de uma sistematização das conclusões a que

cada grupo chegou.

c- Ainda, usando esses mesmos critérios, proponha que eles construam olhos

mágicos com outras seqüências de números, por exemplo:

1) 2,4,6,7,10,12.

2) 2,3,4,9,10,11.

Pergunte se eles perceberam algum processo mais organizado, que permita

determinar olhos mágicos com qualquer seqüência de números.

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B- TRABALHANDO COM GRÁFICOS

Material

Fita métrica, papel quadriculado, papel pardo, pincel atômico e fita crepe.

Peça aos cursistas que formem grupos de quatro de modo que em cada grupo

haja pelo menos uma fita métrica. Converse com eles sobre o que são medidas de

comprimento, para que servem, onde elas podem ser usadas e como são

organizadas.

Em seguida dê um tempo para que eles possam medir um ao outro e anotar os

dados. Acompanhe a medida e certifique-se de que eles não têm dúvidas de

interpretação, nem com o vocabulário. Oriente para que trabalhem em grupo para

maior eficiência nos resultados.

Uma vez levantadas as medidas, discuta com eles os resultados analisando uma

forma de representar as medidas de todos os cursistas da turma de modo que

seja possível saber quantas pessoas têm a mesma altura, qual a mais alta e a

mais baixa. Espere pelas sugestões deles, provavelmente eles proporão fazerem

grupos, uma lista com os nomes, etc. Discuta cada uma das propostas e

apresente também a sua em forma de tabela.

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6- OFICINA COM ATIVIDADES ESPORTIVAS

A- TRAVESSIA DA FLORESTA DOS MENTIROSOS

Traçar no chão um retângulo bem grande (sendo a floresta). Dentro ficam três

participantes que são os mentirosos, fora ficam os demais, à vontade. Dado o

sinal de início, os jogadores que estão fora tentam cruzar o retângulo, isto é, a

"floresta", sem serem pegos pelos mentirosos. Os três jogadores de dentro tentam

pegar os outros "forasteiros" que cruzam a floresta de um lado para o outro. Quem

for preso, passa a ajudar os mentirosos.

7- OFICINA DE FORMAÇÃO PESSOAL

A- TROCA DE PALAVRAS

Objetivo do Jogo:

Encontrar soluções para os problemas recebidos pelos grupos.

Propósito: Pensar, juntos, sobre a importância de soluções viáveis para as

questões morais, trabalhar os Valores Humanos e a cooperação intra e inter-

grupal. Alguns Valores Humanos trabalhados:

- Respeito para com a opinião do outro;

- Comunicação para a resolução dos conflitos;

- Flexibilidade e abertura para ouvir o outro e entendê-lo;

- Não violência para que os conflitos possam ser resolvidos de maneira pacífica;

- Ética para encontrar a solução melhor para o grupo e não só para si.

Recursos:

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Tiras de papel e Canetas

Número de Participantes:

O jogo pode ser compartilhado em duplas, trios, quartetos ou quintetos. Não há

um número mínimo de grupos, podendo ser recriado conforme a necessidade.

Duração:

O jogo pode ter vinte minutos para a etapa dentro dos grupos e mais vinte para os

relatos. Mas pode ser modificado de acordo com o interesse dos participantes.

Descrição:

As tiras de papel são previamente preparadas com palavras-solução de questão

moral. Outras tiras com palavras-problema – verdade, consciência, entre outras.

Os participantes são divididos em grupos e recebem as palavras-problema. São

distribuídas até que todas acabem. Em seguida os grupos recebem as palavras-

solução, da mesma maneira. O objetivo é que cada grupo disponha as palavras

problema em ordem de prioridade a serem solucionadas. Usarão, então, depois as

palavras-solução. Em seguida o grupo escolherá um relator que comentará a

experiência. Há possibilidade dos grupos trocarem palavras-solução para melhor

adequação e resolução do problema.

Dicas:

Este é um jogo de reflexão que pode ter inúmeras variantes de acordo com o

grupo. Para grupos em que haja conflitos, por exemplo, o facilitador pode dispor

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das palavras-problema de maneira que possam proporcionar a discussão destes

conflitos e suas causas.

Outra possibilidade, em se tratando de um Jogo Cooperativo, é a troca de

palavras ou mesmo de participantes que funcionarão como conciliadores, podendo

experimentar uma outra situação. O importante é o exercício da discussão, da re-

flexão e da cooperação para a solução de conflitos.

PALAVRAS-SOLUÇÃO PALAVRAS-PROBLEMASVERDADE INVENTAR UMA DESCULPA

CONSCIÊNCIA FALAR O QUE PENSARESPEITO DISCUTIR COM OS OUTROS

HONESTIDADE ENCONTRAR AS ENTRADAS DO CINEMA E NÃO DEVOLVÊ-LAS AO SENHOR QUE AS

PERDEUCONFIANÇA CONTAR SEGREDOS DOS AMIGOSESPERANÇA DUVIDAR QUE TERÁ ALGUMA COISA

COMPARTILHAR PENSAR SOMENTE EM SIRECIPROCIDADE TRATAR MAL QUEM NOS TRATA BEM

LIBERDADE DIZER A ALGUÉM COMO VIVERACREDITAR ACHAR QUE TODAS AS PESSOAS SÃO

DESONESTAS

B- TÉCNICA ERA UMA VEZ... – CONSTRUÇÃO DE TEXTO COLETIVO

- Fazer a caracterização de bruxa para iniciar uma técnica de produção de texto

oral, cujo tema seja: Mentira.

- Em círculo, os participantes deverão utilizar um rolo de barbante e segurar um

pedaço marcando o seu limite. Ao final, à medida que o enrolarem construirão

uma história dando seqüência ao colega anterior.

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