nº 1565 – 01 ago. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.
Sumário
Palavra da Casa
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Olerícolas
Frutícolas
Outras Culturas
Criações
Preços Semanais
Notas Agrícolas
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar
I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2019. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.
Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
CDU 63(816.5)
© 2019 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 2, 01 ago. 2019
Palavra da Casa
Emater/RS-Ascar confirma diversidade de ações na Expointer
Conectando Agricultores e Consumidores é o tema central que será apresentado pela Emater/RS-Ascar na 42ª
Expointer, de 24 de agosto a 1º de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Como já é tradicional, estamos ultimando os preparativos para a participação da Emater/RS-Ascar na exposição,
na qual apresentaremos uma mostra das ações de assistência técnica e extensão rural e social (Aters) que desenvolvemos
no Estado.
Nesta edição da Expointer, lançaremos um aplicativo que possibilitará aos visitantes o acesso digital a todo o
material informativo/técnico das temáticas divulgadas no Espaço da Emater e no Pavilhão da Agricultura Familiar.
Com esse aplicativo, oferecemos ao público visitante a rica diversidade de atividades que nossa Instituição
executa em todo o Estado, aliando e aproximando extensionistas rurais, agricultores e consumidores.
Com uma área de 14 mil m², bem ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar, o Espaço da Emater na Expointer
favorece a apresentação e as demonstrações técnicas de Apicultura e Meliponicultura, mostrando a cadeia do mel das
abelhas com ferrão e melíponas (sem ferrão); de Fruticultura, que divulgará as Boas Práticas Agrícolas e os cuidados na
implantação de pomares comerciais e domésticos; a Energia Solar Fotovoltaica, importante insumo aos produtores rurais; e
o espaço interativo da Biodiversidade, para reconhecimento e troca de experiências sobre sementes crioulas, plantas
alimentícias não convencionais, as Pancs, além de frutas e tubérculos.
Vamos apresentar aos visitantes diferentes formas de cultivo e usos das plantas medicinais, aromáticas e
condimentares, como uma ferramenta geradora de renda, promotora de saúde e oportunidade de sucessão rural. A
olericultura com ênfase na Certificação de Orgânicos e alimentação saudável será apresentada em três sistemas de
produção: estufa, sombrite e pequenas estruturas de túneis, correlacionando técnicas de produção comercial com cultivo
em pequenos espaços e horta urbana.
As diferentes áreas de atuação da Emater/RS-Ascar serão exemplificadas também na demonstração de produção
como a produção de leite à base de pasto, com espécies forrageiras; a piscicultura, com ênfase na qualidade da água; o
melhoramento genético nos rebanhos de pecuaristas familiares; a secagem e armazenagem de grãos, a partir de
tecnologias desenvolvidas pelos nossos extensionistas, como o silo de alvenaria com ar forçado; e as agroindústrias,
divulgando os resultados conquistados pelos empreendedores familiares assistidos pela Emater/RS-Ascar, com exposição
de equipamentos para a fabricação de melado, comercializados no Pavilhão da Agricultura Familiar.
Também no Espaço da Emater poderá ser conferido o trabalho de assessoramento às cooperativas, focando na
intercooperação, nos mercados institucionais de comercialização de alimentos e no fornecimento de alimentos saudáveis
da agricultura familiar para a população em geral. Nesse espaço também serão divulgados os serviços de classificação de
produtos vegetais e certificação, que têm por objetivo garantir mais qualidade e maior segurança no controle da qualidade
dos alimentos.
Neste ano, damos seguimento à divulgação de ações de Aters em saneamento básico, priorizando a promoção da
saúde e a qualidade do ambiente em geral. A educação ambiental também é uma atividade de Aters, e na Expointer serão
divulgados os trabalhos de agrofloresta e agroecologia, em parceria com o ComiteSinos e os centros ambientais. As ações
de Aters voltadas à promoção do turismo rural serão divulgadas com a apresentação de rotas e roteiros turísticos
executados por empreendimentos de turismo rural assessorados pela Emater/RS-Ascar.
Percorrendo esse caminho, reafirmamos a certeza que diversificar e produzir com competividade, qualidade e
sustentabilidade é possível quando se conta com o serviço de Aters executado pela Emater/RS-Ascar nos municípios
gaúchos.
Venha visitar o Espaço da Emater na Expointer!
Estão todos convidados!
Geraldo Sandri
Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar
DESTAQUES
Trigo – Rio Grande do Sul finaliza o plantio.
Memória Ano 30 – Na seção que destaca os 30 anos do Informativo Conjuntural, resgatamos a
conjuntura sobre trigo publicada nesta mesma época em 1989, 1990 e em 2010.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 3, 01 ago. 2019
Condições Meteorológicas
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 25 A 31/07/2019
A última semana novamente apresentou altos volumes de chuva e temperaturas
amenas no RS. Na quinta (25) e sexta-feira (26), a propagação de uma frente fria provocou
chuva em todas as regiões, com registro de chuva forte e altos valores acumulados,
principalmente na Metade Sul. No sábado (27) e domingo (28), a presença de uma massa de
ar frio e seco afastou a nebulosidade e manteve o tempo firme, com temperaturas mais
baixas em todo Estado. Na segunda-feira (29), o ingresso de umidade favoreceu o aumento
da nebulosidade e ocorreram pancadas isoladas de chuva. Na terça (30) e quarta-feira (31), o
tempo permaneceu seco, com temperaturas amenas em todas as regiões.
Os totais observados oscilaram entre 15 e 35 mm na maioria dos municípios da
Metade Norte. No restante do Estado, os valores variaram entre 40 e 65 mm em
praticamente todas as localidades. Na Campanha e Zona Sul, os volumes superaram 80 mm
e excederam 100 mm em algumas localidades. Os valores mais elevados registrados na rede
de estações INMET/SEAPDR ocorreram em Rio Grande (77 mm), São Vicente do Sul (83 mm),
Quaraí e Santiago (84 mm), Alegrete (95 mm), Encruzilhada do Sul e Santana do Livramento
(96 mm), Bagé (103 mm), Dom Pedrito (110 mm) e São Gabriel (123 mm).
A temperatura mínima ocorreu em Jaguarão (4,0°C) em 28/07 e a máxima do
período foi observada em Teutônia (25,9°C) em 31/07.
Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 17/07/2019.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 4, 01 ago. 2019
PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 01 A 07/08/2019
Nos próximos sete dias, o frio intenso retorna ao RS, com temperaturas negativas e
geadas. Na quinta-feira (01/08) o tempo permanecerá seco e com temperaturas elevadas, e
somente na Campanha e Fronteira Oeste há possibilidade de pancadas de chuva a partir da
tarde. Na sexta (02), a propagação de uma frente fria provocará chuva, com declínio das
temperaturas em todas as regiões. A combinação de ar frio e umidade mantém a
possibilidade de queda de neve no Planalto e na Serra do Nordeste. No sábado (03) e
domingo (04), a presença de ar frio e seco manterá o tempo firme e as temperaturas baixas,
com valores negativos em algumas localidades e formação de geadas na maior parte do
Estado. Na segunda-feira (05), o ar frio começará a perder intensidade e as temperaturas
estarão em gradativa elevação. Na terça (06) e quarta-feira (07), o tempo permanecerá seco,
com nevoeiros ao amanhecer e grande amplitude térmica, com temperaturas mais baixas no
período noturno e valores mais elevados durante o dia, com temperaturas máximas
próximas a 25°C na maioria das regiões.
Os volumes de chuva previstos deverão ser inferiores a 10 mm na Campanha e na
Fronteira Oeste. Nas demais regiões, os totais esperados deverão variar entre 10 e 20 mm
na maioria dos municípios, e poderão superar 25 mm no Vale do Rio Pardo e na região
Metropolitana.
Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 5, 01 ago. 2019
Grãos
No final da edição, oferecemos um mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar.
CULTURAS DE INVERNO
Trigo
Nesta safra, a área inicialmente estimada para o cultivo do trigo é de 739,4 mil
hectares, cujo plantio foi encerrado nesta semana. De modo geral, as lavouras se
desenvolvem bem, apesar da heterogeneidade das chuvas e do frio nos últimos dois meses
no Estado.
Fases da cultura do trigo no Rio Grande do Sul
Trigo 2019
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 01/08 Em 25/07 Em 01/08 Em 01/08
Plantio 100% 99% 100% 100%
Germinação/Des. vegetativo 97% 97% 98% 97%
Floração 3% 3% 2% 3%
Enchimento de grãos 0% 0% 0% 0%
Maduro e por colher 0% 0% 0% 0%
Colhido 0% 0% 0% 0%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
*Média safras 2014-2018.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (30% da área do Estado), que engloba os
Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a cultura vem apresentando bom
desenvolvimento vegetativo com um bom stand de plantas. Em 98% da área de 221 mil
hectares a cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (final do estádio de
perfilhamento e iniciando elongação) e 2% no início da floração. Durante a semana, os
produtores deram continuidade a tratos culturais, tais como adubação nitrogenada, controle
da ervas daninhas e controle de doenças, nas áreas com boa umidade no solo. No município
de Ijuí e Três Passos, observou-se o ataque da lagarta-rosca, e os produtores estão
enfrentando dificuldades técnicas para o controle eficiente. Os municípios de Joia e Cruz
Alta, respectivamente com 18 mil hectares e 15 mil hectares, têm a maior área cultivada na
região.
Na regional de Santa Rosa (27% da área de trigo do Estado), que compreende os
Coredes Fronteira Noroeste e Missões, 97% das lavouras estão em desenvolvimento
vegetativo (perfilhamento e iniciando elongação) e 3% da área encontra-se em
florescimento. De modo geral as lavouras evoluíram em relação à semana anterior, devido à
boa umidade no solo que possibilitou a aplicação de adubação em cobertura. Assim, com o
frio e a umidade do solo, reduziram-se os ataques de lagartas. O desenvolvimento da cultura
requer monitoramento semanal em relação a pragas e doenças. Os produtores não
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 6, 01 ago. 2019
realizaram pulverizações preventivas para doenças no trigo na região. Os municípios de
maior área na região são Giruá, com estimativa de cultivo em 23 mil hectares, e São Luiz
Gonzaga e São Miguel das Missões, em 18 mil hectares cada.
Na regional de Frederico Westphalen (14% da área no Estado), que corresponde aos
Coredes Rio da Várzea e Médio Alto Uruguai, em 97% das lavouras o trigo está em
desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo) e em 3% delas, em
início da floração. Produtores realizam adubação em cobertura, aplicação de fungicidas
preventivos e herbicidas visando o controle de invasoras, principalmente o azevém e a aveia.
Na região, Palmeira das Missões (com nove mil hectares), Chapada (6,5 mil hectares) e Boa
Vista das Missões (com seis mil hectares) são os municípios com a maior estimativa de área
cultivada na região.
Na regional de Passo Fundo (6,5% da área com trigo no Estado), que engloba os
Coredes Produção e Nordeste, a cultura está em fase de germinação e desenvolvimento
vegetativo. Os produtores realizam monitoramentos habituais de pragas e doenças, e a
aplicação de adubação em cobertura e em algumas lavouras utilizando tratamentos
fitossanitários. No entanto, a baixa precipitação ocorrida na região (em média 26,9 mm,
segundo a estação meteorológica da Embrapa Trigo de Passo Fundo) entre 14 e 29 de julho
dificultou o bom desenvolvimento da cultura do trigo. Os municípios de Almirante
Tamandaré do Sul, Lagoa Vermelha e Coxilha (com quatro mil hectares, 3,8 mil hectares e
três mil hectares, respectivamente), são os municípios com maior estimativa de área.
Na regional de Santa Maria (5,5% da área do Estado), que engloba os Coredes
Central, Vale do Jaguari e Jacuí Centro, em 95% da área as lavouras encontram-se na fase
de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento de colmos) e 5% no início da
floração. Na última semana ocorreu excesso de chuvas e houve dias com baixa luminosidade
na região. Essas condições contribuíram para aumentar a pressão de doenças fúngicas na
cultura do trigo. Por isso, os produtores aumentaram o monitoramento das lavouras. Na
região, as maiores áreas estão situadas nos municípios de Tupanciretã, com 14,8 mil
hectares; Santiago, com 5,5 mil hectares; e Júlio de Castilhos e Capão do Cipó, com
estimativa de cinco mil hectares de área cultivada com trigo em cada município.
Em toda a área cultivada na regional de Bagé (5,1% da área com trigo no Estado), que
engloba os Coredes Campanha e Fronteira Oeste, as lavouras encontram-se na fase de
desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento dos colmos). As precipitações
constantes na região Sul do Estado resultaram em excesso de umidade e baixa luminosidade
diária, deixando os produtores em alerta. Os municípios com maior estimativa de cultivo são
São Borja, com 13 mil hectares; Itaqui, com seis mil hectares; e São Gabriel, com quatro mil
hectares de área cultivada com trigo.
Na regional de Caxias do Sul (4% da área do Estado), que corresponde aos Coredes
Campos de Cima da Serra e Hortênsias, a semeadura foi concluída antes do final do período
recomendado pelo zoneamento agrícola, que se estende até 20 de agosto nos municípios
dos Campos de Cima da Serra. As condições ambientais foram muito favoráveis para a
realização da semeadura em todo o mês de julho. O período foi de temperatura amena, com
pouca chuva, porém com umidade suficiente para a germinação e o desenvolvimento inicial
das lavouras. Sob tais condições, apresentam bom desenvolvimento vegetativo até o
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 7, 01 ago. 2019
momento, mantendo a perspectiva de bons rendimentos. A produtividade média esperada
para a região da Serra e Campos de Cima da Serra é de 3,5 toneladas por hectare. Em área
de produção, o destaque fica com os municípios de Muitos Capões, com estimativa de 13 mil
hectares de área cultivada, seguido de Vacaria, com cinco mil hectares, e de Esmeralda, com
dois mil hectares.
Na regional de Erechim (com 3,3% da área do Estado), que corresponde ao Corede
Alto Uruguai, as lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo. De modo geral, as
lavouras de trigo encontram-se com bom desenvolvimento e os produtores realizam os
tratos culturais, tais como o controle de invasoras e a aplicação de adubação em cobertura.
Os municípios com a maior área cultivada da região são Sertão – estimados quatro mil
hectares com cultivo de trigo; Campinas do Sul, três mil hectares; e Cruzaltense, dois mil
hectares.
Na regional de Soledade (com 3% da área com trigo no Estado), que engloba os
Coredes Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a cultura foi beneficiada com
chuvas ocorridas no início da semana, que elevaram o nível de umidade do solo, e dias
ensolarados, no final da semana. A partir destas condições favoráveis, a cultura apresentou
bom desenvolvimento vegetativo. Com tal quadro geral, os produtores estão realizando os
tratos culturais como adubação em cobertura e controle de invasoras de forma mais
eficiente. Em casos pontuais, foram registradas lavouras com a incidência da lagarta
Spodoptera, conhecida também como lagarta-do-cartucho; consequentemente foi
necessário o controle químico. Na regional, Espumoso (com estimativa de 11 mil hectares),
seguido de Victor Graeff (com três mil hectares) e Soledade (com 2,5 mil hectares) são os
municípios com maior estimativa de área cultivada.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio semanal no Rio Grande do Sul foi de R$ 41,46/sc., valor 1,0% superior
ao da semana anterior. Na regional de Ijuí, os preços praticados ficaram entre R$ 40,50 e R$
42,00/sc. Em Santa Rosa, o preço médio foi de R$ 40,90/sc. para trigo com pH 78. Na
regional de Passo Fundo, o preço médio recebido foi de R$ 41,50/sc. e na regional de
Erechim o preço médio esteve em R$ 41,00/sc. O preço mínimo estabelecido é de R$
40,57/sc. para o trigo em grão safra 2019-2020 (Portaria nº 31, de 11/03/2019) para a região
Sul, tipo 1 (pão) com pH 78.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2086, de 01 de agosto de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento.
Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 8, 01 ago. 2019
Notas Agrícolas
Na edição de 26 de julho de 1989, a regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul
informava via telex a finalização do plantio de trigo, com redução da área em 21%
relativamente ao ano anterior. No ano seguinte, na edição de 25 de julho, o Informativo
Conjuntural registrava igualmente a finalização do plantio de trigo no Estado, destacando na
sequência os efeitos das fortes chuvas na área de trigo em Santa Rosa. Dez anos depois, da
edição 1095, de 29 de julho de 2010, a informação da conclusão do plantio de trigo é
associada ao tipo de sistema de cultivo.
Canola
Para esta safra, a estimativa de plantio de canola é de 32,7 mil hectares, com
rendimento médio de 1.258 quilos por hectare. Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria e Bagé são
regiões da Emater/RS-Ascar principais produtoras dessa oleaginosa.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 9, 01 ago. 2019
Na regional de Santa Rosa (34,2% da área do Estado), que engloba os Coredes
Missões e Fronteira Noroeste, 10% da área plantada com canola encontra-se em
desenvolvimento vegetativo, 53% em floração e 37% em início de enchimento do grão. As
chuvas em excesso ocorridas em alguns municípios e a baixa insolação reduziram o
desenvolvimento das plantas, atrasando o ciclo. As geadas em algumas lavouras provocaram
o abortamento das flores, o que levou os produtores a solicitarem o amparo do Proagro.
Fatores meteorológicos vão se somando e contribuindo de certa maneira para uma possível
diminuição nos rendimentos da cultura.
Na regional de Ijuí (22% da área do Estado), que engloba os Coredes Alto Jacuí,
Celeiro e Noroeste Colonial, 50% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 35%
em floração e 15% delas encontram-se na fase de enchimento de grão. Apesar de alguns
problemas nas primeiras síliquas formadas, decorrentes das geadas da primeira quinzena de
julho, a cultura apresenta bom desenvolvimento. Nos plantios em locais baixos, observou-se
pequena necrose nas extremidades das folhas.
Na regional de Santa Maria (16% da área do Estado), que engloba os Coredes Central,
Jacuí Centro e Vale do Jaguari, 68% da área com a cultura da canola encontra-se na fase de
desenvolvimento vegetativo, 15% em floração e 17% na fase de enchimento de grão.
Na regional de Bagé (13,4% da área do Estado), que engloba os Coredes Campanha e
Fronteira Oeste, a cultura encontra-se com 50% da área na fase de desenvolvimento
vegetativo, 25% em floração e 25% na fase de enchimento de grãos.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço da canola na região de Santa Rosa foi negociado em média a R$ 67,05/sc. Na
regional de Ijuí, o preço médio praticado foi de R$ 63,80/sc. Em Cachoeira do Sul, que
integra a regional de Santa Maria, o produto foi comercializado por R$ 60,00/sc., mesmo
preço da semana anterior.
Cevada
A área implantada com a cultura no Rio Grande do Sul é de 42,4 mil hectares, com
rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. A maioria das lavouras plantadas com
cevada estão na fase de desenvolvimento vegetativo.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (22,4% da área do Estado), a cultura
apresenta bom desenvolvimento inicial e plantas com boa condição fitossanitária. A área
total com o plantio da cultura encontra-se em desenvolvimento vegetativo, e as primeiras
lavouras plantadas estão em estágio de alongamento do colmo. Foram realizados tratos
culturais, especialmente adubação em cobertura, nas regiões que apresentaram umidade
ideal. O preço médio na regional foi de R$ 51,00/sc. Os principais municípios produtores são
Ibirubá com dois mil hectares e Selbach com 1,1 mil hectares.
Na regional de Erechim (com 20,9% da área cultivada com cevada), a cultura de
cevada encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo. Na semana, os produtores
intensificaram a adubação de cobertura. Os municípios de maior área estimada são Sertão
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 10, 01 ago. 2019
com dois mil hectares, Getúlio Vargas com 1,3 mil hectares e Erebango com estimativa de
mil hectares.
Na regional de Bagé (2,1% da área do Estado), as lavouras estão situadas em Hulha
Negra, e foram estabelecidas no início de junho; entram agora na fase de alongamento dos
colmos. O início das aplicações de fungicidas está previsto para ocorrer a partir da próxima
semana, seguindo o programa de manejo fitossanitário, se necessário. As lavouras de cevada
implantadas no início de julho estão em fase de perfilhamento, com expectativa de melhoria
do stand após a chuva ocorrida na última semana. Nestas lavouras, os produtores fazem o
controle de invasoras e a aplicação de adubação em cobertura.
Aveia branca
A área estimada com o plantio de aveia branca para grão é de 300 mil hectares, com
produtividade esperada de 2.006 mil hectares. De modo geral, 67% das lavouras encontram-
se na fase de desenvolvimento vegetativo, 23% em floração e 10% na fase de enchimento do
grão.
Na regional de Ijuí (com 37% da área cultivada no Estado), 60% da área cultivada
encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 33% em floração e 7% da área com
lavouras está na fase de enchimento do grão. Neste ano, com a antecipação do plantio da
aveia na região, a cultura foi mais afetada pelas geadas do início de julho, e com isso a
cultura apresenta variados sintomas de danos. Estes atingiram aproximadamente 20% das
lavouras, sendo que o comprometimento do potencial produtivo varia entre elas. Santa
Barbara (com 12 mil hectares), Joia (com 10 mil hectares) e Cruz Alta (com quatro mil
hectares) são os municípios de maior estimativa de área cultivada na região.
Na regional de Santa Rosa (com 18,7% da área cultivada no Estado), 44% da área
cultivada encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 32% na de floração e 24% em
fase de enchimento do grão. O aspecto geral das lavouras é bom, melhorando após o
período de chuva e a aplicação da adubação em cobertura. Entretanto, muitas lavouras
apresentam plantas parcialmente acamadas, mas com bom aspecto fisiológico e nutricional.
Alguns produtores aguardam melhorias das condições de solo para realizar o tratamento
preventivo de doenças. Os municípios de São Miguel das Missões, com estimativa de cultivo
de sete mil hectares, e Giruá, com seis mil hectares, são destaques na regional.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul (5,8% da área do Estado), o clima na
semana foi favorável para a cultura, que se encontra em fase de desenvolvimento vegetativo. As
práticas culturais do momento são a adubação em cobertura e o controle de invasoras. Em geral
as lavouras apresentam stand adequado de plantas e excelente desenvolvimento inicial, com
ausência de pragas e patógenos. Na região o destaque fica com os municípios de Muitos Capões,
com estimativa de cultivar 10 mil hectares, e Campestre da Serra, com quatro mil hectares.
Na regional de Santa Maria (com 5,0% da área cultivada no Estado), 80% da área com
a cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 12% no estágio de floração e
8% na fase de enchimento de grão. De modo geral, as lavouras estão em bom estado
fitossanitário. Os municípios com área mais expressiva com a cultura são Tupanciretã, com
oito mil hectares, seguido de Júlio de Castilhos, com quatro mil hectares.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 11, 01 ago. 2019
Hortigranjeiros
SITUAÇÕES REGIONAIS
Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a semana se caracterizou pela
alta umidade e baixa luminosidade; assim, ocorreu redução do desenvolvimento das
hortaliças em geral, embora tenha havido boa recuperação dos danos ocasionados pelas
geadas. O solo muito úmido comprometeu o preparo de canteiros, mas beneficiou o
transplantio de mudas e a aplicação de adubação de cobertura. A beterraba apresenta
melhora no desenvolvimento, embora a qualidade do produto esteja um pouco
comprometida. As raízes tuberosas apresentam menor tamanho e maior concentração de
fibra. As brássicas, por sua vez, estão com desenvolvimento normal, com poucas folhas
externas necrosadas. Quanto ao tomate, é intensa a atividade de preparo das áreas
destinadas ao cultivo, principalmente em sistema protegido. Os produtores eliminaram as
plantas danificadas pelas geadas. Na cultura da mandioca, todas as manivas foram atingidas
pelas geadas. Os preços médios das olerícolas tiveram aumento em quase todos os
produtos: alface cotada a R$ 1,65/unid., beterraba a R$ 3,20/kg, brócolis vendido a R$
3,75/kg, cenoura a R$ 3,25/kg, cebola a R$ 2,75/kg, couve-flor a R$ 4,40/kg, mandioca com
casca a R$ 1,86/kg e descascada a R$ 4,16/kg, pepino cotado a R$ 5,00/kg, repolho R$
2,20/kg, rúcula a R$ 1,91/maço e o tomate é vendido a R$ 6,00/kg. Nas frutas, as rosáceas
apresentam retardo na emissão das flores; como consequência, haverá adiamento da
execução da poda. As videiras permanecem em estágio de dormência; no entanto os
produtores planejam antecipar a poda de forma escalonada para a colheita ocorrer antes,
obtendo melhores preços nas uvas de mesa. Os citros apresentam danos significativos
devido às geadas, principalmente a lima ácida Tahiti e as bergamotas, com queda de folhas e
frutos. O preço médio de comercialização da bergamota para consumo é de R$ 1,25/kg, e o
da laranja é de R$ 1,28/kg.
Nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, seguem os trabalhos de plantio e
preparo do solo para implantação das olerícolas; lavouras já implantadas apresentam
desenvolvimento satisfatório, principalmente as folhosas. A cultura da alface a campo está
em desenvolvimento. O repolho está em colheita e produtores iniciam novos plantios,
também de beterraba. Em Candiota e Hulha Negra, são cultivados coentro, cebola, cenoura
e salsa para produção de sementes. A colheita da batata-doce está chegando ao final, e os
produtores fazem a guarda de mudas para o plantio na primavera. Também a colheita da
mandioca está praticamente concluída, restando poucas áreas a serem colhidas. Os citros
estão em colheita.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, na semana que passou ocorreu grande
acumulado de precipitação, paralisando o plantio e diminuindo a produção de olerícolas,
pois na maioria das propriedades não há cultivos protegidos. Observa-se intenso processo
de compactação do solo e alta acidez nas áreas destinadas ao cultivo de olerícolas. Foram
identificadas deficiências nutricionais facilmente contornáveis com aplicação de adubo
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 12, 01 ago. 2019
químico. Segue a colheita de alface, rúcula, couve folha, couve-flor, brócolis, repolho, agrião
e tempero verde; vendas consideradas boas. Apesar da forte geada, eventuais perdas não
são significativas. Hortas domésticas estão em plena produção, e praticamente todas as
espécies já oferecem colheita. A cebola apresenta bom diâmetro de caule. Os produtores
concluíram o transplante de mudas, aproveitando a chuva para fazer a adubação
nitrogenada. Ervilha em fase de florescimento e início da formação de vagens. Alho em
pleno desenvolvimento vegetativo; produtores realizaram a primeira adubação nitrogenada
após a chuva. Escritórios municipais da Emater/RS-Ascar estão acompanhando produtores e
recomendando o tratamento protetivo com calda bordalesa. Laranjas das variedades
umbigo e Salustiana e as bergamotas Ponkan e comum estão em final de colheita; finalizada
a das bergamotas do Céu, Okitsu e Nadorcott. Demais bergamotas apresentam forte queda
de frutos devido à geada. Iniciou o processo de maturação nas laranjas, com destaque para a
Valência, que apresenta boa carga de frutas. A banana é outra das frutas afetadas pelas
geadas, que causaram a morte de muitas plantas ou queima total da parte aérea; em muitas
delas, já inicia a emissão de novas folhas. Ocorre floração fora de época nos pessegueiros, e
flores fecundadas foram afetadas pela geada. Colheita do abacaxi encerrada, com ótimos
rendimentos, tanto em produtividade como no preço recebido por fruto, que foi de R$ 3,00
em média. Produtores realizam tratos culturais nas áreas novas. Tem início a colheita do
morango em áreas plantadas mais cedo; seguem atividades de manejo da cultura.
Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, as chuvas ocorridas
foram favoráveis aos cultivos de olerícolas a campo sem sistemas de irrigação. No entanto, a
menor radiação solar atrasou o crescimento das olerícolas em geral. O clima está
favorecendo as folhosas nos aspectos produtivos e na qualidade, tendo boa oferta do
produto. Cebola e alho em desenvolvimento; as chuvas da semana foram bastante
favoráveis a esses cultivos, a maioria dos quais é sem irrigação. As lavouras apresentam boa
sanidade e potencial produtivo. Aipim e batata-doce estão em colheita, com preços estáveis.
Áreas estão sendo preparadas para plantio em agosto. Produtores se preparam para a
realização de novos plantios em estufas de tomate e pimentão, realizando encomendas e
preparo de mudas. Ainda há oferta de moranga Cabotiá.
Na região Central do RS, a alface de cultivo a céu aberto foi prejudicada pelas fortes
chuvas e pouca luminosidade. Mesmo os cultivos protegidos sofreram com a falta da luz do
sol. O preço da dúzia de alface no mercado em Santa Maria manteve-se estável em R$ 16,00.
A rúcula tem oferta reduzida, sendo vendida a R$ 2,50/unid. em saquinho. A unidade de
repolho sai por R$ 1,00 e a de brócolis a R$ 4,00. O tomate disponível é apenas o de cultivo
em estufas, sendo comercializado a R$ 55,00/cx. de 24 quilos. Em Santiago, foram
comercializados na semana em torno de 400 quilos, com preço médio de R$ 4,00/kg. A
batata-doce é comercializada a R$ 20,00/cx. de 20 quilos; mandioca a R$ 16,00/cx. de 20
quilos.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 13, 01 ago. 2019
OLERÍCOLAS
Alho
O plantio da cultura está praticamente encerrado nas regiões da Serra e Campos de
Cima da Serra. Em junho e julho, as condições climáticas de poucos dias de chuva e
temperatura fora do normal para a época configuraram um panorama que favoreceu muito
o avanço das atividades a campo, como o preparo dos canteiros e o plantio da olerícola. As
lavouras da Serra se encontram em pleno desenvolvimento vegetativo, demonstrando ótimo
estande, vigor e sanidade. As áreas mais adiantadas já estão recebendo a primeira adubação
nitrogenada de cobertura, além de tratamentos fitossanitários e capina química para o
controle das ervas espontâneas.
Na região Nordeste do RS, 100% da área com o cultivo de alho foi plantada. As
lavouras já se encontram em estágio inicial de desenvolvimento vegetativo, dentro da
normalidade para a época e para a fase atual da cultura.
Cebola
Na região Nordeste, uma das que integram o Escritório Regional da Emater/RS-Ascar
de Passo Fundo, os produtores de cebola realizam o transplante de mudas. Nas áreas de
semeadura direta, o plantio já foi concluído. Em Ibiraiaras, 95% da área da cultura já foi
plantada e/ou transplantada, aumentando 5% em relação à semana anterior. Em virtude das
geadas que afetaram a cultura, a área de replantio chega a 3% do total da área com cebola,
aproximadamente 5,4 hectares. Apesar da baixa umidade do solo nessa região, o clima é
favorável para o desenvolvimento da cultura.
Na região Sul do RS, o clima chuvoso contínuo atrasou o avanço do transplantio das
mudas; está encerrado apenas o das variedades precoces. Estão transplantados até o
momento 32% da área. Produtores seguem com atividades de preparo dos canteiros para o
plantio das mudas, com aplicação de calcário e adubos orgânicos, principalmente estercos
de bovinos e aves, além de limpeza dos canais de dreno. A cultura apresenta bom
desenvolvimento até o momento.
Batata
Em Ibiraiaras, no Nordeste do RS, 95% das áreas foram colhidas, em torno de 620
hectares. Aproximadamente 99% da safra já foi comercializada, e não há disponibilidade de
batata branca da região. O preço pago ao produtor pela batata rosa é de R$ 150,00/sc. de 50
quilos. A qualidade é boa. Produtores preparam o solo, chegando a 70% da área, e iniciam o
plantio da próxima safra. A estimativa de área com a cultura é entre 650 e 700 hectares no
município, representando um aumento de 10% em relação à safra de 2018.
Na região Sul, a colheita foi concluída, com boas produtividades. Os valores pagos ao
produtor pelo saco de 50 quilos estão entre R$ 100,00 e R$ 140,00. A variação na faixa de
preço reflete a qualidade dos tubérculos ofertados.
Em Silveira Martins, na região Central, a nova safra está sendo plantada, com
perspectivas de plantio de 50 hectares.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 14, 01 ago. 2019
FRUTÍCOLAS
Citros
Na região da Produção, foi finalizada a colheita de laranja de variedades precoces e
iniciou a da Valência. Das bergamotas, está em encerramento a colheita da Ponkan e
iniciando a da Montenegrina. Alguns pomares já apresentam timidamente o início da
brotação para a próxima safra. As fortes geadas de julho afetaram a qualidade dos frutos, e
as perdas reais poderão ser quantificadas dentro de 30 dias. Os preços permaneceram
estáveis em relação à semana anterior. Entrou em comercialização para a indústria a
Valência, com preço de R$ 230,00/T.
Na região Norte, que corresponde à regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, as
laranjas precoces foram colhidas, exceto a variedade Salustiana, que está sendo finalizada.
Segue em colheita a de umbigo e inicia a da Valência. O total colhido na região é de cerca de
três por cento, e está em ritmo intenso; nos próximos dias as indústrias devem trabalhar
com sua capacidade máxima de produção de sucos.
Já nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, as laranjas em
colheita são as precoces, como a Salustiana, e a de umbigo. Quanto às bergamotas, está em
colheita a Ponkan e iniciando a da Montenegrina no baixo Vale do Rio Pardo, com menor
qualidade em função das geadas de julho. Segue o cronograma de tratamento, destacando-
se a mosca-das-frutas. Iniciou a brotação dos citros em geral.
Em Santa Maria, a bergamota Ponkan e a laranja de umbigo estão sendo
comercializadas a R$ 24,00/cx. de 20 quilos.
Na Serra, inicia a colheita da bergamota Montenegrina e da laranja Monte Parnaso,
as duas variedades mais cultivadas e de maior valor agregado na região, cultivadas no vale
do rio das Antas. Em final de colheita as bergamotas Caí e Ponkan e as laranjas do Céu e
Bahia. As condições climáticas de julho melhoraram bastante a coloração, o aspecto e o
sabor das frutas. Também condicionaram um significativo incremento no consumo,
refletindo-se naturalmente no fluxo comercial e na estabilidade das cotações. Pomares se
mantêm com boa sanidade, e os frutos, com baixos índices de pinta preta e de ataque de
pragas, como a mosca-das-frutas. Nos pomares seguem firme a colheita e alguns
tratamentos fitossanitários para a prevenção de fitopatias. Preços médios na propriedade:
bergamotas Caí e Ponkan, a R$ 0,60/kg; Montenegrina, a R$ 1,00/kg; laranja Monte Parnaso
a R$ 1,10/kg.
Banana
No Litoral Norte, pomares da fruta apresentam produtividade menor que a do ano
passado. O preço da banana está em queda: a Prata extra está sendo comercializada a R$
34,00/cx. de 20 quilos, R$ 6,00 a menos do que no final de maio. A banana Prata segunda, a
R$ 17,00/cx. (preço anterior: R$ 20,00), e a banana Caturra extra está a R$ 16,00/cx. A
redução de preço pode ser associada à estação do ano, na qual ocorre redução no consumo
de frutas, ou à preferência pelos citros em safra. O mercado está com pouca oferta interna e
pouca entrada de outras regiões concorrentes de fora do Estado.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 15, 01 ago. 2019
Viticultura
Na região Norte, os produtores já implantaram adubação de cobertura para melhoria
das condições do solo nos pomares. Realizam tratamento de pragas com calda sulfocálcica e
poda das variedades precoces de videira.
Na região da Serra, os agricultores realizam atividades de poda de produção,
manutenção da estrutura do vinhedo e plantio de novas áreas.
No Alto da Serra do Botucaraí, os viticultores fazem o manejo das plantas de
cobertura de inverno, principalmente a aveia preta e o nabo forrageiro. Nessa região, é
realizado o plantio de novas videiras nas áreas preparadas. Estão em fase final os
tratamentos de inverno para prevenção de doenças que ocorrem na primavera.
COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS
Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da
Ceasa/RS, tivemos 18 produtos estáveis em preços, sete em alta e 10 em baixa. Observamos
que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram
variação de 25% para cima ou para baixo. Três produtos destacaram-se em alta e dois em
baixa.
Produtos em alta
Limão Taiti – de R$ 1,67 para R$ 2,22/kg (+32,93%)
Início do período de baixa oferta do limão Taiti a nível nacional. Cotações em âmbito
nacional tendem à elevação até meados de outubro, quando entra a nova safra. O preço
atual de R$ 2,22/kg encontra-se muito próximo do preço médio relativo aos últimos três
anos para julho que foi R$ 2,21/kg.
Morango – de R$ 12,00 para R$ 15,00/kg (+25,00%)
Por efeito das temperaturas reduzidas do início do mês e pelo fato ocorrido na
semana anterior com excesso de chuva e baixa insolação, a cultura do morango nesta terça-
feira apresentou menor oferta. Automaticamente os preços de atacado elevaram-se,
chegando em média a R$ 15,00/kg, um pouco mais elevado que a média ocorrida para julho
dos últimos três anos que foi R$ 12,46/kg.
Cebola nacional – de R$ 3,00 para R$ 3,75/kg (+25,00%)
O volume ofertado nesta terça-feira, 34.292 quilos, foi bastante reduzido se
comparado com a média ofertada relativa aos últimos três anos para julho que foi 141.161
quilos. Segundo o CEPEA/ESALQ, a área plantada neste período foi menor, devido aos baixos
lucros recebidos neste mesmo período no ano passado. Os preços tendem a cair com a
entrada mais forte de cebolas paulistas ainda em agosto.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 16, 01 ago. 2019
Produtos em baixa
Alface - de R$ 0,67 para R$ 0,50/pé (-25,37%)
Período do mês em que o varejo retrai suas aquisições, auxiliando na queda das
cotações desta folhosa. Entraram para o comércio 9.048 dúzias, volume este ainda inferior
às 12.659 dúzias, quantidade média por dia forte da alface para julho do último triênio. O
preço médio formado, R$ 0,50/pé, encontra-se abaixo da média dos últimos três anos para
julho que foi de R$ 0,65/pé.
Tomate Caqui longa vida - de R$ 4,00 para R$ 3,00/kg (-25,00%)
Com a elevação das temperaturas na região Sudeste, ocorreu certa aceleração no
aprontamento do tomateiro, modificando as condições atuais de oferta. Preços em queda,
em conformidade com o volume ofertado.
Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta 23/07/2019
(R$/kg)
30/07/2019
(R$/kg)
Aumento
(%)
Batata 2,20 2,60 +18,18
Cebola nacional 3,00 3,75 +25,00
Chuchu 1,67 1,94 +16,17
Laranja suco 1,11 1,22 +9,91
Limão Taiti 1,67 2,22 +32,93
Morango 12,00 15,00 +25,00
Vagem 7,00 7,50 +7,14
Produtos em baixa Unidade 23/07/2019
(R$)
30/07/2019
(R$)
Redução
(%)
Alface pé 0,67 0,50 -25,37
Batata-doce kg 1,50 1,25 -16,67
Brócolis unid. 2,08 1,67 -19,71
Cenoura kg 3,00 2,75 -8,33
Couve-flor cab. 2,50 2,08 -16,80
Manga kg 3,89 3,61 -7,20
Moranga Cabotiá kg 1,50 1,40 -6,67
Ovo branco dúzia 3,17 2,83 -10,73
Repolho verde kg 1,00 0,90 -10,00
Tomate Caqui longa vida kg 4,00 3,00 -25,00
Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 17, 01 ago. 2019
Outras Culturas
Cana-de-açúcar
A cultura sofreu com as fortes geadas na região das Missões, causando secamento
de toda parte aérea das plantas; apenas pequenas áreas protegidas não foram afetadas. Foi
intensificado o corte das plantas afetadas para usá-las na alimentação dos bovinos e
transformação em melado.
A chuva interrompeu o trabalho de colheita das áreas destinadas à fabricação de
álcool para a usina em Porto Xavier. Foram colhidas apenas aquelas nas quais houve a
queima da cultura pelas geadas; as demais serão colhidas na sequência. O rendimento das
áreas colhidas até o momento gira em torno de 60 a 65 toneladas por hectare. Em áreas
destinadas para a produção de autoconsumo, continua o corte com vistas à produção de
melados e schmiers.
Criações
PASTAGENS
Em virtude da redução de horas de luz e das baixas temperaturas, predominantes no
inverno, as áreas de campo nativo apresentam processo contínuo de redução do
desenvolvimento dos pastos e de diminuição da quantidade e qualidade da oferta forrageira.
Observa-se, também, que as pastagens cultivadas de inverno ainda não atingiram o
pleno desenvolvimento para oferecer os melhores níveis alimentares e nutricionais.
Na região Serrana, regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, as temperaturas
mais amenas da semana deram condições para um maior desenvolvimento das pastagens e
para o aumento da taxa de matéria seca, proporcionando assim maior oferta de forragem
para os rebanhos leiteiros.
BOVINOCULTURA DE CORTE
O gado de corte mantido apenas em campo nativo apresenta escore corporal regular,
com perda de peso um pouco menor do que a costumeira para o inverno. O estado sanitário
desses animais, no geral, é satisfatório.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 18, 01 ago. 2019
Os rebanhos bovinos que dispõem de pastagens cultivadas estão em boas condições
físicas e sanitárias, mas o ganho de peso pode melhorar quando as pastagens atingirem seu
pleno desenvolvimento.
Os criadores dedicam atenção especial aos terneiros, ao manejo de matrizes em
período de gestação e ao preparo de touros para época de monta, que começará na
primavera.
Alguns produtores ainda realizam a sapeca de campo para eliminar o pasto seco
excedente dos campos nativos. Baseada principalmente na produção extensiva em campos
naturais, a produção pecuária dos Campos de Cima da Serra sofreu os efeitos das geadas e
baixas temperaturas, pois o crescimento do campo nativo foi paralisado, restando para o
pastejo apenas palha de baixa qualidade.
Comercialização
Os preços médios do quilo vivo do boi e da vaca para abate estiveram estáveis na
semana. O preço do boi permaneceu em R$ 5,56/kg vivo e o da vaca em R$ 4,83/kg vivo.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2086, de 01 de agosto de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento.
Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
BOVINOCULTURA DE LEITE
Os rebanhos leiteiros mantidos em pastagens cultivadas estão em boas condições
físicas e sanitárias. A produção de leite se mantém em bons níveis, com algumas quedas
pontuais, observadas especialmente na região de Santa Rosa.
A produção de leite deve aumentar, à medida que as pastagens cultivadas venham a
atingir pleno desenvolvimento.
Os produtores que praticam o pastoreio rotativo necessitam de menos
suplementação alimentar, tanto para não deixar cair a produção, no momento atual, quanto
para alcançar maior produtividade no período de pleno desenvolvimento das pastagens.
Em áreas mais úmidas, em várias regiões, o manejo na utilização das pastagens tem
exigido redobrado cuidado, pois o pastoreio é prejudicado pelo próprio pisoteio dos animais.
Na região Serrana, regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a maioria dos
animais está pastoreando as áreas de aveia e azevém. Houve aumento de áreas que
permitem pastoreio, reduzindo custos, uma vez que o pasto é o alimento mais barato.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 19, 01 ago. 2019
OVINOCULTURA
Os rebanhos ovinos começam a sentir mais severamente os efeitos do inverno.
Observa-se perda de peso nas diversas categorias, embora ainda mantenham um estado de
regular a bom.
No manejo sanitário, torna-se necessário o uso de medicamentos para controle
estratégico de verminoses, sarna e piolho.
No manejo reprodutivo, seguem os cuidados com as matrizes durante o período pré-
parto e parição. Intensificam-se, também, os cuidados com cordeiros, pois em algumas áreas
há um pequeno aumento do índice de mortalidade.
Comercialização
A oferta de carne ovina continua insuficiente para atender a demanda. Isto ocorre
com maior intensidade em relação à carne de cordeiro.
O preço médio do cordeiro para abate no RS, durante a semana, registrou mais uma
elevação significativa, passando de R$ 6,78 para R$ 6,94/kg vivo: um aumento de 2,36%.
Na região de Bagé, em São Gabriel, os preços do quilo da lã praticados por uma
cooperativa são os seguintes: Merina, a R$ 28,00; Ideal, de R$ 22,00 a R$ 23,50; Corriedale,
de R$ 8,00 a R$ 9,50; Romney Marsh, a R$ 6,00; raças de carne, a R$ 4,00.
SUINOCULTURA
Continuando com a tendência de alta, o preço médio do quilo vivo do suíno para
abate aumentou, nesta semana, de R$ 3,61 para R$ 3,63, uma elevação de 0,55%.
APICULTURA
Período negativo para a atividade dos apiários. As floradas são reduzidas, e o clima,
desfavorável.
Os apicultores dedicam-se principalmente à revisão das colmeias, à implantação de
novas e à organização geral dos apiários. No manejo, são realizados cuidados especiais com
as abelhas, como o fornecimento de suplementação alimentar proteica e energética.
Na região de Santa Rosa, a ocorrência de chuvas prejudicou o forrageamento das
colmeias na semana passada, o que foi altamente desfavorável para a atividade. A
diminuição da temperatura também contribui para o maior consumo interno de mel pelos
enxames. Assim, apicultores seguem distribuindo bifes proteicos nas colmeias como
estratégia para alimentação artificial de inverno. O aumento da floração de nabo, da canola
e de algumas gramíneas de inverno possibilita a disponibilidade de néctar e pólen,
garantindo a atividade de forrageamento dos enxames, mesmo que em menor intensidade.
Com o aumento das temperaturas e da oferta de crucíferas e espinilho, entre outras, as
melíponas retomaram a visitação às flores.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 20, 01 ago. 2019
Comercialização
O mel vendido pelos apicultores diretamente ao público registra uma grande
amplitude de preços, dependendo da região do Estado e do município. Durante a semana, o
preço para embalagens de um quilo de mel permaneceu entre R$ 15,00 e R$ 25,00 nesse
tipo de comercialização.
PISCICULTURA
O manejo dos açudes e tanques povoados tem registrado condições satisfatórias em
relação à época do ano, durante a qual a preocupação prioritária é a manutenção dos
peixes, mesmo sem registros de ganhos de peso.
Comercialização
No geral, os preços dos peixes criados em cativeiro estão estáveis, nas diversas
regiões. Na região de Erechim, o preço do quilo vivo da Carpa inteira continua entre R$ 6,00
e R$ 12,00 e o filé de Tilápia é comercializado entre R$ 15,00 e R$ 25,00/kg. Na região de
Porto Alegre, observou-se na semana uma queda do preço médio do quilo vivo do peixe
vendido inteiro na propriedade: ficou entre R$ 5,00 e R$ 6,00, para a Tilápia, e de R$ 5,50 a
R$ 7,00 para a Carpa. Nas feiras, o preço permaneceu estável; o quilo vivo da carpa ficou
entre R$ 13,00 e R$ 14,00 e o filé de Tilápia entre R$ 25,00 e R$ 32,00.
PESCA ARTESANAL
Na região de Santa Rosa, durante a semana observou-se maior turbidez da água dos
rios, que proporciona a maior captura de peixes sem escamas.
Na região de Pelotas, continua o período de defeso na lagoa dos Patos. Na lagoa do
Peixe, em Tavares, a captura de pescado é regular. Já na bacia da lagoa Mirim e em São
Lourenço do Sul, os níveis de captura são baixos.
Comercialização
Em Torres, município integrado na região administrativa da Emater/RS-Ascar de
Porto Alegre, a maior parte das espécies de pescado oriunda da pesca artesanal registrou
diminuição do preço médio em relação à semana anterior.
Produção e comercialização do peixe em Torres Espécie R$/kg Produção
Tainha (peixe inteiro) 10,50 média
Anchova (peixe inteiro) 12,50 boa
Papa-terra (peixe inteiro) 11,50 boa
Pescada (filé) 14,00 média
Linguado (filé) 25,00 média
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório regional de Porto Alegre.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 21, 01 ago. 2019
Preços Semanais
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES
(Cotações Agropecuárias nº 2086, 01 ago. 2019)
Produtos Unidade
Semana
Atual
Semana
Anterior
Mês
Anterior
Ano
Anterior
Médias dos Valores da
Série Histórica –
2014/2018
01/08/2019 25/07/2019 04/07/2019 02/08/2018 GERAL AGOSTO
Arroz 50 kg 42,58 42,29 43,70 43,18 48,78 49,89
Boi kg vivo 5,56 5,56 5,41 5,18 5,97 6,01
Cordeiro kg vivo 6,94 6,78 6,42 6,57 6,44 6,51
Feijão 60 kg 136,76 140,59 144,67 140,11 203,69 190,01
Milho 60 kg 32,20 32,07 31,79 36,27 35,24 36,02
Soja 60 kg 68,79 68,88 72,03 79,57 81,37 81,22
Sorgo 60 kg 25,60 25,80 24,70 27,66 29,79 32,40
Suíno kg vivo 3,63 3,61 3,53 3,21 4,29 4,10
Trigo 60 kg 41,46 41,05 40,76 43,13 39,87 42,02
Vaca kg vivo 4,83 4,83 4,72 4,43 5,28 5,38
29/07-
02/08 22-26/07 01-05/07
30/07-
03/08
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2086 (01 ago. 2019).
Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano
Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do
quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da
série histórica 2014-2018.
Notas Agrícolas
BOLETIM CLIMÁTICO –AGOSTO-SETEMBRO-OUTUBRO (2019)
Trimestre com grande variação na temperatura
Introdução (análise do mês de junho/2019)
No mês de junho, as precipitações no Rio Grande do Sul (Figura 1) ficaram abaixo do
padrão climatológico em grande parte do Estado, apenas no extremo sul é que ficaram
acima do padrão. As temperaturas mínimas e máximas ficaram acima do padrão
climatológico em todo o Estado. (Figura 2).
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 22, 01 ago. 2019
Figura 1. Precipitação acumulada e percentual relativo ao padrão climatológico (junho/2019).
Figura 2. Temperatura Mínima, Temperatura Máxima e anomalias (junho/2019).
Condições Climáticas Globais de TSM
A anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico Equatorial
Central (Figura 3) ainda apresenta na parte oeste sinal positivo, mas com tendência a
predominar padrão próximo da neutralidade nos próximos meses. Na parte leste ocorreu
pequeno resfriamento anômalo devido a aumento dos alísios. As anomalias positivas no
oceano Atlântico Subtropical, próximas ao Sul do Brasil voltaram a apresentar intensificação,
abrangendo grande parte do litoral brasileiro.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 23, 01 ago. 2019
Figura 3. Anomalia Mensal de TSM calculada para junho/2019 (UFPel-CPPMet).
Fonte dos dados: NOAA-CDC.
PROGNÓSTICO PARA O RIO GRANDE DO SUL (Ago/Set/Out – 2019)
A situação atual da TSM do Pacifico Equatorial indica tendência de predominar
oscilações dentro do padrão de neutralidade. No Atlântico Subtropical próximo ao Sul do
Brasil mostra tendência de predominar anomalias positivas. O padrão de anomalia do
Atlântico favorece aumento da concentração de umidade na parte leste e norte do RS nos
próximos meses. Pelos principais padrões oceânicos, esperam-se padrões de chuva dentro e
pouco acima na maior parte deste trimestre, mas com possível inversão no final. As
temperaturas devem sofrer grandes variações ao longo deste período.
A análise detalhada do modelo estatístico (CPPMet/UFPel) mostra para os meses de
agosto e setembro (Figuras 4 e 5), precipitações pouco acima do padrão na parte nordeste e
norte, mas com tendência de oscilar dentro do padrão climatológico nas demais regiões do
Estado. Para o mês de outubro (Figura 6) são esperadas precipitações abaixo do padrão na
parte oeste e dentro do padrão climatológico na parte leste do Estado.
O prognóstico para as temperaturas mínimas indica para o mês de agosto (Figura 7),
valores médios pouco acima do padrão nas regiões centro e norte do Estado. Para o período
de setembro (Figura 8) são esperadas temperaturas mínimas oscilando dentro do padrão
climatológico na maior parte do Estado. Para o mês de outubro (Figura 9), são esperas
oscilações mensais pouco acima do padrão em todas as regiões.
Para as temperaturas máximas, o modelo indica para o mês de agosto (Figura 10)
temperaturas médias oscilando pouco acima do padrão nas regiões oeste e noroeste do
Estado. Para os meses de setembro e outubro (Figuras 11 e 12) são esperados valores pouco
abaixo na fronteira sul e dentro do padrão nas demais regiões.
Obs.: As escalas de cores nas figuras (4 a 12) representam as normais climatológicas
(esquerda) e as classes de anomalias previstas (direita).
Participantes: Julio Marques – CPPMET/UFPEL; Gilberto Diniz – CPPMET/UFPEL;
Solismar Damé Prestes - 8º DISME/INMET; Flávio Varone – SEAPDR; e Custódio Simonetti -
8º DISME/INMET.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 24, 01 ago. 2019
A previsão contida nesse boletim é baseada no comportamento climático observado
nos últimos meses, em Modelos Estatísticos de Previsão Climática desenvolvidos para o Rio
Grande do Sul e dados obtidos junto ao INMET e NOAA. O uso das informações contidas
nesse boletim é de completa responsabilidade do usuário.
Figura 4. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista agosto/2019
Figura 5. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista setembro/2019
Figura 6. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista outubro/2019
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 25, 01 ago. 2019
Figura 7. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista agosto/2019
Figura 8. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista setembro/2019
Figura 9. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista outubro/2019
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 26, 01 ago. 2019
Figura 10. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista agosto/2019
Figura 11. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista setembro/2019
Figura 12. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista outubro/2019
Fonte: 8º DISME/INMET e CPPMet/UFPEL (publicado em julho 2019)
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