UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
MORCEGOS DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE CAETÉS E ÁREAS URBANAS DO SEU ENTORNO
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO – PE / 2010
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
MORCEGOS DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE CAETÉS E ÁREAS URBANAS DO SEU ENTORNO
ROBSON SOARES DE MELO
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO – PE / 2010
TCC apresentado ao curso de Graduação em licenciatura em Ciências Biológicas como requisito para incremento da Disciplina Eletiva do Curso de Licenciatura em ciências Biológicas.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Augustinho Menezes da Silva
3
Catalogação na fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE – Biblioteca Setorial do CAV
M528m Melo, Robson Soares de Morcegos da estação ecológica de Caetés e áreas urbanas de seu entorno / Robson Soares de Melo. - Vitória de Santo Antão: O Autor, 2010. 54 folhas:il.; tab.; figuras. Monografia (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco. CAV. Ciências Biológicas, 2010. Inclui bibliografia e anexos.
1. Quirópteros – áreas urbanas. 2.Morcegos – Estação Ecológica de Caetés - PE. 3. Morcegos - inventários. I. Título.
CDD (21.ed.) 570
BIBCAV/UFPE-014/2010
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ROBSON SOARES DE MELO
MORCEGOS DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE CAETÉS E ÁREAS URBANAS DO SEU ENTORNO
Trabalho de Conclusão de
Curso aprovado por banca
examinadora em 29 de
junho de 2010.
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Luiz Augustinho Menezes da Silva (Orientador)
Prof. M.Sc. Yumma Bernardo Maranhão Valle
Prof. M.Sc. Gilmar Beserra de Farias
Vitória de Santo Antão, junho de 2010
5
Dedico este trabalho a minha querida mãe Maria dos Anjos, ela que é o amor da minha vida e sempre foi tudo pra mim, e aos meus avôs João Soares e Othília Zumira por na sua simplicidade terem me ajudado a realizar mais um sonho.
6
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, com toda a honra e prazer, agradeço ao meu supremo DEUS.
Ele que de tão considerável para comigo, sempre me mostrou oportunidades que
jamais pensei em obter, ele que com todo o seu amor de pai e família completa me
ensinou a desafiar a vida e superar vários dos obstáculos que ele já me impôs.
Assim como todas as minhas outras conquistas que já obtive e por ventura as que
estão por vir em nome dele, mais uma etapa que cumpri com sua indispensável
ajuda mediante a intervenção assídua e contínua do Senhor Jesus Cristo e da minha
Mãezinha do céu que sempre esteve me protegendo com seu manto acolhedor de
mãe.
A minha querida família que sempre esteve presente em todos os momentos
da minha vida, nos bons e nos ruins, me incentivando e torcendo para eu superar os
obstáculos. Em especial à minha mãe pelas preocupações e orações para que tudo
desse certo na minha vida.
Ao Prof. Dr. Luiz Augustinho Menezes da Silva, meu orientador, pelo
incentivo, apoio, amizade e orientação. E por ter acreditado em mim e por ter me
dado a oportunidade de conhecer melhor animais de formas tão magníficas e de
elevada importância para os ecossistemas, que são os morcegos.
Aos amigos que fazem parte do Grupo de Estudos de Morcegos do Nordeste
(GEMNE): Leandro Pimentel, Roseli Rodolfo, Paloma Joana, Jarcilene de Oliveira,
Emmanuel Messias e Teone da Silva, pessoas essências na realização deste
trabalho sempre presentes nas coletas mensais e aplicação dos questionários, eles
que tornaram as noites frias e às vezes chuvosas muito mais agradáveis.
A todos os meus amigos que torceram, rezaram e aguentaram muitas
histórias de morcegos. Em especial aos colegas da turma 2006.2 do Curso de
Ciências Biológicas do CAV, que com certeza não terei como esquecer cada um de
vocês. E aos professores que me guiaram para a conclusão desta etapa da minha
vida.
A Comunidade em torno a ESEC-Caetés por terem respondido com toda
paciência aos questionários e ter nos recebido muito bem em suas casas. A CPRH
por todo apoio logístico, em especial a Sandra Cavalcante, pelas facilidades
prestadas ao desenvolvimento do trabalho na Estação Ecológica de Caetés.
7
A coordenação do curso pelo esforço e paciência com todos os graduandos
nestes quatro anos e por ter nos oferecido a oportunidade de escrever este TCC
como disciplina eletiva.
Ao Centro Acadêmico de Vitória (CAV-UFPE) pelo apoio as pesquisas e
disponibilidade dos laboratórios para realizarmos os nossos trabalhos.
A banca examinadora por terem aceitado argüir este trabalho.
E a todos que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento desta
pesquisa e de minha formação acadêmica, meus sinceros AGRADECIMENTOS.
8
O presente Trabalho de Conclusão de Curso está no formato da Revista Biota
Neotropica, conforme normas em anexo, enriquecido com figuras e tabelas.
9
LISTA DAS FIGURAS
Figura 1. Vista superior da Estação Ecológica de Caetés, Paulista,
Pernambuco, Brasil, obtida a partir do Google Earth. .............................
24
Figura 2.. Dado pluviométrico (em milímetro cúbico) de julho de 2009 a
junho de 2010 para a região da ESEC-Caetés (Abreu e Lima). Fonte:
Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP).........................................
25
Figura 3 – Amarras plásticas, modelo GI-5000, fabricadas pela
Baumgarten Ltda, Atlanta, USA, com 12,8 mm de comprimento. ...........
26
Figura 4. Número cumulativo das espécies de morcegos coletadas
durante o período de julho de 2009 a junho de 2010, na ESEC-Caetés,
Paulista, Pernambuco. O valor entre parênteses corresponde ao
número de coletas já realizadas...............................................................
29
Figura 5. Abundância das espécies de quirópteros coletados na ESEC-
Caetés, entre julho de 2009 e junho de 2010. .........................................
32
Figura 6. Riqueza mensal e número de morcegos capturados em cada
mês na ESEC-Caetés entre julho de 2009 e junho de 2010....................
34
Figura 7. Número de capturas por espécies de morcegos na ESEC-
Caetés durante o período seco (setembro a fevereiro)............................
35
Figura 8. Número de capturas por espécies de morcegos na ESEC-
Caetés durante o período chuvoso (março a agosto)...............................
35
10
LISTA DAS TABELAS
Tabela 1. Lista sistemática das espécies de Chiroptera capturadas na
ESEC Caetés, Paulista, Pernambuco, Brasil. No período de julho de
2009 a junho de 2010...............................................................................
28
Tabela 2. Abundância e porcentagem das espécies de morcegos
capturados no período de um ano (entre julho de 2009 e junho de
2010) na ESEC Caetés.............................................................................
30
Tabela 3. Número de espécimes de quirópteros coletados na ESEC
Caetés – Paulista, PE, entre julho de 2009 e junho de 2010...................
31
Tabela 4. Número de capturas das espécies de morcegos muito
frequentes em todo o período de estudo, e separadamente nos período
chuvosos e seco, na ESEC Caetés, entre julho de 2009 e junho de
2010.........................................................................................................
36
11
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
LISTA DAS FIGURAS
LISTA DAS TABELAS
INTRODUÇÃO GERAL..............................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................16
ARTIGO......................................................................................................................20
Resumo .....................................................................................................................20
Introdução .................................................................................................................22
Material e Métodos.................................................................................................... 24
1. Área de estudo.............................................................................................24
2. Coleta de dados...........................................................................................25
Resultados e Discussão.............................................................................................27
1. Ocorrência, frequência, abundância e atividade anual das espécies de
Quirópteros coletados.....................................................................................27
Agradecimentos.........................................................................................................37
Referências bibliográficas..........................................................................................37
CONCLUSÕES..........................................................................................................43
ANEXO A (Normas da Revista Biota Neotropica).....................................................44
ANEXO B (Ficha de Campo).....................................................................................54
12
INTRODUÇÃO GERAL
De acordo com Hill & Smith (1988), a ordem Chiroptera é composta pelos
únicos mamíferos que verdadeiramente voam, devido à transformação de seus
braços e mãos em asas. Os quirópteros são um dos grupos de mamíferos mais
diversificados do mundo, com 18 famílias, 202 gêneros e 1120 espécies (Simmons
2005). Isso quer dizer que a ordem Chiroptera representa aproximadamente 22%
das espécies conhecidas de mamíferos, que hoje totalizam 5416 espécies (Wilson &
Reeder 2005). No Brasil são conhecidas 9 famílias, 64 gêneros e 167 espécies (Reis
et. al. 2006), destas, são encontradas em Pernambuco sete famílias e 67 espécies
(Guerra 2007).
Devido às mudanças ambientais e a estruturação do hábitat, a composição
de fauna está em constante mudança, sendo acrescidas novas espécies a partir da
ampliação de áreas de uso e da descrição de novos táxons como visto nos trabalhos
de Simmons (1996), Gregorin & Ditchfield (2005), Mikalauskas et al. (2006),
Nogueira et al. (2008) entre outros, sendo, portanto necessária a realização de
trabalhos de longo prazo ou coletas em áreas já estudas anteriormente, a fim de se
verificar as alterações na comunidade de morcegos local.
A importância da ordem Chiroptera, dentro do grupo dos mamíferos, pode ser
ilustrada pela sua grande representatividade em países neotropicais,
compreendendo mais de 50% da fauna de mamíferos da Costa Rica e do Panamá
(Bonaccorso 1975). O número de espécies de morcegos cresce a medida que nos
aproximamos do Equador e, além do mais, sabe-se que o aumento da diversidade
de mamíferos na comunidade é grandemente influenciada pelo crescimento do
número de espécies de morcegos (Heithaus et. al. 1975), podendo ser encontrada
até 98 espécies numa mesma área (Handley 1976).
Os morcegos são importantes na regeneração de áreas degradadas, onde os
frugívoros atuam na dispersão de sementes, sendo considerados excelentes
dispersores (Pijl 1957). Realizam a polinização de diversas espécies vegetais,
algumas com importância econômica. As espécies insetívoras, devido a sua
voracidade e ao seu elevado número, são ecologicamente importantes no controle
da população de insetos (Constantine 1970) e, certamente, teríamos uma
superabundância desses animais em regiões tropicais, caso não existissem agentes
13
controladores do número de insetos, dentro de um equilíbrio razoável (Goodwin &
Greenhall 1961). São utilizados como recurso alimentar por alguns povos na África e
algumas tribos no Brasil (Setz & Sazima 1987). Na medicina e na farmacologia, são
usados no desenvolvimento de vacinas, em estudos epidemiológicos e em
mecanismos de resistência a doenças (Yalden & Morris 1975 apud Reis 1982).
Os morcegos representam um dos grupos mais diversos, tanto em número de
espécies quanto em hábitos alimentares. A família Phyllostomidae engloba espécies
insetívoras, carnívoras, frugívoras, folívoras, granívoras, nectarívoras, onívoras e
hematófagas (Nogueira & Peracchi 2003). Os morcegos frugívoros merecem
destaque pela sua importância ecológica como dispersores de sementes e,
consequentemente regeneradores de áreas desmatadas (Aguiar 1994). Além disso,
esses animais são muito sensíveis a alterações de seus habitas, podendo funcionar
como bioindicadores (Medellín et al. 2000).
Apesar de toda a importância dos morcegos pouco se tem estudado a
respeito desse grupo em áreas urbanas, principalmente em Pernambuco, onde já
foram registradas 25 espécies ocorrendo em ambientes urbanos (Silva 2000, Guerra
2007, Leal 2007 e 2008, Melo 2007; dados não publicados do Centro de Controle de
Zoonoses do Recife e do Centro de Vigilância Ambiental de Olinda).
O desmatamento é uma das principais causas do aumento do número de
espécies de morcegos encontrados nas áreas urbanas. Segundo Bierregard et. al.
(1992) a fragmentação das florestas, acarreta transformações nos ecossistemas
naturais, e tem como consequências a redução do tamanho de diversas populações
e o desaparecimento de espécies que necessitam de grandes áreas para
sobreviverem. Chaves & Uieda (2003), dizem que inúmeras espécies de morcegos
são encontradas comumente em áreas urbanas devido às condições favoráveis de
abrigos e alimentos que encontram nas cidades.
Segundo Estrada & Coates-Estrada (2001), devido ao crescimento das
cidades e à aproximação com as áreas florestais, algumas espécies de morcegos,
em função da particularidade do vôo e devido à sua capacidade de dispersão entre
os fragmentos, tem se adaptado, seja permanecendo nos fragmentos florestais ou
deslocando-se entre outros fragmentos localizados em perímetro urbano ou até
mesmo se estabelecendo no ambiente urbano (Sazima et al. 1994, Silva et al. 1996,
Uieda 1996, Pedro 1998, Esbérard 2003, Passos et al. 2003, Reis et al. 2005).
14
Para animais silvestres vivendo em ambientes urbanos, a identificação de
habitats preferenciais é fundamental para sua conservação. As novas condições
geradas pela urbanização podem beneficiar espécies generalistas por fornecer
alimento extra, refúgios e sítios de reprodução (Furlonger et al. 1987). No entanto,
animais especialistas podem ser afetados se características de um habitat forem
demasiadamente modificadas pela urbanização, se certos recursos essenciais forem
removidos, ou ainda, se as distâncias entre os habitats adequados dentro do
mosaico urbano forem excessivamente grandes para colonização (Dickman &
Doncaster 1989). Em áreas urbanas, ruas arborizadas podem funcionar como
corredores biológicos formando linhas de conexão entre os parques urbanos
(Fernández-Juricic 2000). Comunidades de morcegos certamente podem mudar
dependendo dos processos de urbanização sofridos numa dada área. O
monitoramento das espécies e de seus hábitos alimentares em áreas urbanas se
mostram uma ferramenta valiosa na conservação e manejo dos morcegos (Silva et
al. 1996).
Dentre os ecossistemas brasileiros, a Mata Atlântica é um dos que apresenta
problemas críticos em termos de conservação, apresentando uma fauna rica e com
grande número de endemismo (Aguiar 1994) e que, devido a sua acelerada
destruição, muitas informações sobre este ambiente podem nunca vir a serem
registradas.
Reis et al. (1993-2003), Sazima et al. (1994), Zortéa & Chiarello (1994),
Pedro et al. (1995), Bredt & Uieda (1995), Silva et al. (1996), Félix et al. (2001),
Esbérard (2003), Passos & Passamani (2003) dizem que embora as florestas
venham cedendo lugar ao avanço das cidades, muitas espécies de morcegos
demonstram resistência a este avanço, resistindo a esse tipo de pressão antrópica,
mantendo-se diretamente em ambientes urbanos.
Para tanto, os morcegos utilizam-se dos mais diversos tipos de abrigos, como
cavernas, fendas de rocha, buracos no solo, ocos de árvores, superfície de troncos
de árvores, folhagem, cupinzeiros e construções humanas, como forros de casa,
sótãos, porões, janelas, vãos de dilatação, pontes e outros (Kunz 1982). Por isso
Estrada & Coates–Estrada (2001) relatam que os morcegos são menos vulneráveis
à fragmentação de seus ambientes naturais do que outros mamíferos devido a sua
capacidade de dispersão.
15
Em um inventário realizado em 1999 na Estação Ecológica de Caetés (ESEC-
Caetés) foram catalogadas 15 espécies de três famílias: Emballonuridae (01),
Phyllostomidae (13) e Vespertilionidae (01) (Silva 2000). De acordo com os dados
de Silva (2000) as espécies Carollia perspicillata, Platyrrhinus lineatus, Artibeus
lituratus, Artibeus cinereus, Artibeus jamaicensis (= Artibeus planirostris),
Phyllostomus. discolor, Glossophaga soricina e Sturnira lilium foram consideradas
espécies muito frenquentes na ESEC-Caetes. Também foi registro para a ESEC-
Caetés Desmodus rotundus, Artibeus obscurus, Myotis nigricans, Chiroderma
villosum, Chiroderma doriae, Phyllostomus hastatus e Saccopteryx leptura sendo
que estas espécies foram consideradas pouco frequentes pelo autor.
Com isso o presente trabalho teve como objetivo principal atualizar a lista das
espécies de morcegos existentes na Estação Ecológica de Caetés. Catalogar as
espécies e propiciar subsídios para a conservação e o manejo que permitam um
bom convívio entre os munícipes e os morcegos. Além de minimizar os problemas
causados pela presença dos quirópteros em áreas urbanas diminuindo assim, os
riscos de transmissão de zoonoses, bem como, evitar o extermínio de morcegos,
visando buscar estratégias de manejo para o táxon nas áreas urbanas e implantar
programas de monitoramento de quirópteros urbanos.
16
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20
ARTIGO CIENTÍFICO
Morcegos da Estação Ecológica de Caetés e áreas urbanas do seu
entorno Robson Soares de Melo1 & Luiz Augustinho Menezes da Silva2
1 Graduando do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFPE/CAV, Voluntário do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UFPE) e estagiário do
Grupo de Estudos de Morcegos no Nordeste (GEMNE);
2 Prof. Adjunto- Núcleo de Biologia / Universidade Federal de Pernambuco - CAV
Coordenador do Grupo de Estudos de Morcegos no Nordeste (GEMNE);
E-mail: [email protected]
Resumo: Morcegos vivendo em florestas nativas próximas das áreas urbanas
podem ser atraídos para as cidades em busca de alimento. No Brasil, já foram
registradas 63 espécies de morcegos utilizando praças, parques e habitações em
ambientes urbanos. Com isso, o presente trabalho tem por objetivo realizar uma
atualização da lista das espécies de morcegos existentes na Estação Ecológica de
Caetés, localizada entre os municípios de Paulista e Abreu e Lima a 30 km do
Recife-PE. A ESEC-Caetés com aproximadamente 157ha está inserida em uma
matriz urbana cercada por residências e áreas industriais. As coletas foram
realizadas mensalmente, entre os meses de julho de 2009 a junho de 2010, durante
três dias consecutivos, em diferentes pontos distribuídos entre borda externa, borda
interna e interior de mata. Para a captura dos morcegos foram utilizadas, seis redes
de neblina (12m de comprimento por 2m de largura e malha de 36mm), estas foram
armadas em pontos aleatorios das áreas pré-estabelecidos. As capturas ocorreram
entre às 17h e 24h, os animais ao serem capturados eram marcados com colares de
identificação. Com um esforço de 36288 m2.h.r foram capturados 726 morcegos, de
14 espécies, todas da família Phyllostomidae. Carollia perspicillata e Artibeus
planirostris foram as espécies mais abundantes e de maior frequencia. Seis
espécies ocorreram em número inferior a dez capturas. Pela primeira vez foram
registradas Micronycteris sp., Trachops cirrhosus, Artibeus fimbriatus, e Lophostoma
silvicolum na ESEC–Caetés. Apesar da realização de trabalhos anteriores na
Estação Ecológica de Caetés com morcegos, a quiropterofauna presente encontra-
21
se ainda não totalmente amostrada, fato este evidenciado pela ausência de algumas
espécies inventariadas em trabalhos anteriores.
Palavras-chave: Chiroptera, levantamento, fragmento florestal, urbano.
22
Introdução
Os quirópteros apresentam uma elevada diversidade, constituindo em muitas
áreas tropicais e subtropicais a maior parte da fauna de mamíferos (Taddei 1983).
Por ser um dos mamíferos mais abundantes na região Neotropical (Humphrey e
Bonaccorso 1983), os morcegos contribuem para a riqueza faunística, além de
atuarem diretamente na dinâmica dos ecossistemas realizando a polinização e
dispersão de sementes de algumas espécies vegetais e controlando as populações
de boa parte dos insetos noturnos e crepusculares. Segundo Fenton et al. (1992), os
morcegos apresentam um grande potencial como indicadores dos níveis de
degradação do hábitat em muitas partes do globo, seja através da estrutura de suas
comunidades e guildas alimentares, ou pela presença de espécies consideradas
indicadoras de hábitat bem preservado.
Dentre os ecossistemas brasileiros, a Floresta Atlântica é um dos que
apresenta problemas críticos em termos de conservação, pois vem sofrendo, há
mais de 400 anos, destruição em ritmo acelerado e as modificações propiciadas pela
crescente urbanização resultam geralmente em redução significativa da diversidade
original.
A Mata Atlântica, é o segundo maior bioma da América do Sul, é formada por
um conjunto de fitofisionomias que compõem o domínio Mata Atlântica. Como
reflexo da ocupação territorial e da exploração desordenada, tornou-se uma das
formações mais descaracterizadas atualmente, sendo representada por fragmentos
isolados que não ultrapassam 8% de sua cobertura original (SOS Mata Atlântica
2009). A fragmentação de habitats altera as características ecológicas dos sistemas
naturais contínuos, ocasionando extinções locais e alterações na composição e
abundância de espécies. Ainda assim, a Mata Atlântica apresenta um alto índice de
endemismo e riqueza, abrigando mais de 8.000 espécies endêmicas de plantas
vasculares, anfíbios, répteis, aves e mamíferos (Myers et al. 2000). Por
consequência, o bioma tornou-se uma das grandes prioridades para a conservação
da biodiversidade neotropical (Conservação Internacional do Brasil 2000).
Os quirópteros compreendem 38% das espécies de mamíferos registradas na
Mata Atlântica (Marinho-Filho & Sazima 1998), sendo fundamentais ao processo de
sucessão ecológica nas florestas tropicais. Devido aos seus variados hábitos
alimentares, partilham recursos, agindo como dispersores de sementes,
23
polinizadores e reguladores de populações de insetos e de pequenos vertebrados
(Bianconi et al. 2004). Os morcegos são considerados espécies-chave e, por
conseguinte, tem grande potencial como indicadores do grau de descaracterização
de hábitats (Fenton et al. 1992), subsidiando tanto a conservação quanto a
recuperação de áreas degradadas.
De acordo com Marinho-Filho e Sazima (1998) a Floresta Atlântica é o
segundo Bioma brasileiro em número de espécies de morcegos, apresentando 96
espécies sendo cinco endêmicas. Para Pernambuco há o registro de sete famílias e
67 espécies de morcegos (Guerra 2007) destas, 50 estão associados à Mata
Atlântica, constituindo 72% da quiropterofauna do Bioma (96 espécies). Entretanto
ainda pouco se conhece sobre esta fauna na região Nordeste do país.
Morcegos vivendo em florestas nativas próximas da área urbana podem ser
atraídos para a cidade em busca de alimento, principalmente espécies vegetais
cultivadas (Zortéa & Chiarello 1994). Galetti & Morellato (1994) sugerem que estes
animais podem introduzir espécies vegetais exóticas de jardins e áreas urbanas em
habitats naturais, trazendo problemas para a conservação destes últimos.
No Brasil já foram registradas 63 espécies de morcegos utilizando praças,
parques e habitações em ambientes urbano, estas espécies fazem parte de cinco
famílias: Emballonuridae (3), Noctilionidae (2), Phyllostomidae (29), Molossidae (16),
e Vespertilionidae (13) (Lima 2008).
Devido às mudanças ambientais e a estruturação do habitat, a composição de
fauna está em constante mudança, sendo também acrescidas novas espécies a
partir de registros da ampliação da distribuição geográfica das espécies
(Mikalauskas et al. 2006, Nogueira et al. 2008) e da descrição de novos táxons
(Simmons 1996, Gregorin & Ditchfield 2005), sendo portanto necessária a realização
de trabalhos de longo prazo ou coletas mesmo em áreas já estudas anteriormente, a
fim de se verificar as alterações na comunidade local.
Em um inventário realizado em 1999 na Estação Ecológica de Caetés (ESEC-
Caetés) foram catalogadas 15 espécies de três famílias: Emballonuridae (01),
Phyllostomidae (13) e Vespertilionidae (01) (Silva 2000). Assim, o presente trabalho
tem por objetivo atualizar a lista das espécies de morcegos existentes na ESEC-
Caetés um fragmento de mata urbana, fornecendo subsídios para o manejo
ambiental.
24
Material e Métodos
1. Área de estudo
A Estação Ecológica de Caetés (ESEC-Caetés) localiza-se na Região
Metropolitana do Recife entre os municípios de Paulista e Abreu e Lima (7º55’15” e
7º56’30”S e 34º55’15” e 34º56’30”W), tem aproximadamente 157ha, limita-se ao Sul
com o Rio Paratibe; ao Leste com a antiga fábrica da Amorim Primo S.A.; ao Oeste
com a Fazenda Seringal Velho e ao Norte com a PE-18, na divisa entre os
municípios de Paulista e Abreu e Lima. Distando cerca de 30 km do centro do Recife
(Figura 1).
Figura 1. Vista superior da Estação Ecológica de Caetés, Paulista, Pernambuco, Brasil, obtida
a partir do Google Earth.
Há uma estação chuvosa entre os meses de março e agosto e uma seca
entre os meses de setembro e fevereiro (Figura 2), a precipitação anual no período
do estudo foi de 1190.6 mm. A vegetação da ESEC-Caetés é classificada como
Floresta Ombrófila densa das terras baixas apresentando desde áreas
razoavelmente bem preservadas até áreas desnudas de vegetação. Caracterizada
25
por ser uma formação exuberante, em que espécies arbóreas de porte mais elevado
atingem alturas em torno dos 20 metros.
316,4
146,3
84,9
5,1 10,6 21,1
84
4469
188
143116,5
0
50
100
150
200
250
300
350
Jul.2009
Ago.2009
Set.2009
Out.2009
Nov.2009
Dez.2009
Jan.2010
Fev.2010
Mar.2010
Abr.2010
Mai.2010
Jun.2010
Figura 2. Dado pluviométrico (em milímetro cúbico) de julho de 2009 a junho de 2010 para a
região da ESEC-Caetés (Abreu e Lima), Fonte: Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP).
2. Coleta de dados
As coletas foram realizadas mensalmente entre julho de 2009 e junho de
2010, as capturas foram realizadas durante três noites consecutivas, em diferentes
pontos distribuídos entre borda externa, borda interna e interior de mata, as coletas
ocorriam de preferencia durante as fases de lua nova ou minguante. Levou-se em
consideração o fato de que as fases da lua interferem na atividade dos morcegos, os
quais ficam mais tempo fora de seus abrigos em noites mais escuras (Tamsitt &
Valdivieso 1961; Morrison 1978)
Para a captura dos morcegos foram utilizadas seis redes de neblina (12m de
comprimento por 2m de largura e malha de 36mm), estas foram armadas em pontos
pré-estabelecidos. As capturas ocorreram entre às 17h e 24h. Foram 36 noites de
capturas, o esforço de amostragem foi calculado conforme sugerido por Straube &
Bianconi (2002), multiplicando-se área e tempo totais de exposição de redes,
totalizando 36288 m2.h.r (1008 m2.h.r por noite).
Os morcegos foram identificados e classificados segundo Vizotto & Taddei
(1973), e Eisenberg & Redford (1999). Durante o processamento, foram utilizadas
fichas de campo contendo dados sobre morfometria, reprodução, marcação para
cada animal, além de informações ecológicas.
26
Os animais foram retirados das redes e acondicionados em sacos de algodão
para posterior análise e marcação. Para cada indivíduo capturado foram tomadas as
seguintes informações:
a) Local da captura; b) Condição do tempo; c) Recaptura (sim ou não); d)
Espécie; e) Sexo; f) Peso (g); g) Comprimento do antebraço (mm); h) Classe etária:
Jovem e Adulto; i) Condição reprodutiva: Machos - Escrotados; - Não escrotados;
Fêmeas: - Gestantes; - Lactantes; - Pós-lactantes; - Sem feto palpável;
Após as anotações dos dados necessários os animais foram marcados e
soltos, com exceção de alguns exemplares que ficaram retidos para identificação e
material testemunho.
As marcações foram realizadas utilizando colares plásticos adaptados de
acordo com Esberárd (1999) (Figura 3).
Figura 3 – Amarras plásticas, modelo GI-5000, com 12,8 mm de comprimento.
Quanto à frequência e abundância das espécies coletadas, seguiu-se a
classificação empregada por Fazzolari-Corrêa (1995)
Muito frequente: espécies presentes em pelo menos 10 dos 12 meses de coleta;
Frequente: espécies presentes em pelo menos seis dos 12 meses de coleta;
Pouco frequente: espécies presentes em menos de seis dos 12 meses de coleta;
Muito abundante: espécies que representassem mais de 15% do total de capturas;
Abundante: espécies que representassem entre quatro e 15% do total de indivíduos
capturados;
Pouco abundante: espécies que representassem menos de 4% do total de
indivíduos capturados.
27
Para o padrão de atividade anual, registrou-se a frequência de capturas ao
longo do ano, observando-se as possíveis variações no número de coletadas entre a
estação chuvosa e seca.
Foram considerados os seguintes índices: (1) riqueza de espécies; (2)
abundância relativa, determinada pela contagem de indivíduos capturados; (3)
frequência, registrada a partir da presença ou ausência da espécie na amostragem
(Krebs 1989).
Resultados e Discussão
1. Ocorrência, frequência, abundância e atividade anual das
espécies de Quirópteros coletadas
Entre julho de 2009 e junho de 2010 foram capturadas na ESEC-Caetés 14
espécies de morcegos pertencentes a 10 gêneros de filostomídeos totalizando 726
espécimes (Tabela 1). Entre os espécimes capturados, 624 foram anilhados e 20
indivíduos foram recapturados, o que da uma taxa de recaptura igual a 3,20%.
Em um inventário realizado em 1999 na ESEC-Caetés foram catalogadas 15
espécies de três famílias: Emballonuridae (01), Phyllostomidae (13) e
Vespertilionidae (01) (Silva 2000), destas, seis não foram registradas no presente
trabalho, são elas Saccopteryx leptura (Schreber 1774) (Emballonuridae) e Myotis
nigricans (Schinz 1821) (Vespertilionidae), Artibeus obscurus (Schinz 1821),
Phyllostomus hastatus (Pallas 1767), Chiroderma doriae (Thomas 1891) e
Chiroderma villosum (Peters 1861) (Phyllostomidae). Vale salientar que Saccopteryx
leptura foi capturada na ESEC- Caetés no mês de março de 2009, em outras coletas
do nosso grupo. Todas essas espécies foram consideradas raras e capturadas em
baixo número (n < 7) por Silva (2000).
Mesmo com a ausência destas espécies, podemos afirmar que no presente
trabalho foi obtida riqueza similar à encontrada por Silva (2000), entretanto ocorreu
uma mudança na composição com o acréscimo de Micronycteris sp., Trachops
cirrhosus (Spix 1823), Artibeus fimbriatus (Gray 1842) e Lophostoma silvicolum
(d’Orbigny 1836), estas quatro espécies não haviam sido registrada em trabalhos
anteriores para a ESEC-Caetés.
28
Tabela 1. Lista sistemática das espécies de Chiroptera capturadas na ESEC-Caetés, Paulista,
Pernambuco, Brasil no período de julho de 2009 a junho de 2010.
Família Subfamília Gênero Espécie
Phyllostomidae
Desmodontinae Desmodus (Wied-Neuwied 1826)
Desmodus rotundus (E. Geoffroy 1810)
Glossophaginae Glossophaga (Geoffroy 1818) Glossophaga soricina (Pallas 1766)
Phyllostominae
Lophostoma (d’Orbigny 1836) Lophostoma silvicolum (d’Orbigny 1836)
Micronycteris (Gray 1866) Micronycteris sp
Phyllostomus (Lacepede 1799) Phyllostomus discolor (Wagner 1834)
Trachops (Gray 1847) Trachops cirrhosus (Spix, 1823)
Carolliinae Carollia (Gray 1838) Carollia perspicillata (Linnaeus 1758)
Sternodermatinae
Artibeus (Leac 1821)
Artibeus cinereus (Gervais 1856) Artibeus fimbriatus (Gray 1842) Artibeus lituratus (Olfers, 1818) Artibeus planirostris (Spix,1823) Artibeus sp
Platyrrhinus (Saussure 1860) Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy 1810)
Sturnira (Gray 1842) Sturnira lilium (E. Geoffroy 1810)
O número cumulativo das espécies de morcegos coletadas na ESEC-Caetés
estabilizou-se a partir do mês de dezembro de 2009, onde ocorreu a captura da
ultima nova espécie Lophostoma silvicolum (Figura. 4). Este fato não indica
contudo, que todas as espécies ocorrentes na área foram registradas, uma vez que
foi comum a observação de pequenos morcegos Molossídeos, em vôos altos ao
entardecer, que entretanto não foram coletados. Este fato ressalta a necessidade de
se continuar a realizar um inventário na área. Tal esforço provavelmente
acrescentaria outras espécies com populações baixas, que exploram ambientes
muito específicos ou que são migratórias.
29
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Jul.(3)
Ago.(6)
Set.(9)
Out.(12)
Nov.(15)
Dez.(18)
Jan.(21)
Fev.(24)
Mar.(27)
Abr.(30)
Mai.(33)
Jun.(36)
Meses
Número de espécies
Figura 4. Número cumulativo das espécies de morcegos coletadas durante o período de julho
de 2009 a junho de 2010, na ESEC-Caetés, Paulista, Pernambuco. O valor entre parênteses
corresponde ao número de coletas já realizadas.
Dentre as espécies coletadas no presente estudo Carollia perspicillata
(Linnaeus 1758) foi dominante perfazendo 45,59% (n=331) das capturas, seguida de
Artibeus planirostris com 28,51% (n=207), já as espécies A. fimbriatus, Desmodus
rotundus (E. Geoffroy 1810), Micronycteris sp, T. cirrhosus, Artibeus sp e L.
silvicolum, apresentaram os menores índices de captura (menos de cinco
espécimes) (Tabela 2). C. perspicilata é de fato uma das espécies de mamíferos
mais comuns e melhor estudada da região neotropical (Fleming 1988 apud Marinho-
Filho 1992). Mas, nem sempre estas espécies são as mais abundantes. A
dominância de Sturnira lilium (E. Geoffroy 1810) já foi relatada em outros estudos de
comunidades de morcegos no Brasil (Marinho-Filho 1991, Pedro & Taddei 1997).
Em algumas localidades Artibeus pode ser dominante (Muller & Reis 1992, Sipinski
& Reis 1995, Rui & Fabián 1997, Reis et al. 2000, Pedro et al. 2001). Em outras
localidades C. perspicillata se apresenta como a espécie dominante (Pedro &
Passos 1995, Stoner 2001, Bernard 2002, Pedro & Taddei 2002), assim como no
nosso trabalho.
30
Tabela 2. Abundância e porcentagem das espécies de morcegos capturados no período de um
ano (entre julho de 2009 e junho de 2010) na ESEC-Caetés.
Espécie Capturas % Carollia perspicillata 331 45,60 Artibeus planirostris 207 28,51 Phyllostomus discolor 46 6,34 Artibeus lituratus 44 6,06 Artibeus cinereus 39 5,37 Platyrrhinus lineatus 22 3,04 Glossophaga soricina 13 1,79 Sturnira lilium 10 1,38 Artibeus fimbriatus 5 0,68 Desmodus rotundus 3 0,41 Micronycteris sp 2 0,27 Trachops cirrhosus 2 0,27 Artibeus sp 1 0,14 Lophostoma silvicolum 1 0,14
Total Coletado 726 100,00
A predominância da família Phyllostomidae pode estar relacionada à
metodologia de captura empregada. O uso de redes de neblina instaladas no sub-
bosque privilegia a captura deste grupo (Simmons & Voss 1998). Por outro lado, os
filostomídeos são de fato a família mais rica na região Neotropical (Fenton et al.
1992). Isto pode ser explicado devido aos morcegos desta família apresentarem
versatilidade na exploração de alimentos, por possuírem diferentes técnicas de
forrageio e diversos tipos de abrigos (Bredt et al. 1998). Além disso, os filostomídeos
não têm uma boa capacidade de detectar redes (Kunz & Kurta 1988).
Durante as coletas observamos espécies da família Molossidae voando alto
no nível da copa das árvores, mas infelizmente, não conseguimos capturar
indivíduos desta família, sabemos que a mesma ocorre na ESEC-Caetés. A
ausência de famílias como Molossidae, Vespertillionidae e Emballonuridae, deve ser
atribuída ao fato desses insetívoros voarem mais alto e detectarem as redes com
maior facilidade (Kunz & Kurta 1988; Muller & Reis 1992). A família Molossidae
apresenta o comportamento de forragear normalmente na copa das árvores e
segundo Handley Jr. (1967) este fato pode contribuir para não captura no sub-
bosque. O método mais correto seria a captura desses morcegos nos locais
utilizados como abrigo diurnos (Voss & Emmons 1996), com a utilização de puçá
31
entomológico ou harpa (harp traps), podem apresentar uma maior eficiência na
captura de espécies não susceptíveis às redes de neblina (Kunz & Kurta 1988),
entretanto, tais abrigos não foram localizados nas dependências da ESEC-Caetés.
As espécies C. perspicillata, Artibeus planirostris (Spix,1823), Artibeus
lituratus (Olfers, 1818) foram consideradas muito frequentes, presentes em pelos
menos 10 meses de coleta. Foram consideradas frequentes P. discolor, Artibeus
cinereus (Gervais 1856), S. lilium, Glossophaga soricina (Pallas 1766) e Platyrrhinus
lineatus (E. Geoffroy 1810) encontrados em pelo menos seis meses de captura. As
demais, seis espécies, foram classificadas como pouco frequentes, ocorrendo em
menos de seis meses de coleta (Tabela 3). No trabalho de Silva (2000) as espécies
C. perspicillata, A. planirostris e A. lituratus também foram consideradas muito
frequentes além de P. discolor, A. cinereus, S. lilium, G. soricina e P. lineatus que
neste trabalho passaram a ser classificadas como frequentes.
Tabela 3. Variação mensal no número de espécimes de quirópteros coletados na ESEC-Caetés
– Paulista, PE, entre julho de 2009 e junho de 2010.
Espécies muito abundantes, apresentando mais de 15% do total de capturas,
foram C. perspicillata (45,59%) e A. planirostris (28,51%), abundantes, entre 4 e
15% do total de capturas foram P. discolor (6,33%), A. lituratus (6,03%) e P. discolor
(6,33%). As demais espécies foram consideradas pouco abundantes com menos de
4% do total de capturas (Tabela 2 e Figura 5). No levantamento de Silva (2000)
Meses Espécie
Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Carollia perspicillata 29 7 20 15 46 20 43 19 41 50 22 19 Artibeus planirostris 6 1 1 5 2 84 21 48 14 9 16 Phyllostomus discolor 2 27 1 3 3 4 3 1 2 Artibeus lituratus 2 6 3 3 8 6 7 3 4 1 1 Artibeus cinereus 1 3 2 1 4 12 4 6 6 Platyrrhinus lineatus 1 2 1 1 5 7 2 2 1 Glossophaga soricina 1 3 2 1 2 1 1 2 Sturnira lilium 1 1 1 2 2 2 1 Artibeus fimbriatus 1 2 2 Desmodus rotundus 1 2 Micronycteris sp 1 1 Trachops cirrhosus 1 1 Artibeus sp 1 Lophostoma silvicolum 1 Total Coletado 41 14 60 20 65 37 143 59 118 78 45 46
32
entre os meses de janeiro a dezembro de 1999 C. perspicillata (29,9%) e A.
planirostris (21,3%) também foram consideradas muito abundantes. As espécies que
se apresentaram abundantes teve resultado similar ao de Silva (2000) exceto para
P. lineatus que no seu trabalho se apresentou abundante com 9% do total de
captura e neste a mesma foi pouco abundante com 3,03% do total de captura,
apresentando uma diferença de 5,97%.
331
207
46
44
39
22
13
10
5
3
2
2
1
1
0 50 100 150 200 250 300 350
C. perspicillata
A. planirostris
P. discolor
A. lituratus
A. cinereus
P. lineatus
G. soricina
S. lilium
A. fimbriatus
D. rotundus
Micronycteris sp
T. cirrhosus
Artibeus sp
L. silvicolum
Figura 5. Abundância das espécies de quirópteros coletados na ESEC-Caetés, entre julho de
2009 e junho de 2010.
O registro, para este trabalho, de poucas espécies muito abundantes (duas) e
muitas espécies pouco abundantes (nove) encontra-se dentro dos padrões
encontrados para outras comunidades de morcegos neotropicais, como descritos
nos trabalhos de Fleming et al. (1972) ao estudar comunidades de morcegos no
Panamá e na Costa Rica, encontraram 19 ou 20 espécies com um número inferior a
dez indivíduos capturados. Marques (1985) registrou 32 espécies capturadas no
Parque Nacional da Amazônia, e destas, 23 espécies foram coletadas em número
inferior a dez indivíduos.
Trajano (1985) concluiu que a comunidade de morcegos cavernícolas do Alto
Ribeira – São Paulo é bastante diversificada, constituindo-se por uma espécie
superabundante, algumas espécies muito comuns, um bom número de espécies
33
comuns e várias espécies raras. Pedro & Taddei (1997) obtiveram dados
compatíveis com os padrões observados pelos autores acima citados, tendo
registrado a ocorrência de poucas espécies abundantes e muitas raras na Reserva
do Panga em Minas Gerais.
Via de regra, as espécies mais comuns não são coincidentes nas diversas
comunidades enfocadas, ainda que as mesmas espécies estejam presentes
(Fazzolari-Corrêa 1995). Desse modo, as espécies que se apresentaram muito
abundantes neste trabalho podem ser consideradas raras em outras regiões, do
mesmo modo que, as espécies raras neste trabalho podem ser consideradas
abundantes em outras áreas.
De acordo com Faria (1996), certas espécies de morcegos são capturadas
apenas eventualmente, por apresentarem populações em baixa densidade,
explorarem ambientes muito específicos, ou por terem características migratórias.
Os meses em que ocorreu o maior número de capturas foram os meses de
janeiro e março. Já os meses de agosto e outubro foram os que apresentaram o
menor número de capturas (Figura. 6). A diferença entre os meses de maior e menor
captura pode estar relacionada com as fortes chuvas que caíram no mês de agosto
e outubro de 2009. No trabalho de Silva (2000) os meses que apresentaram o maior
número de capturas foram janeiro, fevereiro e junho e o menor número de captura
aconteceu nos meses de agosto e setembro. Meses também classificados pelo autor
como chuvosos.
O número de espécies não variou com relação à estação seca e chuvosa.
Com relação à composição e o número de capturas houve certa variação entre as
estações. Na estação seca obteve-se 384 capturas, já na chuvosa foram 342
capturas, não havendo variação significativa entre as duas estações do ano.
34
7 7 4 9 7 8 7 8 8 8 7
41
14
60
20
65
37
143
59
118
78
45 46
70204060
80100
120140160
Jul. (Chuvoso)
Ago. (Chuvoso)
Set. (Seco)
Out. (Seco)
Nov. (Seco)
Dez. (Seco)
Jan. (Seco)
Fev. (Seco)
Mar. (Chuvoso)
Abr. (Chuvoso)
Mai. (Chuvoso)
Jun. (Chuvoso)
Mês
Riqueza e número de capturas
Figura 6. Riqueza mensal e número de morcegos capturados em cada mês na ESEC-Caetés
entre julho de 2009 e junho de 2010.
As variações sazonais específicas resultaram em padrões diferentes da
comunidade no período seco (setembro e fevereiro – Figura 7) e no chuvoso (março
e agosto – Figura 8). Em ambas as estações, C. perspicillata e A. planirostris
permaneceram como espécies muito abundantes na comunidade. Porém, ocorreram
variações quanto ao número de capturas em algumas espécies. No período seco,
observou-se a seguinte sequência: P. discolor, A. lituratus, A. cinereus e P. lineatus,
enquanto no período chuvoso esta sequência praticamente se inverte: A. cinereus,
P. lineatus, A. lituratus e P. discolor, situações muito semelhantes foram
encontradas para Silva (2000) na ESEC-Caetés.
No período seco P. discolor, A. lituratus foram consideradas espécies
abundantes, mudando sua condição para pouco abundante no período chuvoso.
Enquanto que A. cinereus passa da condição de pouco abundante, no período seco,
para abundante no período chuvoso. Considerando-se os períodos seco e chuvoso,
observou-se diferenças entre o número de capturas nos dois períodos (Tabela 4).
35
163
113
38 33
10 9 6 4 3 2 1 1 1 00
20
40
60
80
100
120
140
160
180
C. perspicillata
A. planirostris
P. discolor
A. lituratus
A. cinereus
P. lineatus
G. soricina
S. lilium
A. fimbriatus
D. rotundus
Micronycteris sp
T. cirrhosus
L. silvicolum
Artibeus sp
Espécies
Número Capturas
Figura 7. Número de capturas por espécies de morcegos na ESEC-Caetés durante o período
seco (setembro a fevereiro).
168
94
2913 13 11 8 6 2 1 1 1 1 0
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
C. perspicillata
A. planirostris
A. cinereus
P. lineatus
G. soricina
A. lituratus
P. discolor
S. lilium
A. fimbriatus
D. rotundus
Micronycteris sp
T. cirrhosus
Artibeus sp
L. silvicolum
Espécie
Número Capturas
Figura 8. Número de capturas por espécies de morcegos na ESEC-Caetés durante o período
chuvoso (março a agosto).
Marinho-Filho e Sazima (1989) na Serra do Japi – SP, Fazzolari-Corrêa
(1995) na Ilha do Cardoso – SP, Faria (1996) em Santa Genebra – Campinas e
Pedro & Taddei (1997) na Reserva do Panga – MG registraram para C. perspicillata
maiores números de indivíduos capturados no período chuvoso, esses dados foram
semelhantes neste trabalho para a espécie. Para o gênero Artibeus, Marinho-Filho &
Sazima (1989) não encontraram diferenças significativas quanto à sazonalidade na
36
Serra do Japi, entretanto, Fazzolari-Corrêa (1995) registra para A. lituratus e A.
cinereus maiores capturas no período seco. Nossos dados corroboram para maiores
picos de ocorrências de A. lituratus no período seco, porém discordam para A.
cinereus, que foi mais capturado no período chuvoso. Tendo o mesmo acontecido
com Silva (2000) na ESEC-Caetés.
Tabela 4. Número de capturas das espécies de morcegos muito frequentes em todo o período
de estudo, e separadamente nos período chuvosos e seco, na ESEC- Caetés, entre julho de
2009 e junho de 2010.
Período Espécie
Anual % Chuvoso %
Seco %
Carollia perspicillata 331 45,60 168 50,75 163 49,25 Artibeus planirostris 207 28,51 94 45,41 113 54,59 Phyllostomus discolor 46 6,34 8 17,39 38 82,61 Artibeus lituratus 44 6,06 11 25,00 33 75,00 Artibeus cinereus 39 5,37 29 74,40 10 25,65 Platyrrhinus lineatus 22 3,04 13 59,09 9 40,91 Glossophaga soricina 13 1,79 7 53,84 6 46,16 Sturnira lilium 10 1,38 6 60,00 4 40,00 Artibeus fimbriatus 5 0,68 2 40,00 3 60,00 Desmodus rotundus 3 0,41 1 33,33 2 66,67 Micronycteris sp 2 0,27 1 50,00 1 50,00 Trachops cirrhosus 2 0,27 1 50,00 1 50,00 Artibeus sp 1 0,14 1 100,00 - 0,00 Lophostoma silvicolum 1 0,14 - 0,00 1 100,00
Platyrrhinus lineatus e S. lilium, foram registradas com maiores ocorrências
para o período chuvoso, fato semelhante foi encontrado por Fazzolari-Corrêa (1995)
Pedro & Taddei (1997), entretanto, Faria (1996) registra maiores picos de atividade
para estas espécies durante o início da estação seca. Silva (2000) não encontrou
diferenças sazonais para as duas espécies na ESEC-Caetés.
Com relação aos padrões de atividade anual das espécies de morcegos
consideradas muito frequentes na ESEC-Caetés neste estudo, pode-se observar,
que C. perspicillata esteve presente durante todo o ano da amostragem,
apresentando os maiores picos de atividade nos meses de janeiro, março, abril e
novembro. No trabalho de Silva (2000) C. perspicillata e P. lineatus estiveram
presentes durante todo o ano, apresentando os maiores picos de atividade nos
meses de fevereiro, junho e novembro. A. planirostris apresentou um maior número
de capturas em janeiro e março, já nos meses de agosto, setembro e outubro esta
37
espécie apresentou um baixo número de capturas. A. lituratus apresentou pico de
captura em dezembro. Enquanto que Silva (2000) encontrou pico de atividade de A.
jamaicensis (= A. planirostris) em janeiro e de A. lituratus em janeiro e novembro.
Esses dados nos mostram que não existe um padrão do pico de captura
mesmo dentro da mesma espécie. Desta forma, concluímos que o período não seja
o principal fator determinante do número de capturas de uma determinada espécie e
sim, a oferta de alimentos disponível no ambiente. Silva (2000) comprova esta
hipótese, ele observou um grande número de espécimes de P. discolor, na ESEC-
Caetés em dezembro, próximo a floração de uma espécie de Mimosoidae não
identificada, que provavelmente atraiu esses indivíduos, justificando assim o número
elevado de indivíduos capturado neste mês. Esse fato foi comprovado pela presença
de pólen no corpo da maioria dos exemplares capturados. O mesmo aconteceu no
nosso trabalho com os P. discolor capturados no mês de dezembro de 2009.
Agradecimentos
Somos gratos a Coordenação da ESEC-Caetés, a CPRH, a CIPOMA e a
comunidade do entorno da Estação.
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43
CONCLUSÃO
Com o presente estudo foi possível perceber, que a família Phyllostomidae é
a melhor representada na ESEC – Caetés, pois apresenta uma maior variedade de
espécies encontradas nesta área. Sendo Carollia perspicillata e Artibeus planirostris
as mais abundantes e mais frequentes. Pela primeira vez foi registrado o
aparecimento das espécies Micronycteris sp., Trachops cirrhosus, Artibeus
fimbriatus, e Lophostoma silvicolum na ESEC–Caetés, em contrapartida não foi
identificado o aparecimento das espécies Artibeus obscuros, Phyllostomus hastatus,
Micronycteris megalotis, Myotis nigricans e Chiroderma villosum. Isso indica que a
composição da quiropterofauna local está em mudança.
Apesar da presença de trabalhos anteriores na Estação Ecológica de Caetés
com morcegos, a quiropterofauna presente encontra-se não totalmente registrada,
fato este evidenciado pelo registro de novas ocorrências. Entretanto esforços
maiores são necessários para catalogar espécies registradas nos trabalhos
anteriores principalmente as consideradas raras.
Estes estudos revelam, sobretudo a complexidade da quiropterofauna da
região e a necessidade de se explorar outras áreas, com a finalidade de se registrar
a quiropterofauna do estado de Pernambuco e de se conhecer a sua participação no
ecossistema como um todo.
A coleta de três espécimes do morcego hematófago Desmodus rotundus
mostra a importância de se fazer campanhas de Educação Ambiental naquela área
tendo em vista que a estação ecológica é um fragmento de mata dentro do
perímetro Urbano. Um dos exemplares foi capturado em área de borda próximo as
edificações podendo vir a circular nas áreas urbanas. Se porventura um animal
deste tiver infectado com o vírus rábico o mesmo estará circulando naquela
localidade, podendo transmitir a doença durante o forrageio.
44
ANEXO A (Normas da Revista Biota Neotropica)
Instruções aos Autores
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exclusivamente através do site de submissão eletrônica de manuscritos
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científicos selecionados pela Comissão Editorial. Em cada caso, o parecer será
transmitido anonimamente aos autores. A aceitação dos trabalhos depende da
decisão da Comissão Editorial. Ao submeter o manuscrito, defina em que categoria
(Artigo, Short Communication etc.) deseja publicá-lo e indique uma lista de, no
mínimo, quatro possíveis assessores(as), 2 do exterior no caso de trabalhos em
inglês, com as respectivas instituições e e-mail.No caso de manuscritos em inglês,
indicar pelo menos 2 revisores estrangeiros, de preferência de países de língua
inglesa. O trabalho somente receberá data definitiva de aceitação após aprovação
pela Comissão Editorial, quanto ao mérito científico e conformidade com as normas
aqui estabelecidas. Essas normas valem para trabalhos em todas as categorias.
Desde 1º de março de 2007 a Comissão Editorial da Biota Neotropica instituiu a
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de 1º de julho de 2008 esta taxa passa a ser de R$ 30,00 (trinta reais) por
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manifeste por escrito a concordância com o pagamento da taxa de R$ 30,00
(trinta reais) por página impressa, caso seu trabalho seja aceito para
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45
No caso de citações de espécies, as mesmas devem obedecer aos respectivos
Códigos Nomenclaturais. Na área de Zoologia todas as espécies citadas no
trabalho devem estar, obrigatoriamente, seguidas do autor e a data da
publicação original da descrição. No caso da área de Botânica devem vir
acompanhadas do autor e/ou revisor da espécie. Na área de Microbiologia é
necessário consultar fontes específicas como o International Journal of
Systematic and Evolutionary Microbiology.
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Editorial
Para cada volume da BIOTA NEOTROPICA, o Editor Chefe convidará um(a)
pesquisador(a) para escrever um Editorial abordando tópicos relevantes, tanto do
ponto de vista científico quanto do ponto de vista de formulação de políticas de
conservação e uso sustentável da biodiversidade. O Editorial, com no máximo 3000
palavras, deverá ser escrito em português ou espanhol e em inglês. As opiniões nele
expressas são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).
Pontos de Vista
46
Esta seção servirá de fórum para a discussão acadêmica de um tema relevante para
o escopo da revista. A convite do Editor Chefe um(a) pesquisador(a) escreverá um
artigo curto, expressando de uma forma provocativa o(s) seu(s) ponto(s) de vista
sobre o tema em questão. A critério da Comissão Editorial. a revista poderá publicar
respostas ou considerações de outros pesquisadores(as) estimulando a discussão
sobre o tema. As opiniões expressas no Ponto de Vista e na(s) respectiva(s)
resposta(s) são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).
Ao serem submetidos, os trabalhos enviados à revista BIOTA NEOTROPICA devem
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material, métodos, resultados, discussão, agradecimentos e referências) e as
tabelas, com os respectivos títulos em português e inglês; um segundo arquivo DOC
contendo as figuras e as respectivas legendas em português e inglês. Estas deverão
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de 2 MBytes por arquivo. É imprescindível que o autor abra os arquivos que
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New, Symbol e Wingdings.
Documento principal
Um único arquivo chamado Principal.rtf ou Principal.doc com os títulos, resumos e
palavras-chave em português ou espanhol e inglês, texto integral do trabalho,
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referências bibliográficas e tabelas. Esse arquivo não deve conter figuras, que
deverão estar em arquivos separados, conforme descrito a seguir. O manuscrito
deverá seguir o seguinte formato:
Título conciso e informativo
Títulos em português ou espanhol e em inglês (Usar letra maiúscula apenas no
início da primeira palavra e quando for pertinente, do ponto de vista ortográfico ou de
regras científicas pré-estabelecidas);
Título resumido
Autores
Nome completo dos autores com numerações (sobrescritas) para indicar as
respectivas filiações filiações e endereços completos, com links eletrônicos para as
instituições. Indicar o autor para correspondência e respectivo e-mail
Resumos/Abstract - com no máximo, 350 palavras
• Título em inglês e em português ou espanhol
• Resumo em inglês (Abstract)
• Palavras-chave em inglês (Key words) evitando a repetição de palavras já
utilizadas no título
• Resumo em português ou espanhol
• Palavras-chave em português ou espanhol evitando a repetição de palavras
já utilizadas no título As palavras-chave devem ser separadas por vírgula e
não devem repetir palavras do título. Usar letra maiúscula apenas quando for
pertinente, do ponto de vista ortográfico ou de regras científicas pré-
estabelecidas.
Corpo do Trabalho
1. Seções
• Introdução (Introduction)
• Material e Métodos (Material and Methods)
• Resultados (Results)
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• Discussão (Discussion)
• Agradecimentos (Acknowledgments)
• Referências bibliográficas (References)
• Tabelas
A critério do autor, no caso de Short Communications, os itens Resultados e
Discussão podem ser fundidos Não use notas de rodapé, inclua a informação
diretamente no texto, pois torna a leitura mais fácil e reduz o número de links
eletrônicos do manuscrito.
2. Casos especiais
No caso da categoria "Inventários" a listagem de espécies, ambientes, descrições,
fotos etc., devem ser enviadas separadamente para que possam ser organizadas
conforme formatações específicas. Além disso, para viabilizar o uso de ferramentas
eletrônicas de busca, como o XML, a Comissão Editorial enviará aos autores dos
trabalhos aceitos para publicação instruções específicas para a formatação da lista
de espécies citadas no trabalho. Na categoria "Chaves de Identificação" a chave em
si deve ser enviada separadamente para que possa ser formatada adequadamente.
No caso de referência de material coletado é obrigatória a citação das coordenadas
geográficas do local de coleta. Sempre que possível a citação deve ser feita em
graus, minutos e segundos (Ex. 24°32'75" S e 53°06'31" W). No caso de referência a
espécies ameaçadas especificar apenas graus e minutos.
3. Numeração dos subtítulos
O título de cada seção deve ser escrito sem numeração, em negrito, apenas com a
inicial maiúscula (Ex. Introdução, Material e Métodos etc.). Apenas dois níveis de
subtítulos serão permitidos, abaixo do título de cada seção. Os subtítulos deverão
ser numerados em algarismos arábicos seguidos de um ponto para auxiliar na
identificação de sua hierarquia quando da formatação final do trabalho. Ex. Material
e Métodos; 1. Subtítulo; 1.1. Sub-subtítulo).
4. Citações bibliográficas
Colocar as citações bibliográficas de acordo com o seguinte padrão:
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Silva (1960) ou (Silva 1960);
Silva (1960, 1973)
Silva (1960a, b)
Silva & Pereira (1979) ou (Silva & Pereira 1979)
Silva et al. (1990) ou (Silva et al. 1990)
(Silva 1989, Pereira & Carvalho 1993, Araújo et al. 1996, Lima 1997)
Citar referências a resultados não publicados ou trabalhos submetidos da seguinte forma: (A.E. Silva, dados não publicados). Em trabalhos taxonômicos, detalhar as citações do material examinado, conforme as regras específicas para o tipo de organismo estudado.
5. Números e unidades
Citar números e unidades da seguinte forma:
• escrever números até nove por extenso, a menos que sejam seguidos de
unidades;
• utilizar, para número decimal, vírgula nos artigos em português ou espanhol
(10,5 m) ou ponto nos escritos em inglês (10.5 m);
• utilizar o Sistema Internacional de Unidades, separando as unidades dos
valores por um espaço (exceto para porcentagens, graus, minutos e
segundos);
• utilizar abreviações das unidades sempre que possível. Não inserir espaços
para mudar de linha caso a unidade não caiba na mesma linha.
6. Fórmulas
Fórmulas que puderem ser escritas em uma única linha, mesmo que exijam a
utilização de fontes especiais (Symbol, Courier New e Wingdings), poderão fazer
parte do texto. Ex. a = p.r2 ou Na2HPO, etc. Qualquer outro tipo de fórmula ou
equação deverá ser considerada uma figura e, portanto, seguir as regras
estabelecidas para figuras.
7. Citações de figuras e tabelas
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Escrever as palavras por extenso (Ex. Figura 1, Tabela 1, Figure 1, Table 1)
8. Referências bibliográficas
Adotar o formato apresentado nos seguintes exemplos, colocando todos os dados
solicitados, na seqüência e com a pontuação indicadas, não acrescentando itens
não mencionados:
FERGUSON, I.B. & BOLLARD, E.G. 1976. The movement of calcium in woody
stems. Ann. Bot. 40(6):1057-1065.
SMITH, P.M. 1976. The chemotaxonomy of plants. Edward Arnold, London.
SNEDECOR, G.W. & COCHRAN, W.G. 1980. Statistical methods. 7 ed. Iowa State
University Press, Ames.
SUNDERLAND, N. 1973. Pollen and anther culture. In Plant tissue and cell culture
(H.F. Street, ed.). Blackwell Scientific Publications, Oxford, p.205-239.
BENTHAM, G. 1862. Leguminosae. Dalbergiae. In Flora Brasiliensis (C.F.P. Martius
& A.G. Eichler, eds). F. Fleischer, Lipsiae, v.15, pars 1, p.1-349.
MANTOVANI, W., ROSSI, L., ROMANIUC NETO, S., ASSAD-LUDEWIGS, I.Y.,
WANDERLEY, M.G.L., MELO, M.M.R.F. & TOLEDO, C.B. 1989. Estudo
fitossociológico de áreas de mata ciliar em Mogi-Guaçu, SP, Brasil. In Simpósio
sobre mata ciliar (L.M. Barbosa, coord.). Fundação Cargil, Campinas, p.235-267.
STRUFFALDI-DE VUONO, Y. 1985. Fitossociologia do estrato arbóreo da floresta da
Reserva Biológica do Instituto de Botânica de São Paulo, SP. Tese de doutorado,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
FISHBASE. http://www.fishbase.org/home.htm (último acesso em dd/mmm/aaaa)
Abreviar títulos dos periódicos de acordo com o "World List of Scientific Periodicals"
(http://library.caltech.edu/reference/abbreviations/) ou conforme o banco de dados do
Catálogo Coletivo Nacional (CCN -IBICT) (busca disponível em
http://ccn.ibict.br/busca.jsf" ).
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Para citação dos trabalhos publicados na BIOTA NEOTROPICA seguir o seguinte
exemplo:
PORTELA, R.C.Q. & SANTOS, F.A.M. 2003. Alometria de plântulas e jovens de
espécies arbóreas: copa x altura. Biota Neotrop. 3(2):
http://www.biotaneotropica.org.br/v3n2/pt/abstract?article+BN00503022003 (último
acesso em dd/mm/aaaa)
Todos os trabalhos publicados na BIOTA NEOTROPICA têm um endereço eletrônico
individual, que aparece imediatamente abaixo do(s) nome(s) do(s) autor(es) no PDF
do trabalho. Este código individual é composto pelo número que o manuscrito
recebe quando submetido (005 no exemplo acima), o número do volume (03), o
número do fascículo (02) e o ano (2003).
9 - Tabelas
Nos trabalhos em português ou espanhol os títulos das tabelas devem ser bilíngües,
obrigatoriamente em português/espanhol e em inglês, e devem estar na parte
superior das respectivas tabelas. O uso de duas línguas facilita a compreensão do
conteúdo por leitores do exterior quando o trabalho está em português. As tabelas
devem ser numeradas sequencialmente com números arábicos.
Caso uma tabela tenha uma legenda, essa deve ser incluída nesse arquivo, contida
em um único parágrafo, sendo identificada iniciando-se o parágrafo por Tabela N,
onde N é o número da tabela.
10 - Figuras
Mapas, fotos, gráficos são considerados figuras. As figuras devem ser numeradas
sequencialmente com números arábicos.
Na submissão inicial do trabalho, as imagens devem ser enviadas na menor
resolução possível, para facilitar o envio eletrônico do trabalho para assessoria "ad
hoc".
Na submissão inicial, todas as figuras deverão ser inseridas em um arquivo único,
tipo ZIP, de no máximo 2 MBytes. Em casos excepcionais, poderão ser submetidos
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mais de um arquivo de figuras, sempre respeitando o limite de 2 MBytes por arquivo.
É encorajada, como forma de reduzir o tamanho do(s) arquivo(s) de figura, a
submissão em formatos compactados. Para avaliação da editoria e assessores, o
tamanho dos arquivos de imagens deve ser de 10 x 15 cm com 72 dpi de definição
(isso resulta em arquivos JPG da ordem de 60 a 100 Kbytes). O tamanho da
imagem deve, sempre que possível, ter uma proporção de 3x2 ou 2x3 cm entre a
largura e altura.
No caso de pranchas os textos inseridos nas figuras devem utilizar fontes sans-serif,
como Arial ou Helvética, para maior legibilidade. Figuras compostas por várias
outras devem ser identificadas por letras (Ex. Figura 1a, Figura 1b). Utilize escala de
barras para indicar tamanho. As figuras não devem conter legendas, estas deverão
ser especificadas em arquivo próprio.
Quando do aceite final do manuscrito, as figuras deverão ser apresentadas com alta
resolução e em arquivos separados. Cada arquivo deve ser denominado como figura
N.EXT, onde N é o número da figura e EXT é a extensão, de acordo com o formato
da figura, ou seja, jpg para imagens em JPEG, gif para imagens em formato gif, tif
para imagens em formato TIFF, bmp para imagens em formato BMP. Assim, o
arquivo contendo a figura 1, cujo formato é tif, deve se chamar figura1.tif. Uma
prancha composta por várias figuras a, b, c, d é considerada uma figura. Aconselha-
se o uso de formatos JPEG e TIFF para fotografias e GIF ou BMP para gráficos.
Outros formatos de imagens poderão também ser aceitos, sob consulta prévia. Para
desenhos e gráficos os detalhes da resolução serão definidos pela equipe de
produção do PDF em contacto com os autores.
As legendas das figuras devem fazer parte do arquivo texto Principal.rtf ou
Principal.doc. inseridas após as referências bibliográficas. Cada legenda deve estar
contida em um único parágrafo e deve ser identificada, iniciando-se o parágrafo por
Figura N, onde N é o número da figura. Figuras compostas podem ou não ter
legendas independentes.
Nos trabalhos em português ou espanhol todas as legendas das figuras devem ser
bilíngües, obrigatoriamente, em português/espanhol e em inglês. O uso de duas
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línguas facilita a compreensão do conteúdo por leitores do exterior quando o
trabalho está em português.
Esta publicação é financiada com recursos da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo/FAPESP (Processo 07/50856-8).
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ANEXO B (Ficha de Campo)
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