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Entrevista com Maria Catarina da Rosa, uma das coordenadoras da GEABS

As definições para os NASFs, feitas pela Política de

Atenção Básica de 2011

Tudo sobre o Telessaúde, seus serviços e histórias de equipes

que perceberam a diferençapágina 3 página 4 página 6

Telessaúde: educação a distância para a construção do SUS

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Fique ligado:

Portal para Educação a Distância

da SBMFCA Sociedade Brasileira de Medicina

de Família e Comunidade lançou,no início de 2012, o seu portal de inter-net para Educação a Distância que

recebeu a denominação de UNI-MFC. http://www.sbmfc.

org.br

III Congresso Sul-Brasileiro de Medicina de Família e

Comunidade

Até o dia 19 de abril de 2012 as inscrições e pagamentos serão recebidos on-line. Após esta data, o preenchimento da ficha de ins-crição será efetuado, porém o pagamento poderá ser feito so-mente no local do evento. http://www.sulbrasileiromfc.com.br

Programa Saúde na Escola - PSEAdesão à Semana Saúde na Escola começou no dia 20 de janeiro. Ao aderir à campanha, o município indica as equipes de Saúde da Família e as escolas que se comprometerão a planejar e executar ações já planejadas para 2012. http://dab.saude.gov.br/noticia/noticia_ret_detalhe.php?cod=1465

Programa de Va-lorização do Profissional

da Atenção Básica - PROVABIncentiva médicos, enfermeiros e cirur-

giões dentistas que optarem por atuar nas equipes de Saúde da Família e outras estratégias de organização da Atenção Básica, inclusive das populações ri-

beirinhas, quilombolas, assenta-das e indígenas. http://mi-

gre.me/7VOUv

Avaliação externa do PMAQNo primeiro ano de implantação do PMAQ, a avaliação externa ocorrerá, para todos os muni-cípios participantes, seis meses após a adesão ao Programa. Mais informações no Manual Ins-trutivo do PMAQ: http://189.28.128.100/dab/docs/sistemas/Pmaq/pmaq_manual_instrutivo.pdf

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Telessaúde Informa: O SIAB é uma ferramenta que recolhe e monitora informações referentes à Atenção Básica. Como ela funciona e como as equipes da Saúde da Família po-dem utilizá-la corretamente? Maria Catarina: O Sistema de In-formação da Atenção Básica (SIAB) foi concebido como instrumento para a gestão de sistemas locais de saúde, permitindo a construção de indicadores populacionais e o acom-panhamento e a avaliação contínua das atividades realizadas pelas equipes.Para utilizá-lo corretamente, os pro-fissionais dependem de três ins-trumentos principais. Um deles, o cadastramento, traz informações sóciodemográficas das famílias co-bertas pelas equipes. Além disso, há mais duas fichas: a de acompanha-mento de grupos com informações sobre prioridade, e a de registro de procedimentos e notificações para o

acompanhamento das ações e ser-viços desenvolvidos pelas equipes.

TI: Trata-se uma ferramenta relati-vamente nova, implantada apenas em 98. Há ainda muitos pontos em que ela deixa a desejar, ou que pode ser melhorada? Catarina: Infelizmente, é comum a perda total dos dados, por vá-rios motivos: vírus e formatação de máquina são os principais. E justa-mente por isso, é importante que os municípios façam, mensalmente, backup de sua base de dados, para que seja possível reinstalar o SIAB e restaurar a base, caso necessário.Sugere-se que cada município tenha um responsável pelo SIAB, que faci-lite a coleta dos dados, o repasse das informações e que mantenha contato com o responsável pela GERSA ou com a GEABS de forma regular, para enviar a base de dados com frequência e checar as diferen-ças entre os números registrados e a realidade diária do município.

TI: Em 2011, algumas mudanças

foram definidas pelo governo. Que modificações foram essas e como elas afetam os profissionais que trabalham diretamente com o SIAB?Catarina: Uma delas diz respeito à inclusão de campos relacionados ao cadastramento familiar e ao registro de informações sobre famílias ins-critas em algum Programa Social do Governo Federal. A nova ficha reque-re alguns detalhes das consultas médicas (como o tipo de demanda, cuidado continuado e urgência com observação), em casos de saúde mental, usuários de drogas ou de álcool, classifica os tipos de atendi-mento médico e de enfermagem e destaca os procedimentos realiza-dos pelo cirurgião dentista quanto aos tipos de atendimento, encami-nhamentos à atenção secundária e diagnósticos de alteração da muco-sa.Na prática, cada profissional terá uma ficha de trabalho e manuseio. Nela, os médicos, enfermeiros, au-xiliares ou técnicos de enfermagem e ACS vão registrar todas as ativida-des e procedimentos que realiza-rem. Nela deve ser feito também o registro dos “marcadores”.Ao fim do mês, essas fichas são con-solidadas pela equipe e enviadas para a digitação (quando esta não é feita na própria unidade de saú-de). Então é possível obter relatórios que mostrarão tudo o que a equipe produziu no último mês. Essas infor-mações devem ser analisadas pela equipe, pelo gestor municipal e por todos os interessados. 3

SIAB começa 2012 com algumas mudançasUma das ferramentas mais importantes para a reestruturação do SUS, o SIAB encerrou 2011 com algumas mudanças

Maria Catarina da Rosa é uma das coordenadoras de Fortalecimento da Atenção Básica da GEABS e trabalha diretamente com o Extremo Oeste de Santa Catarina. Ela esclarece algumas dúvidas

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Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASFs foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção

Básica, bem como sua resolubilidade. Os NASFs fazem parte da Atenção Básica, mas não se constituem como serviços com unidades físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas equipes de Atenção ásica).

As equipes são compostas por profissionais de di-ferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das Equi-pes Saúde da Família, Atenção Básica para Populações Específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais, etc.) e Academia da Saúde, compartilhando as práticas e saberes em saúde e atuando diretamente no apoio matricial às equipes das unidades às quais o NASF está vinculado e no território destas equipes.

A responsabilização compartilhada entre as equipes prevê a revisão da prática do encaminhamento com base nos processos de referência e contrarreferência, ampliando-a para um processo de compartilhamento de casos e acompanhamento longitudinal de respon-sabilidade das equipes de Atenção Básica, atuando no fortalecimento de seus princípios e no papel de coor-denação do cuidado nas redes de atenção à saúde. Os NASFs devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por inter-médio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre pro-blemas e necessidades de saúde, tanto em termos clí-nicos quanto sanitários.

São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pe-los profissionais dos NASFs: discussão de casos, aten-dimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação perma-nente, intervenções no território e na saúde de grupos

populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes e etc. Todas as atividades podem ser desenvolvidas nas Unidades Básicas de Saúde, academias da saúde ou em outros pontos do território.

Os NASFs devem utilizar as Academias da Saúde como espaços que ampliam a capacidade de interven-ção coletiva das equipes de Atenção Básica para as ações de promoção de saúde, buscando fortalecer o protagonismo de grupos sociais em condições de vul-nerabilidade na superação de sua condição.

Quando presente no NASF, o profissional sanitaris-ta pode reforçar as ações de apoio institucional e/ou matricial, ainda que elas não sejam exclusivas dele, tais como: análise e intervenção conjunta sobre ris-cos coletivos e vulnerabilidades, apoio à discussão de informações e indicadores de saúde (bem como de eventos-sentinela e casos-traçadores e analisadores), suporte à organização do processo de trabalho (acolhi-mento, cuidado continuado/programado, ações coleti-vas, gestão das agendas, articulação com outros pon-tos de atenção da rede, identificação de necessidades de educação permanente, utilização de dispositivos de gestão do cuidado, etc).

Os NASFs podem ser organizados em duas moda-lidades, NASF 1 e NASF 2. A implantação de mais de uma modalidade de forma concomitante nos municí-pios e no Distrito Federal não receberá incentivo finan-ceiro federal.

O NASF 1 deverá ter uma equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior escolhi-dos dentre as ocupações listadas abaixo, que reúnam as seguintes condições:

I - a soma das cargas horárias semanais dos mem-bros da equipe deve acumular no mínimo 200 horas semanais;

Núcleos de Apoio à Saúde da FamíliaParte da Atenção Básica, os NASFs não se constituem como serviços, mas devem atuar em parceria com outras redes de saúde para potencializar seus escopos e resolubilidades

COMPARTILHANDO: Política Nacional de Atenção Básica

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II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; e

III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 80 horas de carga horária semanal.

O NASF 2 deverá ter uma equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior es-colhidos dentre as ocupações lista-das abaixo, que reúnam as seguin-tes condições:

I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 120 ho-ras semanais;

II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; e

III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 40 horas de carga horária semanal. Poderão compor os NASF 1 e 2 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Médico Acupun-turista; Assistente Social; Profissio-nal/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fo-noaudiólogo; Médico Ginecologis-ta/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psi-cólogo; Médico Psiquiatra; Terapeu-ta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clínica médica), Médico do Trabalho, Médico Vete-rinário, profissional com formação em arte e educação (arte educa-dor) e profissional de saúde sanita-rista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-gradua-ção em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.

A composição de cada um dos NASFs será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.

Os NASFs 1 e 2 devem funcionar em horário de trabalho coincidente com o das equipes de Saúde da Fa-mília e/ou equipes de Atenção Bá-sica para populações específicas que apóiam.

Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma única Unidade Saúde, localizada prefe-rencialmente dentro do território de atuação das equipes Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações especí-ficas, às quais estão vinculados, não recomendando a existência de uma Unidade de Saúde serviço de saúde específicos para a equipe de NASF.

A organização do trabalho do NASF deve seguir as normas pu-blicadas pelo Ministério da Saúde destacando os Cadernos de Aten-ção Básica/Primária que tratam do tema, descrevendo as diretrizes, o processo de trabalho, as principais ferramentas e as ações de respon-sabilidade de todos os profissionais dos NASFs a serem desenvolvidas em conjunto com as equipes de Saúde da Família, equipes de Aten-ção Básica para populações espe-cíficas e/ou Academia da Saúde.

Define-se que cada NASF 1 reali-ze suas atividades vinculado a, no mínimo, 8 (oito) Equipes de Saúde da Família e no máximo 15 (quinze) equipes de Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para po-

pulações específicas. Excepcional-mente, nos municípios com menos de 100.000 habitantes dos Esta-dos da Amazônia Legal e Pantanal Sul Matogrossense, cada NASF 1 poderá realizar suas atividades vin-culado a, no mínimo, 5 (cinco) e no máximo 9 (nove) equipes.

Define-se que cada NASF 2 reali-ze suas atividades vinculado a, no mínimo, 3 (três) equipes de Saúde da Família e no máximo 7 (sete) equipes de saúde da família.

OS NASF 3, que são suprimidos por essa portaria, se tornarão auto-maticamente NASF 2, para isso os municípios com projetos de NASF 3 anteriormente enviados ao Ministé-rio da Saúde deverão enviar para CIB documento que informa as al-terações ocorridas. Fica garantido o financiamento dos NASFs intermu-nicipais já habilitados em data an-terior, porém extinta a possibilidade de implantação de novos a partir da publicação desta portaria.

Cada NASF poderá ser vinculado a no máximo três polos do Progra-ma Academia da Saúde em seu ter-ritório de abrangência, independen-te do tipo de NASF e da modalidade do polo implantado. Para cada polo vinculado à equipe do NASF deverá existir pelo menos um profissional de saúde de nível superior com car-ga horária de 40 horas semanais ou dois profissionais de saúde de nível superior com carga horária mí-nima de 20 horas semanais cada, que será(ao) responsável(is) pelas atividades do Programa Academia da Saúde. Este(s) profissional(is) deve(m) ter formação compatível e exercer função relacionada às ativi-dades da academia da saúde.

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Há dois anos, a Equipe de Saúde de Novo Horizonte, cidade do extremo-oeste de Santa Catarina, definiu que reservaria to-das as suas quartas-feiras para assistir às webconferências feitas pelo Telessaúde.

Kelli de Lima, enfermeira do município que acompanhou o processo de adaptação, conta que, no início, a popu-lação viu a decisão com um pouco de estranhamento. “A Unidade de Saúde ficava aberta só para emergências no dia marcado e as pessoas não estavam acostuma-das com aquilo”, explica. Mas a aceitação não tardou a vir e a população foi, aos poucos, se acostumando.

Em 2011, foi na cidade de Maravilha, também no extremo-oeste, que as mudanças começaram a aconte-cer. Em meados de julho, a equipe começou a se reve-zar para poder ver as webconferências disponibilizadas pelo Núcleo no portal (http://telessaude.sc.gov.br). Agora, aos poucos, também eles conseguiram reservar as quartas-feiras para o Telessaúde e os resultados já começaram a surgir. Sob orientação especial da tele-consultoria, a Unidade de Saúde 01 acatou à ideia de dar início a duas ações que viriam a ser as mudanças da rotina da Unidade mais elogiadas pelos pacientes: o agendamento e o acolhimento.

Kaciane Bauermann, enfermeira que compõe a equi-pe do Centro de Saúde 01, em Maravilha, conta que na caixinha de sugestões e críticas que a equipe havia co-locado à disposição dos pacientes, poucos elogios eram encontrados a princípio. Mas à medida que o tempo foi passando, a organização do processo de trabalho da equipe para investir no agendamento e no acolhimento foram surtindo efeito: “a demanda livre diminuiu bas-tante. No começo, quando começamos a direcioná-la apenas para os primeiros horários do dia e agendar o restante dos pacientes, os médicos atendiam apenas uma média de cinco pessoas. Hoje, menos de um mês

depois, já temos oito. E a caixinha começou a trazer elo-gios, também”, brinca. Kaciane conta que se um levan-tamento de dados da demanda fosse feito na Unidade, seria constatado que cerca de 50% dos pacientes são atendidos por agendamento.

“Se todo mundo soubesse a importância que um projeto como o Telessaúde tem, usariam-no bem mais”, afirma Kelli, de Novo Horizonte. Também lá mudanças foram notadas à medida que a equipe adotava novos trabalhos e métodos sugeridos pelo Telessaúde. Até agora, segundo Kelli, o serviço mais utilizado são as we-bconferências. Entretanto, em várias ocasiões a equipe usou os serviços do Telessaúde de forma integrada. A enfermeira conta que houve uma determinada ocasião em que a equipe teve dificuldades para diagnosticar um caso de Hanseníase. Para discutir esse caso clínico específico e definir qual a melhor conduta clínica a ser tomada, perguntas formuladas pela equipe foram en-viadas para a Segunda Opinião Formativa. Além disso, materiais de apoio foram requisitados.

Outro exemplo citado pela enfermeira foi um caso de saúde mental. Os profissionais decidiram usar a Segun-da Opinião Formativa para tirar dúvidas. As dicas e os materiais sugeridos foram utilizados pela equipe para dar início a um grupo de estudos sobre o tema. “Se não fosse pelo Telessaúde, pra quem iríamos pedir ajuda?”

Telessaúde como ProjetoEm 2007, Santa Catarina foi um dos nove estados

selecionados pelo Ministério da Saúde para receber o projeto. Hoje, este número cresceu: 12 dos 26 estados brasileiros possuem um núcleo de Telessaúde. Como o projeto ainda não tem alcance nacional, sua implanta-ção está caminhando com a ajuda de vários setores do governo federal: o Ministério da Saúde, da Educação, da Defesa - Casa Civil, universidades públicas e entida-

Projeto para melhoria da saúde públicaCriado pelo governo federal em 2007, o Telessaúde é um projeto que visa melhorar a qualidade da Atenção Primária à saúde do SUS, reduzir dúvidas dos profissionais da área e aumentar a agilidade dos atendimentos

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des como a BIREME, e a Fundação Oswaldo Cruz.

O principal objetivo é fazer com que as equipes de Saúde da Família do Brasil se integrem com universi-dades de referência da sua região para melhorar a qualidade dos atendimentos e reduzir o número de encaminhamentos desneces-sários, num processo contínuo de educação permanente. Para isso, a estrutura Telessaúde criada em Santa Catarina conta com serviços de webconferências, workshops, teleconsultorias, cursos e segunda opinião formativa.

Os serviços com maior participa-ção são as webs e os workshops: em 2011, 9.899 profissionais da saúde do estado participaram das 56 webs oferecidas: uma média de 180 pessoas por palestra. Em Novo Horizonte, os resultados do acom-panhamento das webs não tardou a chegar: Kelli comenta sobre deter-minada web, em que se falou de Dor Crônica: “A equipe se interessou tan-to pelo tópico que recorreu à Segun-da Opinião Formativa para tirar dú-vidas e conseguir mais material de

base”. Mais tarde, o município criou o primeiro grupo de apoio da cidade a pessoas que sofrem de Dor Crôni-ca. A ideia foi um sucesso. Hoje, já são quatro grupos, cada um com 15 pessoas frequentadoras que se reú-nem uma vez por semana.

A Segunda Opinião Formativa fun-ciona como no exemplo de Novo Ho-rizonte: quando um profissional en-contra alguma dúvida clínica ou de conduta profissional, é à Segunda Opinião que ele pode recorrer. O nú-cleo de Telessaúde identifica a me-lhor fonte para elaborar a resposta, podendo ela ser científica ou basea-da na experiência do teleconsultor, e ela é respondida em até 72h úteis. Só no ano passado, foram mais de 450 perguntas respondidas.

E há também os cursos. Até hoje, dois cursos a distância foram reali-zados. O primeiro, em 2007, falou sobre hipertensão e diabetes; o se-gundo, em 2011, sobre a AMQ (Ava-liação para Melhoria da Qualidade). Este último abrangeu as seis equi-pes de Otacílio Costa e certificou 77 profissionais. O seu diferencial, em relação aos outros, foi a participa-

ção semanal dos tutores por video-conferência nas reuniões de equipe, discutindo os problemas e sugerin-do soluções.

Para este ano, o Núcleo vai inves-tir num novo serviço de apoio insti-tucional a distância, a teleconsul-toria. Ele já foi disponibilizado, mas apenas no fim de 2011, o que não o impediu de já ter gerado muitos bons resultados. Foi com a ajuda das teleconsultorias, por exemplo, que a equipe de Maravilha resolveu implantar a caixinha de elogios e crí-ticas e adotou também os sistemas de agendamento e acolhimento.

O foco inicial do serviço, até abril deste ano, é o Programa para Me-lhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (PMAQ). Os telecon-sultores do Telessaúde, especializa-dos em Saúde da Família, orientam as equipes inscritas na organização do seu processo de trabalho, como no caso de Maravilha, e as equipes priorizam os problemas que consi-derarem mais relevantes e selecio-nam os temas a serem trabalhados.

A ideia é que as equipes consi-gam fazer mudanças significativas em seu processo de trabalho antes da avaliação externa do Ministério da Saúde. Nesse período inicial, a prioridade é para os municípios com até 50 mil habitantes.Para dar con-ta da demanda, cada teleconsulto-ria é agendada previamente e feita por equipe e por temática.

Maravilha não é o único muni-cípio a aderir ao serviço. Além dela, outras 14 cidades também o utili-zam com frequência e outras oito estão em fase de solicitação e ca-dastramento: uma prova notável do crescimento do Núcleo no estado.

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Equipe de Maravilha e a Estratégia da Saúde da Família: Orientações na sala de espera

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Film

es

Víde

o

Mar Adentro (2004). Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro e baseado na história real de Ramón Sampedro, o filme traz à tona a polêmica discussão sobre o direito à eutanásia. Tetraplégico por conta de um acidente de mergulho e preso à sua cama por 28 anos, Ramón decide entrar na justiça para conseguir o direito de dar fim à própria vida de uma maneira que, segundo ele, teria dignidade, defendendo a ideia de que viver deveria ser opção, e não obrigação.

O Discurso do Rei (2010). Goerge não era o filho mais velho e, portanto, não deveria chegar a ser rei. Mas com a morte de seu pai e a irresponsabilidade de seu irmão, é sobre suas costas que cai o peso da realeza. George, contudo, tem um problema que pode pôr em cheque sua credibilidade como rei: é gago. Para superar sua dificuldade na fala, a família contrata Lionel Logue que, com o tempo, torna-se um de seus amigos mais leais.

“O Direito ao Delírio” por Eduardo Galeano.Eduardo Galeano é jornalista e escritor uruguaio, autor de clássicos da literatura do país, como “As Veias Abertas da América Latina”. Neste vídeo, comenta sobre o que é a utopia, para que ela serve e lê ainda um trecho de um texto seu, chamado “O Direito ao Delírio”, em que fala da importância dos sonhos e de sonhos pessoais, sobre uma humanidade melhor e tempos diferentes. Disponível no link: http://youtu.be/m-pgHlB8QdQ

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Evento

III Congresso Sul-Brasieiro de Medicina de Família e Comunidade

Paralelamente ao I Seminário Nacional de Comunicação Clínica, o evento acontece entre 25 e 28 de abril de 2012 no Centro de Eventos da UFSC. A inscrição e o pagamento on-line estarão disponíveis até dia 19 de abril. Participe!

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Expediente Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto, edição e diagramação: Camila Garcia Ilustração: Victor Américo Orientação: Izauria Zardo, Jimeny Pereira e Patricia Nahirniak Revisão: Marina Veshagem

Destaques de Participação

Segunda Opinião FormativaÉ um suporte técnico para conduta pro-fissional. Em até 72h úteis, o núcleo de Telessaúde deve identificar a melhor fonte para usar como referência e enviar o apoio de volta a quem o requisitou.Conheça nosso serviço entrando no espa-ço restrito da página http://telessaude.sc.gov.br

Em 2012, o Telessaúde Informa continuará trazendo mensalmente os destaques de participação das webconferências e workshops. As equipes que se destacarem serão divulgadas no informativo e relatórios mensais. Equipes premiadas no V Encontro Catarinense de Saúde da Família:

• Santa Terezinha do Progresso - ESF Único, com 3250 pontos

• Irineópolis - Centro, com 1770 pontos• Vargem Bonita - ESF 01, com 1470 pontos• SMS Lages, com 410 pontos• Santa Rosa de Lima, com 180 pontos• Guararamirim - ESF Único, com 180 pontos• Balneário Camboriú - ESF Bairro Município,

com 150 pontos • Doutor Pedrinho - ESF Centro, com 110

pontos • Antônio Carlos - ESF 01, 02 e 03, com 100

pontos

Menção honrosa de participação

• Novo Horizonte• Irani• Iomerê• Lindóia do Sul• Modelo• São José do Cedro• Formosa do Sul• Ouro• Santa Rosa do Sul• Presidente Castello Branco• Tigrinho

TeleconsultoriasServiço de apoio institucional a distância, foi disponibilizada no fim de 2011. O objetivo é aumentar a resolubilidade dos casos e a sa-tisfação dos usuários, com a ajuda de reuni-ões pessoais e virtuais.Mais informações na aba Teleconsultoria, no site, ou pelo e-mail [email protected]

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14/03

Apoio Matricial, 15hTutor: Thaís Titon de Souza Palestrante: Através desta web, busca-se alinhar os entendimentos sobre o tema entre Equipes de Referência e Equipes de Apoio. Para isso, serão apresentados e discutidos o histórico da proposta, conceitos e dimensões relacionadas, possibilidades de organização do apoio e experiências na Atenção Básica, assim como potencialidades e desafios deste novo arranjo organizacional na saúde.

Estudo de plantas medicinais baseado em evidências para APS: Chá Verde, 15hPalestrante: Gisele DamianResumo: Camellia sinensis (Chá verde) é uma planta medicinal rica em substâncias antioxidantes que controlam a ação dos radicais livres que degeneram as células. Dentre os principais estudos, há evidências do uso do chá verde para o controle dos sinais de envelhecimento, queima de gordura. Nesta web serão discutidos os aspectos botânicos, agronômicos, químicos, farmacológicos, terapêuticos, o uso popular e a melhor evidência científica disponível, adequada e pertinente ao contexto da Atenção Primária em Saúde sobre esta planta medicinal.

Organização da Agenda - Otimizando o Acesso, 15hPalestrante: Jimeny SantosResumo: A web trará a discussão sobre a importância da organização da agenda e compartilhará algumas experiências exitosas que as equipes encontraram como alternativas para sistematizar o agendamento, e construir um processo de trabalho mais próximo das necessidades locais da comunidade.

Como organizar a Demanda Espontânea na Atenção Primária à Saúde?, 15hPalestrante: Igor TavaresResumo: A Atenção à Demanda Espontânea na Atenção Primária à Saúde tem um papel central na integralidade do cuidado, satisfação do usuário, vínculo com a equipe de saúde e cuidado longitudinal. É responsabilidade das Equipes de Saúde da Família garantir a resolução da maior parte dos problemas de saúde da população, incluindo problemas agudos e demandas que, para o usuário, são inadiáveis. A web tratará da classificação de risco em atenção primária e da organização da agenda para o atendimento da Demanda Espontânea.

Participe da escolha dos temas das próximas webs. Envie sugestões para [email protected].

Sua participação é importante!

Programação das webconferências de março

07/03