REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DA SUBJETIVIDADE AUTÔNOMA
PELA VIA DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA
Perspectivas a partir da educação ambiental e da arte na educação básica
brasileira
Profª Solange Toldo Soares
FUNDAMENTO TEÓRICO DA REFLEXÃO
TEORIA CRÍTICA DA SOCIEDADE – ESCOLA DE FRANKFURT
ADORNO
HORKHEIMER
MARCUSE
REFLEXÕES INICIAIS
Para que exatamente, devemos nos voltar quando nos
envolvermos com a ação de ajudar a formar outro ser humano?
É possível formar a subjetividade autônoma pela via da educação e
da cultura nos parâmetros da sociedade burguesa
(modernidade)?
As formas de manutenção encontradas para manter o
capitalismo tardio, da sociedade industrial da
década de 1970, são formas de controle indiretas que se encontram na própria forma de organizar a sociedade, o
trabalho, a escola e moldam o pensamento humano para tornar-se unidimensional.
(MARCUSE, 1973).
O PENSAMENTO UNIDIMENSIONAL
REFLEXÕES...
Na sociedade industrial altamente desenvolvida do século XXI formas
de controle podem moldar o pensamento humano e torná-lo unidimensional, impedindo o
desenvolvimento da subjetividade autônoma, do poder para a auto-
reflexão.
Quais as implicações de uma sociedade com indivíduos que não desenvolvem o poder para a auto-
reflexão?
Adorno (2006) alerta que a falta de subjetividade autônoma
tornou Auschwitz real e possibilita a sua repetição a
qualquer momento.
SUBJETIVIDADE AUTÔNOMA
AUTO-REFLEXÃO CRÍTICA/
AUTODETERMINAÇÃO
Primeira infância
Esclarecimento em geral
FORMAÇÃO DA SUBJETIVIDADE
AUTÔNOMA
EDUCAÇÃO CULTURA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
ARTE EDUCAÇÃO
PONTOS NEVRÁLGICOS DA DISCUSSÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Em nome de educação ambiental os projetos acabam comprometidos
política e ideologicamente com os interesses e poderes conservadores de uma prática destrutiva do meio
ambiente (DENTZ, s/d).
RAZÃO INSTRUMENTAL
É papel da escola propiciar a discussão sobre as
diferentes maneiras de considerar a relação
homem natureza e não simplesmente reproduzir
o modelo de educação ambiental proposto pelo
sistema capitalista (sustentabilidade).
PAPEL DA ESCOLA
PONTOS NEVRÁLGICOS DA DISCUSSÃO EM ARTE EDUCAÇÃO
A indústria cultural é uma forma de totalitarismo que impede a individuação e o
acesso à cultura. (ADORNO e HORKHEIMER, 2006).
A INDÚSTRIA CULTURAL REPRIME
PAPEL DA ESCOLA
Educar para conhecer a arte como meio de sublimação, a escola tem o
papel de emergir como espaço alternativo para o conhecimento e
desenvolvimento artístico. Se a escola reproduzir o que está na indústria
cultural auxiliará a reforçar a racionalidade técnica.
A coisificação da consciência pode levar às pessoas a tornarem-se indiferentes ao outro, ceder à
pressão e ao poder por quaisquer ideias de pouca ou nenhuma
credibilidade, não contrapôr-se ao poder cego dos coletivos,
continuar a fazer coisas que perpetuam sua própria servidão
(ADORNO, 2006).
REFLEXÃO FINAL...
É possível empreender algo contra a coisificação da
consciência humana pela via da educação e da cultura, a partir da
busca pela formação da subjetividade autônoma.
Reitera-se a importância de uma educação ambiental e para a arte numa perspectiva crítica.
PORTANTO...
REFERÊNCIAS• ADORNO, T. W. Educação após Auscwitz. In: ___ Educação e
Emancipação. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2006.
• ADORNO, T.W., HORKHEIMER, M. A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas. In: Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed, 2006. Reimpressão 2006 com nova paginação e capa, sem alterações de conteúdo.
• DENTZ, C. V. Educação ambiental, epistemologia e o problema dos fundamentos. Disponível em: http://www.assevim.edu.br/agathos/2edicao/claudir.pdf Acesso em 11/07/2010.
• MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. Tradução Gianone Rebuá. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973. 4ª ed.
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