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Departamento de Ciências Tecnológicas
Refinação em Petróleos
Trabalho investigativo de praticas laboratoriais
Tema: Os tipos de filtração
Curso: refinação de petróleo
4º ano
Discente
3 de Outubro de 2010
Docente
2
EPIGRAFE
Determinação coragem e auto confiança são factores decisivos para o sucesso. Se estamos
possuídos por uma inabalável determinação conseguiremos superá-los. Independentemente das
circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.
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AGRADECIMENTOS
Começo a agradecer primeiramente a Deus pela vida e a força diária no momento de execução
do trabalho, agradeço também as pessoas que me disponibilizaram os seus livre para execução
do presente trabalho e agradecemos também ao professor que nos deu a oportunidade de
investigarmos este trabalho, a paciência que tem tido connosco e agradecemos também pela a
tenção dos colegas e aos demais.
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RESUMO
Durante muito tempo o homem tem utilizados vários tipos de processo de separação de misturas
dentre eles temos a decantação, os diferentes tipos de destilação, entre outros e indo nesta linha
de pensamento claro que a filtração não deixou de fazer parte pela sua diversidade e simplicidade
no uso.
5
ÍNDICE
1- Introdução ................................................................................................................................. 7
1.1.Processos de Filtração............................................................................................................. 7
1.2.Factores que influenciam a filtração ..................................................................................... 7
1.2.1-Viscosidade ....................................................................................................................... 7
1.2.2-Temperatura ..................................................................................................................... 7
1.2.3-Espessura .......................................................................................................................... 8
1.1.4-Lavagem ............................................................................................................................ 8
1.1.5-O tamanho da partícula .................................................................................................. 8
1.1.6-O meio filtrante ................................................................................................................ 8
1.1.7-Concentração de sólidos .................................................................................................. 8
1.1.8-Os tipos de filtros industriais .......................................................................................... 9
2.Os tipos de filtros ....................................................................................................................... 9
2.1-Filtros Internos .................................................................................................................... 9
2.2-Filtros de Esponja / Filtros de Canto .............................................................................. 10
2.3-Filtros Biológicos de Fundo (FBF) / Undergravel Filters .............................................. 10
3.Equação da filtração ............................................................................................................ 11
4. Determinação do tempo de lavagem e do tempo do ciclo de operação (tco) .................. 16
2.4- Processos a vazão constante. ........................................................................................... 16
2.5- Processos com tortas compressíveis. .............................................................................. 16
2.6- Equações para filtração contínua ................................................................................... 17
5.Tipos de Filtração .................................................................................................................... 18
5.1.Filtração por Gravidade ................................................................................................... 18
6.Filtração por Circulação Forçada ...................................................................................... 19
7.Filtração Física (ou Mecânica) ............................................................................................ 19
8.Filtração Biológica................................................................................................................ 24
9.Filtração Química ................................................................................................................. 28
10-O Filtro Casca de Nozes ou Deep Bed.................................................................................. 30
10.1-Objectivo.............................................................................................................................. 30
10.2-Vantagens ............................................................................................................................ 30
10.3-Minimizando a manutenção e o tempo de parada ........................................................... 31
6
10.4-Funcionalidade .................................................................................................................... 31
11.1-O tipo de filtro mais simples .............................................................................................. 32
11.2-Filtro prensa ........................................................................................................................ 32
A alimentação é bombeada à prensa e flui pelas armações. ................................................... 33
11.4-Filtros de “folhas” ............................................................................................................... 33
11.5-Filtro de tambor a vácuo, rotativo e contínuo.................................................................. 34
11.6-Filtro contínuo de discos rotativos .................................................................................... 35
11.7-Filtro de Cartucho .............................................................................................................. 35
12-Meios de Filtração e Auxiliares de Filtração....................................................................... 36
13-Conclusão ............................................................................................................................... 37
14-Anexos ..................................................................................................................................... 38
Filtração | Filtros ..................................................................................................................... 38
Arejamento seguido de filtração ........................................................................................ 38
Filtro multimedia ................................................................................................................. 39
Filtração ................................................................................................................................ 39
15-Referencias bibliográficas ..................................................................................................... 40
7
1- Introdução
Definição
A Filtração é um processo unitário que consiste na separação de uma fase sólida de uma fase
liquida. Basicamente uma operação de separação de sólidos presentes em uma polpa na qual a
fase liquida chamado filtrado, e compelida a passar através de um meio poroso, este denominado
meio filtrante, ao passo que a fase sólida, nomeada torta de filtração, firma uma camada sobre a
superfície do meio poroso.
1.1.Processos de Filtração
No processo de filtração por gravidade ocorre quando o liquido escorre pelo meio filtrante (meio
poroso) apenas pelo efeito de pressão hidrostática. Caso esta filtração ocorra sob uma pressão
alta em relação a atmosférica será denominada de filtração sob pressão, ou e uma pressão baixa,
denominando-se filtração a vácuo. E por fim, a filtração centrifuga, quando há forcas centrifugas
sendo aplicadas no meio filtrante.
1.2.Factores que influenciam a filtração
Os factores que influenciam na filtração são os seguintes:
Viscosidade
Temperatura
Espessura
Lavagem
O tamanho da partícula
O meio filtrante
Concentração de sólidos
1.2.1-Viscosidade
A viscosidade da polpa a ser filtrada deve ser inversamente proporcional a razão da filtração. Em
uma determinada fase liquida, a alta viscosidade pode ser reduzida diluindo-se com um solvente
de baixa viscosidade, consequentemente, melhorando a velocidade de filtração.
1.2.2-Temperatura
A velocidade de filtração de polpa e marcante com o efeito da temperatura, principalmente
relacionando-se com a viscosidade. De um modo geral, temperaturas viscosidade estão
intimamente relacionadas nos trabalhos de filtração. Em grande parte dos líquidos, por exemplo,
8
o aumento de temperatura provoca certo decréscimo da viscosidade dando maior eficiência na
filtração.
1.2.3-Espessura
A espessura e de extrema importância no dimensionamento de um filtro e dela depende o ciclo
de operação, pois a velocidade media de filtração para uma dada quantidade de filtrado ou de
torta e inversamente proporcional ao quadrado da espessura da torta no final da filtração.
1.1.4-Lavagem
Com a torta retida no leito filtrante, após a etapa de filtração, inicia-se a operação de lavagem
utilizando-se agua nova ou outro liquido compatível com o sistema. O objectivo desta operação e
remover ou reduzir em nível desejado o volume de filtrado residual e/ou sólidos retidos na torta,
no caso de especificação do sólido ou para a recuperação máxima de filtrado. A velocidade de
lavagem da torta do filtro e inversamente proporcional a espessura da desta torta. A eficiência de
lavagem muitas vezes não e afitada pela espessura da torta, desde que esta esteja estável.
1.1.5-O tamanho da partícula
E de extrema importância o controle do tamanho de partícula na polpa de alimentação do filtro,
pois o efeito do tamanho da partícula e significativo sobre as resistências da torta e do tecido do
filtro, já que a redução do tamanho da partícula faz com que a velocidade de filtração diminua e
aumentando a retenção de humidade na torta. Porem, em alguns casos leva a melhor eficiência
de lavagem. Para se evitar a redução de tamanho das partículas deve-se evitar a acato violenta da
bomba e sua agitação. Em determinadas situações, nas quais a presença de partículas finas
compromete sensivelmente a velocidade de filtração, utiliza-se pré-condicionamento da
suspensão, através de tratamento químico, causando a vinculação de partículas finas e formação
de aglomerados, consequentemente, viabilizando e facilitando a filtração.
1.1.6-O meio filtrante
Ao escolher o meio filtrante deve-se manter o compromisso entre a abertura do tecido e o
tamanho da partícula, de modo que possa encontrar um tecido com abertura suficiente para evitar
entupimentos e, concomitantemente, vazamentos excessivos de partículas finas.
Fazendo uma relação com a velocidade de filtração, o efeito do entupimento sobre esta e bastante
considerável que se torna usualmente justificativa para substituição do tecido, acém de justificar
a utilização de um factor de segurança no calculo da capacidade do filtro.
1.1.7-Concentração de sólidos
Teoricamente, o tempo necessário para se depositar uma dada massa de sólido varia
inversamente com relação entre massa de sólidos e do filtrado. Geralmente, para resultados com
melhores taxas de filtração, principalmente para filtros a vácuo, utilizam-se suspensões com
maiores concentrações de sólidos.
9
A separação de partículas sólidas presente em um fluido atravessando um meio filtrante onde os
sólidos se depositam é chama da de filtração. O fluido pode ser um líquido ou um gás. Em
filtrações industriais o conteúdo de sólidos pode variar de traços a uma percentagem elevada.
O fluido circula através do meio filtrante em virtude de uma diferença de pressão no meio. Este
aspecto classifica os filtros como aqueles que operam com alta pressão sobre o meio, os que
operam em pressão atmosférica e os que operam a baixas pressões (vácuo). Pressões acima da
atmosférica podem ser conseguidas por acção da força da gravidade actuando sobre uma coluna
de líquido, por meio de bombas e compressores, bem como pela acção da força centrífuga. Em
um filtro de gravidade, o meio filtrante pode não ser mais fino que uma peneira ou um leito de
partículas grossas, tal como a areia. As aplicações industriais de filtros de gravidade se
restringem à separação de águas-mães de cristais grossos, à clarificação da água potável e ao
tratamento de águas residuais.
1.1.8-Os tipos de filtros industriais
A maioria dos filtros industriais pode ser:
Filtros de pressão
Filtros de vácuo.
Este Podem ser contínuos ou descontínuos, dependendo se a descarga dos sólidos filtrados se
realize de forma continua. Em boa parte do ciclo de operação de um filtro descontinuo o fluxo do
fluido através do mesmo é continuo, interrompendo apenas para a descarga dos sólidos
acumulados. Em um filtro continuo, a descarga do fluido e dos sólidos ocorre ininterruptamente
enquanto o equipamento funciona. 1
2.Os tipos de filtros
Os filtros se dividem em dois grupos:
Filtros clarificadores e
Filtros de torta.
Os clarificadores retiram pequenas quantidades de sólidos para produzir um gás claro ou líquido
transparente. Os filtros de torta separam grandes quantidades de sólidos na forma de uma torta de
cristais ou um lodo.
2.1-Filtros Internos
Estes são os filtros projectados para funcionar inteiramente dentro do aquário. Seu custo é
normalmente baixo e apresentam uma boa eficiência em relação à potência consumida. São de
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utilização bastante prática, normalmente de porte pequeno, mas costumam interferir com a
estética do ambiente, além de tomarem parte do espaço do aquário.
Relatos de “acidentes” com este tipo de filtro, onde ocorre a reintrodução na água
aquário de parte dos detritos retirados anteriormente e armazenados nos elementos filtrantes,
fazem-nos não gostar muito da ideia básica de funcionamento dos mesmos.
2.2-Filtros de Esponja / Filtros de Canto
Os filtros de esponja ou de canto baseiam-se em fazer circular a água através de uma espuma
porosa, usando uma bomba ou o borbulhento de ar em um tubo ou caixa plástica, colocados em
um canto do aquário (de onde deriva o seu nome). O fluxo de água através da esponja propicia o
crescimento de uma colónia de bactérias responsáveis pela neutralização da amónia e nitrito
dissolvidos na água.
Este é um tipo de filtro bastante primitivo e económico, que pode ser útil em pequenos aquários
tais como aquários de quarentena, hospitais, criatórios, etc., pois pode ser fácil e rapidamente
construído, com custos mínimos. Sua capacidade de filtração, porém, é reduzida em relação a
outras opções, motivo pelo qual aconselhamos seu uso apenas em situações. Tem os
inconvenientes de ocupar espaço interno no aquário e requerer manutenção frequente, durante as
quais não se deve fazer a troca de todo o material filtrante para preservar pelo menos parte da
colônia de bactérias.
2.3-Filtros Biológicos de Fundo (FBF) / Undergravel Filters
Este tipo de filtro constituiu a “ primeira geração ” dos filtros biológicos para
aquários. Considerados hoje obsoletos pelos aquaristas mais experientes, eles ainda se encontram
à venda nas lojas do comércio aquarista por todo o país. Tem como principais aliados para sua
sobrevivência o baixo custo e a ignorância dos que estão iniciando no aquarismo, sobre suas
limitações e sobre as vantagens de outros tipos de filtros.
O FBF é um filtro interno, constituído basicamente por uma camada de placas perfuradas (uma
grade), em material plástico colocada no fundo do aquário, sobre a qual é colocado cascalho
(obrigatoriamente de granulação elevada).
Uma ou mais das placas possui uma torre de saída, à qual é conectada uma bomba que, agindo
por sucção, faz com que a água circule através da camada de cascalho, passando pela grade para
a parte inferior do aquário de onde será aspirada pela bomba e lançada de volta para a parte
“ superior ” do aquário.
Os filtros FBF contam essencialmente com a capacidade de tratamento biológico das colónias de
bactérias que se formam no substrato, para o tratamento da água do aquário. Pouca ou nenhuma
ação de filtração mecânica oferecem, uma vez que a granulometria do cascalho é bastante
elevada, não sendo capaz de reter matéria em suspensão.
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A situação do aquário se complica quando a montagem envelhece, pois a tendência do FBF é
acumular matéria orgânica entre o cascalho e a parte inferior das placas, tornando-se, com o
passar do tempo, verdadeiros “circuladores de sujeira” incorporados ao aquário.
Como se isso não bastasse, desactivar um FBF não é tarefa das mais agradáveis, uma vez que
essa operação implica em desmontar e refazer todo o setup do aquário.
3.Equação da filtração
Na filtração, a resistência do meio ao fluxo do fluido aumenta com o passar do tempo à medida
que o meio filtrante vai sendo obstruído ou quando se forma uma torta. As principais magnitudes
de interesse são a velocidade do fluxo através do filtro e a queda de pressão na unidade. À
medida que o processo ocorre, diminui a velocidade do fluxo ou aumenta a queda de pressão. Na
chamada filtração a pressão constante, a queda de pressão permanece constante e velocidade do
fluxo vai diminuindo com o tempo. Menos frequente é o aumento progressivo da pressão para
obter uma filtração à velocidade constante.
A partir desses factores fundamentais obtém-se uma expressão envolvendo constantes que
podem ser determinadas experimentalmente. As equações de projecto são desenvolvidas a partir
de ensaios em escala reduzida. 2
A velocidade de operação é dada pela relação:
(1)
A força propulsora é a soma da queda de pressão na torta e no meio filtrante. As resistências
podem ser consideradas em série e desta forma teremos uma resistência da torta e uma do meio
filtrante. A resistência da torta varia com o tempo devido ao aumento de sua espessura e a
resistência do sistema (meio filtrante + canais do filtro) permanece constante ao longo do
processo. Para o equacionamento será considerado o processo de filtração com formação de torta
incompressível.
Figura 1: Seção transversal de uma torta e do meio filtrante.2
12
2.1- Cálculo de ΔP1 (resistência da torta):
Admitindo:
fluxo unidimensional;
velocidade constante.
(2)
Considerando a Lei de Darcy para o escoamento de um fluido em um meio poroso e baseando-se
principalmente na queda de pressão do sistema.
(3)
Onde dP1 é queda de pressão através da torta e k é a permeabilidade da torta. Nestas condições a
massa de sólidos (dm) na camada da torta.
(4)
ρs: massa específica dos sólidos;
A: área;
ε: porosidade do meio poroso.
Rearranjando,
(5)
Substituindo 5 em 3,
(6)
Se,
(7)
13
α: resistividade específica da torta (m/kg)
Então,
(8)
Integrando,
(9)
2.2- Cálculo de ΔP2 (resistência do sistema):
(10)
ΔP2: queda de pressão através do filtro
Integrando,
(11)
Lm: espessura do meio filtrante = constante
Como,
(12)
Rm: resistência do meio filtrante (m-1
)
Logo,
(13)
A queda total de pressão (ΔP) está expressa pela equação abaixo:
14
(14)
Substituindo as equações 9 e 13 em 14,
(15)
Seja,
Cs = concentração da suspensão
(16)
e
(17)
Substituindo 16 e 17 em 15,
(18)
Rearranjando,
(19)
Considerando a filtração com pressão constante podemos separando os termos e introduzir as
constantes Kp e B desta forma:
(20)
Onde as unidades no SI para Kp são s/m6 e para B s/m
3.
15
(21.a)
(21.b)
Para filtração a pressão constante, α é constante (torta incompressível) e V e t são as únicas
variáveis da equação. 2
(22)
(23)
Dividindo a equação por V temos:
(24)
Figura 2: Gráfico para determinação de α e Rm em um ensaio de filtração a pressão constante.
Para determinar os valores de α e Rm utilizamos a equação 24. Em um ensaio determinamos o
volume de filtrado correspondente a diferentes tempos (t) de filtração. A partir dos dados
experimentais plotados usando-se a relação t/V vs. V como mostra a Figura 2 determinamos as
resistências da torta e do meio filtrante. Os valores obtidos para estes parâmetros são constantes e
são utilizados no processo de filtração em maior escala. 2
16
4. Determinação do tempo de lavagem e do tempo do ciclo de operação (tco)
A lavagem da torta após a filtração ocorre pelo o deslocamento do filtrado e por difusão. A
quantidade de liquido de lavagem deve ser suficiente para proporcionar o efeito desejado. Para
determinar as taxas de lavagem, assume-se que as condições durante o processo de lavagem são
as mesmas que as existentes ao final do processo de filtração. Pode-se considerar que a estrutura
da torta não é afetada quando o liquido de lavagem substitui o liquido contido na torta. Se os
filtros são lavados seguindo o fluxo utilizado durante a filtração e considerando a mesma pressão
utilizada ao longo do processo, a taxa final de filtração pode ser determinada pela equação:
(25)
Onde (dV/dt)f = é a taxa de lavagem e Vf é o volume total de filtrado para todo o período ao
final da filtração em m3.
2
Para os filtros de placas e quadros o liquido de lavagem passa através do dobro da espessura da
torta e a área de filtração é somente a metade da área originalmente utilizada. Por esta razão a
taxa de lavagem é ¼ da taxa de final de filtração, logo:
(26)
Após o procedimento de lavagem ser finalizado um tempo adicional (tmd) é necessário para
remover a torta, limpar o filtro e remontá-lo. O tempo do ciclo de operação (tco) é a soma dos
tempos, logo: tco = t(filtração) + t(lavagem) + tmd.
2.4- Processos a vazão constante.
Considerando o processo de filtração a vazão constante (dV/dt= cte) e rearranjando a equação 15
temos que:
(27)
Plotando-se a queda de pressão ΔP pelo volume de filtrado colectado obtém-se uma recta para a
taxa constante (dV/dt) onde a inclinação da linha é Kv e C é a intersecção no eixo das ordenadas.
2.5- Processos com tortas compressíveis.
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Se α é independente de ΔP a torta é incompressível. Usualmente α aumenta com ΔP, pois a torta
e compressível. Uma equação empírica utilizada é:
(28)
Onde α e s são constantes empíricas; s=0 para tortas incompressíveis e para tortas compressíveis
encontra-se entre 0,1 e 0,8.
2.6- Equações para filtração contínua
Em um filtro operando continuamente, como os filtros rotatórios a vácuo, as taxas de
alimentação, de filtrado e a formação da torta estão em estado estacionário. No processo de
filtração continua a queda de pressão é mantida constate. A formação da torta estabelece uma
modificação continua nas condições de filtração e a resistência do meio filtrante pode ser
negligenciada (B=0). Integrando a equação 22 com B=0 temos:
(29)
Onde t é o tempo necessário para formação da torta. Em um filtro rotatório, o tempo de filtração
é menor que o tempo de ciclo completo (tc) assim:
(30)
Onde f é a fracção do ciclo utilizada na formação da torta. Em um filtro rotatório f é a fracção
submersa do equipamento (tambor) na suspensão a ser filtrada. Substituído a equação 29, 30 na
equação 21.a e considerando a taxa de filtração como: V/A*tc temos:
(31)
A verificação experimental da equação xx mostra que a taxa de filtração varia com o inverso da
viscosidade elevado na potencia 0,5 e do tempo do ciclo de filtração.
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5.Tipos de Filtração
5.1.Filtração por Gravidade
Pouco utilizado em aquarismo, consiste em introduzir o líquido pela parte superior do recipiente
filtrante e deixá-lo escoar através das camadas filtrantes por acção da gravidade. Bastante
económico operacionalmente, é um filtro de acção relativamente lenta, cuja velocidade de
filtração depende essencialmente da altura da coluna d‟água acima do elemento filtrante,
(normalmente areia é utilizada para esta finalidade), da granulometria do mesmo e, claro da
quantidade de material em suspensão no líquido que, ao ser retirado, vai gradualmente
“entupindo” o filtro, exigindo limpezas periódicas.
Por sua praticidade e baixo custo, esse tipo de filtro é utilizado largamente em estações de
tratamento de água para consumo humano, onde filtração em larga escala se torna necessária. A
sua acção é basicamente física, retirando do líquido matéria sólida em suspensão (detritos). Um
outro exemplo bastante simples e corriqueiro deste tipo de filtro é o filtro de café, feito com um
funil de papel ou coador de pano.
5.1.1-Exemplo de filtro de gravidade de café
Firura 1:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª
5.1.2.Filtro à Gravidade do tipo prensa
Figura2: Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª.
Filtragem para líquidos (emulsões) utilizados na refrigeração e corte em centros de usinagem e
máquinas individuais como, retíficas, fresas, tornos, mandrilhadoras, brunidoras, esmerilhamento
e etc. Sistemas compactos com capacidade para filtragem de 50 l/min até 500 l/min. Alcance de
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graus de filtragem de 20 a 50 microns, de acordo com a aplicação do elemento filtrante utilizados
papel tecido não tecido (TNT). O líquido a ser filtrado, que é proveniente da máquina, escoa
sobre o disfusor, as partículas se depositam sobre a superfície equipada com o elemento filtrante
criando um bolsão de retenção e forma uma camada de lamas que favorece a qualidade da
filtração.Quando a área filtrante é saturada, o sistema de detecção de nível alto assegura o
automatismo da troca e da remoção do elemento filtrante dentro de uma caixa de resíduos. Filtro
a gravidade Vazão 100 l/min Filtro a gravidade com transportador de cavaco integrado Vazão 50
l/min
6.Filtração por Circulação Forçada
Este tipo de filtração consiste em “forçar” a passagem do líquido através das camadas filtrantes
por meio de bombeamento, para aumentar a velocidade da operação. Este é o principal método
utilizado em aquarismo, onde é necessário uma boa capacidade de filtração em pouco espaço,
com equipamentos de porte relativamente pequeno, e também uma boa facilidade de controlar ou
intervir no filtro a qualquer tempo.
A capacidade final de filtração obtida por este processo depende do poder de compressão da
bomba ou estação de bombeamento para gerar o fluxo do líquido, da altura da coluna d‟água, e
da permeabilidade total da(s) camada(s) de filtração utilizada(s).
7.Filtração Física (ou Mecânica)
Muito da amónia gerada em um aquário se origina da decomposição de matéria orgânica (restos
de comida, excrementos, urina, microorganismos, etc). Se pudermos retirar os detritos do sistema
em seu estado macroscópico, antes que comecem a se decompor, estaremos contribuindo
antecipadamente para a limpeza química do meio.
A Filtração Física consiste em retirar as impurezas macroscópicas (orgânicas e inorgânicas)
existentes em suspensão na água do aquário pelo método simples de passá-la através de um
“coador”. Este tipo de filtração não é capaz de retirar bactérias e plâncton de reduzidas
dimensões, e muito menos substâncias químicas dissolvidas na água.
Esta é normalmente, a primeira etapa de um processo de filtração, sendo o produto da mesma
(água livre de detritos), “entregue” às demais etapas, que assim não correm o risco de sofrer
entupimentos físicos.
Diversos materiais podem ser utilizados nessa etapa, tais como esponjas, cartuchos de papel ou
fibra, e mantas de material sintético, sendo o mais difundido e utilizado actualmente o Perlon,
que pode ser utilizado em camadas, sacos, etc., acomodando-se aos mais diversos tipos de filtro e
espaços disponíveis para acomodar esta “camada” da filtração. Trata-se de um material neutro,
não interferindo com as características químicas da água, quer pela retirada que pela adição de
elementos.
20
Podemos utilizar mantas de lã acrílica do tipo usado para o estofamento de móveis em lugar do
perlon, para a filtração física. Este material deve ser limpo a cada 15/30 dias dependendo da
capacidade do filtro x volume do aquário, e trocado a cada 3 meses aproximadamente.
Obviamente, dependendo das condições locais, este espaçamento entre as datas de manutenção
poderá ser modificado.
Nunca deveremos utilizar a lã de vidro verdadeira em filtros, pois esse material solta “farpas”
afiadas (virtualmente invisíveis na água), que representam um sério risco de ferimentos para os
nossos “pupilos”.
É recomendável manter, no mínimo, dois circuitos de filtração alternativos (particularmente em
aquários grandes), para prevenir contra acidentes. Outras vantagens estão no fato de haver
captação da água para filtração em mais de um ponto do aquário, e de oferecer maior segurança
quanto à protecção das colónias de bactérias, minimizando problemas caso haja a perda acidental
de uma das colónias enquanto se faz a limpeza de um filtro. Manter equipamento(s) de reserva,
devidamente ciciados, é uma alternativa válida para quem tem muitos aquários, ou aquários
pequenos. Em aquários com injecção de CO2 deve-se procurar agitar a água o menos possível,
para não provocar a liberação do CO2 dissolvido.
Em síntese, como se pode fazer a Filtragem:
Há, no mercado nacional, bons filtros para lagos ornamentais. Ocorre que, devido ao preço e ao
reduzido tamanho, muitas pessoas ainda preferem construir seu próprio filtro. Vale ressaltar que,
quanto maior o sistema de filtração, maior será o intervalo de manutenção e limpeza.
Estruturalmente podem ser: em nível
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Quanto ao tipo e finalidade, se dividem, a grosso modo, em filtragem por plantas, filtragem
biológica e filtragem mecânica. Não serão abordados ainda a filtração química e tampouco a
filtração por esterilização (lâmpadas UV) que são formas complementares.
A filtragem mecânica se resume em reter detritos sólidos em suspensão, em mídias que são
periodicamente lavadas ou trocadas.
A filtragem biológica se baseia na acção de bactérias que transformam compostos altamente
tóxicos em outros menos tóxicos e toleráveis aos peixes, desde que em pequenas quantidades,
chegando até a ser absorvidas pelas plantas. Um factor a ser considerado na filtragem biológica é
22
que ele precisa estar activo ininterruptamente, ou seja, um filtro biológico não deve permanecer
desligado a não ser pelo período de tempo em que esteja recebendo manutenção e limpeza, sendo
que a limpeza deverá usar água do próprio lago.
A filtragem por plantas, por fim, retira nitratos e outros nutrientes que poderiam servir de
alimento às microfilmas que, em suspensão, tornam a água verde.
Para quem já está familiarizado com aquários, não há muitas novidades.
A caixa de captação não é essencial, mas mantém um ambiente exclusivo para as bombas,
evitando que estas fiquem dentro do lago e prejudique a estética. Evita também que a bomba
fique após os elementos filtrantes. Neste caso, se não houver uma manutenção frequente, quando
as médias entupirem, pode ocorrer de a bomba trabalhar a seco e se queimar, a menos que haja
um sistema de transbordo que permita que a água passe para o compartimento da bomba nos
casos de entupimento.
No início da tubulação que vai do lago até a caixa de captação, deve haver um pré-filtro que
pode ser de material telado para impedir a entrada dos peixes.
O compartimento que acomodará as médias, formando o sistema de filtragem, terá o tamanho
determinado pelo tipo, tamanho e quantidade de peixes que serão mantidos, assim como pela
quantidade de plantas. Seu tamanho pode variar em cada caso. Mesmo assim, considera-se o
tamanho entre 5 a 10% do volume total do lago como ideal.
Há filtros industrializados que têm o tamanho muito menor que essa faixa, mas há filtros que
passam a casa de 10%. Um factor é certo: quanto maior o filtro, maior o tempo que se pode ficar
sem manutenção e limpeza.
O elemento filtrante comummente utilizado no filtro mecânico é a manta acrílica (facilmente
encontrada em lojas de aviamentos). As „bioballs‟ e as cerâmicas são utilizadas no filtro
biológico. Há materiais alternativos como sacos de nylon (sacos de cebola ou de batata
amarrados em forma de rocambole), cacos de telhas, etc, que servem tanto para filtragem
mecânica como biológica.
Quando a água passa pelos elementos filtrantes, são retidas as partículas de sujeira e, quando
atravessa o compartimento dos elementos porosos, sofre a acção das bactérias nitrificantes. A
forma que se dá a filtragem na figura 1 é mera sugestão.
23
Há diversas outras maneiras possíveis e dependem da criatividade de cada um. O desenho a
seguir mostra outras possibilidades de filtros. Note-se que as paredes têm suas alturas
escalonadas de 5 em 5cm, possibilitando que, no caso de entupimento de um dos
compartimentos, a água possa passar por cima para atingir o compartimento seguinte, evitando o
transbordamento:
Este é o sistema parecido ao que eu utilizei, no entanto, aproveitei a saída para a criação de uma
cascata.
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Um factor muito importante é que a água, quando colectada no lago, seja no lado oposto ao que
estiver recebendo o retorno da água já limpa, ou seja, se o retorno da água limpa chega pelo lado
norte, a captação precisa ser no lado sul e, de preferência do fundo do lago.
O filtro de plantas ou „filtro verde‟ é, resumidamente, um compartimento de menor profundidade
no qual são mantidas algumas plantas, podendo ser flutuantes ou palustres plantadas em vasos. É
geralmente instalado em conjunto com o filtro mecânico/biológico.
A água que sai do filtro mecânico/biológico, passa então pelo filtro de plantas, no qual tem
absorvido parte dos nitratos presentes e retorna ao lago.
8.Filtração Biológica
Esta é a denominação que se dá às acções nitrificaste e desnitrificante proporcionadas pelas
colónias de bactérias, fundamentais para a saúde do nosso mini ecossistema.
Existem na Natureza vários tipos de bactérias capazes de decompor a amónia em compostos
menos tóxicos (Nitritos e Nitratos). Elas existem naturalmente no meio ambiente (substrato,
plantas, água, etc.), e não necessitamos nos preocupar em adicioná-las a nossos aquários. A
própria Natureza se encarregará disso para nós. Bastará deixar um aquário recém-nomeado em
repouso (com a circulação de água activa) por algum tempo, que as colónias de bactérias
crescerão e se estabelecerão naturalmente por toda a parte, prendendo-se em paredes, cascalho,
rochas, plantas, nos elementos do filtro, enfim em toda e qualquer superfície submersa (até nos
próprios peixes e outros
25
Estudos recentes mostram que a absorção da amónia pelas plantas aquáticas é muito mais rápida
que a absorção dos nitratos, existindo essencialmente uma competição entre plantas e bactérias
pela amónia dissolvida. E que as plantas necessitam basicamente desdobrar nitritos e nitratos em
amónia que será então absorvida.
As colónias de bactérias necessitam essencialmente de: um local para se fixarem, e nutrientes
(Nitrogénio e Oxigénio) para viver. Para a fixação das colónias de bactérias, são utilizados com
frequência anéis de cerâmica porosa ou também as bio-balls, que proporcionam uma grande
superfície (externa e interna) possibilitando o estabelecimento de grandes quantidades de
colónias de bactérias.
Para a filtragem biológica, podemos substituir os anéis de cerâmica, ou as bio-balls, por pedaços
(cacos) de cerâmica porosa, obtidos a partir de velas de filtro quebradas (porém não devemos
usar as que têm prata em suas paredes internas, pois este é um elemento, prejudicial ao
desenvolvimento das colónias de bactérias). Durante a manutenção do filtro deve-se procurar
manter úmidos os seus componentes (anéis, cacos de cerâmica, etc.), mantendo-os mergulhados
em água, (de preferência retirada do próprio aquário).
Podemos também utilizar mantas de espuma de malha aberta, do tipo utilizado em filtros de
aparelhos de arcondicionado, como elemento de fixação das colónias (na manutenção esta
espuma deve ser lavada apenas com água desclorada, e não muito activamente, para não
prejudicar as colónias).
Nunca devemos trocar integralmente (a menos de acidentes por contaminação bacteriana), todos
os elementos da filtragem biológica ao mesmo tempo. Quando necessário é recomendável fazer a
troca por partes (duas trocas de 50% em 30 dias, ou três de 33% com intervalo de 15 dias).
Não mais utilizar os FBF (Filtros Biológicos de Fundo), considerados hoje mais como
causadores de complicações do que utilidade.
A filtragem biológica é normalmente feita após a filtragem física, dessa maneira as colónias de
bactérias receberão uma água já livre de detritos, para “trabalhar”, reduzindo-se
assim o risco de entupimento dos poros dos elementos de cerâmica.
Se a filtração biológica é capaz de resolver o problema da intoxicação do meio, por que, então,
necessitamos de outros tipos de filtração .
A filtração biológica ocorre a uma velocidade relativamente lenta comparada com os outros
métodos. Assim sua utilização de modo isolado limitaria bastante a quantidade de peixes que
poderíamos colocar no ambiente. Por isso ela é normalmente complementada por outros tipos de
filtração que reforçam a capacidade de estabilização do meio.
Para uma eficiente filtragem mecânica e biológica, a Cubos oferece os filtros tipo Barril. São
dois modelos, um apara lagos de até 3.000 litros e outro para lagos de até 5.000 litros. São
muito práticos de limpar e instalar e, além disso, irão deixar a água do seu lago em perfeitas
condições para a vida dos peixes ornamentais.
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8.1-Exemplo de um filtro mecanica/biologica
Firura 3:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª Cubos Filtro Barril 3000 e 5000
Obs.: A utilização do Filtro Cubos aliado ao Esterilizador Cubos UV Light vai proporcionar o
que existe de mais moderno e eficiente para o tratamento de laguinhos ou tanques.
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Firura 4:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª Exemplo de instalação: 1-Bomba submersa 2-
Esterilizador UV 3-Filtro Barril
8.2-PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Filtragem mecânica + biológica;
2 estágios de filtragem mecânica;
Carvão activado (opcional)
Câmara de criação de bactérias aeróbicas com BioRing
Sistema anti-transbordamento;
Funcionamento por gravidade;
Acompanha conexões para mangueiras de entrada e saída.
8.4-ESPECIFICAÇÕES:
Volume
do lago
Bomba
recomendada Entrada Saída
Altura
(cm)
Larg.
(cm)
Compr.
(cm)
Cubos Filtro
Pressurizado
5000
até
5.000L até 8000 l/h
1‟‟ ou
50mm
1‟‟ ou
50mm' 65 28 28
Cubos Filtro
Pressurizado
10000
até
10.000L até 15000 l/h
1‟‟ ou
50mm
1‟‟ ou
50mm 71 30 30
Cubos Filtro
Pressurizado
15000
até
15.000L até 20000 l/h
1‟‟ ou
50mm
1‟‟ ou
50mm 85 40 40
Cubos Filtro
Barril 3000
até
3.000L até 5000 l/h ¾’’ 1’' 45 30 30
Cubos Filtro
Barril 5000
até
5.000L até 9000 l/h 1’’ 1 ½’’’ 57 40 40
Cubos Filtro
Vaso 5000 E/S
Lateral
até
5.000L até 5000 l/h ¾‟‟ 1‟' 35 46 46
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9.Filtração Química
Filtração Química é a remoção de substâncias dissolvidas na água do aquário a nível molecular.
Estas substâncias, quanto à sua natureza, podem ser polarizadas (íons) e não polarizadas
(moléculas). O método mais empregado para este tipo de filtração consiste em passar a água por
uma camada de Carvão Activado (CA), que é mais eficiente para a remoção de moléculas, mas
que funciona também com alguns íons.
O CA pode conter elevados níveis de fosfato (nas cinzas internas), que poderá ser dissolvido na
água do aquário.
Isso é particularmente nocivo ao aquarismo marinho, mas também não é bom para os aquários de
água doce. Portanto, ao adquirirmos CA deveremos dar preferência aos especificamente
produzidos para utilização em aquários.
Este problema pode ser diminuído fazendo-se a imersão prévia do CA em água limpa
(renovada), algum tempo antes de sua utilização (2 a 3 semanas). Com isso estaremos fazendo
uma dissolução prévia do fosfato e outros materiais, porventura existentes, atenuando seus
efeitos.
Existe por parte de alguns aquaristas uma preocupação em relação à adsorção pelo CA de
nutrientes minerais vitais requeridos pelo ecossistema do aquário. Ocorre que o esgotamento de
nutrientes minerais é algo que ocorrerá tanto em aquários plantados como em aquários marinhos
pelo consumo dos organismos vivos, e isso ocorrerá com ou sem a presença do CA no sistema.
Considera-se que os ganhos proporcionados por sua utilização são suficientemente grandes em
relação aos “prejuízos”, para justificar plenamente sua utilização.
A utilização do CA deve ser suspensa enquanto estivermos administrando algum medicamento,
adubação química, etc., na água, pois o CA poderá absorver da água os remédios ou alguns
produtos químicos de maneira selectiva, prejudicando os resultados pretendidos.
CA já utilizado pode ser (parcialmente) reactivado domesticamente aquecendo-o no forno a
cerca de 150 oC e lavando-o em água pura sucessivamente. Através deste processo será feita a
eliminação dos gases aprisionados, permanecendo porém no interior dos poros as moléculas de
material mais pesado (ex.: metais tóxicos), que não serão eliminadas pelo aquecimento, razão
pela qual este procedimento é contra-indicado em aquarismo. Apenas em laboratórios, com
equipamentos adequados e testes apropriados a recuperação poderá ser feita com segurança.
Felizmente o custo do CA é suficientemente reduzido, possibilitando-nos usá-lo em quantidades
razoáveis. É recomendável lavar bem o carvão antes de utilizá-lo, para remover o pó que sempre
se acumula em sua superfície.
Quanto de CA utilizar é uma recomendação difícil de ser feita, mas se verifica que a utilização
de quantidades menores, com trocas mais frequentes funciona melhor do que o oposto. Como
ponto de partida, experimente usar 250 ml (1 copo de requeijão) para cada 150 litros de água,
fazendo trocas mensais do CA. Não se deve utilizar carvão comum (vegetal ou animal) em
substituição ao Carvão Activado.
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Além do CA diversos outros materiais foram desenvolvidos para a filtragem química. Um deles
é a argila de zeolita, capaz de remover amónia da água. Útil para emprego por curtos períodos,
pode se tornar prejudicial a longo prazo.
Interfere também na reciclagem de aquários novos, impedindo a formação das colónias de
bactérias. Outro tipo de substâncias, relativamente recentes, que podem ser utilizadas para a
filtração química são as Resinas Deionizadoras, formadas por materiais (há diversos tipos), que
possuem a capacidade de retirar (absorver) íons dissolvidos na água. São bastante eficientes, mas
possuem actualmente custos bem mais elevados do que o CA, possuindo porém em alguns casos
a capacidade de absorver substâncias sobre as quais o CA não tem capacidade de adsorção.
Os filtros do tipo Skimmer possuem pronunciada actuação na remoção de detritos químicos,
sendo hoje largamente utilizados em aquarismo marinho.
Firura 6:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª.
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10-O Filtro Casca de Nozes ou Deep Bed
O Filtro Casca de Nozes ou Deep Bed Filter (Filtro Cama Profunda) é um sistema de filtração
em profundidade, utilizando um vaso de pressão, contendo como meio filtrante uma espessa
camada de casca de nozes moídas e com granulometria controlada.
A unidade de filtragem inclui apenas uma bomba, a qual é utilizada como bomba de alimentação
e também como bomba de retrolavagem, reduzindo assim consideravelmente os custos do
equipamento. O sistema funciona de forma totalmente automática, sem a necessidade da
presença constante de operador.
10.1-Objectivo
O sistema de filtragem Hydromation garante dupla eficiência em comparação ao filtro de areia
convencional e em relação aos filtros que utilizam misturas de meios filtrantes (casca de pêssego
com casca de nozes etc.), pois foi projectado para remover 95% a 98% de sólidos em suspensão;
e 90% a 95% de hidrocarbonetos insolúveis (óleos). As principais aplicações deste tipo de
filtragem são: água de injecção em campos petrolíferos, águas de processos e descarte de águas
industriais.
10.2-Vantagens
O Filtro Hydromation é o único que utiliza durante o ciclo de retrolavagem, um dispositivo de
atritamento das cascas (patente Hydromation), o qual recondiciona o meio filtrante durante cada
retrolavagem, retirando assim, as partículas de sujeira e o óleo aderido nas cascas de nozes.
O ciclo de retrolavagem garante a limpeza das cascas de nozes prevenindo a formação de mau
cheiro no meio filtrante. Uma vigorosa agitação durante o ciclo de retrolavagem impede a
formação de partículas de lama e de alcatrão dentro do meio filtrante, eliminando assim
problemas de comatação e canalização, comuns dentro dos filtros Deep Bed convencionais.
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Além das vantagens apresenta das, o sistema dispensa a utilização de água limpa, bomba especial
e dedicada, ar comprimido e coagulante químico no processo de retrolavagem. Como não ocorre
perda de meio filtrante, a reposição anual das cascas de nozes é inexpressiva.
10.3-Minimizando a manutenção e o tempo de parada
O moderno projecto assegura máxima eficiência e baixo custo operacional. Durante o ciclo de
retrolavagem, apenas a água de processo é utilizada, eliminando assim, os altos custos com
utilização de água limpa. O volume de descarga durante a retrolavagem é de no máximo 1,5% do
volume total da retrolavagem, comparado com 3 a 4 vezes a quantia utilizada pelos filtros
convencionais. O ciclo de limpeza do meio filtrante representa apenas 2% a 6% do tempo total
do ciclo de operação do filtro, comparado com 2 a 3 vezes para filtros convencionais. O meio
filtrante é recondicionado durante cada ciclo de retrolavagem, isso elimina perda de tempo de
limpeza, recarga do vaso do filtro e reduz o tempo do enchimento do meio filtrante. Produtos
químicos, como polímeros para adicionar à filtração ou sulfatos, não são necessários durante a
maioria das condições operacionais. Isso simplifica a operação e reduz os custos operacionais.
10.4-Funcionalidade
Quando o filtro está em ciclo de operação, a água é bombeada para dentro do vaso, entrando pelo
lado de cima e passando através do meio filtrante, até atingir a parte inferior do vaso. A água
limpa é colectada no fundo do vaso através de “tubos colectores de água limpa”, fabricados em
aço inox. A água filtrada é depois descarregada para fora do vaso e enviada para o ponto de
utilização. O ciclo de limpeza é iniciado automaticamente, quando a cama de filtragem fica
obstruída pelas partículas de sujeira e/ou óleos, criando um diferencial de pressão entre a entrada
e a saída do filtro; ou ainda, após um tempo pré-determinado.
Ciclo de agitação: Com a válvula de entrada de líquido fechada, a água de processo é injectada
pelo lado inferior do vaso, passando através do meio filtrante, provocando uma grande agitação e
turbilhonamento do meio filtrante e das partículas de sujeira e óleo.
Ciclo de retrolavagem: Essa água turbilhonada com a agitação das cascas de nozes é enviada
através de uma tubulação e passa em alta velocidade pelo Scrubber (tubo de limpeza e
actritamento), onde o óleo e as sujeiras são separados do meio filtrante, ambos passam para o
lado interno do Scrubber e são
descartados através de uma tubulação apropriada, enquanto as cascas de nozes ficam no lado
externo do tubo, retornando para dentro do vaso já totalmente recondicionadas.
Ciclo de Purga: Finalizado o tempo de retrolavagem, o sentido do fluxo de água é invertido no
filtro. A água entra pelo lado de cima do filtro e sai pelo tubo coletor de água limpa. Dessa forma
as cascas de nozes vão sofrendo uma acomodação sobre o tubo colector, formando a cama de
filtragem.
Ciclo de filtragem: Somente depois de alguns minutos, quando a cama de filtragem já está bem
compactada, é que a válvula de entrada é aberta, recomeçando assim o ciclo de filtragem
32
11-OS TIPOS DE FILTROS
Skimmer;
Filtro de Büchner;
Filtros de leito fixo;
Filtro prensa;
Filtros de “folhas”;
Filtro de tambor a vácuo, rotativo e contínuo;
Filtro contínuo de discos rotativos;
Filtro de Cartucho.
11.1-O tipo de filtro mais simples
Se usa no tratamento de água potável, quando se tem grandes volumes de líquido e pequenas
quantidades de sólidos.
A camada de fundo é composta de cascalho grosso que descansa em uma placa perfurada ou
com ranhuras. Acima do cascalho é colocada areia fina que atua realmente como filtro
Firura 7:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª.
11.2-Filtro prensa
Um dos tipos mais usados na industria.
Usam placas e marcos colocados em forma alternada.
Utiliza-se tela (tecido de algodão ou de materiais sintéticos) para cobrir ambos lados das
placas.
33
F
irura 8:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª.
A alimentação é bombeada à prensa e flui pelas armações.
Os sólidos acumulam-se como “torta” dentro da armação. O filtrado flui entre o filtro de tecido e
a placa pelos canais de passagem e sai pela parte inferior de cada placa.
A filtração prossegue até o espaço interno da armação esteja completamente preenchida com
sólidos.
Nesse momento a armação e as placas são separadas e a torta retirada. Depois o filtro é
remontado e o ciclo se repete.
11.4-Filtros de “folhas”
Foi projetado para grandes volumes de líquido e para ter uma lavagem eficiente. Cada folha é
uma armação de metal oca coberta por um filtro de tecido. Elas são suspensas em um tanque
fechado.
A alimentação é introduzida no tanque e passa pelo tecido a baixa pressão.
A torta se deposita no exterior da folha.
O filtrado flui para dentro da armação oca.
Após a filtragem, ocorre a limpeza da torta. O líquido de lavagem entra e segue o mesmo
caminho que a alimentação.
A torta é retirada por uma abertura do casco.
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Firura 9:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª.
11.5-Filtro de tambor a vácuo, rotativo e contínuo
Ele filtra, lava e descarrega a torta de forma contínua. O tambor é recoberto com um meio de
filtração conveniente. Uma válvula automática no centro do tambor ativa o ciclo de filtração,
secagem, lavagem e retirada da torta.
O filtrado sai pelo eixo de rotação. Existem passagens separadas para o filtrado e para o líquido
de lavagem. Há uma conexão com ar comprimido que se utiliza para ajudar a raspadeira de facas
na retirada da torta.
Firura 10:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª.
35
11.6-Filtro contínuo de discos rotativos
É um conjunto de discos verticais que giram em um eixo de rotação horizontal. Este filtro
combina aspectos do filtro de tambor rotativo a vácuo e do filtro de folhas. Cada disco (folha) é
oco e coberto com um tecido e é em parte submerso na alimentação. A torta é lavada, secada, e
raspada quando o disco gira.
Firura 11:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª.
11.7-Filtro de Cartucho
O filtro de cartucho é de operação contínua e limpeza automática. É composto de uma carcaça
onde se colocam cartuchos (ou bolsas).
O gás “sujo” é forçado a passar através dos cartuchos, em cuja superfície as partículas são
retidas.O gás limpo é conduzido à parte interna do filtro e em seguida ao exaustor. O processo de
limpeza do cartucho é feito automaticamente através de pulsos de ar comprimido.
36
Firura 12:Tirado Soc. Importação de Filtros, Ldª.
12-Meios de Filtração e Auxiliares de Filtração
O meio para filtração industrial deve:
Retirar o sólido a ser filtrado da alimentação e gerar um filtrado claro.
Permitir que a torta com filtro seja removida de forma fácil e limpa.
Ser forte o suficiente para não rasgar e ser quimicamente resistente às soluções
usadas.
Para que a taxa da filtração não fique muito lenta os poros devem ficar livres e não
ser obstruídos.
Certos compostos podem ser usados para ajudar a filtração, como a terra de diatomáceas que é
formada principalmente de sílica. Também são empregados a celulose de madeira e outros
sólidos porosos inertes.
12.1- Como pré-cobertura antes da filtração.
O auxiliar de filtração prevenirá os sólidos gelatinosos de entupir o filtro e também permitirá um
filtrado mais claro.
12.2. Acrescentados à alimentação antes da filtração.
Aumenta a porosidade da torta e reduz a resistência da torta durante a filtração.
12.3. Em um filtro rotativo, o auxiliar de filtração pode ser aplicado como uma pré-
cobertura. Posteriormente, as fatias finas desta camada são cortadas junto com a torta.
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13-Conclusão
Depois das investigações feitas chegaram a conclusão todos os tipos de filtração são importantes
independentemente de cada função.
Um dos processo de filtração mais económico é a filtração por gravidade pela facilidade de uso e
do tipo de matérias que são constituídos os filtros.
Também é importante realçar que o filtros biológicos podem ter a mesma função dos filtros
forçados.
A qualidade da filtração está relacionada com o menor tamanho de partículas que o elemento
filtrante consegue reter – quanto menor as partículas retidas, maior a qualidade da filtração e,
consequentemente, da água da piscina. Para assegurar a qualidade da água é muito importante
que os filtros e bombas estejam correctamente dimensionados. A Hidrogeron recomenda
elementos filtrantes ECO FILTER porque estes retém partículas até 5 vezes menores que os
elementos filtrantes comuns, aumentam o potencial de filtração em até 60% e ainda eliminam a
necessidade de uso de algicidas na piscina.
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14-Anexos
Filtração | Filtros
As agues de oceanos, rios, lagos, e lençóis subterrâneos, contêm sais, sólidos em suspensão,
microorganismos e detritos que devem ser retirados. Os filtros removem partículas e melhoram
cor, odor e sabor. Na filtração física, a simples retolavagem deixa o filtro novo, pronto para mais
uma etapa de filtração, na filtração química, normalmente o meio filtrante deve ser regenerado
ou trocado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define água potável como:
apresenta aspecto límpido e transparente;
não apresenta cheiro ou gosto objetável;
não contém microorganismos que possam causar doenças ao ser humano;
não contém substâncias em concentrações que possam causar prejuízo à saúde.
Dependendo do uso a qualidade da água pode ser incrementada combinando outros tratamentos
como a desinfecção por radiação ultravioleta,, redução de dureza ou abrandamento com a
retirada de cálcio e magnésio, etc..
Arejamento seguido de filtração
O arejamento é um processo físico que permite o contacto da água com o ar, provocando a
precipitação do ferro e do manganês dissolvidos (ou, no caso do sulfito de hidrogénio, a
libertação de gases). É o método mais económico para tratar grandes volumes de água, sendo,
normalmente, seguido de filtração. Na filtração é importante saber o tamanho das partículas a
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retirar pois determina o tipo de filtro. Um filtro de areia é para partículas de 5 a 25 micra e
acima, não vai retirar bactérias e vírus com tamanho entre 0,1 e 10 micra.
Na filtração é importante saber o tamanho das partículas a retirar pois determinam o filtro. Um
filtro de areia se usa para partículas de 5 a 25 micra e acima; não vai conseguir nunca retirar
bactérias e vírus com tamanho entre 0,1 e 10 micra.
Filtro multimedia
Consiste em passar a água através de um tanque cilíndrico de fibra de vidro, aço carbono ou inox
com diferentes meios filtrantes: seixos rolados, antracita, quartzo e outros. Este processo é o
primeiro passo para obtenção da água purificada e remove mecanicamente partículas em
suspensão de até 15 micra (μm). É um equipamento de baixo custo operacional e manutenção.
Para cada problema uma solução de filtro: o filtro de areia não vai retirar vírus e colóides da
água, mas a nanofiltração e a osmose reversa podem ser usadas. (Veja Quadro abaixo)
Filtração
Filtração Profunda: as partículas são retidas no interior da matriz filtrante por forças
de adesão e retenção mecânica. Tem grande capacidade de retenção de partículas.
Filtração Superficial: as partículas são retidas devido aos poros menores. Tem baixa
capacidade de retenção de sólidos. O filtro de café é um exemplo.
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15-Referencias bibliográficas
www.aquahobby.com/b_products.php
http://www.aquabrasilis.blogger.com.br/
http://www.aqua.brz.net/
http://www.reefcorner.org
http://www.aqualandia.hpg.ig.com.br/aqualandia_filtracao.html
http://pharo.tripod.com.br/secao4/peixes/peixes_filtros.htm
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