TÍTULOS NOBILIÁRQUICOS
TÍTULOS DE NOBREZA
TÍTULO NOBILIÁRQUICO
Os títulos nobiliárquicos ou títulos de nobreza
foram criados com o intuito de estabelecer uma relação de
vassalagem entre o titular e o monarca, sendo alguns deles
hereditários ou não, como foi o caso no Brasil.
Depois do século XV foram usados como forma de agraciar
membros da nobreza, por um conjunto de atos prestados à
casa real, ao monarca ou ao país, sem que lhe estivesse
associada qualquer função pública ou jurisdição ou
soberania sobre um território. A partir do início do século
XX, acabou, na maioria dos países, mesmo nas monarquias, a
relação de governança e autoridade dos titulares e demais
membros da nobreza perante toda a população.
Os cinco principais títulos de nobreza formam uma escadinha
hierárquica que obedece à seguinte ordem, a começar do mais
poderoso: duque, marquês, conde, visconde e barão. Na Idade
Média, cada um desses fidalgos recebia do rei um pedaço de
terra onde eles mandavam e desmandavam, ajudando na
administração do reino. "Os nobres tinham autoridade
jurídica e militar sobre o território concedido pelo
monarca. Entre outras coisas, eles cobravam impostos,
cuidavam das fronteiras e recrutavam exércitos para o
reino", diz o historiador Celso Silva Fonseca, da
Universidade de Brasília. Quanto mais alta a honraria, mais
terra o nobre ganhava, e mais poder ele era autorizado a
exercer. Os títulos surgiram no século V, quando a Europa
foi retalhada em vários pequenos reinos. Dentro desses
impérios, os nobres formavam uma elite de parentes ou
súditos que ajudavam o rei na conquista de novas terras. A
partir do século IX, os títulos se tornaram hereditários,
passando de pai para filho. No Brasil, essas designações da
fidalguia aportaram no século XIX. No total, 1 211 títulos
de nobreza foram distribuídos por aqui. Mas com uma
diferença importante: eles não eram transmitidos de pai
para filho. Se o herdeiro de um nobre quisesse ter direito
à mesma honraria, teria de pagar ao governo. Um título de
duque, por exemplo, custava três vezes mais que um de
barão. Com a proclamação da República, em 1889, todos os
ícones dos tempos de monarquia foram banidos pelos
militares, incluindo os títulos de nobreza. Hoje, essas
condecorações não valem nada. Mas, na Inglaterra e em
outras monarquias europeias, ser barão ou conde ainda
garante certo prestígio social.
O QUE É A NOBREZA?
A nobreza representa o estamento de maior
estrato, sendo geralmente hereditária. Uma classe social, a
nobreza era, tal como o clero e o povo, um dos três estados
ou ordens que compunham a sociedade na Europa da Idade
Média e Idade Moderna.
Aos nobres pertenciam grande parte dos territórios
conquistados, recebidos dos monarcas como premio das
vitórias nas batalhas e, portanto, o controle político.
Beneficiavam de duas regalias muito importantes: a
jurisdição privativa sobre os moradores dos seus domínios
senhoriais (isso até o fim da Idade Média, no [século XIV)
e a isenção de tributos, além de outros privilégios, tais
como o alódio. A nobreza está associada a um título
nobiliárquico e pode estar ligada ao governo de um
território, sendo que cada país tem as suas regras quanto a
nobiliarquia.
Quando uma família nobre é a soberana de um território,
passa a ser denominada de Casa. Exemplo: Rei - Reino - Casa
+ (nome da família), Duque - Ducado - Casa + (nome da
família). As famílias da alta nobreza - algumas das quais
linhas familiares cadetes da casa real, tanto legítimas
quanto ilegítimas, isto é, que descendem de reis através de
príncipes não herdeiros ao trono ou de filhos ilegítimos
dos monarcas -, são também denominadas de Casa, mesmo não
sendo soberanas. Por causa dessa importância, com o tempo
alguma grande casa do reino poderia ascender à realeza,
seja por extinção da linhagem real, batalhas ou política.
Aos nobres associam-se os títulos nobiliárquicos segundo a
importância, prestígio ou ascendência do indivíduo e também
os brasões de armas de suas famílias.
Com o advento do Renascimento e da Idade Moderna, a nobreza
passou a tomar cada vez mais caráter cortesão, sem ligação
com o governo em si, principalmente devido a transição de
muitas monarquias, a partir do século XVII, de absolutismo
para monarquia constitucional.
A nobreza continua a viver e existir como estamento social,
mas sem o mesmo poderio de outrora. Sendo uma instituição
oficial nas 44 monarquias da actualidade, e uma instituição
de caráter privado nos países onde está extinta. Muitos são
políticos, artistas, banqueiros, grandes empresários, jet
setters, etc. Outros preferem dedicar-se mais a gerir o
patrimônio histórico-cultural herdado (nos casos em que o
patrimônio familiar é conservado), como obras de arte,
joias, hôtels particuliers, castelos, palácios, solares,
propriedades rurais, relíquias familiares (que muitas vezes
são relíquias que têm papel importante na história), etc.
Os nobres da atualidade muitas vezes são retratados em
meios de comunicação, mas, principalmente, nas revistas que
cobrem a realeza e a nobreza, como Hola!, Point de Vue,
Vanity Fair, Royalty, etc.
Ranking da Aristocracia
(Nobreza)
A relação de hierarquia dos títulos é muito diversa.
Na maioria das monarquias tradicionais atuais e antigas
(Espanha, Portugal, França, Reino Unido, Bélgica,
Dinamarca, Suécia, Noruega, etc.), segue-se esta relação de
hierarquia:
Imperador – Imperatriz, (césar, kaiser, czar).
Rei – Rainha,
Regente,
Príncipe imperial – Princesa imperial,
Príncipe real, Princesa real,
Grão-príncipe,
Príncipe – Princesa,
Infante – Infanta,
Arquiduque – Arquiduquesa,
Grão-duque, Grã-duquesa,
Duque – Duquesa,
Marquês - Marquesa,
Conde – Condessa,
Visconde – Viscondessa,
Barão – Baronesa,
Senhor, Senhora,
Baronete,
Cavaleiro – Dama,
Escudeiro.
IMPERADOR – IMPERATRIZ - IMPERADORA
Imperador (do Latim imperatore, literalmente, "alguém
que se prepara contra") é a designação dada aos soberanos
de algumas nações. Aquele que rege um império. O feminino
de imperador é imperatriz. Imperadores são geralmente visto
como superiores aos reis em honraria. Seu posto pode ser
obtido por hereditariedade, ou por força, como num golpe de
estado. Além disso, pode ser um posto conferido por eleição
de outros soberanos, como no caso do Sacro Império Romano
Germânico. No caso de haver uma imperatriz regente, seu
marido não recebe título de imperador, sendo chamado
simplesmente de consorte.
Em alemão, este título tem correspondência com Kaiser; em
idiomas eslavos, os termos usados são tsar ou czar. Ambos
derivam do título romano César.
Geralmente, o termo Império designa um estado composto por
diferentes nações e nacionalidades, além de um estado
nacional comum.
Na atualidade o único país que possui um imperador como
chefe de estado é o Japão.
OBS:
Chama-se de Imperatriz ou Imperador Consorte aquele que
contai casamento com um monarca reinante, no Sacro-Império
e no Brasil (embora a princesa Isabel não tenha sido
coroada), chamava-se de Imperadora a monarca reinante,
limitava-se a imperatriz as consortes de um imperador.
“Sua Majestade Imperial o Senhor D. Pedro II,
Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do
Brasil".
D. Pedro II em trajes majestáticos para a abertura da
assembleia, autor desconhecido.
REI – RAINHA
Rei (no feminino: rainha) é um chefe de Estado, ou um
súdito que pode ou não, dependendo do estilo de governo de
uma nação ou país, ser um soberano reinante (não
imperante), deter o exercício de poderes monárquicos sobre
um território designado de reino, sob uma política
governamental conhecida por monarquia. Seu adjetivo é o
real.
Um rei é usualmente o segundo maior título nobiliárquico
soberano, a seguir ao de imperador, cuja governação
normalmente abrangia territórios de maior extensão,
chamados de império, por englobar mais que um reino.
O equivalente feminino do rei é a rainha, embora o termo
"rainha" possa referir-se também a uma soberana no seu
próprio direito, a uma rainha reinante, ou à esposa de um
rei, uma rainha consorte. O marido de uma rainha reinante
é, por vezes, apelidado de rei consorte, mas é mais
comumente denominado de príncipe consorte. A sua família é
designada por família real.
Um rei ou rainha pode ostentar uma coroa, um manto real, ou
outros símbolos que representem o seu poder régio tais como
um ceptro ou então um documento que oficialize e que
sustente ou defina a sua autoridade como a Magna Carta de
1215 que determinava os poderes que o rei João de
Inglaterra poderia ou não deter.
Historicamente, o posição do "rei" deriva dos primeiros
líderes tribais ou principais de diferentes povos tais como
o (em sumério lugal, em semitico o sharrum, em latim rex,
em grego o basileus, em sânscrito o rajá, em alemão o
kuningaz) poderia ser também o tirano de uma cidade-Estado.
Muitas vezes, o rei não tinha só uma função política, mas,
ao mesmo tempo, uma religiosa, atuando como sumo sacerdote
ou divino rei, como foi o caso de certos reinos antigos.
OBS:
Chama-se de Rei ou Rainha Consorte aquele que contai
casamento com um monarca reinante.
“Sua Majestade Fidelíssima a Rainha, Dona Maria
II, Rainha de Portugal d’Aquém e d’Além Mar”.
Maria II, 1829 por Thomas Lawrence, na Royal Collection.
PRÍNCIPE – PRINCESA
Príncipe é a denominação dada ao chefe de estado de
um principado (Príncipe governante) ou a um membro de uma
família reinante ou imperante. Atualmente existem três
principados independentes: Andorra, Mônaco e Liechtenstein.
Seu adjetivo é o principesco.
Na maioria das monarquias que seguem a nobiliarquia o
título de Príncipe é dado a todos os filhos de um Chefe de
Estado. Nessas Monarquias o Herdeiro do Trono tem,
normalmente, um título adicional para o distinguir dos
outros Príncipes (Ex.: Príncipe Real, Príncipe Imperial,
Príncipe da Coroa, Príncipe Herdeiro, etc.). Em algumas
Monarquias o título Príncipe é inclusivamente concedido a
nobres não pertencentes directamente à soberana, como foi o
caso do Reino da Prússia Nas Monarquias ibéricas, contudo,
o título de Príncipe só é dado aos Herdeiros do trono,
recebendo os restantes filhos do soberano o título de
Infante.
O termo foi usado pela primeira vez pelo imperador Otávio
Augusto no ano de 27 a.C. e vem do Latim "principis",
"princeps", que significa "o primeiro", Octavio usava o
titulo de "princeps inter pares" o primeiro entre os pares
ou cidadãos, e era atribuido anteriormente ao chefe do
senado romano como príncipe do senado.
Princesa é a forma feminina de príncipe (do Latim princeps,
que significa cidadão principal). Na maioria das vezes, o
termo foi usado pela esposa de um príncipe, ou pelas filhas
deste.
Por muitos séculos, o título de "Princesa" não era
regularmente utilizado para a filha de um Monarca, que
simplesmente eram chamadas de "Lady" ou um equivalente. O
inglês antigo não tinha nenhum equivalente feminino de
"Príncipe", "Conde", ou qualquer Tratamento Real ou Nobre
além de Rainha, e as mulheres da nobreza tinha o título de
"Lady".
As mulheres ganharam mais autonomia ao longo da história
europeia. O título de Princesa, simplesmente, passou a ser
utilizado por uma Filha de um Monarca ou por uma esposa de
um Príncipe, não implicando, necessariamente, ser
controlado ou de propriedade de um Príncipe. Em alguns
casos, uma Princesa é a Chefe Hereditária de um Estado, de
um Principado ou área significativa de seu próprio direito.
O significado antigo aplica-se na Europa ainda na medida em
que, uma plebeu que se casasse com um Príncipe, iria quase
sempre se tornar uma Princesa, mas um cidadão do sexo
masculino que se casasse com uma Princesa, quase nunca se
tornaria um Príncipe, a menos que a sua esposa tenha, ou
viria a ter, um título maior, como o de rainha reinante ou
de Princesa Soberana, como por exemplo, a Princesa Luísa-
Hipólita, Princesa de Mônaco. A implicação é que se o homem
detivesse o título, ele teria mais poder sobre a sua
esposa, sem linhagem necessária.
Em muitas das Famílias Reais da Europa, um Rei concede aos
seus Herdeiros, Principados Reais ou Teóricos para treiná-
los para o futuro Reinado ou dar-lhes status social. Esta
prática tem feito com que, ao longo do tempo, muitas
pessoas pensem que "Príncipe" e "Princesa" são títulos
reservados para a Família imediata de um Rei ou Rainha. Na
verdade, a maioria das princesas da História não eram
membros imediatos da Família Real, mas as mulheres que se
casaram com Príncipes; no entanto, em muitos casos, uma
Princesa iria escolher alguém fora da Realeza para se
casar.
“Sua Alteza Real a Sereníssima Princesa de Saxe-
Coburgo-Gota, Duquesa de Saxe, Dona Leopoldina de
Bragança, princesa do Brasil”.
Leopoldina, Princesa do Brasil, autor desconhecido.
INFANTE – INFANTA
Infante é um título de nobreza, que está abaixo do de
príncipe, receberam esse título, mais precisamente todos os
filhos legítimos do rei ou rainha de Portugal ou Espanha
que não são herdeiros da coroa. Seu adjetivo é o infantal.
Sendo que, o herdeiro da coroa é o único que recebe o
título de Príncipe, sendo na Espanha, Príncipe das
Astúrias, e em Portugal, Príncipe Real de Portugal.
Também os filhos do herdeiro da coroa espanhola (Príncipe
das Astúrias) recebem o título de Infante, incluindo o
herdeiro presuntivo.
Os filhos do herdeiro da coroa portuguesa (Príncipe Real de
Portugal) recebem o título de Infante, salvo o herdeiro
presuntivo que recebe o título de Príncipe da Beira.
O feminino de Infante é Infanta. Em Espanha os Infantes
recebem o tratamento de Alteza Real (S.A.R.) enquanto em
Portugal somente o de Alteza (S.A.).
Um Infante português e os seus filhos (mas não os de uma
Infanta) têm associado o tratamento de senhor e de Dom, se
não forem eles mesmos criados Infantes por especial mercê
do soberano português, e.g.: S. Excª o senhor D. João da
Bemposta, filho de S.A. o infante D. Francisco de Bragança,
Duque de Beja (1691-1742) e neto legítimo do Rei D. Pedro
II. O substantivo infante, com inicial minúscula
imediatamente antes do nome próprio, é indicativo somente
de cavaleiro de infantaria, ou seja, de oficial de guerra.
No Brasil, tal título, apesar de continuar em uso após sua
independência, foi gradualmente sendo substituído pelo de
príncipe do Brasil, para indicar os filhos legítimos e não-
herdeiros da Coroa Imperial, e o(a) filho(a) legítimo(a) e
Herdeiro(a) da Coroa Imperial era o(a) único(a) que podia
ostentar o título de Príncipe Imperial do Brasil.
“Sua Alteza a Sereníssima Infanta, Isabel Maria de
Bragança, Regente de Portugal”.
Isabel Maria de Bragança, regente de Portugal, autor
desconhecido.
ARQUIDUQUE – ARQUIDUQUESA
Arquiduque (em polonês: Arcyksiążę; em alemão:
Erzherzog e no feminino: arquiduquesa) era o título
nobiliárquico dos filhos da Família Imperial da Áustria e
imperante no Sacro Império Romano Germânico (962-1806), os
von Habsburg. É imediatamente superior ao de Grão-duque e
inferior ao de infante. Seu adjetivo é o arquiduca.
Mesmo seu uso tendo sido mais famoso na Áustria, esse
título nobiliárquico pode ser concedido para qualquer
aristocrata.
A primeira utilização do título foi com os governantes da
Austrásia. Isso porque um dos merovíngios a usou como
resultante da sucessão complexa na Casa de Clóvis, Rei dos
Francos.
No Império Carolíngio, o título foi concebido como promoção
exclusiva para o Duque da Lotaríngia, que poderia ser visto
como sucessor do Reino da Lotaríngia, que tinha sido o par
do Reino da França Ocidental. Com o falecimento de Carlos
Magno a parte Oriental ficou conhecida como Frância
oriental, que é o precursor do Sacro Império Romano-
Germânico.
Após a separação da Alta Lotaríngia (moderna Lorena; em
alemão: Oberlothringen) e da Baixa Lorena (em alemão:
Niederlothringen; correspondente ao Ducado da Lorena).
A Capital da baixa foi Colônia e originalmente seu soberano
foi investido como Príncipe-bispo, com territórios que se
estendiam para o norte até a Frísia. A Baixa Lorena sofreu
uma grande fragmentação com os ducados dos Países Baixos,
Brabante(principalmente na Bélgica atual) e Gueldres (agora
no Reino holandês e dando seu nome à província de
Guéldria), reivindicando o posto arquiducal mas nunca foram
oficialmente concedidas pelo Sacro Imperador Romano. Em
holandês é Aartshertog.
O título de Arquiduque da Áustria apareceu com o
Privilegium Maius,em 1359, um documento que o Duque Rodolfo
IV da Áustria falsificou a assinatura do Sacro Imperador
Frederico I que estava originalmente presente no documento
Privilegium Minus.
Isso porque o Duque Rodolfo IV tentou recuperar a
influência política dos Habsburgos na cena europeia,
tentando estabelecer relações com o Sacro Imperador Romano
Carlos IV de Luxemburgo e aumentar o respeito dos
governantes austríacos. No entanto, Rodolfo IV não
pertencia aos sete príncipes-eleitores, que - conforme
ditado pela Bula Dourada de 1356 - tinha o poder de
escolher o Rei dos Germanos/Sacro Imperador. Tal como
Carlos IV tinha feito Praga o centro de seu governo,
Rodolfo IV fez o mesmo para Viena, dando-lhe privilégios
especiais, como o lançamento de projetos de construção e
fundação da Universidade de Viena. Tudo isso visando
aumentar a legitimidade e influência da Casa e das suas
terras austríacas. Para o efeito, no inverno de 1358/1359,
Ruoolfo IV ordenou a criação de um documento falsificado
chamado Privilegium Maius ("o maior privilégio"). Ela entre
outras coisas determinou o título Palatino Arquiduque assim
seria equiparado aos Príncipes-eleitores. Este novo título,
contudo, não foi reconhecido pelo Sacro Imperador Carlos
IV.
O Duque Ernesto, o de Ferroe seus descendentes
unilateralmente assumiram, de forma pessoal, o título de
"Arquiduque".
A Áustria moderna permaneceu como Arquiducado até 1918. Sua
base era a Alta e Baixa Áustria. Em 1804 foi estabelecido o
título de Imperador com a Proclamação do Império Austríaco,
e o Arquiducado estava formalmente subordinado ao
Imperador, apesar de ser a mesma pessoa.
Até o século XV somente os homens ostentavam tal titulação.
Somente os governantes titulares dos territórios dos
Habsburgos, e suas esposas é que o usavam.
O arquiduque está, em grau de relevância, abaixo do título
de Rei e é superior aos outros nobres. Cada membro da Casa
usava do nascimento até o casamento, tal título.
A Casa de Habsburgo, geralmente referida como Casa
d'Áustria, representa o seu país moderno, já que apesar da
Família ser originária da Suíça, século XI, eles deixaram
de ter posses neste país no século XIV, e o nome deriva de
Habichtsburg, o castelo do açor, sua morada oficial,
construído em 1020, no atual cantão de Aargau, na Suíça.
Inicialmente, foi usado exclusivamente pelo Chefe da Casa
de Habsburgo, chamada Casa d'Áustria, mesmo quando não
possuía ainda as Coroas Reais da Hungria e da Boémia e a
Coroa Imperial do Sacro Império Romano Germânico (962-
1806).
O título nobiliárquico data de 1156, mas só se tornou
hereditário depois da promulgação da Bula de Ouro, em 1356,
e só foi reconhecido pelos Príncipes eleitores em 1453. A
partir de então, todos os membros da Casa de Habsburgo
usariam o título nobiliárquico de Arquiduque ou
Arquiduquesa d'Áustria, com o predicado de Alteza Imperial
e Real.
Houve também arquiduques na Austrásia (sob Dagoberto), na
Lorena e no Brabante.
A titulação de "Arquiduque" faz referência aos governantes
da Áustria. Por isso não foi dado como um posto titular
para os Príncipes da Casa Imperial Austríaca de Habsburgo.
A partir do século XVI, o Arquiduque, e sua forma feminina,
Arquiduquesa, chegou a ser usado por todos os membros da
"Real e Imperial Casa de Habsburg", à semelhança do título
Príncipe de sangue, ou Infantes em muitas outras Casas
Reais. Isso porque o Chefe da Casa passou a ser Sacros
Imperadores do Sacro Império Romano-Germânico e Reis da
Hungria.
O Estatuto da Família Imperial de 1839 determinou que com o
casamento a pessoa pudesse perder a titulação de nascimento
e passaria a usar o da família a qual passou a pertencer,
ou os uniria. Mas as crianças resultantes da união
matrimonial não teriam qualquer pretensão a Coroa e seria
excluída da sucessão.
“Sua Alteza Imperial e Real Arquiduquesa
Leopoldina da Áustria”.
Arquiduquesa Leopoldina da Áustria Por: Joseph Kreutzinger
(1757–1829).
GRÃO-DUQUE – GRÃ-DUQUESA
Grão-duque (no feminino grã-duquesa) é um título de
nobreza, usado sobretudo na Europa Central e Oriental, para
designar certos soberanos de estados independentes ou semi-
independentes de pequena dimensão (grão-ducados). Na
hierarquia da nobreza, os grão-duques são considerados
inferiores aos Arquiduques, mas superiores aos Duques,
portanto são muito inferiores aos príncipes.
Na Rússia, desde quando Ivan, o Terrível foi coroado Tsar,
em 1547, o título passou a ser dado aos filhos e netos da
linhagem masculina dos Tsares, que mais tarde se tornaram
imperantes. As filhas e netas paternas dos imperadores
russos, assim como as consortes dos grão-duques russos,
eram geralmente chamadas "grã-duquesas".
Atualmente existe na Europa um único grão-ducado soberano,
Luxemburgo, cujo grão-duque é Henrique de Luxemburgo.
“Sua Alteza Real Guilherme II, Grão-Duque de
Luxemburgo”.
Guilherme II Grão-duque de Luxemburgo por Jan Baptist van
der Hulst, 1849.
DUQUE – DUQUESA
Duque é um título que se refere ao chefe de Estado de
um ducado. Depois do rei, era o nobre mais poderoso,
recebendo grandes extensões de terra para administrar. Os
primeiros duques vieram do Império Romano, onde os
comandantes militares eram agraciados com o nome de dux
("aquele que conduz", em latim). Seguindo a tradição,
países como Espanha e Portugal davam o título a seus
maiores generais. É o mais elevado título de nobreza nas
principais monarquias ocidentais, abaixo apenas de príncipe
– normalmente o filho da família reinante – e tem origem no
Império Romano, cujos comandantes militares recebiam o nome
de dux. O primeiro duque de que se tem notícia foi o de
Castellanos, no século 12. Entre os povos antigos, o duque
era merecedor de honrarias como se fosse parente do rei. Na
Rússia havia o título de grão-duque, entre o duque e o
czar, e na Áustria a mesma distinção foi instituída com o
título de arquiduque. O assassinato de um deles, Francisco
Ferdinando, numa Rua de Sarajevo em 28 de junho 1914, fez
eclodir a Primeira Guerra Mundial.
Na Idade Média, o título foi primeiro instituído entre os
monarcas germânicos, a designar os regentes de províncias
logo acima dos condes, figurando no mais altos lugar da
hierarquia nobiliárquica. Havia, no entanto, variações em
seu significado entre os diversos feudos e reinos, sendo
mesmo usado por príncipes. Esse hábito foi perpetrado por
algumas monarquias, que ainda hoje intitulam seus príncipes
mais importantes – especialmente o herdeiro aparente – com
algum título de duque, como nos pariatos britânico, belga,
dinamarquês, espanhol, holandês e sueco.
Na Era Moderna, tornou-se um título nominal sem relação
direta alguma com um principado nem ducado. Mantém-se,
todavia, como o mais alto título nobiliárquico das
principais monarquias ocidentais imediatamente superiores
ao de marquês e inferior ao de Infante.
“Sua Excelência o Duque de Caxias”.
Luís Alves de Lima e Silva, O Duque de Caxias fotografado
por Carneiro, Silva & Tavares.
MARQUÊS – MARQUESA
Marquês (no feminino: marquesa) é um título
nobiliárquico da nobreza europeia, que foi depois utilizado
também em outras monarquias originárias do mundo ocidental,
como o Império do Brasil. O título, de origem germânica
(Markgraf), possui variantes em diversas culturas da
Europa.
Na hierarquia o termo marquês é imediatamente superior ao
conde e inferior ao duque. Introduzido com o imperador
Carlos Magno. Os territórios do império que coincidiam com
a fronteira eram denominados "marcas", e o responsável pela
defesa e administração dessas "marcas" era o margrave.
Muito depois, ainda no Sacro Império Romano-Germânico,
esses territórios fronteiriços começaram a ser cedidos aos
principais condes, passando esses então a marqueses,
responsáveis pelos marquesados. Tardiamente, a partir do
século XV, o título passou a não mais ser necessariamente
relacionado a jurisdição ou a soberania de um território ou
a alguma função pública, somente como grau de nobreza.
Dependendo do sistema nobiliárquico de cada nação, é
comummente um título hereditário, que, todavia não costuma
ter a possibilidade de honras de grandeza.
Em Portugal, o título foi criado no século XV, juntamente
com o de duque, conde, visconde e barão, quando deixou de
usar-se a tradicional denominação de rico-homem. O primeiro
marquês português foi Dom Afonso de Portugal, Marquês de
Valença.
No Império do Brasil, segundo as regras da nobreza
brasileira, a exemplo doutros títulos em seu sistema
nobiliárquico, a titulação não estava ligada a soberania ou
jurisdição de qualquer território dentro do país, sendo
apenas uma alta honraria não-hereditária.
“Domitila de Castro Canto e Melo A Marquesa de
Santos”.
A Marquesa de Santos aos 29 anos por: Francisco Pedro do
Amaral.
CONDE – CONDESSA
Conde, do latim comes, comitis, que significa
«companheiro», (feminino: condessa) é um título
nobiliárquico existente em muitas monarquias, sendo
imediatamente superior a visconde e inferior a marquês.
Inicialmente, na Idade Média, era o senhor conde feudal,
dono de um ou mais castelos e de terras denominadas
condado, mas posteriormente, a partir do século XIV, o
título nobiliárquico foi utilizado apenas como grau de
nobreza.
Assessorando o rei num monte assuntos, do recolhimento de
impostos aos combates militares, o conde era tão importante
no dia-a-dia dos reinos que tinha até um substituto para
suas ausências, o visconde. O conde também administrava os
condados, área menor que os marquesados. O título vem do
latim comes, "aquele que acompanha”. Referia-se a aqueles
que viviam na órbita direta do imperador, seus assessores e
oficiais palacianos. Compunham o conselho particular do
monarca e o acompanhavam em viagens e negócios, quando
exerciam função adjunta e poderes delegados pelo soberano.
O valete, conhecido nas cartas do baralho, é o mesmo que
conde. Na irreverente linguagem tupiniquim, seria o nosso
conhecido aspone.
Na Inglaterra atual um título muito famoso é Conde Spencer.
A falecida Diana, Princesa de Gales era filha do oitavo
conde Spencer, cuja linhagem familiar é nobre e inicia-se
no ano de 1300. Os condes Spencer são descendentes da Casa
de Stuart. Também Sua Alteza Real, o príncipe Guilherme,
Duque de Cambridge, que é o futuro rei da Inglaterra é neto
do conde Spencer. O filho mais velho do conde Spencer
recebe o título de "Visconde Althorp", de Great Brington em
Northamptonshire até a morte do pai, quando passa a ser o
conde Spencer. Eles são muito ricos e influentes.
“Sua Graça o senhor Francisco José da Rocha Leão Conde de
Itamaraty”.
Francisco José da Rocha Leão, conde de Itamarati (retrato
por François Claudius Compte-Calix).
VISCONDE - VISCONDESSA
Visconde é um título nobiliárquico de categoria
superior à de barão e inferior à de conde.
Era o substituto do conde — em latim, vicecomes significava
vice-conde. Esse título de nobreza, assim como o de barão,
surgiu bem mais tarde, apenas durante o século 10. Em
termos administrativos, os viscondes podiam dirigir
pequenos territórios, do tamanho de vilas.
Em Portugal, o primeiro visconde foi D. Leonel de Lima,
feito visconde de Vila Nova de Cerveira durante do reinado
de D. Afonso V. No reinado de D. Maria I é criado, entre
outros, o visconde de Balsemão. O apogeu de criação de
viscondados situa-se na época liberal, especialmente a
partir dos meados do século XIX. De 1848 a 1880 foram
concedidos pelo menos 86 novos títulos; contudo a maioria
destes títulos foram concedidos em vida e não foram
renovados.
Na Inglaterra, um visconde muito famoso é o Visconde
Althorp, de Great Brington em Northamptonshire. Este
visconde é sempre o filho mais velho e herdeiro do Conde
Spencer. O atual Visconde Althorp é o honorável Louis
Frederick John Spencer, sobrinho da falecida Diana,
Princesa de Gales e primo de Sua Alteza Real o príncipe
Guilherme, Duque de Cambridge e de Sua Alteza Real o
príncipe Henrique de Gales.
“Manuel Luís Osório, Visconde do Herval”.
Futuro Marques do Herval.
Manuel Luís Osório, autor desconhecido.
BARÃO – BARONESA
Barão um título nobiliárquico existente em muitas
monarquias, sendo imediatamente inferior a visconde e
superior a baronete. A palavra barão provém do franco baro,
em alemão senhor, cavalheiro ou guerreiro, mas também pode
significar gabarola. Esta palavra germânica tem sido
emprestada para o latim no início da Idade Média. Seu
adjetivo é o baronial. É o primeiro título nobiliárquico
que não pode ser utilizado em repúblicas.
Os barões pertencem a nobreza do estado, e portando, fazem
parte da elite, tendo propriedades rurais, ocupando cargos
políticos e por vezes descendem da nobreza antiga, tendo às
vezes uma formação cultural elevada. A baronia era a terra
que conferia ao possuidor o título de barão, mas também, na
época feudal qualquer grande feudo.
Foi a princípio, no Império Romano, cargo administrativo,
equivalente ao papel de fiscalização dos prefeitos das
redondezas da capital romana. Hoje, se sabe, foi título
adoptado pelo imperador Adriano para premiar soldados e
administradores que se destacavam em suas atribuições, mas
que não tinham direito a se assentar na alta nobreza em
Roma.
Embora esta seja a origem dos primeiros títulos de barões,
isso não compete com a realidade, visto que o Império
Romano decaiu no final do século V, há mais de 1500 anos.
Este acontecimento deu início à Idade Média, que tinha um
sistema totalmente diferente da época imperial romana.
Desde então, foi iniciado o feudalismo e toda uma
hierarquização social nova.
Para a sua origem podemos então recuar, possivelmente já só
até essa época e inicialmente ao conceito da
hereditariedade da nobreza e ao de varão.
“Ana Alexandrina Teixeira Leite, Baronesa Consorte
de Vassouras”.
Augusto Muller - A baronesa de Vassouras, por Augusto
Müller (1815–1883).
ESTILOS REAIS E NOBRES
TRATAMENTO
Um estilo de endereçamento honorífico é a forma
legal, oficial ou reconhecida da utilização de um título
nobiliárquico. Um estilo, por tradição ou lei, precede a
referência feita a uma pessoa que tem um posto ou cargo
político, e, às vezes, é usado para se referir ao próprio
possuidor. Um estilo honorífico também pode ser atribuído a
um indivíduo a título pessoal. Tais estilos são
particularmente associados com as monarquias, onde eles
também podem, dependendo de regras específicas, ser usados
pelo cônjuge de um titular de cargo ou de um "príncipe de
sangue", durante a vigência do seu casamento. Líderes
religiosos também têm estilos específicos. Estilos
representam a moda através do qual os monarcas e nobres são
tratados. Ao longo da história, foram utilizados muitos
estilos diferentes, com pouca padronização. Este artigo
detalha os vários estilos usados pela realeza e nobreza,
com principal foco na da Europa e as que estão
estreitamente relacionada a esta, e na forma que chegou no
século XIX.
IMPERAROR E IMPERATRIZ
Sua Majestade Imperial (S. M. I.) — usado por Imperadores,
Imperadoras e Imperatrizes.
é o tratamento usado por imperadores e imperatrizes , para
distingui-los de um rei e uma rainha, que simplesmente
detém o tratamento de Sua Majestade (S.M.).
A história deste estilo começou em meados do século XVIII.
Então começou a se ter conhecimento que deveria ter sequer
ao mínimo nem que fosse, um mínimo adjetivo para
diferenciar o trato entre reis e imperadores.
Nasceu daí o tratamento de Majestade Imperial, portanto
quem o detivesse, seria Sua Majestade Imperial.
Foi utilizado desde a sua criação então por chefes de casas
imperiais, entre eles o russo, o brasileiro, o centro-
africano, etc...
Há apenas um império cuja existência perdura até os dias
atuais, sendo um tratamento dado aos soberanos do império
do Japão. Assim, tal tratamento tem uma utilização bem
reduzida, quase inexistente.
Pelo fato de um imperador ser superior a qualquer outra
pessoa (até aos reis), inclusive também até soberanos que
não seguem a nobiliarquia, este tratamento faz com que quem
o detenha se sobressaia sobre quase todas as outras pessoas
do planeta.
REI E RAINHA
Sua Majestade (S.M.) é um tratamento destinado aos reis. É
uma palavra derivada do latim maiestas, que significa
grandeza.
Mesmo que destronado um soberano perde o jus imperium (não
governa) e o jus gladium (não obriga), mas conserva o jus
majestatis (direito de ser tratado e protegido como
majestade) e tal continuará para os respectivos
pretendentes até que o trono seja eventualmente ocupado.
Inicialmente, durante a República Romana, a palavra
maiestas era um estatuto legal e da dignidade do Estado,
que devia ser respeitada acima de todo o resto. Esta foi
crucialmente definida pela existência de um crime
específico, chamado laesa maiestatis, literalmente "lesa
majestade", que consiste na violação daquele estatuto
supremo.
Diversos atos como o de celebrar uma festa num dia de luto
público, o desprezo dos vários ritos do Estado e
deslealdade na palavra ou ato foram punidos como crimes
contra a majestade da república. No entanto, mais tarde,
sob o Império Romano, ele veio a significar um crime contra
a dignidade do imperador. Mesmo com ações indiretas, tais
como o pagamento de um serviço num bordel com uma medalha
que ostentasse o retrato do imperador poderia ser punido
como um ato "maiestas".
Após a queda de Roma, majestade foi usada para descrever um
monarca da mais alta classificação - na verdade, era
geralmente aplicado a Deus. O título foi, então, também
assumido por reis de grandes potências como uma tentativa
de auto-elogio e apesar de um suposto estilo real, como um
rei ou rainha, que seria, assim, muitas vezes, ser chamado
de "Sua Majestade Real". O primeiro rei inglês a usar este
estilo, Majestade, foi Henrique VIII - anteriormente, os
monarcas tinham utilizado a forma de tratamento de Sua
graça. Finalmente, o título ficou consagrado na lei, e foi
assim que todos os reis e rainhas da Europa passaram a
ostentar o título no dia-a-dia. Variações incluem Sua
Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Britânica no
Reino Unido, quando usado para distinguir entre diversos
monarcas.
Os principados não foram agraciados com esse tratamento,
mas sim com Sua Alteza ou Sua Alteza Sereníssima. Numa
nota, a quase todos os governantes dos estados-principados
no Império Britânico foi negado o uso de Sua Majestade, só
sendo reconhecidos como Suas Altezas, um estilo comumente
utilizado para filhos (e outros familiares), de uma
majestade, uma vez que eles não eram soberanos da família
real.
Na maior parte da África, onde possa haver reis e rainhas
ou chefes, eles usam Sua Majestade, em vez de Sua Alteza ou
Sua Alteza Real, independentemente dos reis ou chefes serem
soberanos de qualquer território, já que a maioria são
chefes de tribos dentro de vários países da África.
PRÍNCIPE - PRINCESA IMPERIAL
Sua Alteza Imperial (S. A. I.) — utilizado por príncipes ou
princesas pertencentes a uma família imperial. Por exemplo,
na Rússia, filhos e netos do Imperador, em linha masculina,
detinham tal estilo. Já no Brasil, o título era destinado
ao príncipe herdeiro aparente – o Príncipe Imperial do
Brasil – e ao seu primogênito – o Príncipe do Grão-Pará.
Atualmente, tal tratamento é usado por membros da Casa
Imperial do Japão (denka, em japonês), No passado, o
tratamento foi aplicado a membros mais velhos das casas
imperiais francesa, russa, brasileira.
Os arquiduques da Áustria da dinastia de Habsburgo usavam o
tratamento de Alteza Imperial e Real (Kaiserliche und
königliche Hoheit, em alemão). O "real" denotava a condição
de príncipes da Hungria e da Boêmia que eles tinham.
OBS:
Sua Alteza Imperial e Real (S. A. I. R.) — utilizado por
príncipes ou princesas que pertenciam simultaneamente a uma
família imperial e real, como os Arquiduques de Áustria,
por pertencer à Casa Imperial de Áustria e real de Hungria,
ou ao herdeiro do Império alemão, por ser também Príncipe
da Prússia.
PRÍNCIPE - PRINCESA REAL
Sua Alteza Real (S. A. R.) — utilizado por príncipes ou
princesas pertencentes a uma família real, sendo mais comum
aos Herdeiros aparentes.
O Príncipe Real de Portugal é detentor deste do tratamento
de Alteza Real.
Na Espanha os filhos e filhas dos reis e do Príncipe ou
Princesa de Astúrias ostentam o título de Infante de
Espanha, salvo o herdeiro (a) da Coroa, que ostenta o
título de Príncipe de Astúrias. Também podem ostentar o
título de Infante de Espanha as pessoas distintas dos
filhos dos reis, desde que tenha algum parentesco bem
próximo junto ao monarca, que concede este por Via de Graça
e detêm o título vitalício, como é o caso de S. A. R. o
infante de Espanha Dom Carlos de Bourbon-Duas Sicílias, a
quem o rei Dom Juan Carlos I de Espanha concedeu essa
dignidade em 16 de dezembro de 1994. Em ambos os casos (é
dizer, tanto o Príncipe de Astúrias como os infantes de
Espanha), o tratamento é o de Alteza Real.
Este tratamento é a mais antiga variação do tratamento de
Alteza, superando até mesmo em antiguidade o de Alteza
Sereníssima, e o de Alteza Imperial. Por ser usado mais
precisamente por parentes de reis, este tratamento é o mais
desejado tratamento da variação de alteza, por vários
motivos, e até culturais.
OUTRAS FORMAS DE ALTEZA
Sua Alteza Sereníssima (S. A. S.) — Tendo sido usado por
membros de Famílias Nobres Alemãs e por membros Cadetes das
Dinastias da França, Itália e Rússia.
O tratamento é tradicionalmente usado e associado a membros
de famílias nobres, mais respectivamente das principescas
de Mônaco e Liechtenstein, a Casa de Grimaldi e a Casa de
Liechtenstein, respectivamente. Não sendo exclusividade
desta casta da nobreza, a principesca.
Também foi usado por membros de famílias nobres alemãs (até
1917), quando a revolução alemã, varreu a monarquia da
Alemanha; e por membros cadetes das dinastias da França,
Itália e Rússia (durante as monarquias destes três países).
CURIOSIDADE:
Todos os Chefes de Estado franceses (incluindo também todos
os presidentes), são também por validade de antigos
tratados internacionais assinados no século XVI,
estilizados "Alteza Sereníssima", que garantiu a divisão do
co-tratamento com um clérigo católico. Como os termos do
tratado se referem a todos os governantes franceses,
portanto todos os presidentes franceses são também por
direito "Sua Alteza Sereníssima".
De 1853 a 1855, o presidente vitalício do México, Antonio
López de Santa Anna também usou o tratamento oficial de
"Sua Alteza Sereníssima".
Sua Alteza Ilustríssima (S. A. Ilmª.) — utilizado por
descendentes de casamento morganático.
foi um tratamento utilizado no glorioso passado monárquico
por vários membros da aristocracia europeia. Ele provém da
palavra alemã Erlaucht ("ilustre"). Era um estilo usado por
membros de algumas famílias reais, bem como os membros de
algumas famílias comitais.
Por vezes é usado para traduzir a palavra russa
Ssiatelstvo, um estilo utilizado por membros de algumas
famílias da aristocracia russas (também por vezes traduzido
como Alteza Sereníssima).
Sua Alteza Grão-ducal (S.A.G.) - é o tratamento utilizado
antes de príncipe pelos membros não-reinantes de algumas
famílias alemãs, dirigidas por um grão-duque. Ou ainda
pelos descendente de um grão-duque reinante, que não seja o
herdeiro(a), usaria o este estilo. Esta prática foi seguida
pelo acórdão das famílias de Luxemburgo, Hesse, de Baden e
do Reno. Foi um tratamento utilizado por membros de algumas
famílias ducais, tais como as de Nassau e Saxe-Coburgo-Gota
(até 1844).
Sua Alteza Magnífica (S.A.M.) - tratamento usado
exclusivamente na história para classificar os membros da
Casa Principesca e Condal de Galli do Sacro Império Romano-
Germânico e do Reino de Itália. Este tratamento só estava
abaixo do de "Sua Alteza", usado naquela época pelos reis
mais famosos e potentes da europa, como os reis de
Portugal, Inglaterra e França. Demonstrava a imensa
supremacia daquela dinastia, mesmo que ainda estes não
fossem soberanos de algum reino.
Sua Alteza Senhoril (S.A.S.) - estilo de alta honra e
nobreza; estado de elevação de alta classificação.
Alteza Ilustre (A.I.) – Estados principescos de condes e
condessas.
INFANTE – INFANTA
PORTUGAL E ESPANHA
Sua Alteza (S. A.) — utilizado pelos infantes de Portugal e
pelos filhos legítimos segundos do monarca e do herdeiro
presuntivo da Coroa de Portugal, em sentido estrito. Em
sentido lato, ocasionalmente é também utilizado para
designar todos os filhos de monarca, inclusive os que têm
título de príncipe. O título "Infante" foi também
concedido, por decreto, a algumas personalidades que apenas
estavam ligadas por laço de parentesco de 2º ou 3º grau ao
monarca.
Sua Alteza Real (S.A.R.) - Na Espanha os filhos e filhas
dos reis e do Príncipe ou Princesa de Astúrias ostentam o
título de Infante de Espanha, salvo o herdeiro (a) da
Coroa, que ostenta o título de Príncipe de Astúrias. Também
podem ostentar o título de Infante de Espanha as pessoas
distintas dos filhos dos reis, desde que tenha algum
parentesco bem próximo junto ao monarca, que concede este
por Via de Graça e detêm o título vitalício, como é o caso
de S. A. R. o infante de Espanha Dom Carlos de Bourbon-Duas
Sicílias, a quem o rei Dom Juan Carlos I de Espanha10
concedeu essa dignidade em 16 de dezembro de 1994. Em ambos
os casos (é dizer, tanto o Príncipe de Astúrias como os
infantes de Espanha), o tratamento é o de Alteza Real.
ARQUIDUQUE – ARQUIDUQUESA
Sua Alteza Imperial e Real (SAI&R), (em alemão: Kaiserliche
und königliche Hoheit), é um tratamento duplo possuído por
alguém que, através de nascimento, casamento ou outros
detém dois tratamentos individuais, o de Alteza Imperial e
Alteza Real.
Utilizado por príncipes ou princesas que pertenciam
simultaneamente a uma família imperial e real, como os
Arquiduques de Áustria, por pertencer a Casa Imperial de
Áustria e real de Hungria, ou ao herdeiro do Império
alemão, por ser também Príncipe da Prússia.
É o maior tratamento da classe de alteza, é utilizado pelos
membros da dinastia Habsburgo, que utilizam os títulos
Príncipe Imperial e Arquiduque da Áustria e Príncipe Real
de Boemia e da Hungria. Um exemplo disto é o contemporâneo
príncipe Lorenzo da Áustria-Este e dos seus filhos que são
membros da realeza belga, húngara, boemia e da família
imperial austríaca, ao mesmo tempo.
GRÃO-DUQUE E GRÃ-DUQUESA
Sua Alteza Grão-ducal (S.A.G.) - é o tratamento utilizado
antes de príncipe pelos membros não reinantes de algumas
famílias alemãs, dirigidas por um grão-duque. Ou ainda
pelos descendentes de um grão-duque reinante, que não seja
o herdeiro (a), usaria o este estilo. Esta prática foi
seguida pelo acórdão das famílias de Luxemburgo, Hesse, de
Baden e do Reno.
Tratamento utilizado pelos membros não-reinantes de algumas
famílias alemãs, dirigidas por um grão-duque. Nenhuma
família reinante o estilo atualmente, embora tenha sido
utilizado mais recentemente pela irmã mais nova da falecida
grã-duquesa Carlota de Luxemburgo. Desde o casamento desta
última com o príncipe Félix de Bourbon-Parma, todos os seus
descendentes masculinos têm utilizado o estilo Alteza Real.
Grão-duques e grã-duquesas do Império Russo foram os filhos
ou netos do imperador (czar) e usaram o estilo Alteza
Imperial. O grão-duque de Toscana utilizou o estilo de
Alteza Real para si próprio, mas não é claro o estilo dos
outros membros da família que teriam usado na ausência dos
estilos austro-húngaros. Até ao momento, o sistema de
diferentes classes de "altezas" entrou em uso regular para
os parentes dos governantes (no século XIX), os grão-duques
de Toscana também foram membros da Casa de Áustria. Como
tal, tinham o título de arquiduque e usaram o estilo Alteza
Imperial e Real.
Na nobiliarquia, o estilo de Alteza Grão-Ducal estava
abaixo do que Alteza Real e Alteza Imperial, mas mais
elevado do que Sua Alteza Sereníssima. Se uma mulher com o
título de Alteza Real casasse com um homem com o tratamento
de Alteza Grão-Ducal, a mulher teria normalmente de manter
o seu estilo pré-marital. Além disso, se uma mulher com o
tratamento de Alteza Grão-Ducal casasse com um homem com o
título de Alteza Sereníssima, ela iria manter o seu estilo
pré-marital. No entanto, se uma mulher que ostentasse o
estilo de Alteza Grão-Ducal se casar com um homem que
ostentasse o estilo de Alteza Real ou Alteza Imperial ela
faria, sendo coerente com a tradição estabelecida de
conferir estilos, assumir o do seu marido, Alteza Imperial
e Real.
DUQUE - DUQUESA
SUA ALTEZA (S.A.) ou SUA GRAÇA (S.G.), tratamento de
Sua/Vossa Alteza, se membro da família real; se não se
utiliza o tratamento de Sua/Vossa Excelência/Graça: usado
em todas as monarquias com modelos europeus. Ex: Duque de
Vigo. Na Espanha e outros países, nobres de alto escalão
com a classificação mínima de Duque, ou com a dignidade
Grande, são abordados como Sua excelência.
MARQUÊS – MARQUESA
Graça (S.G.) (tratamento de Sua/Vossa Graça/Excelência):
usado em todas as monarquias com modelos europeus. Na
Espanha há a distinção também, entre Marqueses e Marqueses,
com o título Grandeza de Espanha (tratamento de Sua/Vossa
Alteza). Ex: Marquês d'Alegrete.
CONDE – CONDESSA
Conde/condessa (tratamento de Sua/Vossa Graça/Excelência):
usado em todas as monarquias com modelos europeus. Na
Espanha há a distinção também, entre Condes e Condes, com o
título Grandeza de Espanha (tratamento de Sua/Vossa
Alteza). Ex: Conde de Flandres.
Conde-Barão (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria):
título excepcional, criado em Portugal no século XIX para o
Conde-Barão de Alvito.
Visconde/viscondessa (tratamento de Sua/Vossa Graça, na
Espanha Sua/Vossa Excelência): usado em todas as monarquias
com modelos europeus, exceto no Reino Unido, em que é usado
como tratamento aos filhos dos condes, por causa da origem
(vice-conde). Na Espanha há a distinção também, entre
viscondes e viscondes, com Grandeza de Espanha.
BARÃO - BARONESA
Barão/baronesa (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria):
usado em todas as monarquias com modelos europeus. Na
Espanha há a distinção entre Barões e Barões com Grandeza
de Espanha (tratamento de Sua/Vossa Alteza). Ex: Barão de
Richtoffen.
Baronete/baronetesa (tratamento de Sua/Vossa Senhoria):
usado para o filho de um Barão. Usado apenas no Reino
Unido. Não possui predicado, e é simplificado por sir.
COMENDADOR
Cavalheiro Comendador/Dama Comendadora (tratamento de
Sua/Vossa Graça/Senhoria).
SENHOR
SIR
Senhor/Senhora (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria):
sinônimo para barão, usado principalmente na França,
Espanha, Hungria e em alguns países eslavos. Ex: Catherine
Bau, senhora de Gossencourt (séc. XVI).
CAVALEIRO – DAMA
Cavaleiro (Sir) /Dama (tratamento de Sua/Vossa Senhoria):
usado apenas na França e no Reino Unido. É a casta mais
baixa da nobreza britânica. Ex: Sir Winston Churchill.
Dom/dona (tratamento de Sua/Vossa Senhoria): usado em
Portugal e Espanha para denominar os homens com foro de
fidalguia, com ou sem título específico.
Chevalier Cavalheiro, señor ou sir.
CEMAL
Centro de Estudos Monárquicos em Alagoas.
Sir
João Paulo Oliveira S. Santos
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