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Dois vírgula oito bilhões De reais

especial: 11a rodada da aNP

o p i n i ã o Petróleo I gás I biocombustíveis

Ano XIV • maio/jun 2013 • Nº 89 • www.tnpetroleo.com.br

PNg 2013-2017: Petrobras mantém e&P como alicercePernambuco: o polo naval e petrolíferodo Nordestecobertura otc 2013: recorde de visitantes

o círculo virtuoso da disciplina, de Renata Baruzzi, presidente do Centro de Excelência em EPC (CE-EPC)

o desafio de licenciar os blocos da margem equatorial brasileira, por Maria Alice Doria

excelência operacional: obrigatória para empresas de petróleo e gás, por John McCreery, Ethan Phillips, Francesco Cigala e José de Sá

rumo ao sistema submarino de produção de petróleo, por Milton Korn

os desafios e oportunidades para a indústria brasileira do petróleo, por Rodrigo Meyer Bornholdt e Eduardo Teicofski

o shale gas no brasil: uma avaliação de impacto ambiental aplicada ao cenário brasileiro, por Leila Beatriz Silva Cruz e Gabriel Santos Cerqueira

operando como se estivesse 100% lubrificado, por Andreas Goldschmidt e Tobias Gürtler

Entrevista exclusiva

celso magalhães, presidente de Novos Negócios e do Conselho da Georadar

georadar quer navegar em outros mares

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UNIDADES OFFSHORE NA BACIA DE CAMPOS

Denominação Tipo Ínicio da operação

Localização (campo)

Lâmina d’água (metros)

Produção (barris/dia)

Compressão de gás (m³/dia)

P-58 FPSO 2014 Baleia Azul 1.400 180.000 6 milhões

OSX-2 FPSO 2013 Waimea 120 100.000 –

OSX-3 FPSO 2013 Waikiki 120 100.000 –

P-63 FPSO 2013 Papa-Terra 1.165 150.000 1 milhão

P-61 TLWP 2013 Papa-Terra 1.180 – –

P-62 FPSO 2013 Roncador 1.315 180.000 6 milhões

P-55 Semissub 2013 Roncador 1.790 180.000 6 milhões

FPSO Cidade de Anchieta FPSO 2012 Baleia Azul (BES) 800 100.000 2,5 milhões

UMS Cidade de Quissamã Semissub 2011 Marlim (P-37) – – –

FPSO OSX-1 (OGX) FPSO 2011 Waimea 134 80.000 2,5 milhões

Maersk Peregrino (Statoil) FPSO 2011 Peregrino 110 100.000 –

Peregrino A (Statoil) Fixa 2011 Peregrino 110 – –

Peregrino B (Statoil) Fixa 2011 Peregrino 110 – –

UMS Cidade de Arraial do Cabo

Semissub 2011 Cherne – – –

P-56 Semissub 2011 Marlim Sul 1.700 100.000 6 milhões

Frade (Chevron) FPSO 2009 Frade 1.100 100.000 3 milhões

FPSO Cidade de Niterói FPSO 2009 Marlim Leste 1.080 100.000 3,5 milhões

FPSO Cidade Rio das Ostras FPSO 2008 Badejo 95 20.000 –

FSO Cidade de Macaé FSO 2007 Marlim Sul/Marlim Leste/Roncador 105 1,8 milhão –

Polvo (BP) FPSO 2007 Polvo 105 1,8 milhão –

Polvo (BP) Fixa 2007 Polvo 105 60.000 –

P-54 FPSO 2007 Roncador 1.300 180.000 6 milhões

P-53 FPU 2008 Marlim Leste 1.080 190.000 6 milhões

PRA-1 Rebombeio 2007 Marlim Sul 106 750.000 –

FPSO Rio de Janeiro FPSO 2007 Espadarte 1.370 100.000 2.5 milhões

P-51 Semissub 2008 Marlim Sul 1.255 180.000 7 milhões

P-52 Semissub 2007 Roncador 1.800 180.000 9 milhões

P-50 FPSO 2006 Albacora Leste 1.750 180.000 6 milhões

UMS Cidade de Armação dos Búzios

Semissub 2006 Enchova – – –

P-48 FPSO 2005 Caratinga 1.040 150.000 6 milhões

P-47 FPSO 2005 Marlim 960 150.000 3 milhões

P-43 FPSO 2005 Barracuda 820 150.000 6 milhões

FPSO Marlin Sul FPSO 2004 Marlim Sul 1.250 100.000 2,3 milhões

FPSO Fluminense (Shell) FPSO 2003 Bijupirá/Salema 870 70.000 8 milhões

FPSO Brasil FPSO 2003 Roncador 1.360 90.000 3 milhões

SS-06 Semissub 2002 Enchova 120 – –

P-40 Semissub 2001 Marlim Sul 1.080 150.000 6 milhões

P-38 FSO 2001 Marlim Sul 1.030 – –

P-37 FPSO 2000 Marlim 910 150.000 6 milhões

P-35 FPSO 1998 Marlim 850 100.000 3 milhões

P-33 FPSO 1998 Marlim 780 50.000 2,5 milhões

P-32 FPSO 1997 Marlim 1.060 150.000 –

P-31 FPSO 1998 Albacora 330 100.000 2,9 milhões

P-27 Semissub 1998 Voador 533 65.000 2,2 milhões

P-26 Semissub 1997 Marlim 990 100.000 3 milhões

P-25 Semissub 1996 Albacora 575 100.000 6,5 milhões

P-20 Semissub 1992 Marlim 620 50.000 1,2 milhão

P-19 Semissub 1997 Marlim 770 100.000 3 milhões

P-18 Semissub 1994 Marlim 910 100.000 1,9 milhão

P-15 Semissub 1983 Marimbá/Piraúna 242 40,000 1 milhão

P-12 Semissub 1984 Badejo/Linguado/Trilha 103 35.000 900.000

P-09 Semissub 1983 Congro/Corvina/Malhado 230 38.000 550.000

P-08 Semissub 1993 Marimbá 423 60.000 1,6 milhão

P-07 Semissub 1988 Bicudo/Enchova Oeste 209 56.000 900.000

PCE-1 Fixa 1988 Enchova/Bonito 116 60.000 1,1 milhão

PCH-1 Fixa 1984Anequim/Bagre/Cherne/Parati

117 44.000 1,9 milhão

PCH-2 Fixa 1983 Congro/Cherne/Malhado 142 48.000 2 milhões

PCP-1 Fixa 1988 Carapeba 82 – –

PCP-2 Fixa 1988 Carapeba 83 – –

PCP-3 Fixa 1988 Carapeba 82 – –

PGP-1 Fixa 1979 Garoupa/Garoupinha/Viola 120 120.000 650.000

PNA-1 Fixa 1983 Congro/Namorado 145 40.000 3 milhões

PNA-2 Fixa 1984 Namorado 170 60.000 400.000

PPG-1A Fixa 1988 Pargo 101 190.000 700.000

PPM-1 Fixa 1984 Pampo 115 80.000 2,1 milhões

PVM-1 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

PVM-2 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

PVM-3 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

Bacia de Campos Números de abril/2013

Produção média de petróleo e LGN .................1.487.429 barris/diaProdução média de gás natural ..................... 26.710 milhões de m³Produção total em barris equivalentes ................... 1.655.436 boe/dNúmero de poços produtores ..........................................................532Número de poços injetores ...............................................................177Reserva provada total .................................................. 11,6 bilhões boePlataformas fixas ...................................................................................18Plataformas flutuantes ........................................................................40Plataformas em construção ................................................................. 6 Sondas de perfuração ......................48 (4 próprias e 44 afretadas)

Manifolds ................................................................................................ 69Monoboias ................................................................................................. 1Dutos submarinos .....................................................................5 mil kmÁreas de concessão pela ANP ........................................... 10.105 km²Área total ............................................................................... 100 mil km²Frota de barcos de apoio ..................................................................267Frota de helicópteros .......................................................42 aeronavesPassageiros transportados/mês (média) ................................. 50 milTrabalhadores (empregados e terceirizados) ........ cerca de 66 mil

Grau API no petróleo offshore Albacora Leste .................................................................................. 20,0Albacora P-31 .....................................................................................28,3Barracuda P-43 .................................................................................24,9Bijupirá/Salema FPSO Fluminense...............................................28,0Caratinga P-48 ...................................................................................22,4Espadarte .............................................................................................27,1Espadarte FPSO Cidade do Rio de Janeiro ............................... 20,5Espirito Santo .....................................................................................24,8Golfinho FPSO Capixaba (*) ........................................................... 41,0Golfinho FPSO Cidade de Vitória ...................................................27,6Jubarte(**) ......................................................................................... 16,8Marlim Leste Jabuti (FPSO Cidade de Niterói) ............................28,1

Marlim Leste P-53............................................................................. 21,5Marlim P-32 .........................................................................................19,6Marlim P-33 .........................................................................................19,9Marlim P-35 ....................................................................................... 20,0Marlim P-37 ....................................................................................... 22,8Marlim P-47 .........................................................................................19,6Marlim Sul FPSO Marlim Sul ..........................................................23,0Marlim Sul P-38..................................................................................23,1Roncador FPSO Brasil .....................................................................27,0Roncador P-52...................................................................................28,3Roncador P-54 .................................................................................. 18,0Siri FPSO Cidade de Rio das Ostras ............................................. 12,3

Obs.: Quanto maior o grau do API, mais leve e melhor é o óleo – Faixas: maior que 31,1 ºAPI, leve; entre 22,3 e 31,1 ºAPI, médio; abaixo de 22,3 ºAPI, pesado. Geral-mente, óleo com ºAPI entre 40 e 45 graus tem os preços mais altos. Acima de 45 graus a cadeia molecular fica mais curta e com menos valor para as refinarias.

* Corrente oscilará entre estes parâmetros de qualidade até estabilizar-se. | ** Corrente oscilará seus parâmetros em função da incorporação do poço ESS103 (API 29,6). Fonte: Petrobras

Plataforma Fixa ..................

Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO) .........

Unidade Flutuante de Arma-zenamento e Transferência (FSO) ..................................

Semissubmersível ..............

Unidade Flutuante de Produ-ção com Pernas Tensionadas (TLWP) ................................

Unidade de Manutenção eSegurança (UMS) ................

Unidade de Processamentoe Compressão de GN ...........

GasodutoOleoduto

Legendas

Produção, Armazenamento e

..............

Porto de Imbetiba, Macaé Área .................................... 55.000 m²

Cais do Porto3 piers .....................................6 berçosComprimento ............................... 90 mLargura ..........................................15 mCalado máximo .............................. 8 mDeadweight máximo ...........5.000 tonAtracações ............................ 440/mês

Capacidade de estocagemágua: 6.000 m³; óleo: 4.620 m³; granéis: 33.000 m³

Barcos de apoio em operação no Brasil

Total: 429 embarcações, das quais 50 atendem outras companias fora da Petrobras – Fonte: Abeam, julho de 2012 AHTS (Anchor Handling and Tug Supply): manuseio de âncoras, reboque e suprimento; PSV (Platform Supply Vessel): embarcação de suprimento às plataformas; RSV (ROV Support Vessel): embarcacões equipadas com veículo de operação remota; MS: mini supridor; LH (Linehandling): manuseio de espias; Crewboat: transporte de tripulantes para as plataformas; OSRV (Oil Spill Response Vessel): combate a derramamento de óleo; WSV (Well Stimulation Vessel): estimulação de poços; PLSV (Pipe Laying Support Vessel): construção e lançamento de linhas; DSV (Diving Support Vessel): embarcações de suporte ao mergulho.

Tipo Bandeira AHTS PSV DSV/RSV Mini Supply LH/SV Crew Boat OSRV WSV PLSVBrasileira 17 89 4 1 51 17 12 2 2Estrangeira 84 98 13 4 4 10 9 2 10TOTAL 101 187 17 5 65 21 21 4 12

Maiores poços produtores (BOE)Posição Campo Poço* Prod. boe/d

1 LULA** 7LL3DRJS 29.2732 BALEIA AZUL 7BAZ4ESS 28.4923 LULA** 9BRSA716RJS 26.3934 MARLIM SUL 7MLS157HRJS 24.3055 LULA** 3BRSA496RJS 23.7936 MARLIM SUL 7MLS189HPRJS 21.7247 JUBARTE 7JUB34HESS 21.4548 JUBARTE 6BRSA639ESS 20.7419 MARLIM SUL 7MLS209HARJS 20.107

10 MARLIM SUL 7MLS159HPRJS 20.03811 MARLIM LESTE 7MLL10HPRJS 19.76512 MARLIM LESTE 6BRSA817RJS 18.33413 CACHALOTE 7CHT7HPESS 17.90714 MARLIM SUL 7MLS163HPRJS 17.07515 RONCADOR 7RO41DRJS 16.74716 MARLIM SUL 7MLS153HRJS 16.50217 LULA** 9BRSA908DRJS 16.42018 BALEIA AZUL 6BRSA631DBESS 16.08319 MARLIM LESTE 3BRSA1017DRJS 15.18520 BALEIA AZUL 7BAZ6ESS 14.895

* Nome do poço pela ANP** Localizado na Bacia de Santos

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

Dez maiores produtores de petróleo e gás no BrasilPosição Concessionário Petróleo (bbl/d) Gás Natural (Mm³/d) Produção (boe/d)1 PETROBRAS 1.749.884 67.439,4 2.174.0782 BG BRASIL 31.013 1.234,7 38.7793 QUEIROZ GALVÃO 319 2.957,0 18.9194 SHELL BRASIL 16.295 246,8 17.8475 REPSOL 11.695 333,7 13.7946 PETROGAL BRASIL 9.743 422,4 12.4007 OGX MARANHÃO 0 1.631,5 10.2628 BP ENERGY 8.203 24,8 8.3599 OGX 8.027 40,5 8.28210 MAERSK ENERGIA 5.468 16,5 5.572

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

0 9,5 19 km

GASDUC IIIDiâmetro: 38”Extensão: 183 kmVazão: 40 milhões m³/d

GASCAVDiâmetro: 28”Extensão: 300 kmVazão: 20 milhões m³/d

GASDUC IIDiâmetro: 20”Extensão: 182 kmVazão: 18 milhões m³/d

OSDUC II (GLP)Diâmetro: 10”Extensão: 180 kmVazão: 7 milhões m³/d

OSDUC IV (LGN)Diâmetro: 16”Extensão: 183 kmVazão: 15 milhões m³/d

CABIÚNASCapacidade: 15 milhões m³/dObs.: considerado o maior pólo processador de gás natural do Brasil

População ........................................217.951 Área ...............................................1.216 km² Densidade demográfica ........179,25 hab/km² Empresas instaladas ........................... 5,3 mil Trabalhadores ativos .......................... 110 milSalário médio mensal ....................R$ 4,6 mil Royalties ............................... R$ 160 milhõesPIB (IBGE/2010) .............. R$ 11.267 976,990PIB per capita .......................... R$ 54.501,02Rodovias de acesso ....BR-101, RJ-168 e RJ-106

Fonte: IBGE, dezembro de 2012

Indícios de hidrocarbonetos constatados

Campo/Bloco Nome Poço ANP Notificação de Indícios de Hidrocarbonetos

Fluidos Lâmina d’água (m)

C-M-471 1BP8DRJS 17/05/2013 Petróleo 2.416C-M-471 1BP8DRJS 23/04/2013 Petróleo 2.416ALBACORA 3BRSA1123RJS 22/04/2013 Petróleo 542C-M-560 3OGX109RJS 09/04/2013 Petróleo 133S-M-623 1BRSA1063SPS 28/03/2013 Petróleo 1.871VOADOR 3BRSA1117DRJS 28/03/2013 Petróleo 665C-M-560 1OGX104RJS 29/01/2013 Petróleo 133

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

Declaração de comercialidade da Bacia de CamposBloco Campo Anexado DataC-M-592 Tubarão Tigre NÃO 11/03/2013C-M-592 Tubarão Gato NÃO 11/03/2013C-M-592 Tubarão Areia NÃO 11/03/2013C-M-401 Tartaruga Mestiça NÃO 28/12/2012C-M-401 Tartaruga Verde NÃO 28/12/2012C-M-592 Tubarão Azul NÃO 09/05/2012C-M-466 Tubarão Martelo NÃO 19/04/2012

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013* Pbio = Petrobras Biocombustíveis • ETM = Engenharia, Tecnologia e Materiais • Outras Áreas = Financeiro, Estratégia e Corporativo-ServiçosFase I: Identificação da Oportunidade; Fase II: Projeto Conceitual; Fase III: Projeto Básico; Fase IV: Execução e Obras

Em ImplantaçãoTodos os projetos de E&P no Brasil e os projetos dos demais segmentos que se encontram em Fase IV

US$ 207,1 bilhões770 projetos

Em AvaliaçãoProjetos dos demais segmentos, que nãoE&P, atualmente em Fase I, II e III.

US$ 29,6 bilhões177 projetos

Investimentos: Implantação x Avaliação

US$ 236,7 bilhões947 projetos

E&P

Downstream

G&E

Internacional

Pbio*

Distribuição

ETM*

Demais Áreas*

1,5% (US$ 1,9 bilhão)

1,1% (US$ 3,0 bilhões)0,5% (US$ 1,0 bilhão)0,5% (US$ 1,1 bilhão)

1% (US$ 0.3 bilhões)

1,4% (US$ 3,5 bilhões)

2,9% (US$ 3,7 bilhões)

27.4%US$ 64.8 bilhões

62,3%US$ 147.5 bilhões

0,4% (US$ 1,0 bilhão)

1,0% (US$ 2,3 bilhão) 1,1% (US$ 2,9 bilhão)

1,4% (US$ 3,2 bilhão)

2,2% (US$ 5,1 bilhões)

4,2% (US$ 9,9 bilhões)

20,9%US$ 43,2 bilhões

71,2%US$ 147,5 bilhões

73%US$ 21,7 bilhões

13,5%US$ 4 bilhões

6,4%US$ 1,9 bilhões

6,1%US$ 1.8 bilhões

Plano de Negócios e Gestão 2013-2017

Piloto SaPinhoá

Cidade de São Paulo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Cidade de anchieta

Baleia azul

Piloto lula noRDeSte

lula noRte

FRanCo 1

CaRioCa

lula Sul

FRanCo SW

Cidade de Paraty

P-67**

P-74***

P-66**

P-68**

P-72**

P-77***

P-70**

a contratar*

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a contratara contratar

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P-75***

PaPa-teRRa

PaPa-teRRa

P-63

Baúna

iaRa nW

ne De tuPi

Cidade de itajaí

RonCaDoR iii

P-61 (tlWP)

P-55

iRaCema noRteiRaCema Sul

lula alto

CaRCaRá

FRanCo leSte

eSPaDaRte i

Bonito

FloRim

lula exteRno Sul

Sul PaRque DaS BaleiaS

Se áGuaSPRoFunDaS

maRomBa

JuPiteR

eSPaDaRte iii

2,0milhões bpd

2,5milhões bpd

2,75milhões bpd

4,2 milhões bpd

2,0 2%milhões bpd

Pós-Sal, pré-Sal, Cessão onerosa e curva de produçãoProdução de óleo e Gnl

noRte PaRqueBaleiaS

RonCaDoR iV

SaPinhoá noRte

Cidade de ilhabela

Cidade de itaguaíCidade de mangaratiba

P-58

Pós-Sal Pré-Sal Cessão onerosa

P-62

(*) unidades em fase final de contratação (**) Casco com construção no estaleiro Rio Grande (RS) (***) Casco com conversão no estaleiro inhaúma (RJ)

25 novas unidades de produção entrarão em operação no período 2013-17 ou 38 novas uePs entrarão em operação no período 2013-20

24 unidades contratadas e 15 a contratar entre 2013-2017

lula CentRal

FRanCo nW

entoRno De iaRa

PaRque DoSDoCeS

iaRa hoRSt

taRtaRuGaVeRDe e meStiÇa

P-73**

P-71**

P-76***

FRanCo Sul

P-69**

lula oeSte

NAVEGANTES

ITANHAÉM

SANTOS

ITAJAÍ

JACAREPAGUÁ

CABO FRIO

MACAÉ

SÃO TOMÉ

VITÓRIA

CPVV

ITAPEMIRIM

PORTO DO RIOITAGUAÍ

Aeroportos Portos (apoio offshore)

VITÓRIA SÃO TOMÉ MACAÉ CABO FRIO JACAREPAGUÁ ITAGUAÍ (2016) SANTOS (2015) ITANHAÉM NAVEGANTES

CPVV

ITAPEMIRIM (2015)

MACAÉ

PORTO DO RIO

ITAGUAÍ (2016)

SANTOS (2015)

ITAJAÍ

Garoupa ....................................................... 142Enchova ....................................................... 114Pampo .......................................................... 114Roncador .................................................... 200Albacora Leste ............................................198Marlim Leste .............................................. 145Marlim Sul .................................................. 182Tupi ..............................................................320

Distâncias médias entre a costa (Macaé) e os principais campos em produção (km)

BACIA DE CAMPOS

Bacia de Santos

Bacia do Espírito SantoAPOIO

LOGÍSTICO

52 TN Petróleo 89

PNG 2013-2017

Bacia de Campos2012

7276

81

88 90 90

949494949392

Eficiência UO-BC

Realizado Metas PROEF

Efic

iênc

ia O

pera

cion

al (%

)

PROEF: Programa Passa a Contemplar a UO-RIO

Eficiência UO-RIO

2013 2014 2015 2016 2017

Projeto Roncador Módulo III (primeiro óleo em 30/09); FPSO P-58, no Parque das Baleias (primeiro óleo em 30/11); e P-61, a primeira plataforma do tipo TLWP (Tension-Leg Wellhead Platform) a ser utilizada no Brasil, que será conectada a uma FPSO (primeiro óleo em 31/12).

Para 2014 a Petrobras tem três unidades previstas: P-62, em Roncador módulo IV (primeiro óleo em março); FPSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte (primeiro óleo em setembro); e FPSO Cidade de Mangaratiba,

em Iracema Sul (primeiro óleo em novembro). Segundo Formi-gli, elas estão bem adiantadas e seguem o cronograma acordado.

A elevação mais acentuada da curva de produção da Petro-bras é vista em 2017, quando deverá chegar a 2,75 milhões de barris de petróleo por dia. “Tere-mos a partir de 2016 um esforço de implantação de unidades similar ao que estamos fazendo em 2013. Serão sete unidades de grande porte que entrarão em operação no mesmo ano”, afir-mou, referindo-se à P-68 (Lula

Ext. Sul), P-69 (Lula Oeste), P-76 (Franco Sul), Tartaruga Verde e Mestiça, P-70 (Iara Horst), Parque dos Doces e P-77 (Franco Noroeste). “E teremos mais dois anos seguidos com um conjunto significativo de unidades, em torno de sete por ano, para que a gente tenha o suporte da curva de produção crescente até atingir os 4,2 milhões de barris em 2020, mais um milhão de barris de óleo equivalente da produção de gás”, concluiu, acrescentando o valor da produção operada para parceiros – em 2020 chega a 753 mil barris de óleo por dia.

Novo programa: PRC-PoçoCom o intuito de otimizar os

gastos nas construções de poços submarinos, administrando as-sim as atividades das 69 sondas espalhadas desde a Margem Equatorial até a costa de Santa Catarina, a Petrobras criou, em novembro de 2012, o Programa de Redução de Custos de Poços (PRC-Poço). Esse programa, que de acordo com Graça Foster trata diretamente do capex (montante investido na aquisição de bens de capital), representa hoje 51% dos investimentos do E&P, ou seja, US$ 75 bilhões, e 32% dos investimentos de todo o PNG.

Segundo Formigli, ele é estruturado em três frentes de trabalho: reduzir custos unitários (estratégia de ida ao mercado para aumentar competitividade e redução de preços), otimizar escopos de projetos (realizar o poço da forma mais econômica possível, pedindo informações estritamente necessárias), e

SUL DE TUPI / 4-RJS-1047

PAD IARA / 3-RJS-706

SUL GUARÁ / 1-SPS-96

Sucesso Exploratório e Aumento das Reservas

Oceano Atlântico

BrasilBacia de Campos

Bacia de Santos

Bacia do Espírito Santo

Janeiro/2012 e Fevereiro/2013

BrasilDescobertas: 53• Offshore: 25• Onshore: 28Índice de Sucesso Exploratório: 64%Reservas: 15,7 bilhões de boeIRR¹: 103% pelo 21º ano consecutivoR/P²: 19,3 anos

Pré-SalDescobertas: 15• Pioneiros: 8Índice de Sucesso Exploratório: 82%Reservas: 300 km da região SE, 55% do PIB

¹IRR: Índice de Reposição de Reservas²R/P: Razão Reserva/Produção

TN Petróleo 89 53

petrobras mantém E&P como alicerce

Investimentos em Poços Explora-tórios e de

Desenvolvimento da Produçãosomam US$ 75 bilhões

Infraestrutura e Suporte

ExPloração

DESENvolvImENTo Da ProDução

E&P

Demais Áreas

236,7

147,5

106,9

89,2

147,5

InvestimentosPNG 2013-2017

Investimentosem E&P Brasil

16,324,3

Construção de Poços Compõe Parcela relevante dos Investimentos

PRC-Poço: Programa de Redução de Custos de Poços

Aumento da frota de sondas e recursos de logística•Petrobras currently

has 69 floating drilling rigs for well constuction and maintenance in Brazil

A Construção de Poços representa:•32% dos investimentos

da Petrobras no PNG 2013-2017

•51% dos investimentos em E&P no Brasil

buscar ganhos de produtividade (buscar eficiência). “Não adian-ta ter as unidades de produção sem os poços e sem as interliga-ções submarinas. E esses poços representam muito dinheiro... Colocamos esse programa com a mesma cara dos outros (Proef, Procop, Infralog e Prodesin), até porque existe uma metodologia que faz com que a empresa toda rode no mesmo ritmo e velocida-de”, afirmou Formigli.

“Vamos trabalhar em cima do que é pedido, em cima do preço, mas também a eficiên-cia. Isso é trabalhado junto ao pessoal de poços marítimos e também existirá na área terrestre, dentro das melho-res práticas de segurança e qualidade. Dentro dos projetos que já mapeamos e colocamos em carteira, identificamos potencial de ganho de US$ 1,4

bilhão, que já está incorpora-do nessa carteira do PNG. O potencial eu posso dizer para vocês que é bem maior”, con-cluiu Formigli.

Disciplina de projetosMantendo a gestão integrada

do portfólio a Petrobras continua a ter projetos em implantação e em avaliação, e segundo a

Marlim Sul

Mandarim

Rio de Janeiro

Oceano Atlântico

Marlim Leste

Marlim

Voador

MoreiaPargo

Viola

Carapeba

Garoupinha

Garoupa

Parati

AnequimBagre

Cherne

Malhado

CongroCorvina

Salema

BijupiráMarimbá

Espadarte

PiraúnaEnchova

Enchova Oeste

Bonito

Bicudo

Pampo

Linguado

1-RJS-485

Polvo

Peregrino

Tubarão Martelo

Maromba

Waimea

Tubarão TigreTubarão GatoTubarão AreiaTubarão Azul

BM-S-44Petrobras

BM-C-42OGX

BM-C-41OGX

BM-C-40OGX

BM-C-39OGX

BM-C-38Maersk Oil

BM-C-37Maersk Oil

BM-C-47Statoil

BM-C-45Starfish

BM-C-43OGX BM-C-46

Starfish

BM-C-44Petrobras

BM-C-35Petrobras

BM-C-36Petrobras

BM-C-36Petrobras

BM-C-28Petrobras

BM-C-29Anadarko

BM-C-30Anadarko

BM-C-32BP

FPSO Capixaba

FPSO Espírito Santo

FPSO Cidade de Anchieta

P-57

P-34

FPSO Frade

P-54

P-50

FPSO Brasil

P-62

P-31FPSO Cidade de Macaé

PRA-1PPG-1

PGP-1

PVM-2

PCP-2PCP-1

PNA-2

PCH-2

PPM-1

Polvo A

Peregrino B

Peregrino A

FPSO Maersk Peregrino

FPSOPolvo

FPSOOSX-1

P-63 TLWP P-61

P-09P-40

FPSO Marlim Sul

FPSO Cidade de Niterói

P-37

P-35

P-47

P-32 P-33

P-08

P-51 P-56

P-19P-20

P-27P-18

P-26

P-07

P-12

P-15SS-06

FPSO Fluminense

P-43

P-38

P-48

P-53

FPSO Rio de Janeiro

FPSO Rio das Ostras

PCH-1

UMS Cidade de Arraial do Cabo UMS Cidade

de Quissamã

UMS Cidade Armação de Búzios

PNA-1

PCP-3

PVM-3

P-52

P-55

P-25

BM-C-31Petrobras

BM-C-26Petrobras

BM-C-27Petrobras

BM-C-27Petrobras

Barra do Furado

Gasoduto de 12” (extensão 95 km)

Gasoduto de 20” (extensão 87 km; vazão 4,7 milhões m3 por dia)

Oleoduto de 22” (extensão 84 km; vazão 17 mil m3 por dia)

Gasoduto de 12” (extensão 84 km; vazão 2,2 milhões m3 por dia)

Gasoduto de 18” (extensão: 113 km;

vazão nominal: 4,25 milhões m3 por dia)

Oleoduto de 24” (extensão 82 km; vazão nominal:22,8 mil m3 por dia)

Campos

Lagoa Feia

GASENE

GASCAV

GASCAB 1

OCAB 1

OSDUC IV

OSDUC II

GASDUC IIIGASDUC II

Macaé

Rio das Ostras

Armação de Búzios

Alcalis

Cabo Frio

Arraial do Cabo

Quissamã

Cabiúnas

Carapebus

BM-C-25Petrobras

BM-C-34BP

BM-C-33Repsol YPF

Papa-Terra

Carataí

Carapicu

Tartaruga Verde

Tartaruga Mestiça

Xerelete Pão de Açúcar

Seat

Gávea

Xerelete Sul

Badejo

Namorado

Vermelho

Albacora

Albacora Leste

Roncador

Frade

1-RJS-511

Catuá

Abalone

Ostra

Pirambu

Baleia Azul

Baleia Franca

Baleia Anã

Caxaréu

Mangangá

Nautilus

Jubarte

CachaloteArgonauta

Caratinga

Barracuda

Encarte Especial Revista TN Petróleo nº 89 Mais de 80% de óleo e gás no Brasil, 36 anos de desafios e US$ 84 bilhões no PNG 2013-2017

Revista Brasileira de TECNOLOGIA e NEGÓCIOS de Petróleo, Gás, Petroquímica, Química Fina e Biocombustíveis

Infraestrutura e LogísticaFonte: MME, ANP, IBGE, IBP, Petrobras, Transpetro, BP, Shell, OGX, Statoil, Starfish, Mäersk Oil, Repsol YPF, Abeam, Google

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CM

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CMY

K

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UNIDADES OFFSHORE NA BACIA DE CAMPOS

Denominação Tipo Ínicio da operação

Localização (campo)

Lâmina d’água (metros)

Produção (barris/dia)

Compressão de gás (m³/dia)

P-58 FPSO 2014 Baleia Azul 1.400 180.000 6 milhões

OSX-2 FPSO 2013 Waimea 120 100.000 –

OSX-3 FPSO 2013 Waikiki 120 100.000 –

P-63 FPSO 2013 Papa-Terra 1.165 150.000 1 milhão

P-61 TLWP 2013 Papa-Terra 1.180 – –

P-62 FPSO 2013 Roncador 1.315 180.000 6 milhões

P-55 Semissub 2013 Roncador 1.790 180.000 6 milhões

FPSO Cidade de Anchieta FPSO 2012 Baleia Azul (BES) 800 100.000 2,5 milhões

UMS Cidade de Quissamã Semissub 2011 Marlim (P-37) – – –

FPSO OSX-1 (OGX) FPSO 2011 Waimea 134 80.000 2,5 milhões

Maersk Peregrino (Statoil) FPSO 2011 Peregrino 110 100.000 –

Peregrino A (Statoil) Fixa 2011 Peregrino 110 – –

Peregrino B (Statoil) Fixa 2011 Peregrino 110 – –

UMS Cidade de Arraial do Cabo

Semissub 2011 Cherne – – –

P-56 Semissub 2011 Marlim Sul 1.700 100.000 6 milhões

Frade (Chevron) FPSO 2009 Frade 1.100 100.000 3 milhões

FPSO Cidade de Niterói FPSO 2009 Marlim Leste 1.080 100.000 3,5 milhões

FPSO Cidade Rio das Ostras FPSO 2008 Badejo 95 20.000 –

FSO Cidade de Macaé FSO 2007 Marlim Sul/Marlim Leste/Roncador 105 1,8 milhão –

Polvo (BP) FPSO 2007 Polvo 105 1,8 milhão –

Polvo (BP) Fixa 2007 Polvo 105 60.000 –

P-54 FPSO 2007 Roncador 1.300 180.000 6 milhões

P-53 FPU 2008 Marlim Leste 1.080 190.000 6 milhões

PRA-1 Rebombeio 2007 Marlim Sul 106 750.000 –

FPSO Rio de Janeiro FPSO 2007 Espadarte 1.370 100.000 2.5 milhões

P-51 Semissub 2008 Marlim Sul 1.255 180.000 7 milhões

P-52 Semissub 2007 Roncador 1.800 180.000 9 milhões

P-50 FPSO 2006 Albacora Leste 1.750 180.000 6 milhões

UMS Cidade de Armação dos Búzios

Semissub 2006 Enchova – – –

P-48 FPSO 2005 Caratinga 1.040 150.000 6 milhões

P-47 FPSO 2005 Marlim 960 150.000 3 milhões

P-43 FPSO 2005 Barracuda 820 150.000 6 milhões

FPSO Marlin Sul FPSO 2004 Marlim Sul 1.250 100.000 2,3 milhões

FPSO Fluminense (Shell) FPSO 2003 Bijupirá/Salema 870 70.000 8 milhões

FPSO Brasil FPSO 2003 Roncador 1.360 90.000 3 milhões

SS-06 Semissub 2002 Enchova 120 – –

P-40 Semissub 2001 Marlim Sul 1.080 150.000 6 milhões

P-38 FSO 2001 Marlim Sul 1.030 – –

P-37 FPSO 2000 Marlim 910 150.000 6 milhões

P-35 FPSO 1998 Marlim 850 100.000 3 milhões

P-33 FPSO 1998 Marlim 780 50.000 2,5 milhões

P-32 FPSO 1997 Marlim 1.060 150.000 –

P-31 FPSO 1998 Albacora 330 100.000 2,9 milhões

P-27 Semissub 1998 Voador 533 65.000 2,2 milhões

P-26 Semissub 1997 Marlim 990 100.000 3 milhões

P-25 Semissub 1996 Albacora 575 100.000 6,5 milhões

P-20 Semissub 1992 Marlim 620 50.000 1,2 milhão

P-19 Semissub 1997 Marlim 770 100.000 3 milhões

P-18 Semissub 1994 Marlim 910 100.000 1,9 milhão

P-15 Semissub 1983 Marimbá/Piraúna 242 40,000 1 milhão

P-12 Semissub 1984 Badejo/Linguado/Trilha 103 35.000 900.000

P-09 Semissub 1983 Congro/Corvina/Malhado 230 38.000 550.000

P-08 Semissub 1993 Marimbá 423 60.000 1,6 milhão

P-07 Semissub 1988 Bicudo/Enchova Oeste 209 56.000 900.000

PCE-1 Fixa 1988 Enchova/Bonito 116 60.000 1,1 milhão

PCH-1 Fixa 1984Anequim/Bagre/Cherne/Parati

117 44.000 1,9 milhão

PCH-2 Fixa 1983 Congro/Cherne/Malhado 142 48.000 2 milhões

PCP-1 Fixa 1988 Carapeba 82 – –

PCP-2 Fixa 1988 Carapeba 83 – –

PCP-3 Fixa 1988 Carapeba 82 – –

PGP-1 Fixa 1979 Garoupa/Garoupinha/Viola 120 120.000 650.000

PNA-1 Fixa 1983 Congro/Namorado 145 40.000 3 milhões

PNA-2 Fixa 1984 Namorado 170 60.000 400.000

PPG-1A Fixa 1988 Pargo 101 190.000 700.000

PPM-1 Fixa 1984 Pampo 115 80.000 2,1 milhões

PVM-1 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

PVM-2 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

PVM-3 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

Bacia de Campos Números de abril/2013

Produção média de petróleo e LGN .................1.487.429 barris/diaProdução média de gás natural ..................... 26.710 milhões de m³Produção total em barris equivalentes ................... 1.655.436 boe/dNúmero de poços produtores ..........................................................532Número de poços injetores ...............................................................177Reserva provada total .................................................. 11,6 bilhões boePlataformas fixas ...................................................................................18Plataformas flutuantes ........................................................................40Plataformas em construção ................................................................. 6 Sondas de perfuração ......................48 (4 próprias e 44 afretadas)

Manifolds ................................................................................................ 69Monoboias ................................................................................................. 1Dutos submarinos .....................................................................5 mil kmÁreas de concessão pela ANP ........................................... 10.105 km²Área total ............................................................................... 100 mil km²Frota de barcos de apoio ..................................................................267Frota de helicópteros .......................................................42 aeronavesPassageiros transportados/mês (média) ................................. 50 milTrabalhadores (empregados e terceirizados) ........ cerca de 66 mil

Grau API no petróleo offshore Albacora Leste .................................................................................. 20,0Albacora P-31 .....................................................................................28,3Barracuda P-43 .................................................................................24,9Bijupirá/Salema FPSO Fluminense...............................................28,0Caratinga P-48 ...................................................................................22,4Espadarte .............................................................................................27,1Espadarte FPSO Cidade do Rio de Janeiro ............................... 20,5Espirito Santo .....................................................................................24,8Golfinho FPSO Capixaba (*) ........................................................... 41,0Golfinho FPSO Cidade de Vitória ...................................................27,6Jubarte(**) ......................................................................................... 16,8Marlim Leste Jabuti (FPSO Cidade de Niterói) ............................28,1

Marlim Leste P-53............................................................................. 21,5Marlim P-32 .........................................................................................19,6Marlim P-33 .........................................................................................19,9Marlim P-35 ....................................................................................... 20,0Marlim P-37 ....................................................................................... 22,8Marlim P-47 .........................................................................................19,6Marlim Sul FPSO Marlim Sul ..........................................................23,0Marlim Sul P-38..................................................................................23,1Roncador FPSO Brasil .....................................................................27,0Roncador P-52...................................................................................28,3Roncador P-54 .................................................................................. 18,0Siri FPSO Cidade de Rio das Ostras ............................................. 12,3

Obs.: Quanto maior o grau do API, mais leve e melhor é o óleo – Faixas: maior que 31,1 ºAPI, leve; entre 22,3 e 31,1 ºAPI, médio; abaixo de 22,3 ºAPI, pesado. Geral-mente, óleo com ºAPI entre 40 e 45 graus tem os preços mais altos. Acima de 45 graus a cadeia molecular fica mais curta e com menos valor para as refinarias.

* Corrente oscilará entre estes parâmetros de qualidade até estabilizar-se. | ** Corrente oscilará seus parâmetros em função da incorporação do poço ESS103 (API 29,6). Fonte: Petrobras

Plataforma Fixa ..................

Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO) .........

Unidade Flutuante de Arma-zenamento e Transferência (FSO) ..................................

Semissubmersível ..............

Unidade Flutuante de Produ-ção com Pernas Tensionadas (TLWP) ................................

Unidade de Manutenção eSegurança (UMS) ................

Unidade de Processamentoe Compressão de GN ...........

GasodutoOleoduto

Legendas

Produção, Armazenamento e

..............

Porto de Imbetiba, Macaé Área .................................... 55.000 m²

Cais do Porto3 piers .....................................6 berçosComprimento ............................... 90 mLargura ..........................................15 mCalado máximo .............................. 8 mDeadweight máximo ...........5.000 tonAtracações ............................ 440/mês

Capacidade de estocagemágua: 6.000 m³; óleo: 4.620 m³; granéis: 33.000 m³

Barcos de apoio em operação no Brasil

Total: 429 embarcações, das quais 50 atendem outras companias fora da Petrobras – Fonte: Abeam, julho de 2012 AHTS (Anchor Handling and Tug Supply): manuseio de âncoras, reboque e suprimento; PSV (Platform Supply Vessel): embarcação de suprimento às plataformas; RSV (ROV Support Vessel): embarcacões equipadas com veículo de operação remota; MS: mini supridor; LH (Linehandling): manuseio de espias; Crewboat: transporte de tripulantes para as plataformas; OSRV (Oil Spill Response Vessel): combate a derramamento de óleo; WSV (Well Stimulation Vessel): estimulação de poços; PLSV (Pipe Laying Support Vessel): construção e lançamento de linhas; DSV (Diving Support Vessel): embarcações de suporte ao mergulho.

Tipo Bandeira AHTS PSV DSV/RSV Mini Supply LH/SV Crew Boat OSRV WSV PLSVBrasileira 17 89 4 1 51 17 12 2 2Estrangeira 84 98 13 4 4 10 9 2 10TOTAL 101 187 17 5 65 21 21 4 12

Maiores poços produtores (BOE)Posição Campo Poço* Prod. boe/d

1 LULA** 7LL3DRJS 29.2732 BALEIA AZUL 7BAZ4ESS 28.4923 LULA** 9BRSA716RJS 26.3934 MARLIM SUL 7MLS157HRJS 24.3055 LULA** 3BRSA496RJS 23.7936 MARLIM SUL 7MLS189HPRJS 21.7247 JUBARTE 7JUB34HESS 21.4548 JUBARTE 6BRSA639ESS 20.7419 MARLIM SUL 7MLS209HARJS 20.107

10 MARLIM SUL 7MLS159HPRJS 20.03811 MARLIM LESTE 7MLL10HPRJS 19.76512 MARLIM LESTE 6BRSA817RJS 18.33413 CACHALOTE 7CHT7HPESS 17.90714 MARLIM SUL 7MLS163HPRJS 17.07515 RONCADOR 7RO41DRJS 16.74716 MARLIM SUL 7MLS153HRJS 16.50217 LULA** 9BRSA908DRJS 16.42018 BALEIA AZUL 6BRSA631DBESS 16.08319 MARLIM LESTE 3BRSA1017DRJS 15.18520 BALEIA AZUL 7BAZ6ESS 14.895

* Nome do poço pela ANP** Localizado na Bacia de Santos

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

Dez maiores produtores de petróleo e gás no BrasilPosição Concessionário Petróleo (bbl/d) Gás Natural (Mm³/d) Produção (boe/d)1 PETROBRAS 1.749.884 67.439,4 2.174.0782 BG BRASIL 31.013 1.234,7 38.7793 QUEIROZ GALVÃO 319 2.957,0 18.9194 SHELL BRASIL 16.295 246,8 17.8475 REPSOL 11.695 333,7 13.7946 PETROGAL BRASIL 9.743 422,4 12.4007 OGX MARANHÃO 0 1.631,5 10.2628 BP ENERGY 8.203 24,8 8.3599 OGX 8.027 40,5 8.28210 MAERSK ENERGIA 5.468 16,5 5.572

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

0 9,5 19 km

GASDUC IIIDiâmetro: 38”Extensão: 183 kmVazão: 40 milhões m³/d

GASCAVDiâmetro: 28”Extensão: 300 kmVazão: 20 milhões m³/d

GASDUC IIDiâmetro: 20”Extensão: 182 kmVazão: 18 milhões m³/d

OSDUC II (GLP)Diâmetro: 10”Extensão: 180 kmVazão: 7 milhões m³/d

OSDUC IV (LGN)Diâmetro: 16”Extensão: 183 kmVazão: 15 milhões m³/d

CABIÚNASCapacidade: 15 milhões m³/dObs.: considerado o maior pólo processador de gás natural do Brasil

População ........................................217.951 Área ...............................................1.216 km² Densidade demográfica ........179,25 hab/km² Empresas instaladas ........................... 5,3 mil Trabalhadores ativos .......................... 110 milSalário médio mensal ....................R$ 4,6 mil Royalties ............................... R$ 160 milhõesPIB (IBGE/2010) .............. R$ 11.267 976,990PIB per capita .......................... R$ 54.501,02Rodovias de acesso ....BR-101, RJ-168 e RJ-106

Fonte: IBGE, dezembro de 2012

Indícios de hidrocarbonetos constatados

Campo/Bloco Nome Poço ANP Notificação de Indícios de Hidrocarbonetos

Fluidos Lâmina d’água (m)

C-M-471 1BP8DRJS 17/05/2013 Petróleo 2.416C-M-471 1BP8DRJS 23/04/2013 Petróleo 2.416ALBACORA 3BRSA1123RJS 22/04/2013 Petróleo 542C-M-560 3OGX109RJS 09/04/2013 Petróleo 133S-M-623 1BRSA1063SPS 28/03/2013 Petróleo 1.871VOADOR 3BRSA1117DRJS 28/03/2013 Petróleo 665C-M-560 1OGX104RJS 29/01/2013 Petróleo 133

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

Declaração de comercialidade da Bacia de CamposBloco Campo Anexado DataC-M-592 Tubarão Tigre NÃO 11/03/2013C-M-592 Tubarão Gato NÃO 11/03/2013C-M-592 Tubarão Areia NÃO 11/03/2013C-M-401 Tartaruga Mestiça NÃO 28/12/2012C-M-401 Tartaruga Verde NÃO 28/12/2012C-M-592 Tubarão Azul NÃO 09/05/2012C-M-466 Tubarão Martelo NÃO 19/04/2012

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013* Pbio = Petrobras Biocombustíveis • ETM = Engenharia, Tecnologia e Materiais • Outras Áreas = Financeiro, Estratégia e Corporativo-ServiçosFase I: Identificação da Oportunidade; Fase II: Projeto Conceitual; Fase III: Projeto Básico; Fase IV: Execução e Obras

Em ImplantaçãoTodos os projetos de E&P no Brasil e os projetos dos demais segmentos que se encontram em Fase IV

US$ 207,1 bilhões770 projetos

Em AvaliaçãoProjetos dos demais segmentos, que nãoE&P, atualmente em Fase I, II e III.

US$ 29,6 bilhões177 projetos

Investimentos: Implantação x Avaliação

US$ 236,7 bilhões947 projetos

E&P

Downstream

G&E

Internacional

Pbio*

Distribuição

ETM*

Demais Áreas*

1,5% (US$ 1,9 bilhão)

1,1% (US$ 3,0 bilhões)0,5% (US$ 1,0 bilhão)0,5% (US$ 1,1 bilhão)

1% (US$ 0.3 bilhões)

1,4% (US$ 3,5 bilhões)

2,9% (US$ 3,7 bilhões)

27.4%US$ 64.8 bilhões

62,3%US$ 147.5 bilhões

0,4% (US$ 1,0 bilhão)

1,0% (US$ 2,3 bilhão) 1,1% (US$ 2,9 bilhão)

1,4% (US$ 3,2 bilhão)

2,2% (US$ 5,1 bilhões)

4,2% (US$ 9,9 bilhões)

20,9%US$ 43,2 bilhões

71,2%US$ 147,5 bilhões

73%US$ 21,7 bilhões

13,5%US$ 4 bilhões

6,4%US$ 1,9 bilhões

6,1%US$ 1.8 bilhões

Plano de Negócios e Gestão 2013-2017

Piloto SaPinhoá

Cidade de São Paulo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Cidade de anchieta

Baleia azul

Piloto lula noRDeSte

lula noRte

FRanCo 1

CaRioCa

lula Sul

FRanCo SW

Cidade de Paraty

P-67**

P-74***

P-66**

P-68**

P-72**

P-77***

P-70**

a contratar*

a contratar*

a contratar

a contratar

a contratar

a contratara contratar

a contratar

a contratar

a contratar

a contratar

a contratar

a contratar

a contratara contratar

P-75***

PaPa-teRRa

PaPa-teRRa

P-63

Baúna

iaRa nW

ne De tuPi

Cidade de itajaí

RonCaDoR iii

P-61 (tlWP)

P-55

iRaCema noRteiRaCema Sul

lula alto

CaRCaRá

FRanCo leSte

eSPaDaRte i

Bonito

FloRim

lula exteRno Sul

Sul PaRque DaS BaleiaS

Se áGuaSPRoFunDaS

maRomBa

JuPiteR

eSPaDaRte iii

2,0milhões bpd

2,5milhões bpd

2,75milhões bpd

4,2 milhões bpd

2,0 2%milhões bpd

Pós-Sal, pré-Sal, Cessão onerosa e curva de produçãoProdução de óleo e Gnl

noRte PaRqueBaleiaS

RonCaDoR iV

SaPinhoá noRte

Cidade de ilhabela

Cidade de itaguaíCidade de mangaratiba

P-58

Pós-Sal Pré-Sal Cessão onerosa

P-62

(*) unidades em fase final de contratação (**) Casco com construção no estaleiro Rio Grande (RS) (***) Casco com conversão no estaleiro inhaúma (RJ)

25 novas unidades de produção entrarão em operação no período 2013-17 ou 38 novas uePs entrarão em operação no período 2013-20

24 unidades contratadas e 15 a contratar entre 2013-2017

lula CentRal

FRanCo nW

entoRno De iaRa

PaRque DoSDoCeS

iaRa hoRSt

taRtaRuGaVeRDe e meStiÇa

P-73**

P-71**

P-76***

FRanCo Sul

P-69**

lula oeSte

NAVEGANTES

ITANHAÉM

SANTOS

ITAJAÍ

JACAREPAGUÁ

CABO FRIO

MACAÉ

SÃO TOMÉ

VITÓRIA

CPVV

ITAPEMIRIM

PORTO DO RIOITAGUAÍ

Aeroportos Portos (apoio offshore)

VITÓRIA SÃO TOMÉ MACAÉ CABO FRIO JACAREPAGUÁ ITAGUAÍ (2016) SANTOS (2015) ITANHAÉM NAVEGANTES

CPVV

ITAPEMIRIM (2015)

MACAÉ

PORTO DO RIO

ITAGUAÍ (2016)

SANTOS (2015)

ITAJAÍ

Garoupa ....................................................... 142Enchova ....................................................... 114Pampo .......................................................... 114Roncador .................................................... 200Albacora Leste ............................................198Marlim Leste .............................................. 145Marlim Sul .................................................. 182Tupi ..............................................................320

Distâncias médias entre a costa (Macaé) e os principais campos em produção (km)

BACIA DE CAMPOS

Bacia de Santos

Bacia do Espírito SantoAPOIO

LOGÍSTICO

52 TN Petróleo 89

PNG 2013-2017

Bacia de Campos2012

7276

81

88 90 90

949494949392

Eficiência UO-BC

Realizado Metas PROEF

Efic

iênc

ia O

pera

cion

al (%

)

PROEF: Programa Passa a Contemplar a UO-RIO

Eficiência UO-RIO

2013 2014 2015 2016 2017

Projeto Roncador Módulo III (primeiro óleo em 30/09); FPSO P-58, no Parque das Baleias (primeiro óleo em 30/11); e P-61, a primeira plataforma do tipo TLWP (Tension-Leg Wellhead Platform) a ser utilizada no Brasil, que será conectada a uma FPSO (primeiro óleo em 31/12).

Para 2014 a Petrobras tem três unidades previstas: P-62, em Roncador módulo IV (primeiro óleo em março); FPSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte (primeiro óleo em setembro); e FPSO Cidade de Mangaratiba,

em Iracema Sul (primeiro óleo em novembro). Segundo Formi-gli, elas estão bem adiantadas e seguem o cronograma acordado.

A elevação mais acentuada da curva de produção da Petro-bras é vista em 2017, quando deverá chegar a 2,75 milhões de barris de petróleo por dia. “Tere-mos a partir de 2016 um esforço de implantação de unidades similar ao que estamos fazendo em 2013. Serão sete unidades de grande porte que entrarão em operação no mesmo ano”, afir-mou, referindo-se à P-68 (Lula

Ext. Sul), P-69 (Lula Oeste), P-76 (Franco Sul), Tartaruga Verde e Mestiça, P-70 (Iara Horst), Parque dos Doces e P-77 (Franco Noroeste). “E teremos mais dois anos seguidos com um conjunto significativo de unidades, em torno de sete por ano, para que a gente tenha o suporte da curva de produção crescente até atingir os 4,2 milhões de barris em 2020, mais um milhão de barris de óleo equivalente da produção de gás”, concluiu, acrescentando o valor da produção operada para parceiros – em 2020 chega a 753 mil barris de óleo por dia.

Novo programa: PRC-PoçoCom o intuito de otimizar os

gastos nas construções de poços submarinos, administrando as-sim as atividades das 69 sondas espalhadas desde a Margem Equatorial até a costa de Santa Catarina, a Petrobras criou, em novembro de 2012, o Programa de Redução de Custos de Poços (PRC-Poço). Esse programa, que de acordo com Graça Foster trata diretamente do capex (montante investido na aquisição de bens de capital), representa hoje 51% dos investimentos do E&P, ou seja, US$ 75 bilhões, e 32% dos investimentos de todo o PNG.

Segundo Formigli, ele é estruturado em três frentes de trabalho: reduzir custos unitários (estratégia de ida ao mercado para aumentar competitividade e redução de preços), otimizar escopos de projetos (realizar o poço da forma mais econômica possível, pedindo informações estritamente necessárias), e

SUL DE TUPI / 4-RJS-1047

PAD IARA / 3-RJS-706

SUL GUARÁ / 1-SPS-96

Sucesso Exploratório e Aumento das Reservas

Oceano Atlântico

BrasilBacia de Campos

Bacia de Santos

Bacia do Espírito Santo

Janeiro/2012 e Fevereiro/2013

BrasilDescobertas: 53• Offshore: 25• Onshore: 28Índice de Sucesso Exploratório: 64%Reservas: 15,7 bilhões de boeIRR¹: 103% pelo 21º ano consecutivoR/P²: 19,3 anos

Pré-SalDescobertas: 15• Pioneiros: 8Índice de Sucesso Exploratório: 82%Reservas: 300 km da região SE, 55% do PIB

¹IRR: Índice de Reposição de Reservas²R/P: Razão Reserva/Produção

TN Petróleo 89 53

petrobras mantém E&P como alicerce

Investimentos em Poços Explora-tórios e de

Desenvolvimento da Produçãosomam US$ 75 bilhões

Infraestrutura e Suporte

ExPloração

DESENvolvImENTo Da ProDução

E&P

Demais Áreas

236,7

147,5

106,9

89,2

147,5

InvestimentosPNG 2013-2017

Investimentosem E&P Brasil

16,324,3

Construção de Poços Compõe Parcela relevante dos Investimentos

PRC-Poço: Programa de Redução de Custos de Poços

Aumento da frota de sondas e recursos de logística•Petrobras currently

has 69 floating drilling rigs for well constuction and maintenance in Brazil

A Construção de Poços representa:•32% dos investimentos

da Petrobras no PNG 2013-2017

•51% dos investimentos em E&P no Brasil

buscar ganhos de produtividade (buscar eficiência). “Não adian-ta ter as unidades de produção sem os poços e sem as interliga-ções submarinas. E esses poços representam muito dinheiro... Colocamos esse programa com a mesma cara dos outros (Proef, Procop, Infralog e Prodesin), até porque existe uma metodologia que faz com que a empresa toda rode no mesmo ritmo e velocida-de”, afirmou Formigli.

“Vamos trabalhar em cima do que é pedido, em cima do preço, mas também a eficiên-cia. Isso é trabalhado junto ao pessoal de poços marítimos e também existirá na área terrestre, dentro das melho-res práticas de segurança e qualidade. Dentro dos projetos que já mapeamos e colocamos em carteira, identificamos potencial de ganho de US$ 1,4

bilhão, que já está incorpora-do nessa carteira do PNG. O potencial eu posso dizer para vocês que é bem maior”, con-cluiu Formigli.

Disciplina de projetosMantendo a gestão integrada

do portfólio a Petrobras continua a ter projetos em implantação e em avaliação, e segundo a

Marlim Sul

Mandarim

Rio de Janeiro

Oceano Atlântico

Marlim Leste

Marlim

Voador

MoreiaPargo

Viola

Carapeba

Garoupinha

Garoupa

Parati

AnequimBagre

Cherne

Malhado

CongroCorvina

Salema

BijupiráMarimbá

Espadarte

PiraúnaEnchova

Enchova Oeste

Bonito

Bicudo

Pampo

Linguado

1-RJS-485

Polvo

Peregrino

Tubarão Martelo

Maromba

Waimea

Tubarão TigreTubarão GatoTubarão AreiaTubarão Azul

BM-S-44Petrobras

BM-C-42OGX

BM-C-41OGX

BM-C-40OGX

BM-C-39OGX

BM-C-38Maersk Oil

BM-C-37Maersk Oil

BM-C-47Statoil

BM-C-45Starfish

BM-C-43OGX BM-C-46

Starfish

BM-C-44Petrobras

BM-C-35Petrobras

BM-C-36Petrobras

BM-C-36Petrobras

BM-C-28Petrobras

BM-C-29Anadarko

BM-C-30Anadarko

BM-C-32BP

FPSO Capixaba

FPSO Espírito Santo

FPSO Cidade de Anchieta

P-57

P-34

FPSO Frade

P-54

P-50

FPSO Brasil

P-62

P-31FPSO Cidade de Macaé

PRA-1PPG-1

PGP-1

PVM-2

PCP-2PCP-1

PNA-2

PCH-2

PPM-1

Polvo A

Peregrino B

Peregrino A

FPSO Maersk Peregrino

FPSOPolvo

FPSOOSX-1

P-63 TLWP P-61

P-09P-40

FPSO Marlim Sul

FPSO Cidade de Niterói

P-37

P-35

P-47

P-32 P-33

P-08

P-51 P-56

P-19P-20

P-27P-18

P-26

P-07

P-12

P-15SS-06

FPSO Fluminense

P-43

P-38

P-48

P-53

FPSO Rio de Janeiro

FPSO Rio das Ostras

PCH-1

UMS Cidade de Arraial do Cabo UMS Cidade

de Quissamã

UMS Cidade Armação de Búzios

PNA-1

PCP-3

PVM-3

P-52

P-55

P-25

BM-C-31Petrobras

BM-C-26Petrobras

BM-C-27Petrobras

BM-C-27Petrobras

Barra do Furado

Gasoduto de 12” (extensão 95 km)

Gasoduto de 20” (extensão 87 km; vazão 4,7 milhões m3 por dia)

Oleoduto de 22” (extensão 84 km; vazão 17 mil m3 por dia)

Gasoduto de 12” (extensão 84 km; vazão 2,2 milhões m3 por dia)

Gasoduto de 18” (extensão: 113 km;

vazão nominal: 4,25 milhões m3 por dia)

Oleoduto de 24” (extensão 82 km; vazão nominal:22,8 mil m3 por dia)

Campos

Lagoa Feia

GASENE

GASCAV

GASCAB 1

OCAB 1

OSDUC IV

OSDUC II

GASDUC IIIGASDUC II

Macaé

Rio das Ostras

Armação de Búzios

Alcalis

Cabo Frio

Arraial do Cabo

Quissamã

Cabiúnas

Carapebus

BM-C-25Petrobras

BM-C-34BP

BM-C-33Repsol YPF

Papa-Terra

Carataí

Carapicu

Tartaruga Verde

Tartaruga Mestiça

Xerelete Pão de Açúcar

Seat

Gávea

Xerelete Sul

Badejo

Namorado

Vermelho

Albacora

Albacora Leste

Roncador

Frade

1-RJS-511

Catuá

Abalone

Ostra

Pirambu

Baleia Azul

Baleia Franca

Baleia Anã

Caxaréu

Mangangá

Nautilus

Jubarte

CachaloteArgonauta

Caratinga

Barracuda

Encarte Especial Revista TN Petróleo nº 89 Mais de 80% de óleo e gás no Brasil, 36 anos de desafios e US$ 84 bilhões no PNG 2013-2017

Revista Brasileira de TECNOLOGIA e NEGÓCIOS de Petróleo, Gás, Petroquímica, Química Fina e Biocombustíveis

Infraestrutura e LogísticaFonte: MME, ANP, IBGE, IBP, Petrobras, Transpetro, BP, Shell, OGX, Statoil, Starfish, Mäersk Oil, Repsol YPF, Abeam, Google

Bacia de Campos 2013Rua do Rosário, 99/7º andar • Rio de Janeiro, RJ, Brasil • CEP 20041-004 • Tel/Fax: 55 21 [email protected] • www.tnpetroleo.com.br • www.tbpetroleum.com.br

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Page 9: TN Petróleo #89

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C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

11694_LOGO_INDUSTRIA.pdf 1 6/10/13 11:38 AM

UNIDADES OFFSHORE NA BACIA DE CAMPOS

Denominação Tipo Ínicio da operação

Localização (campo)

Lâmina d’água (metros)

Produção (barris/dia)

Compressão de gás (m³/dia)

P-58 FPSO 2014 Baleia Azul 1.400 180.000 6 milhões

OSX-2 FPSO 2013 Waimea 120 100.000 –

OSX-3 FPSO 2013 Waikiki 120 100.000 –

P-63 FPSO 2013 Papa-Terra 1.165 150.000 1 milhão

P-61 TLWP 2013 Papa-Terra 1.180 – –

P-62 FPSO 2013 Roncador 1.315 180.000 6 milhões

P-55 Semissub 2013 Roncador 1.790 180.000 6 milhões

FPSO Cidade de Anchieta FPSO 2012 Baleia Azul (BES) 800 100.000 2,5 milhões

UMS Cidade de Quissamã Semissub 2011 Marlim (P-37) – – –

FPSO OSX-1 (OGX) FPSO 2011 Waimea 134 80.000 2,5 milhões

Maersk Peregrino (Statoil) FPSO 2011 Peregrino 110 100.000 –

Peregrino A (Statoil) Fixa 2011 Peregrino 110 – –

Peregrino B (Statoil) Fixa 2011 Peregrino 110 – –

UMS Cidade de Arraial do Cabo

Semissub 2011 Cherne – – –

P-56 Semissub 2011 Marlim Sul 1.700 100.000 6 milhões

Frade (Chevron) FPSO 2009 Frade 1.100 100.000 3 milhões

FPSO Cidade de Niterói FPSO 2009 Marlim Leste 1.080 100.000 3,5 milhões

FPSO Cidade Rio das Ostras FPSO 2008 Badejo 95 20.000 –

FSO Cidade de Macaé FSO 2007 Marlim Sul/Marlim Leste/Roncador 105 1,8 milhão –

Polvo (BP) FPSO 2007 Polvo 105 1,8 milhão –

Polvo (BP) Fixa 2007 Polvo 105 60.000 –

P-54 FPSO 2007 Roncador 1.300 180.000 6 milhões

P-53 FPU 2008 Marlim Leste 1.080 190.000 6 milhões

PRA-1 Rebombeio 2007 Marlim Sul 106 750.000 –

FPSO Rio de Janeiro FPSO 2007 Espadarte 1.370 100.000 2.5 milhões

P-51 Semissub 2008 Marlim Sul 1.255 180.000 7 milhões

P-52 Semissub 2007 Roncador 1.800 180.000 9 milhões

P-50 FPSO 2006 Albacora Leste 1.750 180.000 6 milhões

UMS Cidade de Armação dos Búzios

Semissub 2006 Enchova – – –

P-48 FPSO 2005 Caratinga 1.040 150.000 6 milhões

P-47 FPSO 2005 Marlim 960 150.000 3 milhões

P-43 FPSO 2005 Barracuda 820 150.000 6 milhões

FPSO Marlin Sul FPSO 2004 Marlim Sul 1.250 100.000 2,3 milhões

FPSO Fluminense (Shell) FPSO 2003 Bijupirá/Salema 870 70.000 8 milhões

FPSO Brasil FPSO 2003 Roncador 1.360 90.000 3 milhões

SS-06 Semissub 2002 Enchova 120 – –

P-40 Semissub 2001 Marlim Sul 1.080 150.000 6 milhões

P-38 FSO 2001 Marlim Sul 1.030 – –

P-37 FPSO 2000 Marlim 910 150.000 6 milhões

P-35 FPSO 1998 Marlim 850 100.000 3 milhões

P-33 FPSO 1998 Marlim 780 50.000 2,5 milhões

P-32 FPSO 1997 Marlim 1.060 150.000 –

P-31 FPSO 1998 Albacora 330 100.000 2,9 milhões

P-27 Semissub 1998 Voador 533 65.000 2,2 milhões

P-26 Semissub 1997 Marlim 990 100.000 3 milhões

P-25 Semissub 1996 Albacora 575 100.000 6,5 milhões

P-20 Semissub 1992 Marlim 620 50.000 1,2 milhão

P-19 Semissub 1997 Marlim 770 100.000 3 milhões

P-18 Semissub 1994 Marlim 910 100.000 1,9 milhão

P-15 Semissub 1983 Marimbá/Piraúna 242 40,000 1 milhão

P-12 Semissub 1984 Badejo/Linguado/Trilha 103 35.000 900.000

P-09 Semissub 1983 Congro/Corvina/Malhado 230 38.000 550.000

P-08 Semissub 1993 Marimbá 423 60.000 1,6 milhão

P-07 Semissub 1988 Bicudo/Enchova Oeste 209 56.000 900.000

PCE-1 Fixa 1988 Enchova/Bonito 116 60.000 1,1 milhão

PCH-1 Fixa 1984Anequim/Bagre/Cherne/Parati

117 44.000 1,9 milhão

PCH-2 Fixa 1983 Congro/Cherne/Malhado 142 48.000 2 milhões

PCP-1 Fixa 1988 Carapeba 82 – –

PCP-2 Fixa 1988 Carapeba 83 – –

PCP-3 Fixa 1988 Carapeba 82 – –

PGP-1 Fixa 1979 Garoupa/Garoupinha/Viola 120 120.000 650.000

PNA-1 Fixa 1983 Congro/Namorado 145 40.000 3 milhões

PNA-2 Fixa 1984 Namorado 170 60.000 400.000

PPG-1A Fixa 1988 Pargo 101 190.000 700.000

PPM-1 Fixa 1984 Pampo 115 80.000 2,1 milhões

PVM-1 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

PVM-2 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

PVM-3 Fixa 1988 Vermelho 80 – –

Bacia de Campos Números de abril/2013

Produção média de petróleo e LGN .................1.487.429 barris/diaProdução média de gás natural ..................... 26.710 milhões de m³Produção total em barris equivalentes ................... 1.655.436 boe/dNúmero de poços produtores ..........................................................532Número de poços injetores ...............................................................177Reserva provada total .................................................. 11,6 bilhões boePlataformas fixas ...................................................................................18Plataformas flutuantes ........................................................................40Plataformas em construção ................................................................. 6 Sondas de perfuração ......................48 (4 próprias e 44 afretadas)

Manifolds ................................................................................................ 69Monoboias ................................................................................................. 1Dutos submarinos .....................................................................5 mil kmÁreas de concessão pela ANP ........................................... 10.105 km²Área total ............................................................................... 100 mil km²Frota de barcos de apoio ..................................................................267Frota de helicópteros .......................................................42 aeronavesPassageiros transportados/mês (média) ................................. 50 milTrabalhadores (empregados e terceirizados) ........ cerca de 66 mil

Grau API no petróleo offshore Albacora Leste .................................................................................. 20,0Albacora P-31 .....................................................................................28,3Barracuda P-43 .................................................................................24,9Bijupirá/Salema FPSO Fluminense...............................................28,0Caratinga P-48 ...................................................................................22,4Espadarte .............................................................................................27,1Espadarte FPSO Cidade do Rio de Janeiro ............................... 20,5Espirito Santo .....................................................................................24,8Golfinho FPSO Capixaba (*) ........................................................... 41,0Golfinho FPSO Cidade de Vitória ...................................................27,6Jubarte(**) ......................................................................................... 16,8Marlim Leste Jabuti (FPSO Cidade de Niterói) ............................28,1

Marlim Leste P-53............................................................................. 21,5Marlim P-32 .........................................................................................19,6Marlim P-33 .........................................................................................19,9Marlim P-35 ....................................................................................... 20,0Marlim P-37 ....................................................................................... 22,8Marlim P-47 .........................................................................................19,6Marlim Sul FPSO Marlim Sul ..........................................................23,0Marlim Sul P-38..................................................................................23,1Roncador FPSO Brasil .....................................................................27,0Roncador P-52...................................................................................28,3Roncador P-54 .................................................................................. 18,0Siri FPSO Cidade de Rio das Ostras ............................................. 12,3

Obs.: Quanto maior o grau do API, mais leve e melhor é o óleo – Faixas: maior que 31,1 ºAPI, leve; entre 22,3 e 31,1 ºAPI, médio; abaixo de 22,3 ºAPI, pesado. Geral-mente, óleo com ºAPI entre 40 e 45 graus tem os preços mais altos. Acima de 45 graus a cadeia molecular fica mais curta e com menos valor para as refinarias.

* Corrente oscilará entre estes parâmetros de qualidade até estabilizar-se. | ** Corrente oscilará seus parâmetros em função da incorporação do poço ESS103 (API 29,6). Fonte: Petrobras

Plataforma Fixa ..................

Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO) .........

Unidade Flutuante de Arma-zenamento e Transferência (FSO) ..................................

Semissubmersível ..............

Unidade Flutuante de Produ-ção com Pernas Tensionadas (TLWP) ................................

Unidade de Manutenção eSegurança (UMS) ................

Unidade de Processamentoe Compressão de GN ...........

GasodutoOleoduto

Legendas

Produção, Armazenamento e

..............

Porto de Imbetiba, Macaé Área .................................... 55.000 m²

Cais do Porto3 piers .....................................6 berçosComprimento ............................... 90 mLargura ..........................................15 mCalado máximo .............................. 8 mDeadweight máximo ...........5.000 tonAtracações ............................ 440/mês

Capacidade de estocagemágua: 6.000 m³; óleo: 4.620 m³; granéis: 33.000 m³

Barcos de apoio em operação no Brasil

Total: 429 embarcações, das quais 50 atendem outras companias fora da Petrobras – Fonte: Abeam, julho de 2012 AHTS (Anchor Handling and Tug Supply): manuseio de âncoras, reboque e suprimento; PSV (Platform Supply Vessel): embarcação de suprimento às plataformas; RSV (ROV Support Vessel): embarcacões equipadas com veículo de operação remota; MS: mini supridor; LH (Linehandling): manuseio de espias; Crewboat: transporte de tripulantes para as plataformas; OSRV (Oil Spill Response Vessel): combate a derramamento de óleo; WSV (Well Stimulation Vessel): estimulação de poços; PLSV (Pipe Laying Support Vessel): construção e lançamento de linhas; DSV (Diving Support Vessel): embarcações de suporte ao mergulho.

Tipo Bandeira AHTS PSV DSV/RSV Mini Supply LH/SV Crew Boat OSRV WSV PLSVBrasileira 17 89 4 1 51 17 12 2 2Estrangeira 84 98 13 4 4 10 9 2 10TOTAL 101 187 17 5 65 21 21 4 12

Maiores poços produtores (BOE)Posição Campo Poço* Prod. boe/d

1 LULA** 7LL3DRJS 29.2732 BALEIA AZUL 7BAZ4ESS 28.4923 LULA** 9BRSA716RJS 26.3934 MARLIM SUL 7MLS157HRJS 24.3055 LULA** 3BRSA496RJS 23.7936 MARLIM SUL 7MLS189HPRJS 21.7247 JUBARTE 7JUB34HESS 21.4548 JUBARTE 6BRSA639ESS 20.7419 MARLIM SUL 7MLS209HARJS 20.107

10 MARLIM SUL 7MLS159HPRJS 20.03811 MARLIM LESTE 7MLL10HPRJS 19.76512 MARLIM LESTE 6BRSA817RJS 18.33413 CACHALOTE 7CHT7HPESS 17.90714 MARLIM SUL 7MLS163HPRJS 17.07515 RONCADOR 7RO41DRJS 16.74716 MARLIM SUL 7MLS153HRJS 16.50217 LULA** 9BRSA908DRJS 16.42018 BALEIA AZUL 6BRSA631DBESS 16.08319 MARLIM LESTE 3BRSA1017DRJS 15.18520 BALEIA AZUL 7BAZ6ESS 14.895

* Nome do poço pela ANP** Localizado na Bacia de Santos

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

Dez maiores produtores de petróleo e gás no BrasilPosição Concessionário Petróleo (bbl/d) Gás Natural (Mm³/d) Produção (boe/d)1 PETROBRAS 1.749.884 67.439,4 2.174.0782 BG BRASIL 31.013 1.234,7 38.7793 QUEIROZ GALVÃO 319 2.957,0 18.9194 SHELL BRASIL 16.295 246,8 17.8475 REPSOL 11.695 333,7 13.7946 PETROGAL BRASIL 9.743 422,4 12.4007 OGX MARANHÃO 0 1.631,5 10.2628 BP ENERGY 8.203 24,8 8.3599 OGX 8.027 40,5 8.28210 MAERSK ENERGIA 5.468 16,5 5.572

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

0 9,5 19 km

GASDUC IIIDiâmetro: 38”Extensão: 183 kmVazão: 40 milhões m³/d

GASCAVDiâmetro: 28”Extensão: 300 kmVazão: 20 milhões m³/d

GASDUC IIDiâmetro: 20”Extensão: 182 kmVazão: 18 milhões m³/d

OSDUC II (GLP)Diâmetro: 10”Extensão: 180 kmVazão: 7 milhões m³/d

OSDUC IV (LGN)Diâmetro: 16”Extensão: 183 kmVazão: 15 milhões m³/d

CABIÚNASCapacidade: 15 milhões m³/dObs.: considerado o maior pólo processador de gás natural do Brasil

População ........................................217.951 Área ...............................................1.216 km² Densidade demográfica ........179,25 hab/km² Empresas instaladas ........................... 5,3 mil Trabalhadores ativos .......................... 110 milSalário médio mensal ....................R$ 4,6 mil Royalties ............................... R$ 160 milhõesPIB (IBGE/2010) .............. R$ 11.267 976,990PIB per capita .......................... R$ 54.501,02Rodovias de acesso ....BR-101, RJ-168 e RJ-106

Fonte: IBGE, dezembro de 2012

Indícios de hidrocarbonetos constatados

Campo/Bloco Nome Poço ANP Notificação de Indícios de Hidrocarbonetos

Fluidos Lâmina d’água (m)

C-M-471 1BP8DRJS 17/05/2013 Petróleo 2.416C-M-471 1BP8DRJS 23/04/2013 Petróleo 2.416ALBACORA 3BRSA1123RJS 22/04/2013 Petróleo 542C-M-560 3OGX109RJS 09/04/2013 Petróleo 133S-M-623 1BRSA1063SPS 28/03/2013 Petróleo 1.871VOADOR 3BRSA1117DRJS 28/03/2013 Petróleo 665C-M-560 1OGX104RJS 29/01/2013 Petróleo 133

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013

Declaração de comercialidade da Bacia de CamposBloco Campo Anexado DataC-M-592 Tubarão Tigre NÃO 11/03/2013C-M-592 Tubarão Gato NÃO 11/03/2013C-M-592 Tubarão Areia NÃO 11/03/2013C-M-401 Tartaruga Mestiça NÃO 28/12/2012C-M-401 Tartaruga Verde NÃO 28/12/2012C-M-592 Tubarão Azul NÃO 09/05/2012C-M-466 Tubarão Martelo NÃO 19/04/2012

Fonte: ANP/SDP/SIGEP, março, 2013* Pbio = Petrobras Biocombustíveis • ETM = Engenharia, Tecnologia e Materiais • Outras Áreas = Financeiro, Estratégia e Corporativo-ServiçosFase I: Identificação da Oportunidade; Fase II: Projeto Conceitual; Fase III: Projeto Básico; Fase IV: Execução e Obras

Em ImplantaçãoTodos os projetos de E&P no Brasil e os projetos dos demais segmentos que se encontram em Fase IV

US$ 207,1 bilhões770 projetos

Em AvaliaçãoProjetos dos demais segmentos, que nãoE&P, atualmente em Fase I, II e III.

US$ 29,6 bilhões177 projetos

Investimentos: Implantação x Avaliação

US$ 236,7 bilhões947 projetos

E&P

Downstream

G&E

Internacional

Pbio*

Distribuição

ETM*

Demais Áreas*

1,5% (US$ 1,9 bilhão)

1,1% (US$ 3,0 bilhões)0,5% (US$ 1,0 bilhão)0,5% (US$ 1,1 bilhão)

1% (US$ 0.3 bilhões)

1,4% (US$ 3,5 bilhões)

2,9% (US$ 3,7 bilhões)

27.4%US$ 64.8 bilhões

62,3%US$ 147.5 bilhões

0,4% (US$ 1,0 bilhão)

1,0% (US$ 2,3 bilhão) 1,1% (US$ 2,9 bilhão)

1,4% (US$ 3,2 bilhão)

2,2% (US$ 5,1 bilhões)

4,2% (US$ 9,9 bilhões)

20,9%US$ 43,2 bilhões

71,2%US$ 147,5 bilhões

73%US$ 21,7 bilhões

13,5%US$ 4 bilhões

6,4%US$ 1,9 bilhões

6,1%US$ 1.8 bilhões

Plano de Negócios e Gestão 2013-2017

Piloto SaPinhoá

Cidade de São Paulo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Cidade de anchieta

Baleia azul

Piloto lula noRDeSte

lula noRte

FRanCo 1

CaRioCa

lula Sul

FRanCo SW

Cidade de Paraty

P-67**

P-74***

P-66**

P-68**

P-72**

P-77***

P-70**

a contratar*

a contratar*

a contratar

a contratar

a contratar

a contratara contratar

a contratar

a contratar

a contratar

a contratar

a contratar

a contratar

a contratara contratar

P-75***

PaPa-teRRa

PaPa-teRRa

P-63

Baúna

iaRa nW

ne De tuPi

Cidade de itajaí

RonCaDoR iii

P-61 (tlWP)

P-55

iRaCema noRteiRaCema Sul

lula alto

CaRCaRá

FRanCo leSte

eSPaDaRte i

Bonito

FloRim

lula exteRno Sul

Sul PaRque DaS BaleiaS

Se áGuaSPRoFunDaS

maRomBa

JuPiteR

eSPaDaRte iii

2,0milhões bpd

2,5milhões bpd

2,75milhões bpd

4,2 milhões bpd

2,0 2%milhões bpd

Pós-Sal, pré-Sal, Cessão onerosa e curva de produçãoProdução de óleo e Gnl

noRte PaRqueBaleiaS

RonCaDoR iV

SaPinhoá noRte

Cidade de ilhabela

Cidade de itaguaíCidade de mangaratiba

P-58

Pós-Sal Pré-Sal Cessão onerosa

P-62

(*) unidades em fase final de contratação (**) Casco com construção no estaleiro Rio Grande (RS) (***) Casco com conversão no estaleiro inhaúma (RJ)

25 novas unidades de produção entrarão em operação no período 2013-17 ou 38 novas uePs entrarão em operação no período 2013-20

24 unidades contratadas e 15 a contratar entre 2013-2017

lula CentRal

FRanCo nW

entoRno De iaRa

PaRque DoSDoCeS

iaRa hoRSt

taRtaRuGaVeRDe e meStiÇa

P-73**

P-71**

P-76***

FRanCo Sul

P-69**

lula oeSte

NAVEGANTES

ITANHAÉM

SANTOS

ITAJAÍ

JACAREPAGUÁ

CABO FRIO

MACAÉ

SÃO TOMÉ

VITÓRIA

CPVV

ITAPEMIRIM

PORTO DO RIOITAGUAÍ

Aeroportos Portos (apoio offshore)

VITÓRIA SÃO TOMÉ MACAÉ CABO FRIO JACAREPAGUÁ ITAGUAÍ (2016) SANTOS (2015) ITANHAÉM NAVEGANTES

CPVV

ITAPEMIRIM (2015)

MACAÉ

PORTO DO RIO

ITAGUAÍ (2016)

SANTOS (2015)

ITAJAÍ

Garoupa ....................................................... 142Enchova ....................................................... 114Pampo .......................................................... 114Roncador .................................................... 200Albacora Leste ............................................198Marlim Leste .............................................. 145Marlim Sul .................................................. 182Tupi ..............................................................320

Distâncias médias entre a costa (Macaé) e os principais campos em produção (km)

BACIA DE CAMPOS

Bacia de Santos

Bacia do Espírito SantoAPOIO

LOGÍSTICO

52 TN Petróleo 89

PNG 2013-2017

Bacia de Campos2012

7276

81

88 90 90

949494949392

Eficiência UO-BC

Realizado Metas PROEF

Efic

iênc

ia O

pera

cion

al (%

)

PROEF: Programa Passa a Contemplar a UO-RIO

Eficiência UO-RIO

2013 2014 2015 2016 2017

Projeto Roncador Módulo III (primeiro óleo em 30/09); FPSO P-58, no Parque das Baleias (primeiro óleo em 30/11); e P-61, a primeira plataforma do tipo TLWP (Tension-Leg Wellhead Platform) a ser utilizada no Brasil, que será conectada a uma FPSO (primeiro óleo em 31/12).

Para 2014 a Petrobras tem três unidades previstas: P-62, em Roncador módulo IV (primeiro óleo em março); FPSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá Norte (primeiro óleo em setembro); e FPSO Cidade de Mangaratiba,

em Iracema Sul (primeiro óleo em novembro). Segundo Formi-gli, elas estão bem adiantadas e seguem o cronograma acordado.

A elevação mais acentuada da curva de produção da Petro-bras é vista em 2017, quando deverá chegar a 2,75 milhões de barris de petróleo por dia. “Tere-mos a partir de 2016 um esforço de implantação de unidades similar ao que estamos fazendo em 2013. Serão sete unidades de grande porte que entrarão em operação no mesmo ano”, afir-mou, referindo-se à P-68 (Lula

Ext. Sul), P-69 (Lula Oeste), P-76 (Franco Sul), Tartaruga Verde e Mestiça, P-70 (Iara Horst), Parque dos Doces e P-77 (Franco Noroeste). “E teremos mais dois anos seguidos com um conjunto significativo de unidades, em torno de sete por ano, para que a gente tenha o suporte da curva de produção crescente até atingir os 4,2 milhões de barris em 2020, mais um milhão de barris de óleo equivalente da produção de gás”, concluiu, acrescentando o valor da produção operada para parceiros – em 2020 chega a 753 mil barris de óleo por dia.

Novo programa: PRC-PoçoCom o intuito de otimizar os

gastos nas construções de poços submarinos, administrando as-sim as atividades das 69 sondas espalhadas desde a Margem Equatorial até a costa de Santa Catarina, a Petrobras criou, em novembro de 2012, o Programa de Redução de Custos de Poços (PRC-Poço). Esse programa, que de acordo com Graça Foster trata diretamente do capex (montante investido na aquisição de bens de capital), representa hoje 51% dos investimentos do E&P, ou seja, US$ 75 bilhões, e 32% dos investimentos de todo o PNG.

Segundo Formigli, ele é estruturado em três frentes de trabalho: reduzir custos unitários (estratégia de ida ao mercado para aumentar competitividade e redução de preços), otimizar escopos de projetos (realizar o poço da forma mais econômica possível, pedindo informações estritamente necessárias), e

SUL DE TUPI / 4-RJS-1047

PAD IARA / 3-RJS-706

SUL GUARÁ / 1-SPS-96

Sucesso Exploratório e Aumento das Reservas

Oceano Atlântico

BrasilBacia de Campos

Bacia de Santos

Bacia do Espírito Santo

Janeiro/2012 e Fevereiro/2013

BrasilDescobertas: 53• Offshore: 25• Onshore: 28Índice de Sucesso Exploratório: 64%Reservas: 15,7 bilhões de boeIRR¹: 103% pelo 21º ano consecutivoR/P²: 19,3 anos

Pré-SalDescobertas: 15• Pioneiros: 8Índice de Sucesso Exploratório: 82%Reservas: 300 km da região SE, 55% do PIB

¹IRR: Índice de Reposição de Reservas²R/P: Razão Reserva/Produção

TN Petróleo 89 53

petrobras mantém E&P como alicerce

Investimentos em Poços Explora-tórios e de

Desenvolvimento da Produçãosomam US$ 75 bilhões

Infraestrutura e Suporte

ExPloração

DESENvolvImENTo Da ProDução

E&P

Demais Áreas

236,7

147,5

106,9

89,2

147,5

InvestimentosPNG 2013-2017

Investimentosem E&P Brasil

16,324,3

Construção de Poços Compõe Parcela relevante dos Investimentos

PRC-Poço: Programa de Redução de Custos de Poços

Aumento da frota de sondas e recursos de logística•Petrobras currently

has 69 floating drilling rigs for well constuction and maintenance in Brazil

A Construção de Poços representa:•32% dos investimentos

da Petrobras no PNG 2013-2017

•51% dos investimentos em E&P no Brasil

buscar ganhos de produtividade (buscar eficiência). “Não adian-ta ter as unidades de produção sem os poços e sem as interliga-ções submarinas. E esses poços representam muito dinheiro... Colocamos esse programa com a mesma cara dos outros (Proef, Procop, Infralog e Prodesin), até porque existe uma metodologia que faz com que a empresa toda rode no mesmo ritmo e velocida-de”, afirmou Formigli.

“Vamos trabalhar em cima do que é pedido, em cima do preço, mas também a eficiên-cia. Isso é trabalhado junto ao pessoal de poços marítimos e também existirá na área terrestre, dentro das melho-res práticas de segurança e qualidade. Dentro dos projetos que já mapeamos e colocamos em carteira, identificamos potencial de ganho de US$ 1,4

bilhão, que já está incorpora-do nessa carteira do PNG. O potencial eu posso dizer para vocês que é bem maior”, con-cluiu Formigli.

Disciplina de projetosMantendo a gestão integrada

do portfólio a Petrobras continua a ter projetos em implantação e em avaliação, e segundo a

Marlim Sul

Mandarim

Rio de Janeiro

Oceano Atlântico

Marlim Leste

Marlim

Voador

MoreiaPargo

Viola

Carapeba

Garoupinha

Garoupa

Parati

AnequimBagre

Cherne

Malhado

CongroCorvina

Salema

BijupiráMarimbá

Espadarte

PiraúnaEnchova

Enchova Oeste

Bonito

Bicudo

Pampo

Linguado

1-RJS-485

Polvo

Peregrino

Tubarão Martelo

Maromba

Waimea

Tubarão TigreTubarão GatoTubarão AreiaTubarão Azul

BM-S-44Petrobras

BM-C-42OGX

BM-C-41OGX

BM-C-40OGX

BM-C-39OGX

BM-C-38Maersk Oil

BM-C-37Maersk Oil

BM-C-47Statoil

BM-C-45Starfish

BM-C-43OGX BM-C-46

Starfish

BM-C-44Petrobras

BM-C-35Petrobras

BM-C-36Petrobras

BM-C-36Petrobras

BM-C-28Petrobras

BM-C-29Anadarko

BM-C-30Anadarko

BM-C-32BP

FPSO Capixaba

FPSO Espírito Santo

FPSO Cidade de Anchieta

P-57

P-34

FPSO Frade

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FPSO Brasil

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P-31FPSO Cidade de Macaé

PRA-1PPG-1

PGP-1

PVM-2

PCP-2PCP-1

PNA-2

PCH-2

PPM-1

Polvo A

Peregrino B

Peregrino A

FPSO Maersk Peregrino

FPSOPolvo

FPSOOSX-1

P-63 TLWP P-61

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FPSO Marlim Sul

FPSO Cidade de Niterói

P-37

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P-12

P-15SS-06

FPSO Fluminense

P-43

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P-53

FPSO Rio de Janeiro

FPSO Rio das Ostras

PCH-1

UMS Cidade de Arraial do Cabo UMS Cidade

de Quissamã

UMS Cidade Armação de Búzios

PNA-1

PCP-3

PVM-3

P-52

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P-25

BM-C-31Petrobras

BM-C-26Petrobras

BM-C-27Petrobras

BM-C-27Petrobras

Barra do Furado

Gasoduto de 12” (extensão 95 km)

Gasoduto de 20” (extensão 87 km; vazão 4,7 milhões m3 por dia)

Oleoduto de 22” (extensão 84 km; vazão 17 mil m3 por dia)

Gasoduto de 12” (extensão 84 km; vazão 2,2 milhões m3 por dia)

Gasoduto de 18” (extensão: 113 km;

vazão nominal: 4,25 milhões m3 por dia)

Oleoduto de 24” (extensão 82 km; vazão nominal:22,8 mil m3 por dia)

Campos

Lagoa Feia

GASENE

GASCAV

GASCAB 1

OCAB 1

OSDUC IV

OSDUC II

GASDUC IIIGASDUC II

Macaé

Rio das Ostras

Armação de Búzios

Alcalis

Cabo Frio

Arraial do Cabo

Quissamã

Cabiúnas

Carapebus

BM-C-25Petrobras

BM-C-34BP

BM-C-33Repsol YPF

Papa-Terra

Carataí

Carapicu

Tartaruga Verde

Tartaruga Mestiça

Xerelete Pão de Açúcar

Seat

Gávea

Xerelete Sul

Badejo

Namorado

Vermelho

Albacora

Albacora Leste

Roncador

Frade

1-RJS-511

Catuá

Abalone

Ostra

Pirambu

Baleia Azul

Baleia Franca

Baleia Anã

Caxaréu

Mangangá

Nautilus

Jubarte

CachaloteArgonauta

Caratinga

Barracuda

Encarte Especial Revista TN Petróleo nº 89 Mais de 80% de óleo e gás no Brasil, 36 anos de desafios e US$ 84 bilhões no PNG 2013-2017

Revista Brasileira de TECNOLOGIA e NEGÓCIOS de Petróleo, Gás, Petroquímica, Química Fina e Biocombustíveis

Infraestrutura e LogísticaFonte: MME, ANP, IBGE, IBP, Petrobras, Transpetro, BP, Shell, OGX, Statoil, Starfish, Mäersk Oil, Repsol YPF, Abeam, Google

Bacia de Campos 2013Rua do Rosário, 99/7º andar • Rio de Janeiro, RJ, Brasil • CEP 20041-004 • Tel/Fax: 55 21 [email protected] • www.tnpetroleo.com.br • www.tbpetroleum.com.br

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w w w . t n p e t r ó l e o . c o m . b r

Page 10: TN Petróleo #89

11a rodada

Dois vírgula oito bilhões de reais

Capitais da energia

sumário edição nº 89 maio/jun 2013

Entrevista exclusiva

Plano de Negócios e Gestão da Petrobras 2013-2017

com Celso Magalhães, presidente de Novos Negócios e do Conselho da Georadar

Georadar quer navegar em outros mares

Pernambuco:o polo naval e petrolífero do Nordeste

Petrobras mantém E&P como alicerce

24

62

30

46

14 TN Petróleo 89 TN Petróleo 89 15

entrevista exclusiva

A Georadar, empresa brasileira que

consolidou uma bem-sucedida trajetória

no mercado onshore como prestadora

de serviços de levantamentos

geofísicos, diagnósticos ambientais e

geotécnicos, e há três anos iniciou operações

offshore, inclusive no pré-sal brasileiro,

quer ir para além das novas fronteiras

exploratórias do Brasil, em busca de

negócios no mercado internacional.

por Maria Fernanda Romero

GEORADAR QUER NAVEGAR

EM OUTROS MARES

Celso Magalhães, presidente de Novos Negócios e do Conselho da Georadar.

NO FINAL DE 2006, EN-

TRAMOS EFETIVAMENTE

NO MERCADO DE SÍSMI-

CA ONSHORE E UM ANO

DEPOIS NOS TORNAMOS

O MAIOR OPERADOR

BRASILEIRO NESTA ATI-

VIDADE, COM 54% DE

MARKET SHARE.

“SOMOS UMA EMPRESA na qual a sísmica é parte importante. É natural que seja também no mar”, diz o presidente de Novos Negócios e do conselho da Georadar, explicando a razão de a empresa ter feito parcerias para entrar no segmento offshore. Os resultados dessa diversificação dos negócios são alentadores. “Nossa liability é muito baixa e o índice de satisfação dos nossos colaboradores e dos nossos clientes é alto. Estamos nos tornando uma empresa global relevante”, afiança o executivo, ponderando: “Somos competitivos. Não obstante, ainda temos ‘chão’ para melhorar. Uma empresa de serviços tem sempre um longo caminho pela frente se permanecer na trilha certa”, conclui.

TN Petróleo – A Georadar nasceu em 1999, na incubadora do Centro de Pesquisa em Geofísica Ambiental dedicado ao petróleo, da Universidade de São Paulo (USP). Nascer em uma incubadora trouxe algum tipo de vantagem competitiva? Assegurou algum atributo diferenciado para a empresa?Celso Magalhães – Sim, e foi por isso que a Georadar me atraiu em 2003, embora fosse muito pequena. Havia um bom ambiente técnico e algum track record que possibilitava a empresa sair me busca de desafios maiores.

Em 2003 a Georadar saiu da incubadora e passou a atuar de forma inde-pendente, como empresa. Isso foi antes ou depois de fecharem o primeiro contrato? Com quem foi o contrato e qual o escopo?

Ela sempre foi independente, mas a partir de outubro de 2003, quando entrei na Georadar, começamos a operar no mercado, com foco em geotecnia e diagnósticos ambientais. Em 2004, a Georadar já atendia a contratos com mineradoras, em Minas Gerais, e pequenas operadoras de petróleo, além da própria Petrobras.

Em 2009, a empresa captou R$ 62,5 milhões da gestora de recursos An-graInfra, especializada em infraestrutura, para a expansão do negócio de pesquisas sísmicas, que até então eram exclusivamente onshore. Por que a empresa decidiu ingressar no mercado offshore?

No final de 2006, entramos efetivamente no mercado de sísmica onshore e um ano depois nos tornamos o maior operador brasileiro nesta atividade, com 54% de market share. Em 2009, fizemos nosso primeiro private placement, por meio do qual a AG Angra, hoje AngraInfra, fundo de Private Equity, passou a fazer parte do grupo. Em 2010, fomos, literalmente, para o mar, com a aquisição da Geodata Serviços Offshore, que atuava no mercado de oceanografia. Em outubro desse mesmo ano, ganhamos outro investidor, a empresa de participações Rioforte, pertencente ao Espírito Santo Bank de Portugal, que fez um private placement de

R$ 100 milhões. O objetivo, com esses recursos, era ingressar no mercado de sísmica offshore de OBC (Ocean Bottom Cable, ou sísmica com cabo de fundo) e criar uma companhia de navegação, para ampliar o escopo de serviços.

Em 2011 vocês colocaram em ope-ração o navio GSO Marechal Rondon, adquirido na Noruega em 2010. Qual o investimento necessário para ad-quirir esse equipamento? Quando ele começou a operar, para que cliente?

Investimos cerca de R$ 15 mi-lhões no navio oceanográfico Ma-rechal Rondon, que foi batizado em dezembro de 2010 e começou a ope-rar em fevereiro do ano seguinte, dentro de um contrato com a Pontifí-cia Universidade Católica (PUC-RS)

e a Petrobras na Bacia de Pelotas (RS). Desde então, trabalhamos para universidades, operadoras de petró-leo e para o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) com esse navio que coleta dados oceanográficos e está equipado para trabalhar em águas de até 6.000 m. Inclusive já operamos na área do pré-sal.

Vocês pretendem ampliar a frota de navios? Qual a previsão de um novo navio?

Sim, no momento estamos estudando a possibilidade de ter-mos mais um navio, para operar em águas rasas. Vai depender da demanda de mercado, que hoje se encontra retraída no Brasil. Mas acreditamos que no próximo ano

ela deve recuperar o ritmo dos anos anteriores.

Qual a expectativa de negócios na área offshore? Pode responder fu-turamente pela maior parcela do fa-turamento da empresa?

Como disse, o mercado está re-traído devido à reordenação do Plano de Negócios e Gestão da Petrobras e também à falta de leilões exploratórios desde 2008. Mas as expectativas são boas, pois estamos nos internaciona-lizando, buscando novos mercados, além de nos prepararmos para uma retomada brasileira que é esperada a partir do segundo semestre deste ano.

Qual o objetivo da Georadar ao fazer uma aquisição e criar a GeoRXT, com

70 A locomotiva Suape72 Estaleiro Atlântico Sul73 Novos estaleiros no polo

34 Retomada consolidada36 Riscos ambientais no mapa da 11ª Rodada

28 TN Petróleo 89 TN Petróleo 89 29

11a Rodada

A décima primeira Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) supera expectativas com arrecadação recorde de RS$ 2,8 bilhões, e é marcada pelo arrojo de algumas estreantes – Ouro Preto e Chariot – e volta aos leilões de oil companies como ExxonMobil, Total e BP. Esse resultado mostra que o setor de petróleo e gás no Brasil deve continuar sua escalada de crescimento: participaram da rodada 39 grupos empresariais. Desses, 30 arremataram blocos, sendo que 18 estrangeiros e 12 brasileiros.

por Karolyna Gomes, Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

BILHÕESDE REAIS

OITOVÍRGULADOIS

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18 TN Petróleo 89 TN Petróleo 89 19

Depois de minuciosa revisão em suas metas de produção no ano passado, a Petrobras anunciou o Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2013-2017, que sofreu uma elevação de US$ 200 milhões em relação ao anterior, somando US$ 236,7 bilhões. Mantendo a previsão de alcançar uma produção recorde na camada pré-sal de 1 milhão de barris de petróleo por dia, a maior novidade do plano foi o anúncio de contratação de 15 FPSOs nos próximos anos. Com isso, a petroleira quer assegurar as metas revisadas de produção para 2020, de 5,2 milhões de barris diários de óleo equivalentes (boed), somando óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural.

Anunciado em março, o Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2013-2017 segue apostando em seus programas de

suporte para otimizar as atividades operacionais para gerar maior produtividade com redução de custos – a expectativa é chegar em 2016 com uma economia de R$ 32 bilhões. E mantém o foco na exploração e produção no Brasil, no alinhamento de metas físicas e financeiras de cada projeto e no desenvolvimento dos negócios da empresa com indicadores finan-ceiros sólidos.

Sem acrescentar grandes cifras ao mais recente plano de negócios, mas sustentando o maior plano empresarial de investimentos do mundo, a Petrobras reafirmou o empenho em agregar novas reservas e assegurar a linha de produção ao direcionar um volume maior de recursos – US$ 147,5 bilhões (62%) – para a Exploração e Produção (E&P), sendo 70% para o pós-sal, 24% para o pré-sal e 6% para a cessão onerosa.

Graça Foster, presidente da estatal, reafirmou a meta de chegar a 3,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2017 (dos quais, 2,75 milhões de óleo) e 5,2 milhões de boed em 2020 (4,2 milhões de óleo). “A configuração desta curva vem sendo exaustiva-mente planejada e executada ao longo de todo o ano de 2012 e no primeiro trimestre de 2013”, afirmou ela durante a apresentação do plano – evento que aconteceu no dia 19 de março, na sede da companhia, no Rio de Janeiro. Acompanhada dos diretores Almir Barbassa (Finan-ceiro e de Relações com Investi-dores), José Formigli (Exploração e Produção), José Carlos Cosenza (Abastecimento) e José Alcides Santoro (Gás e Energia), Foster responsabilizou o desempenho positivo à “excelente realização” física e financeira do ano encerrado. “Tivemos em 2012 a maior realiza-ção financeira da Petrobras, com R$ 84,1 bilhões de investimentos. Também tivemos uma realização física bastante expressiva: 104,8% do previsto no ano foram realiza-dos”, completou.

Pré-salO pré-sal, peça-chave que

alimenta a expectativa de cresci-mento da produção da empresa, responderá por cerca de um mil-hão de barris de petróleo por dia no final do período do plano atual. Em fevereiro, 26 poços produtores do pré-sal foram responsáveis por

283,1 mil bbl/d de petróleo e 9,4 milhões de m³/d de gás natural, totalizando 342,3 mil boe/d.

Mas Foster aposta que esse valor vai mais do que dobrar em sete anos. “Em 2020 vamos produzir mais do que dois mil-hões de barris de petróleo por dia no pré-sal”, enfatizou, enume-rando os desafios tecnológicos vencidos e que passaram a ser “rotina na companhia”, como a sísmica de alta resolução, mod-elagem geológica e numérica, redução no tempo de perfuração de poços – de 134 para 70 dias –, uso de novos materiais, quali-ficação de novos sistemas para coleta de produção, separação de CO2, entre outros. “O pré-sal é uma realidade na Petrobras... É completamente descabida qual-quer fala que possa desqualificá-la sobre sua capacidade e aptidão para produzir o pré-sal no Brasil”, enfatizou a executiva, comple-mentando que, hoje, alguns poços produzem até 30 mil barris de petróleo por dia, apesar da meta anunciada ser de 20 mil bpd.

E&PCom 53 descobertas nos últi-

mos 14 meses (25 no mar e 28 em terra), a Petrobras segue ali-mentando seu índice de reposição de reservas, que se mantém acima de 100%. O pré-sal foi responsável por 15 das descobertas marítimas, sendo oito em poços pioneiros (perfurados com o objetivo de descobrir óleo e gás), o que faz com que a empresa líder em novas descobertas em águas profundas tenha, somente na exploração abaixo da camada de sal, índice de sucesso exploratório de 82%.

Com isso os investimentos da área de E&P continuam sendo os mais robustos. O aumento de US$ 5,7 bilhões em comparação com o ano anterior se explica, segundo o diretor da área, José Formigli, pela evolução dos projetos de

PNG 2013-2017

Plano de Negócios e Gestão da Petrobras 2013-2017

PETROBRAS MANTÉM E&P

COMO ALICERCE A CONFIGURAÇÃO

DA CURVA DE PRO-

DUÇÃO VEM SENDO

EXAUSTIVAMENTE

PLANEJADA E EXE-

CUTADA AO LONGO

DE TODO O ANO DE

2012 E NO PRIMEI-

RO TRIMESTRE DE

2013.

Graça Foster, presidente da Petrobras

por Karolyna Gomes

48 TN Petróleo 89 TN Petróleo 89 49

Pernambuco: o polo naval e petrolífero do NordesteCapitaneado pelo Complexo Industrial de Suape e pela Refinaria Abreu e Lima, o estado de Pernambuco vem recebendo cada vez mais investimentos e já aparece como um polo importante para a indústria naval e offshore, e também do setor de energia, em especial a eólica. Ainda em processo de consolidação, a indústria de petróleo, gás, offshore e naval em Pernambuco tem sido atrativa e segue tendo grandes oportunidades de negócios. Atualmente, a região está trabalhando no desenvolvimento e qualificação das empresas, da mão de obra e o investimento em tecnologia, para suportar a demanda da cadeia produtiva.

Com um Produto Inter-no Bruto (PIB) apro-ximado de R$ 115 bi-lhões, dos quais 23% se referem à indústria

total, a economia pernambucana continua voltada em sua maioria para a produção de alimentos e bebidas (sendo a atividade sucroalcooleira – a produção de açúcar e etanol – a mais repre-sentativa), além da produção de refrigerantes e cerveja.

Porém, nos últimos anos, setores como os da construção civil e metalurgia vêm crescendo mediante os aportes realizados no setor naval e de petróleo e gás, fruto de empreendimentos como o Estaleiro Atlântico Sul, a Refinaria Abreu e Lima e princi-palmente o Complexo de Suape.

Para se ter ideia da impor-tância desses projetos, pelas estimativas da Federação das Indústrias do Estado de Pernam-buco (Fiepe), quando estiverem funcionando a pleno vapor, o PIB de Pernambuco deve chegar a R$170 bilhões, com uma partici-pação da indústria em 28%, em

2014. Segundo o Banco Central, o PIB do estado deve continuar crescendo acima da média na-cional, com uma projeção de 5% para este ano, enquanto no país deve ser de 3%.

“A expectativa com a chega-da dessas grandes empresas do setor de óleo e gás para Per-nambuco é muito positiva, pois

essa cadeia movimenta for-temente a ati-vidade econô-mica. E existe muita tecnolo-gia envolvida, o que eleva o

valor de transformação dos pro-dutos acabados, aumentando a competitividade e a riqueza lo-cal”, afirmou o economista Júlio Becher, gerente da unidade de

Economia, Estudos e Pesquisas (UEP) da Fiepe.

De acordo com os dados do “Estudo dos impactos dos in-vestimentos na economia per-nambucana”, do Governo de Pernambuco, o incremento na atividade econômica do com-plexo de Suape, por exemplo, é estimado em R$ 61 bilhões.

Júlio Becher considera que o bom momento vivido pela economia pernambucana vem se refletindo em um movimento de retorno de profissionais que no passado foram para o Sudeste em busca de melhores oportuni-dades, em especial os envolvidos na construção dos empreendi-mentos que aportaram no estado desde 2007.

Segundo ele, segmentos como construção civil, metalme-cânica, naval e offshore, segu-rança do trabalho, entre outros, estão demandando elevado contingente graças à conjuntura local favorável. Ainda que haja programas de capacitação local, a exemplo do Programa de Mobi-lização da Indústria Nacional de

por Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

capital de energia

Page 11: TN Petróleo #89

CONSELHO EDITORIAL

Affonso Vianna Junior

Alexandre Castanhola Gurgel

André Gustavo Garcia Goulart

Antonio Ricardo Pimentel de Oliveira

Bruno Musso

Colin Foster

David Zylbersztajn

Eduardo Mezzalira

Eraldo Montenegro

Flávio Franceschetti

Francisco Sedeño

Gary A. Logsdon

Geor Thomas Erhart

Gilberto Israel

Ivan Leão

Jean-Paul Terra Prates

João Carlos S. Pacheco

João Luiz de Deus Fernandes

José Fantine

Josué Rocha

Luiz B. Rêgo

Luiz Eduardo Braga Xavier

Marcelo Costa

Márcio Giannini

Márcio Rocha Melo

Marcius Ferrari

Marco Aurélio Latgé

Maria das Graças Silva

Mário Jorge C. dos Santos

Maurício B. Figueiredo

Nathan Medeiros

Paulo Buarque Guimarães

Roberto Alfradique V. de Macedo

Roberto Fainstein

Ronaldo J. Alves

Ronaldo Schubert Sampaio

Rubens Langer

Samuel Barbosa

OTC 2013

Coffee Break

116 O desafio de licenciar os blocos da Margem Equatorial brasileira, por Maria Alice Doria

138 Excelência Operacional: obrigatória para empresas de petróleo e gás, por John McCreery, Ethan Phillips, Francesco Cigala e José de Sá

142 Rumo ao sistema submarino de produção de petróleo, por Milton Korn

144 Os desafios e oportunidades para a indústria brasileira do petróleo, por Rodrigo Meyer Bornholdt e Eduardo Teicofski

146 O shale gas no Brasil: uma avaliação de impacto ambiental aplicada ao cenário brasileiro, por Leila Beatriz Silva Cruz e Gabriel Santos Cerqueira

154 Como as mudanças na indústria automotiva afetarão o mercado de lubrificantes em 2025?, por William R. Downey Jr.

156 Operando como se estivesse 100% lubrificado, por Andreas Goldschmidt e Tobias Gürtler

160 Regime de partilha ganha espaço na exploração de petróleo, por Renata Veras Fontes

8 editorial 10 hot news 16 indicadores tn 74 eventos 102 perfil profissional 105 caderno de sustentabilidade 118 pessoas

122 perfil empresa 130 produtos e serviços 162 fino gosto 164 coffee break 166 feiras e congressos 167 opinião

Novo recorde de visitantes

MAR de arte e investimentos

artigos

Ano XIV • Número 89 • maio/jun 2013Foto: Ricardo Almeida

seções

74

140

Dois vírgula oito bilhões De reais

especial: 11a rodada da aNP

o p i n i ã o Petróleo I gás I biocombustíveis

Ano XIV • maio/jun 2013 • Nº 89 • www.tnpetroleo.com.br

PNg 2013-2017: Petrobras mantém e&P como alicercePernambuco: o polo naval e petrolíferodo Nordestecobertura otc 2013: recorde de visitantes

o círculo virtuoso da disciplina, de Renata Baruzzi, presidente do Centro de Excelência em EPC (CE-EPC)

o desafio de licenciar os blocos da margem equatorial brasileira, por Maria Alice Doria

excelência operacional: obrigatória para empresas de petróleo e gás, por John McCreery, Ethan Phillips, Francesco Cigala e José de Sá

rumo ao sistema submarino de produção de petróleo, por Milton Korn

os desafios e oportunidades para a indústria brasileira do petróleo, por Rodrigo Meyer Bornholdt e Eduardo Teicofski

o shale gas no brasil: uma avaliação de impacto ambiental aplicada ao cenário brasileiro, por Leila Beatriz Silva Cruz e Gabriel Santos Cerqueira

operando como se estivesse 100% lubrificado, por Andreas Goldschmidt e Tobias Gürtler

Entrevista exclusiva

celso magalhães, presidente de Novos Negócios e do Conselho da Georadar

georadar quer navegar em outros mares

140 TN Petróleo 89 TN Petróleo 89 141

AAS SALAS DE EXPOSIÇÃO do MAR ocupam o Palacete Dom João VI, construção eclética de meados da década de 1910, que abrigou a antiga Inspetoria dos Portos e foi tombado pela Secretaria de Patrimônio Cultural do Município. No prédio vizinho, um antigo terminal rodoviário, totalmente reformado, vai funcionar a Escola do Olhar, um ambiente propício à produção e provocação de experiências, coletivas e pessoais, com foco principal na formação de educadores da rede pública de ensino.

Os dois prédios estão interligados fisicamente por uma gigantesca obra de arte: uma cobertura de concreto, com cerca de 1.650 m2, que simula uma onda e pode ser vista de longe. Nada menos que 37 pilares sustentam a onda, com cerca de 800 toneladas, que utilizou 70 toneladas de aço e 40 caminhões de concreto, injetado durante um processo que levou 19 horas. A cobertura de isopor foi moldada por uma equipe de 33 profissionais es-pecializados nesse material, sob coordenação do artista plástico e artesão Carlos Lopes – o mesmo que este ano trabalhou no barracão do Salgueiro.

O MAR nasce com a ambiciosa meta de atender anualmente dois mil professores e receber 200 mil visitantes – entre eles cem mil alunos da rede pública municipal. Do teto da Escola do Olhar avista-se boa parte da região, sem falar no enorme canteiro de obras do projeto Porto Maravilha e do futuro Museu do Amanhã – cuja vizinhança inclui ainda diversos projetos de investidores na área, com edificações de grande porte para comércio e residências. Veem-se também os profissionais consultando os órgãos esta-duais em busca de informações para se tornarem parceiros desta ousada e definitiva revitalização da Zona Portuária do Rio.

O Museu de Arte do Rio – Inaugurado no dia 1º de março deste ano (para marcar o aniversário da cidade), o MAR abriga quatro exposições. A entrada do museu é feita pela Escola do Olhar, de onde se tem acesso à rampa que leva ao prédio de exposições, onde a visita começa pelo terceiro andar, no qual há uma mostra permanente dedicada à cidade: a primeira é Rio de Imagens: Uma Paisagem em Construção.

No segundo pavimento está O Colecionador – Arte Brasileira e Internacional, com 136 peças da coleção particular do marchand Jean Boghici. De forma lúdica, a mostra propõe um mosaico da nossa arte e história no século XX, reunindo,

por Orlando Santos

de arte e investimentos MAR

Nova Zona Portuária do Rio

A revitalização da Zona Portuária do Rio, a exemplo de outras cidades do mundo, como Barcelona, começou com uma intervenção cultural de grande impacto: a instalação do Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, que ocupa dois prédios distintos, de arquitetura bem diferenciada.

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coffee break

Meu parceiro de artes

VICTOR BRECHERET; Tocadora de banjo 92 x 67 x 23 cm, 1925, Mármore

TARSILA DO AMARAL; Sol poente, 54 x 65 cm, 1929, óleo sobre tela

BELMIRO DE ALMEIDA; Maternidade em círculos, 1908, óleo sobre tela

MILTON DACOSTA; Em vermelho, 1956

SAMSON FLEXOR; Composição, 1947óleo sobre tela

QUANDO COMECEI a desenvolver projetos gráficos relacionados a livro de arte, poucas eram as empresas que se aventuravam a investir nessa área. Mais tarde, com a edição de leis de incentivos à produção cultural, o setor ganhou maior estímulo e visibilidade, e algumas gran-des empresas, em especial os bancos, apostaram nessa direção.

Os livros de arte, sobretudo, ganharam então grande fôlego. E é exatamente nessa época – final dos anos 1980 e início dos 90 –, que fiz amizade com essa grande figura humana que é o marchand e colecionador Jean Boghici.

Juntos, editamos livros de arte que hoje são considerados excelentes referências bibliográficas para pesquisadores, como os de Vicente do Rego Monteiro, Guinard, Maria Martins e de Cícero Dias – este último entregue ao próprio, em Paris, durante soleni-dade na sede da Unesco, onde ele trabalhava.

Mas nada disso foi capaz de impedir o grande esvaziamento que se seguiu em todos os setores culturais, ainda mais no das artes plásticas, atingindo em cheio o Rio de Janeiro – mas privilegiando São Paulo, com excelentes galerias de arte, leilões e bienais.

Agora, com a nova onda da revalorização das artes na cidade, com a criação de novos espaços, como o Museu de Arte do Rio

(MAR), a Casa Daros, de origem suíça, e de tantas outras manifes-tações, o convite feito para retomarmos essa parceria e editarmos novos livros de arte é motivo de grande orgulho. Acreditamos que agora esses projetos terão vida longa para o bem das artes plásticas, em especial para a cidade, historicamente produtora de grandes projetos culturais. (Benício Biz)

HORÁRIOS DE VISITAÇÃOTerça a domingo, de 10h às 17h(a bilheteria encerra às 16:30 h)Ingressos: R$ 8,00 e R$ 4,00 (estudantes)Entrada franca às terças-feiras.Serviços EducativosDetalhes sobre agendamentos na central de informações: (21) 2203-1235, [email protected]ção e agendamento de visitas: [email protected]

Orlando Santos, Jean Boghici e Benício Biz

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Exposição Rio de Imagens

entre pinturas e esculturas, obras de Di Cavalcanti, Bre-cheret, Guignard, Kandinsky, entre os quase 70 artistas.

No primeiro andar, a exposição Vontade Construtiva na Coleção Fadel, com cerca de 230 peças, apresenta um expressivo e histórico conjunto de obras produzi-das por artistas plásticos brasileiros representantes dos movimentos concreto e neoconcreto, criadas entre as décadas de 1950 e 1960.

No térreo, a mostra O Abrigo e o Terreno – Arte e Sociedade no Brasil I propõe explorar questões relacio-nadas à inclusão e exclusão no contexto urbano, através

de obras de Antonio Dias, Antonio Manuel, Bispo do Rosário, Helio Oiticica, Lucia Koch, Lygia Pape, Marepe, Raul Mourão, entre outros.

O São José de Botas, uma das quatro esculturas de Aleijadinho tombadas individualmente, é um dos des-taques do acervo próprio do MAR – em formação, mas que já reúne cerca de três mil obras, cinco mil peças de memorabilia do Rio, documentos históricos, manuscritos sobre a escravidão, fotografias, cartões-postais, Arquivos da Arte Brasileira e mais de cinco mil livros doados para sua biblioteca.

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eventos

por Maria Fernanda Romero

A 44ª edição da Offshore Technology Conference (OTC), realizada entre os dias 6 e 9 de maio, no Reliant Park, em Houston (EUA), teve novo recorde de público: 104.800 participantes, o segundo maior da história e um aumento de 17% em relação ao ano passado. O evento contou com 2.728 empresas representando 40 países, incluindo 244 novos expositores em 2013. As empresas internacionais eram 39% dos expositores.

OTC 2013 registra

NOVO RECORDEde participantes

OTC 2013

As tecnologias inovadoras e as práticas mais seguras e eficientes continuaram sendo o foco das discus-sões da conferência. Dos

temas abordados em destaque constam o papel das operadoras estatais na in-dústria petrolífera e o desenvolvimento do setor em países emergentes, como Moçambique, Angola e Nigéria.

Outro painel de grande reper-cussão este ano foi ‘Perspectivas no mercado global de energia – mol-dando o futuro!’, que reuniu mais de 250 pessoas. Participaram do painel, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster; o ministro do Petróleo de Angola, José de Vas-concelos; o ministro da Indústria, Turismo e Investimentos do Cana-dá, David Ramsey; e o diretor de Exploração e Produção da Pemex, Carlos Morales-Gil.

Os palestrantes discutiram suas responsabilidades crescentes e seu papel no cenário da indústria global. Na ocasião, a mediação foi feita por Gamal Hassan, responsável pela programação da OTC.

O evento deste ano apresentou nove sessões-painéis, 29 apresen-tações de executivos em almoços e cafés da manhã, e 298 trabalhos técnicos. Os principais porta-vozes das grandes companhias privadas e nacionais de petróleo, e opera-dores independentes apresentaram suas opiniões sobre os desafios atuais e os caminhos futuros da indústria.“Tivemos uma conferên-cia ótima, com cobertura técnica ampla e profunda, apoiada por excelentes painéis e apresenta-ções”, disse Steve Balint, chairman da OTC. “Tecnologia é o coração da indústria offshore e tudo isso

estava aqui em exibição na OTC 2013”, completou.

Visitantes de alto nívelGovernadores (Texas, Alabama,

Alasca, Mississippi, Carolina do Norte e Carolina do Sul) do Outer Continen-tal Shelf Governors Coalition parti-ciparam de um painel de discussão sobre o desenvolvimento de energia offshore e a necessidade de maior co-operação entre os estados e o governo federal. O secretário americano do Interior, Sally Jewell, visitou o pavi-lhão de exposições e uma conferência de imprensa na qual falou sobre o seu compromisso de trabalhar com os líderes da indústria para garantir operações de exploração offshore de petróleo e gás ambientalmente segu-ras e responsáveis.

Ministros de Energia e altos executivos de companhias petrolí-

eventos - OTC 2013

80 Vitrine mundial82 Café da manhã Brasil e EUA84 Pavilhão Brasil: disputa

acirrada por espaço

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Rua do Rosário, 99/7º andar Centro – CEP 20041-004Rio de Janeiro – RJ – BrasilTel/fax: 55 21 [email protected]

DIRETOR EXECUTIVOBenício Biz - [email protected] DE NOVOS NEGÓCIOSLia Medeiros (21 8241-1133)[email protected]

EDITORABeatriz Cardoso (21 9617-2360)[email protected]

EDITOR DE ARTE, CULTURA E GASTRONOMIAOrlando Santos (21 9491-5468)

REPÓRTERESMaria Fernanda Romero (21 8867-0837) [email protected]

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RELAÇÕES INTERNACIONAISDagmar Brasilio (21 9361-2876) [email protected]

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DISTRIBUIÇÃO Benício Biz Editores Associados.

Filiada à ANATEC

Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores.TN Petróleo é dirigida a empresários, executivos, engenheiros, geólogos, técnicos, pesquisadores, fornecedores e compradores do setor de petróleo.

Máquinas, avante!

Benício BizDiretor executivo da TN Petróleo

Com uma arrecadação recorde de R$ 2,8 bilhões em bônus de assinatura e um saldo de quase R$ 7 bilhões em investimentos nos Programas Exploratórios Mínimos (PEM), a 11ª Rodada de Licitações da ANP, realizada em um dia, foi a ordem de soltar amarras e

içar âncora, que a indústria de óleo e gás esperava há mais de quatro anos por isso! Depois do banzeiro que se seguiu às primeiras descobertas do pré-sal, em que todos

enfrentaram o mar agitado pelas mudanças no marco regulatório, regime de partilha e cessão onerosa, e ainda a disputa em torno dos royalties (que ainda pode provocar intempéries), companhias petrolíferas do mundo inteiro aportaram no mercado brasileiro para se abaste-cer de novos ativos exploratórios.

O fim da calmaria das licitações, aliado à revisão do Plano de Negócios e Gestão da Petrobras para 2013-2017 (de U$ 236,7 bilhões) prevendo a continuidade de projetos e a necessidade de nada menos de 15 novas platafor-mas para que a produção do pré-sal supere um milhão de barris de óleo equivalente (boe) a partir de 2017, soou para a cadeia de fornecedores de bens e serviços como uma ordem de ‘máquinas, avante!’... e com toda a força!

E foi ouvida tanto no Brasil como no exterior, como pudemos comprovar na OTC 2013, maior feira tecnoló-gica offshore do planeta, realizada em Houston (EUA) e da qual a TN Petróleo participa desde o seu nascimento. Prova disso é a corte feita às duas principais executivas do setor petrolífero no Brasil, Graça Foster, presidente da Petrobras (que sequer precisou de estande para ser um dos centros das atenções) e Magda Chambriard, diretora--geral da ANP, que uma semana depois conduziu o leilão de R$ 2,8 bilhões.

Outro sinal de que o navio está pronto para zarpar e de que todos querem se qualificar para navegar sem so-bressaltos foi a presença massiva de empresas brasileiras no Pavilhão Brasil, que já não tem como abrigar tantas organizações – merecendo, portanto, maior espaço neste evento, até mesmo por ser o único país a ter participa-ção no board da OTC, por meio do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP). Mais além de prospectar negócios, os brasileiros foram cortejados por empresas internacionais que buscam parcerias (e até mesmo fusões e aquisições) para entrar nesse mercado.

A participação das grandes oil companies no leilão da ANP, assim como a de empresas brasileiras de todos os portes, da OGX e Queiroz Galvão às novas operadoras e estreantes, assim como a diversidade de bacias que tiveram blocos arrematados, sinalizam a expansão das fronteiras desta indústria, que avança por terra e mar. O que vai alavancar e expandir ainda mais os negócios de Norte a Sul, como poderemos aferir na Brasil Offshore, a mais tradicional feira do setor, realizada no coração da indústria petrolífera brasileira, o Norte Fluminense.

Bons negócios para todos!

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O naviO petrOleirO Suez-max Zumbi dos Palmares entrou em operação no último dia 20 de maio depois de ser entregue à transpetro, em cerimônia no estaleiro atlântico Sul (eaS), em pernambuco. a embarcação é a quinta do programa de Mo-dernização e expansão da Frota (promef) recebida pela trans-petro nos últimos 18 meses, e a segunda entregue pelo eaS para a transpetro. O primeiro foi o Suezmax João Cândido.

Com 274 m de comprimento e capacidade para transportar um milhão de barris – metade da produção diária brasileira – o Zumbi dos Palmares vai operar no transporte de petróleo bruto. na viagem inaugural, o Suezmax vai para a Bacia de Campos, mais precisamente para a plataforma p-38, de onde vai levar o carrega-mento de petróleo até o terminal da petrobras na cidade de São Sebastião, em São paulo.

O navio faz parte da encomen-da de 49 embarcações, feita pelo promef, e que serviu como garan-tia do reerguimento da indústria naval brasileira, que hoje tem a terceira maior carteira de enco-mendas de petroleiros do mundo.

“Desde o lançamento do es-taleiro atlântico Sul estamos tra-balhando forte e constantemente para aprimorar nossos processos e acabamentos, e o Zumbi dos Palmares é mais um passo que damos nesse sentido”, avaliou o presidente do eaS, Otoniel Silva reis. Já o presidente da trans-petro, Sérgio Machado, afirmou que a indústria naval brasileira está no rumo certo.

“Já são cinco novos petroleiros em operação e o ritmo de entregas vai se acelerar ainda mais”, con-cluiu. ainda este ano, mais duas

embarcações do promef começam a operar: o navio de produtos José de Alencar, construído pelo esta-leiro Mauá, e o Suezmax Dragão do Mar, que está sendo construído pelo próprio eaS.

além desse último navio, o eaS está produzindo outras três embarcações simultaneamente. O C-004 (em fase de montagem de blocos e pré-edificação) e o C-005 (em fase de fabricação e montagem de blocos), e ainda a primeira plataforma de perfu-ração construída no Brasil, sob encomenda da Sete Brasil.

a presidente da petrobras, Graça Foster, afirmou que

com a cons-trução dos dois primeiros navios, o nível de excelência e os erros vêm diminuindo. Segundo ela,

o retrabalho, que foi de 40% no João Cândido, chegou a 12% no Zumbi dos Palmares e a expecta-tiva é que seja de apenas 4% no Dragão do Mar. Graça anunciou ainda o investimento da petro-bras em um centro de tecnologia da construção naval, para apri-morar ainda mais as empresas e profissionais do setor.

a presi-dente Dilma Rouseff afirmou durante o seu discurso que a continuidade das ações no setor naval nos

últimos 10 anos foi de fundamen-tal importância para o sucesso do projeto. ela disse ainda que para acompanhar o crescimento da indústria de óleo e gás nos próximos anos será primordial a construção de plataformas e desenvolver a indústria local.

“não há como produzir quatro e cinco milhões de barris por dia sem que se construam plataformas, navios, equipamentos, e princi-palmente, sem empregos qualifi-cados.”, concluiu. a produção do Zumbi dos Palmares envolveu qua-se dois mil profissionais e utilizou mais de 21 mil toneladas de aço.

Zumbi dos Palmares entra em operação

Especificações técnicas

Tipo: SuezmaxPorte bruto: 157,7 mil toneladasDimensões: 274,2 m de com-primento total; 48 m de largura (boca moldada); calado: 17 mCapacidade de transporte: 1 milhão de barrisAutonomia: 29.000 milhas náuticasVelocidade: 14,8 nós

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Chevron volta a produzir no Campo de Frade

Servmar abre escritório no Rio

MP do Portos é aprovada no Senado

a aMeriCana ChevrOn voltou a produzir petróleo no Campo de Frade, Bacia de Campos, em 30 de abril. a empresa foi obrigada a interromper a produção após um segundo vazamento de óleo re-gistrado na região, em março de 2012. O primeiro vazamento havia ocorrido em novembro de 2011.

em 8 de abril, a petrolei-ra americana foi liberada pela

agência nacional do petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (anp) a retomar a atividade de produção no local.

S e g u n d o a C h e v r o n , a companhia está operando no campo seguindo todas os pro-tocolos de segurança e irá in-tensificar as suas atividades no local gradualmente ao lon-go das próximas semanas.

a ServMar aMBiental & engenharia, empresa de consul-toria ambiental e engenharia, abriu o seu escritório regional no rio de Janeiro, para intensificar sua atuação no estado, uma vez que já conta com bases opera-cionais em Macaé e Duque de Caxias. Com experiência em projetos de construção de siste-mas de armazenamento de com-bustíveis, manutenção predial em refinarias e gestão ambiental, a empresa quer ampliar sua participação no mercado indus-trial e de óleo e gás, com foco em projetos offshore.

Com os novos negócios no rio de Janeiro, a empresa espera aumentar o seu faturamento em 30% até 2014, devido à oferta do petróleo, a possibilidade de

exploração do pré-sal em larga escala e o elevado nível de inves-timentos na região.

“nossa estratégia de ex-pansão prevê o desenvolvimen-to de projetos voltados tanto para refinarias quanto para

empreendi-mentos de in-fraestrutura e de exploração de petróleo e gás natural em águas abertas, incluindo pla-

taformas petrolíferas e geren-ciamento de resíduos offshore. nesse sentido, já estamos em conversação avançada com grandes players do mercado”, adianta o diretor técnico da Servmar, Maurício Prado.

DepOiS De paSSar por tumul-tuadas sessões e de ter a aprova-ção na Câmara dos Deputados, o texto do projeto de lei de Conver-são (plv) sobre a Medida provi-sória (Mp) 595, conhecida como Mp dos portos, seguiu para o Senado, que aprovou o documen-to por 53 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.

Como se trata de projeto de lei de conversão, não será neces-sário que os senadores aprovem a redação final, de modo que a votação foi concluída. antes da votação do mérito do plv, os senadores já tinham rejeitado todas as emendas propostas. Com isso, não houve qualquer alteração à matéria, que não precisará voltar para nova apreciação da Câmara dos De-putados. O texto segue agora para sanção da presidente Dil-ma rousseff, que tem até o dia 5 de junho para sancionar ou vetar parcial ou integralmente o projeto.

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Maersk passa a treinar profissionais no Brasila DeManDa pOr qualificação profissional associada à indústria de petróleo está levando a Maersk training, divisão de negócios da dinamarquesa Maersk, a apostar no treinamento de pessoal no país. a empresa inaugura, até agosto, um centro de treinamento na Barra da tijuca, zona Oeste do rio. O centro será equipado com dois simulado-res que reproduzem, em ambiente virtual, as condições enfrentadas no mar. Os equipamentos serão usa-dos para treinar profissionais que atuam na perfuração de poços de petróleo e na operação de embar-cações, em especial de barcos de apoio às plataformas.

no total, a empresa planeja investir mais de r$ 10 milhões no negócio treinamento no Bra-sil. a meta da Maersk training é capacitar 500 profissionais em 2013, número que vai dobrar a cada ano até chegar a quatro mil profissionais em 2016. a Maersk training conta com dois centros de treinamento na Dinamarca, um na noruega, um no reino Unido e outro na Índia. tem também insta-lações, em acordo com parceiros locais, em Dubai e Cingapura. O centro brasileiro é o mais recente e começou a ser montado a partir de decisão da empresa em 2010. “vimos oportunidades no Brasil”, disse hans Dürke Bloch-Kjaer, di-retor da Maersk training Brasil.

a preocupação com o treinamento de pessoal ganhou força na Maersk depois que uma das empresas do grupo, a Maersk Drilling, enfrentou a explosão de um poço de petróleo no Mar do norte, nos anos de 1970. O acidente levou a uma investigação que concluiu que o treinamento dado pela empresa não resultava em mu-dança de comportamento das pessoas. Como resultado, foi criado um centro de treinamento, o Maersk Drilling Centre, no fim dos anos de 1970.

Outras divisões de negócios da Maersk também despertaram para a importância do tema. nos anos 90, a Maersk criou uma empresa fo-cada em treinamento que até 2009 atuou só para o grupo. a partir de 2010, a Maersk training passou a

oferecer também serviços de trei-namento ao mercado.

O centro de treinamento da em-presa no rio será equipado com dois simuladores. Um voltado para perfura-ções de poços de petróleo. neste caso, vai se treinar o controle de poço, para evitar acidentes, incluindo explosões. O outro simulador será aplicado à área marítima e inclui o treinamento de operações de ancoragem de platafor-mas e o uso, em embarcações offshore, do chamado posicionamento dinâmico (Dp, na sigla em inglês). O Dp é uma ferramenta que utiliza satélites para manter um barco na mesma posição, corrigindo desvios causados pelo vento e pelas marés. Simulador semelhante ao da Maersk training custa no mer-cado cerca de € 800 mil.

Maemfe inicia parceria com empresa espanholaA MAEMFE ESTABELECEU uma coo-peração tecnológica com a espanhola CN Siglo XXI. A parceria visa ampliar a participação da metalúrgica brasilei-ra no ramo de caldeiraria naval.

Com mais de 20 anos no setor offshore, a CN Siglo XXI atua no campo de fabricação de todo tipo de grandes estruturas especiais e pontes metálicas. Além de fabricar os módulos da Ponte de Oresund, maior ponte ferroviária da Europa, a empresa construiu as pas-sarelas de fluxo do Aeroporto Barajas,

entre diversos pro-jetos. Na área de caldeiraria naval, a espanhola tem em seu portfolio diversas platafor-mas para tubula-ções, fabricação e montagem de

blocos em dique, elementos auxiliares a bordo, entre outros.

Para Jorge Dobao, diretor da Maemfe, a parceria represen-

ta um salto importante para a metalúrgica no mercado offshore. “Estamos alinhados com a dire-ção estratégica da exploração e produção no Brasil”.

No final do ano passado, a brasi-leira começou a fabricar a primeira remessa de portas corta-fogo em parceria com a norueguesa Rapp Bomek. As parcerias internacionais visam suprir o mercado nacional com transferência de tecnologia à empre-sas brasileiras.

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Primeiro leilão do pré-sal vai licitar Campo de Libra

GE investirá US$ 1,3 bilhão no Brasil até 2016

a aGênCia naCiOnal do petróleo, Gás natural e Bio-combustíveis (anp) anunciou a antecipação da 1ª rodada de licitação do pré-sal, que acon-teceria em novembro, para a segunda semana de outubro, devido a sua grande importân-cia, de acordo com a agência. a anp vai ofertar o prospecto de libra, localizado a 183 km da costa do rio de Janeiro, em lâmina d’água de 1.964 m, no pré-sal da Bacia de Santos. a ideia da anp é realizar o leilão em Brasília, para ter a presença da presidente Dilma rouseff.

Com bases nos dados sísmi-cos em 3D obtidos pela agência ainda no mês de maio, a expec-tativa é de que o campo tenha de 26 a 42 bilhões de barris na sua totalidade, sendo que desse valor, o volume de óleo recu-perável é de 30%, ou seja, deve ser entre oito e 12 bilhões de barris.

a diretora-geral da anp, Magda Chambriard, disse que esse é um campo pujante. “li-bra é um prospecto muito gran-de e muito diferente de tudo que tínhamos até agora”, afir-mou. “em 30 anos trabalhando no setor de petróleo, nunca vi

uma licitação dessa dimensão. O leilão do pré-sal vai chamar a atenção do mundo todo”, completou. para se ter ideia do tamanho do libra, o campo de Marlim, maior produtor do país, tem um volume recuperável de 2 bilhões de barris... isso quer dizer que libra é no mínimo quatro vezes maior.

O leilão será feito sob o regi-me de partilha, com a petrobras como operadora com 30% de participação mínima e sócia de todos os campos. a adoção do regime de partilha da produ-ção, em substituição ao de concessões, faz com que o es-tado fique com uma parcela da produção física em cada campo de petróleo. Os contratos de exploração e produção serão de 35 anos improrrogáveis.

Com o novo modelo, a em-presa paga um bônus à União ao assinar o contrato e faz a ex-ploração por sua conta e risco. Se achar petróleo, será remu-nerada em petróleo pela União por seus custos. além disso, receberá mais uma parcela, que é seu ganho. O restante fica para a União.

para a diretora da anp, a expectativa do mercado é grande e as principais em-presas do setor de óleo e gás devem participar do leilão, inclusive as aguardadas chinesas e japonesas. ainda de acordo com Magda Cham-briard, os próximos leilões do pré-sal serão feitos pelo menos de dois em dois anos, sendo assim, somente teremos novos leilões em 2015.

APóS REVISAR seus planos de in-vestimentos no Brasil, a GE definiu três prioridades: localização, novas plantas e projetos de infraestrutura. Esse tripé receberá US$ 1,3 bilhão até 2016.

“Não há dúvidas do nosso en-tusiasmo com o Brasil. Há 93 anos fazemos história aqui e queremos possibilitar a evolução da infraes-trutura local a passos largos”, disse o CEO da companhia, Jeff Immelt,

durante passagem pelo país, de 1º a 3 de maio para visitas a clientes.

Consideran-do o plano de investimento 2011-2016, o aporte em localização

será dedicado a aumentar a presença de componentes nacionais da GE. A parcela a ser investida em novas

plantas permitirá à empresa crescer sua operação em todos os negócios, em unidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

“Todos os negócios da GE são fundamentais para o crescimento na região. Ao longo dos últimos anos, a GE expandiu seu portfólio em todas as áreas, está simplificando seus pro-cessos e trabalha para transformar as oportunidades da América Latina em crescimento para a companhia.”

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A Villares Metals fornece aços especiais para fabricação de componentes utilizados no segmento de óleo e gás. Estamos presentes da superfície até o fundo do mar, totalmente comprometidos com o desenvolvimento do mercado energético. Peças para as mais diferentes aplicações: cabeça de poço, árvore de Natal, manifold, conectores, risers, barras em aços e ligas especiais, PLEM/PLET e ferramentas para perfuração.

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a prODUçãO inDUStrial manteve-se em crescimento em abril. De acordo com a Sondagem industrial divulgada em 20 de maio pela Confederação nacional da in-dústria (Cni), o índice de evolução da produção de abril ficou em 52,8 pontos, 0,1 ponto a menos do que no mês anterior (52,9).

Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100. acima de 50 indicam crescimento na produção, estoque acima do planejado e utili-zação da capacidade instalada aci-ma do usual. O índice de utiliza-ção da capacidade instalada subiu de 44,4 para 46 pontos e o número de empregados na indústria ficou praticamente estável, com índice de 50,2 pontos.

De acordo com a Cni, o ponto negativo da pesquisa foi o au-mento dos estoques de produtos finais, sobretudo entre as grandes empresas. O índice de estoques passou de 50 para 51,2 pontos e, no caso das grandes empresas, de

51,3 para 54,1 pontos, o maior va-lor desde julho de 2012. Segundo a confederação, estoques indese-jáveis elevados podem ser um obs-táculo à continuidade da retomada da atividade industrial.

em maio, as expectativas dos empresários para os próximos me-ses ficaram praticamente estáveis em relação à demanda, compras de matéria-prima e número de

empregados. Com relação às expectativas para os próximos seis meses sobre as exportações, os empresários voltaram a mostrar otimismo em maio, após perspecti-vas estáveis em abril.

a Sondagem industrial foi feita entre 2 e 14 de maio com 1.874 empresas de todo o país, das quais 673 são pequenas, 724 médias e 477 de grande porte.

aS hiDrelétriCaS geraram em fevereiro 45.917 MW médios em ener-gia, o equivalente a cerca de 74% do consumo do país no mês, que foi de 61.991 MW médios – o maior registra-do nos últimos 13 meses. a produção das usinas hídricas foi aproximada-mente 6% superior à registrada em ja-neiro e a maior desde agosto de 2012.

Os números constam do boletim infoMercado, publicado mensalmente pela Câmara de Comercialização de energia elétrica (CCee). O documento ainda aponta que a geração das terme-létricas teve leve retração, fechando fevereiro em 12.722 MW médios, contra 12.894 MW médios em janeiro. é a me-nor produção do parque térmico desde

setembro. as térmicas a gás tiveram alta na produção no mês, enquanto as movidas a óleo e as bicombustíveis re-duziram a participação na geração total.

O informativo da CCee ainda contém dados sobre consumo, con-tratos, liquidação financeira do mer-cado de curto prazo, encargos e outros pontos referentes ao setor elétrico.

Produção industrial mantém crescimento

Geração hidrelétrica cresce em fevereiro

Governo reduz imposto de derivados de petróleoO GOVERNO DESONEROU a im-portação de derivados de petróleo usados na fabricação de produtos a serem exportados. Segundo nota do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a medida beneficia a fabricação de mercadorias a partir de materiais plásticos e químicos.

O decreto publicado no Diário Oficial informa que os insumos passam a ser contemplados pelo regime espe-cial chamado drawback. Trata-se de um sistema criado pelo Decreto-Lei 37/66, que permite a desoneração da importação de mercadorias, desde que as aquisições estejam vinculadas a um compromisso de exportação.

Além de desonerar importações, o decreto atualiza e simplifica regras relativas ao drawback. Uma das inovações é a possibilidade de subs-tituir os insumos beneficiados pelo regime, importados ou adquiridos no mercado interno, por mercadorias equivalentes, da mesma espécie, qualidade e quantidade.

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a prODUçãO BraSileira de aço bruto em abril foi de 3 milhões de toneladas, queda de 1,6% em em relação ao mesmo mês de 2012. Quanto aos laminados, a produção de abril, de 2,2 milhões de tone-ladas, apresentou alta de 3,3%, quando comparada com abril do ano passado. Com esses resultados, a produção acumulada em 2013 totalizou 11,3 milhões de tonela-

das de aço bruto e 8,4 milhões de toneladas de laminados, redução de 3,6% e 0,1%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2012. Os dados são do instituto aço Brasil.

Quanto às vendas internas, o resultado de abril foi de 1,9 milhão de toneladas de produtos, aumen-to de 6,2% em relação a abril de 2012. as vendas acumuladas em 2013, de 7,3 milhões de toneladas,

mostraram crescimento de 2,3% com relação ao mesmo período do ano anterior.

as exportações de produtos siderúrgicos em abril de 2013 atin-giram 817 mil toneladas no valor de 540 milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2013 totalizaram 3,3 milhões de toneladas e 2,1 bilhão de dólares, representando declínio de 3,7% em volume e de 13,2% em valor, quan-do comparados ao mesmo período do ano anterior.

no que se refere às importa-ções, registrou-se em abril o volu-me de 330 mil toneladas (US$ 371 milhões) totalizando, desse modo, 1,2 milhão de toneladas de pro-dutos siderúrgicos importados no ano, redução de 10,7% em relação ao mesmo período de 2012.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em abril foi de 2,3 milhões de toneladas, to-talizando 8,5 milhões de toneladas em 2013. esses valores represen-taram alta de 7,8% e 0,7%, respec-tivamente, em relação aos mesmos períodos do ano anterior.

Produção de aço bruto tem queda de 1,6%

a QGep participações S.a., a maior produtora independente de petróleo e gás do Brasil, divul-gou em 8 de maio que a produ-ção média de gás do Campo de Manati totalizou 6,6 MMm³/dia no primeiro trimestre de 2013, comparado com 5,2 MMm³ no mesmo período do ano anterior. O resultado se deve a alta demanda por parte das usinas termelétricas brasileiras observado após um longo período de seca.

O fluxo de caixa de atividades operacionais foi de r$ 98,7 mi-lhões, o que representa um aumen-to de 77,1% em relação ao primeiro trimestre de 2012 (1t12). em 31 de março de 2013, o saldo de caixa incluindo caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras era de r$ 1.034,3 milhões. Já a receita

líquida alcançou r$ 131,9 milhões no primeiro trimestre de 2013 (1t13), com crescimento de 37,4% em relação ao 1t12 e 13,7% quando comparada ao 4t12, respectiva-mente. O ebitdax atingiu r$ 77,9 milhões, 27,1% acima dos r$ 61,3 milhões registrados no mesmo perí-odo do ano anterior. a margem ebi-tdax foi de 59,1%. O lucro líquido foi de r$ 65,7 milhões comparado aos r$ 69,2 milhões registrados no

1t12, com mar-gem de 49,8%.

“nes-te trimestre, reportamos um excelente resul-tado operacional proporcionado

pela elevada produção de gás do Campo de Manati e, consequen-temente, o aumento expressivo na receita e no fluxo de caixa em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. a QGep encer-rou o primeiro trimestre de 2013 com uma posição de caixa de r$ 1 bilhão e sem endividamento. Os resultados representam um sólido início para este ano, que será de importantes realizações para a empresa”, afirma o presidente da QGep, Lincoln Guardado.

Produção média do Campo de Manati foi de 6,6 MMm³/dia

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20 TN Petróleo 89

indicadores tn

EM ABRIL, O GRUPO que produz mais de um em três barris consumidos a cada dia ao redor do mundo já tinha reduzido sua previsão para a demanda mundial em 10 mil barris por dia. No entanto, a organização projeta que a economia mundial deverá precisar de 89,67 milhões de barris por dia neste ano, o equivalente a uma alta de 840 mil de barris por dia em relação ao ano passado.

Quem também cortou suas previ-sões com relação ao crescimento da demanda por petróleo este ano foi a Agência Internacional de Energia (AIE). O corte das expectativas da AIE ficou em 25 mil barris por dia, devido à fraca demanda em países industrializados, especialmente na Europa, onde o con-sumo deverá ser o mais baixo desde a década de 1980.

Anteriormente, o Departamento de Energia (DOE) dos EUA havia feito o mesmo, diminuindo suas estimativas em 140 mil barris diários. A AIE, no entanto, destacou os significativos riscos para a oferta, particularmente na Nigéria e na Líbia, que são membros da Opep, e disse que a recente queda dos preços pode ter vida curta.

O alerta para a demanda, feito pe-los três maiores grupos de petróleo do mundo, surge depois de relatórios

semanais sobre estoques nos EUA apontarem para os maiores volumes armazenados no país em 32 anos, o que está pressionando os preços da commodity.

A oferta global de petróleo, de acor-do com os números da Opep, deve ficar em uma média de 90 milhões de barris por dia. A organização verificou um pe-queno aumento de 0,10 mb/d em março na comparação com o mês anterior.

O relatório da Opep diz ainda que o Brasil tem uma expectativa de cresci-mento de 90 mil barris por dia para o seu fornecimento de petróleo, chegando a 2,69 milhões de barris por dia em 2013. Segundo a entidade, dados atuais de produção apontam que tudo deve ficar

dentro da expectativa de oferta, relati-vamente estável, em comparação com o quarto trimestre de 2012. O abasteci-mento do país também deverá manter--se em relativa estabilidade no primeiro semestre deste ano e, em seguida, deve crescer no segundo semestre.

De acordo com dados preliminares, a média foi de 2,60 mb/d em janeiro e fevereiro, uma queda de 150 mil barris por dia em relação ao mesmo perío-do de 2012. Este declínio se deveu a várias paradas na Bacia de Campos, nos campos de Marlim, Marlim Leste e Roncador. Em bases trimestrais, a oferta do Brasil para este ano deve ficar em 2,62 mb/d, 2,64 mb/d, 2,73 mb/d e 2,78 mb/d, respectivamente.

Out

11

Dez

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Jan

11

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Mar

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Abr

11

Mai

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Jun

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1

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12

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12

Mai

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Jun

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Jul1

2

Ago

12

Set

12

Out

12

Nov

12

Em função do fraco consumo em países industrializados, no primeiro trimestre, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu, no último rela-tório de abril, sua previsão de crescimento da demanda mundial por petróleo em 40 mil barris de petróleo por dia para 2013.

Opep reduz previsão de demanda para esse ano

Produção de países-membros da Opep e não membros – abril/11 a março/13

a ativiDaDe eCOnôMiCa apresentou crescimento de 1,05%, no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três me-ses de 2012. Os dados são do Índice de atividade econômica do Banco Central (iBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período).

em março, o iBC-Br apresentou expansão de 0,72% na comparação com fevereiro (indicador ajustado para o período). O crescimento veio

depois da queda de 0,36% registrada em fevereiro em relação a janeiro, segundo os dados revisados. em ja-neiro comparado a dezembro, houve crescimento de 1,05%.

na comparação com março de 2012, o crescimento do terceiro mês do ano ficou em 1,16% (sem ajustes). no ano, o iBC-Br cresceu 1,79% e em 12 meses, 0,91% (sem ajustes).

O iBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar a evolução da atividade eco-

nômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.

O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica. essa avaliação também contribui para as decisões do Comitê de política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic.

Economia cresce 1,05% no primeiro trimestre

26

27

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31

32

Ou

t12

Ago

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Set11

Ou

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Ju

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Ju

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Maio

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TN Petróleo 89 21

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22 TN Petróleo 89

indicadores tn

Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022

Produção de óleo e LGN (em mbpd) - Brasil

Out Nov Dez Jan Fev Mar

Bacia de Campos 1.589,2 1.605,9 1.657,0 1.619,1 1.562,5 1.480,4

Outras (offshore) 140,0 150,6 156,5 135,7 145,6 156,9

Total offshore 1.729,2 1.756,5 1.813,5 1.754,8 1.708,1 1.637,4

Total onshore 210,6 211,8 218,5 209,7 212,1 209,1

Total Brasil 1.939,9 1.968,3 2.032,0 1.964,5 1.920,2 1.846,4

Produção de GN sem liquefeito (em mm³/d)* - Brasil

Out Nov Dez Jan Fev Mar

Bacia de Campos 23.660,3 24.361,9 25.659,2 25.378,6 24.459,2 24.021,2

Outras (offshore) 22.837,7 21.860,4 22.922,9 22.790,8 22.590,7 23.539,1

Total offshore 46.498,0 46.222,3 48.582,1 48.169,5 47.040,9 47.560,2

Total onshore 15.927,3 15.956,9 16.377,3 15.920,9 15.810,2 16.059,1

Total Brasil 62.425,3 62.179,2 64.959,4 64.090,3 62.860,1 63.619,4

Out Nov Dez Jan Fev Mar

Produção de óleo e LGN (em mbpd)** - Internacional

Exterior 150,8 119,3 145,2 149,3 149,1 147,9

Produção de GN sem liquefeito (em mm³/d) - Internacional

Exterior 16.741,0 16.395,1 16.535,1 15.995,9 15.764,1 15.547,2

Produção total de óleo, LGN e de gás natural (em mboe/d)

Brasil+Exterior 2.581,8 2.575,2 2.683,1 2.611,1 2.557,4 2.485,9

Produção da Petrobras de óleo, lgn e gás natural Período de 10/2012 a 03/2013

(*) Inclui gás injetado.

(**) Em 2003 inclui os dados da Petrobras Energia (ex-Pecom). Fonte: Petrobras

bovespa (%)

dólar comercial*

DJ Oil & Gas (%)

euro comercial*

14/mar

*Valor de venda, em R$

15/maio14/mar

15/maio

15/maio14/mar

15/maio14/mar

2,0231,973

0,49-0,18

-0,381,38

2,602,56

Variação no período: 3.09%

Variação no período: -4.27%

Variação no período: 2.51%

Variação no período: 1.88%

A Confederação nacional da indústria (Cni) apresen-tou no dia 21 de maio, em

Brasília, o documento intitulado Mapa estratégico da indústria 2013-2022, que estabelece metas e objetivos visando à melhoria da indústria nacional e ao aumento da competitividade até 2022, ano em que o Brasil completa 200 anos de independência.

O documento define que, no período até 2022, a participação dos produtos manufaturados bra-sileiros deve subir dos atuais 1,7% para 2,2% da produção mundial. O mapa estratégico também prevê

que a produtividade média da in-dústria nacional dobre, no mesmo período. O índice alcançaria 4,5%

ao ano, ante a média de 2,3%, alcançada nos últimos 20 anos.

O Mapa estratégico da in-dústria 2013-2022 é resultado de pesquisa de nove meses entre 500 representantes empresariais que, durante esse período, identificaram os fatores-chave para aumentar a capacidade de produção da indús-tria e ampliar a participação do segmento na economia nacional.

Segundo o presidente da Cni, Robson Andrade, o trabalho de-senha a visão da indústria no país e destaca os principais obstáculos do segmento. “O grande desafio é elevar os níveis de produtividade e

Page 27: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 23

FRASES

“Para produzir quatro e cinco

milhões de barris por dia é fun-

damental que se construa plata-

formas, navios, equipamentos,

e principalmente, que se forme

profissionais qualificados.” Dilma Rouseff, presidente do Brasil -

20/05/2013 - TN Petróleo

“A Petrobras irá dobrar de tama-

nho em cinco anos.” Graça Foster, presidente da Petrobras -

07/05/2013 - Exame

“Libra é um prospecto muito gran-

de e muito diferente de tudo que

nós tínhamos até agora.” Magda Chambriard, diretora-geral da ANP,

23/05/2013 - TN Petróleo

“Os fornecedoras de servi-ços devem se preparar para a nova demanda que vem com a retomada dos leilões. Vamos ter um novo período de crescimento acentuado da indústria. E a preparação para essa demanda, que virá a partir de 2015, tem que começar já... Não é possível atingir a capacidade de 75% de conteúdo nacional sem mão de obra preparada.” Maurício Figueiredo, Instituto Brasileiro de Pe-

tróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), 22/05/2013

- TN Petróleo.

“O grande desafio é elevar os níveis de produtividade e eficiência, atuando nos fatores--chave de competitividade. A indústria pode ser maior e melhor.” Robson Andrade, presidente da Confederação

Nacional da Indústria (CNI) - 21/05/2013 -

Agência Brasil

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petróleo WtI (US$)

petrobras

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15/maio14/mar

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14/mar

14/mar

1,22 R$ 16,59

-0,85 R$ 14,04

0,40 R$ 35,00

-2,10 R$ 32,10

-2,03 R$ 30,44

0,81 R$ 33,63

0,59 R$ 18,91

3,14 R$ 17,43

0,10 R$ 19,57

3,30 R$ 19,38

103.5108.96

94.2893.03

6,82 R$ 1,88

0,84 R$ 2,39

Variação no período: -0.20%

Variação no período: 1.90%

eficiência, atuando nos fatores-cha-ve de competitividade. a indústria pode ser maior e melhor”, disse.

a seleção dos fatores impac-tantes levou em consideração o impacto relevante e direto na competitividade da indústria, e a abrangência e durabilidade do impacto do fator-chave, em termos de ganho de produtividade. além disso, foram destacadas “as opor-tunidades e ameaças decorrentes das mudanças em curso no Brasil e no mundo com maior impacto na atividade industrial”.

para atingir percentuais eleva-dos, o estudo destaca que o país precisa de fundamentos macroe-conômicos sólidos e percentual de tributos cumulativos que “reduzam

as incertezas e geram confiança para o investidor”.

para isso, foram identificados dez fatores-chave “capazes de garantir a produtividade e com-petência da indústria na próxima década”. São eles: educação; ambiente macroeconômico; eficiência do estado; segurança jurídica e burocracia; desenvol-vimento de mercados; relações de trabalho; financiamento; infraestrutura; tributação; e ino-vação e produtividade.

Segundo o estudo, os requisitos selecionados têm impacto relevante e direto na competitividade da in-dústria nacional por terem abran-gência e durabilidade em termos de ganho de produtividade.

Page 28: TN Petróleo #89

24 TN Petróleo 89

entrevista exclusiva

A Georadar, empresa brasileira que

consolidou uma bem-sucedida trajetória

no mercado onshore como prestadora

de serviços de levantamentos

geofísicos, diagnósticos ambientais e

geotécnicos, e há três anos iniciou operações

offshore, inclusive no pré-sal brasileiro,

quer ir para além das novas fronteiras

exploratórias do Brasil, em busca de

negócios no mercado internacional.

por Maria Fernanda Romero

GEORADAR qUER NAVEGAR

EM OUTROS MARES

“SOMOS UMA EMPRESA na qual a sísmica é parte importante. É natural que seja também no mar”, diz o presidente de Novos Negócios e do conselho da Georadar, explicando a razão de a empresa ter feito parcerias para entrar no segmento offshore. Os resultados dessa diversificação dos negócios são alentadores. “Nossa liability é muito baixa e o índice de satisfação dos nossos colaboradores e dos nossos clientes é alto. Estamos nos tornando uma empresa global relevante”, afiança o executivo, ponderando: “Somos competitivos. Não obstante, ainda temos ‘chão’ para melhorar. Uma empresa de serviços tem sempre um longo caminho pela frente se permanecer na trilha certa”, conclui.

TN Petróleo – A Georadar nasceu em 1999, na incubadora do Centro de Pesquisa em Geofísica Ambiental dedicado ao petróleo, da Universidade de São Paulo (USP). Nascer em uma incubadora trouxe algum tipo de vantagem competitiva? Assegurou algum atributo diferenciado para a empresa?Celso Magalhães – Sim, e foi por isso que a Georadar me atraiu em 2003, embora fosse muito pequena. Havia um bom ambiente técnico e algum track record que possibilitava a empresa sair me busca de desafios maiores.

Em 2003 a Georadar saiu da incubadora e passou a atuar de forma inde-pendente, como empresa. Isso foi antes ou depois de fecharem o primeiro contrato? Com quem foi o contrato e qual o escopo?

Ela sempre foi independente, mas a partir de outubro de 2003, quando entrei na Georadar, começamos a operar no mercado, com foco em geotecnia e diagnósticos ambientais. Em 2004, a Georadar já atendia a contratos com mineradoras, em Minas Gerais, e pequenas operadoras de petróleo, além da própria Petrobras.

Em 2009, a empresa captou R$ 62,5 milhões da gestora de recursos An-graInfra, especializada em infraestrutura, para a expansão do negócio de pesquisas sísmicas, que até então eram exclusivamente onshore. Por que a empresa decidiu ingressar no mercado offshore?

No final de 2006, entramos efetivamente no mercado de sísmica onshore e um ano depois nos tornamos o maior operador brasileiro nesta atividade, com 54% de market share. Em 2009, fizemos nosso primeiro private placement, por meio do qual a AG Angra, hoje AngraInfra, fundo de Private Equity, passou a fazer parte do grupo. Em 2010, fomos, literalmente, para o mar, com a aquisição da Geodata Serviços Offshore, que atuava no mercado de oceanografia. Em outubro desse mesmo ano, ganhamos outro investidor, a empresa de participações Rioforte, pertencente ao Espírito Santo Bank de Portugal, que fez um private placement de

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TN Petróleo 89 25

Celso Magalhães, presidente de Novos Negócios e do Conselho da Georadar.

NO FINAL DE 2006, EN-

TRAMOS EFETIVAMENTE

NO MERCADO DE SíSMI-

CA ONSHORE E UM ANO

DEPOIS NOS TORNAMOS

O MAIOR OPERADOR

BRASILEIRO NESTA ATI-

VIDADE, COM 54% DE

MARKET SHARE.

R$ 100 milhões. O objetivo, com esses recursos, era ingressar no mercado de sísmica offshore de OBC (Ocean Bottom Cable, ou sísmica com cabo de fundo) e criar uma companhia de navegação, para ampliar o escopo de serviços.

Em 2011 vocês colocaram em ope-ração o navio GSO Marechal Rondon, adquirido na Noruega em 2010. qual o investimento necessário para ad-quirir esse equipamento? quando ele começou a operar, para que cliente?

Investimos cerca de R$ 15 mi-lhões no navio oceanográfico Ma-rechal Rondon, que foi batizado em dezembro de 2010 e começou a ope-rar em fevereiro do ano seguinte, dentro de um contrato com a Pontifí-cia Universidade Católica (PUC-RS)

e a Petrobras na Bacia de Pelotas (RS). Desde então, trabalhamos para universidades, operadoras de petró-leo e para o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) com esse navio que coleta dados oceanográficos e está equipado para trabalhar em águas de até 6.000 m. Inclusive já operamos na área do pré-sal.

Vocês pretendem ampliar a frota de navios? qual a previsão de um novo navio?

Sim, no momento estamos estudando a possibilidade de ter-mos mais um navio, para operar em águas rasas. Vai depender da demanda de mercado, que hoje se encontra retraída no Brasil. Mas acreditamos que no próximo ano

ela deve recuperar o ritmo dos anos anteriores.

Qual a expectativa de negócios na área offshore? Pode responder fu-turamente pela maior parcela do fa-turamento da empresa?

Como disse, o mercado está re-traído devido à reordenação do Plano de Negócios e Gestão da Petrobras e também à falta de leilões exploratórios desde 2008. Mas as expectativas são boas, pois estamos nos internaciona-lizando, buscando novos mercados, além de nos prepararmos para uma retomada brasileira que é esperada a partir do segundo semestre deste ano.

Qual o objetivo da Georadar ao fazer uma aquisição e criar a GeoRXT, com

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26 TN Petróleo 89

entrevista exclusiva

o foco em aquisição de dados geofí-sicos marítimos. Ela é essencial para os negócios offshore da empresa?

O principal objetivo dessa aquisi-ção é a ampliação de nosso escopo de serviços. Somos uma empresa em que a sísmica é parte importante. É natural que seja também no am-biente marítimo. No caso da GeoRXT ela traz uma sofisticação, um up-grade tecnológico sem comparação para o grupo. Hoje detemos o con-trole, com 70% de participação nesta empresa. Os 30% da norueguesa RXT foram recentemente adquiridos pela ION, maior fabricante mundial de equipamentos de OBC, na tecnologia que usamos. Além da equipe que hoje opera cabo de fundo em lâmina d’água de 1.600 m (no Campo de Mar-lim, para a Petrobras) estamos em vias de colocar mais uma equipe até o final do ano, muito provavelmente fora do Brasil. É um passo importante na globalização da empresa.

quais as principais tecnologias que a GeoRXT traz para o mercado brasilei-ro? quais os diferenciais que vocês têm em relação às demais compa-nhias que atuam há um bom tempo no setor offshore?

A tecnologia 4C (4 componentes) OBC é a única no mundo a utilizar acelerômetros, o que possibilita con-ferir uma aquisição muito à frente da

concorrência. Além disso, é uma aqui-sição voltada para o desenvolvimento da produção, pois, através da captu-ra de diversos componentes da onda elástica em todos os azimutes, traz informações preciosas e completas para os estudos de reservatório, que a sísmica convencional (streamer) não consegue fornecer. Costumo dizer que OBC é óleo no tanque. A lâmina d’água também é um grande diferencial: so-mos recorde mundial de operação em águas profundas. Hoje estamos operando a 1.600 m de profundidade com OBC, enquanto os concorrentes não passam de 600-800 m.

A Georadar é líder brasileira no mercado de sísmica onshore. Vocês acreditam que podem manter essa liderança, atuando nas duas frentes (onshore e offshore). qual o peso hoje do onshore?

Acreditamos não só manter a lide-rança onshore no que diz respeito ao market share, mas também a liderança tecnológica. No que pese a redução mo-mentânea dos projetos onshore, devido às causas acima expostas, estamos investindo em sísmica 3C (tricompo-nente) para reservatórios terrestres e para shale gas. Este ano teremos 50 sísmicas onshore, e outras 50 offshore.

Qual a expectativa da empresa em relação ao onshore brasileiro: com a licitação de novas áreas onshore e as apostas que a ANP vem fazendo em pesquisas em diversas regiões do país, a demanda por sísmica terrestre deve crescer nos próximos anos?

Acreditamos que essa lacuna ex-ploratória gerada pela falta de leilões só se recupera em três a quatro anos, caso os leilões sejam retomados. Mas demos alguns passos muito impor-tantes, com a ANP fomentando essa pesquisa, além dos esforços da Geo-radar em projetos alternativos, como a sísmica voltada para o aumento de produção dos reservatórios para terra, os grandes campos maduros, e também para a pesquisa mineral, como no caso dos fertilizantes (potássio).

A Georadar concluiu em fevereiro seu terceiro aporte – no valor de R$ 100 milhões – do Óleo e Gás Fundo de In-vestimento em Participações (Óleo e Gás FIP). E a empresa anunciou que pretende captar mais R$ 100 milhões de um quarto fundo. Qual o principal obje-tivo da entrada de novos investidores?

O principal objetivo é cumprir um plano de negócios agressivo que permita um grande crescimento, com sustentabilidade e baixo endividamen-to. Um pouco na contramão do que se vê no mercado, mas alinhado com nossos valores. Se crescemos com altas taxas, podemos dividir participa-ção sem perder nosso valor absoluto. Ao contrário: estaremos agregando mais valor ao conjunto de ações de cada acionista.

NOSSO OBJETIVO É

MANTER O PLANO DE

CRESCIMENTO PARA

TER PORTE SUFICIEN-

TE PARA UMA OPERA-

çãO DE ABERTURA DE

CAPITAL EM BOLSA

DE VALORES DENTRO

DE DOIS ANOS. NOS-

SO DESAFIO É CHE-

GAR AO FATURAMEN-

TO DE R$ 1,2 BILHãO

EM DOIS ANOS.

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TN Petróleo 89 27

GU 006 13i an_offshore.pdf 1 5/20/13 3:23 PM

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28 TN Petróleo 89

entrevista exclusiva

Vocês pretendem fazer uma oferta pública inicial de ações (lPO, na sigla em inglês)?

Sim, quando o mercado assim o permitir. Nosso objetivo é manter o plano de crescimento para ter porte suficiente para uma operação de aber-tura de capital em bolsa de valores dentro de dois anos. Nosso desafio é chegar ao faturamento de R$ 1,2 bilhão em dois anos. Daí sim, teremos potencial para abertura de capital.

Desde 2011, a Geonavegação atende a demanda de empresas do segmento de óleo e gás, por meio do afreta-mento de embarcações de apoio e gerenciamento das operações, tan-to de apoio quanto de prospecção e pesquisa. quantas embarcações a companhia administra atualmente para a indústria? Como é formada essa frota?

A Geonavegação é uma empresa brasileira de navegação (EBN) cria-da em 2011 e que possui hoje cinco navios em operação. Compramos mais quatro que estarão operando sob nossa bandeira até julho deste ano e ganhamos seis licitações de construção para a Petrobras, cujos contratos aguardam assinatura e para os quais já possuímos os financia-mentos aprovados, assim como os equities necessários.

Em fevereiro deste ano, o Grupo con-cluiu a primeira campanha de aquisi-ção sísmica terrestre não exclusiva do Brasil. No que consistiu esse projeto?

Esse foi um projeto de levanta-mento de dados sísmicos terrestres no estado do Amazonas, nos municípios de Itacoatiara, Silves, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Nhamundá e Urucará. O projeto teve início em ju-nho de 2011 e envolveu uma equipe de 2095 trabalhadores, sendo aproxima-damente 80% mão de obra local. Essa é a primeira campanha de aquisição sísmica terrestre não exclusiva do Brasil e o maior desafio da campanha

foi a logística na floresta. Os dados gerados com os levantamentos estão em fase de processamento e poderão ser disponibilizados ao mercado para comercialização em breve, conforme prevê a Resolução n. 11 da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

quais as principais conquistas do Grupo durante mais de 12 anos de mercado?

De 2004 para cá, trabalhamos incessantemente para atingir uma liderança tecnológica e mercado-lógica. Temos 100% de delivery – entregamos a tempo e a bom termo todos os nossos contratos. Temos alto índice de treinamento e os me-lhores registros de SMS, não só no mercado brasileiro mas compará-veis aos melhores do mundo. Nossa liability é muito baixa e o índice de satisfação dos nossos colaboradores é alto e também dos nossos clientes. Estamos nos tornando uma empresa relevante, brasileira e global. Somos competitivos. Não obstante, ainda temos ‘chão’ pra melhorar. Uma empresa de serviços tem sempre um longo caminho pela frente se permanecer na trilha.

quais os principais contratos que a Georadar trabalha, hoje? A empresa

vai concluir algum trabalho relevante este ano?

De sísmica onshore, temos o contrato ANP para Santarém (PA), e na sísmica offshore, o Petrobras OBC Marlim. Os outros contratos são pulverizados entre Sísmica Onshore, Ambiental/Infraestrtura, GeoRXT, Geodata e Geonavegação.

qual a perspectiva de negócios para os próximos anos no setor de petró-leo e gás?

Continuaremos crescendo, in-vestindo no aumento de escopo e na sinergia entre as linhas de negó-cio, no aperfeiçoamento dos nossos processos, assim como na busca de novas tecnologias para atender os clientes. As nossas metas são au-mentar o faturamento, a lucratividade, a internacionalização das operações, e nos tornarmos uma empresa aberta.

Com a demanda ativa de projetos na indústria nacional e os planos de ex-pansão e internacionalização da em-presa, que regiões vocês acreditam ser interessante para a abertura de novos escritórios do Grupo?

Hoje possuímos uma base de ope-rações onshore em Nova Lima (MG), uma base de operações offshore em Ramos (RJ), um escritório comercial no Rio de Janeiro (RJ) e bases de projetos que variam de acordo com o número e regiões onde eles se de-senvolvem. Com o plano de interna-cionalização estamos montando um escritório em Houston (EUA), com a ION, nossa sócia na GeoRXT, e um es-critório em Dubai (Emirados Árabes), que deve ser aberto até o final do ano.

Ainda na direção da internacionali-zação, há a possibilidade da criação de joint venture?

Sim, criamos uma joint venture com a ION para a GeoRXT. Outras com empre-sas do Grupo poderão ocorrer, desde que mantenham o espírito de globalização, sem perder o caráter nacional.

Atuação: prestação de serviços onshore e offshore de levantamentos geofísicos, diagnósticos ambientais e geotécnicos para a indústria petrolífera e mineral.

Empresas do grupo: Georadar Sísmica Terrestre, Georadar Ambiental e Infraes-trutura, Geochemical, Geodata Serviços Offshore, GeoRXT e Geonavegação.

Faturamento em 2012: R$ 600 milhões.

Fundação: 1999

Empregados: 2.700 mil

Sede: Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.

Georadar em números

Page 33: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 29

Page 34: TN Petróleo #89

30 TN Petróleo 89

11a Rodada

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TN Petróleo 89 31

A décima primeira Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) supera expectativas com arrecadação recorde de R$ 2,8 bilhões, e é marcada pelo arrojo de algumas estreantes – Ouro Preto e Chariot – e volta aos leilões de oil companies como ExxonMobil, Total e BP. Esse resultado mostra que o setor de petróleo e gás no Brasil deve continuar sua escalada de crescimento: participaram da rodada 39 grupos empresariais. Desses, 30 arremataram blocos, sendo 18 estrangeiros e 12 brasileiros.

por Karolyna Gomes, Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

BILHõESDE REAIS

OITOVíRGULADOIS

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32 TN Petróleo 89

Depois de cinco anos sem leilões, o resulta-do da 11ª rodada de licitações de blocos exploratórios superou todas as expectati-

vas da anp, arrecadando r$ 2,8 bilhões, cerca de r$ 700 milhões a mais do que a 9ª rodada – a última a ter maior arrecadação – realizada em 2007, quando foram obtidos r$ 2,1 bilhões. também foram re-cordes o programa exploratório Mínimo (peM), que é quanto as companhias vão investir nos próximos cinco anos, que chegou a r$ 6,9 bilhões, e o ágio, valor pago pelas empresas na assinatura dos contratos ficou 797% acima do mínimo exigido pela anp.

Confirmando as intenções anunciadas pela diretora-geral da agência reguladora, Magda Chambriard, os holofotes que antes estavam voltados para o Sudeste, agora apontam também para as regiões nordeste e norte do Brasil. e sinalizam um futuro promissor para a indústria de estados como amapá, pará, rio Grande do norte e pará, localizados na margem equatorial do Brasil, onde há forte perspectiva de ocorrência de óleo leve e de boa qualidade.

“São áreas onde a anp ma-peia oportunidades exploratórias muito interessantes, com potencial para um óleo de 37º até 44º api. isso é similar a um óleo árabe leve, ou seja, o óleo mais caro do planeta”, afirmou Chambriard na ocasião em que foi realizada a audiência pública sobre as regras do leilão que foi realizado. O peM das áreas arrematadas neste setor, que agrega as bacias da Foz do amazonas, pará-Maranhão, Bar-reirinhas, Ceará e potiguar, soma r$ 4,3 bilhões.

no total, foram arrematados no leilão, em um único dia, 142 dos 289 blocos oferecidos em 23 setores distribuídos em 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, espírito Santo, Foz do amazonas, pará-Maranhão, parnaíba, pernam-

buco-paraíba, potiguar, recôncavo, Sergipe-alagoas e tucano Sul. a área arrematada foi de 100,3 mil Km2, praticamente dois terços dos 155,8 mil Km2 ofertados.

Das 39 empresas participantes, oriundas de 12 países, 30 saíram vencedoras, sendo 12 nacionais e 18 de origem estrangeira: austrália (1), Bermudas (1), Canadá (4), Colômbia (2), espanha (1), estados Unidos (2), França (1), Guernesei (1), noruega (1), portugal (1), reino Unido (3). O conteúdo local médio da 11ª rodada foi de 62,32% para a fase de exploração do contrato de concessão e de 75,96 % para a fase de desenvolvimento.

Os 2,8 bilhões de reais de bônus de assinatura deverão ser pagos até o dia 6 de agosto, quando serão as-sinados os contratos de concessão – data também do 15° aniversário da anp. Depois do sucesso da 11ª rodada, a expectativa é grande para a próxima, com foco na exploração de gás natural, que será realizada em outubro e, mais ainda, para o 1o leilão do pré-sal que está marcado para novembro.

A volta das oil majors à disputaa boa surpresa da 11ª rodada

da anp foi a presença nos consór-cios vencedores de grandes com-panhias petrolíferas mundiais, que estavam sumidas das licitações da

agência há mais de cinco anos, ainda que várias delas tenham operações ativas no Brasil.

Depois de 14 anos sem partici-par de leilões da anp, a francesa total, que tem participação no campo de Xerelete, na Bacia de Campos, e no BM-S-54, tendo a Shell como parceira, arrematou dez blocos. “estas aquisições serão os grandes condutores da estratégia de crescimento da total no setor offshore em águas profundas”, afir-mou Marc Blaizot, vice-presidente sênior de exploração da total.

a total também foi a responsável pelo maior bô-nus de assinatura: vai pagar r$ 345.950.100,00, pelo bloco Fza-M-57, da Bacia da Foz do amazonas. ela será a opera-dora neste bloco, onde detém 40% de participação, associada à petrobras (30%) e a britânica Bp (30%).

a companhia inglesa, por sua vez, arrematou oito blocos offshore (dois como operadora), em três bacias. “a Bp está muito satisfeita com o resultado. Com essas aquisições, aumentaremos nossa presença exploratória em áreas de fronteira ao longo da margem equatorial brasileira, com base em nossa especial-ização em águas profundas”, afirmou Mike Daily, vice-presi-

11a Rodada

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TN Petróleo 89 33

Bacia do Espírito Santo Setores SES-T6, SES-AP2

Bacia de Sergipe-Alagoas Setor SSEAL-T1

Bacia de Tucano Sul

e RecôncavoSetores

STUC-S, SREC-T1

Bacia da Foz do Amazonas Setores SFZA-AR1, AR2 e SFZA-AP1, AP2

Bacia de Barreirinhas Setores SBAR AR2, SBAR-AP1, AP2

Bacia PotiguarSetores SPOT-T3, SPOT-T3

Bacia de Pernambuco-ParaíbaSetores SPEPB-AP2, SPEPB-AP3

Bacia do Parnaíba Setores SPN-N,

SPN-SEe SPN-O

Bacia Potiguar Setores SPOT-AP1

SPOT-T5

Bacia do Ceará

Setor SCE-AP3

Bacia do Pará-Maranhão Setor SPAMA-AP1

NúMEROS DA 11a RODADA

R$ 2,8 bilhões

R$ 6,9 bilhões

R$ 345,9 milhões

R$ 8,5 milhões

em investimentos no Programa Exploratório Mínimo (PEM)

bônus com maior ágio (19.156%) pago pela Petra Energia

Outros números:• 142 blocos arrematados de 289;• 100,4 mil km2 de 150 mil (dois terços da área total ofertada);• 787,81% média do ágio sobre o bônus mínimo;• 62,32% média de conteúdo nacional na fase exploratória;• 75,96% média de conteúdo nacional na fase de desenvolvimento;• 39 empresas ofertantes;• 30 vencedoras (12 nacionais e 18 estrangeiras);• 7 estreantes vencedoras (6 novas operadoras).

total arrecadado em bônus

maior bônus de assinatura pago pelo consórcio Total/Petrobras/BP

dente executivo de exploração da Bp.

“esse é um resultado impor-tante para a Bp, pois reafirma nossa parceria de longo prazo com o Brasil, expandindo nosso portfólio de e&p para 22 con-cessões em sete diferentes bacias sedimentares brasileiras”, disse

Guillermo Quin-tero, presidente regional da Bp Brasil.

Quem vai incrementar as atividades exploratórias no Brasil é a norte-americana exxonMobil, que arrematou dois blocos em parce-ria com a brasileira OGX, sendo que, na Bacia potiguar, foi dela a

maior assinatura de bônus, de r$ 81 milhões. a companhia, que será operadora nos dois blocos (o outro é na bacia do Ceará), afirmou que está muito satisfeita de voltar a explorar no Brasil.

as empresas asiáticas que estavam sendo esperadas na ro-dada não apareceram. a diretora da anp preferiu não comentar, apenas disse que é cedo avaliar a ausência das duas chinesas e uma japonesa. Mas Magda destacou

dois vírgula oito bilhões de reais

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34 TN Petróleo 89

o interesse em blocos terrestres em regiões com potencial para a descoberta de gás natural, compro-vada no leilão de áreas na Bacia do parnaíba. “O grande apetite demonstrado pelas empresas nas áreas em terra com potencial para a descoberta de gás natural na Bacia do parnaíba é um indicativo do êxito da rodada e também um prenúncio do que pode ser obtido na rodada de gás em terra previsto para outubro”, afirmou.

Participação agressivaChamando mais uma vez

a atenção do mercado, a OGX teve uma participação acima do esperado no leilão. Com uma ação

considerada agressiva, a empresa de eike Batista adquiriu direitos de concessão sobre sete blocos exploratórios em águas profundas e dois em águas rasas da Margem equatorial, além de quatro blocos terrestres na Bacia do parnaíba!

Somando todos os bônus de assinatura ofertados pela empresa, a OGX irá desembol-sar quase r$ 380 milhões, além dos investimentos mínimos que deverão ser feitos nos próxi-mos anos. a brasileira vai atuar como operadora na maioria dos blocos arrematados, além de estar associada a dois gigantes internacionais: a norte-amer-icana exxonMobil e a total,

além de outra brasileira, a Queiroz Galvão.

Mais uma vez, a petrobras foi a empresa que arrematou mais blocos, integralmente ou em parce-ria, totalizando 34 dos 289 blocos leiloados. a estatal disse ter optado por adquirir áreas em bacias com maior potencial exploratório, como a da Foz do amazonas, espírito Santo e Barreirinhas.

em área terrestre, a petroleira brasileira investiu, prioritaria-mente, na Bacia do parnaíba, bus-cando acumulações de gás natural. O total investido pela petrobras e parceiros foi de r$ 1,4 bilhão, dos quais r$ 537,9 milhões foram recursos próprios e r$ 923 milhões recursos de parceiros.

para Thore E. Kristiansen, vice-presidente sênior e presiden-

te da Statoil no Brasil, as novas áreas refor-çam a ambição da empresa de crescer no Brasil. “vemos esta como uma região de

crescimento de longo prazo, e o acesso a novas áreas de quali-dade é um pré-requisito essencial para criação de valor por meio de atividades de exploração e para aumentar o nível de produção da Statoil proveniente de nossos clusters, como o Brasil “.

ao comentar sobre a 11ª ro-dada durante audiência pública no Senado, a presidente da estatal, Graça Foster, afirmou que a com-panhia foi seletiva na escolha de campos, e que se manterá cautelo-

AS RODADAS DE LICITAçãO da ANP começaram em 1997, sendo que a última ocorreu em 2008. De acordo com Mag-da Chambriard, a demora na realização da 11ª se deveu, entre outros fatores, à necessidade de delimitação da área petrolífera do pré-sal, visando conso-lidar este polo petrolífero no litoral da região Sudeste.

O ministro de Minas e Energia, Edi-son Lobão, complementou, afirmando

que esse tempo foi necessário para a elaboração do re-gime de partilha, trabalho do qual participou, junto com a então minis-tra-chefe da Casa Civil, Dilma Rous-

seff, atual presidente da República. “O Brasil de hoje é bastante diferente do

país das últimas rodadas. Estamos muito mais bem preparados agora.”

Com a retomada dos leilões, o só-cio da área de Petróleo e Gás da KPMG, Guilherme Coimbra, acredita que vão acontecer novas fusões neste setor. “Os leilões vão turbinar as operações de fusões e aquisições que vinham tendo um ritmo lento nesses cinco anos de espera.”

“Diante do novo cenário que está se desenhando, as perspectivas são as mais promissoras e, com isso, as tran-sações de fusões e aquisições devem ultrapassar os recordes anteriores e se tornar bastante ativas no país neste, e nos próximos cinco anos”, afirma Coim-bra, observando que nos primeiros três meses deste ano foram concretizados quatro negócios – e concretizados 19 em 2012, bem longe da marca dos 37, registrada em 2001.

Retomada consolidada

ONSHORE - Bacia do Parnaíba – Setor SPN-NBLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

PN-T-113 OGX R$ 7.000.063,00 80% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-114 OGX R$ 6.000.063,00 80% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-46 Petra R$ 6.800.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-47 Petra R$ 12.000.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-65 Petra R$ 10.800.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-98 Petra R$ 5.000.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

11a Rodada

Page 39: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 35

ONSHORE - Bacia do Parnaíba – Setor SPN-SEBLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

PN-T-136 Petrogal (50%); Petrobras (50%) R$ 4.788.000,00 70% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-137 Petra R$ 3.800.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-150 Petrobras (50%); Petrogal (50%) R$ 6.363.000,00 70% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-151 Ouro Preto R$ 3.594.340,00 70% na expl. e 77% no desenv.

PN-T-152 Petra R$ 8.500.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-153 OGX R$ 3.000.063,00 75% na expl. e 80% no desenv.

PN-T-166 Petrobras (50%); Petrogal (50%) R$ 6.363.000,00 70% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-167 Petra R$ 2.500.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-168 OGX R$ 4.000.063,00 75% na expl. e 80% no desenv.

PN-T-169 Sabre R$ 2.070.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-182 Petrogal (50%); Petrobras (50%) R$ 4.788.000,00 70% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-183 Petra R$ 5.800.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

PN-T-184 Petra R$ 5.800.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

ONSHORE - Bacia do Parnaíba – Setor SPN-OBLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

PN-T-165 Ouro Preto R$ 10.435.702,00 70% na expl. e 77% no desenv.

dois vírgula oito bilhões de reais

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Page 40: TN Petróleo #89

36 TN Petróleo 89

MUITO SE TEM FALADO sobre os ris-cos ambientais das regiões conhecidas como ‘nova fronteira’, localizadas em sua grande parte na Margem Equatorial brasileira, principalmente na Bacia da Foz do Amazonas. Especialistas levantaram o debate sobre a falta de estudos mais detalhados sobre as áreas ofertadas, assim como a falta de planejamento e burocracia dos órgãos ambientais bra-sileiros na aferição destas questões. “A segurança jurídica ambiental dessa roda-da é uma das grandes preocupações das empresas entrantes no país, em especial quanto à sensibilidade ambiental dos blo-cos na denominada nova fronteira, onde

praticamente não há estudos ambientais, no mar do Norte do Brasil”, ressaltou Maria Alice Doria, fundadora de um dos principais es-critórios especia-lizados em Direito

Ambiental e Infraestrutura do país, o Doria, Jacobina e Gondinho Advogados.

“Não é verdade que não se conhece nada sobre a região da Margem Equato-rial. Existem estudos de qualidade sobre

aquela região. No entanto, compara-tivamente, há me-nos informações que nas bacias do Sudeste, pela pró-pria concentração econômica nestes estados”, afirmou

Cristiano Vilardo – coordenador geral de Petróleo e Gás do Instituto Brasilei-

ro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Ele salientou que a escassez de informações não seria impeditiva para as atividades petrolíferas, mas que ca-berá às empresas vencedoras do leilão o trabalho (e o ônus) de obtenção de dados para garantir maior agilidade e aprovação de projetos no processo de licenciamento ambiental.

Segundo Marcelo Bacci, CEO da em-presa de consultoria ambiental CP+, as atividades de E&P de hidrocarbonetos são sempre de risco, porém em condi-ções normais de operação esses riscos e os impactos ambientais tendem a ser baixos. “Portanto, o grande desafio é cercar essa atividade de todos os cui-dados para que não haja acidentes e, caso eles ocorram, sejam rapidamente controlados”, disse.

O fato de a Margem Equatorial estar numa região remota aumenta esses desafios e, nesse aspecto, a falta de conhecimento científico so-bre as características ambientais da região e sobre o comportamento do óleo no caso de um derramamento, aponta para a necessidade de inves-timentos nessa área.

“Cabe salientar que, há muitos anos, quando se deu a abertura do setor, a re-

alidade da falta de conhecimento cientí-fico nas áreas de exploração de petróleo offshore era a mesma e, no entanto, esse desafio vem sendo vencido com um rápido incremento do conhecimento científico dessas áreas, bem como, com o incremento do desenvolvimento tecnológico em toda a cadeia de exploração e produção de pe-tróleo, o que se reflete no baixo número de acidentes ao longo da história e nos níveis adequados de impacto”, afirmou Bacci.

Ele também chamou a atenção para o elevado nível de nacionaliza-ção garantido nesse leilão – o conte-údo local médio desta rodada foi de 62,32% para a Fase de Exploração e de 75,96% para a Fase de Desenvolvi-mento. “Esse resultado irá favorecer os prestadores de serviço nacionais”, afirmou o dirigente da CP+, empresa 100% nacional e com larga experiên-cia na prestação de serviços para o setor de E&P de Petróleo.

Segundo ele, é grande a expectativa de atuar junto aos principais players desde o início do processo de licenciamento ambiental e de aquisição de dados para desenvolvimento dos projetos. “Estivemos à frente do licenciamento dos grandes projetos de E&P nas bacias do Espírito Santo e Campos, inclusive do primeiro campo produtor do pré-sal (Campo de Jubarte)”, lembra o executivo.

Atualmente, através dos navios de pes-quisa Seward Jonhson e Ocean Stalwart (foto), a empresa realiza levantamentos ao longo do litoral brasileiro destinados ao conhecimento oceanográfico, biológico, sedimentar, sísmica rasa e imageamento do assoalho oceânico em ambientes costeiros e em águas profundas.

Riscos ambientais no mapa da 11ª Rodada

OFFSHORE - Bacia do Foz do Amazonas – Setor SFZA-AR1

OFFSHORE - Bacia do Foz do Amazonas – Setor SFZA-AR2

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

FZA-M-254 Brasoil R$ 5.967.885,00 38% na expl. e 56% no desenv.

FZA-M-320 Ecopetrol R$ 4.000.000,00 51% na expl. e 64% no desenv.

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

FZA-M-324 BHP Billiton R$ 10.050.000,00 37% na expl. e 55% no desenv.

FZA-M-467 Brasoil R$ 4.532.195,00 38% na expl. e 56% no desenv.

FZA-M-539 Brasoil R$ 8.022.329,00 38% na expl. e 56% no desenv.

11a Rodada

Page 41: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 37

sa nos próximos leilões. “estamos trabalhando em blocos que real-mente nos interessam”, garantiu.

Parnaíba: disputa acirradaO certame que abriu a 11ª

rodada teve disputa acirrada, com blocos arrematados pelas empresas petrogal, petrobras, petraenergia, OGX e Sabre. a Bacia do parnaíba foi uma das poucas a ter 100% dos blocos ofertados (20) arrematados por empresas interessadas.

a petrobras, associada à petro-gal, arrematou quatro blocos, sendo que cada empresa vai operar dois blocos. a petra arrematou, soz-inha, nove blocos e a OGX, quatro, enquanto que a Ouro preto, que tem como presidente o executivo Rodolfo Landim (ex-petrobras, Br Distribuidora e OGX), ganhou dois e a Sabre, um bloco. O total do bônus de assinatura nesta bacia foi de r$ 119 milhões, e o investimento

mínimo total previsto na fase de exploração é de r$ 792, 6 milhões.

Com uma área aproximada de 680.000 km2, distribuídos pelos estados do Maranhão, piauí, tocantins, além de uma pequena parte do pará, Ceará e Bahia, a Bacia do parnaíba foi dividida em três setores no leilão: Spn-Se (cerca de 39 mil km²), Spn-n (17.652 km²) e Spn-O (cerca de 3.000 km²).

Foz do Amazonas: recorde de bônus

a Bacia da Foz do amazonas foi uma das áreas que gerou maior inte-resse entre as empresas participantes da rodada e também se destacou por ter registrado o maior bônus, pago pela total pelo bloco Fza-M-57.

essa bacia de nova fron-teira, situada na porção oeste da margem equato-rial brasileira, teve 97 blocos licitados, dos quais 83 não receberam oferta. O que não desanimou a anp, que afirma ser uma região com grande potencial para gás e óleo leve. atualmente, existem dois blocos, em fase de ex-ploração, operados pela petrobras.

O bônus total a ser pago pe-los blocos desta bacia é de cerca de r$ 750 milhões e o investi-mento mínimo previsto na fase de exploração (peM) deve ser de r$ 1,5 bilhão, o que mostra o grande interesse pela região.

para João Carlo De Luca, presidente do instituto Brasileiro de petróleo, Gás natural e Bio-

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38 TN Petróleo 89

OFFSHORE - Bacia da Foz do Amazonas – Setor SFZA-AP1

OFFSHORE - Bacia da Foz do Amazonas– Setor SFZA-AP2

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

FZA-M-86, FZA-M-125 Total E&P (40%); BP (30%); Petrobras (30%)

R$ 10.317.810,00 por bloco 37% na expl. e 65% no desenv.

FZA-M-127 Total E&P (40%); BP (30%); Petrobras (30%)

R$ 40.462.000,00 37% na expl. e 65% no desenv.

FZA-M-184 OGX R$ 30.000.063,00 40% na expl. e 63% no desenv.

FZA-M-57 Total E&P (40%); BP (30%); Petrobras (30%)

R$ 345.950.100,00 37% na expl. e 65% no desenv.

FZA-M-59 BP (70%); Petrobras (30%) R$ 44.506.000,00 37% na expl. e 65% no desenv.

FZA-M-88 Total E&P (40%); BP (30%); Petrobras (30%)

R$ 214.448.600,00 37% na expl. e 65% no desenv.

FZA-M-90 Queiroz Galvão (35%); Premier Oil (35%); Pacific Brasil (30%)

R$ 54.127.790,00 37% na expl. e 65% no desenv.

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

FZA-M-257 BHP Billiton R$ 20.100.000,00 37% na expl. e 55% no desenv.

OFFSHORE - Bacia de Barreirinhas – Setor SBAR-AR2BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

BAR-M-251 OGX R$ 40.000.163,00 40% na expl. e 63% no desenv.

BAR-M-292, BAR-M-293 Chariot R$ 1.425.143,00 por bloco 55% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-313 Chariot R$ 741.143,00 60% na expl. e 70% no desenv.

BAR-M-314 Chariot R$ 665.143,00 55% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-387 Ouro Preto R$ 777.555,00 37% na expl. e 55% no desenv.

BAR-M-388 BG R$ 15.800.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-389 OGX R$ 80.000.163,00 40% na expl. e 63% no desenv.

OFFSHORE - Bacia de Barreirinhas – Setor SBAR-AP1

OFFSHORE - Bacia de Barreirinhas – Setor SBAR-AP2

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

BAR-M-213 OGX R$ 40.000.163,00 40% na expl. e 63% no desenv.

BAR-M-215 BG R$ 50.000.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-217 BG R$ 24.000.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-252 BG R$ 148.000.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-254 BG R$ 42.000.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

BAR-M-298 BG R$ 16.000.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-300 BG (50%); Petrobras (40%); Petrogal (10%)

R$ 29.400.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-340 BG R$ 10.000.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-342 BG (50%); Petrobras (40%); Petrogal (10%)

R$ 79.800.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-344 BG (50%); Petrobras (40%); Petrogal (10%)

R$ 126.000.000,00 39% na expl. e 65% no desenv.

BAR-M-346 BP (50%); Total E&P (50%) R$ 80.920.000,00 37% na expl. e 65% no desenv.

11a Rodada

Page 43: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 39

combustíveis (iBp), o sucesso da rodada traz um novo dinamismo para o setor de óleo e gás. ele destacou ainda a agressividade de algumas companhias e o retorno de empresas como a exxon.

Barreirinhas: foco da BPa britânica Bp foi a empresa

que mais arrematou blocos na Bacia de Barreirinhas, situada na porção central da Margem equato-rial brasileira, ao longo da costa do Maranhão e parte do litoral do piauí. a companhia ficou com dez blocos nesta bacia, onde a anp arrecadou r$ 786 milhões.

Quem também se destacou foram as novatas Chariot e Ouro preto. a primeira levou quatro blocos, pagando bônus de pouco mais de r$ 4 milhões, já a segunda arrematou um bloco pagando o valor de r$ 777,5 mil.

Com potencial para óleo leve, a Bacia de Barreirinhas hoje tem operações apenas da petrobras,

que noticiou duas descobertas desde janeiro de 2012.

Espírito Santo: Petrobras arre-mata todos os blocos

a petrobras arrematou todos os 12 blocos oferecidos na bacia, sozinha ou por meio de consórcio com as empresas Cowan petróleo e Gás – em terra –, total e&p Brasil, Statoil Brasil e Queiroz Galvão – em águas profundas.

Classificada como madura, e com histórico exploratório de suces-so, a bacia teve suas áreas dividi-das em dois setores para o leilão: terrestre – SeS-t6, estendendo-se do sul da Bahia até o centro-sul do estado – e marítimo – SeS-ap2, na porção norte da margem continen-tal brasileira. O primeiro teve bônus total de pouco mais de r$ 14 milhões e o segundo, de r$ 494.384.280 mil-hões. O peM do certame soma r$ 1,275 bilhão.

na porção terrestre, a bacia tem como operadoras as petroleiras re-

sources, Cheim, Cowan, petrobras, petrosynergy e vipetro. a produção registrada em dezembro de 2012 foi de 15.046 bbl/dia de petróleo e 322 Mm³/dia de gás natural. Já na porção marítima, as operadoras são petrobras, perenco e repsol. a produção registrada em dezem-bro de 2012 foi de 23.081 bbl/dia de petróleo e 7.000 mm³ de gás natural.

Pará-Maranhão: queiroz Gal-vão leva dois blocos

Único estado com oferta de áreas em três bacias sedimentares, sendo duas no mar e uma em terra, totalizando mais de 35.000 km², a Bacia do pará-Maranhão teve cinco blocos ofertados, dos quais dois foram arrematados. essa bacia de nova fronteira situada na por-ção central da Margem equatorial brasileira se localiza no litoral dos estados do pará e do Maranhão.

a Queiroz Galvão e a pacific Brasil arremataram juntas dois blo-

dois vírgula oito bilhões de reais

Page 44: TN Petróleo #89

40 TN Petróleo 89

ONSHORE - Bacia do Espírito Santo - Setor SES-T6BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

ES-T-485 Petrobras R$ 1.785.060,00 70% na expl. e 85% no desenv.

ES-T-486 Petrobras R$ 2.940.060,00 70% na expl. e 85% no desenv.

ES-T-495 Petrobras R$ 2.835.060,00 70% na expl. e 85% no desenv.

ES-T-496 Cowan R$ 1.800.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

ES-T-506 Cowan R$ 2.700.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

ES-T-516 Cowan R$ 2.100.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

OFFSHORE - Bacia do Espírito Santo – Setor SES-AP2BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

ES-M-596 Petrobras (50%); Statoil (50%) R$ 102.000.000,00 37% na expl. e 65% no desenv.

ES-M-598 Statoil (40%); Petrobras (40%); Queiroz Galvão (20%)

R$ 70.907.865,00 37% na expl. e 65% no desenv.

ES-M-669 Petrobras (40%); Total E&P (25%); Statoil (35%)

R$ 130.000.000,00 37% na expl. e 65% no desenv.

ES-M-671 Statoil (35%); Petrobras (40%); Total E&P (25%)

R$ 43.594.725,00 37% na expl. e 65% no desenv.

ES-M-673 Statoil (40%); Queiroz Galvão (20%); Petrobras (40%)

R$ 62.812.315,00 37% na expl. e 65% no desenv.

ES-M-743 Statoil (35%); Petrobras (40%); Total E&P (25%)

R$ 85.069.375,00 37% na expl. e 65% no desenv.

OFFSHORE - Bacia da Pará-Maranhão – Setor SPAMA-AP1BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

PAMA-M-265 Queiroz Galvão(30%); Pacific Brasil (70%)

R$ 10.067.192,00 37% na expl. e 65% no desenv.

PAMA-M-337 Queiroz Galvão (50%); Pacific Brasil (50%)

R$ 70.411.999,00 37% na expl. e 65% no desenv.

OFFSHORE - Bacia do Ceará – Setor SCE-AP3BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

CE-M-603 ExxonMobil (50%); OGX (50%) R$ 45.865.663,00 37% na expl. e 55% no desenv.

CE-M-661 Total E&P (45%); OGX (30%); Queiroz Galvão (25%)

R$ 40.462.000,00 37% na expl. e 65% no desenv.

CE-M-663 OGX R$ 70.000.163,00 37% na expl. e 56% no desenv.

CE-M-665 Premier Oil R$ 30.100.000,00 37% na expl. e 55% no desenv.

CE-M-665, CE-M-717 Premier Oil (50%); Compañia Española (50%)

R$ 30.100.000,00 por bloco 37% na expl. e 55% no desenv.

CE-M-715 Chevron (50%); Ecopetrol (50%) R$ 62.716.100,00 37% na expl. e 55% no desenv.

cos em águas profundas no setor SpaMa-ap1 da Bacia pará-Ma-ranhão. O setor SpaMa-ap2 não teve oferta. em ambos, a Queiroz Galvão é a operadora. essa será a primeira exploração da companhia em águas profundas como opera-dora “a”.

no bloco paMa-M-265, o consórcio Queiroz Galvão e&p

(30%) e pacific Brasil exploração e produção de Óleo e Gás (70%), teve bônus total de r$ 10.067.192,00. Já no paMa-M-337, com a participa-ção de 50% cada, o bônus foi de r$ 70.411.999,00. O peM do certame ficou em r$ 80.479.191,00 milhões.

apesar de ainda não ter entrado na etapa de produção, as atividades realizadas nela

indicam presença de óleo leve na região. as operadoras OGX e petrobras já possuem campanhas exploratórias ali.

Ceará: Seis blocos arremata-dos, OGX fica com três

no Ceará, o único setor leiloado foi o SCe-ap3. a anp ofereceu 11 blocos na região, dos

11a Rodada

Page 45: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 41

OFFSHORE - Bacia de Pernambuco-Paraíba – Setor SPEPB-AP2

OFFSHORE - Bacia de Pernambuco-Paraíba – Setor SPEPB-AP3

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

PEPB-M-621 Niko (30%); Petra (70%) R$ 151.831,00 37% na expl. e 59% no desenv.

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

PEPB-M-729 Niko (30%); Petra (70%) R$ 555.212,00 37% na expl. e 59% no desenv.

PEPB-M-894 Queiroz Galvão (30%); Petra (70%) R$ 796.888,00 37% na expl. e 65% no desenv.

PEPB-M-896 Queiroz Galvão (30%); Petra (70%) R$ 2.123.888,00 37% na expl. e 65% no desenv.

quais foram arrematados seis, três deles pela OGX, que será opera-dora de apenas um deles (Ce-M-663), pelo qual pagará o bônus de r$ 70.000.163,00, associada à Maersk Oil Brasil.

a premier Oil é operadora de dois blocos na Bacia do Ceará: o Ce-M-665 e o Ce-M-717. O primeiro, junto com a exx-onMobil, Maersk e repsol; e o segundo, com a Chevron, que, por sua vez, vai operar o bloco Ce-M-715, em consórcio com a ecopetrol.

O Ce-M-603 será operado pela exxonMobil, associada à OGX. O bônus foi de cerca de r$ 45.865.663,00.

Já a francesa total, ficou como operadora do bloco Ce-M-661 – sendo que a OGX, Maersk e ecopetrol também arremataram esse bloco. O bônus total ficou em r$ 75.590.758,00 bilhões.

a Bacia possui quatro campos produtores de petróleo operados pela petrobras: Xaréu, Curimã, espada e atum. a produção dessa bacia em dezembro de 2012 foi

de 7.405 bbl/dia de petróleo e 92 Mm³/dia de gás natural.

pernambuco-paraíba: petra energia leva três dos blocos

Outra nova fronteira, a bacia de águas profundas ofertou dez blocos em dois setores (SpepB-ap2 e SpepB-ap3). no primeiro, somente um foi arrematado e no outro, três deles – nos quais a petra energia participa com 70% em cada um.

O bloco pepB-M-621, do setor SpepB-ap2, ficou com o consórcio niko resources (operadora) e a

dois vírgula oito bilhões de reais

[email protected] 1 5/8/13 4:14 PM

Page 46: TN Petróleo #89

42 TN Petróleo 89

ONSHORE - Bacia Potiguar – Setor SPOT-T3BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

POT-T-442, POT-T-443 Irati R$ 300.000,00 por bloco 80% na expl. e 85% no desenv.

POT-T-485 Imetame R$ 550.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

ONSHORE - Bacia Potiguar – Setor SPOT-T5

ONSHORE - Bacia de Sergipe-Alagoas – Setor SSEAL-T1

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

POT-T-569 Imetame R$ 521.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

POT-T-575 UTC R$ 650.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

POT-T-613 Petrobras R$ 798.060,00 70% na expl. e 85% no desenv.

POT-T-614 Petrobras R$ 609.060,00 70% na expl. e 85% no desenv.

POT-T-617 UTC R$ 600.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

POT-T-618 UTC R$ 1.500.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

POT-T-619, POT-T-620, POT--T-663, POT-T-664, POT-T-665

Geopark R$ 600.000,00 por bloco 80% na expl. e 85% no desenv.

BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

SEAL-T-30, SEAL-T-31 Imetame R$ 89.999,99 por bloco 80% na expl. e 85% no desenv.

SEAL-T-44, SEAL-T-50 G3 R$ 700.000,00 por bloco 80% na expl. e 85% no desenv.

SEAL-T-51, SEAL-T-72, SEAL-T-78 G3 R$ 200.000,00 por bloco 80% na expl. e 85% no desenv.

SEAL-T-56 G3 R$ 300.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

SEAL-T-61 Petrobras R$ 895.660,00 70% na expl. e 85% no desenv.

SEAL-T-62 Imetame R$ 89.999,99 80% na expl. e 85% no desenv.

SEAL-T-67 Petrobras R$ 1.785.060,00 70% na expl. e 85% no desenv.

OFFSHORE - Bacia Potiguar – Setor SPOT-AP1BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

POT-M-475 OGX R$ 20.000.063,00 37% na expl. e 56% no desenv.

POT-M-567 Ecopetrol R$ 9.200.000,00 37% na expl. e 55% no desenv.

POT-M-762 ExxonMobil (50%); OGX (50%) R$ 81.876.563,00 37% na expl. e 55% no desenv.

POT-M-764 Petrobras (40%); Petrogal (20%); BP (40%)

R$ 8.000.000,00 37% na expl. e 65% no desenv.

petra energia, com um bônus de r$ 151.831,00.

no setor SpepB-ap3, a niko resources é a operadora do bloco pepB-M-729, adquirido tam-bém em parceria com a petra. a Queiroz Galvão arrematou os blo-cos pepB-M-894 e pepB-M-896, também em parceria com a petra.

a Bacia se localiza na porção norte da margem continental brasileira, ao longo da costa dos estados de pernambuco e da paraí-ba. no momento, há três blocos na fase de exploração, operados

pela petrobras. a bacia ainda não entrou na etapa de produção.

Sergipe-Alagoas: G3 Óleo e Gás entra em cena

a empresa G3 Óleo e Gás foi a que levou o maior número de blocos exploratórios nessa bacia, na qual dos 25 oferecidos, foram arrematados 11 blocos. a empresa adquiriu, sozinha, seis blocos: os blocos Seal-t-44, Seal-t-50, pe-los quais pagou bônus de r$ 700 mil cada; os blocos Seal-t-51, Seal-t-72 e Seal-t-78, com

bônus de assinatura de r$ 200 mil cada um, e o Seal-t-56, pelo qual pagou r$ 300 mil.

a petrobras, apesar de levar apenas dois blocos, respondeu pela maior soma de bônus: r$ 2,68 milhões, dos quais r$ 895.660,00 pelo Seal-t-61, e r$ 1.785.060,00 no Seal-t-67.

a imetame energia arrematou três blocos (Sealt-61, Seal-t-30 e Seal-t-31), pagando bônus de r$ 89.999,99 cada um.

O bônus total da Bacia Ser-gipe-alagoas foi de cerca de r$

11a Rodada

Page 47: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 43

5.250.719,97 milhões e investimen-to mínimo previsto na fase de ex-ploração (peM) de r$ 38.866.400 milhões. O setor ofertado encontra-se em alagoas operam na bacia as concessionárias petrobras, petro-gal, petrosynergy e integral. a produção em dezembro de 2012 foi de 36.390 bbl/dia de petróleo e 1.790 Mm³/dia de gás natural.

Potiguar: UTC paga maior bônus Bacia madura situada na região

nordeste do Brasil, no estado do rio Grande do norte, teve 30 blocos ofertados – sendo 20 terrestres e dez marítimos –, divididos em três setores. no total, foram arrematados 18 blocos, somando bônus de cerca de r$ 127,678 milhões, com previsão de investimento durante a fase ex-ploratória de cerca de r$ 293 milhões.

em terra, foram arrematados 14 blocos individualmente pelas em-presas irati (dois), imetame (dois), UtC Óleo e Gás (três), petrobras (dois) e Geopark (sete). embora

esta última tenha saído vencedora em número de blocos, foi a UtC que pagou o maior bônus: r$ 1,5 milhão, pelo bloco pOt-t-618, de-sembolsando um total de r$ 2,750 milhões nesta bacia.

na parte marítima, dois con-sórcios foram formados: petro-bras, petrogal e Bp arremataram o pOt-M-764, pagando bônus de r$ 8 milhões, enquanto e exxon-Mobil e OGX, desembolsaram r$ 81.876.563,00 pelo bloco pOt-M-762 – maior bônus neste grupo de blocos offshore em que foram arrematados quatro blocos: a eco-petrol e a OGX levaram um bloco cada, sendo que esta última pagou r$ 20 milhões pelo pOt-M-475.

Tucano: Petra Energia é destaquea Bacia de tucano Sul, a

penúltima a ser licitada, teve 21 blocos arrematados. a petra ener-gia se destacou na bacia terrestre baiana de tucano, arrematando 15 dos 36 blocos oferecidos. a petro-

bras fez oferta para cinco blocos, mas não levou nenhum.

Já a Cowan petróleo e Gás levou sozinha o bloco tUC-t-132, além dos blocos tUC-t-133 e tUC-t-140, em parceria com a petrobras, o tUC-t-148, tUC-t-164 e tUC-t-69 com a petra energia, o tUC-t-163 em consórcio com a petra energia, alvopetro e imetame, e o tUC-t-168 com a petra energia e imetame novamente. ao todo a Cowan participa em oito blocos na Bacia tucano Sul.

as companhias Sabre interna-cional de energia e irati petróleo e energia também arremataram blocos nessa bacia, que teve total arrecadado de r$ 54 milhões, com previsão de investimento de r$ 242,8 milhões. O total acumulado de bônus foi de r$ 54 milhões, com pre-visão de investimento durante a fase exploratória de r$ 242,8 milhões.

há cinco campos produtores operados pelas concessionárias

dois vírgula oito bilhões de reais

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44 TN Petróleo 89

ONSHORE - Bacia do Recôncavo – Setor SREC-T1BLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

REC-T-104 Nova Petróleo R$ 500.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-105 Nova Petróleo R$ 6.000.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-106 Alvopetro R$ 101.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-107 Alvopetro R$ 606.296,32 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-115 Nova Petróleo R$ 77.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-116 Nova Petróleo R$ 70.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-117 Gran Tierra R$ 13.130.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-118 Gran Tierra R$ 13.130.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-75 Imetame R$ 450.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-76 Imetame R$ 950.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-84 Nova Petróleo R$ 5.000.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-85 Geopark R$ 600.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-86 Gran Tierra R$ 7.070.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-94 Geopark R$ 6.600.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

REC-T-95 Brasoil R$ 800.000,00 70% na expl. e 78% no desenv.

ONSHORE - Bacia de Tucano – Setor STUC-SBLOCO OPERADORA/CONSóRCIO VALOR CONTEúDO LOCAL

TUC-T-132, TUC-T-133 Cowan R$ 275.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-139 Petra R$ 8.000.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-140 Cowan R$ 370.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-147 Petra R$ 2.000.000,00 74% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-148 Petra R$ 1.280.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-149 Petra R$ 1.200.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-150, TUC-T-158, TUC-T-173 Petra R$ 800.000,00 por bloco 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-155 Petra R$ 3.800.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-156, TUC-T-157, TUC--T-163, TUC-T-168

Petra R$ 2.500.000,00 por bloco 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-162 Sabre R$ 1.800.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-164 Petra R$ 5.800.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-167 Sabre R$ 2.930.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-169 Petra R$ 5.000.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-174 Petra R$ 8.500.000,00 75% na expl. e 85% no desenv.

TUC-T-177 Alvopetro R$ 381.000,00 80% na expl. e 85% no desenv.

Orteng e petrobras. a produção em dezembro de 2012 foi de 12 bbl/dia de petróleo e 26 Mm³/de gás natural.

Recôncavo: um bloco só ficou de fora

a Bacia do recôncavo, última a ser licitada no leilão, teve 15 dos 16 blocos ofertados, arrematados.

Foi o melhor resultado obtido por leilões na região. a petrobras não levou nenhum bloco, mesmo tendo apresentado lances em três disputas.

O destaque ficou com a em-presa canadense Gran tierra, que já opera o campo de tié, recente-mente descoberto no município

de pojuca. ela arrematou três blocos por r$ 33,3 milhões. em seguida, o maior desembolso de recursos para adquirir novas áreas foi feito pela nova petróleo, que gastou r$ 11,6 milhões para adquirir cinco blocos.

a empresa Geopark desem-bolsou r$ 7,2 milhões por dois

11a Rodada

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TN Petróleo 89 45

blocos. as demais empresas que adquiriram áreas foram: imetame (dois blocos; r$ 1,4 milhão); Brasoil (um bloco, r$ 800 mil); e alvopetro (dois blocos; r$ 707,2 mil). O bônus total da bacia foi de cerca de r$ 55.084.296 milhões e in-vestimento mínimo previsto na fase de exploração (peM) de r$ 97.899.400 milhões.

Classificada como madura, lo-calizada no nordeste (Ba, ao norte da cidade de Salvador), a bacia ofertou uma área total de 452,19 km². as atividades de prospecção na região tiveram início em 1937; a primeira descoberta significativa de óleo no Brasil ocorreu na Bacia do recôncavo, em 1939, no distrito de lobato.

Com potencial para óleo leve, a bacia foi responsável por 24 notificações de descobertas des-de janeiro de 2012. as empresas que já operam ali são alvopetro, Brazalta, Cowan, egesa, Gran

tierra, imetame, petrobras, petrosynergy, Queiroz Galvão, recôncavo e&p, Santana e&p, Silver Marlin, Sonangol Starfish

e W. petróleo. a produção em dezembro de 2012 foi de 44.971 bbl/dia de petróleo e 2.798 Mm³/dia de gás natural.

dois vírgula oito bilhões de reais

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Page 50: TN Petróleo #89

46 TN Petróleo 89

Depois de minuciosa revisão em suas metas de produção no ano passado, a Petrobras anunciou o Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2013-2017, que sofreu uma elevação de US$ 200 milhões em relação ao anterior, somando US$ 236,7 bilhões. Mantendo a previsão de alcançar uma produção recorde na camada pré-sal de 1 milhão de barris de petróleo por dia, a maior novidade do plano foi o anúncio de contratação de 15 FPSOs nos próximos anos. Com isso, a petroleira quer assegurar as metas revisadas de produção para 2020, de 5,2 milhões de barris diários de óleo equivalentes (boed), somando óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural.

PNG 2013-2017

Plano de Negócios e Gestão da Petrobras 2013-2017

PETROBRAS MANTéM E&P

COMO ALICERCE

por Karolyna Gomes

Page 51: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 47

Anunciado em março, o plano de negócios e Gestão (pnG) 2013-2017 segue apostando em seus programas de

suporte para otimizar as ativi-dades operacionais para gerar maior produtividade com redu-ção de custos – a expectativa é chegar em 2016 com uma econo-mia de r$ 32 bilhões. e mantém o foco na exploração e produção no Brasil, no alinhamento de me-tas físicas e financeiras de cada projeto e no desenvolvimento dos negócios da empresa com indica-dores financeiros sólidos.

Sem acrescentar grandes ci-fras ao mais recente plano de ne-

gócios, mas sustentando o maior plano empresarial de investi-mentos do mundo, a petrobras reafirmou o empenho em agre-gar novas reservas e assegurar a linha de produção ao direcionar um volume maior de recursos – US$ 147,5 bilhões (62%) – para a exploração e produção (e&p), sendo 70% para o pós-sal, 24% para o pré-sal e 6% para a cessão onerosa.

Graça Foster, presidente da estatal, reafirmou a meta de chegar a 3,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2017 (dos quais, 2,75 milhões de óleo) e 5,2 milhões de boed em 2020 (4,2 milhões de óleo). “a configuração desta curva vem sendo exaustivamente planejada e executada ao longo de todo o ano de 2012 e no primeiro trimestre de 2013”, afirmou ela durante a apresentação do plano – evento que aconteceu no dia 19 de março, na sede da compa-nhia, no rio de Janeiro. acom-panhada dos diretores almir Bar-bassa (Financeiro e de relações com investidores), José Formigli (exploração e produção), José Carlos Cosenza (abastecimento) e José alcides Santoro (Gás e energia), Foster responsabilizou o desempenho positivo à “exce-lente realização” física e finan-ceira do ano encerrado. “tive-mos em 2012 a maior realização financeira da petrobras, com r$ 84,1 bilhões de investimentos. também tivemos uma realiza-ção física bastante expressiva: 104,8% do previsto no ano foram realizados”, completou.

Pré-salO pré-sal, peça-chave que

alimenta a expectativa de cresci-mento da produção da empresa, responderá por cerca de um milhão de barris de petróleo por dia no final do período do plano atual. em fevereiro, 26 poços produtores do pré-sal foram responsáveis por 283,1 mil bbl/d

de petróleo e 9,4 milhões de m³/d de gás natural, totalizando 342,3 mil boe/d.

Mas Foster aposta que esse valor vai mais do que dobrar em sete anos. “em 2020 vamos pro-duzir mais do que dois milhões de barris de petróleo por dia no pré-sal”, enfatizou, enumerando os desafios tecnológicos venci-dos e que passaram a ser “rotina na companhia”, como a sísmica de alta resolução, modelagem geológica e numérica, redução no tempo de perfuração de poços – de 134 para 70 dias –, uso de novos materiais, qualificação de novos sistemas para coleta de produção, separação de CO2, en-tre outros. “O pré-sal é uma rea-lidade na petrobras... é comple-tamente descabida qualquer fala que possa desqualificá-la sobre sua capacidade e aptidão para produzir o pré-sal no Brasil”, en-fatizou a executiva, complemen-tando que, hoje, alguns poços produzem até 30 mil barris de petróleo por dia, apesar da meta anunciada ser de 20 mil bpd.

E&PCom 53 descobertas nos

últimos 14 meses (25 no mar e 28 em terra), a petrobras segue ali-mentando seu índice de reposi-ção de reservas, que se mantém acima de 100%. O pré-sal foi res-ponsável por 15 das descobertas marítimas, sendo oito em poços pioneiros (perfurados com o ob-jetivo de descobrir óleo e gás), o que faz com que a empresa líder em novas descobertas em águas profundas tenha, somente na exploração abaixo da camada de sal, índice de sucesso explorató-rio de 82%.

Com isso os investimentos da área de e&p continuam sendo os mais robustos. O aumento de US$ 5,7 bilhões em comparação com o ano anterior se explica, segundo o diretor da área, José Formigli, pela evolução dos projetos de desenvolvimento da

A CONFIGURAçãO

DA CURVA DE PRO-

DUçãO VEM SENDO

EXAUSTIVAMENTE

PLANEJADA E EXE-

CUTADA AO LONGO

DE TODO O ANO DE

2012 E NO PRIMEI-

RO TRIMESTRE DE

2013.

Graça Foster, presidente da Petrobras

Foto

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Page 52: TN Petróleo #89

48 TN Petróleo 89

PNG 2013-2017

E QUANDO MIGRA-

MOS PARA 2020, A

SOMA DAS DUAS

ÁREAS (CESSãO

ONEROSA E PRÉ-

-SAL), REPRESEN-

TAM EXATAMENTE

50% DE PRODU-

çãO, AS NOVAS

DESCOBERTAS, 6%,

E PóS-SAL, 44%

José Formigli, diretor de E&P

produção, que abocanhará 73% dos investimentos totais, repre-sentando US$ 106,9 bilhões. Outros 16% (US$ 24,3 bilhões) serão voltados para a área de exploração e 11% (16,3 bilhões) para infraestrutura e suporte.

“Dentro desses 11% estão os trabalhos de revitalização das nossas plataformas, gran-de parte deles associados ao proef (programa de aumento da eficiência Operacional da Bacia de Campos), aonde buscamos a recuperação da integridade de nossas facilidades offshore, dos ativos mais antigos da Bacia de Campos. e, no caso da UO-rJ, visa à manutenção desses ativos de tal maneira que eles não percam sua eficiência”, explicou Formigli.

O proef já elevou a eficiên-cia operacional da UO-BC, que em meados de 2012 estava em 72%%, e deve chegar a 76% até o final do ano. a progressão esperada é de 81%, em 2014, até chegar a 90%, em 2017. a área de exploração reservará US$ 17,1 bilhões para o pós-sal; US$ 5,8 bilhões para o pré-sal e US$ 1,4 bilhão para a cessão onerosa. “pode parecer pouco, mas não é. isto (os investimentos) está as-sociado ao sucesso exploratório que já temos. então, na medida em que o sucesso é elevado,

temos um número menor de poços dedicados a essas áreas”, comentou o diretor.

O desenvolvimento da produ-ção receberá US$ 106,9 bilhões. esta etapa tem a maioria de seus projetos na região do pré-sal (43%) e cessão onerosa (25%). Mesmo assim, o pós-sal terá uma

parcela significativa desses in-vestimentos, somando US$ 34,3 bilhões. “São os projetos que temos hoje em carteira visando ao desenvolvimento de reservas descobertas há algum tempo”, pontuou o diretor. “e à propor-ção que vemos esse sucesso em áreas de novas fronteiras que não são pré-sal, essa parcela começa a crescer”, acrescetou, indicando como exemplo dois novos projetos: parque dos Doces (eS) e Sergipe Águas profundas, que entram em produção em 2017 e 2018 respectivamente. “é a materialização dos volumes que vieram sendo descobertos nos últimos três anos naquelas áreas.”

além dos dois projetos citados que saíram do desenvolvimento de descobertas e entraram em desenvolvimento de produção, as outras novidades do pnG 2013-2017 são: lula Oeste – que teve um poço pioneiro concluído e atualmente está recebendo um poço pioneiro adjacente (perfura-do após a delimitação preliminar do campo, visando descobrir novas jazidas adjacentes) – e Franco Sul. “para nós é muito importante ter o ‘batizado’ de projetos que antes estavam no desenvolvimento da produção de novas descobertas e que agora passam a ter nome”, comentou

Page 53: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 49

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Page 54: TN Petróleo #89

50 TN Petróleo 89

* Pbio = Petrobras Biocombustíveis • ETM = Engenharia, Tecnologia e Materiais • Outras Áreas = Financeiro, Estratégia e Corporativo-ServiçosFase I: Identificação da Oportunidade; Fase II: Projeto Conceitual; Fase III: Projeto Básico; Fase IV: Execução e Obras

Em ImplantaçãoTodos os projetos de E&P no Brasil e os projetos dos demais segmentos que se encontram em Fase IV

US$ 207,1 bilhões770 projetos

Em AvaliaçãoProjetos dos demais segmentos, que não E&P, atualmente em Fase I, II e III.

US$ 29,6 bilhões177 projetos

Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 Investimentos: Implantação x Avaliação

US$ 236,7 bilhões947 projetos

E&P Downstream G&E Internacional Pbio* Distribuição ETM* Demais Áreas*

1,5% (US$ 1,9 bilhão)

1,1% (US$ 3,0 bilhões)0,5% (US$ 1,0 bilhão)0,5% (US$ 1,1 bilhão)

1% (US$ 0.3 bilhões)

1,4% (US$ 3,5 bilhões)

2,9% (US$ 3,7 bilhões)

27.4%US$ 64.8 bilhões

62,3%US$ 147.5 bilhões

0,4% (US$ 1,0 bilhão)

1,0% (US$ 2,3 bilhão) 1,1% (US$ 2,9 bilhão)

1,4% (US$ 3,2 bilhão)

2,2% (US$ 5,1 bilhões)

4,2% (US$ 9,9 bilhões)

20,9%US$ 43,2 bilhões

71,2%US$ 147,5 bilhões

73%US$ 21,7 bilhões

13,5%US$ 4 bilhões

6,4%US$ 1,9 bilhões

6,1%US$ 1.8 bilhões

Formigli. Segundo ele, outros projetos tiveram modificações em seus prazos, mas tudo foi feito “para que se mantivesse a curva de produção sólida”.

O pré-sal, que tem represen-tatividade crescente na produção da companhia, representará, em 2017, 42% – somando a área da cessão onerosa. “e quando migramos para 2020, a soma das duas áreas (cessão onerosa e pré-sal), representam exatamen-te 50% de produção, as novas descobertas, por 6%, e pós-sal, por 44%”, prevê o executivo.

Novas unidades de produçãoOutra novidade no pn foi a

contratação de 15 novas unida-des de produção, além das 24 já contratadas e previstas no plano

anterior, em sua maioria FpSOs – 17 próprias e sete afretadas. neste ano estão previstas para entrar em operação sete unida-des. “estamos acompanhando de perto, diuturnamente, sejam as plataformas de produção, sejam as sondas, e sejam também os insumos, como árvore de natal molhada e linhas flexíveis. há todo um conjunto de ações de todas as áreas da empresa para garantir que o que foi contratado seja entregue com qualidade, prazo e dentro do custo previs-to”, afirmou Formigli.

Das unidades contratadas, já operam o FpSO Cidade de São Paulo, no piloto de Sapinhoá, e o FpSO Cidade de Itajaí, no projeto Baúna. “O piloto de Sapi-nhoá é uma unidade de 120 mil

barris de óleo por dia. ela está em fase de rump-up (crescimen-to gradativo) de produção e no final de março teremos o sistema de riser desacoplado”, disse o diretor, chamando a atenção para o conteúdo local, que no contrato com a anp foi de 30% e o pla-nejado pela companhia chegará a 54%. “Conseguimos implantar esse projeto com uma semana de antecedência, e com conteúdo local competitivo, o que mostra a viabilidade da indústria nacio-nal”, enfatizou Formigli.

as unidades que seguem o cronograma da companhia e entram em operação ainda este ano são: FpSO Cidade de Paraty, em lula ne (primeiro óleo em 28/05); p-63, projeto papa-terra (primeiro óleo em 15/07); p-55,

PNG 2013-2017

Page 55: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 51

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Page 56: TN Petróleo #89

52 TN Petróleo 89

PNG 2013-2017

Bacia de Campos2012

7276

81

88 90 90

949494949392

Eficiência UO-BC

Realizado Metas PROEF

Efic

iênc

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cion

al (%

)PROEF: Programa Passa a Contemplar a UO-RIO

Eficiência UO-RIO

2013 2014 2015 2016 2017

projeto roncador Módulo iii (primeiro óleo em 30/09); FpSO p-58, no parque das Baleias (primeiro óleo em 30/11); e p-61, a primeira plataforma do tipo tlWp (tension-leg Wellhead platform) a ser utilizada no Brasil, que será conectada a uma FpSO (primeiro óleo em 31/12).

para 2014 a petrobras tem três unidades previstas: p-62, em roncador módulo iv (primeiro óleo em março); FpSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá norte (primeiro óleo em setembro); e FpSO Cidade de Mangaratiba,

em iracema Sul (primeiro óleo em novembro). Segundo Formi-gli, elas estão bem adiantadas e seguem o cronograma acordado.

a elevação mais acentuada da curva de produção da petro-bras é vista em 2017, quando deverá chegar a 2,75 milhões de barris de petróleo por dia. “tere-mos a partir de 2016 um esforço de implantação de unidades similar ao que estamos fazendo em 2013. Serão sete unidades de grande porte que entrarão em operação no mesmo ano”, afir-mou, referindo-se à p-68 (lula

ext. Sul), p-69 (lula Oeste), p-76 (Franco Sul), tartaruga verde e Mestiça, p-70 (iara horst), parque dos Doces e p-77 (Franco noroeste). “e teremos mais dois anos seguidos com um conjunto significativo de unidades, em torno de sete por ano, para que a gente tenha o suporte da curva de produção crescente até atingir os 4,2 milhões de barris em 2020, mais um milhão de barris de óleo equivalente da produção de gás”, concluiu, acrescentando o valor da produção operada para parceiros – em 2020 chega a 753 mil barris de óleo por dia.

Novo programa: PRC-PoçoCom o intuito de otimizar os

gastos nas construções de poços submarinos, administrando as-sim as atividades das 69 sondas espalhadas desde a Margem equatorial até a costa de Santa Catarina, a petrobras criou, em novembro de 2012, o programa de redução de Custos de poços (prC-poço). esse programa, que de acordo com Graça Foster trata diretamente do capex (montante investido na aquisição de bens de capital), representa hoje 51% dos investimentos do e&p, ou seja, US$ 75 bilhões, e 32% dos investimentos de todo o pnG.

Segundo Formigli, ele é estruturado em três frentes de trabalho: reduzir custos unitários (estratégia de ida ao mercado para aumentar competitividade e redução de preços), otimizar escopos de projetos (realizar o poço da forma mais econômica possível, pedindo informações estritamente necessárias), e

SUL DE TUPI / 4-RJS-1047

PAD IARA / 3-RJS-706

SUL GUARÁ / 1-SPS-96

Sucesso Exploratório e Aumento das Reservas

Oceano Atlântico

BrasilBacia de Campos

Bacia de Santos

Bacia do Espírito Santo

Janeiro/2012 e Fevereiro/2013

BrasilDescobertas: 53• Offshore: 25• Onshore: 28Índice de Sucesso Exploratório: 64%Reservas: 15,7 bilhões de boeIRR¹: 103% pelo 21º ano consecutivoR/P²: 19,3 anos

Pré-SalDescobertas: 15• Pioneiros: 8Índice de Sucesso Exploratório: 82%Reservas: 300 km da região SE, 55% do PIB

¹IRR: Índice de Reposição de Reservas²R/P: Razão Reserva/Produção

Page 57: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 53

petrobras mantém E&P como alicerce

Investimentos em Poços Explora-tórios e de

Desenvolvimento da Produçãosomam US$ 75 bilhões

Infraestrutura e Suporte

EXPLORAçãO

DESENVOLVIMENTO DA PRODUçãO

E&P

Demais Áreas

236,7

147,5

106,9

89,2

147,5

InvestimentosPNG 2013-2017

Investimentosem E&P Brasil

16,324,3

Construção de Poços Compõe Parcela Relevante dos Investimentos

PRC-Poço: Programa de Redução de Custos de Poços

Aumento da frota de sondas e recursos de logística• Petrobras currently

has 69 floating drilling rigs for well constuction and maintenance in Brazil

A Construção de Poços representa:• 32% dos investimentos

da Petrobras no PNG 2013-2017

• 51% dos investimentos em E&P no Brasil

buscar ganhos de produtividade (buscar eficiência). “não adian-ta ter as unidades de produção sem os poços e sem as interliga-ções submarinas. e esses poços representam muito dinheiro... Colocamos esse programa com a mesma cara dos outros (proef, procop, infralog e prodesin), até porque existe uma metodologia que faz com que a empresa toda rode no mesmo ritmo e velocida-de”, afirmou Formigli.

“vamos trabalhar em cima do que é pedido, em cima do preço, mas também a eficiên-cia. isso é trabalhado junto ao pessoal de poços marítimos e também existirá na área terrestre, dentro das melho-res práticas de segurança e qualidade. Dentro dos projetos que já mapeamos e colocamos em carteira, identificamos potencial de ganho de US$ 1,4

bilhão, que já está incorpora-do nessa carteira do pnG. O potencial eu posso dizer para vocês que é bem maior”, con-cluiu Formigli.

Disciplina de projetosMantendo a gestão integrada

do portfólio a petrobras continua a ter projetos em implantação e em avaliação, e segundo a

Page 58: TN Petróleo #89

54 TN Petróleo 89

PNG 2013-2017

PILOTO SAPINHOÁ

Cidade de São Paulo

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Cidade de Anchieta

BALEIA AZUL

PILOTO LULA NORDESTE

LULA NORTE

FRANCO 1

CARIOCA

LULA SUL

FRANCO SW

Cidade de Paraty

P-67**

P-74***

P-66**

P-68**

P-72**

P-77***

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A contratar*

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A contratar

A contratarA contratar

A contratar

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A contratar

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A contratarA contratar

P-75***

PAPA-TERRA

PAPA-TERRA

P-63

BAúNA

IARA NW

NE DE TUPI

Cidade de Itajaí

RONCADOR III

P-61 (TLWP)

P-55

IRACEMA NORTEIRACEMA SUL

LULA ALTO

CARCARÁ

FRANCO LESTE

ESPADARTE I

BONITO

FLORIM

LULA EXTERNO SUL

SUL PARqUE DAS BALEIAS

SE ÁGUASPROFUNDAS

MAROMBA

JUPITER

ESPADARTE III

2,0milhões bpd

2,5milhões bpd

2,75milhões bpd

4,2 milhões bpd

2,0 2%milhões bpd

Pós-Sal, pré-Sal, Cessão Onerosa e curva de produçãoProdução de óleo e GNL

NORTE PARqUEBALEIAS

RONCADOR IV

SAPINHOÁ NORTE

Cidade de Ilhabela

Cidade de ItaguaíCidade de Mangaratiba

P-58

Pós-Sal Pré-Sal Cessão Onerosa

P-62

(*) Unidades em fase final de contratação (**) Casco com construção no Estaleiro Rio Grande (RS) (***) Casco com conversão no Estaleiro Inhaúma (RJ)

25 novas unidades de produção entrarão em operação no período 2013-17 ou 38 novas UEPs entrarão em operação no período 2013-20

24 unidades contratadas e 15 a contratar entre 2013-2017

LULA CENTRAL

FRANCO NW

ENTORNO DE IARA

PARqUE DOSDOCES

IARA HORST

TARTARUGAVERDE E MESTIÇA

P-73**

P-71**

P-76***

FRANCO SUL

P-69**

LULA OESTE

Integração da P-55 no Estaleiro Rio Grande 1, Rio Grande/RS – Fev/2013

Integração da FPSO P-58 no Estaleiro Honório Bicalho, Rio Grande/RS – Mar/2013

Integração da P-63 no Estaleiro Honório Bicalho, Rio Grande/RS – Fev/2013

Foto

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Page 59: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 55

petrobras mantém E&P como alicerce

PROCOP: Otimização das Atividades Operacionais Gerando Maior Produtividade e Redução de Custos UnitáriosA captura dos ganhos será progressiva, permitindo, até 2016, economia de R$ 32 bilhões.

Economia de R$ 32 bilhões em 4 anosMetas Anuais de Redução

*Desembolsos realizados na operação das instalações industriais, administrativas e de apoio.

R$

Bilh

ão

EXEMPLOS DE ALAVANCAS

• Exploração e Produção: Consumo de químicos e combustíveis; Dias produtivos de sondas; Transporte marítimo e aéreo; Intervenção em poços terrestres;

• Downstream: Consumo de químicos e catalisadores; Produção de resíduos, Rotina de paradas programadas; Excesso de estadia nos portos; Uso da frota marítima; Programa-ção das entregas;

• Transpetro: Intervenções em navios, terminais, oleodutos, gasodutos e tanques;

• Gás e Energia: NConsumo de GN para produção de amônia; Custo operacional da malha de gasodutos;

• Engenharia, Tecnologia e Materiais: Suprimento e estoque de materiais; Custos de TIC por usuário;

• Corporativo e Serviços: Gastos com edifícios, viagens e transporte terrestre; Gestão de SMES.

Redução Anual proporcionada pelo PROCOP

Evolução dos Gastos Gerenciáveis

4 7 9 12

2013 2014 2015 2016

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EREN

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VEIS

presidente Foster, não houve mu-dança nesse panorama. “Manti-vemos todos os projetos. O fato é que para passar de avaliação para implantação o vpl (valor presente líquido – indicador financeiro da companhia) tem que obviamente ser positivo, mas ao mesmo tempo os projetos competem entre as áreas.

é importante que se diga que a petrobras não tem um conjunto de projetos, e sim projetos que estão interligados, que dão qua-lidade ao nosso portfólio.”

a carteira de projetos em implantação corresponde a US$ 207,1 bilhões, contemplando todos os já contratados e todos os de e&

p no Brasil. Já os que se encon-tram em avaliação somam inves-timentos de US$ 29,6 bilhões. a área que sofreu maior redução de investimento no novo plano foi a de Gás & energia, com queda de 28,3% na comparação com o ante-rior, para US$ 9,9 bilhões – sendo US$ 5,9 bilhões para conclusão de projetos em implantação, como a Unidade de Fertilizantes de três lagoas e a Usina termelétrica Baixada Fluminense.

O segmento de biocombus-tíveis receberá US$ 2,9 bilhões no período, queda de 23,7% ante o plano anterior. Dos investi-mentos atuais, US$ 1,1 bilhão irão para projetos de biodiesel e

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Page 60: TN Petróleo #89

56 TN Petróleo 89

PNG 2013-2017 petrobras mantém E&P como alicerce

Desenvolvimento da Produção

Além de Exploração e Desenvolvimento da Produção, os investimentos do E&P em Infraestrutura somam US$ 16,3 bilhões.

Pré-sal

Exploração

Pós-sal

Infraestrutura e Suporte

Investimentos em E&P - 2013-2017US$ 147.5 bilhões

Cessão Onerosa

11%US$ 16.3 bilhões

16%US$ 24.3bilhões

73%US$ 106.9 bilhões

ExploraçãoUS$ 24.3 bilhões

6%US$ 1.4 bilhões

70%US$ 17.1 bilhões

24%US$ 5.8bilhões

Desenvolvimento da ProduçãoUS$ 106.9 bilhões

25%US$ 26,2 bilhões

43%US$ 46.4 bilhões 32%

US$ 34.3 bilhões

Participação na curva de produção

20132.0 mbpd

20204.200 mbpd

*Inclui novas oportunitdades em blocos onde já existem descobertas

19%CessãoOnerosa

6%Novas descobertas*

7%Pré-sal (concessão)

31%Pré-sal(concessão)

44%Pós-sal

93%Pós-sal

Pós-Sal, Pré-Sal, Cessão Onerosa e novas descobertas

20172.75 mbpd

7%Cessão Onerosa

35%Pré-sal(concessão)

58%Pós-sal

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TN Petróleo 89 57

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58 TN Petróleo 89

DAS 10 PLATAFORMAS previstas no

Plano de Negócios da Petrobras para

operar até 2014, duas foram integralmen-

te construídas no Brasil e sete tiveram

seus cascos convertidos em estaleiros

internacionais, mas com integração

de módulos realizada no país. “Apenas

uma delas foi totalmente construída em

estaleiros internacionais. Isso demonstra

uma boa performance dos estaleiros bra-

sileiros”, afirma o presidente do Sindi-

cato Nacional da Indústria da Construção

e Reparação Naval e Offshore (Sinaval),

Ariovaldo Rocha. “Consideramos muito

positivo o foco na área de exploração e

produção de petróleo.”

“Das 28 novas plataformas que

entrarão em operação até 2020, 12 foram

contratadas para construção em estaleiros

brasileiros. Restam 16 plataformas que,

ao que tudo indica,

serão contrata-

das em estaleiros

internacionais, com

integração de mó-

dulos no Brasil para

atender às regras

do conteúdo local. O

Sinaval ainda busca

o diálogo para construção local de algumas

dessas 16 novas plataformas”, afirmou.

Rocha alertou, porém, para a falta de

contratos de navios de apoio marítimo

construídos em estaleiros brasileiros. Des-

de 2009, a estimativa era de construção

local de 146 navios previstos no Programa

de Renovação da Frota de Apoio Marítimo

(Prorefam), dos quais foram contratados

somente 56 navios. No total, deixaram de

ser contratados 90 navios, que seriam

afretados por operadores de apoio maríti-

mo para construção em estaleiros locais.

“As estatísticas divulgadas pela Antaq

(Agência Nacional de Transportes Aquavi-

ários) registram o aumento das despesas

internacionais com afretamentos de navios

de apoio marítimo à produção de petróleo.

Esses afretamentos atingiram, em 2012,

o valor de US$ 3 bilhões, um crescimento

de 22,8% sobre 2011. Os dados refletem a

redução da construção local de navios de

apoio marítimo, principalmente navios de

maior porte como os AHTS (de manuseio

de âncoras, reboque de plataformas e su-

primentos) e PSVs 3000 e 4500 (suprido-

res de plataformas de petróleo). As infor-

mações da ABEAM (Associação Brasileira

de Empresas de Apoio Marítimo) registram

433 navios em operação no Brasil, sendo

257 de bandeira internacional e 176 de

bandeira brasileira. Os números mostram

o desequilíbrio que voltou a existir neste

segmento”, concluiu.

Estaleiros em boa fase

Refinaria RNEST

PNG 2013-2017

etanol. Já a área internacional terá investimentos de US$ 3,2 bilhões na carteira de implanta-ção, sendo intensificada a ênfase no segmento e&p que representa 90% desses investimentos.

Programas de suporteOs programas que dão su-

porte às atividades da empresa continuam sendo desenvolvi-dos – programa de aumento da eficiência Operacional (proef) – UO-BC e UO-riO –, programa de Otimização de Custos Ope-racionais (procop), programa de Otimização de infraestrutura logística (infralog) e programa de Desinvestimento (prodesin). Soma-se a estes o novo programa de redução de Custos de poços (prC-poço), que administrará US$ 75 bilhões previstos para a construção de poços.

“nossa companhia cresce (no período do plano) e os nossos custos operacionais não. teremos mais refinarias, mais unidades de produção, mais logística, e os nossos gastos gerenciáveis serão mantidos”, afirmou Foster. as me-tas anuais de redução da estatal,

proporcionada pelo procop são: r$ 4 bilhões em 2013; r$ 7 bilhões em 2014; r$ 9 bilhões em 2015 e 12 bilhões em 2016. Os desinves-timentos da companhia no novo plano somam US$ 9,9 bilhões – no plano anterior chegavam a US$ 14,8 bilhões –, que devem ingres-sar no caixa da petrobras princi-palmente em 2013.

Sem detalhar os ativos que serão vendidos, a presidente Foster confirmou a saída de um empreendimento da lista de desinvestimento: a refinaria

de pasadena, no texas (eUa), por conta do cenário econômico desfavorável. Mas o diretor de exploração e produção, José For-migli, chegou a se mostrar satis-feito com a procura pelos ativos da companhia. além do Brasil, a lista inclui empreendimentos na américa latina, estados Unidos e África.

‘Novo’ refinoSegundo Graça Foster, a área

de refino tem tido “excelente performance”, apesar do aque-

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TN Petróleo 89 59

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60 TN Petróleo 89

PNG 2013-2017

Bases de Apoio OffshoreE&P provendo infraestrutura portuária e aeroportuária de apoio offshore com foco nas bacias do Espírito Santo,de Campos e de Santos

Suprimento e Distribuição de Derivados e BiocombustíveisDOWNSTREAM, TRANSPETRO e PETROBRAS DISTRIBUIÇÃO buscando aumento da capacidade de tancagem, de transporte dutoviário e em bases de distribuição multicliente

Movimentação e Exportação de PetróleoDOWNSTREAM e TRANSPETRO esco-ando produção do E&P para internação em refinarias ou exportação em navios convencionais e de maior porte

Destinação de GNLDOWNSTREAM e G&E desenvolvendo soluções para melhoria da movimen-tação e maior aproveitamento dos líquidos de gás natural produzidos pelo E&P no Pré-Sal

Incorporadas no PNG 2013-2017 reduções de investimento que somam US$ 2,2 bilhões.Oportunidades adicionais para reduzir até US$ 2,8 bilhões no horizonte 2018-2020 também foram mapeadas.

Planejar, acompanhar e gerir projetos e ações para atender às necessidades de infraestrutura logística do Sistema Petrobras aos menores custos.

INFRALOG: Otimização do Investimento por meio da Gestão Integrada dos Projetos de Logística

INFRALOG

cimento da demanda, que tem gerado perdas à petrobras em função da crescente importação de combustíveis a valores mais altos do que os de venda. Com isso, a área de abastecimento segue sendo a segunda mais importante dentro da companhia.

Dos US$ 64,8 bilhões de investimentos previstos na área de abastecimento, 51% se des-tinarão à área de ampliação do parque de refino. esse valor se subdivide em US$ 43,2 bilhões para projetos em implantação,

e US$ 21,6 bilhões projetos em avaliação.

“investimos muito nos últimos três/quatro anos para aprimorar nosso parque de re-fino. estamos colhendo frutos desses investimentos”, afir-mou a executiva, que garantiu que está sendo produzido mais diesel, diminuindo assim as importações. “estamos traba-lhando ao máximo nossa capa-cidade.” no dia 30 de março a estatal teve seu novo recorde de carga refinada somando

2,12 milhões de barris/dia processados.

Da carteira em implantação, 45% estão sendo investidos em novas refinarias, com desta-que para as obras do Complexo petroquímico do rio de Janeiro (Comperj), com início de ope-ração do primeiro trem (165 mil barris por dia) previsto para abril de 2015. também em obras, com 70,6% de avanço físico, está a refinaria abreu e lima (rneSt), em pernambuco, que começa a operar o primeiro trem (115 mil bpd) em novembro de 2014, e o segundo (115 mil bpd) em maio de 2015.

“estas duas refinarias agre-gam ao nosso parque de refino cerca de 400 mil barris de pro-cessamento adicional”, afirmou o diretor de abastecimento, José Carlos Cosenza, totalizando uma capacidade de processamento de cerca de 2.400 mil bpd. De

acordo com ele, a estatal estima crescimento da demanda de derivados de 4,2% no período 2012-20. “Che-garemos ao fim deste período

com um mercado demandando 3.380 mbp/d. então, mesmo com a entrada dos projetos em implan-tação, ainda existe um déficit de 972 mil barris, que nós queremos atender”, disse.

para isso a estatal continua buscando a viabilidade dos investimentos na premium i (Maranhão) – trem 1 e trem 2; premium ii (Ceará) e Comperj trem 2 – todas essas com capaci-dade de processamento de 300 mil bpd cada. “estamos estudan-do a viabilidade desses inves-timentos, ou seja, analisando como reduzir custos no processo de construção dessas refinarias”, completou Cosenza. Quando concretizados, esses projetos em avaliação somarão à capacidade

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TN Petróleo 89 61

Produção de Petróleo atingiu 300 mbpd, 249 mbpd parcela Petro-bras, 43% da Bacia de Santos e 57% da Bacia de Campos;

Marca atingida com apenas 17 poços produtores, 6 na Bacia de Santos e 11 na Bacia de Campos;

Marca atingida apenas 7 anos após a descoberta:• Bacia de Campos: 11 anos• Porção americana do Golfo do México: 17 anos• Mar do Norte: 9 anos

A marca de 1 milhão de bpd operada pela Petrobras será superada em 2017 e atingirá 2,1 milhões de bpd em 2020.

Desafios Tecnológicos Superados• Sísmica de alta resolução: maior sucesso exploratório• Modelagem geológica e numérica: melhor previsão do com porta-mento da produção

• Redução do tempo de perfuração de poços de 134 dias em 2006 para 70 dias em 2012: menores custos

• Seleção de novos materiais: menores custos• Qualificação de novos sistemas para coleta da produção: maior competitividade

• Separação de CO2 do Gás Natural em águas profundas e rein-jeção: redução de emissões e aumento do fator de recuperação

Dados da Produção no Pré-Sal

petrobras mantém E&P como alicerce

de refino do país 1,2 milhão de bpd, o que representa metade da capacidade atual.

FinanciabilidadeSegundo a petrobras, os

recursos necessários para o financiamento dos projetos em implantação serão prove-nientes da geração de caixa operacional (US$ 164,7 bi-lhões), uso de caixa excedente (US$ 10,7 bilhões), desinves-timentos e reestruturações financeiras (US$ 9,9 bilhões) e captações (US$ 61,3 bilhões “brutos” e US$ 21,4 bilhões “líquidos”). “em 2013 haverá a combinação de maior in-vestimento anual com menor geração operacional de caixa no período, situação que será revertida durante o período do plano de negócios e Gestão (pnG), com o fluxo de caixa livre, antes dos dividendos, se tornando positivo a partir de 2015”, afirma a empresa. “a expectativa é que em 2017 a companhia esteja apresentan-do uma geração operacional de caixa em torno de US$ 50 bilhões por ano.”

a empresa também se com-promete a manter a alavanca-gem financeira dentro da meta de 25% a 35% no período, sem ultrapassar o limite de 35%, e encerrando 2017 em 27%.

e prevê que o indicador dívida líquida/ebitda retorna-rá, a partir de 2014, ao limite definido de até 2,5 vezes, caindo para 1,65 vez em 2017. “a companhia mantém seu compromisso com o investment grade e com a não emissão de ações”, acrescentou.

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62 TN Petróleo 89

capital de energiaFo

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TN Petróleo 89 63

Pernambuco: o polo naval e petrolífero do NordesteCapitaneado pelo Complexo Industrial de Suape e pela Refinaria Abreu e Lima, o estado de Pernambuco vem recebendo cada vez mais investimentos e já aparece como um polo importante para a indústria naval e offshore, e também do setor de energia, em especial a eólica. Ainda em processo de consolidação, a indústria de petróleo, gás, offshore e naval em Pernambuco tem sido atrativa e segue tendo grandes oportunidades de negócios. Atualmente, a região está trabalhando no desenvolvimento e qualificação das empresas, da mão de obra e o investimento em tecnologia, para suportar a demanda da cadeia produtiva.

Com um produto interno Bruto (piB) aproximado de r$ 115 bilhões, dos quais 23% se referem à indústria

total, a economia pernambucana continua essencialmente voltada em sua maioria para a produção de alimentos e bebidas (sendo a atividade sucroalcooleira – a pro-dução de açúcar e etanol – a mais representativa), além da produ-ção de refrigerantes e cerveja.

porém, nos últimos anos, setores como os da construção civil e metalurgia vêm crescendo mediante os aportes realizados no setor naval e de petróleo e gás, fruto de empreendimentos como o estaleiro atlântico Sul, a refinaria abreu e lima e princi-palmente o Complexo de Suape.

para se ter ideia da impor-tância desses projetos, pelas estimativas da Federação das indústrias do estado de pernam-buco (Fiepe), quando estiverem funcionando a pleno vapor, o piB de pernambuco deve chegar a r$ 170 bilhões, com uma partici-pação da indústria em 28%, em

2014. Segundo o Banco Central, o piB do estado deve continuar crescendo acima da média na-cional, com uma projeção de 5% para este ano, enquanto no país deve ser de 3%.

“a expectativa com a chega-da dessas grandes empresas do setor de óleo e gás para per-nambuco é muito positiva, pois

essa cadeia movimenta for-temente a ati-vidade econô-mica. e existe muita tecnolo-gia envolvida, o que eleva o

valor de transformação dos pro-dutos acabados, aumentando a competitividade e a riqueza lo-cal”, afirmou o economista Júlio Becher, gerente da unidade de

economia, estudos e pesquisas (Uep) da Fiepe.

De acordo com os dados do “estudo dos impactos dos in-vestimentos na economia per-nambucana”, do Governo de pernambuco, o incremento na atividade econômica do com-plexo de Suape, por exemplo, é estimado em r$ 61 bilhões.

Júlio Becher considera que o bom momento vivido pela economia pernambucana vem se refletindo em um movimento de retorno de profissionais que no passado foram para o Sudeste em busca de melhores oportuni-dades, em especial os envolvidos na construção dos empreendi-mentos que aportaram no estado desde 2007.

Segundo ele, segmentos como construção civil, metalme-cânica, naval e offshore, segu-rança do trabalho, entre outros, estão demandando elevado contingente graças à conjuntura local favorável. ainda que haja programas de capacitação local, a exemplo do programa de Mobi-lização da indústria nacional de

por Maria Fernanda Romero e Rodrigo Miguez

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64 TN Petróleo 89

capital de energia

Municípios: 185Capital: Recife

Área total: 98.311,616 km²População: 8,9 milhões

Alfabetizados: 84%Expectativa de vida: 69

IDH: 0,718PIB (2012): R$ 115,6 bilhões

Renda per capita (2011): R$ 10.801Principais atividades: portuário,

turismo, indústria naval e petroquímica

Recife

Suape (Ipojuca)

Números do estado

petróleo e Gás natural (pro-minp), as empresas continuam precisando buscar mão de obra em outras regiões.

por isso, a Fiepe, em seu pla-no estratégico, projeta contribuir com esse novo ciclo industrial por meio de programas e políti-cas para desenvolver a indústria local, com ações para elevar a produtividade e competitividade da indústria pernambucana com base na inteligência competitiva.

nos últimos quatro anos, pernambuco é o estado que vem se mantendo acima da média de crescimento do país, fechando o ano de 2012 com o produto interno Bruto (piB) duas vezes maior que o nacional. além disso, o estado possui localização estratégica e nos últimos oito anos investe pesado em infraes-trutura. O resultado de tais ações é a atração de grandes proje-tos estruturadores e o título de melhor porto público no país (o Complexo de Suape).

pernambuco possui uma vocação logística natural, devido à sua localização geográfica pri-vilegiada em relação aos demais estados do nordeste. em um raio de 800 km possui seis capitais e 90% do piB de toda a região. por essa característica e pela infra-estrutura que possui, Suape está vocacionado a ser um hub port, ou seja, um porto concentrador e

distribuidor de cargas para todo o Brasil e até para outros países da américa do Sul.

“nosso grande diferencial é a infraestrutura existente (ro-dovias, portos, aeroportos e a

ferrovia trans-nordestina) e o apoio dado pelo Governo do estado à implantação de empreen-dimentos que,

de outra forma, optariam por se instalar em regiões mais desen-volvidas do país”, diz Márcio Stefanni Monteiro, secretário de Desenvolvimento econômico de pernambuco.

O estado vem se consolidan-do como excelente polo de inves-timentos nas áreas de petróleo, gás, offshore e naval – indústrias novas que antes não existiam na matriz econômica estadual. Destaque para os grandes em-preendimentos que estão sendo projetados na região, como o Complexo industrial portuário de Suape, o estaleiro atlântico Sul e o estaleiro vard promar.

“Quando todos esses empre-endimentos estiverem em opera-ção, a economia de pernambuco vai mudar de patamar, justamen-te pela riqueza que esses em-preendimentos são capazes de gerar, seja em postos de trabalho

diretos e indiretos, seja pelo efei-to renda”, afirma Monteiro.

Com relação ao desenvolvi-mento da cadeia produtiva do pré-sal, o secretário considera que pernambuco pode contribuir consolidando-se como um polo provedor de classe mundial de bens e serviços da indústria de petróleo, gás, naval e offsho-re, que é o objetivo do projeto Suape Global. pernambuco tem condições de construir navios para transporte de gás, óleo e derivados; pode refinar petróleo e transformá-lo em combustí-veis e produtos petroquímicos, cuidando ainda do embarque e desembarque desses materiais; e também pode fornecer, com com-petência, bens e serviços para as indústrias deste setor, considera Monteiro.

De acordo com a agência de Desenvolvimento econômico de pernambuco (aD Diper), vin-culada à Secretaria de Desen-volvimento econômico (SDeC), as empresas interessadas em se instalar na região contam com vários incentivos fiscais muni-cipais (redução do iSS/imposto sobre Serviços, até 2%), federais (redução de 75% do imposto de renda pessoa Jurídica/irpJ, so-bre o valor a pagar por dez anos), e estaduais, com incentivos do programa de Desenvolvimento do estado de pernambuco (pro-

Page 69: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 65

depe) que, em seis anos, captou 897 projetos de novas empresas, prevendo a geração de 65,3 mil empregos, o que resultou em cer-ca de r$ 17,4 bilhões em investi-mentos direcionados, sobretudo, para o interior do estado.

O objetivo da aD Diper é atrair empresas de fundição, forjaria, usinagem, caldeiraria leve e pesada e tratamento de superfícies. Juntas, elas deverão agregar tecnologia e força de trabalho qualificada ao parque industrial de pernambuco.

roberto abreu e lima, diretor presidente da aD Diper, afirma que algumas delas, inclusive, já compõem a grande cadeia metal-mecânica, indispensável quando se fala no desenvolvimento de novos segmentos que se iniciam em pernambuco e no nordeste.

“neste contexto, estimular a ampliação da participação de empresas pernambucanas que já atuam no setor é uma premissa essencial. Fomentar estes empre-endedores a formarem parcerias com empresas estrangeiras e de outros estados faz parte do nosso plano de desenvolvimento contí-nuo e perene”, pontua.

a agência procura adensar as cadeias produtivas de petróleo e naval, automotiva e equipa-mentos de energias renováveis, para conferir perenidade a estas novas cadeias e desenvolver uma rede de fornecedores competitiva ao estado para a conquista de novos projetos estruturantes.

qualificação profissionalpara preencher todas as vagas

que estão surgindo, a capacitação é primordial. por isso, o Governo do estado criou uma secretaria focada no assunto, a Secretaria de trabalho Qualificação e empre-endedorismo (StQe). pernambu-co conta com 25 escolas técnicas

e quatro escolas de referência em ensino médio que também oferecem educação profissional, além de parcerias com o Servi-ço nacional de aprendizagem industrial (Senai), o instituto Federal de pernambuco (ipfe) e as universidades, para suprir essa demanda e inserir cada vez mais a população no contexto do desenvolvimento.

a StQe executa alguns programas específicos para a indústria de óleo e gás. Um de-les é o Qualipetro, em convênio com a refinaria abreu e lima, que promove a ampliação dos processos de qualificação pro-fissional nas áreas de interesse da cadeia produtiva e industrial de petróleo e gás. O projeto tem

como meta formar e certificar 200 instrutores e qualificar qua-tro mil trabalhadores.

Outro projeto é o polo naval, do estaleiro vard promar, cujo objetivo é qualificar 1.500 alunos egressos do ensino médio em diversas funções. pernambuco também conta com 14 escolas técnicas estaduais em funciona-mento e outras 13 em constru-ção. Já a Universidade Federal de pernambuco (Ufpe), que está entre as dez melhores do país, foi a primeira no nordeste a oferecer curso de graduação em engenharia naval.

O secretário Márcio Stefanni Monteiro diz que há uma carên-cia de mão de obra qualificada generalizada no país, principal-mente na área naval e offshore, que passou pelo menos duas décadas estagnada. entretanto, os programas citados foram dese-nhados para suprir essa carência no estado. “por outro lado, quem tem qualificação não fica parado, são muitas as oportunidades de emprego em pernambuco nestes mercados”, ressalta.

na refinaria abreu e lima, quando a planta estiver em operação, serão gerados 1.500

pernambuco: o polo naval e petrolífero do Nordeste

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66 TN Petróleo 89

capital de energia

A PARCERIA FECHADA em março deste ano abre caminho para a trans-ferência de tecnologia e aprimorar o treinamento na área de soldagem e outras técnicas essenciais de fusão de materiais utilizadas por empresas locais na construção de navios e plataformas de petróleo para a indústria brasileira de petróleo, óleo e gás.

O acordo assinado pelo governador Eduardo Campos e a Boeing permitirá colaborações com instituições técnicas e universidades brasileiras. O apoio às indústrias e às instituições de ensino

locais faz parte da proposta apresen-tada pela Boeing para a licitação do programa F-X2, da qual a empresa participa com o caça Super Hornet. A TWI

Ltda., líder global em tecnologia de engenharia com sede no Reino Unido, trabalhará com a Boeing e instituições técnicas e universidades brasilei-ras para compartilhar os últimos

avanços nas tecnologias e técnicas de fusão de materiais e para desenvolver programas de treinamento.

Pernambuco firma parceria com a Boeing para transferência de tecnologia

empregos diretos. no estaleiro atlântico Sul, são cerca de seis mil oportunidades de trabalho. no promar, quando em funcio-namento, serão mais de 1.500 vagas. a própria construção e montagem desses empreen-dimentos já têm demandado quantitativos enormes de profis-sionais como encanadores, sol-dadores, montadores, pintores, maçariqueiros e caldeireiros. a construção da refinaria abreu e lima e a da petroquímica Suape chegaram a empregar cerca de 50 mil pessoas. existe, ainda, toda uma cadeia produtiva de fornecedores que também é im-pactada. O Fórum Suape Global, cujo objetivo é transformar o es-tado num polo provedor de bens e serviços para esta indústria, já reúne 27 empresas instaladas ou em processo de instalação, com previsão de gerar 13 mil empre-gos diretos. tem sido considera-do um modelo para outros polos dos setores de petróleo, gás, naval e offshore do país.

Pesquisa na universidade Com uma reconhecida histó-

ria na área de pesquisa, a Ufpe vem ampliando cada vez mais sua área de atuação, em especial

nos projetos ligados ao setor de petróleo e gás e energia, com foco na eólica e solar.

puxada pela intensificação das operações do complexo de Suape, a Ufpe vem se prepa-rando para atender a demanda de pesquisas tecnológicas e de serviços das empresas situadas no estado. atualmente existe na Universidade o programa prh--pB204, voltado para a tecno-logia de construção naval, com 72 alunos, dos quais 20 são do curso de engenharia naval e 52 do curso de engenharia mecâni-ca. a partir de abril, o número de alunos bolsistas de engenharia naval irá dobrar, e mais dez alu-nos se somarão aos já existentes de engenharia mecânica.

Segundo Francisco Ramos, pró-reitor para assuntos de

pesquisa e pós-Graduação da Ufpe, a instalação da refinaria, dos estaleiros e da petroquímica em Suape tem

direcionado as duas últimas gestões da instituição no sentido de criação de programas de gra-duação e de pós-graduação para

atender a demanda por mão de obra qualificada. “

além disso, o apoio da petro-bras e da agência nacional do petróleo, Gás natural e Biocom-bustíveis (anp) tem permitido o desenvolvimento de um corpo de pesquisa, induzindo pesquisado-res de alta reputação acadêmica a se voltarem para estudos na área”, completou.

Um dos investimentos que vem sendo feito com o apoio da estatal é o futuro laborató-rio integrado de tecnologia em petróleo, Gás e Biocombustíveis (litpeg) que vai começar a ser construído esse ano e está plane-jado para começar os trabalhos em 2016. O laboratório vai abri-gar o programa de pós-Gradua-ção em Geotecnologia e enge-nharia de petróleo (ppGpetro), ainda em criação, entre outros.

O programa compreenderá, a princípio, os cursos de mestrado e doutorado. O mestrado estará organizado em três áreas de concentração: exploração/pro-dução; Modelagem/Simulação; Meio ambiente. Já o doutorado deverá ser organizado em uma área de concentração homônima do programa, ou seja, Geotec-nologia e engenharia do petró-

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TN Petróleo 89 67

leo. O objetivo é a formação de mão de obra qualificada para a indústria e o desenvolvimento de pesquisas que façam avançar o conhecimento tecnológico na área de petróleo e gás.

hoje, a Ufpe tem dois pro-gramas de formação de recursos humanos, o prh 28 e o prh 26, que fazem parte do programa institucional prh/anp, com o objetivo de formar e qualificar recursos humanos para atuação no setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis.

O prh-28 tem como ênfase a formação dos alunos de gradu-ação em engenharia de proces-samento Químico de petróleo e Gás natural e de pós-graduação com ênfase em Desenvolvimen-to de processos Químicos do petróleo. Mais recentemente o programa incluiu as especiali-zações em Gestão ambiental na indústria do petróleo e Gestão de risco e Confiabilidade nos processos industriais.

Já o prh-26 envolve os Departamentos de Geologia e de engenharia Civil e efetua a formação nas áreas de análi-ses Geoquímicas, de isótopos estáveis, de Difratometria e Fluorescência de raios-X, de Geomática, de Geologia e Geo-física Marinha, e o de Micros-copia eletrônica.

além do setor naval e offsho-re, um dos pontos fortes do esta-do de pernambuco vem sendo a energia eólica, que está levando muitas empresas a instalarem parques de produção da ener-gia nos eventos. e isso também tem se refletido no interesse dos alunos da Ufpe, que hoje conta com 11 alunos de graduação, 14 alunos de pós-graduação, seis professores/pesquisadores e três técnicos de laboratório, todos ligados ao setor eólico.

RenováveisQuanto à área de energias

renováveis, pernambuco possui o polo eólico de Suape, que já con-ta com duas empresas em fun-cionamento: a impsa, que fabrica aerogeradores, e a Gestamp, que produz as torres – e outras duas em fase de instalação com previsão de inauguração ainda este ano: a iraeta, especializada em flanges, e a lM Wind power, que vai fabricar pás. Juntas, elas somam mais de r$ 350 milhões em investimentos privados e cer-ca de 2.700 empregos diretos.

“Com a iraeta e a lM, pernambuco fecha a cadeia produtiva das grandes peças e o foco agora se volta para a atra-ção da cadeia de suprimentos para essas empresas. estamos abertos para receber também os fornecedores dessa cadeia. Suape, que já possui caracterís-ticas operacionais diferenciadas para a movimentação de peças de grandes dimensões, pois não sofre com interferências urba-nas, investe também em grandes obras de infraestrutura, como a dragagem e derrocagem de aprofundamento do canal de acesso ao porto externo”, afirma Márcio Stefanni Monteiro, secretário de Desenvolvimento econômico de pernambuco.

além dos grandes fabrican-tes de aerogeradores, torres e pás eólicas, pernambuco está

prospectando, de forma proati-va, a captação de fabricantes de componentes para estes empreen-dimentos. “São empresas brasilei-ras, espanholas e dinamarquesas, produtoras de escadas, estruturas internas e bases para torres, peças usinadas para aerogeradores, fibras de vidro e resinas para pás eólicas, sistemas de iluminação, entre outros”, indica Roberto Abreu e Lima, diretor presiden-te da aD Diper.

O Complexo de Suape tam-bém trabalha para fortalecer o setor eólico. a viabilização de empreendimentos como a refinaria abreu e lima, a petro-química Suape, os estaleiros e as plantas de equipamentos eólicos depende de um porto com águas profundas, com retroárea capaz de desenvolver adequadamen-te as atividades logísticas e a recepção da cadeia de fornece-dores. Outro fator importante é o sistema viário interno adequado ao transporte de grandes peças sem interveniências urbanas e com acessos adequados para o escoamento da produção.

Porto de Recife: haja história!Com o pensamento de con-

tinuar o momento próspero de pernambuco, o porto do recife

pernambuco: o polo naval e petrolífero do Nordeste

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68 TN Petróleo 89

vem realizando investimentos para receber melhor os navios de mais porte, de olho na diversi-ficação econômica do estado. O porto é o mais tradicional de pernambuco, já que foi a partir dele que nasceu recife.

passando por diversas obras de melhoria de infraestrutura, o porto do recife concluiu re-cente o seu terminal Marítimo de passageiros e possui uma licitação de r$ 130 milhões para a melhoria dos cais 7, 8 e 9 e reforço na dragagem desses atracadouros.

Criado a princípio para a exportação de açúcar, até hoje o produto é a principal carga embarcada nos navios, mas a administração do porto vem buscando novo perfil. “Que-remos cargas com maior valor agregado, que precisem de um desembarque urbano e não vão causar impacto no trânsito local, como produtos para as indústrias automobilística, farmoquímicas e as pás de hélices de aerogerado-res de energia eólica”, afirmou a administração do porto.

para este ano, as perspectivas são de um incremento superior a

40% na movimentação de carga, com um faturamento estimado de r$ 24,9 milhões. a draga-gem do porto, finalizada no ano passado, é um dos trunfos para o incremento de chegada e saída de produtos. hoje, o porto do recife está pronto para receber embarcações com até 11,5 m de calado em maré zero, o que per-mite o recebimento de navios de contêineres, demais cargueiros e transatlânticos de passageiros.

O setor de energia eólica vem sendo um grande novo mercado para o porto do recife que já recebeu 69 pás de hélices para aerogeradores e estão con-tratados os descarregamentos de mais 291 pás de um total de 360 destinadas ao parque eólico de Casa nova, na Bahia. a opção por recife ocorreu em razão das boas condições, e das outras vantagens logísticas, como dis-tância e facilidade de vias para esse transporte.

Mais gás para Pernambucopara atender a demanda

crescente por energia e sobretu-do por gás natural, a Copergás, única empresa fornecedora do produto em todo pernambuco, está realizando investimentos em obras de expansão de sua rede tanto nas capitais como no interior. a empresa distribui 3.250.000 m3 por dia de gás natural, sendo 2.150 mil para o mercado termelétrico e 1.100 mil para o não termelétrico, su-prindo os segmentos industrial, veicular, de cogeração, residen-cial e comercial.

a malha atual de distribuição é da ordem de 600 km de dutos, distribuídos em 15 municípios do estado, que englobam a re-gião metropolitana e o interior. a carteira de clientes da com-panhia está em 12 mil unidades

consumidoras, que será expan-dida a 15 mil até o final de 2013, com a perspectiva de alcançar 25 mil em 2015.

para alcançar essas perspec-tivas de demanda, a companhia realiza diversas obras, como as dos ramais Cidade da Copa, pe--Suape e norte, onde a empresa está aportando r$ 23 milhões. essas intervenções já se encon-tram 90% realizadas, com as conclusões previstas ainda para o primeiro semestre desse ano. Já o montante de recursos para o projeto de interiorização da rede é da ordem de dois milhões de reais, em continuidade ao Gaso-duto recife-Caruaru, concluído em 2009 com 100 km de exten-são e investimentos de r$ 110 milhões.

O plano de expansão da Copergás contemplará para os próximos cinco anos o aumento da participação na distribuição do gás para o interior do esta-do, visando ao fornecimento a novos mercados e possibilitando a infraestrutura necessária ao desenvolvimento de novos polos consumidores.

Segundo a empresa, há infra-estrutura adequada para garantir o fornecimento atual e com a conclusão das obras do ramal Suape, a rede de distribuição na região ficará interligada a dois pontos de entrega: pe Cabo e pe Suape, cada um com capacidade de 1.000.000 m3/d, destinada ao mercado não termelétrico, tendo como destaque o fornecimento ao polo petroquímico e têxtil.

a Copergás acrescentou ainda o fornecimento dedicado à Usina termelétrica (Ute) termo-pernambuco com 2.150.000 m3/d e à refinaria abreu e lima, com início de operação previsto para outubro de 2014, que alcançará 2.500.000 m3/d até 2017.

capital de energia

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Um mercado em ascensão que vem recebendo a atenção da companhia de gás de pernambu-co é o de cogeração de energia. a Copergás destina para esse mercado cerca de 40.000 m3/d de Gn, com um sistema tarifário diferenciado.

“O potencial desse merca-do, num horizonte de cinco anos, poderá alcançar valores da ordem de 200.000 m3/d, com a instalação de novas uni-dades industriais no estado”, avalia a empresa.

Com o aumento da demanda pela energia vinda das termelé-tricas no ano passado, a Co-pergás afirma que suas vendas para esse segmento cresceram 45% na comparação com perío-do anterior.

Refinaria Abreu e LimaUma das principais obras

de infraestrutura em anda-mento no estado é a refinaria abreu e lima. projeto de 17,3 bilhões de dólares da petro-bras, que se encontra com 73% de avanço físico de suas obras. Dentre os escopos concluídos, pode-se destacar um píer de carga seca para expedição de coque e quatro de granéis líquidos, para recebimento de petróleo e expedição de derivados no extramuros da refinaria, quatro esferas de armazenamento de Glp, oito tanques de petróleo e três tan-ques de água bruta, que fazem parte das unidades off-site.

as demais unidades off-site e on-site estão em fase de constru-ção, como a Central termelétrica, a estação de tratamento de Água, as Unidades de Destilação atmos-férica, Coqueamento retardado e hidrotratamento de Diesel e nafta.

Quando entrar em opera-ção, a refinaria terá capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia, cerca de 11% da capacidade atual de refino de petróleo no Brasil. abreu e lima será capaz de produzir derivados de alto padrão de qualidade, como diesel S-10, nafta, gás liquefeito de petró-leo (Glp), óleo combustível e coque. a unidade terá 70% de taxa de conversão da carga de petróleo cru em diesel S-10, com baixo teor de enxofre. isso equivale a 18% do atual consu-mo de diesel no Brasil.

a petrobras avalia que a previsão é que o primeiro trem de derivados seja entregue em novembro do ano que vem e o segundo em maio de 2015.

a logística de escoamento dos produtos será feita por mar, pelas rodovias e por dutos, com infra-estrutura existente no Complexo portuário de Suape.

Um dos principais desafios no projeto de implantação da refi-naria abreu e lima é a necessi-dade de uma gestão integrada e eficaz das obras, pois a integra-ção técnica, física e temporal de um megaprojeto é sempre muito complexa. além disso, há a questão de a empresa estatal de petróleo da venezuela, pDvSa, ainda não ter colocado nenhum centavo dos seus 40% acorda-dos no início do projeto. Mesmo assim, a presidente da petrobras, Graça Foster, afirma que a em-presa continua contando com a companhia venezuelana.

Com localização estratégica, próxima ao Complexo portuário de Suape, a nova planta da petro-bras suprirá o nordeste com mais diesel, item escasso na região, além de facilitar o abastecimento dos mercados interno e externo.

pernambuco: o polo naval e petrolífero do Nordeste

Números da RNEST

Área total: 6,3 milhões de m2

Avanço físico totalPrevisto: 70,3% | Realizado: 70,6%

Conteúdo localMeta: 75% | Planejado: 86,5%

Produção Trem 1 - 115 mil bpd (nov/14)Trem 2 - 115 mil bpd (mai/15)

Realização financeira acumulada US$ 11,7 bilhões

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70 TN Petróleo 89

Por abrigar grandes indústrias dos mais variados setores, contribui para o adensamen-

to de diversas cadeias produtivas, atraindo indústrias fornecedoras de bens e serviços para a região. isso vai influenciar decisivamente no desenvolvimento econômico, não apenas de Suape, mas em todo o seu entorno, gerando emprego e renda para a população. hoje, contabili-zam-se mais de 25 mil empregos diretos (gerados pelas empresas que já estão em operação) e cerca de 50 mil gerados na construção civil (empresas que estão em obras).

Caio Ramos, vice-presidente de Suape, enfatiza ainda que é impor-

tante destacar que muitas empresas têm chegado a outras regiões de pernambuco através de Sua-pe, de modo que o Complexo fun-ciona como um

ímã, atraindo investimentos que não precisam, necessariamente, estar na região para aproveitar sua dimensão.

existem mais de cem empresas em operação no Complexo e outras 50 em implantação. São indústrias de produtos químicos, metalmecânica, naval, logística, geração de energia, granéis líquidos e gases, alimentos, energia eólica, entre outras.

O porto apresenta estrutura mo-derna, com profundidades entre 15,5 m e 20 m e grande potencial de expansão, além de localização estratégica em relação às princi-pais rotas marítimas de navegação. está conectado a mais de 160 por-

tos em todos os continentes, com linhas diretas da europa, américa do norte e África.

Com uma área total de 13.500 hectares, distribuída em zonas de preservação ecológica (59%), in-dustrial (22%), industrial-portuária (14%), Central de Serviços (3%) e preservação Cultural (2%), o Com-plexo de Suape é um projeto ousado e inovador, porque alia o porto a um complexo industrial. essa concep-ção oferece condições ideais para a instalação de empreendimentos nos mais diversos segmentos.

Com a infraestrutura em constan-te desenvolvimento e modernização, Suape investe em importantes obras que tornarão o porto ainda mais com-petitivo e atrativo para as empresas. atualmente, possui cinco cais para atracação no porto interno e um mo-lhe de pedras de proteção em ‘l’, que abriga três píeres de granéis líquidos e um cais de múltiplos usos, no porto externo. visando ampliar ainda mais sua estrutura, além de um novo pátio de veículos, novos terminais serão instalados: granéis sólidos, açúcar e contêineres.

Quanto à infraestrutura, o Complexo dispõe de mais de 80 km de vias duplicadas, possui duas termelétricas, duas barra-gens (Bita e Utinga) para abaste-cimento d’água bruta ou tratada, tubulações de gás natural e duas subestações de 120 e 69 kva – tudo voltado para o atendimento das indústrias que estão e irão se ins-talar aqui. ademais, contam com a construção da transnordestina que irá movimentar cerca de 20 milhões de toneladas/ano, quando

em plena operação, entre soja e minério de ferro.

no que se refere especificamente à infraestrutura portuária, o Suape dispõe de um porto externo e um porto abrigado, píeres de Granéis líquido com capacidade de opera-ção de navios Suezmax (pGls 3a e 3b) e aframax (pGl 2), cinco berços de atracação com 350 m cada e ca-pacidade para atracação de navios com porte bruto das embarcações de comércio acima de 120 mil tpB; além de terminais de derivados de petróleo (pandenor, tequimar, Decal e transpetro), de cônteineres (tecon / Suape), grãos (Bunge alimentos) e pátios públicos para veículos e car-gas gerais e de projeto. também está em fase de aprovação a construção de um terminal de Granéis Sólidos, cujo foco principa será a exportação do minério de ferro e do coque ge-rado pela refinaria abreu e lima (rneSt).

ramos comenta que pernambuco vem investindo bastante na formação de clusters que sejam importantes para todos os polos que estão se con-solidando, como o de petróleo, gás, naval e offshore. O objetivo não é criar, por exemplo, um simples con-glomerado de indústrias, mas sim um grande polo de bens e serviços que ofereçam um ambiente favorável e toda a infraestrutura necessária para a chegada de grandes empreendi-mentos. nesta direção, foi lançado em 2008 o projeto Suape Global, que reúne entidades governamentais, privadas, acadêmicas e bancos públi-cos (Banco nacional de Desenvolvi-mento econômico e Social/BnDeS, Banco do nordeste do Brasil/BnB,

A locomotiva SuapeConsiderada a locomotiva do desenvolvimento de Pernambuco, o Complexo Industrial Portuário de Suape é um dos principais polos de investimentos do país e a “princesinha” do estado.

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Banco do Brasil/BB, e Caixa econô-mica Federal/CeF). a iniciativa con-ta hoje com 27 empresas instaladas ou em processo de instalação, o que soma um investimento de US$ 1,78 bilhão, com previsão de gerar 13 mil empregos diretos.

“a estratégia de desenvolvimento em formato de clusters praticada pelo Governo do estado resulta em diversos benefícios para pernambu-co e, também, para as empresas que participam desses arranjos. a partir

do momento em que os empreendi-mentos são agrupados, os fornece-dores tendem a perceber que será mais vantajoso oferecer facilidades a eles, seja instalando depósitos, abrindo filiais ou, até mesmo, se mudando para a região”, indica o vice-presidente de Suape.

De acordo com ele, para o clus-ter, esse movimento gera redução de custos de transporte e facilidade de obter insumos de produção. as empresas poderão optar por menores estoques, redução de despesas de viagens e transporte, abastecimentos mais frequentes, diálogo mais fácil com o fornecedor e maior vantagem competitiva em relação às compa-nhias que estão fora do polo. Já para a pernambuco, a vantagem, além da instalação de novos empreendi-mentos, é a consolidação de cadeias locais, permitindo que mais dinheiro circule no estado.

O Complexo de Suape trabalha tanto na ampliação de sua infraestru-tura quanto na consolidação de seus clusters. no momento, possui impor-tantes obras em andamento, como

dragagens, duplicação e construção de vias que serão fundamentais para a melhoria da infraestrutura local, além de projetos para a construção de novos terminais (granéis sólidos, contêineres e açúcar).

“estamos muito empenhados em manter o ritmo das obras estru-turadoras, visando ao crescimento sustentável do Complexo nos pró-ximos anos – obras de mobilidade (via expressa e duplicações de rodo-vias), infraestrutura portuária (dra-gagens, construção de terminais, etc.); entre outras, aumentando nossa competitividade de maneira quantitativa e qualitativa – para estimular a instalação de novas in-dústrias, gerar emprego e renda e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento de pernambuco e o fortalecimento da economia na região”, afirma Caio ramos.

a movimentação portuária de Suape em 2012 ficou praticamente estável com relação ao ano anterior, apresentando uma pequena variação de -0,6%, com 11.182.398 toneladas movimentadas.

Números do Porto de SuapeDistância da capital do estado (Recife): 40 kmPorto interno: 15,5 m de profundidade e um canal de navegação interno com 1.430 m de extensão e 450 m de largura. Cais: 1.600 m com cinco berços de atracação (cais 1 – 275 m de extensão; cais 2 e 3 – 660 m, com capacidade para movimentação de 600 mil contêineres/ ano)Tecon/Suape: berço com 935 m de extensão, sendo 660 m de cais próprio (arrendado) e utilização de mais 275 m de cais público.Calado: 15,5 mCanal de acesso: 390 m de largura por 16,5 m de profundidade.Cais 4: 330 m de extensãoCais 5: 335 m de extensãoPorto externo: 3.000 m de extensão, com capacidade para abrigar dois píeres de granéis líquidos, um cais de múltiplos usos e uma tancagem flutuante de GLP. Píer de granéis líquidos 1 – PGl 1: 330 m de extensão, dois berços para navios de 190 m de comprimento e 14 m de profundidade para atracação de navios de 45 mil TPB. Sua plataforma central conta com 84 m de comprimento e 25 m de largura, quatro dolfins laterais e ponte de acesso a tubulações de transporte de granéis líquidos.Píer de granéis líquidos – PGl 2: 386 m de extensão, dois berços para navios de 270 m e 14,5 m de profundidade para atracação de navios de 90 mil TPB. Possui plataforma de operações com dez dolfins para atracação e amarração. Cais de Múltiplos Usos (CMU): 320 m de comprimento por 39 m de largura, 15,5 m de profundidade e dois berços de atracação.

pernambuco: o polo naval e petrolífero do Nordeste

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72 TN Petróleo 89

O eaS deu uma contribuição de peso para a desconcentra-ção de um setor que estava

fortemente centralizado no Sudes-te e Sul. esse pioneirismo tem um preço: selecionar, treinar e contratar mão de obra, organizar uma cadeia produtiva em nível nacional e in-ternacional, articular com o poder público a implantação de toda uma infraestrutura que antes não existia e organizar esferas de interlocução nos mais diversos níveis, dos clientes à sociedade civil organizada.

“Desses desafios, um dos maio-res, sem dúvida, foi a própria comple-xidade do empreendimento. O eaS teve uma gestão de projeto que en-volvia implementar, ao mesmo tem-po, a construção da planta industrial, o treinamento de funcionários para a operação industrial e a produção de um navio petroleiro de grande porte e um lower hull de plataforma”, aponta o estaleiro.

O eaS é o único estaleiro do país a figurar no seleto time de plantas navais de quarta geração, a mesma dos mais modernos estaleiros asiá-ticos. a empresa tomou a decisão estratégica de se implantar em Suape para ter uma logística privilegiada em relação ao chamado ‘triângulo de Ouro’ da indústria de petróleo e gás, formado pelo Golfo do México, Costa Ocidental da África e pela promissora região do pré-sal, no Brasil.

O estaleiro tem capacidade de produção de navios cargueiros de até 500 mil toneladas, plataformas offshore e embarcações em geral para a indústria de petróleo e gás. Sua capacidade de processamento é de 160 mil toneladas de aço/ano, 1 milhão e 620 mil m2 de terreno, área industrial coberta de 130 mil m2 e um

dique seco de 400 m de extensão, 73 m de largura e 12 m de profundidade. O dique é servido por dois pórticos Goliath de 1.500 toneladas/cada, dois guindastes de 50 toneladas/cada e dois de 35 toneladas/cada.

O estaleiro atlântico Sul possui também um cais de acabamento com 730 m de extensão, equipado com dois guindastes de 35 toneladas. Ou-tros 680 m de cais são utilizados para a construção de plataformas offshore.

a maior demanda recebida pelo estaleiro é na área de óleo e gás. O eaS tem em carteira de navios de perfuração (navios-sonda) para a Sete Brasil, navios petroleiros para

a transpetro e a prestação de serviços na plataforma p-62 – contratada pela petrobras ao consórcio CCi.

e conta com suporte tecnológico da Japan Marine United Corporation (JMU), sediada no Japão. a JMU é o consultant shipyard do eaS, prestan-do serviços de consultoria técnica de operações para todas as embarcações produzidas no estaleiro.

O estaleiro deu um passo impor-tante na formação contínua de seus colaboradores, com a inauguração do Centro de Desenvolvimento hu-mano (CDh), em janeiro. O objetivo do centro é proporcionar ao quadro da empresa um processo de aprendi-zagem profissional permanente, em acordo com a estratégica de gestão do conhecimento do estaleiro, além de treinar os novos colaboradores. “é mais um marco para o crescimen-to da indústria naval de pernambu-co, pois isso vai facilitar e acelerar todo o processo de construção naval e offshore do país”, enfatiza.

O CDh conta com três blocos. Os núcleos educacionais 1 e 2 são compostos por salas de aula, nú-cleo pedagógico, sala de reunião, sala de ti, arquivos, biblioteca e auditório. Já o núcleo educacio-nal 3 é formado por laboratórios técnicos de solda, caldeiraria e tubulação, mecânica, elétrica, ins-trumentação, elétrica, metrologia e habilidades manuais. tem capa-cidade para atender 500 pessoas ao mesmo tempo, numa área com cerca de 950 m2. numa referência importante à história da empresa, está localizado numa estrutura na qual funcionaram os primeiros es-critórios do estaleiro. para os trei-namentos, o eaS contratou como parceiro o Senai.

Estaleiro Atlântico SulLocalizado no Complexo Industrial Portuário de Suape, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) partiu do zero e com um prazo curtíssimo de execução, sendo o pioneiro da fase de retomada da indústria naval do Brasil após duas décadas de crise. Foi o primeiro estaleiro desse novo ciclo do setor e desbravou uma nova fronteira para o segmento, o Nordeste.

capital de energia

Números do estaleiro

Área total: 1.620.000 m²

Área coberta: 130.000 m²

Cais de acabamento: 730 m de extensão

(equipado com dois guindastes de 35 toneladas).

Outros 680 m (utilizados para a construção de

plataformas offshore).

Capacidade de processamento: 160 mil

toneladas de aço/ ano

Capacidade de produção: navios cargueiros

de até 500 mil toneladas, plataformas offshore

e embarcações em geral para a indústria de

petróleo e gás.

Dique seco: 400 m de extensão, 73 m de largura

e 12 m de profundidade (o dique é servido por

dois pórticos Goliath de 1.500 ton/cada, dois

guindastes de 50 ton/cada e dois de 35 ton/cada)

Guindastes: 2 x 35 t

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TN Petróleo 89 73

Previsto para iniciar operação no segundo semestre de 2014, vai incrementar a produção naval,

com a construção e integração de módulos para plataformas, fabricação de jaquetas, monoboias, módulos de acomodação, estruturas modulares de produção onshore e offshore.

O CMO vai fazer ainda a con-versão, reparação, integração em unidades de exploração e produção, estruturas metálicas e plataformas fixas de produção de petróleo. e já está disputando licitações, para for-necer equipamentos para a p-75 ou a p-77, com a expectativa de executar três integrações de FpSO até 2020.

Com um investimento aproxima-do de r$ 625 milhões, dos quais r$

540 milhões oriundos do Fundo de Marinha Mercante (FMM) junto ao Banco nacional de Desenvolvimento econômico e Social o (BnDeS), o estaleiro vai ocupar uma área total de 400.000 m².

Outro que também está em processo adiantado de obras é o vard promar (antigo StX pro-mar), inaugurado no ano passa-do, e que foi o segundo estaleiro viabilizado pelas encomendas do programa de Modernização e expansão da Frota da transpetro (promef). Segundo informações do vard promar, o empreendi-mento está com mais de 70% das obras finalizadas e deve iniciar as operações até junho. a unidade

pernambucana terá capacidade de processamento de 20 mil to-neladas de aço por ano.

Fruto de um investimento de r$ 300 milhões, o estaleiro vai cons-truir oito navios gaseiros, para Gás liquefeito de petróleo (Glp): dois com capacidade para transportar 12 mil m², quatro de 7 mil m³ e dois de 4 mil m³. O primeiro navio deverá ser entregue à transpetro em 2014.

O StX promar mudou seu nome no último mês de abril, após a venda da participação majoritária da StX europe na StX OSv holdings para a Fincantieri. Com isso, as empresas do grupo StX OSv passaram a adotar a marca vard.

Novos estaleiros no poloDimensionado para processar 12 mil toneladas de aço por ano e atracar dois FPSOs simultaneamente, o Estaleiro CMO é um dos principais empreendimentos em construção no complexo de Pernambuco.

Números do CMO

Área total: 400.000 m²

Processamento de aço: 12 mil ton/ano

Cais de atracação: 1.000 m de extensão

Área administrativa: 4.000 m²

Área de oficinas: 30.000 m²

Área de construção: 180.000 m² com

10.000 m2 de coberturas deslizantes

Pórtico com capacidade de 1.600 toneladas

para lifting e integrações de semis, sondas

e FPSOs

Números do Vard Promar

Área total do terreno: 800 mil m² sendo

250 m² área industrial.

Área coberta: 100 mil m²; linha de edificação:

300 m x 80 m de comprimento com pórtico

até 300 ton; cais de acabamento com 300 m

decomprimento com 8 m de calado; sistema de

lançamento através de load out com dique

flutuante de 150 m x 40 m.

Processamento de aço: 20 mil ton/ano

Obras em construção: navios gaseiros e

barcos de apoio offshore (AHTS, PSV, OSCV,

Pipelaying)

pernambuco: o polo naval e petrolífero do Nordeste

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74 TN Petróleo 89

eventos

por Maria Fernanda Romero

A 44ª edição da Offshore Technology Conference (OTC), realizada entre os dias 6 e 9 de maio, no Reliant Park, em Houston (EUA), teve novo recorde de público: 104.800 participantes, o segundo maior da história e um aumento de 17% em relação ao ano passado. O evento contou com 2.728 empresas representando 40 países, incluindo 244 novos expositores em 2013. As empresas internacionais eram 39% dos expositores.

OTC 2013 registra

NOVO RECORDEde participantes

OTC 2013eventos - OTC 2013

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TN Petróleo 89 75

As tecnologias inovadoras e as práticas mais seguras e eficientes continuaram sendo o foco das discus-sões da conferência. Dos

temas abordados em destaque constam o papel das operadoras estatais na in-dústria petrolífera e o desenvolvimento do setor em países emergentes, como Moçambique, angola e nigéria.

Outro painel de grande reper-cussão este ano foi ‘perspectivas no mercado global de energia – mol-dando o futuro!’, que reuniu mais de 250 pessoas. participaram do painel, a presidente da petrobras, Maria das Graças Foster; o ministro do petróleo de angola, José de vas-concelos; o ministro da indústria, turismo e investimentos do Cana-dá, David ramsey; e o diretor de exploração e produção da pemex, Carlos Morales-Gil.

Os palestrantes discutiram suas responsabilidades crescentes e seu papel no cenário da indústria global. na ocasião, a mediação foi feita por Gamal hassan, responsável pela programação da OtC.

O evento deste ano apresentou nove sessões-painéis, 29 apresen-tações de executivos em almoços e cafés da manhã, e 298 trabalhos técnicos. Os principais porta-vozes das grandes companhias privadas e nacionais de petróleo, e opera-dores independentes apresentaram suas opiniões sobre os desafios atuais e os caminhos futuros da indústria.“tivemos uma conferên-cia ótima, com cobertura técnica ampla e profunda, apoiada por excelentes painéis e apresenta-ções”, disse Steve Balint, chairman da OtC. “tecnologia é o coração da indústria offshore e tudo isso

estava aqui em exibição na OtC 2013”, completou.

Visitantes de alto nívelGovernadores (texas, alabama,

alasca, Mississippi, Carolina do norte e Carolina do Sul) do Outer Continen-tal Shelf Governors Coalition parti-ciparam de um painel de discussão sobre o desenvolvimento de energia offshore e a necessidade de maior co-operação entre os estados e o governo federal. O secretário americano do interior, Sally Jewell, visitou o pavi-lhão de exposições e uma conferência de imprensa na qual falou sobre o seu compromisso de trabalhar com os líderes da indústria para garantir operações de exploração offshore de petróleo e gás ambientalmente segu-ras e responsáveis.

Ministros de energia e altos executivos de companhias petrolí-

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76 TN Petróleo 89

feras nacionais participaram de um painel em que compartilharam suas perspectivas sobre como a indústria e seus parceiros devem se ajustar para enfrentar os desafios futuros de abas-tecimento, e como as empresas e os governos devem desempenhar o seu papel para moldar o futuro da energia.

O príncipe da noruega, haakon, e sua esposa, a princesa Mette-Marit, participaram do jantar anual da OtC, realizado no domingo anterior à feira, para comemorar o 40º aniversário da participação da noruega no evento. O jantar foi assistido por mais de mil líderes da indústria e participantes da conferência, e arrecadou US$ 250 mil para o Centro de energia Offshore.

no primeiro dia da feira, o casal real visitou o pavilhão de exposições, onde mais de 60 empresas norueguesas faziam parte do pavilhão da noruega.

e mais de cem professores de hous-ton e 200 estudantes participaram do instituto de educação de energia, onde os professores aprenderam a ensinar conceitos científicos de energia e sua importância. Os alunos participantes viram em primeira mão as oportuni-dades interessantes que a indústria do petróleo e gás pode oferecer.

Petrobras reforça presença bra-sileira

apesar de não ter sido – outra vez – expositora no pavilhão Brasil

desta edição do evento, a petrobras participou ativamente da agenda da conferência e apresentação de trabalhos técnicos na OtC 2013. no evento deste ano, que contou com a presença da presidente da companhia, Maria das Graças Silva Foster, a empresa chamou a aten-ção para os 311 mil barris por dia que já estão sendo produzidos a par-tir da camada de pré-sal. O desen-volvimento de Cascade e Chinook, no Golfo do México, e de tecnologia para sistemas submarinos também foram discutidos na ocasião. técni-cos da empresa conduziram sessões sobre energia elétrica submarina e sobre avanços em sistemas de tubulação compostos para aplica-ções offshore.

por mais um ano, a estatal apresentou sessão técnica sobre a exploração e produção de pe-tróleo nos campos de Cascade e Chinook, na porção americana do

Golfo do Méxi-co. a primeira apresentação , ‘Desenvolvimen-to e produção nos campos de Cascade e Chi-nook, no Golfo do México: uma

visão geral’, feita por Cesar Pala-gi, gerente do projeto de Cascade e Chinook da petrobras america, exibiu os recordes do empreen-

PRêMIOSOS RECONHECIMENTOS, que se referem às contribuições relevantes – de pessoa e empresa para a indústria –, foram en-tregues este ano para Kenneth (Ken) E. Arnold (OTC Distinguished Achievement Award for Individuals) e para a empresa Total (OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations or Institutions), pelo desenvolvimento offshore em águas profundas da plata-forma Pazflor, em Angola.

As empresas vencedoras do prêmio OTC Spotlight para novas tecnologias deste ano foram: ABB, Baker Hughes, Bayou Wasco Insulation (juntamente

com a Dow Oil & Gas, PIH e a Trelleborg Offshore), FMC Technologies (com duas tecnologias, uma sozinha e outra com a Sulzer Pumps), a GE Oil & Gas (também com duas tecnologias), Reelwell, SBM

Offshore, ShawCor, Statoil ASA, Supe-rior Energy Services, Wärtsilä, Welltec, e a WeST Drilling Products.

Também foram reconhecidos pelo Comitê da OTC, por sua liderança e pioneir ismo (Heritage Awards) , o professor da Universidade de Tulsa, James Brill, pela criação da disciplina de fluxo multifásico em tubulações e poços; e E. Dendy Sloan, professor e pesquisador na área de hidratos de quatro décadas, que realiza constantes pesquisas nesta área e pela fundação da Conferência Internacional sobre Hidratos de gás.

Steve Balint, chairman da OtC 2013 e Kenneth (Ken) E. Arnold

Área total: 214.000 m2 Visitantes: 104.800

Companhias: 2.728

Novos expositores: 244

Países: 40

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dimento, que instalou o primeiro FpSO (navio-plataforma flutuan-te de produção, com capacidade de estocagem e escoamento) na porção norte-americana do Golfo do México. O FpSO BW Pione-er é a unidade de produção em maior profundidade de água do mundo (2.500 m) e está interliga-da ao gasoduto mais profundo do mundo. palagi destacou também o pioneirismo da utilização de na-vios aliviadores para transporte de petróleo nos eUa.

a segurança possibilitada pelo sistema de ancoragem do FpSO foi ressaltada na sessão: “no caso de furacão, por exemplo, o navio-plata-forma pode ser desconectado”, disse palagi. a embarcação conta com um sistema de ancoragem desconectá-vel, que permite o seu deslocamen-to para áreas abrigadas durante a ocorrência de furacões e tempes-tades, trazendo segurança para a tripulação e para o meio ambiente e preservando os equipamentos.

a palestra foi seguida pelas apresentações ‘Cascade e Chinook – desenvolvimento subsea: um his-tórico desafiador e bem-sucedido’; ‘perfurando e completando poços no projeto de Cascade e Chinook – his-tórico do projeto e execução’; ‘primei-ro navio flutuante de produção, ar-mazenamento e descarregamento no Golfo do México americano’; ‘navios aliviadores na transferência de óleo nos campos de Cascade e Chinook’ e ‘Campos de Cascade e Chinook: visão integrada dos reservatórios’, realizadas, respectivamente, pelos representantes da petrobras ame-rica Sergio porciúncula, Flávio de Moraes, Jeremiah Daniel, Dalmo Barros e Mauro Becker.

a gerente executiva de enge-nharia de produção da área de ex-ploração e produção da petrobras, Solange Guedes, participou do pai-nel ‘Global Deepwater technology Development’, que tratou da im-portância da integração entre em-presas operadoras de campos de petróleo e gás em águas profundas, universidades e fornecedores para o

desenvolvimento de tecnologia para produção no mar.

De acordo com a executiva, a co-laboração com universidades de todo o mundo, empresas e fornecedores tem sido uma prática da petrobras e gerado muitos frutos. “as oportunida-des de desenvolvimento tecnológico geradas com a descoberta do pré-sal, por exemplo, nos proporcionaram apenas sete anos depois da desco-berta, produzir 300 mil barris por dia na região”, ressaltou.

entre os destaques tecnológicos no pré-sal, a gerente pontuou os avanços nas áreas de desenvolvi-mento de soluções avançadas de caracterização de reservatórios, tec-nologias de perfuração e comple-tação de poços, sistemas de equi-pamentos submarinos, integridade de instalações e processamento e tratamento de CO

2.De acordo com Solange Guedes,

o desenvolvimento de tecnologias em parceria com outras instituições conta, na petrobras, com programas estraté-gicos de sucesso comprovado, como o programa de Capacitação tecnológica em Águas profundas (procap), que viabilizou a maior parte das soluções para a Bacia de Campos. “O primeiro procap foi criado para desenvolver tecnologia para produção em campos com mais de 400 m de profundidade de água. hoje, o procap visão Futuro busca antecipar necessidades, prover e aperfeiçoar tecnologias”, afirmou.

O programa destina-se a soluções tecnológicas na área de exploração e produção de óleo e gás e agrega mais de 40 instituições de todo o mundo nas áreas de engenharia de poços, logís-tica, reservatórios e sustentabilidade.

alinhada ao plano de negócios e Gestão, a estratégia tecnológica de longo prazo da companhia, se-gundo Guedes, prevê uma intensa cooperação entre a petrobras e seus principais parceiros, contribuindo para que as tecnologias sejam fer-ramentas poderosas para a garantia de operações eficientes e seguras.

a estreia de Graça Foster na OtC como presidente da petrobras aconte-ceu no painel ‘Global energy Outlook – Shaping the Future!’, quando a executiva afirmou que a petrobras irá dobrar de tamanho até 2020. a última vez em que a executiva esteve na OtC foi em 2004, junto com a então ministra de Minas e energia, Dilma rousseff – hoje presidente do Brasil.

Durante sua palestra intitulada como ‘O futuro da energia no Bra-sil: o papel da petrobras’, Foster destacou que a produção do Brasil de 2,2 milhões de barris equivalen-tes (petróleo e gás natural) por dia (2012), chegará a 5,7 milhões em 2020, considerando a produção da petrobras e de parceiras. e o pré-sal será o grande responsável por esse aumento. “Fizemos 53 descobertas no Brasil nos últimos 14 meses. Só no pré-sal, foram 15. as reservas da

Solange Guedes, gerente executiva de Engenharia de Produção da área de Exploração e Produção da Petrobras

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petrobras têm potencial para dobrar de tamanho e atingir 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente nos próximos anos”, frisou.

e chamou a atenção para o cres-cimento da demanda do mercado brasileiro, bem acima da média mun-dial. entre 2000 e 2012, a demanda por gasolina no Brasil cresceu 73% contra 17% no mundo. no mesmo período, a demanda por diesel no país subiu 52%, enquanto o cres-cimento mundial foi de 31%. “e a comparação, quando falamos em querosene de aviação, é ainda mais impressionante: enquanto no Brasil cresceu 58%, no mundo ela caiu 3%”, comparou a presidente.

a executiva lembrou ainda que os investimentos da companhia, aliados à política de valorização do conteúdo local, estimularam a vin-da de estaleiros estrangeiros para o Brasil, a fim de se tornarem parceiros tecnológicos dos estaleiros que estão sendo implementados no país. entre eles, estão parceiros com origem no Japão, China e na Coreia.

Pré-salDurante o painel ‘Megaproje-

tos: explorando as oportunidades e desafios’, o gerente executivo do pré-sal da área de exploração e produção da petrobras, Carlos Tadeu Fraga, destacou a produção

acumulada dos reservatórios do pré-sal, nas ba-cias de Campos e Santos, desde 2008 até abri l de 2013: 192,4 milhões de bar-ris de óleo equi-

valente (petróleo e gás natural). O executivo também participou de almoço-palestra na OtC, no qual fez uma atualização dos trabalhos no pré-sal e as perspectivas e pro-jetos para a região.

Segundo ele, a produção diária superou 311 mil barris por dia em 17 de abril, mais do que o dobro da produção de 2011, de 121 mil barris por dia, em média. a produção média

do mês de abril no pré-sal foi de 294 mil barris por dia.

atualmente existem sete pla-taformas e 19 poços produzindo no pré-sal, nas duas bacias. ele destacou a produção média por poço do FpSO Cidade de Angra dos Reis, no projeto piloto de lula, de cerca de 25 mil barris por dia, valor superior às previsões originais de 15 mil barris por dia. ressaltou também a entrada em produção do FpSO Cidade de São Paulo, em Sapinhoá, em janeiro deste ano e informou que o FpSO Cidade de Pa-raty, destinado a lula nordeste, já se encontra na locação e o início da produção ocorrerá ainda em maio.

ao expor a experiência da pe-trobras na gestão de megaprojetos, Carlos tadeu disse que a estratégia adotada para o pré-sal é uma exten-são da implementada para o desen-volvimento dos campos de águas pro-fundas da Bacia de Campos a partir dos anos 1980. O gerente executivo também dimensionou o pré-sal ao público presente: “a área total da província, de 150 mil km² equivale a seis mil blocos do Golfo do México”, comparou. ele também disse que a companhia tem conseguido reduzir o tempo de perfuração dos poços no pré-sal. “estamos trabalhando exaustivamente para reduzir custos de perfuração, que compõem 50% do capex (investimentos). O tempo de perfuração já caiu 50% desde 2006. À época, a média era de 134 dias para a perfuração e hoje conseguimos isso em 70 dias, o que é excelente.”

Experiência femininaa equipe da OtC fez uma pro-

posta interessante este ano para a

presidente da petrobras: Foster foi convidada para palestrar sobre a ex-periência das mulheres na indústria de óleo e gás. Foi a primeira vez que a executiva tratou desse assunto a fundo em uma palestra.

há 33 anos na petrobras, Graça Foster passou por todos os cargos de gerente antes de ser presidente. em 2012, foi eleita uma das mu-lheres mais poderosas do mundo dos negócios pela revista america-na Fortune; a 20ª mais poderosa do mundo e a terceira mais influente na categoria negócios pela revista Forbes; e está entre as cem pessoas mais influentes do mundo no ranking da revista Time.

na ocasião, a presidente da pe-trobras comentou que apesar de as mulheres estarem cada vez mais ocu-pando altos cargos de trabalho, ain-da há muito preconceito. “é preciso brigar contra o preconceito, inclusive na escolha das carreiras. hoje, as carreiras técnicas ainda têm maioria de homens”, afirmou.

a executiva salientou que não é a favor do sistema de cotas para mulheres nas empresas. ela acre-dita que o melhor caminho para eliminar a discriminação e propor-cionar oportunidades iguais para todos é eliminar o preconceito e não por meio de sistemas de cotas. “Somos diferentes, mas podemos fazer o mesmo trabalho se assim decidirmos”, garantiu.

a presença das mulheres nas empresas, opina Foster, torna o de-bate mais rico e melhora o processo de tomada de decisão. “Quando o preconceito é permitido nas compa-nhias, pode haver erros nas decisões administrativas e isso leva à perda de competitividade. a diversidade não é um problema, pelo contrário, é uma vantagem competitiva das corpora-ções”, reforçou.

a executiva indicou que a petro-bras ainda é uma empresa predomi-nantemente masculina, com 84,4% da força de trabalho sendo homens e 15,6% mulheres. entretanto, quando comparada às demais empresas do setor, não está tão mal. no segmen-

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to, os homens ainda são a maioria: 92,2%, contra 7,8% de mulheres.

Graça Foster falou de sua tra-jetória profissional e ressaltou a importância do conhecimento e da informação para o crescimento profissional. as mulheres, segundo ela, podem chegar ao topo. para isso, o crescimento deve ser gradativo, aliado ao ganho de experiências e à maturidade pessoal e profissional.

Tecnologia subseaa sessão técnica sobre tecnologia

de sistemas submarinos da petrobras encerrou a participação da compa-nhia brasileira no evento. além dos projetos em andamento e em teste, a estatal apresentou as perspectivas nesse segmento.

as principais vantagens des-ses sistemas são a antecipação da produção, o aumento no fator de recuperação (porcentagem de pe-tróleo e gás que se consegue extrair dos reservatórios) e o aumento da

capacidade de processamento das plataformas. esse último benefício se dá porque, no caso do separa-dor submarino de água e petróleo, a água produzida (extraída junto com o petróleo) é reinjetada no re-servatório ainda no fundo do mar e, dessa forma, a capacidade da plataforma é utilizada sobretudo para a produção de petróleo.

Fábio alves albuquerque, en-genheiro de equipamentos da área

de tecnologia de equipamentos submarinos do Cenpes (Centro de pesquisa da petrobras) abordou as perspectivas dessas tecnologias. ele disse que a companhia tem como um de seus focos o desen-volvimento e a disponibilização dessas tecnologias para aplicação. “para esse objetivo, a principal meta da petrobras é trabalhar jun-to com os fornecedores e outros operadores.”

Graça Foster, presidente da PetrobrasGraça Foster, presidente da Petrobras

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A Ge, especializada em equipamentos e serviços de tecnologia avançada para

o setor energético, por exemplo, apresentou na OtC 2013 seus equipamentos subsea de ponta, para demonstrar o novo sistema de sensores submarinos usados para detectar vazamentos de pe-tróleo e gás.

através de um sistema acústi-co, hidrofones apontam possíveis escapamentos no mar. eles são capazes de reconhecer a diferença no barulho do material explorado, contra os sons de outras fontes. Segundo a Ge, o sistema detec-ta fugas que têm baixo fluxo ou baixa pressão diferencial numa área de 500 m. “O Sistema de Monitoramento de Condição Multi-Domain Subsea combina monitoramento de emissões elé-tricas com hidrofones acústicos, e é projetado para máquinas e processos de válvulas na infraes-trutura de apoio subsea”, explica a companhia, que foi premiada duplamente nesta edição da OtC com dois novos produtos também apresentados na feira e que aten-dem aos desafios da perfuração em águas profundas: o ramtel plus System e o Deepwater BOp Blind Shear ram.

Vagas de trabalhoaproveitando a visibilidade do

setor ao evento, a francesa total anunciou durante a OtC um aumen-to considerável no número de vagas em várias áreas do setor de óleo e gás, para melhor atender as deman-das de seus projetos. ao todo são 25 vagas em aberto para o upstream.

De acordo com a área de re-crutamento internacional da total,

no ramo de perfuração há vagas mais urgentes a serem preenchi-das, como os cargos de supervisor e superintendente júnior de águas profundas.

Gerentes e engenheiros de perfuração também estão com alta demanda. a total tem atividades de e&p em andamento em mais de 40 países por todo o mundo, o que indica oportunidades de viagens empresariais.

Os cargos de engenheiro sub-marino e engenheiro de processos também estão em aberto. Mas não são só essas vagas disponíveis, há muito mais. a seleção vai desde colaboradores em manutenção de infraestrutura até a área de geolo-gia do reservatório.

O recrutamento, em geral, acontece anualmente, graças à expansão dos projetos. a total é uma das cinco maiores empresas de exploração de petróleo e gás de capital aberto.

Exposição high techO moderno estande da norte-

-americana FMC technologies na OtC 2013 foi um dos mais movi-mentados. a empresa apresentou seus novos lançamentos de forma inovadora, através de estruturas interativas digitais que didatica-mente explicavam e simulavam a aplicação e o processo de atuação de alguns desses equipamen-tos, como a árvore de natal 15K enhanced vertical Deepwater tree (evDt), as bombas triplex Stimulation pump e os veículos de operação remota (rOv).

a FMC technologies pro-moveu ainda em seu estande, durante todo o evento, sessões de ‘cinema’ com a apresentação dessas tecnologias e de seus sistemas de separação subsea, com explicações de executivos da companhia.

O grande destaque da compa-nhia na feira foi o 15K enhanced vertical Subsea, uma árvore de natal para águas profundas com aplicação em altas pressões e altas temperaturas. as tecnolo-gias apresentadas na OtC 2013 foram: as bombas para controle de fluidos, Well Service pumps; e os sistemas subsea, helico-axial Multiphase subsea pump e FMC Schilling robotics.

na ocasião, executivos da companhia fizeram apresentação para jornalistas. Mike robinson, gerente de marketing e vendas da empresa na austrália e nova ze-lândia, falou sobre as tecnologias da FMC technologies para recu-peração do potencial dos poços de petróleo; e rob perry, diretor de processamento global subsea da empresa, comentou sobre a tec-

Vitrine mundialConsiderada a maior feira mundial de petróleo offshore, a OTC é a vitrine perfeita para as empresas apresentarem seus produtos e serviços ao mercado.

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OTC 2013 registra novo recorde de participantes

nologia helico-axial Multiphase Boosting System, que a empresa desenvolveu com a Sulzer e que foi premiada pela OtC. John Gremp, CeO da FMC technolo-gies, bem como Bob Potter, pre-sidente, tiveram participação ostensiva no es-tande da empresa durante a OtC, e também executivos da empresa no Brasil.

Conexões subsea a italiana tenaris lançou duas

novas tecnologias de conexões para linhas submarinas durante a OtC 2013. Uma delas foi criada para atender aos novos requisitos de operação no Golfo do México. trata-se de uma conexão com uma camada externa adicional de selo metálico, capaz de prover taxas de compressão e torque maiores que as convencionais.

a outra consiste na primeira conexão para risers feita pela companhia. a solução foi proje-tada especificamente para linhas instaladas em águas ultraprofun-das, onde há elevados níveis de pressão e fadiga.

Mercado atraenteMais de 50 empresas escocesas

participaram da delegação da escócia na OtC 2013. O ministro de energia da escócia, Fergus Ewing, também esteve no evento e anunciou que as exportações de petróleo e gás de seu país aumentaram cerca de 8,4% em 2011-12, fechando US$ 12,7 milhões – quase o dobro do ano anterior.

Segundo ele, a atividade internacional representou um recorde de 47,6% das vendas totais do setor, um au-mento de 31% na última década. “estabelecemos uma reputação

mundial em petróleo e gás, e estou muito contente, pois os números mais recentes mostram um au-mento nas vendas internacionais, que já representam quase 50% das vendas totais”, afirmou.

De acordo com o ministro, há grandes oportunidades abertas, in-ternacionalmente, para a escócia, e o governo está determinado a aproveitar isso ao máximo. O país está trabalhando com afinco para continuar a fortalecer sua posição como líder global no setor.

ewing comenta que a américa do norte ainda é a região para a qual eles mais exportam (US$ 4 bilhões em vendas, com aumento de 2,8%), entretanto o crescimento mais forte observado neste período foi no Oriente Médio. “a África continua a ser o segundo mercado mais im-portante, com um aumento de 5,9% nas vendas. Brasil, estados Unidos e austrália são os mercados que pretendemos trabalhar mais a partir de agora”, indicou o ministro.

Os tipos de serviços que estão sendo exportados da escócia in-cluem gerenciamento de projetos,

consultoria, construção, manuten-ção, gestão de recursos, design de software, perfuração, soluções de acesso, restauração, logística/ transporte, engenharia e design.

David Rennie, líder inter-nacional do setor de inergia da agência de comércio e investimento da escócia no Brasil (SDi – Scottish Deve-lopment inter-national), conta que o país está disposto a ampliar a cooperação com o Brasil principalmente no setor de óleo e gás. pretendem oferecer equipamentos subsea e serviços de engenharia em geral para esta área. “temos muito interesse em realizar parcerias com universidades brasileiras também”, completou.

Das 50 empresas escocesas participantes da feira, três delas já possuem negócios no Brasil, são elas a equalizer, Kelvin top Set e Bowtech.

Para sobreviver no setor de constru-

ção naval offshore, os estaleiros terão de

automatizar cada vez

mais suas operações e

implementar sistemas

logísticos especializa-

dos. A afirmação foi

feita pelo presidente

e CEO da Sembcorp

Marine, Weng Sun Wong , em palestra

sobre a nova geração de estaleiros em um

painel na conferência.

Ele apresentou uma visão global dos novos

estaleiros do grupo e ressaltou o alto grau de

automatização previsto pelo projeto das duas

plantas que a companhia constrói no momento.

O Grupo Sembcorp Marine, controlador

dos estaleiros Jurong, Sembawang e Smoe,

está investindo mais de US$ 1,5 bilhão para

construção de dois estaleiros considerados

obras-primas no setor, dirigidos para a in-

dústria oceânica de óleo e gás. Os novos es-

taleiros em Cingapura e no Brasil, em Aracruz

(ES), estão em construção no momento. “O

Jurong, em Aracruz, deve iniciar operações

em 2014 e a unidade em Cingapura será inau-

gurada ainda este ano”, afirmou.

O executivo citou que o empreendimento

terá corte de chapas e até mesmo a pintura

das unidades offshore operadas por robôs.

“O arranjo do estaleiro, que contará com um

guindaste flutuante para fazer o içamento dos

módulos das plataformas, foi projetado para

facilitar o sistema de logística de integração

das plataformas, de modo a incrementar os

níveis de produtividade”, disse.

Com capacidade para processar até qua-

tro mil toneladas de aço por mês, o Jurong

terá uma área total de 825 mil m3, com dique

seco de 510 m de comprimento, 120 m de

largura (boca), 11 m de calado e portas inter-

mediárias. A estrutura permitirá a realização

de até três obras – uma semissubmersível

e dois navios-sonda, e a unidade terá ainda

um cais com 1 km de extensão.

Nova geração de estaleiros

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Raul Sanson, vice-presidente do Sistema Firjan (Federação das indústrias do estado do rio

de Janeiro), abriu o evento apresentando as oportunida-des e soluções para a indús-tria de óleo e gás do rio de

Janeiro, que atualmente produz 2 milhões de barris por dia de petróleo – o equivalente a 79% da produção brasileira.

Com base no resultado do estudo Decisão rio, o executivo lembrou que o rio de Janeiro terá investimentos de r$ 211,5 bilhões até 2014, e que cerca de r$ 6,1 bilhões (15,1%) irão para o setor petroquímico. “através do Serviço nacional de aprendi-zagem industrial (Senai), temos diversos cursos técnicos de formação e treinamento volta-dos para o setor, além do Centro de tecnologia Senai (CtS) do rio de Janeiro, com excelência nas áreas de gestão ambiental,

integridade de materiais, e simulação e automação”, completou.

Magda Chambriard, diretora-geral

da agência nacional do petróleo, Gás natural e Biocombustíveis

(anp), apontada como principal palestrante do encontro, fez um panorama do setor de gás no Brasil, indicando as principais perspectivas mediante as oportu-nidades que poderão surgir com a 12ª rodada de licitações (a se realizar nos dias 30 e 31 de outu-bro deste ano), de gás onshore, e os novos projetos para 2014.

Magda considera o Brasil um país enorme, com fortes indícios de gás em terra de norte a Sul, e se realmente o gás onsho-

re for encontrado em grandes quantidades, o mercado de gás brasileiro vai poder aumentar bastante. “estamos trabalhando para reduzir o risco exploratório das ‘novas fronteiras’, a fim de atrair investimentos de empresas públicas e privadas para essas áreas. O principal resultado será a descentralização dos inves-timentos exploratórios para os

estados que não contam com essa possibili-dade”, indicou.

Braulio Bastos, gerente executivo para empreendimen-

tos de exploração e produção da petrobras, e paulo alonso, asses-sor da presidência da petrobras para conteúdo local e coorde-nador executivo do prominp

Café da manhã Brasil e EUAPor ocasião da OTC, a Bratecc (Câmara de Comércio Brasil-Texas) realizou paralelamente à feira, no Westin Galleria Hotel, o tradicional café da manhã de negócios entre brasileiros e americanos. A Bratecc possui 400 membros, sendo a maioria da área de óleo e gás. O objetivo da organização é servir de fórum para estreitar o relacionamento entre Texas e Brasil. A organização é formada por empresas brasileiras e americanas.

eventos - OTC 2013

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(programa de Mobilização da indústria nacional de petróleo e Gás natural), trataram de temas estratégicos relacionados ao pla-no de negócios da empresa.

Bastos apresentou uma visão dos projetos e desafios da petrobras, que pretende entre 2013 e 2020 instalar em média cinco unidades mais por ano e que terá cerca de 40 sondas de perfuração disponíveis. e alonso falou sobre a demanda de bens e serviços da estatal para a indús-tria marítima até 2016.

a ques-tão do finan-ciamento da indústria brasileira deste segmento ficou a cargo de Ricardo Cunha,

chefe do departamento da cadeia produtiva de petróleo e gás do Banco nacional de Desenvolvimento econômico e Social (BnDeS), que irá in-vestir, deste ano até 2016, US$ 202 bilhões no setor de óleo e gás – 46,8% a mais que no pe-ríodo de 2008 a 2011. Já Bru-no Musso, superintendente

da Organiza-ção nacional da indústria do petróleo (Onip), finali-zou o evento fazendo um levantamento da política de conteúdo local do setor.

Centro de Excelência para a Indústria NavalOS PLANOS PARA A CONSTRUçãO de um centro de excelência para a indústria naval no Brasil foram o destaque da apresentação realizada por Paulo Sergio Rodrigues Alonso, da Petrobras. O executivo ressal-tou que, hoje, o maior desafio para alavancar o pré-sal está na indústria naval e nos estaleiros. “O slogan da Nasa cabe bem nesta situação: ‘Falhar não é uma opção’. Estamos trabalhando junto com os esta-leiros para que possamos atender a demanda e manter a agenda definida em nosso Plano de Negócios... eles não podem falhar. Os desafios são muitos para alcançar um benchmark no setor da construção marítima e para isso seria absolutamente essencial a parceria com empresas internacionais e universidades”, concluiu o executivo.

Hoje a média de conteúdo lo-cal nas operações de exploração e produção da Petrobras fica entre 55% e 65%. “Para os outros 35% precisa-mos do apoio das empresas interna-cionais para conseguir desenvolver

nossos projetos, entendemos que a associação com empresas internacio-nais é a melhor solução para os gar-galos tecnológicos, além do trabalho feito em parceria com universidades para alcançar resultados no longo prazo”, explicou.

Paulo Alonso ressaltou o crescimento da demanda de bens e serviços para a indústria naval nos próximos cinco anos. “Todas as contratações da Petrobras são baseadas em padrões internacio-

nais. Então, sabemos quanto vai custar cada equipamento e serviços dentro do projeto.”

O assessor também destacou a política de conteúdo local da Petro-bras, o Prominp, e a importância do crescimento da indústria naval brasileira. “Enquanto a produção de petróleo e gás continua crescendo com o desenvolvimento do pré-sal, as oportunidades de investimentos e par-cerias no setor vão continuar a crescer para investidores de toda a cadeia de petróleo. Por conta das operações no pré-sal e pela magnitude do nosso plano de negócios, perspectivas e particularidades da exploração em águas profundas, não podemos usar equipamentos prontos, precisamos desenvolver tecnologia de ponta e os equipamentos para atender essa demanda”, afirmou. “As empresas internacionais interessadas em se estabelecer no Brasil são bem-vindas e poderão trabalhar em parceria com empresas brasileiras, ou mesmo sozinhas”, concluiu Paulo Alonso.

OTC 2013 registra novo recorde de participantes

Da esquerda para a direita: Cid Silveira, diretor-executivo da BRATECC; Cesar Cainelli (VP E&P – Barra Energia); João Carlos de Luca, presidente do IBP; Renato Bertani, diretor executivo da Barra Energia; Raul Sanson, vice-presidente do Sistema Firjan; e Bráulio Bastos, gerente executivo de E&P da Petrobras.

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84 TN Petróleo 89

eventos - OTC 2013

“O AUMENTO sistemático da

participação de empresas brasileiras no pavilhão demonstra a capacidade exportadora dos nossos fornecedores

e é fundamental para o incremento da competitivida-de nacional, pelo interesse que des-pertam no compra-dor ou parceiro estrangeiro pelo Brasil, que é uma

referência mundial do setor offshore de petróleo. para o iBp, representa a concretização deste importante projeto de promoção da indústria brasileira, iniciado há 15 anos com a Organiza-ção nacional da indústria do petróleo (Onip) e que hoje conta com o impor-tante apoio da apex Brasil”, afirma o secretário executivo do iBp.

Segundo Bruno Musso, superin-tendente da Onip, o acesso ao mer-cado brasileiro com a criação de joint ventures tem sido um dos assuntos mais solicitados pelos estrangeiros. Diante disso, a Onip resolveu propa-gar esta pauta em seu estande nesta edição da feira.

“nossa participação na OtC ti-nha um direcionamento mais comer-cial, mas este ano focamos na ques-tão das parcerias, pois essa demanda tem crescido no país. elas são um diferencial competitivo de mercado, pois aumentam o conteúdo local dos

produtos fabricados e permitem a tro-ca de tecnologias, divisão de perdas e riscos entre as empresas”, afirma.

a organização orientou as em-presas estrangeiras para esse tipo de entrada/negócio ao Brasil. e, as-sim como nas outras edições, a Onip promoveu encontros entre empresas brasileiras e a petrobras america.

prospectar “boas práticas” em pro-cessos de desenvolvimento de fornece-dores, fortalecimento de cadeias produ-tivas e clusters de óleo e gás e apoiar as pequenas empresas fluminenses na identificação de parceiros comerciais e/ou de transferência de tecnologia, estes foram os principais objetivos do Serviço de apoio às Micro e pequenas empresas (Sebrae) na OtC 2013.

De acordo com Antônio Batista Ribeiro Neto, coordenador do projeto Cadeia produtiva do petróleo, Gás e energia do Sebrae no rio de Janei-ro, cerca de 20 pequenas empresas de segmentos de comércio, serviços e industriais participaram da feira. “Com a regra de conteúdo local, há muita expectativa em se conseguir boas oportunida-des de parceria tecnológicas. O Brasil já é um dos destinos favoritos da indústria de petróleo mundial, e a OtC proporciona grandes opor-tunidades de network comerciais e

tecnológicas para nós brasileiros”, enfatiza.

neste ano, em que serão realiza-das as três rodadas de licitação de blocos para exploração e produção de petróleo e gás no Brasil – a 11ª, 12ª e 1ª rodada do pré-sal –, a OtC é a melhor oportunidade para a agência nacional de petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (anp) expor ao setor de petróleo e gás mundial, o potencial do país.

“trata-se do principal evento de pe-tróleo do mundo e, como tal, é sempre muito importante para a anp divulgar o seu trabalho para os investidores in-teressados nas muitas oportunidades que o Brasil oferece no setor de petróleo e gás”, aponta Magda Chambriard, diretora-geral da agência.

por mais um ano com estande no pavilhão Brasil, a anp além de mostrar o trabalho que desenvol-ve nos setores de regulamentação, fiscalização, controle de qualidade, estudos e pesquisas sobre as bacias brasileiras, aproveitou essa edição da feira para divulgar as rodadas de licitações de blocos para explo-ração e produção de petróleo e gás: a 11ª rodada, que foi realizada uma semana após a feira; a 12ª rodada, que terá foco em áreas com acu-mulações de gás natural, em terra, prevista para outubro; e a 1ª rodada do pré-sal, prevista para novembro.

“nenhum país do mundo tem, hoje, a variedade e a qualidade de

Pavilhão Brasil:disputa acirrada por espaçoNos últimos anos, a delegação brasileira tem crescido bastante na OTC. Para o secretário executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Milton Costa Filho, o crescimento do Pavilhão Brasil mostra o estágio de desenvolvimento da indústria nacional de petróleo e gás. Nesta edição, pelo 14º ano consecutivo, 47 empresas e entidades compuseram o Pavilhão e a Área Brasil na OTC 2013.

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OTC 2013 registra novo recorde de participantes

áreas que o Brasil está oferecendo. nosso otimismo é muito grande, não poderia ser de outra maneira”, fina-liza a diretora. a comitiva da anp foi formada por Magda Chambriard, a superintendente de promoção de licitações, Claudia rabelo; e Sônia Barbosa, coordenadora da agência.

Vedaçõesa divisão brasileira da sueca rox-

tec, líder mundial em sistemas de vedação, esteve com um estande no pavilhão Brasil da OtC 2013 – e se mostrou muito entusiasmada com seus negócios no país. “tivemos dois estan-des na feira, um da nossa subsidiária internacional e outro no pavilhão Bra-sil. nosso objetivo é fortalecer a marca junto ao mercado brasileiro e mostrar nossos produtos porque é na OtC que estão os principais e mais relevantes clientes da indústria nacional”, afir-mou Marcelo Campos, gerente geral da companhia no Brasil.

Segundo o executivo, a empresa, que chegou ao Brasil em 2002, pra-ticamente quadruplicou no país em cinco anos, quando teve uma média de 50% de crescimento das vendas ao ano. para 2013, a expectativa é crescer 73%. “temos 15 colaborado-res no Brasil, mas esperamos chegar a perto de cem até 2020. Queremos expandir”, afirma.

ele afiança que é o único fornece-dor direto da petrobras em soluções de vedação para penetrações de ca-bos e tubos: das últimas dez plata-formas da estatal (como p-55, p-58, p-62 e a p-63), todas usaram solução

da roxtec.Com um escri-

tório comercial na Barra da tijuca e uma fábrica em Guadalupe, no rio de Janeiro, a companhia, que já produz parte

de seus equipamentos no Brasil, pretende aumentar a capacidade de produção de sua fábrica de dez para 30 a 40 toneladas de material metálico até o final de 2014, devido a atual demanda. ainda de acordo com o executivo, a companhia vai abrir em julho deste ano um escritório em porto alegre e, em dezembro, outro em recife.

a empresa apresentou oficial-mente o software roxtec transit De-signer (rtD), em que pela web o cliente consegue projetar, especificar, definir e comprar a melhor solução para seu projeto. O investimento na solução foi de US$ 10 milhões, e em junho a empresa fará um megalança-mento do software no rio de Janeiro.

Sistemas de automaçãoa gaúcha altus, fabricante de pai-

néis de controle e automação, par-ticipou pela quinta vez da OtC em houston. além de apresentar suas

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86 TN Petróleo 89

eventos - OTC 2013

soluções para óleo e gás, como explo-ração e produção, refino, transporte, gás e energia, a companhia destacou seu DCS (Distributed Control Sys-tem) e a Série nexto de controladores programáveis.

O DCS é totalmente desenvol-vido e produzido no Brasil, com conteúdo local de 95%. a OtC foi a

primeira feira in-ternacional que a companhia expôs a solução. Fábio Eidelwein, dire-tor de integração de sistemas da altus comenta que a cada ano a

OtC tem sido mais importante para a empresa. “a feira é sempre uma grande oportunidade de podermos mostrar ao público internacional o nosso portfólio”, afirma.

De acordo com eidelwein, a empresa atua ainda no setor de

energia elétrica e transportes, mas o fornecimento para o setor de óleo e gás tem sido grande. atualmente os sistemas de controle da altus estão sendo fornecidos para a cons-trução das dez primeiras plata-formas do pré-sal, assim como a integração desses sistemas para as plataformas.

Logísticaa MrM, empresa de logística,

transporte e assessoria aduaneira, foi estreante no pavilhão Brasil deste ano e a OtC 2013 foi o primeiro evento interna-cional do qual a companhia ca-rioca participou.

C l a u d i a Fuente, execu-tiva de vendas da MrM, conta que a maioria dos clientes da empresa é da área de

óleo e gás e indústria naval e que com o sucesso dessa primeira par-ticipação na feira, a ideia é partici-par de todas as próximas edições da OtC. “temos forte atuação em projetos para estaleiros e empresas offshore, manuseio de cargas ur-gentes, acompanhamento no local de desembarque, eficácia e rapidez na liberação de documentos. nossos principais clientes de óleo e gás no Brasil são o estaleiro eisa, estaleiro Mauá e as empresas Chevron, nor-skan e Dof Subsea”, pontua.

De acordo com a executiva, os serviços da MrM compreendem desde o agenciamento de trans-porte doméstico e internacional aéreo, marítimo e rodoviário por-ta a porta à assessoria aduaneira. “Fazemos projetos customizados, com soluções personalizadas para cada cliente. realizamos estudos logísticos e consultoria, não ven-demos somente o frete”, informa.

Organização: ANP; IBP; Onip; Firjan; Abenav/Sinaval; Sedeis

Empresas participantes: Açoforja; Altona; Altus; Chemtech; Cotema; Emdoc; Fechometal; Flexomarine;

Forship; Swanson/Grupo GP; Grupo IFM; Jaraguá; Keppel Fels Brasil; Amec Kromav; LabOceano; LLX;

MFX; MRM Freight; Navium; Nuclep; Oceânica; Orteng; Oxifree; Petrolab; Poland Química; Prontomec; Radix; Rio Engenharia; Rockwell; Roxtec; Sandech; Softex; Softway; Special

Steels do Brasil; STX Engemar; Superquip; T&B Petroleum Magazine;

Technofink; Vanasa Multigas; Weg

Área: 285 m2

Estandes: 1117, 1241

Companhias: 41

Organizações: 6

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OTC 2013 registra novo recorde de participantes

a MrM completa dez anos em janeiro de 2014.

TIpelo quarto ano consecutivo,

a associação para promoção da excelência do Software Brasilei-ro (Softex) leva empresas de tec-nologia da informação (ti) para a OtC. nos últimos anos, a tecnologia brasileira para o setor de petróleo e gás, sobretudo na área offshore, vem crescendo, se aprimorando e, justamente por isso, ganhando um maior reconhecimento no exterior. a projeção mundial gerada pela descoberta da camada do pré-sal, a expansão da exploração onshore, as novas demandas impostas pelo conteúdo local e a expertise nacio-nal na exploração de petróleo em águas profundas colocaram o Brasil em evidência no cenário mundial, abrindo oportunidades para a rea-lização de bons negócios.

“O objetivo é promover a integra-ção das empresas, proporcionando um ambiente fa-vorável à cria-ção de parcerias estratégicas e est imulando o intercâmbio tec-nológico e comer-cial”, explica Gustavo Omar Migue-lez, consultor da Softex, responsável pela organização da participação brasileira.

“nossa presença na OtC é im-portante não apenas para conferir maior visibil i-dade às nossas companhias e aos diferenciais competitivos pre-sentes em suas so luções , mas t a m b é m p a r a o mapeamento das oportunidades e demandas do mercado, bem como para a troca de experiências entre companhias de diversos países”, destaca Glaucia Chiliatto, gerente executiva inter-nacional da empresa.

Oito fornecedores de ti estive-ram na delegação brasileira na OtC 2013: aquamet, especializada em prestação de consultoria na área de meteorologia e hidrologia; Dinamus, focada em soluções de business in-telligence, innovation management e supplier development para o seg-mento de petróleo e gás; FiberWorks, especializada no desenvolvimento de soluções de fibras ópticas; K&D, dedicada ao desenvolvimento de pro-jetos baseados em sistemas rFiD (identificação automática por sinais de rádio); Módulo, com atuação cen-trada em soluções para governança, riscos e compliance; phDSoft, espe-cializada em tecnologia de gestão de integridade e manutenção de estru-turas para o setor petrolífero; Sta holding, desenvolvedora de soluções de business intelligence e gestão de relacionamento com o cliente (CrM); e zoom Out, agência com foco na elaboração de estratégias de comu-nicação para organizações do setor de petróleo e gás. elas se apresen-tarão sob a marca Brasil it+, que identifica a indústria nacional de ti no exterior.

Durante a OtC, as empresas reali-zaram reuniões com integrantes das de-legações da noruega, estados Unidos, e reino Unido e também rodadas de negócios com companhias canaden-ses. Segundo a Softex, duas compa-nhias da delegação retornaram ao Brasil com negociações pré-iniciadas com companhias canadenses e norte--americanas.

EngenhariaO Grupo Forship levou este ano

para o evento suas soluções de en-genharia e de gestão do comissio-namento, a tecnologia hMSWeb e os portfólios de serviços de O&M (Operação e Manutenção) e de con-sultoria – a mais nova unidade de negócios da empresa.

a participação da empresa neste e em outros eventos tradicionais do setor de óleo e gás e demais seg-mentos de mercado nos quais atua (mineração, energia, naval e indus-trial) tem como objetivos aferir as

novas tendências e inovações tec-nológicas, assim como identificar parceiros e prospectar oportunidades de negócios.

“procuramos participar de for-ma sistemática de eventos que mais além de reforçar a visibilidade da em-presa nos mercados onde atua, são

essenciais para nos manter atu-alizados com as novas tendências, pois agregam co-nhec imento e possibilitam uma importante troca de experiências”,

destaca o presidente e CeO da em-presa, Fábio Fares.

a radix, empresa de engenha-ria e software, esteve presente com um estande no pavilhão Brasil. pelo terceiro ano consecutivo, a empresa apresentou suas soluções em enge-nharia, informação e controle, desen-volvimento de software, para a área offshore. “O mercado brasileiro está se rearranjando. acreditamos que este seja um momento em que as empresas precisarão se diferenciar de suas concorrentes. e nós enten-demos que os contatos da OtC pos-sam nos ajudar a viabilizar tanto no-vos clientes e/ou projetos quanto novas frentes de negócio. temos procurado investir em novas áreas de atuação e quere-mos manter esta linha e buscar bons parceiros e clientes em hous-ton”, comenta o presidente da radix, Luiz Eduardo Rubião.

Aplicação submarinaaproveitando a visibilidade da

OtC, a química Dow reforçou duran-te esta edição o seu mais recente lan-çamento de isolamento térmico para aplicações submarinas. O sistema neptune™ pode ser usado em apli-cações desde o poço até o ponto de distribuição, incluindo tubos, juntas de campo e arquitetura submarina.

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Maurício Castro, gerente de Desenvolvimento de novos negó-cios da Dow para américa latina,

explica que o sis-tema foi projeta-do para resistir a ambientes que se encon t ram em uma ampla variação de tem-peratura – desde instalações com

temperaturas árticas de até -40°C a temperaturas de produção de até 160°C. “O sistema é um grande avanço na garantia de escoamen-to de petróleo em um meio onde as condições são cada vez mais adversas e desafiadoras”, afirma.

Complexo Industrial Portuário de Suape

representando pernambuco – es-tado brasileiro que mais cresceu nos últimos anos – o Suape marcou pre-sença por mais um ano em houston. na feira, o Complexo participou de várias reuniões com empresários dos estados Unidos, Japão e inglaterra, mediante trabalho de levantamen-to feito pela equipe Suape Global. Um dos objetivos desses encontros foi convidar os investidores para os eventos internacionais que se-

rão realizados em pernambuco: a Conferência sobre tecnologia de equipamentos (Coteq), em junho; e a pernambuco petroleum Business, em outubro.

para o secretário de Desenvolvi-mento econômico e presidente de

Suape, Márcio Stefanni Mon-teiro, a OtC é uma excelente vitrine. “trata-se da maior feira do mundo nas áreas de petróleo e gás. apresentamos o

Suape como o melhor porto público e a melhor opção logística para esta cadeia no Brasil”, destacou Monteiro.

além do secretário, integra-ram a delegação pernambuca-

na o diretor do F ó r u m S u a p e Global , Silvio Leimig, e a co-ordenadora de Desenvolvimen-to de negócios de Suape, luiza villela. Segundo

leimig, “a participação do Sua-pe é importante para prospectar fornecedores para a cadeia de

petróleo, gás, naval e offshore em fase de consolidação no nosso estado”.

Indústria naval e offshore a associação Brasileira das em-

presas do Setor naval e Offshore (abenav) marcou presença na feira. no estande da entidade as empresas estrangeiras puderam se informar sobre potenciais parceiros nacionais, políticas nacionais, demanda futura e a já contratada, assim como infor-mações gerais do setor.

Segundo augusto Mendonça, presidente da abenav, o objetivo foi promover a indústria naval e offsho-re brasileira e seus associados no cenário internacional e incentivar o incremento tecnológico por meio de parcerias entre empresas estrangei-ras e brasileiras. “a OtC em houston é um dos maiores eventos do setor no mundo e com as perspectivas do pré--sal, o mercado brasileiro se tornou uns dos principais focos do evento. O pavilhão Brasil é um grande atra-tivo na feira devido a grande procura por empresas nacionais”, afirma.

Mendonça diz que a ideia foi abrir novas oportunidades para empresas nacionais interessadas na identificação de parceiros inter-nacionais, e vice-versa, buscando sempre a geração de conteúdo local, incremento tecnológico e gerando competitividade para o setor.

Presença fluminense a Federação das indústrias do

rio de Janeiro (Firjan), através do Serviço nacional de aprendizagem industrial (Senai) do rio, apresentou este ano na OtC soluções integradas de união de materiais e inspeção, mi-tigação de riscos e gestão ambiental, e modelagem matemática e sistemas de simulação virtual, locais e remo-tos, aplicadas ao mercado offshore. esse foi o segundo ano da federação na feira.

em um estande muito concorrido na Área Brasil, a Firjan exibiu suas soluções em uma mesa interativa, onde foi possível conhecer cases, com versões em português e inglês.

O GRUPO GP, volta-do para tratamento de superfícies, se apresenta pela pri-meira vez com sua parceira Swanson Industries, especia-lizada na fabricação de cilindros hidráu-licos. A parceria foi assinada em janeiro deste ano, e a OTC 2013 é o primeiro evento que as empresas participam juntas.

Com operações em todo o mundo, a americana Swanson Industries pro-jeta e fabrica cilindros hidráulicos com aplicação em diversos setores, dentre eles, a indústria offshore. “O grande estimulador da criação da joint venture

foi a política de conteúdo local do se-tor no Brasil, principalmente a que se refere à parte dos serviços de manu-tenção”, afirma Marcelo Corrêa, diretor da Swanson GP.

De acordo com Mark Carter, vice--presidente da Swanson Industries, a companhia está no Brasil há três anos com um escritório no Rio de Janeiro, mas

com a união também ficará em Barueri (São Paulo) em um galpão do Grupo GP. A empresa possui a maior máquina de aplicação de reves-timentos por laser dos Estados Unidos.

Grupo GP forma joint venture com a americana Swanson Industries

eventos - OTC 2013

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De acordo com Alexandre dos Reis, diretor de relações com o mercado do Sistema Firjan, o rio de Janeiro é o único estado do Brasil que possui três centros de referência para todos os setores da indústria de petróleo e gás: meio ambiente e segurança, solda e metalurgia (união de materiais); e automação e simu-lação – que é o grande desafio das tecnologias. “Seja na demanda, no projeto, na construção ou na opera-ção, existe uma solução integrada para qualquer um dos três ambientes. e hoje as empresas buscam justa-mente isso”, apontou.

De acordo com ele, para atender as demandas da indústria brasileira de petróleo e gás, a Firjan investiu nos últimos quatro anos no Sistema Sesi-Senai cerca de US$ 200 mi-lhões, em infraestrutura, construção civil, equipamentos e desenvolvi-mento de tecnologias.

O gerente de produtos e pro-cessos tecnoló-gicos da Firjan, Carlos de Mello Rodrigues Coe-lho, apontou que as soluções inte-gradas apresenta-das são oferecidas pelos Centros de tecnologia Senai – ambiental, Solda, automação e Simulação –, que pos-suem portfólios específicos em suas áreas de conhecimento, mas também oferecem a possibilidade de solu-

ções integradas que reduzem tempo e custos, possibilitam visão ampla e melhor gestão do projeto, além da maximização do conhecimento e do resultado da solução aplicada.

para demonstração no estande, foram selecionadas demandas reais que uma plataforma do tipo FpSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo e gás), requer em suas fases de projeto, construção e operação.

“Fomos muito procurados na feira para realização de parcerias de tec-nologia, de empresas querendo se instalar e de universidades. recebe-mos em nosso estande empresas de diversos países, inclusive do Brasil, que ficaram impressionados com o exemplo que trouxemos de soluções integradas aplicadas às fases de pro-jeto, construção e operação de uma FpSO”, comentou alexandre reis.

a secretaria estadual de Desen-volvimento econômico, energia, in-dústria e Serviços (Sedeis) do rio de Janeiro, também esteve animada na OtC deste ano. pela primeira vez com um estande na Área Brasil, a Sedeis divulgou mecanismos de atração de in-vestimentos disponíveis na secretaria, na Companhia de Desenvolvimento

industrial (Codin) e na agência es-tadual de Fomento (agerio).

a ideia, segundo o subsecretário de energia, logística e Desenvolvi-mento industrial, Marcelo Vertis, foi mostrar para as principais petro-leiras, fabricantes de equipamentos s u b m a r i n o s e subfornecedores os mecanismos que o rio de Janeiro dispõe para atração de investimentos, como o banco de áreas para instalações de indústrias, mecanismos de licen-ciamento, infraestrutura, relaciona-mento com as concessionárias, etc. “Quanto maior for o contato com as empresas, melhor será para o esta-do. Queremos atrair todos os forne-cedores da indústria que desejam se instalar no rio, mas focamos nos fornecedores de equipamentos sub-sea – equipamentos submarinos para a produção, sob a linha d’água, de petróleo – que acreditamos ter maior potencial para atração de investimen-tos ao estado”, comenta.

nesta direção, a Sedeis também vai participar de feiras na escócia, na noruega e da OtC Brasil 2013.

vertis salienta ainda que com a localização favorável do estado – a proximidade com a Bacia de Campos, onde a maior parte dos empreendi-mentos vão se instalar; o ambien-te de tecnologia de equipamentos submarinos muito grande no rio; assim como a exigência de conteúdo local e as novas rodadas da anp, a expectativa para novos negócios no estado é grande.

A APPLIED CONSULTING Engineers, especializada em instrumentação, controle e automação para indústria de óleo e gás, esteve na OTC 2013 com a delegação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empre-sas (Sebrae).

A empresa levou para a feira um simulador de sistema de controle baseado em um PLC (programador

lógico programá-vel) de segurança, totalmente monta-do no Brasil, com conteúdo nacional superior a 90%.

Segundo Na-than de Medeiros, gerente admi-

nistrativo da companhia, o objetivo

da participação no evento foi dar mais visibilidade ao equipamento e apresentá-lo ao mercado brasileiro no Pavilhão Brasil.

Fundada em 1988, a Applied Con-sulting Engineers fornece serviços de consultoria especializada em automa-ção e controle de processos; desen-volve, ainda, novos produtos, soluções e gerenciamento para a indústria.

Brasileira leva programador lógico programável para a feira

OTC 2013 registra novo recorde de participantes

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90 TN Petróleo 89

eventos - OTC 2013

O networking também foi reforçado em um am-biente mais descontraído, na maratona de con-fraternizações e coquetéis realizados em Hous-ton, promovidos em paralelo à OTC.

Abrindo a agenda informal, no sábado, a vicinary Cadenas promoveu seu

terceiro evento consecutivo, e mais uma vez no Karamu Outpost, área do zoológico de houston, onde a exibição de alguns animais exóticos e um caricaturista deram um toque diferenciado. nesse ambiente informal, os convidados puderam curtir o belíssimo show da cantora Yvonne Washington e sua banda, que apresentaram sucessos pop, jazz e blues.

no domingo, o concorrido e tradicional churrasco dos brasi-leiros foi realizado na residên-

cia de Fernando e rosa Frimm, no bairro de White Wing lane, patrocinado pelo aBS Brasil e a empresa GustoMSC. a festa, que faz parte da agenda dos brasilei-ros que vão para a OtC há cerca de 20 anos, reuniu aproximada-mente 200 pessoas.

Já no segundo dia da feira, a norte-americana Cameron, forne-cedora de equipamentos e siste-mas para escoamento de petróleo e gás, promoveu no West Club do reliant Stadium, um coquetel de confraternização.

na mesma data, a subsidiá-ria do conglomerado americano Oil States international, que

completou 70 anos, reuniu seus convidados no salão de festas do hotel holiday inn, em frente ao reliant park.

no mesmo dia, o Grupo Ke-ppel Offshore & Marine, de Cin-gapura, promoveu seu luxuoso coquetel no the Westin Galleria Ballroom, espaço para eventos dentro do shopping Galleria. O Grupo, que completou dez anos em 2012, reuniu equipes de todas as subsidiárias, inclusive da Keppel Fels Brasil, que expõe desde 2000 no pavilhão Brasil.

Como de costume, na quarta--feira à tarde, no próprio reliant Center, aconteceu o clássico – e

Coquetéis reforçam interação

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TN Petróleo 89 91

OTC 2013 registra novo recorde de participantes

cada vez mais disputado – coque-tel do pavilhão Brasil, promovido pelo iBp (instituto Brasileiro de petróleo, Gás e Biocombustíveis), Onip (Organização nacional da indústria do petróleo) e apex--Brasil.

Finalizando os encontros, o aBS Group, que completou 150 anos em 2012, fez uma animada e calorosa recepção no hotel Derek para cerca de 150 convidados, que tiveram diferentes tipos de cardápios para degustar, dentre eles, comida japonesa, crustá-ceos, carnes, massas e frios.

Residência dos Frimm: reunião de várias gerações de engenheiros navais

www.tnpetroleo.com.br...na ponta dos seus dedos

INFORMAçãO DE QUALIDADE...A tecnologia da informação se aperfeiçoa em ritmo acelerado. Não basta ser rápido na transmissão dos fatos; é preciso ser eficaz, saber onde prospectar a

informação e ser ágil ao transformá-la em notícia.

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92 TN Petróleo 89

eventos

Considerando basicamente os novos projetos do pré--sal, o Brasil pode triplicar para 120 milhões de m³/dia a oferta de gás ao mercado até 2020, segundo estimativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocom-bustíveis (ANP). O mercado de gás no Brasil ainda está em fase de desenvolvimento e consolidação, mas a oferta de gás vem sendo ampliada. Apesar disso, a escassa infraestrutura de transporte, a ausência de uma política pública específica para o gás e a necessidade de novos trades foram alguns dos pontos levantados nas discus-sões da quarta edição do Rio Gas Forum, que debateu os rumos do mercado no Brasil e na América Latina, além das oportunidades e desafios da indústria.

Gás:por Maria Fernanda Romero

Rio Gas Forum 2013

de crescimento e grandes desafios

potencial

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TN Petróleo 89 93

A participação do gás na-tural na matriz energéti-ca brasileira é de 10,2%, de acordo com o Balan-ço energético nacional

2012, contra uma média mundial de 21,4%. entretanto, os altos riscos e incertezas e os grandes volumes de investimentos necessários para o desenvolvimento de infraestrutura neste segmento ainda são as entra-ves desse setor no país. tais temas foram os principais assuntos que per-mearam a quarta edição do rio Gas Forum, promovido pelo grupo CWC em março no Co-pacabana palace.

D e a c o r d o com Luciana Ra-chid, gerente exe-

cutiva de logística e participações em Gás natural (Ge-lpGn) da Área de Gás e energia da petrobras, que fez a palestra de abertura do rio Gas Forum 2013, no ano passado a produ-ção nacional de gás natural cresceu 18%. a demanda média, estimula-da, principalmente, pelo consumo termelétrico, foi de 74,5 milhões de m³/dia, volume 22% superior à média de 2011.

para atender esta demanda cres-cente, a petrobras ampliou sua ca-pacidade de regaseificação de gás natural liquefeito (Gnl) para 27 milhões de m³/dia em 2012.

Com a entrada em operação, em setembro deste ano, do terminal de regaseificação de Gás natural li-quefeito (Gnl) da Bahia (trBa), localizado na Baía de todos os San-tos, o Brasil terá capacidade de re-gaseificar 41 milhões m3/dia de Gnl – volume maior que os 30 milhões m/dia de gás natural da Bolívia.

luciana rachid indicou que mes-mo com o crescimento da oferta de Gnl no Brasil após 2030, a petrobras não pretende exportar gás. “vamos ampliar nossa atuação na comerciali-zação e transporte de Gnl, mas não está em nossos planos a exportação dele. não temos hoje essa previsão dentro do planejamento estratégico da petrobras”, salientou.

em 2012, de acordo com a exe-cutiva, a estatal importou grandes volumes para atender a demanda interna, especialmente das térmicas que precisaram ser acionadas por conta da redução no nível de reser-vatórios de hidrelétricas. “ao todo foram 45 cargas de Gnl, das quais seis foram reexportadas, e cinco ope-rações offshore nas quais as cargas foram redirecionadas para outros países antes de aportar no Brasil”, pontuou rachid.

a executiva ressaltou ainda que apenas em infraestrutura de trans-porte de gás natural, a petrobras in-vestiu cerca de US$ 16 bilhões no período 2007-2012, encerrando um importante ciclo de investimentos que resultou em uma malha com-posta por 9.190 km de gasodutos.

na ocasião, rachid informou que considera ainda prematura a ideia de o Brasil disponibilizar gás não convencional a preços compatíveis com o shale gas dos estados Unidos no curto prazo.

a gerente lembrou também do programa Onshore de Gás natural (pron-gás), criado pela petrobras em janeiro deste ano, visando identifi-car o potencial de gás natural em reservatórios convencionais ou não convencionais em bacias sedimenta-res terrestres e avaliar os custos para seu aproveitamento, considerando a sinergia com linhas de transmissão para atender usinas termelétricas e fábricas de fertilizantes nitrogenados.

Mercado mundialpara a agência internacional de

energia (aie), o gás tem um papel crucial para a migração de uma eco-nomia de baixo carbono, sobretudo em substituição ao carvão, e deve crescer bastante sua participação no mix energético global.

Capella Festa, especialista da aie, informou que a perspectiva para demanda de gás no mundo é muito grande. “até 2035 devemos ter novos exportadores de Gás natural liquefeito (Gnl). vamos diversificar o fluxo de comércio para as próxi-mas décadas”, salientou. a executiva indicou que no Brasil as fontes de energia de maior crescimento até 2025 devem ser o gás natural e os renováveis.

na américa do norte, a aie pre-vê que 80% do crescimento em gás não convencional ocorrerão somen-te depois de 2020, principalmente devido à falta de infraestrutura e indústria de serviços.

Eric Eyberg, consultor da área de gás e energia da Wood Macken-zie , comentou sobre a mudan-ça na integração e otimização do mercado de gás no Cone Sul, no qual cada país possui uma po-lítica para o in-

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94 TN Petróleo 89

sumo, o que gera preços elevados em nível mundial.

ele alerta que o Brasil deve tra-balhar em direção a um mercado de gás livre, aplicando regras para os consumidores livres, com incentivos aos produtores e melhor infraestru-tura. a incerteza do gás do pré-sal ofertado ao mercado foi outro assunto ressaltado pelo executivo que, segun-do ele, é importante, mas apresenta taxa de reinjeção elevada.

eyberg apontou ainda que a con-sultoria prevê risco de esgotamento do gás boliviano em 2019, o que será um problema potencial para Brasil e argentina. ele sugeriu que os países devem estabelecer preços regionais para melhorar o mercado de gás.

PematO plano Decenal de expansão da

Malha de transporte Dutoviário (pe-mat) será lançado neste primeiro se-mestre, de acordo com Symone Chris-

tine de Santana Araújo, diretora do departamen-to de gás natural do Ministério de Minas e energia (MMe) em pales-tra no evento. O plano está sendo

elaborado em conjunto pelo MMe, empresa de pesquisa energética

(epe) e anp, com a contribuição da indústria, e trará um levantamento da necessidade da construção de du-tos para o escoamento da produção de gás natural em solo brasileiro. “a primeira versão do plano foi concluí-da, recebemos os resultados prelimi-nares da epe, agora vamos discutir internamente e publicar no primeiro semestre”, disse.

a partir do levantamento, as construções deverão ser viabiliza-das por meio de licitações. a ideia é que o plano seja divulgado ano a ano. a criação do pemat foi es-tabelecida a partir do decreto que regulamenta a lei 11.909/09, a chamada lei do Gás, que trata da produção, logística e estoque do gás

natural no Brasil. Symone Christine não revelou quais projetos estão contemplados no plano.

Mercado mineiro de gás O potencial do gás na Bacia do

São Francisco, em ibiaí, norte de Minas Gerais, motivou o estado de Minas Gerais a criar uma Minuta para abrir o mercado de gás, que deverá estar consolidada até o iní-cio do segundo semestre deste ano. a afirmação foi de Mônica Neves Cordeiro, secretária adjunta de De-senvolvimento econômico de Mi-nas Gerais e superintendente de gás da Cemig, durante participação no rio Gas Forum. O governo minei-ro acredita ser importante ter um ambiente institucional estabelecido

e criar uma base regulatória que garanta a moneti-zação do gás. “há 29 poços explora-tórios na Bacia do São Francisco e as empresas que estão explorando

gás na região já investiram cerca de r$ 600 milhões. temos boas condi-ções para atrair empresas e garantir uma produção local”, enfatizou.

a expectativa, segundo a secretá-ria, é de que o fraturamento hidráulico – processo que serve para liberar o gás natural guardado nas rochas – no local tenha início ainda este ano.

Segundo Dorothea Werneck, secre-tária de Desenvolvimento econômico de Minas Gerais, também presente no encontro, Minas Gerais está dando total prioridade à exploração do gás

no São Francisco e a expectativa é que uma estimati-va de reserva seja apresentada já no primeiro semestre de 2014.

ela adiantou também que a op-

ção do governo mineiro será de não estabelecer uma agência reguladora para o gás, sendo que a regulação será feita pela própria Secretaria.

MARCO TAVARES, PRESIDENTE DA Gas Energy, que discursou em um dos workshops que abriram o Rio Gas Forum 2013, alertou que o caminho

da mudança regulatória do mercado de gás no Brasil ainda parece distante. “É necessário um novo mecanismo regulatório com uma nova dinâ-

mica para o setor, como ocorreu com o setor elétrico na década passada,

atraindo investimentos”, afirmou. Assim, a Gas Energy está fazendo es-tudos sobre esse mecanismo e levará uma proposta ao governo federal.

Tavares disse que o estudo leva em consideração que o gás natural no Brasil ainda está em fase inicial como participação no abastecimento da indústria, enquanto a infraes-trutura não atende o potencial do mercado. “O gás natural representa cerca de 10% do consumo fabril. Hoje, o país está com declínio no consumo de gás no setor industrial com risco de afetar a competição da indústria. Esse é um mercado adicional que deve ser trabalhado, como substituição de outras fontes de energia”, concluiu.

é necessária a regulação

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“não vamos estabelecer uma agência reguladora para o gás. a regulação será feita pela Secretaria. Queremos estimular o investidor para a oferta e a demanda com base nas experi-ências de outros estados e países. Quanto menos burocracia, exigên-cia, regra e norma, melhor”, pontua Werneck, que enfatizou ser contrária à discussão das questões do gás em conjunto com o petróleo ou energia elétrica nos leilões.

Potencial do gás offshore bra-sileiro

Claudio Steuer, diretor da Sye-nergy, consultoria de energia focada na estratégia de desenvolvimento de negócios e questões comerciais, falou sobre o grande potencial do gás offshore brasi-leiro para aumen-tar o suprimento de gás natural e a capacidade de geração no país.

S t e u e r c o -mentou sobre o potencial do Gás natural Comprimido (GnC) mari-nho e o recente desenvolvimento de projetos de liquefação flutu-ante de pequena escala (GnlF), como o da Colômbia, que será o primeiro país do mundo a produzir 0.5 Mtpa de Gnl em 2017. “O GnC marinho e a liquefação de pequena escala podem preencher uma importante lacuna na cadeia produtiva e logística viabilizando uma redução sensível da quei-ma do gás natural no mar, assim como viabilizar produção de cam-pos pequenos antes considerados

inviáveis por motivos técnicos ou econômicos”, indicou.

O executivo acredita que as tecnologias de gás offshore podem complementar os sistemas de pro-dução de óleo e gás em águas rasas e do pré-sal. “O volume de gás de poços menores ou isolados podem ser coletados e entregues a sistemas flutuantes de produção de Gnl de pequena ou maior capacidade, ou transportados para a costa. Um be-nefício adicional desta tecnologia é a possibilidade do aumento do número de fornecedores de gás natural no mercado brasileiro,” reforça.

a Syenergy atua junto aos prin-cipais fornecedores de tecnologia de gás offshore, e por ser uma firma independente, analisa em conjunto com seus clientes as diversas tec-nologias e recomenda a que oferece melhor viabilidade técnica e econô-mica para seus clientes.

para Steuer, os principais desafios do setor de gás offshore não estão somente nos campos produtores, mas na necessidade dos principais agen-tes da indústria em desenvolverem as oportunidades, implantando um modelo de negócio inovador ao in-vés de apenas buscarem reduzir os custos da resolução dos problemas oferecidos pelo gás offshore.

Política pública para o gásDurante o último dia do evento,

Ricardo Pinto, coordenador de ener-gia térmica da associação Brasileira de Grandes Consumidores indus-triais de energia e de Consumidores livres (abrace), indicou que a indús-tria brasileira de gás necessita de uma agenda para discutir o mercado,

objetivando equi-líbrio e competi-tividade do setor no curto e médio prazo.

nesta direção, a abrace, com o apoio de associa-ções e entidades, lançaram em outubro do ano passado o +Gás Brasil. O projeto traçou um dos mais importantes diagnósticos do setor após ouvir mais de 60 en-tidades entre empresas, órgãos de governo, produtores, distribuidores e transportadores, consolidado pela consultora Monitor. Foram agregados ainda ao projeto, estudos técnicos desenvolvidos pela Fundação insti-tuto de pesquisas econômicas (Fipe), Gas energy, harvard University, pSr e Universidade Federal do rio de Janeiro (UFrJ).

“a iniciativa vai servir como agenda ao setor, mas a mudança é essencialmente técnica e precisa ser construída de forma abrangente, sustentável e articulando o aumento da oferta e demanda a partir de uma política nacional clara, desenvolvi-mentista e competitiva de forma glo-bal”, enfatizou ricardo pinto.

O executivo ressaltou o alto preço do gás em comparação com outros mercados, como estados Unidos, e seu impacto na compe-titividade da indústria nacional; a estagnação do consumo desde 2008; as perspectivas de aumento de produção para os próximos anos; e a necessidade de aumentar o nú-mero de produtores.

De acordo com ele, o projeto +Gás Brasil fornece elementos im-

A 12ª RODADA DE LICITAçõES, com foco no desenvolvimento do potencial de recursos de óleo e gás não con-vencional, deve ser realizada antes de dezembro, afirmou Symone Christine de Santana Araújo, diretora do depar-tamento de gás natural do Ministério de Minas e Energia (MME), durante o Rio Gas Forum. “O gás não convencional

dessas áreas será fundamental para o desenvolvimento do país e muito impor-tante para a oferta de gás da indústria, geração termelétrica e abastecimento do mercado em geral a preços cada vez mais competitivos”, pontuou.

Ela adiantou que está entre as prioridades do MME o aproveitamen-to de gás associado a reservas de carvão – coal-bed methane ou CBM – e restringir, ao máximo, o excesso

de gás associado que acaba sendo queimado.

As áreas ofertadas na 12ª Rodada se-rão as das bacias do Paraná, São Francisco, Parnaíba, Sergipe-Alagoas e Recôncavo.

Symone Araújo afirma que não fo-ram definidos aspectos sobre royalties, bônus de assinatura e participações especiais, mas informou que a regu-lação será semelhante à da 11ª Rodada, que ocorrerá em maio.

12ª Rodada

gás: potencial de crescimento e grandes desafios

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portantes para que o país compo-nha uma política pública tendo o gás como elemento de competitividade para a economia brasileira. Dentre eles, estão a necessidade de amplia-ção do suprimento, o aproveitamento de oportunidade ao consumidor livre proporcionando liquidez maior ao mercado, o avanço no que se refere ao gás não convencional, e os en-traves do transporte como falta de transparência e tarifas adequadas. “precisamos estimular uma oferta diversificada e mais competitiva para o gás”, conclui.

Novos trades no mercado bra-sileiro

a Brix, plataforma eletrônica de negociação de energia elétrica, acredita que o Brasil precisa de mais players para produzir gás. as-s i m , s e g u n d o Marcelo Mello, CeO da Brix, o

setor conseguirá aproveitar seu po-

tencial e expandir sua liquidez do mercado.“Da mesma forma como ocorreu com a energia elétrica, o desenvolvimento do mercado de gás requer o estabelecimento de um ambiente de forte competitividade, implicando em maior número de agentes atuando como vendedores, um segmento de comercializadores ativos e acesso garantido ao trans-porte e à distribuição”, afirma.

Segundo ele, nestas condições, seria possível capturar índices de preços sendo negociados para o gás, assim como já é feito em rela-ção à energia elétrica, para maior transparência, eficiência e seguran-ça transacional ao mercado. Mello indicou também a necessidade do livre acesso à rede de transporte e distribuição (infraestrutura eficaz).

TecnologiasDurante o evento, a america-

na honeywell UOp, especializa-da em tecnologias para refino de petróleo, processamento de gás, petroquímica e biocombustíveis, apresentou algumas de suas tec-

nologias para o mercado de gás. Dentre elas, as tecnologias de controladores e detectores fixos para detecção de gás, e plantas empacotadas de Gás natural li-quefeito (Gnl, packaged nGl plant), para monetização de gás.

Marcos Veiga, diretor de Marke-ting e planejamento estratégico da

honeywell para américa latina, destacou ainda o sistema de mem-branas UOp Se-parextM, para processamento de gás natural em FpSOs e a

tecnologia twister Bv, para desi-dratação de gás.

em agosto de 2011, a empresa abriu um escritório no rio de Janei-ro dedicado a serviços para o setor de petróleo e gás em toda a améri-ca latina. nele são desenvolvidos projetos, serviços de engenharia e suporte a processos tecnológicos, catalisadores, absorventes, equi-pamentos, e sistemas de controle e automação fornecidos pela ho-neywell process Solutions.

Já a aveva, empresa líder no for-necimento de soluções para detalha-mento e gerenciamento de projetos de engenharia e informações, co-mentou sobre as principais soluções que a empresa fornece ao setor de óleo e gás no Brasil.

Santiago Pena, vice-presiden-te sênior da aveva para a améri-

ca latina, traçou um panorama da empresa no Brasil e expli-c o u a l g u m a s das principais tecnologias que a companhia for-nece ao país, o

aveva pDMS e o aveva Marine, que se baseiam em processos co-muns por meio de um único mo-delo de gerenciamento de infor-mação e incrementam a eficiência do projeto e a redução de custos de engenharia e design.

A PETROBRAS INFORMOU que está estudando investir na utilização de gás com foco significativo na área de fer-

tilizantes. Segun-do Carlos Augusto Arentz Pereira, gerente de Marke-ting de Gás Natural Liquefeito (GNL) da estatal, a alter-nativa atenderia os momentos sem

grande demanda de gás por parte das termelétricas.

Em 2012 o consumo de gás do mer-cado não termelétrico reduziu 1,3%, em comparação a 2011. “Apesar da crise e do cenário da economia nacional, o mercado tem se mantido razoavelmente estável e vem se desenvolvendo razoavelmente dentro de nossa expectativa”, afirmou.

Ele comentou que a Petrobras tem buscado outras fontes de gás em terra, no entanto, qualquer descoberta em

áreas representará grandes investi-mentos em infraestrutura e logística para esse gás chegar ao mercado. E disse ainda que a indústria de gás mundial está sob os efeitos da crise na zona do Euro e que os investimentos mundiais estão migrando para onde o gás está mais barato. Segundo ele, o momento é de incertezas e análises, com isso a indústria tem reavaliado onde serão feitos os investimentos. “A indústria exportadora de gás foi afetada. Além disso, temos o shale gas (gás de xisto) dos Estados Unidos e a entrada de novos players, como a Austrália, mudando o mercado de gás natural mundial”, opinou.

O executivo ressaltou que a Petro-bras é hoje um importante player no mercado mundial de trading de GNL e relembrou que no ano passado, a compa-nhia teve recorde no número de cargas negociadas e ampliação do portfólio de companhias que negociam.

Fertilizantes para utilização de gás

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Com 252 anos de existência, 15 mil clientes pelo mundo e há mais de cem anos no Brasil, a Lloyd’s Register, uma das maiores certificadoras mundiais, vai ampliar seus negócios no setor de óleo e gás este ano no Brasil. Foi o que afirmou o CEO da com-panhia, Richard Sadler, em entrevista exclusiva à TN Petróleo.

Com três escritórios no rio de Janeiro, São paulo e San-tos, e pequenas unidades

específicas em algumas cidades como Curitiba e Macaé, a empresa considera 2013 o ano para se con-solidar ainda mais no Brasil.

O foco da empresa está em garantir a segurança das pessoas, do meio ambiente e dos equi-

pamentos das companhias para as quais presta serviço. no Bra-sil, os princi-pais clientes da empresa são a cadeia e os ope-radores offshore,

tanto nos setores de perfuração como no de produção.

De acordo com Richard Sadler, 2013 será um ano-chave para a companhia, principalmente pela expectativa de crescimento dos ne-gócios no setor de energia. “esse é um setor especial que vive um grande momento no Brasil, e por isso estamos fortalecendo nossa posição aqui”, afirmou Sadler.

em pleno processo de expan-são, a lloyd’s vem adquirindo companhias ao longo dos últimos anos – hoje fazem parte do grupo a Martec, ModuSpec, West enginee-ring e Scandpower, que atuam em sua grande maioria no setor de en-genharia. “ninguém faz trabalhos tão bons quanto essas empresas nas suas áreas específicas. nossa atuação é única”, afirmou o CeO do lloyd’s. para ele, a principal

preocupação da empresa é com o bom funcionamento dos sistemas dos clientes, sua manutenção, melhoria de processos e de desem-penho. “nosso trabalho é sempre fazer o melhor, nos certificarmos de que todos os equipamentos es-tão de acordo e garantir aos nossos clientes que a operação deles irá andar normalmente, com o menor risco possível”, completou.

pensando no processo de traba-lho como um todo, um dos focos da companhia no país está na qualifi-cação constante de seus funcioná-rios, para garantir que as certifica-ções dadas pela empresa garantam que os equipamentos dos clientes estão nas melhores condições. por isso, o grande desafio no momento é encontrar pessoas qualificadas. e

o problema não é específico do Bra-sil, também há falta de mão de obra especializada em algumas das mais de cem operações mundiais, como em houston (eUa) e em aberdeen (escócia), afirma richard. Segun-do ele, há dificuldade sobretudo em encontrar engenheiros para trabalhar em áreas muito especí-ficas, como refinarias de petróleo. atualmente, a companhia gasta cerca de US$ 2 milhões por ano para promover a engenharia em escolas, levando estudantes de 11 a 15 anos em feiras de engenharia para mostrar a eles como funciona o trabalho do engenheiro, e assim, tentar chamar a atenção desses jovens para a profissão.

nos próximos cinco anos, a empresa espera passar de um faturamento de US$ 1,5 bi para US$ 2,2 bi, sendo que a maioria desses recursos serão provenien-tes do setor de energia e petróleo e gás: “hoje, o setor energético é responsável por cerca de 32% dos nossos negócios”, assegurou.

Sobre a segurança das operações em plataformas de petróleo, richard Sadler afir-mou que a mentalidade hoje é de 100% de segurança e risco zero. “eu realmente penso que as companhias de petróleo estão preocupadas com as suas ope-rações, e querem ter certeza de que não vai ocorrer quaisquer incidentes, pois seria ruim tanto financeiramente, quanto na questão da imagem e no impac-to à sociedade”, finalizou.

Lloyd’s Register vai ampliar atuação no setor de óleo e gás

por Rodrigo Miguez

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Importante para compreender a dinâmica da indústria do gás no Brasil e no mun-do, a publicação, lançada em março na sede do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) é de autoria de Edmar de Almeida e Marcelo Colomer, do Grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O livro trata dos motores do pro-cesso de mudança por que a indústria brasileira de gás

está passando, mas também traz um panorama da situação inter-nacional, em que o gás também se encontra em transição.

Durante o lançamento, Marcelo Colomer lembrou que até a déca-da de 1970 o gás era um ‘figurante’

e que o mesmo nasceu para aju-dar a indústria do petróleo. a partir da década de 1980, os cho-ques do petróleo que abriram espa-ço para as novas

energias e as inovações tecnológi-cas contribuíram para a mudança na indústria do gás. “inovações essas, como a disseminação das plantas de ciclo combinado do setor termelétri-co, que abrem imenso espaço para o setor de gás se expandir no mundo; o aperfeiçoamento de tecnologias para o transporte de Gás natural liquefeito (Gnl), como liquefação e regaseificação; e no caso dos países em desenvolvimento, a difusão do gás no uso veicular”, ressaltou.

Segundo Colomer, essas mudan-ças estruturais e regulatórias foram determinantes para este novo mo-mento da indústria de gás e fizeram de fato o gás se tornar um negócio. alguns elementos que explicam a transição do gás no mundo são a descoberta dos reservatórios não convencionais, o descolamento do

preço do gás, o gás competitivo frente ao petróleo, as pressões ambientais que favorecem o gás natural e as metas ousadas da participação do gás na matriz energética chinesa.

“O gás não convencional pode ter um papel protagonista na tran-sição energética. entretanto, ainda persistem muitas incertezas quanto à dinâmica econômica, política e regulatória da indústria do gás”, informou ele.

na ocasião, o pesquisador Edmar de Almeida falou sobre a situação

brasileira do gás, r e e s t r u t u r a d a recentemente. apontou que a indústria nacional de gás teve um desenvolvimento tardio e foi carac-terizada por três

questões básicas: a escassez de gás doméstico e dependência das impor-

tações, o papel central da petrobras na estruturação da cadeia produ-tiva, e a inserção do gás na matriz elétrica através de usinas térmicas que operam em complementação à produção hidrelétrica.

“O gás natural também pode ser uma ótima oportunidade para o Brasil. pelo lado da oferta, devi-do ao grande potencial das bacias terrestres com novas tecnologias e ao pré-sal. e pelo lado da deman-da, contribuindo para melhorar a eficiência energética, aumentar a competitividade da indústria e me-lhorar a segurança do abastecimento elétrico”, indicou.

no entanto, almeida disse que a oferta doméstica só será abundan-te se a produção de gás natural for um negócio interessante e rentável para as empresas. e os desafios são a criação de um novo modelo: uma política para promoção do investi-mento em produção e transporte de gás, o acesso competitivo aos mer-cados existentes e a melhoria das condições da inserção do gás na ge-ração elétrica. “O gás tem que sair da lógica de subproduto. Com dois ingredientes, acreditamos que con-seguiremos avançar nesses desafios: falta vontade política e regulação forte”, enfatizou.

essas foram algumas das motiva-ções que levaram os pesquisadores à feitura do livro. a publicação, da editora Synergia, contou ainda com o apoio da Fundação de amparo à pesquisa do estado do rio de Ja-neiro (Faperj).

Transição energética do gás no mundo é tema de livro

por Maria Fernanda Romero

Publicação

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A segunda edição do Congresso Brasileiro de CO2 discutiu os desafios e as oportunidades do dióxido de carbono na indústria, principalmente no setor de petróleo e gás. Durante o evento, foram apresentados 67 trabalhos de sete países, que foram vistos por mais de 200 pessoas, em sua maioria membros do setor empresarial brasileiro.

Na abertura, o diretor de exploração e produção (e&p) da petrobras, José

Miranda Formigli, apresen-tou a visão da companhia a respeito das oportunidades e desafios do CO2. Durante o evento, assun-tos como cap-

tura, armazenamento geológico, uso, transporte e gerenciamento de risco foram discutidos pelos especialistas do setor.

a participação de empresas importantes do porte de pe-trobras, Braskem, BG Brasil e Schlumberger foi o ponto chave e o que mostrou a relevância do tema. também estiveram presentes ao evento entidades como a Coppe/UFrJ e diversas universidades do Brasil, com palestras e trabalhos.

para Raimar van den Byla-ardt, presidente do Centro de tecnologia em Dutos (CtDUt) e

gerente de tec-nologia do ins-tituto Brasileiro de petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (iBp), o evento foi importante

sobretudo pela troca de experi-ências e pela apresentação de

trabalhos de grande relevância que serão utilizados no futuro. “atingimos nosso objetivo porque tivemos a participação do seg-mento empresarial. além disso, os trabalhos esse ano foram exce-lentes em termos de conteúdo e já trazendo resultados”, afirmou raimar. “as empresas participa-ram de forma efetiva do evento, falando dos problemas do setor de forma aberta e franca. O balanço foi muito positivo”, concluiu.

nesta edição foi eleito o melhor trabalho técnico apre-sentado ao longo do evento: “avaliação da incorporação de sílica ativa em pastas de cimento portland Classe G para poços de

petróleo e gás natural e armaze-namento geológico de carbono”, feito por Daniel hastenpflug, Martiano Krusciel de Moraes, eleani Maria da Costa, Jairo José de Oliveira andrade e Feli-pe Dalla vecchia, todos integran-tes da pontifícia Universidade Católica do rio Grande do Sul (pUC-rS).

O evento contou ainda com a presença de palestrantes internacionais como philipe llewellyn, da Universidade de Marseille, Darrem Broom, da hiden ischema, laurent nor-mand, da prosernat, e Kamel Bennaceur, vice-presidente da Schlumberger.

Sete países e 67 trabalhos

por Rodrigo Miguez

Congresso de CO2

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eventos

A falta de engenheiros no mercado de óleo e gás, a qualidade do ensino e os investimentos internos por parte das empresas na complementação da formação de seus funcionários pautou o workshop ‘Os desafios da educação na engenharia do petróleo’, realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e a Society of Petroleum Engineers (SPE)/Seção Brasil, no dia 25 de abril, no Rio de Janeiro. Os painéis realizados abordaram currículo mínimo, interação entre universi-dades e empresas e a integração entre as instituições de ensino superior.

O evento, que reuniu represen-tantes de instituições acadê-micas e empresas – como o

gerente geral da Universidade petro-bras, José alberto Bucheb; o diretor do Centro de tecnologia halliburton no Brasil, Doneivan Ferreira; o vice--reitor da pUC-rio, o professor luiz Scavarda do Carmo; o presidente do iBp, João Carlos de luca; o pre-sidente da Spe/Seção Brasil, Farid Shecaira, entre outros –, teve como foco áreas e temas fundamentais para a qualificação das futuras ge-rações de engenheiros de petróleo, que deverão atender às expectativas dessa indústria, propondo soluções criativas para as novas fronteiras de exploração.

alberto Bucheb (foto), que parti-cipou da mesa de abertura do evento, destacou a importância acadêmica da Universidade petrobras na formação de engenheiros com foco nas neces-sidades da estatal. “a capacitação dos empregados da petrobras tem sido um importante fator para o au-mento das reservas e da produção de petróleo no país e contribui para que a empresa seja uma das líderes nas atividades de perfuração e produção em águas profundas”, reforçou.

Segundo ele, a companhia possui atualmente cerca de 2.700 engenhei-ros de petróleo e, em média, estes profissionais somaram 190 horas de treinamento ao longo de 2012. “as principais áreas de atuação do enge-nheiro de petróleo da petrobras são engenharia de poço, engenharia de

reservatórios, elevação e escoamento e operação da produção”, afirmou.

O diretor do Centro de tecnolo-gia halliburton no Brasil, Doneivan Ferreira, informou que a empresa investiu cerca de US$ 600 milhões

em pesqu i sas tecnológicas em 2012. “preten-demos superar o valor para este ano”, assegurou. a empresa, pres-tadora de serviços para exploração e

produção de petróleo, irá inaugurar em julho deste ano sua unidade de pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor de petróleo e gás no parque tecno-

lógico do rio de Janeiro, localizado na ilha da Cidade Universitária da UFrJ. “Serão mais de 7.000 m2 de laboratórios para trabalhar em toda a parte de desenvolvimento tecno-lógico para águas profundas, bacias maduras e não convencionais”, con-cluiu Ferreira.

além de chamar a atenção para a profusão do número de cursos de engenharia credenciados, o evento também abordou a necessidade de o mercado contar com professores que possuam um perfil de atuação na indústria, a reestruturação do currículo da engenharia de petró-leo nas universidades, a integração maior entre empresa e instituição acadêmica, e a facilitação do es-tágio curricular.

Educação na engenharia do petróleo em debate

por Karolyna Gomes

Os desafios da educação na engenharia do petróleo

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Com os grandes investimentos focados na exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas, o FPSO Congress Brazil, realizado no Rio de Janeiro, em abril, foi o primeiro fórum especialmente dedicado a unidades flutuantes de armazenamento e transferência (em inglês Floating Production Storage and Offloa-ding, FPSO), no qual foram apresentadas palestras sobre tecnologias de ponta, operação e manutenção, ges-tão e outros aspectos relevantes sobre estas embarcações offshore.

Dentre os principais assuntos debatidos no encontro estavam os desafios e oportunidades

dos empreendimentos offshore, o potencial brasileiro nessa indús-tria, o horizonte de crescimento do setor de FpSO e a oportunidade de investimentos externos no país. Os executivos que participaram do evento foram categóricos em afirmar que o desenvolvimento das tecno-logias pela indústria é fundamental para a expansão e a competitividade com outros países fortes no setor, como Cingapura.

Segundo Augusto Mendonça, presidente da associação Brasilei-ra das empresas do Setor naval e

Offshore (abe-nav), a indústria naval se recupe-rou nos últimos dez anos puxada principalmente pelo setor de óleo e gás. essa recuperação se

deveu graças aos investimentos das empresas, que favoreceram o crescimento da indústria e aju-daram a assegurar os níveis de conteúdo local.

para expandir ainda mais o setor, Mendonça afirmou que há planos de iniciar exportações de equipamentos para o México e

África, numa iniciativa para criar um mercado internacional para as empresas brasileiras do setor. para Danilo Freitas, diretor-geral do Centro de excelência em epC (Ce-epC), é importante focar no desenvolvimento da engenharia, para atender cada vez melhor as necessidades da indústria local. “Uma engenharia bem desenvol-vida dá ao país competitividade não só local, mas também em nível internacional”, afirmou.

Uma das tecnologias apresen-tadas durante o congresso foi o v Cone, da empresa McCrometer, utilizado na medição de vazão por pressão diferencial em dutos da in-dústria de óleo e gás. atualmente já há mais de 75 mil equipamentos instalados ao redor do mundo.

O v Cone tem vantagens como um medidor com menos perda de carga, redução de custo nos que-sitos de instalação, peso e espaço, e o seu formato não prejudica a medição da vazão.

para José luiz rodrigues da Cunha, gerente de Construção e Montagem de Módulos da petro-bras, os principais desafios desse setor são o desenvolvimento e a aplicação de processos de alta pro-dutividade, atender os prazos, redu-zir o índice de reparos, atender aos requisitos técnicos e ao emprego de materiais especiais. apesar disso, Cunha lembrou que os estaleiros nacionais estão investindo em no-vas tecnologias, além de utilizarem equipamentos compatíveis com suas necessidades.

Novas tecnologias para os FPSOsFPSO Congress Brazil

por Rodrigo Miguez

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Presidente da Tridimensional Engenharia e sócio de outras empresas, além de membro de importantes associações setoriais, o engenheiro mecânico Antonio Müller se destaca pela diversidade, tanto em organizações das quais faz parte, como também pela trajetória profissional na qual descobriu a vocação para ‘engenheiro de negócios’.

perfil profissional

Aos 70 anos, o engenheiro mecânico antonio ernesto Ferreira Müller continua com a mesma energia que o motivou a apostar na diversidade, em quase meio século de trajetória profissional, desde que começou

a estagiar em Furnas, quando ainda estudava na Universidade do estado do rio de Janeiro (Uerj), em 1966.

ao se formar e receber duas propostas de trabalho, uma para integrar definitivamente os quadros de Furnas Centrais elétricas e outra para tra-balhar na Ford, não teve dúvida, decidiu ficar na área de energia, da qual nunca mais saiu, ainda que tenha atuado em diversos segmentos desse setor.

além de ser um dos fundadores e presidente da tridimensional enge-nharia, especialista em óleo e gás, mineração, metalurgia e siderurgia, papel e celulose, química e petroquímica e termeletricidade, é sócio fundador da investidora aeM Capital, junto com o filho. também tem sociedade com a norte-americana Deepflex, e com a mineradora canadense largo resouces.

Müller já foi ‘petroleiro independente’, como membro do conselho de administração da Starfish Oil&Gas (2003 a 2008), que produziu petróleo no campo de Coral, na Bacia de Santos, na costa catarinense. a empresa foi adquirida mais tarde pela Sonangol, que vem expandindo suas operações no país.

atento às oportunidades de mercado, em função das exigências de con-teúdo nacional no setor de óleo e gás, está negociando a participação em mais duas empresas do setor offshore: uma de plataformas de perfuração, projeto e fabricação, e outra de comissionamento.

Múltipla representatividade essa multiplicidade de interesses de Müller está refletida nas entidades

das quais participa ativamente: é presidente de duas associações brasileiras, a de engenharia industrial (abemi) e para Desenvolvimento das atividades nucleares (abdan), além de integrante do conselho de outras duas – a da infraestrutura e indústrias de Base (abdib) e da associação Brasileira da indústria de Máquinas e equipamentos (abimaq). também é membro do Conselho de administração da indústria Brasileira de Qualidade nuclear (iBQn) desde 1995, e do Comitê de exploração e produção do instituto Brasileiro de petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (iBp), desde 2006.

Um engenheiro de negócios

por Rodrigo Miguez

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“essas associações são muito importantes para o mercado, pois elas promovem fóruns de discussões, avanços tecnológicos e melhorias de competitividade do mercado”, expli-ca este paulistano de nascimento (é natural de São paulo), mas carioca da vida inteira, pois os pais se mudaram para o rio quando ele tinha apenas 2 anos de idade.

antonio Müller também é vice--presidente do Centro de excelência em epC (Ce-epC), criado há apenas cinco anos pela petrobras e outras petroleiras, além de empresas do setor, com a missão de melhorar a competitividade na indústria, com foco inicial no óleo e gás. “Mas já está em estudo a ampliação da atua-ção do centro para outros segmentos da indústria”, acrescenta o executivo. “O Ce-epC tem como uma de suas principais missões desenvolver tra-balhos e projetos em parceria com as empresa, tendo como objetivo pro-mover a qualificação contínua do setor epecista”, observa Müller, que ocupou o cargo principal da entidade durante dois anos (2011-12).

Um dos projetos executados em sua gestão foi a criação de contra-tos balanceados ou contratos padrão para serem adotados pelas empresas do setor, seguindo um modelo que já acontece na noruega. O modelo do projeto já está pronto e será testado e avaliado pelos associados.

Rota da energiapara chegar até esse patamar,

ocupando posições importantes em empresas e associações, o engenhei-ro mecânico afirma ter percorrido um caminho de muito aprendizado. após a formatura, quando fez a opção por Furnas, Müller já começou a traba-lhar em projetos emblemáticos na área de energia, como a implantação da usina termelétrica de Santa Cruz, no rio de Janeiro. iniciada na década de 1960, a usina foi fundamental para a interligação do sistema elétrico do rio de Janeiro às demais regiões do Brasil. a primeira unidade entrou em operação comercial em setembro de 1967, tendo sido inaugurada, oficial-

mente, em 11 de maio de 1968, as i e ii. Como a divisão de térmicas de Furnas era recente, antonio Müller foi a segunda pessoa contratada para trabalhar no setor.

logo depois, o governo tomou a decisão de construir uma usina nu-clear, entregando a responsabilidade deste projeto a Furnas. Chamado para trabalhar neste empreendimen-to histórico, o engenheiro participou da preparação do edital à análise das propostas e implantação do projeto.

Graças a esta missão, foi envia-do para o escritório de Furnas em nova York (eUa), como gerente

responsável pela parte de projeto e suprimentos que seriam fornecidos por indústrias estrangeiras, uma vez que o país estava dando os primeiros passos no setor nuclear.

ele ficou no escritório norte--americano de Furnas por dois anos e meio, vindo sempre ao Brasil para acompanhar a implantação da usina. Como superintendente do empre-endimento angra 1, 2 e 3, foi res-ponsável pelas áreas de engenharia, garantia da qualidade, construção, montagem e comissionamento do empreendimento, entre 1966 a 1980. angra 1 começou a operar em 1985, e a segunda, iniciada em 1981, foi inaugurada em 2001, estando previs-ta para 2015 a usina angra 3.

Desafios e sustos“trabalhar na construção da usi-

na foi um grande desafio, porque não havia acesso por terra até o canteiro de obras. O único meio de se chegar até a região era de avião monomotor, que pousava em uma pista de terra e de lá ia para o hotel do Frade, onde ficava hospedado”, lembra o enge-nheiro. “para se ter ideia da falta de infraestrutura, a energia do hotel vinha de um motor de volkswagen ligado a um gerador. para ir para a obra, até a lancha era um meio de transporte mais confiável”, diz Mül-ler, contando que às vezes, quando o mar estava muito bravo, não dava para voltar para o hotel e ele dor-mia no escritório da usina mesmo. “lembro que na época eu avisava à minha esposa que não sabia se vol-tava quarta, quinta ou sexta, pois dependia das condições do acesso. era uma aventura”, diz sorrindo. “an-gra foi um projeto marcante porque eu tinha menos de 30 anos, com um volume grande de recursos (cinco bilhões de dólares) para gerenciar. Mas graças a Deus, me saí muito bem, pois contei com uma excelente equipe”, completa.

Müller lembra ainda da visita que fez, nesta época, a uma usina no irã, que estava sendo construída pelo mesmo grupo alemão respon-sável pela usina de angra, no Bra-

Nasceu em São Paulo, mas foi

criado no Rio de Janeiro desde

os 2 anos de idade.

Tem 70 anos.

Seu hobby é ler, beber um bom

vinho, e escutar uma boa música.

Gênero de música preferido, a

clássica.

Gosta muito de livros sobre vinho

e petróleo – O segredo da Santa

Vitória é interessantíssimo.

O melhor lugar para descansar?

Suíça, onde tem parentes. Mas

sempre que pode sobe a serra e

vai para sua casa em Teresópolis.

Dos últimos filmes que viu, gostou

de Meia-noite em Paris, de

Woody Allen.

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104 TN Petróleo 89

perfil profissional

sil. Durante o período que ele ficou lá, estava começando a revolução iraniana e acabou vendo a usina incendiada pelos revolucionários que se opunham ao regime do Xá reza pahlavi, que fugiu em 1979, quando o aiatolá ruhollah Khomeini assumiu o poder. “Foi um susto, mas no final tudo terminou bem. Conse-guimos sair depois de uma hora de negociação e passamos 24 horas no aeroporto. Fomos para teerã e, de-pois, para Frankfurt, na alemanha”, conta. Com a experiência consoli-dada neste setor, acabou tornando--se presidente da latin american Section of the american nuclear Society, de 1979 a 1981.

Vida no exteriorQuando foi trabalhar pela pri-

meira vez no exterior, por Furnas, antonio Müller passou pela difícil experiência de se separar da famí-lia, pois a esposa ficou no Brasil, com os filhos. “a comunicação na época não era tão fácil como nos dias atuais”, lembra o engenheiro, que aproveitou para fazer cursos de especialização de gerenciamento de empreendimentos, inclusive na área de projetos nucleares – o que o ajudou a atenuar a solidão.

na segunda vez, ainda por Fur-nas, a família toda foi junto e Müller ficou mais dois anos e meio em nova York. a adaptação foi bem tranqui-la – seus filhos tinham 5 e 3 anos, e com quatro meses já estavam falando fluentemente o inglês... sendo que o mais novo aprendeu espanhol com a vizinha argentina!

Quando decidiu que era hora de voltar para o Brasil, recebeu de duas empresas americanas convites para ficar. ele titubeou, mas a esposa ar-gumentou: “aqui, por melhor que você seja, vai ser sempre um estran-geiro.” ele acabou não aceitando nenhuma proposta e continuou a trabalhar em Furnas.

Engenharia da vidaem 1980, foi contratado pela

promon engenharia, empresa na qual trabalhou durante mais de 15

anos, primeiramente nas áreas de energia nuclear e elétrica, passando depois pelo setor industrial, res-ponsável por óleo e gás, siderurgia e mineração. De superintendente de Operações e Mercado passou a diretor da promon engenharia (1980 a 1987), quando deu início à sua trajetória no setor de óleo e gás e petroquímico.

na promon, t rabalhou em projetos importantes como a im-plantação do polo de Camaçari, na Bahia, primeiro complexo petro-químico brasileiro com início das operações em 1978, hoje abrigan-do quase uma centena de plantas industriais.

apesar do sucesso profissional, o inquieto engenheiro queria avançar mais na carreira e trabalhar com epC (engineering – engenharia, procurement – Suprimento & Cons-truction – Construção), o que a pro-mon ainda não fazia – em Camaçari a empresa respondia apenas pela parte de engenharia.

em 1987, acabou indo para a atual aBB Setal-lummus engenha-ria e Construção S/a. lá, ocupou o cargo de vice-presidente de De-senvolvimento de negócios, onde pôde enfim trabalhar com epC. Sua experiência nesse segmento e em óleo e gás fez com que a pro-mon o convidasse a retornar, para trabalhar na implantação do epC na empresa, como diretor de en-genharia e, depois, diretor execu-

tivo e sócio da promon tecnologia, onde ficou por mais por oito anos, até se aposentar, em 1999.

Negócio próprioDecidido a não parar, Müller ain-

da topou assumir a vice-presidência de estratégia e Desenvolvimento de negócios da inepar S/a indústria e Construções, onde ficou até 2002, ano em que criou a sua primeira empresa, a aeM Capital, que vem realizando investimentos no setor de óleo e gás (o primeiro deles, na Starfish).

ao ver as oportunidades de ne-gócio nesse segmento, ele e o filho Marcelo decidiram abrir a tridi-mensional engenharia, visando o nicho de obras médias de r$ 100 milhões até r$ 200 milhões, que es-tava nas mãos de poucas empresas. O primeiro projeto foi a cogeração a vapor da refinaria Gabriel passos (regap), em Betim (MG). “é uma das mais bonitas obras de cogera-ção do país”, diz, orgulhoso. hoje, a tridimensional está fazendo um CDa (Centro de Defesa ambien-tal) na refinaria Duque de Caxias (reduc), e acaba de ganhar um trabalho na refinaria de Capuava (recap). “Queremos fazer epC com tecnologia”, destaca.

em 2011, antonio Müller en-trou como sócio da Deepflex, em-presa de tubos flexíveis sediada em houston (eUa). hoje, é o se-gundo maior acionista do negó-cio que deve se expandir com a construção de mais uma fábrica na região do Golfo do México e outra no Brasil.

Diante de tantas atividades, muitos perguntam como ele con-segue tempo para tudo. antonio Müller explica que sempre tem uma equipe de profissionais tra-balhando junto com ele, então, dá para conciliar tudo, sem proble-mas. “Sozinho, você vai mais rápi-do. Com uma boa equipe você vai mais longe”, conclui, afirmando que mesmo com toda a experiência adquirida, ainda tem muita coisa a fazer na carreira.

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Ano 4 • nº 27 • maio de 2013 • www.tnsustentavel.com.br

A ENTREVISTA DESSA EDIçãO do caderno me inspirou a pensar sobre a importância da divulga-ção das coisas num mundo hiperinflacionado em informação e sobre o nosso papel de mídia num segmento que infelizmente ainda caminha de lado no Brasil.

O volume de informação a que somos submetidos é imensamente superior ao que podemos absorver e processar. Por isso o nosso trabalho aumenta em responsabilidade e o desafio de selecionar o que realmente importa e merece destaque é imenso.

O nosso entrevistado Luiz Fernando Rodrigues nos diz que as leis de incentivo são um excelente benefi-cio para as empresas, mas que elas não ainda não têm conhecimento disso.

Segundo ele, os incentivos fiscais são utilizados como instrumentos de políticas de desenvolvimento, e existentes no mundo todo, os incentivos fiscais represen-tam um grande potencial em benefícios para a sociedade. Mas, no Brasil o uso deste recurso ainda esbarra na falta de profissionalização de proponentes, elevado grau buro-crático e baixa divulgação por parte dos governos.

Em outras vias, fomos buscar também quem anda fazendo a diferença entre as micro e pequenas empre-

sas que formam grande parte da nossa cadeia produti-va. Encontramos o MPE Brasil, Prêmio de Competitivi-dade para Micro e Pequenas Empresas que reconhece aquelas que mais se destacaram em 2012 por suas práticas de Responsabilidade Social. A CTC Ambiental foi premiada na etapa Nacional. A premiação homena-geou os empresários e líderes das MPEs brasileiras que possuem as melhores práticas organizacionais e capacidade empreendedora. O nosso filtro também funcionou para trazermos o fundador da ONG R20, o ator Arnold Schwarzenegger que firmou parcerias com instituições brasileiras e estrangeiras no Rio de Janeiro. Criada em 2010, com o apoio da ONU, a R20 ajuda es-tados, províncias, regiões e governos de todo o mundo a desenvolver, aplicar e divulgar, como nós, projetos voltados para a economia sustentável.

Assim, caros leitores, essa é apenas uma amostra do que consideramos relevante para sua informação nessa edição. Esperamos que o nosso filtro tenha sido útil.

Boa leitura e até a próxima!

Lia MedeirosDiretora do Núcleo de Sustentabilidade da TN Petróleo

Sumário

108 112 116Premiação MPE BrasilInstituto Ethos Artigo: Maria Alice Doria

Compromisso com a gestão sustentável de resíduos sólidos

O desafio de licenciar os blocos da Margem Equatorial brasileira

Responsabilidade Social merece prêmio

Divulgar é precisoEditorial

Eficiência Energética • Comercialização de Energia • Legislação Ambiental • Reciclagem

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Entrevista especial com Luiz Fernando Rodrigues, consultor sobre Incentivos Fiscais e Responsabilidade Social

Utilizados como instrumentos de políticas de desenvolvimento, e existentes no mundo todo, os incentivos fiscais representam grande potencial em benefícios para a sociedade. Mas, no Brasil, o uso deste recurso ainda esbarra na falta de profissionalização de proponentes, elevado grau burocrático e baixa divulgação por parte dos governos.

um potencial a ser exploradoIncentivos fiscais:

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suplemento especial

por Karolyna Gomes

A despeito das grandes cifras – so-mente a Lei Rouanet movimentou algo em torno de R$ 1,2 bilhão,

em 2012, segundo dados do Ministério da Cultura –, as empresas e pessoas físicas pouco utilizam a maioria dos incentivos fiscais disponíveis. “Para mudar esta realidade, é necessário gerir de forma eficiente esta ferramenta, que estimula programas, projetos e ações”, destaca o consultor Luiz Fernando Rodrigues, em entrevista exclusiva à TN Petróleo.

TN Petróleo – quais os benefícios que os incentivos fiscais podem trazer tanto para empresas como para sociedade?

Luiz Fernando Rodrigues – O incen-tivo fiscal é uma relação entre o fisco e contribuinte, mais a renúncia fiscal de determinado tributo. Como todos os in-centivos estimulam programas, projetos e ações de segmentos estratégicos as-sociados a políticas públicas específicas, os benefícios são para toda a sociedade. Para as empresas, os benefícios em geral são atraentes, dentre os quais destaco os seguintes: fiscal e finan-ceiro, imagem corporativa, exposição positiva da marca, endomarketing, apoio a projetos voltados para a responsabili-dade social e sustentabilidade, relações governamentais e comunitárias. Cabe destacar que pessoas físicas também podem usufruir de alguns incentivos que

permitem abatimento na Declaração do Imposto de Renda.

Os incentivos funcionam da mesma forma para todos os tipos de empresa?

As regras variam de acordo com o porte e da sua escolha pelo regime fiscal, independentemente do setor. No caso do Imposto de Renda, somente as empresas optantes pelo regime de Lucro Real (anual ou trimestral) podem optar pelos incentivos fiscais. As empresas optantes pelo Simples não podem go-

zar de nenhum dos incentivos fiscais (federal, estaduais ou municipais), sal-vo as microempresas e empresas de pequeno porte que podem usufruir da “Lei do Bem”. No ICMS e ISS, todas as demais têm o direito, desde que tenham imposto a pagar e estejam em dia com suas obrigações.

E para empresas nacionais e internacio-nais, as regras são as mesmas?

As empresas do setor de petróleo e gás dispõem de muitas oportunidades interessantes de usar as leis de incentivo em suas cidades-sedes e regiões pro-dutoras, envolvendo as Leis de Incentivo do ISS (prestadoras de serviço) e do Imposto de Renda.

Ainda hoje existe uma baixa utiliza-ção dessas leis. quais os principais motivos?

Existem diversos motivos com destaque para: 1) a burocracia que envolve a concessão dos incentivos; 2) o desconhecimento das Leis e seus potenciais usos; 3) a diversidade de Leis, percentuais, bases de cálculo e efeitos contábeis e fiscais; 4) a falta de gestão dos incentivos fiscais po-tenciais; e 5) o receio de “chamar a atenção” da fiscalização.

Como reverter esse quadro?

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Os proponentes deveriam se profis-sionalizar cada vez mais para elaborar, captar recursos e prestar contas dos projetos incentivados. Os governos de-veriam simplificar as Leis de Incentivo, promover uma maior divulgação e facilitar a que todas as empresas pudessem ter acesso independentemente de seu regime tributário. As empresas deveriam “valori-zar” e conhecer bem mais a fundo todo o potencial que as leis oferecem de retorno para seu negócio e para a sociedade.

Pode-se dizer que o Brasil tem um bom pacote de incentivos?

Como a legislação tributária brasi-leira é muito complexa e com a diver-sidade de incentivos fiscais existentes nos âmbitos federal (Imposto de Ren-da), estadual (ICMS) e municipal (ISS e IPTU), cada um tem uma legislação e processo burocrático específico. No entanto, o mesmo projeto capta recur-sos de algumas leis nos três âmbitos, de forma simultânea, como na Cultura e no Audiovisual. O pacote não é ruim, mas acaba criando dificuldades e limi-tações, que comprometem sua eficácia. Temos incentivos para segmentos como da Cultura, Audiovisual, Esporte, Social, Saúde e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, sendo os do Imposto de Renda, seguido do ICMS, os que movimentam os maiores volu-mes de recursos. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe um processo mais simples de incentivo fiscal que permite a isenção direta do imposto de renda devido ao Tesouro Americano de até 10% da renda tributável antes da dedução da doação para ações sociais, inclusive, para fora do país através da chamada “Lei da Caridade” – Sessão 501 (c) (3). As empresas brasileiras com filiais nos Estados Unidos também podem gozar desse benefício financiando projetos so-ciais no Brasil via uma ONG americana.

Temos uma cifra aproximada de quan-to essas ferramentas movimentam na economia brasileira? Quanto deixa de ser movimentado?

Os valores são significativos. Por exemplo, no Imposto de Renda anual-mente os incentivos fiscais movimen-tam em torno de R$ 1,2 bilhão na Lei da Cultura conhecida como Lei Roua-net (Lei 8.313/91), de R$ 265 milhões na Lei do Audiovisual (Lei 8.685/93), de R$ 211 milhões na Lei do Esporte (Lei 11.472/06), e R$ 1,4 bilhão na Lei de Pesquisa/Inovação (Lei 11.196/05) conhecida como a Lei do Bem. Além dessas, temos outras movimentações expressivas como as doações para os Fundos do Idoso (Lei 12.213/10), para os Fundos Federal, Estaduais e Muni-cipais da Criança e dos Adolescentes (Lei 8.242/91), Lei da Oscips – Organi-zações da Sociedade Civil de Interesse Público e de entidades civis sem fins lucrativos com certificação de Utilidade Pública Federal (Lei 9.249/95), para o Programa Nacional de Apoio à Aten-ção Oncológica/Pronon (Lei 12.715/12), para o Programa Nacional à Atenção à Pessoa com Deficiência/Pronas/PCD (Lei 12.715/12), para Ensino e Pesquisa (Lei 9.249/95) e para o Programa Em-presa Cidadã/Lei da Maternidade (Lei 11.770/08). Em todos esses incentivos existem baixa captação em relação ao total da renúncia fiscal aprovada pelo governo federal anualmente. Existe um grande potencial de crescimento que pode ser dimensionado pelo seguinte: apenas 5% das 400 mil empresas que podem investir optam pela Lei Rouanet e 30% dos projetos aprovados captam recursos (Ministério da Cultura); 767 empresas foram habilitadas para usar a Lei do Bem diante de um potencial de sete mil empresas ( MCTI, 2012); apenas 2% das empresas que atuaram no social fizeram uso dos incentivos fiscais (Ipea). Existe também movi-mentação numa escala menor nos incentivos do ICMS e ISS/IPTU.

O que são os ‘novos incentivos fiscais’? Essas novas regras trazem mudanças positivas?

Hoje existem tramitando nos níveis federal, estadual e municipal várias

propostas de novas de Leis de Incen-tivo muito interessantes, envolvendo a saúde, educação, mudanças climáticas, meio ambiente e sustentabilidade, que podem e devem ser acompanhadas pe-las empresas. Dentre elas, destaco a da nova Lei de Cultura Procultura (PL 6.722/10) que deverá substituir a Lei Rouanet. Elas podem vir a somar com mais alternativas aos incentivos exis-tentes, como aconteceu com a saúde no ano passado, quando foram criados os seus primeiros incentivos.

O que precisaria acontecer para que as empresas se utilizassem mais dessas ferramentas?

Com base em minha longa experi-ência empresarial, acredito que a me-lhor forma seja buscar ter uma gestão eficiente dos incentivos fiscais. Para tanto, uma solução simples seria a em-presa criar um Comitê de Incentivos Fiscais, com representação de todos os departamentos e no qual cada um teria o seu papel definido; e haveria uma decisão conjunta na definição da estratégia, das políticas e das priorida-des envolvendo a seleção e destinação dos recursos incentivados. É muito importante que esse comitê tenha um coordenador focado no acompanhamen-to interno e externo das oportunidades mais eficazes. Algumas empresas já estão adotando este formato e obtendo excelentes resultados comprovando ser este um bom instrumento de gestão.

Como você avaliaria a evolução dos incentivos fiscais?

Acredito que de um modo geral todos os incentivos fiscais em vigor que foram implementados a partir da década de 1990 têm dado um resultado positivo para a so-ciedade, para as empresas e fortalecido as políticas públicas. No entanto, alguns aper-feiçoamentos e ajustes nas leis deveriam acontecer com mais frequência através de avaliações críticas e periódicas. Algumas leis poderiam ter apresentado melhores re-sultados e contribuições caso esta simples e eficaz iniciativa tivesse sido tomada.

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suplemento especial

Com as presenças de José Goldemberg (presidente do Conselho de Sustentabili-

dade da Fecomércio-Sp), Jorge abrahão (presidente do instituto ethos), Simão pedro Chiovetti, secretário municipal de Serviços; Bruno Covas, secretário estadual de Meio ambiente, e ney Maranhão, secretário de recursos hídricos e ambiente Urbano do Ministério do Meio ambiente, o instituto ethos e o grupo de trabalho sobre resíduos sólidos da entidade lançaram a Car-ta de Compromissos pela Gestão de resíduos Sólidos.

trata-se de um documento pioneiro para o tema, que busca adesão voluntária de empresas de todos os setores para o cumprimen-to de alguns compromissos e a de-manda de ações dos governos que visam agilizar a implementação da política nacional de resíduos Sóli-dos (pnrS) no âmbito corporativo e nos governos.

entre as ações voluntários que as empresas se comprometeram a pôr em prática na gestão dos seus negócios estão: dar destino am-bientalmente correto aos resíduos gerados nas próprias atividades; promover coleta seletiva em pro-jetos patrocinados pela empresa; e estimular pesquisas sobre ciclo de vida dos produtos.

entre as ações governamentais requeridas por essa Carta estão: harmonização das políticas muni-cipais, estaduais e federal; revisão do ambiente fiscal e tributário, para ampliar o mercado da reciclagem

e da logística reversa; criação de mecanismos eficientes de fiscali-zação e autuação, para garantir os acordos setoriais; investimentos para a abertura de mais aterros sanitários no país.

Já aderiram à iniciativa, entre outras, as seguintes empresas: as-sociação Brasileira de Celulose e papel (Bracelpa); associação Brasi-leira de empresas de limpeza pú-blica e resíduos especiais (abrel-pe); associação técnica Brasileira da indústria do vidro (abividro), Bombril, Cushman & Wakefield, ecoassist Serviços Sustentáveis ltda, estre ambiental, Federação de Comércio, Bens, Serviços e turismo do estado de São paulo (Fecomercio-Sp), Grupo promon, haztec tecnologia e planejamen-to ambiental S/a, Kimberly Clark Brasil, lexmark internacional do Brasil ltda, libra terminais S/a, Marfrig alimentos S/a, natura Cosméticos S/a, nextel telecomu-nicações, Suzano papel e Celulose, Unimed do Brasil e Walmart Brasil.

na abertura do evento, o pro-fessor José Goldemberg ressaltou

que a Fecomércio-Sp, uma das pri-meiras entidades a assinar a carta--compromisso, sempre foi atenta aos problemas dos resíduos sólidos. “O comércio sabe qual o seu papel para o sucesso da pnrS”, afirmou Goldemberg. “também já percebeu que lixo não existe mais; existem

resíduos que têm grande potencial lucrativo, mas as atividades ain-da precisam de apoio”, destaca e l e , c o m p l e -mentando que

o apoio, sobretudo de governos, não é necessariamente ou apenas financeiro, mas de capacitação, de ensinar o “como fazer”. Goldem-berg também reconheceu que ain-da existem segmentos resistentes à pnrS no próprio comércio, sob a alegação de que reciclar não dá dinheiro. “essas pessoas precisam saber que nada é pior do que não reciclar”, adverte o professor.

Segundo a abrelpe, a quantida-de de resíduos sólidos gerados no Brasil em 2011 totalizou 61,9 mi-

Compromisso com a gestão sustentável de resíduos sólidos

Ethos: Carta de Compromissos pela Gestão de Resíduos Sólidos

Em evento realizado dia 14 de maio, na Fecomércio-SP, mais de 60 empresas assumiram compromissos voluntários. Elas solicitam medidas governamentais que agilizem a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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lhões de toneladas, 1,8% a mais do que no ano anterior e duas vezes maior que o crescimento demográ-fico, que foi de 0,9%, de acordo com o instituto Brasileiro de Geografia e estatística (iBGe). Desse total, 55,5 milhões de toneladas foram coletadas, mas enviadas a locais inadequados, como lixões e aterros controlados, em vez de irem para a reciclagem. Desafios – esses números mostram o tamanho do desafio que as em-presas, os governos e a sociedade têm pela frente, até 2014.

por isso, durante o evento, re-presentantes da natura, da abivi-dro e da Cushman & Wakefield, três signatárias do documento, comen-taram como veem esses desafios.

para a diretora jurídica e de relações Governamentais da natura, Lucilene Prado, o tema dos resíduos sólidos é talvez dos mais complexos de toda a gestão sustentável, es-tando mesmo a sua gestão uma condição essen-cial para que outro modelo de economia, mais sustentável, pos-sa emergir. “a gestão dos resíduos altera as taxas de retorno dos in-vestimentos”, explicou ela. “Qual a nova curva necessária para um reequilíbrio rápido? Ou melhor, com qual nova ótica empresarial podemos estabelecer uma taxa de retorno que resolva a gestão dos resíduos? essa é a pergunta que precisa de resposta”, advertiu.

para o supe-rintendente da abividro, Lu-cien Belmon-te, a pnrS não vai avançar en-quanto os pro-jetos bem-suce-didos localmente não mostrarem

que podem ser replicados no nível nacional.

O diretor de engenharia e Sustentabilidade da Cushman & Wakefield, João Alves Pacheco, trouxe o caso concreto adotado pela empresa. Deno-minado edifício vivo, o programa estabelecido em 2009 faz a gestão de resíduos peri-gosos (pilhas, ba-terias, celulares) e de resíduos sólidos em 30 condo-mínios comerciais administrados pela corporação. em 2012, por meio desse programa, foram recolhidos 8,5 toneladas desses resíduos e 50 mil lâmpadas fluorescentes. Governos – Simão Pedro Chio-vetti, secretário municipal de Serviços, destacou o esforço que a prefeitura de São paulo está fa-zendo para cum-prir as metas da pnrS até 2014. lembrando que a coleta seletiva na cidade já foi instituída há 20 anos e que nun-ca houve um processo de conti-nuidade, o secretário afirmou que pretende torná-la uma atividade mais estruturada, com apoio às cooperativas de catadores.

Bruno Covas, secretário esta-dual do Meio ambiente, garantiu que São paulo vai erradicar os lixões até 2014 e que vai aumentar consideravelmen-te os indicadores de coleta seletiva e reciclagem, por meio de acordos com setores, como aqueles já firmados entre a Fecomér-cio e o governo do estado.

O representante do Ministério do Meio ambiente, Ney Maranhão,

salientou que a pnrS é uma lei que privilegia o diálogo e a inclu-são de brasileiros deserdados, os catadores. Sem minimizar o es-forço que precisa ser feito para se chegar às metas de 2014, Maranhão enfatizou os casos bem-sucedidos de reciclagem e de logística rever-sa. Citou especificamente o das embalagens de agrotóxicos, com 100% de devolução ao produtor e reaproveitamento. Articulação – no encerramento do evento, o presidente do instituto ethos, Jorge Abrahão, comentou a articulação que a entidade vem fazendo entre amplos setores da sociedade e com respeito a vários temas, para fazer avançar agen-das importantes para transformar as empresas e o país. “é res-peitando a so-ciedade civil e dialogando com os governos que as empresas podem ter um papel protagonista relevante na solução dos problemas que ainda afligem a nossa sociedade”, salientou ele.

“não temos o domínio sobre as empresas, mas tentamos influen-ciar suas agendas de negócios, mos-trando que aquelas que investem no longo prazo obtêm mais resulta-do”, observou abrahão, que também mencionou a experiência de cons-trução de compromissos voluntários empresariais que o ethos possui. “hoje, mostramos mais uma vez que a rara combinação de diálogo transparente com vontade política pode produzir iniciativas que fazem avançar tanto a agenda dos negócios e da sociedade rumo ao desenvol-vimento sustentável”, finaliza Jorge abrahão.

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O Conselho empresarial Brasileiro para o Desen-volvimento Sustentável

(CeBDS) divulgou em abril o ‘estudo sobre adaptação e vulnerabilidade à mudança climática: o caso do setor elé-trico brasileiro’. Desenvolvido pela entidade de maio de 2011 a abril de 2013, com o apoio da Way Carbon, a publicação representa um esforço do setor empresarial para aprofundar a compreensão do tema, dada a sensibilidade da energia hi-drelétrica à variação climática e sua elevada participação na matriz elétrica nacional.

“Os resultados do estudo mos-tram o impacto das mudanças climáticas no médio prazo no ce-

nário energé-tico nacional. a atual estraté-

gia de geração elétrica brasilei-ra dissociada de uma percepção mais precisa das

mudanças climáticas levará a um ambiente de ainda mais insegu-rança – energética, econômica e física”, afirma a presidente do Conselho, Marina Grossi.

Caso o país continue com a estratégia de priorização de usi-nas a fio d’água, as quais causam menos impacto ambiental, no

longo prazo o resultado poderá ser prejudicial, aponta a publica-ção. Como os eventos climáticos tendem a aumentar, a seguran-ça energética dessas usinas irá diminuir, e teremos que recorrer cada vez mais a outras fontes como as térmicas, mais caras e poluidoras.

O estudo foi elaborado a partir da análise de três usinas, com as seguintes caracterís-ticas: geração de energia em uma usina de até 30 MW de potência instalada a fio d’água; uma usina de potência insta-lada de até 100 MW; e uma usina de potência instalada de mais de 1.000 MW, sendo essas duas últimas com reservatório. Foram utilizados dados dos úl-timos 80 anos de vazão dos rios nos quais essas usinas estão

implantadas, sendo que as mes-mas estão na bacia do paraná e na bacia atlântico leste/Sudes-te, na região de maior con-centração de consumo elétrico nacional. na primeira usina, o estudo prevê um déficit de abril a novembro em 2050.

em geral, estudos que tratam de mudanças climáticas têm uma previsão de longo prazo. para permitir que os dados sejam aplicados às necessidades do planejamento corporativo, foram estudados cenários no médio prazo, em 2020 e 2050.

para 2020, foi analisado o impacto e a exposição de cada usina, bem como suas sen-sibilidades e as variações de produção. para 2050, a análise dessas variações de produção foi feita por meio de três cenários: cenário de mudança zero, que utilizou a condição de média histórica; cenário de mudança moderada e cenário de mudança extrema. Ficou clara a impor-tância da diversificação das fontes de energia para garantir a complementaridade da geração de energia hídrica. “a inclusão da preocupação climática na agenda de planejamento e de-finição estratégica de expansão do setor de energia brasileiro se mostrou indispensável”, afirma Marina Grossi.

Impacto das mudanças climáticas no setor elétrico

suplemento especial

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Uma empresa israelense desenvolveu um dispositivo que usa energia solar para

purificar água poluída ou água salgada. O destilador da empresa SunDWater, prestes a chegar ao mercado, converte água suja ou salgada em água potável, sem qualquer necessidade de infra-estrutura ou de fonte de energia externa. O dispositivo é ecológico, de baixo custo e manutenção e é dirigido às populações da África, américa do Sul e Ásia.

“perto de 97% da água do mundo é salgada ou poluída”, diz Shimmy zimels, CeO da Sun-Dwater, sediada em Jerusalém. “é por isso que cerca de 750 milhões de pessoas em 45 países têm ne-cessidade de perfurar poços caros,

comprar água engarrafada ou até mesmo usar água contaminada.”

O dispositivo foi inventado por Shimon Ben-Dor, amigo de infância de zimels, durante a seca que atingiu israel em 2009. a unidade protótipo, que opera em um parque perto do Mar Morto, já

produz 400 litros de água potável por dia. “O conceito buscou vários caminhos antes de Shimon decidir aquecer a água e evaporá-la, restituindo a estrutura molecular original, que é o que acontece quando chove e a água evapora”, diz zimels.

O Mpe Brasil / prêmio de Com-petitividade para Micro e pequenas empresas reco-

nheceu aquela que mais se desta-cou em 2012 por suas práticas de responsabilidade Social. a CtC ambiental foi premiada na etapa nacional. O prêmio Mpe Brasil é realizado pelo Serviço de apoio às Micro e pequenas empresas (Se-brae), Movimento Brasil Compe-titivo (MBC), Gerdau e Fundação nacional da Qualidade (FnQ).

Situada em Bauru (Sp), a CBC ambiental – que realiza atividades para diminuição do impacto am-biental e gestão do meio ambiente –, foi destaque em responsabili-dade Social pelas diversas ações que executa. além da preparação para certificações e o mapeamento de práticas e indicadores, de acor-do com as normas internacionais relacionadas à responsabilidade sociambiental, a CBC procura promover ações não apenas no ambiente interno, mas também no entorno. Um dos programas, o Olhar verde, promove ações am-

bientais e é apoiada pelo poder público, comunidade e empresa.

a premiação homenageou os em-presários e líderes das Mpes brasi-leiras que possuem as melhores prá-ticas organizacionais e capacidade empreendedora. para se candidatar ao prêmio, as empresas escolheram entre oito categorias (indústria, co-mércio, serviços, turismo, tecnologia da informação/ti, saúde, educação e agronegócio), além do Destaque de

Boas práticas de responsabilidade Social e Destaque de inovação.

O processo de premiação in-clui o preenchimento de um ques-tionário com base no Modelo de excelência da Gestão (MeG), dis-seminado pela FnQ e adaptado à realidade das Mpes, além de envio de documentos e visita de avalia-dores com o objetivo de conferir in loco as ações realizadas pela empresa candidata.

Responsabilidade Social merece prêmio

Dispositivo purifica água com energia solar

suplemento especial

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A BrF, via instituto BrF, e o Cedaps, em nome do grupo de trabalho do reciclação,

lançaram no Morro dos prazeres, em Santa teresa, no rio de Janeiro, o projeto reciclação, uma iniciativa com foco na reciclagem de resíduos, em especial embalagens longa vida, garrafas pet e latas de alumínio. todo o programa será bancado pela instituição pelo período de um ano.

O objetivo é contribuir com a er-radicação dos riscos socioambientais na comunidade, promovendo a cole-ta seletiva, reciclagem, mobilização comunitária e educação. O material entregue na estação de Coleta, loca-lizada na parte baixa da comunidade para facilitar o seu recolhimento, será comprado pelas empresas reciclado-ras parceiras do projeto.

a receita gerada com a venda do material será inteiramente destina-da para a manutenção do projeto, e também para melhorar a infraestru-

tura da comunidade, com a criação de praças e ações de educação am-biental. “Mais do que um projeto de coleta seletiva, o reciclação é um programa de apoio ao desen-volvimento local, com os agentes comunitários bolsistas sendo res-ponsáveis pela estação de coleta e implantando atividades no dia a dia”, afirmou luciana lanzoni, diretora executiva do instituto BrF.

O instituto BrF quer estimular, além da comunidade, o comércio e pousadas da região para criar um ciclo virtuoso de sustentabilidade. Segundo a organização, a meta é recolher seis toneladas por mês. além das melhorias para a comu-nidade, o programa irá servir como fator transformador para o local, que terá uma autonomia sobre os seus recursos.

Seguindo a tendência mundial, a prefeitura do rio de Janei-ro entregou os 16 primeiros

apartamentos dos edifícios “verdes” do programa Morar Carioca verde, construídos nos morros da Babilô-nia e Chapéu Mangueira, ambos no bairro do leme. executado com base no conceito de construções sustentáveis, o projeto tem uni-dades habitacionais com medidas ambientalmente corretas como o reaproveitamento da água da chuva, aquecimento solar para os chuveiros e sensores de presença nas áreas comuns para economia de energia.

O empreendimento é um desdo-bramento do programa Morar Cario-ca, de reurbanização de comunidades, iniciado pela prefeitura do rio, em 2010. Os moradores dos novos apar-tamentos, que viviam em áreas de risco, terão ainda janelas com vene-zianas, que permitem maior ventila-ção e iluminação, e paredes vedadas

externamente com placas de cimento, deixando o interior menos quente.

De acordo com o secretário mu-nicipal de habitação, pierre Batis-ta, essa é a primeira intervenção do Morar Carioca com tal conceito. O projeto piloto pode ser levado a ou-

tras comunidades. na Babilônia e no Chapéu Mangueira serão ao todo 117 novos apartamentos, que devem ficar prontos até meados de 2014.

O mesmo conceito de sustenta-bilidade foi usado em outras obras nas duas comunidades citadas, com investimentos totais de r$ 52,4 mi-lhões. na praça que ganhou o nome de Centro Cívico há um deque fei-to com garrafas pet recicladas. Já a ladeira ary Barroso, que dá acesso às comunidades, está sendo pavimentada com asfalto de borracha (misturado a pneus usados e tritura-dos). além disso, a Área de proteção ambiental (apa), de onde parte dos moradores em situação de risco está sendo retirada, será reflorestada. O “prédio verde” foi a primeira cons-trução habitacional pública do país a receber o selo azul da Caixa, o mais alto reconhecimento de qualidade dado pela instituição, entregue du-rante a rio+20.

Comunidades ganham prédio “verde”

Reciclagem em comunidade do Rio de Janeiro

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Uma série de memorandos de entendimento com parceiros nacionais e

internacionais para promover projetos e iniciativas de eco-nomia sustentável no Brasi foi assinada pelo ex-governador e fundador da Organização não Governamental r20, arnold Schwarzenegger. Criada em 2010, com o apoio da OnU, a r20 ajuda estados, províncias, regiões e governos de todo o mundo a desenvolver, aplicar e divulgar projetos voltados para a economia sustentável.

Durante a cerimônia, rea-lizada no rio de Janeiro, dia 25 de abril, foram assinados memorandos de entendimentos (MOUs) com a Fundação Dom Cabral (FDC), eletrobras, USC Schwarzenegger institute for State and Global policy, Sus-tainable energy for all (Sefa/OnU), Grupo prisa, Bank of tokyo e os municípios de para-gominas, Santarém (no pará), e São Carlos e Santa Bárbara do Oeste, em São paulo.

“a sustentabilidade é hoje um tema transversal aos programas da Fundação Dom Cabral, por sua importância estratégica para empresas, governos e socieda-de, portanto este memorando de entendimento, assinado com o r20, reforça nosso intuito em contribuir efetivamente para a alavancagem da economia sustentável, oferecendo para isso o que temos de melhor – o conhecimento gerado pela nossa escola”, destaca Wagner Furta-do Veloso, presidente executivo da FDC (na foto, com o ator).

Memorando com a Fundação Dom Cabral, USC Schwarzene-gger Institute (USCSI) e Sus-tainable Energy for All (Sefa/ONU) – Desenvolvimento de programas de educação execu-tiva, metodologias, seminários, construção de cases e criação de grupos de discussão para sen-sibilizar tomadores de decisão em governos, empresas, univer-sidades e organizações sem fins lucrativos sobre os custos e bene-fícios do uso de energia susten-tável e sobre as formas com que a energia sustentável pode estar disponível para mais pessoas e comunidades em todo o mundo.

Memorando com Eletrobras – estabelece parcerias e troca de experiências entre a eletrobras e o r20 para desenvolver projetos de eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia em três áreas: ampliação de projeto piloto de smart grid desenvolvido

em parintins (aM), elaboração de projetos de uso de tecnologia leD na iluminação pública de cidades brasileiras, e prospecção de projetos de geração de ener-gia a partir de biogás no Brasil e na américa do Sul.

Memorando com Grupo Prisa – Grupo prisa e r20 unem esfor-ços para ampliar a divulgação dos projetos de desenvolvimen-to econômico com baixa emis-são de carbono apoiados pelo r20 e os impactos positivos des-ses esforços. O objetivo é que o r20 forneça sugestões de pauta para o prisa, que se tornaria seu ‘parceiro internacional de mí-dia’, colaborando na divulgação de eventos e fornecendo suges-tões para eventuais oportunida-des de comunicar a mensagem e o trabalho realizados pelo r20. Será desenvolvido um plano de mídia para valorizar esta parceria.

Economia sustentávelsuplemento especial

Fundador da ONG R20, o ator Arnold Schwarzenegger firma parcerias com instituições brasileiras e estrangeiras no Rio de Janeiro.

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A Sunedison, empresa global de energia solar e subsidiária da MeMC electronic Ma-

terials, inc., assinou acordo com a petrobras para construir uma usina fotovoltaica em alto do rodrigues (rn). O projeto, que terá capacida-de instalada de 1,1 MW, já é consi-derado um dos maiores do Brasil, e terá sua energia destinada ao Sis-tema interligado nacional (Sin).

a planta será construída em ter-reno adjacente à Usina termelétrica Jesus Soares pereira que pertence à termoaçu S/a, cujo acionista majo-ritário é a petrobras. a expectativa é de que esta usina gere 1,65 GWh por ano, evitando a emissão de 380 toneladas de carbono (base: geração a gás natural).

a construção da usina faz parte de uma iniciativa liderada pela pe-trobras dentro do programa de pes-quisa e Desenvolvimento da agência

nacional de energia elétrica (ane-el). esse projeto compreende ainda a construção de uma plataforma experimental (usina modelo), com capacidade para gerar 10 kW, no la-boratório de eletrônica de potência e energias renováveis do Departa-mento de engenharia elétrica da Universidade Federal do rio Gran-de do norte e conta com a parceria do Centro de tecnologias do Gás e energias renováveis (CtGaS-er), localizado em natal (rn).

a perspectiva é a expansão da rede de labora-tórios para teste e certificação de equipamentos, a melhoria de dados públicos sobre geração de energia solar fotovoltaica, bem como a formação de profissionais de níveis técnico e superior, dedi-cados a esta área. “estamos con-tentes em colaborar com a petrobras nesse ambicioso projeto de p&D da aneel, cujo objetivo é facilitar o de-senvolvimento da energia solar e o crescimento da indústria fotovoltai-ca no país. esse acordo demonstra nosso compromisso com o mercado brasileiro. estamos ansiosos para expandir nosso relacionamento com a estatal e ajudar a diversificar a matriz energética do Brasil”, afirmou o gerente geral da Sunedison para a américa latina e norte da Ásia, Pancho Pérez.

Usinas fotovoltaicas

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Alta qualidade para suprir a demanda de diversos segmentos.Há mais de 60 anos, a Moreno colabora com o progresso do Brasil e do mundo.

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suplemento especial

O desafio de licenciar os blocosda Margem Equatorial brasileira

Considerada uma das áreas de maior destaque na atual Rodada da ANP (11ª Rodada, realizada nos dias 14 e 15 de maio de 2013), a Margem Equatorial brasileira é composta pelas bacias da Foz do Amazonas, Potiguar, Barreirinhas, Pará-Maranhão e Ceará, todas classificadas como novas fronteiras exploratórias.

As grandes expectativas em torno da região são motivadas pelas recentes descobertas de óleo leve na margem equatorial afri-cana – como o Campo de Jubilee, localizado na costa de Gana,

e com reserva estimada entre 500 e 600 milhões de barris de petróleo –, a qual é considerada análoga à margem equatorial brasileira, em razão de possuir as mesmas características geológicas.

reforçam as expectativas a descoberta de um importante reser-vatório de óleo no Campo de zaedyus, situado na Guiana Francesa, apenas a 50 km do limite da bacia da Foz do amazonas. por outro lado, numerosos indícios de petróleo verificados em poços perfurados nas bacias do Ceará, pará-Maranhão e potiguar tornam ainda mais evidente o alto potencial petrolífero da região.

todavia, se de um lado a Margem equatorial brasileira cons-titui uma das áreas mais promissoras da 11ª rodada, de outro, tal região representa um dos maiores desafios para as empresas que arremataram os blocos localizados nas bacias que a integram. e isso em função de fatores diversos, desde o escasso conheci-mento acerca das características geológicas, hidrodinâmicas e ambientais-submarinas da região; à presença de áreas de alta sensibilidade ambiental; além do elevado grau de complexidade do licenciamento ambiental dessas áreas.

para as rodadas, a anp disponibiliza as denominadas Diretri-zes ambientais que são fruto de um trabalho conjunto empreendido na esfera federal (por meio do Grupo de trabalho interinstitucional de atividades de exploração e produção de Óleo e Gás/GtpeG). composto por representantes do ibama (instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos recursos naturais renováveis), Ministério do Meio ambiente e do instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiver-sidade (iCMBio), e pelos órgãos ambientais estaduais competentes, para possibilitar ao futuro concessionário uma avaliação, ainda que preliminar, da variável ambiental em seus estudos de viabilidade téc-nica e econômica referentes aos projetos de e&p, a serem desenvolvi-dos nas bacias oferecidas em licitação.

entretanto, é importante ressaltar que, em que pese o estabeleci-mento de Diretrizes ambientais acerca das áreas ofertadas, tal fato não garante a viabilidade do empreendimento, tampouco desobriga o empreendedor da realização do respectivo licenciamento ambiental.

a limitação de conhecimento acerca da Margem equatorial Brasileira, bem como o elevado grau de sensibilidade ambiental

Maria Alice Doria é sócia do Doria, Jacobina e Gondinho Advogados.

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1 Como exemplos, pode-se destacar a exclu-são do Bloco CE-M-607 da bacia do Ceará, em razão deste estar sobreposto a monte submarino, sendo vedadas perfurações em profundidades inferiores a 500 m, e também o recorte do Bloco POT-M-473 da Bacia de Potiguar na linha batimétrica de 50 m.

verificado nessa área, aliados à complexidade dos procedimentos administrativos junto aos órgãos ambientais contribui para o sur-gimento de incertezas relaciona-das ao licenciamento ambiental de empreendimentos na região. Com efeito, apesar de a anp ter acatado in totum as recomenda-ções dos órgãos ambientais con-tidas nas diretrizes, no sentido de exclusão ou adequação de de-terminados blocos,1 ainda assim, grande parte das áreas ofertadas na presente rodada caracteriza--se pelo elevado grau de sensi-bilidade ambiental, localizando--se, em alguns casos, em áreas consideradas prioritárias para a conservação da biodiversidade, e de alta importância turística e pesqueira.

em que pesem os esfor-ços normativos voltados para a simplificação e agilidade do licenciamento ambiental – tais como, a promulgação da portaria interministerial MMa/MC/MS n. 419, de 26/10/2011, a qual ins-titucionalizou o procedimento de atuação dos órgãos e entidades integrantes da administração pública incumbidos da elabo-ração de parecer em processos de licenciamento ambiental de competência federal; bem como a edição da portaria MMa n. 422 de 26/10/2011, que instituiu nova sistemática para o licenciamento das atividades de e&p, visando ao incremento da celeridade em tais procedimentos –, fato é que, ainda assim, o licenciamento ambiental de empreendimen-tos localizados nas bacias da Margem equatorial Brasileira

possuirá elevado grau de com-plexidade, exigindo a adoção de medidas e a alocação de recur-sos, por parte dos investidores, que sejam proporcionais ao nível de sensibilidade ambiental verifi-cado na região.

À luz do exposto, entende--se que o potencial petrolífero altamente promissor da Margem equatorial Brasileira é direta-mente proporcional ao nível de complexidade do licenciamento ambiental de atividades de e&p de petróleo e gás na região, em razão de fatores diversos, conforme acima exposto. nes-se contexto, é importante que os investidores estejam atentos às peculiaridades relativas às bacias de novas fronteiras, man-tendo um constante diálogo com instituições e órgãos públicos, de forma a garantir a celeridade e

previsibilidade do licenciamento ambiental, bem como reduzir a possibilidade de judicializa-ção de questões relacionadas à matéria.

Bacia da Foz do Amazonas

Bacia de Barreirinhas

Bacia Pará-Maranhão

Bacia Potiguar

Bacia do Ceará

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a CâMara De COMérCiO ameri-cana do rio de Janeiro (amcham rio) empossou em abril a nova diretoria da instituição e seu novo presidente, roberto ramos, diretor-presidente da Odebrecht Óleo e Gás. O evento foi realizado no Museu de arte Moder-na (MaM). O engenheiro substitui henrique rzezinski.

Durante a cerimônia de posse, ramos enfatizou que sua gestão irá priorizar seis bandeiras de negócios estratégicas para o estado fluminen-se: energia, entretenimento, logística e infraestrutura, sustentabilidade, turismo e seguros. Os temas demons-tram o alinhamento entre o momento do rio e a fase atual da Câmara. “a recuperação do rio, fundamentada no combate à violência urbana, na correta aplicação dos fundos federais e das receitas dos royalties, além da articulação institucional para atrair investimentos para o estado e para a cidade mudaram radicalmente o panorama estadual e municipal, com imediata repercussão sobre a amcham rio. hoje, desfrutamos de sólida situação econômico-financei-ra. Sem dúvida, um grande crédito às últimas administrações da amcham rio”, ressaltou roberto ramos.

entre as autoridades presentes ao evento estavam o ministro da Se-cretaria de aviação Civil, Wellington Moreira Franco; o embaixador e di-retor do Departamento dos estados Unidos, Canadá e assuntos intera-mericanos, Carlos henrique Moojen de abreu e Silva; o cônsul-geral dos eUa no rio de Janeiro, John Crea-mer; o secretário de estado de De-senvolvimento econômico, energia, indústria e Serviços, Júlio Bueno; e o diretor-executivo da rio de negócios, Marcelo haddad.

De acordo com haddad, a amcham rio foi a primeira insti-tuição local a ser pensada como parceria, aproximação esta sempre bem-sucedida. ele afirma que a presença de empresas americanas no rio é essencial para alavancar

a economia da cidade e do estado. “São evidentes os sinais de reto-mada da economia e as empresas

americanas são fundamentais para esse desenvolvimento”, defendeu.

para Júlio Bueno, a amcham rio tem sido uma parceira importante para o governo do rio de Janeiro. “Conseguimos realizar diversas mis-sões capitaneadas pela Câmara e nos unimos em lutas que temos em comum, como a questão da abertura do mercado de resseguros”, disse.

O embaixador Carlos henrique Moojen de abreu e Silva destacou que a amcham rio é uma das enti-dades mais tradicionais do país. “a Câmara mantém forte compromisso com o processo de desenvolvimento do Brasil. a expectativa sobre o man-dato que está por vir é extremamente positiva. esperamos que a amcham rio continue estreitando as relações entre o Brasil e os eUa.”

O ministro Moreira Franco res-saltou a importância das empresas para o bom desempenho econômico do país. “para que o sistema fun-cione, precisamos de companhias robustas, que garantam o desen-volvimento da economia.”

O ex-presidente henrique rzezinski se despediu do cargo olhando para o futuro: “Muito já foi feito e com grande esforço con-seguimos superar as dificuldades e chegar até aqui, com as finanças sanadas e apresentando muitas novidades, sobretudo na área digi-tal. ramos terá meu total apoio na condução da Câmara nos próximos dois anos e tenho certeza absoluta de que, com a sua competência e o seu carisma, ele irá liderar a preparação da amcham rio para a celebração do seu centenário em 2016 como um marco inesquecível em nossa história.”

na ocasião, houve o lançamento do amcham rio Digital, projeto que engloba novo portal, mais interativo e dinâmico, uma rede corporativa de networking exclusiva para os asso-ciados, estimulando a troca de infor-mações e negócios, e um aplicativo para mobile.

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Novo presidente toma posse na Amcham Rio

Composição da nova diretoria

COMITê EXECUTIVO: Presidente – Roberto Prisco Paraíso Ramos, diretor--presidente da Odebrecht óleo & Gás; 1º vice-presidente – Fabio Lins de Castro, Prudential do Brasil; 2º vice-presidente – Rafael Sampaio da Motta, Grupo Case Benefícios e Seguros; 3º vice-presidente – Antonio Carlos da Silva Dias, IBM Brasil; Diretor financeiro – André Luís Castello Branco, PwC; Conselheiro jurí-dico – Julian Chediak, Chediak Advoga-dos; Diretor secretário – Steven Bipes, Albright Stonebridge Group

DIRETORES 2013/14: André Luís Cas-tello Branco, PwC; Antonio Carlos da Silva Dias, IBM Brasil; Carlos Henrique Moreira, Embratel; Cássio Zandoná, Amil; Guillermo quintero, BP Energy do Brasil; João Geraldo Ferreira, GE óleo e Gás; Luiz Carlos Costamilan, Firjan;Marco André Coelho de Almeida, KPMG; Maurício Felgueiras, MXM Sis-temas; Mauro Moreira, Ernst & Young; Osmond Coelho Junior, Petrobras; Patrícia Pradal, Chevron Brasil Petróleo; Rafael Sampaio da Motta, Grupo Case Benefícios e Seguros; Raïssa Lumack, Coca-Cola Brasil; Roberto Castello Branco, Vale; Roberto Prisco Paraíso Ramos, Odebrecht óleo & Gás; Steven Bipes, Albright Stonebridge Group

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apÓS FirMar a aQUiSiçãO da divisão de geociências da Fu-gro em janeiro deste ano, a CGG anunciou seu novo vice-presiden-te e diretor para a américa lati-na, Luiz Braga. Com a transação, a CGG se firma ainda mais como grupo líder na área de geociên-cias no mundo.

ativo na indústria do petróleo há mais de três décadas, luiz Bra-ga é formado em Geofísica pela

O re g on S t a t e University, dos estados Unidos. trabalhou como pesquisador no Observatório na-cional e ocupou várias posições técnicas e geren-

ciais na petrobras, CGG e Fugro. é membro fundador da Sociedade Brasileira de Geofísica (SBGf) e tem

experiência internacional em ges-tão técnica e atividades comerciais em geociência integrada.

Sediado no rio de Janeiro, luiz Braga vai substituir patrick postal como diretor da CGG para o mercado brasileiro e gerente da conta da CGG para a petrobras. Depois de quatro anos no Brasil, patrick postal vai assumir novas responsabilidades na CGG da França.

ALFREDO HUALLEM, membro do Conselho e do Comitê de estratégia da Gerdau, foi empossado como novo presidente da associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mine-ração (aBM). O executivo substitui nelson Guedes de alcântara, pro-fessor doutor da UFSCar, que passa a exercer o cargo de presidente do Conselho da associação.

Sócio da aBM desde 2004, tendo exercido o cargo de diretor em duas gestões anteriores e vice-presidente da gestão que encerrou o mandato, hual-lem ressaltou que o conhecimento está no Dna da associação, que nasceu há 69 anos para dar sustentação técnica ao processo de industrialização do Brasil e difundindo tecnologia. “apro-fundar o conteúdo técnico e diversi-ficar sua apresentação por meio de novos formatos, abrir novos canais de participação, fortalecer o intercâmbio com parceiros nacionais e interna-cionais são ações que se apresentam para que a associação responda às necessidades criadas pela economia do conhecimento e continue a dar suporte aos técnicos e às empresas do setor”, afirmou alfredo.

para ele, a aBM tem papel funda-mental na geração e divulgação da cultura técnica para os segmentos de metalurgia, materiais e mineração, além de ser um importante elo entre academia e indústria, na busca da inovação, melhoria da produtividade e formação profissional.

além de alfredo huallem, albano Chagas vieira, diretor-superintenden-

te da votorantim Siderurgia, assumiu como vice-presidente e hideyuki ha-riki, assessor da vice-presidência de negócios da Usiminas, como diretor de patrimônio. O engenheiro hora-cídio leal Barbosa Filho foi recondu-zido ao cargo de diretor-executivo. Os novos membros da diretoria e do conselho vão dirigir a aBM pelos próximos dois anos.

CGG nomeia novo diretor para a América Latina

Executivo da Gerdau assume presidência da ABM

PEDRO DITTRICH, sócio res-ponsável pela área de Petróleo e Gás de TozziniFreire, assume a coordenação da Comissão de Gás Natural do Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia (IBDE). O sócio foi um dos coorde-nadores do grupo técnico que ela-

borou, na Casa Civil da Presidên-cia da República, os projetos de lei do pré-sal e o contrato de cessão onerosa. Durante sete anos atuou no governo federal, onde passou até pelo Ministério de Minas e Energia. Dittrich ainda participou de conselhos de empresas do

setor elétrico e da elaboração e regulamentação da Lei do Gás e de outras leis do setor de energia e de biocombus-tíveis.

Novo coordenador no IBDE

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a aSSOCiaçãO BraSileira de Companhias de energia elétrica (aBCe) elegeu Carlos Ribeiro (à direita na foto) – gerente de operação da Companhia de transmissão de energia elétrica paulista (Cteep) – como presidente da associação, e Alexei Macorin Vivan (à esquerda na foto) como diretor-presidente.

Carlos é engenheiro eletricista e mestre em sistemas de potência pela Universidade Federal de engenha-ria de itajubá, atuou na Companhia energética de São paulo (Cesp) no gerenciamento dos departamentos de Operação e telecomunicações e na direção adjunta de Geração e transmissão. Foi diretor de ope-ração do Operador nacional do Sistema elétrico (OnS), assessor da presidência na Cteep e, atual-mente, é gerente do Departamento de Operação da empresa. é ainda membro dos Conselhos Deliberativos do instituto de energia e ambiente (iee) da Universidade de São paulo (USp), do Centro de pesquisas de energia elétrica (Cepel) e do Con-selho de administração do Comitê Brasileiro da Cier/Bracier e das in-terligações elétricas do Madeira. na área acadêmica, foi professor dos cursos de graduação e pós-gradu-ação, da Universidade Federal de engenharia de itajubá.

Já alexei Macorin vivan, espe-cialista no setor de energia elétrica

e doutor em Direito pela USp, passa a atuar como diretor-presidente da aBCe. O advogado é vice-presi-dente executivo do Sindicato da indústria da energia do estado de São paulo – Sindienergia, sócio do escritório l.O. Baptista – Schmidt, valois, Miranda, Ferreira e angel advogados e conselheiro de admi-nistração certificado pelo instituto Brasileiro de Governança Corpo-rativa (iBGC). Foi vice-presidente jurídico e de gestão de pessoas da rede energia S/a, diretor jurídico da CMS energy no Brasil, advogado no escritório pinheiro neto advogados e coordenou o departamento jurí-dico da Duke energy international

no Brasil. na área acadêmica, foi professor de Direito Civil, na Uni-versidade paulista (Unip).

na atual gestão, o conselho ad-ministrativo da aBCe é compos-to por Celso Sebastião Cerchiari, vice-presidente e membro da Cte-ep; Joazir nunes Fonseca, vice--presidente financeiro e membro da eletrobrás; Miguel Colasuonno, vice-presidente administrativo e membro de eletrobrás; Denise Bu-setti Sabbag, conselheira financeira e membro da Copel; Gilberto Gomes lacerda, conselheiro administrativo e membro da Cemig e luiz Covello rossi, conselheiro de sustentabili-dade e membro da itaipu.

ABCE anuncia novo presidente

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Tadeu Jorge é o novo reitor da UnicampO ENGENHEIRO DE ALIMENTOS José Tadeu Jorge foi confirmado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como o novo reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para o período 2013-17. Essa é a segunda vez que Tadeu Jorge assume a reitoria da instituição – teve um mandato no período 2005-09.

O novo reitor é professor titular na Faculdade de Engenharia Agrí-cola (Feagri) da Unicamp. Graduado em 1975 em Engenharia de Alimen-

tos pela própria Unicamp, ele também realizou mestrado em Tecnologia de Alimentos (1977) e doutorado em Ciências de Alimentos (1981)

na universidade, concentrando suas pesquisas na área de tecno-logia pós-colheita, na qual estudou produtos minimamente processa-dos, armazenamento de produtos

agrícolas e propriedades físicas de materiais biológicos.

José Tadeu Jorge assumirá a reitoria de uma das mais destacadas universidades da América Latina, responsável por 15% da pesquisa aca-dêmica no Brasil, líder em patentes no meio universitário nacional e situada entre as 50 melhores do mundo com menos de 50 anos de existência, segundo ranking do Times Higher Edu-cation (THE), importante publicação inglesa sobre a educação superior mundial.

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BETH PESSOA RAMOS, uma das mais experientes e reconhecidas tributaristas de óleo e gás, deixou a posição de sócia líder de O&G da ernst & Young no Brasil, quando implementou o Centro de O&G no Brasil, para se associar com andré teixeira na liderança de um novo escritório com foco em di-reito tributário.

Com 45 anos, Beth é advogada formada pela Universidade do es-tado do rio de Janeiro (Uerj), com pós-graduação em planejamento tributário pela Universidade Can-dido Mendes (rJ) e MBa em Direito empresarial pela Fundação Getúlio vargas (rJ). possui vários cursos de

especialização em tributação inter-nacional e de petróleo tanto no Brasil quanto no exterior.

iniciou sua trajetória como tri-butarista na price Waterhouse, de onde partiu para uma carreira exe-cutiva de mais de 20 anos. após uma passagem de dois anos pela Gillette do Brasil, ingressou na Shell Brasil como coordenadora de planejamento tributário, chegando à posição de diretora tributária no Brasil.

andré teixeira é sócio líder de andré teixeira & associados, es-critório que possui uma divisão de óleo e gás bastante atuante, e desde 2006 presta serviços de padrão in-ternacional às principais empresas do setor, possuindo reconhecida experiência em tributação de toda a cadeia da indústria do petróleo, tanto nas atividades de e&p quanto

de distribuição de combustíveis e lubrificantes.

O escritório andré teixeira & associados conta com um quadro de cerca de 30 profissionais, que será muito ampliado, pois a nova sociedade já deu início a diversas contratações que se estenderão pelos próximos meses.

O novo escritório manterá o per-fil e a presença do atual. é membro da Câmara de Comércio americana (amcham), associação Brasileira de Direito Financeiro (aBDF), institu-to Brasileiro de estudos do Direi-to da energia (iBDe), Brazil-texas Chamber of Commerce (Bratecc) e da international Fiscal association (iFa). Foi sócio fundador da O&G law alliance, que além do rio de Ja-neiro, possui escritórios nas cidades de Brasília (DF) e vitória (eS).

Beth Ramos e André Teixeira formam banca na área de O&G

RODRIGO MARQUES BARBO-SA foi renomeado como diretor de Comunicação Corporativa, responsabilidade Social e ati-vidades acadêmicas da rolls--royce para a américa do Sul. Com a renomeação do cargo, além da área de Comunicação Corporativa, rodrigo passará a liderar também as atividades de responsabilidade social da com-panhia na região, coordenando programas de sustentabilidade e relações com a comunidade, além de projetos sociais. O exe-cutivo será ainda responsável pelo gerenciamento de progra-mas educacionais na américa do Sul, desenvolvendo progra-mas de formação em diferentes níveis acadêmicos.

rodrigo é bacharel em Co-municação Social pela pon-tifícia Universidade Católica de São paulo e, atualmente, cursa MBa em Gestão empre-sarial pela Fundação Getulio vargas (FGv). O executivo possui mais de 18 anos de experiência nas áreas de jor-nalismo, comunicação cor-porativa, relações públicas e institucionais, com passagens pelos mercados editorial, au-tomotivo e financeiro. antes de ingressar na rolls-royce, atuou em multinacionais como BankBoston e honda South america. Sua base de trabalho continua sendo o es-critório regional da empresa, no rio de Janeiro.

Diretor de Comunicação Corporativa da Rolls-Royce assume novas funções

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Com sede em houston (eUa), a enventure Global technology, nos seus 15 anos de existência, segue como líder mundial em tecnologia de expansão sólida Set® para a indústria de ener-

gia. a companhia tem presença global, com operações na américa do norte, Oriente Médio, região da Ásia, américa do Sul, europa e Oriente Médio, e Brasil (para mais informações visite a página www.enventureGt.com).

reconhecidamente líder em tecnologia expansível, a enventure mantém o foco no desenvolvimento de sistemas e serviços que per-mitem ao operador atingir seus objetivos de perfuração e produção. a companhia desempenha-se com confiabilidade numa variedade de aplicações em poço aberto e revestido, auxiliando as operadoras ao agregar mais valor nos projetos de perfuração e workover.

a tecnologia Set® da enventure minimiza as restrições do diâmetro interno nos poços para óleo e gás, alargando radial-mente os tubos, que possuem tecnologia exclusiva, com registro de propriedade, através de um processo a frio. Os Sistemas Set® têm sido expandidos através de janelas em revestimentos e se-ções trituradas/fresadas (milled), modificados para instalação em poço com ambiente corrosivo. instalados em poços direcionais e horizontais, tem provado ser um sistema vantajoso também quan-do utilizado com outras tecnologias.

em ambientes de perfuração, as características inovadoras da tec-nologia Set® permitem ao operador acessar com sucesso reservató-rios que não poderiam ser atingidos de forma economicamente viável com outras tecnologias. em vez de utilizar tubos progressivamente menores enquanto aprofunda o poço, a tubulação é expandida no poço com uma ferramenta de expansão projetada especificamente. isto reduz o efeito cônico enquanto preserva o diâmetro do poço.

TUBOS EXPANSíVEISno Brasil

A Enventure Global Technology chega ao Brasil com a tecnologia de tubos expansíveis para poços offshore e onshore, com a experiência de 14 anos em várias regiões do mundo, e confiabilidade de 98% nas instalações já realizadas. A utilização desta tecnologia para prevenir e mitigar problemas em poços abertos e revestidos permitirá aos operadores no Brasil realizar seu projeto de poço com segurança e economia.

perfil empresa – Enventure

Av Nilo Peçanha 50/1915Centro - Rio de Janeiro - RJ - Brasil+55 (21) 2524-8978www.enventuregt.com

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em projetos de reentrada em campos antigos o Sistema Set® adiciona valor substancial ao mitigar restrições inerentes. projetos de remediação através do globo utilizam tecnologia da enventure para reparar revestimento danificado (partes corroídas ou revestimentos desacoplados) ou para cobrir perfurações indesejadas permitindo ao operador maximizar o diâmetro interno enquanto ganha uma solução robusta e confiável.

hoje, as soluções comprovadas da enventure continuam a gerar resultados para as operadoras mundialmente, incluindo as nacionais, as privadas, e as independentes; de pequeno ou grande porte.

Com presença no Brasil desde 2011, a enventu-re dispõe de uma série de soluções adequadas ao ambiente offshore de águas profundas e pré-sal, e junto com seus clientes desenvolve projetos nestas áreas para instalação neste ano de 2013.

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Desde a retomada dos voos para o rio de Janeiro, a lufthansa

vem investindo para atrair passageiros do mercado de óleo e gás. até o horário do voo noturno, agora nos dois sentidos, foi alterado para facilitar o acesso dos passa-geiros que seguem viagem para as áreas produtoras ou até mesmo para as platafor-mas. recentemente, a companhia aérea anunciou a contratação de uma executiva de contas apenas para cuidar desta área, andrea Cox.

“nos últimos 12 meses, o volume de passageiros do segmento de óleo e gás a bordo dos voos rio-Frankfurt cresceu 100%”, disse annette taeuber, diretora da lufthansa e da SWiSS no Brasil. Só no segundo semestre do ano passado, foram 30% mais que no primeiro semestre, especialmente por causa do início dos voos noturnos nos dois sentidos.

agora, a meta é ampliar a base de clientes participantes do programa global oil&energyclub. neste programa de fidelidade, funcionários de empresas de produção de óleo ou extração de petróleo que fazem viagens regulares a destinos ligados à indústria podem se tornar membros e garantir uma série de benefícios. entre eles, hospedagem gratuita em Frankfurt e Munique, caso o intervalo entre os voos de conexão seja superior a seis horas, refeições gratuitas no aeroporto, tarifas especiais para aluguel de carros, e facilidades como check in prioritário, acesso às business lounges, prioridade em listas de espera e um limite maior de bagagem.

Mas a maior vantagem do programa reside no fato de que, se o passa-geiro ainda não é membro do Miles&More, maior programa de milhas da europa, ao participar do oil&energyclub, automaticamente ganha o status de Frequent traveller do programa de milhas da lufthansa, sem precisar ter voado previamente; e assim desfruta das benesses apontadas e de um bônus adicional sobre as milhas voadas, que por sinal, não expiram. é graças a essas mudanças focadas no viajante que trabalha em empresas de óleo e gás, o oil&energyclub vem crescendo tanto no Brasil.

na américa latina, além do rio e São paulo, a Cidade do México, Ca-racas e Buenos aires estão entre os mais de 50 destinos Oil & Gas. além de dezenas de outros na europa, África, Ásia, Oriente Médio e américa do norte. nos últimos 12 meses, mais de cem brasileiros se inscreveram no programa.

O cadastro no oil&energyclub não poderia ser mais simples. Basta que o interessado entre em contato com o seu agente de viagens ou realize seu cadastro online diretamente no www.lufthansa.com/O&eregistration. após a aprovação de seu cadastro, o novo membro do programa recebe ambos os cartões – oil&energyclub e Frequent traveller do programa Miles&More.

Lufthansa apostano setor de óleo e Gás

A companhia aérea visa a ampliar a base de usuários do programa oil&energyclub no Brasil, depois de registrar crescimento de 100% no fluxo de passageiros do segmento em 12 meses.

perfil empresa – Lufthansa

Rua Gomes de Carvalho, 1356 - 1204547-005 - São Paulo, SP(11) 3048 5800(21) 2169 8820Telefone da Central de Reservas: (11) 4700 1700www.lufthansa.com

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para maiores informações sobre o programa, acesse o site www.oil-and-energy-club.com.

Operação no Brasil – no Brasil, a lufthansa oferece voos diários partindo do rio de Janeiro para Frankfurt, e de São paulo para Frankfurt e Munique, além de muitas outras cidades pelo Brasil servidas com voos code-share com a parceira local da taM.

Como destaca a diretora da empresa no Brasil, um grande diferencial é o horário de partida de seus voos, sempre noturnos tanto na ida quanto na volta, permitindo aos passageiros a organização mais eficiente de suas agendas, otimização de seu tempo, além de excelen-tes conexões para vários destinos no mundo. “Os voos noturnos fazem a diferença na agenda de passageiros que trabalham no setor de óleo e gás. Dessa maneira a chegada às plataformas é mais tranquila, pois o passa-geiro desembarca pela manhã, pode seguir viagem e ainda aproveitar o dia de trabalho” – diz annette taeuber.

a lufthansa é uma empresa globalmente reconhecida por sua ampla rede de rotas. partindo dos hubs de distri-buição em Frankfurt e Munique, passageiros embarcam em rápidas conexões rumo a centenas de destinos na europa, África, Oriente Médio e Ásia, totalizando mais de 200 destinos em 81 países. Dentre estes destinos, mais de 50 deles estão localizados em áreas de extração de óleo e gás, como aberdeeen, edimburgo, Stavanger, Malabo, libreville, lagos, abuja, trípoli, Cartum, Baku, ashgabat, Muscat, Kwait, Jeddah, Damman, entre outros.

tudo isso a bordo de uma moderna e ecológica frota, na qual se destacam o airbus a380, o maior avião co-mercial de passageiros em operação, e o Boeing 747-8, o novo Jumbo do qual a lufthansa orgulha-se em ser o launching customer.

a bordo dos voos intercontinentais partindo do Bra-sil, todos os aviões são equipados com as três classes de serviço (primeira, executiva e econômica), além do inédito serviço de internet banda larga a bordo, inau-gurado pela lufthansa – o lufthansa Flynet. Com este serviço, os passageiros que viajam em todas as classes de serviço podem permanecer conectados utilizando seus notebooks, tablets ou smartphones, com uma rapidez de conexão incrível, a mais de 10.000 pés de altura.

Grupo Lufthansa – é difícil ter a dimensão do que de fato representa o dia a dia desta força global no setor de aviação, cujos serviços vão muito além do transporte de passageiros – que é de fato o carro-chefe da empresa que além da com-panhia aérea homônima abrange também a Swiss air lines, Brussels, austrian e German Wings – estendendo-se também pelos ramos da logística (lufthansa Cargo), manutenção de aeronaves (lufthansa technik), tecnologia da informação (lufthansa Systems) e catering (lSG SkyChefs).

apesar dos mais de 2.700 pousos e docolagens, e de mais de 5 mil toneladas de carga carregadas diariamente, sem mencionar outros serviços, é interessante notar que a

gigante continua focada nos detalhes, imprescindíveis para que, ano após ano, a empresa mantenha o reconhecimento internacional no que tange sua excelência de serviços em solo e a bordo, os mais altos padrões de segurança, bem como a pontualidade e eficiência germânica.

Se a excelência de serviço é padrão ao redor do globo, as demandas de seus passageiros definitivamente não são e a lufthansa tem consciência disso. portanto, empenha-se em oferecer serviços exclusivos e diversos, que vão desde, por exemplo, jatos privados operando em mais mil destinos na europa e américa do norte, passando por modernas Utis montadas a bordo e chegando finalmente no setor de Oil&Gas, no qual a empresa vem se firmando como escolha frequente dos profissionais do setor.

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Em 14 de Março de 2012 a rignet anunciou a criação da sua sede no Brasil com estrutura em Macaé e nomeando Mauricio Rubinsztajn como Gerente Geral. a nova sede posicionou a rignet na região

como prestadora de serviços de alta qualidade para a indústria de perfura-ção e produção de O&G. rubinsztajn declarou: “a nova base da rignet em Macaé está qualificada a apresentar respostas rápidas e serviços com a qualidade exigida pelo mercado alvo. na rignet estamos totalmente com-prometidos com soluções robustas, com a satisfação dos nossos clientes, e com a construção de um time alta-mente qualificado desde a venda até o suporte operacio-nal de campo.”

a rignet mantém seu foco apenas no mercado de Óleo e Gás, conectando plataformas, sondas e barcos de suporte para a própria indústria. Com esta estratégia todos os recursos são dedicados a este mercado concentrando todos os esforços neste importante nicho ver-tical. além dos serviços básicos de dados, internet, voz, e video a rignet oferece serviços agregados e integração de sistemas de comunicações em todas as fases desde o conceito até a ativação dos mesmos. em 2012 a rignet adquiriu a nessco de aberdeen – escócia – empresa global reconhecida por sua capacitação em projetos de integração de Sistemas para o mercado offshore.

Com o crescimento contínuo que a rignet vem apresentando em todas as regiões, principalmente no Brasil, investimentos tem sido feitos para aprimorar as facilidades operacionais e recentemente, em agosto de 2012, foi inaugurado o novo nOC global da rignet em houston em uma construção que desde 1983 nunca sofreu qualquer tipo de interrupção de energia, onde aportam todos os sistemas de fibra ótica de diversos provedores, com sistemas redundantes, e reconhecidamente à prova de problemas naturais tais como furacões até a categoria 5 (200 mph). O nOC da rignet provê serviços em diversos idiomas, com ligações locais

conectando o mercado de óleo e gás

RigNet consolida presença no Brasil

A RigNet é um provedor líder em serviços de telecomunicações gerenciadas para pontos remotos, integração de sistemas e aplicações colaborativas para a indústria de Óleo e Gás, com foco em sondas offshore e em terra, facilidades de produção de energia e para o mercado de suporte marítimo. A RigNet provê soluções completas que vão de serviços de redes de dados e voz totalmente gerenciados até aplicações avançadas que incluem videoconferência e serviços de dados em tempo real para pontos remotos em mais de 30 países em seis continentes.

Avenida Atlântica, 176427920-390 - Macaé, RJ(22) 2123 2888www.rig.net

perfil empresa – RigNet

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a partir do Brasil, e possuindo telas que monitoram seus serviços proativamente 24 x 7, interligados a um portal onde os clientes têm acesso imediato a relató-rios de desempenho dos seus sistemas.

Os produtos oferecidos pela rignet objetivam três fatores importantes da vida diária na indús-tris de O&G: SMS – Saúde, Meio-ambiente e Se-gurança; Bem estar da tripulação; e aumento da produtividade através da infraestrutura otimizada de comunicações e serviços agregados. O exe-cutivo Mauricio rubinsztajn salientou ainda que durante o evento Brasil Offshore em Junho 2013 a rignet estará lançando três produtos novos resu-midos a seguir.”

Novidades para o evento brasil offshore 2013: • Tunnel Radio – a rignet em parceria com a tunnel radio está lançando um produto para co-bertura via rádio em qualquer parte de sonda ou plataforma/FpSO ou navio onde a estrutura e as interferências limitam as soluções de comunica-ções existentes. O sistema e as fibras com alimen-tadores (“leaky feeder”) permitem comunicações por rádio muito claras e podem ser usadas para rastreio de pessoal ou sensoriamento de gases, em

qualquer parte das embarcações, economizando tempo e aumentando a segurança a bordo .• Video Collaboration – a rignet proporciona ser-viços de colaboração com videoconferência geren-ciada entre os escritórios dos clientes e os pontos remotos. essa solução facilita as conexões em ví-deo onde pode se ver os colegas, clientes ou partes isoladas e remotas em qualquer ponto do mundo sem a necessidade de investimentos adicionais em sistemas de segurança globais.• Energy Maritime – a rignet provê serviços gerenciados via satélite em Bandas C e Ku para clientes do mercado de barcos de suporte ao mer-cado de O&G. no início de 2013, lançamos nosso serviço em tecnologia tDMa com antenas menores do que 1m priorizando antenas estabilizadas com 0.8m de diâmetro. esse projeto de antena é muito apropriado para barcos pequenos com limitação de espaço físico a bordo, ou em barcos maiores onde já exista um sistema primário de antena ativado.para obter informações mais detalhadas sobre a rignet ou seus produtos e serviços, visite-nos em nosso stand número J56 durante o evento Brasil Offshore 2013 em Macaé de 11 à 14 de Junho de 2013 onde iremos recebê-los.

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Segundo Lott Brito, responsável técnico da empresa, a lab Consul-toria em tubulações tem como meta trabalhar com epecistas que tenham interesse em evidenciar e mensurar, de forma qualitativa

e quantitativa, uma redução de custos e prazos em todos os empreendi-mentos epC, de no mínimo 15% dos valores previstos nos orçamentos para a disciplina de tubulação, direcio-nados para a geração de energia, óleo e gás, biodiesel, química, petroquímica, celulose, dentre outros.

a finalidade da proposta da laB é sensibilizar o epcista, quanto à necessidade de inserir as primícias básicas na engenharia de processo, tubulação e estru-tura no início do projeto, aproveitando o momento de crise financeira mundial, para introduzir e monitorar

as atividades nas disciplinas, principalmente a de tubulação, através de um nicho de mercado, no que diz respeito a um conjunto de oportunida-des de negócio com a execução das atividades básicas, na referida disci-plina, com base nos custos e prazo do orçamento para cada atividade.

O foco desse trabalho é garantir a satisfação do cliente, quanto ao prazo e custo nos empreendimentos epC, através da redução de custos de 15% a 20% mínimo, abaixo do valor do orçamento que será utilizado para pagamento de alguns serviços e (enD), ensaios não Destrutivos que serão utilizados e aplicados, nas inspeções de juntas soldadas, du-rante a fabricação e montagem de tubulação.

ESPECIFICIDADES DA NOSSA ATUAÇÃO:

• verificação da consistência dos projetos de tubulação pelo pDS, pDMS em confronto com os p&iDs.• estimativa de FeeD, MtO.• Consultas técnicas de engenharia e parecer técnico para disciplina de tubulação.• procedimento de detalhamento dos isométricos em spools.• Definição da divisão e dimensões dos isométricos em spools “campo” e numeração de juntas.

Redução de custosem projetos de engenharia, compras, suprimentos e na fabricação e montagem de tubulações.

A Lab Consultoria realiza um trabalho diferenciado que vai desde a parte inicial do detalhamento do projeto, inspeção, fabricação e montagem de tubulação até pré-operação e partida dos sistemas e subsistemas de uma plataforma offshore, unidade em refinaria ou em quaisquer empreendimentos EPC destinado ao setor de geração de energia e óleo e gás com a finalidade de melhoria contínua.

E-mail: [email protected].: 53 8128-7722 / 53 8133-9697 www.labtubulacoes.com.br

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• Definição do plano para qualificação das epS e eiS que serão utilizadas nos empreendimentos.• elaboração do procedimento de Definição dos per-centuais dos níveis de inspeção.• Definição dos percentuais de ensaio não destrutíveis em função das classes de pressão e temperatura das linhas em uma planta de processo e/ou plataforma offshore.• Definição dos Quantitativos e Qualitativos dos ní-veis de inspeção.• Garantir a redução dos níveis de inspeção em no mínimo 15% a 20% dos previstos no orçamento.• Garantir uma mudança dos níveis de inspeção de iv para ii de no mínimo 20% dos quantitativos e qualitativos de Juntas estimadas de no mínimo (4.000 mil juntas)• Definição dos Sistemas e Subsistemas por Fluidos de processos, Utilidades e Segurança.• Definição e Montagem das pastas de teste hidros-tático, incluindo todos os recursos necessários para execução.• Definição dos Diagramas das Malhas de tubu-lação.• Definição do Detalhamento dos Suportes de tubula-ção (Shoping Drawing).• acompanhamento da fabricação e montagem de tubulação e suporte.• acompanhamento do avanço físico e medição dos serviços.• viabilização da redução de custos e prazos na disci-plina de tubulação.• Manuseio e conhecimento das seguintes normas: petrobras: n-76, n-115, n-133, i-et-200-001/003 aSMe B-31.3,31.4 e 31.8, aStM-api-naCe.

Os principais clientes da empresa no setor de óleo e gás são: Quip S/A, Galvão Engenharia e UTC Engenharia.

FPSO P-53: Marlim Leste na Bacia de Campos, construída pelo Consórcio Quip.Serviço realizado: verificação de consistência do projeto de tubulação, isométricos e spools. Acompanhamento de fabricação e montagem de suportes e tubulação.

REDUC (Refinaria Duque de Caxias): implantação e instalação das unidades U2900; tratamento de águas ácidas U2950; tratamento de DEA, U3350; tratamento de enxofre U1361; ampliação da torre de resfriamento e interligações offsite.REMAN (Refinaria de Manaus):ampliação e modernização da UDA-2111; unidade de destilação atmosférica: supervisão da fabricação e da montagem dos suportes de tubulação.

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Scandinavian Bunkering

Scandinavian Bunkering chega ao Brasil

a COMpanhia atUa basi-camente como uma trading de combustíveis marítimos e como provedora de inteligência para o gerenciamento do combustível para embarcações. é a segunda filial da norueguesa, que também mantém uma base em Cingapura.

no Brasil, a empresa irá ope-rar como Scandinavian Bunke-ring do Brasil e estará focada nos mercados de óleo e gás e cabotagem. estimulada pela forte demanda e pelo potencial da região, a companhia foi criada no país em novembro de 2012, mas só este ano o escritório foi inaugurado.

João eduardo pereira, diretor executivo da companhia no Bra-sil, conta que a escolha do rio de Janeiro se deveu ao estado ter se tornado importante polo para negócios offshore de petróleo no Brasil. “trabalhamos com uma rede de parceiros e fornecedo-res em todo o mundo, além de fornecer orientações estratégicas, que encurtam o custo e tempo das operações offshore. em todo o mundo, a empresa atende mais de 500 portos fornecendo combustíveis e lubrificantes, oferecendo ainda informações de mercado em relação a preço, qualidade e disponibilidade de produto”, complementa pereira, que chefiará o escritório do Bra-sil e em breve contará com mais seis funcionários – a maioria com experiência no mercado de abas-tecimento sul-americano.

De acordo com Kennet Bollerud, diretor executivo do Grupo Scandinavian Bunkering, a chegada da empresa à região já era aguardada por clientes da companhia em todo o mundo, de

olho no cresci-mento das ativi-dades offshore, sobretudo do pré-sal. “Muitos de nossos clien-tes se estabele-ceram no Brasil recentemente, o

que mostra que este é um merca-do com grande potencial. eles já pediam por nossos serviços nesta área há algum tempo. Decidimos ouvi-los”, afirmou.

a Scandinavian Bunkering procura focar no conteúdo e competência locais e com isso investe na formação de uma equipe que possa avaliar riscos e oportunidades do mercado, sem barreiras linguísticas ou culturais. “é por isso que é tão

importante para nós ter presen-ça nos lugares onde operamos”, reforça Bollerud.

erik vinde, vice-presidente de vendas e marketing do Grupo, acredita que ao expandir para o Brasil, a Scandinavian Bunke-ring vai fortalecer sua vantagem competitiva e espera que o novo escritório contribua com resul-tados econômicos positivos para a empresa e possam aumentar a equipe e fazer mais investimentos.

O Grupo possui três escritó-rios principais, com a sede em tønsberg, noruega, uma cidade com longa tradição marítima. a empresa oferece serviços de abastecimento de combustível em mais de 500 portos no Mar do norte, África Ocidental, o Orien-te Médio, Cingapura, Oceania, Malásia, indonésia, o Golfo dos estados Unidos e o Brasil. no ano fiscal de 2011/2012, movimentou mais de U$ 2,5 bilhões, forne-cendo mais de 3,6 milhões de toneladas de combustíveis.

A norueguesa Scandinavian Bunkering inaugurou oficialmente (em março) seu primeiro escritório no Brasil. Localizado no Centro do Rio de Janeiro, será o eixo das operações da empresa na América do Sul.

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por Maria Fernanda Romero

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Mott MacDonald

Mott MacDonald compra Habtec Engenharia Ambiental

hÁ 40 anOS fazendo negócios no Brasil, a empresa já participou de projetos como a concessão do rodoanel em São paulo, projeto de geração de energia em pernambu-co, metrôs do rio de Janeiro e São paulo, ponte rio-niterói e rodo-via Campinas-Mogi Mirim. Mais recentemente, a companhia tem prestado serviços para projetos de energia, transporte, saúde, educa-ção e meio ambiente no país.

a multinacional fica sediada no reino Unido, possui valor estimado de 1,1 bilhão de libras, está presente em cerca de 50 países, possui cerca de 15 mil funcionários e participa de projetos em 140 países. Segundo Kevin Stovell, diretor de Desen-volvimento estratégico da Mott MacDonald, trazer a habtec para o Grupo permitirá o desenvolvimento e crescimento de uma equipe já re-conhecida e que fornecerá uma base no Brasil de onde poderão oferecer seu leque de serviços.

a Mott MacDonald atua com consultoria ambiental, otimização da capacidade de processos produ-tivos, economia de construção, pes-quisa de mercado, design, desen-volvimento sustentável, consultoria em gestão, planejamento, gestão de compras e de risco, estudos, gestão de programa e de projeto, desen-volvimento e pesquisa, finanças de infraestrutura, comunicações e tecnologia e consultoria técnica, dentre outras qualificações. a com-panhia teve mais de 200 prêmios para seus projetos e pessoal nos últimos três anos.

Já a habtec vem desenvolven-do seus trabalhos principalmente para os setores de energia, óleo e

gás, mineração, transporte e outros por mais de 23 anos. Com cerca de 80 funcionários e diversos fornece-dores especializados, o portfólio de projetos da empresa inclui vários estudos de impacto ambiental, pareceres de conformidade, elabo-ração e implementação de projetos de monitoramento e programas so-cioambientais para clientes como petrobras, repsol Sinopec, vale, BG Brasil, Shell, Furnas, OGX, entre outros.

para ricardo lima tavares, diretor de operações da habtec, através da rede global da Mott MacDonald, a companhia bra-sileira poderá crescer em novos setores, terá uma maior diversi-dade de projetos e reforçará seu principal objetivo que é possi-bilitar que seus clientes tenham tranquilidade para viabilizar seus negócios de forma sustentável. “a Mott MacDonald dará um appro-ach global à habtec. Dará mais credibilidade e abrangência maior à empresa. assinamos a venda no

dia 15 de março e já estamos ob-tendo reflexos positivos em nosso negócio”, afirma tavares. De acor-do com o executivo, os principais projetos da empresa atualmente são: licenciamento ambiental do Gasoduto rota 3, que escoará parte da produção do pré-sal da Bacia de Santos para o Comperj (petrobras), monitoramento dos manguezais da apa Guapimirim e esec Guanabara (Comperj), o monitoramento de desembar-que pesqueiro na costa da Bahia (petrobras), implementação de projetos ambientais para ativida-des de perfuração nas bacias de Santos e Campos (repsol/Sino-pec), o monitoramento de fauna e educação ambiental do projeto Salobo, mineração de cobre no estado do pará (vale), além de gestão ambiental e licenciamen-to de diversas pequenas Cen-trais hidrelétricas (pChs) pelo Brasil e avaliação ambiental integrada de bacia hidrográfica na amazônia.

A britânica Mott MacDonald, consultora global em administração, engenharia e desenvolvimento, adquiriu em março a brasileira Habtec, de consultoria em engenharia ambiental. A aquisição é parte da estratégia da Mott MacDonald de criar uma base regional no Brasil, onde poderá expandir seus negócios em toda a América do Sul. por Maria Fernanda Romero

John Perry e Kevin Stovell, da Mott MacDonald e Ricardo Lima Tavares da Habtec

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a paUliSta SOSinil, especia-lizada na locação de geradores, torres de iluminação e serviços de hidrojateamento Uap (Ultra alta pressão), pretende ampliar sua participação no segmento de naval e de petróleo e gás brasileiro. Fun-dada de início como uma locadora de compressores, rapidamente a Sosinil estendeu suas ativida-des não apenas para a locação, mas para a prestação de serviços especializados de manutenção industrial. Completando 40 anos em 2013, a empresa tem hoje no serviço de hidrojateamento uma de suas especialidades.

Segundo nilthom palma, diretor e fundador da Sosinil, o hidrojateamento é especialmen-te vantajoso para a indústria naval, mercado petrolífero, e muitos outros setores que nele têm investido como parte de sua rotina de manutenção. “Junto ao serviço de hidrojateamento, te-mos também a pintura industrial que promete por cinco anos, em média, a garantia completa dos serviços”, afirma.

O hidrojateamento é consi-derado uma das melhores e mais eficazes técnicas de limpeza e tratamento de superfície, pois não utiliza materiais abrasivos e pode servir a numerosas situa-ções. este serviço reduz impactos ambientais, por limitar a geração de resíduos sólidos e eliminar problemas causados pela poeira produzida por outros métodos, com uso de jatos abrasivos.

Com sede em Campinas (Sp), filial em Duque de Caxias (rJ) e atuação em todo o território nacional, a Sosinil, além de ter profissionais especializados, incluindo engenheiros e tecnó-logos capacitados, atua com os

mais modernos equipamentos, com bombas de ultra alta pressão com até 40.000 psi. “é aconse-lhável uma análise técnica do lo-cal a ser tratado, para que sejam definidas as melhores técnicas para cada caso”, informa palma. De acordo com ele, o hidroja-teamento é recomendado para locais complexos como tanques de armazenagem e locais que não podem sofrer contaminação, mas há outras opções de uso mais frequente, como serviços de hidrolavagem, para limpeza com níveis de pressão menores da água e posterior tratamento ma-nual ou mecânico da superfície.

a Sosinil orienta que o hidro-jateamento seja complementado pelos serviços de tratamento anticorrosivo e pintura indus-trial. a limpeza com a bomba de hidrojato com água altamente pressurizada remove óxidos, ferrugens e camadas antigas de tinta, deixando a superfície limpa para as próximas ações. De acor-

do com as demandas específicas de cada situação, o serviço de pintura industrial pode abran-ger aplicação de tintas a rolo, pistola convencional e air less, isolamento térmico ou aplicação de revestimentos com fita. Com objetivo de proteger o material ou equipamento contra a corrosão, o serviço é realizado seguindo todos os padrões de qualidade exigidos pelas normas regula-doras. “O estudo criterioso e a capacidade técnica dos profis-sionais envolvidos estão sempre no topo de nossas preocupações, para garantir a eficácia de todo o serviço”, completa o diretor.

O executivo ressalta que a sequência dos serviços de hidroja-teamento, tratamento anticorrosivo e pintura industrial é determinante para a manutenção adequada, preventiva e planejada dentro das indústrias, prolongando a vida útil dos equipamentos e estruturas, resultando numa positiva relação custo-benefício.

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Sosinil aposta no hidrojateamento para ganhar mercado

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eSpeCialiSta na fabricação de equipamentos padrão de alta pressão como válvulas hp, autoclaves, bombas de precisão e booster (amplificador de pres-são), e de sistemas de pesquisas para o uso da alta pressão em centros tecnológicos, lança as bombas pMhp, bombas-seringa de alta pressão. a principal van-tagem do produto é a precisão microvolumétrica na injeção do fluido, no controle da vazão e na pressão desejada, assim como a possibilidade de trabalhar tanto com líquidos quanto com gases.

Segundo Henri Millischer, diretor de Desenvolvimento de

negócios do Brasil da top industrie, as bombas já têm sido requisita-das pelo setor de óleo e gás. inclusive a

empresa Bichem, subsidiária da petrobras na holanda, já utiliza um par de pMhp high volu-me. “as bombas são usadas em

ensaios e pesquisas que reque-rem precisão como, ensaios de equilíbrio de fase, injeção de inibidores no meio de um ensaio de alta pressão (corrosão, análise de reações químicas), catálise, fluidos supercríticos e mecânicas de rochas. as bombas-seringa também podem ser utilizadas para automatizar um processo de controle de pressão contínua numa célula durante uma experi-ência”, complementa.

elas servem também para injeção de CO2, garantindo que o

mesmo permaneça em fase líqui-da durante a fase de pressurização e de injeção. as bombas-seringa pMhp 03-7000 de muito alta pressão podem pressurizar um fluido até 7.000 bar (100.000 psi).

Com 30 anos de experiência, a top industrie possui capacidade global em desenhar equipamen-tos de pesquisa de alta pressão sob medida. a empresa busca integrar soluções que se adaptem aos experimentos do pesquisa-dor ao fabricar um equipamento entregue pronto para uso.

Top Industrie

Top Industrie lança bombas-seringa de alta pressão

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a iDeia iniCial era montar um loop mais simples, operando apenas com óleo cru ou, alterna-tivamente, com água. Mas as de-mandas da petrobras e do pré-sal levantaram uma nova possibilida-de, mais abrangente e ao mesmo tempo atendendo a necessidades mais específicas, como as simula-ções com fluidos multifásicos em um duto de proporções próximas ao que encontramos no campo. Será dotado de um sistema Scada, que permitirá o treinamento de operadores, através da simulação de condições usuais ou de emer-gência em um duto.

Sua concepção atende a três diferentes configurações, todas pigáveis e dotadas de carretéis removíveis para testes. O loop Menor, com 200 m de compri-mento, irá operar com uma varia-ção máxima em elevação de 3 m. O loop Maior irá operar com 2,5 km e uma variação verti-cal de 60 m. ambos operando em loop aberto para piG. Utilizando--se os dois loops simultanea-mente, temos uma configuração com 2,7 km e que incorpora as características de ambos, mas consistindo em um circuito fecha-do para piG, que poderá circular indefinidamente sem interrupção.

em um primeiro momento, sua operação será feita com óleo cru, água e nitrogênio, por limitações de sua estrutura inicial de sepa-ração destes fluidos. em uma se-gunda fase do projeto, ele poderá

ser dotado de um separador mais eficiente e operar com gás natural no lugar do nitrogênio. O CtDUt já dispõe de um ponto de acesso de 100 bar e estação redutora de pressão para gás natural.

Dotado de previsão para que suas bombas originais sejam iso-ladas do circuito pela atuação de válvulas e com o uso de pontos de espera flangeados para ins-

talação de bombas multifásicas externas, ele poderá ser utilizado para teste e desenvolvimento de novos modelos de bombas, bem como separadores, medidores de vazão multifásicos, além de ou-tros equipamentos pertinentes.

este loop Multifásico, em sua configuração mais simples de 200 m estará apto a operar a partir do segundo semestre de 2013 e servirá para capacitar profissionais, realizar teste de ferramentas de inspeção, testar tecnologias.

CTDUT

Construção de Loop Multifásico Petróleo, água e gás terão duto pigável de 12”para P&D

O Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT), já estabelecido como um laboratório compartilhado de testes na área de dutos e terminais do setor de óleo e gás, e conhecido por suas instalações em escala real, está comemorando mais uma conquista: o início da construção do Loop Multifásico, um sonho de longa data que agora está se concretizando.

Acima: Loop Multifásico do CTDUT (locali-zação e extensão / Google Map)

Ao lado: Projeto Loop Multifásico 12” – Terminal

produtos e serviços

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Loops Diâmetro

Multifásico Bifásico Água N2 óleo Cru Gás Natural Em operação Notas

8” - x x x - - 2º Trimestre 2013 Nota 1

9 5/8 “ - x x x - - Sim Nota 2

12” x x x x x Futuro 3º Trimestre 2013 -

14” - x x x - - Sim -

16” - x x x - - 4º Trimestre 2014 Nota 3

16” GN - - x - x Em Planejamento - Nota 4

assim como já é feito com os serviços realizados no CtDUt, o loop Multifásico poderá ser utili-zado para testar novas tecnologias em caráter de confidencialidade. nessa modalidade, os técnicos do CtDUt dão apoio apenas na preparação básica do laboratório, deixando assim de se envolver com as especificações do produ-to, resultados dos testes e qual-quer aspecto que seja de caráter confidencial. O cliente poderá levar equipe técnica própria para conduzir o teste, não tendo que

compartilhar a tecnologia envolvi-da nem os resultados obtidos.

por outro lado, o CtDUt está apto a conduzir projetos comple-tos, através de equipes dedicadas de pesquisadores para atender a demandas de p&D relacionadas às suas áreas de atuação.

O centro possui ainda outros loops em operação ou em constru-ção, que podem ser utilizados em uma série de projetos de pesquisa, inclusive dentro da Cláusula de investimento em p&D da agência nacional do petróleo, Gás natural

e Biocombustíveis (anp), confor-me pode ser visto na tabela acima.

além dos loops, o CtDUt con-ta com outros laboratórios como o de proteção Catódica e o labo-ratório de integridade estrutural, onde são feitas rupturas de dutos. visando ainda atender as necessi-dades do mercado dutoviário e de terminais, o Centro também está se estruturando para a construção de um laboratório de vazão de líquidos, laboratório de tanques e laboratório de Certificação de válvulas.

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obrigatória para empresas de petróleo e gásEXCELêNCIA OPERACIONAL:

Um vazamento de petróleo no Brasil, um oleoduto sabotado na Nigéria, uma explosão em uma fábrica de processamento de produtos químicos na Tailândia... é normal pensar que a indústria de petróleo e gás nunca está longe das manchetes pelas piores razões. No entanto, as manchetes contam apenas uma pequena parte da história das operações diárias da indústria mundial de petróleo e gás. Todos os dias, dezenas de milhares de poços, centenas de milhares de quilômetros de oleodutos e milhões de itens de equipamentos de processamento fornecem energia de forma segura para nossos lares, sistemas de transporte, empresas e comunidades.

Tudo isso acontece em um setor que está cada vez mais focado em melhorar suas operações. para os executivos de petróleo e gás, a necessidade de excelência operacional (Oe, na sigla em inglês) nunca foi tão grande. Os custos de exploração, desenvolvimento

e produção estão aumentando, e as margens de refino estão sob pressão. Os níveis de atividade também estão aumentando, provocando a inflação do setor. a falta de talento técnico e capacidade elevaram ainda mais os custos com funcionários e serviços. Como um em cada quatro profissionais técnicos vai se aposentar nos próximos sete anos, essa escassez pode se tornar ainda mais grave.

O aumento de recursos não convencionais, como óleo de xisto, também contribui para um foco maior na excelência operacional, principalmente na américa do norte. Mas isso está ocorrendo cada vez mais em outros lugares do mundo. embora os fundamentos de excelência operacional se-jam os mesmos, as operações em atividades não convencionais em geral requerem processos e comportamentos diferentes dos usados na extração convencional. À medida que as iOCs (empresas internacionais de petró-leo) e nOCs (empresas nacionais de petróleo) aprendem mais sobre re-cursos não convencionais, os operadores de sucesso estão aprimorando suas abordagens para enfrentar melhor os desafios operacionais únicos apresentados.

ao mesmo tempo, a indústria de petróleo e gás está sob uma tremenda pressão para reduzir os riscos, mesmo enquanto assume novos desafios, como a perfuração em águas ultraprofundas ou no Ártico, operações ter-restres intensas em áreas povoadas (por exemplo, gás de xisto no nordeste dos estados Unidos), e tecnologias pioneiras como terminais flutuantes de gás natural liquefeito (FlnG). Os executivos da indústria estão traba-lhando para definir e obter a excelência operacional nas fronteiras onde existem poucos benchmarks.

a mudança para recursos de fronteira acompanha um cenário competi-tivo em transformação que exigirá que os players de petróleo e gás tornem--se mais ágeis e desenvolvam maior flexibilidade para concorrer em novos papéis. a ascensão das nOCs e a perda de acesso a reservas fáceis estão

John McCreery é sócio da Prática Global de petróleo e gás da Bain & Company, especialista no desenvolvimento de estratégia e melhoria de desempenho no setor de petróleo e gás.

Francesco Cigala é diretor da Bain & Company e Country Head na Malásia. Na Bain desde 2011, atuou 14 anos como consultor de gestão na Ásia, Europa e América do Norte.

Ethan Phillips é sócio da Bain & Company no escritório de Houston, membro da prática global de petróleo e gás, com expertise em operações a montante e transformações organizacionais.

José de Sá é sócio da Bain & Company em São Paulo e tem mais de 13 anos de experiência pres-tando consultoria de ges-tão para grandes grupos nacionais e multinacionais em diversos setores.

excelência operacional

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forçando as iOCs e as independentes a melhorar ainda mais as suas capacidades tecnológicas e operacionais, bem como as suas capacidades para trabalhar com go-vernos e outros parceiros. as expectativas crescentes das nOCs e seu interesse em novos tipos de parcerias criam enormes oportunidades para empresas de servi-ço de campos de petróleo, mas elas também devem de-senvolver os seus conhecimentos e capacidades, a fim de gerenciar mais riscos e complexidade de projeto, ao mesmo tempo em que oferecem operações de campo integradas, acima e abaixo da superfície.

as expectativas crescentes de órgãos reguladores, acionistas e comunidades são um fator de complicação para essas mudanças, pois todos eles estão exigindo mais das empresas de petróleo e gás. as regulamenta-ções estão se tornando cada vez mais complexas e os reguladores mais proativos, exigindo um nível maior de atenção para garantir a conformidade.

todas estas pressões combinadas aumentam a ne-cessidade e o valor da excelência operacional. nosso trabalho com os produtores de petróleo e gás sugere que mais de 10% da capacidade de produção estão atravancados pela complexidade e ineficiência, o que representa oportunidades valiosas para melhoria, atra-vés do aumento da excelência operacional.

a excelência operacional cria valor por meio de ações sistemáticas e repetitivas que são claras e dispo-níveis para todos em todos os níveis da empresa. ela se baseia em processos padronizados que estão docu-mentados, bem entendidos, e ao longo do tempo resul-tam na melhoria contínua do desempenho operacional.

todos na organização entendem (ou sabem como des-cobrir) como executar as suas tarefas e têm acesso aos recursos adequados para fazê-lo.

a Bain trabalha com muitas empresas de petróleo e gás para ajudar a elevar o seu nível de excelência ope-racional. algumas empresas exigem transformações por atacado em todas as suas capacidades, outras pre-cisam de melhorias direcionadas em áreas específicas. este resumo explica o que entendemos por excelência operacional, por que ela é cada vez mais crítica para as empresas de petróleo e gás, e como as empresas come-çam suas jornadas para alcançar e mantê-la.

O que é a excelência operacional? – para a maioria das empresas de petróleo e gás, a aspiração pela excelência operacional não é novidade. Muitas têm programas bem desenvolvidos, manuais codifica-dos, e medição e treinamento ativos, mas as dispari-dades persistem. Uma razão é que as proporções de supervisão (entre funcionários da empresa e presta-dores de serviços) aumentaram de 1:1 há 20 anos, para cerca de 1:5 hoje. Os níveis médios de experi-ência também estão caindo, mesmo quando os ní-veis de atividade sobem. hoje, em áreas maduras da indústria, a excelência operacional trata mais de cultura e mudança de comportamentos, enquanto que nas áreas novas (como operações do Ártico ou fontes não convencionais), ela trata mais de codifi-cação e padronização.

Definimos a excelência operacional como o su-cesso em seis áreas.

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• Desempenho em saúde, segurança e ambiental (hSe) de classe mundial em uma cultura que dá ên-fase irrefutável ao desenvolvimento dos mais altos pa-drões de desempenho;• Desempenho no quartil superior e retorno sobre o ca-pital em todos os ativos;• Melhores normas e sistemas da indústria, padroniza-dos e adotados de forma consistente em toda empresa;• Uma cultura de alto desempenho que está sempre se esforçando para melhorar;• Capacidades essenciais distintas realizadas por uma força de trabalho altamente talentosa;• Reputação impecável, com base em operações efi-cientes e práticas de negócios sustentáveis.

para muitas empresas, estas conquistas resultam de um programa de transformação que primeiro define a estratégia, os princípios, as expectativas e os processos de excelência operacional e os traduz em ações repe-titivas. esta transformação gera um Sistema de Gestão de excelência Operacional (OeMS, em inglês), que tem três componentes principais (ver Figura 1).

• Elementos operacionais e escopo. Isso requer uma estrutura integrada e um conjunto globalmente consistente de princípios aplicados às operações. ela define políticas e melhores práticas em todas as opera-ções e atividades da empresa, incluindo planejamento integrado, gestão da cadeia de fornecimento, organiza-ção e gestão de talentos.

• Gestão de mudança e obtenção de resultados. O ob-jetivo de uma transformação de Oe é incorporar a exce-lência na cultura da empresa. isso muitas vezes envolve

a mudança de comportamento em todos os níveis da or-ganização. Os executivos devem gerenciar esta transfor-mação, enquanto mitigam os riscos de implementação e garantem o cumprimento.

• Melhoria contínua do desempenho começa com uma avaliação do potencial para oportunida-des. indicadores chave de desempenho (Kpis, em inglês) medem a melhora do desempenho no nível de ativos, e uma série de verificações, avaliações e ciclos de feedback reforçam o hábito de avaliação e aperfeiçoamento contínuos.

Como as empresas operam de maneira diferente em níveis mais elevados de excelência? Considere o exemplo de grandes revisões de manutenção nas instalações de produção. as empresas de petróleo e gás costumam agendar períodos de duas ou três semanas de revisão para as suas instalações a mon-tante e de refino, a cada três ou quatro anos.

tradicionalmente, estas revisões são planejadas e executadas pela administração local. vez por ou-tra, uma falta de planejamento – por exemplo, não organizar que as capacidades ou materiais adequa-dos estejam disponíveis no momento certo – pode fazer com que essas paralisações planejadas ultra-passem o seu prazo.

estes atrasos podem custar centenas de milhões de dólares para as empresas. no entanto, quando o planejamento e os procedimentos para essas re-visões de manutenção são padronizados em toda a empresa e as melhores práticas aplicadas, os atra-sos podem ser reduzidos significativamente.

excelência operacional

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excelência operacional: obrigatória para empresas de petróleo e gás

Alcançando o objetivo – não é nem fácil nem rápido ter sucesso. Os primeiros passos de uma transforma-ção podem ser qualquer coisa, menos ‘excelentes’. O desempenho pode até parecer pior, pois os líderes pedem que as pessoas trabalhem e pensem de manei-ras diferentes. Como aquela resolução de ano novo para ir para academia, é relativamente fácil se inscre-ver no segundo dia de janeiro. Mas como garantir que o esforço seja contínuo e repetitivo?

excelência operacional requer um foco incansável da gerência sênior e comunicação constante com a linha de frente para sustentar a jornada de transformação de Oe durante vários anos. algumas empresas com menos expe-riência no gerenciamento de comunicação entre os altos escalões e as linhas da frente cometem o erro de enviar mui-tas mensagens ou mensagens que são muito detalhadas. é muito mais eficaz apresentar a excelência operacional em linguagem clara, nítida e curta. por exemplo, dois dos slogans internos de sucesso da Chevron são: “Faça com se-gurança ou não faça” e “há sempre tempo para fazer bem”, mensagens simples e curtas que articulam claramente a prioridade da empresa de segurança em vez da pressa.

a mudança da cultura corporativa também requer liderança do alto escalão para reforçar novos comporta-mentos. Os líderes devem dar continuamente o tom para a transformação, mantendo expectativas e entusiasmo em alta. Mesmo assim, em nossa experiência, a motiva-ção dos empregados alcança apenas 20% da mudança; assegurar o cumprimento através do reforço das conse-quências, positivas e negativas, alcança os outros 80%.

em outras palavras, a responsabilidade e a transpa-rência são mais importantes do que nunca. por exemplo, quando parte do negócio é avaliado pela primeira vez em relação aos novos padrões e expectativas de Oe, os líderes têm de sinalizar para a equipe que é aceitável ter uma classificação abaixo do padrão. a alternativa de cobrir áreas de fraqueza (e, portanto, possíveis áreas de melhoria) é oportunista e não tem interesse em longo prazo pela saúde dos negócios. Os líderes devem acom-panhar essas avaliações com as suas expectativas por uma melhora considerável na próxima vez.

na verdade, os gestores precisam estimular continu-amente a melhoria por meio de avaliações contínuas da equipe em todos os níveis da organização. estas avalia-ções devem ser mais detalhadas do que simplesmente verificar com os gerentes do site se as coisas estão no caminho certo. elas exigem visitas in loco às platafor-mas operacionais, refinarias e centros de produção, e conversas com outros gerentes, engenheiros, operado-res e técnicos para se certificar de que eles entendem as necessidades e objetivos de excelência operacional. a expectativa de que a gestão vai liderar, ser visível e responsável é o fator mais crítico e fundamental para as-segurar uma transformação bem sucedida.

O prêmio para alcançar a excelência operacional – então, quais são as recompensas tangíveis para a

excelência operacional? a exxonMobil obtém regular-mente retornos sobre suas operações que são de 2% a 3% maiores do que a maioria dos concorrentes, e seus executivos atribuem muito dessa vantagem à excelên-cia operacional. entre as empresas com as quais tra-balhamos ao longo dos últimos anos, temos visto uma série de benefícios em segurança e áreas operacionais, resultantes da implementação de um OeMS.• Uma redução de 40% em prejuízos com incidentes primários de contenção, incluindo vazamentos; • Aumentos nos volumes totais de injeção de água de 15% em todas as operações de exploração e produção – um dos principais motores da recuperação de campos de petróleo;• Nenhum diferimento de exportações de campos de alto desempenho com uma taxa média de 98,5% agora alcançada em todo o portfólio;• Execução mais eficiente de paradas para manuten-ção nas operações a jusante e montante.

a discussão sobre os benefícios quantificáveis de negócios da excelência operacional nas iOCs tem evo-luído nos últimos anos, afetada pelos custos de infla-ção, o uso mais ponderado dos parâmetros adequados e reconhecimento de que outros fatores, como o desen-volvimento organizacional e a capacidade de constru-ção também estão contribuindo para essas melhorias.

na américa do norte, em particular, muitos opera-dores estão respondendo aos preços baixos sustenta-dos da gasolina, reduzindo rapidamente os seus custos através do planejamento integrado e melhor feedback rápido sobre processos de melhoria contínua, permi-tindo uma produção economicamente viável em uma ampla gama de atividades não convencionais.

a busca por níveis mais elevados de integridade de ativos aumentou os custos de manutenção, pois as empresas tentam cumprir plenamente os seus planos e rotinas de manutenção. a vantagem é que este in-vestimento aumenta a confiabilidade. Os executivos da indústria estão refletindo de forma considerável so-bre o uso adequado de benchmarks e como alcançar o equilíbrio ideal entre confiabilidade, custo e eficiência.

a eficiência da manutenção, por exemplo, é um importante indicador da excelência operacional. nos-so trabalho ajudando as empresas de petróleo e gás a melhorar o desempenho sugere que as melhorias na receita, custos de conversão e gestão de riscos trazem benefícios significativos (ver Figura 2).

Manter a excelência no desempenho requer melhoria contínua e foco. a jornada nunca termina. líderes em to-dos os níveis da organização devem continuar a demons-trar o seu compromisso e liderança visível de excelência operacional. não há espaço para a complacência, das li-nhas de frente até a mesa do CeO. Mas os executivos que entendem que esta constante vigilância é o preço da exce-lência operacional podem ter um pouco mais de tranqui-lidade, e este é um prêmio pelo qual vale a pena lutar.

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Rumo ao sistema submarino de produção de petróleoA indústria offshore está descobrindo e explorando reservas petrolíferas em áreas antes inacessíveis, cada vez mais profundas e distantes da costa. Para enfrentar estes novos desafios, estão sendo projetados e construídos navios-sonda com capacidade de operação em lâmina d’água de 3.600 m com a possibilidade de perfurar até 11.300 m.

Também se existem várias opções disponíveis para a exploração das reservas de água profunda, as grandes companhias petrolífe-ras são mais propensas ao desenvolvimento de equipamento de processo submarino.

Produção submarina – O poço em alto-mar tem várias características em comum com os poços em terra. Os fluidos produzidos, como óleo, água e gás são muitas vezes corrosivos, em função da presença de sulfeto de hi-drogênio ou dióxido de carbono e podem apresentar temperaturas e pres-sões elevadas.

a separação destes fluidos e de componentes residuais como areia, por exemplo, facilita o transporte até uma unidade flutuante de produção, como uma FpSO ou até uma instalação terrestre para sucessivo processamento.

O processamento submarino suporta e melhora a produção através de uma série de operações como separação, descarte de água e/ou areia pro-duzidas, reinjeção de água produzida, bombeamento, compressão e aque-cimento de tubulações.

O bombeamento submarino inclui bombas elétricas submersas, utiliza-das para auxiliar o transporte de fluidos de reservatórios com baixa pressão para instalações de processamento, e as bombas mono e multifásicas utili-zadas respectivamente para reinjeção de água produzida e para bombea-mento de fluidos produzidos até a superfície do mar ou terrestre.

a compressão submarina pode ser utilizada para o transporte de gás até a superfície do mar ou terrestre ou injeção em poços na fase de recupe-ração secundária e terciária. em caso de longos sistemas de conexão (tie--back), os dutos submarinos precisam de bombeamento e/ou compressão. em algumas circunstâncias, os dutos submarinos precisam ser aquecidos para facilitar o bombeamento e prevenir a formação de hidratos.

O processamento submarino e transporte exigem uma fonte de energia confiável e facilmente acessível no fundo do mar. Uma vez instalada, a rede de energia elétrica pode ser facilmente controlada por grandes dis-tâncias e não depende das condições de superfície; é uma escolha ideal que viabiliza a produção e processamento de reservas.

Eletrificação submarina – raramente os equipamentos de produção sub-marina mencionados aqui são utilizados singularmente e cada um deles precisa de energia e potência elétrica em um ambiente remoto quase sem-pre inacessível. em muitos sistemas de produção, os requisitos de potência total da instalação podem chegar a 50-100 MW, ou mais.

a indústria tem investido grandes recursos financeiros e humanos na pesquisa e desenvolvimento de projetos ligados a aplicações submarinas. atualmente, o desenvolvimento chegou a um ponto em que a padronização

Milton Korn é Managing Senior Principal Engineer da ABS em Houston, chefia o departamento de Elétrica e Controles da Divisão de Tecnologia Offshore e atua na pesqui-sa subsea de eletrificação e comunicação wireless.

subsea

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de componentes e instalações é considerada um fator determinante para atingir a confiabilidade necessária.

O trabalho de padronização tem sido promovido pe-las companhias petrolíferas através de Joint industry project (Jip) – projetos conjuntos desenvolvidos pela indústria – organizados pela Subsea electric power Standardization (Seps), entidade internacional criada por operadoras para padronizar as normas de fabrica-ção de sistemas de energia submarinos. recentemen-te, o instituto de engenheiro elétricos e eletrônicos (ieee) e a Comissão eletrotécnica internacional (ieC) começaram a trabalhar juntos em Jip sobre SepS para desenvolver padrões apropriados.

Desafios da eletrificação – Operações em ambientes re-motos e hostis nos quais as consequências de uma falha podem colocar em perigo todo o sistema submarino são desafios comuns para a transmissão, distribuição, utili-zação e controle da energia e potência elétrica.

a aplicação de padrões de qualidade existentes na área marítima para novos equipamentos projetados especificamente para operar em ambiente submari-no ou a utilização de equipamentos existentes basea-dos exclusivamente em tais padrões nem sempre são apropriados devido ao fato de que as condições de um ambiente submarino são radicalmente diferentes das condições pelas quais os padrões de qualidade atuais foram desenvolvidos.

a transmissão elétrica de longa distância é um dos tópicos que desperta mais interesse nos pesquisadores que vêm estudando voltagens e frequências adequadas para o ambiente submarino. as opções consideradas foram a transmissão de corrente contínua (DC) e alter-nada (aC); no caso da aC, a transmissão tem frequên-cias de 10 hertz (hz), 16 2/3 hz e até 60 hz. as tensões de transmissão foram pensadas para variar de 27 kv e no máximo até 100 kv.

a topologia de rede de transmissão está sendo in-vestigada com estudos sobre um modelo de fonte de voltagem que frequentemente precisa de estabiliza-ção ou compensação das linhas de transmissão a cada ponto de recepção (final) para manter a voltagem entre uma faixa aceitável.

este é um assunto de grande preocupação em caso de longos tie-back, com bombas e compressores instalados perto do ponto de produção, e quando existe uma estação de reforço/estimulação (boosting) ao longo do tie-back.

Uma alternativa ao modelo de fonte de voltagem é o modelo de transmissão de uma fonte constante de cor-rente em que a corrente é impressa na linha de trans-missão com cada carga “apanhando” a energia necessá-ria a cada ponto ao longo da linha de transmissão.

para distribuir energia elétrica a equipamentos de processamento submarino é necessário ter a capacida-de de efetuar operações de comutação e de gerencia-mento de falhas usando disjuntores ou outros dispositi-

vos. Cargas individuais podem ser alimentadas a partir de transformadores dedicados para fornecer isolação galvânica e melhorar a confiabilidade do sistema.

a distribuição e os equipamentos podem ser coloca-dos dentro de equipamento com características de um vaso de pressão capazes de resistir às altas pressões encontradas no fundo do mar e que conseguem forne-cer um ambiente interno parecido com aquele espera-do pelos padrões de qualidade tradicionais.

Como alternativa, os equipamentos podem ser ins-talados em equipamentos compensados a óleo sem precisar resistir a um grande diferencial de pressão; neste caso, no entanto, o equipamento precisa operar em um ambiente bem diferente daquele tradicional.

a necessidade de lançar, conectar, desconectar e re-cuperar os equipamentos elétricos submarinos a uma profundidade estabelecida resultou no desenvolvimen-to de conectores elétricos submarinos do tipo wet-mate com potência de até 36 kv que podem ser manipulados pelos veículos submarinos operados remotamente, os rOvs (do inglês remotely Operated undervater vehi-cle) e estão incluídos em um dos primeiros padrões de qualidade desenvolvido por um projeto integrado da indústria (Jip) da SepS; este pode ser considerado o primeiro fruto do esforço conjunto de ieee/ieC/Seps.

ainda há muito a ser feito no que diz respeito a pes-quisa e desenvolvimento de padrões de qualidade para o ambiente submarino, mas o esforço conjunto da in-dústria levará, ao longo do tempo, a um amplo desen-volvimento dos equipamentos submarinos.

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indústria brasileira do petróleoOs desafios e oportunidades para a

Após anos de atrasos e contratempos, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) retoma o processo de licitação de novos campos de petróleo.

Na atual 11ª rodada, ainda não estão presentes, entre os cam-pos ofertados, as ambicionadas áreas da camada do pré-sal, de exploração marítima em águas extremamente profundas (as maiores da história da exploração do hidrocarboneto).

Os campos ofertados nessa rodada de concorrência são, em sua maioria, campos em terra e em águas rasas nas regiões norte e nordeste (à exceção de alguns campos no espírito Santo), de menor representatividade quantitativa. em claro propósito de pulverizar a produção, a anp informa que o objetivo da 11ª rodada é o fomen-to à participação de empresas pequenas e médias, notadamente as nacionais. Deixa-se, assim, de beneficiar apenas os usuais partícipes oligopólios da indústria de óleo e gás, malgrado já existirem empre-sas de pequeno e médio porte atuando no setor, por força de licitações anteriores.

a presente licitação, tal como ocorreu em etapas anteriores, per-mitirá também a entrada de novos atores no setor. O pré-edital cria categorias distintas para o trabalho de exploração. para a qualifica-ção como “operadores”, exige-se empresas já constituídas, contando muito sua experiência prévia. Já os “não operadores” podem ser empresas inteiramente novas. esses não operadores poderão formar consórcio com os operadores para atuar em algumas das etapas do trabalho de exploração.

Outro tópico interessante diz respeito ao valor para aquisição de um bloco. trata-se aqui da figura dos bônus de assinaturas, requisito importante para a pontuação no certame licitatório. ao contrário do senso comum – que frequentemente associa a exploração de um poço a valores astronômicos – em alguns dos blocos, os bônus terão valor inicial mínimo a partir de r$ 25 mil.

esse estímulo à diversificação de atores na indústria de exploração petrolífera é mais uma face de uma política de governo presente já há várias gerações, desde a descoberta de petróleo em escala comercial no Brasil, na primeira metade do século passado. a ideia de utilização da exploração do petróleo como mola propulsora de desenvolvimento industrial do país vem desde o fim da Segunda Guerra Mundial e permeia a criação da própria petrobras.

após a flexibilização do monopólio nos anos 1990 e a criação da anp, uma das grandes preocupações governamentais foi a de que a concessão da exploração da atividade petrolífera trouxesse consigo um incremento obrigatório em termos de tecnologia e valor agregado para a indústria brasileira.

Rodrigo Meyer Bornholdt é advogado atuante na área de óleo e gás, mestre em Direito do Estado e doutor em Direito das Relações Sociais pela Universidade Federal do Paraná. Sócio da Bornholdt Advogados.

Eduardo Teicofski é advo-gado atuante na área de óleo e gás, pós-graduado em Temas Contempo-râneos do Direito pelo Instituto Brasileiro de Es-tudos Jurídicos (Curitiba), pós-graduado em Direito Marítimo pelo Centro de Ensino Superior de Santa Catarina. Sócio da Bornholdt Advogados.

rodada anp

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assim, desde a primeira rodada de licitações, um dos fatores de escolha do vencedor é a preponderân-cia do conteúdo local que a empresa licitante se com-promete em utilizar em sua atividade exploratória.

Definindo de maneira sucinta, o conteúdo local é uma razão, calculada entre o que a empresa pe-trolífera utilizará em termos de insumos e serviços estrangeiros e brasileiros em sua cadeia produtiva.

evidentemente, a exigência de um conteúdo local mínimo sempre causou controvérsia nos processos licitatórios, mormente porque as empresas estrangei-ras (e também as nacionais, incluindo a petrobras) queixavam-se da inviabilidade da utilização de um conteúdo nacional mínimo frente às dificuldades de obter no mercado brasileiro os insumos adequados e a mão de obra devidamente qualificada.

essas disputas oriundas da exigência do conteúdo local marcaram a implementação dos contratos oriundos das primeiras rodadas, princi-palmente quanto à maneira da fiscalização e da aferição do real uso do conteúdo local na ativida-de de exploração e extração pelas vencedoras.

esse quadro de insegurança ficou atenuado com a edição das resoluções da anp ns. 36 e 38 (vigen-tes a partir de setembro de 2008) e 37 e 39 (vi-gentes a partir de setembro de 2007), que, em seu conjunto, tratam da certificação e da fiscalização do conteúdo local em face das empresas petrolíferas e seus fornecedores.

Com a entrada em vigor de tais regras, as em-presas petrolíferas e seus atuais e potenciais forne-

cedores podem agir, se não com a ideal, ao menos com alguma previsibilidade e segurança jurídica.

após o hiato ocorrido desde a última rodada de licitações, ocorrida em 2008, a atual será a primeira oportunidade de um novo incremento na cadeia de fornecimento à indústria petrolífera no Brasil, por dois motivos principais e convergentes: 1) o incentivo à entrada de empresas pequenas e médias, que, naturalmente, têm maior interesse na interação com fornecedores próximos na cadeia de mão de obra, insumos e serviços; e 2) pela neces-sidade de comprometimento das petrolíferas com o conteúdo local, para que saiam vencedoras nas licitações dos campos. De acordo com especialistas, as ofertas para utilização desse conteúdo ultrapas-sam, em média, os 60%.

por parte dos potenciais fornecedores de insu-mos e serviços, cabe fazer a sua parte, especiali-zando-se, adequando-se às exigências da anp e buscando os incentivos adequados (tais como as linhas exclusivas de financiamentos para o setor, oferecidas pelo BnDeS). especialmente o setor da indústria nacional de máquinas e equipamentos, tão notabilizado por sua excelência, ainda está muitíssimo aquém do que poderia galgar em maté-ria de fornecimento para as petrolíferas.

em uma época em que a palavra “desindustria-lização” ressoa sinistramente em meio a sucessivos índices magros de crescimento do setor da manu-fatura, tamanha oportunidade, vinda em momento tão agudo, não pode ser desperdiçada.

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146 TN Petróleo 89

uma avaliação de impacto ambiental aplicada ao cenário brasileiro

O SHALE GAS NO BRASIL:

No presente cenário econômico brasileiro e com a crescente necessidade

por hidrocarbonetos de fontes não convencionais, que já mantém o

equilíbrio entre a oferta e demanda mundial, por volta de 90 milhões de

barris/dia, pode-se destacar a indústria do folhelho betuminoso (oil & gas

shale). Atualmente, vários métodos de exploração e produção são operados

ao redor do mundo, promovendo o desenvolvimento das tecnologias e o

crescimento desta indústria estratégica.

Assim, os folhelhos betuminosos representam uma alternativa importante, que poderá ser utilizada na produção de com-bustíveis, dado que há uma reserva mundial estimada em três trilhões de barris dos quais cerca de 82 bilhões boe es-

tão na formação irati no Brasil. Os grandes desafios para a obtenção de hidrocarbonetos dessa fonte são: o desenvolvimento de tecnologias que reduzam o custo do barril; tecnologias que sejam ecoeficientes.

Dessa forma, busca-se apresentar a exploração sustentável dos reservatórios de folhelho betuminoso brasileiro através dos instru-mentos legais, como a avaliação de impacto ambiental (aia), am-plamente utilizada em todo o mundo para o licenciamento ambiental de grandes empreendimentos. Baseado na resolução Conama 01/86, que estabelece as definições, responsabilidades, critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da aia, os afloramentos da formação irati nos estados brasileiros do paraná e São paulo foram tomados como foco do projeto.

O diagnóstico das áreas de influência, suas alternativas tecnoló-gicas e os impactos potenciais foram a base para as conclusões da aia através da Matriz de interação de leopold adaptada. Com este método, que avalia os impactos de forma qualitativa e quantitativa, foi possível indicar a melhor localidade para o desenvolvimento sus-tentável da indústria do folhelho betuminoso brasileiro.

O folhelho betuminosoO folhelho betuminoso, conhecido popularmente como xisto

e mundialmente como oil & gás shale, é uma rocha compacta de origem sedimentar, a qual contém um complexo orgânico, o que-rogênio, que se transforma em óleo e gás. Deste modo, como as

Leila Beatriz Silva Cruzé bacharel em Engenharia do Petróleo na Universida-de de Vila Velha – ES

Gabriel Santos Cerqueira é bacharel em Engenharia do Petróleo na Universida-de de Vila Velha – ES

shale gas

Page 151: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 147

areias betuminosas e os óleos ultrapesados, os folhelhos betuminosos são classificados como recursos de petróleo e gás não convencionais. Os estudos de Johnson e Doré (2010) mostram que estes recursos podem ser assim caracteriza-dos por ter uma rocha insociável, com permea-bilidades muito baixas ou fluidos de difícil trato, quando em geral é necessário utilizar algum método de estímulo para a produção comercial.

a formação irati, constituída por folhelhos e carbonatos ricos em matéria orgânica, é conside-rada a mais importante sequência geradora de hidrocarbonetos da Bacia do paraná. em território brasileiro sua área aflorante, demonstrada pela cor verde na Figura 1, inicia-se no estado de São paulo e prolonga-se, por cerca de 1.700 km, até a frontei-ra do Brasil com Uruguai e paraguai.

no estado do paraná, os afloramentos da formação irati atravessam duas de suas maio-res bacias hidrográficas, a Bacia do rio iguaçu e do rio tibagi e também uma pequena bacia a nordeste, na divisa com o estado de São paulo, a Bacia hidrográfica do rio itararé. no processo de avaliação de impacto ambiental, foram consi-deradas as definições do artigo 5°, itens i, ii e iii da resolução Conama 001/1986, bem como a contemplação de todas as alternativas tecno-lógicas para o projeto, identificação e avaliação dos impactos gerados nas fases de implantação e operação da atividade e a definição dos limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza.

as três bacias hidrográficas paranaenses atra-vessadas pelos afloramentos da formação irati têm grande disponibilidade hídrica, com água de boa qualidade e uma pequena demanda, direcionada em grande parte para a indústria e o abastecimento público, o que dá margem à grande necessidade de água da indústria do folhelho betuminoso, mas remete também à preocupação quanto à contami-nação desse recurso crucial à população.

O solo das zonas exploráveis nas áreas de influência do projeto têm uso predominantemen-te misto, exceto na bacia do rio tibagi que tem zonas de reflorestamento e agricultura intensiva, além de Corredores de Biodiversidade e Áreas de preservação ambiental. O apelo turístico fixa--se somente na bacia do rio iguaçu pelas zonas de preservação adjacentes à área explorável e as Cataratas do iguaçu.

no estado de São paulo, os folhelhos betumino-sos encontram-se nas bacias do alto paranapanema e tietê/Sorocaba. Com baixa densidade popula-cional, as bacias paulistanas, apesar de conterem cidades importantes como itapetininga, Sorocaba e itu, são predominantemente rurais, com municípios que, em média, possuem populações abaixo de 30 mil habitantes, remetendo a uma baixa demanda de água para o abastecimento público.

a agropecuária, e com maior destaque os seto-res sucroalcooleiro e de grãos, demandam a maior parte da água e da terra do alto paranapanema, além de ser considerada uma zona de conservação natural no estado, com 15% do seu território prote-gidos por legislação especial, o que tende a gerar uma problemática no que diz respeito à posse e uso da terra para as atividades da indústria do folhelho betuminoso.

Figura 1 – Mapa de Localização dos Afloramentos de Folhelhos.

18º

20º

22º

24º

26º

28º

30º

32ºAfloramentos daformação Irati

Subafloramentos daformação Irati

Brasil

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Efeito Abrangência Ocorrência Frequência Reversibilidade

Média negativo/positivo de cada alternativa -1,61 2

Avaliação dos impactos ambientais

LEGENDAImpactos / Pontuação

Melhor alternativa Estado do Paraná: menor pontuação em aspectos negativos. aspectos positivos idênticos

Fase do Empreendimento

FatorAmbiental

ImpactoAmbiental

Meio Físico Recursos Hídricos

Meio FísicoQualidadedo Ar

MeioBióticoFlora

Meio Biótico Fauna

Meio Antrópico

06 - Intervenção em áreas preser-vadas (Unidades de Conservação/Áreas de Preservação/Reservas).

07 - Alteração da comunidade fau-nística por perda de habitat.

08 - Interferência nas atividades econômicas tradicionais (agricul-tura/pecuária).

09 - Geração de emprego e con-tratação de serviços e produtos, contribuindo para a dinamização da economia.

10 - Aumento da demanda pelo uso dos equipamentos sociais, conflitos entre moradores locais e trabalha-dores do empreendimento e con-sequências sociais pela presença de um grupo social estranho à comunidade local.

11 - Interferência em comuni-dades tradicionais (indígenas/quilombolas)

01 - Geração de resíduos sólidos (retortado/liziviação).

02 - Contaminação por eventuais vazamentos de óleo do sistema.

03 - Contaminação dos reserva-tórios de subsuperfície.

04 - Emissões de material parti-culado (poeira).

05 - Emissões atmosféricas (má-quinas, equipamentos e veículos utilizados pelo empreendimento).

Localidade (UF) PARANÁ

Negativo de grande magnitude (-3) Positivo de grande magnitude (-3)

Negativo de média magnitude (-2) Positivo de média magnitude (-2)

Negativo de pequena magnitude (-1) Positivo de pequena magnitude (-1)

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TN Petróleo 89 149

Uma avaliação de impacto ambiental aplicada ao cenário brasileiro

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Efeito Abrangência Ocorrência Frequência Reversibilidade

Média negativo/positivo de cada alternativa -1,54 2

Avaliação dos impactos ambientais

Melhor alternativa Estado do Paraná: menor pontuação em aspectos negativos. aspectos positivos idênticos

Fase do Empreendimento

FatorAmbiental

ImpactoAmbiental

Meio Físico Uso dosolo

Meio BióticoFlora

MeioBióticoFauna

Meio Físico Qualidadedo ar

Meio Antrópico

01 - Incremento dos processoserosivos.

02 - Impermeabilização

do terreno.

03 - Perda de diversidade de es-pécies arbóreas e não arbóreas devido à supressão de vegetação.

04 - Afugentamento da fauna.

05 - Emissões atmosféricas (má-quinas, equipamentos e veículos utilizados pelo empreendimento).

06 - Geração de ruídos.

07 - Interferência na saúde pública (doenças respiratórias relacionadas à qualidade do ar).

08 - Dinamização do setor terciário local.

09 - Alteração da paisagem.

10 - Interferência na atividade turística.

Localidade (UF) PARANÁ

a região do tietê/Sorocaba tem um caráter mais industrializado, demandando maior quantidade de água para uso industrial e urbano, mesmo conten-do grandes plantações de cana-de-açúcar e explo-ração de bovinos, aves e suínos.

no quesito biota, o estado de São paulo mostra--se mais vulnerável que o paraná, contendo 48 espécies da flora nacional no livro vermelho, que lista as espécies em risco de extinção, frente às 17 espécies do estado do paraná. Os impactos na fauna tendem assim a ser piores em São paulo, devido à relação flora x fauna e seu agravante quando levado em consideração a fauna em risco, descrita no livro vermelho, que remete ao estado

de São paulo um montante de 436 animais ameaça-dos de extinção. a qualificação do estado crítico do meio biótico do estado de São paulo tem em vista o artigo 6º da resolução Conama 01/86 que destaca a importância das áreas de preservação, e o valor científico e econômico das espécies raras e amea-çadas de extinção da flora e fauna brasileira.

Uma das tecnologias de processamento térmico mais reconhecidas mundialmente para folhelhos betuminosos superficiais, como os da formação irati, é o processo petrosix da petrobras, que é apli-cado não só no Brasil, mas em países como China, Marrocos, Jordânia, e também muito indicado para os folhelhos betuminosos do meio-oeste norte-

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150 TN Petróleo 89

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Efeito Abrangência Ocorrência Frequência Reversibilidade

Média negativo/positivo de cada alternativa -2,25ww 2

Avaliação dos impactos ambientais

Fase do Empreendimento

FatorAmbiental

ImpactoAmbiental

Meio Físico Recursos Hídricos

Meio FísicoQualidadedo Ar

MeioBióticoFlora

Meio Biótico Fauna

Meio Antrópico

06 - Intervenção em áreas preser-vadas (Unidades de Conservação/Áreas de Preservação/Reservas).

07 - Alteração da comunidade fau-nística por perda de habitat.

08 - Interferência nas atividades econômicas tradicionais (agricul-tura/pecuária).

09 - Geração de emprego e con-tratação de serviços e produtos, contribuindo para a dinamização da economia.

10 - Aumento da demanda pelo uso dos equipamentos sociais, conflitos entre moradores locais e trabalha-dores do empreendimento e con-sequências sociais pela presença de um grupo social estranho à comunidade local.

11 - Interferência em comuni-dades tradicionais (indígenas/quilombolas)

01 - Geração de resíduos sólidos (retortado/liziviação).

02 - Contaminação por eventuais vazamentos de óleo do sistema.

03 - Contaminação dos reserva-tórios de subsuperfície.

04 - Emissões de material parti-culado (poeira).

05 - Emissões atmosféricas (má-quinas, equipamentos e veículos utilizados pelo empreendimento).

Localidade (UF) SÃO PAULO

-americano. a retorta petrosix vem operando e se desenvolvendo desde 1991 no município de São Mateus do Sul/pr.

Sua cadeia produtiva engloba três macropro-cessos: a mineração do folhelho betuminoso dos afloramentos da formação irati em tiras paralelas por escavadeiras de grande capacidade (900 m³/h); o tratamento do minério que é transportado às ins-talações de superfície, britado para a granulometria desejada para o processo, peneirado, homogeneiza-

do e transferido para o processamento por esteiras; o processamento térmico, retortagem ou pirólise, quando a retorta petrosix é alimentada pelos folhe-lhos betuminosos que são pirolisados pela injeção de gás quente.

Meio ambienteOs questionamentos relacionados aos impactos ambientais das atividades humanas tiveram início nos países desenvolvidos nos anos 1960, quando a

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Efeito Abrangência Ocorrência Frequência Reversibilidade

Média negativo/positivo de cada alternativa -1,57 2

Avaliação dos impactos ambientais

Fase do Empreendimento

FatorAmbiental

ImpactoAmbiental

Meio Físico Uso dosolo

Meio BióticoFlora

MeioBióticoFauna

Meio Físico Qualidadedo ar

Meio Antrópico

01 - Incremento dos processoserosivos.

02 - Impermeabilização

do terreno.

03 - Perda de diversidade de es-pécies arbóreas e não arbóreas devido à supressão de vegetação.

04 - Afugentamento da fauna.

05 - Emissões atmosféricas (má-quinas, equipamentos e veículos utilizados pelo empreendimento).

06 - Geração de ruídos.

07 - Interferência na saúde pública (doenças respiratórias relacionadas à qualidade do ar).

08 - Dinamização do setor terciário local.

09 - Alteração da paisagem.

10 - Interferência na atividade turística.

Localidade (UF) SÃO PAULO

sociedade passou a exigir que os fatores ambien-tais fossem abordados nos processos de tomada de decisão. até então, somente se levava em conside-ração os estudos de viabilidade técnica e análises de Custo Benefício. Os impactos ambientais são estudados e avaliados por um método chamado de avaliação de impacto ambiental (aia).

atualmente, em locais em que a aia não é pre-vista na legislação, esta é aplicada por exigência de algumas organizações internacionais, dentre as quais estão os principais organismos de coopera-ção internacional como a Organização das nações Unidas (OnU), o Banco Mundial (Bird) e o Banco interamericano de Desenvolvimento (BiD). O es-tudo de impacto ambiental (eia) o seu relatório de impacto ambiental (rima), que compreende em tarefas técnico-científicas, estão inclusos na

aia. O programa de reabilitação de Áreas Degra-dadas (prad), elaborado pela associação Brasi-leira de normas técnicas nBr 13030, é outro documento técnico específico que diz respeito à elaboração da aia nas atividades de recuperação de zonas onde ocorreu lavra mineradora.

Os impactos ambientais potenciais da explo-ração do folhelho betuminoso são referentes à qualidade do ar, da água, ao uso do solo e sua recuperação, impactos socioeconômicos, alocação de recursos, dentre outras considerações. a mine-ração de superfície envolve perturbações signifi-cativas podendo afetar as águas superficiais, os padrões de escoamento, a qualidade da água do subsolo, do ar, relacionado à poeira emitida, flora e fauna. experiências com mineração a céu aberto de folhelho betuminoso demonstraram que os im-

Uma avaliação de impacto ambiental aplicada ao cenário brasileiro

Page 156: TN Petróleo #89

152 TN Petróleo 89

shale gas

pactos podem ser mitigados e que a terra pode ser restaurada após a lavra.

O processo de retortagem do folhelho betumi-noso envolve o aquecimento da rocha a tempera-turas entre 450ºC e 550ºC. a estas temperaturas, a pirólise gera uma variedade de gases, alguns dos quais podem ser capturados e reutilizados nas instalações ou comercialmente. Os gases re-siduais e gases emitidos por chaminés no proces-samento do folhelho betuminoso contêm princi-palmente SOx, nOx, CO2, material particulado, vapor de água e hidrocarbonetos. também há um potencial para a liberação de outros materiais perigosos para a atmosfera, tais como materiais orgânicos aromáticos polinucleares, um conjunto complexo de condensados, compostos orgânicos aromáticos e traços de metais.

no Brasil, somente em 1973, decorrente da participação do Brasil na Conferência das nações Unidas para o ambiente humano de estocolmo, no ano anterior, houve a criação de um órgão de âm-bito federal, a Sema (Secretaria especial do Meio ambiente). apesar da evolução, o tamanho do atra-so da política ambiental brasileira naquele momen-to, quando o governo chegou a alegar na Conferên-cia internacional de Meio ambiente de estocolmo que a mobilização ambiental internacional impedia o crescimento das nações pobres, fez com que o go-verno publicasse anúncios em periódicos de países desenvolvidos a fim de atrair indústrias poluentes para o país, onde não havia medidas de controle ambiental rigorosas.

após nove anos da Conferência de estocolmo, em 31 de agosto de 1981, o Brasil passou a fazer parte da lista de países que possuem legislação relacionada à aia, através da criação da lei 6.938 que estabeleceu os objetivos, ações e instrumentos da pnMa (política nacional do Meio ambiente). Cinco anos após a criação da pnMa, foi publicada a primeira legislação federal brasileira referente à aia: a resolução Conama n. 001/1986, a qual busca estabelecer as orientações e diretrizes para os principais elementos da aia, o estudo de im-pacto ambiental (eia) e seu relatório de impacto ambiental (rima).

Impacto ambiental na prática da aia existem várias metodologias,

sendo a Matriz de leopold a matriz de intera-ção mais difundida e aplicada nos processos de licenciamento ambiental. esta é capaz de produ-zir 8.800 interações através de cem colunas, que

refletem as ações do projeto e 88 linhas relaciona-das às características ambientais, representando tal impacto em uma célula comum através de símbolos, ilustrações, marcas, pontos de tamanhos diferentes, números ou observações descritivas podendo denotar o tipo de impacto (direto, indire-to), a magnitude (quantificando numericamente a grandeza do impacto), sua qualidade (positiva ou negativa) dentre outras considerações possíveis. para a correta comparação e definição da locali-dade mais adequada à implantação sustentável da indústria do folhelho betuminoso (oil & gas shale) foram estabelecidos critérios, tais como: a defi-nição dos impactos considerados como de suma importância para a tomada de decisão entre as alternativas locacionais propostas; determinação do nível de criticidade e qualidade que melhor valorará o impacto em relação à alternativa estu-dada; elaboração da Matriz de leopold modifica-da, a qual agrupa os impactos relevantes por meio impactado e fase do empreendimento; a partir da Matriz elaborada, selecionará quais impactos relevantes devem ser considerados fatores críticos para a tomada de decisão.

Os impactos definidos na matriz foram subdivi-didos entre os meios Biótico, Físico e antrópico e estes estão relacionados à fase do empreendimento: implantação e Operação. Os níveis de criticidade foram definidos com base nas técnicas aplicadas na Matriz de leopold quando se considera os valo-res cumulativos da magnitude de impacto. para impactos de grande magnitude serão considerados 3 pontos, média magnitude 2 pontos e pequena magnitude 1 ponto. Os impactos positivos (+) são marcados em verde e os negativos (-) em vermelho. Cabe ressaltar que não foi utilizada a pontuação zero, uma vez que a ausência de impactos não é considerada em grandes empreendimentos como o estudado. Sendo assim, para impactos de peque-na magnitude foi considerada a menor pontuação possível, isto é 1 ponto.

a análise dos fatores críticos e a pontuação atribuída a estes, relacionado à sua alternativa locacional, levou a conclusões de que os impactos relacionados ao meio antrópico possuem grande relevância na escolha da alternativa locacional, uma vez que se referem de modo especial aos im-pactos que a população poderá sofrer diretamente em decorrência do empreendimento. neste sentido, atenção especial deve ser dada a este tema, pois sua inobservância pode ter como consequência for-te mobilização social contrária ao empreendimento.

Page 157: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 153

BRESSAN, P.M.; KIERULFF, M.C.M.; SUGIEDA, A.M. (Coord.) Fauna ameaçada de extinção no estado de São Paulo: Vertebrados. São Paulo: Fundação Parque Zoológico de São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 2009.

JOHNSON, H.; DORÉ, A. G. Unconventional oil and gas resources and the geological storage of carbon dioxide: overview. Petroleum Geology Conference series, Londres, v. 7, 2010, p. 1061-1063.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (Brasil). Reso-lução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano.cfm?codlegitipo=3>. Acesso em: 01 maio 2012.

SCHAITZA, E. (Coord.) Fauna do Paraná em extin-ção. Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná, 2006.

Referências

na fase de implantação, tem-se uma breve diferenciação no que diz respeito à interferência nas atividades econômicas tradicionais do estado de São paulo, sendo esta região predominan-temente ocupada por atividades agropecuárias intensivas, o que tende a gerar maior conflito com os donos de terras, principalmente grandes latifundiários sucroalcooleiros que não atraídos pelas possíveis propostas de indenização tendem a retrair-se quando no processo de negociação de suas terras. Outro fator preponderante nesta fase do projeto é a interferência em comunidades tradicionais, de maior incidência no estado do paraná, levando maior gravidade à implantação da indústria nessas áreas consideradas de alta sensibilidade social.

Quanto ao meio físico, na fase de implanta-ção do projeto, os recursos hídricos geram uma margem de diferença entre as duas alternativas locacionais. apesar das bacias hidrográficas paulistanas alojarem cerca de um terço do con-tingente populacional das bacias hidrográficas paranaenses, elas demandam cerca do mesmo volume de água, tendo em sua maioria a des-tinação rural e em segundo escalão a utilidade urbana, as quais requerem uma água de melhor qualidade, o que eleva o nível de criticidade da contaminação dos reservatórios superficiais e aquíferos do estado de São paulo.

Quanto à qualidade do ar, o estado do paraná é mais afetado por ser mais povoado nas zonas de possível exploração do folhelho betuminoso, contendo cidades importantes nessa rota o que gera problemas decorrentes da emissão de poeira da circulação de máquinas e principalmente das atividades de mineração. as emissões atmosféricas geram impactos significativos e de cunho estratégi-co em ambos os estados, pois no paraná esta área é de grande utilidade para zonas de reflorestamento

da indústria da celulose e ambos os estados têm zo-nas de agricultura intensiva, agravando o risco de impacto pela liberação de óxidos de enxofre [SOx] e óxidos de nitrogênio [nOx], e potencial geração de chuva ácida.

na fase de operação do projeto, o meio físico não gera diferenciação entre as duas alternativas locacionais, mas é de importância significativa ressaltar que um impacto ambiental não aparece necessariamente em apenas uma fase do projeto, como ocorreu com o impacto denominado ‘emis-sões atmosféricas’ (máquinas, equipamentos e veículos utilizados pelo empreendimento). este fator dá ao método escolhido, Matriz de leopold, a importante característica de relacionar também os impactos cumulativos.

a comparação entre os impactos no meio biótico de ambos os estados levou à definição de que o es-tado de São paulo é o mais vulnerável às atividades da indústria do folhelho betuminoso. as áreas de possível impacto estão localizadas na bacia hidro-gráfica com maior número de Áreas protegidas pelo instituto Florestal, a Bacia do alto paranapanema, tendo o estado de São paulo, 48 espécies da flora nacional no livro vermelho, que lista as espécies em risco de extinção, frente às 17 espécies do esta-do do paraná.

Os impactos na fauna tendem assim a ser, con-sequentemente, piores em São paulo, devido à re-lação flora x fauna e seu agravante quando levado em consideração a fauna em risco no livro verme-lho que remete a este estado um contingente de 436 animais ameaçados de extinção. esta qualifica-ção do estado crítico do meio biótico do estado de São paulo destaca, novamente com base no artigo 6º da resolução Conama 01/86, a importância das áreas de preservação, e o valor científico e econô-mico das espécies raras e ameaçadas de extinção da flora e fauna brasileira.

Uma avaliação de impacto ambiental aplicada ao cenário brasileiro

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154 TN Petróleo 89

Como as mudanças na indústria automotivaafetarão o mercado de lubrificantes em 2025?

A convergência entre comunicação, eletrônica e automóveis é uma das dez

tendências automotivas que a Roland Berger Strategy

Consultants identificou em seu recente estudo

intitulado Automotive Landscape 2025 como

o principal motor de crescimento dentro da

indústria automobilística. Estas tendências são

derivadas da pesquisa da Roland Berger sobre

os efeitos de cinco megatendências globais

que terão impacto universal em todos os setores até

2025: preocupações ambientais e regulamentos,

a urbanização e crescimento das

megacidades, o movimento para uma população

mais baseada na web e conectada, mudanças na

cultura, e o comportamento e constante mudança dos

consumidores.

A roland Berger alavancou seu reconhecimento por meio da li-derança na indústria automotiva e de suas relações com uma variedade de fabricantes de automóveis e fornecedores para identificar as tendências que irão moldar o futuro de ambas

as indústrias. Usamos também o nosso entendimento sobre essas cinco megatendências globais para moldar as discussões. na compilação e análise dos dados, foram entrevistados mais de 60 especialistas para discutir as principais tendências que eles preveem e explorar as impli-cações para ambas as indústrias.

esses peritos vieram de fabricantes de veículos (OeMs), compo-nentes chave e fornecedores de sistemas a esses fabricantes (OeSs), agências governamentais ao redor do mundo, universidades e gru-pos de reflexão com experiência em transporte. também integraram os pontos de vista dos mais de 300 consultores e parceiros da roland Berger Strategy Consultants, que trabalham em período integral no nosso Centro de Competência automotiva. algumas das tendências discutidas neste artigo lidam com a mudança dinâmica de mercados, produtos, funcionários e clientes, enquanto outras se concentram em mudanças nas estruturas organizacionais, modelos de negócios e na cadeia de valor.

Principais tendências na indústria automotivaSempre online, sempre conectado. veículos online enviarão e

receberão informação constantemente em 2025; o carro se tornará o dispositivo móvel da vez. através de plataformas OeM mais e mais padronizadas, os consumidores serão capazes de integrar seus apare-lhos eletrônicos com o seu carro, permitindo o acesso à informação ou outros serviços adicionais por meio de voz, touch screen, ou controles no volante. a conectividade é um fator-chave em curto prazo, mas as soluções inteligentes de tráfego, incluindo a tecnologia de prevenção de acidentes, continuarão a ser uma meta bem além de 2025.

Mudança para a ásia. esperamos uma mudança dramática para a Ásia no crescimento tanto nas vendas de veículos quanto na capacida-de de produção. Blocos regionais de comércio crescerão e a produção continuará caminhando para baixos custos locais. em nossa opinião, 300 mil empregos na europa estarão em risco.

Fontes de energia. a roland Berger administra vários cenários e espera uma aceleração da eletrificação global e hibridização. no mais positivo de todos os casos, esperamos que os veículos elétricos repre-sentem cerca de 10% das novas vendas de veículos em 2025, enquanto os híbridos devem atingir uma quota de 40%. Dito isso, os motores de combustão interna continuarão sendo responsáveis por 50% de todas as vendas de veículos novos.

O pequeno é bonito. a maioria dos europeus está acostumada com eles, mas os minicarros e os veículos pequenos ainda são polê-micos para os consumidores dos eUa. Os benefícios para o consumi-

William R. Downey Jr. é sócio da Roland Berger Strategy Consultants LLC (Nova York).

lubrificantes

Page 159: TN Petróleo #89

TN Petróleo 89 155

dor incluem uma melhor economia de combustível e maior facilidade de se locomover pela cidade, incluindo o estacionamento. Os segmentos euro Car a e B (minicarros com até 3.600 mm e carros pequenos com até 4.100 mm de comprimento) irão mostrar um crescimento muito forte. Minicarros incluem o Ford Ka, Smart Fortwo, volkswagen Up e Golf, e Opel Corsa.

Desmotorização. a pesquisa da roland Berger mostra que os carros estão menos atraentes e con-tinuarão perdendo cada vez mais espaço entre as gerações mais novas em países desenvolvidos. em termos de conexão emocional, o automóvel cedeu sua “posição no pódium”, perdendo para apare-lhos de comunicação incluindo smartphones, ta-blets, laptops, e music players portáveis. além disso, a taxa de motorização está diminuindo nas grandes cidades, e não apenas nas nações indus-trialmente maduras. em 2025, a propriedade de automóveis nas principais áreas urbanas se torna-rá quase desnecessária.

Lacuna de Profissionais Qualificados. escalan-do a guerra global por talentos, países da europa e américa do norte, com o envelhecimento da popu-lação, são carentes de profissionais pós-graduados e com especializações nas áreas de ciência, tec-nologia, engenharia e matemática. Fabricantes de veículos e componentes-chave e fornecedores de sistemas a esses fabricantes não podem aumentar significativamente os seus departamentos de p&D no exterior, porque não há profissionais. por exem-plo, nos eUa, enquanto o número total de estu-dantes que se formam nas universidades está em constante aumento, o percentual de graduados que estudam uma disciplina voltada para ciência, tecno-logia, engenharia ou matemática, na verdade, caiu de 8,5% em 1999 para 7% em 2008. além disso, a idade média crescente da população e o declínio na força de trabalho diminui o número de trabalhado-res qualificados para a i&D, tecnologia e desenvol-vimento e fabricação.

Tendências que terão impacto no negócio de lubrificantes

algumas das tendências que irão modelar muito a indústria automotiva em 2025 irão também impac-tar naturalmente os negócios de lubrificantes. essas tendências automotivas terão um impacto em todo o plano de marketing das companhias de lubrifican-tes, afetando o lugar em que o lubrificante é consu-mido, os tipos de produtos vendidos, os canais de distribuição que são importantes e as abordagens para a promoção de produtos.

Sempre online, sempre conectado apresenta a gama mais emocionante de oportunidades para a indústria de lubrificantes, com quase ilimitadas

oportunidades promocionais. estes incluem moni-toramento do óleo em tempo real a partir do strea-ming de dados operacionais que poderiam fornecer aos usuários informações de diagnóstico em seus veículos, oportunidades de marketing que podem se apresentar para lojas no formato “faça você mes-mo”, além de comunicação com o motorista sobre agendamento de serviços.

A mudança para a ásia é uma tendência com a qual os fornecedores de lubrificantes estão fami-liarizados, já tendo visto o impacto do aumento das vendas de lubrificantes na Ásia. À medida que os fabricantes de veículos de passageiros movem a ca-pacidade de produção para o leste para estar mais perto de mercados em crescimento, os fornecedores de sistemas a esses fabricantes seguirão para estar mais perto de onde os carros serão fabricados, com-prados e, finalmente, distribuídos, e assim se move o lubrificante necessário para fazer os veículos.

Fontes de energia trazem oportunidades crescen-tes para os fornecedores de lubrificantes em frentes técnicas e de marketing. tecnologias economizado-ras de combustível continuam a evoluir em motores tradicionais, assim como a demanda por montado-ras de lubrificantes especialmente formulados. além disso, a crescente participação de veículos híbridos e elétricos mais silenciosos aumenta o interesse em lubrificantes que funcionam em silêncio. veículos híbridos utilizando sistemas de transmissão variável contínua (Cvt) também requerem fluidos únicos. Do ponto de vista de marketing, há uma oportunidade para posicionar produtos específicos em um nível de preço premium para os proprietários de híbridos, que podem mais facilmente entender o custo do ciclo de vida total do produto.

O pequeno é bonito nos lembra dos antigos anúncios da Castrol na américa do norte, alarde-ando o fato de que o óleo da Castrol foi “projetado para motores menores”. Mesmo que a indústria de lubrificantes tente criar especificações em toda a indústria, nós vemos oportunidades para mais seg-mentação, atendendo necessidades específicas dos clientes e criando novos produtos, promoções e, até mesmo, oportunidades de canal.

Concluindo, a pesquisa identificou cinco mega-tendências globais até 2025. esses ventos da mu-dança que vai explodir em todo o mundo terão um impacto em todos os setores. acreditamos que essas megatendências, então, conduzirão a mudanças fun-damentais na indústria automotiva que, por sua vez, acabará por influenciar a indústria de lubrificantes.

essas tendências criarão oportunidades para os profissionais de marketing de lubrificantes antecipa-rem uma mudança de foco, criando novos produtos para os canais corretos e com capacidade de tirar pro-veito das novas ferramentas promocionais.

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As bombas multifásicas para petróleo são realmente “multi-funcionais”. Misturas de petróleo, água de formação e gás natural em diversas concentrações e composições são bom-beadas com confiabilidade. entre os componentes sensíveis

da bomba se encontram os selos mecânicos, geralmente com comple-xos sistemas de lubrificação e “vent” para permitir um trabalho sem interrupções, apesar da mistura multifásica. isso soluciona diversos problemas, como, por exemplo, o superaquecimento provocado pelo funcionamento a seco ou pela erosão das superfícies de deslizamento por fluidos abrasivos. Os selos mecânicos com Diamond Face para bombas booster também facilitam as coisas, como eagleBurgmann demonstra de maneira impressionante com os selos que se encontram funcionando sob condições extremas no campo de panacocha, na região amazônica do equador.

O cliente e parceiro no desenvolvimento deste selo mecânico desenhado para alta disponibilidade, mínima manutenção e revesti-do com Diamond Face (só disponível na eagleBurgmann) é a Bor-nemann, fabricante alemã de bombas. Com suas bombas multifuso, em geral de deslocamento positivo, a Bornemann é um dos maiores nomes em tecnologias multifásicas e submarinas. essa tradicional empresa se estabeleceu em 1853, convertendo-se na mais veterana da indústria alemã de bombas e em uma das líderes no mundo para o bombeio de óleo e demais aplicações.

O equador é o quarto maior produtor de petróleo da américa do Sul. em 2009, a Bornemann recebeu sinal verde da empresa estatal petroamazonas ep para fornecer três potentes bombas multifásicas que foram utilizadas no interior da Floresta amazônica. no projeto panacocha (o qual estava integrado ao oleoduto desde outubro 2010 e, em sua fase final, desenhado para 16 poços e uma produção diária de 25 mil barris de petróleo cru), foram necessárias bombas booster para transportar a mistura do bombeio multifásico a alta pressão atra-vés dos 500 km de extensão do oleoduto da refinaria esmeraldas, na costa do pacífico.

O benefício do conceito multifásico está no fato de, no passado, as misturas heterogêneas de petróleo, gás, água e diversos sólidos serem

Operando como se estivesse100% lubrificado

Falta de lubrificação e sólidos abrasivos não são problemas para os selos mecânicos com Diamond Face em bombas multifásicas utilizadas pela Petroamazonas no Equador.

Andreas Goldschmidt é engenheiro do departa-mento comercial para Refinarias (Oil & Gas), da EagleBurgmann Germany, Wolfratshausen.

Tobias Gürtler é enge-nheiro do departamento comercial para Refinarias (Oil & Gas), da Eagle-Burgmann Germany, Wolfratshausen.

lubrificação

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separadas desde o poço de petróleo e, depois, transportadas separadamente por oleodutos. hoje, um único oleoduto multifásico é suficiente. isto mostrou ser uma vantagem significativa em proje-tos sensíveis ao meio ambiente.

Livre de manutenção e robusto“Menos é mais”. este é um conceito ideal para

os oleodutos e estações de bombeio, mas também se aplica aos desenhos dos selos mecânicos nas bombas de pressão booster para o projeto pana-cocha. O cliente era a Bornemann, que colaborou estreitamente com eagleBurgmann durante décadas e que necessitava de selos simples e confiáveis para bombas multifásicas instaladas no interior da Flo-resta amazônica. a especificação requeria um selo mecânico com a menor manutenção possível, mas que, ao mesmo tempo, fosse robusto e pudesse ser utilizado em uma estação operada remotamente.

Os selos para panacocha não foram intencio-nalmente baseados no plano api 32, o qual implica o abastecimento de fluido limpo (em geral água) de fonte externa superior ao selo e é padrão para diversas aplicações multifásicas. O abastecimento de líquido proporciona uma película de lubrificação constante entre as faces deslizantes e proporciona proteção eficaz contra a falta de lubrificação. isto é importante caso o gás (bolsões) seja bombeado por longos períodos e, o risco de superaquecimento e fun-cionamento a seco é particularmente grande. Outro ponto a favor é a permanente purga, mantendo os sólidos contaminados com bombeio médio longe das faces deslizantes. isto previne o desgaste prematuro e fugas que pudessem ser ocasionadas por abrasão. a principal desvantagem do plano api 32 quando utilizado longe da civilização é o custo de logística e monitoramento e, por isso, este método não foi uma opção viável para o projeto de equador.

Diamond Face é resistente, ainda que sem líquido de lubrificação

O que se necessitava era de um selo que de-mandasse pouca ou nenhuma manutenção e que pudesse trabalhar sob severas condições operacio-nais (inadequada lubrificação, altas temperaturas e exposição a sólidos abrasivos), incluindo a falta de líquido externo de lubrificação. para este exigente desafio, a eagleBurgmann apresentou a solução Diamond Face a todos os parceiros do projeto. esta inovadora tecnologia para o revestimento de faces deslizantes foi apresentada pelo fabricante de selos em 2007 e, desde então, demostra sua eficácia em

mais de dois mil selos mecânicos que operam sob condições extremas. O método foi desenvolvido em conjunto com o Fraunhofer institute para tecno-logia de recobrimento e proteção de superfícies em Braunschweig (alemanha) – as faces deslizan-tes de carbeto de silício são recobertas com uma camada de diamante policristalino. Uma camada de diamante de até 10 cm de espessura, aplicada a vácuo e em temperaturas de 1.200°C, o caracteriza pela sua extrema dureza, resistência ao desgaste, excelente condução térmica, resistência química e baixa fricção, o que explica os motivos pelos quais os gestores do projeto panacocha decidiram utilizar Diamond Face.

De olho nos custosvários anos de experiência e uma excelente

cooperação com o fabricante da bomba contribuí-ram para que esta solução de selagem pudesse ser integrada à bomba Bornemann sem grandes custos. Como demostrado pelo conceito de selagem, foram necessários apenas uns poucos passos para forne-cer um selo com Diamond Face que cumprisse com os requisitos. O produto final, denominado DF-

Bomba booster no projeto Panacocha (Equador).

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-hShJ4S1, se caracteriza pelo seu desenho, com cartucho, balanceado, molas protegidas contra o produto e selagens secundárias que podem contro-lar diversos desafios associados à pressão, tempe-ratura e composição do meio.

a especificação das faces deslizante e esta-cionária, ambas com revestimento em diamante, tornou possível que as faces deslizantes pudessem suportar o funcionamento a seco durante vários mi-nutos sem danos e, inclusive, na caixa de selagem em temperaturas de até 300°C, sem problemas. e tudo isso sem necessidade de utilizar os com-plicados métodos baseados nos sistemas do plano api 32. O selo mecânico com Diamond Face está perfeitamente equipado para enfrentar as flutua-ções abruptas no conteúdo da mistura do produto bombeado comuns nas aplicações multifásicas. O espectro vai desde o gás puro até a água ou o óleo contendo diferentes sólidos.

Otimização das questões periféricasapesar de a Diamond Face ser indiscutivel-

mente a solução ideal para levar a cabo as difíceis condições de panacocha, alguns detalhes ainda necessitavam ser considerados. todos os compo-nentes metálicos do cartucho pré-montados foram feitos em aço superduplex (G4) devido ao alto con-teúdo de cloreto na água de formação (água que é bombeada desde o piso junto com a mistura de petróleo/gás). para otimização da vida útil do selo mecânico, a eagleBurgmann optou por um quench sem pressurização como solução para panacocha. este consistia em proporcionar um resfriamento rápido do óleo não pressurizado (iSO vG32) a partir do lado da atmosfera, conforme o plano api 62. isto se distribui desde a parte “posterior” da superfície de deslizamento através de ranhuras hidrodinâmicas de petróleo ou das cavidades, o qual proporciona um leve efeito de resfriamento.

ao final do dia, estas medidas são detalhadas, com alta precisão, permitindo que o sistema Diamond Face se desempenhe em sua melhor condição.

Os engenheiros consultores da eagleBurg-mann no equador, onde os selos foram utilizados, foram capazes de constatar, na prática, como os selos com Diamond Face de panacocha traba-lham perfeitamente (quatro deles estão insta-lados em cada bomba booster). apesar de ope-rarem continuamente, não existe nenhum sinal de qualquer tipo de falha nos selos. a vida útil deveria superar bastante o tempo de garantia de um ano e, até o momento, os selos operam como se tivessem uma lubrificação perfeita, ainda que sem lubrificação contínua.

Bomba booster no projeto Panacocha (Equador).

lubrificação

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Regime de partilha

Para aqueles que pretendem entender, ainda que apenas um pouco, como funciona a Indústria do Petróleo e do Gás Natural (IPGN), o melhor ponto de partida é sem dúvida compreender o que significa a flexibilização trazida pela Emenda Constitucional n. 9, de 1995, e como funcionam os regimes fiscais de contratação para exploração e produção de petróleo e gás natural.

ganha espaço na exploração de petróleo

Inicialmente, a tão falada flexibilização da ipGn não abrange todo o setor, mas apenas algumas atividades, uma vez que a Constituição de 1988 manteve o monopólio da União Federal sobre: 1) a pesquisa e a

lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos flui-dos; 2) a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; 3) a importação e exportação de petróleo e derivados básicos; 4) o transporte marítimo do petróleo bruto nacional ou de derivados combustíveis de petróleo produ-zidos no país e 5) o transporte, por meio de dutos, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem. as atividades de exploração e produção foram as únicas que sofreram alterações com a eC n. 9.

após a flexibilização do monopólio estatal, houve também uma mudan-ça no regime fiscal nacional. Com isso, em 1997, abriu-se a possibilidade para que qualquer empresa do mundo ingressasse na atividade petrolífe-ra, sobretudo no que diz respeito às atividades de exploração e produção, instituindo-se na época o regime de concessão como regime fiscal.

Regimes fiscaisa importância dos regimes fiscais na indústria do petróleo pode ser en-

tendida na medida em que são estes os responsáveis por definir os direitos e deveres de uma empresa de petróleo, quando esta recebe do governo de determinado país, o direito de realizar atividades de exploração e produ-ção em determinada região.

O Brasil dispõe, basicamente, de dois regimes fiscais para movimentar a sua indústria petroleira: o regime de concessão e o regime de partilha de produção (pSC/production Sharing Contract), cada um com suas regras e modos de operação. é bem verdade que o tipo de contrato escolhido varia muito em razão de como os lucros serão divididos e de como os custos serão tratados.

em geral, o nível de certeza acerca das possíveis reservas, dos seus volumes, dos custos de produção e dos preços futuros do petróleo são pa-râmetros considerados no momento de definição do regime de contratação a ser utilizado. por esta razão, o contrato de partilha de produção vem ganhando espaço entre os países exploradores de petróleo cujas jazidas apresentam maiores oportunidades de lucro.

Renata Veras Fontes é advogada do escritório Trigueiro Fontes Advo-gados, tem graduação em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco, especialização em Direito Marítimo, Portuário e do Petróleo e é membro da Comissão de Direito Marítimo, Portuário e do Petróleo da OAB/PE.

legislação

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O regime de concessão, hoje o mais utilizado no Brasil, dá às empresas o direito de exercer atividades de exploração e produção em uma área específica por tempo determinado, tudo por sua conta, devendo pagar ao estado os royalties percebidos, mas mantendo a pro-priedade do óleo produzido.

Cumpre destacar que royalties não são tributos, mas sim uma compensação financeira que se paga ao estado, já que o petróleo e gás natural continuam sendo propriedade da União. O contrato nesse tipo de regime é celebrado, normalmente, por um outorgante – pode ser o presidente, uma agência governamental destinada a esse fim ou um soberano – e um outorgado – que pode ser uma empresa investidora.

O regime de partilha de produção, por sua vez, é caracterizado pela maior participação do estado, pois este detém a propriedade do petróleo. em contrapar-tida, as empresas gerenciam e operam as instalações para produção de determinado campo, de forma que assumem todos os riscos.

Regras do jogoDe acordo com a lei 12.351, de 2010, no regime

de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, o contratado exer-ce, por sua conta e risco, as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção, e, em caso de descoberta comercial, adquire o direito à apropriação do custo em óleo (cost oil), do volume da produção correspondente aos royalties devidos, e de parcela do excedente em óleo (profit oil), este último devendo res-peitar as proporções, condições e prazos estabelecidos em contrato.

a parcela do profit oil do estado e das empresas é ofertada por estas no momento da licitação, como re-sultado de difíceis avaliações, já que não há critérios “científicos” para sua definição, e sobretudo porque esse percentual é definido antes da exploração efetiva. no regime de partilha, a empresa operadora é respon-sável por toda a parte de exploração, seja na despesa que essa atividade trará, seja nas atividades a serem produzidas, assumindo assim o risco da tarefa.

O motivo que leva um país a escolher entre os re-gimes fiscais está muito ligado à distribuição da fisca-lização da produção e da arrecadação de tributos atra-vés dos órgãos públicos. no caso do Brasil, que até o momento utiliza basicamente o regime de concessão, o órgão responsável pela fiscalização das atividades de exploração e produção não está vinculado ao órgão que arrecada os tributos, o que dá ao regime em vigor um ar menos rigoroso, diferentemente do regime de parti-lha, que traz o governo como maior controlador de todo o processo.

De maneira sintética, pode-se dizer que no regime de concessão, a empresa operadora do bloco detém a propriedade de todo petróleo descoberto e produzido,

pagando compensação ao estado em forma de royal-ties e recolhendo os impostos devidos. no regime de partilha de produção, uma parcela do petróleo produ-zido é utilizada para recuperar os custos do operador e a outra parcela é dividida entre o estado e o operador. esta forma de contratação também pode prever ou não a cobrança de royalties antes da recuperação de custos.

Prática mundialDe forma geral, em países com baixa relação entre

reservas e consumo, onde o risco exploratório é alto, predomina o regime de concessão, com pagamento de royalties e, eventualmente, outras compensações. Já nos países em que existem grandes reservas e baixo risco exploratório, em geral adotam-se os contratos de partilha de produção.

embora o objetivo deste texto tenha sido apenas de-linear as principais características da forma de explora-ção do petróleo e gás natural no Brasil, cabe mencionar que a polêmica lei 12.734, de 2012, recentemente san-cionada pela presidente Dilma, traz alterações signi-ficativas na forma de partilha dos royalties, uma vez que a sua regra de distribuição passaria a contemplar estados e municípios que não têm o insumo em seu ter-ritório e valeria tanto para campos novos quanto para as áreas já licitadas.

Os governos do rio de Janeiro, do espírito Santo e de São paulo, no entanto, recorreram ao Supremo tri-bunal Federal para tentar suspender os efeitos da lei já aprovada, o que foi acatado liminarmente pela minis-tra Carmem lúcia, que suspendeu a nova fórmula de partilha dos royalties. a Mesa do Senado, no entanto, recorreu contra essa decisão e aguarda que o plenário do StF julgue a questão, tendo em vista que os estados e municípios serão impactados em seus caixas, sem os recursos do petróleo.

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fino gosto

As revistas e suplementos especializados em gastronomia já descobriram e estão concedendo generosos espaços ao mais novo restaurante de uma área nobre da rua do Rosário: o Lampadosa.

por Orlando Santos

Lampadosa,o novo sabor da praça XV

LAMPADOSARua do Rosário, 36 – CentroTel.: 2223-0144De segunda a sexta, das 12h às 22 hSábado: das 12h às 19h

Criação conjunta de luciano pires – pioneiro na área, com o restaurante Cais do Oriente – e a chef especializada em culinária brasileira, Simone Almeida, o novo ponto da gastronomia no Centro do rio de Janeiro ocu-pa um charmoso sobrado de três andares onde funcionava até bem pouco tempo a pizzaria Ben Fatto.

em pouco mais de um mês, o lampadosa já conquis-tou fiéis apreciadores do cardápio da casa, que mescla a culinária italiana com variações da cozinha contempo-rânea. Comandando um grupo de mais de 20 profissio-nais, a chef Simone é uma das primeiras a chegar. tendo na bagagem vários anos dedicados à divulgação da culi-nária brasileira para turistas, a chef tem pela frente o de-safio de desenvolver um trabalho de enriquecimento do polo gastronômico que teve sua origem no citado Cais do Oriente – ao lado do Centro Cultural Banco do Brasil, e que se propagou pela rua do rosário.

Com plena confiança de que dará conta do recado, Simone se cercou de uma equipe jovem, todos mobilizados para esta tarefa gastronômica de alta qualidade.

Um dos pratos principais do cardápio é o tagliatelle de produção própria, ao molho de funghi, acompanhado de escalope de filé mignon. Outras sugestões enriquecem o cardápio e tornam mais difícil a escolha dos clientes, os executivos da área, advogados e profissionais liberais, já

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identificados com os molhos e temperos da mais nova e bem-sucedida casa do polo gastronômico do centro histórico e empresarial do rio.

TUDO COMEÇOU HÁ ALGUM TEMPO – há 14 anos pilo-tando fogões e experimentando novas tendências culi-nárias, Simone almeida aguçou o prazer de valorizar suas raízes. aprendeu, ao estudar e trabalhar na ale-manha e nos estados Unidos, o quanto era preciso ter um olhar intimista sobre o seu país e resgatar os gos-tos que remetiam à sua infância. e é com esse carinho e muita competência que ela comanda o lampadosa, tendo o auxílio da jovem chef amanda.

“Descobri que a melhor forma de estudar um povo e o seu comportamento era através da culinária. e co-mecei a pesquisar a culinária brasileira e a entender por que uma pessoa é de um jeito, a outra de outro”, diz Simone. “aprendi a diferença entre os estados e os motivos dessa variação. Compreendi que a partir do clima ou tipo de vegetação de determinada região, se identifica uma cultura alimentar. aí, comecei a imersão da cultura na culinária”, filosofa a chef.

RIO ANTIGO – O lampadosa exibe um charme único em seus três andares. Mesinhas na rua, no trecho proibido aos veículos, dá o clima informal e romântico do rio antigo.

ainda no térreo, logo à entrada, é impossível não observar o lustre francês de porcelana do século

passado. a bancada de pedra e a cozinha aparente completam o ambiente, com predominância da cor laranja. no segundo andar, mesas de madeira re-dondas e quadradas. O terceiro andar é um meza-nino pra lá de aconchegante, onde abriga o Cook in rio, curso de culinária.

por todos os ambientes, quadros com cartografias do ano 1500: cerca de 40 peças contando a história através de mapas do mundo inteiro. Como símbolo do lampadosa, a rosa dos ventos, que está presente nos quadros e nos belos sousplats do restaurante. Os armá-rios, datados de 1920, são relíquias de farmácias anti-gas, no melhor estilo cristaleira.

parte do piso do segundo andar é de vidro, refletin-do a luminosidade do dia captada por uma claraboia no teto. Os ambientes são agradáveis, despojados. O chope é supergelado e acompanha bem os variados tipos de pizzas – a de alho com brócolis é imperdível!

O ATELIê COOK IN RIO funciona diariamente. Nele, o aluno aprende os segredos dos pratos e bebidas típicos do Brasil. As aulas aconte-cem em inglês, alemão, espanhol ou português e o espaço apresenta uma cozinha prática, direcionada às aulas de culinária. Uma mesa de inox, fogão, estufa, cadeiras coloridas no estilo “boteco”, jardim de frente para arquitetura antiga da rua do Rosário, horta com ervas, panelas penduradas... tudo pensado para permitir receber de dois a 30 alunos por vez.

A ideia do Cook in Rio é trazer turistas para cozinhar e entender a filosofia da culinária brasileira. Além das aulas comandadas por Simone Almeida, sempre haverá um chef convidado.

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A SABOROSA ARTE DE ENSINAR

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AaS SalaS De eXpOSiçãO do Mar ocupam o palacete Dom João vi, construção eclética de meados da década de 1910, que abrigou a antiga inspetoria dos portos e foi tombado pela Secretaria de patrimônio Cultural do Município. no prédio vizinho, um antigo terminal rodoviário, totalmente reformado, vai funcionar a escola do Olhar, um ambiente propício à produção e provocação de experiências, coletivas e pessoais, com foco principal na formação de educadores da rede pública de ensino.

Os dois prédios estão interligados fisicamente por uma gigantesca obra de arte: uma cobertura de concreto, com cerca de 1.650 m2, que simula uma onda e pode ser vista de longe. nada menos que 37 pilares sustentam a onda, com cerca de 800 toneladas, que utilizou 70 toneladas de aço e 40 caminhões de concreto, injetado durante um processo que levou 19 horas. a cobertura de isopor foi moldada por uma equipe de 33 profissionais es-pecializados nesse material, sob coordenação do artista plástico e artesão Carlos lopes – o mesmo que este ano trabalhou no barracão do Salgueiro.

O Mar nasce com a ambiciosa meta de atender anualmente dois mil professores e receber 200 mil visitantes – entre eles cem mil alunos da rede pública municipal. Do teto da escola do Olhar avista-se boa parte da região, sem falar no enorme canteiro de obras do projeto porto Maravilha e do futuro Museu do amanhã – cuja vizinhança inclui ainda diversos projetos de investidores na área, com edificações de grande porte para comércio e residências. veem-se também os profissionais consultando os órgãos esta-duais em busca de informações para se tornarem parceiros desta ousada e definitiva revitalização da zona portuária do rio.

O Museu de Arte do Rio – inaugurado no dia 1º de março deste ano (para marcar o aniversário da cidade), o Mar abriga quatro exposições. a entrada do museu é feita pela escola do Olhar, de onde se tem acesso à rampa que leva ao prédio de exposições, onde a visita começa pelo terceiro andar, no qual há uma mostra permanente dedicada à cidade: a primeira é Rio de Imagens: Uma Paisagem em Construção.

no segundo pavimento está O Colecionador – Arte Brasileira e Internacional, com 136 peças da coleção particular do marchand Jean Boghici. De forma lúdica, a mostra propõe um mosaico da nossa arte e história no século XX, reunindo,

por Orlando Santos

de arte e investimentos MAR

Nova Zona Portuária do Rio

A revitalização da Zona Portuária do Rio, a exemplo de outras cidades do mundo, como Barcelona, começou com uma intervenção cultural de grande impacto: a instalação do Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, que ocupa dois prédios distintos, de arquitetura bem diferenciada.

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HORÁRIOS DE VISITAÇÃOTerça a domingo, de 10h às 17h(a bilheteria encerra às 16:30 h)Ingressos: R$ 8,00 e R$ 4,00 (estudantes)Entrada franca às terças-feiras.Serviços EducativosDetalhes sobre agendamentos na central de informações: (21) 2203-1235, [email protected]ção e agendamento de visitas: [email protected]

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Meu parceiro de artes

VICTOR BRECHERET; Tocadora de banjo 92 x 67 x 23 cm, 1925, Mármore

TARSILA DO AMARAL; Sol poente, 54 x 65 cm, 1929, óleo sobre tela

BELMIRO DE ALMEIDA; Maternidade em círculos, 1908, óleo sobre tela

MILTON DACOSTA; Em vermelho, 1956

SAMSON FLEXOR; Composição, 1947óleo sobre tela

QUANDO COMECEI a desenvolver projetos gráficos relacionados a livro de arte, poucas eram as empresas que se aventuravam a investir nessa área. Mais tarde, com a edição de leis de incentivos à produção cultural, o setor ganhou maior estímulo e visibilidade, e algumas gran-des empresas, em especial os bancos, apostaram nessa direção.

Os livros de arte, sobretudo, ganharam então grande fôlego. E é exatamente nessa época – final dos anos 1980 e início dos 90 –, que fiz amizade com essa grande figura humana que é o marchand e colecionador Jean Boghici.

Juntos, editamos livros de arte que hoje são considerados excelentes referências bibliográficas para pesquisadores, como os de Vicente do Rego Monteiro, Guinard, Maria Martins e de Cícero Dias – este último entregue ao próprio, em Paris, durante soleni-dade na sede da Unesco, onde ele trabalhava.

Mas nada disso foi capaz de impedir o grande esvaziamento que se seguiu em todos os setores culturais, ainda mais no das artes plásticas, atingindo em cheio o Rio de Janeiro – mas privilegiando São Paulo, com excelentes galerias de arte, leilões e bienais.

Agora, com a nova onda da revalorização das artes na cidade, com a criação de novos espaços, como o Museu de Arte do Rio

(MAR), a Casa Daros, de origem suíça, e de tantas outras manifes-tações, o convite feito para retomarmos essa parceria e editarmos novos livros de arte é motivo de grande orgulho. Acreditamos que agora esses projetos terão vida longa para o bem das artes plásticas, em especial para a cidade, historicamente produtora de grandes projetos culturais. (Benício Biz)

Orlando Santos, Jean Boghici e Benício Biz

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Exposição Rio de Imagens

entre pinturas e esculturas, obras de Di Cavalcanti, Bre-cheret, Guignard, Kandinsky, entre os quase 70 artistas.

no primeiro andar, a exposição Vontade Construtiva na Coleção Fadel, com cerca de 230 peças, apresenta um expressivo e histórico conjunto de obras produzi-das por artistas plásticos brasileiros representantes dos movimentos concreto e neoconcreto, criadas entre as décadas de 1950 e 1960.

no térreo, a mostra O Abrigo e o Terreno – Arte e Sociedade no Brasil I propõe explorar questões relacio-nadas à inclusão e exclusão no contexto urbano, através

de obras de antonio Dias, antonio Manuel, Bispo do rosário, helio Oiticica, lucia Koch, lygia pape, Marepe, raul Mourão, entre outros.

O São José de Botas, uma das quatro esculturas de aleijadinho tombadas individualmente, é um dos des-taques do acervo próprio do Mar – em formação, mas que já reúne cerca de três mil obras, cinco mil peças de memorabilia do rio, documentos históricos, manuscritos sobre a escravidão, fotografias, cartões-postais, arquivos da arte Brasileira e mais de cinco mil livros doados para sua biblioteca.

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indicadores tn

Para divulgação de cursos e/ou eventos, entre em contato com a redação. Tel.: 21 3221-7500 ou [email protected]

feiras e congressos

Junho

Agosto

Novembro

Outubro

Setembro

11 a 14 - BrasilBrasil OffshoreLocal: Macaé - Rio de JaneiroTel.: (21) 2112 9033email: [email protected]

22 a 24 - índiaPetroWorldLocal: MumbaiTel.: +44 (0) 1992 656 647email: [email protected] www.petroworldindia.com

5 a 7 - Estados UnidosDeepwater Operations 2013 Local: Galveston - TexasTel.: +1 888 299 8016email: [email protected]

27 a 28 - BrasilEthanol SummitLocal: São PauloTel.: 55 (11) 3643-2700email: [email protected]

3 a 6 - Reino UnidoOffshore EuropeLocal: Aberdeen, EscóciaTel.: +44 (0)20 8910 7797 email: [email protected]

29 a 31 - BrasilOTC Brasil 2013Local: Rio de JaneiroTel.: (21) 2112 9000email: [email protected]/2013

24 a 26 - BrasilRio PipelineLocal: Rio de JaneiroTel.: (21) 2112 9033email: [email protected]

15 a 16 - HolandaDeepwater Operations 2013 Local: Amsterdam, HolandaTel.: +0031 10 209 2675email: [email protected]

7 a 10 - ArgentinaArgentina Oil & Gas 2013 Local: Buenos Aires, ArgentinaTel. +54 11 4322 0916email: [email protected]

6 a 8 - ColombiaNGV 2013 ColombiaLocal: Cartagena, ColombiaTel.: +39 335 189 3249email: [email protected]

29 a 2 - BareinMepec 2013Local: Barein, Golfo PérsicoTel.: +44(0) 7818 458 634email: [email protected] www.inami.co.uk

19 a 20 - InglaterraWorld National Oil CompaniesLocal: Londres, InglaterraTel.: +44 (0)20 7092 1000email: [email protected]

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TN Petróleo 89 167

opinião

Todos os agentes que participam da gigantesca cadeia produtiva petrolífera, que perpassa tam-bém a indústria naval e offshore e a de tecnologia

de informação, têm consciência de que só poderemos avançar de forma sustentável e duradoura se equacio-narmos alguns impasses ainda existentes em diversos segmentos que integram esse setor.

tal necessidade fez surgir, no bojo do programa de Mobilização da indústria nacional de petróleo e Gás natural (prominp), o projeto e&p-27, que se mate-rializou, no dia 23 de junho de 2008, no Centro de excelência em epC (Ce-epC), graças aos esforços de operadoras, fornecedores da cadeia de epC, entidades de classe e órgãos governamentais, que são a base de sustentação da entidade, hoje com quase uma centena de afiliados. Surgiu como Organização da Sociedade Civil de interesse público (Oscip), pautada em modelos de rede de excelência já consagrados no Brasil e em outros países.

Desde a sua criação, o Ce-epC tem atuado como agente que busca instigar a reflexão contínua sobre os desafios do setor. Mais do que isso, atua como uma organização que tem como uma de suas tarefas-chaves discutir e propor soluções que contribuam para o aprimoramento da gestão de empreendimentos, com foco no planejamento e no ganho de produtividade – e, consequentemente, no aumento da competitividade.

para cumprir esse papel, nesses cinco anos de ati-vidades o Ce-epC desenvolveu uma série de ações, devidamente acordadas entre os associados, que englobam desde a organização de eventos técnicos sobre os aspectos relevantes na execução e gestão do epC, à formalização de parcerias com instituições internacionais, como o Cii (Construction industry

institute), com vistas a criar uma verdadeira rede temática – ou de inteligência – nesse setor.

Já temos parcerias com a UFF (Universidade Fede-ral Fluminense), a Uerj (Universidade estadual do rio de Janeiro) e a UFrJ (Universidade Federal do rio de Janeiro), que integram inclusive a diretoria do centro. também vamos buscar parceria do Senai (Serviço na-cional da indústria), da Faetec (Fundação de apoio à escola técnica) e de outras instituições que possam dar o seu aporte para a evolução contínua dessa área.

entre o debate e as ações práticas, nossos esforços também se concentraram na formação de uma carteira de projetos estruturantes, que nos possibilitem alcançar o nível de competitividade que almejamos. projetos que reforcem a integração da engenharia na Cadeia epC e promovam a melhoria contínua deste complexo proces-so que começa na assinatura de um contrato.

tanto que concluímos, no final de 2012, a cons-trução de um novo modelo de contrato com risco consensuado entre operadoras e empresas da cadeia epecista. este modelo já começa a ser avaliado e testado por players do setor. também desenvolve-mos um guia de gestão de engenharia e um trabalho amplo sobre comissionamento, no qual apontamos as melhores práticas para a indústria. Como são projetos estruturantes, ainda levará algum tempo para vermos o resultado. nosso grande desafio é mostrar para a indústria que isso agrega valor aos seus negócios, suas operações, seus projetos.

nos primeiros cinco anos, nossos esforços se con-centraram também na consolidação da estrutura do Ce--epC, de forma a ter três pilares – a área acadêmica, a indústria contratante e a indústria epecista – trabalhan-do em torno de um objetivo comum. agora, temos de

de Renata Baruzzi, presidente do Centro de Excelência em EPC (CE-EPC)

O círculo virtuoso da disciplina A necessidade de reforçar a excelência e aumentar a competitividade da indústria brasileira, assim como o papel crucial que o EPC (Engineering, Procurement & Construction) tem nos empreendimentos de grande porte ou alta complexidade da indústria de óleo e gás e de energia são questões indiscutíveis hoje no Brasil e, por que não dizer, no mundo.

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168 TN Petróleo 89

feiras e congressosopinião

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO

nos abrir e mostrar para o mercado o que realizamos neste período e atrair mais associados, para que o centro possa refletir a diversida-de deste segmento. Somos uma entidade participativa e, portanto, precisamos agregar mais empresas para aumentar a abrangência do nosso trabalho.

assumi em fevereiro desse ano a presidência do Ce-epC com o intuito de dar continuidade a este trabalho e fortalecer ainda mais o centro, para que possamos ter uma indústria cada vez mais competitiva à disposição do país. este tem sido, desde o início, o nosso grande obje-tivo. e buscamos atingi-lo por meio não somente da melhoria contínua da gestão dos projetos de investi-mento, por parte das operadoras e dos epecistas, como também pela inclusão, e adequação à nossa realidade de novas tecnologias e métodos competitivos.

precisamos aprimorar a gestão em toda a cadeia do epC, tanto na gestão macro, das empresas, como na rotina da obra, com um planejamento mais eficaz de cada atividade desenvolvida pelo colaborador envolvido. Com um bom planejamento e excelência na gestão, é possível diminuir os gargalos da produção e aumen-tar a competitividade. São ações simples, objetivas, que os gestores podem (e devem) fazer.

por isso queremos trazer métri-cas internacionais para dentro dos projetos de epC, pois desde que a gestão da qualidade foi incorpo-

rada à cultura da indústria, temos consciência de que só podemos gerenciar aquilo que medimos. é fundamental darmos mais um pas-so na consolidação da cultura da excelência, usando métricas que nos permitam aferir se os projetos estão enxutos, adequados àquilo a que se propõe.

na busca desta excelência e da competitividade, o Ce-epC também está comprometido com o fortalecimento da engenharia nacional. e há dois aspectos impor-tantes que devemos levar em consi-deração. primeiro, que dependendo da complexidade do projeto de um empreendimento, a engenharia básica tem um cunho tecnológico muito forte. isso está comprovado na própria evolução da indústria brasileira de petróleo e gás, no seu avanço tanto na exploração e pro-dução offshore, como também no refino de petróleos pesados.

Já houve avanços, sem dúvida nenhuma, mas acreditamos que há espaço para melhorias. e que estas podem ser alcançadas não apenas a partir da experiência consolidada, como também na análise e estudo de projetos executados em outras partes do mundo, incorporando conhecimento e as métricas que possibilitaram o sucesso de sua execução. assim, é mais do que claro que as empresas brasileiras de engenharia precisam se desenvol-ver e investir em tecnologia.

também é fundamental que haja clareza na demanda e no seu planejamento para que a cadeia

de fornecedores possa se preparar e até se antecipar no atendimento das necessidades dessa indústria, principalmente a de petróleo, gás e energia, que vem crescendo de for-ma acelerada no país. precisamos ter conhecimento pleno da deman-da e de bons projetos básicos e de detalhamento, trazendo também para a gestão os planos de mitiga-ção de riscos de forma a minimizar atrasos e o retrabalho.

Ou seja, é preciso ter disci-plina. e isso, em todos os elos da cadeia. Disciplina do contratante na definição e detalhamento de sua demanda, para que o projeto possa atender ao fim para o qual será destinado. Disciplina por parte do epC e da engenharia para elaborar um projeto deta-lhado e seguir aquilo que foi encomendado. nem a indústria contratante nem os epecistas querem mudanças de última hora, que atrasam obras e one-ram os custos finais do empre-endimento – além de acarretar danos ao contratante, por não colocar em operação um projeto, dentro do cronograma previsto no seu planejamento estratégico.

Disciplina é a base de tudo. e se conseguirmos criar um cír-culo virtuoso de disciplina, desde a concepção até a execução de cada projeto, teremos não apenas um grande empreendimento para o país como também estaremos ajudando a incrementar a compe-titividade da indústria brasileira. este será o nosso legado.

Aerodinâmica – pág 35Akzo Nobel/International Tintas – pág. 51C&C Technologies – pág. 21Cashco – pág. 53Ecopetrol – pág. 39Emirates – pág. 19Enmac – pág. 79Filtros Mil – pág. 101Firjan (Senai) – pág. 29FMC Technologies – pág. 13Fórum Nacional de Exploração de Gás não Convencional – pág. 111Fundição Moreno – pág. 115

Georadar – pág. 45Governo de Pernambuco – págs. 4 e 5Habtec – pág. 35John Richard – pág. 49MBS – pág. 135Mecan – pág. 55Mobil – pág. 17Naval Shore 2013 – pág. 159Parker – pág. 43Poleoduto – pág. 41Prosegur – pág. 27RHMed – pág. 69Rio Oil & Gas 2014/IBP – 3a capa

Rio Pipeline/IBP – pág. 133Seismic Exploration Technology – pág. 137Seminário Rotas para a Vanguarda – pág. 131Sosinil – pág. 71Sotreq – pág. 37Strategy Execution Summit – pág. 59Telelok – 2a capa e pág. 1Tiger Rentank – págs. 2 e 3Tinôco Anticorrosão – pág. 61UTC Engenharia – pág. 9V&M – 4a capaVard – pág. 57Villares Metals – pág. 15

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