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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ
FACULDADE CEARENSE
CURSO DE TURISMO
JOSÉ ARTEIRO PEREIRA FILHO
TOMBAMENTO DO EDIFÍCIO SÃO PEDRO
FORTALEZA
2012
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JOSÉ ARTEIRO PEREIRA FILHO
TOMBAMENTO DO EDIFÍCIO SÃO PEDRO
Monografia apresentada à banca examinadora do Curso de Turismo da Faculdade Cearense - FAC, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Turismo, sob orientador do Professor Ms. Ivo Luís Oliveira Silva.
FORTALEZA
2012
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FICHA CATALOGRÁFICA
Pereira Filho, José Arteiro
60 Fls
Tombamento do Edifício São Pedro./
José Arteiro Pereira Filho.Fortaleza, 2012 .
Orientador : Prof. Ms Ivo Luis Oliveira Silva
Trabalho de Conclusão de Curso ( Graduação )-
Faculdade Cearense , Curso de Turismo , 2012
Bibliotecária ------------------------------------------------------------
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JOSÉ ARTEIRO PEREIRA FILHO
TOMBAMENTO DO EDIFÍCIO SÃO PEDRO
Monografia como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Turismo outorgado pela Faculdade Cearense - FAC, tendo aprovada pela banca examinadora composta pelos professores.
Data de aprovação: _____/_____ / 2012
BANCA EXAMINADORA _______________________________________________________________ Professor Ms Ivo Luís Oliveira Silva _______________________________________________________________ Professor (a) Ms Ariane Queiroz Sousa _______________________________________________________________ Professor Ms. Mansueto Brilhante
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Ao nosso criador, à minha Família: Esposa e Filha, à minha Mãe, in. memória e ao meu Pai.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus em todos os momentos, pela a oportunidade e a minha
capacidade de conquistar esta tão almejada fase de minha vida que não foi nada
fácil.
À minha Mãe que não se encontra mais neste mundo terreno , mas que foi um
dos pontos essenciais da minha vitória, pois através de sua memória foi onde
consegui mais inspiração e disposição para superar os obstáculos encontrado e
ao meu pai que sempre acreditou em minha capacidade .
À minha família, minha esposa e minha filha, que me deram o total apoio que
precisei, na paciência em esperar meu tempo adequado para lhes dar a atenção
necessária.
Ao corpo docente da FAC que me deu o total apoio, me esclarecendo em todos
as cadeiras para que eu pudesse crescer gradativamente e assim podendo minha
capacidade ficar mais sólida; em especial ao meu orientador Professor Ivo Luis
Oliveira Silva e também a minha professora Ariane de Queiroz Sousa, que
gentilmente e pacientemente me acompanhou, orientando-me desde as primeiras
letras de minha monografia.
Aos meus Colegas de classe que me fez sentir uma pessoa melhor, trocando os
pensamentos acadêmicos, compartilhando as vivências.
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A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces. (Aristóteles)
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RESUMO
O tombamento do Edifício São Pedro, o antigo Hotel Iracema, sendo o primeiro Hotel construído na Praia de Iracema, tem como base, o resgate da memória da classe hoteleira antiga, preservando assim, a memória dos primeiros turistas e hóspedes que frequentaram aquele bairro, com as pompas que foram ostentadas naquela época. O tombamento é um recurso que se tem a certeza que a preservação e conservação de um patrimônio aconteçam, e como o Edifício são Pedro, hoje se encontra em um estado de extremo abandono, com este ato, pode-se aperfeiçoar aquele local, oferecendo recursos sociais para as comunidades do local, oferecendo inclusão social, utilizando o campo de hospedagem como resgate para as comunidades menos favorecidas socialmente, com o mesmo intuito, com este tombamento, pode-se também revitalizar o edifício, transformando-o em um Hotel escola, que será de grande valia tanto para a comunidade, como também um ponto de aperfeiçoamento para os profissionais na área de hospedagem, e outras áreas ligadas diretamente ao turismo, ou também ao Social, tendo então uma parceria das instituições privadas e apoiados pelo governo local. Fazendo uma pesquisa na área de hospedagem, com os profissionais, com os moradores do bairro, frequentadores, comerciantes, vê-se a necessidade do tombamento e revitalização do prédio.
Palavra Chaves: Tombamento; Preservação; inclusão Social; Edifício São Pedro.
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ABSTRACT
The tipping Building St. Peter, the former Iracema Hotel, the first hotel built in Praia de Iracema is based on the retrieval of the memory of the old class hotel, thus preserving the memory of the first tourists and guests who attended that neighborhood with the trappings that were paraded at the time. The tipping is a resource that has the security that the preservation and conservation of a heritage happen, and how this development today is in a state of extreme neglect, with this act, we can improve that site, offering resources for social local communities, offering social inclusion, using the field as hosting social redemption, with the same intention, with this tipping, you can also revitalize the building, turning it into a hotel school, which will be of great value for both the community, as well as a point of improvement for professionals in the field of hosting, and other fields directly related to tourism, and also to the Social, so a partnership with private institutions and supported by local government. Doing a search in the area of accommodation, with professionals, with neighborhood residents, patrons, dealers, sees the need for tipping and revitalization of the building.
Key word: Tumbled; Preservation; Social Inclusion; Building St. Peter.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1: Hotel Iracema nos Anos 50 .......................................................39
FIGURA 2: Edifício Philomeno Gomes (Hotel Lord)......................................39
FIGURA 3: Fachada Ed. São Pedro..............................................................41
FIGURA 4: Lateral do Ed. São Pedro............................................................42
FIGURA 5: Vista total do Ed. São Pedro ,do lado da Praia de Iracema........44
FIGURA 6 : Estrutura Externa do Ed. São Pedro( Viviane Pinheiro )...........44
FIGURA 7: Bandejas no Ed. São Pedro( frente Praia de Iracema)..............45
FIGURA 8: Bandejas no Ed.São Pedro ( Av.Historiador Raimundo Girão).46
FIGURA 9: Bandejas no Ed. São Pedro na parte dos fundos.......................46
FIGURA10: Parte Diagonal do Ed.São Pedro................................................47
FIGURA 11:Parte Lateral do Ed.São Pedro...................................................47
FIGURA 12: Salão de Beleza no Ed.São Pedro............................................48
FIGURA 13: Pizzaria no Ed.São Pedro..........................................................49
FIGURA 14: Chaveiro no Ed.São Pedro........................................................49
FIGURA 15: Estabelecimento Comercial de Vendas no Ed.São Pedro........50
FIGURA 16: Frente Ed. São Pedro.................................................................51
FIGURA 17: Roupas secando nos corredores externo Ed. São Pedro..........53
FIGURA 18: Entrada lateral do Ed. São Pedro...............................................54
FIGURA 19: Entrada Principal do Ed. São Pedro ( Frente da Praia ).............54
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABIHce – Associação Brasileira indústria de Hotéis do Ceará
AGBce – Associação dos Geógrafos do Brasil
COMPHIC – Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural
IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil
IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
OABce – Ordem dos Advogados do Brasil do Ceará
SECULTFOR – Secretaria de Cultura de Fortaleza
SEMAM – Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano
SER II – Secretaria Executiva Regional dois
SETFOR – Secretaria de Turismo de Fortaleza
SETUR - Secretaria de Turismo do Estado do Ceará
UECE – Universidade Estadual do Ceará
UFC – Universidade Federal do Ceará
UNESCO - United Nations Educational Scientific And Cultural Oganization
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................13
2 A COMPREENSÃO SOBRE OS MEIOS DE HOSPEDAGENS.....................16
3 MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E TOMBAMENTO...............................................27
4 EDIFÍCIO SÃO PEDRO..............................................................................41
4.1 Aspectos Históricos...................................................................................41
4.2 Aspectos Estruturais.................................................................................44
4.3 Uso do Edifício ao Longo do Tempo........................................................50
5 ANÁLISE..................................................................................................52
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................57
Referências Bibliográficas................................................................................59
Referências Bibliográficas Eletrônicas.............................................................61
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1. INTRODUÇÃO
Os meios de hospedagens são difundidos como lugares que tendem a
ter como o objetivo a acolhida para as pessoas que tem suas necessidades,
principalmente em viagens e que permaneçam momentos maiores longe de seus
lares, sendo estes estabelecimentos tendo fins lucrativos, ou não, mas que tenha
o papel principal o acolhimento dos que precisam destes serviços.
Com a demanda dos serviços de hospedagem, a especulação faz
aumentar este segmento de forma bastante significativa e que pode atrapalhar a
qualidade se não houver um trabalho eficaz, com o objetivo de disciplinar aos que
fazem acontecer este serviço; pois é necessário seriedade e responsabilidade
neste mercado, pois se trata de cuidar de um bem mais precioso, que é a vida do
ser humano.
O mercado do meio de hospedagem tem uma grande amplitude nos
que diz respeito aos tipos de estabelecimentos que exercem este trabalho, como:
Hotéis, pousadas, motéis, pensões, alojamentos, albergues, acampamentos,
colônia de férias etc.
Deve-se ter um trabalho árduo de fiscalização no que se diz respeito
aos meios de hospedagem em geral, pois este lugar é uma extensão do lar do
viajante e que ele precisa se sentir seguro onde ele está; portanto para que se
possa dar um retorno positivo aos frequentadores daqueles lugares, tem a
necessidade, não só os órgãos públicos fazerem valer as leis, mas que os
gestores, como também os colaboradores que atuam na área, façam seu trabalho
com dignidade, afinco e responsabilidade.
As pessoas que utilizam os serviços de hospedagem, gradativamente
procuram serviço com maior garantia, e este serviço cabe a cada estabelecimento
fazer sua diferença.
Portanto, com um estudo aprofundado, deixando claro para todos que
se interesse por este serviço, sobre a funcionalidade de cada um para que os
hóspedes usufruam dele, como também mostrar os seus direitos daquele serviço
que foi comprado e muitas vezes pago antecipadamente.
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O tombamento é a forma concreta de se reconhecer publicamente os
valores de certo bem, tanto no âmbito cultural e artístico, como no arquitetônico
ou ambiental desde que ele traga os valores sociais para a sociedade, sendo
efetuado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Para
que seja realizado esse processo, o bem é avaliado pela sua importância e que
possa trazer benefício para sociedade. O bem tombado pode ser de propriedade
privada ou de propriedade pública, o que será levado em consideração será o que
trará para o enriquecimento intelectual dos freqüentadores e que possa resgatar
através da preservação e conservação a memória histórica ou cultural.
Com o ato de tombamento, a propriedade particular não fica sob
custódia do Poder público Federal, ela apenas ficará sendo assistida pelo Estado,
através do IPHAN para se possa conservar e preservar, impedindo que o bem
venha a ser destruído ou que ele seja modificado, comprometendo a sua estrutura
ou sua característica que possa trazer o seu valor reconhecido pelo o poder
público. O tombamento só tem seu reconhecimento se a preservação e a
conservação daquele bem forem acessíveis para toda a sociedade e que seja
usufruída, enriquecendo-a cultura, artística ou ambientalmente.
Para um tombamento se é necessário que aquele objeto preste a ser
tombado, tenha sua significância resgatada pela memória do povo, ou seja, é
preciso que ele reviva o antepassado, trazendo a identidade da comunidade ou
país, deixando clara a origem da cultura daquele povo, fazendo com que os fatos
sirvam de estudos, pesquisas e fortalecimento na vida, tanto cultural, como
também na vida Social.
O antigo Hotel Iracema Plaza, Hoje nominado como edifício São Pedro,
foi inaugurado em 1951, sendo a primeira construção Hoteleira na Orla da Praia
de Iracema, onde foi considerado o Palco da Classe elite de Fortaleza, onde havia
encontros da classe economicamente mais abastada; reproduzindo um estilo de
vida, alguns hábitos norte americano foram adquiridos, como sair para fazer suas
refeições fora de casa, particularmente no Hotel Iracema Plaza; como também
fazer suas reuniões (familiares, negócios, sociais) nos seus espaços de eventos;
atualmente o empreendimento encontra-se em um estado de abandono, caindo
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no profundo ostracismo, sendo esquecido toda uma época de glamour,
esquecendo também o início da vida de hospedagem na Praia de Iracema.
O edifício São Pedro, faz com que as pessoas observem mais
atentamente pelo simples fato de transitar em sua frente. O prédio é uma
reprodução fiel dos anos 50, fazendo resgatar da época dourada para nossa
atualidade, vivendo então a ostentação como era vivida naqueles anos.
O Edifício São Pedro permanece hoje um tanto desgastado pela
maresia, mas que sua arquitetura ainda faz trazer a riqueza cultural para a Praia
de Iracema.
A construção daquele edifício iniciou-se na década de 40 e foi
inaugurado pouco mais de 10 anos após, Pela Família Philomeno Gomes, desde
a sua construção foram adicionadas algumas pessoas como acionista, mas a
parte majoritária é dos componentes da família Philomeno Gomes, hoje
administrado pelo Carlos Alexandre Gentil Philomeno Gomes, Síndico e Diretor
da empresa majoritária - Philomeno Imóveis e Participação S/A.
Em toda a existência operacional do Edifício São Pedro, hospedaram-
se algumas celebridades, como: o Artista Plástico Cearense radicado em São
Paulo, o Ademir Martins, quem também lá se estabeleceu por longo tempo, foi o
Jornalista Lúcio Brasileiro, dentre outros.
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2. A COMPREENSÃO SOBRE OS MEIOS DE HOSPEDAGENS
A hospedagem é uma edificação que exerce o comércio da recepção e
de alojamento dos turistas e visitantes em geral. Constituem-se basicamente de
um edifício ou prédio contendo unidades habitacionais, uma recepção e
uma governança, para hóspedes. Podendo ter ainda o serviço de alimentos e
bebidas, na sua estrutura, que para isso necessitar
de: cozinha, adega, restaurante, bar, cantina e despensa. Pode contar ainda
com: estacionamento externo, garagem interna e área de lazer. O termo
hospedagem
Etimologicamente, hospedar viria do gótico hasilbergen (hóspedes, albergue) ou do árabe berge. Em Roma, a palavra hospitium, designava o local onde as pessoas, em viagem, poderiam conseguir em caráter temporário, instalações para alimentar-se e repousar. (MOTA, K. 2001.p.43. apud DIAS,1990).
A atividade hospedagem é definida como uma forma de exploração
comercial ou turística, tendo como o intuito de acolher as pessoas que tem esta
necessidade, não levando em consideração a classe simples ou o luxo do
acolhimento.
Chamam-se genericamente meios de hospedagem todos os empreendimentos que exploram comercialmente os serviços de hospedagem, ou seja, aqueles que nas palavras de Mauro Catharino Vieira da Luz, alojam e abrigam os que estão em trânsito ou temporariamente longe de seus domicílios e que o autor segmenta em pensões ou hotéis, estes últimos marcados pelo o grande ou médio porte de uma estrutura para atender os viajantes de longa distância ao passo que hospedaria e pensões são menores (menos de 20 unidades em média ). (A indústria hoteleira. São Paulo: Gazeta mercantil,1999.p.2. ).
Pode-se afirmar que na hospedagem, precisamente na hotelaria os
construtores não se preocupavam muito com a funcionalidade, pois „‟existe uma
velha dicotomia entre forma e função. '' Alguns arquitetos vão atrás de uma forma
bonita, mas que não funcionam no dia-a-dia, outros criam coisas funcionais que
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não despertam nenhum estímulo ou atenção nos usuários do Hotel". (FLORES,
P.2002.p.110). Permanecendo nesta afirmação, verifica-se que
A grande mudança do mercado é que o hóspede está impondo a sua vontade. Se o hotel não dispõe das instalações que ele julga serem importantes, troca por um hotel que o atenda de modo mais simples. (FLORES, p.2002.p.116).
Em situações de viagens, principalmente as repentinas e que o viajante
precise de um descanso, ou mesmo fazer um repouso maior, como um pernoite
ou por mais dias, procura-se um lugar de apoio que possa suprir suas
necessidades. Segundo Andrade:
Quando em viagens inesperadas que representam demora significativa for de suas casas, as pessoas procuram por meios de alojar-se a fim de exercer seu direito de responder às necessidades noturnas estáveis que se englobam sob as denominações genéricas de hospedagem, equipamentos de hospedagem, equipamentos de recepção e hospedagem ou, simplesmente, recepção e hospedagem. (ANDRADE, J. 2002.p.164)
O produto hoteleiro tem uma complexidade de operações, juntamente
com as instalações da arquitetura, conforme Diz: Castelli, (1996.p.126) „”O
produto é o resultado de um processo de transformação de matérias primas
envolvendo pessoas, equipamentos e instalações”. Não se quer dizer que neste
processo de transformação não haja também serviços nele embutido. Ratifica
Dias (2005.p.197) “a hospedagem, pode se dar em diferentes tipos de instalações
com variados propósitos e estruturas administrativas, refletindo diretamente no
tipo de consumidor turista a ser atendido”; sendo assim, o produto de
hospedagem, tem uma diversificação no seu conteúdo, com variedades tanto nas
suas edificações, nas partes administrativas e nos serviços propriamente dito.
Existem uma variedade de formas de meio de hospedagem e cada
uma delas se diferencia devido aos serviços que oferecem aos seus clientes,
cada estabelecimento se relaciona conforme o perfil de seus frequentadores,
desde as hospedagens com serviços mais simples e rústicos até aos mais
sofisticados, então:
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As empresas que oferecem alojamento apresentam grande diversidade, dependendo da natureza do serviço, entre os principais temos: Alojamentos hoteleiros: Hotéis, pousadas, motéis, pensões, apart-hotéis; Apartamentos de uso exclusivamente turísticos; Acampamentos (Camping); Alojamentos de turismo rural; Colônia de férias; Albergues. (DIAS, 2005.p.152)
O turismo tem uma diversidade de atividades, sendo que o meio de
hospedagem tem o seu valor destacado, que se pode destacar a hotelaria, pois,
“a hotelaria pode ser compreendida como uma das principais atividades do
turismo, já que atende a uma necessidade básica para sua realização quando
viabiliza a permanência do turista no local visitado por meio de hospedagem”
(MOTA, 2001.p.43)
A hospedagem em geral em particular a hotelaria, pode-se dizer que
um segmento com singularidade, o único, como afirma Andrade, J. (2002.p.168)
Empreendimento de características singulares, o hotel deve ser analisado na diversidade estrutural que o caracteriza, pois seus serviços se fundamentam tanto na estrutura básica quanto na estrutura humana e se efetivam de acordo com a estrutura econômica, variáveis de acordo com as características de cada estabelecimento.
Dentre os produtos turísticos, a hotelaria tem um papel principal que
abrange uma boa parte da “fatia” do mercado, tendo cada um dos
estabelecimentos suas particularidades que fazem a diferença, tanto no tipo
estrutural até a parte pessoal.
Entre os produtos de hospedagem, o hotel é o eixo principal; representa, em geral, quase 50% do total de oferta turística de alojamento. (...) cada hotel é um mundo. É o único em certa medida, embora existam elementos que podem ser coincidentes em diversos hotéis, como a decoração, o tipo de construção, o estilo de gestão, os tipos de produtos; entretanto, existem outros elementos que não há como fazê-los coincidir, como a localização e principalmente o pessoal. (BALANZA, I.NADAL, M.2003. p.155)
As empresas que fazem o campo de hospedagem, principalmente a
hoteleira, não se assemelha muito com uma empresa que presta serviço, pois,
“comparando as empresas hoteleiras com os demais tipos de empresas verifica-
se que aquela é menos propensa à assimilação de uma automação de serviços,
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certos que o tratamento pessoal, tanto quanto o calor humano, fazem parte
essencial dos serviços hoteleiros ‟‟(MAMEDE, G.1998. p.187. Apud, BENI. C,
1998).
Levando em consideração as empresas que oferecem leitos, como os
hospitais e segmentos similares, com o segmento diferenciado ao meio de
hospedagem, têm também sua preocupação no meio ambiente, Trigo (2005.p.51)
diz que “A exemplo das indústrias dos hospitais e dos centros comerciais, os
meios de hospedagem, independentemente de suas capacidades de leitos é
responsável pelo o meio ambiente‟‟.
Desde os primórdios as melhores condições sempre foram escolhidas
para aqueles de melhor condição Social, dando preferência aos lugares de
destaque como também de uma comodidade mais nobre, pode se relatar que nos
eventos olímpicos na antiguidade eram aplicadas estas ações, assim relata
Rejowski ( 2002.p.21)
Os primeiros jogos olímpicos aconteceram em 776 a.c, e eram bem diferentes dos atuais, havia menos eventos e somente os homens livres podiam competir. Os atletas ficavam concentrados num alojamento conhecidos como Leonidaios, nome oriundo de um de seus patrocinadores, Leônidas. Enquanto os mais ricos e os membros das delegações oficiais erigiam tendas e pavilhões para se abrigar, a maioria das pessoas que iam assistir aos jogos dormia ao relento.
A Hospedagem é uma atividade conhecida há bastante tempo,
praticamente junto com o Início do aparecimento do convívio humano em
sociedade, relacionado com a necessidade de um apoio, devido atividades que
eram praticadas para o sustento de seu povo não levando muito em consideração
o conforto e nem sequer o luxo; conforme publicação revistahotéis.com:
A hotelaria é o bem mais antigo do que se imagina. Comerciantes que negociavam entre a Europa e o Oriente, no século VIRAM A.C., utilizavam-se do serviço de hospedagens, disponibilizados em partes de residências ou quartos, durante suas viagens. Nos primórdios da hotelaria, o conforto, a higiene e a privacidade não eram requisitos essenciais como atualmente. Geralmente, os quartos das hospedarias acomodavam em um único espaço diferentes pessoas. Os banheiros não eram privativos e os hóspedes mesmo se serviam. Havia casos, entretanto, de hospedarias com um conceito superior, que recebiam pessoas de classes mais abastadas, oferecendo serviços de qualidade.
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Para se ter uma ideia, na época do Império Romano existiam os palacetes, conhecidos como "hostellum", onde reis nobres se hospedavam. (Fonte.: http://www.revistahoteis.com.br ,acesso em 03/09/2012.)
Os meios de hospedagem pode-se afirmar que no seu princípio,
alcançou momentos bastante árduos, conforme Castelli (2005.p.63). “No fim do
século V, com a invasão dos Bárbaros e a queda do Império Romano, os meios
de hospedagem, de reputação desprezível ou não, deterioraram”. Viajar tornou-se
realidade para alguns poucos corajosos‟‟. Ratifica a situação Andrade, J
(2002.p.166).
A comunidade Cristã solidária e unida, já em seus primeiros tempos, estabeleceu a obrigação da hospitalidade para proteger e atender aos seus irmãos que se deslocavam da Palestina à Diáspora e vice-versa, e para os que saiam em missões evangélica e catequética pelas mais variadas cidades e regiões do mundo Greco-romano.
Nos antepassados precisamente na antiga Roma, devido aos longos
conflitos eventuais naquele local, houve necessidades de terem apoios para que
eles pudessem repousar e se alimentarem durante estes acontecimentos que
eram constantes naquele lugar, não importando qual a classe Social dos
viajantes, pois eram diversificados desde os militares até as pessoas comuns.
As grandes conquistas romanas abriram caminhos que ligaram Roma à Atenas, Roma à Península Ibérica e a outras localidades que faziam parte do Império Romano. Ao longo desses caminhos, foram construídas casas denominadas Mansiones, espécie de albergues, que serviam para hospedar e alimentar os viajantes das mais diversas categorias, entre eles: Militar, funcionários e Turistas. (CASTELLI, 2005.p.45)
No turismo dentre os produtos que fazem acontecer esta atividade
A hospedagem ou acomodação é o maior setor dentro da economia turística, e também o mais presente com poucas exceções, os turistas querem um local em que possam descansar e recuperar suas energias durante as viagens ou estadas em uma destinação.(COOPER, C et al.2001.p.351. )
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A procura pela atividade vem a muito tempo, de acordo com a
ratificação de Mota (2001.p.43) “a demanda por hospedagem já existia no século
VI A.C. na Europa, em função do intercâmbio comercial entre as cidades
europeias da Região mediterrânea”.
A Acolhida é de extrema necessidade para os viajantes tanto para o
âmbito do turismo, trabalho ou qualquer outra atividade, Dias (2005.p.1997) diz “a
hospedagem é um componente básico e necessário ao desenvolvimento do
turismo, seja qual for à destinação que busque atrás um cliente que não seja
viajante de um dia”. Também Lohmann, G; Panosso Neto (2008.p.399). Dizem:
“os meios de hospedagem, também conhecidos por acomodações turísticas são
aqueles que os turistas usam para pernoitarem fora de seus ambientes usuais de
convivência, podendo se dividido em dois tipos: comerciais e não comerciais”.‟
Os viajantes tinham costumes de viajarem com os serviços simples, ou
seja, os viajantes de classes mais inferiores, que faziam trabalhos para as classes
superioras, como:
Os tropeiros, negociantes modestos e os guias contratados pelos viajantes estrangeiros, normalmente não reclamavam daquilo que esses autores descreveriam como sendo um péssimo serviço, aquele prestado pelas hospedarias, como, aliás, até deles gostavam, conforme atestam muitos relatos. ”(PIRES, M. 2001.p.150).
As viagens antigamente não eram muito confortáveis, pois as pessoas
viajavam por muito tempo em cima de animais, e o conforto absoluto não era
aplicado naquela época sendo aplicado um serviço rústico com pouca oferta, mas
que aqueles serviços não eram indesejáveis para eles, pois eram os serviços que
eles a serem oferecidos que supriam parcialmente as suas necessidades; sendo
assim ainda Pires (2001.p.142) defende:
Há nos relatos uma nítida distinção entre a excelência da hospitalidade espontânea e aquela mediante pagamento, as chamadas hospedarias. Esses visitantes, por viajarem nas mais diferentes condições, muitas vezes seguindo tropas de mulas, souberam registrar tal diferença. Embora não haja unanimidade quanto aos péssimos serviços prestados, pode-se dizer com segurança que a precariedade delas não era simplesmente fruto do mai humor desses escritores.
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Existem inúmeros estabelecimentos antigos de hospedagem em todo o
mundo, e o registro mais antigo é na época dos jogos Olímpicos, conforme
Andrade, J. (2002.p.165).
O mais antigo registro o a respeito de hospedagem organizada, data da época dos jogos olímpicos, em cuja organização e instalações constatavam o dispositivo de recepção e hospedagem, que consistia em um abrigo de grande dimensão, em forma de choupana.
Na Idade média os meios de hospedagem tiveram também sua
importância na vida das pessoas, não somente no âmbito de descanso ou
alimentar durante as suas viagens a trabalho ou a passeios, mas também no
âmbito das necessidades extremas para as classes de menor nível e para as
pessoas doentes que precisavam de acolhida, assim os pequenos lugarejos como
as tabernas tiveram seu ressurgimento, pois:
Cabe salientar a importância dos alojamentos oferecidos pelos mosteiros durante a Idade Média, principalmente para os peregrinos, pobres e enfermos. Nem sempre eram suficientes para atender as necessidades de todos os viajantes. Por esse motivo, no período que antecede o século XI, observou-se o ressurgimento das tabernas, incentivado pelos soberanos, ministérios e nobres. (CASTELLI, G.2005.p.63)
As pessoas que precisavam deslocar-se e necessitavam de um apoio
para o seu descanso, ou até mesmo para alimentar; encontravam os meios de
hospedagem rústicos que não ofereciam nenhum serviço diferenciado, com um
serviço simples, usados somente para a necessidade e não propriamente como
passeio ou turismo, situadas nas beiras das estradas de onde viam maior
necessidade para os viajantes que utilizavam aqueles caminhos; de acordo com
La Torre (1982. p. 12):
As pousadas eram públicas com fins lucrativos, localizadas em povoados onde se ofereciam alimentos, bebidas e albergues a viajantes, cavaleiros e carruagens. As tabernas tinham o mesmo objetivo das pousadas, mas geralmente estavam localizadas nas estradas ou fora dos povoados, a uma distância que poderia ser percorrida a cavalo durante o dia.
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As formas das pessoas se instalarem dependendo de suas
necessidades de apoio durante suas viagens eram diversificadas em todos os
lugares no mundo durante a antiguidade e no Brasil não era diferente:
No período Colonial, os viajantes se hospedavam nas casas grandes dos engenhos e fazendas, nos casarões das cidades, nos conventos e principalmente nos ranchos que existiam à beira das estradas, erguidos em geral pelos proprietários das terras marginais. ‟‟(ANDRADE et al.São Paulo.2007.p.20.)
Com o decorrer dos tempos e a exigência do homem, a hotelaria
também foi exigida a fazer suas melhorias, assim abranger o maior público,
inclusive procurando a padronização dos serviços; conforme Gonçalves (1999,
147):
No século XII, as viagens na Europa voltavam a se tornar mais seguras, e rapidamente as hospedarias se estabeleceram ao longo das estradas. Aos poucos, diversos países implantavam leis e normas para regulamentar a atividade hoteleira, especialmente a França e a Inglaterra. A França, por exemplo, já dispunha de leis reguladoras dos estabelecimentos e serviços hoteleiros no ano de 1254 (século XIII), enquanto na Inglaterra isso aconteceu em 1446 (século XV). No ano de 1514 (século XVI), os hoteleiros de Londres foram reconhecidos legalmente, passando de hostelers (hospedeiros) para inn holders (hoteleiros).
A segurança nos hotéis foi aumentando causando assim uma
tranquilidade para todos que usufruíam daqueles serviços, como também na
qualidade oferecidos pelos hotéis e outros meios de hospedagem:
Foi na França, em 1407, onde se criou a primeira lei para registro de hóspedes visando aumentar a segurança das hospedarias. No ano de 1561, também na França, as tarifas das pousadas foram regulamentadas e por consequência os hóspedes passaram a exigir maior conforto. Por outro lado, na Inglaterra, no período de 1750 a 1820, as estalagens foram substituídas pelos Inns, que ofereciam diversidade de serviços, alto padrão de limpeza e excelente alimentação. A Europa, que foi a pioneira na hotelaria, nos 50 anos seguintes perdeu a sua liderança para os Estados Unidos, que após a Revolução Industrial, já eram os maiores do mundo em números de albergues e ofereciam os melhores serviços da época. No final do século XIX, a expansão da economia norte-americana provocou aumento no turismo de negócios e no de lazer. (Fonte.: http://www.revistahoteis.com.br ,acesso em 03/09/2012)
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Os viajantes quando fazem suas viagens e procuram por alguma
estalagem, hospedaria, ou seja, alguma forma de hospedagem, eles geralmente
observam pela sua estrutura, a sua beleza externa,
A avaliação do meio pelo visitante é puramente estético. É a visão de um estranho. O estranho julga pela aparência, por algum critério formal de beleza. É preciso um esforço especial para provocar empatia em relação às vidas e valores dos habitantes. (TUAN, 1980:72-4).
Houve aumento de viagens cada vez mais, não somente com o
turismo, mas por condições adversas, “a ampliação dos deslocamentos humanos
ao redor do planeta não só por razões turísticas, mas também ocasionados por
litígio (refugiados), por motivos econômicos, políticos (exilados), religiosos
(peregrinos), e de mercado profissional (trabalhadores)” (TRIGO, L.2005.p.51).
O meio ambiente é algumas vezes mudado devido aos
empreendimentos de hospedagem, devido a mudança em ambientes naturais e
até históricos que tiram por vez sua originalidade, assim diz Cooper, C et al
(2001.p.367):
O setor de hospedagem em geral, não evoca imagens de poluição e degradação ambiental. Entretanto a estrutura do setor, com unidades operacionais amplamente dispersas em alguns dos mais frágeis ambientes naturais, bem como em cidades históricas e antigas, significa que seu impacto ambiental Pode ser bastante significativo nos níveis macro e micro. Na verdade, a fascinação dos visitantes com os ambientes naturais, históricos e culturais mais frágeis pode criar uma demanda por hospedagem em locais que caso contrário, estaria totalmente fora das escolhas comuns.
O turismo tem os meios de hospedagem, como um segmento que tem
a maior rentabilidade do mercado, como também o segmento de maior
abrangência, na totalidade é o setor que mais tem sua arrecadação, é de grande
importância e necessária para um apoio aos viajantes e turistas, pois “a
hospedagem ou acomodação, é o maior setor dentro da economia turística, e
também o mais presente com poucas exceções, os turistas querem um local em
que possam descansar e recuperar suas energias durante as viagens ou estradas
em uma destinação” (COOPER 2001.p.350).
25
O segmento dos transportes sofreu grande aumento, o progresso foi
bastante significativo e com o aumento do uso de transporte, houve também um
aumento na população de outras cidades, sofrendo também o aumento de
visitantes vindo de outros lugares, afirma Andrade, J (2002. P.167):
Depois com a evolução dos meios de transporte e a formação de grande número de vilas e cidades em razoáveis distâncias umas das outras, o número de viajantes aumentou muito e com ele o de estabelecimentos hoteleiros, tanto no Oriente como no Ocidente, entre cristão e não cristão.
Com o decorrer do aumento nos serviços prestados como também a
exigência dos usuários dos serviços, procurando lugares e estabelecimentos de
melhor nível que cheguem a atingir a expectativas daquele que procuram um
espaço que tenham um diferencial de melhores recursos, portanto os prestadores
daqueles serviços terão que se adequar para que possam acompanhar os gostos
das exigências dos viajantes e turistas, assim Andrade. J. (2001.p.105) reforça:
Apenas poucos profissionais terão pela frente o desafio da gestão das atividades integradas do público seleto com os recursos de hospedagem com todo o luxo e conforto em receptivos completos, onde a tranquilidade do status e os requintes da fartura e da segurança ditam os procedimentos dos clientes poderosos dos profissionais seletos.
Surgiu na década de 50 uma forma diferente de hospedagem que
aumentou de forma significativa, pois as pessoas, principalmente a norte-
americana, tiveram um hábito de viajar com suas famílias em seus carros; então
Duarte (1996.p.14)“os motéis e motor hotéis desenvolveram-se
desenfreadamente, na década de 50 do século passado, estimulados pelo o fato
das famílias norte-americanas em seus próprios carros‟‟; além disso, aquelas
pessoas também preferiam os lugares sem luxo ou pompas e que pudessem se
sentirem a vontade nestes lugares , sem a necessidade de se apresentarem-se
em luxo ou qualquer outra formalidade, pois eles preferiam os comportamentos
mais espontâneos ao longo de suas viagens,sem formalidade, seguindo ainda
mesmo pensamento. Duarte (1996.p.14) continua dizendo que: “além de
preferirem nas paradas havidas ao longo de seu projeto,informalidade no
atendimento,ou seja,nada de exibição de roupas pela portaria(Verdadeiros
26
desfiles de moda ),nada de gorjeta,resolvendo por outro lado,as dificuldade de
estacionamento do automóvel‟‟.
Devido ao aumento de estabelecimentos de hospedagem, os
elaboradores desta área procuram suas inovações para que possam ganhar mais
espaço e preferência pelos os que procuram aqueles serviços, assim os
empresários estão sempre procurando uma melhoria nos serviços e instalações
nos seus estabelecimentos, conseguindo atrair mais a clientela com um serviço
de maior valor no segmento, sendo que:
Destaca-se maior valorização da criatividade, já que em virtude da competitividade entre as empresas e a comodidades dos serviços hoteleiros gestores capazes de inovar no desenvolvimento de produtos ou serviços, e mesmo na criação de valores agregados para clientes, serão mais valorizados no mercado. (TRIGO, L.2005.p.239)
Os serviços de hospedagem estão cada vez mais aguçados, os
gestores, como também os demais colaboradores que atuam nesta área, tem a
necessidade cada vez mais um aprofundamento na área de lazer, como também
nos congressos, eventos e feiras, procurar cada vez mais uma melhoria na
qualidade dos serviços, como também uma melhoria na sua estrutura e
instalação, pois a excelência é uma meta que sempre deverá ser seguida por
aqueles que querem alcançar um melhor público com seletividade, “os
empreendedores, gestores, administradores e outros profissionais da área de
lazer, turismo e também de eventos, precisam conhecer e analisar, com
objetividade, as qualidades e a natureza de acessos da localização e dos tipos de
estruturação das diferentes construções” (ANDRADE, J. 2001.p.103).
Com a procura de um produto com maior aceitação, os gestores de
estabelecimentos de hospedagem de grande porte, buscam uma forma de unirem
as suas forças e experiências no mercado e conseguirem um resultado mais
sofisticado; assim tem o relato de Goeldner (2002. p.123).
27
Há uma série de empresas de grande porte no setor da hospedagem, e muitas das grandes redes estão se tornando maiores.
1 Publicação
Hotels, das cahners publishing company, ast Touhy avenue, 1350, deslpaines, ilhenais, 60018, produz uma listagem das 300 maiores cadeias de hotéis mundo
.
Os meios de hospedagens apesar de terem boa procura no mercado
sofrem também com os períodos de boa procura, como também em queda, que
se é denominado a Sazonalidade, que é denominada por Butler (1994. p.332)
„‟um desequilíbrio temporal que pode ser expresso em termos do número de
visitantes, gostos dos visitantes, tráfego e outras formas de transportes, emprego
e admissão em atrações turísticas. ‟‟Apesar deste período alcancem em todas as
regiões, as que mais sofrem são as regiões mais afastadas das grandes cidades,
conforme explicação de Lohmann, G.Panosso Netto (2008. p.429).
A sazonalidade é fortemente influenciada por componentes espaciais, sendo mais acentuado em zonas rurais e regiões remotas do que em grandes centros urbanos.
Com tanto aumento de produto de meios de hospedagem foi
necessário que houvesse uma organização, ou melhor, uma regulamentação,
uma parcial padronização para que os usuários tivessem um parâmetro das
categorias de cada estabelecimento, pois:
O regulamento dos meios de hospedagem deve definir padrões de diferenciação entre os tipos e categoria de meios de hospedagem de turismo, o que implica a consideração de diversos fatores, como exemplo, clientela preferencial atendida. (‟MAMEDE. G. 2004. p.63).
Em seguida será apresentado o capítulo Memória, Patrimônio e
Tombamento, mostrando assim a importância desse assunto para que a riqueza
cultural esteja sempre presente e que eles fazem uma parceria essencial, ou seja,
vital, pois sem a Memória local não haveria condições dos setores responsáveis
pelo tombamento fazer realizar esta operação.
1 Publicação Hotels, das cahners publishing company, ast Touhy avenue, 1350, deslpaines,
ilhenais, 60018, produz uma listagem das 300 maiores cadeias de hotéis mundo
28
3. MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E TOMBAMENTO
Por longo tempo as pessoas vieram a sentir uma importância na
preservação de patrimônio, surgindo a princípio na Europa, tendo lá uma
diversidade de estruturas e arquiteturas devido à evolução na época, as pessoas
vieram a começar a perder seu passado, assim diz Barreto (2007. p.112) apud
Choay (2001,p.139).
A ideia de preservação começou na Inglaterra e na França com a revolução industrial, quando os edifícios passaram a ser substituídos por raras formas arquitetônicas e sociedade começou a ser contaminada com a ideia de um país sem passado.
Na revolução Francesa também teve uma importância considerada
sobre o Patrimônio histórico, pois “durante a Revolução Francesa, os patrimônios
( propriedade, legado ) da nação, surgindo desta forma, o conceito um tanto
metonímico de Patrimônio Nacional (...)” (BARRETO,M.2007.p.111)
Havia algumas semelhanças pelas pessoas entre o poderia ser
conhecidas como um simples monumento ou um monumento histórico, assim
havia dificuldades em fazer esta diferença entre as opiniões, então
Pouco tempo depois inclusive, o Conselho de Paris estabeleceu oficialmente a distinção entre monumento histórico e monumento, e , em 1790, um documento definiu o que seriam o monumento histórico Nacional: Castelos, abadias, monastérios (BARRETO,M.2007.p.111).
Quanto às semelhanças existentes entre monumento e monumento
histórico, há também necessidade de se informar sobre a cultura e Patrimônio
Cultural, relata Martins, J (2003.p.58) “é necessário deixar claro que a discussão
sobre cultura e Patrimônio Cultural é fundamental para se pensar as condições de
exercício da cidadania‟‟.
Antigamente um Patrimônio Cultural era visto como um bem de grande
valia para fins de apreciação devido a sua legitimidade, pois “desde o século
XVIII, quando surgiu a noção de Patrimônio cultural estava vinculada ao acervo
29
de obras apreciadas como valiosas e legítimas, respaldadas por seu prestígio
histórico e simbólico” (DIAS, R.2006.p.91).
Patrimônio é uma palavra latina, relacionado a bem e a legado,
relacionado a família, embora que é uma palavra latina, mas que houve um
aumento no seu significado, conforme Dias(2006.P.69).''a palavra Patrimônio
tem origem latina, Patrimonium, e, primordialmente, estava relacionada com bens
de família, heranças e posses. Nos tempos modernos, a palavra Patrimônio teve
seu significado ampliado. ‟‟Dentro da afirmação de Dias sobre a origem da palavra
Patrimônio também a palavra Monumento que é ligado diretamente ao
Patrimônio, tem seu significado de origem latina, com um sentido bastante
explicativo, como afirma Meneses, J (2006.p.31).
(...) o sentido de monumento deriva do seu significado em latim: monumentum, palavra, por sua vez, deriva de monere („‟lembrar „‟). Aqui, então, monumento é aquilo que memoriza, traz à lembrança algo que se quer guardar, algo que é digno de memória e de comemorar (memorizar com, no coletivo).
Pode-se afirmar que a memória é algo armazenado, construído por
aspectos como imagens e produtos relacionados ao mundo Social que se viveu e
que se produz no seu dia a dia, pois de acordo com Meneses, J. (2006.p.91):
A memória é uma construção Social em uma operação ideológica que estrutura imagens e que organiza simbolicamente as relações Sociais e seus produtos materiais, produzindo, nesse processo, legitimações.
A memória Social para que tenha mais ênfase, se é necessário que as
pessoas possam dar mais importância na lembrança da vivência, trazendo cada
vez mais para o presente, pois só assim que:
A memória Social será tão mais significativa quanto mais representar o que foi vivido pelos diversos segmentos Sociais e quanto mais mobilizar o mundo afetivo dos indivíduos, suscitando suas lembranças particulares.Meneses(2006.p.91).
30
Para que alguma edificação, seja reconhecido como patrimônio na
época da revolução Francesa, se era necessário comprovação da igreja com
alguma justificativa de importância do tombamento, assim,
A palavra patrimônio, com a conotação atual, surge como observação de um atributo dado aos monumentos históricos durante a revolução Francesa. Os documentos que justificavam a nacionalização dos bens do clero e da realeza alegam que estes são „‟ patrimônio e herança de todos. (BARRETO, M.2007.p.110 apud CHOAY. 2001.p.98.).
O Turismo tem uma grande influência no âmbito Cultural, pois tem uma
aceitação bastante significativa em número de visitante; portanto, o Patrimônio
Cultural tem sua boa parcela naquele segmento, pois Dias (2006.p.46) confirma
que:
O Patrimônio Cultural é a essência do Turismo Cultural, a grande motivação para o deslocamento dos turistas e Capital valioso para as Comunidades, pois representa um produto turístico que, se bem administrado, pode perdurar indefinidamente.
Também sendo “passada também para uma parte da América, própria
do novo mundo sem memória, aludindo a Estados unidos e Austrália” (IDEM,
P.182).
O turismo tem como grande atrativo a natureza, mas o turismo cultural
tem seu espaço e que o turismo cultural é formado pela ação do homem,
fazendo com que esta transformação dos seus costumes se transforme uma
tradição e assim fazendo a cultura daquela localidade a sua identidade, portanto
„”o turismo cultural é todo turismo no qual o principal atrativo não é a natureza,
mas um aspecto da cultura humana, que pode ser a história, o cotidiano, o
artesanato ou qualquer dos aspectos abrangidos pelo conceito de Cultura”
(‟BARRETO, M.2007.p.87).
O patrimônio tem uma essência primordial no que diz respeito à cultura,
pois ele representa a memória de uma comunidade, deixando claro a identidade
de um povo, a origem dos seus costumes como também o seu dia a dia,
inclusive a sua representação cívica. (DIAS, 2006).
31
O patrimônio é, portanto, um dos elementos mais importantes da
identidade de uma comunidade. O sentido de coletividade sustenta-se e reforça-
se essencialmente na presença de elementos que atuem como fatores de
coesão: por exemplo, o Hino, a Bandeira e Patrimônio Cultural. (DIAS, 2006).
O Patrimônio é formado por bens da natureza ou formado pela
humanidade, sendo reconhecido em sua totalidade ou por um bem unitário, pois
Dias (2006.p.69) afirma que "o Patrimônio é um bem, ou um conjunto de bens
naturais ou culturais de importância reconhecida num determinado lugar, região,
País ou mesmo para a humanidade que passa por um processo de tombamento
para que sejam protegidos e preservados".
Um monumento tem como principal objetivo é retratar o passado que
está sendo vivido na atualidade, pois „‟ o monumento, em seu momento fundador,
portanto, tem função de memorizar o passado, ou de informar sobre o presente.
(MENESES, J. 2006.p.32,33)
Um lugar qualquer, sendo um pequeno lugarejo, como um estado
inteiro ou até mesmo uma nação para que possam ter uma proteção nas suas
esculturas, edificações, ou seja, tenha uma garantia para seus bens, criados pelo
o homem, como um bem da natureza, mas que seja de importância para a vida
e história daqueles que vivencia, é necessário que seja reconhecido como um
patrimônio daquele lugar, pois
O Patrimônio é um bem ou conjunto de bens naturais ou culturais de importância reconhecida num determinado lugar, região, país ou mesmo para a humanidade, que passam por um processo de tombamento para que sejam protegidos e preservados. (DIAS, R.2006.p.69).
Para que se crie algo com o intuito de se tornar um Patrimônio Cultural,
se tem necessidade que este objeto seja criado com base na época vivida e que
ele tenha um significado concreto, com a certeza que esta criação tenha
relevância do que realmente é, como também, em prol de que será e também ter
uma reposta porque se precisa ter uma preservação e conservação, assim „‟A
construção do Patrimônio Cultural é um ato que depende das concepções que
32
cada época tem a respeito do que, para quem e porque preservar. ‟‟ (FUNARI, P;
PINSKY, J. 2005.p.16)
A história busca da Sociedade o seu antepassado, através de vestígios
que venham a dar as respostas que se buscam, estes vestígios que podem ser
documentos, relatos ou objetos que possam explicar o que se aconteceu no
passado, assim o estudioso com estes dados em mãos pode se expressar,
interpretando; portanto, diz Meneses (2006.p.41)
O historiador, a partir de seu lugar Social, sensibiliza-se por um objeto do passado e, através de fontes documentais de variadas espécies, busca apreender esse objeto e construir a partir de sua apreensão, uma interpretação reveladora de acontecimentos, de ações humanas, enfim, de culturas passadas.
Todo material que se é encontrado relativo ao passado é primordial
para que se venha à explicação do presente, principalmente a vida Social de cada
comunidade, fazendo com que se aumente cada vez mais o conhecimento do
passado se relacionando com presente e assim colocando em evidência o valor
da cultura de um povo de certa localidade, afirma Funari (2005.P.17).
Hoje entendemos que, além de servir ao conhecimento do passado, os remanescentes materiais de cultura são testemunhas de experiências vividas, coletiva ou individualmente, e permitem aos homens lembrar e ampliar o sentimento de pertencer a um mesmo espaço, de partilhar uma mesma cultura e desenvolver a percepção de um conjunto de elementos comuns, que fornecem o sentido de grupo e compõe a identidade coletiva.
Cada vez mais o mundo identifica um Patrimônio como uma
importância de grande dimensão, tanto que os lugares que constam os
Patrimônios, os órgãos privados e institucionais ligados a este segmento, se
preocupam em alertar aos moradores, aos visitantes e turistas que se dê mais
importância para aqueles Patrimônios, por consequência possa atrair recursos
dentro da sustentabilidade, trazendo assim, uma melhoria Sócia econômica para
aquele lugar, assim ratificam Drummond, S (2004. P.46).
Hoje, mais que nunca, países e organizações responsáveis pelo Patrimônio global precisam de sensibilidade para esses recursos,
33
sensibilidade para as comunidades e para o visitante. Avaliando as atrações de Patrimônio em uma via analítico e crítica, abre o caminho para a sustentabilidade e a habilitação de diferentes tipos de Patrimônios ao benefício.
As edificações de um lugar, sendo bem projetadas, com uma visão
cultural responsável, tende a turismo Cultural crescer, mas desde que aquele
projeto destas construções seja seguido dentro das normas, levando em
consideração não só o Capital que será gerado, unicamente para aquela
edificação, mas que tragam benefícios para o aumento no turismo Cultural; Silva
(2004.p.39) informa que:
A arquitetura e o urbanismo em cidades turísticas desempenham papel fundamental no cenário do espaço, constituindo elementos culturais atrativos, representam um campo de atuações, tanto do mercado quanto do poder político para o projeto de o planejamento de ações estratégico para o desenvolvimento do turismo.
O Patrimônio e história são dois valores que são diretamente
proporcionais, pois eles são entrelaçados de uma forma, que quando um
aumenta, tende a outro crescer junto, assim simultaneamente um enriquece o
outro, pois „‟ a interpretação significativa de Patrimônio pelos consumadores deve
ser também situada nas tensões entre Patrimônio e história.” (DRUMMOND, S;
YEOMAN, I. 2004.p.46)
Os sinais que são criados, as imagens que são percebidas, geram
valores, criam ideias sobre aquele que se é observado, tanto no âmbito global,
como nos objetos em particular; portanto,
O papel do símbolo e da ideologia no monumento da totalidade, (posto que) a ideologia produz símbolos criados para fazer parte de objetos (...) ela na estrutura do mundo e também nas coisas. Ela é um fator constitutivo da história presente. (SANTOS. 1996.p.101,102).
Para se aprofundar no conhecimento é necessário que se procure
diversas fontes de informações e pesquisas, é certo afirmar que certas fontes são
ricas mais que as outras, mas que não trazem a informação final e completa,
sendo assim, pode-se afirmar que o Patrimônio é uma fonte, um canal muito rico
34
nos conhecimentos Culturais, mas que ele não é absoluto; portanto, deve-se
recorrer então para outros meios com a finalidade que as informações e relatos se
completem:
Devemos ser cuidadosos para não negar a possibilidade que o Patrimônio como passado fabricado e espetacular, pode suprir o consumidor com possibilidades de aprendizado, estímulo e o desejo de conhecimento mais profundo por outras possibilidades e canais. (DRUMMOND, S; YEOMAN, I. 2004.p.46)
Um Patrimônio Cultural tem um amplo horizonte para que seja
estudado; portanto, para que ele seja pesquisado e observado de uma forma mais
minuciosa, o órgão responsável pelos Patrimônios Nacional, o IPHAN – Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional providenciou uma forma de para
detalhar estes estudos, Lohmann, G; Panosso Netto, A. (2008.p.434) Ratificam
que „”o Patrimônio Cultural é classificado pelo IPHAN em quatro grupos: (1)
Arqueológico, paisagístico e etnográfico, (2) História, (3) Belas Artes e (4) Artes
Aplicadas‟‟
De certo que o Turismo Cultural traz bons recursos financeiros para
uma localidade, mas quando se trata de um Patrimônio, deve-se olhar como um
retrato Cultural do local e não simplesmente para gerar recursos econômicos;
portanto „‟ o Patrimônio de um lugar não pode ser visto meramente como ativo
econômico para o presente, ele é parte da Cultura de uma comunidade e uma
série de graves discussões se levanta dessa perspectiva”. (DRUMMOND. S;
YEMAN. I. 2004.p.57).
Uma edificação, ou qualquer objeto para que se tenha a segurança que
será preservado pelo poder público, em prol do grupo dentro dos interesses
daquela comunidade, deve-se passar por um processo, que após ele, aquele
objeto terá mais garantia de comunicação; assim ''o Tombamento é a ação
justificadora da responsabilidade do poder público em salvaguardar a memória
coletiva.''. (MENESES.J.2006.p.81)
O reconhecimento para algo se possa tornar um Patrimônio, deve-se
levar em consideração fatores que venham ter certos atrativos e importância
Cultural, Histórica, ou algo que seja de importância para a comunidade local, ou
35
que seja para um interesse global, ou que este interesse seja para o lado Social
ou político, embora que alguns grupos têm este interesse para fins explicativos e
se aprofundar nos estudos sobre o porquê de certas indagações, sendo que o
Patrimônio Histórico e Cultural é um elemento que supre umas boas parcelas
destas necessidades existentes procuradas por pessoas em prol de
conhecimentos e de suas identidades, através dos sinais que encontram nos
monumentos, edificações, enfim, qualquer objeto que é considerado um
Patrimônio, com algumas dessas necessidades ; sendo que ,
O processo de qualificação de um bem Patrimonial mobiliza vários atores que representam grupos Sociais, os quais manifestam por ele, interesses diversos; alguns buscam consolidar sua denominação política ou ideológica; nesse caso, tais bens podem até ser criados com esse fim; outros buscam tão somente a afirmação de sua existência como cultura distinta e o fazem por meio do acúmulo de um capital simbólico, que tem o Patrimônio Cultural como um dos seus elementos mais significativos por representar sua continuidade histórica, a fim de constituir um referencial que reforça sua identidade Cultural. (DIAS, 2006.p.79)
O processo de Tombamento traz melhorias para o proprietário daquela
propriedade, mas que cria uma cumplicidade para toda o povo que tem certo
interesse por aquele Patrimônio, fazendo com que o poder administrativo venha a
interferir por alguns detalhes que sejam regrados dentro do acordo;
O Tombamento implica em limitações perpétua ao direito de propriedade em benefício do interesse coletivo; afeta o caráter absoluto do direito de propriedade, acarreta ônus maior do que as limitações administrativo,porque incide sobre o imóvel determinado. (GIORA
JÚNIOR.R.2007.p.30).
A única ação do poder público que tem por finalidade de preservar e
conservar qualquer Patrimônio reconhecido pelo povo e que podem trazer
benefícios para ele por algum motivo é o Tombamento, pois com o Tombamento
o proprietário daquele local fica protegido, mas de certa forma com o seu poder
sobre a sua propriedade fica limitado em comparação antes deste processo;
portanto,
36
O Tombamento, principal instrumento jurídico até hoje aplicado para impedir a destruição de bens Culturais, não aplica a perda de propriedade do bem; a responsabilidade de sua conservação continua sendo do proprietário que é proibido de demoli-lo, de descacterizá-lo, ou quando se tratar de um objeto de Arte, de retirá-lo dos limites do território Nacional, sem prévia aprovação do órgão competente. (FUNARI,P; PINSKY,J.2005.p.20)
Um objeto que tem sua história deve ser reconhecido por todos, pois
através deste objeto é que se podem resgatar valores do passado, fazendo com
que a memória traga à tona a realidade das origens Culturais e Sociais, as
gerações do presente, passado e futuro, tem a necessidade desta regressão do
tempo para verificar o valor de cada etapa das culturas vividas,
Possuindo o Patrimônio Cultural, uma dimensão material, que não pode ser dissociada da simbólica, vale a pena da discussão do significado da preservação desse legado Cultural, para conhecimento e usufruto das gerações futuras; torna-se fundamental enfatizar a importância desse Patrimônio como suporte da História e da memória dos grupos Sociais. (MARTINS,J.2003,p.52,53)
Vale ressaltar que o Tombamento de um Patrimônio não se refere
somente a monumentos ou edificações que venha a ter reconhecimento de
Patrimônio da humanidade, pois existem também outros objetos como Patrimônio
específico, com o esclarecimento de Barreto (2001, p.119) „‟além dos bens
declarados Patrimônios da humanidade existem outros que são registrados como
Patrimônio Nacional Provincial ou Municipal em virtude de seu significado para as
respectivas esferas‟‟
Em relação à identificação certa dos valores que venham a ter os
Patrimônios, é muito complexo definir de uma forma concreta e detalhada, pois
estes valores são atraídos pelo poder econômico em prol das arquiteturas
modernas, com a visão do Imobiliário e Cultural, mas o Capitalismo está cima de
tudo quando é permitida a sua entrada, assim os interesses Sociais e Culturais
ficam em outro plano, bem menos significativo do que eles tem o direito, pois os
investidores procuram estes elementos para trazerem benefícios próprios,
esquecendo o lado benéfico para as comunidades, devido as estes conflitos de
interesses, para Martins(2003)
37
A questão da preservação do Patrimônio Cultural, entretanto, está longe de ser facilmente equacionada, mesmo se tratando do Patrimônio de „‟pedra e cal‟‟, ou seja, o edificado, é importante lembrar que também aí existem relações conflituosas, há interesse por parte da especulação imobiliária que, no afã da lucratividade capitalista é informada pela concepção de uma modernização selvagem, enxerga nesses bens um obstáculo para a ampliação de suas transações comerciai, ou, nos termos mais usados nos jargões comerciais, do verdadeiro caminho rumo ao progresso.
O poder econômico tem seu domínio nos setores turísticos,
principalmente quando se é direcionado para o lado de tombamento, mostra-se
que a Cultura e o Social têm sua particularidade, mas que não são prevalecidos,
agora se levando para o lado econômico, é onde o estudo é dado mais atenção,
mostrando que os especuladores procuram nos patrimônio, os atrativos turísticos
com a finalidade dos negócios que o turismo pode atrair, com a avaliação dos
beneficiários é quando o processo de tombamento fica mais forte,
Dado o processo pelo o qual o Tombamento é realizado, hoje se discute se, no futuro, o interesse turístico de um bem não vai prevalecer sobre o seu valor histórico ou Cultural no momento de se decidir por seu Tombamento, neste caso, as razões econômicas teriam predominância e seria feita a vontade dos grupos de poder, que obteriam benefício com os negócios turísticos a partir da criação de atrativos avalizados por órgãos Nacionais e Internacionais, o que, de alguma forma, na atualidade já está acontecendo. (BARRETO,M.2007,p.129)
A questão de Tombamento que tem como finalidade conservar e
preservar os monumentos e Patrimônios, os Patrimônios estavam sofrendo
dificuldades e estavam entrando em ruínas, a 2UNESCO – United Nations
Educational, Scientific and Cultural Organization, teve que intervir;
Na década de 1960, o Secretário Geral da UNESCO, vendo que em
muitos lugares os monumentos estavam se deteriorando por falta de interesse ou dinheiro para a sua manutenção, promoveu uma série de encontros que resultaram na convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, cultural e Natural(Unesco 1972). (BARRETO,M.2007,p.115)
2 UNESCO – Orgão das Nações Unidas, que tem como objetivo aplicar a Paz no Mundo através da
tecnologia, Ciência, Comunicações e Cultura.
38
Como se sabe, a única forma do poder público preservar e conservar
um bem Histórico e Cultural é através do tombamento, mas mesmo quando se é
efetuado este processo, alguns casos se tem protesto contra o tombamento,
sendo interpretado que em certos casos, os proprietários dos bens são
beneficiados, isto é explicado por Martins (2003, p.56)
O instrumento do tombamento ainda em vigor pressupõe que o bem a ser preservado às gerações futuras não pode ser descaracterizado, e é ainda, alvo de outras críticas constantes, em especial pelo fato de atribuir a particulares a conservação do bem tombado.
No próximo capítulo será apresentada sobre o edifício do São Pedro,
antigo Hotel Iracema, situado no Bairro que leva o seu Nome, Praia de Iracema,
que hoje se encontra abandonado com moradores de rua e que antes servia para
abrigar a classe elite que visitava Fortaleza; portanto será apresentado os dados
sobre a possibilidade do tombamento deste prédio, com seus lado histórico e
sobre as sua estrutura, apresentado como foi seu funcionamento no seu auge,
assim a justificativa do Glamour ao Abandono .
4 EDIFÍCIO SÃO PEDRO
4.1 Aspectos Históricos
Por volta dos anos 50, no Bairro Praia de Iracema, e no Centro da
Cidade de fortaleza, foram efetuadas as construções de dois prédios que seriam
empreendimentos imobiliários, mas devido à escassez de espaço hoteleiro
naquela época e com uma previsão de resgatar eventos na Cidade de Fortaleza,
o poder público solicitou aos empreendimentos imobiliários, até então o Edifício
São Pedro e outro no centro da Cidade,o Edifício Lord, se volvessem a metade
de sua capacidade em empreendimento Hoteleiro para evento, de acordo
informado que:
39
Em 1951, a imobiliária Pedro Philomeno Gomes, estava construindo dois prédios: o Edifício São Pedro na Praia de Iracema e o Edifício Philomeno, no centro, mas devido a um grande evento que iria ocorrer na cidade e à falta de local para abrigar os visitantes, o governador pediu que parte dos prédios fossem transformados em hotel, assim o Edifício Philomeno Gomes passou a chamar Hotel Lord e o Edifício São Pedro, Iracema Plaza Hotel.Ambos operavam 50% como Hotel e 50% como residencial e Comercial. Disponível em: <http://www.defender.org.br/ fortaleza-predio-historico-sera-revitalizado>acesso em 23 Out.2012.
Hoje os 02 Hotéis, conforme fotos abaixo 1 e 2, construídos na década
de 50, o Edifício São Pedro, conhecido como o Hotel Iracema, que ostenta o seu
estilo europeu, encontra-se na Praia de Iracema e o Edifício Philomeno Gomes,
conhecido com Lord Hotel, com seu estilo também importado, encontra-se no
centro da cidade de Fortaleza, ambos sendo uns dos representantes de fortaleza
em hospedagem na antiguidade.
Figura 1: Edifício São Pedro nos anos 50 Fonte: http://www.Blogopovo.com. acesso 21 Out.2012.
40
Figura 2 Edifício Philomeno Gomes ( Hotel Lord ) Fonte : http//www.flickr.com/photos/feembrasil acesso 04 Dez.2012
Com a construção a construção do Edifício São Pedro, juntamente com
a instalação do Hotel Iracema, houve a necessidade de nascimento de mais
Hotéis tradicionais na cidade para que assim servir como atrativo para aumentar o
incremento no número de turistas em Fortaleza.
Fortaleza, que estava com o período de crescimento e com o intuito de
atrair cada vez mais seus visitantes, visou aumentar a quantidade de
acomodação, com uma arquitetura diferenciada, para que tivesse a possibilidade
de haver crescimento no segmento do turismo de negócios, como também outros
daquela época que estava surgindo,
Para tanto, era necessária a consolidação e criação de mais hotéis, associados a ambientes familiares e tradicionais e ao mesmo tempo modernos, caso do Hotel Iracema Plaza, acomodado no edifício São Pedro, prédio com mais de cinco andares e de arquitetura exuberante que lembra um enorme navio tudo isso com intuito de atrair moradores, visitantes/turistas, empresários e profissionais liberais fortalezenses e/ou de cidades do interior do Ceará e de outros Estados brasileiros. Disponível em:<http//www.fortaleza.ce.gov.br/cultura/historico-dos-bens-tombados. Acesso em : 22 de Out. 2012.
41
O Edifício São Pedro teve algumas etapas na sua via operante
transformadas, de década a década, cada uma com uma mudança, de acordo
com a necessidade da época, pois conforme o perfil de cada data, o edifício
acompanhava passo a passo, desde a época das visitações ilustres da época,
como também os serviços criados, para que pudessem abrigar a classe elite
daquele momento; sendo assim, ele teve suas pompas, mas com o passar do
tempo foi transformado em um prédio comum, até chegar a desaparecer os
clientes que gozavam as maravilhas e requintes daquele lugar, transformando-o
de um Hotel de Luxo, passando para um prédio residencial, até a um prédio de
um estado de abandono; assim é explicado por etapa:
Anos 50 - o Edifício São Pedro, onde se instalou o Hotel Iracema Plaza, foi estabelecido na década de 1950, com duas entradas, uma no lado norte, voltada para a praia e outra, no lado oeste com acesso aos apartamentos. Anos 60 e 70 - Até 1973, o edifício abrigou o Hotel Iracema Plaza, dos mais chiques da cidade. O restaurante do Hotel, o Panela, reunia os intelectuais e boêmios mais descolados.Ao lado funcionava o bar Tonys. Anos 80 e 90 - O Edifício virou prédio de apartamentos, todos ocupados. Nos anos 90, a degradação se acentuou. Hoje algumas poucas unidades resistem. Disponível em:<http://www. opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2012/07/07/noticiasjornalvidaearte. Acesso em 23 Out. 2012.
42
Figura 3:Fachada Edifício São Pedro Fonte: http://panoramio.com.br. acesso 23 Out. 2012.
O Aspecto do edifício São Pedro tem como destaque, o período que
foi construído, como também a sua estrutura que figura uma imagem de um
navio, sem contar que foi uma novidade daquela época, a construção em
alvenaria; é relatado em noticiários local, como o jornal Diário do Nordeste que
''o edifício São Pedro foi inaugurado em 1951. Construído de alvenaria, foi o
primeiro da orla marítima de Fortaleza, com estrutura bem parecida de um
navio.''(Disponível em:http//diariodonordeste.globo.com.br.Acesso em: 23 Out.
2012).
O edifício são Pedro, depois que fora o Iracema Plaza Hotel, tem
diversas imagens publicadas, sendo do acervo do Jornalista e Historiador, Miguel
Nirez é informado que pessoas ilustres cearenses também se hospedavam no
Hotel, e alguns deles até moraram, usufruindo então das suas dependências,
assim foi publicado que
As fotos antigas do Iracema Plaza Hotel que circulam nas redes sociais são do arquivo do jornalista Miguel Nirez. O Historiador cita que, em fevereiro de 1963, hospedou-se no Iracema Plaza cearense radicado em São Paulo, Aldemir Martins.Quem também morou lá por muitos anos foi o jornalista Lúcio Brasileiro.Disponível em:<http://www.defender.org.br/ fortaleza-predio-historico-sera-revitalizado.Acesso em: 23 Out. 2012.
Com a construção do Edifício São Pedro surgiu especulações, sobre o
tempo que foi levado para o seu término,
Contudo, o fato mais curioso relatado por Nirez é que o proprietário do prédio, ainda em construção, sonhou certa noite que, no dia em que ele terminasse a construção, ele morreria. Para não correr o risco, ele suspendeu as obras, mas faleceu antes do prédio ser concluído. (Disponível em:<http:www.defender.org.br/fortaleza-predio-historico-sera-revitalizado.Acesso em 23 Out. 2012).
O antigo Hotel Iracema Plaza, pelo seu aspecto estrutural, chamou
atenção de muitos em relação a sua preservação, com receio que aquela
memória cultural pudesse vir a sofrer algum dano, com uma descaracterização,
ou até mesmo que ele viesse a ser derrubado, então, como ''uma das principais
43
preocupações dos internautas era a de que o prédio pudesse ser demolido, fato
que não pode ser consolidado, já que o prédio foi tombado pela Prefeitura em
2006, por meio do Decreto11.960/06. ''(Disponível em:<http://www.diariodonordest
e.globo.com/materia.asp. Acesso em: 22 Out. 2012).''
Figura 4: Lateral do Edifício São Pedro
Fonte: http://www.fortalezanobre.blogspot.com. Acesso: 23 Out. 2012.
Na vida áurea do edifício, que foi entre os anos 60 e anos 80, havia
uma visitação de grande dimensão, por pessoas de classe alta da época de
Fortaleza, como também de visitantes e turistas de outras cidades de todo o
Brasil que deslocavam-se até o prédio para usufruir das instalações,
principalmente do restaurante Panela, localizado no térreo do edifício que fazia
parte de seu serviço durante 20 anos, frequentado pela alta Sociedade Cearense
segundo relato de Carlos Alexandre Gentil Gomes, Síndico do prédio.Disponível
em:<http:www.defender.org.br/fortaleza-predio-historico-sera-revitalizado.Acesso
em: 20 out. 2012.
Nos anos 50, Fortaleza estava em período de desenvolvimento na sua
3estrutura urbana espacial, impulsionou significativas alterações na formação das
edificações, ruas, avenidas e logradouros, tanto no âmbito arquitetônico,
3 Estrutura Urbana espacial: Processo de urbanização dentro do espaço que sofre suas transformações de
acordo com sua época.
44
comerciais, turísticos e industriais; como também uma sofisticação na orla da
praia de Iracema, sendo assim, foi relatada que
Os anos de 1950 são marcados por um período de relativa verticalização das construções residenciais e comerciais devido ao crescimento demográfico e aos índices econômicos expressivos pautados em empreendimentos industriais, arquitetônicos e imobiliários, visando ao consumo e ao lazer, incluindo aí, o aproveitamento da orla marítima. Este é, portanto, o cenário da vida urbana da elite de Fortaleza e de outras localidades. Disponível em:http://www.fortaleza.ce.gov.br/cultura/historico -dos-bens-tombados.Acesso em: 06 de Nov.2012.
Levando em referência a evolução estrutural das edificações no início
da urbanização na Orla marítima de fortaleza, inclusive na Praia de Iracema, que
antigamente, por volta de 1950 não havia construções significantes que viessem a
dar uma estrutura naquele local que começava a ser descoberto pelo visitantes;
assim os empreendedores viram a oportunidade de incrementar este segmento
dando melhorias e novidades estruturais, diferentes das estruturas já existentes,
que eram consideradas comuns; assim com o aparecimento de estruturas
modernas com um 4„‟toque „‟ europeu, que eram bem apreciadas naquela época.
4.2 Aspectos Estruturais
O Edifício São Pedro, tem uma estrutura bem diferenciada das
arquiteturas já existentes em Fortaleza, com uma forma que lembra uma
embarcação, bastante singular em todas as épocas, mesmo com este modelo
bastante exótico, devido ao seu tempo de existência, está precisando de algum
reparo; relata-se que a estrutura do edifício
Imitando um navio ou um bolo de noivas, para alguns, o Edifício São Pedro se destaca também arquitetonicamente na paisagem, mas sem nunca ter passado por uma obra de restauro, a beleza anda escondida há muito tempo.(Disponível em: http://www.opovo.com.br/app/opo vo/vidaearte/2012/07/07/noticiasjornalvidaearte. Acesso em: 23 Out. de 2012
4 Toque : estilo
45
Figura 5 : Vista total do Edifício São Pedro ,do lado da Praia de Iracema Fonte : Arteiro Filho, 2012
Figura 6 : Estrutura Externa do Edifício São Pedro( Viviane Pinheiro ) Fonte : www.diariodonordeste.com.br,20 de Fevereiro 2012.acesso 20 out. de 2012.
Devido à má conservação do Edifício, tomam-se medidas paliativas de
segurança: como placas de advertências, também anteparas no primeiro andar
para o térreo, com a finalidade de qualquer pedaço de concreto ou alvenaria
venha se soltar e não cair ao chão, e assim possa evitar algum dano para
população que circunda pelo prédio, pois ''sinais de deterioração começam
46
aparecer. Por este motivo, 5bandejas tiveram de ser fixadas do edifício com o
intuito de proteger quem passa pela calçada.''(Disponível
em:http://www.defender.org.br/fortaleza-predio-historico-sera-revitalizado.Acesso
20 out de 2012.)
Figura 7: Bandejas no Edifício São Pedro( frente Praia de Iracema) Fonte : Arteiro Filho, 2012
Figura 8: Bandejas no Edifício São Pedro ( Av.Historiador Raimundo Girão) Fonte : Arteiro Filho, 2012
5 Bandejas: Obstáculos como aparadores de resíduos, com a finalidade de evitar caírem.
47
Figura 9: Bandejas no Edifício São Pedro na parte dos fundos Fonte : Arteiro Filho, 2012
Apesar de o edifício São Pedro ter sido inaugurado há 61 anos, tendo
demorado uma década de construção, ele teve reformas em sua existência, para
que houvesse condições de uma conservação para a estrutura que traz a história
do início da hospedagem na Praia de Iracema, assim em '' 1980 foi o ano da
última reforma no prédio que teve sua construção iniciada na década de 40 e
concluída em 1950. A parte externa estava precisando de manutenção.
''Disponível em: www.fortalezanobre.blogspot.com Acesso: 22 de Out.2012 '
Figura 10 : Parte Diagonal do Edifício São Pedro Fonte :www.fortalezanobre.blogspot.com Acesso 22 Out. 2012
48
Figura 11: Parte Lateral do Edifício São Pedro Fonte : Arteiro Filho, 2012
Com a deterioração do Edifício, existiu necessidade de reparos; como
refazer rebocos nas paredes externas e também na marquise; assim houveram
algumas mudanças na pintura e seguidamente no aspecto do prédio, tirando
algumas de suas características, como também as formas de utilização do prédio,
como as moradas desordenadas, alterando então o '' Cartão Postal '' da praia de
Iracema,
O referido imóvel encontra-se atualmente bastante descaracterizado e em péssimo estado de conservação. Desse modo, apreciando a trajetória histórica suscitada, fez-se imprescindível o tombamento definitivo do prédio em questão, considerando-o símbolo histórico arquitetônico distinto,em meio a outras formas de moradia, sociabilidade e de suportes inerentes à infraestrutura do turismo em Fortaleza, especificamente na Praia de iracema, um dos Cartões Postais de nossa cidade.)Disponível em: http//www.fortaleza.ce.gov.br/cultura/historico-
dos- bens-tombados.Acesso em: 20 de out. 2012).
Sendo um edifício de referência, que foi utilizado como o início de
meio de hospedagem da praia de Iracema, usufruído pela classe bem sucedida
de Fortaleza, como também de turistas, com o seu tempo de uso, foi atacado pela
erosão do tempo, assim fazendo com ele „‟ sofra „‟ com seu desgaste, ficando com
ele apenas o que foi na memória de alguns que vivenciaram aquela época; e
para atualidade, ficam somente as marcas do abandono; que outrora era um lugar
cobiçado e que hoje, encontram-se algumas pessoas moradoras e alguns
49
pequenos comércio, como: Chaveiro, Pizzaria de pequeno porte, um salão de
beleza bem modesto e outros ; conforme fotos abaixo :
Figura 12 : Salão de Beleza no Edifício São Pedro Fonte : Arteiro Filho
Figura 13: Pizzaria no Edifício São Pedro Fonte : Arteiro Filho
50
Figura 14: Chaveiro no Edifício São Pedro Fonte : Arteiro Filho, 2012
Figura 15: Estabelecimento Comercial diverso Fonte : Arteiro Filho, 2012
4.3 Uso do Edifício ao Longo do Tempo
O Edifício são Pedro, no período de sua construção, que inicialmente foi
projetado para ser um prédio residencial, mas por motivo de necessidade
administrativa, ele foi transformado somente um quarto de sua estrutura como
51
residencial e o restante foi utilizado como serviço de hospedagem, precisamente
em Hotel, que foi chamado de Hotel Iracema Plaza, que foi de boa aceitação para
os visitantes e amantes da praia de Iracema, destacando-se a classe elite; além
da visitação, também aquela classe degustavam a culinária do restaurante
existente, que era chamado de Panela; desde a sua inauguração na década de
50, o seu apogeu ficou entre os anos 60 e anos 80, e teve a última restauração
em 1980, assim diz que
Depois de um tempo, o Iracema Plaza incorporou parte dos apartamentos residenciais e passou a operar 75% como Hotel.Segundo relato de Carlos Alexandre Gentil Philomeno Gomes, Síndico do prédio, o auge do Iracema Plaza foi década de 1960 a 1980. Durante 20 anos funcionou no térreo do edifício, o Restaurante Panela, frequentado pela alta sociedade Cearense. O prédio começou a ser construído na década de 1940, com inauguração em 1951. A última foi realizada em 1980.Disponível em:http://diariodonordeste.globo.com/ matéria.asp. Acesso em: 20 out. 2012.
Figura 16 : Frente Edifício São Pedro Fonte: Arteiro Filho, 2012
Existem algumas especulações referente a projetos que aponta a
possibilidade da reativação do Hotel Iracema Plaza, o transformando em um Hotel
de grande porte, mas para que isto possa ocorrer é necessário que as
autoridades competente se articulem a favor deste ato, portanto
52
Para reativação do edifício, um estado de viabilidade financeira já está sendo desenvolvido e o próximo passo será encaminhá-lo para as autoridades locais, articulando o projeto. Se aprovado, o Hotel será um dos maiores de Fortaleza, contando com mais de 200 apartamentos em localização conhecida do município, entre a praia de Iracema e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Disponível em: http://hoteliernews.com.br/2012/02/edificiotradicionaldefortaleza . Acesso em: 06 Dez. 2012.
Em seguida, no próximo capítulo, serão apresentadas as formas que
são vistas as condições do edifício, como também a crítica de pessoas que
passam diariamente no local e chegam a se questionar o porque do abandono de
uma edificação histórica, como também a necessidade da reativação daquele
empreendimento.
5. ANÁLISE
No decorrer da caminhada para alcançar os detalhes sobre a situação
real, atual e como foi nos tempos passados do edifício São Pedro, deu para
perceber os detalhes que passam despercebidos pelos moradores,
frequentadores e principalmente os turistas, que muitos deles tem o propósito de
trabalhar na observação dos pontos turísticos da Cidade, e que o prédio é
singular naquela área que está circundado por muitos empreendimentos
imobiliários e turísticos, mas que nenhum deles traz a história que ele vem a
deixar explícito para todos o quanto ele representa.
Observando a atual condição daquela edificação, vê-se alguns
moradores existentes, sendo que são moradores que estão em questão de
indenização , como também tem outros que tem participação com o aluguel, mas
que nenhum daqueles moradores são invasores do empreendimento,conforme o
porteiro do prédio que já trabalha a mais de 20 anos com o grupo administrador,
que se trata do grupo Philomeno Gomes, que o patriarca é Pedro Philomeno
Gomes, e atualmente é administrado por Alexandre Philomeno Gomes, que
segundo o Porteiro e Zelador do prédio, ele está sempre indo ao prédio, fazer
suas visitas de praxe; além do Alexandre Philomeno Gomes que é o majoritário
do prédio, também tem um outro empresário de origem portuguesa, Sr. Hugo
53
Machado que tem participação em torno de 30% dos aptos e que também tem
outra ocupação no mesmo segmento de hospedagem, a hotelaria.
A situação dos moradores é um tanto sinistra, pois como se trata de um
empreendimento com uma situação de extremo abandono, ainda nota-se uma
grande quantidade de famílias residentes, usando o espaço dos corredores e
varandas, como um varal de roupas lavadas secando ao vento e ao sol, sem se
importarem com a poluição visual que estão causando numa área nobre como a
praia de Iracema, como também sequer ter o conhecimento do valor que tem
aquele recinto que ocupam, ou se tem o conhecimento, usam somente por motivo
de necessidade mesmo, ou por afronto aos olhos críticos da cultura histórica do
município.
De acordo com a informação do zelador do prédio, apenas uma parte
do prédio é ocupado por moradores, pois uma boa parte são salas que serviram
para reuniões de empresas, como também escritórios, mas que nenhuma delas
está ocupada, somente a parte dos apartamentos domiciliares.
Figura 17: Roupas secando nos corredores externo edifício São Pedro Fonte : Arteiro Filho, 2012
O Edifício tem 02 entradas, uma estrada que era utilizada pelos
moradores na parte lateral e outra entrada que fica na frente da Orla, que servia
para a entrada dos frequentadores do Restaurante Panela que era muito visitado
54
quando estava em atividade, que hoje estas 02 entradas existem, mas com uma
situação bastante caótica aos olhos de qualquer um com um pouco de sendo
crítico.
Figura 18 : Entrada lateral do Edifício São Pedro Fonte : Arteiro Filho, 2012
Fazendo uma pequena vistoria na parte externa do prédio, já que as
pessoas que vão visitar não podem entrar nas suas dependências, segundo o
Porteiro atual, é ordem a Administração, observa-se que ali houve alguns
estabelecimentos que hoje não estão em atividades; dentre eles ainda com seus
vestígios: Um posto dos Correios, um Cyber Café, uma locadora, uma pequena
mercearia e um posto telefônico; hoje se encontra apenas um ponto de confecção
de chaves, uma pequena pizzaria administrada por um italiano e 02 pequenos
salões de beleza; sendo que todos estes estabelecimentos tem um contrato com
a administração pagando o aluguel de cada espaço.
Conversando com o proprietário do negócio de Confecção de chaves,
que trabalha a 16 anos na entrada do lado da praia de Iracema do Prédio,
informou que tem muita diferença em comparação no início que começou
trabalhar, tanto no perfil dos moradores, como também os locatários dos
estabelecimentos comerciais que funcionavam naquela época, sem contar com a
segurança que era menos vulnerável, não porque hoje está com menos
55
policiamento, mas porque a marginalidade aumentou bastante na praia de
Iracema, fazendo assim os visitantes se afastem cada vez mais daquela
localidade.
Recorrendo aos livros a procura de fatos e fotos do empreendimento,
nota-se que existem alguns deles que falam sobre a necessidade do tombamento,
para que seja resgatada a memória, mas que poucos escritores e historiadores,
mostram em particular a preocupação real em fazer com que ele permaneça em
tombamento, que foi realizado em 2006, mas que ainda está em estudo para que
ele seja realmente tombado em definitivo, pois está sob a análise do órgão
6COMPHIC- Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural,
conforme o Decreto Lei Municipal de 11.960 de 11 de Janeiro de 2006, do
processo 12/2006 ,na administração da Prefeita Luiziane Lins, informação cedida
pela 7SER II – Secretaria Executiva Regional, pela Sra. Isabel Castro,
Recepcionista e pela 8SECULTFOR- Secretaria de Cultura de Fortaleza.
O COMPHIC é composto pelos seguintes órgãos : Secultfor- Secretaria
de Cultura de Fortaleza; UECE- Universidade Estadual do Ceará;UFC-
Universidade Federal do Ceará(Instituto Hist. Geográfico e Antropológico do
Ceará; SEMAM- Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano;
IPHAN- Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional; IAB- instituto dos
Arquitetos do Brasil; AGBce - Associação dos Geógrafos do Brasil; Câmara
Municipal; OAB- Ordem dos Advogados do Brasil; SETUR- Secretaria de Turismo
do Estado; Setfor- Secretaria de Turismo de Fortaleza.
Foi entrado em contato com o órgão ABIH- Associação Brasileira
indústria de Hotéis, com a Secretária executiva, Sra. Rejane Santos, mas
infelizmente naquele órgão não há registro como o antigo Hotel Iracema fez parte
daquela associação; foi contatado o Corpo de Bombeiro para se saber se o
edifício tem alguma restrição quanto a segurança, devido a sua má conservação,
6 COMPHIC - Conselho que faz acontecer as normas de proteção aos Patrimônio Histórico, Cultural de uma
cidade. 7 SERII – Secretaria Executiva responsável pelo o Bairro Praia de Iracema.
8 SECULTFOR- Responsável pela formulação e coordenação de políticas públicas de Cultura no Município de
Fortaleza, desenvolvendo ações que visem à proteção e memória do Patrimônio Histórico.
56
mas não há nenhum registro que venha a impedir que prédio seja utilizado,
mesmo com estas características.
Fazendo pesquisas 9eletronicamente, observou-se que existem muitos
Blogs preocupados pelo o futuro do prédio, como também com o interesse de
denunciar o abandono e mostrar o que significou nos tempos passados,
principalmente entre os anos 60 e 80, que foi o período mais frequentado pelos
visitantes, turistas e os moradores de classe elitizada; alguns destes blogs e
portais da internet, também usam esta ferramenta com o intuito de expandir mais
a situação atual e fazer com a população, juntamente com o poder privado que
atua na área do turismo, em particular no segmento de hospedagem, possam
pressionar o poder público para que tome uma atitude enérgica e faça acontecer
o que é o desejo de muitos, a revitalização do Hotel Iracema Plaza, como era
conhecido quando foi inaugurado.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tombamento é um processo que tem como objetivo efetuar a
preservação, conservação, ou até mesmo praticar restaurações em bens
materiais e imateriais, com o intuito de deixar viva a memória de um povo
deixando assim esclarecido a origem, como também, a cultura e civilização de
cada um.
Para que se possa acontecer um tombamento de certo material, se é
necessário que a comunidade mostre interesse por aquele bem, com o interesse
de preservação, e que a comunidade por algum modo possa usufruir daquele
patrimônio tombado, tanto no aspecto cultural, como no aspecto Social.
Pode-se afirmar que com o tombamento de um objeto privativo, algum
certo poder sobre aquele objeto venha ser administrado pelo governo, não que o
governo venha interferir diretamente, mas que o proprietário fica um tanto
limitado, ou seja, não podendo descaracterizar o imóvel, tirando assim a sua
identidade que foi o propósito do tombamento, como tampouco que o proprietário
9 Eletronicamente : Em visitas a sites da Web
57
venha a querer demolir que é completamente proibido, dentro de uma das normas
do tombamento.
Em Fortaleza existem diversos lugares históricos que se pode retratar
por completo a origem de cada localidade, dentre esses lugares, pode-se
destacar o bairro Praia de Iracema, que é um bairro que também tem sua história
bastante marcada pela sociedade Fortalezense, no que diz respeito no âmbito
Social e Econômico, que abrange em grande escala, o turismo, que é bastante
difundido, podendo-se afirmar que é o bairro de Fortaleza que tem recebido o
maior número de turistas nacionais e internacionais; sendo que além da visitação,
também eles ficam hospedados no Bairro, não só devido aos atrativos que nele
existem, mas também é porque que a Praia de Iracema tem o maior número de
ofertas de Hospedagens para todos os perfis.
Fazendo uma explanação no Bairro Praia de Iracema referente aos
pontos Históricos, podem-se encontrar alguns deles, mas pode-se destacar um
prédio, conhecido como edifício São Pedro, que foi inaugurado nos anos 50 e que
a maior parte daquele prédio foi transformada em um Hotel, então chamado de
Hotel Iracema Plaza, o primeiro Hotel da Praia de Iracema; ele acolheu os mais
ilustres que visitavam Fortaleza naquela época, foi destaque como um palco de
encontro da classe elite de fortaleza, como também aqueles que visitavam a
Cidade e que usavam o Hotel Iracema Plaza como um reduto de encontro da alta
Sociedade.
Hoje o antigo Hotel Iracema, que antes viveu seu momento de glória,
hoje se encontra em um estado de abandono, com apenas alguns pequenos
comércios ao seu redor, mas que não representa algo sobre o que o Hotel viveu
no seu ápice, sem apresentar nenhuma característica, como também habitam
algumas pessoas em estado de abandono, sem a menor condição de vida digna,
visto as condições mínimas estruturais para a vivência de um ser humano.
Com o Tombamento do Edifício São Pedro, já efetuado desde 2006 e
com a possibilidade que o prédio venha a ser reintegrado para sociedade, será de
grande valia para todos, desde aos amantes da cultura, como também para a
comunidade e para os profissionais que trabalham na área, pois terão a
oportunidade de vivenciar o antepassado hoteleiro de Fortaleza, como também
58
contribuir para que os menos favorecidos venham ter a oportunidade de serem
integrados no ofício hoteleiro, com a interferência do poder público, produzindo
campo de trabalho, aprimorando também os profissionais já existentes.
O Brasil tem um campo muito amplo para que a cultura brasileira possa
ser mais difundida e conservada como ela é, através do tombamento; assim a
cidade de Fortaleza, também acompanha este índice; alguns órgãos públicos de
Fortaleza ligados diretamente neste segmento, como a SETUR : Secretaria de
Turismo, deveriam olhar mais para este lado, pois naquela cidade tem muitos
lugares que o poder público poderia olhar com mais interesse, e não permitir que
a cultura de uma cidade turística como Fortaleza se deixe lugares históricos
caírem no esquecimento e no eterno abandono, até que venha a ser desgastado
por total pela erosão do tempo.
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60
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