Licenciatura em Engenharia Civil
Conservação e Reabilitação de Edifícios 2013/2014
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Trabalho Prático
Projecto de Conservação e Reabilitação de Edifícios
Docente: Teresa Pinheiro – Alves
Trabalho realizado por:
- José Neves nº 24108 - João Banha nº 25802
-André Pascoal nº 26428
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Índice
Introdução---------------------------------------------------------------------------4
Levantamento/ Inquérito a Edifícios – Ficha de Inspecções--------------8
Fichas de Reparação de Anomalias – FRA
Cobertura
o Estrutura--------------------------------------------------------------------15
o Imperfeições na ligação dos canais ao beirado--------------------17
o Escorregamento de telhas----------------------------------------------18
o Telhas Partidas-------------------------------------------------------------19
o Limpeza do Telhado (Vegetação) -------------------------------------20
o Fibrocimento----------------------------------------------------------------22
Beirado---------------------------------------------------------------------------------24
Escadas---------------------------------------------------------------------------------27
Elementos Metálicos----------------------------------------------------------------29
Terraço (Vegetação) ----------------------------------------------------------------32
Humidade
o Infiltração de Água----------------------------------------------------------34
o Paredes de Alvenaria Interiores-----------------------------------------36
o Ascensional (Criptoflorescência) ---------------------------------------38
Fendilhação
o Abertura da Abóboda------------------------------------------------------39
o Fissuração Ligação Abóboda/Chaminé--------------------------------41
o Paredes de Alvenaria de Tijolo Maciço (Paredes Interiores) -----43
Caixilharia
o Humidade (Fachada Norte) ----------------------------------------------45
o Ressequido (Fachada Sul)-------------------------------------------------46
Pavimento de Madeira
o Soalho Ressequido----------------------------------------------------------47
o Soalho Apodrecido----------------------------------------------------------48
Mancha Central na Fachada--------------------------------------------------------50
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Paramentos de Pintura e Acabamentos Exteriores e Interiores----------52
Retracção Térmica-------------------------------------------------------------------54
Isolamento Acústico-----------------------------------------------------------------55
Isolamento Térmico------------------------------------------------------------------56
Instalações Eléctricas----------------------------------------------------------------57
Instalação de Gás---------------------------------------------------------------------57
Redes de Saneamento Básico------------------------------------------------------58
Conclusão-------------------------------------------------------------------------------59
Bibliografia-----------------------------------------------------------------------------60
Anexos
o Rede de Águas---------------------------------------------------------------61
o Rede de Esgotos-------------------------------------------------------------63
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Introdução
No âmbito da unidade curricular de Conservação e Reabilitação de Edifícios da
licenciatura em Engenharia Civil foi – nos proposto a realização de um projecto de conservação
e reabilitação de um edifício que estivesse situado em meio urbano, e cujo estado físico se
apresentasse em condições deterioradas a pedido da docente Teresa Pinheiro – Alves.
Este projecto contou com a cooperação da Camara Municipal de Évora e com o apoio
do próprio dono da edificação para que se pudesse fazer uma melhor análise e intervenção na
edificação.
É objecto de estudo de um imóvel situado no centro histórico de Évora, mais precisamente na Rua Miguel Bombarda, lote 53-57. A construção desta edificação remota a meados do séc. XIX (1850-1870) a princípios do séc. XX (1920/1930), porem não é possível precisar o ano exacto de construção devido á falta de informações.
Figura 1 - Fachada Principal
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Fundações: Estima-se que seja Alvenaria de Pedra
Estrutura: Paredes resistentes em alvenaria de pedra e tijolo maciço
Pavimento: Abóbadas (pisos 1 e 2) e vigotas pré – fabricadas (último piso)
Escadas: Madeira e Pedra
Paredes Exteriores e Interiores: Pedra e Alvenaria de tijolo maciço
Cobertura: Telha de Canudo com Estrutura em Madeira
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Plantas da Edificação
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FRA 1
Anomalias na Cobertura
Deformação da Estrutura
Figura 2 – Estrutura da Cobertura
Figura 3 – Fluência do Ripado de Madeira
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Sintomas: Constata-se que a cobertura inferior apresenta alguma deformação.
Exame: Não se detectam movimentos que se possa imputar à estrutura da cobertura, ao examinar o desvão da cobertura pode se considerar a estrutura principal em óptima condição aparentando alguma manutenção, apresenta uma pequena flecha no ripado. Verifica-se também a presença de humidade em algumas zonas do ripado em madeira.
Diagnóstico de causa: Os problemas são os comuns a este tipo de cobertura com
estrutura em madeira, com a degradação da cobertura o aparecimento de humidade na
estrutura aumenta o fenómeno de fluência da madeira que apenas aparece nas peças de
dimensão mais reduzida, como é o caso do ripado.
Reparação: Substituição das ripas de madeira que se encontram em pior estado de
degradação e onde a fluência seja mais visível, por novas ripas de material idêntico.
Observações: Esta reparação terá de ser integrada com todas as outras a executar na
cobertura, a colocação de porta telha minimiza o efeito de fluência.
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FRA 2
Imperfeições na ligação dos canais ao beirado
Figura 4 - Imperfeições geométricas ao nível do beirado
Sintomas: Verifica – se imperfeições na ligação dos canais da cobertura por imposição
da dimensão dos canais de beirado.
Exame: Verifica-se a união de dois canais junto ao escoamento para o beirado, esta solução aparece frequentemente e apenas na água da fachada principal, onde existe o beirado com telhas diferentes da cobertura.
Diagnóstico de causas: A opção pelo tipo de beirado existente na fachada principal,
levou a optar por soluções, que parecem ser de qualidade e funcionalidade duvidosas, como
dois canais serem obrigados a escoar pelo mesmo canal de beirado o que obriga a curvas nos
canais dificultando o escoamento da água e deposição de detritos.
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Reparação: A reparação desta anomalia leva ao levantamento de grandes áreas da
cobertura, dado o estado extremamente frágil das telhas propõem-se a substituição da
totalidade da cobertura nesta água, aproveitando para colocação de porta telha para
impermeabilizar e resolver os problemas de infiltrações nesta água da cobertura, associado
ainda a este trabalho a aplicação de material isolante térmico para melhorar a habitabilidade
do edifício.
A ligação ao beirado existente será efectuada por um beirado duplo.
Observações: Esta reparação terá de ser integrada com todas as outras a executar na
cobertura.
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FRA 3
Deslizamento de Telhas
Figura 5 – Deslizamento de Telhas na Cobertura
Sintomas: Detectou-se o deslizamento de algumas telhas da cobertura.
Exame: As telhas estão fora da sua posição inicial mas mantêm os alinhamentos dos
canais, não se verificam movimentos laterais, em relação à colocação e assentamento verifica-
se que não estão gateadas através de ganchos ou colocação de argamassa entre telhas.
Diagnóstico de causas: Julga-se ser a inclinação associada à falta de fixação entre as
telhas que levou ao deslizamento das mesmas.
Reparação: Como reparação adopta-se a solução de gatear as telhas com ganchos
metálicos que impeçam o deslizamento, introduz menos carga na estrutura da cobertura do
que a solução de acompanhar as telhas com argamassas de cal e areia.
Observações: Esta reparação terá de ser integrada com todas as outras a executar na
cobertura.
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FRA 4
Telhas Partidas
Figura 6 – Telhas Partidas na Cobertura
Sintomas: Detectou-se a existência de telhas partidas, rachadas ou danificadas.
Exame: As telhas aparentam grande deterioração e fragilidade por sujidade e com a existência de musgos e líquenes.
Diagnóstico de causas: As quebras de telha são comuns, porque este tipo de telha tem
pouca resistência mecânica principalmente quando associada à humidade, as quebras podem
ser provocadas por pássaros por exemplo pombos ou por reparações executadas por
colaboradores pouco qualificados com estas telhas que podem causar ainda mais danos que os
existentes.
Reparação: A reparação passa por substituir por telhas do mesmo tipo que resultem
de algumas demolições de coberturas da mesma época é importante que as telhas a aplicar
tenham as mesmas características geométricas, também a limpeza das telhas retiradas será
uma solução a utilizar, que passa pela colocação da telha ao sol e esfregar com escova de aço
para retirar toda a vegetação. Na aplicação das telhas deverá ser seguido o princípio de gatear
as telhas umas às outras.
Observações: Esta reparação terá de ser integrada com todas as outras a executar na
cobertura.
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FRA 5
Limpeza da Cobertura
Figura 7 - Vegetação existente ao longo do beirado
Sintomas: Detectou - se, existência de vegetação junto aos beirado, canais totalmente
impedidos por deposição de detritos e telhas totalmente cobertas por musgos.
Exame: As telhas são muito porosas o que promove a fixação de vegetação e detritos, há canais onde a água já não escoa na totalidade da sua extensão.
Diagnóstico de causas:
As causas principais é o mau estado do revestimento das telhas que apresentam uma
porosidade muito acima do recomendado, a imperfeição no escoamento dos canais que
promove a deposição de detritos e facilita a permanência de água na cobertura.
A falta de manutenção da cobertura muito contribuiu para o actual estado de
conservação reconhecendo que não é uma tarefa fácil de executar.
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Reparação: A limpeza da cobertura é a reparação indicada para esta anomalia, é uma
tarefa delicada pelo mau estado e pouca resistência mecânica das telhas, retirar a vegetação
“agarrada” às telhas será tarefa quase impossível sem as quebrar e como não estão fixas umas
nas outras mante-las na posição correcta também será complicado.
O modo de execução da limpeza passa pelo recurso a meio de elevação mecânica e
terá especial atenção nos detritos depositados nos canais, que serão soltos através de martelo
de pontas picando suavemente para soltar os detritos mais agarrados e depois puxar a
vegetação já solta. Como as telhas já estão ao sol e este trabalho será sempre executado
durante o verão, na remoção de vestígios de vegetação, musgos e líquenes será utlizada
escova de aço.
Observações: Esta reparação terá de ser integrada com todas as outras a executar na
cobertura.
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FRA 6
Chapa de Fibrocimento
Sintomas:
Existe um deslocamento, na parte superior da cobertura, imediatamente a seguir à
cumieira, da chapa de fibrocimento em relação aos seus apoios, verificando-se um
abaixamento das mesmas.
Verifica-se um deslocamento nos grampos de fixação das chapas de fibrocimento em
relação á estrutura da cobertura.
Figura 8 - Abaixamento da chapa de fibrocimento
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Exame:
Ao inspeccionar a cobertura em fibrocimento, repara-se que existe um conjunto de
telhas que não acompanham o nivelamento das restantes, verificando-se o seu rebaixamento,
indiciando uma possível deficiência das ligações entre os grampos de fixação como se deteta
pelo encurvamento dos grampos. Verifica-se de igual modo um espaçamento significativo
entre as chapas colocada devidamente e a chapa rebaixada.
Diagnóstico de Causas:
Constata-se uma deficiente ligação dos grampos de fixação à estrutura, sendo esta a
causa principal para o deslizamento da chapa de fibrocimento provocando o seu deslocamento
do apoio, traduzindo-se num rebaixamento e espaçamento observado com as chapas
colocadas devidamente.
Reparação:
A solução mais adequada para este problema passará pela substituição das placas
existentes que contenham produtos cancerígenos, as novas chapas pota telha serão fixadas
por grampos de maior secção de forma a resistirem aos movimentos de deslocamento,
fixando-lha na sua posição inicial.
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FRA 7
Sobreposição das Telhas do Beirado
Figura 9 - Sobreposição das telhas do beirado
Sintomas:
Verifica-se uma incorrecta
sobreposição das telhas do
beirado, entre a telha cobrideira e
a telha de canal que se traduz
numa abertura ligeira entre
ambas.
Figura 10 – Espaçamento das telhas do beirado
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Exame:
Constatou-se a existência de escorrimentos ao longo da cimalha, um sinal evidente de
que existe passagem de água antes de ela atingir o fim do beirado provocando manchas de
tonalidade preta, originadas por fungos.
Estas telhas de beirado não são as originais da época construtiva, possivelmente
colocadas pela década de cinquenta como ornamento.
Figura 11 – Manchas de Humidade na cimalha
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Diagnóstico das causas:
Conclui-se que a causa para a má sobreposição das telhas tem a ver com a sua
geometria, com a técnica de assentamento das mesma e os movimentos de retração e
expansão associadas à cerâmica.
Reparação:
A reparação do beirado tem de ser conjugada com a reparação da água da cobertura,
como se detecta que os canais da cobertura não coincidem com os do beirado, porque as
telhas da cobertura não são de geometria compatível com as do beirado, assim, e tendo em
atenção que a habitação se situa em zona classificada do centro histórico, propõe-se uma
solução que parece ser a mais correta do ponto vista técnico e visual, a execução de beirado
com degrau, assim os canais da cobertura já não tem de obrigatoriamente de coincidir com os
do beirado esta solução passa também pela recolocação de todas as telhas de beirado para
que se elimine as frestas existentes nas telhas que compõem o beirado, mantendo – se desta
forma o traçado do edifício.
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FRA 8
Deterioração do Cobertor das Escadas
Figura 12 – Escadas do 1º Piso
Sintomas: Verifica-se um desgaste nas escadas, sobretudo ao nível do cobertor dos degraus. São visíveis, ainda, ataque de agentes xilófagos, nomeadamente da formiga-carpinteiro. Exame: Constatou-se que as escadas apresentam pouca manutenção, nomeadamente, pouca hidratação, e uma ausência de utilização de produtos anti xilófagos. Verifica-se a presença de nervuras provocadas pela formiga-carpinteiro. Deteta-se de igual modo um desgaste a meio do cobertor dos degraus. Apesar de não se verificar humidade nas paredes, o intenso odor a mofo que se fazia sentir é um sinal da presença de um elevado teor de humidade.
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Diagnóstico das causas: A utilização das escadas levou a que estas se desgastassem no
terço central do cobertor. Esta madeira com a falta de manutenção e alguma humidade existente no interior da casa, leva ao aparecimento dos agentes xilófagos nela presente, provenientes desta humidade.
Reparação: Remoção e colocação dos cobertores de madeira que apresentem elevado
desgaste e/ou quebra de secção do material. Estes elementos deverão ser afagados,
betumados, tratados com um produto anti xilófago. Além disso, é de destacar uma
manutenção periódica aos cobertores dos degraus, a qual se entende por limpeza e hidratação
mensais.
Planta 1 – Localização das escadas (1º Piso)
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FRA 9
Corrosão de Elementos Metálicos
Figura 13 – Gradeamento na porta da fachada principal
Figura 14 – Corrosão das ferragens das janelas
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Sintomas: Os elementos de ferro constituintes da
edificação apresentam de forma generalizada corrosão, que se traduz por uma perda de secção e quebra em alguns elementos.
Exame:
O funcionamento de peças metálicas existentes nas caixilharias de janelas e portas apresenta-se deficiente, sendo que algumas destas já são incapazes de cumprir a sua função móvel por quebra de partes e falta das mesmas, devido ao elevado estado de degradação das ferragens, onde se inclui as dobradiças, fechos e trancas. O gradeamento das varandas apresenta anomalias ao nível do encastramento na alvenaria, traduzindo-se numa presença de microfissuras e pela intervenção incorrecta na pedra de colocação de cimento, sobre o chumbo utilizado no encastramento.
Figura 15 – Elemento de Ferro na Varanda
Diagnóstico de causas:
O elevado estado de corrosão das peças metálicas existentes nas caixilharias pode ser
devido a uma falta de manutenção e protecção ao longo do tempo. A exposição elevada aos
agentes climatéricos dos elementos metálicos exteriores, um elevado teor de humidade no
interior da habitação são fatores determinantes para acelerar este processo de degradação.
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Reparação:
A reparação destes elementos inicia-se pela desmontagem, limpeza com lixa de água,
substituição de peças totalmente danificadas e reparação de partes ou peças degradadas,
seguindo-se a pintura, composta por esmalte, alquídica e acrílica.
Observações:
Nas caixilharias onde se verifica um estado de degradação mais elevado, ou que não
correspondam à traça dos caixilhos originais como portas em chapa de ferro nos pisos
superiores, uma vez que não se aplica a reparação descrita anteriormente, serão colocadas
novas caixilharias e respectivas ferragens as mais parecidas com as originais do edifício. Este
processo é o mais indicado para devolver a identidade à edificação.
Figura 16 – Porta em chapa de ferro
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FRA 10
Vegetação no Terraço
Figura 17 – Vegetação
Figura 18 – Telhas sobrantes no Terraço
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Sintomas: Observa – se a existência de: vegetação de dimensão considerável, sendo a
maior parte ervas e musgo no pavimento do terraço; tijoleiras em desagregação com juntas
abertas; antigo depósito não reutilizável e tubagens em estado avançado de degradação muito
oxidadas.
Exame: A drenagem do terraço é feita por um tubo de escoamento que se situa no fim
de uma caleira posicionada a 1/3 do terraço no lado oposto do seu acesso, a caleira divide o
terraço em duas águas com boas pendentes de escoamento, as águas recolhida são apenas as
que caiem no perímetro do terraço.
Chama logo atenção a colocação das telhas sobrantes no terraço obstruindo a
passagem da água para o tubo de escoamento. A vegetação disseminada por quase toda a
totalidade da área do terraço apresenta as raízes nas juntas das tijoleiras abrindo-as e
tornando possível a entrada de água. A colocação das telhas não nos permitiu verificar o
estado da ligação tubo de queda /caleira.
A existência do depósito de água também é um fator negativo pelo facto de nos apoios
reter alguns detritos, não tem utilização atual nem futura.
Diagnóstico de causas: O depósito de telhas é a principal razão para o impedimento do
escoamento das águas para o tubo de queda, que obriga a que fiquem retidas no terraço,
associado à abertura das juntas do pavimento provocado pela vegetação surgem as
infiltrações no terraço.
Reparação: Propõe – se a limpeza total do terraço através da secagem da vegetação e
posterior remoção; com enxada dos detritos; escova de aço nos musgos e líquenes.
Remoção de telhas, depósito de fibrocimento e tubagens, substituição das ligações tubo
caleira e do próprio tubo.
A desagregação das tijoleiras e abertura de juntas, será feito o refechamento das
mesmas com argamassa de cal e areia e posterior envernizamento de todo o pavimento com
verniz hidrófugo.
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FRA 11
Infiltração de Água
Sintomas:
São visíveis umas manchas com tonalidade “esverdeada” na união do rodapé da
fachada principal com o pavimento de granito existente no arruamento, sendo a área afetada
é junto á cantaria da porta de entrada de um dos comércios.
Figura 19 – Manchas com tonalidade esverdeada junto ao rodapé da fachada
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Exame:
Analisando a envolvente por completo, no seu exterior e interior, verifica-se que as
manchas são localizadas e não disseminadas ao longo do rodapé. Constata-se de igual modo
que a mancha presenciada encontra-se numa zona de impacto da água proveniente do
beirado com o pavimento. Nesta zona existe uma junta aberta entre a parede e o pavimento.
Diagnóstico de Causas:
A infiltração é possibilitada pela junta entre a parede e o pavimento, sendo a água
proveniente do beirado a causadora do problema da mancha esverdeada.
Reparação:
A solução do problema passa pelo fecho da junta que se encontra aberta, através da
aplicação de um ligante à base de cal hidráulica, assim como pela lavagem periódica da parede
até ao desaparecimento da mancha esverdeada.
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FRA 12
Humidade
Paredes de Alvenaria Interiores
Figura 20 - Destacamento de tinta no teto
Figura 21- Mancha esverdeada ao nível da abóbada
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Sintomas: As paredes e abobadilhas de alvenaria apresentam manchas de humidade
de tonalidade escura e esverdeada, surgindo escorrimentos, causando o empolamento da tinta nestas zonas.
Exame: Constatou-se que algumas divisórias da casa apresentam janelas em muito mau estado, estando por isso expostas á forte acção dos agentes climatéricos, principalmente á água da chuva, assim como a existência de muitas infiltrações ao nível da cobertura. Verifica-se também o aparecimento de destacamento de tinta nas paredes de alvenaria do 1º piso que se encontram por baixo da instalação sanitária sugerindo presença de humidades. Diagnóstico de causas: Visto que não existe qualquer tipo de humidades ascensorial deve-se então concluir que a água provém da acção dos agentes climatéricos, nomeadamente a água da chuva, fazendo com que esta se infiltre nas zonas com caixilharia em mau estado. A cobertura apresenta infiltrações de água da chuva devido ao mau estado da mesma. Nas paredes de alvenaria do 1º piso que se encontram por baixo da instalação sanitária com tinta destacada, a causa mais provável será uma antiga rutura nas tubagens, levando com que haja infiltração da água nas paredes de alvenaria, água esta que por acção da gravidade se vai espalhando pela parede até às zonas inferiores, isto apesar de não se verificar neste momento humidade nestas paredes. Reparação: A reparação da humidade presente na casa é feita através da reparação das anomalias presentes nos elementos de caixilharia, cobertura e também das redes de água/esgotos na zona da instalação sanitária. Depois da reparação destas anomalias de seguida picava-se as paredes em questão na sua totalidade e aplicava se três camadas de reboco de argamassa de areia e cal de modo a diminuir a retracção e uma boa porosidade, sendo a primeira camada a mais forte de modo a permitir uma boa adesividade á alvenaria, e como acabamento aplicava-se uma tinta á base de uma solução aquosa para permitir a respiração da alvenaria.
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FRA 13
Humidade Ascensional (Criptoflorescência )
Sintomas:
Degradação da alvenaria e
reboco, destaque da tinta.
Exame:
Na parede da escada de
acesso ao 1º piso em ambos os lados,
surge junto aos degraus de granito,
uma substância de aparência cristalina
ou filamentosa, de cor esbranquiçada,
que aparece à superfície do
revestimento a tinta solta-se como
farinha e o tijolo que compõem a
alvenaria está muito degradado, não
existem tubagens que passem junto ao
local.
Figura 22- Criptoflorescência nas escadas do rés-do-chão
Diagnóstico de Causas:
Do exame conclui-se que este dano é provocado pela cristalização, no interior dos poros ou vazios do material, de sais solúveis que são transportados pela humidade ascensional, esta desloca-se para o exterior das paredes, estamos na presença de criptoflorescência.
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Reparação:
A solução desta anomalia passa pela execução de um corte hídrico horizontal através
da execução de furos de injeção de caldas na base da parede, de forma a impedir a ascensão
de água, por exemplo através da injecção de produtos hidrófugos ou tapa-poros, descasque da
argamassa existente ou remoção total da mesma até ao tosco, se estiver saturada com sais, tal
como a substituição do tijolo que surgir degradado, a seguir aplica-se três camadas de reboco
de argamassa de areia e cal de modo a diminuir a retracção, a tinta a utilizar será com elevada
permeabilidade ao vapor de água.
Devido á condição sísmica da zona de Évora serão executados reforços estruturais em
aço na zona dos furos de injeção.
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FRA 14
Fendilhação
Abertura da Abóboda
Figura 23: Fendilhação no terraço - Extradorso da abóboda
Figura 24: Fendilhação na abóboda do terraço – Intradorso
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Sintomas: Observa – se a existência de fendas no
pavimento do terraço no sentido do arco da abobada no
terraço anteriormente reparado com material betuminoso
que se encontra destacado do bordo da fenda no interior
surge uma fenda a meio vão com presença de humidade.
Planta 2 – Fendilhação existente no Terraço
Legenda: a – Fendilhação Extradorso
b – Fendilhação Intradorso
Exame: As fendas estão perfeitamente alinhadas e paralelas
entre si a cerca de 60cm das paredes do terraço estão
marcadas no extradorso da abobada na zona do angulo de 30º com uma linha horizontal
marcada do início da imposta da abobada e a meio vão do intradorso da abobada.
Estas fendas foram intervencionadas anteriormente no exterior com produto
betuminoso tipo alcatrão que não resolveu, uma vez que voltou a abrir e colocou-se um tirante
(visível na figura 24) que surge extraído da parede onde estava inserido. Existe uma fenda de
dimensões superior a estas mas aparentemente resulta de outra anomalia.
Diagnóstico de causas: As fendas poderão ser devidas a movimentos dos apoios da
abóbada que abriram, aumentando o vão da abobada, assim se explica a formação destas
fendas e a sua posição. A possível entrada de água através da cobertura também poderá ter
colaborado ainda mais para a abertura de fendas.
Reparação: A solução desta anomalia passa pela
substituição do tirante existente danificado o qual não dá
certezas que ainda esteja a efectuar o trabalho para que
foi colocado, colocação de outro tirante no extremo
oposto da abobada, gateamento com grampos de aço nas
fendas do intradorso e extradorso acompanhada por calda
de cimento estabilizada com cal. A colocação de novos
tirantes irá ser efectuada conforme a Planta 3.
Planta 3 – Colocação dos novos tirantes
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FRA 15
Fendilhação
Fissura Ligação Abóboda/Chaminé
Sintomas: Observa-se uma longa fissura que se prolonga desde o pavimento no
encontro das paredes de fecho do vão da abobada e a de apoio da abóbada, prolongando-se
pela abóbada de um dos quartos no piso 2, com cerca de 4 centímetros de largura. O tirante
metálico está ligeiramente extraído para fora da parede.
Figura 25 - Fissura Figura 26 - Fissura pormenorizada
Exame: Verifica-se o aparecimento de uma fissura horizontal, da esquerda para a
direita, com uma extensão por toda a abóbada. Analisa-se as componentes à volta de maneira
a verificar se existem fissuras semelhantes àquela em estudo. Constata-se um deslocamento
da parede de fecho para o lado oposto da abóbada.
De igual modo, verifica-se que o tirante que servia para reforçar e ajudar a posicionar
as paredes resistentes da abóbada está extraído dessa mesma parede.
Entre a parede da chaminé e o pavimento do terraço, constata-se que o remate do
reboco não segue a mesma técnica que se encontra nos restantes remates do terraço. Tal
situação pode ser razão para solucionar uma fissura nesse local o que pode confirmar o
deslocamento da parede.
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Diagnóstico de causas: Em relação ao tirante que se encontra extraído da parede de
fecho, o mesmo encontra-se assim devido ao deslocamento desta. A fissura existente é devida
ao deslocamento da parede de fecho do vão da abóbada, não havendo indícios de outra causa
que possa provocar a fissura.
Reparação:
Para garantir que a parede de alvenaria mantenha a sua posição fixa, a solução passa
pela colocação de tirantes de aço entre as paredes de fecho do vão da abobada. Antes de
efectuar a colocação de novos tirantes (representados em baixo na Planta 4), primeiramente
devemos verificar se a fenda continua activa, para isto utilizamos gesso pois este ao menor
movimento gera fissuração.
É imperial reforçar a alvenaria
na zona da fissura. Deste modo, uma
possível solução a adoptar poderia
passar pela aplicação de uma injecção
de calda de cimento estabilizada por
cal, para colmatar a fenda. Para
consolidar a alvenaria, a injecção de
calda de cimento pode ser
complementada primeiramente com a
inserção de um conjunto de grampos
de aço para gateamento da fenda.
Planta 4 – Colocação do novo tirante
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FRA 16
Fendilhação
Paredes de Alvenaria de Tijolo Maciço (Paredes Interiores)
Figura 27 – Fendilhação sobre o vão da porta vista dos 2 lados
Sintomas:
São visíveis fissuras de dimensões variáveis e com a mesma
orientação, a 45º na vertical, situadas na parede ao cimo das
escadas de acesso ao piso 2 e no vão da porta ao lado.
Exame:
Ao nível do lintel da porta, observam-se fissuras diagonais
nas alvenarias dos quartos adjacentes com a mesma orientação
atravessando toda a alvenaria.
Figura 28 – Fissuras ao nível do lintel
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Ao analisar toda a edificação verifica – se que só ocorre fendilhação nesta zona, que
aparenta estar sujeita a um excesso de carga que actua sobre o lintel das portas.
Diagnóstico de Causas: A fendilhação sobre as aberturas de portas pode também estar associada á falta de
resistência dos lintéis devido á carga excessiva aplicada pela abobada que descarrega sobre estas alvenarias e lintéis.
Reparação: Inicialmente, executa-se a substituição do lintel por um de maior
resistência mecânica, de forma a reforçar este, sendo as fissuras analisadas de modo a
averiguar se estão activas ou não. Se inativas, a reparação passa pela colmatação das fissuras
através da adição de um novo material de alvenaria, prosseguida pela colocação de redes
metálicas a envolver a zona da alvenaria nova.
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FRA 17
Caixilharia de Janelas e Portas
Elementos de Madeira - Humidade
Sintomas:
A madeira constituinte das caixilharias das janelas e
portas apresenta o material macio, destacamento de tinta,
falta de massa de acompanhamento nos vidros, bolores,
fungos, assim como vidros quebrados.
Os peitoris e elementos constituintes situados em
zonas inferiores das janelas e aros continham também um
elevado estado de decomposição.
Figura 29 – Porta de madeira húmida
Exame:
Na fachada orientada a norte, o efeito é mais visível da chuva leva a um excesso de humidade que em zonas sombrias a acção do sol não elimina, as madeiras apresentam-se húmidas com presença de fungos e bolores, as zonas inferiores dos caixilhos são as que apresentam maior estado de degradação, as massas de vidro estão húmidas e não cumprem a função de estanquicidade; Em todos os caixilhos, o envelhecimento da madeira das caixilharias é igualmente provocado por uma falta de manutenção e protecção ao longo do tempo.
Diagnóstico de causas: O elevado estado de degradação da madeira das caixilharias
pode ser devido a uma falta de manutenção e protecção ao longo do tempo associada á
exposição aos agentes climatéricos é um factor também determinante para acelerar este
processo de degradação.
Reparação: Todas os componentes das caixilharias que forem recuperáveis serão
lixadas para remoção da tinta e aparelhos de proteção, para posterior aplicação de um selante
tapa poros à base de óleo ou água, tratamento antifúngico. As ferragens em falta serão
substituídas por novas, em segunda mão ou feitas por medida. Todos os vidros serão retirados
e será aferida a possibilidade da colocação de vidros duplos ou laminados com pelicula térmica
e vedantes em borracha nas peças de contacto que permitem o fecho dos caixilhos de forma
dar maior conforto térmico e acústico ao edifício tentando cumprir com o regulamentado para
ambas as especialidades. Guarda-se todos os vidros com defeitos anomalias de cura.
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FRA 18
Caixilharia de Janelas e Portas
Elementos de Madeira Ressequidos
Figura 30 - Elementos em madeira das janelas ressequidos
Sintomas: A madeira constituinte das caixilharias das janelas e portas apresenta o
material ressequido, destacamento de tinta, falta de massa de acompanhamento nos vidros,
ataques xilófagos nomeadamente formiga carpinteiro, assim como vidros quebrados.
Exame: Na fachada orientada a sul, o problema é mais grave por uma elevada
incidência solar, as madeiras apresentam-se ressequidas com destacamento de tinta e a massa
de vidros quebradiça e sem aderência à base.
Diagnóstico de causas: O elevado estado de degradação da madeira das caixilharias
pode ser devido a uma falta de manutenção e protecção ao longo do tempo. A exposição
elevada aos agentes climatéricos é um factor também determinante para acelerar este
processo de degradação.
Reparação: Todas os componentes em madeiras das caixilharias serão lixadas para
remoção da tinta para posterior aplicação de um selante tapa poros à base de óleo ou água, de
modo a hidratar e tratamento antifúngico e aplicação de uma nova camada de pintura
resistente à acção dos agentes atmosféricos. Todos os vidros serão retirados e será aferida a
possibilidade da colocação de vidros duplos ou laminados com pelicula térmica e vedantes em
borracha nas peças de contacto que permitem o fecho dos caixilhos de forma dar maior
conforto térmico e acústico ao edifício tentando cumprir com o regulamentado para ambas as
especialidades.
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FRA 19
Pavimento de Madeira
Soalho Ressequido
Sintomas:
O soalho em algumas zonas
apresenta zonas ressequidas
Exame:
A madeira constituinte do
soalho aparenta evidências de estar
desidratada e ressequida pela mesma
razão a massa de betume das juntas
destaca-se, não tendo aderência aos
elementos de madeira, as manchas de
óleo existentes no pavimento,
encontram-se secas.
Figura 31- Soalho em madeira ressequido
Diagnóstico de causas:
As madeiras ressequidas e quebradiças e as aberturas nas juntas devem-se a uma falta
de manutenção periódica do soalho, através de informações recolhidas junto do proprietário
do edifício, houve uma oficina clandestina improvisada no piso 1, onde surgem as manchas de
óleo.
Reparação: Todo o soalho, após reparação deverá ser raspado e lixado para a remoção
de ceras e sujidades, após o que se procederá à aplicação de produtos preservadores.
Finalmente, poderá ser feita a aplicação da camada de protecção e acabamento, a qual deve
ser constituída por envernizamento à base de 2 ou 3 demãos de verniz de poliuretano,
obtendo-se um acabamento transparente, brilhante. Além disso, é de destacar uma
manutenção periódica ao soalho, limpeza e hidratação mensalmente-
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FRA 20
Pavimento de Madeira
Soalho Apodrecido/Húmido
Figura 32- Soalho em madeira apodrecido
Sintomas:
Em todo o edifício existe pavimentos em madeira tipo soalho, que apresenta os
mesmos sintomas, nomeadamente indícios de humidade, num dos quartos, depara-se que
parte do pavimento está apodrecida.
Exame:
Do exame visual, constata-se que existem manchas e destacamento de tinta surgem
nas junto ao pavimento podre.
Na zona do soalho que se encontra apodrecido coincidente com vestígios de presença
de humidade, o mesmo apresenta pouca resistência à compressão, sinal demonstrado pela
cedência ao pisar. Por cima desta divisão, existe uma instalação sanitária, em que as
instalações de redes de águas e esgotos são precárias, havendo a hipótese de fugas nas
canalizações.
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Diagnóstico de causas:
O destacamento de tinta associado a manchas nas paredes leva a acreditar na presença de
água proveniente do piso superior.
O apodrecimento do soalho não é de fácil conclusão. No entanto, por se encontrar por
baixo de uma instalação sanitária rudimentar, há sérias probabilidades da causa do
apodrecimento ser devida a uma possível rotura numa das canalizações das redes da
instalação sanitária.
Reparação:
As humidades serão solucionadas apenas quando as humidades ao nível das paredes
forem também solucionadas, que passará pela solução dos telhados e das canalizações na
instalação sanitária, de qualquer forma o soalho deve ficar a uma distância entre 1 a 2 cm de
qualquer parede por razões de dilatação e protecção contra humidades nas paredes.
As pranchas do soalho apodrecidas, quebradas sem qualquer possibilidade de
recuperação, serão substituídas parcial ou completamente.
Todo o soalho, após reparação deverá ser raspado e lixado para a remoção de ceras e sujidades, após o que se procederá à aplicação de produtos preservadores, usando de preferência produtos oficialmente aprovados. Finalmente, poderá ser feita a aplicação da camada de protecção e acabamento, a qual deve ser constituída por envernizamento à base de 2 ou 3 demãos de verniz de poliuretano, obtendo-se um acabamento transparente, brilhante. Além disso, é de destacar uma manutenção periódica ao soalho limpeza e hidratação mensalmente.
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FRA 21
Mancha na Fachada Principal
Sintomas:
Foi detectada uma extensa macha na fachada principal do edifício com uma tonalidade
ligeiramente escura. Esta mancha estava localizada ao nível da zona central, entre o 1º e 2º
piso, ultrapassando o 1 metro de altura, e atravessado todo o edifício desde uma extremidade
a outra.
Figura 33 - Mancha na zona central
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Exame:
Visionado o problema, é feita uma
inspecção à fachada, o mais minuciosa possível,
de forma a apontar os factores causantes desta
anomalia. A partir da primeira observação,
constata-se que a mancha surge muito antes do
edifício em estudo, tendo a usa origem num
edifício vizinho. Ao tato a parede não apresenta
humidade.
Figura 34 - Mancha escurecida na zona central
De seguida, examina-se, do interior do edifício, o estado do reboco da parede através
da palpação do mesmo. Também no interior do edifício é feita uma inspecção à parede interior
de modo a verificar a existência de redes de águas, constatando-se que não havia qualquer
tubagem de redes prediais.
De igual modo, inspecciona-se o estado do pavimento interior, não se verificando
qualquer indício de anormalidade que possa estar na origem da mancha central.
Pela análise realizada à cobertura, repara-se que a mancha apenas se concentra na
zona central, não havendo qualquer registo dela no resto da fachada.
Diagnóstico de Causas:
Pelo exame feito às diversas componentes que possam estar na origem da mancha,
conclui-se que as possíveis causas analisadas não são suficientemente fortes para provocar a
mancha. Determina-se, deste modo, que não existem meios suficientes para apurar as causas
que provocam a mancha ao nível da zona central do edifício.
Reparação:
A reparação da anomalia mais viável consistirá na remoção da camada de tinta
existente e pela sua consequente substituição por uma nova pintura com primário e tinta de
água da melhor qualidade.
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FRA 22
Paramentos de Pintura e Acabamentos Exteriores e Interiores
Figura 35 - Destacamento de tinta na parede da fachada principal
Figura 36 - Destacamento de tinta na parede de um dos quartos
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Sintomas:
Verifica-se um destacamento de tinta das paredes exteriores e interiores, assim como a existência de empolamento. Constata-se, de igual modo, além de desagregação do estuque em alguns compartimentos.
Exame:
Ao nível da parede da fachada principal, verificar-se a ocorrência de humidade infiltrada. O mesmo problema verifica-se no interior do edifício, nas divisões orientadas na fachada principal, em que as zonas de destacamento surgem junto das janelas.
Reparação:
A reparação do problema passa pela remoção de toda a tinta através de raspadeiras
no interior e jato de água no exterior, colocação de primário no exterior e interior e posterior
pintura a três de demãos com tinta de água.
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FRA 23
Retracção Térmica
Figura 37- Retracção Térmica-Fissuração Horizontal
Sintomas:
Verificam-se fissuras horizontais que atravessam toda a alvenaria entre o muro de
acesso ao miradouro e a parede de empena do terraço com dimensões variáveis.
Exame:
As fissuras visionadas apresentam indício de retração do reboco da parede, causada
por um diferente comportamento dos materiais, no muro de tijolo que faz guarda ao
miradouro foi utilizado argamassa á base de cimento Portland, enquanto nas alvenarias do
edifício a argamassa é de ligante à base de cal hidráulica
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Diagnóstico de Causas:
O reboco aplicado no muro é constituído por uma argamassa de cimento tipo
Portland, enquanto toda a argamassa da alvenaria existente é em cal hidráulica, a diferença do
comportamento térmico dos materiais é o causador da fissuração das alvenarias.
Reparação:
O processo de reparação inclui a colocação de grampos metálicos em ambas as faces
do muro, fixando a alvenaria existente. A abertura de fissuras para enchimento com argamassa
à base de cal hidráulica. Serão removidas as camadas de reboco existentes que apresentem
degradação ou com tendência a destacarem-se, tal como rebocos executados unicamente com
argamassa de cimento. O processo continua com a colocação de reboco executado com
argamassa de cal e areia, através de 3 camadas, sendo a interior a mais forte e a exterior a
mais fraca, de maneira a evitar outra possível retração, será de colocar rede de fibra de vidro
entre a 1º e 2º camada de reboco.
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FRA 24
Isolamento Acústico
Sintomas:
Constatou-se que as janelas continham vidros simples, assim como as caixilharias em
madeiras se apresentavam envelhecidas.
Verificou-se uma acentuada dissipação de sons de percussão nos pavimentos em
madeira.
Exame:
As janelas com os seus elementos de caixilharia e vidros envelhecidos tornam-se um
factor de risco para a dissipação dos sons aéreos exteriores ao edifício.
Ao nível do pavimento em tacos madeira, demostra-se uma grande dissipação de sons
de percussão no edifício, indiciando a ausência de qualquer tipo de isolamento acústico.
Diagnóstico de Causas:
O mau estado das janelas contribui para a entrada de ruídos exteriores.
Os pavimentos, através do seu soalho em madeira, e tendo em conta o fato de não
terem qualquer tipo de isolamento acústico, permitem a dissipação de sons de percussão em
toda a casa.
Reparação:
Para melhorar a acústica do edifício pode optar-se por portadas interiores em madeira,
tratamento de frinchas em portas e janelas, através da colocação de borrachas, silicones e
mástiques. Na substituição da cobertura será colocado material isolante acústico, como placas
de lã de rocha. Poderá utilizar-se também tapeçarias pesadas, tanto em guarnição de vãos,
como nos pavimentos.
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FRA 25
Isolamento Térmico
Sintomas:
O vidro de uma das varandas situada na fachada principal, assim como parte do vidro
de uma das janelas orientadas a tardoz, encontram-se quebrados. O mesmo problema verifica-
se na janela situada ao cimo das escadas entre o 2º e o 3º piso.
Exame:
Através do exame visual deteta-se que o edifício tem caixilharias de portas e janelas
com vidros simples, sem estanquidade, isolamentos e tratamento de frinchas. Nas alvenarias
não existe qualquer tipo de isolamento pelo interior/exterior, paredes simples de grande
espessura. Pelo que foi possível observar no piso térreo não existe piso elevado, ou qualquer
isolamento a este nível.
A cobertura com desvão ventilado não tem qualquer camada de isolamento térmico.
Reparação:
A nível de paredes, as suas dimensões (secção) apresentam-se com suficiente inercia
térmica, não sendo necessária qualquer intervenção. As portas e janelas serão tratadas através
de um melhoramento da estanquidade de frinchas e juntas. A execução de portadas interiores
será essencial para um melhor comportamento térmico. Na execução da cobertura será
colocado isolamento térmico do tipo “roofmate”.
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FRA 26
Instalações Eléctricas
As instalações eléctricas presentes no edifício são bastante rudimentares, ausentes de
condições de segurança e sem qualquer capacidade de funcionamento.
É visível que a rede eléctrica do edifício encontra-se envelhecida, sem qualquer
protecção e incapaz de satisfazer as necessidades modernas das populações atuais.
O estado de degradação das instalações eléctricas deve-se ao seu envelhecimento,
assim como à ausência de dispositivos de protecção, sendo esta uma agravante para a
ocorrência de curto-circuitos, dada a humidade presente na casa.
A resolução deste problema terá de passar, obrigatoriamente, pela implementação de
um novo sistema de redes eléctricas, compostas por dispositivos adequados de segurança e
que satisfaçam as necessidades atuais das populações.
FRA 27
Instalação de Gás
O edifício não apresenta distribuição de gás canalizado.
Para implementar gás canalizado no edifício, há que garantir instalações novas
compostas por equipamentos e acessórios preparados de modo a permitir ligação à rede
pública,
Deverão existir dispositivos de fecho e selagem, de forma a não interferir com o escoamento de gás. A instalação de gás é semelhante à rede de abastecimento de água, mas com a vantagem de ser mais simples, pois apenas se prevê abastecer dois pontos de utilização: fogão e esquentador. Vamos utilizar tubagens em cobre, a distribuição deve ser feita através de um tubo contínuo ou com soldaduras visitáveis.
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FRA 28
Redes de Saneamento Básico
O edifício encontra-se com as redes de abastecimento de água e drenagem de esgotos
envelhecidas e inoperacionais.
As tubagens de abastecimento de água são constituídas em PEAD e seguirão esquema
apresentado no anexo 1.
As tubagens de drenagem de esgotos são constituídas em PVC e seguirão o esquema
apresentado no anexo 2.
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Conclusão
A reabilitação de edifícios é um processo exigente, uma vez que as causas que à
primeira vista parecem originar determinado problema, podem afinal não o serem. Tal como
em Medicina é habitual os seus profissionais argumentarem que “Não há doenças, mas sim
doentes”, reabilitar um edifício é um processo onde não existe qualquer tipo de receitas, em
que cada problema existente é um problema, que dever ser estudado de forma delicada e
minuciosa.
Neste contexto, foi procurado ser seguido neste trabalho, o paradigma de rigor e
exigência de forma a serem cumpridos os requisitos necessários para a resolução de todas as
patologias identificadas.
Assim podemos concluir que a realização deste trabalho se revelou uma mais valia para todos os membros do grupo, na medida em que ao aprender vários conceitos podemos ter uma visão mais ampla do papel do engenheiro com base na reabilitação do edifício, pois não basta ter conhecimentos teóricos, é necessário aplica-los e conhece-los e saber agir de acordo com os contextos a que estaremos inseridas.
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Bibliografia
Appleton, João – Reabilitação de Edifícios Antigos, Patologias e tecnologias de intervenção, edições Orion, 1ªediçao Setembro de 2003;
Apontamentos da disciplina disponibilizados no moodle;
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Anexo 1
Rede de Águas
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Anexo 2
Rede de Esgotos
Piso 2
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