FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas
Período Clássico
Trabalho realizado por:-Adriano Comenale Arnaldo
-Greco Lacerda Cruz-Ramon Oliveira
São PauloMaio de 2015
FMU- Faculdades Metropolitanas UnidasÁrea da Saúde
Trabalho realizado por:Adriano Comenale Arnaldo
Greco Lacerda CruzRamon Oliveira
Período Clássico
Trabalho de Classicismo apresentado ao 5º semestre de Musicoterapia como requisito
complementar para na nota regimentalDisciplina – História da Música II
Professor – Renato da Silva Almeida
São PauloMaio de 2015
Sumário
Introdução…………………………………………………….…3 Música Erudita……………..…………………..……………….5 Classicismo………………………………………….………….5 Sonata…………………………………………………………...7 Mozart……...…………………………………………….……...7 Qual a importância de Mozart no período clássico?.............7A Criação de Músicos Profissionais……………………….....8 Músicos no Período Clássico…………………………………9 Instrumentos do Período Clássico………............................10A Evolução de gêneros: Barroco para o Clássico…..……..10 Formas e gêneros musicais do Período Clássico...............11Beethoven um compositor Clássico ou Romântico?..........15 Período Clássico - Contexto sociocultural………………....17 Sabia que?..........................................................................18 Cronologia do Período Clássico.…………………………....19 Grandes Compositores do Período Clássico.………..........20 Conclusão............................................................................21 Resumo...............................................................................22Webliografia/Bibliografia......................................................25 Anexos.................................................................................26Nota especial ‐ W. A. MOZART...........................................29Nota especial - JOSEPH HAYDN........................................31
Nota especial ‐ LUDWIG VAN BEETHOVEN.....................32
Introdução
O Classicismo ou também denominado de Período clássico é o período da música
erudita ocidental entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX,
caracterizado pela claridade, simetria e equilíbrio.
Definindo período Clássica, pode dizer-se que este Movimento é algo clássico, que
nunca passa de moda, e que foi buscar muito do que é aos períodos passados
nomeadamente ao Barroco.
O conceito “clássico” prende-se, habitualmente com o conceito de perfeição, algo
que sendo antigo nunca passa de moda, algo que por ser exemplar é igualmente
equilibrado e “bom”.
A música Clássica é considerada um género elegante e refinado, um pouco menos
complicado e mais leve que a Barroca.
Com a música clássica substituíram-se alguns instrumentos, passando-se a usar
mais instrumentos de sopro, deixando de lado o cravo.
Neste período a música instrumental passou a ter uma maior importância que a
vocal.
Piano
Música Erudita
A Maioria das pessoas pensa na Música Clássica como e exclusivamente um
género de música. Mas esse conceito normalmente aceito refere-se na verdade à
música erudita. Música Clássica é apenas música composta no período clássico
(1750-1810).
Classicismo
O termo ‘Clássico’, em música, é empregado em dois sentidos diferentes. As
pessoas, às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música
dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’. Para o musicólogo,
entretanto, ‘música clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta
entre aproximadamente 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn e Mozart, bem
como as composições iniciais de Beethoven.
O classicismo é profundamente influenciado pelos ideais humanistas, que colocam o
homem como centro do universo. Reproduz o mundo real, mas molda‐o de acordo
com o que se considera ideal. As obras refletem princípios como harmonia, ordem,
lógica, equilíbrio, simetria, objetividade e refinamento. A razão é mais importante que
a emoção.
A transição da música barroca para a clássica é feita sobretudo por Carl Philipp
Emanuel Bach (1714‐1788) e por Johann Christian Bach (1735‐1782), filhos do
compositor Johann Sebastian Bach (1685‐1750). Os compositores passam a
elaborar formas mais desenvolvidas, como a sinfonia e os concertos para
instrumentos e orquestra. A sonata é a principal forma musical do período e um
passo definitivo em direção à música tonal.
A música clássica mostra‐se refinada e elegante e tende a ser mais leve, menos
complicada que a barroca. Os compositores procuram realçar a beleza e a graça
das melodias. A orquestra está em desenvolvimento. Os compositores deixaram de
usar o cravo e acrescentaram mais instrumentos de sopro (clarineta, por exemplo).
No classicismo a dinâmica passou a ser explorada em todas as suas possibilidades.
Nos períodos anteriores não se usava, ou melhor, não se indicava objetivamente
alguma mudança de nuances deste parâmetro. Na última fase do Barroco, havia
somente indicações de contrastes entre trechos musicais em "piano" e "forte".
Já os clássicos tiveram a ideia de se utilizar do "crescendo" e do "decrescendo",
graduando a dinâmica e inventando seus respectivos sinais. Esta técnica foi muito
desenvolvida pelos compositores de Mannheim (Alemanha) e divulgada
posteriormente por Haydn e Mozart.
Carl Philipp Emanuel Bach
Novos instrumentos apareceram: entre eles o piano (inventado em 1698 por
Bartolomeo Cristofori – 1655/1731, para que tivessem à mão um instrumento de
teclado que pudesse dar sons suaves e fortes) e o clarinete (inventado no início do
século 18 por Jacob Denner ‐1681/1735). Melhoraram os mecanismos e as
extensões do oboé e do fagote. O violoncelo ganhou uma ponta para apoiá‐lo no
chão (antes era preso entre as pernas pelo executante) e descobriram a maravilha
do seu timbre.
Violino (Instrumento de Orquestra Clássica)
- Sonata
Nesta época criou-se a sonata, ou seja, a música era para “soar” não tendo uma
forma definida, era uma obra com vários momentos para um ou mais instrumentos.
- Mozart
Quando se fala em Período Clássico, o nome de Mozart e o que este fez neste
período devem ser citados, já que marcou uma geração de músicos e influenciou
outros.
Conhecido por mais de 600 obras que criou, Mozart mostrou uma habilidade
prodigiosa desde criança, começando a compor aos 5 anos de idade.
Este fabuloso compositor terá sempre um lugar de destaque na história da música
pelo impacto que teve.
- Qual a importância de Mozart no
Período Clássico?
Mais uma vez estamos perante um artista que teve mais sucesso após a sua morte
do que em vida. Mozart marcou um período da música, o Período Clássico.
As suas técnicas e mistura de instrumentos, bem como as suas composições
sinfónicas, juntando o génio que há em si, fizeram de Mozart um autêntico mestre da
Ópera e do espetáculo.
Mozart, sendo um grande criador de obras, começou a escolher enredos com mais
dramatismo e realidade.
Os italianos começam a perder importância e franceses e alemães começam a
escrever obras mais importantes do que aquelas que tinham elaborado até então.
Foi Mozart que rompeu com a Ópera para as elites: com o «Rapto do Serralho»,
insiste, contra todas as convenções e contra os mecenas que o sustentavam,
escrever uma peça em língua vulgar, alemã, e desprezar, assim, o italiano, que era
a «língua da Ópera», foi algo marcante e ousado na época.
Mozart (Compositor da Era Clássica)
A Criação de Músicos profissionais
Esta designação passou a ser dada a partir da altura em que os aristocratas
contratavam músicos para uma espécie de novo entretenimento.
Mozart foi um dos primeiros músicos ‘profissionais’, mas este acabou por ter
dificuldades uma vez que o mundo musical ainda não estava preparado para
suportar este novo ‘conceito’.
Músicos no Período Clássico
Ao serviço da alta nobreza, o músico não passava de um criado que, depois de
fornecer música para fundo de jantares e conversas, ia jantar na cozinha com os
demais empregados da casa. Para agradar seus patrões, precisava seguir as
tradições musicais.
Na sua obra o músico respeitava e refletia as emoções da corte. A imaginação
criadora não seria bem-vinda se representasse a quebra das estruturas tradicionais.
Haydn aceitou esse trato e cumpriu suas obrigações.
Mozart não aceitou estes limites e pagou um preço alto pela obstinação em se
manter fiel aos seus princípios. As cortes relegaram-no ao esquecimento deixaram-
no morrer como um mendigo.
Beethoven foi o primeiro a decidir que não devia obrigações a ninguém e exigiu ser
respeitado como artista.
Instrumentos do Período Clássico
Durante o Período Clássico, a música instrumental passou a ter maior importância
que a vocal, e os compositores deixaram de usar o cravo e acrescentaram mais
instrumentos de sopro.
Talvez uma das melhores invenções musicais ocorreu no Período Clássico: o Piano.
Bartolomeu Cristfori, construtor de cravos italiano, por volta de 1700 já havia
concluído o fabrico de pelo menos um destes instrumentos.
Enquanto as cordas do cravo são tangidas por bicos de penas, o piano tem suas
cordas percutidas por martelos, cuja dinâmica pode ser variada de acordo com a
pressão dos dedos do executante.
Isso daria ao piano grande poder de expressão e abriria uma série de possibilidades
novas.
No começo o piano teve dificuldades em tornar-se popular, pois os primeiros
modelos eram muito precários. Mas, no final do século XVIII o cravo já havia caído
em desuso, substituído pelo piano.
A Evolução de Gêneros: Barroco para
o Clássico
A sinfonia evoluiu da sinfonia barroca de pequena escala para uma forma de arte
mais simples e rica.
A orquestra sinfónica ficou normalizada e passou a ser algo bastante ouvido e
apreciado pelas pessoas daquela época.
Na Ópera Mozart, sendo um grande criador dessas obras, começou a escolher
enredos com mais dramatismo e realidade.
Os italianos começam a perder importância e franceses e alemães começam a
escrever obras mais importantes do que aquelas que tinham elaborado até então.
Formas e gêneros instrumentais do
Período Clássico
A nível religioso, a cantata religiosa praticamente desaparece, mas continua-se a
cultivar a missa (missa brevis e missa solemnis), o motete, os salmos (sobretudo as
Vésperas, onde se inclui o canto evangélico do Magnificat) e a oratória. Apesar das
mudanças na profissão de músico e do número cada vez mais crescente de
concertos públicos, as igrejas ainda continuam a ser um espaço privilegiado para
compositores e intérpretes, constituindo uma alternativa à música do teatro e do
concerto, onde brilharam uma grande parte dos clássicos vienenses.
FORMA-SONATA: forma que começa a ser utilizada na música instrumental do fim
do período barroco (sonatas para clavicórdio de C. Ph. E. Bach ou sinfonias de G. B.
Sammartini e J. Stamitz), mas que só é definida pelos teóricos e analistas por volta
de 1840. A forma-sonata é uma estrutura formal tripartida, baseada sobretudo na
racionalização de um novo pensamento harmónico, presente nos primeiros
andamentos de todas as formas instrumentais clássicas (sinfonia, concerto, sonata e
quarteto), até mesmo na abertura da ópera. A forma-sonata é constituída por três
partes:
- Exposição: apresentação dos temas – o primeiro grupo temático é apresentado
na tonalidade principal e o segundo grupo temático (pode existir uma ponte
modulante entre ambos), secundário, frequentemente mais lírico, contrastante, está
num novo plano tonal (pode ocorrer a introdução de novo material motivico),
frequentemente na dominante ou relativo maior/menor.
- Desenvolvimento: exploração, transformação e combinação dos temas
apresentados, com grande diversidade harmónica.
- Reexposição: nova apresentação dos dois temas, pela ordem inicial, ambos na
tónica (no fim, pode existir uma coda, a conclusão).
No entanto, muitas exceções podem ser apresentadas nesta estrutura formal. Por
exemplo, pode não existir um segundo tema (por exemplo, as sinfonias
monotemáticas de Haydn) ou, se existir, pode não possuir um carácter contrastante
em relação ao primeiro; em qualquer momento podem ser introduzidos novos temas
ou novos motivos; o desenvolvimento pode introduzir novo material temático, etc.
SONATA CLÁSSICA: composição instrumental em vários andamentos, que já
existia no período barroco (sonata da camera e sonata da chiesa). Com a
popularização dos concertos domésticos, tornou-se a peça de entretenimento por
excelência do período clássico. Em termos formais, a sonata clássica adquire uma
estrutura formal com 3 ou 4 andamentos (embora se possam encontrar muitas
exceções, como em Beethoven, por exemplo):
- Primeiro andamento: rápido e dramático, em forma-sonata, por vezes com uma
introdução lenta.
- Segundo andamento: lento e lírico, estruturado como forma Lied ou como tema
com variações; pode encontrar-se na tonalidade menor ou maior homónima, na
dominante, no relativo, etc.
- Terceiro andamento: na tonalidade principal; é um minuete (sempre tripartido), a
partir de Beethoven um scherzo; contudo, este andamento podia não existir.
- Quarto andamento: finale, andamento rápido, normalmente na tonalidade
principal; em forma rondó ou em forma-sonata.
As sonatas eram frequentemente compostas para piano solo, piano e violino, trio
com piano, quarteto com piano, trio, quarteto ou quinteto de cordas. Contudo, muitas
destas formações podiam substituir um ou mais instrumentos de cordas por
instrumentos de sopro. Os três grandes clássicos vienenses destacaram-se neste
género: Haydn compôs 31 sonatas, Mozart 43 sonatas para violino e piano e 19 para
piano solo, e Beethoven compôs 32 sonatas para piano.
SINFONIA CLÁSSICA: por volta de 1700, a palavra sinfonia designava a abertura
de ópera italiana (ou napolitana), que possuía uma estrutura em três andamentos
(rápido-lento-rápido, um allegro, um breve andante lírico, na tonalidade relativa
menor ou na subdominante, e um finale em ritmo de dança, como um minuete). Uma
vez que tais aberturas, regra geral, não tinham qualquer relação musical com a
ópera que precediam, podiam ser tocadas em concerto como peças independentes
ou então servir de introdução a uma outra obra vocal (como a cantata, por exemplo).
Deste modo, os compositores italianos, no início do século XVIII, começaram a
compor sinfonias de concerto em três andamentos, seguindo o plano das aberturas
de ópera. É o caso de muitas das sinfonias de G. B. Sammartini, J. C. Bach e C. Ph.
Emmanuel Bach ou das primeiras sinfonias de Haydn. Para a afirmação desta nova
forma de expressão musical é ainda importante destacar a contribuição da Escola de
Mannheim (J. Stamitz) e da Escola de Viena (Monn e Wagenseil). Depois, foi Haydn
quem cristalizou as experiencias dos seus antecessores, sucedido depois por
Mozart e Beethoven.
Mais tarde, passa a ser habitual a divisão em quatro andamentos: allegro
(normalmente em forma-sonata), andante moderato (lento, normalmente temas com
variações), minuete e trio (forma tripartida ABA) e allegro (rondó, forma-sonata ou
rondó-sonata).
Sendo a sinfonia um género que por natureza exige um grande conjunto de músicos,
Haydn, que esteve ao serviço dos príncipes Esterházy durante mais de trinta anos,
compôs cerca de 104 sinfonias, desde 1759 até à sua maturidade das suas 12
Sinfonias de Londres, dando um grande contributo para fixação do género. Mozart,
por sua vez, compôs 41 sinfonias, desde 1764 até às três últimas grandes sinfonias
de 1788, nº39, 40 e 41 (Júpiter). Beethoven, um dos primeiros compositores a gozar
do estatuto de músico “livre”, compôs apenas 9 sinfonias. Aumenta a orquestra,
amplia a forma da sinfonia, nomeadamente a coda e o desenvolvimento, substitui o
minuete, um pouco pomposo, num andamento muito mais ligeiro e animado: o
scherzo. De destacar a sinfonia nº6 (Sinfonia Pastoral), com um conteúdo
extramusical, em que cada andamento tem um título relacionado com a vida
campestre.
CONCERTO CLÁSSICO: no período Barroco foram abundantemente cultivados
dois tipos de concerto: o concerto grosso e o concerto de solista. O Classicismo
mantém o concerto para solista, mas os concertos para grupo de solistas são mais
raros. Nesta época, começa a valorizar a dimensão virtuosística do solista, que
expressa as suas emoções, desperta interesse e entusiasma pelos seus dotes,
potencialidades e virtuosismo. São bastante comuns os concertos para violino ou
para piano/cravo, embora também existam concertos duplos e triplos, assim como a
sinfonia concertante. A estrutura, tal como no Barroco, engloba uma sequência de
três andamentos (rápido-lento-rápido). Os andamentos iniciais apresentam
normalmente uma forma-sonata modificada, os andamentos centrais possuem
geralmente um carácter cantabile e os andamentos finais, normalmente
virtuosísticos, estão em forma rondó.
De destacar neste género, os três clássicos vienenses: Mozart compôs cinco
concertos para violino e vinte e sete concertos para piano, Haydn escreveu nove
concertos para piano e Beethoven escreveu apenas um concerto para violino e cinco
para piano.
QUARTETO DE CORDAS: a música de câmara é bastante cultivada no período
clássico. Embora existam várias combinações (duos, trios, etc.) o modelo mais
comum é o quarteto, particularmente o quarteto de cordas, onde se conjugam o
brilhantismo, a individualidade e expressividade de cada instrumento com o estilo
concertante.
De destacar também o contributo dos três mestres clássicos, sobretudo de Haydn,
que definiu o modelo do quarteto clássico. Haydn escreveu 84 quartetos de cordas,
onde sobressaem os seus últimos oito quartetos op.76 e op.77. Mozart possui 24
quartetos de cordas, entre os quais se destacam os seis dedicados a Haydn.
Beethoven compôs 18 quartetos de cordas, sendo bastante inovador ao introduzir
modificações na estrutura típica.
Obs: Exemplos de composições em anexo.
Orquestra Clássica
Beethoven um compositor Clássico ou Romântico?
Defende-se a tese que este compositor não se insere no Período Clássico, mas sim
na transição do movimento Clássico para o Romântico, o gênio de Beethoven
afirma-se não só como inovador na forma musical, mas também na capacidade de
reunir o classicismo à nova expressão do romantismo, para obter formas
inigualáveis.
Pode dizer-se que a questão que se coloca em relação à era que se insere, a era
Clássica, foi devida às suas composições que surgiram, muitas delas, durante o
período Clássico.
No entanto a criatividade e as inovações que criou estenderam-se para o período
Romântico, daí a dúvida se Beethoven é um compositor Clássico ou Romântico.
Posto isto, consideramos Beethoven como o caso mais difícil de abordar quando
falamos de música e Óperas, no entanto, não se pode considerar este compositor
apenas um compositor Clássico ou Romântico, já que as suas inovações se
estenderam por estes dois períodos.
Beethoven (Compositor da Era Clássica)
Período Clássico - Contexto
sociocultural
Este período caracteriza-se pela claridade, simetria e equilíbrio, pois na cultura
ocidental a segunda metade do século XVIII é abrangida pelo ILUMINISMO. Este é o
"século das Luzes".
Este movimento valoriza a razão, a lógica e o conhecimento em oposição à religião,
superstição e crença no sobrenatural.
As monarquias viram-se ameaçadas e a sua autoridade foi questionada e reduzida.
Surgem os movimentos que defendem os DIREITOS HUMANOS que se começam a
sobrepor ao direito divino dos Reis.
As revoluções Americana e francesa dão-se também durante a segunda metade do
século XVIII.
Diversas mudanças surgem ao nível artístico revelando-se nas mais variadas áreas:
literatura, pintura e arquitetura. Surge o retorno às linhas puras e direitas que se
opõem aos pormenores exagerados do Barroco e do rococó.
Uma mudança paralela surgiu na música, ela caracteriza-se pela objetividade
(controlo, brilho e requinte) claridade e periodicidade (fraseologia regular) e
equilíbrio.
A música Ocidental passou do estilo muito ornamentado do Barroco para um estilo
de extrema simplicidade.
Os compositores deste período reagiam assim ao denso estilo polifónico do período
Barroco.
Sabia que...
... Mozart por vezes era risonho com comportamentos tolos, falava alto e ria como
uma hiena?
... Mozart nunca quis fazer música por "encomenda" acabando por morrer na
miséria?
... Mozart morreu aos 35 anos de idade nos braços da esposa embora a causa da
sua morte ainda seja controversa.
... Beethoven era canhoto, desorganizado com as suas coisas e não gostava de
tomar banho? Consta que seus amigos (que eram poucos) lavavam suas roupas
sujas sem que ele percebesse e as devolviam limpas.
... Conta-se que um dia Beethoven foi visitar o irmão mais novo, Johann, que a essa
altura era um homem rico. Na entrada da mansão um criado ofereceu-lhe, numa
salva de prata, um cartão de visitas onde estava escrito: “Johann van Beethoven,
proprietário de terras”. O compositor pegou o cartão e, instantes depois, devolveu-o
ao criado, após escrever no verso do papel a seguinte anotação: “Ludwig van
Beethoven, proprietário de um cérebro”?
… Sempre que o jovem Beethoven estudava violino, uma pequena aranha descia de
sua teia e parava em cima de uma mesa, onde ficava escutando Beethoven tocar.
Beethoven encantava-se com a presença do inseto, até que um dia, sua mãe ao ver
a aranha se assustou e esmagou-a. O jovem Beethoven ficou tão desolado, que
parou de tocar violino?
Cronologia do Período Clássico:
1756 - Nascimento de Mozart;
1762 - Mozart inicia a sua digressão pela Europa;
1770 - Nascimento de Beethoven;
1775 - Revolução Americana;
1786 - Estreia de “As Bodas de Fígaro”, de Mozart, em Viena;.
1789 - Revolução Francesa:
1791 - Morte de Mozart;
1804 - Napoleão cora-se imperador; Partitura de Música
1824 - Primeira audição de Beethoven em Viena;
1827 - Morte de Beethoven;
Grandes Compositores do Período
Clássico:
- Carl P. E. (1714-1788)
- Gluck (1714-1787)
- Hayden (1732-1809)
- W. A. Mozart (1756-1791)
- Ludwig Van Beethoven (1770-1827)
- Joaquim A. de Mesquita (1746-1827)
- Padre José Maurício N. Garcial (1767-1830)
- Antonio Soler Ramos (1729-1783)
- Muzio Clemente (1729-1783)
Conclusão Se o Barroco foi um período curto na história da música, o Classicismo foi bem mais
curto — cerca de 60/80 anos (exatamente entre 1750 a 1810 ou 1825). Não se deve
confundir a palavra clássico (=erudito), como oposto de popular, com Clássico (com
C maiúsculo), indicador do período. Vamos ao panorama rápido da Música Clássica:
♦ 1750 → Início do Classicismo, com os filhos de Bach e Stamitz
♦ 1750 a 1770 → Estilo galante (fase inicial do período)
♦ 1770 a 1810 → Classicismo maduro, pré-romântico
A Música Clássica caracteriza-se:
a) por ser mais leve, de tessitura mais clara e menos complicada que a barroca; é
principalmente homofônica — a melodia sustentada por acompanhamento de
acordes (mas o contraponto continua presente);
b) pela ênfase na beleza e na graça da melodia e da forma, proporção e equilíbrio,
moderação e controle; refinada e elegante no caráter, com a estrutura formal e a
expressividade em perfeito equilíbrio;
c) pela maior variedade e contraste em uma peça: de tonalidades, melodias, ritmos e
dinâmica (agora utilizando o crescendo e o sforzando); frequentes mudanças de
disposição e timbres;
d) pelas melodias tenderem a ser mais curtas que as barrocas, com frases bem
delineadas e cadências bem definidas;
e) pelo crescimento da orquestra, em tamanho e âmbito; o cravo contínuo cai em
desuso e as madeiras tornam-se uma seção independente;
f) pela substituição do cravo pelo piano: as primeiras músicas para piano são pobres
em tessitura, com largo emprego do baixo de Alberti (Haydn e Mozart), mas depois
se tornam mais sonoras, ricas e vigorosas (Beethoven);
g) pela importância da música instrumental — muitos tipos: sonatas, trios, quartetos
de cordas, sinfonias, concertos, divertimentos etc.;
h) pelo aparecimento da forma sonata como a concepção mais importante, utilizada
para construir o primeiro movimento de quase todas as grandes obras, mas também
em outros movimentos, e em peças isoladas (como as aberturas).
Considerações Finais
ANÁLISE
Sugere-se a audição das principais gravações a seguir (ou a execução das obras,
no caso de partitura e instrumentos disponíveis):
♦ Um quarteto de cordas de Haydn
♦ Uma sinfonia de Haydn
♦ Uma sonata de Mozart
♦ Uma sonata para piano de C. P. E. Bach ou J. C. Bach
♦ Uma sinfonia de Mozart
♦ O primeiro movimento de Eine kleine nachtmusik de Mozart
♦ Um concerto de Mozart
♦ Um trecho de Orfeu e Eurídice de Gluck
♦ Uma obra qualquer de Stamitz
REPRESENTANTES PRINCIPAIS
Se a tarefa de listar nomes para os períodos anteriores era coisa difícil, no
Classicismo tudo se torna mais simples. Vamos aos expoentes desse período:
Johann Wenzel Stamitz (/iôrhan vêntzel shtamitz/)→ originário da Boêmia, cultivou
a forma sonata e foi um dos iniciadores do período Gluck → alemão, compôs
concertos para violoncelo e reestruturou a ópera, tornando-a mas acessível ao povo.
Carl Philip Emanuel Bach → um dos mais famosos filhos do barroco J. S. Bach,
responsável pelas primeiras obras em estilo galante para piano e não para cravo.
Johann Christian Bach → outro filho de J. S. Bach, também desenvolveu peças ao
estilo galante e contribuiu para o acervo de músicas para teclado (cravo e piano).
Joseph Haydn (/ioséf háidin/) → junto a Mozart, levou o Classicismo à sua mais alta
refinação e estilo; compôs inúmeros concertos, sinfonias e quartetos para cordas,
além de divertimentos e outros estilos.
Wolfgang Amadeus Mozart (/volfgáng...môtzart/) → considerado como um dos
mais famosos gênios da música de todos os tempos, o jovem Amadeus imprimiu
uma energia nova ao período, compondo de modo inovador, revolucionário e livre; é,
com certeza, o maior expoente da Música Clássica.
Ludwig van Beethoven (/lúdvig fân bêtoven/) → embora seja considerado mais
como um compositor romântico, a fase inicial de Beethoven foi realmente Clássica,
compondo sinfonias e concertos.
CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS
Podemos citar os seguintes estilos da Música Clássica:
Estilo galante — estilo da primeira fase, amável, cortês, que visava principalmente
agradar ao ouvinte.
Música para piano — o instrumento, que fora provavelmente inventado em 1698 na
Itália (“cravo com forte e piano”), ganhou partituras escritas especificamente para
ele, obtendo o máximo de suas qualidades estruturais.
Baixo de Alberti — acompanhamento em que a mão esquerda toca, durante toda a
música, acordes quebrados, dando apoio à melodia.
Sonata — vem do verbo sonare (“soar”). Obra em diversos movimentos para um ou
dois instrumentos no máximo (por exemplo, para piano e violino ou somente para
piano ou violino). Havia, entretanto, outros tipos de sonatas, que recebiam nomes
específicos, como os trios, os quartetos e os quintetos.
Quarteto de cordas — sonatas para quatro instrumentos de cordas, a saber,
violino, viola, violoncelo e contrabaixo, ou dois violinos, viola e violoncelo.
Sinfonia — do grego symphonos (“soar em conjunto”). Nada mais era que uma
sonata para orquestra; inicialmente, com três movimentos, posteriormente adotou
quatro movimentos, para diferenciá-la do concerto (que sempre tem três
movimentos).
Forma sonata — estilo musical de um movimento de uma obra, e não uma obra
inteira (não confundi-la com sonata).
NOVIDADES MUSICAIS
São marcos do Classicismo:
A) o estilo galante da primeira fase, não muito profundo, mas belo ao ouvido;
B) aumento da partitura, que já contém 12 ou mais linhas de composição;
C) músicas escritas para piano e não para cravo;
D) a utilização do Baixo de Alberti como estilo amplamente difundido;
E) a padronização da sinfonia;
F) a definição da Forma sonata (exposição, desenvolvimento, recapitulação, coda);
G) a contextualização da ópera, que deixa de ser suave e transforma-se em motivo
de crítica social (esp. em Mozart).
INFLUÊNCIAS FUTURAS
É inegável o legado deixado por Mozart, Haydn e Beethoven no período que logo
sucedeu à música do Classicismo. A forma sonata e a definição dos padrões da
sinfonia foram marcos decisivos para a colossal obra inaugurada por Beethoven no
início do séc. XIX (Romantismo). A preocupação da parte instrumental sobre a parte
vocal acabou colocando a música secular acima da música sacra (o que viria a
concretizar-se de fato no séc. XIX). A produção acelerada do piano fez os
compositores dedicarem-se mais a ele.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
A instrumentação clássica, na verdade, é a continuidade do que houve no barroco,
essencialmente violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, oboés, flautas e o
piano. Com ênfase nos violinos. Aos poucos o cravo vai saindo de cena e
dando lugar ao piano.
Webliografia / Bibliografia Bennett, Roy - Uma Breve História da Música, Zahar, Rio de Janeiro CURSO COMPLETO DE HISTÓRIA DA MÚSICAA música milenar sentida e ouvida através da história do homemFicha nº: 5; Módulo: 2; Período: 2B
Fernando Santiago dos Santos — Todos os direitos reservados ao autor — “Curso completo de História da Música” — 2001http://www.fernandosantiago.com.br
GROUT, Donald J.,PALISCA Claude V., 5° edição, Lisboa, Gradiva, 2007.
História da Música Manual do Aluno 2º Ano http://www.malhanga.com/musica/Linha%20do%20Tempo%20da%20Historia%20da%20Musica.html
Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_cl%C3%A1ssico_(m%C3%BAsica)
Links das Partituras:
http://imslp.org/wiki/Piano_Sonata_No.16_in_C_major,_K.545_(Mozart,_Wolfgang_Amadeus)
http://pt.cantorion.org/music/1232/Quartet-No.-62-Full-score
http://pt.cantorion.org/music/3333/Orfeo-ed-Euridice-Overture
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Anexos:
Haydn
Mozart
Gluck
Beethoven
Nota especial ‐ W. A. MOZART
Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo a 27 de janeiro de 1756. Foi um
dos mais espantosos exemplos de precocidade na história da arte: desde os três
anos de idade revelou excepcional aptidão para música, estudando cravo com seu
pai, Johann Georg Leopold Mozart (1719‐1787), compositor e violinista. Aos
dezesseis anos já tinha composto quase 200 obras em todos os gêneros!
Mozart representa o ponto culminante da música no século XVIII. Figura importante
no desenvolvimento final da ópera napolitana, foi também um dos maiores mestres
da nova concepção da sonata na época. Criou obras‐primas da música instrumental,
nos últimos anos do século XVIII. Estabeleceu normas musicais que transformaram
aquele período na era clássica por excelência, no campo da música. Foi admirado
por todos os mais destacados compositores subsequentes, que souberam
reconhecer o valor do legado que Mozart lhes deixou.
Compositor essencialmente vocal, Mozart se realizou de modo mais completo na
ópera. As primeiras óperas datam ainda da adolescência do mestre. Ao todo
realizou 23 óperas, destacando‐se seis, todas elas do último período de sua vida. A
ópera mais conhecida de Mozart é A flauta mágica (1791). Das incoerências do
libreto, Mozart tirou uma obra de grande riqueza, numa síntese de estilos: ópera
séria, comédia musical popular, tragédia filosófica e drama sentimental. A música
que acompanha essa trama complicada é também a síntese do seu universo
musical.
O prodígio Mozart ao cravo
Mozart escreveu ao todo 41 sinfonias e 11 sinfonias concertantes. Seção importante
na obra de Mozart é a dos concertos. A forma do concerto ainda estava indefinida
em meados do século XVIII, não havendo distinção nítida entre a forma concertante
e a música para orquestras de câmara. Foi C.P.E.Bach o primeiro a desenvolver o
contraste entre o instrumento solo e a orquestra. Os concertos para piano de Mozart
contribuíram decisivamente para a formação do gênero, desenvolvendo‐o em escala
mais ampla.
As obras de Mozart são identificadas pelo prefixo K, seguida de um número que
designa a ordem cronológica de suas composições. O K vem do nome de Ludwig
von Köchel, que organizou um catálogo das obras de Mozart, publicado em 1862,
sob o título de Registro cronológico‐temático de todas as obras musicais de
W.A.Mozart.
Nota especial – JOSEPH HAYDNFranz Joseph Haydn nasceu em Rohrau, Baixa Áustria, a 31 de março de 1732 e
morreu a 31 de maio de 1809. Haydn é o iniciador de uma nova fase na história da
música. Não foi homem de grande cultura, mas de rara inteligência musical. Sua
experiência em conjuntos ambulantes, nas ruas, onde era impossível o
acompanhamento de baixo contínuo, levou‐o a compreender a autossuficiência do
conjunto instrumental de cordas. Com a sua obra se desenvolve uma nova polifonia
instrumental, sem o apoio harmônico do baixo contínuo.
Haydn é o primeiro nome da tríade "clássica", seguido por Mozart e Beethoven. Mas
não deve ser tomado por um iniciador primitivo de um estilo depois aperfeiçoado.
Sua obra, ou pelo menos a parte válida de sua obra imensa, já é perfeita dentro de
suas proposições. E o que se propôs foi justamente o aperfeiçoamento de uma nova
linguagem musical. Sua origem musical foi o folclore musical da Baixa Áustria, e
nesse sentido sua música é inconfundivelmente austríaca, mas seu ponto de
chegada, o enriquecimento da música instrumental, foi um idioma universal falado
por todos os músicos modernos, e não só pelos clássicos vienenses.
As seções mais importantes da música instrumental de Haydn são as sinfonias e
quartetos. As primeiras sinfonias, que não sobreviveram no repertório, datam da
década de 1760. Utiliza‐se nelas de elementos da música barroca, conjugando, em
pequenas orquestras, instrumentos de sopro e cordas. Quanto à estrutura, Haydn
não tardou em adotar a divisão em quatro movimentos: allegro, andante, minueto e
segundo allegro.
Joseph Haydn
Nota especial ‐ LUDWIG VAN BEETHOVENBeethoven (Bonn, 16 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 1827) foi um
compositor erudito alemão do período de transição entre o Classicismo (século
XVIII) e o período Romântico (século XIX). É considerado como um dos pilares da
músical ocidental pelo incontestável desenvolvimento tanto da linguagem quanto do
conteúdo musical demonstrado em obras como seus últimos quartetos de cordas, a
nona sinfonia, suas últimas sonatas etc.
Ludwig, que era canhoto, nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre
revelou um talento excepcional para a música. Compôs as suas primeiras peças aos
onze anos. Os seus progressos foram de tal forma notáveis que em 1784 já era
segundo organista da capela do Eleitor. Pouco tempo depois foi violoncelista na
orquestra da corte. Em 1787 foi enviado para Viena para estudar com Joseph
Haydn.
Em 1792, muda‐se para Viena, e, afora algumas poucas viagens, permaneceria lá
para o resto da vida. Durante os anos 1790, firma uma sólida reputação como
pianista e compõe suas primeiras obras‐primas: Três Sonatas para piano Op.2
(1795), Concerto para Piano No.1 em Dó maior Op.15 (1795), Sonata No.8 em Dó
menor Op.13 [Sonata Patética] (1798), Seis Quartetos de cordas Op.18 (1800).
Beethoven na época em que ficou surdo
Por volta de seus 24 anos (1794), Beethoven sentiu os primeiros indícios de surdez.
Embora tenha feito muitas tentativas para tratá‐la durante os anos seguintes, a
doença continuou a progredir e, aos 46 anos (1816), estava praticamente surdo.
Porém, ao contrário do que muitos pensam, Beethoven jamais perdeu toda a
audição, muito embora não tivesse mais, em seus últimos anos, condições de
acompanhar uma apresentação musical ou de perceber nuances timbrísticas.
A culminância desses anos foi a Sinfonia nº 9 em Ré menor Op.125 (1824), para
muitos a sua obra‐prima. Pela primeira vez é inserido um coral num movimento de
uma sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Schiller “Ode à Alegria”, feita
pelo próprio Beethoven. Os anos finais de Beethoven foram dedicados quase que
exclusivamente à composição de quartetos de cordas. Foi nesse meio que ele
produziu algumas de suas mais profundas e visionárias obras.
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