Download - Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Transcript
Page 1: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

 Ecografia Doppler del Higado: utilidad en el diagnósticos de patologias

Cibele Figueira CarvalhoDMV, MSc, PhD

Médica Veterinária Serviço de Ultrassonografia do PROVET

Pesquisadora colaboradora do INRAD - HCFMUSP

Page 2: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

INTRODUÇÃO

Possui suprimento vascular duplo- portal = 2/3 volume sanguíneo- arterial = 1/3 volume sanguíneo

Ramos portais Veias hepáticas Veia porta Artéria hepática

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 3: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Mapeamento Doppler colorido da arquitetura vascular intra hepática

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

TÉCNICA DOPPLER

Page 4: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Ramos portais- pouca literatura veterinária - a literatura médica é controversa citando

eventualmente a observação da presença e direção do fluxo sanguíneo

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 5: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

a b

Imagem ultrassonográfica convencional (a) e Doppler colorido (b) em plano transversal direito entre o 10º e 11º espaço intercostal, observe a veia cava caudal (VCC), a veia porta principal (VP) e o ramo direito da veia porta (RDVP).

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 6: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

SARTOR & MAMPRIM, 2010

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 7: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Veias hepáticas- arquitetura vascular intra-hepática - presença de fluxo e direção- traçado espectral de padrão multifásico

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 8: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Veias hepáticas- Fluxo hepatofugal em

direção a VCC - Padrão fortemente

periódico normal (multifásico), correspondente a pressão atrial direita

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 9: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

A primeira onda é anterógrada e larga (onda-S) e é causada pelo movimento de fechamento da tricúspide em direção ao ápice cardíaco.

O segundo componente do espectro Doppler das veias hepáticas é uma onda pequena e retrógrada (onda-V) causada pelo preenchimento (diástole) atrial direita.

O terceiro componente á a segunda onda anterógrada (onda-D) causada pela abertura das valvas tricúspide e fluxo do sangue do átrio direito para o ventrículo direito. Esta segunda onda anterógrada geralmente é menor do que a primeira.

O quarto componente é a segunda onda anterógrada (onda-A) causada pela contração atrial direita.

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 10: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Artéria hepática- presença de fluxo- velocidade e cálculo de índices (IR,IP,Asi)- a literatura médica cita o cálculo da

aceleração sistólica inicial

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 11: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

ARTÉRIA HEPÁTICA

(em cães) IR normal = 0,68 ± 0,04

(LAMB,1999)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 12: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Perfil de velocidade de fluxo laminar semiparabólico com padrão de baixa resistividade

Possui pico sistólico amplo e contínuo (sem janela espectral) com fluxo diastólico alto que diminui gradualmente

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 13: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Veia porta- presença de fluxo- direção e sentido do sangue (hepatopetal)- cálculo da velocidade (cães 10 a 25 cm/s e

gatos 10 a 12 cm/s)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 14: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Fluxo hepatopetal monofásico com pouca oscilação respiratória

VPS normal em cães 10 a 25 cm/s

VPS normal em gatos 10 a 12 cm/s

(NYLAND, 1990)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 15: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

VP/VCC > 0,8

VP/AO > 0,75

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 16: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

TÉCNICA DE AVALIAÇÃO

Metodologia eficaz Posicionamento adequado Cooperação do paciente e preparo Mensuração das estruturas e diâmetro

dos vasos em modo-B (VCC, VP e AO)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 17: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Observar hemodinâmica vascular da região portal: presença, direção, velocidade e padrão do espectro do fluxo sanguíneo nos vasos (VP, VCC, AO, AH)

Avaliar ao mapeamento Doppler (colorido no mínimo) as tributárias da veia porta (principalmente VL, VGE)

Complementar com avaliação de VHD, RPD, AMC

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 18: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

UTILIDAD EN EL DIAGNOSTICO DE PATOLOGIAS

Hipertensão portal Pesquisa de shunts ou desvios portossistêmicos Microdisplasia vascular hepática ou Hipoplasia

portal Fístulas arteriovenosas Caracterização vascular de lesões focais

(medicina humana)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 19: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Hipertensão portal

Definição: gradiente pressórico portal aumentado

Causas principais: hepatopatias crônicas (cirrose, neoplasias), ICCD

Outras: obstrução da chegada do sangue devido a neoplasias ou trombos

Observar: VP e seus ramos, AH, VH, Veia esplênica, presença de vasos colaterais

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 20: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Veia porta:- calibre = aumentado no fígado cardíaco e nem

sempre no caso de cirrose (cão possui grande capacidade de desenvolver circulação colateral)

- velocidade = reduzida na cirrose (em experimento com cirrose induzida em cães a velocidade diminuiu em até 50%)

- perda do padrão oscilatório- direção do fluxo sanguíneo (pode estar invertido

em caso de fígado cardíaco)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 21: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 22: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Imagem duplex Doppler de veia porta com fluxo reverso evidenciado pelo traçado espectral abaixo da linha de base

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 23: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Imagem modo – B e mapeamento Doppler colorido simultâneas evidenciando aumento do calibre e tortuosidade da artéria hepática em cão com cirrose hepática.

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 24: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Veias hepáticas:- padrão portalizado devido a perda da

complacência vascular do parênquima hepático

- ou ausente!!

- shunts adquiridos e colaterais evidentes

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 25: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Veia hepática com padrão portalizado em fígado com cirrose

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 26: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Imagem do ultra-som modo B (a) com congestão passiva hepática, e no mesmo cão em dúplex doppler(b) – no plano transversal direito, intercostal, visibilizando a veia hepática esquerda (VHE) e seu espectro bifásico. VP = veia porta; VB = vesícula biliar.

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 27: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Desvios portossistêmicos

Definição: comunicações vasculares simples ou múltiplas que conduzem o sangue oriundo do estômago, pâncreas, baço e intestino desviando-o para a circulação sistêmica sem passar pelo fígado

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 28: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Sinais clínicos: de encefalopatia hepática (EH) dominam o quadro clínico

- clearence hepático inadequado de toxinas (amônia, mercaptanos, ácidos graxos de cadeia curta, ácido gama-aminobutírico e benzodiazepínicos endógenos).

- atrofia hepática resultante da diminuição do fluxo sanguíneo e conseqüente falta de nutrientes e fatores hepatotrópicos (insulina e glucagon).

- complicação importante dos SPS pode ser a urolitíase que ocorre por causa do aumento da excreção urinária de amônia e de ácidos úricos. Pode ocorrer cálculos renais, vesical e ureterais em até 50% dos animais com SPS congênito (McCONKEY, 2000).

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 29: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Classificação:

Adquiridos: cirrose, colangiohepatite crônica, neoplasia hepática e fístulas arteriovenosas; a hipertensão portal leva ao desenvolvimento de múltiplos shunts extrahepáticos que primariamente eram vasos afuncionais remanescentes no sistema portal

(FERREL et al., 2003)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 30: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Congênitos: vasos embrionários anômalos que aparecem como desvios colaterais únicos ou múltiplos (intra ou extra hepáticos);

- gatos sem raça definida e cães de raça pura (Schnauzer miniatura, Yorkshire Terrier, Irish Wolfhound, Cairn Terrier, Maltês, Golden Retriever, Old English Sheepdog e Labrador (BREZNOCK & WHITING, 1985). Pode ocorrer também em Shitzu e Poodle toy e miniatura (HUNT et al.,

2000). - Idade (diagnóstico é feito até 2 anos de idade)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 31: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

A literatura internacional afirma que a ultrassonografia tem sensibilidade diagnóstica variável entre 47-95% e especificidade de 67-100% na identificação de DPS

LAMB, 1996

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 32: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Intra hepáticos: raças de porte grande (classificação)

Extra hepáticos: raças de porte pequeno

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 33: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Classificação do shunt intra-hepático (SIH):

a) divisional esquerdo ou persistência de ducto venoso, o vaso anômalo desvia para a esquerda em forma de ampola e se liga à VCC.

b) divisional central, há uma dilatação focal da VP na porção central do fígado e se comunica com a VCC em forma de um forame.

c) divisional direito, o vaso desvia para a direita antes de comunicar com a VCC.

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 34: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Shunt intra-hepático congênito

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 35: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Shunt intra hepático adquirido

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 36: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Shunt extra hepático- Portocaval- Esplenocaval- Gastrocaval - Porto ázigos

CARVALHO & CHAMMAS, 2008

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 37: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

SHUNT PORTOCAVAL

Page 38: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Shunt gastrocaval

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 39: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Shunt gastrocaval

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 40: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 41: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Shunt adquirido (extra hepático)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 42: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Microdisplasia vascular hepática ou atresia/ hipoplasia portal

Diagnóstico histopatológico

Sinais clínicos semelhantes ao shunt: depressão, tontura, perda de apetite, cegueira

Raças predisponentes: Yorkshire, Cairn Terrier, Maltes, Teckel, Poodle toy, Shih Tzu, Lhasa Apso, Cocker Spaniel, West Highland white Terrier

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 43: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Vasos hepáticos subdesenvolvidos ou ausentes (relação VP/VCC e VP/AO)

Atrofia hepática Shunt concomitante

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 44: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Microhepatia, hipoplasia portal e ou atresia portalRelação VP/Ao 0,3 a 0,6 (normal 0,7 a 1,25)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 45: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 46: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Fistulas arteriovenosas

Artéria hepática:- Aumento da VPS- Diminuição do IR

(LAMB,1998)

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 47: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

- INTRODUÇÃO- TÉCNICA- UTILIDADE DIAGNÓSTICA

Page 48: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Conclusões

Diagnóstico e monitoramento da hipertensão portal nas hepatopatias crônicas e na insuficiência cardíaca congestiva direita

Diagnóstico de malformações vasculares hepáticas (shunts, fístulas arteriovenosas e hipoplasia portal)

Page 49: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Referências

Ferrel et al. (2003) Breznock & Whiting (1985) Lamb (1998) McCONKEY (2000) Mamprim (2009) Nyland (1990) Sartor & Mamprim (2010) Carvalho & Chammas (2008)

Page 50: Ultrassonografia Doppler hepático em pequenos animais

Obrigada pela atenção!

[email protected]