UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
ANA CLÁUDIA EUGENIO LIMA
INFORMÁTICA EDUCACIONAL: FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA.
Prof. Dr. Fernando Gouvêa
Rio de Janeiro
2009
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INFORMÁTICA EDUCACIONAL: FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA.
OBJETIVO:
Monografia submetida como exigência parcial para a
obtenção do grau de Pós-graduação “Lato Sensu” da
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES/ INSTITUTO
A VEZ DO MESTRE.
Agradeço, primeiramente, a Deus, por ter me feito forte em momentos de fraqueza e sábia em momentos de dificuldade, além da escolha do tema, execução e conclusão deste trabalho. Agradeço a meu orientador, Prof. Dr. Fernando Gouvêa, pelas contribuições e críticas fundamentais durante o processo de elaboração do trabalho. E neste último parágrafo, agradeço mais uma vez a Deus por colocar em meu caminho pessoas que contribuíram de forma expressiva para o êxito deste trabalho. Ana Claudia E. Lima.
Dedico essa monografia aqueles que
ajudaram a tornar o sonho de cursar a Pós-Graduação em realidade, seja compreendendo a ausência e cansaço ou apenas incentivando, em especial:
Ao meu marido, Rômulo, que acompanhou a minha jornada, onde se tornou fonte inesgotável de inspiração para dar os importantes passos conquistados nessa fase da minha vida;
Aos meus pais, Paulo e Edna, que nessa como em tantas outras etapas de minha vida estiveram ao meu lado;
Aos meus amigos que estiveram sempre ao meu lado me apoiando em momentos difíceis. Ana Claudia E. Lima.
RESUMO
Em meio a tantas inovações que o uso do computador em sala de aula nos apresenta um grande impasse nos arremata. Retardar ou não o processo de “assimilação” da informática na educação? As tecnologias, e de maneira particular a informática, já alcançaram a sociedade de uma forma geral. Ela está em tudo que fazemos, porém poucos são aqueles como o conhecimento necessário para manuseá-la. No ambiente educacional não é diferente, algumas escolas, principalmente as particulares, já possuem computadores. Contudo, os profissionais com formação adequada para manusear tal ferramenta, quando existem, são escassos. Muitos são os empecilhos, mas deixar a escola alheia a uma ferramenta educacional tão valiosa não é a saída mais viável. Faz-se imprescindível uma constante manutenção nos conhecimentos dos professores. A elaboração de cursos de capacitação para os educadores junto com a reestruturação do ambiente educacional é a opção mais plausível. O trabalho a seguir traz informações sobre o avanço da tecnologia nas escolas, em especial o computador, a forma como o mesmo é aceito pelos professores, e ainda como ocorre o processo de inclusão e familiarização da máquina junto ao corpo docente. Exemplos de escolas e cursos relacionados à capacitação de discentes e docentes quanto à informática também são apresentados, além de uma proposta de implantar nas escolas um projeto de inclusão digital para docentes com ênfase em Informática Educacional. Palavra Chave: Informática Educativa, Formação Continuada, Educação Brasileira.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................09 CAPÍTULO I – INFORMÁTICA & EDUCAÇÃO................................................12 1.1 Nova era educacional – Informática nas escolas........................................13 1.2 A lição da era digital ....................................................................................16 1.3 O papel do professor na escola digitalizada................................................18 CAPÍTULO II – A FORMAÇÃO DOS DOCENTES PARA AS TECNOLOGIAS DA INFORMÁTICA...........................................................................................23 2.1 Mudanças que a tecnologia oferece............................................................24 2.2 Perfil dos graduandos de licenciatura..........................................................26
2.2.1 Analise no curso de inclusão digital...............................................26 2.2.2 Tecnologia da Informação aplicada a Educação...........................28
2.3 Nova tecnologia educacional dando origem a um novo currículo...............30 2.3.1 Formação continuada de professores............................................31
CAPÍTULO III – UMA PROPOSTA PARA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL................................................................................................33 3.1 Tecnologia & Educação...............................................................................34 3.2 A proposta de formação continuada para docentes....................................37 3.2.1 Finalidade do curso........................................................................37 3.2.2 Estrutura e duração........................................................................40 CONCLUSÃO ...................................................................................................43 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................45 ANEXO .............................................................................................................47
INTRODUÇÃO
A sociedade atual só e aceitável para a maioria dos indivíduos se for
provida de tecnologia desde o momento que acordam até voltarem a dormir:
despertadores, eletrodomésticos, televisão, automóveis, caixas eletrônicos etc.
Sem tecnologia os indivíduos se sentem aleijados. Tornou-se quase impossível
imaginar hoje a vida sem a tecnologia. Cabe a nós analisar qual o papel, quais
os problemas e os desafios para a "Sociedade Tecnológica".
As ferramentas tecnológicas, ao serem criadas, têm por objetivo
principal possibilitar aos indivíduos formas de vivenciarem e fazerem coisas
novas de forma melhor, mais rápida e mais agradável. A mesma já nos
alcançou de forma tão envolvente que se tornou difícil diferenciar o que é
tecnologia ou não.
Um dos grandes desafios da “Sociedade Tecnológica”, diante dos
avanços da tecnologia, é o progresso da mesma que impulsiona ainda mais o
processo de mudança comportamental no Brasil e no mundo, fazendo com que
surja uma grande necessidade de se adaptar e acompanhar o avanço das
mesmas. Isso para se estabelecer no mercado ou na vida em geral.
Nem sempre mudar o que já está enraizado em nós é fácil, porém na
educação estar aberto para novas formas de trabalhar o processo de ensino-
aprendizagem é importantíssimo. Com isso fica latente mais uma barreira a ser
transposta pela sociedade em relação à tecnologia.
É necessário conscientizar os envolvidos no processo educacional –
sociedade, corpo docente e alunos, de que a escola não pode se manter alheia
ao avanço tecnológico. Tornou-se imprescindível apresentar ao docente uma
forma inovadora de trabalhar o saber. Proporcionar ao docente algumas
possibilidades de se ajustar a uma nova forma de lecionar, apresentando
alguns artifícios através do computador que se tornou imprescindível.
Infelizmente, nem todos concordam que é necessário inovar, é comum
vermos professores que acreditam que a única forma de lecionar é utilizando o
bom e velho quadro de giz, professores que não adaptam suas ferramentas de
trabalho de forma alguma, que fecham os olhos para o novo e se recusam a
atualizar-se.
Nada mais natural que ouvirmos no meio dos jovens frases do tipo: “Não
agüento mais ficar ouvindo aquele professor falando o tempo todo.” ou “Detesto
ir à escola, é sempre a mesma coisa.”. É preciso transformar o ambiente
educacional em um local onde as pessoas têm prazer de estar e de onde
levaram lembranças positivas para toda a vida.
Entendemos que muitos são os docentes que têm o computador como
imigrante, – um intruso que não se compreendem bem qual o proveito -
precisamos conscientizar a todo o corpo docente que a tecnologia já está
envolvida em nosso dia a dia, e nas salas de aula não será diferente. O
educador de hoje precisa estar em harmonia com o novo. Atualizar-se para
que não sejam engolidos pela tysunami de informações em que nos
encontramos.
É preciso também apresentar formas de utilização desta ferramenta em
sala de aula, mostrar na prática como será realizada a interdisciplinaridade,
não deixando de focar que essa ferramenta trabalhada de maneira incorreta
não passa de um entretenimento. E ainda os benefícios que a inclusão digital,
no corpo docente, trará para a educação.
Uma forma eficaz de apresentar e implantar o computador como
ferramenta educacional nas escolas pode ser através de cursos de capacitação
e inclusão digital para docentes. Nesses cursos seriam trabalhados os
princípios básicos da informática, ou seja, o professor, ao término do curso,
estaria capacitado a manusear a máquina. No curso seriam apresentadas,
ainda, formas de o educador utilizar o computador voltado para sua disciplina,
apresentando a ele softwares voltados para educação.
Este trabalho está organizado da seguinte forma: no capítulo I,
INFORMÁTICA & EDUCAÇÃO, são apresentados resultados da informática em
sala de aula, e ainda, como deve ser a postura do profissional de educação
mediante a isso. No capítulo II, A FORMAÇÃO DOS DOCENTES PARA AS
TECNOLOGIAS DA INFORMÁTICA, Instituições estão atentando para a
importância da Informática na escola e implantando cursos de capacitação para
seus professores. E, por fim, no capítulo III, UMA PROPOSTA PARA O
CURSO DE INFOINCLUSÃO COM ÊNFASE EM INFORMATICA
EDUCACIONAL, é apresentada uma proposta de como devem ser
estruturados esses cursos, de como deve ser trabalhada a capacitação dos
docentes.
CAPÍTULO I
INFORMÁTICA & EDUCAÇÃO
A evolução da mente humana tem nos surpreendido, introduzindo em
nosso cotidiano novidades que há alguns anos pareciam apenas utopias, como
o avanço da tecnologia, os benefícios que ela nos apresenta, a possibilidade
de se comunicar de maneira quase que imediata com pessoas em outros
estados ou até mesmo do outro lado do mundo. Diminuindo assim as
distâncias e muitas vezes ultrapassando barreiras.
Não podemos impedir que esse avanço alcance as escolas. Tornou-se
quase impossível falarmos em tecnologia educacional e não pensar em
computadores, dificilmente se pensa em giz e quadro-negro ou mesmo em
livros e revistas, principalmente depois da internet, computadores raramente
são vistos como máquinas isoladas, sendo sempre imaginados em rede.
Entendemos que o computador ao ser criado tinha finalidade de facilitar
o trabalho do homem, aumentar a rapidez com que são resolvidos os
problemas. Porém, ele nem sempre é utilizado dessa forma, principalmente em
se falando de educação.
A ênfase na utilização dos computadores é grande, contudo
pouquíssimos são os professores com o conhecimento necessário, habilitados
o suficiente para manusear corretamente tamanha interdisciplinaridade. O
computador nas mãos de um professor despreparado, em muitos casos, não
passa de um entretenimento. Considerando a Educação como algo de extrema
importância, assim como a Saúde. Não é viável que a mesma sendo de
segunda qualidade nos seja oferecida como excelente por um marketing bem
feito. Algumas coisas só têm serventia se forem de qualidade. É o caso da
Educação.
1.1 Nova era educacional: Informática nas escolas
É preciso falar sobre como surgiu essa Nova Era antes de falar sobre a
mesma e sobre como ela tem atingido o ambiente educacional.
A Informática voltada pra Educação, assim como nos Estados Unidos da
América (EUA) e na França, surgiu por volta dos anos 1970. No Brasil ela se
deu através de estudos e experiências em universidades como a Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O interesse dos
docentes dessas universidades, impulsionados pelos resultados que estavam
sendo alcançados em alguns países, foram o ponto de partida para inclusão da
informática na educação. Porém, sua efetiva aplicação só veio a acontecer
após os Seminários de Informática na educação realizados em 1981, na cidade
de Brasília e em 1982, no estado da Bahia.
Os seminários tiveram como bases as defesas de valores culturais e a
preocupação em não desvirtuar o uso do computador. A utilização do
computador para projetos-multidisciplinares foi apoiada, porém, os propósitos
educacionais não deveriam ser deixados de lado. O computador sendo usado
para auxiliar o desenvolvimento do aprendizado do aluno também foi um ponto
exposto. Enfim os seminários apoiaram a utilização do computador de diversas
formas, contudo, os objetivos deveriam ser somente propósitos educacionais.
Em 1983, desses Seminários, originou-se um programa de atuação
visando à Informática na Educação (EDUCOM) iniciado pelo Ministério da
Educação (MEC), com o objetivo de criar novos ambientes educacionais onde
o computador seria visto como um facilitador do processo ensino-
aprendizagem. Uma de suas metas era analisar como se dá o aprendizado do
aluno através do uso da informática e se os resultados obtidos são os
esperados.
O EDUCOM surgiu em uma época onde o país ainda dispunha de
poucos recursos como softwares e equipamentos estrangeiros. O projeto veio
como esperança para que as escolas públicas pudessem oferecer aos seus
alunos as mesmas oportunidades que as escolas particulares.
Porém, o maior desafio seria preparar a comunidade envolvida como os
educadores e os alunos. Na França, em seu processo de inclusão da
informática nas escolas, o empenho na preparação dos docentes foi bastante
acentuado, alguns afirmam até que foi o que mais se destacou em todo o
processo.
O Brasil tem demonstrado grande interesse em implantar a informática
nas escolas, no Rio Grande do Sul, isso já é uma realidade, o Programa
Nacional de Informática na Educação (ProInfo) contemplou 101 escolas até o
momento, sendo elas 45 escolas municipais e 56 escolas estaduais, de um
total previsto de 378 escolas. E seu objetivo, diferentemente de alguns países,
é trabalhar o computador como facilitador do processo educacional. (REDE
ESCOLAR RS, 2008)
Esta política se contrapõe ao mero processo de informatizar escolas, ela
visa promover mudanças pedagógicas profundas onde o aluno passa a ser
responsável pela busca do conhecimento e o professor o guia, o condutor
durante essa busca.
As tecnologias sempre tiveram presença marcante em todas as épocas,
tanto social quanto cultural, cristalizando relações de forças sempre diferentes
entre seres humanos. As tecnologias no século XIX escravizavam os operários,
além de, em muitos casos ocuparem seu espaço nas fábricas. Enquanto, hoje
em dia, passaram a ser a extensão da capacidade de produzir sentido.
As novas tecnologias têm contribuído e muito para enaltecer a
importância da informática para a Educação. Hoje, seus benefícios são de
conhecimento geral. Entre outros pode-se destacar que o uso da informática
melhora a capacidade cognitiva dos indivíduos, muda o preceito que é
necessário saber as coisas de cor e coloca as informações extremamente
próximas das pessoas.
Uma escola precisa de ferramentas adequadas, precisa de profissionais
preparados e ainda informação, formulação de conhecimento. Uma escola
precisa também de computadores e internet, pois os mesmos são, além de
uma janela para o mundo, uma excelente ferramenta auxiliar em sala, um
instrumento valiosíssimo para se trabalhar a interdisciplinaridade nas escolas.
Porém, o que temos visto são os computadores e a internet como um tipo de
paradoxo que se vê como solução para atrair alunos. Escolas têm investido em
máquinas, mas deixado de lado à formação de seus professores. Para que o
processo de Informática na Educação obtenha êxito é preciso capacitar os
professores para trabalhar com essa nova ferramenta. O computador utilizado
de forma ponderada e com fins educacionais, ao invés de pura propaganda ou
marketing, pode ser uma das maiores inovações da tecnologia.
1.2 A lição da era digital
Muitos são os estudos sobre melhora no desempenho escolar através
da utilização de computadores. Segundo a Organisation for Economic Co-
operation and Development (OECD) estudantes que usam computadores
regularmente na escola têm um desempenho melhor do que aqueles com
pouca experiência, quando precisam desempenhar funções básicas de
computação.
Segundo o mesmo estudo alunos que utilizam o computador há vários
anos tendem a ter um rendimento escolar maior do que seus colegas cujo
contato com a máquina é mais recente.
A melhora no desempenho das atividades voltadas para o estudo da
matemática também é visível, o estudo indica que há uma conexão entre as
habilidades com os computadores e o estudo da matemática. A leitura também
apresenta melhora depois que os alunos começam a trabalhar com softwares
educacionais.
Esse estudo faz parte do Programa Internacional de Avaliação de Alunos
(PISA), principal referencia de comparação de desempenho escolar entre
países.
Em vista de estudos desse tipo e através de exemplos de nações com
grande quantidade de computadores por alunos, como Liechtenstein, Estados
Unidos, Austrália, Coréia do Sul e outras, aumentam a cada dia as iniciativas
em favor da digitalização das escolas brasileiras. “Os computadores são um
recurso poderoso ainda subutilizado na maior parte dos países”, afirma
Andreas Schleicher (Vicaria 2008, p. 16).
Muitos são os exemplos de escolas que observaram melhoria, em
diversos sentidos, depois da utilização dos computadores em sala. O Colégio
Miguel de Cervantes, escola de elite paulista, motivado principalmente pela
indisciplina de seus alunos trouxe o computador para as salas de aula e teve
uma evolução da parte dos alunos surpreendente. “Os alunos evoluíram mais
rápido do que a escola pode acompanhar. Agora estamos aprendendo a
conversar na mesma língua deles, a dos bits”, diz Roberto Veloso,
administrador do colégio e responsável pelo projeto de informatização das
salas de aula em entrevista a revista época (Vicaria 2008, p. 16).
A matéria trabalhada somente no quadro-de-giz se torna maçante e
menos atraentes para a maioria dos alunos. Expressões aritméticas
apresentadas através de softwares educacionais transformam e dinamizam o
ambiente educacional.
O bom uso do computador transforma a matéria em estudo a ponto de
professores e alunos trabalharem em conjunto para obter o conhecimento.
Arrefece a imagem de uma sala de aula onde o professor transmite a
informação e os alunos são somente receptores. “O aluno deixa de ser passivo
e o professor deixa de ser o dono do conhecimento”, afirma Maria Elizabeth
Pinto de Almeida, da PUC-SP, coordenadora de um projeto de formação de
gestores para escolas publicas estaduais em entrevista a revista época (Vicaria
2008, p. 16).
O computador apresenta muitos benefícios aos alunos em sala, porém o
mesmo precisa ser trabalhado de forma ponderada, não é suficiente ter o
computador à disposição do aluno. Mas é preciso orientá-lo. Dizer que o
computador melhora o rendimento escolar dos alunos não encoraja, nem
significa dizer que os pais devem deixar seus filhos trancados em seus quartos
utilizando o computador 24 horas por dia. Um estudo realizado pelo Instituto
Bávaro deixa claro que crianças com computadores em seu quarto tem piores
notas, já que acabam desvirtuando o objetivo do estudo para jogos (Vicaria,
2008, n. 414). A mesma pesquisa comprova, ainda, que a utilização do
computador nas escolas mais de uma vez por semana pode ser prejudicial.
Com isso podemos perceber que o computador é sim uma excelente
ferramenta para auxiliar o ensino e tornar mais atraente à matéria em estudo,
porém a utilização do mesmo precisa ser dosada de forma a não torná-la
prejudicial, e isso, deve ser feito em conjunto através da orientação da família e
da escola.
1.3 O papel do professor na escola digitalizada.
As novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) abriram um
leque na história da educação, pois hoje a sociedade convive com a concepção
de aprendizagem sem fronteiras. Tornou-se possível pensar e realizar
operações entre países, independentemente de quais sejam, quase que
instantaneamente. Com isso nos são apresentadas novas formas de
conhecimento, novas maneiras de aprender a aprender, Segundo Santos:
“Tudo isso nos implica novas idéias de conhecimento, de ensino e de
aprendizagem(...)” (Santos, 2005, p.93) Em meio a isso surge a necessidade
de se avaliar qual deve ser a participação da escola, qual a posição do
professor perante o aluno.
Mesmo não sendo um dos primeiros países na tabela de computadores
por aluno, devemos reconhecer o empenho do governo em adquirir
computadores para as escolas. Porém, só os computadores não são
suficientes. Existe uma grande necessidade de um novo profissional, sendo
esse, competente e capacitado, um verdadeiro criador com objetivo foco de
valorizar e melhorar o processo de ensino-aprendizagem.
Cabe ressaltar, ainda, que apesar de ser grande o interesse em investir
em máquinas o mesmo não acontece quanto a investir no currículo docente, a
aquisição de máquinas não tem crescido na mesma proporção que o preparo
dos docentes. Fazendo transparecer que o computador sozinho poderá
trabalhar o conhecimento, o ensino junto aos alunos ou, ainda, desvirtuando o
verdadeiro objetivo da utilização de computadores em salas de aula que é
facilitar o processo de aprendizagem. O que acaba nos levando a ficar
frustrados em meio aos resultados obtidos depois de uma análise da utilização
do computador em sala de aula.
Ao observarmos como tem sido tratada a inclusão de computadores nas
escolas temos essa confirmação, em alguns casos tecnólogos em informática
estão nas salas de aula trabalhando diversos conceitos sobre informática;
mascarando assim, o que na verdade deveria ser o ensino através do
computador, em outros casos, principalmente em escolas particulares, são
implementados softwares educativos, porém sem a preocupação necessária
quanto aos devidos conhecimentos tecnológicos e teóricos em relação ao
docente. Com isso a integração do computador ao processo pedagógico se
desvirtua e os professores ficam alheios à novidade.
Tentando solucionar essa pendência os colégios programam aulas de
informática – o ensino do computador – e acabam não aproveitando todo o
beneficio educacional que a ferramenta oferece. A inclusão da Informática na
Educação ou invés de contribuir para a melhora no processo de ensino-
aprendizagem acaba se transformando em aulas de informática, onde os
conceitos que são transmitidos são computacionais. Enfim, o estudo ao invés
de ser feito com a utilização do computador, seria feito sobre ele. Com isso
desconsideram, não o único, mas o principal elemento no processo de
aprendizagem: o docente.
Enquanto o computador não deixar de ser um intruso em sala de aula,
alguém desconhecido que ali está, porém sem saber ao certo o motivo os
preconceitos não serão transpassados, docentes continuaram vendo o
computador como algo distante e complicado, muitas vezes até impossível de
se manusear. O computador, sendo visto por um educador sem o devido
preparo, passa a ser classificado como sendo um intruso.
O computador tem o papel de um imigrante. Está lá, mas não pertence – não está totalmente incorporado – como um imigrante, o computador pode ser bem-vindo, ignorado, evitado ou rejeitado. Alguns podem aceita-lo, mas mantendo reservas, no fundo, sem considerar o computador um membro autentico da escola. O imigrante está lá e as pessoas não sabem exatamente o que fazer nesta cultura. Algumas pessoas não acreditam que o imigrante tenha potencial, então ele é ignorado subutilizado. A nova cultura não sabe e às vezes não quer saber, como explorar toda a capacidade que o imigrante tem. Enfim, o computador ainda é um imigrante de primeira geração na escola. Esta não integração e desconhecimento mutuo entre o computador e o professor, entre o que o professor pode fazer e o computador oferece, leva a um comportamento do professor em transferir responsabilidades suas para o computador e seu software.(BASTOS 2001, p. 56)
O papel que o professor deve exercer no processo de aprendizado
através das TICs é o de mediador, auxiliando o aluno que contribuirá com seu
conhecimento. A sala de aula transforma-se em um ambiente desafiador, cheio
de criatividade e informações, onde o aluno e o professor com o auxilio do
computador formulam o conhecimento. O aluno começa a adquirir confiança e
autonomia nos estudos. O aluno deixa de ser simplesmente o receptor de
informações e assume o papel de pesquisador, buscando informações e
conhecimentos através o computador. Segundo Santos e Radtke, o aluno
torna-se responsável por “inter-relacionar informações significativas na
exploração, reflexão, representação e depuração de suas próprias idéias,
segundo seu estilo de pensamento.” (Santos & Radtke, 2005, p. 32)
O professor deve se transformar em um novo profissional capaz de, com
o auxilio do computador, apresentar um ensino que aguce no aluno habilidades
como reflexão e discussão, com uma metodologia de constante diálogo e
conscientização, possibilitando ao aluno pensar e argüir e, a partir daí, formular
seu próprio conhecimento.
É importante frisar qual a importância do professor frente ao computador
com ferramenta de ensino, pois ele será a ponte entre a tecnologia que o
computador oferece e a pedagogia da qual o ensino-aprendizagem necessita.
A harmonização entre essas duas vertentes só será possível com o
comprometimento e a colocação consciente do professor. Nóvoa diz que sem a
efetiva colaboração do professor “Não há ensino de qualidade, nem reforma
educativa, nem inovação pedagógica, sem uma adequada formação de
Professores” (NÓVOA, 1992, p. 9).
O professor precisa assumir o seu papel frente ao uso do computador
em sala de aula; o papel de gestor aquele responsável por mudar paradigmas,
o papel de orientado no processo de ensino-aprendizagem. O computador em
sala de aula não deve ser visto como um imigrante e subutilizado, sendo
trabalhado somente como um meio de ilustrar e animar aulas; e sim como
ferramenta auxiliar riquíssima em informações, que possibilita ao aluno expor
suas idéias e ao professor lapidá-las. O ensino precisa de profissionais mais
que envolvidos, precisa de profissionais comprometidos com a educação
conscientes de seu papel em uma escola digitalizada, e ainda, em uma
sociedade tecnológica.
“Educar é uma coisa muito simples: é configurar um espaço de convivência desejável para o outro, de forma que eu e o outro possamos fluir no conviver de uma certa maneira particular. Nesse espaço, ambos, educador e aprendiz, vão se transformando de maneira congruente. Espaço no qual se faz e se reflete sobre o fazer.” (Maturana 1993, p. 33)
CAPÍTULO II
A FORMAÇÃO DOS DOCENTES PARA AS
TECNOLOGIAS DA INFORMÁTICA
As tecnologias estão tão enraizadas em nossa vida que muitas das
vezes nem percebemos que as utilizamos, já as temos em nosso cotidiano. É
difícil se imaginar hoje em dia sem o chuveiro elétrico, ou sem o microondas;
quando pensamos em ir de um lugar a outro pensamos logo em um carro ou
ônibus. As tecnologias trouxeram grandes e visíveis melhoras para nossa
sociedade e tem potencial suficiente para trazer avanços e inovações também
para os ambientes educacionais. Quando mencionamos isso, pensamos na
possibilidade de auxiliar os alunos de forma a torná-los mais autônomos e
conscientes do seu papel como aluno e cidadão.
Hoje disciplinas como Informática Educacional estão nas escolas e
universidades, porém, em muitos casos, o objetivo pedagógico não é
alcançado. Alguns professores continuam falando e o aluno ouvindo, a
construção do conhecimento não existe “plenamente”. Moran enfatiza que a
Informática educacional trabalhada sem o devido preparo se torna com um
verniz de modernidade.
Em meio a tantas inovações que o uso do computador em sala de aula
nos traz faz-se imprescindível uma constante atualização nos conhecimentos
dos professores. E necessário transformar os docentes que outrora se
importavam apenas em propagar o conhecimento em educadores preocupados
em propiciar trocas no campo do saber, em verdadeiros incentivadores da
aprendizagem.
Nesse capitulo será apresentada à forma como vem sendo empregada à
informática na educação, se a mesma tem sido usada apenas como artifício de
ilustração, e como as escolas estão preparando seus educadores para utilizar
essa nova tecnologia educacional.
É preciso criar pessoas que se atrevam a sair das trilhas aprendidas, com
coragem de explorar novos caminhos. Pois a ciência construiu-se pela ousadia dos que sonham e o conhecimento é a aventura pelo desconhecido em busca
da terra sonhada. Rubem Alves
2.1 Mudanças que a tecnologia oferece.
Há algum tempo falar sozinho era sinônimo de insanidade, hoje é
apenas a visão de alguém que tem um telefone móvel – um celular. Esse
aparelho às vezes tão minúsculo nos oferece, hoje, coisas que há alguns anos
eram inimagináveis, como se comunicar com uma pessoa a metros de
distância – até mesmo em outro país – sem a utilização de um fio. Não só o
celular, mas inúmeras são as tecnologias de informação e comunicação que
tem nos surpreendido, como os notebook’s, webcan’s...
Cada tecnologia exerce certa influência sobre nossa percepção do
mundo ou sobre a nossa relação com o tempo-espaço. Elas transpõem
barreiras, diminuem espaços, eternizam momentos... A tecnologia de rede
mundial de computadores, a internet, modifica profundamente nossos
conceitos quanto a distância, como por exemplo, uma pessoa que vive em um
lugar totalmente isolado sem deixar de se comunicar com amigos, sem deixar
de se informar quanto a tudo o que acontece no mundo. São realidades como
essa, inimagináveis há alguns anos, que hoje chama-mos de tecnologia.
Moram sita a utilização da WWW (tela gráfica da internet) para
atualizações profissionais e intelectuais, menciona as videoconferências
(encontros on-line, onde é possível ver pessoas do outro lado do mundo com o
auxilio de uma webcan). Ele enfoca ainda, que com o avanço da tecnologia
hoje só saímos de casa quando achamos conveniente, não mais por obrigação.
É possível fazer o supermercado, comprar remédios através do tele-marketing,
fazer pagamentos e transferências através da internet ou do banc-fone. Em fim,
as TIC nos alcançam de todas as formas facilitando e aumentando a rapidez
com a qual fazemos tarefas diversas.
Moran (2008) diz que: “Cada inovação tecnológica bem sucedida
modifica os padrões de lidar com a realidade anterior muda o patamar de
exigências do uso”. Antes ficávamos felizes com o simples fato de poder rever
uma cena, como um lance de futebol, hoje se a mesma não for repetida de
diversos ângulos perde todo o seu valor ou significado. Não faz muito tempo as
pessoas ficavam felizes em ter uma modesta televisão – mesmo sedo ela em
preto e branco e pequena – hoje mais que um aparelho de tv exigimos que seja
ele a cores, grande, e mais, muito fina. São essas mudanças significativas para
a sociedade que atestam o quanto modificam a nossa vida as tecnologias.
Cabe lembrar que as TIC oferecem também mudanças expressivas no
ambiente educacional, como por exemplo, a substituição do mimeografo pelas
copiadoras, facilitando inumeramente a impressão de provas e testes.
Podemos citar também o quanto às bibliotecas escolares se favoreceram da
internet, aumentando seu acervo com artigos, textos ou livros virtuais. Moram
ressalta o quanto as TIC modificam, favorecem e influenciam as questões
pedagógicas. Segundo, Moran (2008), “(...) uma mente aberta, interativa,
participativa encontrar nas TIC ferramentas maravilhosas de ampliar a
interação”. A escola precisa se mostrar desta forma, como um corpo docente
interessado no desenvolvimento intelectual e social de seus alunos,
promovendo a interação entre todos os aspectos educacional.
2.2 Perfil dos graduandos de licenciatura.
Para que seja possível analisar de forma mais clara os conhecimentos e
pontuações, quanto à informática, dos graduandos de licenciatura foram feitas
algumas pesquisas através de questionários e uma tese escrita por Tavares
(2008). A seguir são apresentados os dados obtidos.
2.2.1 Analise no curso de inclusão digital.
Foi realizada uma análise no curso de inclusão digital, ministrado na
Fundação Educacional Unificada Campograndense (FEUC), coordenado pelo
Núcleo de Informática Educativa (NIEDUC); curso, esse que, já formou dez
turmas e é voltado para capacitar futuros professores em relação à informática,
possibilitando assim uma melhor familiarização com o computador em futuras
atividades educacionais.
A coleta dos dados foi feita através de um questionário, conforme anexo
01, que foi distribuído aos professores que ministravam o curso. Visando
detectar o nível de conhecimento dos futuros professores – os referidos alunos
– e a necessidade de uma disciplina que trabalhasse a informática na formação
dos futuros docentes.
Segundo os dados coletados 38% dos alunos do referido curso haviam
tido um primeiro contato com a máquina. Esses alunos apresentaram boa
desenvoltura em manusear dispositivos como o mouse e o teclado e não
demonstraram problemas quanto a ligar e desligar a máquina.
Continuando a análise dos dados percebemos, ainda, que 38% dos
alunos não apresentaram dificuldade em manusear o pacote do escritório. E
que 5%, apenas, destes alunos sabiam manipular ferramentas do Sistema
Operacional como: pesquisar, criar pastas, utilizar o Windows Explorer; ou
tinham noções de configuração.
Um ponto ressaltado na pesquisa foi o nível de conhecimento dos
futuros docentes segundo o mundo digital. Ao iniciarem o curso 52% dos
alunos tinham noção básica ou nenhuma, em relação à utilização do
computador, como expresso no gráfico a baixo.
Conhecimento dos alunos referente a informática
14%
38%38%
10% Nenhum
Básico
Intermediario
Avançado
Figura 01: Gráfico referente à terceira questão do anexo 01.
Através do gráfico podemos visualizar que apenas 10% dos alunos ao
ingressarem no curso apresentaram conhecimento avançado quanto à
máquina, arrefecendo ainda mais a concepção de que uma disciplina que
apresenta os benefícios da informática não seria útil. Assim como a saúde deve
caminhar lado a lado com os avanços tecnológicos, na educação não pode ser
diferente, a mesma não deve caminhar longe da tecnologia. 38% possuíam
conhecimento intermediário sobre a máquina, porém havia muitas dúvidas e
insegurança ao trabalhar algumas ferramentas mais especificas. Contudo,
100% dos professores relataram à mudança no interesse de seus alunos para
com as inovações da informática.
2.2.2 Tecnologia da Informação aplicada a Educação
Com o intuito de quantificar a importância de uma formação voltada para
a área da informática, mais especificamente a Informática Educacional, foi feita
uma análise sobre a disciplina Tecnologia da Informação Aplicada a Educação,
ministrada nas Faculdades Integradas Campo-Grandenses, sediada na cidade
do Rio de Janeiro, no bairro de Campo Grande. A análise foi feita através de
questionários, que foram respondidos por alunos de vários cursos entre eles
Licenciatura da Computação, Português/ Inglês e Português/ Literaturas.
Foi feita uma amostra estatística abordando uma turma da referida
Instituição, com o quantitativo de alunos entorno de 40 alunos.
Através de questionários e do gráfico apresentado na figura 02 pudemos
verificar que 20% (vinte por cento) dos alunos não possuem computador em
casa, e os mesmos só o utilizavam uma vez por semana. Nesse grupo foi
observado também que 50%(cinqüenta por cento) se sentiam inseguros quanto
a utilizar a máquina em sala de aula, pois acreditavam não estar preparados o
suficiente, e, ainda, que necessitariam do auxilio de terceiros. Os 50%
(cinqüenta por cento) restantes, por sua vez, apresentaram grande
entusiasmos e ressaltaram que a disciplina trouxe uma abrangência maior
quanto aos recursos que podem ser utilizados em sala de aula. Dos 80%
(oitenta por cento) que possuem o computador em casa, também apresentado
no gráfico da figura 02, um ponto em evidencia é que eles têm um contato
direto com a maquina a utilizando todos os dias. Contudo, 20% (vinte por
cento) desses não se sentem seguros em aplicar os recursos da informática no
ambiente educacional, isso, por acreditar que seu conhecimento é ainda muito
vago. Nas pessoas que se sentem seguras em utilizar os recursos (80% -
oitenta por cento) observou-se que já utilizavam a maquina há mais tempo,
mesmo que não tivesse conhecimento quanto a sua utilização como ferramenta
educacional.
Alunos que possuem computador em casa
80%
20% Possuemcomputador
Não possuemcomutador
Figura 02: Gráfico referente ao anexo 02, primeira questão.
Dos participante 60% (sessenta) já atuam na área da educação, sendo
com professores ou estagiários, desses 67% (sessenta e sete por cento)
empregam os recursos em sala, contudo somente 10% utilizam softwares
específicos da sua área de atuação ou mesmo educacionais.
Quanto ao objetivo da disciplina 70% (setenta por cento) dos
participantes conseguiram alcançar o verdadeiro objetivo, e desses apenas
20% não atuavam na área da educação. Dos 70% (setenta por cento), 30%
(trinta por cento) não encontraram beneficio na disciplina para sua formação
com professor e ainda aplicabilidade em sala de aula. Os restantes, porém,
descobriu na informática grande valor educacional e destacaram a utilização da
internet.
2.3 Nova tecnologia educacional dando origem a um novo currículo.
Na primeira fase dos computadores no ambiente educacional, sua
utilização era como ferramenta de estudo, o estudo da informática em si.
Contudo, não demorou muito para que estudiosos percebessem que o
computador, sendo utilizado apenas como ferramenta de estudo, estaria sendo
subutilizado. Ou seja, eles reconheceram que o novo membro da escola
poderia ser utilizado no processo educacional como ferramenta de ensino.
Surge, então, a Informática Educacional.
A Informática Educacional tem como objetivo acrescentar ao processo
educacional novas formas de ensino-aprendizagem, transformar a forma como
o saber é trabalhado entre professores e alunos, enfim, contribuir para o
desenvolvimento da educação em geral. Cabe, ressaltar que, para que esse
objetivo seja alcançado é necessário trabalhar os recursos da informática
voltados para as características particulares de cada disciplina individualmente
possibilitando a realização de projetos interdisciplinares.
Com a intenção de tornar a Informática Educacional mais viável, foram
criados softwares educacionais. São assim intitulados, porque são direcionados
para a educação trabalhando cada disciplina de forma particular.
O professor é o personagem principal nesse período de construção de
um novo ambiente educacional. Porém, como fazê-lo se o mesmo não estiver
preparado?
Se o preparo, anteriormente, oferecido à nossos professores foi
centralizador, privilegiando uma idealização onde o docente é detentor do
conhecimento e o aluno um individuo sem um conhecimento pré-estabelecido.
É mais que imprescindível uma atualização em sua formação, permitindo ao
educador uma postura negociativa, cooperativa e investigativa quanto as suas
aulas.
Muitas das vezes o docente tem o interesse em utilizar a ferramenta,
porém enfrenta grandes dificuldades e receios. Existe o medo de que os alunos
danifiquem a máquina que está em sua responsabilidade ou que tenham
alguma dúvida, quanto à máquina, que ele não saiba saciar.
O mais adequado em meio a esse quadro é elaborar cursos que
capacitassem o professor para a utilização dessa ferramenta, onde o educador
não só aprenderá a manusear a máquina como também a manipulá-la com fins
educacionais. É necessário também oferecer matéria prima, infra-estrutura e
condições adequadas para a implantação da Informática Educacional.
2.3.1 Formação Continuada de Professores
Tavares (2008), em sua tese sobre formação continuada de professores
em informática educacional, relata que em uma escola estadual da cidade de
São Paulo – Escola Estadual São Paul, situada no bairro Jardim Nossa
Senhora do Carmo, próximo a Itaquera, Zona Leste da capital – existe um
projeto onde sete professores foram recrutados para estarem participando de
um curso onde seriam passados conceitos sobre a informática tanto como
objeto de estudo quanto como ferramenta de ensino. A escola recebeu do
governo cinco máquinas por intermédio do projeto On-Line. O objetivo foco do
projeto é capacitar um grupo para iniciar o uso da Informática Educacional na
referida escola e futuramente auxiliar e transmitir seu conhecimento aos
colegas de trabalho.
A Informática não é o personagem principal para uma nova
reestruturação do ambiente educacional, esse papel cabe ao professor. Ela
apenas propicia condições para que o professor obtenha êxito em transformar
a sala de aula que ainda é vista por muitos, como lugar onde só existe
transmissão – da parte do professor – e recepção – da parte do aluno – de
informações em um lugar onde há construção do conhecimento.
CAPÍTULO III
UMA PROPOSTA PARA DISCIPLINA DE
INFORMÁTICA EDUCACIONAL
O coeficiente de escolas que possuem computadores ainda é baixo
comparado com países como Liechtenstein, em primeiro lugar, EUA, em
segundo lugar, e Austrália, em terceiro lugar, Brasil vem em qüinquagésimo
lugar na tabela. Porém, o interesse do governo e dos responsáveis por escolas
em adquirir máquinas é de valor expressivo. Em alguns casos isolados existe
ainda uma preocupação em atualizar os conhecimentos dos professores
quanto à informática, os educadores são convidados a participar de cursos
rápidos de capacitação, contudo, na maioria das vezes o resultado obtido não é
o esperado sendo, por isso, os professores cobrados quanto a não trabalhar a
interdisciplinaridade oferecida por intermédio do computador. Isso ocorre
porque os cursos são realizados com objetivo somente de instruir o professor
quanto ao uso da máquina, e o educador não tem a oportunidade de expor
suas dúvidas quanto à forma de trabalhar a ferramenta em sua disciplina, ou
ainda, sobre o que fazer em caso de problemas com a máquina. Em alguns
casos os cursos são sim, voltados para Informática Educacional, mas são
cursos que não abrangem a realidade vivenciada pelo professor em sala.
Deixando-os mais uma vez receosos quanto à utilização da ferramenta.
A carreira docente exige dos mesmos uma incessante busca pelo
aprender a aprender. É preciso estar pronto a receber e se adaptar ao novo.
Porém cabe lembrar que essa atualização deve ser feita de forma consciente,
ou seja, o objetivo em foco não deve ser desviado.
“O modelo continuado de formação permite ao professor não só
aprender sobre o objeto de estudo, mas adquirir técnicas que lhe permitirão
continuar aprendendo constantemente”. (TAVARES, 2008)
O capitulo a seguir apresenta primeiramente um breve relato sobre
tecnologia & educação e a seguir a importância de capacitar os professores
para trabalhar a informática através do computador e não para serem
tecnólogos. E ainda, quais as disciplinas que devem ser trabalhadas no curso e
sua estrutura.
3.1 Tecnologia & Educação
Tecnologia, segundo Amora ()“é o conjunto de princípios científicos que
se aplicam aos diversos ramos de atividade”. Podemos concluir que tecnologia
é tudo aquilo que o homem cria para tornar mais fácil a realização suas
atividades, ou de uma determinada tarefa. Enquanto na famosa “Época da
pedra” o homem criou o fogo para tornar mais fácil a tarefa de se aquecer,
muitos anos depois o homem criou o automóvel para tornar mais fácil a tarefa
de se locomover, foi criado pelo homem, também, o chuveiro elétrico para
tornar mais fácil e cômoda a sua higiene... Muitas foram as tecnologias criadas
pelo homem ao longo dos séculos sempre com a intensão de tornar mais fácil e
(ou) cômoda a realização de alguma tarefa, seja ela qual for.
Algumas tecnologias são tão usuais que muitas das vezes nem nos
damos conta de que são tecnologias, como por exemplo, os talheres que
utilizamos ou os saltos que as mulheres apreciam tanto. Podemos citar, ainda,
as escovas de dentes... Tecnologias que utilizamos com tanta freqüência que
às vezes nem nos damos conta.
Quando paramos para analisar tais tecnologias nos damos conta do
quanto evoluímos. Tarefas que antes eram realizadas de forma desgastante e
demasiadamente demorada como o corte de uma plantação, hoje é feita de
forma inumeramente mais rápida com o uso de uma máquina. Cabe lembrar
que as tecnologias hoje não têm mais o papel de substituir a mão de obra
humana e, sim, tornar-se extensão de nossa força ou capacidade de raciocínio
rápido. Ou seja, não estão sendo inventadas para nos substituir e sim facilitar e
agilizar nossas tarefas.
As TIC não surgiram agora, já há algum tempo temos ciência das aulas
através de aparelhos de televisão ou fitas de vídeo, conhecidas como tele-
aulas, aulas enriquecidas por reportagens em jornais, revistas, retro-projetores
e outros. Essas ferramentas têm seu valor, muitos são os que se formaram
através dessas ferramentas; muitos os professores que tiveram suas aulas
enriquecidas pelas mesmas. Em uma realidade mais atual podemos citar os
computadores – Tecnologia de enfoque neste trabalho – que tem alcançado o
ambiente educacional e obtido em valor expressivo quanto aos seus
resultados. Em um futuro não muito distante poderemos vivenciar uma escola
onde seus alunos, com o auxilio de uma nova TIC, poderão mais que ser
telespectadores de um documentário sobre a época pré-histórica, poderão ser
mocinhos ou roteiristas de viagens virtuais fantásticas.
Mesmo em virtude destes fatos, existem professores que afirmam que
suas competências consistem apenas em utilizar ferramentas multimídias
tradicionais como livros. Mas educadores, entre eles Perrenoud (2000, p. 41),
afirmam que suas competências vão além disso. Segundo Perrenoud (2000, p.
46) “Talvez também consista em desenvolver nesse domínio uma abertura,
uma curiosidade e por que não, expectativas”. Moram, também pontua essa
situação, segundo ele “O professor se transforma agora no estimulador da
curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a
informações mais relevantes”.
Perrenoud (2000) tenta justificar a recusa de alguns professores quanto
a inserir as novas TIC em suas aulas dizendo que, não por ignorância, mas por
haverem feito uma analise anterior pesando os pros e contras, julgam não ser
necessária ou viável sua implementação em suas aulas. Ainda segundo
Perrenoud (2000), os mesmos julgariam ser mais simples e igualmente eficaz
lecionar disciplinas como física ou história através de métodos tradicionais ao
invés de passar horas pesquisando ou aprendendo a manusear ferramentas
tecnológica, correndo, ainda, o risco de deixar de lado o fator educacional.
O fato é que alguns professores ainda têm as TIC como intrusas, e
marginalizam as mesmas. O que não deveria acontecer, levando em
consideração que essa evolução só irá afetar as situações que os alunos
vivenciam e vivenciarão, nas quais colocarão em prática o que aprenderam na
escola. Com isso, chegamos à conclusão que todos os educadores que tem
compromisso como a preparação de seus alunos para a vida deveriam ter o
interesse em assimilar uma cultura, ainda que básica, sobre as TIC.
As TIC ingressam no ambiente educacional não para serem estudadas
como tecnologia, mas para oportunizar mudanças, principalmente no que
concerne a aprendizagens. O intuito, o objetivo seria mudar a visão única e
centrada de grande parte das escolas que é no ensino (seu planejamento, seus
conteúdos, sua operacionalização...) – não que o mesmo deva ser feito de
forma menos responsável, mas menos centralizada – e amplia-la para a
aprendizagem. Pois, como bem sabemos educadores tem o dever de fazer
aprender e não só ensinar.
Contudo, o maior receio é quanto à forma que essas TIC serão
utilizadas... Se como simples apresentações bem ilustradas – um verniz
educacional – ou se para mudar paradigmas.
3.2 A proposta de Formação Continuada para Docentes
Na década de 80 o tão esperado computador pessoal alcançava os
indivíduos e rapidamente as escolas particulares permitindo que a informática
fosse trabalhada no ambiente educacional. Porém, uma grande barreira se
levantava como conseguir mão de obra com conhecimento necessário para
possibilitar essa nova integração.
A proposta apresentada neste trabalho vem de encontro com essa
necessidade e será melhor relatada a seguir.
3.2.1 Finalidade do Curso.
Se há uma necessidade, atenda. A sala de aula necessita de uma
reestruturação quanto ao processo de ensino/aprendizagem, as tecnologias
chegaram como alavanca para essa reestruturação. O computador em sala
transforma o ambiente educacional em um local onde há construção do
conhecimento, porém, o computador por si só não tem essa capacidade.
Surge, então, mais uma necessidade. A necessidade de um profissional apto a
manusear de forma eficaz essa ferramenta de valor tão expressivo para a
educação.
O objetivo do curso de capacitação ou mesmo da disciplina não é
transformar os professores em técnicos de informática, nem tão pouco
transmitir somente conhecimentos sobre ferramentas comuns a máquina –
parte eletrônica ao invés de ferramentas educacionais. O foco não deve ser
desviado, a informática em sala deve ser trabalhada para dinamizar, tornar
mais produtivo e autônomo o processo de aprendizagem.
Para que tenhamos êxito no curso é preciso conscientiza os educadores
da verdadeira utilização do computador. Apresentar a informática como
ferramenta auxiliar na construção do conhecimento, dando apoio aos objetivos
educacionais de cada professor. É preciso, ainda, permitir que os mesmos
exponham suas dúvidas e receios só assim mitos quanto à utilização da
máquina serão extirpados. O tempo gasto com essa fase de questionamentos
poderá ser longo, mas as opiniões devem ser aceitas com todo o respeito e
interesse, os professores devem ser estimulados a participar dessa atividade,
pois, ela é uma grande oportunidade de analisar e questionar as aplicações da
informática em sua disciplina. Os problemas encontrados devem ser
solucionados em grupo estimulando a cooperação na escola.
O curso precisa trabalhar a realidade do professor, exemplos e
ferramentas apresentadas não podem estar distantes do que é lecionado em
sala. A absorvessão de conceitos técnicos da informática deve ser trabalhada,
porém, como já foi mencionado acima o objetivo não é que ao termino do curso
o professor seja um tecnólogo. Esses conceitos precisam ser trabalhados de
forma que o educador tenha mais segurança ao utilizar a ferramenta, tornando-
se autônomo na elaboração de suas atividades. Por isso a necessidade que o
profissional que realiza o curso junto aos professores seja alguém envolvido no
ambiente educacional e não um tecnólogo.
O educador precisa ter um contato direto com a máquina e com os
softwares educacionais a serem utilizados, isso, com a finalidade de permiti-
lhes analisar diretamente o que seria ou não viável para trabalhar em sala
levando em consideração conceitos educacionais com os quais eles já estão
tão envolvidos. Mesmo que se gaste grande parte do tempo nessa etapa, faze-
la é preciso, pois, a grande maioria dos educadores sabe dizer na teoria como
ou em quais aspectos a educação pode ser favorecida com a informática,
contudo, na prática os reais benefícios se tornam um pouco mais complexos e
precisam de maior atenção.
Com o intuito de tornar os professores aptos a elaborar projetos
interdisciplinares em seu ambiente de trabalho as atividades não devem
contemplar disciplinas especificas, pelo contrario, devem abranger atividades
envolvendo disciplinas diversas. O que possibilitará aos professores transmitir
conhecimentos adquiridos a seus colegas e organizar suas aulas de maneira
mais ampla. Segundo Tavares, “é preciso formar o professor numa amplitude de
conceitos e conhecimentos, não apenas dentro de sua área especifica. Ao conhecer outras
possibilidades e diversas atividades, ele pode começar a pensar em projetos interdisciplinares
e auxiliar os demais colegas, iniciando uma proposta coletica e cooperativa.” (TAVARES, 2008)
3.2.2 Estrutura e Duração.
Antes de qualquer coisa a escola precisa corresponder a algumas
“exigências”, a direção deverá demonstrar apoio à iniciativa através de sua
efetiva colaboração com o fornecimento de manuais (a penas a impressão) e
incentivo aos professores. Enfim, é um projeto que engloba a todos: direção e
corpo docente como um todo.
Para a efetiva implantação do projeto faz se necessária a analise das
ferramentas e softwares a disposição. O curso pode ser estruturado a partir dos
seguintes softwares: Sistema Operacional, Pacote de escritório e ambiente
web.
Com a intensão de obter um melhor desempenho da parte dos
professores, quanto à utilização dos softwares educacionais, além, de mais
segurança na manipulação do computador, os conceitos mais técnicos
estipulados a serem trabalhados no curso serão abordados nos primeiros
encontros. A base seria a seguinte:
a) Conceitos de Hardware e Software: nesse tópico o professor recebe
as informações necessárias para diferenciar Hardware e Software,
tanto na teoria quanto na prática.
b) Conceitos básicos sobre a ferramenta: como ligar e desligar a
máquina, os principais aplicativos, configurações básicas
(impressora, teclado, mouse, som, etc.) e manipulação de pastas.
c) Pacote de escritório: editor de texto, editor de gráficos e planilhas,
editor para elaboração de apresentações e slides.
d) Internet: como durante o decorrer do curso serão trabalhados muitos
softwares on-line a familiarização dos professores com a internet é
imprescindível.
e) Softwares Educacionais: nessa faze serão apresentados diversos
softwares como manipulá-los e quando aplicá-los.
Cada turma, cada grupo tem sua característica, por isso, de acordo com
a realidade dos mesmos o instrutor pode adaptar os conceitos a serem
trabalhados.
Uma aula bem planejada é sempre mais produtiva, além de ser mais
prazerosa tanto para o professor quanto para o aluno. O bom planejamento das
aulas é muito importante separar momentos, no decorrer da aula, para troca de
experiências e analises dos conteúdos que serão apresentados faz com que o
grupo interaja. Um momento para as instruções quanto à utilização do software
a ser trabalhado no dia também deve ser separado. Não podemos nos
esquecer que o professor precisa ter contato direto com a máquina, sendo
assim, exercícios devem ser propostos para que eles efetivamente manipulem
a ferramenta e, ainda, tenham exemplos de como trabalha-la. Para que
experiências sejam trocadas apresentações dos trabalhos feitos são de grande
valia.
Durante todo o decorrer da aula os professores devem ser estimulados a
expor suas dúvidas e ao final da aula devemos ter mais um momento para
reflexição, dessa vez quanto às experiências adquiridas na aula e emprego no
ambiente educacional.
CONCLUSÃO
Com base nas analises apresentadas os benefícios da informática na
educação insistimos na necessidade de se trabalhar a informática no ambiente
educacional. Desmistificar a utilização do computador como ferramenta
educacional só será possível através de uma “familiarização” entre os
professores e a máquina. A necessidade de apresentar a máquina como
ferramenta de auxilio e não como concorrente ou um imigrante sem potencial é
imprescindível. E isso só acontecerá se a capacitação do docente for
constante. Uma saída mais viável é através de cursos e disciplinas, que
foquem a inclusão do professor na era digital sem fugir do objetivo educacional.
No capítulo II, Informática & Educação, estudos foram apresentados e
atestam a importância, em virtude da melhora no rendimento dos alunos, de
introduzir no ambiente educacional o computador, sendo esse, trabalhado
como ferramenta educacional. Deixando claro que barreiras não só podem
como devem ser rompidas através de uma nova forma de construir o
conhecimento. Retrata ainda o papel, insubstituível, do professor para êxito no
processo de ensino-aprendizagem. O professor é mais que um instrutor, ao
trabalhar com seus alunos através do computador, ele é um mediador entre o
aluno e o conhecimento. E, ainda, comprova e atesta – através de pesquisas
feitas pelo OECD - que os cursos, quando trabalhados de forma ponderada e
com ênfase educacional, apresentam bons resultados.
Os resultados observados no trabalho a partir das pesquisas feitas
demonstraram que alguns alunos, principalmente os do curso de letras, tiveram
melhora na utilização do pacote de escritório e ferramentas básicas da
máquina (ou seja, seus conhecimentos quanto à máquina avançaram. O que é
ótimo para que futuramente tenham maior segurança ao trabalhar a ferramenta
em sala de aula.), outros conseguiram alcançar e absorver os conceitos da
utilização do computador como ferramenta educacional com um todo.
Mais uma vez ficou expresso que pessoas que utilizam o computador há
mais tempo tem maior facilidade em realizar determinadas tarefas em sala.
Enaltecendo, assim, o uso do computador como ferramenta auxiliar no
processo de aprendizagem. As observações finais do curso foram positivas,
pois, os professores perceberam avanços, da parte dos alunos, quanto ao nível
de conhecimento da ferramenta, além, de mudança no interesse quanto à
utilização da máquina.
O professor, senão o principal elemento é um dos de maior contribuição
no processo de ensino-aprendizagem, e por isso, precisa estar bem preparado.
Ele é um dos maiores responsáveis pela educação e formação social de seus
alunos. Aproximar-se das tecnologias de informação e comunicação, como o
computador, nos dias de hoje, está mais que comprovado que é imprescindível,
além, de eficaz.
BIBLIOGRAFIA
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VALENTE, José Armando. VISÃO ANALÍTICA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: a questão da formação do professor. Disponível em < http://www.inf.ufsc.br/sbc-ie/revista/nr1/valente.htm >. Acesso em 16 de ago. de 2008.
VICARIA, Luciana. Derrame por dentro da doença que mais mata no Brasil – Lição da era digital. Revista Época, Rio de Janeiro: Editora Globo, n. 414, 24 abr. 2006.
ANEXO
Questionário 1-
O objetivo do presente questionário é colher informações sobre o curso
de inclusão digital ministrado na FEUC.
Curso: _______________ ( ) Formando ( ) Graduado
1- Há quanto tempo você atua com professor de informática? ( ) 6 meses ( ) mais de seis meses, menos de 1 ano ( ) mais de 1 ano, menos de 2 anos ( ) mais de 2 anos 2- Área de atuação? ( ) Cursos livres ( ) Educação Infantil (creche e pré-escolar) ( ) Ensino Fundamental (de CA a 8ª série) ( ) Ensino Médio (2º grau) 3- De um grupo de 10 alunos, quantifique o conhecimento dos mesmos no que atinge a área da informática? ( ) Nenhum ( ) Básico (ligar/desligar e manusear mouse e teclado) ( ) Intermediário (pacote do office) ( ) Avançado (configurações, ferramentas e outros) 4- Qual a maior dificuldade deles na disciplina? ( ) Ligar e Desligar a máquina ( ) Utilizar o mouse e teclado ( ) Interpretar os ícones e suas respectivas funções ( ) Absorver os conceitos de Hardware e Software ( ) Outros ________________________________________________________ 5- Segundo seu contato com os alunos, qual o maior interesse deles no curso? ( ) Adquirir conhecimentos sobre a máquina para uso pessoal ( ) Adquirir conhecimentos sobre a máquina para uso profissional ( ) Outros _________________________________________________________
6- Ao termino do curso você percebe alguma mudança no interesse do aluno? Justifique.
( ) Não
___________________________________________________________
___________________________________________________________
( ) Sim
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Questionário 2-
O Objetivo dessa pesquisa é colher informações sobre as disciplinas voltadas
para Digitalização Educacional.
Curso: _______________________ Período: ___________
1. Você possui computador em casa?
( ) Sim ( ) Não
2. Com que freqüência você utiliza o computador?
( ) Todos os dias
( ) 1 vez por semana
( ) 1 vez a cada 15 dias
( ) Dificilmente utilizo o computador
3. Se sente preparado para utilizar os recursos computacionais no ensino de sua disciplina? Justifique.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4. Você já atua na área da educação (como professor ou estagiário)?
( ) Sim ( ) Não
4.1- Emprega recursos computacionais em suas aulas?
( ) Sim ( ) Não
4.2- Que tipo?
( ) Planilhas no excel, apresentações em PowerPoint, transparências etc...
( ) Softwares específicos da área de conhecimento (da sua disciplina)
5. Segundo sua opinião qual o objetivo da disciplina?
( ) ensinar aos graduandos a utilizar os softwares do computador.
( ) ensinar aos graduandos a trabalhar a educação com o auxilio do computador.
( ) apresentar noções básica de informática.
6. A disciplina trouxe algum beneficio para sua atuação em sala de aula? Qual?
( ) Sim ( ) Não
______________________________________________________________
7. O que mudou na sua formação como futuro professor depois que você começou o estudo dessa matéria?
( ) Nada
( ) Aprendi a utilizar melhor softwares como Word, excell...
( ) Aprendi a trabalhar minha disciplina através do uso do computador.
8- Caso já tenha colocado em prática o conteúdo trabalhado na disciplina, relate uma experiência.
______________________________________________________________________________________________________________________________
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