UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O ESTUDO DA COR NO ENSINO SUPERIOR
Por: Fabiano Ramos
Orientador
Prof. Mônica Ferreira de Melo
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O ESTUDO DA COR NO ENSINO SUPERIOR
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência do Ensino
Superior
Por Fabiano Ramos
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AGRADECIMENTOS
...aos amigos do trabalho e do curso,
aos Mestres do curso, e a Orientadora
Mônica Melo pela paciência.
4
DEDICATÓRIA
.....dedica-se a minha mãe Neide, aos
sobrinhos: Isadora, Matheus, Guilherme,
Gabriel, Bruna, Maria Vitória, Luiz Claudio
Júnior, Yasmin, Luma e Breno que sirva
de exemplo e inspiração e aos amigos do
curso e Mestres.
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RESUMO
Ao se ter a percepção de que a luz é que influencia na utilização das
cores, o homem, percebe a necessidade de se aprofundar em seu estudo de
uma forma mais científica, iniciando-se a partir da observação, começam-se a
se desenvolver teorias ao longo do desenvolvimento da humanidade, com
isso, consegue-se catalogar as cores, desenvolver métodos para a sua
utilização e nos dias de hoje, comprova-se a necessidade de utilizá-las e que
as cores podem ter uma excelente contribuição em algumas graduações sejam
elas tecnicistas, humanas e até mesmo em áreas biomédicas, de uma forma
mais concisa e acadêmica, do que apenas uma mistura de cores.
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METODOLOGIA
O método utilizado será interpretativo com procedimento de análise do
material de pesquisa, ou seja, trata-se de um estudo bibliográfico e webgráfico,
cuja trajetória metodológica a ser percorrida se dará mediante a leituras e
análises explorativas. Tendo como maior influência os trabalhos dos seguintes
autores: PEDROSA, LACY e LÜSCHER.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - TEORIAS DA COR 10
CAPÍTULO II - A COR E SUAS APLICABILIDADES 22
CAPÍTULO III – COR NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: APLICABILIDADE 34
CONCLUSÃO 45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47
BIBLIOGRAFIA CITADA 49
ÍNDICE 51
8
INTRODUÇÃO
Segundo PEDROSA (2009, p. 28), o elemento determinante para o
aparecimento da cor é a luz.
Com a percepção na luz e no que ela transforma com a sua
intensidade, ou seja, claridade e escuridão, percebe-se a cor como resultado
da ação da luz sobre o olhar humano. Daí surge a necessidade de se
aprofundar em um estudo sobre as ações da cor sobre a humanidade.
Desde a antiguidade a cor, ou melhor, as cores vem gerando teorias,
algumas inéditas, geradas a partir da simples observação, e outras que foram
surgindo a partir das discordâncias de suas antecessoras.
A pesar de haver uma lacuna de aproximadamente mil anos desde
as primeiras teorias na antiguidade clássica, as cores só foram levadas a uma
continuidade de estudos no renascimento cultural com a grande influência de
Leonardo Da Vinci, mais tarde por Isaac Newton e posterior mente pelas
teorias de Goethe. Esses três foram os que mais se destacaram na busca de
informações e questionamentos sobre as cores, levando o estudo das cores a
uma esfera mais acadêmica, sugerindo que as cores fosse tratadas como
ciência.
Segundo PEDROSA (2009, p. 156) cita: “O que retardou o
aparecimento da teoria da cor foi a dificuldade em explicar o que era cor...”
E PEDROSA (2009, p.156) completou dizendo: “...explicação que só
se tornou convincente quando se pôde definir a luz e a transformação do
estímulo luminoso em sensação.”
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Com essas teorias, conseguiu-se separá-las em cor luz e cor
pigmento, após essa separação de tipos de cores, ficou mais fácil em
classificá-las em cores quentes e frias, suas matizes e misturas formando, as
cores primárias, secundárias e terciárias e assim sucessivamente .
Após essas observações sobre as cores e suas principais teóricos,
fica um questionamento de que se sabe muito pouco sobre as cores e que seu
estudo está ainda em um processo de novas descobertas e utilizações.
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CAPÍTULO I
TEORIAS DA COR
...E Deus disse: Exista a Luz. E a Luz existiu.
(BÍBLIA SAGRADA, GÊNESIS, CAP.1 VERS. 3)
Cor é vida. As cores que percebemos são produzidas pela luz. A luz
do Sol, que aparentemente é branca, é na verdade, composta pelas sete cores
do arco-íris. Quando a luz do sol ilumina um objeto, algumas dessas cores são
absorvidas pelo objeto, enquanto as outras são refletidas na direção dos olhos
que as percebem. É esse fenômeno que nos permite dizer qual a cor
do objeto.
A teoria da cor é uma tentativa de juntar todos os fatos para uma
tentativa de gerar uma base para que se discuta o uso e a função da cor.
Surgiram muitas teorias, mas eventualmente, acabariam por convergir numa
explicação que envolvia o cérebro e a percepção que nos dá das cores.
1.1 Teoria de Aristóteles
A mais antiga teoria sobre a cor que se tem relato é a do filósofo
grego Aristóteles (384 a.C). Aristóteles concluiu que as cores eram
propriedades dos objetos. Assim como matéria, peso e textura, eles tinham
cores.
Para Aristóteles, as cores mais simples seriam aquelas dos
elementos: terra, água, fogo e ar. Sua visão era baseada na observação de
que a luz do sol ao atravessar ou refletir um objeto, tem sua intensidade
reduzida, escurece. Através desse processo a cor seria produzida, ou seja, a
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cor seria derivada de uma transição do claro para o escuro, ou ainda de outra
forma, como uma mistura, uma composição, uma sobreposição de preto e
branco.
Algumas dúvidas com relação à teoria de Aristóteles começaram a
serem levantadas no início do século XVII, por Isaac Newton ( 1642 a 1727).
( www.google.com.br/imagens, acessado em 22/03/2012)
1.2 Teoria de Plínio
Plínio, mais conhecido como O Velho (62 d.C e 113 d.C), baseado
na filosofia grega, propôs que o conjunto de cores denominado por
Aristóteles como cores principais era composto por apenas três, cores as
quais eram o vermelho vivo, a cor da ametista e a cor denominada por
ele de “conchífera”. O amarelo foi excluído por Plínio por estar associado
a mulheres, por ser usado no véu nupcial.
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Após Aristóteles e Plínio na antiguidade greco-romana, o período
medieval, que perdurou por praticamente 1000 anos, não foram
encontrados nenhum estudo sobre cor, uma vez que a Igreja exercia um
papel dominante sobre as áreas do conhecimento e impunha um caráter
teocentrista, onde se considerava a cor como mistério divino.
1.3 Teoria de Leon Battista Alberti
Leon Battista Alberti ( 1404 a 1472), um discípulo de Brunelleschi
( arquiteto e escultor renascentista), afirmou que seriam quatro cores
principais que estariam relacionadas aos quatro elementos: fogo-
vermelho; ar-azul; água-verde e terra-cinza. Alberti é considerado
como o primeiro a definir um conjunto de cores que se aproximasse
das cores primárias proposta pela física anos depois. Essa visão
influenciou Leonardo Da Vinci.
1.4 Teoria de Leonardo Da Vinci
Leonardo (1452 a 1519), se opõe a Aristóteles ao afirmar que a
cor não era uma propriedade dos objetos, mas da luz, afirma ainda que o
branco e o preto não são cores mas extremos da luz. Seus estudos sobre a cor
foram reunidos num livro “Tratado da Pintura e Paisagem” publicado pela
primeira vez 132 anos após sua morte. Leonardo Da Vinci, foi o primeiro
responsável pela determinação do primeiro conjunto de formulações que pode
ser chamado de Teoria das Cores.
(...) No esboço da Teoria das Cores,
demonstramos com toda clareza que toda cor
reconhece como origem uma luz e uma não-luz que
tende resolutamente para o escuro (...) reconhece a
13
essas condições valores hierárquicos (...) não
pretende extrair cores da luz, apenas demonstrar que
a cor é determinada pela luz e por que a ela se opõe.
(PEDROSA, 2009, p. 50).
Leonardo assim definiria as cores primárias:
“Chamo cores simples aquelas que não podem ser
feitas pela mescla de outras cores. (...) O branco, se
bem que alguns filósofos não aceitem nem ao
branco nem ao preto como cores, porque um é a
causa do outro e o outro a privação da cor, o pintor
não poderia provar-se dele e, por isso, o colocamos
em primeiro lugar. O amarelo, o verde, o azul, o
vermelho e o preto vêm em continuação.” (DA
VINCI, 1944, p. 188-189).
Foi o primeiro a demonstrar de forma experimental que o branco
é composto pelas demais cores.
Em seus escritos surge, pela primeira vez, na história da cor, uma
disposição racional das afinidades das diversas cores em relação às luzes e às
sombras. As cores só são belas quando expressam uma realidade,
funcionando como luz, meia luz, sombra ou escuridão. A afinidade das cores
com a luz, com a sombra ou a ausência de luz é hoje facilmente constatada
pela fotografia em preto e branco. A beleza das cores só se revela por inteiro,
em cada uma delas, no contato com a luz.
A cor que não brilha é formosa em suas partes iluminadas, porque
a luz vivifica e torna mais visível sua qualidade, enquanto a sombra atenua e
vela esta beleza e impede de vê-la. (...) A beleza de qualquer cor que não
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tenha brilho por si mesma cria-se pela grande claridade das partes iluminadas
dos corpos opacos. (DA VINCI, 1944, p.187).
1.5 Teoria de Newton
Isaac Newton (1642-1727), acreditava na teoria corpuscular da luz,
afirmou que as cores eram devidas ao tamanho da partícula da luz,
posteriormente, provou-se que a teoria de Newton não explicava
satisfatoriamente o fenômeno da cor. Mas sua teoria foi aceita devido ao seu
grande reconhecimento pela gravitação. Newton fez vários experimentos sobre
a decomposição da luz e acreditou que as cores eram devidas ao tamanho da
partícula de luz, com um prisma de vidro ( vidro triangular – um peso de papel),
observou em seu quarto, como o raio de sol da janela se decompunha ao
atravessar o prisma, sua atenção foi atraída pelas cores do espectro, onde um
papel no caminho da luz que emergia do prisma aparecia as sete cores do
espectro, em raios sucessivos: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul anil
e o violeta.
( www.google.com.br/imagens acessado em 21/04/2012)
Desta maneira, Newton produziu seu pequeno arco-íris artificial.
Repetiu o experimento por diversas vezes e concluiu que a luz branca é
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composta por todas as cores do espectro e provou isso reunindo as raias
coloridas mediante a uma lente, obtendo em seu foco, a luz branca. Newton
foi o primeiro a organizar as cores em um círculo.
( www.google.com.br/imagens acessado em 21/04/2012)
No século XVIII, um impressor chamado Le Blon testou diversos
pigmentos até chegar aos três básicos para a impressão: o vermelho,
verde e azul.
1.6 Teoria de Goethe
No século XIX, o poeta Goethe (Johann Wolfgang Goethe 1749-
1832), se apaixonou pela questão da cor e passou trinta anos tentando
terminar o que considerava sua obra máxima: um tratado sobre as cores
que poria abaixo a teoria de Newton. A principal objeção de Goethe a
Newton era de que a luz branca não podia ser constituída por cores,
cada uma delas mais escura que o branco.
16
Em 1820, comentando sua posição, GOETHE (1993, p. 1982)
afirmava:
“Com isso, fiz com que toda a escola (newtoniana) se voltasse
contra mim; todos se admiravam de alguém sem o domínio superior das
matemáticas ousasse contradizer Newton, porque pareciam não ter a
mais remota idéia de que pudesse existir uma física absolutamente
independente das matemáticas.”
Assim ele defendia a idéia das cores serem resultado da
interação da luz com a “não luz” ou a escuridão. Por exemplo, o
experimento da luz decomposta em cores ao passar por um prisma foi
explicado por ele como um efeito do meio translúcido (o vidro)
enfraquecendo a luz branca. O amarelo seria a impressão produzida no
olho pela luz branca vinda em nossa direção através de um meio
translúcido. O sol e a lua parecem amarelados por sua luz passar pela
atmosfera até chegar a nós. Já o azul seria o resultado da fuga da luz de
nós até a escuridão. O céu é azul porque a luz refletida na Terra volta
em direção ao espaço negro através da atmosfera. Da mesma forma o
mar, onde a luz penetra alguns metros em direção ao fundo escuro. Ou
as montanhas ao longe que parecem azuladas. O verde seria a
neutralização do azul e do amarelo. Como no mar raso ou numa piscina,
onde a luz refletida no fundo vem em nossa direção (amarelo) ao mesmo
tempo que vai do sol em direção ao fundo (azul). A intensificação do
azul, ou seja, a luz muito enfraquecida ao ir em direção à escuridão
torna-se violeta, do mesmo modo que o amarelo intensificado como o sol
nascente, mais fraco, e tendo que passar por um percurso maior de
atmosfera até nosso olho fica avermelhado.
A interpretação do arco-íris é assim modificada. Os dois
extremos tendem ao vermelho, que representa o enfraquecimento
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máximo da luz. E ele realmente descobriu aspectos que Newton
ignorara sobre a fisiologia e psicologia da cor.
Observou a retenção das cores na retina, a tendência do olho humano em ver nas bordas de uma cor complementar, notou que
objetos brancos sempre parecem maiores do que pretos. Também
reinterpretou as cores pigmentos de Le Blon, renomeando-as: púrpura,
amarelo e azul claro, se aproximando com muita precisão das atuais
tintas magenta, amarelo e ciano, utilizadas em impressão industrial.
Porém as observações de Goethe em nada feriram a teoria de
Newton, parte devido ao enorme prestígio do físico inglês, e em parte
porque suas explicações para os fenômenos eram muitas vezes
insatisfatórias e ele não propunha nenhum método científico para provar
suas teses. Sua publicação “A teoria das cores” caiu em descrédito na
comunidade científica, não despertou interesse entre os artistas e era
muito complexo para leigos.
Atualmente, o estudo da teoria das cores nas universidades se
divide em três matérias com as mesmas características que Goethe
propunha para cores: a cor física (óptica física), o estímulo físico e o
emitido por uma fonte energética direta (luz colorida), ou por dispersão
dos raios luminosos da luz branca; a cor fisiológica (óptica fisiológica), o
que caracteriza o estímulo fisiológico é a sua integração com a
sensação, pelo fato de ser originado fisiologicamente.
Há dois tipos principais de estímulos fisiológicos: o primeiro é
gerado por uma excitação mecânica saturando parte da retina com uma
cor, forçando a outra parte da retina a produzir fisiologicamente a cor
complementar da que foi excitada, o segundo é formado por uma
excitação subjetiva, pela ação da própria retina ou do cérebro (sensação
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colorida no escuro, manipulação mental de cores realizada por pintores,
mentalizações coloridas dos místicos e das demais pessoas que
exercitam essa faculdade, como desdobramento da memória cromática;
visões causadas por alucinógenos e mecanismos dos sonhos), e por
disfunções orgânicas (cores patológicas); e a cor química (óptica físico-
química) nesse último estímulo, a natureza e a organização dos átomos
nas moléculas é que determinam a cor percebida nas substâncias.
O conteúdo é basicamente a teoria de Newton acrescida de
observações modernas sobre ondas. Os estudos de Goethe ainda
podem ser encontrados em livros de psicologia, arte e mesmo em livros
infanto-juvenis que apresentam ilusões de óptica.
(Círculo cromático de Goethe, www.google.com.br/imagens acessado
em 22/04/12).
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1.7 Teoria de Philipp Otto Runge
O pintor alemão Philipp Otto Runge (1777-1810), partilhou do
interesse de Goethe pela maneira como a cor podia ser usada na pintura.
Elaborou com a esfera das cores um meio de medir a cor pigmento, não só
mostrando a relação entre as matizes, mas também graduando cada cor
numa escala que vai do mais claro ao escuro e da saturação ao
acinzentado.
(Círculo de Runge www.google.com.br/imagens acessado em 22/04/12).
1.8 Teoria de Moses Harris
20
O cientista e naturalista Moses Harris, produziu um círculo das
cores (por volta de 1770), centralizando as cores “primitivas”, ou primárias:
vermelho, amarelo e azul. Mas essa idéia não foi plenamente aceita pelos
artistas até a metade do século XIX.
(Círculo de Harris www.google.com.br/imagens acessado em 22/04/2012).
1.9 Teoria de Chevreul
No século XIX, o químico francês Michel Eugene Chevreul (1789-
1889), desenvolveu uma nova idéia de harmonia da cor baseada na
observação de como as harmonias da natureza e da ciência óptica são
conseguidos através de contrastes brilhantes.
Em 1839 Chevreul, publicou seu livro “Sobre a harmonia e contrastes
das cores”. Percebeu que o brilho das cores não dependia somente da
21
intensidade das tintas, mas também podiam perder sua intensidade quando
colocadas ao lado de outras cores, e criou a “lei do contraste simultâneo”.
No círculo das cores de Chevreul, mais de mil e quatrocentas tintas
são derivadas das doze cores principais, permitindo um sistema preciso de
medida de cores com vinte níveis de gradação.
(Círculo de Chevreul www.google.com.br/imagens acessado em 22/04/2012).
Novas teorias, muitas discussões sobre as cores e suas denominações, mas sempre levando ao mesmo ponto, são sempre as mesmas
sete cores do espectro, auxiliadas pela luz ou por sua ausência, medidas por
ondas ou matematicamente, as três cores da impressão continuam valendo até
hoje, reproduzindo nos dias de hoje imagens com milhões e milhões de cores.
A cor faz parte do nosso dia-a-dia.
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CAPÍTULO II
A COR E SUAS APLICABILIDADES
“As cores são ações e paixões da luz.”
(GOETHE, 1993 p. 65)
O homem inicia a conquista da cor, ao iniciar a própria
conquista da condição humana. Elementos naturais da flora e da fauna para
colorir e ornamentar o corpo, utensílios, armas e paredes das cavernas:
esfrega, tritura flores, sementes, elementos orgânicos e terras corantes. A
observação o leva a utilizar matérias calcinadas para tingir de preto, busca
óleos minerais, animais e vegetais para fixar os corantes, e com o acúmulo de
conhecimento, enriquece sua subjetividade, e a cor serve para abrilhantar os
atos religiosos, comemorativos, guerreiros e fúnebres, os primeiros códigos
cromáticos, dando a cada cor um significado, que passa a ter significação
variada em povos e épocas diferentes.
2.1 Cor-Luz e Cor-Pigmento
Só podemos perceber as cores na presença da luz. Cor é luz.
Sem luz, nossos olhos não podem ver as cores. A cor é o resultado do reflexo
da luz que não é absorvida por um pigmento. Assim pode se estudar as cores
sob dois aspectos que estão diretamente relacionados embora sejam
aparentemente opostos: a COR-LUZ e a COR-PIGMENTO.
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2.1.1 Cor-luz
A cor-luz pode ser observada através dos raios luminosos. Cor-luz é a própria luz que pode se decompor em muitas cores. A luz branca
contem todas as cores. Se o branco é a soma de todas as cores, o preto é a
ausência delas.
2.1.2 Cor-Pigmento
O pigmento é o que dá cor a tudo o que é material. Com o
tempo o homem percebeu que podia extrair os pigmentos da natureza e utilizá-
los em forma de tinta misturando com resina das árvores, com clara e a gema
de ovo e diferentes tipos de óleos para conservar, transportar e fixar as cores.
As técnicas de pintura se desenvolveram, se industrializaram e a tecnologia
criou os pigmentos sintéticos. Cores artificiais feitas em laboratório, mas tão
intensas e belas como as cores naturais que tentam imitar. Muitas tintas
industrializadas ainda são feitas com pigmentos naturais, mas já existem
pigmentos sintéticos de todas as cores. Os corantes também são pigmentos.
2.2 Classificação das Cores
2.2.1 Cores Primárias
São aquelas que não podem ser obtidas por misturas de outras
cores. As cores primárias são cores puras e elas se diferem em cores-luz
primárias e cores-pigmentos primárias.
A soma das três cores-luz primárias (vermelho, verde e azul),
produz a luz branca. Por isso elas também são chamadas de cores primárias
24
aditivas. É convencionalmente usada a sigla RGB (Red, Green e Blue), na
impressão das cores-luz.
( www.google.com.br/imagenacessado en 09/06/2012).
Os pigmentos cromáticos são classificados em três categorias:
primários, secundários e terciários. As cores primárias da cor pigmento são:
vermelho-magenta, amarelo, e azul forte, ou Ciano. Com essas cores básicas
é possível criar uma infinidade de tonalidades e assim reproduzir as cores da
natureza. Este também é o princípio usado nas impressoras, o modo CMYK
(onde Ciano, Magenta, Yellow e K para o preto( key-black ou seja cor chave).
Se o branco na cor-luz primária é a junção de todas as cores e o preto a
ausência dela, na cor-pigmento primária o branco e o preto quanto pigmento
são classificados em duas categorias: pigmentos acromáticos e pigmentos
cromáticos. O branco, o preto e os cinzas, produzido pelas misturas do preto e
do branco, são acromáticos porque não contém cor. Todos os outros
pigmentos são cromáticos.
(ww
2.2.2 Cores Secund
As cores
primárias em proporção
(Modo CM
www.google.com.br/imagens acessado em
ecundárias
cores secundárias são obtidas pela combin
orção igual.
(www.google.com.br/imagens acessado
25
do CMYK)
o em 09/06/2012)
ombinação de duas
sado em 09/06/2012)
26
2.2.3 Cores Terciárias
As cores terciárias são obtidas quando se mistura uma cor
primária e uma secundária.
( www.google.com.br/imagens acessado em 09/06/2012)
2.2.4 Gradação das Cores
Gradação é a mistura gradativa entre as cores formando novas cores a partir das primárias, as secundárias, o branco e o preto. Essa mistura
gradativa é conhecida como “degradê”. A mistura gradativa das cores forma
novas cores pela variação de intensidade e tonalidade.
2.2.5 Matiz
É a cor em sua máxima intensidade; é a própria cor. É também a
variação de tonalidade obtido pela mistura de duas cores em sua máxima
intensidade, sem mistura de pigmentos pretos ou brancos, formando novas
27
cores. É na mistura da matiz de uma cor primária com uma secundária que
surge a cor terciária.
2.2.6 Isocromia
É a harmonia obtida em uma composição usando-se cores diferentes, mas que implicam uma na outra. Por exemplo: uma pintura que tem
o vermelho como cor predominante e o uso de uma de suas matizes.
2.2.7 Cores Análogas
As cores análogas são semelhantes em sua composição, ou seja,
a mistura gradativa entre as cores do círculo cromático é um matiz gradativo,
um “degradê” que forma uma escala entre duas cores e é feita entre uma cor
primária e uma secundária que sejam vizinhas no círculo cromático, forma
uma escala de cores análogas.
2.2.8 Cores Complementares
Quando uma cor é colocada lado a lado com sua complementar,
elas se intensificam pelo contraste simultâneo. No círculo cromático a cor
complementar é a que está diametralmente oposta, isto é, traçando um
diâmetro é a que está do lado oposto.
2.2.9 Cores Quentes
As cores quentes tendem para o amarelo, e suas matizes com os
alaranjados e avermelhados. As cores quentes estimulam a circulação do
observador, causando um ligeiro aumento na temperatura do corpo.
28
Segundo LACY (1989 p. 132), usar sempre uma cor quente e uma
fria juntas. A influência das cores pode ser notada na decoração, na maneira
de vestir, como terapia, na expressão de um quadro, traduzindo o estado de
ânimo das pessoas e a maneira de como gostariam de ser vistas.
2.2.10 Cores Frias
As cores frias tendem para o azul, e as matizes entre o verde,
azul e violeta. Ao contrário das cores quentes, diminuem a circulação do
observador, causando uma ligeira queda da temperatura do corpo.
2.3 As Cores Nas Culturas
Desde que os primeiros homens começaram a usar as cores
como forma de magia para atrair, através de seus poderes, a tão preciosa
caça, as cores passaram a ter um papel cada vez mais fundamental e
simbólico em todas as culturas do mundo.
Segundo LACY (1989 p. 136), a cor está muito ligada aos nossos
sentimentos, ajudando-nos em nossas atividades e influenciando em nossa
sociabilidade, introversão e extroversão.
Dos babilônios aos egípcios as cores eram parte fundamental da
cultura e religião, definindo e expressando toda a força mística destas. Era
também através da magia das cores que a classe dominante controlava a
política e o povo. Ambos os povos usavam e abusavam do fascínio e das
emoções que o uso indiscriminado das cores exercia sobre os indivíduos.
Seus palácios, templos e monumentos eram pintados com cores vivas e
contrastantes, de maneira a intimidar todos os que se aproximavam. O povo
em geral usava vestimentas de cores neutras, como branco, bege ou cinza e
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as cores vibrantes eram reservadas à elite fazendo com que esta pudesse
usar o poder que elas exerciam sobre os sentidos, de maneira intimidante, para
garantir seu domínio.
Já na Índia e na China o poder das cores é usado há milhares de
anos como forma de energia que influencia todos os aspectos da vida. Os
centros energéticos do corpo conhecidos como Chakras pelos budistas e
hindus são regidos pelas cores, de maneira que seu uso deve ser estudado e
todo cuidado deve ser tomado para que o equilíbrio entre o material e o astral
se mantenha inalterado fazendo com que a saúde, a sorte e a sanidade sejam
sempre preservadas.
As culturas orientais de uma forma geral, acreditam que as cores,
além de controlar os aspectos físicos e espirituais do ser humano, exercem
uma imensa influência sobre as situações do cotidiano. Por isso é importante
que toda e qualquer vestimenta seja examinada de um ponto de vista ideal
para a situação que deva ser controlada. Situações específicas requerem
cores próprias; religião, guerra, política, cada qual com sua combinação correta
para obter-se uma solução desejada.
Na cultura ocidental foi a religião que fez uso das cores de maneira
a simbolizar deferentes aspectos espirituais, reforçar sua autoridade, intimidar
seus seguidores, mantendo uma aura de mistério e respeito. Diferentes cores
são usadas para simbolizar diferentes posições hierárquicas dentro das
diversas religiões. Padres, bispos, pastores, cônegos ou papas, cada qual usa
de uma específica cor, de maneira que possam ser identificados
instintivamente por aqueles com quem se relacionam, criando assim uma
situação em que são vistos em uma posição psicologicamente destacada.
O uso dado às cores conforme os hábitos das diversas culturas
mundiais durante o decorrer dos séculos, tinha o objetivo de obter resultados
dirigidos diante de situações específicas como ferramenta de manipulação
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psicológica que, segundo a sabedoria popular, tem provado ser muito mais
acurada do que se imaginava.
2.3.1 Branco
O filósofo grego Pitágoras, acreditava que a cor branca continha,
além de todas as outras cores, todos os sons. Esta crença reflete-se na
propriedade da cor branca de representar a divindade, sinceridade e
transformação nos simbolismos do som dos sinos e gongos. Muitos dos
antigos templos e das atuais igrejas são brancas. As tradições nipônicas
consideram o branco a cor do luto. Nos cultos afrobrasileiros o branco é
dedicado a Oxalá, Oxaguiã e Obatalá, pai de todos os orixás, pai da paz.
2.3.2 Preto
Na Idade Média o preto era associado a Saturno, o porco e ao
Domingo. Em Madagascar uma pedra preta é colocada em cada um dos
quatro pontos cardeais sobre o túmulo, para representar a força da morte. Já
para os antigos egípcios a lama negra do Nilo representava um renascer e os
gatos pretos eram considerados duplamente sagrados diferindo das crenças
ocidentais da Idade Média, nas quais os gatos e lebres pretos eram
considerados familiares e mensageiros do demônio. Na Roma antiga
sacrificavam-se bois pretos para satisfazer os deuses das profundezas. Nos
cultos afrobrasileiros a cor preta é dedicada a Exu, o mensageiro dos orixás, as
vezes associadas ao vermelho e ao branco.
2.3.3 Vermelho
Segundo LÜSCHER (1969 p.52), experiências com vermelho
puro comprovaram que se o indivíduo ficar por algum tempo o observando,
desencadeia funções corporais, e estimulações em todo o sistema nervoso: há
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uma elevação da pressão arterial e nota-se que o ritmo cardíaco se altera.
Segundo ele, o vermelho puro atua diretamente sobre o ramo simpático do
sistema neurovegetativo.
O vermelho é uma cor mágica em muitas culturas, representa o sangue, a essência da vida. Ervas eram amarradas com fitas vermelhas e esta
era amarrada em volta da cabeça para aliviar a dor de enxaqueca. Os chapéus
dos gnomos, a capa das fadas e o chapéu dos magos são muitas vezes
descritos como vermelhos. A cor vermelha é bastante desagradável para os
maus espíritos, por essa razão, na China, os rabichos dos sábios eram
trançados com uma fita vermelha para afastar esses espíritos e as mães
faziam o mesmo com os cabelos das crianças pela mesma razão, o vestido da
noiva também é vermelho. No Japão, crianças com catapora são mantidas em
um quarto totalmente vermelho, vestidas com roupas vermelhas para apressar
o processo de cura. No culto afro-brasileiro o vermelho é dedicado a Xangô,
deus da Justiça e a Iansã deusa dos raios e tempestades.
2.3.4 Amarelo
Os corpos dos aborígines australianos são pintados com ocre
amarelo nas cerimônias funerárias. Na China os magos escrevem seus feitiços
em papel amarelo para aumentar sua potência. Na Idade Média tanto Judas
quanto o Diabo eram representados vestidos de amarelo. No culto afro-
brasileiro é a cor dedicada a Oxum, deusa dos rios, do ouro, da fertilidade.
2.3.5 Púrpura/ Magenta e Violeta
Essas cores são na verdade, representações de uma mesma cor
que variam na intensidade de luz. É um tom especialmente sagrado para as
culturas romanas e egípcias nas figuras de Júpiter e Osíris. Associa-se às
dimensões sagradas, justiça, diligência, nobreza de espírito, pensamento
32
religioso, idade avançada e inspiração. Na Igreja o púrpura é usado pelos
sacerdotes para transmitir santidade e humildade. Na China o violeta simboliza
a morte e é a cor das viúvas. No culto afro-brasileiro é a cor dedicada a Nanã,
mãe dos orixás, deusa das águas profundas.
2.3.6 Rosa e o Dourado
O rosa é a cor ligada a deusa greco-romana do amor e da beleza
Afrodite ou Vênus e representa os aspectos mais suaves do amor e bondade.
No culto afrobrasileiro é a cor dedicada aos Erês, as crianças. Já o dourado
representa o poder do sol e suas deidades como o deus Rá e o deus grego
Apolo, na Idade média os curandeiros prescreviam água ou licores com folhas
de ouro para a cura de problemas nos olhos e como tratamento de doenças
graves. No culto afro-brasileiro, também é uma cor dedicada a deusa Oxum.
2.3.7 Azul
Segundo LÜSCHER (1969 p.38), a cor azul, é psicologicamente calmante e atua principalmente através do ramo parassimpático do sistema
neurovegetativo.
O Deus dos Judeus ordenou aos israelitas que usassem um
barrado azul em suas roupas, é a cor de Odin, deus supremo dos povos
Nórdicos; o deus hindu Vishnu era azul; é a cor das roupas de Nossa Senhora.
Azul era a cor sagrada dos Druidas; no norte da Europa por volta de 1600, um
pano azul era usado no pescoço para evitar doenças. Nas culturas asiáticas
acreditam que vestir ou carregar algo azul afasta o mau olhado, nos vestidos
de noivas é costume por uma fita azul para dar sorte. No culto afro-brasileiro a
cor azul escuro é dedicada a Ogum, deus da guerra; azul claro é dedicado a
Yemanjá senhora do mar, mãe de todos os filhos de santo.
33
2.3.8 Verde
Na Irlanda o verde é associado às fadas e acredita-se que pode dar
azar devido a esta ligação. O verde é muito usado nos hospitais com base na
crença de que esta cor ajuda o processo de recuperação da saúde. No culto
afrobrasileiro é dedicado a Oxossi, deus da caça.
Segundo PEDROSA (2009 p 79): “a variedade de significados de
cada cor, ao longo dos tempos, está intimamente ligada ao nível de
desenvolvimento social e cultural das sociedades que os criam.”
Em nenhuma outra época a cor foi tão largamente empregada como
no século XX. As grandes indústrias de corantes e de iluminação tornaram
casa vez mais ricas as possibilidades cromáticas, por meio de novas tintas
sintéticas, plásticas e acrílicas, dentre outras, ao mesmo tempo que no
emprego estético da cor surgem novas especialidades na comunicação visual.
As mensagens de todos os tipos, sempre mais coloridas, inauguram uma era
cultural em que a luz alucinante e psicodélica das grandes metrópoles parece
ter como único objetivo a poluição visual.
Mas esse desregramento no uso da cor se origina de fatores sociais
e não estéticos. Cada cartaz, cada anúncio luminoso, cada vitrine, cada
imagem colorida de TV e até a simples indumentária de uma corista, de um
jogador de futebol, ou de um jóquei são longamente estudados em seus
contrastes e harmonias de cores.
O mais surpreendente em tudo isso é que sempre que alguém, em
qualquer lugar, por qualquer motivo, toma um pincel para colorir a obra que
inicia, seu espírito utiliza consciente ou inconscientemente o resultado de
escolhas e opções milenarmente preparadas para este instante mágico.
Cada cor traz consigo uma longa história.
34
CAPÍTULO III
A COR NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: APLICABILIDADES
“No momento, meu espírito está Inteiramente tomado pelas leis das
Cores.”
(VAN GOGH 1960 p. 178 )
Vive-se num mundo marcado pelo poder da imagem, recursos
visuais e sobretudo pela cor. Se antes a preocupação do estudo da cor era
preocupação de alguns artistas, hoje é necessário a profissionais de diversas
áreas acadêmicas e mercadológicas.
Em diferentes níveis de complexidade, esses estudantes e futuros
profissionais devem entender os fundamentos básicos da cor, desenvolver a
capacidade de perceber suas interações, aplicabilidades, os efeitos das
diferentes combinações, enfim, precisam lidar com a cor como ferramenta
importante em seu cotidiano de trabalho e pesquisa.
“A cor pode transformar, animar, e modificar um
ambiente. Todos nós reagimos à cor, e
atualmente, é possível levá-la a todas as áreas da
vida pelo uso de matérias, tecidos e tintas, contudo,
é no âmbito acadêmico que a magia da cor deve
ser decifrada.”
(ISRAEL PEDROSA 2009 p. 243)
35
3.1 O Uso da Cor no Marketing e propaganda
Na comunicação, a cor tem uma função bem definida e específica, deve ajudar na clareza da mensagem a ser transmitida.
A cor, às vezes, cria o clima desejado e fala por si só, o que deve ser
aproveitado como instrumento técnico. Somente escolher uma cor
aleatoriamente no catálogo, não garante que uma composição colorística seja
equilibrada e harmoniosa. O parâmetro do comunicador é: o público entender
com exatidão o que ele quis dizer. E é na programação visual onde as cores
se apresentam, sendo muito importante saber utilizá-las em trabalhos de
marketing, merchandising e promoções.
3.1.1 As Cores No Marketing:
• Vermelho: imagem física. Para esportes, academias, escolas de danças, organizações políticas ou negócios de bens imóveis.
• Pink: imagem feminina. Para moda, cosméticos, produtos e serviços de buffet infantil.
• Marrom: imagem de gratificação. Para indústrias de diversão, vídeo, carros, móveis, jogos e bebidas.
• Laranja: imagem de energia. Para arquitetura, ferramentas e serviços para construção e serviços rápidos.
• Pêssego: Imagem de caridade. Para serviços e produtos para crianças, produtos escolares, organizações de caridade.
36
• Amarelo: Comunicação. Todos os produtos e serviços de comunicação e indústria de entretenimento, especialmente para vendas.
• Verde: saúde, plantas e vegetais. Para loja de comidas naturais, produtos florais e higiene pessoal.
• Azul claro: criatividade. Para indústrias de arte e design, serviços e produtos de informática.
• Azul escuro: execução. Para negócios, educação (vide as cores da AVM), serviços financeiros, negócios de alto investimentos que
necessitem mostrar confiabilidade, vide venda de carros.
• Preto: imagem de autoridade. Para serviços e produtos de segurança e proteção, ou simboliza luxuria com a combinação com o dourado e
prata.
• Branco: individualidade e imagem de limpeza. Melhor para produtos do que para serviços, igrejas em sua maioria de todos os credos religiosos.
• Dourado: imagem de riqueza e segurança. Para corretores, banqueiros, comerciantes e serviços de alta qualidade e serviços de
desenvolvimento pessoal.
Para FARINA (2000 p.76), “a cor é um elemento sugestivo e
indispensável que nos apresenta a natureza e os objetos criados pelo
homem e dá a imagem completa da realidade.”
37
3.1.2 A Cor nas Embalagens
Segundo FARINA (2000 p.99), a embalagem tem a mágica função de dar um “psiu” ao comprador. “Deve fazer com que a compra seja
renovada, impulsionando o consumidor a ficar fiel à sua marca
(posicionamento)”.
Sem dúvidas a cor da embalagem é um de seus elementos
principais, compondo com a forma e o material um todo em si. É ainda
extremamente relevante a participação da embalagem e por extensão, da
cor, no complexo e intricado processo mercadológico. Daí a grande
importância do estudo da cor nos cursos de Designers de produtos e afins.
Diversas são as pesquisas neste sentido e existem resultados
bastante objetivos, como por exemplo, com relação ao peso relativo das
cores. Nesta área os resultados experimentais não deixam dúvidas quanto
a esta relação, onde se obtêm os seguintes resultados:
Além das considerações sobre contraste e harmonia, onde as
regras gerais também se aplicam, foram determinadas experimentalmente
algumas relações entre as cores e produtos que podem auxiliar no projeto
de uma embalagem:
• Café: marrom escuro com toques de laranja ou vermelho
• Chocolate: marrom claro ou vermelho alaranjado
• Leite: azul em vários tons, às vezes com toque de vermelho
• Gorduras Vegetais: verde claro e amarelo não muito forte
38
• Carnes Enlatadas: cor do produto em fundo vermelho, às vezes com
um toque de verde
• Leite em Pó: azul e vermelho, amarelo e verde com um toque de
vermelho
• Frutas e Compotas em geral: cor do produto em fundo vermelho,
com toque de amarelo, às vezes
• Doces em Geral: vermelho alaranjado
• Açúcar: branco e azul, com toques de vermelho, letras vermelhas e
pretas
• Massas Alimentícias: transparência, vermelho, amarelo ouro e às
vezes com toques de azul
• Chá e Mate: vermelho, branco e marrom
• Queijos: azul claro, vermelho e branco, amarelo claro
• Sorvete: laranja, azul claro, amarelo ouro
• Óleos e Azeites: verde, vermelho e toques de azul
• Iogurtes: branco e azul
• Cervejas: amarelo ouro, vermelho e branco
• Detergentes: rosa, azul turquesa, azul, cinza esverdeado e branco
azulado com toques de prata
39
• Inseticidas: amarelo e preto, verde escuro
• Desodorantes: verde, branco, azul com toques de vermelho e roxo
Mas o fator ainda mais importante de uma embalagem é que ela
deve conter um apelo emocional, pois não se vende uma mercadoria, vende-
se um sonho de satisfazer um desejo, de preencher uma necessidade. Tem-
se então a união do Marketing e do designer.
3.2 A Cor na Psicologia Segundo o pensamento da psicologia, nenhuma cor é feia. A cor é apreciável em si mesma, em absoluto, qualquer que seja ela.
Ainda que a atração de cada cor específica seja desigual, a referida
atração sempre ocorre em algum grau. Isto resulta do fato mesmo de a cor ser
o objeto formal, isto é específico, ou essencial, da visão; é a cor aquele objeto
que dá a forma a esta espécie de conhecimento.
Há cores frias, quentes, leves e pesadas, calmantes e excitante, de
alívio e opressivas; cada uma das cores goza de tais propriedades em função
do que as cores são em si mesmas.
Pode-se antever que os efeitos psicodinâmicos da cor são variados,
por causa da predominância do sentido da visão sobre todos os demais
sentidos.
Este grande efeito psicodinâmico das cores ainda ocorre em virtude da
considerável diversidade das cores, sua gradação de luminosidade, diferença
de intensidade, além da variação dos espaços e formas das áreas coloridas.
Há uma psicodinâmica a comandar um importante processo, a que
está atenta não somente a psicologia, que estuda apenas teoricamente a ação
40
das cores, mas também o teórico, inclusive o artista da cor, para
adequadamente dispor os elementos coloridos com vista nos resultados.
A preferência do indivíduo por determinados efeitos psicodinâmicos da
cor, pode servir de sintoma para revelar sua índole temperamental e mesmo o
caráter que formou.
Já que as cores estimulam em direção a determinados
comportamentos, o interesse por esta ou aquela cor e as circunstâncias em
que isto acontece, informa sobre a pessoa mesma.
As circunstâncias poderão interferir e determinar o apelo diferenciado
às cores. Há também interferidores no uso das cores contra as propriedades
psicológicas das cores. A moda, por exemplo, determina preferências, que
podem nãos ser as da inclinação espontânea. As cores determinadas podem
não definir com precisão o caráter e a índole da pessoa que a usa. Também
por motivos funcionais, sobretudo terapêuticos, uma cor poderá ter sido eleita
exatamente para reverter uma tendência.
E LÜSCHER (1969 p. 49), que propõe uma psicodinâmica baseada na
combinação de dois elementos básicos do comportamento: a atividade e a
passividade, a autonomia e a heteronomia. Daí resultam quatro tipos
psicológicos: os que se inclinam à cor azul ( os heterônomos passivos), os que
tendem ao vermelho (os autônomos ativos), os que apreciam o verde (os
autônomos passivos) e os que sofrem a influência do amarelo ( os
heterônomos ativos).
A psicodinâmica das cores poderá determinar comportamentos
complexos. Vagamente, os tipos de personalidades conseguem ser
determinados pela cor e as complexas circunstâncias em que são utilizadas. A
tudo isto não está atento apenas o psicólogo, mas o artista que põe a seu
41
serviço os resultados da observação da psicologia, para colocar a cor certa nas
criações de suas expressões em cor.
3.3 A Cor na Moda
Para Celina (1990 p. 46), a cor é um elemento de grande importância nas dimensões, que uma figura imprime perante aos olhos dos observadores.
A cor é o mensageiro poderoso na comunicação da moda, além de
ser um item importantíssimo no efeito da imagem, pois a cor exerce força
psicológica e física. Ela interfere na sua imagem perante as pessoas, e
representa a maneira como nos sentimos.
A cor tem o poder de estimular, tranquilizar, deprimir, atrair ou repelir;
ela pode nos trazer poder, prazer e sofisticação. Abaixo estão alguns
exemplos dos efeitos da cor nas roupas.
• Vermelho: esta cor faz com que quem a usar se sinta mais vigoroso,
expansivo e pronto para avançar adiante em algum sentido evidente.
Ela tende a atrair o olhar das pessoas e chamar a atenção. Se a pessoa
usar vermelho, isso pode indicar que tem ardor e paixão, ferocidade e
força. As pessoas que gostam de ação e drama apreciam essa cor, que
também é associada à sexualidade.
• Laranja: esta cor revigorante e estimulante não tem muito do dinamismo
do vermelho. Se estiver usando roupas da cor laranja, pode ter traços
corajosos e aventureiros, demonstrando entusiasmo e zelo em qualquer
coisa que faça, mesmo que isso consuma suas energias. As pessoas
que usam essa cor são afirmativas e gostam de rir e fazer as outras
42
pessoas rirem. O uso de roupas da cor laranja também estimula a
conversação e o senso de humor.
• Amarelo: esta cor geralmente é usada pelos intelectuais, estudiosos e
pessoas que gostam de ocupar posições de autoridade e de controle.
Ela estimula a receptividade e atenção aos detalhes. Essa é a cor mais
associada com o sol e tende a gerar qualidades otimistas e positivas nas
pessoas que a usam em sua roupa.
• Verde: esta cor ajuda as pessoas a criarem um ambiente equilibrado,
suavizante e calmo, ela simboliza harmonia e equilíbrio. O verde das
roupas tende a refletir tipos convencionais, pessoas que preferem não
sobressair numa multidão. Os indivíduos que apreciam essa cor
geralmente gostam da natureza e da segurança.
• Azul Turquesa: esta cor estimula as pessoas a demonstrarem interesse
por que usa essa cor. Ela expressa uma personalidade revigorante, que
está facilmente acessível. O azul turquesa ajuda a clarear seus
pensamentos e sentimentos, produzindo clareza em sua comunicação.
Se a pessoa gosta de usar essa cor nas roupas, quer ser visto como
portador de jovialidade e vivacidade.
• Azul: Vestir-se de azul sugere espiritualidade e ordem. As pessoas que
usam essa cor refletem um desejo de paz e quietude, tranquilidade e até
mesmo solidão. Essa cor não é ameaçadora e o indivíduo que a utiliza
por certo valoriza a lealdade e honestidade.
• Violeta: o uso de roupas violeta gera sentimentos como respeito próprio,
dignidade e auto-estima. Essa é a cor usada pelos sacerdotes católicos
para refletir santidade, humildade e penitência. Em virtude da sua
43
riqueza, ela também está associada com os monarcas, a extravagância
e prosperidade. Muitos artistas preferem essa cor para suas roupas,
talvez por causa das suas qualidades espirituais e criativas.
• Magenta: vestir roupas dessa cor gera sentimentos de suavidade,
afetuosidade e docilidade. Ela estimula afeição e sentimentos como
amor e compaixão. O magenta também transmite uma mensagem
sexual poderosa, que pode ser manipuladora num nível sutil. Se a
pessoa gosta de vestir-se com essa cor, isso pode indicar que quer
expressar sua sensualidade.
• Preto: na maioria das sociedades ocidentais, o preto quase sempre é a
cor do luto e da penitência. Em geral, essa cor é usada por pessoas que
rejeitam a sociedade ou se rebelam contra as normas sociais. O preto é
uma cor que nega a luz. Essa e a cor usada pelos homens de negócio,
policiais e padres para refletir poder e autoridade. O preto é percebido
como escuro e misterioso. Essa cor também é usada pelas pessoas que
preferem parecer tradicionais e responsáveis.
• Branco: as roupas brancas têm sido associadas a limpeza, pureza e a
inocência. Nos países orientais, o branco é usado como uma cor
adequada para a morte e o pesar. Essa é a cor do desprendimento. O
branco reflete todas as cores e as pessoas que o utilizam nas roupas
podem fazê-lo para manter-se refrescadas sob o calor dos raios solares.
Na sociedade ocidental, é muito utilizada por médicos, esteticistas e
afins, onde se imprime a limpeza, já para exemplar a pureza é a cor
usada pelas noivas desde a era vitoriana.
44
• Marrom: a cor marrom geralmente está associada com terra e
estabilidade. Para criar essa cor, precisa-se misturar o vermelho com o
preto, portanto, ela tem alguns dos seus atributos. O marrom é uma cor
envolvida com o enraizamento e a criação de fundações firmes para o
futuro – semelhante ao lado positivo do vermelho--. Ele também contém
a qualidade poderosa do preto, no que se refere a autoridade, a
confiança interior e a auto-afirmação. Uma pessoa que gosta de vestir-
se com marrom por certo é extremamente dedicada e comprometida
com seu trabalho, sua família e seus amigos. No lado positivo, essas
pessoas são práticas e materialistas na vida, mas em seu aspecto
negativo elas podem ser profundamente inseguras e instáveis. A cor
marrom gera organização e constância, especialmente nas
responsabilidades do cotidiano. As pessoas que gostam de usar essa
cor são capazes de ir a fundo e lidar com questões complicadas de
forma simples e direta. Elas são pessoas insensatas.
Ficou claro portanto, que a cor além de ser um elemento decorativo,
tem muito mais importância no campo acadêmico, onde se pode em nível de
pesquisa científica compreender sua grande influência na vida humana, seja na
Moda, Design, Arquitetura, Comunicação visual, Marketing, Psicologia, e
porque não na Medicina, Física, Química e assim por diante.
A cor tem influência em nossos componentes físico, mental e
emocional.
45
CONCLUSÃO
“No momento, meu espírito está
inteiramente tomado pelas leis das cores. Ah, se elas nos
tivessem sido ensinadas em
nossa juventude.”
(VAN GOGH 1960, p. 178).
Com esse pensamento fica claro a necessidade de se estudar as cores
de uma forma mais acadêmica e não só como se faz na maioria das
graduações, principalmente nos cursos de moda, Design de Interiores e
produtos, no Marketing e dentre outras, ou seja, as cores são muito mais do
que apenas misturas pueris.
As cores têm muito a acrescentar nesses cursos de graduação e já
está sendo empregadas na psicologia como fator de percepção de
personalidades e até mesmo diagnosticar determinadas patologias psíquicas.
Até a medicina com sua vertente em terapias holísticas estão se aprofundando
nos estudos das cores.
Sua contribuição na Moda fica a cargo da percepção de que é a cor
quem determina uma estação, o desejo pela peça de roupa que vai varia
sazonalmente de acordo com a estação, ou melhor, coleção: outono /inverno e
primavera/verão. A cor na moda é determinada pela indústria de tecidos que
paga milhões de dólares e euros para os escritórios de pesquisas
especializados em cores, texturas e afins, gerando esse desejo incontrolável de
se consumir moda.
46
No design de interiores e de produtos funciona da mesma forma, onde
a cor se alia as formas e com isso faz despertar o mesmo desejo de consumo,
um dos fatores que o Marketing está se apropriando das teorias da cor e seus
estudos para o desenvolvimento de produtos e propagandas onde se instiga a
curiosidade e se alimenta o desejo de consumo.
Todas essas possibilidades de apropriação dos estudos das teorias das
cores levam a reforçar a necessidade de seu estudo de uma forma mais
acadêmica, tendo a consciência de que as cores são primordiais e são sim
uma ciência .
47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AGUIAR, Titta. Personal Stylist: Guia para consultores de Imagem. 3ª
Edição. São Paulo. Editora Senac São Paulo, 2004.
_________________. A Bíblia Sagrada. Tradução em português João
Ferreira de Almeida. 44ª Edição. Editora Paulinas São Paulo 1987.
DA VINCI, Leonardo. Tratado de La Pintura y Del Paisage-Sombra y Luz.
Buenos Aires 1944.
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das Cores em comunicação. 5ª Edição.
São Paulo. Editora Edgard Blucher, 2000.
FEGHALI, Marta Kasznar & Dwyer, Daniela. As Engrenagens da Moda. Rio
de Janeiro. Editora Senac Rio, 2001.
FOGLIA, Virgilio G., Fisiologia Humana. São Paulo.Editora Guanabara
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GOETHE, J. W. Doutrina das Cores. Apresentação, seleção e tradução
Marco Giannotti. São Paulo. Editora nova Alexandria, 1993.
JUNG, Carl Gustav. O Homem e Seus Símbolos. Rio de Janeiro. Editora
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LACY, Marie Louise. Conhece-te através das cores. São Paulo. Editora
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48
LEMOS, Celina. Como Se Vestir Para Parecer Mais Magra. Rio de Janeiro.
Editora Tecnoprint S.A., 1990.
LÜSCHER, Max e Scott, Ian. O Teste das Cores de Lüscher. Traduzido por
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PEDROSA, Israel. Da cor à Cor Inexistente. 10ª Edição. Rio de Janeiro.
Editora Senac Nacional, 2009.
VAN GOGH, Vincent. Correspondance Complete de Vincent Van Gogh de
Tous Les Dessins Originaux. Paris. Édition Gallimard-Grasset, 1960.
49
BIBLIOGRAFIA CITADA
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50
WEBGRAFIA
www.eps.ufsc.br
www.mundocor.com.br
www.cromos.com.br
www.pantone.com
www.tci.art.br
www.tintasrenner.com.br
www.colorindo.hpg.ig.com.br
www.dozen.com.br
www.tintascoral.com.br
www.designbrasil.org.br
www.ucg.br
www.cce.ufsc.br
www.fag.edu.br
51
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
TEORIAS DA COR 10
1.1 – Teoria de Aristóteles 10
1.2 – Teoria de Plíneo 11
1.3 - Teoria de Leon Battista Albert 12
1.4 - Teoria de Leonardo Da Vinci 12
1.5 - Teoria de Newton 14
1.6 - Teoria de Goethe 15
1.7 - Teoria de Philipp Otto Runge 19
1.8 - Teoria de Moses Harris 19
1.9 - Teoria de Chevreul 20
CAPÍTULO II
A COR E SUAS APLICABILIDADES 22
2.1 - Cor Luz e Cor Pigmento 22
2.1.1 - Cor Luz 23
2.1.2 – Cor Pigmento 23
52
2.2 – Classificação Das Cores 23
2.2.1 – Cores Primárias 23
2.2.2 - Cores Secundárias 25
2.2.3 - Cores Terciárias 26
2.2.4 – Gradação das Cores 26
2.2.5 - Matiz 26
2.2.6 – Isocromia 27
2.2.7 – Cores Análogas 27
2.2.8 - Cores Complementares 27
2.2.9 - Cores Quentes 27
2.2.10 - Cores Frias 28
2.3 – As Cores Nas Culturas 28
2.3.1 – Branco 30
2.3.2 - Preto 30
2.3.3 - Vermelho 30
2.3.4 - Amarelo 31
2.3.5 - Púrpura/ Magenta e Violeta 31
2.3.6 - Rosa e Dourado 32
2.3.7 - Azul 32
2.3.8 - Verde 33
CAPÍTULO III
A COR NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: APLICABILIDADES 34
3.1 - O Uso Da Cor No Marketing e Propaganda 35
3.1 – As Cores No Marketing 35
3.2 - A cor Nas embalagens 37
3.2 – A Cor Na Psicologia 39
3.3 - A Cor Na Moda 41
CONCLUSÃO 45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47
BIBLIOGRAFIA CITADA 49
53
WEBGRAFIA 50
ÍNDICE 51
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