UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
UM OLHAR PSICOMOTOR EM PACIENTES PARKINSONIANOS
Por: KARINE LOBO
Orientador:
Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2005
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO VEZ DO MESTRE
UM OLHAR PSICOMOTOR EM PACIENTES PARKINSONIANOS
Apresentação da monografia à Universidade Cândido Mendes
como condição prévia para conclusão do curso de
Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicomotricidade.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço especialmente à Clínica Geriátrica do Leblon
que me incentivou e acreditou na minha potencialidade
como profissional.
Agradeço também as minhas queridas professoras e
amigas Mary Sue, Gabriela Rangel, Cristie Campelo por
me orientar e compreender as dificuldades que tive
durante o curso de Pós-Graduação.
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DEDICATÓRIA
Dedico essa minha monografia aos meus pais e irmãs
com todo amor e carinho que me apoiou num momento
de fraqueza . Também a todos os meus alunos queridos
e as Academias Praia Fitness e Body Health que
compreenderam todo esse corre-corre me dando suporte
e segurança para dar continuidade ao meu trabalho.
.
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EPÍGRAFE
“QUEM TEVE A IDÉIA DE CORTAR
O TEMPO EM FATIAS,
A QUE SE DEU O NOME DE ANO,
FOI UM INDIVÍDUO GENIAL,
INDUSTRIALIZOU A ESPERANÇA,
FAZENDO-A FUNCIONAR
NO LIMITE DA EXAUSTÃO.
DOZE MESES DÃO PARA
QUALQUER SER HUMANO
SE CANSAR E ENTREGAR OS PONTOS.
AÍ ENTRA O MILAGRE DA RENOVAÇÃO
E TUDO COMEÇA OUTRA VEZ,
COM OUTRO NÚMERO
E OUTRA VONTADE DE ACREDITAR
QUE DAQUI POR DIANTE VAISER DIFERENTE.”
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.
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“UM SONHO SEM AÇÃO VIRA UMA DESILUSÃO;
E O SONHO COM UMA AÇÃO VIRA
UMA REALIZAÇÃO”
WALT DISNEY
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RESUMO
Durante as aulas de Psicomotricidade na pós-graduação pude
perceber como há falta de profissionais especializados na área de terceira
idade, principalmente aqueles que são diagnosticados com Doença de Mal de
Parkinson.
A Psicomotricidade é uma nova abordagem do corpo humano. Esse
estudo irão ampliar a visão do leitor em relação a maneira pela qual ele irá
trabalhar mais fácil e cuidadosamente o corpo e mente do paciente
parkinsoniano. Amplia também o saber dos processos farmacológicos os quais
repercutem aspectos positivos ou negativos.
As atividades psicomotoras são de suma importância no dia-dia do
paciente, pois irão libertá-lo psicologicamente de determinadas pressões que
por menor que sejam, carregam uma emoção.
Pude perceber que alguns trabalhos que pesquisei durante o estudo
em parkinsonianos, o desenho, as cores, o ato motor, a música, a dança
expressam uma combinação existente entre pensamento e afetividade. Essas
atividades são o resgate do próprio eu esquecido, que antes era desvalorizado.
Todas as atividades desenvolvidas pelo terapeuta psicomotricista
têm como meta essa autoconsciência corporal do paciente. São elas:
respiração, relaxamento, coordenação, equilíbrio...
Como profissional da área de saúde e, focando a nossa realidade,
pude perceber que o curso enriqueceu o meu conhecimento, dando
oportunidade de ficar mais atenta para esses idosos especiais, já tão
discriminados pelo próprio meio, família e amigos.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi em pesquisa bibliográfica, revistas
científicas e internet se destinam a apoiar estudantes e profissionais da área de
educação física, fisioterapia, pedagogia, terapia ocupacional, fornecendo um
conteúdo programático teórico e vivências adquiridas no decorrer do curso ou no
próprio mercado de trabalho.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I 11
DOENÇA DE PARKINSON 11
CAPÍTULO II 17
TRATAMENTO DO MAL DE PARKINSON 17
CAPÍTULO III 26
PSICOMOTRICIDADE 26
CONCLUSÃO 41 BIBLIOGRAFIA 42 ATIVIDADES CULTURAIS 44 ÍNDICE 45 FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
10
INTRODUÇÃO
Existem muitos livros para leigos, muitos artigos são publicados na
imprensa, e mesmo um filme, “Tempo de Despertar” (“Awakenings” ),
adaptaddo do livro de Oliver Sack sobre essa doença. Além disso, a doença
de Parkinson é assunto de milhares artigos científicos. Essa tendência
resultado simples fato de que, graças à pesquisa básica, profissionais da área
de saúde podem oferecer tratamentos benéficos resultando numa qualidade de
vida diária do paciente parkinsoniano.
No intuito de um melhor desempenho psicomotor, pacientes
parkinsonianos procuram especialistas na área para melhorar sua
consciência corporal, além das consultas médicas feitas pelos geriatras ou
neuropsiquiatras.
Essa doença é lentamente progressiva do sistema nervoso. Há
aproximadamente 1,2 milhão de pacientes do Mal de
Parkinson nos Estados Unidos e Canadá.
Desta forma, esta pesquisa vem abordar sobre o Mal de
Parkinson, sinais, sintomas, causas, como é o tratamento, enfim, para que
se possa dar ao profissional de psicomotricidade que queira iniciar um
trabalho mais especializado na área do idoso parkinsoniano uma visão
mais esclarecida sobre a doença, e principalmente como abordá-lo no
decorrer das consultas.
11
CAPÍTULO I DOENÇA DE PARKINSON
“Nada existe em caráter permanente, a não ser a mudança.”
Heráclito 501 A.C.
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DOENÇA DE PARKINSON
O QUE É A DOENÇA DE PARKINSON?
Esta é uma doença comum inicialmente batizada e descrita por
James Parkinson em 1817. Sua descrição incrivelmente completa fornece a
seguinte definição:
“Movimentação trêmula involuntária, com redução da
força muscular, mesmo em partes que não se encontrem
em ação ou quando apoiadas; apresenta uma tendência
a dobrar o tronco para a frente e para passar de um
passo de caminhada para um passo de corrida, sem que
exista lesão dos sentidos ou do intelecto”(Parkinson,
1817, p.2389).
Recentes avanços no desenvolvimento de medicamentos e de
técnicas cirúrgicas proporcionam hoje a médicos e pacientes um
controle muito melhor da doença.
A causa dessa doença é através da perda ou "degeneração"
de células nervosas que produzem no cérebro uma substância
chamada de dopamina. A área mais afetada localiza-se em
regiões profundas do cérebro e é conhecida como substância negra.
A dopamina é um importante mensageiro químico ou
"neurotransmissor". A perda de células que contém dopamina afeta a
capacidade do organismo de controlar os movimentos normais.
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1.1- População Afetada
De acordo com a pesquisa feita através da EUROPEAN
PARKINSON´S DISEASE ASSOCIATION (EPDA), o início da doença está
a partir de 60 anos (dados de uma pesquisa entre os membros da
Sociedade da Doença de Parkinson,2002) e afeta 1% das pessoas com
idade de 60 anos e 2% com idade de 70 anos. Entretanto, o Parkinson não é
justamente uma doença da idade média ou velha: 15% de pacientes
podem ter 50 anos ou menos, 10% nos 40 anos ou menos (um exemplo
é o ator Michael Fox, fundador do Parkinson’s Research) podendo também
ocorrer na adolescência (juvenile). Quando o diagnóstico é feito entre os
21 e os 40 anos, o distúrbio é chamado de Doença de Parkinson de
início precoce.
Segundo a Associação Brasileira de Parkinson (2002), “O Mal de
Parkinson afeta mais homens do que mulheres”.
1.1.1- Principais sinais da doença
As principais manifestações são a rigidez muscular, a lentidão, a
dificuldade para iniciar movimentos e o tremor.
Esses sintomas levam as pessoas com a Doença de Parkinson a terem
problemas para levantar de uma cadeira ou abotoar uma roupa. Às
vezes, pode ser difícil caminhar ou pode haver dificuldades com a
postura e o equilíbrio. Portadores da doença descrevem sentimentos como
"estar preso numa caixa de concreto que está endurecendo lentamente" ou
"estar amarrado com cordas", à medida que os seus músculos vão tendo
14
movimentos cada vez mais curtos e vão se tornando cada vez mais
rígida, ou ainda quando os medicamentos começam a perder o efeito.
Nem todos apresentam exatamente os mesmos sintomas ao
mesmo tempo. A doença pode afetar cada um de maneira diferente e, em
alguns casos, podem passar-se muitos anos antes de uma incapacitação ou
limitação significativa das atividades cotidianas.
1.1.2- Principais sintomas da doença
Ü Rigidez: dos músculos dos membros. Rigidez das articulações
simulando a artrite.
Ü Tremor dos membros: É mais proeminente nas mãos e é assimétrico.
Embora a maioria das pessoas considere a doença como sinônimo de
tremor, 30% de pacientes parkinsonianos não têm o tremor .
Ü Bradicinesia: dos membros e do corpo. A bradicinesia inclui
a dificuldade que inicia o movimento, a lentidão no movimento e
a dificuldade de realizar o movimento com fluência. A bradicinesia
é o sintoma mais proeminente e que torna o indivíduo mais
incapacitado para realização das atividades diárias.
"A Rigidez, tremor e bradicinesia, primeiramente, é
resultado de uma perda da dopamina. A dopamina
é um produto químico ou um neurotransmissor que
realça ou facilita o fluxo dos impulsos para os
neurônios.”(EDPA, 2002)”.
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Ü Instabilidade postural: resulta na dificuldade de endireitar o tronco e
compromete os reflexos posturais, dificultando as variações e a harmoniados
movimentos. Ex.: assim, quando alguém tropeça e começa cair, quando não
portador do Parkinson, é capaz rapidamente, e sem pensar,ajustar seu tronco e
os membros para evitar a queda ou se proteger dela. No parkinson os reflexos
posturais são danificados e quando os pacientes tropeçam, são incapazes de
evitar a queda, resultando em ferimento.
Os quatro sintomas mencionados acima são considerados
sintomas preliminares: resultado de uma degeneração específica ou do
desequilíbrio no Sistema Nervoso.
A dificuldade no andar é considerada freqüentemente um sintoma
secundário: um sintoma associando a combinação da bradicinesia e da
instabilidade postural. Embora o Parkinson seja considerado desequilíbrio
do aparelho locomotor, e que afeta somente as regiões do sistema
nervoso que regulam o movimento, o Parkinson em 40% dos pacientes
pode apresentar a depressão e em 30% a demência, assemelhando-se a
doença de Alzheimer.
1.2 - Sintomas Não- Motores
Entretanto, o paciente parkinsoniano além desses sintomas acima
também pode apresentar outros sintomas quando o efeito da medicação
diminui no final da dose, que não estão relacionados aos movimentos e
conseqüentemente são menos óbvios. Esses sintomas da Doença de Mal de
Parkinson são classificados como sintomas não - motores.
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Os sintomas não-motores podem incluir alterações nos pensamentos
e sentimentos, nas sensações e na noção do bem-estar, além de alterações
nas funções do sistema nervoso autônomo (por exemplo, aumento do suor).
Sintomas que afetam pensamentos, sentimentos e a sensação
de bem-estar:
Ansiedade, depressão ou irritabilidade.
Pensamentos lentos ou problemas de memória
Sintomas que afetam as sensações podem incluir:
Formigamento
Dor
Agitação
Fadiga
Sintomas que resultam em alterações do seu ” sistema nervoso
autônomo”∗:
Sudorese
Alteração da temperatura corporal
excesso de saliva
Constipação intestinal
∗ O sistema nervoso autônomo é um sistema involuntário do organismo que regula o controle de certos grupos musculares e a função de alguns órgãos, como o controle da pressão arterial, dos movimentos intestinais e da bexiga urinária e da salivação. Geralmente não há percepção das respostas autônomas, já que elas ocorrem como ações reflexas.
17
CAPÍTULO II
TRATAMENTO DO MAL DE PARKINSON
“A vida se contrai e se expande
proporcionalmente à coragem do indivíduo.”
Anais Nin - escritora francesa (1903 - 1977)
18
TRATAMENTO DO MAL DE PARKINSON
2.1- Agentes farmacológicos
Recentemente, estudo publicado no Journal of the American
Medical Association (JAMA) demonstrou que o pramipexol, princípio ativo do
medicamento Mirapex®, pode, potencialmente, proteger os neurônios
dopaminérgicos, produtores da dopamina.
A nova pesquisa que demonstrou as propriedades neuroprotetoras
do pramipexol foi realizada durante quatro anos com 81 parkinsonianos nos
Estados Unidos. Os cientistas descobriram que os pacientes tratados com
pramipexol apresentaram uma queda menor na atividade neuronal
dopaminérgica, em relação àqueles que utilizaram a levodopa (substância
usada no tratamento da doença de Parkinson).
Novo medicamento traz também avanços para tratamento do Mal de
Parkinson, é uma combinação de drogas que trará maior eficácia na luta
contra os sintomas de da doença. O lançamento do Stalevo, aprovado pela
FDA, nos EUA e pela ANVISA, no Brasil.
O Stalevo adiciona os medicamentos carbidopa e entacapona à
levodopa, minimizando importantes sintomas da doença e proporcionando
sensível melhora na qualidade de vida e nas atividades diárias dos pacientes.
A Levodopa é reconhecida como um pilar no tratamento da
doença, mas com o passar do tempo, pode apresentar redução de sua eficácia
em cerca de 50% dos pacientes.
19
Uma das vantagens imediatas do produto é a possibilidade de
administração de menores doses de medicação, obtendo-se um período
prolongado de ação. O Stalevo é o quarto medicamento para o Mal de
Parkinson lançado pelo laboratório Novartis. A empresa conta há mais de
quatro anos com o Contam (entacapona), já reconhecido por ajudar a
estabilizar os sintomas da Doença de Parkinson em associação com
derivados da dopa.
Segundo uma pesquisa publicada pela France Presse em Tóquio
(2002), onde cientistas japoneses anunciaram ter encontrado uma solução para
estimular as células nervosas no cérebro dos ratos, pode permitir tratar a
doença. Os pesquisadores da empresa de biotecnologia KYOWA HAKKO
KOGYO (da Universidade de Quioto) e do Instituto de Investigação Física e
Química, afirmaram que conseguiram "desenvolver células nervosas em ratos
utilizando células embrionárias”. Esta técnica permitiu aumentar a secreção de
dopamina, necessária para o funcionamento das células (folha online-ciência,
26/10/2000).
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Principais medicamentos para a Doença de Parkinson
DROGA (PRINCÍPIO ATIVO) NOME COMERCIAL® MECANISMO DE
AÇÃO LEVODOPA OU L-
DOPA SINEMET/CRONOMET/´PROLOPA PRECURSORA DA DOPAMINA
BROMOCRIPTINA PARLODEL/BAGREN AGONISTA DOPAMINÉRGICO
LISURIDE DOPERGIN AGONISTA DOPAMINÉRGICO
PRAMIPEXOL MIRAPEX AGONISTA DOPAMINÉRGICO
PRAMIPEXOL SIFROL AGONISTA DOPAMINÉRGICO
PERGOLIDA CELANCE AGONISTA DOPAMINÉRGICO
BIPERIDENO AKINETON ANTICOLINÉRGICO
TRIHEXIFENIDIL ARTANE ANTICOLINÉRGICO
AMANTADINA MANTIDAN DOPAMINA ENDÓGENA
SELEGILINA/L-DEPRENIL
NIAR -DEPRILAN -JUMEXIL - ELEPRIL
INIBIDOR DA MAO-B (*)
TOLCAPONE TASMAR INIBIDOR DA COMT(**)
ENTACAPONE COMTAN INIBIDOR DA COMT(**)
(*) MAO-B = monoamino-oxidase B - (**) COMT-catecol-O-metil-transferase
Fonte: Associação Brasileira de Parkinson (www. parkinson.org.br).
21
2.2- Tratamento preventivo através de antibiótico
Antibiótico poderia ajudar a prevenir o mal de Parkinson
Um antibiótico usado para a lepra e a tuberculose pode ajudar no
tratamento do Mal de Parkinson, segundo um estudo.
Em testes de laboratório, pesquisadores da Universidade da
Califórnia, em Santa Cruz, descobriram que o antibiótico rifampicina pode
prevenir a formação de fibrilas de proteínas associadas com a morte das
células nervosas. Os cientistas também descobriram que o remédio dissolve as
fibrilas existentes. A pesquisa foi publicada na revista especializada Chemistry
and Biology.
Resultados
Os cientistas estudaram os efeitos do antibiótico rifampicina em
experimentos de laboratório e ainda estão observando os resultados em
culturas de células e ratos para ver se o mesmo acontece em células vivas.
Segundo Anthony Fink (2004), ainda é necessário mais trabalho para
determinar se o antibiótico funcionaria no tratamento do Parkinson, mas se
funcionar provavelmente será útil para prevenir a doença, antes que esta cause
danos neurológicos generalizados. A dissolução das fibrilas existentes talvez
seja o mais interessante achado desse estudo.
22
Se funcionar em pessoas, realmente teremos chances de impedir o avanço da
doença depois dela ser diagnosticada.
Segundo Parkinson’s Disease Society (2004), quando a pessoa sofre
do Mal de Parkinson, as células do cérebro que contêm o neurotransmissor
dopamina vão morrendo aos poucos.
"A descoberta parece estar apenas no começo, mas
parece muito positiva. No entanto, é importante lembrar
que mais testes de laboratório são necessários para
determinar qual o real potencial do antibiótico na
prevenção da doença. Se tudo der certo até a conclusão
dos testes, incluindo testes com animais, então será
possível fazer testes com pessoas no futuro.”
(MEADOWCROFF, 2004, p.49)
Segundo um estudo realizado na Unifesp por Ana Cocolo, foi feita
uma análise da fala e da voz que é útil no diagnóstico da Atrofia de Múltiplos
Sistemas e do Mal de Parkinson, doenças que têm sintomas parecidos e
podem se confundidas. Segue abaixo o estudo feito:
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Portador de Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS) há cerca de quatro
anos, o motorista Germano Yoshiara, 67, descobriu qual era realmente a sua
doença há apenas dois. A lentidão dos movimentos, a rigidez muscular, a
perda de equilíbrio e a disartrofonia – alterações de fala e voz de origem
neurológica – foram, inicialmente, confundidas com outro problema que
também afeta o sistema nervoso central e que apresenta sintomas parecidos:
o mal de Parkinson. Entretanto, um estudo realizado na Unifesp mostrou que
as alterações da fala, da voz e da laringe são bastante distintas entre uma
doença e outra e que essas diferenças, quando analisadas por profissionais
das áreas de fonoaudiologia e otorrinolaringologia, podem ser usadas pelos
neurologistas como coadjuvantes no diagnóstico precoceda AMS. A
conclusão faz parte da dissertação de mestrado da fonoaudióloga Denise.
24
Knopp que submeteu 26 pacientes (12 com AMS e 14 com Parkinson,
todos em tratamento no Setor de Distúrbios do Movimento) a uma avaliação
clínica, funcional e acústica da fala e da voz.
Entre os itens da análise clínica e funcional estão as clarezas das
palavras ao serem pronunciadas, a articulação da boca, lábios e língua;
capacidade vital dos pulmões, qualidade vocal, velocidade da fala e eficiência
da comunicação oral. Os resultados dos testes, realizados por três
fonoaudiólogas, mostraram que a compreensão da fala estava alterada em
33% dos portadores de AMS contra 20% naqueles com Parkinson. A
qualidade da voz também é pior nos pacientes do primeiro grupo. Rouquidão,
instabilidade e fraqueza aparecem em proporções bem maiores. Já na
avaliação acústica, via computador, e na laringológica, feita por um
otorrinolaringologista, os pacientes com Parkinson apresentaram maior
comprometimento, principalmente nos parâmetros de freqüência e amplitude
das ondas sonoras, nos ruídos e tremores da voz, além de atrofia leve nas
cordas vocais e tremor na glote. Para o neurologista Henrique Ballalai Ferraz,
chefe do Setor de Distúrbios do Movimento da disciplina de Neurologia
Clínica da Unifesp e orientador da pesquisa, todo exame que ajude na
distinção entre o Parkinson e a AMS é de grande utilidade, uma vez que o
diagnóstico de ambas doenças é feito clinicamente.
“Como não há nenhum teste sanguíneo ou radiológico
que possa ajudar, o diagnóstico diferencial entre elas
pode levar meses ou anos até o aparecimento de
sintomas mais específicos. O principal problema da AMS
é que sua evolução é bem pior e que, quando confundida
com o Parkinson, o portador não se beneficia com o
tratamento destinado a essa doença”.(Ferraz, 2004)
25
De acordo com ele, não há estatísticas brasileiras muito precisas
sobre a prevalência da Atrofia de Múltiplos Sistemas na população, mas
estima-se que esse número equivalha à cerca de 15% do total da prevalência
do mal de Parkinson, doença que, segundo dados fornecidos pelo Ministério da
Saúde, atinge cerca de 200 mil pessoas no Brasil.
26
CAPÍTULO III
PSICOMOTRICIDADE
“A máquina pode substituir 100 pessoas comuns.
Nenhuma máquina pode substituir uma pessoa criativa.”
Elbert Hubbard - consultor americano
27
PSICOMOTRICIDADE
Segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE (ABP,
2002), é uma ciência que tem por objetivo o estudo do homem através do seu
corpo em movimento nas suas relações com mundo externo e interno.
O estudo da psicomotricidade se deu na França, por volta de 1950
que foi evoluído a partir da psiquiatria. Segundo Dupré (1909), chamava
atenção de seus alunos sobre o desequilíbrio motor, denominando o quadro
de “debilidade motriz”. Para ele , a psicomotricidade é um entrelaçamento
entre o movimento e o pensamento.
“La Psycomotricité est le désir de faire, du vouloir
faire; le savoir faire et el pouvoir faire”.
Defontaine
Ilustração Helton Meschine
Montagem sobre foto de Julio Vilela
28 Abaixo citaremos alguns autores que têm estudado sobre o
significado e sua importância:
Segundo, o conceito de corpo apresentado no livro Nietzsche e a
Filosofia, de G. Deleuze:
“Toda força está em relação com outras, quer para obedecer, quer para comandar. O que define um corpo é
esta relação entre forças dominantes e forças dominadas. Toda relação de forças constitui um corpo: químico, biológico, social, político. O corpo é fenômeno múltiplo sendo composto por uma pluralidade de forças irredutíveis; sua unidade é a de um fenômeno múltiplo.
Unidade de Dominação”. (DELEUZE)
Wallon (1979,p.17-33) um dos pioneiros no estudo, salienta o
aspecto afetivo como anterior a qualquer tipo de comportamento. Existe, para
ele, uma evolução tônica e corporal chamada diálogo corporal e que
constitui “o prelúdio da comunicação verbal”. Este diálogo corporal é
fundamental na gênese psicomotora, pois a ação desempenha um papel
fundamental de estrutura cortical e está na base da representação.
“A corticalização em si mesma é uma estreita função das experiências vivenciadas.É esta ligação estreita- maturação orgânica e experiência neuromotora”.
(WALLON, 1988)
É de suma importância a afetividade na vida do paciente, porque o
mesmo, sente a necessidade de uma estrutura bem equilibrada, tornando-o
emocionalmente melhor. Podemos constatar segundo Gleman o que foi dito
acima no livro Inteligência Emocional, “onde a emoção se refere a um
sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos e
uma gama das tendências para agir.”
29 Esse estado em que o paciente encontra-se com sentimentos
aflorados, pode fazer com que o leve a um comportamento, a uma ação capaz
de descarregar a tensão durante a terapia psicomotora e ajudando-o no seu
dia-dia a lidar melhor com determinadas situações. A partir desta posição,
pode-se ver a relação intrínseca das funções motoras cognitivas e que,
também pela afetividade, encaminha o movimento.
Na física, o movimento é o deslocamento de qualquer objeto e na
psicomotricidade o importante não é o movimento do corpo como o de qualquer
objeto, mas ação corporal em si, a unidade bio-psicomotora em ação.
Falar da afetividade requer também observar a personalidade do
indivíduo, pois na terapia o paciente utiliza seu corpo para demonstrar o que
sente, e uma pessoa com problemas motores passa a ter problemas de
expressão e podendo ocasionar frustração.
O parkinsoniano tendo apoio da família, uma boa qualidade de
vida, amigos, irá buscar uma necessidade, que por sua vez, vai gerar uma
tensão, sendo ela dividida em dois pontos específicos:
Ü Barreira (frustração)
Quando a tensão provocada pelo surgimento de uma necessidade
encontra barreira para a sua liberação. Não encontrada saída normal, a
tensão represada no organismo procura um meio indireto de saída, por via
psicológica (agressividade, descontentamento, tensão emocional, apatia,
indiferença, etc.) seja por via fisiológica (tensão nervosa, insônia,
repercussões cardíacas, etc.).
30
Ü Compensação
Isto se dá quando a satisfação de uma outra necessidade reduz a
intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita, por exemplo,
a cura do paciente parkinsoniano ainda sendo estudada, em contra partida
um bom tratamento medicamentoso junto ao trabalho, psicológico
psicomotor, fisioterápico irá melhorar a sua qualidade de vida. Este ponto
da compensação ocorre sempre na vida do ser humano, seja ele com
alguma doença ou não.
Podemos ir com mais precisão em relação ao que foi dito acima, de
acordo com uma comparação segundo a teoria de Abraham Maslow
(Robbins, 2002), onde a pirâmide mais aceita é a “Hierarquia das
Necessidades”. Essa pirâmide trabalhada com pacientes parkinsonianos
poderá ter uma boa resposta em sua saúde psicológica.
Além disso, é importante à medida que a Doença de Parkinson
progride, um dos maiores desafios para qualquer um que esteja envolvido é
lidar com as emoções. É sempre bom conversar sobre seus sentimentos, ou
até mesmo sobre seus problemas, podendo ajudar o paciente a aliviar o
estresse, proporcionando uma assistência física e até um atendimento que
requer uma necessidade especial.
31
PIRÂMIDE DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES
44
5. AUTO-REALIZAÇÃO: Vencendo obstáculos (sucesso da cirurgia em Parkinsonianos).
4. ESTIMA: Pode ser trabalhada utilizando a criatividade, o corpo, a mente,...
3. SOCIAL: Necessidade de estar num convívio social, seja ele, família, amigos, grupos
2. SEGURANÇA: Ela pode ser física ou psicológica. A física busca a proteção de um perigo real e a psicológica é provocada pelo ambiente em que vive. 1. FISIOLÓGICA: É a necessidade de sobrevivência.
3 2 1
32 3.1- ESQUEMA CORPORAL X PARKINSONIANO
O Esquema Corporal pode ser trabalhado de diferentes maneiras.
Para um perfeito trabalho de desenvolvimento do corpo corre não somente
mecanicamente, mas são aprendidos e vivenciados junto à família ou ao grupo,
onde já na terceira idade e com a doença diagnosticada, o paciente tenta
resgatar com a orientação da psicomotricista à base do seu eu corporal.
Citaremos a seguir atividades abordadas com pacientes
parkinsonianos que serão incentivadas:
Ü Coordenação Motora (ampla e fina);
Ü Equilíbrio estático e dinâmico;
Ü Lateralidade;
Ü Ritmo;
Ü Respiração;
Ü Tonicidade;
Ü Posturas.
33
3.2 - Trabalhando a Lateralidade
No idoso parkinsoniano podemos trabalhar a lateralidade que define
a uma dominância lateral: a mais forte, mais ágil do lado direito ou do lado
esquerdo. A lateralidade corresponde a dados neurológicos, mas também é
influenciada por certos hábitos sociais. O conhecimento "esquerda-direita"
decorre da noção de dominância lateral.É a generalização, da percepção do
eixo corporal, a tudo que cerca o paciente; esse conhecimento será mais
facilmente apreendido quanto mais acentuada e homogênea for à lateralidade
dele. Se o paciente percebe que durante a atividade psicomotora naturalmente
utiliza" aquela mão", guardará sem dificuldade que "aquela mão" é à esquerda
ou à direita.
Atividade: Ao redor de uma mesa, todos nós colocaremos nossas mãos
embaixo da mesa. O terapeuta psicomotricista dará o sinal da mão direita ou
esquerda em cima da mesa. Então , o terapeuta observará o tempo e a noção
de cada paciente durante a atividade.
Os exercícios que englobam grande motricidade são:
Atividades feitas no chão
Andar de modos e sentidos diferentes
Passar por debaixo de algum obstáculo
34
3.3 - Estruturação Espacial
É a orientação, a estruturação do mundo exterior referindo-se
primeiro ao eu referencial, depois a outros objetos ou pessoas em posição
estática ou em movimento.
Lembremos que o esquema corporal é a tomada de consciência, , de
possibilidades motoras e de suas possibilidades de agir e de expressar-se.
A estrutura espacial é:
Ü A tomada de consciência da situação de seu próprio corpo em um meio
ambiente, isto é, do lugar e da orientação que pode ter em relação às
pessoas e coisas;
Ü A tomada de consciência da situação das coisas entre si;
Ü A possibilidade, para o paciente, de organizar-se perante o mundo que o
cerca, de organizar as coisas entre si, de colocá-las em um lugar, de
movimentá-las.
3.3.1 - Orientação Espacial
Podemos destacar quando o paciente pratica a atividade utilizando
seus diversos termos espaciais, isto é:
Ü poder virar-se, ir para frente, para trás, para a direita, para a
esquerda, para o alto etc.;
Ü poder ficar em fila.
35
3.4 – Estruturação Temporal
A estruturação temporal é a capacidade de situar-se em
função da sucessão dos acontecimentos: antes, após, durante e a
duração dos intervalos: da renovação cíclica de certos períodos: os dias
da semana, os meses, as estações do caráter irreversível do tempo: “já
passou... não se pode mais revivê-lo”, “você tem sessenta anos... vai
indo para os seus setenta anos... quatro anos, já passaram!”, noção de
envelhecimento (plantas, pessoas).
As noções temporais são muito abstratas, muitas vezes bem difíceis
de serem armazenadas pelos pacientes.
Ü noções de tempo longo, de tempo curto (segundos,
minutos, hora);
Ü noções de ritmo regular, de ritmo irregular (aceleração, freada);
Ü noções de cadência rápida, de cadência lenta
3.5 - Escrita
Domínio do gesto, estruturação espacial e orientação temporal são
os três fundamentos da escrita. Com efeito, a escrita supõe:
Ü uma direção gráfica: escrevemos horizontalmente da esquerda
para a direita, de esquerda e direita, de oblíquas e curva ;
Ü a noção de antes e depois
36
Portanto os exercícios de grafismo, artes são necessários para os
pacientes: sua finalidade é fazer com que ele trabalhe o domínio do gesto e do
instrumento, a percepção e a compreensão da imagem que reproduzir. Esses
exercícios dividem-se em:
Ü exercícios puramente motores;
Ü exercícios de “grafismo”: exercícios preparatórios para a escrita
na lousa e no papel.
3.6- Corpo simbólico
Ü Emoção
Ü Relação afetiva
Ü Linguagem corporal
3.7 - Corpo imaginário
Ü Imagem corporal;
Ü Gestualidade;
Ü Esquema corporal;
Ü Sensibilização;
Ü Sexualidade;
Ü História do corpo;
37
JOGO PSICOMOTOR DO DADO:
38
Essas atividades psicomotoras irão gerar ao paciente uma
oportunidade de mudanças em sua vida. A busca do prazer e do desejo pelo
movimento deve ser despertada em todos os sentidos, levando em
consideração a globalidade tônica do paciente buscando sempre aumentar a
amplitude de seu movimento.
O trabalho psicomotor se define a partir das possibilidades em que o
paciente se encontra. De acordo com seus movimentos, essa sensação de
prazer o tornará mais confiante e seguro fazendo com que ele progrida e
ultrapasse obstáculos.
A utilização de materiais poderá incentivar de maneiras lúdicas e
tendo características de inclusão: bolas, cordas, jogos, colchão, instrumentos
musicais, fantoches,... Esses materiais tornam as atividades mais dinâmicas e
favorecem a vinculação, ou melhor, o contato uns com os outros.
O Psicomotricista pode utilizar a seguinte tabela abaixo para facilitar
a identificação do Parkinson seguido do diagnóstico clínico:
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TABELA DO PACIENTE PARKINSONIANO
QUESTÕES RESPOSTAS
1. Você tem dificuldade em levantar-se de uma cadeira? sim não
2. Sua habilidade na escrita tornou-se menor? sim não
3. Pessoas dizem que sua voz se tornou mais macia? sim não
4. Seu equilíbrio corporal está adequado? sim não
5. Seus pés parecem sempre pisar em buracos? sim não
6. As pessoas dizem que você está com aparência triste? sim não
7. Suas mãos ou pés agitam ou tremem? sim não
8. Você está apresentando dificuldade para abotoar ? sim não
9. Você tropeça em seus pés quando você anda? sim não
10. Você presta bastante atenção no espaço físico e em
objetos quando você está se locomovendo? sim não
11. Alguma pessoa já perguntou a você se você tem a
doença de Parkinson? sim não
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Respondendo “sim" a ..... de 11 perguntas para uma contagem de
%. Se desejar utilizar o conversor de percentual para calcular o resultado:
Quanto é o % de ? Resposta:
são quantos % de ? Resposta: %
Limpar
CONTAGEM INTERPRETAÇÃO
0 - 50% Possibilidade baixa de doença de Parkinson
51% - 75% Possibilidade moderada de doença de Parkinson
76% - 100% Possibilidade elevada de doença de Parkinson
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CONCLUSÃO
Ao tratar-se dessa revisão bibliográfica, pude perceber que durante
meus estudos, minhas análises como Psicomotricista, a relação da doença de
Mal de Parkinson com as atividades psicomotoras possui uma resposta positiva
tornando a vida do parkinsoniano melhor. Há uma variedade de exercícios que
através do movimento o paciente irá poder liberar qualquer tipo de depressão e
angústia por ter esse tipo de doença, gerando uma melhora na qualidade de
vida deles.
Assim surgiu o meu interesse de fazer uma monografia com esse
tema devido ao trabalho que exerço em clínica geriátrica. Esse momento de
satisfação pelo objetivo cumprido, levou-me a melhor compreensão em idosos
com a doença de Mal de Parkinson.
42
BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASIL PARKINSON. Disponível em: <www.parkinson.org.br>.
Acesso em Novembro 2004.
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43
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RANGEL, Gabriella. – Terceira Idade – Alternativas para uma sociedade em
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Sacks O. Awakenings. Picador ; 1993
IZQUIERDO, Ivan. Tempo e Tolerância. Rio Grande do Sul, Sulina, 1998
.
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I 11
DOENÇA DE PARKINSON 11
O QUE É A DOENÇA DE PARKINSOM? 12
1.1 – População Afetada 13
1.1.1 - Principais sinais da doença 13
1.1.2 - Principais sintomas da doença 14
1.2 – Sintomas Não- Motores 15
CAPÍTULO II 17
TRATAMENTO DO MAL DE PARKINSON 17
2.1 – Agentes Farmacológicos 18
2.2 – Tratamento Preventivo através de Antibióticos 21
CAPÍTULO III 26
PSICOMOTRICIDADE 26
3.1 - Esquema Corporal e parkinsoniano 32
3.2 - Trabalhando a Lateralidade 33
3.3 - Estruturação Espacial 34
3.3.1 - Orientação Espacial 34
3.4 - Estruturação Temporal 35
3.5 – Escrita 35
3.6 – Corpo Simbólico 36
3.7 – Corpo Imaginário 36
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 42
ATIVIDADES CULTURAIS 44
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
46
FOLHA DE AVALIAÇÃO
NOME : KARINE LOBO DINIS
CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE
LOCAL: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
ORIENTADORA: MARY SUE PEREIRA
DATA DE ENTREGA: 02 DE FEVEREIRO DE 2005.
MONOGRAFIA: “UM OLHAR PSICOMOTOR EM PACIENTES
PARKINSONIANOS “.
CONCEITO DA MONOGRAFIA:
AVALIAÇÃO DO PROFESSOR:
AVALIAÇÃO DO ALUNO:
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