UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL.
METAS E DESAFIOS
Por: Tatiana Nogueira Goulart Corrêa
Orientador
Prof:Diva Nereida
Rio de Janeiro)
2007
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
2
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL.
METAS E DESAFIOS.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em....
Por:Tatiana Nogueira Goulart Corêa
3
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar , gostaria de agradecer a Deus por ter chegado até aqui. Gostaria de agradecer meus pais e meu marido que têm um lugar reservado com muito em meu coração. A todos amigos e amigas durante todo o curso.
4
DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos aqueles que vêm a Edu
cação Infantil, como uma fase de grande importância , todos aqueles que
levam a educação a sério, atribuindo desafios , promovendo uma educação
Infantil de qualidade.
Dedico também a todas amigas que estiveram ao meu lado no decorrer do
curso.
5
Resumo
RESUMO
Em uma lauda o educando deve resumir o trabalho de forma clara,
objetiva e sucinta. Aportar a situação problema e sua solução. Recomenda-se
produzir o resumo ao término da monografia, isso facilita o processo de
compreensão do trabalho.
O resumo tem por objetivo, situar o leitor sobre o contexto que o mesmo
vai encontrar no corpo do trabalho monográfico. Em uma pesquisa, procura-se
ler o resumo e o sumário para averiguar se o conteúdo é satisfatório para uma
futura leitura, no momento da coleta de dados e aprofundamento ao tema. Para
o processo de orientação, é fundamental para que o mesmo possa saber o que
o educando pretende apresentar no trabalho, sua coerência com o curso e
temática..... O resumo é a descrição do problema e da solução encontrada.
7
METODOLOGIA
Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros,
jornais, revistas, questionários.... e a resposta, após coleta de dados, pesquisa
bibliográfica, pesquisa de campo, observação do objeto de estudo, as
entrevistas, os questionários, etc. Contar passo a passo o processo de
produção da monografia. É importante incluir os créditos às instituições que
cederam o material ou que foram o objeto de observação e estudo.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A História 11
CAPÍTULO II - O Mercado 20
CAPÍTULO III – A Proposta 39
CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 55
ANEXOS 58
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
9
INTRODUÇÃO
Segundo López (1986), uma das perguntas mais óbvias e nem por isso
mais fácil de responder, é a que se refere aos motivos que levaram o homem a
trabalhar. A resposta de que o faz para satisfazer suas necessidades não
resolve a questão, pois encerra outra pergunta: Quais são estas necessidades?
Todo mundo concorda que os homens trabalham para satisfazer suas
necessidades. O desacordo começa a aparecer no momento em que se
procura concretizar quais são estas necessidades. É claro que os filósofos
trataram ampla e inteligentemente desse tema ao longo dos séculos, mas com
freqüência suas elaborações serviram unicamente de base para formular
teorias, sem buscar com elas um direcionamento da ação prática. Entretanto,
ao denunciar situações reais em que certas necessidades ficavam insatisfeitas,
essas teorias se tornaram um elemento influente para provocar mudanças na
realidade. Nesse setor essencialmente prático que é o ambiente econômico
das empresas, tende-se a dar como certo que já sabemos o suficiente sobre as
necessidades humanas, através daquilo que o senso comum nos diz a
propósito do tema.
Na opinião de López, como as empresas dedicam-se à produção de
bens e serviços que satisfazem necessidades humanas, parece claro que, se
uma pessoa emprega seu esforço numa empresa, o faz para conseguir uma
parte destes bens e serviços, ou o seu equivalente em valor econômico. Se a
empresa funciona bem, será capaz de gerar suficiente valor econômico para
satisfazer os que contribuem com seu trabalho para gerá-lo.
Capítulo I - A Educação Infantil
10
A Educação Infantil tem um papel cada vez maior na formação do indivíduo e
no desenvolvimento de sua capacidade de aprendizagem.
A lei de diretrizes e bases da Educação nacional n°9394/96-LDB-atua sobre a
Educação infantil em vários de seus artigos, mas destina quatro deles par falar
especificamente dela. O artigo 29 da lei acima citada diz que:
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social completando a ação da família e da comunidade "".
Existe o artigo que especifica onde deve ser oferecida a educação infantil, este é o artigo 30; I-Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de ate três anos de idade, H-Pré-escolas para crianças de quatro a seis anos de idade.O artigo 31fala da avaliação da educação infantil: "na educação infantil a avaliação far-se-á mediante a acompanhamento e registro de seu desenvolvimento sem objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. O artigo de numero 89, afirma que:" As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão no prazo de três anos, a contar da publicação desta lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino.
Existe a lei conhecida como estatuto da criança e do adolescente -ECA, n° 8.069/90, que tem um artigo destinado à educação infantil.O artigo 64 diz que o Estado deve assegurar: atendimento em creches e pré - escola às crianças de zero á seis anos.
Após explicitar as leis que regem a educação infantil, devemos abordar os
objetivos da mesma tendo em vista o desenvolvimento das capacidades; física,
afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional -- RCN -- é possível
apontar os objetivos gerais da educação infantil, sendo eles:
11
• Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais
independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas
limitações;
• Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas
potencialidades, e seus
limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e
bem -estar;
• Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo
sua auto-
estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e
interação social;
• Estabelecer e ampliar cad vez mais relações sociais aprendendo aos
poucos, a articular
seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e
desenvolvendo
atitudes de ajuda e colaboração;
• Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se
cada vez mais
como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e
valorizando atitudes
que contribuam para sua conservação;
• Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos desejos e
necessidades;
• Utilizar as diferentes linguagens (corporal musical plástica, oral e escrita)
12
ajustadas as
diferentes intenções e situações de cooumcação de forma a
compreender e ser
compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades, e desejos e
avançar no seu
processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua
capacidade
expressiva;
• Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de
interesse, respeito,
e participação frente a elas e valorizando a diversidade.
A Educação Infantil representa o primeiro contato da criança com a escola,
por isso, requer praticas profissionais qualificadas; Além disso, o espaço físico
deve ser adequado a fim de atender às expectativas dos educandos e
educadores.
A Educação Infantil deve oferecer as crianças condições para que a
aprendizagem ocorra em atividades rotineiras , como as brincadeiras e também
naquelas atividades provocadas por situações pedagógicas intencionais,
orientadas e mediadas pelo professor, tornando-as significativas. A instituição de Educação Infantil é um dos espaços de inserção das crianças nas relações
éticas e morais que permeiam a sociedade na qual estão inseridas.
A primeira fase da experiência escolar (Educação Infantil) faz com que a criança desenvolva suas características cognitivas, socioafetivas, psicomotoras. As diversas áreas do
conhecimento relacionadas a situações do cotidiano da criança, do seu mundo social (família,
13
escola, clube, comunidade) e do seu mundo físico (vegetais, animais...) tudo o que está ao seu redor.
As crianças desde que nascem, participam de diversas práticas sociais no seu cotidiano dentro e fora da instituição. Dessa forma adquirem conhecimentos sobre a vida social no seu
entorno. A família, os parentes e os amigos, a instituição, a igreja, o posto de saúde, a venda,
a rua, entre outros, constituem espaços de construção do conhecimento social. Na instituição
de educação infantil, a criança encontra possibilidades de
ampliar experiências que traz de
casa ou de outros lugares, de estabelecer novas formas de
contato com uma grande
diversidade, costumes, hábitos e expressões culturais, cruzar
histórias individuais e coletivas.
A Educação Infantil comporta o ensino na medida em que
exige uma organização das
atividades dos alunos a partir de um ambiente rico em desafios. A Educação Infantil comporta ampla liberdade de exploração na medida em que respeita a espontaneidade e criatividade da
criança. Baseado no Referencial Curricular Nacional, explicitado no Ministério da Educação e do
Desporto deve se considerar os seguintes princípios educativos:
• Respeito á dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças
individuais, sociais, económicas culturais, étnicas e etc.
14
• Direito das crianças em brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação, e comunicação infantil.
interação, e comunicação infantil.
• Acesso das crianças sós bens sociocuhurais disponíveis,
anpíaado o
desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação,
aos afeias, i
interação social, ao pensamento, a ética, e à estética.
• Socialização das crianças por meio de sua participação e inserção
nas mais
diversificadas práticas sociais.
• Aprendizagem desenvolvida a partir da problematização de
situações
contextualizadas, levando em conta a visão de mundo da criança.
• Saber reflexivo construído mediante permanente problematização da
realidade e
busca de soluções, produzindo conhecimento cada vez mais significativo.
Esses princípios educativos devem ser seguidos, a partir das diretrizes
curriculares nacionais vindas do conselho nacional de educação, a fim de
promover uma influencia sobre a formação da personalidade, através dos
estímulos educativos, já que estes têm um poder maior na infância.
15
1.1 O surgimento da Educação Infantil
Pode se dizer que o embrião das creches moderno encontra-se nos refúgios
europeus do século XVII, cujo objetivo principal era a guarda e alimentação dos
filhos das mulheres que precisavam se ausentar do lar. Com a Revolução
Industrial quando muitas mulheres deixaram o trabalho de casa e foram para as
fábricas. Antes as creches eram uma sala ou uma cozinha na casa de uma
mulher que não trabalhasse fora que reunia várias crianças de todas as idades, e
oferecia alimentação e cuidados.
Em 1940, surgiram, na Franca as primeiras, Instituições que cuidavam de
crianças recém nascidas, até completarem cinco anos. Essa instituição recebeu o
nome de creche; pois creche
significa berço. Com o tempo foram surgindo inúmeras instituições por todo o
país reconhecidas pelo governo que as regularizou.
Na Inglaterra surgiu com o nome de "day-^iursies". Por toda a Europa e
também na América surgiram creches que cuidavam da guarda e alimentação das
crianças.
Com a primeira guerra mundial houve uma necessidade de aumento no
número de creches tanto na Europa quanto na América, pois em consequência
do alistamento dos homens, as mulheres trabalhavam nas indústrias. Havia
também o problema daqueles que ficavam órfãos e tinham que permanecer
sob guarda em tempo integral. A necessidade foi tão grande que as creches
16
públicas não conseguiam manter todas as crianças, com isso surgiram as
creches particulares que passaram a ser reconhecidas e regularizadas já
no final da segunda guerra mundial.
Surgiram também os hoteizinhos infantis, que não fixa horários, o horário
flexível para atender às necessidades individuais. Geralmente usado apenas
quando essa necessidade surge.
Existiram as "ècoles tricoler" (escolas de tricotar) que é mais antiga do que
as creches e foi criada por um pastor Luterano - Oberlin - e sua função era:
cuidar dos pequeninos livrando-os do perigo das ruas enquanto as mães
cuidavam dos afazeres domésticos.
Robert Owem criou as primeiras escolas preparatórias para as crianças de
seis anos, que na maioria das vezes eram órfãos e pobres. O objetivo dessa
escola era fazer com que as crianças adquirissem bons hábitos e aprendessem
a conviver, ou seja, seu objetivo era socializar.
Após 1870, as escolas infantis, foram parte integrante do sistema Educacional
inglês.
A história da escola infantil ou maternal dos Estados Unidos surgiu mais ou
menos em 1920, pretendendo ser a continuação do lar.
Após a segunda guerra mundial, as crianças passaram a necessitar de
atenção quanto ao bem estar emocional, o que se dava pela ausência dos pais.
A partir da década de 50, houve uma preocupação maior com as crianças de
baixa renda. A partir daí surgiu o nome pré-escola. Com isso houve uma grande
mudança na escola maternal americana, que começou a se preocupar com a
preparação da criança para a educação básica.
17
1.2 — A Educação Infantil no Brasil
Os primeiros jardins de infância brasileiros surgiram no inicio do século
passado, apresentando uma grande diferença das creches e escolas maternais
dos Estados Unidos e da Europa. A maioria era particular e tinha um custo muito
alto.
O surgimento da educação infantil contou com a contribuição de alguns
educadores que exerceram grande influência na mesma.
Desde a antiguidade a educação nos primeiros anos de vida era uma
preocupação.
No século XVII, João Amos Comenius preconizou a criação das escolas
maternais permitindo a criança ter contato com as ciências que estudariam mais
tarde.
Jean Jacques Rousseau, no século XVIII influenciou de forma
significativa. A infância deixa de ser vista como a fase adulta em miniatura,
passando então a ser vista como uma fase do desenvolvimento. Para Rousseau
as crianças tinham suas próprias ideias e isso as diferencia dos adultos. Ele
18
acreditava e defendia uma educação bem natural, pois na sua concepção a
educação já começa a partir do nascimento.
A contribuição de Rousseau para a educação infantil é inestimável- \*
naturezas vale para todas as coisas; Se cada fase da vida tem sua exatêmia
própria, a educação inicial não mais poderia ser considerada uma preparação
para a vida
Rousseau mostrou, que a criança devia fazer sem a ajuda dos outros, aquilo
que ela é capaz de fazer sozinha.
A partir das ideias de Rousseau, houve um entusiasmo de Pestalloozi, que
implantou ideias praticas na qual enfatizava ética religiosa e uma busca da
realidade através dos sentidos.
Dentre os educadores, Froebel contribuiu sendo o criador dos jardins de
infância, já que formulou seu próprio método, cuja finalidade era colocar as
crianças em contato com a natureza.
Foebel afirma que.
A educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana autoconsciente com todos os seus poderes funcionando completa e harmoniosamente, em relação à natureza e a e a sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade como um todo, originariamente se elevara acima do plano animal e continuara a se desenvolver até sua condição atual implica tanto a evolução individual quanto a universal.
Nicolau (2000, p. 32) nos mostra que Froebel dizia que:
19
O indivíduo é uma unidade quando considerado em si mesmo, porem faz parte de um todo maior quando considerado em relação aos outros". No tocante da Educação infantil expressava-se a seguinte ideia:
"A única preparada possível para o desenvolvimento da meninice é o desenvolvimento completo dos poderes da infância".
Estes por sua vez, preparam o caminho para a juventude. Se nega a criança a oportunidade de desenvolvimento isso refletirá nas etapas posteriores.
Para Froebel o desenvolvimento ocorre segundo as seguintes fases: a
infância, a meninice, a puberdade, a mocidade, a maturidade. Todas igualmente
importantes.
Até hoje Froebel mantém sua contribuição, pois os materiais que são usados
na educação infantil foram criados por ele. Esse material é constituído por sólidos
geométricos, gravuras coloridas, trabalhos manuais (recorte, colagem, pinturas)
que formam as principais atividades desta etapa.
Dentre estes educadores muitos outros tiveram a sua contribuição porem foi
Froebel que mais se destacou, por ser o criador do primeiro jardim de infância
(Kindergaten) em 1837.No Jardim de infância as crianças eram consideradas
plantinhas de um jardim, cujo professor seria o jardineiro. A criança se
expressaria através das atividades de percepção sensorial da linguagem e do
brinquedo. A linguagem oral se associaria a natureza e a vida.
Froebel defendeu a ideia que o professor deveria guiar-se pela intuição da
mãe que estimula o filho a dar os primeiros passos e explorar o meio ambiente ao
seu redor.
Decroly defende a ideia que a educação não se constitui na preparação para a
vida adulta. A criança deve viver os seus anos jovens, bem como resolver as
dificuldades compatíveis ao seu momento.
20
1.3- O professor da Educação Infantil
O papel do professor da Educação Infantil deve ser: amparar, proteger,
proporcionar o crescimento do aluno enquanto pessoa.
O profissional da educação infantil deve se guiar pelas teorias estudadas, na
sua formação inicial, já que com o tempo o conceito de educação infantil
acompanhou as mudanças. Um exemplo disso é que no inicio das instituições
infantis podia se denominar deposito de crianças, pois existia apenas um
lugar onde as mães deixavam seus filhos por não poderem ficar, então os
funcionários não necessitavam de formação, quem trabalhava eram as
mulheres que não trabalhavam fora ou voluntários. Atualmente o trabalho é
feito por pessoal treinado que recebem pra tal função e as crianças são
recebidas por modernas técnicas pedagógicas, havendo também uma divisão
por faixa etária.
O professor da educação infantil deve aprender a partir da observação
das crianças, ou seja, é indispensável para ele essa observação que é uma
forma de analisar as crianças.
Nessa etapa os educandos necessitam de atividades diversificadas,
dotadas de criatividade.
O professor deve ser o estimulador e facilitador para a conquista da
independência da criança.
21
O profissional desta etapa deve estar preparado, pois é a partir desta fase
que surgem os sucessos ou os insucessos.
O profissional nas series iniciais ocupa uma posição que permite
transformar, modelar ou bloquear os objetivos e atitudes de cada criança.
Segundo Mirallet (1999, p.97):
A criança é um ser vivo que vive num meio ambiente. Conhecer a criança é conhecer simultaneamente à sua realidade biológica, sua realidade psicológica (intelectual, afetiva e social) e o meio em que se desenvolve, é também conhecer a sua historia as suas experiências e as sucessivas etapas da sua formação. A educação não deve manter-se passiva perante a evolução infantil sem a mutilar nem traumatizar.
Capitulo II-Necessidade de formação contínua do professor da Educação Infantil
22
A formação inicial que os professores costumam receber não oferece
preparo suficiente para aplicar uma nova metodologia, nem para aplicar métodos
desenvolvidos teoricamente na prática em sala de aula.
A formação inicial é muito importante, já que é o inicio da
profissionalização, é que adquire os processos da profissão.
A formação inicial do professor da educação infantil segundo a LDB deve
ser:
As tendências e perspectivas da formação dos professores nos apontam para uma modificação fundamental: não haver separação entre a formação inicial e a carreira profissional.Esses segmentos devem fazer parte de um continuum a que se denomina desenvolvimento profissional.(Pereira, 2000 p 204).
Atualmente a riqueza de um país está no seu padrão educacional que
possibilita a inserção soberana na economia. Qualquer projeto educacional deve
ter por base a formação dos professores.
A formação dos professores deve estar baseada no objetivo de um
progresso profissional permanente que inclui formação inicial e formação
continuada.
A formação inicial é a formação mínima para o exercício da função de
educador.
A formação continuada é uma formação ampla que se apoia em uma
reflexão sobre a pratica educativa, na qual busca uma continua construção de
competência profissional.
23
No período de grandes transformações cientificas, tecnológicas. A educação
não pode e nem deve estagnar-se e para que possa evoluir acompanhando as
modernidades, se faz necessário uma reformulação, uma renovação na forma
de educar, cuja peça principal para
essa transformação é uma redefinição na profissão docente que deve
assumir novas competências profissionais. A nova era requer um profissional da
educação diferente.
Há uma serie de razões para crer que o caminho para a profissionalização docente encontra-se cheio de crateras e areia movediça. Os problemas próprios que surgem a tentar promover os critérios profissionais, dentro de uma profissão tão massificada, a possibilidade de desvalorização das habilitações como consequência do aumento dos requisitos educativos, a herança niveladora do sindicato dos professores a posição h9istorica da docência como forma de trabalho própria das mulheres, a resistência que oferecem os pais, os cidadãos e os políticos, à reivindicação do controle profissional das escolas, o fato da docência ter demorado a incorporar a um campo infestado de trabalhos profissionalizados, a previa profissionalização dos administradores das escolas e o excessivo poder da burocracia administrativa, a prolongada tradição de realizar reformas educacionais, por meios burocráticos e a diversidade dos entornos em que se dá a formação dos professores. (Labaree. 1999p 20).
A função dos professores não é apenas transmitir informações ou fabricar
seres especialistas, sendo apenas isso, sua função seria desnecessária, já que o
professor não pode se limitar a ser repetidor é preciso ampliar sua função tendo
em vista uma capacitação profissional.
24
Segundo Francês Rummel as principais características de um bom professor,
são:
Os melhores professores estão profissionalmente alerta, não vivem
sua vida confinados ou isolados do meio social, tentam fazer da comunidade e
particularmente da escola o melhor ambiente para os jovens.
• Estão convencidos do valor de seu trabalho. Seu desejo é exercer cada
vez melhor a profissão que se dedicam;
• São humildes, sentem necessidade de crescimento e desenvolvimento pessoal,
por que compreendem a grande responsabilidade da fiinção que exercem.
A formação tem que ser continua, centrada na atividade cotidiana em sala
de aula, próxima a problemas reais dos professores, tendo como referencia central
uma dimensão participativa flexível e uma investigação ativa.
Atualmente, um bom professor precisa saber administrar sua formação
continua, existem cinco componentes principais desta competência:
Saber explicitar sua própria pratica;
Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de
formação continua;
Negociar um projeto de formação continua com os colegas (equipe, escola,
rede).
25
Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do sistema
educativo;
Acolher a formação dos colegas e participar dela.
Se a prática é necessária pra transformar a realidade social, é preciso
qualifica-la, buscando uma ação consciente e transformadora.
É preciso ter clareza que a teoria em si não transforma o mundo, mas pode
contribuir para a sua transformação, na medida em que o professor consciente
dos objetivos a serem alcançados, tendo clareza do momento histórico.
O desenvolvimento profissional do professor deve ser estimulado na sua formação.
É preciso valorizar os paradigmas de formação que promovam a preparação dos
docentes reflexivos, que assumam a responsabilidade de seu próprio
desenvolvimento profissional.
O profissional da educação infantil deve se adequar a uma formação continuada, a
um desenvolvimento profissional, para quebrar a barreira de ser um mero
assistencialista. Ele deve conquistar através de sua formação uma postura que
vise a conquista de competência, de êxito e não de fracasso.
É necessário que o professor da educação infantil esteja em continua
formação, já que é sempre considerado um profissional sem a menor
importância dentro da hierarquia educacional.O conceito de que escola para
criança é luxo precisa ser mudado e essa mudança vai partir em consequência do
comportamento e flexibilidade do profissional desta área, que é tão importante
quanto às outras.
26
O profissional da educação infantil deve estar sempre se renovando, se
aperfeiçoando, já que as fases iniciais podem ser consideradas decisivas.É a partir
da educação infantil que o indivíduo cria o seu alicerce, constrói suas
competências e habilidades. O professor deve ser o estimulador, orientador,
facilitador, contribuindo para a formação global através de experiências
concretas.
O educador antes de tudo precisa ser um ser consciente, deve atuar
buscando estratégias, criando espaços, considerando os estágios de
desenvolvimento do educando e respeitando a cultura do mesmo.
A formação dos professores é um requisito fundamental para a
transformação que se faz necessária na educação.
O mundo está em constante transformação e essa transformação gera
necessidade de capacitação, de novas aprendizagens, de evolução.
Os desafios do mundo atual influenciam significativamente. Essas
mudanças tem exigido do indivíduo: conhecimentos, capacidades para
aprender idéias e dar respostas imediatas aos desafios que surgem, o que
implica a necessidade do desenvolvimento de habilidades específicas que
asseguram não só a interação com a sociedade, como também a oportunidade de
modificá-la.
A educação necessita urgentemente de uma reformulação. A formação dos
professores é um requisito fundamental para a transformação que se faz
necessária na educação.
27
O êxito do professor depende de sua capacidade de agir através dos
seus atos educativos e dos problemas que surgem na sua pratica cotidiana.
"O êxito do profissional depende da capacidade individual para manejar a
complexidade e resolver os problemas práticos através da integração inteligente e
criativa do conhecimento e da técnica". (Yinger, apuaGómez. 1997p 102).
A formação é entendida como um processo continuo e permanente de
desenvolvimento, o que pede do professor disponibilidade para aprendizagem.
Ser profissional é estar em constante aprendizado.
A formação continuada não pode ser, portanto, algo eventual, nem apenas um instrumento destinado a suprir deficiências de uma formação inicial malfeita ou de baixa qualidade, mas ao contrario deve ser sempre parte integrante do exercício profissional do professor. Essa perspectiva leva a afirmar a necessidade de transformar o modo que se dá os diferentes momentos da formação de professores (formação inicial e formação continuada), pra criar um sistema de formação que promova o desenvolvimento, profissional, integrado as diferentes instituições responsáveis a um plano comum. (Referencial para a formação do professor .p. 64. 1999).
A formação do professor precisa ser vista como um espaço reflexivo sobre os
princípios educativos e a realidade na qual se insere, a fim de desenvolver
sensibilidade e capacidade de analisar a própria conduta profissional.
No decorrer do trabalho docente, seja com formação em nível médio ou superior vale afirmar a necessidade de potencializar a tematização da pratica que já realizada tomando-a como objeto de reflexão e também garantir a possibilidade de outras experiências. (Referencial para formação de professores. 1999, p. 131).
28
A atualização, o aprofundamento da profissionalização deverá ser
promovido a partir do processo de formação continuada.
A formação dos professores destaca-se como tema crucial e uma das mais
importantes da educação, pois os desafios colocados à escola exigem do
trabalho educativo, outro patamar profissional, muito superior ao hoje existente.
A formação dos professores hoje tem de ser necessariamente evolutiva, já
que se faz necessária à capacidade e a competência que contribuem com a
formação de cidadãos de maneira construtiva, adequando-os as realidades
sociais económicas, e as evoluções técnicas e cientificas.
Ao pensar a prática profissional evidencia-se que o professor tem de
ser ativo, participar das diversas faces da formação de seus alunos, da
concepção, do acompanhamento e da avaliação.
Só poderão transformar o ensino se refletirem sobre sua pratica que se
apresenta diferente diariamente, construindo caminhos trocando informações com
seus pares, enfim colaborando para a sua própria formação continuada.
Se faz necessária uma capacitação do professor para que ele domine
todas as competências, a da vida, a da relação aluno / professor, ensino/
aprendizagem e a que é exigida pela sociedade.
A formação de educadores deve vir acompanhada de bases na qual seja
capaz de exercer a cidadania de forma ativa, comprometido com uma educação
que respeite todas as diferenças.
É fundamental implementar um programa de formação continuada, caso
contrario a educação não evolui.
29
A educação precisa adquirir um caráter de transformação que não seja
apenas intelectual, mais também uma transformação social, na qual a
sociedade possa ser modificada, em seus padrões gerais.
Segundo Lopes (2000p 17) a educação pr ser uma ação entre os indivíduos
é uma ação coletiva que é caracterizada por mudanças, tais mudanças que
orientam a evolução dos sujeitos e conduz á objetivos determinados que a
sociedade almeja.
Top Related