Universidade Estadual de Campinas
Instituto de Física Gleb Wataghin / PECIM
Carmen Maria das Graças Grigoletti Mir
Atividades remotas no Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II
Campinas
2018
Carmen Maria das Graças Grigoletti Mir
Atividades remotas no Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II
Dissertação apresentada ao
Programa de Ensino de Ciências e
Matemática (PECIM) da Universidade
Estadual de Campinas como parte dos
requisitos exigidos para a obtenção do
título de Mestre em Ensino de Ciências
e Matemática, na área de Ensino de
Ciências e Matemática.
Orientador: Eduardo Galembeck
Este exemplar corresponde à
versão final da dissertação
defendida pela aluna Carmen Mir e
orientada pelo prof. Dr. Eduardo
Galembeck.
Campinas
2018
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE FÍSICA GLEB WATAGHIN
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Atividades remotas no Ensino de Ciências no Ensino Fundamental
Autora: Carmen Maria das Graças Grigoletti Mir
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Galembeck
COMISSÃO JULGADORA:
Prof. Dr. Eduardo Galembeck (presidente)
Prof. Dra. Luciana Bolsoni Lourenço (titular)
Prof. Dra. Claudia Amoroso Bortolato (titular)
A Ata da Defesa assinada pelos membros da Comissão Examinadora, consta no processo de vida acadêmica
do aluno.
2018
Com todo amor e carinho, aos meus pais
Deborah e Angelo, minha avó Syrlei e ao meu
namorado Rafael, que sempre me apoiaram em
meus estudos.
AGRADECIMENTOS
Inicio os agradecimentos por meus pais, que sempre primaram por minha educação.
Obrigada pai e obrigada mãe por, além me oferecerem a oportunidade de estudar, sempre
estarem presentes em todos os momentos. Sou muito grata por isso. Sabemos que estes dois
últimos anos foram bem difíceis para nossa família e quando eu pensei em desistir, vocês me
deram forças para continuar. Tudo isso nos mostrou a importância da família unida. Graças a
Deus estamos superando cada dia mais cada obstáculo. Obrigada por todo apoio. Amo muito
vocês!
Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Eduardo Galembeck, que me acompanhou nesta
fase acadêmica compartilhando generosamente orientações e ideias fundamentais à realização
deste trabalho. Aprendi muito nestes dois anos de mestrado e fico muito feliz em ter sido
orientada por alguém que realmente ama o trabalho de docência e pesquisa, sem dúvida, um
exemplo a ser seguido.
Agradeço também aos professores que compuseram a banca de qualificação e de defesa
deste trabalho, pela leitura crítica e proposições de melhorias.
Ao programa de pós-graduação PECIM e à UNICAMP pelas condições oferecidas para
minha formação, desde a graduação até o mestrado.
Aos amigos do Laboratório de Tecnologia Educacional (LTE), que sempre me ajudaram
muito para a realização deste trabalho. Obrigada por todas as conversas e aprendizados que
me proporcionaram. Gabriela, Rafael, Thanuci, Ivana, Grace, Mayara, Gabriel, Juan Carlos,
Márcio e Claudia, vocês são demais!
Meus sinceros agradecimentos às professoras que aceitaram participar com seus alunos
das atividades de microscopia remota.
Agradeço ainda aos meus amigos professores que compartilham dos mesmos ideais e
não desistiram desta profissão que nos impõe tantos obstáculos. Maiara, minha historiadora
mais fofa e que me aguenta com áudios de desabafos infinitos no whats app. Bruna, minha
bióloga favorita e amada que adora os jacarés e nos divertimos muito com isso. Evelyn, que
sempre tem as melhores palavras nos momentos mais necessários e que me ajudou muito com
as aulas de inglês. Foi muito bom ter lhe dado a notícia de que havia passado na tão sofrida
prova de proficiência. Gustavo, que com sua energia única sempre me faz rir mesmo quando
eu estou na semana mais estressante. Elen, que me incentivou a ingressar no PECIM e sempre
me deu as melhores dicas. Agradecimento especial aos meus chefes pelo apoio e suporte
dados durante o mestrado. Éber, Edvaldo, Lu, Saray e Rafael.
Não poderia deixar de me desculpar com meus amigos de Indaiatuba e do Ensino
Médio por minha ausência, nestes dois últimos anos. Paulinha, Carol, Lari, Pamis, Ju, Dedê,
Fer, Amandinha e Rodolfo Japecanga, apesar da distância imposta, ainda mantemos o mesmo
afeto.
Agradecimento especial à minha amiga do coração, Fernanda Souza, que sempre esteve
ao meu lado em todos os momentos. Espero poder retribuir todo seu carinho da mesma forma.
Agradeço ainda aos meus tios Alex, Elaine, Ricardo e Helaine por compreenderem
minha ausência nos encontros de família. À minha priminha Juju, só posso agradecer pelas
palavras de incentivo e também me desculpar pelos momentos em que não pude estar presente
por conta das atividades acadêmicas.
Ao meu sobrinho Luis Henrique devo agradecer do fundo do coração por cada
sorrisinho e cada gesto de fofura que nos oferece em todos os momentos. Sua presença faz
uma diferença enorme em nossas vidas. É uma alegria constante ter você por perto.
Agradeço ainda à minha segunda família, meus sogros Marcos e Nea e meus cunhados
Rodrigo e Emília. Não sei como seria sem vocês. Obrigada por cada conselho, cada segunda-
feira de sopa e por sempre me receberem com muito carinho e paciência. Agradecimento
especial aos meus cunhados que nos presentearam com um sobrinho tão fofo e amado.
Meu agradecimento mais profundo só poderia ser dedicado a uma pessoa: meu namorado
(ou quase noivo). O tempo todo ao meu lado, incondicionalmente. Nos momentos mais
difíceis, sempre me fazendo acreditar que daria tudo certo. Sou grata por cada gesto carinhoso
seu, cada sorriso, cada madrugada ao meu lado, cada planilha do Excel e por cada abraço no
momento que eu mais precisava. Só espero passar o resto da minha vida ao seu lado.
Obrigada Rafael Bornholdt, meu AMOR.
RESUMO
Esse trabalho teve como objetivo investigar como os alunos observam, descrevem e
interpretam os materiais apresentados nas atividades a partir do microscópio remoto, a fim de
desenvolverem habilidades como observação, interpretação e descrição. O acesso às TIC
integradas ao Ensino de Ciências pode servir como uma ferramenta, como uma fonte de
referência e um meio de comunicação, além de fornecer maneiras para a exploração de
determinado conteúdo. Diante disto, ao longo do texto, apresentaremos as potencialidades das
atividades remotas voltadas para o Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II. Essas
atividades ficavam disponíveis em um site elaborado pela equipe do Laboratório de
Tecnologia Educacional (LTE), localizado no Departamento de Bioquímica e Biologia
Tecidual do Instituto de Biologia da Unicamp e poderiam ser acessadas por dispositivos
portáteis e computadores, de qualquer lugar e de maneira simultânea, ou seja, várias pessoas
poderiam realizar as atividades ao mesmo tempo e de maneira gratuita. A arquitetura básica
das atividades consiste em um microscópio óptico conectado à internet e ligado a uma câmera
online, de modo que os usuários consigam visualizar a lâmina a ser trabalhada de acordo com
a necessidade do professor. Os referenciais teóricos principais que deram suporte a esta
pesquisa são sobre a experimentação no ensino de ciências, o laboratório de ciências e o uso
das TIC nos processos educacionais. A metodologia de pesquisa adotada foi a Pesquisa
Baseada em Design (DBR) e a forma de coleta de dados se deu a partir da aplicação de
questionários do Google Forms, que foram respondidos por usuários não identificados que
tiveram acesso ao site por intermédio de um professor. Os usuários que participaram das
atividades eram, em sua grande maioria, estudantes do Ensino Fundamental II, de 6º a 8º ano.
Os questionários aplicados se referiam ao conteúdo das lâminas que eram visualizadas pelos
estudantes, de forma que caso houvesse interesse do usuário, ele poderia descrever o que
estava sendo observado e posteriormente criar hipóteses e interpretar os exemplares
disponibilizados. A análise dos questionários aplicados para as duas atividades aconteceu a
partir de uma análise de conteúdo, segundo Bardin. Outro questionário foi aplicado aos
professores que indicaram as atividades aos alunos, com a intenção de sabermos qual seria a
opinião desses profissionais em relação ao uso de atividades remotas.
ABSTRACT
This work aimed to investigate how students observe, describe and interpret the materials
presented in the activities from the remote microscope in order to develop skills such as
observation, interpretation and description. Access to ICTs integrated into Science Teaching
can serve as a tool as a reference source and a means of communication, as well as providing
ways for the exploitation of certain content. In the light of this, throughout the text, we will
present the potentialities of the remote activities focused on Teaching Science in Primary
Education. These activities were available on a site developed by the Laboratory of
Educational Technology (LTE), located in the Department of Biochemistry and Tissue
Biology of the Institute of Biology of Unicamp and could be accessed by portable devices and
computers, from anywhere and simultaneously , that is, several people could carry out the
activities at the same time and for free. The basic architecture of the activities consists of an
optical microscope connected to the internet and connected to an online camera, so that users
can visualize the slide to be worked according to the teacher's need. The main theoretical
references that supported this research are on experimentation in science teaching, the science
laboratory and the use of ICT in educational processes. The research methodology adopted
was the Design Based Survey (DBR) and the form of data collection was given through the
application of Google Forms questionnaires, which were answered by unidentified users who
had access to the site through a teacher . The users who participated in the activities were, for
the most part, Elementary School students from grades 6 to 8. The applied questionnaires
referred to the content of the slides that were visualized by the students, so that if there was
interest of the user, he could describe what was being observed and later create hypotheses
and interpret the available copies. The analysis of the questionnaires applied to the two
activities happened from a content analysis, according to Bardin. Another questionnaire was
applied to the teachers who indicated the activities to the students, with the intention of
knowing what would be the opinion of these professionals in relation to the use of remote
activities.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Esquema da Metodologia DBR, segundo Kneubil. .................................................. 44
Figura 2: Arquitetura dos experimentos remotos utilizados. .................................................... 48
Figura 3: microcontrolador utilizado para ligar e desligar as lâmpadas. .................................. 49
Figura 4: microcontrolador utilizado para acessar e transmitir as imagens das câmeras. ........ 50
Figura 5: Vídeo explicativo sobre a atividade 1 ....................................................................... 51
Figura 6: Microscópio óptico conectado à câmera online e ao computador do LTE ............... 51
Figura 7: imagens do site mostrando o microscópio óptico e a imagem da lâmina, bem como
os botões para acender e apagar a lâmpada. ............................................................................. 52
Figura 8: vídeos informativos disponibilizados no site ............................................................ 52
Figura 9: Lâmina 1 – corte de unha – Atividade 1 – Ciclo 1 ................................................... 57
Figura 10: Lâmina 2 – cabelo – Atividade 1 – Ciclo 1............................................................. 58
Figura 11: Lâmina 3 – Asa de Drosophila – Atividade 1 – Ciclo 1 ......................................... 59
Figura 12: Lâmina 4 - corte de epiderme de Tradescantia – Atividade 1 – Ciclo 1 ................ 60
Figura 13: Lâmina 5 – Formiga – Atividade 1 – Ciclo 1 ......................................................... 60
Figura 14: Lâmina 6 – Pulga – Atividade 1 – Ciclo 1 .............................................................. 61
Figura 15: Lâmina 7 - Letra "F" – Atividade 1 – Ciclo 1 ......................................................... 62
Figura 16: Lâmina 1 - Esfregaço Sanguíneo – Atividade 2 – Ciclo 1 ..................................... 64
Figura 17: Lâmina 2 - Tecido Muscular Liso – Atividade 2 – Ciclo 1 .................................... 65
Figura 18: Lâmina 3 - Tecido Conjuntivo ósseo – Atividade 2 – Ciclo 1 ................................ 65
Figura 19: Lâmina 4 - Pele – Atividade 2 – Ciclo 1 ................................................................ 66
Figura 20: Lâmina 1 - Formiga - Atividade 1 - Ciclo 2 ........................................................... 69
Figura 21: Lâmina 2 - Corte de Unha - Atividade 1 - Ciclo 2 .................................................. 71
Figura 22: Lâmina 3 - Asa de Drosophila - Atividade 1- Ciclo 2 ............................................ 73
Figura 23: Lâmina 4 - Cabelo - Atividade 1 - Ciclo 2 .............................................................. 75
Figura 24: Lâmina 5 - Letra "F" - Atividade 1 - Ciclo 2 .......................................................... 76
Figura 25: Lâmina 1 - Pele espessa - Hematoxilina e Eosina - Atividade 2 - Ciclo 2 ............ 79
Figura 26: Lâmina 2 - Sangue - coloração May-Grunwald Giemsa - Atividade 2 - Ciclo 2 ... 83
Figura 27: Lâmina 3 - Músculo liso - Hematoxilina e Eosina - Atividade 2 - Ciclo 2 ............ 86
Figura 28: Ápice de raíz Zea mays – Azul de toluidina - Atividade 2 - Ciclo 2 ...................... 88
Figura 29: Epiderme de cebola – Azul de Metileno - Atividade 2 - Ciclo 2 ............................ 91
Figura 30: Lâmina 1 – Fita adesiva marrom - Atividade 1 - Ciclo 3 ....................................... 96
Figura 31: Lâmina 2 – sal de cozinha - Atividade 1 - Ciclo 3 .................................................. 97
Figura 32: Lâmina 3 – unha - Atividade 1 - Ciclo 3................................................................. 98
Figura 33: Lâmina 4 – fio de cabelo - Atividade 1 - Ciclo 3 .................................................... 99
Figura 34: Lâmina 5 – Asa de Drosophila - Atividade 1 – Ciclo 3 ...................................... 100
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 69
Gráfico 2: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 1- Pergunta 2 ......................... 70
Gráfico 3: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 71
Gráfico 4: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1- Pergunta 2 ......................... 72
Gráfico 5: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 73
Gráfico 6: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 1- Pergunta 2 ......................... 74
Gráfico 7: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 75
Gráfico 8: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 1- Pergunta 2 ......................... 76
Gráfico 9: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1- Pergunta 1 ......................... 76
Gráfico 10: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1- Pergunta 2 ....................... 78
Gráfico 11: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 2 - Pergunta 1 ...................... 80
Gráfico 12: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 2 - Pergunta 2 ...................... 81
Gráfico 13: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 2 - Pergunta 1 ..................... 84
Gráfico 14: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 2 - Pergunta 2 ..................... 85
Gráfico 15: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 2 - Pergunta 1 ...................... 87
Gráfico 16: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 2 - Pergunta 2 ...................... 87
Gráfico 17: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 2 - Pergunta 1 ..................... 89
Gráfico 18: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 2 - Pergunta 2 ...................... 90
Gráfico 19: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 2 - Pergunta 1 ..................... 92
Gráfico 20: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 2 - Pergunta 2 ...................... 93
Gráfico 21: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 1 - Pergunta 1 ...................... 96
Gráfico 22: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1 - Pergunta 1 ...................... 97
Gráfico 23: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 1 - Pergunta 1 ...................... 98
Gráfico 24: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 1 - Pergunta 1 ...................... 99
Gráfico 25: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1 - Pergunta 1 .................... 100
Gráfico 26: porcentagem de alunos que participaram da atividade 1..................................... 102
Gráfico 27: porcentagens de alunos que participaram da atividade 2 .................................... 102
SUMÁRIO
BIOGRAFIA ............................................................................................................................ 15
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 17
CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................... 20
1.1 O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) ........... 20
1.2 ENSINO DE CIÊNCIAS E A EXPERIMENTAÇÃO ....................................................... 26
1.3 O LABORATÓRIO NO ENSINO DE CIÊNCIAS ........................................................... 35
CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................... 41
2. PROBLEMAS E OBJETIVOS ............................................................................................ 41
2.1 PROBLEMAS DA PESQUISA ......................................................................................... 41
2.2 OBJETIVOS GERAIS ....................................................................................................... 41
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 41
CAPÍTULO 3 ........................................................................................................................... 42
3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 42
3.1 PESQUISA BASEADA EM DESIGN .............................................................................. 43
3.2 SELEÇÃO DO TEMA ...................................................................................................... 45
3.2.1 TEMA DO DESIGN: ESTUDOS DAS CÉLULAS, TECIDOS E O USO DO
MICROSCÓPIO. ...................................................................................................................... 45
3.3 DESIGN ............................................................................................................................. 47
3.3.1 LABORATÓRIO REMOTO .......................................................................................... 47
3.3.2 ARQUITETURA DO EXPERIMENTO ......................................................................... 48
3.3.3 STREAMING DE IMAGENS ........................................................................................ 49
3.3.4 MICROSCÓPIO REMOTO ............................................................................................ 50
3.4 IMPLEMENTAÇÃO ......................................................................................................... 53
3.4.1 CONTEXTO DA PESQUISA ......................................................................................... 53
3.5 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 54
3.5.1 ANÁLISE DE CONTEÚDO ........................................................................................... 54
CAPÍTULO 4 ........................................................................................................................... 56
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 56
4.1 CICLO 1 ............................................................................................................................. 56
4.1.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1 .................................................................................. 56
4.1.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1 ............................................................ 57
4.1.3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 2 .................................................................................. 63
4.1.4 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 2 ............................................................ 64
4.2 CICLO 2 ............................................................................................................................. 67
4.2.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1 .................................................................................. 67
4.2.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1 ............................................................ 68
4.2.3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 2 .................................................................................. 78
4.2.4 RESPOSTAS OBTIDAS NA ATIVIDADE 2 ................................................................ 79
4.3 CICLO 3 ............................................................................................................................. 95
4.3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1 .................................................................................. 95
4.3.3 CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS QUE RESPONDEM AOS
QUESTIONÁRIOS ................................................................................................................ 101
4.4 COMO OS PROFESSORES UTILIZARAM A FERRAMENTA .................................. 102
CAPÍTULO 5 ......................................................................................................................... 109
5.1 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................ 109
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 113
7. ANEXOS ............................................................................................................................ 121
7.1 ANEXO 1: Tabelas de respostas dos alunos referentes ao ciclo 1 .............................. 121
7.2 ANEXO 2: Tabelas de respostas dos alunos referentes ao ciclo 2 .............................. 128
7.3 ANEXO 3: Parecer Consubstanciado do CEP ............................................................ 183
15
BIOGRAFIA
Iniciei meus estudos em uma escola da prefeitura de Paulínia. Não tenho tantas recordações
desta época, pois tinha cinco anos de idade. Uma das únicas coisas que lembro é que fizemos
papel reciclável no pátio do colégio. Eu adorei este dia e cheguei em casa descrevendo toda a
atividade aos meus pais. No Ensino Fundamental I me mudei para uma escola estadual em
Campinas, onde fiquei por três anos. No 4º ano do Ensino Fundamental I meus pais
conseguiram uma bolsa de estudos para eu frequentar uma escola particular. Não consigo
descrever a felicidade que senti naquela época. Primeiro que ao entrar na escola já fiquei
encantada com a estrutura. Era muito diferente das escolas que eu já havia frequentado até
então. Os professores eram excelentes e tínhamos um ensino de qualidade. Permaneci nesta
escola até o término do Ensino Fundamental II. Se me perguntarem hoje o que mais me
marcou nas aulas daquele colégio, curiosamente eu responderia que foram as aulas de
laboratório. Todas as vezes em que o professor de ciências marcava uma aula prática eu não
aguentava de tanta alegria. O nome do professor eu nunca mais esqueci: tio Fer. As aulas do
tio Fer no laboratório eram as mais animadas. Colocávamos jaleco, luvas e óculos de
segurança. Eu me sentia uma cientista. Uma das aulas que eu conseguiria descrever
detalhadamente foi a aula que fizemos a dissecção de um peixe ósseo. Naquele dia eu pensei:
quero ser bióloga e quero dar essa mesma aula aos meus alunos um dia. É tão gratificante
pensar que aquela estudante que pensou isso há 13 anos teria conseguido realizar esse sonho e
não só isso, mas hoje está defendendo uma dissertação sobre experimentação. No Ensino
Médio me mudei para outra escola particular, por conta da bolsa de estudos. Lá também
tínhamos aulas de laboratório, que inclusive tinha uma estrutura muito boa. Foi a primeira vez
que tive contato com um microscópio óptico. Como eu já sabia que queria fazer biologia na
graduação me aproximei bastante da professora da mesma área, que me incentivou muito e
me dava muitas dicas. Ela sabia do meu interesse pela matéria e um dia resolveu me mostrar
uma célula vegetal no microscópio. Foi apontando cada estrutura e eu fiquei muito encantada
com aquilo tudo. Se eu pudesse, teria visto todas as coisas ao meu redor no microscópio.
Depois dos três anos de Ensino Médio, ingressei no curso de Ciências Biológicas na Unicamp
em 2011 e comecei minha iniciação científica no Laboratório de Metabolismo Hidro-salino da
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, desenvolvendo projeto sobre Efeitos da restrição
alimentar gestacional na nefrogênese: aspectos morfológicos e moleculares. Aprendi muito
16
durante a iniciação científica e tive orientadores maravilhosos, como a professora Prof. Dra.
Flávia e o Prof. Dr. Gontijo, além das biólogas Patrícia Boer e Ize, que sempre me ajudaram
muito. Posteriormente comecei a trabalhar no PIBID, através do Instituto de Biologia da
Unicamp. O projeto desenvolvido no PIBID foi muito interessante e me mostrou o quanto é
prazeroso lecionar, de forma que passei a me interessar cada vez mais pela sala de aula. Em
2013 comecei a ministrar aulas práticas em um laboratório de uma escola particular em
Campinas, onde estou até hoje, porém, a partir de 2016 comecei a ministrar aulas de biologia
no Ensino Fundamental II, de 6º a 9º ano. Mesmo assim, ainda mantenho contato com o
laboratório escolar, levando os alunos para diversas aulas práticas. Durante a graduação,
realizei a disciplina de Bioinformática com o professor Eduardo Galembeck, de modo que
passei a conhecer um pouco mais sobre recursos didáticos tecnológicos aplicados à sala de
aula. O meu primeiro contato como pesquisadora com este tipo de recurso voltado para o
Ensino se deram ao ingressar no mestrado no Laboratório de Tecnologia Educacional (LTE),
localizado no departamento de bioquímica e biologia tecidual da Unicamp, coordenado pelo
professor doutor Eduardo Galembeck, cuja função também foi me orientar desde 2016. Meu
interesse em realizar uma pós-graduação na área de Ensino de Ciências se deu pelo fato de
que leciono no Ensino Fundamental II, com aulas práticas, desde 2013. Sempre gostei muito
de atuar como professora, mas sentia a necessidade em aprimorar minhas aulas com recursos
diferentes, que chamassem a atenção dos alunos. Além disso, percebi certa carência nas
escolas no sentido de oferecerem atividades voltadas para microscopia. Foi assim que me
interessei em desenvolver o trabalho de mestrado junto ao Laboratório de Tecnologia
Educacional, pois vi a possibilidade de levar as ideias desenvolvidas para a sala de aula e
possibilitar o acesso dos alunos ao mundo microscópico. Acredito que meu interesse pela
ciência é antigo, nasceu enquanto aluna e hoje cresce como professora. Espero marcar a vida
dos meus alunos assim como meus professores de Ciências marcaram a minha, me
incentivando, inclusive, a cursar biologia.
17
INTRODUÇÃO
O crescente desenvolvimento das TIC (Tecnologia da Informação e
Comunicação) tem transformado o comportamento da sociedade, e frequentemente
percebemos publicações relacionadas sobre o seu uso nos sistemas educacionais. Nesse
sentido, pode-se observar que na última década ocorreu grande aplicação do conceito contido
nos laboratórios remotos. Em 2005, Al-Zoubi, That e Hasan (2005) já trabalharam este
conceito em uma aplicação para enviar e receber dados de experimentos através de mensagens
curtas de texto (SMS). Em 2008, Garcia-Zubia, Lopez-de-Ipina e Orduna (2008)
demonstraram o uso de uma aplicação desenvolvida com AJAX para acesso aos laboratórios
remotos. Rochadel, Silva, Silva e Luz (2012), implementaram uma plataforma “open
hardware” para interação com os experimentos remotos através de navegadores web,
desenvolvido em PHP e Java Script, complementado com um ambiente virtual 3D
desenvolvido a partir da tecnologia OpenSim (ROCHADEL et al., 2012). Em 2013, Silva,
j.b.; Rochadel, w.; Simão, j.p.s.; Fidalgo (2013) publicaram artigo que apresentava a
arquitetura de um projeto piloto baseado em recursos de software de código aberto e open-
hardware que incluem o sistema de gestão de aprendizagem (Moodle), o software aplicativo
RExMobile e os experimentos remotos desenvolvidos pelo RExLAb.
Assim, observamos que há necessidade de preocupar-se com a busca de novas formas
de integrar tecnologia nos processos de ensino e de aprendizagem, uma vez que vivemos em
uma sociedade digital, pois cada vez mais cedo, os estudantes mantém contato com recursos
tecnológicos. Dispositivos portáteis e computadores fazem parte da cultura atual e da
realidade do cotidiano, Matos (2016). Diante disto, os educadores tem o desafio de utilizarem
ferramentas educacionais diferenciadas de modo a tornar a escola mais próxima de seu tempo.
Além disso, a utilização de ambientes virtuais poderá aproximar mais jovens do seu cotidiano
e consequentemente a escola da realidade de seus alunos, uma vez que a utilização destas
tecnologias conectam contextos de aprendizagem formais e informais, Matos (2016).
Inserindo-se na linha de pesquisa de desenvolvimento de recursos didáticos
tecnológicos voltados ao Ensino de Ciências e à experimentação este trabalho tem por
objetivo a realização de um estudo exploratório sobre algumas habilidades essenciais ao
processo de experimentação, como a capacidade de observação, descrição e interpretação de
materiais disponibilizados através de uma ferramenta tecnológica, o microscópio remoto. A
18
motivação inicial desta pesquisa surgiu através da minha prática docente. Como professora de
biologia do Ensino Fundamental II, venho me deparando com a falta de laboratórios escolares
que se disponham de recursos para a realização de aulas experimentais, como um microscópio
óptico, para visualização de células e tecidos e também a ausência de aulas que contemplem
habilidades fundamentais para o desenvolvimento científico dos alunos. Muitos estudantes
acreditam que o processo de experimentação se resume na mistura de reagentes e explosões
de diversas naturezas, quando na verdade a realização de experimentos deve estar aliada às
aulas teóricas a fim de desenvolverem habilidades que facilitem o aprendizado.
A escolha do tema utilizado para a criação das atividades remotas se deu pelo fato
de que o estudo de células e tecidos consiste em um conteúdo básico e necessário para o
entendimento da maior parte dos conteúdos de biologia. Porém, segundo Palmero e Moreira
(1999), mesmo se tratando de um conceito importante para conhecimento biológico, a célula é
tida como uma estrutura complexa e abstrata na cabeça dos alunos. Isso pode ocorrer devido
ao fato de se tratar de uma estrutura que não é visível a olho nu. Segundo Buttow e Cancino
(2007), o aprendizado de Histologia, no ensino fundamental, consiste em aulas teóricas
abordadas, quase sempre de maneira superficial, sem ganhos cognitivos e sem interesse por
parte dos estudantes. Mas então, como despertar o interesse do estudante do ensino
fundamental para o ensino de Histologia? Como Buttow e Cancino (2007) ressaltam, o ideal
seria um laboratório com microscópios e uma coleção de lâminas permanentes que ilustrem os
tecidos fundamentais, de modo que os alunos pudessem observar, descrever e interpretar cada
uma das estruturas. Lecionar este conteúdo sem esta ferramenta se torna um pouco limitado e
muitas vezes o próprio professor apresenta dificuldades em tornar o assunto mais palpável aos
alunos. E a falta de compreensão destes conceitos impede o entendimento de outros aspectos
importantes dos conteúdos de biologia.
Diante da falta de recursos e de infraestrutura encontrada em laboratórios de
ciências em algumas escolas, alguns autores ressaltam que os laboratórios remotos são ótimas
opções para instituições educacionais que não apresentem laboratórios presenciais ou que
pretendem ampliar seus recursos didáticos (Zubía; Alves, 2011). Os laboratórios remotos são
aqueles em que os elementos e as experiências são reais apesar de apresentar-se distantes
fisicamente e também não se limitam a uma sala de laboratório, em um horário específico,
uma vez que este tipo de tecnologia permanece disponível aos estudantes o tempo todo, sete
dias por semana, vinte e quatro horas por dia, de forma que os alunos podem realizar os
19
experimentos em qualquer lugar, a qualquer momento, bastando para isso o acesso à internet
(Zubía; Alves, 2011).
Como professora de biologia do Ensino Fundamental, percebo que grande parte dos
alunos não apresenta o hábito de escrever e confundem, muitas vezes, a diferença entre
descrever e interpretar. Pode-se observar isso em provas dissertativas, por exemplo. Esta
deficiência provavelmente se deve ao fato de que as aulas geralmente são expositivas, onde o
aluno tem o papel de espectador, sendo que o único momento onde o estudante pode imprimir
suas observações e fazer uso de suas habilidades de descrição e interpretação é no momento
de realizar uma prova ou exercícios do livro, destaca Barros (2004). Desta maneira, este
trabalho também possibilitou o aprimoramento dos alunos frente à ciência, contribuindo para
o desenvolvimento das habilidades em questão, como observação, interpretação e descrição.
A intenção foi investigar como os alunos descrevem e interpretam as lâminas observadas.
Todas as atividades contam com o uso do microscópio remoto, conectando a tecnologia ao
mundo educacional e ao mesmo tempo proporcionando o desenvolvimento de habilidades
necessárias ao Ensino de Ciências.
No capítulo um, apresento as características do uso das TIC, a relação entre a
experimentação e o Ensino de Ciências e também o papel do Laboratório de Ciências no
ambiente educacional, através de trabalhos acadêmicos considerados relevantes sobre os
assuntos em questão. No capítulo dois, exponho os objetivos gerais e específicos do trabalho.
Já no capítulo três, trazemos a metodologia adotada, o tipo de pesquisa e o tipo de análise que
foi realizada nos dados coletados. O capítulo quatro apresenta o contexto da pesquisa e nos
traz informações sobre a ferramenta utilizada, o microscópio remoto, bem como a justificativa
da escolha do tema trabalhado a partir da ferramenta. No capítulo cinco trazemos os
resultados e as discussões realizadas. O capítulo 6 encerra-se com a conclusão e as
considerações finais.
20
CAPÍTULO 1
1.1 O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)
As TIC são definidas como ferramentas que servem para compartilhar, distribuir e
reunir informações, o que pode contribuir nas práticas pedagógicas, oferecendo também maior
flexibilidade e dinamismo no momento de se transmitir os conteúdos obrigatórios aos alunos,
sendo assim, é impossível não relacionar o contexto educacional e o ensino de ciências sem a
utilização das TIC, pois uma vez sendo incorporadas no dia-a-dia escolar, promovem maior
interação dos alunos com o conteúdo estudado, tornando as aulas mais estimulantes e
originais, Oliveira (2015). O uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs)
constitui uma forma de comunicação essencial na sociedade atual. Com a popularização da
internet e o acelerado avanço tecnológico, surgem a todo o momento mais tecnologias digitais
e inúmeras tentativas de utilizá-las para fins educacionais (ROLANDO et al., 2015). Segundo
Altoé (2005), a tecnologia vem sendo utilizada cada dia mais pelas pessoas, estando presente
em todos os lugares e em todas as atividades que realizamos, de modo que Castells (2000)
destaca que vivemos em uma “sociedade da informação”, que está diretamente ligada com as
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Estas tecnologias até pouco tempo
incluíam o rádio, a televisão, o telefone e o computador, porém hoje tem-se uma variedade de
dispositivos portáteis, como tabletes, smartphones e notebooks, com as mesmas
funcionalidades do computador e de outras TIC, porém, são capazes de promover acesso fácil
e dinâmico da informação. Estas tecnologias estão sendo cada vez mais utilizadas em diversas
áreas da sociedade, inclusive na educação, a qual também está passando por transformações
neste sentido. O uso da tecnologia na educação tem se tornado uma temática cada vez mais
pertinente a ser estudada, pois não há como ignorar os avanços tecnológicos inseridos no
cotidiano e vivenciados pela sociedade atual. Nos encontramos perante um mundo digital que
afeta a sociedade e por consequência, os espaços educativos (Rasco, 2008). Nesse sentido,
políticas de inclusão digital por parte dos órgãos públicos objetivam cada vez mais a
integração das TIC à educação e um exemplo prático disso é o Programa Nacional de
Informática na Educação (Proinfo), que foi criado pelo Ministério da Educação, em 1997 e
que visa implantar salas informatizadas nas escolas públicas brasileiras, destaca Bianchi
(2010). Atualmente o MEC (2018) lançou edital para apoiar projetos de tecnologias digitais
21
para as escolas públicas em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES). O MEC considera que a nova política é uma atualização do Programa
Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) e terá investimento de até R$ 20 milhões. O
edital faz parte do Programa de Inovação Educação Conectada, iniciativa do governo federal
que pretende ofertar internet de alta velocidade e assegurar inserção da tecnologia como
ferramenta pedagógica de uso cotidiano nas escolas públicas de educação básica e na gestão
das redes de ensino até 2024.
Também é possível identificar uma valorização das TIC pelas universidades, pois
grandes centros de formação dos Estados Unidos (MIT, Stanford, Harvard) e do Brasil (USP,
UFF, dentre outras) têm disponibilizado aos seus alunos, diversos tipos de materiais de apoio
através da internet (Rolando et al., 2015). Neste sentido, é importante citar outras iniciativas,
como o Ponto Ciência (http://www.pontociencia.org.br) organizado pela UFMG e o Banco
Internacional de Objetos Educacionais, do Ministério da Educação do Brasil
(http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/), que disponibiliza materiais em diversos formatos,
como áudio, vídeo, texto e imagens (Rolando et al., 2015).
Observa-se que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta temas
especiais sobre a cultura digital que dialogam com as experiências dos sujeitos em seus
contextos de vida, enfatizando que:
“A escola tem o importante papel de não apenas
considerar as culturas digitais e computação em suas
práticas, mas também, de orientar os estudantes a utilizá-
las de forma reflexiva e ética”. (Brasil, 2015).
Por sua vez, o Ministério da Educação (MEC), por exemplo, expressa uma
preocupação em relação às culturas digitais por meio da elaboração de documentos oficiais,
cuja finalidade é orientar os currículos proporcionando uma melhora no processo educacional.
O governo prevê a implantação de tecnologias como práticas de ensino. De acordo com os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+), a denominada “revolução informática” promove
mudanças radicais na área do conhecimento, que passa a ocupar um lugar central nos
processos de desenvolvimento. Pode-se dizer que, nas próximas décadas, a educação vá se
transformar mais rapidamente do que em muitas outras, em função de uma nova compreensão
22
teórica sobre o papel da escola, estimulada pela incorporação das novas tecnologias
(BRASIL, 2002, p. 5). Sabe-se também que o uso do material didático é responsabilidade da
escola e do professor, que deve sempre buscar recursos didático-pedagógicos diversificados,
causando impactos positivos durante as aulas. De acordo com os Parâmetros Curriculares
Educacionais (PCN’s)
“é responsabilidade da escola e do professor
promoverem o questionamento, o debate, a investigação,
visando o entendimento da ciência como construção histórica e
como saber prático, superando as limitações do ensino passivo,
fundado na memorização de definições e de classificações sem
qualquer sentido para o aluno”.
Nesta perspectiva, considera-se o uso da tecnologia e o emprego do computador
como uma ferramenta educacional com a qual o aluno pode resolver problemas, construir,
questionar, debater, observar e investigar, de maneira independente, sem que se restrinjam à
memorização de conceitos, sendo a presença do computador na educação, um processo
irreversível (Valente,1993). Rochadel (2013) ainda destaca que a popularização dos Recursos
Educativos Digitais (REDs) utilizados no Ensino de Ciências permite alcançar muitos
usuários da educação básica, além disso, proporcionam um barateamento dos custos para os
professores e para a própria instituição, de modo que atividades propostas podem ser
acessadas por diversos alunos, nas suas casas, ao mesmo tempo e de maneira individual.
A introdução das TIC no Ensino, e em particular, no Ensino das Ciências,
possibilita o desenvolvimento de inúmeras competências, uma vez que de um lado o Ensino
de Ciências proporciona aos alunos uma visão mais crítica de acontecimentos relacionados ao
seu dia-a-dia, do outro lado os inúmeros avanços científicos mediados pelos recursos
tecnológicos, inclusive aqueles ligados às tecnologias da informação e comunicação,
contribuem para a obtenção de novas formas de conhecimento, que podem ser usados
juntamente ao contexto em que o aluno se encontra inserido, abrindo novas possibilidades na
aprendizagem das ciências (Costa; Oliveira, 2012).
Além disso, as TIC ampliam possibilidades de construir um ensino mais
moderno, destacando a importância da utilização destes recursos tecnológicos como sendo
23
importantes para as aulas de Ciências e em várias outras áreas de conhecimento, trazendo,
assim, melhorias no processo de ensino e aprendizagem. O Ensino de Ciências, por envolver
conceitos complexos, e às vezes abstratos, torna-se um grande desafio para os professores,
que podem fazer uso dessas ferramentas possibilitando maior familiarização dos alunos com
os assuntos, tornando-os mais receptivos às abordagens dadas pelo professor, podendo
inclusive, ter acesso ao conteúdo e às atividades propostas ao seu tempo, ou seja fora do
ambiente escolar.
O potencial das TIC, quando utilizadas no Ensino das Ciências, está relacionado
com a reestruturação do currículo e a redefinição das pedagogias de ensino. Estas tecnologias
facilitam o acesso a um imenso conjunto de informação e recursos cuja utilização implica o
desenvolvimento de capacidades de avaliação, de interpretação e de reflexão crítica (Osborne
& Hannessy, 2003). Segundo Murphy (2003) as TIC podem ser integradas no ensino das
ciências como uma ferramenta, como uma fonte de referência, como um meio de
comunicação e como um meio para exploração. Dessa forma, e segundo Santos (2007) os
principais benefícios do uso das TIC no ensino das ciências são que o ensino das ciências
pode se tornar mais interessante e relevante para os alunos, uma vez que há mais tempo
dedicado à observação, discussão e análise dos conceitos. Para os autores Osborne e Hannessy
(2003), a utilização apropriada das TIC tem potencial de transformação na educação em
ciência e na aprendizagem do aluno, sendo apenas encontrado em alguns professores que
sabem fazer uso da ferramenta. As TIC precisam se enraizar cada vez mais nas estratégias de
todos os professores, uma vez que convida o aluno a experimentar outras formas de obtenção
de conhecimento.
Segundo Moran (2009), as TIC podem possuir grande potencial no ensino,
no entanto, questiona-se o seu valor, uma vez que só apresentará resultados positivos se for
aplicada de maneira adequada. O que se considera como adequada é que ela seja utilizada
para desenvolver algumas habilidades e competências, como por exemplo, a capacidade de
observação, descrição, interpretação e também habilidades envolvidas no manuseio e domínio
dos ambientes virtuais de ensino, proporcionando assim, que o aluno, de maneira autônoma,
consiga agregar o máximo de conhecimentos possível ao seu tempo, sem que tenha a
influência do professor para a resolução de problemas.
Alguns documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs e PCNEM) recomendam o uso das tecnologias no ensino:
24
"É indiscutível a necessidade crescente do uso de
computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem
escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas
tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as
demandas sociais presentes e futuras." (BRASIL, 1998, p. 96)
"As tecnologias da comunicação e da informação e seu
estudo devem permear o currículo e suas disciplinas." (BRASIL,
1999, p. 134)
Porém, Segundo Bianchi (2010), nota-se ainda a falta de estratégias políticas
de formação inicial e continuada de professores de modo a prepará-los para inserir propostas
educativas apoiadas nas TIC, uma vez que muitos dos professores apresentam resistência ao
uso dessas ferramentas, uma vez que não possuem muita experiência com os ambientes
virtuais de ensino ou então não sabem como orientar os alunos para seu uso de maneira
adequada. Segundo Kenski (2003), a aproximação entre os docentes e a tecnologia deve
acontecer nas licenciaturas e em cursos de pedagogias, uma vez que o meio tecnológico e suas
aplicações no Ensino de Ciências apresentam grande complexidade.
A falta de preparo e informação de alguns professores sobre o uso das TIC
também pode causar certa insegurança nestes docentes, já que pensava-se que seriam
substituídos pela máquina e se tornariam menos interessantes ao olhar dos alunos, ideia que
está sendo cada dia mais deixada de lado, como aponta Niskier (1993, p. 100): “o uso do
computador na educação está em plena ascensão em diversos países. O receio inicial de que a
máquina pode vir a substituir o professor aos poucos está sendo desmistificado. O computador
faz parte da vida dos cidadãos, portanto a escola deve prepará-los para lidar com esta
tecnologia”. Além disso, como aponta Valente, quando o computador é utilizado nas práticas
pedagógicas não significa que o aluno vá aprender sobre computadores, mas sim através
deles, eliminando distâncias entre as pessoas, descentralizando o conhecimento e facilitando a
simulação de fenômenos, contribuindo assim, para que ele seja facilmente utilizado como
material didático.
Portanto, deve-se encarar o uso do computador na educação como uma
ferramenta que pode contribuir muito para o processo de ensino e aprendizagem, se utilizado
25
de maneira planejada pelos docentes, de acordo com as propostas pedagógicas da instituição e
alinhada com o contexto educacional dos alunos, de forma que promova o desenvolvimento
destes em relação ao conteúdo estudado, bem como sua formação social e pessoal. Não se
trata de substituir os modelos tradicionais, como o uso da lousa, do giz e o livro didático pelos
recursos digitais, mas sim de aproveitar o potencial destas ferramentas para promover uma
aprendizagem mais eficaz, e para isso, os alunos não devem se utilizar destas ferramentas sem
que antes sejam orientados e contextualizados pelos professores, que serão também
mediadores do conhecimento adquirido.
Segundo Ponte (1997), a visão de que o computador pode substituir os professores não
tem nenhum fundamento, pois o computador não tem qualquer tipo de possibilidade de
desempenhar as funções mais delicadas na educação jovens, sendo apenas um instrumento
que cria novas possibilidades de ensino e novas responsabilidades ao próprio professor,
obrigando-o a um esforço permanente de atualização e formação. Neste sentido ainda, o
Ministério da Educação considera que:
O uso destes recursos se torna desprovido de
sentido se não estiver aliado a uma perspectiva
educacional comprometida com o desenvolvimento
humano, com a formação de cidadãos, com a gestão
democrática, com o respeito à profissão do professor
com a qualidade social da educação. [...] o emprego deste
ou daquele recurso tecnológico, de forma isolada e
desalinhada com a proposta pedagógica da rede de
ensino e da escola, não é garantia de melhoria da
qualidade de educação.
Outra questão que deve ser levantada é que o uso de alguns recursos
educativos digitais voltados para o Ensino de Ciências pode auxiliar na falta de laboratórios
equipados dentro da instituição e também responder à demanda feita pelos próprios alunos
para haver diversificação das aulas e maior aproveitamento das atividades educacionais.
Segundo Santos e Cleophas (2015), devido às condições precárias, em termos de
infraestrutura, de muitas escolas, brasileiras, as TIC vem ganhando força como ferramenta
26
didática, já que apresenta potencial para suprir algumas carências existentes nas escolas. As
autoras ainda ressaltam que o uso destes recursos criam novos espaços voltados para o
processo de ensino, não se restringindo à escola, fazendo com que os alunos tenham acesso à
informação em qualquer lugar e a qualquer hora.
Para Moran (2009), o professor tem muitas opções metodológicas para aplicar em
suas aulas, de maneira a melhorar sua comunicação com os alunos, trabalhando de maneira
presencial ou virtual. Cada docente deve encontrar a forma mais adequada para integrar as
novas tecnologias, o contexto em que o aluno se encontra inserido, tanto socialmente como
pedagogicamente com seus procedimentos metodológicos adotados. Não se trata de
apresentar receitas aos estudantes, mas sim diversificar as formas de dar suas aulas, aliando
sempre o ensino de ciências à experimentação.
1.2 ENSINO DE CIÊNCIAS E A EXPERIMENTAÇÃO
O Ensino de Ciências permite o aprimoramento dos conhecimentos e sua
correlação com as experiências do indivíduo e o meio ambiente em que vive, destacam
Camargo e Blaszko (2015). Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências
Naturais (BRASIL, 1997), o Ensino de Ciências permite introduzir e explorar as informações
relacionadas aos fenômenos naturais, à saúde, a tecnologia, a sociedade e ao meio ambiente,
favorecendo a construção e ampliação de novos conhecimentos. Segundo Chassot (2000), o
ensino de ciências contribui para a compreensão do mundo e formação de futuros cientistas,
enfatizando que o papel docente é de
“[...] reconhecer a real possibilidade de entender
o conhecimento científico e a sua importância na
formação dos nossos alunos uma vez que ele pode
contribuir efetivamente para a ampliação de sua
capacidade” (BIZZO, 2009, p. 15-16).
O conhecimento científico articulado ao Ensino de Ciências possibilita a
construção de relações, orientação à cidadania, a formação de cidadãos ativos, consumidores e
usuários responsáveis da tecnologia vivente (Viecheneski; Carletto, 2012), além de esclarecer
27
e verificar os fatos, por meio de observação e investigação. Segundo Camargo e Blaszko
(2015), quando o educador aborda com clareza a importância desse conhecimento para a vida
dos seus alunos, instiga a curiosidade tornando suas aulas mais interessantes, de modo que
estas devem contemplar atividades que proporcionem novas descobertas, observações e
experiências, estabelecendo relações entre os conhecimentos prévios e os novos saberes.
Segundo Santos, o atual sistema de ensino do país vem enfrentando
questionamentos que vão desde o processo de ensino – aprendizagem, passando por sua
estrutura física até a formação de professores. Percebe-se uma insatisfação da sociedade em
relação ao ensino, uma vez que, segundo Fourez (2003) todos os setores da sociedade são
atingidos pela crise no ensino de ciências: “os alunos, os professores de ciências, os dirigentes
da economia, os pais, os cidadãos [...]” (FOUREZ, 2003, p 110). De modo a complementar
estas afirmações, alguns pesquisadores como Chassot (1990), Fourez (2003) e Maldanner
(2007), observam que o ensino ainda se mantém de modo tradicional, gerando insatisfações
por parte dos alunos. Parece que a globalização determinou uma inversão no fluxo do
conhecimento. Se antes o sentido era da escola para a comunidade, hoje é o mundo exterior
que invade a escola. E não há, evidentemente, a possibilidade de fazermos uma reconversão.
Todavia, é permitido reivindicar para a escola um papel mais atuante na disseminação do
conhecimento, Chassot (2007). A Academia Brasileira de Ciências ainda destaca:
A necessidade imperiosa de melhorar o ensino básico no
Brasil e, em particular, o ensino de ciências, [...] O ensino
adequado de ciências estimula o raciocínio lógico e a
curiosidade, ajuda a formar cidadãos mais aptos a enfrentar os
desafios da sociedade contemporânea e fortalece a democracia,
dando à população em geral melhores condições para participar
dos debates cada vez mais sofisticados sobre temas científicos
que afetam nosso cotidiano (Academia Brasileira de Ciências,
2008).
De acordo com Cachapuz (2001), na Conferência Mundial sobre a Ciência
para o Século XXI, realizada pela UNESCO e pelo Conselho Internacional para a Ciência
28
declarava-se: “Para que um País esteja em condições de satisfazer as necessidades
fundamentadas da sua população, o ensino das ciências e a tecnologia é um imperativo
estratégico. Como parte dessa educação científica e tecnológica, os estudantes deveriam
aprender a resolver problemas concretos e a satisfazer as necessidades da sociedade,
utilizando as suas competências e conhecimentos científicos e tecnológicos”. E acrescenta-se:
“Hoje, mais do que nunca, é necessário fomentar e difundir a alfabetização científica em todas
as culturas e em todos os setores da sociedade, a fim de melhorar a participação dos cidadãos
na tomada de decisões relativas à aplicação dos novos conhecimentos” (Conferencia Mundial
sobre la Ciencia, Budapeste, 1999). Segundo Roden e Ward, a ciência ensinada na escola
proporciona uma oportunidade para a discussão e para o compartilhamento de ideias, tão
cruciais para o desenvolvimento das habilidades comunicativas.
De acordo com Giordan (1999), Aristóteles, ao afirmar que “quem possua
a noção sem a experiência, e conheça o universal ignorando o particular nele contido,
enganar-se-á muitas vezes no tratamento” já defendia a experiência há cerca de 2.200 anos. A
experimentação ocupou papel importante nas ciências naturais a partir do século XVII, pois as
leis deveriam seguir a sequência de formulação de hipóteses e verificação. Desde então, a
experimentação passou a ser protagonista da metodologia cientifica, sendo inserida
posteriormente nas escolas devido à forte influencia de trabalhos desenvolvidos nas
Universidades, com o intuito de melhorar a aprendizagem da metodologia cientifica Galiazzi
(2001).
Ainda hoje a experimentação tem papel importante no ensino, tanto que
professores assumem o fato da experimentação despertar um forte interesse entre os alunos
em diversos níveis de escolarização. Através da experimentação, é possível vincular o
conteúdo transmitido com a realidade dos alunos, como ressalta Chassot (2007). Segundo
Hodson (1994), pode-se dizer que é indiscutível o gosto dos estudantes em realizar diversos
tipos de atividades práticas, apresentando disposição e entusiasmo, mas na verdade, o que os
atrai é a oportunidade de uma aprendizagem mais ativa. Oliveira (2010) ainda destaca que as
atividades experimentais estimulam a criatividade, e aprimoram a capacidade de observação e
registros de informações, assim como a análise de dados e a criação de hipóteses, uma vez
que as aulas experimentais exigem que os alunos entendam os fenômenos ocorridos,
desenvolvendo habilidades de observação e interpretação.
Lisbôa (2015) ainda destaca sobre a experimentação:
29
“A elaboração do conhecimento científico apresenta-se
dependente de uma abordagem experimental, não tanto pelos
temas de seu objeto de estudo, os fenômenos naturais, mas
fundamentalmente porque a organização desse conhecimento
ocorre preferencialmente nos entremeios da investigação. Tomar
a experimentação como parte de um processo pleno de
investigação é uma necessidade, reconhecida entre aqueles que
pensam e fazem o ensino de ciências, pois a formação do
pensamento e das atitudes do sujeito deve se dar
preferencialmente nos entremeios de atividades investigativas”.
Diferente do que muitas pessoas acreditam, as atividades práticas podem ser
conduzidas de acordo com os mais diversos tipos de objetivos e em estilos variados. Como
por exemplo, para demonstrar um fenômeno, ilustrar um princípio, coletar dados, testar
hipóteses e desenvolver algumas habilidades, como a capacidade de observação e descrição.
De acordo com Reid e Hodson (1987) o conceito de atividades práticas restritas ao trabalho
manual na bancada do laboratório deveria ser substituído por atividades de aprendizagem de
ciências, que incluem demonstrações feitas pelo professor, vídeos e filmes com o posterior
registro de dados, confecção de modelos e tarefas de escrita. Sabe-se que são mais amplas e
fazem parte de um modelo didático onde o aluno se torna mais ativo, não significando, deste
modo, que o trabalho no espaço físico do laboratório seja a única maneira de realizar a
experimentação. Hoje não se pode mais conceber propostas para um ensino de ciências sem
incluir nos currículos situações que ressaltem os aspectos sociais e pessoais dos estudantes.
Há ainda os que resistem a isso. Todavia, há uma adesão cada vez maior às novas
perspectivas, Chassot (2007).
De acordo com Oliveira (2010), a Experimentação apresenta algumas
contribuições, de forma que citaremos algumas delas aqui:
a) Para desenvolver a iniciativa pessoal e a tomada de decisão:
30
De maneira geral, as aulas teóricas tradicionais deixam os alunos passivos
intelectualmente. Mesmo quando os alunos entram em contato com materiais,
instrumentos e afins durante uma aula prática, isto não garante liberdade para que se
expressem e interpretem do seu modo os fenômenos propostos. Neste sentido,
Krasilchik (1987) ainda ressalta que a simples manipulação de equipamentos não
garante aprendizado de ciências, pois este exige também a formação de ideias
próprias. Mas o que seria então a tomada de decisões? Quando os alunos, de algum
modo, são estimulados a criar hipóteses e fornecer interpretações sobre o que
observam e interpretam, considera-se como uma tomada de decisões, segundo
Galiazzi e Gonçalves (2004).
b) Para motivar e despertar a atenção dos alunos:
Alguns pesquisadores, como Hodson (1994), acreditam que as atividades
experimentais nem sempre são tão motivadoras para os alunos e este entusiasmo reduz
com o passar dos anos, de forma que não há garantia de que toda a turma ficará
envolvida durante uma atividade experimental, de modo que cabe ao professor,
mediador do conhecimento, utilize estratégias para manter a atenção dos alunos,
através da solicitação de registros escritos e utilização de questionários sobre o que foi
observado durante a atividade. Porém, de maneira geral, acredita-se que tanto os
professores quanto os alunos consideram as atividades experimentais motivadoras,
afirma Giordan (1999). Pode-se dizer também, que os professores acreditam que a
melhoria do ensino está aliada à realização de aulas práticas complementares ao
conteúdo teórico lecionado.
c) Para aprimorar a capacidade de observação e registro de informações:
A observação é umas das primeiras etapas do método científico e da experimentação e
já existe em cada pessoa de maneira natural, pois acontece graças ao poder da visão,
que nada mais é do que um dos cinco sentidos que permitem aos seres vivos perceber
o mundo ao seu redor. O olho humano pode ser considerado como uma ferramenta
utilizada pelo cérebro para formar a imagem visual, que posteriormente será
31
interpretada, criando-se assim, diversos tipos de concepções acerca dos objetos que
nos rodeiam.
Existe uma diferença entre simplesmente “ver” e “visualizar”, o que fazemos a todo o
momento e “observar”. Segundo os PCNs, o ato de observar consiste em buscar ver
melhor e de maneira mais detalhada, buscando detalhes precisos do objeto observado.
Diferenciar estes dois conceitos no ensino de ciências não é tarefa fácil e para
desenvolver a capacidade de observação nos alunos, é preciso motivá-los a buscar
cada vez mais detalhes no objeto, para que este seja percebido de maneira completa e
diferente do que se vê habitualmente.
Carvalho (2005) ainda considera que uma das formas de estimular a capacidade
observação dos alunos é através da solicitação de descrições e registros a respeito do
que observam. Outra maneira de estimular o processo de observação dos alunos, que
deve ser previamente planejado, é induzir comparações entre objetos semelhantes, em
relação à sua forma, coloração e funcionamento.
Os PCNs destacam que existem dois modos para se realizar observações, são eles:
estabelecendo contato direto com o material em estudo. Isso pode acontecer dentro de
uma sala de aula ou em um ambiente natural. Outro modo seria através de observações
indiretas, através de microscópios, fotos, filmes, gravuras e telescópio, por exemplo.
As aulas experimentais, quando contemplam a observação, acabam exigindo maior
atenção por parte dos alunos, de modo que podem aprimorar a capacidade de
descrição e anotação de registros, relacionando as observações obtidas com conceitos
científicos aprendidos previamente.
d) Para aprender a analisar dados e propor hipóteses para os fenômenos:
As estratégias de ensino tradicionais raramente desenvolvem a capacidade dos alunos
de elaborarem explicações coerentes para os dados obtidos, pois geralmente, os alunos
devem decorar conceitos prontos transmitidos pelo professor. Nesse sentido, acredita-
se que as atividades experimentais estimulam o aluno a refletir e criar hipóteses em
relação aos fenômenos observados, uma vez que se sentem mais estimulados e
desafiados, pois apresentam uma situação problema em mãos e devem resolvê-la ou
decifrá-la.
32
e) Para aprender conceitos científicos:
Segundo Araújo e Abib (2003), as atividades experimentais complementam a aula
teórica, pois relembram conceitos, confirmam dados científicos expostos em livros
didáticos, de modo que contribuem para o processo de aprendizagem.
f) Para corrigir erros conceituais dos alunos:
No ensino tradicional a percepção de que os alunos apresentam erros
conceituais acontecem, geralmente, após a aplicação de avaliações formais. No
entanto, durante a realização de uma aula experimental, como os alunos estão sendo
solicitados o tempo inteiro a aplicar o conhecimento, dar explicações e a resolver
problemas, torna-se mais fácil para o professor detectar erros ou concepções
alternativas (Carvalho, 2005). Além disso, os alunos registram e respondem questões
do roteiro neste modelo de aula, o que facilita ainda mais para que o professor realize
as devidas análises em relação ao resultado da turma.
Esta ideia de erros conceituais realizados pelos alunos deve ser reforçada de
maneira positiva para promover a participação ativa dos alunos, reforça Bazzo (2000).
Mais importante do que acertar a resposta ou a realização do experimento é dar ênfase
ao processo de elaboração do mesmo. O erro de um aluno pode oferecer ao professor
as concepções prévias deste, o que nem sempre acontece durante as aulas tradicionais
lecionadas, favorecendo, assim, o processo de intervenção do docente. Também se
deve afastar do aluno a ideia de que o experimento deu errado e não será aproveitado
de nenhuma maneira. Ao invés disso, devem-se realizar discussões acerca dos
resultados diferentes, trazendo muito mais enriquecimento ao estudante e à aula
prática ministrada.
Araújo e Abib (2003) ainda ressaltam que existem diferentes maneiras para se
organizar as atividades experimentais e que todas elas podem ser úteis no Ensino de
Ciências, dependendo dos objetivos da aula, da proposta pedagógica do professor, das
habilidades que se pretende desenvolver e dos recursos disponíveis, como por
exemplo, um microscópio. Os autores classificaram as atividades experimentais em
três tipos, com diferentes enfoques:
33
a) Atividades de demonstração:
Nesse caso, o professor executa o experimento ou exibe através de um computador
ou vídeo e os alunos observam o que ocorre. Este tipo de experimento é uma boa
alternativa quando não se dispõe de recursos necessários para a realização de
experimentos com grande quantidade de alunos, como a falta de materiais ou
infraestrutura. Além disso, experimentos com esta característica demandam pouco
tempo, favorecendo aqueles professores que possuem poucas aulas e não tem
tempo hábil para a realização das atividades.
Uma questão apontada por Arruda e Laburú (1998), é o fato de que poderia ser
mais interessante que os alunos tivessem contato com experimentos mais fáceis
antes de lidar com atividades mais abertas e que exigem maior domínio dos
conteúdos estudados, pois teriam tempo de se familiarizarem com experimentos
mais simples, de modo a se acostumarem com as estratégias utilizadas para a
realização dos experimentos e refinassem a sua capacidade de observação e
descrição. Desta forma, estariam preparados para efetuar atividades de
investigação, que muitas vezes, requerem grande domínio das habilidades citadas.
Para que este tipo de atividade alcance os objetivos pensados pelo professor, seria
interessante que o docente seguisse alguns passos, como a preparação dos alunos
antes da realização do experimento, explicando como será o funcionamento e
quais os objetivos envolvidos. Solicitar que os alunos realizem observações
cuidadosas e realizem descrições e registros sobre o que observam, além de
fazerem uso de questionários. Seria interessante, também, que ao final do
experimento, o professor, discutisse com os alunos suas respostas e refletissem
sobre o que obsevaram.
34
b) Atividades de Verificação
Consistem em confirmar alguma teoria. Geralmente os resultados já são esperados
pelos alunos e pelo professor, tornando os conceitos adquiridos em sala de aula
mais palpáveis, não se restringindo ao quadro negro, à verbalização do professor
sobre o assunto e o livro texto.
c) Atividades de Investigação:
Neste caso, as propostas permitem que os alunos se tornem mais ativos e
construam o conhecimento em torno de algum fenômeno, sendo o professor,
mediador das ideias e concepções. Os alunos, neste tipo de atividade, analisam o
problema, coletam dados, testam hipóteses através do experimento em si e
argumentam a respeito de suas conclusões.
Pode-se dizer que a experimentação exerce função de instrumento para o
desenvolvimento de todas as habilidades e competências citadas acima e também contribui
para o conhecimento científico. É fundamental que as atividades práticas garantam espaço
para reflexão, desenvolvimento e construção de ideias. De acordo com Dourado (2001), as
atividades experimentais são essenciais para o processo de ensino-aprendizagem e devem
estar adequadas às capacidades que se pretende desenvolver nos estudantes. É importante
também, segundo Soares (2004), que surjam novos experimentos para serem aplicados em
sala de aula, como forma de diversificar as aulas tradicionais e o trabalho do professor.
A importância da experimentação no processo de aprendizagem também é
discutida por Bazin (1987) que, em uma experiência de ensino não formal de Ciências, aposta
na maior significância desta metodologia em relação à simples memorização da informação,
método tradicionalmente empregado nas salas de aula. Segundo Rosito (2008), a utilização da
experimentação é considerada para o ensino de Ciências, como essencial para a aprendizagem
científica.
Dentro de todo arcabouço elucidado acima sobre o Ensino de Ciências, nosso
trabalho irá contemplar a experimentação e suas possibilidades, com enfoque na observação e
interpretação, com o uso de recursos didáticos tecnológicos, que serão descritos
posteriormente. De acordo com Cachapuz e Perez, os empiristas clássicos afirmam que a
ciência começa com a observação, devendo o observador registrar de um modo fidedigno
35
tudo aquilo que pode ver e a partir disso interpretar as informações obtidas, a fim de constituir
o conhecimento científico. A observação não é neutra, nem objetiva, devendo ser cada vez
mais preparada e mais orientada, através da mediação do professor, uma vez que os fatos
científicos são construídos, ou seja, resultam de um longo percurso através da teoria. Santos e
Praia ainda destacam que:
“Só por si um dado de observação não é entendido como
um dado científico. Para que o seja, tem que ser uma construção
da razão, inserido numa rede de razões, tem que ser visto com os
olhos da mente”. (Santos e Praia, 1992).
A observação deve funcionar como um processo de questionar as hipóteses que os
alunos sugerem, refinando as habilidades de interpretação dos mesmos. O Ensino de ciências
deve criar espaços para a imaginação e criatividade dos alunos, promovendo diversos tipos de
discussões. (Santos e Praia, 1992). E um dos espaços mais utilizados para estes tipos de
discussões seriam os laboratórios escolares ou mesmo os virtuais.
1.3 O LABORATÓRIO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
Os anos de 1950 e 1960 demandaram novas formas de ensino e vários órgãos
governamentais consideraram inovador para a época vivenciar o método científico pela
redescoberta. Instituições como o IBECC (Instituto Brasileiro de Ciência e Cultura), tinham
como pretensão melhorar o ensino de ciências para atender a demandas nacionais, produzindo
materiais didáticos como proposta de ensino baseado na experimentação. Desta forma, os
laboratórios escolares entraram em cena e passaram a ser valorizados tanto pelas escolas
quanto pelos professores, sendo sinônimo de bom ensino de ciências. Muitos cursos foram
oferecidos e kits foram distribuídos a escolas. Inovador, portanto, era o aluno ir ao laboratório
e ser colocado na situação de cientista, a fim de realizar experimentos seguindo um roteiro
estruturado para então, redescobrir os conhecimentos científicos, destacam Marandino, Selles
e Ferreira (2009).
36
O ambiente do laboratório escolar continuou sendo um espaço valorizado, mas o
método utilizado tornou-se obsoleto nos anos de 1980. Era necessário pensar em uma nova
forma de utilização do laboratório para que ele realmente contribuísse com o ensino e a
aprendizagem dos alunos, já que até então nada havia mudado. É possível perceber que o
ensino de ciências sempre esteve ligado a esse lugar: o laboratório, Junior (2002). De modo
que o fazer ciência ocorria e ainda ocorre duas vezes por semana, ou menos, quando os alunos
vão, em fila indiana, a esse lugar enigmático chamado laboratório, que de acordo com o olhar
do aluno, trata-se de um lugar onde se espera que ocorra uma pequena explosão ou uma
reação que libere um aroma característico, Golombek (2009). Ou seja, para muitos estudantes
e professores, a ciência depende do fazer experimento, do ir ao laboratório e vivenciar o
método cientifico.
É certo que a utilização do laboratório como espaço alternativo para o ensino traz
bons resultados, podendo despertar no aluno o interesse pelos conteúdos de Ciências, uma vez
que tais atividades estimulam a curiosidade e consequentemente a capacidade de investigação
do aluno, de forma que este não seja apenas ouvinte das informações transmitidas e sim
protagonista do conhecimento. Dessa forma, pode-se dizer que o uso do laboratório é uma
importante estratégia no processo de ensino e aprendizagem. As aulas de laboratório podem,
assim, funcionar como um contraponto das aulas teóricas, facilitando a fixação do conteúdo a
ela relacionado, descartando-se a ideia de que as atividades experimentais devem servir
somente para a ilustração da teoria, assinala Capeletto (1992).
Além disso, durante a atividade prática no laboratório o aluno consegue interagir
muito mais com seu professor, discutir com os colegas, elaborar hipóteses e realizar testes
para comprovar ou não suas ideias. Isso tudo, sem dúvida, resulta numa melhor compreensão
das ciências, Zimmermann (2005). Ainda nesse sentido, Souza (2005) destaca que as aulas de
laboratório possibilitam, ao aluno, construir conhecimentos e realizar mudanças conceituais. É
importante ressaltar que somente neste tipo de aula é que os alunos podem manusear
equipamentos, utilizar materiais e reagentes, muitas vezes até então desconhecidos para eles, e
presenciar fenômenos, (Reginaldo; Sheid; Güllich, 2012) fazendo com que a aula se torne
mais atraente e desafiadora.
Geralmente, numa sala de aula convencional, os alunos ficam sentados em
carteiras e cadeiras fixas, voltados para o lado onde fica o quadro e o professor.
Diferentemente, os laboratórios apresentam outro formato, onde o centro das atenções não é o
37
professor, mas os experimentos. Dessa maneira, trabalha-se uma proposta didática diferente,
uma vez que este arranjo arquitetônico do laboratório escolar permite maior interação dos
alunos com a experimentação, com o professor e entre os próprios estudantes, que se
associam em grupos para realizar uma determinada tarefa, exigindo cooperação de seus
integrantes. Como produto desta cooperação, o que se espera afinal, é que a organização e a
estrutura formem a base sobre a qual os estudantes irão desenvolver as atividades propostas,
de forma que todas estas situações exigem mais autonomia por parte dos alunos, Barolli e
Villani (2000).
Pode-se dizer o ambiente do laboratório escolar tem potencial para proporcionar
diferentes vivências, interações interpessoais e a observação de diversos experimentos que
geralmente são citados nas aulas teóricas. No entanto, para que todos esses pontos se
concretizem, é necessário que o espaço físico disponibilizado pela escola para tal fim tenha
boas condições e esteja apto para receber os alunos. O que se observa é que os laboratórios de
ciências, de uma maneira geral, apresentam dificuldades em relação à infraestrutura e à falta
de recursos necessários para o bom funcionamento das aulas práticas. Muitos laboratórios tem
ausência de um profissional capacitado, que fique responsável pela manutenção dos
equipamentos e garanta as condições mínimas de segurança aos alunos. Para Weissmann
(1998), é importante que o laboratório tenha boas condições de iluminação, presença de pias e
torneiras de acordo com a quantidade de aluno no local, mesas resistentes ao contato com
reagentes químicos e com um tamanho mínimo ideal de 50 x 980 cm.
Ainda nesta perspectiva, Krasilchik (2004) considera que os laboratórios
escolares devem estar situados no térreo e com portas de saídas de emergência, importante
para a segurança dos alunos, caso aconteça algum acidente. A autora também sugere que o
tamanho ideal para um laboratório é de aproximadamente noventa metros quadrados com a
capacidade máxima de trinta alunos (três metros quadrados por aluno). Ela ainda destaca que
para que as aulas práticas desenvolvidas na escola sejam satisfatórias e os experimentos que
envolvem o uso de microscópio despertem o interesse dos alunos, a ponto de desenvolverem
suas habilidades e competências, é necessário que para uma classe composta por trinta alunos,
estejam disponíveis no mínimo dez microscópios, no entanto, segundo os dados do Censo da
Educação do Brasil (BRASIL, 2011) este número parece distante da realidade de grande parte
das escolas públicas brasileiras, sem levar em conta ainda àquelas escolas que não possuem
38
sequer espaços físicos que comportem a estrutura de um laboratório, agravando mais ainda a
situação.
Ainda neste sentido, para que as aulas práticas sejam realmente satisfatórias, elas
não devem se limitar a nomeações e manipulações de vidrarias e reagentes, sendo essencial
que haja um espaço para reflexão, desenvolvimento e construção de ideias. Para Capelleto
(1992), é necessário que o próprio aluno raciocine e realize as diversas etapas da investigação
científica, sendo fundamental a problematização, que facilita ainda mais os estudantes no
processo de observação. Quando o professor ouve seus estudantes, consegue compreender
suas interpretações acerca das atividades propostas e adquire maneiras para instigá-los a olhar
de outro modo para o objeto em estudo (Brasil, 1998).
Segundo Capeletto (1992), é um equívoco gerar uma interdependência das
atividades práticas com a necessidade de um ambiente com equipamentos especiais e
sofisticados, já que os laboratórios de ciências são caros e a complexidade de montagem
desses equipamentos, muitas vezes, acaba constituindo uma forte barreira para que os
estudantes compreendam as ideias e conceitos propostos. Diante disto, chega-se a um
problema em relação à execução de aulas práticas no Laboratório de Ciências, uma vez que
este deve oferecer uma infraestrutura mínima, sendo necessário haver uma quantidade de
verba disponível nas escolas, o que, muitas vezes, não existe. Além disso, as aulas práticas
devem contemplar as propostas pedagógicas, uma vez que são essenciais para o processo de
ensino e aprendizagem dos alunos, porém, sem a infraestrutura necessária e a preparação
prévia dos professores, os objetivos não são alcançados e a experimentação no ensino de
ciências acaba sendo parte de um discurso sem aplicação. Uma alternativa oferecida para
superar as limitações quanto à falta de laboratórios é a utilização de laboratórios controlados
remotamente, Monteiro (2013).
De acordo com Rochadel (2013), a escassez de recursos, a falta de laboratórios e
a dificuldade de acesso limita uma aprendizagem mais prática, ancorada na experimentação. E
neste contexto pedagógico, o uso de recursos didáticos tecnológicos torna-se uma interessante
ferramenta para solucionar alguns problemas já mencionados anteriormente. A partir destes
dispositivos com acesso à internet, o aluno pode acessar a qualquer momento as atividades e
interagir com os equipamentos, relacionando seus conhecimentos prévios com a observação
atenta aos experimentos. Outro benefício importante da tecnologia como ferramenta é sua
utilização pelos alunos no contraturno do horário escolar, de modo que estes revisam
39
conteúdos aprendidos em sala de aula no seu tempo, destaca Simão (2013), que também
sugere que a utilização de experimentos remotos podem se dar de duas maneiras,
complementando os experimentos reais ou como uma única forma de experimento,
favorecendo aquelas escolas que não apresentam recursos de laboratórios que permitam
realizar determinados tipos de atividades.
Rochadel (2013) ainda destaca que proporcionar um envolvimento do aluno com
atividades remotas em seu próprio dispositivo móvel, reforça ainda mais a utilidade dos
laboratórios, pois os usuários estão sempre conectados e podem aprender e revisar conceitos
mesmo em movimento, no caminho da escola e com amigos. As ferramentas tecnológicas
podem facilitar e diminuir as dificuldades de aprendizagem, além de favorecerem o acesso a
novos conhecimentos e informações. O filósofo Adam Schaff (1990) acredita que o processo
de informatização apresenta efeitos em várias situações, principalmente na área educacional,
de modo que esta ferramenta passa a ser utilizada como fonte de opções para novas
descobertas e dessa maneira, precisa ser melhor compreendida em âmbito educacional.
A intenção de desenvolver um laboratório remoto é poder transformar e oferecer
desafios para que os estudantes se envolvam e se interessem por ciências, além de explorar o
conhecimento prévio dos mesmos. E o interesse dos alunos é uma exigência básica para que
despertem a curiosidade em realizar algo novo e se tornem dispostos a realizar atividades
cognitivas diferentes, desta forma, eliminam atitudes de natureza negativa em relação à
ciência (e.g. Zahorec, Haskova & Bilek, 2014). O laboratório remoto consiste em
equipamentos que podem ser monitorados e controlados à distância, Ogiboski (2007). Como
exemplo, temos o microscópio remoto desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia
Educacional, localizado no Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual do Instituto de
Biologia da Unicamp, que pode ser acessado por dispositivos portáteis e computadores.
Segundo Borges (2002), várias escolas possuem equipamentos e laboratórios,
mas estes nunca são utilizados, ou então há falta de recursos para aquisição de materiais de
reposição, falta de tempo dos professores para realizar o planejamento das atividades, ou
então os laboratórios encontram-se fechados e sem manutenção. Borges ainda ressalta que o
mais importante não é a manipulação de objetos e artefatos concretos, e sim o envolvimento
dos alunos a fim de buscar respostas bem articuladas. Atividades com simulações em
computador, por exemplo, cumprem o papel de envolver o estudante. Além disso, as
atividades práticas no laboratório físico apresentam tanto o problema como o procedimento
40
para resolvê-lo já pré-determinados, através de roteiros definidos, desta maneira, os alunos
acabam dedicando pouco tempo à análise e interpretação dos resultados.
Em Ciências, o mais importante não é tanto aquilo que sabemos, mas o processo
pelo qual chegamos a sabê-lo. Diversos autores concordam que seria interessante ensinar uma
série de competências relacionadas com os procedimentos de investigação da ciência
(Fumagalli, 1993; Harlen, 2000; Howe, 2002). Algumas habilidades e competências nesse
sentido são: a observação atenta de determinado problema, a descrição detalhada do que se
observa, comparação com os conceitos previamente ensinados, formação de perguntas
investigativas, criação de hipóteses e argumentação com base em evidências. É necessário
valorizar o uso do pensamento crítico dos alunos, considerando possíveis explicações
alternativas que estes podem compor. O mais valioso é que eles deem suas próprias
explicações sobre os fenômenos, independente de sua validade. Nesse sentido, a sequência de
atividades propostas neste trabalho visa contemplar o uso do pensamento crítico dos alunos,
valorizando as habilidades citadas anteriormente, que serão exploradas e reforçadas através do
uso de um Laboratório Remoto.
De maneira geral, neste tópico, observou-se que ambiente físico do laboratório
apresenta muitas contribuições em vários aspectos relacionados ao ensino de ciências. Porém,
para aquelas escolas onde este espaço tem muitas limitações, em termos de infraestrutura e
preparação para as aulas práticas, os professores podem optar por recursos diferentes e um
exemplo disso são as atividades remotas apresentadas neste trabalho. E mesmo aqueles
professores que desfrutam de um laboratório de ciências equipado, que obedece todas as
normas básicas de funcionamento e segurança também podem fazer uso de recursos didáticos
tecnológicos de forma a complementarem suas estratégias didáticas.
41
CAPÍTULO 2
2. PROBLEMAS E OBJETIVOS
2.1 PROBLEMAS DA PESQUISA
Muitas vezes os experimentos realizados no laboratório escolar ficam restritos à manipulação
de equipamentos e desenvolvimento de roteiros pré-determinados. Deste modo, a sequência
de atividades propostas neste trabalho visa contemplar as habilidades de observação,
descrição e interpretação dos alunos, que são fundamentais no processo de experimentação.
Tais habilidades serão contempladas a partir de atividades realizadas com o microscópio
remoto. A partir do meu interesse pelo tema, uma vez que leciono para estudantes do Ensino
Fundamental II e sinto demasiada carência no desenvolvimento de tais habilidades, uma
pergunta se tornou constante: Como os alunos relatam suas observações e interpretam
aquilo que apresentamos a eles? As atividades remotas possibilitam o desenvolvimento
das habilidades mencionadas?
2.2 OBJETIVOS GERAIS
O objetivo deste trabalho foi desenvolver atividades com o uso de um microscópio remoto
para o Ensino de Ciências no Ensino Fundamental II, a fim de auxiliar o processo de ensino e
de aprendizagem, dando enfoque na experimentação e nas habilidades que esta metodologia
pode oferecer, como por exemplo, no desenvolvimento da observação, interpretação e
descrição dos materiais fornecidos nas atividades. Além disso, buscamos conectar a prática
docente com recursos inovadores e tecnológicos, de modo que os professores pudessem
conhecer outros tipos de ferramentas educacionais, a fim de oferecerem a oportunidade para
que os alunos conheçam o funcionamento de um microscópio óptico e lâminas de diversos
tipos de exemplares.
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos do trabalho foram investigar a maneira como os alunos relatam suas
observações e interpretam os materiais apresentados nas atividades de microscopia remota.
42
CAPÍTULO 3
3. METODOLOGIA
A fim de desenvolver habilidades de observação, descrição e interpretação nos
estudantes, para que estes estejam preparados para “fazer” ciência, elaboramos duas
atividades que utilizaram o microscópio remoto e que abordaram assuntos sobre células e
tecidos. Percebeu-se que as aulas voltadas para experimentação na grande maioria das escolas
não proporcionam este tipo de desenvolvimento, ou porque as escolas não apresentam
ambiente adequado para tais discussões, como um laboratório, ou então porque as aulas
práticas se restringem à manipulação de vidrarias e cumprimento de receituários.
Nesse sentido, a ferramenta desenvolvida para aplicar as atividades é totalmente
independente de qualquer tipo de espaço escolar ou infraestrutura, necessitando apenas, de
acesso à internet, uma vez que as atividades ficavam disponíveis vinte e quatro horas por dia
em um site conectado à um microscópio online, capaz de fornecer imagens de diversos tipos
de lâminas. Através do uso da internet e com um equipamento de microscopia, é possível
obter acesso simultâneo e alcançar maior número de usuários, podendo coletar diversos tipos
de dados.
Após a elaboração do site e estruturação do microscópio remoto, realizamos a
implementação das atividades através de questionários do Google forms, que continham
perguntas relacionadas com as lâminas observadas. A divulgação da atividade e dos
questionários aconteceu através da pesquisadora responsável deste trabalho, que utilizou e
também ofereceu a ferramenta para outras professoras participarem com seus alunos. Estes
alunos tinham acesso a diferentes lâminas todos os dias durante o experimento, que
normalmente tinha duração de quatro a sete dias seguidos. A explicação de como funcionaria
o experimento se deu através de um vídeo gravado e editado pela pesquisadora. Após a
obtenção das respostas, verificou-se se estas tinham atendido aos objetivos propostos.
Utilizamos a metodologia da pesquisa baseada em design para estruturação das atividades.
Desta forma, após a avaliação das respostas analisávamos a necessidade de realizar alterações
no formato das atividades. Caso estas alterações fossem necessárias, implementávamos o re-
design, ou seja, uma nova atividade. A partir desta metodologia foram criados ciclos
relacionados à pesquisa em questão. O primeiro e o segundo ciclo tiveram duas atividades,
43
com os mesmos temas, porém, alteramos algumas características estruturais. Posteriormente
realizamos um terceiro ciclo com características diferentes. Os três ciclos se basearam nas
fases descritas abaixo.
3.1 PESQUISA BASEADA EM DESIGN
Percebeu-se através de pesquisas em educação que estas geralmente apresentam
caráter descritivo e experimental, mas poucas delas apresentam aplicação prática, segundo
Vidal (2013), que considera esta situação problemática, uma vez que a educação necessita de
transformações, incluindo a aplicação de conceitos na prática. A pesquisa baseada em design,
ou também conhecida como Design-Based Research (DBR), busca inovações práticas através
de propostas que incluem o uso de recursos digitais tecnológicos.
A Pesquisa baseada em Design é uma metodologia introduzida na área
educacional por Brown (1992) e Collins (1992), a partir do conceito de design experiments.
Os autores Mckenney e Reeves (2012) destacam 5 características da DBR:
Teoricamente orientada: as teorias são a base do processo de investigação.
Intervencionista: Utiliza-se da teoria para intervir no campo educacional, através de produtos
educacionais, novas propostas didáticas, programas educacionais, cursos e protocolos de
avaliação.
Colaborativa: todos os envolvidos na pesquisa devem colaborar de alguma forma com o
desenvolvimento do design.
Ao caracterizar o uso da pesquisa baseada em design no campo da educação,
Kelly (2004) destaca que a atividade de design está diretamente relacionada à criação e ao
desenvolvimento de um produto pedagógico. Contudo, é importante lembrar que estes
produtos não precisam, necessariamente, serem produtos materiais, como livros didáticos,
jogos, software, uma vez que incluem também, processos, estruturas de atividades e
currículos.
A justificativa para este tipo de pesquisa consiste no fato de que há falta de materiais
pedagógicos que integrem processos de reflexão e colaboração (ENYEDY e HOADLEY,
2006; MCKENNEY e VAN DEN AKKER, 2005). Segundo Kneubil, a pesquisa baseada em
44
design gerencia o processo como um todo, desde a ideia da criação até sua efetiva
implementação em um ambiente real. Uma importante característica da DBR é seu
funcionamento em ciclos, já que o que é aprendido de um primeiro design deve ser utilizado
nos próximos designs.
O desenvolvimento de uma sequência de DBR envolve algumas etapas ilustradas no
esquema abaixo: a seleção do tema, ou seja, os princípios de design e a criação do produto
(design). O gerenciamento do produto, bem como sua implementação em contexto real. Após
estas etapas, obtém-se os resultados, que devem ser gerenciados a partir de avaliações e caso
haja necessidade, aplica-se um re-design. Abaixo temos um esquema sobre a metodologia
DBR, segundo Kneubil.
Figura 1: Esquema da Metodologia DBR, segundo Kneubil.
.
Abaixo apresentamos as ideias do design relacionado com a pesquisa em questão.
i) Seleção do tema
ii) Design
iii) Implementação
iv) Avaliação
v) Re-design
Abaixo descreveremos cada uma das fases da pesquisa baseada em design.
45
3.2 SELEÇÃO DO TEMA
3.2.1 TEMA DO DESIGN: ESTUDOS DAS CÉLULAS, TECIDOS E O USO DO
MICROSCÓPIO.
A Biologia estuda os seres vivos, que são formados por células, unidades
estruturais e funcionais de todos os seres vivos, assim como Matthias Schleiden e Theodor
Schwann observaram no século XIX, através de observações de amostras de plantas e
animais, de modo que perceberam que, onde houvesse vida, haveria células, passando a serem
os criadores da Teoria Celular, ensinada até os dias de hoje no ensino de ciências (ALBERTS
et al., 2006). Desta forma, o estudo da célula se tornou de fundamental importância, já que é
necessário para a compreensão de processos vitais da biologia. Devido a importância do tema,
utilizamos o estudo das células e dos tecidos para compor as atividades remotas
desenvolvidas.
Os pioneiros em relação à descoberta da célula são Robert Hooke e Antonie van
Leeuwenhoek. O segundo era comerciante de tecidos e se utilizava de muitas lentes para
visualizar de maneira minuciosa cada parte dos tecidos que trabalhava, graças à essas lentes, o
comerciante desenvolveu um microscópio, o mais complexo da época. Com o uso deste
equipamento desenvolvido por ele mesmo, pôde observar uma gota de água, onde relatou que
havia inúmeros animálculos (conhecidos atualmente como protozoários). Os registros de
Leeuwenhoek sobre o que observara foram entregues ao membro da Royal Society, Robert
Hooke (GEST, 2004).
Robert Hooke também desenvolveu um microscópio onde observou um pedaço
de cortiça, de forma que originou o termo cell (célula, em português) pela primeira vez
através destas observações. Ele descreveu como cell as unidades individuais que formavam a
cortiça (HOOKE, R. Micrographia, p.563). O estudo da célula iniciou-se, então, a partir das
contribuições de Robert Hooke (1635- 1703) ao construir um microscópio composto. Após ter
acesso aos registros de Leeuwenhoek, Hooke colheu amostras de água do rio e confirmou o
que o comerciante havia descrito em seus registros.
Nos dias de hoje, a Biologia Celular ainda está presente no cotidiano da
sociedade, como por exemplo, na área da saúde, onde a importância da biologia celular se
revela através de exames citológicos, detecção e tratamento de doenças como o câncer,
46
infecções, até mesmo na produção de novos medicamentos. Além disso, o estudo celular se
faz presente nas análises alimentares e em investigações criminais. Segundo Teixeira (2008),
o estudo celular possibilita a solução para muitos problemas enfrentados na sociedade, além
do fato do estudo das células permitirem o conhecimento de nós mesmos. No entanto, como
afirmam Palmero e Moreira (1999), mesmo se tratando de um conceito importante para
conhecimento biológico, a célula é tida como uma estrutura complexa e abstrata na cabeça
dos alunos. Isso pode ocorrer devido ao fato de se tratar de uma estrutura que não é visível a
olho nu e, portanto, necessita de equipamentos que possibilitem seu estudo. Porém, a
aquisição destes materiais de custo elevado é muito difícil para instituições de Ensino Básico.
O estudo da citologia no Ensino de Ciências deve ser contextualizado, para
que o aluno perceba a célula como estrutura viva e não como uma estrutura isolada,
fundamental para a constituição dos seres vivos. De acordo com os PCNs:
“Não tem significado para os estudantes do terceiro ciclo
estudar funções e estruturas internas da célula, mas sim seu
papel como componente fundamental dos tecidos de um modo
geral. A observação direta dos tecidos e órgãos de outros
animais poderá ajudar o estudante a imaginar órgãos e sistemas
do corpo humano, auxiliado também por outros recursos de
observação indireta. Antes que os estudantes possam
sistematizar e dar significado à relação de inclusão entre
sistemas, órgãos, tecidos e células, é necessário, em várias
ocasiões, facilitar a comparação entre as dimensões dos
sistemas, órgãos e tecidos visíveis a olho nu e porções de tecidos
compostos por células só visíveis ao microscópio” (BRASIL,
1998, p. 75).
O que se denomina como tecido são grupos de células iguais que apresentam função
semelhante e que constituem diversos órgãos dos seres vivos. Além de células, são
constituídos por matriz extracelular, que contém macromoléculas importantes para o
funcionamento do organismo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). O ramo da biologia que
estuda os tecidos é denominado histologia e sua evolução contribuiu para que se
47
compreendessem as diferentes funções dos órgãos e esta evolução só foi possível graças ao
desenvolvimento de instrumentos tecnológicos (LINHARES, 2010).
Ao ensinar células e tecidos se verifica a dificuldade dos alunos no seu
entendimento e grande parte desta dificuldade ocorre porque estas estruturas não são visíveis
à olho nu, sendo o livro didático e o power point as únicas formas de abordar o assunto com
ao alunos. Segundo Buttow e Cancino (2007), o aprendizado de Histologia, no ensino
fundamental, consiste em aulas teóricas abordadas, quase sempre de maneira superficial, sem
ganhos cognitivos e sem interesse por parte dos estudantes. Mas então, como despertar o
interesse do estudante do ensino fundamental para o ensino de Histologia? Como Buttow e
Cancino (2007) ressaltam, o ideal seria um laboratório com microscópios e uma coleção de
lâminas permanentes que ilustrem os tecidos fundamentais.
Para Junqueira e Carneiro (1999) o método mais comumente utilizados no
estudo das células e tecidos compreende a obtenção de cortes histológicos para estudo em
microscópio óptico. Os objetos a serem visualizados precisam ser reduzidos a cortes finos e
suficientemente transparentes para serem visualizados. Porém, a realidade da maioria das
escolas brasileiras não apresenta o microscópio como recurso didático disponível em aulas
práticas. Desta forma, o ensino de histologia predomina-se em uma única forma de
representação, através de imagens de livros didáticos, gerando a necessidade de desenvolver
instrumentos que utilizem outras formas de representações, incentivando o aluno a pensar de
forma reflexiva, como aponta Laburú (2013).
3.3 DESIGN
Nesta fase criamos o produto que seria implementado para posterior avaliação.
3.3.1 LABORATÓRIO REMOTO
O LTE-experiments é um laboratório on-line que permite a realização de experiências
reais através de uma interface de controle remoto. O professor pode configurar um
equipamento e iniciar uma experiência recebendo a resposta dos dados em tempo real. Desta
maneira o aluno observa os experimentos pelo vídeo através de seu sistema de câmeras que
48
transmitem as imagens utilizando a tecnologia “streaming” (Figura 2) e tem acesso aos dados
coletados pelos sensores acoplados ao experimento.
Figura 2: Arquitetura dos experimentos remotos utilizados.
Com esta tecnologia o aluno não tem contato direto com equipamento laboratorial,
mas interage remotamente com o experimento, recebendo a resposta em forma de imagens,
dados e/ou e execuções da atividade proposta.
3.3.2 ARQUITETURA DO EXPERIMENTO
O hardware escolhido foi o Arduino1, por se tratar de um “Open-Source-Hardware” e
de fácil utilização. O modelo utilizado na implantação deste projeto foi o Arduino Uno
(Revisão 3), apresentado na Figura 3.
1 Arduíno: é uma plataforma de prototipagem em eletr nica, elaborado por Massimo Banzi e David Cuartielles
em 2005 na Itália, e tem como objetivo facilitar o desenvolvimento de projetos.
49
Figura 3: microcontrolador utilizado para ligar e desligar as lâmpadas.
O Arduino é composto de uma placa eletrônica (hardware) e de um ambiente de
desenvolvimento (software/IDE) para criação dos projetos pelos usuários. No experimento
desenvolvido foi necessário inserir comandos específicos para controle do modulo relé,
consequentemente controle das lâmpadas.
O controle do módulo relé foi feito pelas portas digitais 6, 7 e 8 do Arduino, e a
alimentação do módulo foi feita pelo pino 5V. No circuito da figura 4, utilizamos 3 lâmpadas
ligadas à rede elétrica de 220V.
3.3.3 STREAMING DE IMAGENS
Nos experimentos foram utilizadas dois tipos de câmeras: webcam longitech2 e câmera
digital para microscópio - celestron3, ambas com conexão USB, proporcionando assim
facilidade na comunicação com a placa de aquisição e transmissão de video, a RaspberryPi 33,
modelo B4 (figura 4).
2 webcam longitech: câmera com resolução de 3 megapixel, com iluminação automatic e conectividade USB.
3câmera celestron: câmera para microscópio, com resolução de 2 megapixel, e captura de video de 30fps,
conectividade USB.
4 RaspberryPi 3: o Raspberry Pi, modelo B é um computador baseado em um system on a chip (SoC), Broadcom
BCM2837 que inclui um processador de quarto núcleos de 1,2GHz (ARMv8 64-bits), wireless LAN e Bluetooth
e 4 portas USB. O RaspeberryPi foi desenvolvido no Reino Unido pela Fundação Raspberry Pi.
50
Figura 4: microcontrolador utilizado para acessar e transmitir as imagens das câmeras.
A placa da RaspberryPi é o responsável pelo gerenciamento e disponibilização do
streaming no formato MJPEG (Motion JPEG). O MJPEG é um formato de compressão de
vídeo na qual cada frame de vídeo é comprimido separadamente como uma imagem JPEG. O
Motion5 foi utilizado como o servidor de streaming, por ser de código aberto e de
configuração flexível.
3.3.4 MICROSCÓPIO REMOTO
Ao acessar o site do LTE experiments o aluno tem acesso ao microscópio remoto e a
vídeos explicativos gravados e editados pela equipe de pesquisadores. Os vídeos em questão
contém explicações de como irá funcionar as atividades um e dois, como por exemplo, os dias
em que as lâminas ficarão disponíveis e os horários de acesso.
5 Motion: http://www.lavrsen.dk/foswiki/bin/view/Motion/WebcamServer.
51
Figura 5: Vídeo explicativo sobre a atividade 1
Figura 6: Microscópio óptico conectado à câmera online e ao computador do LTE
52
Figura 7: imagens do site mostrando o microscópio óptico e a imagem da lâmina, bem como
os botões para acender e apagar a lâmpada.
Também foram disponibilizados aos alunos, em outra página do site, diferente da página dos
experimentos, outros dois vídeos explicativos de como ocorre a preparação de lâminas com
materiais histológicos, tanto de origem vegetal como animal, utilizando-se diferentes técnicas.
Figura 8: vídeos informativos disponibilizados no site
Na página do experimento, abaixo do questionário disponibilizado, colocamos algumas
imagens de um corte vegetal em aumentos diferentes, para que servisse como referência aos
alunos durante as observações.
53
3.4 IMPLEMENTAÇÃO
3.4.1 CONTEXTO DA PESQUISA
O projeto foi desenhado para atender e estimular professores da rede pública ou
privada de ensino, para que estes utilizem experimentos remotos com seus alunos,
aprimorando cada vez mais o ensino de ciências. As atividades foram disponibilizadas através
de um site previamente idealizado e foram direcionadas para alunos do Ensino Fundamental
II. A própria pesquisadora divulgou e disponibilizou o link para outros professores. No site,
era possível acessar textos de apoio e curiosidades, bem como as atividades propostas. Ao
montarmos esta pesquisa online, desenvolvemos atividades de microscopia que ficavam
disponíveis 24h por dia, através do microscópio remoto, de modo que após a visualização das
lâminas, os usuários tinham acesso a um questionário do Google forms com perguntas
relacionadas às imagens vistas. Estes usuários não eram identificados. Aplicamos as
atividades do microscópio remoto em quatro escolas diferentes e os professores de cada uma
delas contribuíram respondendo dois questionários, onde puderam apresentar os pontos
positivos da ferramenta. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Unicamp antes mesmo da coleta de dados e foi aprovado com número de CAAE:
53697216.3.0000.5404. Ao CEP, foi pedida a permissão para a coleta de dados a partir do site
online, através de questionários onde os participantes não são identificados. A seguir a
imagem representando o formato do questionário disponibilizado.
54
3.5 AVALIAÇÃO
A avaliação das respostas se deu através da Análise de Conteúdo, segundo Bardin.
3.5.1 ANÁLISE DE CONTEÚDO
A análise dos dados se deu através de uma análise de conteúdo, segundo Bardin. As
categorias foram determinadas a priori. Bardin (2011) sugere que a utilização da análise de
conteúdo apresente três fases fundamentais, a pré-análise, a exploração do material e o
tratamento dos resultados - a interpretação. Na fase de pré-análise ocorre organização do
material, envolvendo uma leitura flutuante, ou seja, um primeiro contato com os documentos
coletados e a seleção dos materiais que serão submetidos à análise. Nesta fase, não se deve
omitir nenhum dado e todos eles devem fazer referência ao mesmo tema.
Além disso, o conteúdo deve estar adequado aos objetivos da pesquisa. Também não
poderá haver dados classificados em mais de uma categoria. Na segunda fase as unidades de
registro deverão ser escolhidas e os dados posteriormente categorizados. As categorias foram
definidas a priori obedecendo aos conceitos de experimentação do referencial teórico, que
conceitua que toda experimentação deve ter a etapa de observação e posteriormente de
formulação de hipóteses.
Fazendo um recorte nos conceitos gerais de experimentação, criamos duas categorias:
Observação e Interpretação, de forma que a primeira se refere a todas aquelas respostas
onde o aluno observou a imagem e descreveu com detalhes, trazendo a maior parte dos
elementos visíveis em sua descrição. Já a segunda, será utilizada para respostas onde os
indivíduos trazem conclusões e definições sobre a imagem disponibilizada. As unidades de
registro correspondentes a cada uma das categorias são:
Observação: quando o aluno apresenta uma descrição detalhada sobre a imagem
disponibilizada, trazendo elementos como o formato, a coloração, a espessura e o tamanho do
exemplar.
Interpretação: quando o aluno define através de conhecimentos prévios sobre o que
refere a imagem, trazendo afirmações e sentenças verbais de que é um ser vivo ou não, de que
55
se trata de determinado tipo de objeto ou não, de que apresenta determinada característica
celular ou não.
56
CAPÍTULO 4
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo, apresentaremos os ciclos realizados durante o desenvolvimento da
pesquisa.
4.1 CICLO 1
O ciclo um foi desenvolvido através das fases da metodologia DBR. Abaixo descreveremos
como se deu a atividade um e dois do primeiro ciclo.
4.1.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1
Na fase de design, criamos um site no joomla, que ficava conectado a um microscópio
online, através de onde os usuários obtinham acesso a duas atividades diferentes de
microscopia. A primeira atividade traz aos educandos algumas lâminas com amostras
diversificadas. Estas lâminas foram preparadas pela pesquisadora e apresentam exemplares
que fazem parte do dia-a-dia do usuário. Muitas vezes o estudante tem curiosidade em saber
como é uma formiga num aumento maior, ou então visualizar sua própria unha e um pedaço
de cabelo num aumento de 1000x. Nesse sentido, o objetivo principal em escolher estas
lâminas foi possibilitar maior conhecimento para o aluno sobre coisas que fazem parte do seu
dia-a-dia e que poderiam lhe gerar curiosidades, conectando, desta maneira, a ciência e o
mundo ao qual o aluno pertence. No entanto, estes exemplares não são identificados, de forma
que o usuário não sabe o que há nestas lâminas, pois a intenção é que o aluno descreva e
interprete a imagem visualizada. A atividade tinha duração de 7 dias seguidos, sendo que a
cada dia uma lâmina diferente era disponibilizada ao vivo no site intitulado “Animálculo”. A
primeira lâmina era colocada às 14h do primeiro dia e retirada às 15h do dia seguinte. E todas
as vezes que o aluno visualizava uma lâmina diferente, deveria responder o questionário que
ficava disponível na própria página. As perguntas do questionário eram as seguintes:
Pergunta 1: É um ser vivo?
57
Pergunta 2:Como você classificaria esta imagem? Explique com detalhes o motivo desta
classificação.
Pergunta 3: Trata-se de um exemplar microscópico ou macroscópico?
Pergunta 4: Qual a Importância do Microscópio para esta observação?
Ao formularmos o questionário, pensamos que poderíamos obter resultados
satisfatórios em relação às respostas, ou seja, que nossas perguntas poderiam estimular a
habilidade de descrição, observação e interpretação dos alunos, uma vez que como mostrado
na pergunta 2, por exemplo, pedimos aos alunos uma explicação detalhada sobre o motivo da
classificação feita anteriormente, mas diferente do que imaginávamos, os alunos não
detalharam a imagem como esperávamos.
4.1.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1
Neste item, apresentaremos as lâminas disponibilizadas na atividade um, bem como as
respostas obtidas, que estão em anexo.
Lâmina 1:
Figura 9: Lâmina 1 – corte de unha – Atividade 1 – Ciclo 1
No caso da lâmina um, obtivemos onze respostas para a pergunta um, sendo que nove
delas diziam que a imagem se tratava de um ser vivo, enquanto apenas um aluno respondeu
que não era um ser vivo.
58
Para a pergunta dois, observamos que cinco usuários relataram que poderia ser um
animal. Uma das respostas dizia: “Eu classificaria essa imagem como um animal, pois eu
consigo ver várias bolinhas (células animais) e também, todos sabemos que se um organismo
não possuir células, ele será um ser não vivo”. Outros quatro alunos se referiam à imagem
como sendo uma planta ou uma células vegetal, como respondeu um dos alunos: “Eu
classificaria essa imagem como uma planta porque parece que tem vários quadradinhos
dentro dessa planta que são as células vegetais”.
Já o aluno que respondeu que não se tratava de um ser vivo, na pergunta dois ele disse
que se trata de um cabelo, devido a forma da imagem: “Eu classifico a imagem como sendo
um cabelo devido a forma na imagem ampliada”. Sobre ser um exemplar micro ou
macroscópico, quatro alunos acreditam ser um organismo microscópico, enquanto seis
acreditam ser um organismo macroscópico.
Lâmina 2:
Figura 10: Lâmina 2 – cabelo – Atividade 1 – Ciclo 1
Na lâmina dois, obtivemos sete respostas para a pergunta um, sendo que cinco delas
disseram que se tratava de um ser vivo, enquanto as outras duas acreditavam que não era ser
vivo.
Para a pergunta dois, quatro alunos relataram que a imagem tinha alguma relação com
um animal, ou pela presença de células animais ou porque não apresenta parede celular.
Algumas respostas foram: “Eu classificaria ela como animal porque não tem parede
59
celular”, “Eu classificaria essa imagem como um animal”. As outras três respostas disseram
que se tratava de um fio de cabelo. Quatro alunos acreditam ser um organismo macroscópico
e os outros três um exemplar microscópico.
Lâmina 3:
Figura 11: Lâmina 3 – Asa de Drosophila – Atividade 1 – Ciclo 1
Na lâmina três, obtivemos cinco respostas para a pergunta um, sendo que três delas
diziam que se tratava de um ser vivo, enquanto as outras duas acreditavam que não era um ser
vivo. Dois alunos responderam que poderia ser um vegetal. Um deles acreditava que se
tratava de um fio de cabelo, enquanto outro aluno disse que era a célula de um animal. Outro
aluno classificou com um ser não vivo e apresentou o motivo desta classificação: “Eu
classificaria essa imagem como um organismo não vivo porque se fosse um organismo vivo,
não teria esses riscos marrons na imagem do microscópio”.
60
Lâmina 4:
Figura 12: Lâmina 4 - corte de epiderme de Tradescantia – Atividade 1 – Ciclo 1
Para a lâmina quatro obtivemos três respostas para a pergunta um e todas elas diziam
que se tratava de um ser vivo.
Na pergunta dois, todos os alunos relacionaram a imagem com um vegetal, devido a
presença de células vegetais. Um deles descreveu características específicas da célula vegetal,
como a presença de parede celular e cloroplastos: “Eu classificaria ela como vegetal porque
tem parade celular e clroplasto”.
Lâmina 5:
Figura 13: Lâmina 5 – Formiga – Atividade 1 – Ciclo 1
61
Na lâmina cinco obtivemos duas respostas para a pergunta um, sendo que ambas
disseram que se tratava de um ser vivo. Na pergunta dois, ainda relataram que poderia ser um
inseto, pois observaram a presença de patas e a coloração do exemplar. Ambos acreditam que
se trata de um exemplar macroscópico. As respostas da pergunta dois foram: “Eu classificaria
como uma formiga, pois na lamina se parece muito por conta da cor e da forma” e “Um
inseto. Corpo achatado e uma pata articulada”.
Lâmina 6:
Figura 14: Lâmina 6 – Pulga – Atividade 1 – Ciclo 1
Na lâmina seis, observamos que os quatro alunos responderam que se trata de um ser
vivo. Dois deles classificaram como sendo um artrópode e um deles disse que se tratava de
uma célula animal, já que não apresenta parede celular. Uma das respostas foi: “Eu
classificaria como uma pulga, um aracnídeo, por conta da sua forma ela se parece muito com
uma pulga”. Outro aluno classificou a imagem como uma célula vegetal, devido a presença
de parede celular. Metade dos alunos acredita que se trata de um ser macroscópico, enquanto
a outra metade diz que é um exemplar microscópico.
62
Lâmina 7:
Figura 15: Lâmina 7 - Letra "F" – Atividade 1 – Ciclo 1
No caso da lâmina sete, obtivemos três respostas, sendo que todas elas responderam
que não era um ser vivo. Dois deles acreditam que se trata da letra F, de forma que
responderam: “Eu classificaria como um "F" ao contrario, pois tem a forma de um "F".
Outro aluno acredita que se trata de uma pedra. Todos eles acreditam que se trata de um
exemplar macroscópico.
Após a implementação do ciclo um analisamos as respostas e percebemos que
de maneira geral os alunos não descreveram as imagens apresentadas, ou seja, não detalharam
as características das lâminas. As respostas foram no sentido de definir e interpretar
diretamente a imagem, de modo que os alunos diziam que se tratava de uma pulga, de uma
formiga ou de um vegetal. Desse modo, pensamos que este tipo de resultado se deve ao fato
de que as perguntas que foram realizadas induziram ao tipo de resposta, uma vez que pedimos
aos usuários que classificassem a imagem e não para realizarem descrições. Perguntamos
também se era um ser vivo, de modo que este tipo de pergunta não induz o aluno a trazer
informações detalhadas sobre a imagem, ou seja, descrevê-la. Além disso, as perguntas sobre
ser um organismo micro ou macroscópico não nos trazem descrições e interpretações sobre a
lâmina. Desta forma, fizemos a reformulação do questionário para o ciclo dois.
63
4.1.3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 2
Para a atividade dois, preparou-se uma proposta com características semelhantes em
relação à primeira atividade, porém, com o uso de lâminas que apresentam cortes histológicos
animais, de maneira que os usuários consigam, após a observação, descrever a imagem
evidenciando os formatos distintos de cada uma das células que compõem os tecidos e ao
final possam perceber as diferenciações teciduais entre todas as lâminas disponibilizadas.
Os exemplos de lâminas que foram utilizadas são: tecido conjuntivo ósseo, sanguíneo,
tecido epitelial e tecido muscular. A atividade teve duração de quatro dias seguidos. A
primeira lâmina era colocada às 14h do primeiro dia e retirada às 15h do dia seguinte. Os
questionários ficavam disponíveis na própria página do experimento e eram compostos por
questões de múltipla-escolha (em relação ao tipo de tecido que compunha a lâmina). Ao
escolher a opção desejada, os usuários eram direcionados para uma pergunta sobre o porquê
da escolha de determinado tipo de tecido. Abaixo as questões do questionário:
Pergunta 1:
Qual o tipo de tecido presente na lâmina?
a) Tecido Epitelial
b) Tecido Conjuntivo Denso
c) Tecido Conjuntivo Frouxo
d) Tecido Conjuntivo Sanguíneo
e) Tecido Conjuntivo Adiposo
f) Tecido Conjuntivo Cartilaginoso
g) Tecido Conjuntivo ósseo
h) Tecido Muscular Liso
i) Tecido Muscular Estriado Esquelético
j) Tecido Muscular Estriado Cardíaco
Pergunta 2: Por que você acha que é um tecido ____________ (depende do tecido
escolhido)?
64
4.1.4 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 2
Neste item, apresentaremos as lâminas disponibilizadas na atividade dois, bem como uma
análise das respostas obtidas, que estão em anexo.
Lâmina 1:
Figura 16: Lâmina 1 - Esfregaço Sanguíneo – Atividade 2 – Ciclo 1
Para a lâmina um, de esfregaço sanguíneo, obtivemos duas respostas. Primeiramente,
os usuários deveriam escolher o tipo de tecido presente na lâmina. Os dois alunos
responderam que se tratava de tecido conjuntivo sanguíneo e as justificativas para a escolha
deste tecido foram: “Pois as células estão distanciadas que é uma característica do Tecido
conjuntivo” e “Pois apresenta os globulos brancos e os globulos vermelhos”.
65
Lâmina 2:
Figura 17: Lâmina 2 - Tecido Muscular Liso – Atividade 2 – Ciclo 1
Na lâmina dois também obtivemos duas respostas, sendo que as duas consideram a
imagem como sendo um tecido epitelial. Apenas um dos usuários ofereceu justificativa:
“Porque as células estão Justapostas (juntas), que é uma característica do Tecido Eptelial”.
Lâmina 3:
Figura 18: Lâmina 3 - Tecido Conjuntivo ósseo – Atividade 2 – Ciclo 1
Na lâmina três obtivemos três respostas, sendo que duas delas acreditam ser um tecido
conjuntivo sanguíneo, enquanto a outra diz ser um tecido epitelial. Os alunos que
responderam ser um tecido sanguíneo justificaram a escolha dizendo que a imagem apresenta
66
glóbulos brancos e vermelhos: “Porque parece que tem glóbulos brancos e glóbulos
vermelhos”. Já o usuário que acredita ser um tecido epitelial, justificou sua escolha da
seguinte maneira: “Porque as células estão justapostas”.
Lâmina 4:
Figura 19: Lâmina 4 - Pele – Atividade 2 – Ciclo 1
Na lâmina quatro, obtivemos quatro respostas e dentre estas três alunos disseram que
se trata de um tecido epitelial e um aluno respondeu que é um tecido muscular liso. Os alunos
que escolheram a opção tecido epitelial justificaram que o tecido apresenta células
justapostas, ou então que possui uma camada de queratina: “Porque tem células justapostas”
e “Pois possui as camadas da pele e a queratina”.
Implementamos as atividades do ciclo um com finalidade exploratória, a fim de testar
os equipamentos remotos. Fizemos o re-design, alterando algumas lâminas e o modelo de
perguntas do questionário, de modo a atingirmos nosso objetivo principal, que seria a criação
de perguntas que possibilitassem o desenvolvimento da capacidade de descrição dos
estudantes, levando a uma posterior interpretação e formulação de hipóteses dos mesmos. A
reformulação será descrita no ciclo dois a seguir.
67
4.2 CICLO 2
4.2.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1
Assim como na atividade um do ciclo um, esta atividade apresenta os mesmos
objetivos, porém tivemos algumas alterações na estrutura da atividade, a fim de alcançar os
objetivos propostos. A primeira alteração foi em relação à quantidade de dias em que as
lâminas foram trocadas. No ciclo um disponibilizamos sete lâminas durante sete dias
seguidos, mas no ciclo dois apresentamos cinco tipos diferentes de lâminas, de forma que a
atividade durou menos tempo, já que observamos que com muitos dias de experimento o
número de participantes vai diminuindo.
O horário também sofreu alteração, uma vez que passamos a colocar as lâminas às 8h
do primeiro dia e retirá-las às 8h do dia seguinte, pois acreditamos seria mais fácil para os
alunos se organizarem com os horários. Além disso, fizemos alterações nas perguntas dos
questionários, a fim de atingirmos nossos objetivos. Alguns exemplos de lâminas que foram
utilizadas são: formiga, corte de unha, asa de drosophila, fio de cabelo e letra F. O
questionário encontra-se abaixo:
Pergunta 1: Qual seu nível de escolaridade? (Neste caso eram disponibilizadas
algumas opções para seleção, sendo elas: 6º, 7º, 8º, 9º e outro).
Pergunta 2: Descreva o que você observou na lâmina.
Pergunta 3: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na
lâmina?
No caso do questionário, optamos por colocar apenas três questões, sendo uma delas
sobre o nível de escolaridade do usuário, para termos o controle sobre quem realiza as
atividades. A segunda questão é bem direta em relação ao objetivo geral da pesquisa, uma vez
que pedimos para que o aluno descreva suas observações. Na segunda questão esperávamos
que os alunos interpretassem o que estavam visualizando, criando hipóteses sobre o que
poderia estar sendo mostrado na lâmina, a partir de suas descrições prévias.
68
4.2.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1
Após a leitura das respostas, foram escolhidas aquelas que apresentam conteúdo
pertinente com o que se abordou nas atividades e desconsideradas respostas fora de contexto
ou que não fazem parte das categorias formuladas, como por exemplo, quando a resposta
apresentava palavras não compreendidas. A partir das respostas obtidas, que estão no anexo
um, fizemos a demarcação de cada uma delas em suas devidas categorias, obtendo-se
gráficos. As respostas foram classificadas em três categorias diferentes: interpretação,
observação e NDC (nenhuma das categorias). A primeira se refere àquelas respostas onde
os alunos já trazem conclusões e definições sobre o exemplar disponibilizado, ou seja, não
descrevem suas características para posteriormente criarem suas hipóteses e interpretações
partir dos elementos observados.
Por exemplo, quando disponibilizamos uma lâmina de formiga, esperamos que os
alunos descrevam detalhadamente suas partes observadas, ou seja, que o exemplar apresenta
mais de uma pata, coloração marrom e esqueleto dividido em mais de uma parte. Porém, o
que analisamos nas respostas é que os alunos já afirmam ser uma formiga. Porém, no ensino
de ciências não se pode realizar afirmações e conclusões sem antes ocorrerem investigações e
observações detalhadas dos objetos de pesquisa. Em contrapartida, na categoria “observação”,
espera-se que o estudante consiga descrever o mais detalhado possível todas as características
presentes no exemplar. E só após esta descrição interpretem o que foi observado. As
interpretações devem estar aliadas ao processo de investigação e criação de hipóteses, que só
se tornam possíveis após a realização de descrições. No caso da pergunta dois da atividade um
não classificamos as respostas de acordo com a categoria interpretação e observação, pois a
pergunta já direciona as respostas para a categoria interpretação, assim como as respostas dois
e três da atividade dois.
69
Lâmina 1:
Figura 20: Lâmina 1 - Formiga - Atividade 1 - Ciclo 2
Gráfico 1: porcentagem de respostas da Lâmina 1 -
Atividade 1- Pergunta 1
Na lâmina um, esperava-se que os alunos descrevessem a cor do exemplar,
destacando os tons marrons mais claros e escuros, as patas articuladas do animal, indicando
que pode ser um artrópode e a divisão do corpo do exemplar, de forma que é possível
observar que tem a cabeça diferenciada do tórax.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina
Na pergunta um da lâmina um, onde pedíamos para que o aluno descrevesse sua
observação, 60% das respostas se enquadraram na categoria interpretação e 37% na categoria
observação. Cerca de vinte e três alunos que interpretaram a imagem disseram que se tratava
de um invertebrado, definindo que seria um artrópode, alguns inclusive, afirmaram que seria
um inseto: “Observei claramente uma formiga, suas antenas, sua cabeça, parte de seu
corpo”, “Um invertebrado, provavelmente um inseto, amarronzado”. Alguns alunos ainda
interpretaram como sendo uma célula, dizendo que havia estruturas como membrana,
citoplasma e núcleo, ou então se referindo à uma bactéria, organismo procarionte: “um ser
parecido como uma bacteria ou célula”, “observei uma célula que possui núcleo,citoplasma
e estenção comprida na menbrana”. Dentre os alunos que interpretaram, quatro deles disse
37%
60%
3%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 1- Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
70
que se tratava de um animal, mas não ofereceu especificações. Uma minoria interpretou como
sendo ossos humanos e fio de cabelo.
Atividade 1 – Lâmina 1 – pergunta 2.
Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na
lâmina?
Gráfico 2: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 1- Pergunta 2
Neste caso, 100% dos alunos se encaixaram na categoria interpretação. Cerca de trinta
e sete respostas se referiam à imagem como sendo um artrópode, uma formiga, uma barata,
escorpião ou aranha. Outros quatorze alunos interpretaram que se tratava de algum tipo de
célula, bacteriana ou vegetal.
100%
0%
Quantidade de categorias em porcentagem para cada resposta da Atividade 1 - Lâmina 1 - Pergunta 2
Observação
Interpretação
NDC
71
Lâmina 2:
Figura 21: Lâmina 2 - Corte de Unha - Atividade 1 - Ciclo 2
Gráfico 3: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1-
Pergunta 1
Na lâmina dois, era importante que os alunos descrevessem a cor do exemplar,
variando entre tons de preto e marrom mais claro e mais escuro, diferenciando uma região
mais espessa de outra mais fina. Era importante também destacar o tamanho da imagem e sua
forma assimétrica.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina
No caso da lâmina dois, observamos que a categoria interpretação apresenta uma
porcentagem maior do que a categoria observação, com 62% a primeira e 34% a segunda.
Parte das respostas que se enquadram na categoria interpretação definiram que seria uma
célula, outros de uma célula vegetal e alguns ainda classificaram como uma célula bacteriana.
Outros afirmam ser um pedaço de algum vegetal, um tronco de árvore, uma folha ou um
34%
62%
4%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 2- Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
72
caule: “Algo como um tecido marrom ou algo parecido com um tronco de árvore”; “Parece
uma espécie de casca de árvore”; “um pedaço de tronco de arvore”; “Uma folha”. Outros
ainda definiram que seria um animal ou parte dele: “Uma formiga”; “um rabo de lagarta”;
“Observei o que parece ser um ácaro, pela coloração e formato”; “uma asa”; “Uma lesma
que se parece uma folha”; “Eu observei uma célula, mas diferente do que costumo ver, na
minha observação ela é uma célula que parece com um osso de um animal ou até mesmo
pode na minha opinião ser um vírus”; “Uma parte de um inseto”; “Possivelmente a costela
de uma formiga”.
Atividade 1 – Lâmina 2 – pergunta 2.
Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na
lâmina?
Gráfico 4: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 1- Pergunta 2
Neste caso, 95% dos alunos se encaixaram na categoria interpretação. Alguns alunos
interpretaram como sendo um artrópode, outros como uma célula, alguns acreditam ser uma
3%
95%
2%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade
1 - Lâmina 2 - Pergunta 2
Observação
Interpretação
NDC
73
bactéria, um fungo e outros um pedaço de árvore e algumas respostas ainda afirmavam que
seria um fio de cabelo.
Lâmina 3:
Figura 22: Lâmina 3 - Asa de Drosophila - Atividade 1- Ciclo 2
Gráfico 5: porcentagem de respostas da Lâmina 3 -
Atividade 1- Pergunta 1
Na lâmina três, os usuários deveriam descrever as cores presentes no exemplar,
destacando regiões mais claras com traços (linhas) mais escuros, bem como o formato, um
pouco oval com linhas paralelas.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina
Na lâmina três, observamos que a categoria interpretação se destacou com 51%.
Dentre as respostas obtidas na categoria interpretação, algumas definiram a imagem como
uma célula, uma bactéria ou ainda alguma estrutura celular. Outros alegaram que seria parte
de um inseto, como sua asa. Algumas respostas foram: “parece bactérias ou células”;
“Observei o que parece ter uma parede celular”; “Asa de inseto algo parecido com asas de
libélula”. Dentro da categoria observação, tivemos respostas bastante heterogêneas, mas todas
elas citavam algo relacionado com o formato ou a coloração, como por exemplo: “Riscos
46%
51%
3%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 3 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
74
azuis escuro”; “Observei na lâmina algo meio redondo e achatado, por fora tem vário
''pelinhos' e dentro uns risquinhos”; “Eu vejo algo cor de pele com um formato oval e 2
riscos vermelhos”; “Alguns tracos marrons”; “eu vi algo com um formato de uma asa, que
era marrom e branco”; “Eu observei que essa imagem é meio rosinha com umas linhas
alaranjadas e uns pontinhos pretos”.
Atividade 1 – Lâmina 3 – pergunta 2.
Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na
lâmina?
Gráfico 6: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 1- Pergunta 2
Segundo o gráfico, 95% das respostas definiram que poderia ser uma asa de inseto,
uma bactéria, uma célula vegetal e até mesmo parte de uma folha.
0%
95%
5%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 3 - Pergunta 2
Observação
Interpretação
NDC
75
Lâmina 4:
Figura 23: Lâmina 4 - Cabelo - Atividade 1 - Ciclo 2
Gráfico 7: porcentagem de respostas da Lâmina 4 -
Atividade 1- Pergunta 1
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.
Na lâmina quatro, observamos que grande parte das respostas se encaixou na categoria
observação, uma vez que esta categoria se apresenta 64% das respostas. Já a categoria
interpretação aparece com 33%. Dentre as respostas obtidas dentro da categoria observação,
destacaremos algumas aqui: “Eu observei uma fina linha de coloração escura”; “um fio
preto”; “Algo marrom e cumprido”; “Tipo de uma "linha grossa" marrom”; “É
marrom,largo e longo,tem um fio menor dentro do maior,o fio menor é bege e longo mas não
é largo”; “uma linha da cor marrom”. Já as respostas da categoria interpretação definiram a
imagem como sendo um fio de cabelo ou então algum pedaço de graveto. Alguns ainda
disseram que se tratava de um invertebrado, mais precisamente uma minhoca e outros
definiram como uma célula: “uma célula que eu não sei o que é”; “Graveto”; “Células de
um Tronco”; “é tipo uma minhoca marrom”; “Parecia os cabelos de uma pessoa, porque
tinha fios de cabelos embaixo da amostra”; “Um fio de cabelo”.
67%
30%
3%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 4 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
76
Atividade 1 – Lâmina 4 – pergunta 2.
Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na
lâmina?
Gráfico 8: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 1- Pergunta 2
Neste caso, 94% dos estudantes interpretaram a imagem como sendo um fio de cabelo.
Lâmina 5:
Figura 24: Lâmina 5 - Letra "F" - Atividade 1 - Ciclo 2
Gráfico 9: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1-
Pergunta 1
94%
6%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 4 - Pergunta 2
Observação
Interpretação
NDC
41%
57%
2%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 5 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
77
A lâmina cinco consiste em um papel com a letra F escrita com caneta azul. Era
importante que os usuários descrevessem as manchas em azul, compondo faixas em duas
direções diferentes, formando a letra F.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.
Na lâmina cinco 57% das respostas tiveram um caráter de interpretação, enquanto
41% das respostas se encaixaram na categoria observação. Aqueles alunos que observaram
trouxeram características como o formato, tamanho e coloração da imagem: “Eu vejo
pequenos pontos marrons aglomerados”; “uns pontos pretos”; “parece ser uma mancha
preta”; “Alguma coisa grande e azul”; “tem um monte de pontinhos pretos e são muitos
pequeno”. Já os alunos que tiveram suas respostas relacionadas com a categoria interpretação,
apresentaram as seguintes respostas: “Observei que os "pontinhos" estão se mexendo”; “no
caso pode ser uma célula procarionte ou eucarionte, que não são visíveis a olho nu”;
“sujeira, parece que está escrito um F, e umas partes mais sujas”; “São células que estão
unidas formando um tecido”; “um F”; “uma folha com algo escrito”; “Um risco de caneta”;
“parece alguma letra,a letra(F)”; “Parece uma escrita”; “um 6”. Podemos observar que
alguns alunos sugeriram que poderia ser uma célula, outros acreditam que pode ser uma
escrita, uma letra ou ainda um número.
78
Atividade 1 – Lâmina 5 – pergunta 2.
Pergunta 2: Baseado em sua descrição, o que pode estar sendo mostrado na
lâmina?
Gráfico 10: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 1- Pergunta 2
Na lâmina cinco, 98% dos alunos interpretou a imagem como sendo a letra F.
4.2.3 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 2
Esta proposta de atividade se assemelha com a atividade dois do ciclo um, porém,
fizemos um re-design, de modo que algumas características estruturais foram alteradas. A
atividade teve duração de cinco dias seguidos, sendo que a cada dia uma lâmina de um tecido
diferente foi disponibilizada ao vivo no site do projeto. A primeira lâmina era colocada às 8h
do primeiro dia e retirada às 8h do dia seguinte. Estas lâminas eram de tecidos animais e
vegetais. O objetivo principal desta atividade era analisar as habilidades dos alunos para
descreverem as características de cada tecido disponibilizado. Assim como na primeira
atividade, após a visualização das lâminas, os usuários poderiam responder um questionário
do Google forms, que está disponível abaixo.
98%
2%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 5 - Pergunta 2
Observação
Interpretação
NDC
79
1. Qual seu nível de escolaridade?
6º Ano
7º Ano
8º Ano
9º Ano
Outro
2. Descreva o que você observou na lâmina Atividade.
3. Qual seria o tipo de material biológico?
a) Tecido Epitelial
b)Tecido Muscular
c) Tecido Nervoso
d)Tecido Conjuntivo ósseo
e) Tecido conjuntivo sanguíneo
f) Tecido Conjuntivo cartilaginoso
g)Tecido Vegetal
h) Outro
4. Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com que você
associasse com este tecido?
4.2.4 RESPOSTAS OBTIDAS NA ATIVIDADE 2
Lâmina 1:
Figura 25: Lâmina 1 - Pele espessa - Hematoxilina e Eosina - Atividade 2 - Ciclo 2
80
A lâmina um contém um corte de pele espessa, que é composta basicamente por duas
porções:
Epiderme: composta por tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso
queratinizado. Esta região apresenta uma camada córnea cheia de queratina, e uma camada
constituída por células justapostas.
Derme: a derme é composta por tecido conjuntivo. É sobre a derme que a epiderme
está apoiada.
No caso desta lâmina, não era necessário que os usuários descrevessem de maneira
técnica o que observaram, mas que destacassem a presença de 3 camadas diferentes na
imagem, o que pode ser observado através das diferentes colorações. Poderiam descrever
também que a camada roxa apresenta células mais justapostas e que a camada em azul
apresenta as células mais espalhadas. Poderiam também descrever o formato de cada camada.
Além de descreverem que a camada em rosa era mais espessa.
Pergunta 1: descreva o que você observou na lâmina
Gráfico 11: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 2 - Pergunta 1
26%
70%
4%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade 2 -
Lâmina 1 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
81
Na lâmina um, observamos que 70% das respostas se encaixam na categoria
interpretação, uma vez que os alunos definiram que a imagem se parece com uma célula, um
tecido, alguns ainda acreditam que seja algo como uma tinta, ou então um pedaço de um
animal. Algumas respostas são mostradas a seguir: “Eu observei a lâmina e acredito que seja
uma flor ou a asa de uma borboleta”; “Eu vi células justapostas que se encontaram bem
juntas que não deixa nenhum tipo de substância passar”; “Eu observei a lâmina e acredito
que seja uma flor ou a asa de uma borboleta”; “Observei uma célula que parece um Tecido
Epitelial”.
Atividade 2 – Lâmina 1 – Pergunta 2
Pergunta 2: Qual seria o tipo de tecido biológico?
Gráfico 12: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade 2 - Pergunta 2
No caso da lâmina um, observamos algo interessante, pois 27% dos usuários acreditam
ser um tecido epitelial, uma vez que descreveram algumas de suas características, como por
exemplo, a presença de células justapostas e uma camada mais espessa, que seria a camada
27%
23% 4%
2%
10%
18%
8% 8%
Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 1
Tecido Epitelial
Tecido Muscular
Tecido Nervoso
Tecido Conjuntivo ósseo
Tecido conjuntivo sanguíneo
Tecido Conjuntivo cartilaginoso
Tecido Vegetal
Outro
82
constituída por queratina, substância impermeabilizante, além da função de proteção deste
tecido, que não deixa qualquer tipo de substância passar, como descrito nas respostas: “Eu vi
células justapostas que se encontaram bem juntas que não deixa nenhum tipo de substância
passar”, “Parece uma massinha. Na parte verde são células justapostas como na parte vinho
também. na parte vermelha parece que tem uns rasgos” e “OBSERVEI UMA CAMADA
ROSA UM POUCA MAS ESPESSA”.
Provavelmente estes alunos já tiveram algum tipo de contato com este conteúdo, de
modo que souberam descrever a imagem se utilizando de termos biológicos. No entanto, 23%
dos usuários, acreditam ser um tecido muscular, pois ao identificarem diferentes camadas na
imagem, como descrito por um dos usuários: “Algo com várias camadas e cores diferentes”,
podem ter relacionado a primeira camada com tecido muscular, uma vez que também
descreveram: “Tecido muscular liso”. Além disso, a coloração rosa da primeira camada pode
colaborar com a associação de que se trata de um tecido muscular, uma vez que este sempre
aparece com esta coloração em livros didáticos e materiais apostilados.
Atividade 2 – Lâmina 1 – Pergunta 3
Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com
que você associasse com este tecido?
A maioria dos usuários apresentaram alguma características relacionada com a
coloração da imagem. Alguns citaram sua forma e a presença de camadas. Alguns ainda
justificaram a escolha sugerindo que a imagem apresenta células justapostas, características
do tecido epitelial. Algumas respostas se encontram a seguir: “Esta imagem tem as camadas
do tecido epitelial. Nela apresenta células justapostas (igual ao tecido epitelial)”; “Que
aquela célula se encontrava justaposta”; “As três cores que a imagem tem”.
83
Lâmina 2:
Figura 26: Lâmina 2 - Sangue - coloração May-Grunwald Giemsa - Atividade 2 - Ciclo 2
A lâmina dois consiste em um esfregaço sanguíneo com células anucleadas
(eritrócitos) e glóbulos brancos, que no caso da posição da lâmina acima, é possível visualizar
um neutrófilo. Neste caso, os usuários deveriam observar que há dois tipos diferentes de
células na imagem, tanto em relação ao formato, como a coloração. Poderiam descrever o
formato arredondado / oval das células rosadas e o formato do núcleo dos neutrófilos, que
apresenta uma aparência de bastonete curvo, além de uma coloração diferente das células
ovais.
84
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina
Gráfico 13: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 2 - Pergunta 1
Na lâmina dois, 59% dos alunos se encaixaram na categoria interpretação e 41% na
categoria observação. Os usuários que interpretaram trouxeram termos científicos e
associaram a imagem com as células sanguíneas, os eritrócitos: “bolas vermelhas, algumas
estão juntas e outras separadas, para mim são as hemácias”. “Eu acho que seria algumas
celulas sanguíneas”; “células separadas com bastante substancias intercelulares”; “Eu acho
que são glóbulos vermelhos do sangue”. Já os alunos que ofereceram respostas mais
adequadas à categoria observação trouxeram descrições acerca do formato e da coloração das
estruturas presentes na imagem: “Bolinhas rosas”; “Pequenas bolas vermelhas”; “Bolas
rosas e uma roxo e o fundo branco”.
41%
59%
0%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade 2 -
Lâmina 2 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
85
Atividade 2 – Lâmina 2 – Pergunta 2
Pergunta 2: Qual seria o tipo de material biológico?
Gráfico 14: porcentagem de respostas da Lâmina 2 - Atividade 2 - Pergunta 2
No caso da lâmina dois, obtivemos 47% das respostas considerando ser um tecido
conjuntivo sanguíneo, o que realmente corresponde à imagem mostrada. Alguns usuários,
responderam que se tratava de um tecido epitelial, compondo 21% das respostas. Muitas
descrições identificaram que na imagem havia glóbulos vermelhos, o que provavelmente
influenciou na escolha correta do tecido biológico em 47% das respostas.
Atividade 2 – Lâmina 2 – Pergunta 3
Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com
que você associasse com este tecido?
Neste caso, muitos alunos justificaram sua escolha pelo tecido conjuntivo sanguíneo
pelo fato da imagem apresentar células do sangue, outros justificaram que de acordo com a
aparência e coloração da imagem se tratava de um esfregaço sanguíneo: “A cor, o formato a
21% 4%
8%
0%
47%
2%
10% 8%
Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 2
Tecido Epitelial
Tecido Muscular
Tecido Nervoso
Tecido Conjuntivo ósseo
Tecido conjuntivo sanguíneo
Tecido Conjuntivo cartilaginoso
Tecido Vegetal
Outro
86
estrutura”; “Os círculos vermelho, que são as células do sangue”; “Sua aparência,os vários
pontos e suas cores”; “Que são redondas e vermelhas e que perece as células do sangue”.
Lâmina 3:
Figura 27: Lâmina 3 - Músculo liso - Hematoxilina e Eosina - Atividade 2 - Ciclo 2
A lâmina três consiste em um corte de músculo liso formado por células longas, mais
espessas no centro e afilando-se nas extremidades. Neste caso, os alunos poderiam descrever
sobre a coloração da imagem, os espaços em branco existentes entre cada estrutura e o
formato alongado das células.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina
Na lâmina três notamos que a categoria interpretação se estabeleceu com 67% e a
categoria observação com 33%. Muitas respostas destacaram a coloração e formato da
imagem mostrada: “várias listras brancas e rosas”, "tiras de variados tamanhos e formas
rosa e com manchas sutis”, “Uma espécie de tecidos com linhas aleatorias como da pele de
uma zebra”.
87
Gráfico 15: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 2 - Pergunta 1
Atividade 2 – Lâmina 3 – Pergunta 2
Pergunta 2: qual seria o tipo de material biológico?
Gráfico 16: porcentagem de respostas da Lâmina 3 - Atividade 2 - Pergunta 2
32%
68%
0%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 2 - Lâmina 3 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
21%
48% 5%
4%
3%
7% 7% 5%
Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 3
Tecido Epitelial
Tecido Muscular
Tecido Nervoso
Tecido Conjuntivo ósseo
Tecido conjuntivo sanguíneo
Tecido Conjuntivo cartilaginoso
Tecido Vegetal
88
No caso desta lâmina, maior parte das respostas foi sobre a imagem ser um tecido
muscular, com 48%. Alguns alunos também acreditam ser um tecido epitelial.
Atividade 2 – Lâmina 3 – Pergunta 3
Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com
que você associasse com este tecido?
No caso da lâmina três, maior parte dos alunos selecionou a opção tecido muscular e
as justificativas para esta escolha foram em grande parte devido ao formato e à coloração que
a imagem apresentava. Algumas respostas foram: “Por causa de imagens e vídeos da
internet,que eram a musculatura do nosso corpo”; “as cores e o formato”; “POIS O
TECIDO E COM CAMADAS BRANCAS E O RESTO VERMELHO E ASSOCIE QUE
PODERIA SER UM TECIDO MUSCULAR”. Aqueles que não acreditam que imagem se
refere à um tecido muscular justificaram sua escolha devido algumas estruturas celulares,
como por exemplo: “as células são justapostas”.
Lâmina 4:
Figura 28: Ápice de raíz Zea mays – Azul de toluidina - Atividade 2 - Ciclo 2
Nesta imagem é possível observarmos a região da coifa, que confere proteção aos
outros tecidos, como: meristema apical da raiz e meristema fundamental. No caso desta
89
imagem, seria importante que os alunos observassem a diferença entre um tecido vegetal e os
tecidos animais vistos nas lâminas anteriores, a partir do formato das células, que apresentam
parede celular, uma vez que as células animais não apresentam esta estrutura celulósica.
Poderiam descrever sobre o formato das células, as colorações diferentes de acordo com a
parte da raiz, bem como o rearranjo das células em cada uma destas partes.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina
Na lâmina quatro, 70% das respostas se encaixou na categoria interpretação e 28% na
categoria observação. Dentre as respostas da primeira categoria, muitos alunos acreditam ser
uma célula ou um tecido, como descrito a seguir: “eu observei um tecido vegetal com varios
espaços, e esses espaços sao as células; São células vegetais formando um tecido; Uma
celula animal ou vegetal e o seu tecido, pode ser tbm a membrana plasmática”. Àqueles que
detalharam mais a imagem, ou seja, estão na categoria observação, apresentaram respostas
como: “No "centro" alguns riscos azuis e no meio alguns pontos cinzas e traços vermelhos”;
“E na ponta algumas "bolinhas" azuis”; “Tem algo aredondado que parece ser feito com
tracos azuis. Envolta tem algo em um tom de roxo claro e envolta disso tem algo azul mais
escuro. Tem riscos vermelhos”; “Linha finas de cor azul,com uma aparência semelhante a de
asas de insetos”.
Gráfico 17: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 2 - Pergunta 1
28%
70%
2%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade
2 - Lâmina 4 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
90
Atividade 2 – Lâmina 4 – Pergunta 2
Pergunta 2: Qual seria o tipo de material biológico?
Gráfico 18: porcentagem de respostas da Lâmina 4 - Atividade 2 - Pergunta 2
Na observação da lâmina quatro, 30% das respostas acreditam que se trata de um
tecido conjuntivo cartilaginoso, ou seja, que faz parte do nosso corpo, como descrito por
alguns alunos: “Eu acho que é uma parte do nosso corpo”. Além disso, umas das
características de tecido conjuntivo são as células separadas, com muita substância
intercelular, o que também foi descrito por alguns alunos, permitindo a associação com este
tecido biológico: "Borda azul, células espaçadas,bastante substância intercelular”. Por outro
lado, 23% dos alunos responderam que se trata de um tecido epitelial e a justificativa é que
eles obsevaram células justapostas: “vi celulas justapostas”, “Na lâmina eu vejo células
juntas”. E com 20%, temos o tecido vegetal, como alguns aluno descreveram: “Observei a
célula de um vegetal”.
23%
7%
7%
4% 2%
30%
20%
7%
Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 4
Tecido Epitelial
Tecido Muscular
Tecido Nervoso
Tecido Conjuntivo ósseo
Tecido conjuntivo sanguíneo
Tecido Conjuntivo cartilaginoso
Tecido Vegetal
Outro
91
Atividade 2 – Lâmina 4 – Pergunta 3
Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com
que você associasse com este tecido?
No caso da lâmina quatro as justificativas também se embasaram no tamanho, na
coloração e em elementos celulares para a escolha do tecido. Algumas respostas são: “Tem as
características da célula do vegetal”; “A forma circular”; “Uma monte quadradinhos”; “a
parte branca e cheio de pontinhos”; “Sua aparência”; “As células estão todas com formatos
semelhantes e ao seu redor está a parede celular”.
Lâmina 5:
Figura 29: Epiderme de cebola – Azul de Metileno - Atividade 2 - Ciclo 2
Na lâmina cinco, apresentamos um corte de epiderme de cebola que foi corado com
azul de metileno. É possível observarmos a parede celular das células vegetais, bem como o
núcleo de algumas delas, destacado em azul mais claro. Os alunos poderiam descrever a
imagem quanto aos traços espessos que dão formato às células e destacarem a presença do
núcleo de algumas células. Seria possível indicar também a presença do citoplasma.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina
Na lâmina cinco, evidencia-se maior porcentagem na categoria interpretação do que na
categoria observação, sendo a primeira com 72% e a segunda com 28%. No caso dos alunos
que interpretaram, tivemos respostas bastante heterogêneas em relação às descrições, uma vez
92
que alguns alunos disseram que seria uma célula, outros um ser vivo ou parte dele, como
apresentado a seguir: “Parecem folhas, que estão espalhadas e em alguns casos, em cima de
outra folha. Podem ser também algum outro tipo de planta ou coisa assim, pois parece muito
(por conta do formato)”; “Observei células justapostas”; “pele de inseto”; “uma asa de
algum inseto”; “Célula Vegetal”; “parece uma pele meio desgastada”.
Gráfico 19: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 2 - Pergunta 1
28%
72%
0%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e interpretação - Atividade 2 -
Lâmina 5 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
93
Atividade 2 – Lâmina 5 – Pergunta 2
Pergunta 2: Qual seria o tipo de material biológico?
Gráfico 20: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade 2 - Pergunta 2
Dentre as opções apresentadas aos alunos em relação aos tecidos biológicos, 36% dos
alunos responderam que se trata de um tecido epitelial e 32% um tecido vegetal. Pode-se dizer
que a porcentagem de usuários que escolheu tecido epitelial pode ter relacionado com este
tecido pelo fato das células estarem muito próximas uma das outras, fazendo com que
descrevessem que as células estavam justapostas, característica de tecido epitelial, como
descrito por alguns usuários: “Observei células justapostas” e “Células juntas”.
Atividade 2 – Lâmina 5 – Pergunta 3
Pergunta 3: Quais são as características da imagem que você viu que fizeram com
que você associasse com este tecido?
As respostas para a lâmina cinco apresentaram, em sua maioria, características
relacionadas com elementos celulares. Alguns identificaram a imagem como sendo de um
36%
0%
4%
8%
0%
8%
32%
12%
Respostas sobre o tipo de tecido biológico - Lâmina 5
Tecido Epitelial
Tecido Muscular
Tecido Nervoso
Tecido Conjuntivo ósseo
Tecido conjuntivo sanguíneo
Tecido Conjuntivo cartilaginoso
Tecido Vegetal
Outro
94
corte vegetal e outras justificaram ser um tecido epitelial devido a ocorrência de células
juntas. Alguns exemplos de respostas são: “Seu formato e (ver as imagens abaixo), as formas
que o tecido apresenta, são os que estão presentes em um tecido vegetal”; “essas aberturas
são na verdade células vegetais, porque eu consigo ver o seu formato, sua parede celular e
seus núcleos”; “que as celulas SÃO JUSTAPOSTAS”; “Células juntas”.
Ao compararmos as respostas do ciclo um em relação ao ciclo dois, observamos que o tipo de
pergunta feita no questionário influenciou bastante para que obtivéssemos descrições mais
detalhadas das imagens ao invés de interpretações e conclusões sobre os exemplares. Mesmo
assim, ainda observamos que existe uma tendência dos alunos em interpretar mais do que
observar, como analisamos no gráfico abaixo.
Gráfico 21: Porcentagem das categorias nas atividades 1 e 2 do ciclo 2.
Nesse sentido, pensamos em realizar um terceiro ciclo com o mesmo formato, no entanto,
acreditamos que os alunos deveriam ser melhor preparados para a atividade, uma vez que
muitos deles podem não saber a diferença entre observar e interpretar.
39%
59%
2%
Observação
Interpretação
NDC
95
4.3 CICLO 3
Realizamos um terceiro ciclo para investigar e comparar alguns resultados obtidos no
ciclo dois. Os ciclos anteriores se caracterizaram, de maneira geral, por respostas pertencentes
à categoria “interpretação”, de forma que os alunos realizaram poucas descrições sobre os
exemplares observados. Diante disto, fizemos um re-design e executamos um novo ciclo, que
continha apenas a atividade um.
4.3.1 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1
Assim como na atividade um do ciclo dois, esta atividade apresenta os mesmos
objetivos, porém alteramos algumas das lâminas que foram disponibilizadas. A atividade teve
duração de cinco dias seguidos, sendo que a cada dia colocávamos uma lâmina diferente para
observação no microscópio, os horários permaneceram os mesmos do ciclo dois, ou seja, as
lâminas eram trocadas sempre à 8h. Também mantivemos as perguntas do questionário, que
estão descritas abaixo. Alguns exemplos de lâminas que foram utilizadas neste ciclo são: asa
de drosophila, fio de cabelo, sal de cozinha, fita adesiva marrom e pedaço de unha.
Neste ciclo, a professora, que inclusive é a pesquisadora deste trabalho, realizou uma
preparação prévia com os alunos em relação às habilidades exigidas, esclarecendo a diferença
entre interpretar e observar diversos tipos de exemplares. Enfatizamos a importância de uma
preparação dos alunos pois nos outros ciclos os professores disseram que seus alunos foram
orientados apenas em relação ao funcionamento das atividades, de modo que não esclareceu-
se aos alunos como deveria ser realizada uma observação e sua posterior descrição, bem como
a realização de interpretações e criação de hipóteses. A pesquisadora preparou, desta maneira,
uma aula introdutória sobre a diferenças entre as habilidades exigidas no processo de
experimentação e em seguida aplicou o ciclo três em seus alunos do 6º ano.
Pergunta 1: Qual seu nível de escolaridade? (Neste caso eram disponibilizadas
algumas opções para seleção, sendo elas: 6º, 7º, 8º, 9º e outro).
Pergunta 2: Descreva o que você observou na lâmina.
96
A partir das respostas obtidas, que estão no anexo um, fizemos uma seleção e posterior
categorização, assim como foi feito no ciclo dois. Os resultados obtidos encontram-se abaixo.
4.3.2 RESULTADOS OBTIDOS NA ATIVIDADE 1
Lâmina 1:
Figura 30: Lâmina 1 – Fita adesiva marrom - Atividade 1 - Ciclo 3
Gráfico 22: porcentagem de respostas da Lâmina 1 - Atividade
1 - Pergunta 1
Nesta lâmina, esperava-se que os alunos destacassem a textura, que preenche 100% da
imagem e a coloração. Observam-se regiões mais escuras, regiões esverdeadas e com
pontinhos brancos.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.
Nesse caso, 100% dos alunos se encaixaram na categoria observação. As respostas dos alunos
foram as seguintes: “eu observei que tem um negocio muito verde escuro cheio de bolinhas
com uma mancha preta no meio e muitas manchas brancas emcima. A imagem fica piscando
e parece que ta mexendo”; “É algo verde e parece interligado”; “Tem algumas coisas
brilhando em alguns lugares e outros estão escuros e o objeto é verde”; “eu observei uma
imagem marrom misturada com amarelo e verde escuro, essa imagem aparece partes mais
100%
0%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 1 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
97
escuras e outras mais claras e também parece ter pequenos espacinhos entre eles”;
“Aparentemente é esponjoso ou aspero, e a cor e semelhante a algum marrom esverdeado”.
Observa-se que 100% dos alunos apresentaram detalhes da imagem. Em nenhuma resposta
encontramos definições do que poderia estar contido na lâmina.
Lâmina 2:
Figura 31: Lâmina 2 – sal de cozinha - Atividade 1 - Ciclo
3
Gráfico 23: porcentagem de respostas da Lâmina 2 -
Atividade 1 - Pergunta 1
Na lâmina dois, esperávamos que os alunos descrevessem o aglomerado de cor
marrom escuro no centro da imagem, com formato irregular. Além do fundo branco da
imagem e pequenos pontos escuros espalhados.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.
Assim como na lâmina um, também obtivemos 100% das respostas pertencentes à
categoria observação. Algumas respostas são: “Eu observei algo bem pequeno e um pouco
quadrado”; “Parece ser varias bolhinhas pretas juntas umas nas outras e tem umas bordas
verdes”; “aparentemente muitas bolinhas pretas no centro e "riscos" a redor”; “algo preto
com formas de bola deformadas e algumas juntas e outras separada e as que estão separadas
são traçinhos”; “Eu vejo uma parte da figura que parece tres quadradinhos juntos ,preto e
um pouco de marrom e outra parte da lamina nao tem nada”.
100%
0%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 2 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
98
Todas as respostas desta lâmina apresentaram as características da imagem como
ponto principal, de forma que nenhuma das respostas trouxe uma conclusão, uma
interpretação definida sobre a lâmina.
Lâmina 3:
Figura 32: Lâmina 3 – unha - Atividade 1 - Ciclo 3
Gráfico 24: porcentagem de respostas da Lâmina 3 -
Atividade 1 - Pergunta 1
Na lâmina três, era importante que os alunos descrevessem a cor do exemplar,
variando entre tons de preto e marrom mais claro e mais escuro, diferenciando uma região
mais espessa de outra mais fina. Era importante também destacar o tamanho da imagem e sua
forma assimétrica.
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.
Nesta lâmina, 100% dos alunos foram inseridos na categoria observação, já que descreveram
as características da imagem. Nenhum usuário trouxe uma definição do que pode ser o
exemplar. Alguns exemplos são: “eu observei que uma parte é marrom esverdeado com preto
e outra parte da lamina parece não ter nada, em algumas partes da figura encontra-se mais
100%
0%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 3 - Pergunta 1
Observação
99
escuras do que outras”; “Ha uma superfície verde-escuro com uma parte semi-
transparente”; “Forma iregular com marom e amarelo”.
Lâmina 4:
Figura 333: Lâmina 4 – fio de cabelo - Atividade 1 - Ciclo 3
Gráfico 25: porcentagem de respostas da Lâmina 4 -
Atividade 1 - Pergunta 1
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.
Na lâmina quatro observou-se que 80% dos alunos apresentaram mais características da
imagem do que definições concretas, de forma que foram classificados na categoria
observação. Neste caso, 13% das respostas apresentaram algum tipo de afirmação conclusiva
a respeito do exemplar, como podemos analisar nas duas respostas a seguir: “Eu observei um
corpo marrom,fino,com supostos olhos”; “verde e de forma cilindrica,fino e parece ter
celulas a seu redor”. Ao mesmo tempo em que estas respostas trazem elementos a respeito do
formato e da coloração da lâmina, um dos alunos afirma que há células ao redor da estrutura e
o outro diz que o corpo supostamente apresenta olhos. Alguns exemplos de respostas da
categoria observação são: “Algo que parece ser cilíndrico, que seja um pouco longo, de cor
acastanhada”; “algo marrom comprido”; “Um fio de cor marrom”.
80%
13% 7%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 4 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
100
Lâmina 5:
Figura 344: Lâmina 5 – Asa de Drosophila - Atividade 1
– Ciclo 3
Gráfico 26: porcentagem de respostas da Lâmina 5 - Atividade
1 - Pergunta 1
Pergunta 1: Descreva o que você observou na lâmina.
Nesta lâmina de asa de Drosophila, 58% das respostas trouxeram características da imagem e
foram classificadas na categoria observação. Respostas como: “Nesta lâmina eu observei que
existem linhas marrons passando por uma parte clara com pontinhos pretos bem pequenos.
Na borda da imagem tem coisas iguais a pelinhos ou cílios”, podem ser consideradas na
categoria observação pois descrevem elementos como o formato: “linhas”, ou como a
coloração “marrom”, “parte clara” e tamanho. No caso desta lâmina 42% das respostas
trouxeram elementos que consideramos conclusivos em relação ao exemplar. Por exemplo,
quando o aluno traz a afirmação: “Asa de inseto”; “pequenos tecidos de células; um tecido
de celulas bem fininha”.
Após analisarmos as respostas obtidas no ciclo três e compararmos com os dois outros ciclos
aplicados, percebemos que neste último as estatísticas indicaram que as respostas, em sua
maioria, se encaixaram na categoria observação, como mostrado no gráfico abaixo:
58%
42%
0%
Gráfico de Porcentagem das Categorias Observação e
interpretação - Atividade 1 - Lâmina 5 - Pergunta 1
Observação
Interpretação
NDC
101
Gráfico 27: Porcentagem das categorias na atividades 1 do ciclo 3.
Desse modo, percebemos uma alteração significativa dos resultados em relação aos ciclos
anteriores, uma vez que 87% dos alunos relataram suas observações de maneira detalhada,
apresentando as características da imagem. Enquanto 11% dos usuários trouxeram conceitos
definidos sobre os exemplares. Considerando que os alunos que participaram do ciclo três
foram preparados pela professora, pode-se dizer que a preparação foi um processo
fundamental para obter os resultados acima.
4.3.3 CARACTERIZAÇÃO DOS USUÁRIOS QUE RESPONDEM AOS
QUESTIONÁRIOS
Na atividade um, o nível de escolaridade dos usuários variou entre o 6º ano ao
8º ano do Ensino Fundamental, tendo 65,5% de alunos representando o 6º ano, 21% o 7º ano,
12,2% o 8º ano e 1,3% dos usuários escolheram a opção outros, representando o ensino
superior.
87%
11%
2%
Observação
Interpretação
NDC
102
Gráfico 28: porcentagem de alunos que participaram da atividade 1
Na atividade dois, o nível de escolaridade dos alunos variou entre o 5º ano
do Ensino Fundamental I e o 8º ano do Ensino Fundamental II. Sendo 60,6% de estudantes
representando o 6º ano e 36,9% representando o 7º ano, como mostrado no gráfico abaixo.
Gráfico 29: porcentagens de alunos que participaram da atividade 2
4.4 COMO OS PROFESSORES UTILIZARAM A FERRAMENTA
Abaixo, apresentaremos algumas perguntas realizadas para os professores que participaram
com seus alunos das atividades 1 e 2 do microscópio remoto. Estas perguntas foram realizadas
através da ferramenta Google forms.
Pergunta 1: Quais atividades você utilizou do Laboratório remoto?
Professor 1: “Atividade 1e 2”.
103
Professor 2: “Atividade 1 e 2”.
Professor 3: “Atividade 1 e 2”.
Professor 4: “6º ano - atividade 1 e 2”.
Pergunta 2: Com que série você utilizou cada uma das atividades acima?
Professor 1: “7º ano”
Professor 2: “Utilizei no 7o e 8o do Ensino Fundamental”
Professor 3: “ambas foram realizadas com 6º ano do EF”
Professor 4: “6º ano”.
Pergunta 3: Com que finalidade você realizou cada uma das atividades com cada
turma?
Professor 1: “Com a finalidade de visualização de tecidos e células nunca vista pelos alunos
por um microscópio”.
Professor 2: “Com o objetivo de permitir aos estudantes desenvolver a observação e a
descrição dessas obervações”.
Professor 3: “Para que os alunos tivessem contato com diferentes tipos de seres vivos e
observassem que todos são compostos por células, e que há diferenças entre elas. Além disso,
estimular a curiosidade dos alunos, para procurarem saber mais sobre os diferentes tipos de
seres vivos”.
Professor 4: “Atividade 1: para estimular o levantamento de hipóteses e comparações das
imagens do microscópio com algo que já tenham visto, bem como treinar habilidades como
observar e descrever. Atividade 2 para conhecimento e comparação das diversas formas e
funções celulares”.
Pergunta 4: Quais os conteúdos você estava lecionando para cada uma das séries
quando realizou cada uma das atividades? (Detalhe o máximo possível)
Professor 1: “Estava trabalhando com tipos de células”.
Professor 2: “8 ano - tecidos; 7 ano – células”
Professor 3: “Os alunos estavam aprendendo sobre as características dos seres vivos, sobre a
estrutura das células e tecidos animais”.
Professor 4: “Conceito de célula; abordagem de suas três partes básicas; relação entre a
forma e função celular”.
104
Pergunta 5: Como você preparou cada turma de cada série para a realização de cada
uma das atividades?
Professor 1: “Não especificamente, eles tiveram o conteúdo e sem compromisso eles fizeram a
atividade do microscópio e debatemos sobre o que eles haviam observado”.
Professor 2: “Não houve uma preparação especial para a atividade, além das explicações em
si para sua realização”.
Professor 3: “Os alunos tiveram aulas teóricas, com resolução de exercícios, aulas práticas
em laboratório e a observação através do microscópio remoto”.
Professor 4: “Com perguntas referentes ao microscópio e sobre as características gerais da
célula. Preparação também com base no material apostilado adotado pelo colégio, onde os
assuntos abordados correspondem à pergunta anterior”.
Pergunta 6: Quais foram as instruções passadas aos alunos para a realização de cada
uma das atividades?
Professor 1: “Eles entram no site, observaram o material e responderam as questões”.
Professor 2: “Expliquei a atividade em sala e enviei um roteiro explicativo, através da
plataforma digital da escola, no qual estava também o link da atividade e direcionamentos do
que teriam que fazer, como, por exemplo, a ênfase nas observações e descrições das
lâminas”.
Professor 3: “Os alunos deveriam acessar o site e tentar identificar as estruturas, se eram
compostas por células ou não, se pareciam ser macroscópicas ou microscópicas”.
Professor 4: “Atividade 1: Que o experimento teria duração de 5 dias seguidos, sendo que a
cada dia seria colocada uma lâmina diferente para observação. E todos os dias os alunos
deveriam responder as questões dispostas no formulário. Ao acessarem o link, eles deveriam
assistir ao vídeo explicativo e acender a lâmpada do microscópio e da lâmina. Deveriam
observar atentamente as lâminas, responder ao questionário e enviar. Atividade 2: Que
deveriam, igualmente, acessar o site durante 5 dias seguidos, sendo que, a cada dia
encontrariam uma lâmina com um material biológico diferente para ser visualizado. A
primeira lâmina, no primeiro dia, seria colocada no período da manhã e retirada no dia
seguinte”.
Pergunta 7: Liste alguns comentários feitos pelos alunos durante a realização de cada
uma das atividades.
105
Professor 1: “Como foi sem compromisso de saber o que estavam observando, eles
visualizavam e respondiam o questionário. Depois eles perguntaram se era real o que eles
tinham visto. Quando souberam que era real e podiam manipular o microscópio a distancia
eles ficaram surpresos e alguns alunos disseram que iria acessar novamente”.
Professor 2: “Como a atividade foi feita em casa, não tenho muitos comentários específicos
que fizeram durante a atividade. No entanto, muitos alunos comentaram que acharam
interessante e durante o retorno que dei a eles sobre a atividade, ficaram surpresos”.
Professor 3: “De forma geral, os alunos acharam a atividade interessante, por terem mais
contato com os microscópios. A maior curiosidade era saber se eles acertaram as
estruturas/seres vivos que foram observados”.
Professor 4: “- Que massa! - A luz não acendeu! - Vi uma coisa estranha! - Não consegui
visualizar. - Estou curtindo muito! Quando terminar esta atividade, quando haverá outra? -
Quanto custa um microscópio? - Eu sei como se constrói um microscópio caseiro! - Tinha
uma lâmina que parecia o espaço sideral!”
Pergunta 8: Que retorno você deu aos alunos após a realização de cada uma das
atividades?
Professor 1: “Somente fizemos comentário sobre a atividade”.
Professor 2: “Peguei o arquivo com as respostas compiladas e fiz uma apresentação em
power point, para dar um retorno a eles, comentando o que realmente era cada imagem, o
que eles colocaram, o que eles descreveram e o que era esperado”.
Professor 3: “Fizemos uma discussão em sala e os alunos fizeram prova”.
Professor 4: “De modo generalizado abordando a importância da descoberta do
microscópio, áreas de utilização do microscópio, bem como um breve histórico”.
Pergunta 9: O conteúdo específico das atividades foi cobrado em alguma das avaliações?
(Detalhe)
Professor 1: “Não”
Professor 2: “As atividades foram um dos componentes da nota de trabalho dos alunos”.
Professor 3: “Sim, e os alunos apresentaram bons resultados na avaliação”.
Professor 4: “Sim. Com imagens das células, onde o aluno deveria identificá-las e descrever
sua função”.
Pergunta 10: Você pretende realizar esta atividade de novo futuramente?
Professor 1: “Sim”
106
Professor 2: “Sim”
Professor 3: “Sim”
Professor 4: “Sim”
Pergunta 11: Quais foram os pontos positivos da realização desta atividade?
Professor 1: Foi observar o interesse dos alunos em retornar a fazer novamente a atividade e
de ver novas lâminas.
Professor 2: “Permitir aos alunos um contato maior com o mundo microscópio, mas sem a
estrutura necessária em sala”.
Professor 3: “Tornou mais próximo dos alunos coisas que eles não faziam ideia que pudessem
fazer parte do dia a dia”.
Professor 4:“Ferramenta atual e acessível à todos os alunos. Maior exploração do conteúdo
e de habilidades que contribuem globalmente no processo de aprendizagem”.
Pergunta 12: Quais foram os pontos negativos da realização desta atividade?
Professor 1: “A dificuldade que alguns alunos tiveram em acessar o site”.
Professor 2: “Tivemos muitos problemas com o site. Muitos alunos afirmaram não conseguir
entrar no site ou então não conseguir visualizar nada (a tela do microscópio estava preta)”.
Professor 3: “Por ser remoto, não temos controle dos alunos que fazem realmente. Muitos
alegaram que não conseguiram acessar o site em alguns dias”.
Professor 4: “Somente de interface: 1. Problemas no acesso ao link. 2. Frustração de alguns
alunos por não conseguirem visualizar uma lâmina durante a sequência da atividade, por
problemas na lâmpada do microscópio”.
Pergunta 13: Como ficou sabendo da existência do laboratório remoto do LTE?
Professor 1: “Por meio de uma amiga que faz parte do laboratório”
Professor 3: “Através de uma professora, que faz parte da equipe do LTE (profª Carmen)”
Professor 4: Através da professora Carmen.
Pergunta 14: Em quantas escolas você da aula?
Professor 1: “Uma”
Professor 3: “Em uma escola”
Professor 4: “Uma”
Pergunta 15: Qual o tipo de escola você leciona?
Professor 1: “Privada”
Professor 3: “Privada”
107
Professor 4: “Privada”
Pergunta 16: Em quais séries você dá aula?
Professor 1: “7º e 8º ano”
Professor 3: “6º ano do ensino fundamental II e 1º ano do ensino médio”
Professor 4: “Ensino Fundamental II e Ensino Médio, completos”.
Pergunta 17: Quantos alunos tem por turma?
Professor 1: “15”
Professor 3: “6º ano = 30 alunos / 1º EM = 40 alunos”
Professor 4: “Média de trinta e cinco alunos”.
Pergunta 18: Em quais séries você aborda o assunto sobre microscopia?
Professor 1: “7º e 8º ano”
Professor 3: “no 6º ano”
Professor 4: “6ºs anos”
Pergunta 19: Você realiza experimentos com seus alunos?
Professor 1: “sim”
Professor 3: “sim”
Professor 4: “sim”
Pergunta 20: Na sua escola há laboratório de ciências?
Professor 1: “não”
Professor 3: “sim”
Professor 4: “sim”
Pergunta 21: No laboratório de ciências tem microscópio óptico?
Professor 1: “Temos apenas 1”
Professor 3: “sim”
Professor 4: “sim”
Pergunta 22: Que atividades você gostaria de usar com seus alunos?
Professor 1: “Qualquer atividade disponível é válida”
Professor 3: “a atividade do microscópio remoto”.
Professor 4: “atividade 2”
Em relação às respostas dadas pelos professores, podemos observar que a maioria
realizou as duas atividades propostas com alunos do Ensino Fundamental II. Percebe-se que
108
todos eles estavam lecionando conteúdos sobre as células e os tecidos, de forma que as
atividades remotas de microscopia contribuíram com as aulas dos professores. Segundo estes,
não houve nenhum tipo de preparação especial com os alunos para a realização das atividades,
mas ofereceram instruções de como acessar o microscópio e a respeito do preenchimento do
questionário. Em relação às percepções dos alunos sobre as atividades, segundo os
professores, os alunos acharam interessante e ficaram surpresos com o fato de que o
microscópio pode ser acessado de casa. Todos os profissionais pretendem utilizar novamente
o microscópio remoto e apresentaram alguns pontos positivos e alguns negativos. Em relação
aos primeiros, os professores se mostraram satisfeitos com as atividades, uma vez que
acharam interessante o fato dos alunos terem contato com novas lâminas através de uma
ferramenta tecnológica e poderem observar estruturas de forma real, que são citadas nas aulas
teóricas. O professor dois,por exemplo,afirmou como ponto positivo do uso do laboratório
remoto o fato de que os alunos adquirem contato maior com o mundo microscópico sem que
haja necessidade de haver estrutura necessária no laboratório de ciências. Já o professor três,
ressaltou que a aplicação das atividades tornou mais próximo dos alunos coisas que eles não
faziam ideia que pudessem fazer parte do dia-a-dia.
Dentre os pontos negativos, os professores destacaram que os alunos apresentaram
dificuldades no momento de acesso ao site. Os professores que utilizaram as atividades
alegaram que há microscópio disponível para uso na escola particular em que lecionam, mas
mesmo assim gostaram de utilizar as atividades remotas, nos mostrando que elas podem servir
como um apoio, um complemento e uma ferramenta para a prática docente, sem a intenção de
substituir as aulas práticas presenciais no laboratório de ciências.
109
CAPÍTULO 5
5.1 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma das perguntas da pesquisa foi como se dá a descrição dos alunos a partir
de suas observações e se as atividades oferecem possibilidades para que os alunos treinem
suas habilidades de observação, descrição e interpretação, contribuindo para o ensino de
ciências e a experimentação. A partir dos dados coletados, categorizados e quantificados,
podemos criar hipóteses a respeito destas duas perguntas. Assim como Oliveira (2010)
ressalta, a experimentação deve contemplar o exercício de algumas habilidades como a
observação e a descrição de registros a respeito do que se observa, assim como foi realizado
nas atividades descritas desta pesquisa.
Primeiramente, ao analisarmos as atividades dos ciclos um e dois,
percebemos que os estudantes que participaram provavelmente já tiveram algum contato com
o tema “células e tecidos” em sua grade curricular, pois em todas as lâminas, pelo menos uma
das respostas faz referência à presença dessas estruturas. Muitos usuários devem relacionar o
uso do microscópio com a presença de células, assim como aprendem na escola, de maneira
que estas características aparecem nas respostas. Apesar destas estruturas não serem sempre
visíveis nos exemplares, na maioria das vezes, estão presentes nas descrições realizadas. Isso
também pode ser constatado quando analisamos a faixa etária dos usuários que participaram
das atividades, pois percebemos que são estudantes do 3º e 4º ciclo (5ª a 8ª série) e como
definido pelos parâmetros curriculares nacionais, o estudo de células e tecidos é obrigatório
na grade curricular desta etapa do ensino fundamental, como mostrado no documento oficial:
“Não tem significado para os estudantes do terceiro ciclo
estudar funções e estruturas internas da célula, mas sim seu
papel como componente fundamental dos tecidos de um modo
geral. A observação direta dos tecidos e órgãos de outros
animais poderá ajudar o estudante a imaginar órgãos e sistemas
do corpo humano, auxiliado também por outros recursos de
observação indireta. Antes que os estudantes possam
sistematizar e dar significado à relação de inclusão entre
110
sistemas, órgãos, tecidos e células, é necessário, em várias
ocasiões, facilitar a comparação entre as dimensões dos
sistemas, órgãos e tecidos visíveis a olho nu e porções de tecidos
compostos por células só visíveis ao microscópio”.
Em relação à capacidade de observação e interpretação, percebemos que maior
parte dos usuários, no ciclo um e dois, na pergunta em que pedimos para que eles descrevam a
lâmina, a tendência dos alunos é sempre trazer algum tipo de conclusão ou afirmação a
respeito dos exemplares. Por exemplo, na lâmina de formiga, ao invés de descreverem suas
estruturas, respondem que se trata de um inseto ou uma formiga. No entanto, em uma
descrição não se espera que o aluno afirme ou defina nada e sim observe e escreva
informações detalhadas sobre as características da imagem. No processo de experimentação
existem etapas onde o cientista deve realizar testes, discussões, observações, descrições e
criação de hipóteses antes mesmo que apresentar afirmações ou conclusões.
Diante desta estatística, onde a maioria dos alunos mais interpreta do que
observa e descreve, podemos criar hipóteses de que os estudantes provavelmente não tem o
hábito de realizar descrições e esta habilidade também não é desenvolvida com os mesmos.
Outra justificativa seria no caso dos alunos observarem a imagem e já relacionarem com algo
conhecido. Pode ser que em uma situação como esta sintam-se mais seguros para dar uma
resposta conclusiva, de forma que a descrição passa a ser uma etapa desnecessária. Outro
ponto que poderia justificar as estatísticas do ciclo dois seria a falta de preparação dos alunos
por parte do professor para a realização das atividades. Nesse sentido, ao executarmos o ciclo
três, a professora realizou uma preparação com a turma a fim de esclarecer com os estudantes
a diferença entre interpretar e observar, além de definir o que se espera em uma descrição.
Ao analisarmos os resultados, constatamos que provavelmente tenha tido efeitos positivos
incorporar a preparação mais incisiva, uma vez que grande parte dos alunos, em todas as
lâminas, descreveram os exemplares de maneira mais detalhada, sem trazer conclusões,
afirmações e definições do que se imagina sobre o exemplar.
A habilidade de descrição deve permitir a reprodução mental do objeto e as
observações e interpretações são apoiadas em ideias individuais, podendo haver, para um
mesmo fenômeno, interpretações diferentes para cada observador (BORGES, 2007), como foi
constato nas respostas acima, onde obtivemos respostas heterogêneas para uma mesma
111
lâmina, como foi o caso da lâmina de asa de Drosophila, em que alguns alunos descreveram
que se trata de bactérias, outros identificaram que poderia apresentar parede celular e outros
ainda afirmaram que poderia ser a asa de um inseto: “parece bactérias ou células”;
“Observei o que parece ter uma parede celular”; “Asa de inseto algo parecido com asas de
libélula”.
Definições tão diferentes para uma mesma imagem se relacionam com o
conhecimento prévio de cada indivíduo, pois alguns deles podem ter visto uma imagem de
bactéria que se assemelhe com a imagem apresentada na atividade ou então podem ter
visualizado a parede celular das células vegetais em livros, por exemplo, de modo que este
conhecimento anterior influenciou no momento de sua descrição da imagem, pois mesmo com
poucas informações concedidas na atividade, os alunos conseguiram trazer conceitos
biológicos e interpretar os dados oferecidos. Deste modo, percebemos que a atividade tem
potencial para promover uma interação do indivíduo com o objeto de conhecimento, uma vez
que proporcionaram aos estudantes a realização de comparações.
Já na pergunta dois da atividade um esperávamos que os alunos criassem
hipóteses, a partir de suas próprias descrições. A interpretação requer uma observação e uma
descrição prévia, pois a partir destas análises é que se pode sugerir sobre o que se trata
determinado objeto, utilizando-se também do conhecimento prévio. Neste caso, as respostas
eram bastante objetivas, de modo que os alunos já traziam uma definição para o exemplar, ou
seja, respondiam que era uma planta, uma formiga, um cupim, uma célula ou então um
animal, não trazendo, na maioria das vezes, as justificativas para tais definições.
Nas respostas dos professores percebemos que a maioria deles leciona em
escola particular, que apresenta laboratório de ciências equipado com microscópio. Mesmo
assim, todos eles desejam realizar novamente as atividades remotas. Estes fatos nos fazem
analisar que recursos didáticos tecnológicos não apresentam o objetivo de substituírem os
laboratórios reais e sim fazerem parte de um ensino híbrido, onde o professor consiga aliar à
sua prática docente o uso do laboratório presencial, que apresenta seus pontos positivos, como
a possibilidade de um estudo em grupo, com trocas de experiências e a manipulação de
equipamentos, com a utilização de recursos que desenvolvam competências diferentes, como
as abordadas nesta pesquisa.
Se realizássemos um quarto ciclo de atividades, poderíamos fazer algumas
alterações, dentre elas em relação à preparação dos alunos. Poderíamos, por exemplo, gravar
112
vídeos explicativos sobre as habilidades exigidas nas atividades, com intuito se conscientizar
os estudantes a respeito dessas características do processo de experimentação. Outra mudança
pertinente seria em relação às perguntas feitas aos alunos no questionário, pois poderíamos
acrescentar um item onde eles pudessem sugerir maneiras de investigar sobre o que se trata a
imagem da lâmina, uma vez que excluímos a capacidade investigativa das atividades.
Conclui-se, desta maneira, que as atividades propostas a partir do ciclo dois
apresentam potencial para averiguar ou desenvolver as habilidades de observação,
interpretação e descrição. Além disso, observou-se que no ciclo três, onde os alunos foram
preparados previamente para as atividades, as respostas se caracterizaram muito mais na
categoria observação, diferentemente do ciclo dois, que os alunos interpretaram mais do que
observaram. Diante destes dados, pode-se dizer que a experimentação remota depende do
suporte do professor, não sendo totalmente independente de preparações prévias. Pode-se
dizer também que ferramenta utilizada para coletar os dados oferece muitas oportunidades,
uma vez que pode ser acessada de vários dispositivos, simultaneamente, otimizando assim, o
tempo do professor e dos alunos. Além disso, não necessita de qualquer tipo de espaço escolar
ou infraestrutura, exigindo apenas de acesso à internet. Trata-se, portanto, de um recurso
atual e que está diretamente ligado com o dia a dia dos estudantes que se encontram na era
digital.
113
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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121
7. ANEXOS
7.1 ANEXO 1: Tabelas de respostas dos alunos referentes ao ciclo 1
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 1
Participante É um
ser
vivo?
Como você classificaria essa
imagem? Explique em
detalhes o motivo desta
classificação.
Trata-se de um
exemplar
microscópico ou
macroscópico?
Qual a Importância
do Microscópio para
esta observação?
1 Sim Parece a cabeça de um inseto,
uma formiga, dá para ver algo
que pode ser uma das antenas,
um olho e a boca
Macroscópico Dá para ver em
detalhes que eu não
veria a olho nú
2 Sim Um orgão de alguma parte de
um animal
Um exemplar
macroscopicos
Para observar as suas
células
3 sim. Uma celula vegetal porque deu
para ver aparede celular.
microscópico. A importancia do
microscópio serve para
observar pareticulas
microscópicas.
4 Sim. Eu classificaria essa imagem
como uma planta porque
parece que tem vários
quadradinhos dentro dessa
planta que são as células
vegetais.
Trata-se de um
exemplar
macroscópico.
A importância é que
para ver se é uma
planta ou animal, a
gente tem que ver se as
células são vegetais ou
animais.
5 sim eu classificaria esta imagem
como uma celula animal,
porque ela não tem parede
celular.
trata-se de um
exemplar
microscopica
A importância do
microscopio é ampliar
a imagem para poder
observa-la com mais
detalhes(ou para ver a
celula).
6 Não Eu classifico a imagem como
sendo um cabelo devido a
forma na imagem ampliada.
macroscópico Conseguir ver com
mais detalhes e a
imagem ampliada
122
7 Sim Eu classificaria como uma
célula vegetal, pois ela esta
sobre um microscópio e o
formato e a cor e muito
parecido mesmo sabendo q
existe muitas VARIEDADES
de CÉLULAS. Ana Flávia
Microscópico. O microscópio ele
aumenta o tamanho, e
por conta disso, ele fez
que nessa observação
fique maior.
8 Ser Eu a
9 Sim Um inseto pois as patas se
parecse
Macro Pois ele e muito
pequeno
10 Sim. Eu acho que é uma planta, pois
tem alguns pontinhos.
Microscópico. Ver as menores partes
desse ser vivo.
11 Sim. Eu classificaria essa imagem
como um animal pois eu
consigo ver várias bolinhas
(células animais) e também,
todos sabemos que se um
organismo não possuir células,
ele será um ser não vivo.
Trata-se de um
exemplar
macroscópico.
A importância é que o
microscópio ajuda a
gente a observar o que
tem dentro de um ser
vivo ou não vivo.
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 2
É um
ser
vivo?
Como você classificaria
essa imagem? Explique
em detalhes o motivo
desta classificação.
Trata-se de um
exemplar
microscópico ou
macroscópico?
Qual a Importância do
Microscópio para esta
observação?
12 Eu
acho
que
sim.
Acho que são células que
estão perto de fios de
cabelo ou pelos
Macroscópico Se não fosse o microscópio
não conseguiríamos ver as
células nem o pelo ou
cabelo tão bem
13 sim Eu classificaria ela como
animal porque não tem
parede celular
Trata-se de um
exemplar
microscópico
A importância do
microscópio para esta
observacão é para ampliar a
123
imagem para poder ver
melhor
14 sim animal porque não tem
parede celular
trata-se de um
microscopico
a importacia do micrscopio
é ampliar a imagem pra ver
com mais detalhes
15 Não Fio de cabelo....devido ao
formato e coloração
macroscópico Observar o fio de cabelo
em tamanho maior.
16 Sim Eu classificaria como uma
célula animal, uma célula
da bochecha pois eu vi
uma e era muito parecida.
Microscópico. Sem o microscópio nunca
conseguiria ver se era uma
célula animal.
17 Sim. Eu classificaria essa
imagem como um animal.
Trata-se de um
exemplar
macroscópico.
O microscópio é importante
para a observação de um
organismo vivo ou não vivo
para ver do que ele é feito.
18 Não. Eu classificaria como um
fio de cabelo.
Macroscópico. Na verdade não fez muita
diferença pois ele só
aumentou o tamanho, nos
conseguimos ver em olho
nu bem fraquinho mas
conseguimos
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 3
É um
ser
vivo?
Como você classificaria
esta imagem? Explique
em detalhes o motivo
desta classificação.
Trata-se de um
exemplar
microscópico ou
macroscópico?
Qual a Importância
do Microscópio para
esta observação?
19 Sim. Eu classificara como uma
célula vegetal, ela se parece
muito com uma folha.
Microscópico. Nessa observação
aumentou muito, pois
se n tivesse ele não
conceguiriamos ver
em olho nu
124
20 Não,
são
células
mortas
eu classificaria como fios
de cabelo pois se parece
muito fios de cabelo
macroscópico, pois
eu acho que são
fios de cabelo!
Para essa observação o
microscópio é
importante para se
enxergar mais de perto
os fios de cabelo, se
for fios de cabelo!
21 Sim,
mas é
um
vegetal
Uma folha de uma árvore. Macroscopico Para podemos
enxergar com mais
facilidade
22 Não. Eu classificaria essa
imagem como um
organismo não vivo porque
se fosse um organismo
vivo, não teria esses riscos
marrons na imagem do
microscópio.
Trata-se de um
exemplar
macroscópico.
A importância do
microscópio é que a
gente usa para
aumentar o tamanho
de algo e saber do que
ele é feito.
23 Sim Uma célula de um animal Microscópico Para podermos
enxergar as células
mais perto
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 4
É um
ser
vivo?
Como você classificaria
esta imagem? Explique
em detalhes o motivo
desta classificação.
Trata-se de um
exemplar
microscópico ou
macroscópico?
Qual a Importância
do Microscópio para
esta observação?
24 Sim. Eu classificaria como uma
célula vegetal, da para
perceber q colocaram uma
pétala de uma flor no
microscópio, e a cor a
forma e muito parecida.
Microscópico. Sem o microscópio
nessa observação, não
conseguiria ver nada
muito menos ver oque
existe através da
folha.
25 Sim. Eu classificaria essa
imagem como uma alga
Trata-se de um
exemplar
A importância é que
com o microscópio
125
porque eu estou vendo
musgo e células vegetais
nela.
macroscópico. nós conseguimos ver
além de um animal ou
uma planta.
26 Sim Eu classificaria ela como
vegetal porque tem parade
celular e clroplasto
se trata de um
microscopio
a importancia do
microscopio é ampliar
a imagem para ver os
detalhes
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 5
É um
ser
vivo?
Como você classificaria
esta imagem? Explique
em detalhes o motivo
desta classificação.
Trata-se de um
exemplar
microscópico ou
macroscópico?
Qual a Importância
do Microscópio para
esta observação?
27 Sim Um inseto. Corpo achatado
e uma pata articulada.
Macroscópico Ver em detalhe as
estruturas do corpo
28 Sim. Eu classificaria como uma
formiga, pois na lamina se
parece muito por conta da
cor e da forma.
Macroscópico. Ele fez que os
detalhes dessa formiga
aumentasse, isso
também fez que
apreciasse todos os
detalhes dela
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 6
Participante É um
ser
vivo?
Como você classificaria
esta imagem? Explique
em detalhes o motivo
desta classificação.
Trata-se de um
exemplar
microscópico ou
macroscópico?
Qual a Importância
do Microscópio para
esta observação?
29 sim Uma célula animal porque
não possui parede celular.
Um exemplar
microscópico
porque você
precisa de um
A importância do
microscópio para esta
observação é porque
precisamos do
126
microscópio para
ver a célula.
microscópio para ver
partículas pequenas
que não conseguimos
ver a olho nu
30 Sim. Eu classificaria esta
imagem como uma pulga
porque ela tem pelinhos em
algumas aberturas que eu
comparei a outra foto
semelhante a essa.
Trata-se de um
exemplar
macroscópico.
Porque nos
exemplares
microscópicos, da
para ver todo o corpo,
mas no macroscópico,
só da para ver a
cabeça da pulga.
31 sim eu classificaria ela como
vegetal porque tem parede
celula
Microscopico a importancia é
ampliar a imagem pra
pder ver com mais
detalhes
32 Sim. Eu classificaria como uma
pulga, um aracnídeo, por
conta da sua forma ela se
parece muito com uma
pulga.
Macroscópico. A importância do
microscópio foi q ele
aumentou o tamanho,
e mostrou com mais
detalhes essa pulga.
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 1 – Lâmina 7
Participante É um
ser
vivo?
Como você classificaria
esta imagem? Explique
em detalhes o motivo
desta classificação.
Trata-se de um
exemplar
microscópico ou
macroscópico?
Qual a Importância do
Microscópio para esta
observação?
1 Não. Eu classificaria essa
imagem como uma pedra
pois eu vejo a imagem
com manchas grandes e
pequenas.
Trata-se de um
exemplar
macroscópico.
A importância é poder ver o
que existe dentro de uma
pedra.
2 Não. Eu classificaria essa
imagem como um F
escrito bem pequenininho,
Macroscópico. Aumentar o F de tamanho,
dando para ver a tinta
perfeitamente.
127
como o último
esperimento.
3 Não. Eu classificaria como um
"F" ao contrario, pois tem
a forma de um "F".
macroscópico. A importância foi que deu
para perceber que todo
experimento colocado no
microscópio é visto ao
contrario.
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 1 – Lâmina 1
Participante Qual o tipo de tecido
presente na lâmina?
Por que você acha que é um tecido conjuntivo
sanguíneo?
1 Tecido conjuntivo
sanguíneo
Pois as células estão distanciadas que é uma
característica do Tecido conjuntivo.
2 Tecido conjuntivo
sanguíneo
Pois apresenta os globulos brancos e os globulos
vermelhos
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 1 – Lâmina 2
Participante Qual o tipo de tecido
presente na lâmina?
Por que você acha que é um tecido epitelial?
3 Tecido Epitelial Porque as células estão Justapostas (juntas), que é uma
característica do Tecido Eptelial.
4 Tecido Epitelial Sem resposta
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 1 – Lâmina 3
Participante Qual o tipo de tecido
presente na lâmina?
Por que você acha que é um Tecido conjuntivo
sanguíneo? (participantes 5 e 6). Por que você acha que
é um Tecido Epitelial? (participantes 7).
5 Tecido conjuntivo
sanguíneo
Porque parece que tem globulos brancos e globulos
vermelhos
128
6 Tecido conjuntivo
sanguíneo
Parece que possui globulos brancos e globulos vermelhos
7 Tecido Epitelial Porque as células estão justapostas.
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 1 – Lâmina 4
Participante Qual o tipo de tecido
presente na lâmina?
Por que você acha que é um Tecido epitelial?
8 Tecido epitelial Pois contém as camadas da pele.
9 Tecido epitelial Porque tem células justapostas.
10 Tecido epitelial Pois possui as as camadas da pele e a queratina.
11 Tecido muscular liso Acho porque tem "cara" de ser uma coisa esticada e
sem estrias.
7.2 ANEXO 2: Tabelas de respostas dos alunos referentes ao ciclo 2
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 1 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
CATEGORIA INTERPRETAÇÃO
R1 uma célula
R2 uma formiga
R3 Um inseto.
R4 Células de um inseto
R5 fio de cabelo
R6 FORMIGA
R7 Barata
129
R8 Inseto
R9 Uma celula
R10 Observei na lâmina um animal, porque ele tem patas.
R11 Eu observei que parece ser um animal porque dá Para ver pernas e parece ser uma formiga
R12 um ser parecido como uma bacteria ou celula
R13 eu observei que na lamina parece ser um esqueleto de uma formiga
R14 Uma célula de carrapato
R15 eu células que aparentam ser de algum animal
R16 um animal
R17 Alguma parte de uma formiga
R18 e uma celula de uma planta
R19 vi uma o corpo de uma formiga
R20 Uma imagem de um inseto.
R21 pernas de um aracnídeo
R22 Eu observei uma bactéria
R23 Observei uma célula com algumas ramificações(como se fosse uma continuação da célula),
parece ter algumas rachaduras.
R24 uma bacteria
R25 observei uma célula que possui núcleo,citoplasma e estenção comprida na menbrana
R26 Um inseto microscópico
R27 Animal
R28 NO COMEÇO ACHEI QUE ERA UMA FORMIGA MAS DEPOIS PERCEBI QUE ERA
UMA PLANTA
R29 Um invertebrado, provavelmente um inseto, amarronzado.
130
R30 O traseiro de uma formiga
R31 Vi um esqueleto
R32 Parece ser um inseto.
R33 Ossos que pareciam muito com os nossos ossos dos dedos.
R34 eu observei partes de algum inseto
R35 uma formiga (pareçe)
R36 Parece um inseto.
R37 Uma pata de inseto
R38 Observei claramente uma formiga, suas antenas, sua cabeça, parte de seu corpo.
R39 parace um osso do corpo humano um osso de Femur
CATEGORIA OBSERVAÇÃO
R40 manchas marrons
R41 traços marrons
R42 um corpo,com varias patas,aparentemente vejo veias.
R43 é uma imagem muito escura mais tem patas
R44 Parece ser microorganismo com pelos e muitas pernas.
R45 Eu observei algumas patas,uma pigmentação marrom e parece ter asas
R46 pernas,antenas,boca,pelos
R47 Eu vi um monte de pernaa um corpo
R48 tem patas e é semelhante a cor de uma formiga.
R49 tem pernas e é semelhante a cor de uma formiga.
R50 é muito semelhante com uma formiga por causa das patas e da cor
R51 Pernas cores semelhantes a uma formiga
131
R52 eu vi "palitinhos" com pelos grossos
R53 Um negocio marrom
R54 Parece ser escamada,é marrom,aparenta ser seca e longa.
R55 Patas,tronco e pescoço.
R56 Tem 3 patas
R57 uma só imagem da mesma cor
R58 Era marrom, para mim parecia que tinha garras, antenas, era muito estranho.
R59 Eu observei formas ovais, roxas, e uma forma indefinida no centro.
R60 Eu vejo um coisa marrom que tem 6 outros elementos finos e marrons.
R61 uma coisa meio marrom
R62 observei uma pata
R63 Algumas coisas parecidas com garras, ferrões e patas
R64 microscopios
NDC
R65 Uma imagem bem ampliada
R66 Eu observei que a lente de campo está ligada e que a objetiva esta apontada para a pinça
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 1 – Pergunta 2
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R67 Uma célula
R68 Uma formiga
R69 um inseto.
132
R70 Células de um inseto
R71 fio de cabelo
R72 Formiga
R73 Barata
R74 INSETO
R75 uma celula
R76 uma bacteria ou uma celula
R77 bacteria
R78 bactéria
R79 eu acho que esta sendo mostrado um esqueleto de formiga
R80 um inseto
R81 aranha
R82 Uma pulga
R83 Acho que é uma abelha ou uma espécie de vespa
R84 Eu acho que pode ser uma aranha.
R85 Célula procariótica
R86 Escorpião
R87 UMA CÉLULA PROCARIÓTICA
R88 célula animal
R89 uma aranha
R90 Eu acho que é uma formiga.
R91 uma celula vegetal
R92 eu acho que é uma formiga
133
R93 acho que é uma formiga
R94 Um esqueleto de uma formiga.
R95 Um esqueleto de algum inseto
R96 Uma aranha.
R97 um escorpião
R98 Eu observei algo parecido com uma barata
R99 Um Fio de Cabelo
R100 Uma célula capilar.
R101 uma bacteria ou um virus
R102 As partes de um inseto.
R103 as células de uma rais
R104 Acaro
R105 Um ácaro
R106 UMA PLANTA
R107 uma figura parecida com um inseto
R108 Pode estar mostrando uma formiga
R109 Cupim
R110 Parecia algum carrapato.
R111 Uma formiga.
R112 Pode estar sendo mostrado um inseto.
R113 Ossos humanos.
R114 Eu acho que pode ser o corpo de uma formiga
R115 uma formiga ou uma aranha
134
R116 sua cabeça sua antena e um pedaço de seu corpo
R117 gota de sangue
R118 a pata de uma formiga
R119 Os neurônios? do tecido nervoso?
R120 Um inseto, provavelmente uma formiga
R121 vírus e fungos
R122 Na Imagem 1 Parecia um Ossoda perna Fem ir/Na Imagem 2 Parecia uma espécie de
Formiga misturado com uma espécie de barata
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 2 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R123 Uma célula
R124 Uma formiga
R125 um grande micro organismo no centro e pequenos ao redor
R126 um pedaço de tronco de arvore
R127 Pequenas particulas e uma grande "pedra"
R128 Células vegetais.
R129 Parece uma folha ``rasgada´´
R130 um lasca de madeia
R131 Pra mim parece um pedaço de rocha que foi ampliado no microscópio
R132 Pedrinhas, cor clara, bichinhos.
R133 UM TECIDO INDEFINIDO
135
R134 cabelo
R135 uma assa
R136 parece uma celula de algum tecido
R137 Eu vejo um fundo preto com um dedo no meio
R138 Caule
R139 Parece uma celula
R140 Algum pedaço de uma casca de banana que está passada
R141 Eu vi um cabelo
R142 Observo algo com fungos
R143 Uma estrutura celular semelhante a uma planta
R144 Parece uma espécie de casca de árvore
R145 Uma célula de tamanho médio, sem menbrana núclear e parede celular.
R146 algo com terra
R147 um rabo de lagarta
R148 Observei o que parece ser um ácaro, pela coloração e formato.
R149 uma asa
R150 parece um fio marrom
R151 Um cabo verde escuro
R152 Algo marrom envolvendo um "fio" preto
R153 Algo marrom envolvendo um "fio" escuro
R154 Parece ser uma fibra
R155 Uma lesma que se parece uma folha
R156 Uma folha
136
R157 Uma parte de um inseto
R158 Eu observei uma célula, mas diferente do que costumo ver, na minha observação ela é uma
célula que parece com um osso de um animal ou até mesmo pode na minha opinião ser um
vírus
R159 Observei que ela esta em uma distancia grande de altura do potinho onde tem as bactérias
e que essa lamina é grande diferente das outras
R160 Eu vi células
R161 Possivelmente a costela de uma formiga
R162 Observei que na lamina parece alguns ossos ou plantas.
R163 Tecido
R164 Parece ser um animal tipo uma formiga ou uma folha seca
R165 observei uma bactéria numa lamina no microscópio
R166 algo tipo uma rede, e uma mancha preta que parece um mosquito
R167 Eu observei na lâmina um pedaço de algo como por exemplo um pedaço de pele
R168 Observei aparentemente células e um acúmulo delas
R169 Eu vejo uma célula
R170 Algo como um tecido marrom ou algo parecido com um tronco de árvore
R171 Células com pontinhos pretos obde pode se observar conjunto de células
R172 OBESERVEI QUE HA UM TECIDO MUSCULAR DE UM ANIMAL ESSE TECIDO
SERIA A COXA DO ANIMAL
OBSERVAÇÃO
R173 Um negocio marrom
R174 Riscos azuis
R175 eu observei uma figura meio azul parecendo um tecido
R176 Eu vejo algo marrom que parece se apenas um pedaço e não um inteiro.
137
R177 um negócio cinza
R178 Uma parte preta, e uma parte branca
R179 Uma parte mais escura e uma mais clara
R180 Eu observei uma imagem que era meio preta,tinha varias camadas e vestigios espalhados
na lamina
R181 uma mancha meio branca no meio da lamina
R182 Eu vi um espaço em branco e tudo em volta e preto
R183 Eu vi alguns espaços ocos
R184 É marrom, largo,um pouco longo e meio preto
R185 Algo comprido
R186 Uma mancha grande e preta.
R187 Cores: marrom preto
R188 observei uma coisa marrom com alguns fiozinhos ao redor
R189 O dejeto que esta na lâmina é marrom e arredondado.
R190 algo marrom
R191 Eu observei uma mancha marrom
R192 eu vi um traço grosso
R193 eu vi algo marrom variando com preto, em um formato de abobrinha
R194 Observei no centro uma mancha preta e o fundo branco.
R195 uma imagem marrom
R196 uma figura preta reta e embasada
R197 Eu vejo uma coisa marrom com um monte de portinho em volta
R198 Uma coia marrom parecida com um pedaço de graveto
R199 OBSERVEI UMA LINHA RETA NA VERTICAL ESSA LINHA ERA BRANCA
138
R200 Eu observei uma estrutura amarronsada bem no centro com varios pontinhos ao lado
dessa estrutura
NDC
R201 pouca coisa
R202 Eu observai que a luz da lente de campo atravessa a pinça até chegar na objetiva
R203 Eu observei que a lâmina era um pouco pequena mais observava bem perto o que
colocava em baixo
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 2 – Pergunta 2
N RESPOSTAS
NDC
R205 Eu não sei
R206 Sua cor é sua aparência
INTERPRETAÇÃO
R207 Uma célula
R208 fio de cabelo
R209 Inseto
R210 Uma bacteria
R211 fungos
R212 eu acho que e algum tecido
R213 Eu acho que pode ser um pedaço de carne.
R214 fungo
R215 um fungo
R216 Microorganismos
139
R217 Um pedaço do tronco de uma árvore
R218 Folha
R219 uma ferpinha de madeira
R220 O núcleo
R221 Um pedaço de pedra ou rocha
R222 Bactérias.
R223 uma celula animal
R224 Parece estar mostrando uma calda ou um rabo de algum animal
R225 um respingo de tinta
R226 um fio de cabelo
R227 a assa de uma borboleta
R228 celula
R229 Algumas células, eu acho que são animais
R230 Um dedo bem ampliado
R231 Caule
R232 Uma perna de uma mosca
R233 Uma libelula
R234 Uma bactéria
R235 Uma casca de banana passada
R236 Primeiro achei que era um bicho depois percebi que era um cabelo
R237 Algum verme, talvez
R238 Uma bactéria.
R239 Um pequeno inceto ou algum tecido em decomposição.
140
R240 Capim
R241 cabelo
R242 Eu acho que é uma célula.
R243 Pequena parte de casca de árvore
R244 um paramecio
R245 Uma célula de um pelo animal
R246 Pode estar sendo mostrada uma bactéria
R247 Pode estar sendo mostrada um craveto
R248 um cabelo, porque eu ja fiz essa experiência e isso se parece com a minha experiência
R249 uma raiz
R250 um rabo de lagarta
R251 Ácaro.
R252 uma asa de um inseto
R253 Um fio de cabelo.
R254 uma lasca de madeira
R255 Verme
R256 uma perna de um inseto
R257 Um pelo
R258 É uma fibra
R259 Uma lesma
R260 Uma célula ou um vírus
R261 Bactérias, Vírus
R262 Pode ta mostrando uma formiga
141
R263 Pode ser mostrado na lâmina bactérias e células
R264 Uma costela de formiga
R265 plantas ou ossos.
R266 Pedaço de tecido
R267 Eu não sei bem mais o que eu pude observar é que pareçe uma formiga
R268 alguma bactéria, ou algo sujo e ampliado
R269 Graveto
R270 Parece uma acúmulo de células
R271 Pode estar mostrando uma célula animal
R272 POIS MOSTRA UM LINHA BRANCA QUE SERIA O OSSO ESSE OSSO ´PODERIA
SER QUE FORMA NOSSAS ESTRUTURAS E COM ISSO SERIA O TECIDO
MUSCULAR.
R273 O conjunto sanguíneos poisso o seu material genético se encontra lá
R274 POIS ESSE TECIDO TEM HAVER A UMA ESTRUTURA MUSCULAR
OBSERVAÇÃO
R275 Essa parte marrom
R276 Ela é marron e tem pontinhos pequenos en volta
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 3 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R277 parece bactérias ou células
R278 na membrana celular aparentemente apresenta pelos
R279 Uma digital de um dedoos
142
R280 Bichinhos pequenos.
R281 eu observei uma imagem que parece um defo e tem varios pelinhos
R282 uma camada fina de alguma coisa com cilios
R283 Cílios em volta de uma célula.
R284 Observei bactérias
R285 Eu observei algumas bactérias
R286 um pedaço de folha
R287 Uma células
R288 um tecido
R289 Pedaço de tecido
R290 asa de mosquito muita antiga
R291 Parece um metal enferrujado meio arranhado
R292 Eu acho que e um plástico com algumas linhas
R293 parece uma folha
R294 uma pele fina e varias divisorias
R295 vi logo de cara que parecia uma asas de um bicho
R296 algo com pelinhos
R297 um virus
R298 Uma asa
R299 Observei o que parece ter uma parede celular.
R300 asa de um inseto
R301 nervura de tecido vegetal ou animal
R302 uma célula longa,com muitas organelas e membrana estença
143
R303 Asa de inseto
R304 uma rosa
R305 parese ser uma celula
R306 Parece um fio
R307 um pano bem sujo
R308 Algo como uma folha, mas não é
R309 Uma veia
R310 algo parecido com asas de líbelula
R311 Se assemelha a uma asa de um inseto
R312 Algo parecido com asas de inseto
OBSERVAÇÃO
R313 Riscos azuis escuro
R314 é redondo
R315 uma sombra iregular
R316 uma tela escura
R317 Escuro
R318 Observei na lâmina algo meio redondo e achatado, por fora tem vário ''pelinhos' e dentro
uns risquinhos.
R319 Uma coisa beje em "formato de pirula"
R320 Eu vejo algo cor de pele com um formato oval e 2 riscos vermelhos .
R321 Parece pontos brancos
R322 Algo com uma pigmentação meu cinza e com várias linhas pretas
R323 Diversas particulas dentro de algo.
R324 Eu observei vários pontinhos mexendo
144
R325 Uma coisa branca meio invisível.
R326 Um monte de linhas
R327 Linhas vermelhas e postos pretos e fundos transparentes
R328 eu observei uma coisa tranparente com listras laranjas
R329 e transparente e tem bodas seriadas
R330 uns riscos e um amarelado
R331 tem cor clara com risco na horizontal
R332 vejo linhas de cor avermelhadas e a base clara
R333 Alguns tracos marrons
R334 eu vi algo com um formato de uma asa, que era marrom e branco.
R335 eu observei algo que seja transparente com linhas vermelhas
R336 Unstracos marrons
R337 Algo com algumas dovisorias
R338 Negócio transparente com fios pretos
R339 eu vi vários riscos meio vermelhos
R340 algo com linhas e pontos pretos
R341 Há fios alongados alguns curvos e outros lisos,há fios pequenos e todos do mesmo
tamanho,tem uma cor rosada e é escamada.
R342 Eu vejo algumas linhas bege e o fundo braco com algumas pintinhas pretas
R343 Uma coisa aparentemente fina e delicada
R344 Uma coisa estranha com linhas
R345 riscos, e parece um chão sujo
R346 São linhas de uma cor meio bege, com certos furinhos e uma linha parecida com gordura,
acima.
145
R347 Eu observei que essa imagem é meio rosinha com umas linhas alaranjadas e uns pontinhos
pretos
NDC
R348 Eu observei que a lente de campo não reflete na pinça ,mas reflete no revolver que da apoio
objetiva
R349 Um microscópio que esta sendo usado para ampliar alguma coisa
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 3 – Pergunta 2
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R350 uma celula
R351 uma bacteria
R352 Lã,tecido ou pena
R353 parece ser uma celula
R354 fungo
R355 acho que são células
R356 aparentemente parece ser um bactéria
R357 Os ricos que temos n dedo
R358 Bichinhos
R359 eu acho que e uma celula
R360 uma asa de mosca ou algo assim
R361 Uma bacteria ou célula
R362 Eu acho que pode ser um pedaço de pele.
R363 Uma bactéria
146
R364 Na imagem eu acho que esta sendo mostrado bactérias na lamina.
R365 Eu acho que está sendo mostrado bactérias na lâmina.
R366 celulas
R367 Uma asa de abelha ou algum outro animal
R368 Uma cobra!
R369 Uma célula vegetal
R370 Uma célula do tecido da boca
R371 um pedaço de pano
R372 Pedaço de tecido
R373 Pode estar mostrando uma asa de um inseto
R374 Várias células
R375 asa de mosquito muita antiga
R376 Metal enferrujado arranhado
R377 Um plástico com alguma coisa derramada em cima
R378 Uma asa de um inseto.
R379 Um tecido com costura
R380 Asa de borboleta
R381 uma folha de uma planta
R382 asa de mariposa
R383 asa de um bicho
R384 uma asa de inteto
R385 uma libélula
R386 virus
147
R387 asa de um inseto
R388 asa de inseto
R389 parte de um animal
R390 Uma estrutura vegetal.
R391 asa
R392 Uma asa
R393 uma folha ou uma asa de inseto
R394 folha
R395 uma asa de um inseto
R396 uma célula muscular lisa
R397 Uma asa de um inseto pequeno.
R398 parece ser a asa de um inseto
R399 Uma bacteria ou um fio de cabelo
R400 Acho que é a asa de algum inseto
R401 acaro
R402 Uma asa de algum inseto
R403 A estrutura da asa
R404 algum tipo de couro, igual a uma bola
R405 uma petala de uma rosa
R406 A Célula Epitelial
R407 bolacha do mar
R408 Eu acho que é um fio de cabelo
R409 um tecido sujo
148
R410 Uma asa de algum inseto, como uma mosca
R411 Asa de algum inseto
R412 Asa de libélula
R413 alguma sujeira, ou algo contaminado ou sujo
R414 Uma veia ligada em algum lugar do corpo
R415 Eles se assemelha a cartilagem finas já que se parece com uma asa de inseto e tem de
ser leve
R416 Pois é muito parecido, e me lembra muito mesmo o tecido interno dos seres vivos.
NDC
R417 Não identifiquei oque pode estar sendo mostrado.
R418 sua aparência
R419 A cor
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 4 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R420 fio de cabelo
R421 Eu observei uma madeira de lápis
R422 uma célula que eu não sei o que é
R423 Graveto
R424 Células de um Tronco
R425 Um fio de cabelo
R426 cabelo
149
R427 capelo
R428 as esquamas do cabelo
R429 cauda do espermatozoide
R430 Eu vejo um palito
R431 paresia um fiu de cobre
R432 eu fi um fio de cabelo
R433 galho
R434 eu observei um cabo com um traço no meio
R435 é tipo uma minhoca marrom
R436 Um cabo verde meio preto
R437 Um tubo, mas sei que não é
R438 Parecia os cabelos de uma pessoa, porque tinha fios de cabelos embaixo da amostra
OBSERVAÇÃO
R439 um fio
R440 um fio preto
R441 Uma linha grande e pontos
R442 tem potinhos
R443 um corpo fino,riscos pretos no centro
R444 Eu observei uma fina linha de coloração escura
R445 Observo na lâmina um tipo de ''tubo'' ou um fio longo escuro com algo no meio.
R446 Eu vejo uma figura comprida, fina e marrom escuro
R447 Azul, verde e vermelho
R448 Algo marrom e cumprido!
150
R449 Algo que se parece com um cabo de aço
R450 um rico no meio da lamina
R451 Tipo de uma "linha grossa" marrom
R452 um fio fino e marrom
R453 uma linha reta
R454 Paece um fio.
R455 Um fio marrom
R456 uma coisa reta parece letras bem pequenas mas ta borrado e não da pra ver
R457 Eu vi uma 2 linhas pretas com 1 linha laranja no meio
R458 algo reto e marrom
R459 um negocio comprido
R460 uma figura reta fina e preta
R461 uma matéria comprida,talves elastica e colorida
R462 Um risco marrom e preto.
R463 um risco
R464 Observei o que parece ter algumas rachaduras.
R465 eu observei um fio gigante
R466 algo comprido e preto
R467 Um "fio" meio castanho
R468 Um fio.
R469 parece ser um fio marrom
R470 Parece algum tipo de fio
R471 Eu observei algo em forma de cilindro,bem liso
151
R472 É marrom,largo e longo,tem um fio menor dentro do maior,o fio menor é bege e longo
mas não é largo.
R473 uma linha da cor marrom
R474 Um fil preto e um fil branco
R475 Eu observei algo marrom,grosso com uma pigmentacao forte
NDC
R476 N consegui identificar
R477 Eu observei que a objetiva não é a mesma
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 4 – Pergunta 2
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R478 Uma célula
R479 fio de cabelo
R480 um fio de cabelo
R481 Uma madeira de algum lápis
R482 Celulas
R483 parece ser um decido
R484 um risco
R485 Um vaso sanguíneo
R486 Um graveto de madeira
R487 Eu acho que deve ser um fio de cabelo.
R488 Eu acho que pode ser um fio de cabelo castanho escuro.
R489 Diversas células
152
R490 Bactérias
R491 Pelo de algum ser vivo
R492 Acho que é a antena de algum bicho
R493 a escamas do cabelo
R494 uma letra I
R495 espermatozoide
R496 Pode estar sendo mostrada uma baquitéria
R497 Um fio de cabelo.
R498 um papel preto bem pequeno com letras minuscula
R499 bicho-pau
R500 Minhoca
R501 um pelo
R502 Fio de Camelo
R503 um fio de tecido
R504 fio fino e longo escuro
R505 um fio de energia
R506 Parece um cabelo.
R507 Eu acho que pode ser um fio de cabelo
R508 Galho
R509 Um fil de cabelo
R510 Talvez em fio de cobre ou arame
R511 uma bactéria ou um vírus
R512 Nao tenho certeza mas poderia ser uma pata de algum inseto por exemplo uma aranha
153
R513 Parede celular
R514 Fios de cabelo
R515 Cabelo
NDC
R516 não sei
R517 N consegui identificar
R518 Sim
R519 As
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 5 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R520 Parece um lapis
R521 parece um monte de pózinhos junto
R522 Células de casca de um alimento
R523 Parece células de um mármore
R524 um F
R525 Grande quantidade de Microorganismos!
R526 um tecido
R527 uma folha com algo escrito
R528 Um risco de caneta
R529 E meio que algum fungo
154
R530 parece uma letra
R531 células agrupadas.
R532 parece alguma letra,a letra(F)
R533 Tinta
R534 Um tipo de pó
R535 uma letra de uma revista
R536 um C no meio da lâmina
R537 um 6
R538 é uma letra
R539 Parece uma escrita
R540 Observei que os "pontinhos" estão se mexendo, no caso pode ser uma célula
procarionte ou eucarionte, que não são visíveis a olho nú.
R541 Algum tipo de germe ou bactéria de algum alimento
R542 sujeira, parece que está escrito um F, e umas partes mais sujas
R543 Uma forma escura que lembra tinta
R544 Eu observei que parece uma imagem pode ser um pelo de um animal
R545 São células que estão unidas formando um tecido
R546 Algo semelhante a um fungo com varias celulas a seu redor
R547 É uma célula
R548 Parece uma Terra no chão e parece que tem um caminho
R549 varias gotas de água, e algo que parece um galho
R550 Eu observei tipo umas terras
R551 uma folha de jornal
R552 um jornal
155
OBSERVAÇÃO
R553 pontos
R554 Marrom
R555 Eu vejo pequenos pontos marrons aglomerados.
R556 uns pontos pretos
R557 muitos pontos e manchas
R558 Grande contidade de "pontinhos"
R559 PONTOS PRETOS
R560 tem cor preta
R561 Um tipo de mancha
R562 parece uma mancha
R563 é algo grande
R564 parece ser uma mancha preta
R565 Algumas manchas escuras
R566 Um monte de negócio preto
R567 polinas pretas e marrons
R568 Uma coisa marrom, em formato estranho
R569 Alguma coisa grande e azul
R570 Uma coisa grande e azul
R571 Uma coisa grande azul, que quando apagamos a luz, não temos visão da imagem
R572 Eu observei uns riscos pretos,como se fossem marcas de dedos
R573 tem um monte de pontinhos pretos e são muitos pequeno.
R574 Esta escuro mas parece que tem uma luz meio azul
156
R575 um risco preto no meio da lâmina
NDC
R576 Eu observei que a objetiva foi mudada nova mente
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 2 – Lâmina 5 – Pergunta 2
N RESPOSTAS
NDC
R578 não sei
INTERPRETAÇÃO
R579 Uma célula
R580 uma formiga
R581 uma folha
R582 Celula
R583 Células de casca de um alimento
R584 Bichinhos
R585 Pode estar sendo mostrado células de um pedaço de mármore
R586 um F retirado de um jornal
R587 Eu acho que pode ser uma parte do coro cabeludo.
R588 Microorganismos
R589 um tecido
R590 uma letra
R591 Um monte de falhas do risco da caneta
R592 São fungos
157
R593 pode estar sendo mostrada fungos eu bacterias
R594 bactérias.
R595 algum número escrito em um papel
R596 Eu acho que é pó
R597 a letra F
R598 Celulas
R599 Um f de canaeta
R600 Talvez um mofo
R601 e o numero 5
R602 a letra S
R603 um C pintado
R604 Uma mancha
R605 uma letra, eu acho que é um F
R606 uma letra de revista uo jornal (c)
R607 Parece uma letra
R608 um tecido mofado
R609 Poeira
R610 Um verme
R611 um numero ao contrario
R612 Bactérias
R613 Fezes do ácaro
R614 A letra F bem grande
R615 Uma letra.
158
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 1 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R630 Bactérias
R631 Uma bacteria com as cores rosa verde e roxo
R632 uma bactéria
R633 Um tecido
R616 Pode ser, uma célula de algum alimento ou de um animal, tambem pode ser a bactéria
de uma água muito suja
R617 Água contaminada
R618 Alguma forma feita em tinta
R619 Bactérias ou vírus
R620 Marcas de dedos
R621 Um pelo de animal
R622 Para mim parece algum tipo de bactéria.
R623 Algum tipo de célula , mais não dá pra ver direito, só uma luz meio azul no fundo
R624 Algo se decompondo
R625 Célula da arvore
R626 Uma Acqua suja
R627 água suja
R628 Pode estar mostrando um buraco
R629 um F
159
R634 Eu observei a lâmina e acredito que seja uma flor ou a asa de uma borboleta
R635 CARNE E NUCLEO
R636 Eu observei uma camada da pele
R637 revestimento do pumao
R638 Tecido muscular liso
R639 Celulas
R640 Observei uma célula que parece um Tecido Epitelial .
R641 Parece uma casca de uma fruta,olhando percebi a casca e a parte interna da fruta.
R642 Musculo
R643 Imagens de cortes histológicos de tecido animal
R644 Parece uma massinha. Na parte verde são células justapostas como na parte vinho
também. na parte vermelha parece que tem uns rasgos
R645 O que eu vi,se parece um pouco com a célula de descamação da mucosa da boca
R646 Tecido cardíaco
R647 De fato, é um tipo de tecido. Ele parece líquido ou coisa assim, possui cores diferentes, e
muito variadas.
R648 Eu vi células justapostas que se encontaram bem juntas que não deixa nenhum tipo de
substância passar
R649 parece o tecido epitelial pois suas células estão justa postas
R650 parece um tecido enrugado
R651 Eu observei que na lâmina aparece uma imagem de um fogo caindo em uma lava.
R652 pele de um animal
R653 Uma célula que parece líquida
R654 Eu observei tecidos
R655 tecido conjuntivo
160
R656 Um tecido no qual "penetra" no tecido atrás deste.
R657 eu vi varias celulas e dois tecidos siferentes
R658 aparenta serem camadas de tinta caindo sobre o elemento
R659 um tecido conjuntivo cartilaginoso
R660 eu obiservei um tecido com varias celulas e núcleos
R661 parecia 3 mantos mas não tenho certeza
R662 Eu acho que foi um tecido conjuntivo adiposo
R663 Lembra tinta que foi derramada
R664 uma planta ou petala
OBSERVAÇÃO
R665 Algo com várias camadas e cores diferentes
R666 Algo com tonalidades diferentes e algumas curvas.
R667 Tem detalhes e cores diferentes, como verde, vermelho e uma cor mais escura
R668 Eu vejo algo rosa que tem traços verdes claros nele. Do lado tem algo com um tom de
rosa mais escuro e do lado desse te uma coisa verde claro.
R669 Uma parte roscam manchas brancas e verdes, uma mancha lilás que se espalha por uma
parte verde
R670 parece estar dividido em 3 partes
R671 Uma gosma rosa
R672 e vemelho , roso e uma baguçade cores
R673 A cor é diferente em cada lugar e ten risquinhos
R674 um tecido com algumas cores como branco,vermelho e vermelho mais escuro
R675 OBSERVEI UMA CAMADA ROSA UM POUCA MAS ESPESSA
R676 várias ondas azuis e tiras de várias cores
161
NDC
R677 uma
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 1 – Pergunta 3
N RESPOSTAS
R678 As cores
R679 a cor
R680 A primeira parte meio rosinha
R681 As diversas camadas que a imagem apresenta.
R682 As três cores que a imagem tem.
R683 as cores estarem bem separadas
R684 A forma
R685 Tinham várias cores
R686 TEM UM NEGOCIO BRANCO NO MEIO
R687 Esta imagem tem as camadas do tecido epitelial . Nela apresenta células justapostas (igual
ao tecido epitelial).
R688 Uns pontinhos bem no centro
R689 Porque parece com um tecido epitelial que estudei e suas características.
R690 Ela era rosa
R691 pare via e o sange
R692 Pois aparenta ser uma casca e os resíduos internos da fruta.
R693 Acho que o formato me lembrou um pouco.
R694 Vermelho e juntos
R695 Corte histológico de pele grossa, presença de camada bem grossa de queratina, não tem
162
pelo, epitélio estratificado pavimentoso
R696 Devido a parte vermelha que parece que tem rasgos
R697 Esse tecido se parece um pouco com o tecido que protege a boca(mucosa da boca)
R698 Um negócio branco, com dois tons de vermelhos
R699 Eu apenas chutei.
R700 suas cores que se assemelham a do coração
R701 POIS O TECIDO A SEMELHANÇA COMUM TECIDO CARTINELOSO
R702 Que aquela célula se encontrava justaposta
R703 sim, as células estão justa postas e com pouca substancia intercelular.
R704 parece a pele enrugada
R705 Porque parecia algumas coisas puxando o fogo até a lava.
R706 parecia que dava para fazer contracoes
R707 Tem duas cores e tem partes brancas
R708 Por que se parece muito com nossa muscuratura
R709 as cariteristicas sao semelhantes
R710 As camadas do tecido
R711 as células alongadas .
R712 As cores que ele apresenta lembra o tecido
R713 a parede celular
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 2 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
163
R714 Bactérias
R715 Protozoários
R716 Eu acho que seria algumas celulas sanguíneas
R717 gotas de sange
R718 Glóbulos Brancos
R719 células separadas com bastante substancias intercelulares
R720 Um conjunto de células
R721 Eu acho que uma célula
R722 Varias celulas rosas
R723 uma planta .
R724 um tipo de tecido
R725 celulas sanguinias
R726 EU OBSERVEI CÉLULAS JUSTAPOSTAS E ALGUMAS MAIS DISTANTES.
R727 celulas
R728 EU OBSERVEI CIRCULOS VERMELHOS
R729 Uma hemácia
R730 Célula de sangue,contém hemácias.
R731 bolas vermelhas, algumas estão juntas e outras separadas, para mim são as hemácias.
R732 imagens de cortes histológicodos de tecido animal
R733 Eu acho que são glóbulos vermelhos do sangue
R734 Eu vejo glóbulos sanguíneos humanos
R735 Bolinhas cor de rosa, que, acredito eu, são células.
R736 Um tecido
164
R737 parecia um pedaco de pele
R738 Observei os germes ou bactérias q estão na imagem
R739 um tecido muscular estriado esqueletico
R740 Varias células avermelhadas
R741 eu observei um tecido com varias celulas sanguineas
R742 varias celulas que estao afastadas umas das outras
R743 Eu observei celulas rosas com um ponto roxo
OBSERVAÇÃO
R744 Eu vejo pontos rosas em um fundo branco e em um dos pontos, um outro ponto roxo em
cima
R745 várias manchas
R746 varios pontos
R747 Algo bege e rosa de bolinha
R748 Pontinhos rosa claro
R749 varias manchas rosadas
R750 Pequenas bolas vermelhas
R751 Um monte de bolinhas azuis
R752 Bolas rosas e uma roxo e o fundo branco
R753 eu vi um monte de bolas rosas
R754 um monte de bolhinhas vermelhas
R755 Vários pontos rosas
R756 Eu percebi que tem um circulo roxo entre varios circulos rosas
R757 Tem varias bolinhas rosas e uma mancha roxa
R758 vários pontos
165
R759 Bolinhas rochas
R760 Bolinhas rosas
R761 Eu observei que na lâmina que a imagem aparece são bolinhas rosas
R762 Várias manchas rochas e amarelas
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 2 – Pergunta 3
N RESPOSTAS
R763 Os pontos que estão representados na imagem.
R764 as manchas
R765 Os pontos
R766 As cores básicas
R767 é um tecido branco com manchas rosas
R768 ele e todo com bolinhas vermelhas
R769 Varias bolas pequenas
R770 São parecidas com os glóbulos.
R771 células "rozadas",ditantes uma das outras com muita substancia intercelular
R772 A imagem apresenta cloroplastos . Os cloroplastos se apresentam na estrutura célula
vegetal
R773 Uma coisa Branca com bolinhas vermelhas
R774 Por que parece sistema nervoso
R775 celulas
R776 QUE AS CÉLULAS ESTÃO BEM JUNTAS.
R777 pequenas bolinhas
R778 CIRCULOS VERMELHOS
166
R779 Seu formato
R780 As bolinhas azuis estarem próximas das outras
R781 Que são redondas e vermelhas e que perece as células do sangue
R782 esfregaço sanguíneo, etc...
R783 Os pontinhos vermelhos
R784 As bolinhas não estão juntas a parede celular
R785 Os glóbulos sanguíneos tem essas "bolinhas" vermelhadas com um tom de branco.
R786 Eu chutei
R787 Sua aparência,os vários pontos e suas cores
R788 A cor o formato da imagem
R789 e que vi camadas
R790 A cor, o formato a estrutura
R791 A cor
R792 células separadas e muita substância intercelular
R793 Os círculos vermelho,que são as células do sangue
R794 as células sanguíneas e os espaços bem grande entre elas
R795 as células não estão juntas
R796 As células
R797 Porque parece que as bolinhas são fáceis de quebrar,ou seja, se ela cair,ela se quebra na
hora
R798 Pois a imagem associa se ao sangue que faz parte do tecido conjuntivo sanguíneo.
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 3 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
167
INTERPRETAÇÃO
R799 Uma amostra de tecido
R800 alguma coisa rosa, tecido humano
R801 vi um tipo de tecido
R802 Corte transversal de músculo estriado esquelético.
R803 Observei a célula muscular lisa
R804 um pedaço de carne
R805 Musculo
R806 Um tecido muscular
R807 imagem de corte histológico de tecido animal
R808 eu observei um tecido muscular liso
R809 uma carne
R810 É uma célula muscular lisa,são alongadas,e bem juntas.
R811 Uma celula muscular lisa
R812 Observei um tipo de tecido que se parece com um tecido muscular.
R813 um pedaço de tecido muscular liso
R814 veludo auto-relevo
R815 Uma celular rosa
R816 Músculo
R817 um tecido
R818 CABELO PINTADO DE ROSA
R819 tecido mais separado
R820 algo com um só núcleo e células justapostas
168
R821 um tecido com células justapostas
R822 eu observei que parece uma asa de um inseto
R823 Tecido epitelial
R824 asa de inseto
R825 Tecido cartilaginoso
R826 tecido conjuntivo
R827 eu vi um tipo de tecido
R828 È uma célula muscular lisa
R829 Eu vi uma parte dos seres vivos
R830 observei celulas alongadas com nucleos
R831 Algum tipo de músculo e gordura
R832 Um tecido muscular.
R833 tecido eptelial gelatinoso
R834 Tecido Muscular Liso
R835 MINHOCA
R836 A assa de um mosquito , que faz parte de um tecido
R837 Ossos
R838 células justapostas
R839 Parece um tecido vegetal
R840 acho que e um tecido sanguineo talvez de um inseto
R841 uma asa de inseto
R842 aparenta ser um corte causado no tecido epitelial
R843 Eu observei o tecido de um órgão
169
OBSERVAÇÃO
R844 várias listras brancas e rosas
R845 Listras rosas e brancas
R846 Algo com tiras brancas e rosas
R847 Eu vejo riscos rosas. Alguns sao mais largos que os outro. Eles estao em um fundo
branco
R848 listras rosa clara e branca
R849 Uma base branca com ricos rosas
R850 listras rosas e bancas
R851 Uma coisa rosa e branca com um tom mais preto ao fundo igual uma sombra discreta
R852 algo rosa com divisoes brancas
R853 estão juntas e são rosadas
R854 Um monte de negócios vermelhos
R855 ALGO COM DIVISOES FINAS E MEIO QUADRADO
R856 Um negocio branco com manchas meio avermelhadas
R857 OBSERVEI QUE A CAMADAS BRANCA VERMELHAS QUE PODERIA SER
R858 tiras rosas
R859 "tiras" de variados tamanhos e formas rosa e com manchas sutis
R860 eu observei uma mancha rocha
R861 eu observei que esse tecido é vegetal e que possui varios espaços "vazios" nele.
R862 Listras brancas é um fundo rosa
R863 Uma espécie de tecidos com linhas aleatorias como da pele de uma zebra
R864 Observei que tem varias manchas nela
170
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 3 – Pergunta 3
N RESPOSTAS
R865 as listras
R866 Listras
R867 parece ter uma parte rosa e uma branca como se fosse dividido igualmente
R868 a cor
R869 Eu observei os riscos.
R870 as cores e o formato
R871 o rosa que parece um músculo
R872 As cores vermelhas e brancas.
R873 A imagem mostra a célula esticada
R874 Pois tem espécie de fibras nervosas
R875 pelos detalhes da imaem
R876 Ele. É todo vermelho e parecendo gotas
R877 pelas divisoes e o formato
R878 Parece uma gorduras são brancas.
R879 corte transversal de músculo estriado esquelético
R880 A imagem mostra uma característica, de ser lisa, parecendo um tecido múscular liso.
R881 são lisas e juntas e parece do tecido muscular liso
R882 parece uma carne
R883 Aparenta ser uma célula muscular pelas suas características
R884 Células alongadas com núcleos
R885 Porque tem características de um tecido muscular, por causa de suas "rasuras" Em
"comprido'.
171
R886 Um monte de negócios vermelhos
R887 Por causa de seu detalhe e o seu modelo
R888 partes mais altas
R889 Ele parecia muito com o tecido muscular
R890 ACHO QUE PELA DIVISAO DELE E A FORMA
R891 As manchas avermelhadas
R892 POIS O TECIDO E COM CAMADAS BRANCAS E O RESTO VERMELHO E
ASSOCIE QUE PODERIA SER UM TECIDO MUSCULAR
R893 QUE ERA ROSA E NAO MUITO JUNTO
R894 as glandulas são mais separadas
R895 células justapostas
R896 um tecido com células justapostas
R897 que as celulas eram justapostas
R898 Estar justapostas
R899 célula juntapostas
R900 vários núcleos
R901 As células
R902 eles tem detalhes semelhantes
R903 eu vi que esse tecido tem retangulos vermelhos e brancos e eles são aporosos
R904 pois ele esta dobrando
R905 Que as celulas estão justapostas
R906 vi celulas alongadas, plurinucleadas, com nucleos perifericos e com estrias
R907 O tecido era alongado e parecia liso, sem nenhum "calombo" ou algo assim
R908 A cor do elemento
172
R909 Por causa de imagens e vídeos da internet,que eram a musculatura do nosso corpo.
R910 geletinos
R911 As manchas vermelhas se pareciam com as células do tecido muscular liso
R912 ROSA COM TRAÇOS PRETOS MUITO ESTRANHO
R913 Celulas alongadas/contracao lerda e involuntaria/sem estriacoes
R914 E bem diferente da maioria dos outros tecidos
R915 Porque no tecido epitelial as células se encontram justapostas
R916 a cor dele
R917 os espaços "vazios" nesse tecido e as manchinhas que estão dentro deles, porque parecem
ser os núcleos ou os vacúolos.
R918 por causa da imagem parece e é um tecido so nao sei se eu acertei
R919 as células são justapostas
R920 Os detalhes
R921 As partes em branco que parecem ser ossos juntados pela parte rosa
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 4 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R922 uma célula
R923 uma celula
R924 Teias
R925 Observei a célula de um vegetal
R926 EU OBSEREVEI UM TECIDO CARILAGINOSO
R927 tecido so nao qual
173
R928 È um tecido eptelial
R929 em monte de celulas junta postas
R930 Folha
R931 BABA DA BOCA
R932 algo parecido como uma rede de sujeira
R933 "bolhas" grudadas como bolhas de sabão pequenas
R934 tecido muscular
R935 Eu acho que é uma parte do nosso corpo
R936 Células justapostas
R937 Vi várias células bem separadas
R938 Na lâmina eu vejo células juntas.
R939 tecido epitelial
R940 vi celulas alongadas, estriadas e com nucleos
R941 vi celulas justapostas
R942 Pedaços de inseto.
R943 Um tecido do nosso corpo
R944 "Borda" azul, células espaçadas,bastante substância intercelular.
R945 eu observei um tecido vegetal com varios espaços, e esses espaços sao as celulas
R946 Parecia o citoplasma de uma célula
R947 Eu observei que parece uma asa de um inseto
R948 Eu observei que na lâmina aparece uma imagem de uma folha qualquer vista pelo
microscópio
R949 São células vegetais formando um tecido
R950 Uma celula animal ou vegetal e o seu tecido, pode ser tbm a membrana plasmática
174
OBSERVAÇÃO
R951 Bolas azuis e um risco rosa
R952 No "centro" alguns riscos azuis e no meio alguns pontos cinzas e traços vermelhos. E na
ponta algumas "bolinhas" azuis.
R953 Tem algo aredondado que parece ser feito com tracos azuis. Envolta tem algo em um tom
de roxo claro e envolta disso tem algo azul mais escuro. Tem riscos vermelhos.
R954 Algumas bolinhas e tracinhos, uma cor transparente e azul
R955 tem listras azuis e um tecido do corpo
R956 Tem algumas listras azuis, mas nao sei o que é, mas acho que é uma parte do nosso corpo
humano que se chama tecido epitelial
R957 Vi algo com varias bolinhas brancas e uma testura fina
R958 Varias bolinhas
R959 Um monte de quadradinhos com uma bolinha dentro
R960 tem muito pontos
R961 Pintinhas
R962 Linha finas de cor azul,com uma aparência semelhante a de asas de insetos
NDC
R963 não consegui observar direito
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 4 – Pergunta 3
N RESPOSTAS
R964 A forma circular.
R965 a forma dele
R966 As bolinhas
R967 Não sei
175
R968 o branco
R969 a celula
R970 Uma monte quadradinhos
R971 Tem as características da célula do vegetal
R972 uns hexagonos /eu chutei/
R973 so vi a imagem e pensei que era
R974 A um pelo e da para ver a derme
R975 que as celulas estão junta postas
R976 textura, cor
R977 QUE PARECE ÁGUA
R978 a parte branca e cheio de pontinhos
R979 tem células alongadas
R980 Que tem uma parte de cartilagem
R981 Células justapostas
R982 As caracteristicas são: células juntas parecida com rede de frutas e o corante faz com que a
imagem seja mais visivel. E sim.
R983 suas celulas estao justapostas
R984 células alongadas, com núcleos e células estriadas
R985 as celulas meio juntas
R986 Sua aparência
R987 as células que parecem espacinhos vazios
R988 Eu alguma coisa que parecia uma parede celular
R989 Porque é uma folha,e toda folha contém esses riscos nela
R990 As células estão todas com formatos semelhantes e ao seu redor está a parede celular
176
R991 A sua cor, forma...
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 5 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
INTERPRETAÇÃO
R992 Observei algo com uma casca com formas retangulares eu acho, que parece ser algum ser
vivo
R993 parece uma pele meio desgastada
R994 Parecem folhas, que estão espalhadas e em alguns casos, em cima de outra folha. Podem
ser também algum outro tipo de planta ou coisa assim, pois parece muito (por conta do
formato)
R995 células justapostas
R996 Na lamina eu vi um tecido meio denso.
R997 Células juntas
R998 Tecidos
R999 céluas juntas
R1000 Células em forma hexagonal e justapostas
R1001 eu observei um tecido que parece possuir "grandes aberturas" nele
R1002 Tecido vegetal
R1003 Observei células justapostas
R1004 um tecido conjuntivo osseo
R1005 pele de inseto
R1006 uma asa de algum inseto
R1007 tecido conjuntivo
R1008 Célula Vegetal
177
OBSERVAÇÃO
R1009 Parecem ser escamas azuis e roxas
R1010 algo parecido com o formato de uma rocha com as cores acizentado e azul e rosa com
algumas blinhas
R1011 Eu vejo figuras azuis de 6 lados uma junto a outra em um fundo branco. Há também ,
bolinhas azuis.
R1012 Riscos azuis
R1013 Uma cor bem escura com vários pontinhos coloridos
R1014 uma coisa muito escura e algumas coisas se mexendo parecendo minhoca
R1015 formas praticamente retangulares (variando em sua quantidade de lados) aparentemente
justapostas
Tabela da Atividade 2 – Ciclo 2 – Lâmina 5 – Pergunta 3
N RESPOSTAS
R1016 As formas que tem meio abaixo daquela casca
R1017 A cor e a "testura"
R1018 as cores
R1019 seca e velha
R1020 O formato das figuras
R1021 a cor, o tamanho
R1022 Seu formato e (ver as imagens abaixo), as formas que o tecido apresenta, são os que estão
presentes em um tecido vegetal;
R1023 Não são redondos, "possuem paredes"
R1024 porque as células se encontram justapostas
R1025 Esse tecido é espeso.
R1026 Células juntas
178
R1027 Por que órgãos formam um tecido
R1028 As células justapostas
R1029 As formas e cores
R1030 céluas justapostas
R1031 As células estão justapostas
R1032 essas aberturas são na verdade células vegetais, porque eu consigo ver o seu formato, sua
parede celular e seus núcleos.
R1033 que as celulas SÃO JUSTAPOSTAS
R1034 suas células estão justapostas
R1035 elas sao similares
R1036 Não existe núcleo nessa célula
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 1 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
OBSERVAÇÃO
R1037 eu observei que tem um negocio muito verde escuro cheio de bolinhas com uma mancha
preta no meio e muitas manchas brancas emcima. A imagem fica piscando e parece que ta
mexendo.
R1038 Eu observei na lâmina algo quadrado, com uma cor amarelo, como de fosse um pastel.
R1039 Parece que há desníveis,
R1040 É algo verde e parece interligado.
R1041 algo verde e amarelo, com algumas linhas
R1042 Tem algumas coisas brilhando em alguns lugares e outros estão escuros e o objeto é verde.
R1043 Eu observei uma coisa meio verde preto e marrom
R1044 eu observei uma imagem marrom misturada com amarelo e verde escuro ,essa imagem
aparece partes mais escuras e outras mais claras e também parece ter pequenos espacinhos
entre eles
179
R1045 Objeto com partes verdes e brancas, formando pequenos traços.
R1046 alguma estrutura verde que tem alguns furos
R1047 Aparentemente é esponjoso ou aspero, e a cor e semelhante a algum marrom esverdeado.
R1048 parece uma coisa esponjosa e a cor parece um amarelo escuro
R1050 parece uma coisa esponjosa e a cor é um amarelo escuro
R1051 não esta aparecendo a imagem do microscópio
R1052 uma pata de inseto
R1053 Vários micro pontos.
R1054 eu observei varios riscos
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 2 – Pergunta 1
N RESPOSTAS
OBSERVAÇÃO
R1055 Eu observei algo bem pequeno e um pouco quadrado
R1056 Parece ser varias bolhinhas pretas juntas umas nas outras e tem umas bordas verdes.
R1057 aparentemente muitas bolinhas pretas no centro e "riscos" a redor
R1058 Bolas pretas num vidro
R1059 eu observei varias bolas
R1060 Bolas pretas
R1061 algo preto com formas de bola deformadas e algumas juntas e outras separada e as que
estão separadas são traçinhos
R1062 Eu observei pontos pretos e uma mancha preta
R1063 Eu vejo uma parte da figura que parece tres quadradinhos juntos ,preto e um pouco de
marrom e outra parte da lamina nao tem nada
180
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 3 – Pergunta 1
RESPOSTAS
OBSERVAÇÃO
R1064 eu observei que uma parte é marrom esverdeado com preto e outra parte da lamina parece
não ter nada, em algumas partes da figura encontra-se mais escuras do que outras
R1065 Eu observei algo quadrado e branco com algo escrito como uma fita adesiva
R1066 Ha uma superfície verde-escuro com uma parte semi-transparente
R1067 observei um tecido verde aparentemente rachado
R1068 Forma iregular com marom e amarelo
R1069 parece uma dura e a cor de pedra
R1070 eu observei uma coisa meio esverdiada parecendo alguma coisa suja
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 4 – Pergunta 1
RESPOSTAS
OBSERVAÇÃO
R1071 Eu observei algo meio reto, como se fosse um pedaço de madeira
R1072 Um fio marrom
R1073 um linha cruzando a imagem e muitas bolinha pretas
R1074 Um cano bem fino
R1075 Há pequenos fragmentos espalhados em volta de um objeto reto esverdeado.
R1076 é algo cilíndrico de cor escura
R1077 Eu observei um corpo marrom,fino,com supostos olhos .
181
R1078 Algo que parece ser cilíndrico, que seja um pouco longo, de cor acastanhada.
R1079 verde e de forma cilindrica,fino e parece ter celulas a seu redor
R1080 EU OBSERVEI NA 1 UMA COISA MARROM E A 2 UMAS LAMINAS
R1081 uma faixa escura na cor marrom
R1082 algo marrom comprido
R1083 Um fio de cor marrom
INTERPRETAÇÃO
R1084 verde e de forma cilindrica,fino e parece ter celulas a seu redor
R1085 Eu observei um corpo marrom,fino,com supostos olhos .
Tabela da Atividade 1 – Ciclo 3 – Lâmina 5 – Pergunta 1
OBSERVAÇÃO
R1085 Asa de inseto
R1085 Uma superfície que aparenta ter mini pelos e alguns espinhod do lado
R1085 Eu observei algo ''quadrado'' e bem pequeno
R1085 Astes marrons com membranas
R1085 pequenos tecidos de celulas
R1085 um tecido de celulas bem fininha
R1085 Eu observei algumas linhas pretas e marrom e pequenas linhas
R1085 havia algo como fios marrons e uma coisa transparente
R1085 Nesta lâmina eu observei que existem linhas marrons passando por uma parte clara com
pontinhos pretos bem pequenos. Na borda da imagem tem coisas iguais a pelinhos ou
cilios.
182
R1085 Há estruturas marrons curvadas e em uma delas pequenos espinhos que se sucedem um
após o outro.
INTERPRETAÇÃO
R1086 Há estruturas marrons curvadas e em uma delas pequenos espinhos que se sucedem um
após o outro.
R1087 pequenos tecidos de celulas
R1088 um tecido de celulas bem fininha
R1089 Asa de inseto
R1090 Uma superfície que aparenta ter mini pelos e alguns espinhod do lado
183
7.3 ANEXO 3: Parecer Consubstanciado do CEP
184
185
186
187
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