UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS ARAPIRACA
UNIDADE EDUCACIONAL PENEDO
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
LYVIA BARRETO SANTOS
CONSTRUINDO UM LIVRETO INFORMATIVO SOBRE MICOLOGIA
COM ESTUDANTES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE
UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PENEDO/AL
Penedo-Al
2018
LYVIA BARRETO SANTOS
CONSTRUINDO UM LIVRETO INFORMATIVO SOBRE MICOLOGIA
COM ESTUDANTES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE
UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PENEDO/AL
Penedo-Al
2018
Monografia apresentada ao curso de Licenciatura
em Ciências Biológicas da Universidade Federal
de Alagoas- Unidade Educacional Penedo, como
um dos requisitos para obtenção do título de
licenciada em Ciências Biológicas.
Orientadora: Profa. Dra. Ana Paula de Almeida
Portela da Silva Coorientadora: Profa. Dra. Janayna
Paula Lima de Souza Santos
ATA DE APROVAÇÃO
DEDICATÓRIA
Ao meu pai, Wilson Souza dos Santos, dedico.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a todas as pessoas que acreditaram em mim desde meus
primeiros passos na graduação, especialmente às minhas orientadoras: Profa. Dra. Ana Paula
de Almeida Portela da Silva e Janayna Paula Lima de Souza Santos, pessoas e profissionais
maravilhosas.
Agradeço aos meus amigos e amigas que sempre me motivaram; e a minha família,
especialmente aos meus irmãos (Elton, Lenisson, Lucas, Leide, Lygia, Lilian, Wilson Jr e
Wilton), meus avós e minha mãe, Maria Lenice Barreto Santos, que lutou, sofreu e sorriu
junto comigo até que esse momento chegasse.
Agradeço ao meu amor, André, pela paciência, por dividir e carregar comigo os dias
pesados, deixando-os mais leves.
Agradeço, imensamente, a cada docente que, sem dúvida, enriqueceu minha
formação; bem como à escola que abriu portas para o desenvolvimento deste trabalho, além
da professora de Ciências, Cristiane, que me acompanhou durante todo estágio
supervisionado.
Não poderia deixar de agradecer a minha dupla de estágio e de todos os outros
trabalhos realizados na graduação: Jane, obrigada pela troca de conhecimento e amizade
durante esse tempo; Agradeço, também, a Rafaella pelo carinho e companheirismo, bem
como aos colegas do LABDIMI e sala de aula.
Por fim, agradeço a Deus por cuidar de cada detalhe e por derramar sobre mim o Seu
amor que me faz querer ir além...
Muito obrigada!
EPIGRAFE
O Sonho
Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.
(Clarice Lispector)
RESUMO
O presente trabalho trata de uma pesquisa realizada numa escola pública do município de
Penedo-AL em uma turma do 7º ano. Nele foi proposta uma ação educativa baseando-se na
abordagem do Livro Didático de ciências sobre Micologia e no Programa de Iniciação
Científica, desenvolvido na UFAL/U.E Penedo, que busca aprofundar o conhecimento a
respeito do Controle Biológico de pragas por fungos entomopatogênicos. Nesse sentido, a
partir de discussões, reflexões e contextualização da realidade local com o pensamento
científico, foi obtido como produto final um livreto informativo com o tema: “Controle
Biológico de pragas utilizando fungos entomopatogênicos”. Assim, a partir de uma
metodologia baseada na pesquisa colaborativa, esse estudo foi realizado em quatro etapas: a
primeira consistiu na discussão e mediação de informações sobre os fungos de modo geral, os
fungos entomopatogênicos e o Controle Biológico de pragas através de uma aula expositiva
de caráter dialógico; a segunda compreendeu a construção de pequenos textos e ilustrações
pelos estudantes a respeito do tema; na terceira etapa, ocorreu a revisão dos textos e
aperfeiçoamento das ilustrações do conteúdo; e na quarta, foi feita a organização e montagem
para construção do livreto. Posteriormente, o livreto será publicado e divulgado na rede
pública de ensino do município de Penedo. Como resultados, foi possível perceber que com a
ação educativa e construção desse material, os estudantes compreenderam a composição do
Reino Fungi, com ênfase nos fungos entomopatogênicos e sua aplicação no controle biológico
de pragas; além disso, os mesmos interagiram e ampliaram o conhecimento que o livro
didático de Ciências trazia sobre o ensino de micologia. Deste modo, a atividade possibilitou
a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida da população, visto que a comunidade
onde a escola está inserida vive predominantemente da agricultura, além da mediação do
pensamento científico em sala de aula.
Palavras-chave: Ensino de Ciências; Ensino de Micologia; Material didático.
ABSTRACT
The present work deals with a research carried out in a public school of the municipality of
Penedo-AL in a class of the 7th year. It was proposed an educational action based on the
approach of the Science Didactic Book on Mycology and the Scientific Initiation Program,
developed at UFAL / U.E Penedo, which seeks to deepen the knowledge about the Biological
Control of pests by entomopathogenic fungi. In this sense, based on discussions, reflections
and contextualization of local reality with scientific thinking, an informative booklet was
obtained as an end product with the theme: "Biological Control of pests using
entomopathogenic fungi". Thus, based on a methodology based on collaborative research, this
study was carried out in four stages: the first consisted in the discussion and mediation of
information on fungi in general, entomopathogenic fungi and Biological Control of pests
through an expositive class of dialogical character; the second included the construction of
small texts and illustrations by the students on the subject; in the third stage, the revision of
the texts and improvement of the illustrations of the content took place; and in the fourth, the
organization and assembly for the construction of the booklet was done. Subsequently, the
booklet will be published and disseminated in the public education network of the
municipality of Penedo. As a result, it was possible to perceive that with the educational
action and construction of this material, the students understood the composition of the Fungi
Kingdom, with emphasis on the entomopathogenic fungi and its application in the biological
control of pests; in addition, they interacted and extended the knowledge that the didactic
book of Sciences had on the teaching of mycology. In this way, the activity made possible the
promotion of health and the improvement of the quality of life of the population, since the
community where the school is located lives predominantly from agriculture, as well as the
mediation of scientific thinking in the classroom.
Keywords: Science Teaching; Teaching Mycology; Courseware.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………. 10
2. OBJETIVOS………………………………………………………………….. 12
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………................................................... 13
3.1- O Livro Didático de ciências e a abordagem local na
Educação Básica............................................................................................
13
3.2- A micologia do Ensino Fundamental e seus desafios....................................... 15
3.3- O Controle Biológico por Fungos Entomopatogênicos.................................. 16
4. MATERIAL E MÉTODOS……………………………................................. 19
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO………………………………........................ 21
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………....................... 37
REFERÊNCIAS…………………………………………................................ 38
ANEXO I…………………………………………………............................... 42
ANEXO II……………………………………………………......................... 43
ANEXO III……………………………………………………………............ 44
ANEXO IV………………………………………………………………......... 47
ANEXO V…………………………………………………………………...... 56
10
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi desenvolvido em sala de aula e compreendeu um momento de
regência nos anos finais do Ensino Fundamental. A escola, campo de pesquisa, fica situada
num bairro do município de Penedo- Alagoas, cidade bastante conhecida por possuir um
grande patrimônio histórico, além de um alto potencial turístico e agrícola com a plantação do
milho e da cana-de-açúcar, especialmente (SANTOS, 2011).
Para os estudantes de licenciatura, as vivências em sala de aula compreendem etapas
fundamentais na formação dos futuros professores, pois, embora existam inúmeras teorias, é
na prática que a identidade docente, de cada licenciando, se forma. Este trabalho foi, ainda,
uma parcela da pesquisa desenvolvida durante o Programa de Iniciação Científica da UFAL,
no qual são aprofundados estudos com fungos entomopatogênicos, visando sua utilização no
Controle Biológico de Pragas; constituindo assim, um assunto de extrema relevância para a
comunidade onde a escola está inserida, uma vez que o alto índice de pragas na agricultura
acaba fazendo com que os agricultores utilizem inseticidas químicos em suas plantações para
eliminá-las causando, dentre outros prejuízos, um enorme desequilíbrio ecológico.
Nessa perspectiva, o Controle Biológico compreende uma metodologia
limpa, utilizada para controlar insetos que causam prejuízos em plantações agrícolas e, ainda,
os que transmitem doenças. Segundo o site da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA) (2018), o Controle Biológico é realizado através de inimigos naturais que
podem ser: predadores, parasitóides e microrganismos, como fungos, bactérias e vírus.
Os fungos que realizam o controle natural são chamados de fungos
entomopatogênicos. Eles aderem à cutícula do inseto e a degradam através de enzimas
presentes nas estruturas de penetração, como quitinases e proteases; finalmente,
germinam dentro do inseto, causando sua morte por paralisar o sistema digestório (ALVES,
1998).
Exceto os estudiosos que trabalham nessa linha de pesquisa, poucos da sociedade em
geral, conhecem que existe esse método para controle de insetos-praga. Sendo, então,
fundamental tornar essa informação acessível à todos, sejam agricultores ou não.
Assim, o presente trabalho buscou disseminar essa informação num ambiente
heterogêneo, neste caso, a escola, mais precisamente, numa sala dos anos finais do Ensino
Fundamental, já que nesta série é trabalhado o conteúdo do Reino Fungi, compreendendo,
assim, uma ação que tem como finalidade formar cidadãos capazes de refletir e modificar sua
11
própria realidade mediante o pensamento científico da Escola e da Universidad2
Deste modo, a proposta de discussão e reflexão culminou, portanto, na construção de
conhecimento através da produção de um material didático-pedagógico para auxiliar na
aprendizagem dos educandos e de forma efetiva, complementar o conteúdo do reino dos
fungos contido no Livro Didático de ciências, de modo que os estudantes pudessem associá-lo
a realidade local.
12
2. OBJETIVOS
- Geral
Conhecer os representantes dos fungos e suas características, refletindo sobre a
importância destes para aplicação biotecnológica e para o meio ambiente, correlacionando
com a realidade local para assim promover a melhoraria da qualidade de vida do
público-alvo.
- Específicos
Construir um livreto informativo sobre o Controle Biológico de pragas com
estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental;
Avaliar a produção textual a partir do conteúdo discutido em aula;
Analisar a produção ilustrativa relacionada ao texto.
13
3. FUNDAMENTAL TEÓRICA
3.1- O Livro Didático de ciências e a abordagem local na Educação Básica
A escola, um ambiente para formação de indivíduos que pensem crítica e
reflexivamente, é o espaço ideal para a disseminação dos saberes científicos que é
desconhecido para a maior parte da população. Nessa perspectiva, Lima (2005) diz que a
escola que pauta nesse pensar criticamente em relação aos fatos presentes e idealizar
criticamente um futuro melhor, engaja os estudantes sob a ação educativa na política de
causas públicas que estabelece o destino da coletividade visando o bem comum.
A educação Infantil e o Ensino Fundamental compõem a Educação Básica que é a
base para formação educativa das crianças e adolescentes, sendo as etapas de escolarização
obrigatória no Brasil (BRASIL, 1996).
O Ensino Fundamental, de acordo com Delizoivoc et. al. (2011), junto com a
Educação Infantil compreende uma parcela da população que não chegará ao ensino superior
a depender dos seus determinantes sociais. Deste modo, os conhecimentos adquiridos nesta
etapa de escolarização são de fundamental importância para vida dos educandos e,
consequentemente, dos futuros adultos que, apesar de não chegarem a ensino superior, terão
conhecimentos bem construídos sobre ciências, sendo estes adquiridos na Educação Básica.
O ensino de ciências na Educação Básica é um elemento fundamental para formação
cidadã dos estudantes, pois nele são apresentados práticas de valores sociais, que é a prática
científica propriamente dita, responsáveis por determinar e influenciar de forma significativa
no dia-a-dia da população. Assim é preciso valorizar a ciência considerando-a como um
instrumento de mudança que deve ser de domínio público, tendo-se obviamente a necessidade
de divulgá-la (PAVÃO e FREITAS, 2011). Assim, para que as informações mediadas, para os
estudantes, sejam de boa qualidade, é preciso considerar os recursos disponibilizados na
escola para que o professor enriqueça sua aula (CACHAPUZ, et. al., 2011).
No Brasil, há uma ação do Governo Federal para dar suporte às ações educativas,
bem como à prática do professor em sala de aula. Nesta ação, os Livros Didáticos são
avaliados, comprados e distribuídos para estudantes e professores do Ensino Fundamental e
Médio em todo território nacional por meio no Fundo de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) que é um órgão associado ao Ministério da Educação (ROSA, 2009). O autor aponta
que o material é escolhido por uma comissão que é selecionada e determinada para realizar
14
esta função.
Após a escolha do material, este comporá o Guia do Livro Didático (material de
apoio aos professores); assim, é papel do professor escolher um dos volumes deste guia e
fazer o pedido para o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) (ROSA,
2009).
Nesse contexto, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são constituídos
mecanismos de recomendações que auxiliam na metodologia do professor, pois tratam dos
conteúdos a serem desenvolvidos em sala de aula de acordo com cada modalidade de ensino
(BRASIL, 1998).
Assim, o PCN apresenta como abordagem inicial de Ciências, o estudo do
Universo e seus componentes através de conhecimentos sobre Ecologia e Geociências; Já nos
anos finais (6o e 7o anos), os conteúdos são relacionados aos seres vivos, trazendo
conhecimentos sobre a Biologia Microscópica, como histologia, citologia, microbiologia e
parasitologia (BRASIL, 1998).
Nesse sentido, o livro didático, muitas vezes, se apresenta como um dos maiores
desafios do professor em sala de aula por trazer poucas ou muitas informações e além de tudo
descontextualizadas, tornando o conhecimento vago e superficial. Vasconcelos & Souto
(2003) aponta que o livro didático de Ciências deve estimular a aplicação de métodos
científicos, instigando os alunos a pensarem e construírem o próprio conhecimento, dando
sentido e tornando-o real. Nesta linha de investigação, Santos et. al, (2007) diz que os
conteúdos de Ciências devem, ainda, ser apresentados de maneira que desenvolvam o
pensamento investigativo dos educandos.
Em todas as modalidades de ensino existe uma preocupação com relação à
abordagem dos conteúdos nos Livros Didáticos. Isto se deve pelo fato de que é necessário
haver uma adequação da linguagem utilizada, presença de figuras que permitam, aos
estudantes, associação com os textos, bem como a relação do conteúdo com o cotidiano dos
estudantes.
No ensino de micologia, por exemplo, além dos critérios citados, há uma necessidade
de abordagem voltada para a relação dos fungos com outros seres vivos, inclusive com os
seres humanos, envolvendo assim a vivência dos sujeitos com o pensamento científico.
Sobre a separação da ciência com a vivência, especialmente, relacionada ao ensino
da biologia dos microrganismos Johan et. al (2014) diz que, a descontextualização com a
realidade do estudante faz com que se manifestem inúmeras dificuldades de aprendizagem,
especialmente para se trabalhar com microrganismos, já que é uma área de estudo qual os
15
saberes científicos são complexos e de difícil compreensão quando vistos em, somente, aula
tradicionais.
Assim, Sobre a relevância da associação do conteúdo com o cotidiano dos
estudantes, Amaral et. al. (1999) elenca que:
“O cotidiano será assumido em seu significado mais amplo, abrangendo os
conhecimentos prévios e valores de que os alunos são dotados a respeito dos
assuntos abordados, assim como o acervo de materiais, objetos, seres e
fenômenos físicos, biológicos e sociais que fazem parte da experiência
prévia do estudante ou lhe são acessíveis através da experiência direta ou
indireta. Tomado neste sentido, o cotidiano deverá ser levado em conta e/ou
explorado não só nas atividades propostas, como também no
desenvolvimento do texto e nas ilustrações” (AMARAL et. al., 1999).
Deste modo, embora exista uma grande distância entre o que os cientistas sabem e o
que o público sabe, o ensino fundamental pode ser a única oportunidade para que
conhecimentos básicos de ciências sejam apresentados à maioria da população no país
(CACHAPUZ, et. al., 2011).
No entanto, é relevante ressaltar a importância de sempre considerar os
conhecimentos prévios, construídos ao longo da vida; bem como fazer relação deste com o
conhecimento científico. Desta forma, o sujeito será capaz de construir sua própria
consciência crítica sobre os fatos e se desfazer da consciência ingênua.
Sobre Consciência crítica e consciência ingênua, Freire (2014) diz que “A
consciência crítica é a representação das coisas e dos fatos como se dão na existência
empírica. Nas suas correlações casuais e circunstanciais. A consciência ingênua (pelo
contrário) se crê superior aos fatos, dominando-os de fora, e por isso, se julga livre para
entendê-los conforme melhor lhe agrada” (FREIRE, 2014).
Nesse sentindo, a tarefa de analisar o Livro Didático seja na formação continuada ou
inicial, bem como buscar fonte e metodologias que complementem esse material pode, de
fato, contribuir na qualificação da prática docente e, consequentemente, no seu papel social a
ser desenvolvido na escola e na sala de aula.
3.2- A Micologia no Ensino Fundamental e seus desafios
Dentro dos conteúdos da Biologia, a micologia trata de estudar os fungos, bem como
sua relação com o meio ambiente (SHIMABUKURO, et. al., 2010). Rêgo, et. al. (2015)
acrescentam que, além disso, na micologia se estuda ainda as características morfológicas,
genéticas, bioquímicas, taxonômicas, e suas aplicações biotecnológicas.
16
Para Tortora et. al. (2005), os fungos são de grande relevância para o homem e para a
natureza; através de enzimas presentes na parece celular eles decompõem matéria orgânica
constituindo um importante papel na cadeia alimentar. Além disso, grande parte das plantas
necessitam da associação de fungos, conhecidos como micorrizas para seu melhor
desenvolvimento.
De acordo com o autor, para o homem alguns desses organismos são utilizados como
alimentos, como no caso de congumenlos; e para a produção de outros alimentos, como pão e
bebidas, além de medicamentos, como a penicilina (TORTORA et. al., 2005).
Ainda segundo os autores acima, os fungos compõem um grupo de organismos
bastante diversos, podendo ser de visualização macroscópica ou microscópica; são
heterótrofos; e possuem em seus representantes, organismos com ação benéfica e com ação
maléfica, embora estes últimos sejam os mais conhecidos, por causarem micoses ou alergias
nos humanos.
Nessa perspectiva, ao trabalhar este conteúdo nos anos finais do ensino fundamental,
os professores acabam enfrentando inúmeros desafios, uma vez que este conhecimento é
abordado de forma bastante superficial e descontextualizadas. Assim, é necessário enfatizar
nas abordagens voltadas para papel destes seres vivos no ambiente, onde os mesmos se
estabelecem e para que tipo de mecanismos podem ser utilizados de forma favorável a todos
(LOPES, s/d).
3.3- O Controle Biológico por Fungos Entomopatogênicos
No Brasil, por volta de 1960 até 1980, houveram inúmeras transformações
econômicas que deram impulso a modenização agrícola, culminando no crescimento de taxas
expressivas na quantidade de produtos plantados e consequentimentente, no crescimento
econômico do Brasil quanto a capacidade de exportação destes produtos. Durante esse
período de crescimento econômico, o Brasil passou a explorar novas terras, antes inadequadas
para agricultura, além de aumentar o seu potencial produtivo, dando força ao surgimento de
novos produtos.
Segundo dados disponibilizados pela EMBRAPA, atualmente, o Brasil é um dos
maiores produtores de café do mundo, tendo destaque para o estado de Minas Gerais, onde
são concentrados 50% da produção nacional; é ainda o segundo maior produtor de grãos do
mundo, sendo Mato Grosso o maior produtor de soja do Brasil; já na produção de cana-de-
açúcar, o Brasil está no topo da produção, com destaque para a região Centro-Sul
17
(EMBRAPA, 2018).
No Estado de Alagoas, a cultura da cana-de-açúcar ainda é considerada como fonte
de renda pra muitas famílias que sobrevivem por meio do corte. Em algumas regiões do
estado, o milho vem ocupando espaço significativo com grande potencial de crescimento
devido à problemática financeira das grandes usinas canavieiras (SANTOS, 2011).
Essa grande produção agrícola acaba promovendo o aparecimento de diversas
pragas, dentre elas encontram-se Mahanarva posticata (cigarrinha da folha da cana),
Diatraea saccharalis (broca da cana) e Spodoptera frugiperda (lagarta do cartucho do milho).
Sendo, então, necessário buscar metodologias para controlar essas pragas que causam
enormes prejuízos econômicos para os produtores (VALICENTE, 2015).
Os inseticidas químicos têm sido bastante utlizados por dar resultados imediatos,
embora estes compostos também possam alterar a qualidade do meio ambiente, além de
deixar substânciass tóxicas nos produtos plantados, causando graves doenças nos agricultores,
consumidores e em animais econômica e ecologicamente importantes (POURSEYED et. al.,
2010).
Para Valicente, et. al., (2015) diante dos diversos problemas ambientais que o Brasil
vem sofrendo e do grande potencial de exportação de produtos agrícolas que apresenta, torna-
se cada vez mais necessário buscar meios que melhorem a qualidade do produto a ser
exportado, mas principalmente que não degrade o meio ambiente e nem a saúde humana. A
partir dessa necessidade, surgiram os estudos com fungos entomopatogênicos, que são fungos
que possuem a capacidade de parasitar insetos-praga. Estes estudos vêm avançando cada vez
mais no Brasil e no mundo e procuram levar este conhecimento, em especial, aos agricultores,
uma vez que estes inseticidas biológicos são “uma alternativa eficaz ao uso indiscriminado de
inseticida químico” (ALVES, 1998). Segundo o autor, o controle químico é considerado
inviável porque além de aumentar o custo da produção, pode deixar resíduos dos produtos nos
alimentos, restringindo a exportação.
O surgimento de métodos alternativos para o controle de pragas instigam o
desenvolvimento, cada vez maior, de pesquisas nesta área, visando um aumento do uso de
inseticidas biológicos na agricultura brasileira, mantendo a biodiversidade de insetos, além de
não causar danos significativos a outros organismos e ao meio ambiente (VALICENTE,
2015).
Os inseticidas biológicos são uma alternativa ao método tradicional, pois os agentes
entomopatogênicos são considerados seletivos e de baixa toxicidade, devido a seus compostos
bioativos de alta especificidade, com ação direta sobre a praga, sem afetar os inimigos
18
naturais da mesma (PORTELA-SILVA, 2015; KHAN et al., 2016; VALERO-JIMÉNEZ et
al., 2016).
Nesse sentido, é notória a importância de apresentar às crianças e adolescentes que
existem formas de não agredir ao meio ambiente, como por exemplo, utilizando fungos
entomopatogênicos no controle de pragas, sendo favorável para o bom funcionamento do
meio ambiente e, consequentemente, para a população em geral. Deste modo, é indispensável
levar essa discussão para os educandos do ensino fundamental II, mais especificamente no 7º
ano, uma vez que nesta série é trabalhado o conteúdo Reino Fungi de acordo com o livro
didático e com os Parâmetros Curriculares Nacionais que disponibiliza todo conteúdo
programático a ser trabaçhado em cada modalidade de ensino.
19
4. MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada utilizando dados qualitativos e quantitativos. Qualitativos
porque foi necessário coletar falas dos educandos a respeito do tema, pois este tipo de
pesquisa preza pelo contato direto do pesquisador com o que ou quem está sendo pesquisado,
sem se preocupar com dados numéricos; quantitativos porque foram coletados dados objetivos
a respeito de quantos educandos conhecem, já ouviram falar ou não conhecem os fungos
entomopatogênicos (GÜNTHER, 2006; SILVEIRA e CÓRDOVA, 2009).
Este trabalho foi, também, baseado na pesquisa colaborativa visto que os próprios
estudantes foram protagonistas do material produzido (IBIAPINA, 2016). Para a autora, a
pesquisa colaborativa preza pela participação do público-alvo para o desenvolvimento da
pesquisa, mediante sua vivência no cotidiano e/ou conhecimento apreendido.
Inicialmente, foi feita a análise do conteúdo de micologia no Livro Didático utilizado
pelos estudantes nas aulas de ciências. Nessa análise procurou-se identificar adequação de
linguagem, figuras, elementos adicionais, abordagem cientifica e a delação desta com o
cotidiano dos estudantes.
Após a análise, o trabalho foi desenvolvido, a princípio, com a utilização do primeiro
instrumento de coleta de dados que se deu através de um estudo dirigido de caráter
diagnóstico com perguntas objetivas. Neste estudo, os estudantes marcaram com o “x” a
opção escolhida. As perguntas do estudo dirigido foram organizadas em formato de tabela, na
qual continham as seguintes perguntas: Sabe o que é Controle Biológico?, Já ouviu falar em
fungos entomopatogênicos?, Se sim, onde?, Se não, tem curiosidade?. Ao lado dessas
perguntas haviam as seguintes opções: sim, não, muito, pouco, escola e outros. Essas
perguntas foram elaboradas com o intuito de quantificar os estudantes que estariam
interessados na proposta do projeto.
Posteriormente, foi mediada uma aula expositiva a respeito do Controle Biológico de
pragas enfatizando a utilização de fungos entomopatogênicos, mostrando, também, porque
esses microrganismos são os inimigos naturais mais utilizados; além disso, foi feita uma
representação imagética, de todos os inimigos naturais dos insetos, dos fungos em geral e dos
entomopatógenos, especificamente. Para esta aula, foi utilizado retroprojetor, quadro branco e
pincel.
A sala de aula era composta por 22 estudantes (18 meninos e 4 meninas); o perfil
20
socioeconômico dos estudantes se dá através da monocultura, sendo estes de classe baixa; na
realização desta atividade, haviam 19 presentes. Assim, formaram-se 8 duplas e 1 trio; as
duplas e o trio foram organizados de forma que ficassem juntos estudantes que possuíam
saberes diversificados, ou seja, sendo um estudante que possuía maior habilidade para
desenhar e o outro para escrever; estes, então, receberam duas folhas A4. Em uma delas havia
uma pergunta a respeito do que foi, anteriormente, discutido na aula; a outra folha foi dada em
branco para que os estudantes fizessem uma ilustração de acordo com o texto-resposta.
As perguntas distribuídas foram previamente elaboradas. Assim, os educandos (em
dupla) escreveram e ilustraram sobre os seguintes temas/questionamentos: o reino dos fungos;
qual a importância dos fungos?; na natureza, qual a importância desses organismos?; o que é
Controle Biológico?; quais os aspectos positivos e negativos do Controle Biológico?; quais os
inimigos naturais que podem ser controladores de insetos-praga?; o que são fungos
entomopatogênicos?; por que os fungos entomopatogênicos são os mais utilizados no
Controle Biológico de pragas?; o que é necessário para que os fungos entomopatogênicos
sejam utilizados no controle biológico de pragas?.
Os textos produzidos, na primeira versão, passaram por um momento de correção.
Em outro momento, os estudantes receberam os textos construídos com algumas indicações
para alteração, complementação ou supressão. Nas ilustrações, eles puderam aperfeiçoar e
colorir o desenho.
Após o momento de aperfeiçoamento das produções, as mesmas foram organizadas
de forma lógica para eficácia da informação; para posterior encaminhamento à editora, para
possível publicação e utilização como leitura complementar ao livro didático nos anos finais
do ensino fundamental das Escolas Públicas do município de Penedo/Al.
A publicação só será realizada mediante assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo I) dos pais e/ou responsáveis dos estudantes, uma vez que
o livreto será construído por meio da participação colaborativa dos mesmos e Termo de
Assentimento (Anexo II) que será assinado pelos menores.
21
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O livro didático o qual foi objeto de contribuição para o desenvolvimento deste
trabalho foi o do Projeto Araribá que, geralmente, apresenta a maior parte dos critérios
adequados para se trabalhar com o Ensino Fundamental. Alguns dos critérios presentes neste
livro, são: adequação textual à série (em alguns conteúdos), qualidade das imagens e sua
relação com os textos, algumas questões são contextualizadas e presença de diversos recursos
adicionais (glossários, caderno de exercícios e curiosidades).
Os conteúdos trabalhados durante as aulas no 7o ano (anos finais do Ensino
Fundamental) foram: Evolução, o surgimento da vida na terra e a classificação dos seres
vivos, no qual são estudados todos reinos, inclusive o reino Fungi.
O conteúdo “Reino Fungi” apresentado nele (no livro) não contém um
aprofundamento, mostrando somente uma visão geral dos fungos; sua biologia e importância
econômica, médica e ecológica. Isto faz com que o conhecimento torne-se fragmentado e
superficial, tendo a necessidade de que o professor busque novas metodologias para
enriquecer o conteúdo (SHIMABUKURO, et. al., 2010).
Essa abordagem rasa de um conteúdo provoca não só a fragmentação do
conhecimento, mas ainda a segregação do educando com a própria realidade, constituindo um
dos maiores e complexos desafios da Educação Básica, atualmente. Pois, o conteúdo
trabalhado, em sala de aula, deve, fundamentalmente, fazer sentido para os educandos, visto
que associar a realidade dos mesmos aos saberes científicos abordados, faz com que este se
torne mais assimilável e, consequentemente, mais acessível.
Nessa perspectiva, Fracalanza et. al., (1987) aborda algumas questões que podem
dificultar o ensino de ciências considerando a realidade local, dentre eles estão as condições
de trabalho, qualidade do recurso didático disponível e, por fim, o tempo curto para se
trabalhar ciências na escola. Este fato deve ser levado em consideração ainda mais nos
conteúdos que envolvem a microbiologia, uma vez que estes são bastante abstratos,
dificultando a aprendizagem dos adolescentes.
No Livro Didático de Ciências do projeto Araribá havia todo o conteúdo sobre o
reino Fungi resumido em duas páginas com informações gerais sobre estes organismos, como:
Quem são, importância econômica, ecológica e médica; além de figuras e identificação
científica de alguns dos seus principais representantes. Além disso, no livro havia bastante
imagem diagramada no texto, que possibilitou uma associação, por parte dos estudantes, ao
22
A B
FONTE: Dados da pesquisa.
que estava sendo estudado.
A partir do conteúdo apresentado no livro, foi elaborada uma aula, na qual os
estudantes puderam conhecer uma visão geral sobre os representantes macroscópicos
(cogumelos e orelhas-de-pau) e microscópicos (fungos filamentosos e leveduras) deste reino
(Imagem 1 A-B).
Imagem1. (A) Aula expositiva; (B) Produção do material.
É importante ressaltar que sobre importância ecológica, no livro, havia somente
informações sobre fungos que são capazes de decompor matéria orgânica; pois fungos e
bactérias são os maiores decompositores na teia alimentar (TORTORA, 2005). Deste modo, a
realização deste trabalho foi ainda mais necessária, visto que, de acordo com a realidade de
cada estudante, era necessário dar maior ênfase à algo que eles vivenciassem no seu cotidiano,
para que conhecessem que existem formas de controlar insetos-praga sem utilizar inseticida
químico, protegendo assim a própria saúde e a biodiversidade. Estas informações compõem,
também, aspectos de importância econômica e ecológica dos fungos.
De acordo com os dados obtidos do estudo dirigido de caráter objetivo/diagnóstico,
percebeu-se que menos da metade dos estudantes sabiam o que era controle biológico; os que
diziam saber, não conseguiram explicar aos demais colegas; ainda neste questionário, muitos
responderam que já tinham ouvido falar em fungos entomopatogênicos, isto porque, durante
as aulas, os conteúdos eram abordados de forma que houvesse uma conexão com os assuntos
anteriores e os que seriam trabalhados posteriormente.Nesse contexto, os estudantes que
responderam já ter ouvido falar em fungos entomopatogênicos, verbalizaram que o principal
23
meio o qual obtiveram estas informações foi na escola, efetivando o que foi citado
anteriormente.
Ainda com relação ao questionário diagnóstico, embora alguns deles conhecessem
superficialmente sobre o assunto, todos demonstraram curiosidade em saber mais, pois se
tratava de um assunto que faz parte da realidade deles, uma vez que a maior parte da
comunidade do entorno sobrevive da agricultura, incluindo seus familiares, parentes, amigos e
conhecidos. Observar gráficos abaixo:
Você sabe o que é Controle Biológico?
SIM 27%
NÃO 16%
POUCO 55%
Você já ouviu falar em fungos entomopatogênicos?
SIM 88%
NÃO 5%
POUCO 5%
Gráfico 1. Primeira pergunta do questionário.
Gráfico 2. Segunda pergunta do questionário.
Gráfico 3. Terceira pergunta do questionário.
24
A partir da análise do livro e das respostas dos educandos, foi mediada a aula
expositiva, na qual foi possível interagir e ouvir relatos dos estudantes a respeito do conteúdo
e tema do trabalho. Em seguida, cada dupla recebeu um pergunta direcionada para produção
textual e ilustrativa.
Diversas pesquisas apontam que quanto maior o envolvimento do indivíduo com
aquilo que está aprendendo, maior será a fixação do mesmo, isto é, maior será a
aprendizagem. De acordo com Silva (2015), é viável a associação de artefatos comuns com
sons, escrita ou até mesmo o uso da tecnologia à conteúdos curriculares para possibilitar a
aprendizagem.
Nessa perspectiva, Willian Glasser desenvolveu uma pirâmide de “como
aprendemos” mediante a proposta de como o ver, ouvir e o fazer podem favorecer o processo
de ensino-aprendizagem estabelecendo percentuais: ler, aprende-se 10%; ver, 30%; escutar,
20%; ver e ouvir, 50%; conversar, perguntar, repetir, relatar, numerar, reproduzir, recordar, ,
definir, nomear, 70%; escrever, interpretar, traduzir, expressar, revisar, identificar, comunicar,
ampliar, utilizar, demonstrar, praticar, diferenciar, catalogar, 80%; explicar, resumir,
Se sim, onde?
Em casa 5%
Na escola 94%
Outros -
Se não, tem curiosidade?
Sim 77%
Não 16%
Pouco 5%
Gráfico 3. Terceira pergunta do questionário.
25
FONTE: http://www.antroposofy.com.br . Acesso em: 21 de novembro de 2018.
estruturar, definir, generalizar, elaborar, ilustrar, 95% (SILVA, 2015). Ver imagem abaixo.
Imagem1. Pirâmide da aprendizagem
Diante disso, pode-se inferir que a atividade de construção do livreto informativo
com a produção textual e ilustrativa dos estudantes pode auxiliar na aprendizagem dos
educandos sobre o tema discutido durante a aula. Quanto à produção textual, no primeiro
texto, a dupla de estudantes falou sobre “O REINO FUNGI”. Sobre este reino, os mesmos
escreveram o seguinte texto:
“O reino dos fungos é muito diverso existem os que só podemos ver por
microscópio e os que são grandes como a orelha de pau. Tem fungos que
são bons e que não são, também tem os entomopatogênicos que matam os
insetos. Os que não podem ser vistos a olho nu são muito perigosos tem que
ter muito cuidado.”
No texto apresentado, pode-se perceber que os estudantes demonstraram domínio e
originalidade da escrita; demonstraram domínio no momento em que descreveram que há uma
diversidade na composição deste grupo, dando exemplo dos microscópicos e da orelha de
pau; além da abordagem de que existem fungos que trazem benefícios e outros não, citando,
inclusive, os entomopatogênicos. Demonstraram originalidade na maneira como escreveram
cada informação, sendo claros e objetivos. Quanto à ilustração, feita como representação do
texto, os estudantes construíram um desenho com vários representantes deste grupo,
26
FONTE: Dados da pesquisa.
destacando, principalmente, sua diversidade de formas, cores e tamanhos (Figura 2.).
Figura 2. Ilustração final sobre o “Reino dos fungos”.
Em uma cartilha educativa sobre o papel ecológico das formigas, a estrutura
apresentou um formato diferente do livreto apresentado neste trabalho, pois as páginas
informativas foram divididas em introdução, com a separação de tópicos; e considerações
finais. Além disso, a cartilha foi elaborada pelos profissionais envolvidos e não pelos
estudantes (CABELO; et. al., 2015).
No segundo texto, os estudantes responderam a seguinte pergunta: “QUAL
IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS?”. Estes, então, descreveram:
“Eles servem para fazer queijo, pães e bebidas na economia de alimentos.
Outros causam doença em inseto, que causa morte e eles são inseticidas
muito fortes porque quando coloca o fungo na planta ela fica sem praga.”
Neste texto, os educandos apresentaram, de forma sucinta, algumas das importâncias
dos fungos de modo geral. Descreveram a importância econômica, enfatizando a indústria
alimentícia e a importância ecológica citando a utilização dos fungos entomopatogênicos no
Controle Biológico de pragas. Na ilustração representativa deste texto, os educandos
construíram desenhos de produtos alimentícios produzidos a partir de fungos (Figura 3.).
Figura 3. Ilustração final sobre “qual a importância dos fungos?”
27
FONTE: Dados da pesquisa.
No terceiro texto, a pergunta foi: “NA NATUREZA, QUAL A IMPORTÂNCIA
DOS FUNGOS?”. Nela, os estudantes descreveram:
“Eles são importantes para o controle de pragas nas plantações. Também
protegem muitos insetos na natureza, como o cogumelo, que abriga... Eles
podem ser vistos a olho nu ou não. Também tem fungos que decompõem
matéria orgânica.”
Neste texto, pode-se perceber que os estudantes citaram uma informação que não
continha no Livro Didático, neste caso escreveram sobre importância dos fungos
entomopatogênicos para o controle de pragas nas plantações; sobre relações ecológicas com
outros organismos e dos que decompõe matéria orgânica. Para representar este texto, os
estudantes ilustraram um ambiente natural com insetos e a diversidade de fungos, além das
mãos de um pesquisador manuseando fungos entomopatogênicos em Placa de Petri (Figura
4.).
28
FONTE: Dados da pesquisa
Figura 4. Ilustração final sobre “qual a importância dos fungos na antureza?.
No quarto texto, foi perguntado: “O QUE É CONTROLE BIOLÓGICO?”. Os
estudantes responderam:
“É quando a gente usa uma coisa que controla com outra coisa da natureza.
E ele pode ser feito por insetos, fungos entomopatogênicos e etc. Exemplo: a
joaninha está lá e tem a comida (praga) aí ela controla com alimentação. E
os inimigos naturais são os insetos, como a joaninha. E os fungos
entomopatogênicos são os mais utilizados no Controle Biológico porque tem
grande diversidade e são mais fácies de manipular em laboratório. Mas tem
os predadores, como as vespas que também são inimigos naturais.”
Neste texto, pode-se identificar uma riqueza de informação dada pelos estudantes.
Inicialmente, eles discorrem sobre o que é o controle biológico e depois dão um exemplo do
que pode ser considerado um tipo de controle. Eles, ainda, citam a joaninha e a vespa como
inimigos naturais, além dos fungos entomopatogênicos e sua manipulação em laboratório. Na
representação deste texto, os estudantes desenharam a joaninha e a vespa realizando o
controle de insetos-praga e uma lagarta sendo parasitada por fungos entomopatogênicos
(Figura 5.).
Figura 5. Ilustração final sobre “o que é Controle Biológico?”.
29
No quinto texto, a pergunta foi: “QUAIS OS ASPECTOS POSITIVOS E
NEGATIVOS DO CONTROLE BIOLÓGICO?”. Os estudantes deram a seguinte resposta:
“Os aspectos positivos: não agride o meio ambiente, não afeta o agricultor e
nem ao produto; Os aspectos negativos: alto custo e o tempo de ação é
maior do que usando inseticida químico. Esses aspectos positivos são
favoráveis para o Controle Biológico de Pragas, pois não destroem a
plantação nem ao agricultor.”
Neste texto, os estudantes demonstraram ter assimilado bem o que foi proposto:
conhecer os fungos entomopatogênicos e sua utilização no Controle Biológico de pragas, bem
como seus aspectos positivos e negativos. Assim, no texto os mesmos descrevem seus
principais aspectos. Para representar este texto, os estudantes desenharam um agricultor
aparentemente feliz, uma vez que utilizando o método de Controle Biológico não trará
prejuízos para sua saúde; desenharam um relógio para representar o tempo de ação, neste caso
como um aspecto negativo comparado ao tempo de ação dos inseticidas químicos; e
desenharam dinheiro, representando o alto custo do químico, ou até mesmo a falta de
investimento nesta área de pesquisa (Figura 6.).
Figura 6. Ilustração final sobre “quais os aspectos positivos e negativos do Controle
Biológico?”.
FONTE: Dados da pesquisa
30
No sexto texto, foi perguntado: “QUAIS OS INIMIGOS NATURAIS QUE PODEM
SER CONTROLADORES DE INSETOS PRAGA?”. Os estudantesresponderam:
“Os fungos entomopatogênicos; podem, também, ajudar a eliminar pragas
com joaninhas e vespas e vários outros.”
Neste texto, os estudantes optaram por apresentar os principais inimigos naturais
utilizados no Controle Biológico de pragas. No entanto, durante a aula expositiva, foi
abordado sobre inúmeros outros inimigos naturais, como: bactérias entomopatogênicas, víru
entomopatogênicos, parasidóides, etc. Na ilustração, os estudantes apresentaram uma joaninha
em seu ambiente natural e uma lagarta, também, em seu ambiente natural (Figura 7.).
Figura 7. Ilustração final sobre “quais os inimigos naturais que podem ser controladores
de
pragas?”.
FONTE: Dados da pesquisa.
31
No sétimo texto, a pergunta foi: “O QUE SÃO FUNGOS
ENTOMOPATOGÊNICOS?”. Os estudantes responderam:
“Os fungos entomopatogênicos são fungos que causa doenças em insetos.
Além de causar doenças, mata os insetos. Eles têm grande diversidade. Eles
são usados para mata insetos que podem prejudicar grandes plantações, no
lugar de inseticida. E são, também, importantes na natureza para controlar
os insetos da natureza.”
Neste texto, os estudantes utilizaram uma palavra diferente que ainda não tinha sido
citada anteriormente: doença. De fato, os fungos entomopatogênicos para ter a capacidade de
parasitar insetos-praga, ele primeiro causa uma doença, geralmente intestinal, no inseto o qual
deseja causar a morte (ALVES, 1998). Os estudantes descreveram ainda sobre a diversidade
de fungos entomopatogênicos existentes e sua importância na manutenção de grandes
plantações. Para representar este texto, os educandos ilustraram dois insetos sendo parasitados
por fungos entomopatogênicos (Figura 8.).
Figura 8. Ilustração final sobre “o que são fungos entomopatogênicos?”.
FONTE: Dados da pesquisa.
32
No oitavo texto, foi perguntado: “POR QUE OS FUNGOS
ENTOMOPATOGÊNICOS SÃO OS MAIS UTILIZADOS NO CONTROLE
BIOLÓGICO?”. Os estudantes responderam:
“Porque possuem grande diversidade de espécies, além disso, o inseto não
precisa ingerir o fungo e são de fácil manipulação em laboratório.”
Neste texto, os educandos citaram a diversidade de fungos entomopatogênicos como
um dos fatores contribuintes para que estes sejam os mais utilizados no Controle Biológico de
pragas. Isto se deve porque além da diversidade já existente, atualmente as pesquisas sobre
estes fungos têm aumentado e novas classificações têm sido feitas. Além disso, outra questão
citada foi a capacidade de aderência do fungo na cutícula do inseto, isto ocorre porque os
fungos entomopatogênicos possuem enzimas específicas que degradam a cutícula do inseto
sem necessitar a sua ingestão. Outra abordagem, foi a manipulação em laboratório que, se
comparado à outros microrganismos, possuem maior facilidade no cultivo.
Na ilustração deste texto, os estudantes desenharam um coleóptera sendo parasitado
por fungo entomopatogênico (Figura 9.).
FONTE: Dados da pesquisa.
33
Figura 9. Ilustração final sobre “por que os fungos entoomopatogênicos são os mais
utilizados no Controle Biológico de pragas?”.
No nono e último texto, a pergunta foi: “O QUE É NECESSÁRIO PARA QUE
OS FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS SEJAM UTILIZADOS NO CONTROLE
BIOLÓGICO DE PRAGAS?”. Os estudantes desenvolveram a seguinte resposta:
“É necessário gastar mais fungo do que inseticida químico, pois eles não
prejudicam o agricultor, nem o solo, a plantação, nem os produtores, nem
os consumidores. Os fungos entomopatogênicos têm que ser utilizados de
forma correta e eles têm o lado bom e o lado ruim. O lado bom, é que não
afeta o meio ambiente. E o lado ruim, é que não acabam com a praga tão
rápido quanto os inseticidas químicos.”
Neste texto, os estudantes enfatizaram o fato de os fungos entomopatogênicos não
causarem prejuízos à saúde do agricultor, a plantação, ao solo e ao meio ambiente como todo,
assim como aos consumidores. Eles citaram “eles devem ser utilizados de forma correta”,
possivelmente, pelo fato de que esses microrganismos possuem uma especificidade em
relação a praga a ser parasitada, isto é, cada fungo possui uma “especialidade” em parasitar
uma determinada praga. Enfatizou, também, a presença dos fatores positivos e negativos
destes microrganismos no Controle Biológico de pragas.
FONTE: Dados da pesquisa.
34
Na cartilha sobre o papel ecológico das formigas, há também um tópico sobre
curiosidade, neste tópico são apresentadas informações sobre biologia e comportamento das
formigas. Já nas considerações finais são reforçadas as informações com relação importância
das formigas na promoção do equilíbrio ecológico, bem como da preservação e conservação
dos ambientes naturais e urbanos (CABELO, et. al., 2015).
Após este momento de escrita e representação ilustrativa, a versão final do material
consistiu em 25 páginas, entre elementos pré-textuais (ANEXO III), parte informativa
(ANEXO IV) e anexos (ANEXO V).
O desenvolvimento deste trabalho apresenta duas questões principais: a primeira, diz
respeito a utilização do Livro Didático como único instrumento de mediação do saber em sala
de aula; e a segunda é a relevância do professor buscar novas metodologias que auxiliem na
aprendizagem dos mesmos, de forma que a realidade deles esteja inserida neste contexto.
Para Frison et. al., (2009) a escolha do livro didático é uma questão bastante
complexa, porque não envolve somente a definições de termos, mas a apresentação de
critérios que auxiliem, direcionem e promovam problematização em sala de aula. O mesmo
autor ainda fomenta esta questão dizendo que isto envolve questão de responsabilidade
cultural, política e social que inúmeras vezes acabam dificultando o trabalho do
professor.Sabe-se que, ao longo dos anos, os livros didáticos têm passado por alguns
critérios de avaliação para chegarem até a escola. A elaboração desses critérios têm
deixado os livros didáticos mais completos, no sentido de inovação e atualização na
informação contida. No entanto, é identificado que maior parte deles não abordam a realidade
do educando, sendo este um elemento fundamental para a aprendizagem.
Segundo Frison et. al. (2009), embora existam essas melhorias, de maneira geral, nos
livros, cabe ao professor desenvolver saberes que são limitantes nos livros didáticos, tendo,
então, o compromisso de buscar fontes para complementar e adaptar o conteúdo a ser
trabalhado.
Desta forma, propõe-se a utilização de instrumentos educativos como: produção de
jogos, de cartilhas, músicas, vídeos, entre outros, com o intuito de promover a efetivação da
aprendizagem na Educação Básica e aproximar ainda mais o saber científico aos estudantes
do Ensino Fundamental.
Em um estudo feito por Junior et. al. (2012) foi proposto a construção de uma
material didático-pedagógico para auxiliar o ensino da disciplina de Geografia, mediante a
dificuldade que os professores estavam enfrentando para se trabalhar com o Ensino
Fundamental. Diferente deste trabalho, o mesmo foi desenvolvido a partir da participação dos
35
professores do Ensino Fundamental mas ambos, sob a perspectiva de manter um diálogo entre
o pensamento científico da Universidade e o conhecimento construído na Escola Básica.
Inicialmente, foi averiguado quais a principais dificuldades enfrentadas no ensino de
Geografia; posteriormente foi feita uma compilação de jogos e materiais que poderiam ser
construídos; por fim, estes materiais foram construídos para auxiliar no ensino dos professores
e aprendizagem dos estudantes (JUNIOR, et. al 2012).
Assim, percebe-se que não somente na disciplina de ciências, mas também em outras
disciplinas, o professor deve aperfeiçoar seu trabalho mediante metodologias didático-
pedagógicas que aproximem o conhecimento científico dos educandos da Educação Básica
envolvendo sua realidade local.
36
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho possibilitou a construção de um material didático-pedagógico por meio
da participação colaborativa de estudantes do 7o ano do Ensino Fundamental de uma escola
pública do município de Penedo/AL sobre um conteúdo que é abordado no Livro Didático de
forma superficial; além disso, enfatizou a importância do professor, seja o regente ou o
licenciando, em buscar metodologias para enriquecer sua aula aproximando, sempre, a
realidade do educando ao conhecimento mediado.
Nos textos produzidos, foi possível identificar que os estudantes desenvolveram os
seguintes saberes sobre os fungos: Diversidade de cores, formas e tamanhos; Importância
médica, econômica e ecológica desse grupo de organismos; e, especialmente, relevância de se
utilizar fungos entomopatogênicos no Controle Biológico de pragas. Deste modo, os objetivos
propostos foram alcançados de forma exitosa.
Assim, as produções apresentadas neste trabalho irão compor um livreto informativo
que poderá funcionar como leitura complementar ao Livro Didático para estudantes dos anos
finais do Ensino Fundamental.
37
REFERÊNCIAS
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pág. 93-104, 2003.
40
ANEXO I
Anexo I: Termo de Livre de consentimento Livre e Esclarecido
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
UNIDADE EDUCACIONAL PENEDO
CAMPUS ARAPIRACA
Pesquisador Responsável: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Endereço: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
E-mail: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
TERMO DE LIVRE ESCLARECIDO
Venho através deste, solicitar sua autorização para apresentar os resultados do estudo descrito
abaixo em eventos da área de educação e ciências e ainda, publicar em revista científica
nacional e/ou internacional. Por ocasião da publicação dos resultados, seu nome será
mantido em sigilo absoluto.
SOBRE O PROJETO
Justificativa: O motivo que leva ao desenvolvimento deste projeto está ligado a necessidade
de refletir sobre os prejuízos causados pela utilização de inseticida químico para eliminar
insetos-praga nas plantações agrícolas. Aliado a isto, faz-se necessário conhecer o Controle
Biológico de Pragas por fungos entomopatogênicos, corroborando para a melhoria da
qualidade de vida da comunidade, visto que se trata de um assunto vivenciado pela mesma.
Objetivo: Discutir e refletir sobre o tema, associando o mesmo ao conteúdo programático da
disciplina de ciências para ao final, construir um livreto informativo sob a perspectiva
colaborativa dos estudantes.
Metodologia: Para este estudo, serão utilizadas as produções textuais e ilustrativas sobre o
tema, feitas pelos estudantes. Estas produções serão organizadas para publicação, no entanto
as mesmas serão publicadas de forma anônima.
PARA PAI/MÃE OU RESPONSÁVEIS
Declaro por meio desde, que meu/minha filho (a) participe do projeto: CONSTRUINDO
UM LIVRETO INFORMATIVO SOBRE MICOLOGIA COM ESTUDANTES DOS
ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO
MUNICÍPIO DE PENEDO-AL, desenvolvido pela estudante de Licenciatura em Ciências
Biológicas: LYVIA BARRETO SANTOS, sendo este projeto orientado pela PROFA. DRA.
ANA PAULA DE ALMEIDA PORTELA DA SILA e co-orientado pela PROFA. DRA.
JANAYNA PAULA LIMA DE SOUZA.
Eu, ,___________________________________________________________portador do RG
_________________________________fui informado (a) dos objetivos do estudo de maneira
clara e detalhada. Assim, declaro que concordo que meu/minha filho (a) participe desse
projeto.
_______________________________________________
(Assinatura dos pais e/ou responsáveis)
41
ANEXO II
Anexo II: Termo de Assentimento
TERMO DE ASSENTIMENTO PARA PARTICIPANTE MENOR DE IDADE
(6 anos acima)
Eu aceito participar da pesquisa, que tem o objetivo discutir e refletir sobre o Controle
Biológico de pragas por fungos entomopatogênicos, associando o mesmo ao conteúdo
programático da disciplina de ciências para ao final, construir um livreto informativo com a
minha colaboração. Fui informado sobre as perspectivas do projeto, bem como as coisas ruins
e as coisas boas que podem acontecer. Entendi que posso dizer “sim” e participar, mas que, a
qualquer momento, posso dizer “não” e desistir sem que nada me aconteça.
Os pesquisadores tiraram minhas dúvidas e pediram autorização aos meus pais e/ou
responsáveis. Li e concordo em participar como voluntário da pesquisa descrita acima. Estou
ciente que meu pai e/ou responsável receberá uma via deste documento.
Penedo-AL, de de 2018.
______________________________________________________
Assinatura do participante (menor de idade)
Contato com o Pesquisador (a) Responsável:
Caso necessite de maiores informações sobre o presente estudo, favor ligar para o (a)
pesquisador (a)
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
44
ANEXO III
ANEXO III: Elementos pré-textuais do Livreto Informativo: “Controle Biológico de pragas utilizando fungosentomopatogênicos”.
(capa) (Dedicatória)
45
(Agradecimentos) (Sumário)
46
(Sumário) (Apresentação)
47
ANEXO IV
ANEXO IV: Textos e ilustrações do Livreto Informativo: “Controle Biológico de pragas utilizando fungos entomopatogênicos”.
(O reino Fungi) (Ilustração 1)
48
(Importância dos fungos) (Ilustração 2.)
49
(Importância dos fungos na natureza) (Ilustração 3.)
50
(Controle Biológico) (Ilustração 4.)
51
(Aspectos positivos e negativos do Controle Biológico) (Ilustração 5.)
52
(Inimigos naturais de instos-praga) (Ilustração 6.)
53
(Fungos entomopatogênicos) (Ilustração 7.)
54
(Os mais utilizados no Controle Biológico de pragas) (Ilustração 8.)
55
(Condições favoráveis para os fungos entomopatogênicos)
56
ANEXO V
ANEXO V: Estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental produzindo textos e ilustrações.
57
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