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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E

SISTEMAS

Gabriel Rodrigues Ouverney

AVALIAÇÃO DO FLUXO DE DESFAZIMENTO DE

EQUIPAMENTOS ELETRO-ELETRÔNICOS INFORMÁTICOS

NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao Departamento de

Engenharia de Produção e Sistemas da

Universidade Federal de Santa

Catarina, como requisito parcial para a

obtenção do título em Engenharia,

área Mecânica, habilitação Produção

Mecânica.

Orientador: Prof. Carlos Ernani Fries,

Dr.

Florianópolis

2017

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Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor

através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária

da UFSC.

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Gabriel Rodrigues Ouverney

AVALIAÇÃO DO FLUXO DE DESFAZIMENTO DE

EQUIPAMENTOS ELETRO-ELETRONICOS INFORMATICOS

NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado, em sua

forma final, pelo Curso de Graduação em Engenharia de Produção

Mecânica, da Universidade Federal de Santa Catarina.

Florianópolis, 18 de junho de 2017.

________________________

Coordenador do Curso de Graduação em Engenharia de Produção:

Marina Bouzon, Dra.

Universidade Federal de Santa Catarina

Banca Examinadora:

________________________

Orientador: Prof. Carlos Ernani Fries, Dr.

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

Orientador: Prof. Álvaro Guillermo Rojas Lezana, Dr.

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

Orientador: Profa. Myriam Eugenia Ramalho Prata Barbejat, Dra.

Universidade Federal de Santa Catarina

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À minha família, fonte inesgotável de paciência e compreensão.

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AGRADECIMENTOS

A toda minha família pelo amor, confiança e incentivo.

A meus colegas da graduação, que compartilharam comigo as

dificuldades e tornaram o trajeto até aqui mais agradável e as conquistas

mais saborosas, muito obrigado.

Ao meu orientador Carlos Ernani, pela paciência.

E finalmente agradeço à Deus, por me ter proporcionado todas

as oportunidades e obstáculos que me trouxeram até aqui.

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“The cave you fear to enter holds the treasure you seek”.

Joseph Campbell (1904-1987)

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RESUMO

Este trabalho apresenta uma avaliação do fluxo de desfazimento de

equipamentos elétricos e eletrônicos de cunho informáticos na

Universidade Federal de Santa Catarina. O estudo inclui

microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e demais

equipamentos de informática, os quais possuem tratamento

diferenciando perante a Política Nacional de Resíduos Sólidos devido ao

seu papel socioeconômico. O Propósito deste trabalho é avaliar o fluxo

de desfazimento de itens computacionais na UFSC. Para a avaliação do

mesmo é necessário estabelecer um panorama do estado atual e a

tendência de evolução dos Resíduos de Equipamentos Elétrico e

Eletrônicos da comunidade e da instituição. Estabelecer o

esclarecimento das funções das partes envolvidas; Com os objetivos

específicos, pretendeu-se esclarecer o entendimento de leis e normas

envolvidas. Mapeou-se o fluxo do processo de descarte mais utilizado

de forma clara e objetiva. Dimensionou-se o fluxo quanto ao volume de

entrada, saída e absorção dos itens estudados. Quantificou-se o acumulo

em potencial de sucata na área da universidade. Metodologicamente a

pesquisa é exploratória e descritiva de natureza aplicada, abordando o

problema qualitativa e quantitativamente. Conclui-se que dos 79

departamentos/setores existentes na UFSC, 3 deles são responsáveis por

1/3 da demanda de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos

(REEE), são eles Departamento de Administração Escolar (DAE),

Departamento de Direito (DIR) e o Departamento de Gestão Patrimonial

(DGP). A análise dos dados acusa a ineficiência do método

comummente utilizado para o desfazimento dos itens. É feita a avaliação

da viabilidade econômica da universidade em formar um centro de

reciclagem próprio. Por fim sugere-se que a doação dos REEE para

empresas interessadas seja realizada.

Palavras-chave: UFSC. REEE. Desfazimento.

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ABSTRACT

This paper presents an evaluation of the disintegration flow of electrical

and electronic equipment of computer science at the Federal University

of Santa Catarina. The study includes desktop microcomputers, video

monitors, printers and other computer equipment, which are treated

differently to the National Solid Waste Policy due to their

socioeconomic role. The purpose of this paper is to evaluate the flow of

computational items in UFSC. For the evaluation, it is necessary to

establish an overview of the current state and the trend of evolution of

Waste Electrical and Electronic Equipment of the community and of the

institution. Clarification of the roles of the parties involved. With the

specific objectives, it was intended to clarify the understanding of laws

and norms involved. The flow of the widely used disposal process was

mapped clearly and objectively. The flow was dimensioned as to the

volume of entry, exit and absorption of the items studied. The potential

scrap accumulation in the university area was quantified.

Methodologically the research is exploratory and descriptive of applied

nature, approaching the problem qualitatively and quantitatively. It is

concluded that of the 79 departments / sectors in the UFSC, 3 of them

are responsible for 1/3 of the demand for Waste Electrical and

Electronic Equipment (WEEE), they are the Department of School

Administration (DAE), Department of Law (DIR) and The Department

of Asset Management (DGP). The analysis of the data accuses the

inefficiency of the method commonly used to undo the items. An

assessment of the university's economic viability is made to form its

own recycling center. Finally, it is suggested that the donation of WEEE

to interested companies be carried out.

Keywords: UFSC. WEEE. Undoing.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Classificação do lixo eletrônico ........................................................ 6 Figura 2 - Geração de REEE no Brasil 2011 a 2020 ........................................... 6 Figura 3 - Ilustração da separação dos componentes eletrônicos. ....................... 9 Figura 4 - Etapas da logística reversa dos REEE. ............................................. 12 Figura 5 - Curva do preço reciclagem REEE grande ........................................ 13 Figura 6 - Curva do preço reciclagem REEE pequeno ..................................... 13 Figura 7 - Total de computadores em uso no Brasil, em milhões de unidades . 15 Figura 8 - Fluxograma pictorial legislativo para leilões – UFSC ...................... 17 Figura 9 - Etapas de desenvolvimento do trabalho ........................................... 24 Figura 10 - Número de REEEs descartados mês a mês nos anos de 2014 a 2016. .......................................................................................................................... 32 Figura 11 - Balanço de itens. ............................................................................ 33 Figura 12 - Porcentagem em volume de REEE por tipo de item encaminhado

para desfazimento entre 2014 e 2016. ............................................................... 35 Figura 13 - Valores por departamento .............................................................. 36 Figura 14 - Porcentual por departamento .......................................................... 37 Figura 15 - Volumes e valores de REEE provenientes de cada departamento no

DGP. ................................................................................................................. 38 Figura 16 - Fluxograma pictorial - recolhimento de itens ao desfazimento por

leilão. ................................................................................................................ 41

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 -Termos pesquisados e número de artigos encontrados. .................... 26 Tabela 2 - Número citações relacionadas aos termos pesquisados. .................. 29 Tabela 3 - Número de REEEs descartados por departamento. .......................... 31 Tabela 4 - Correlação itens adquiridos - Corpo docente. .................................. 33 Tabela 5 - Volume (m³) dos REEEs transferidos para o DGP para desfazimento. .......................................................................................................................... 34 Tabela 6 - Resultado - Leilão junho 2016. ........................................................ 42 Tabela 7 - Componentes em uma PCI. ............................................................ 44

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Vida útil e peso médio de computadores, notebooks, impressoras e

monitores. ........................................................................................................... 7 Quadro 2 - Impactos ambientais ocasionados pelo desfazimento de certos

resíduos eletrônicos........................................................................................... 11 Quadro 3 - Preço de material reciclado por grama. ........................................... 45 Quadro 4 - Equipamentos necessários para montagem de uma cooperativa. .... 45 Quadro 5 - Receita obtida após o processamento de duas toneladas de PCIs. .. 46 Quadro 6 - Valor a ser recebido por cada cooperado depois dos descontos do fundo indivisível e do INSS ao longo de 5 anos. .............................................. 46

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

ABF - Campus Curitibanos - Agricultura, Biodiversidade e

Florestas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACL - Departamento de Análises Clínicas

AGC - Campus Curitibanos - Ciências Agronômicas

AGECOM - Agência de Comunicação da UFSC

AGR - Coordenação Especial de Agronômia

ANT - Departamento de Antropologia

AQI - Departamento de Aquicultura

ARA - CAMPUS Araranguá

ARQ - Departamento de Arquitetura e Urbanismo

ART - Departamento de Artes

BEG - Departamento de Biologia Celular, Embriologia e

Genética

BIC - Biotério Central

BIO - Coordenação Especial de Biologia

BLN - CAMPUS Blumenau

BLU - Campus Blumenau - Centro de Blumenau

BOT - Departamento de Botânica

BQA - Departamento de Bioquímica

BSU - Coordenação Especial de Biociências e Saúde Única

CAD - Centro de Ciências da Administração

CAL - Centro de Ciências e Tecnologia de Alimentos

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior

CARC - Coordenadoria de Arquivo Central

CBA - Coordenação Especial de C. Biológicas e Agronômicas

CBS - CAMPUS Curitibanos

CBV - Campus Curitibanos - Centro de Ciências Biológicas e

Veterinárias

CCA - Centro de Ciências Agrárias

CCB - Centro de Ciências Biológicas CCE - Centro de Comunicação e Expressão

CCJ - Centro de Ciências Jurídicas

CCMC - Coordenadoria de Material de Consumo

CCMP - Coordenadoria de Material Permanente

CCN - Centro de Ciências Contábeis

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CCS - Centro de Ciências da Saúde

CDI - Comitê Para Democratização da Informática

CDS - Centro de Desportos

CEAD - Centro de Educação a Distância

CED - Centro de Ciências da Educação

CERTEC- Centro de Reutilização de Resíduos Tecnológicos

CFH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas

CFM - Centro de Ciências Físicas e Matemáticas

CFS - Centro de Ciências Fisiológicas

CIF - Centro de Ciências Farmacêuticas

CIN - Centro de Ciência da Informação

CLC - Clínica de Cirurgia

CLM - Clínica Médica

CMA - Coordenação Especial de Cinema

CMP - Coordenadoria de Manutenção Predial

CMUI - Coordenadoria de Manutenção Urbana e Infraestrutura

CNM - Centro Economia e Relações Internacionais

CNS - Campus Curitibanos - Departamento de Ciências

Naturais e Sociais

COMCAP - Companhia Melhoramentos da Capital

CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente

CPLP - Coordenadoria de Processos Licitatórios e Pregoeiros

CPLP - Coordenadoria de Processos Licitatórios e Pregoeiros

CRC - Campus Curitibanos - Departamento de Ciências

Rurais

CSE - Centro Sócio-Econômico

CSO - Centro Ciências Sociais

CTC - Centro Técnico Cientifico

DAC - Divisão de Almoxarifado Central

DAE - Departamento de Administração Escolar

DAS - Departamento Automação e Sistemas

DCEVEN- Departamento de Cultura e Eventos

DCF - Departamento de Contabilidade e Finanças

DCL - Departamento de Compras e Licitações

DCOM - Departamento de Compras

DCS - Campus Araranguá - Departamento de Ciências da Saúde

DDPP - Departamento de Desenvolvimento de Pessoas

DEC - Campus Araranguá - Departamento de Computação

DEF - Departamento de Educação Física

DEN - Campus Blumenau - Departamento de Engenharias

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DESEG - Departamento de Segurança Física e Patrimonial

DGO - Departamento de Gestão Orçamentária

DGP - Departamento de Gestão Patrimonial

DINV - Divisão de Inventário e Apoio aos Agentes

Patrimoniais

DIR - Departamento de Direito

DIRADM- Direção Administrativa do Campus de Blumenau

DIREC - Divisão de Recebimento, Tombamento e Distribuição

de Bens

DLI - Campus Blumenau - Departamento de Licenciaturas

DLLV - Departamento de Língua e Literatura Vernáculas

DMPI - Departamento de Manutenção Predial e de

Infraestrutura

DOMP - Departamento de Obras e Manutenção Predial

DPL - Departamento de Licitações

DPT - Departamento de Pediatria

DSG - Departamento de Serviços Gerais

DSS - Departamento de Serviço Social

DTO - Departamento de Ginecologia e Obstetrícia

ECV - Departamento de Engenharia Civil

ECZ - Departamento de Ecologia e Zoologia

EED - Departamento de Estudos Especializados em Educação

EEE - Equipamentos Elétrico Eletrônicos

EEL - Departamento de Engenharia Elétrica

EES - Campus Araranguá - Departamento de Energia e

Sustentabilidade

EFC - Coordenação de Educação Física Curricular

EFL - Campus Curitibanos - Departamento de Engenharia

Florestal

EGC - Departamento de Engenharia do Conhecimento

EGR - Departamento de Expressão Gráfica

EMB - Departamento de Engenharia da Mobilidade

EMC - Departamento de Engenharia Mecânica

ENR - Departamento de Engenharia Rural

ENS - Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental

EPS - Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas EQA - Departamento de Engenharia Química e de Alimentos

EXR - Departamento de Extensão Rural

FGV - Fundação Getúlio Vargas

FIL - Departamento de Filosofia

FIT - Departamento de Fitotecnia

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FMC - Departamento de Farmacologia

FON - Departamento de Fonoaudiologia

FQM - Coordenação Especial de Física, Química e Matemática

FSC - Departamento de Física

GCN - Departamento de Geociências

HST - Departamento de História

HU - Hospital Universitário

INE - Departamento de Informática e Estatística

INT - INTernato

ITI - Coordenação Especial de Tecnologia da Info. e Com.

IU - Imprensa Universitaria

JOI - CAMPUS Joinville

JOR - Departamento de Jornalismo

LAbMCDA - Laboratório de Metodologias Multicritério em Apoio à

Decisão

LLE - Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras

LLV - Departamento de Língua e Literatura Vernáculas

LR - Logística Reversa

LSB - Departamento de Libras

MED - Coordenação Especial de Medicina

MEN - Departamento de Metodologia de Ensino

MIP - Departamento de Microbiologia Imunologia e

Parasitologia

MOR - Departamento de Ciências Morfológicas

MTM - Departamento de Matemática

MUS - Coordenação Especial de Museologia

MVC - Campus Curitibanos - Departamento de Medicina

Veterinaria

NFR - Departamento de Enfermagem

NTR - Departamento de Nutrição

NUMA - Núcleo de Manutenção

OCN - Departamento de Oceanografia

ODT - Departamento de Odontologia

PCI - Placa de Circuito Impresso

PF - Procuradoria Federal

PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos PNUMA- Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

PREG - Pró-Reitoria de Ensino de Graduação

PROAD- Pró-Reitoria de Administração

PROGER- Protocolo Geral

PROINFRA- Pró-Reitoria de Infraestrutura

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PROPG - Pró-Reitoria de Pós-Graduação

PROPLAN- Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento

PSI - Departamento de Psicologia

PTL - Departamento de Patologia

PU - Prefeitura Universitária

QMC - Departamento de Química

RCRA - Resource Conservation and Recovery Act

REEE - Resíduos de equipamentos elétrico e eletrônicos

RU - Restaurante Universitário

SAAD - Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades

SCE - Serviço de Comunicação e Expedição

SCGP - Superintendência de Compras e Gestão Patrimonial

SDMD - Serviço de Digitalização e Microfilmagem de

Documentos

SEAD - Secretaria de Educação a Distância

SEAI - Secretaria Especial de Aperfeiçoamento Institucional

SEDAP/PR- Secretaria de Administração Pública da Presidência da

República

SEOMA- Secretaria de Obras, Manutenção e Ambiente

SEPLAN- Secretaria de Planejamento e Orçamento

SESP - Secretaria de Esportes

SFL - Serviço de Fiscalização da Limpeza

SIEF - Sistema Integrado de Espaço Físico

SINOVA- Secretaria de Inovação

SINTER- Secretaria de Relações Internacionais

SIP - Sistema de Informações Patrimoniais

SPA - Sistema de Processos Administrativos

SPB - Departamento de Saúde Pública

SPO - Departamento de Sociologia e Ciência Política

SRP - Sistema de Registro de Preços

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso

TIC - Campus Araranguá – Departamento de Tecnologia

Informação e Comunicação

UCP - Unidade central de processamento

UFBA - Universidade Federal da Bahia

UFF - Universidade Federal Fluminense UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

USP - Universidade de São Paulo

WEEE - Waste Electrical and Electronic Equipment

ZOT - Departamento de Zootecnia

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 1 1.1. JUSTIFICATIVA ................................................................... 2 1.2. OBJETIVOS ........................................................................... 2

1.2.1 Objetivo geral ............................................................... 3 1.2.2 Objetivos específicos .................................................... 3

1.3. LIMITAÇÕES DO TRABALHO ........................................... 3 1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................... 3

2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA ................................... 5 2.1. LIXO ELETRÔNICO – TIPOS E ESPECIFICAÇÕES ......... 5 2.2. MANIPULAÇÃO E DESFAZIMENTO ................................ 8 2.3. EVOLUÇÃO ........................................................................ 14 2.4. LEGISLAÇÃO ..................................................................... 16

2.4.1 Nacional ....................................................................... 16 2.4.2 Estadual ....................................................................... 18 2.4.3 Municipal .................................................................... 18 2.4.4 UFSC ........................................................................... 19

2.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................... 20 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................. 21

3.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................... 21 3.2. ETAPAS DA PESQUISA .................................................... 24

4. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO .................................. 26 4.1. PALAVRAS-CHAVE .......................................................... 26

5. COLETA E ANÁLISE DE DADOS .......................................... 31 5.1. ACUMULADO DE REEE NA UFSC ................................. 31 5.2. VOLUME DE ITENS........................................................... 34 5.3. DESFAZIMENTO ................................................................ 39 5.4. POTENCIAL FINANCEIRO ............................................... 43

6. CONCLUSÃO ............................................................................. 48 REFERÊNCIAS .................................................................................. 51

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1. INTRODUÇÃO

Universidades públicas com o objetivo de acompanhar o

desenvolvimento técnico e científico da atualidade são grandes

consumidoras de recursos eletroeletrônicos. Diversos cursos necessitam

do uso de equipamentos científicos para se adequar às novas tecnologias

e ferramentas desenvolvidas, como ferramentas de análises numéricas,

análises e desenvolvimento de simulações, renderizações de áudios e

vídeos, criação de animações e desenvolvimentos de softwares, por

exemplo. Ao se observar tal comportamento é percebido o aumento da

oferta de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) ou

usualmente chamados por fontes internacionais como Waste Electrical

and Electronic Equipment (WEEE) ou e-waste.

No Brasil existem leis referentes à Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS) que normatizam o descarte de REEE. Em

1991 o projeto de Lei nº. 203 dispôs sobre o acondicionamento, coleta,

tratamento, transporte e destinação dos resíduos de serviço de saúde.

Com o decorrer dos anos observou-se uma maior necessidade de

regulamentação do descarte de material desfavorável ao meio ambiente

(EUR-Lex, 2012).

Em 1999, a proposição 259, do Conselho Nacional do Meio

Ambiente (CONAMA), intitulada Diretrizes Técnicas para a Gestão de

Resíduos Sólidos foi aprovada pelo plenário do conselho, mas não

chegou a ser publicada. Este foi o início do que se tornou a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010 a Lei nº. 12.305/10 instituiu a

PNRS o que segundo o Ministério do Meio Ambiente, a PNRS traria

instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no

enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e

econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos

(BRASIL, 2010).

Este trabalho desenvolve um estudo referente aos itens:

microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e demais

equipamentos de informática, os quais possuem tratamento

diferenciando perante a Política Nacional de Resíduos Sólidos devido ao

seu papel sócio econômico.

O descarte de equipamentos de informática recebe um tratamento diferenciado devido a seu contexto de integração da

sociedade a novas tecnologias. O patrimônio estudado faz parte de

estratégias públicas de capacitação e integração da sociedade, sendo que

se enquadra em normativas referentes às disposições finais do

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equipamento onde deve ser reutilizado até última instância (BRASIL,

2010).

Segundo o CDI (2015), Comitê para Democratização da

Informática de Santa Catarina mostra que em 2015, existiam 18 postos

de coleta de equipamentos eletrônicos de informática em shopping

centers, supermercados, lojas de informática, centros comerciais e

empresas, no município de Florianópolis. Este comitê afirma ainda que

através destes postos de coleta, a população da grande Florianópolis

desfez-se de equipamentos usados de informática que importaram em 30

toneladas de equipamentos por mês. A origem dos equipamentos

recebidos foi de pessoas físicas e jurídicas de todo o estado de Santa

Catarina.

Considerando a legislação vigente e a necessidade do correto

descarte dos itens supracitados, o presente trabalho buscou quantificar e

mapear os processos decorrentes do desfazimento de itens considerados

lixo eletrônico no âmbito da UFSC, com o intuito de sugerir melhorias

nos processos, diminuindo custos, viabilizando espaço físico e

diminuindo o tempo de ação.

1.1. JUSTIFICATIVA

A escolha do tema foi realizada utilizando métodos de

observação e questionamento das necessidades inerentes ao

Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade

Federal de Santa Catarina, onde pôde-se constatar oportunidades de

melhorias no processo de descarte e recolhimento dos equipamentos em

questão.

O trabalho contribui com o provimento de informação e base

analítica do desenvolvimento dos processos de desfazimento de

equipamentos de informática, gerando oportunidade para criação de

melhorias e busca da excelência institucional da Universidade Federal

de Santa Catarina considerando a legislação vigente para tratamento dos

itens em questão.

1.2. OBJETIVOS

O objetivo geral do trabalho, bem como seu desdobramento em

objetivos específicos, são descritos a seguir.

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1.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste trabalho é realizar uma avaliação do

fluxo de desfazimento de itens computacionais na Universidade Federal

de Santa Catarina.

1.2.2 Objetivos específicos

Para atingir o objetivo geral, os seguintes objetivos específicos

devem ser atendidos:

promover o entendimento de leis e normas envolvidas;

mapear o fluxo do processo de descarte de forma clara e

objetiva;

dimensionar o fluxo quanto ao volume e ao valor de itens

descartados por departamentos.

1.3. LIMITAÇÕES DO TRABALHO

O estudo será delimitado por tipo de itens de descarte, Unidades

Centrais de Processamento (UCPs), notebooks, monitores e impressoras,

os quais se enquadram na Política Nacional de Resíduos Sólidos

inclusos no Art. 5 do Decreto No 99.658, condicionado aos limites da

Universidade Federal de Santa Catarina.

1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está estruturado em seis capítulos. Este primeiro

traz uma introdução ao tema, contendo a justificativa para seu

desenvolvimento e os objetivos a serem alcançados com a realização do

trabalho. O segundo capítulo apresenta os métodos utilizados para

atingir aos objetivos propostos e uma descrição das etapas do trabalho.

O capítulo três apresenta a fundamentação teórica do tema do qual trata

este trabalho. O capítulo quatro traz o desenvolvimento do trabalho,

propriamente dito, apresentando o processo de modelagem do problema

e as soluções obtidas. O capítulo cinco faz uma análise dos valores

encontrados frente aos números de REEE, apontando quais

departamentos/setores tem maior volume de descarte. Finalmente, o

sexto capítulo apresenta as conclusões bem como recomendações de

pesquisas futuras.

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2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

2.1. LIXO ELETRÔNICO – TIPOS E ESPECIFICAÇÕES

Segundo a norma brasileira NBR 10004/2014 da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2014), resíduo é definido como:

Resíduos nos estados sólido e semi-

sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar,

comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos

provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de

controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o

seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções

técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

Logarezzi (2006) define resíduo ou lixo como sendo as sobras

de qualquer atividade, no entanto, são caracterizadas como tal

dependendo dos “valores sociais, econômicos e ambientais” que lhes são

atribuídos, aliados ao ato de descarte. Nesse sentido, resíduos, sem

preservar seus valores potenciais, quando se transformam em “lixo”,

obtêm “aspectos de inutilidade, sujidade, imundice, estorvo, risco, etc.”.

No contexto de lixo está o lixo eletrônico que engloba os

chamados Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE).

De acordo com a Lei 13.576 (2009) do estado de São Paulo, o lixo

eletrônico ou REEE, é termo qualificado para definir todo material

eletrônico de uso doméstico, industrial e comercial que esteja obsoleto,

itens como:

componentes e periféricos de computadores;

monitores e televisores;

acumuladores de energia (baterias e pilhas);

produtos magnetizados (SÃO PAULO, 2009).

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)

em 2013 propõe que eletroeletrônicos são equipamentos que necessitam

de corrente elétrica ou campos eletromagnéticos para seu

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6

funcionamento. A ABDI separa os equipamentos eletroeletrônicos em

quatro categorias, conforme Figura 1.

Figura 1 - Classificação do lixo eletrônico

Fonte: ABDI (2013).

Se tratando dos itens classificados de acordo com a ABDI

(2013) os autores Oliveira et al. (2014) utilizando o estudo de

Goldemberg e Cortez (2014), estima-se que no Brasil foram geradas

1.100 mil toneladas de REEE em 2014 com previsão de 1.249,41 mil

toneladas para 2020 (Figura 2).

Figura 2 - Geração de REEE no Brasil 2011 a 2020

Fonte: Oliveira et al. (2014).

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7

Na classificação de linha verde e de linha marrom estão os itens

que recebem foco neste estudo, desktops, notebooks, impressoras e

monitores. O estudo de Rodrigues (2015) utilizando dados de Oguchi et al. (2008) e Cooper (2004) considera a vida média e o peso em

quilogramas por unidade. O estudo da ABDI (2013) considera o peso

em quilogramas por unidade dos itens do presente trabalho sendo

(Quadro 1).

Item Vida útil [anos] Peso médio

[kg/unidade]

Computador (UCP, monitor, periféricos)

7,0 15,0

Notebook 7,0 2,9

Impressora 7,0 5,6

Monitor CRT 12,0 15,0

Monitor LCD 7,0 4,8

Quadro 1 - Vida útil e peso médio de computadores, notebooks, impressoras e

monitores. Fonte: Rodrigues et al. (2015).

De acordo com Crowe et al. (2003), os computadores,

monitores e impressoras possuem como matéria-prima, os elementos

químicos mais nocivos sendo:

computadores de uso pessoal (desktops e notebooks): Chumbo

(Pb), Monóxido de chumbo (PbO), Mercurio (Hg), Cádmio

(Cd), Bifenilpoliclorado (PCB), Policloreto de Vinila (PVC) e

retardantes de chama;

monitores e televisões: Chumbo (Pb), Monóxido de chumbo

(PbO) Cádmio (Cd), Bifenilpoliclorado (PCB), Policloreto de

Vinila (PVC) e retardantes de chama;

impressoras: Selênio (Se).

Os elementos químicos presentes no lixo eletrônico e seu

potencial como recurso variam de acordo com o produto conforme a

ONU (2014).

Metais pesados em contato com o solo podem contaminar lençóis freáticos. Algumas destas substâncias quando queimadas podem

liberar toxinas perigosas no meio ambiente. A manipulação e

processamento de REEE se realizados de maneira indiscriminada pode

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8

contaminar a fauna e a flora em suas proximidades (WIKIPEDIA,

2017).

2.2. MANIPULAÇÃO E DESFAZIMENTO

O conceito de Resíduos de Equipamentos Elétricos e

Eletrônicos (REEE) é o nome que se dá aos produtos citados no capítulo

anterior ao final de seus ciclos de vida.

REEE são compostos usualmente por: plásticos, vidros,

componentes eletrônicos além de mais de vinte tipos de metais pesados.

Alguns produtos ainda recebem camadas de substâncias químicas para

fins diversos como para proteção a corrosão e retardamento de chamas,

o que causa aumento de complexidade e custo para sua reciclagem.

Além disso, por possuírem metais pesados como alumínio, arsênio,

cádmio, bário, cobre, chumbo, mercúrio, cromo, entre outros criando um

potencial de toxicidade elevado causando riscos à saúde ao meio

ambiente (ABDI, 2013).

Algumas técnicas de desfazimento e manipulação são utilizadas

na tentativa de reduzir os problemas ocasionados pelo lixo eletrônico.

No entanto, os processos de desfazimento e descarte de lixo eletrônico

nos países em desenvolvimento levaram a uma série de impactos

ambientais (WATH et al., 2011).

Em muitos países desenvolvidos, o processamento de resíduos

eletrônicos geralmente envolve a desmontagem do equipamento em

várias partes (estruturas metálicas, fontes de alimentação, placas de

circuitos, plásticos), muitas vezes manualmente, mas cada vez mais por

equipamentos de trituração automatizados (YUAN et. al, 2007).

Os REEE computacionais usualmente podem ser separados de

acordo com a Figura 3, estruturada pelo site autossustentável.com em

2011.

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9

Figura 3 - Ilustração da separação dos componentes eletrônicos.

Fonte: Autossustentável (2011).

No entanto, um estudo realizado por Puckett et al. (2002) revela

alguns efeitos ambientais, ocasionados pelo descarte e reciclagem

inadequada de resíduos eletrônicos conforme Quadro 2.

Item/componente Processos

usados Risco humano

Risco Ambiental

Potencial

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10

Monitores CRTs

Quebra, remoção do

cabeçote de

cobre e descarte

- Silicose

- Cortes por vidro em caso de

implosão - Inalação ou

contato com fósforo

- Contaminação por cádmio ou

outros metais.

Chumbo, bário e outros metais

pesados lixiviando em águas

subterrâneas, liberação de

fósforo tóxico na atmosfera

Placa de circuito

impresso

Fundição das

soldas para remoção dos

chips, fundição dos

componentes.

- Inalação de estanho e chumbo

- Possível contato com dioxina de

bromo, berílio,

cádmio e inalação de mercúrio

-Irritação respiratória

- Contaminação

por estanho e chumbo no

ambiente próximo Incluindo as águas

superficiais e

subterrâneas. - Emissões de

dioxinas de bromo, berílio, cádmio e

mercúrio.

Chips e outros componentes

banhados a ouro

Banho

químico com ácido nítrico e

clorídrico e queima.

- Contato de ácido

com os olhos e pele pode resultar em

lesão permanente - A inalação de

vapores de ácidos, clorídrico e

sulfúrico pode causar desde

irritação respiratória a

efeitos graves, incluindo edema

pulmonar, insuficiência

circulatória e morte.

- Hidrocarbonetos,

metais pesados, substâncias

bromadas, etc. podem criar um

ambiente ácido que degrada a

fauna e flora.

Plásticos de impressoras,

teclados, monitores, etc.

Derretimento

a baixa temperatura

para reutilização

Exposição a hidrocarbonetos,

dióxido de bromo e metais pesados

Deposição de

hidrocarbonetos, dióxido de bromo

e metais pesados no ambiente.

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11

Quadro 2 - Impactos ambientais ocasionados pelo desfazimento de certos

resíduos eletrônicos Fonte: Puckett et al. (2002).

Em países subdesenvolvidos, um dos principais desafios, dentro

do contexto de desfazimento de lixo eletrônico, é a reciclagem e

separação de metais preciosos tais como o ouro, a prata, a platina, etc. e

metais básicos como o cobre, o ferro, o alumínio, etc. das placas de

circuito impresso. Métodos utilizados para separar os metais

ocasionalmente são banhos de ácidos e fundição de placas de circuito,

usualmente em locais inadequados, causando a deposição de ácidos no

ambiente ao redor (WATH et al., 2011).

Em vista das dificuldades observadas, há ações de empresas e

do governo brasileiro para amenizar os impactos ao meio ambiente

através de medidas regulatórias onde se determina que os fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes de Equipamentos Elétrico

Eletrônicos (EEE) são responsáveis por implementar sistemas de

Logística Reversa (LR) dos equipamentos descartados, segundo Oliveira

et al. (2014).

A ABDI (2013) propõe que, para os itens em foco no presente

trabalho, o benchmark da logística reversa de EEE de acordo com a

legislação brasileira seria realizado através dos seguintes passos:

transporte até o ponto descarte/recebimento - para produtos de

pequeno porte, o consumidor transporta e entrega seu REEE na

rede de pontos fixos de descarte/recebimento;

recebimento e armazenagem - comércio disponibiliza pontos

fixos de descarte/recebimento nos quais recebem e fazem a

armazenagem do REEE (Apenas regiões com grande potencial

de geração de REEE terão pontos fixos de coleta, regiões de

menor potencial periodicamente realizarão campanhas de

coleta);

transporte até o centro de triagem - comércio e organização

gestora realizam o transporte do REEE até o centro de triagem,

os centros de triagem poderão ser terceirizados. Existe a

oportunidade de parcerias público-privadas;

triagem do resíduo - a organização que fará a gestão do REEE é

responsável por coordenar e gerenciar a triagem,

armazenamento e despacho;

transporte até o reciclador - a organização gestora recolhe o

REEE após a triagem e realiza o transporte para o reciclador

contratado;

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reciclagem do resíduo - o reciclador realiza a descaracterização

de marcas e dados (quando aplicável), faz a rastreabilidade,

recicla o REEE e realizando o balanço de massa, conforme o

serviço contratado pela organização responsável pela gestão.

Ele também destina o material reciclado como matéria prima no

mercado ou destina o resíduo ao local adequado de acordo com

a legislação ambiental e normas técnicas (ABDI, 2013).

A Figura 4 ilustra estas etapas descritas, pode ser cometida no

microambiente da Universidade de São Paulo USP.

Figura 4 - Etapas da logística reversa dos REEE.

Fonte: Verde (2012).

Itens reciclados dependendo do processo possuem um indicador

chamado Taxa de Reciclagem. Segundo a ABDI (2013), o indicador

consiste na porcentagem de massa que um REEE pode ser reciclado em

determinado processo. A organização responsável pelo estudo define

uma curva de preço vinculada ao processo de reciclagem e sua taxa de

reciclagem através de uma regressão exponencial. Em tais curvas pode-

se observar que o aumento do preço cresce com o aumento da taxa de

reciclagem. As Figuras 5 e 6 mostram estas curvas para itens grandes,

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13

representados pelas linhas Branca e Marrom, e itens pequenos,

representados pelas linhas Azul e Verde.

Figura 5 - Curva do preço reciclagem REEE grande

Fonte: ABDI (2013).

Figura 6 - Curva do preço

reciclagem REEE pequeno Fonte: ABDI (2013).

O método convencional utilizado é de cominuição (trituração)

mecânica que pode ser considerado como um pré-tratamento para

processos mais sofisticados. A classificação granulométrica e a

separação são um segundo passo. Outros métodos como pirometalurgia,

hidrometalurgia, eletrometalurgia e biometalurgia podem ser utilizados

para reciclagem principalmente de placas de circuito impresso devido a

sua concentração de metais de valor (GERBASE; OLIVEIRA, 2012).

A reciclagem de matérias-primas de produtos eletrônicos em

fim de vida é a solução mais eficaz para o problema do lixo eletrônico

em crescimento. A maioria dos dispositivos eletrônicos contém uma

variedade de materiais, incluindo metais que podem ser recuperados

para utilizações futuras. Pela reciclagem é possível proporcionar

possibilidades de reutilização, recursos naturais intactos são

conservados e a poluição da água causada pela eliminação

indiscriminada é evitada. Além disso, a reciclagem reduz a quantidade

de emissões de gases de efeito estufa causada pela fabricação de novos

produtos (WATH et al, 2011).

Promover vida extra aos produtos significa que, para

qualquer período de tempo, haverá menos produção, menos resíduos

e quando os resíduos do pós-consumo forem perigosos, como é o

caso de produtos eletrônicos, haverá menos substâncias perigosas

geradas. Para o planeta, reuso significa que menos matérias-primas

serão usadas, menos energia será consumida e, consequentemente,

haverá menos poluição (MIGUEZ, 2012).

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2.3. EVOLUÇÃO

A quantidade global de lixo eletrônico tem atingido recordes

anuais. Em 2014, o descarte de REEE atingiu 41,8 milhões de toneladas.

Desse total cerca de 6,3 milhões de toneladas foram de monitores e

televisões e 3,0 milhões de toneladas foram de equipamentos pessoais

de informação e comunicação, segundo a Baldé et al. (2015). De acordo

com este estudo, o potencial monetário da reutilização desses recursos

provenientes dos REEE representa cerca de 52 bilhões de dólares.

Entretanto, estima-se que menos de um sexto desse potencial é utilizado

na forma de reutilização e reciclagem.

A tendência de crescimento de lixo eletrônico é crescer

acentuadamente. Segundo Mantney (2014), em sua publicação “The Internet of Things: How the Next Evolution of the Internet is Changing

Everything”, existiam em 2014, 12,5 bilhões de dispositivos conectados

à internet, mas que a previsão é de que em 2025 existam 50 bilhões

dispositivos, decorrente da penetração da chamada Internet das Coisas.

No Brasil, a perspectiva do aumento de REEE pode ser

observada na Figura 7. Nesta figura, desenvolvida pela Fundação

Getúlio Vargas – FGV (2016), é mostrado a tendência de itens por

usuários ao longo dos anos de 1988 até 2016. Nota-se que o número de

computadores entre 2012 e 2019 aumenta em mais de 100%. Este

estudo estima que de 2017 a 2018 haverá, no Brasil, uma média de cerca

de dois dispositivos (desktop, notebook, tablet ou smartphone) para cada

habitante.

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Figura 7 - Total de computadores em uso no Brasil, em milhões de unidades Fonte: FGV – CTIA (2016).

De acordo com a Biblioteca Virtual do Governo do Estado de

São Paulo (2015), os avanços da tecnologia têm gerado um aumento

considerável no consumo de equipamentos eletrônicos. Entretanto, o

efeito negativo é o aumento significativo do lixo eletrônico, devido a

diminuição da vida útil dos aparelhos em consequência do ganho de

atualizações e novas funcionalidades que são incluídas, em períodos de

tempo cada vez mais curtos. Diante destes fatos, observa-se a

necessidade do desenvolvimento da cultura de reuso e reciclagem.

Antes de 1976 não existia os malefícios ocasionados pelo

descarte inadequado de lixo eletrônico pois estes não eram reconhecidos

como um problema ambiental. Em 1976, a lei Resource Conservation and Recovery Act (RCRA) foi promulgada nos Estados Unidos. Esta lei

tinha o objetivo de regulamentar o descarte de produtos eletrônicos que

possuíam resíduos nocivos. Como consequência, levou então a um

despejo em massa de REEE na forma de exportação para países sem

legislação pertinente. Em 1988, um cargueiro com 14 mil toneladas de

REEE ficou 16 meses a busca de um local para o despejo dos mesmos, o

que acarretou o descarte dos resíduos em alto mar. Tal fato levou à

realização da Convenção de Basileia, que proíbe as nações de exportar

seu lixo eletrônico para outros países. Em 1991, a proibição de Basileia

é promulgada por 175 países, sem incluir os Estados Unidos da América

(CDR, 2015).

No Brasil existem leis referentes à Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS) que normatizam o descarte de REEE. Em

1991, o projeto de Lei nº 203/91 dispôs sobre o acondicionamento,

coleta, tratamento, transporte e destinação dos resíduos de serviço de

saúde. Com o decorrer dos anos, observou-se uma maior necessidade de

regulamentação do descarte de material desfavorável ao meio ambiente.

Em 1999, a Proposição 259 do Conselho Nacional do Meio

Ambiente (CONAMA), intitulada Diretrizes Técnicas para a Gestão de

Resíduos Sólidos, foi aprovada pelo plenário do conselho, mas não

chegou a ser publicada. Este foi o início do que se tornou a Política

Nacional de Resíduos Sólidos de 2010. A Lei nº 12.305/10 instituiu a

PNRS.

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2.4. LEGISLAÇÃO

2.4.1 Nacional

No âmbito nacional, a Lei 12.305/2010 dispõe sobre os

princípios, objetivos e instrumentos e diretrizes relativas à gestão de

resíduos sólidos. Ela legisla também sobre as responsabilidades dos

geradores, do poder público e dos instrumentos econômicos aplicáveis,

relativos aos resíduos sólidos, conforme seu art. 33:

Art. 33. São obrigados a estruturar e

implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo

consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos

resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes [...] (BRASIL,

2010).

O Art. 3°, Inciso XVII, diz que a responsabilidade pelo ciclo de

vida dos produtos deve ser compartilhada abrangendo:

[...] os fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e procedimentos previstos nesta

Seção.

No escopo do presente trabalho está inserido o ambiente da

Universidade Federal de Santa Catarina. Sendo uma universidade

pública, esta está submetida à legislação nacional referente ao

desfazimento de material computacional, como dita o Decreto no.

99.658. Este decreto regulamenta, no âmbito da Administração Pública

Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras

formas de desfazimento de material. O processo normativo em questão,

para os casos específicos de leilões, pode ser observado no fluxograma

pictorial representado pela Figura 8.

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Figura 8 - Fluxograma pictorial legislativo para leilões – UFSC

Fonte: Do Autor (2017).

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18

2.4.2 Estadual

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma lei

recente. Alguns estados já haviam promulgado leis e mecanismos

próprios voltados para a gestão dos resíduos sólidos. Entretanto pela

Constituição, a PNRS se sobrepõe às demais antevendo a suspensão

destas. Como cita a ABDI (2014) relativa ao texto de Yoshida (2012):

“Parte-se do princípio de que o genérico compete à União e o

detalhamento ao poder estadual ou local, mas que estes só podem ser

mais restritivos do que a União, nunca mais brandos ou tênues ao agir”.

A PNRS torna a responsabilidade da gestão integrada dos

resíduos sólidos urbanos uma obrigatoriedade dos municípios e Distrito

Federal. Aos estados atribui-se o incentivo à integração da gestão nas

regiões muito populosas. É também função do estado, a fiscalização e o

controle das atividades geradoras de resíduos que são licenciadas pelo

órgão estatual competente.

2.4.3 Municipal

Florianópolis dispõe da Lei Municipal n° 5.635/99 que diz, em

seu primeiro artigo, que a empresa de economia mista, Companhia

Melhoramentos da Capital (COMCAP), é responsável por executar os

serviços públicos de coleta, transporte e tratamento de resíduos sólidos.

Em 2011, a COMCAP publicou o Plano de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos (PGRS) do município de Florianópolis.

O PGRS deu formalidade ao convênio com o Comitê para

Democratização da Informática de Santa Catarina (CDI). O convênio

coloca que os equipamentos eletrônicos coletados pela COMCAP serão

pertencentes ao CDI (COMCAP, 2011).

O Comitê para Democratização da Informática tornou-se uma

organização de utilidade pública estadual em 2011, através da Lei nº.

15.565.

O CDI realiza a triagem dos equipamentos coletados. Os itens

que podem ser reutilizados são destinados a comunidades carentes até estarem sem condições de uso. Os Equipamentos Elétricos e Eletrônicos

(EEE) sem condições de uso serão tratados como REEE. O CDI é

responsável por dar a destinação final para tais (COMCAP, 2011).

De acordo com as responsabilidades apontadas pelo PGRS, o

CDI é responsável pelo programa ReciclaTec que têm o objetivo de

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reciclagem e armazenagem adequada dos REEE e gerenciar pontos de

coleta. A sede onde os REEE coletados em Florianópolis são reciclados

está inclusa no programa ReciclaTec. Esta sede, denominada Centro de

Reutilização de Resíduos Tecnológicos (CERTEC), está localizada em

Palhoça (CDISC, 2017). Este centro opera em parceria com uma

empresa privada especializada em logística reversa.

2.4.4 UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está sujeita à

legislação federal pertinente. Portanto, suas ações no âmbito de

tratamento dos resíduos sólidos gerados pela instituição estão

submetidas à PNRS e ao Decreto no. 99.658, que regulamenta o

desfazimento de bens em instituições públicas.

A UFSC possui seu próprio regimento interno que, no escopo

do trabalho, define os responsáveis pela aprovação do desfazimento de

itens, incluindo os resíduos de componentes eletrônicos.

O regimento interno da UFSC define que o Conselho de

Curadores é responsável pela aprovação ou veto do desfazimento de

bens de propriedade da instituição segundo o art. 6, X:

Art. 6. São atribuições do Conselho de Curadores:

[...]

X - aprovar a alienação e a transferência de bens

da Universidade (UFSC, 1982).

O órgão responsável pelo patrimônio da UFSC é o

Departamento de Gestão Patrimonial (DGP) que responde por (PROAD,

2017):

recebimento, conferência, processamento, tombamento,

registro, entrega e pagamento;

relatórios e documentação patrimonial;

agentes patrimoniais (relatórios para consulta, transferências,

informações gestão local);

inventário anual (planejamento e coordenação; segregação de

funções);

informações doações e cessões (ingressos e saídas);

CNPq, Capes, Fundações de Apoio (bens móveis);

disponibilização ociosos;

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20

informações sobre a gestão patrimonial, certidões e declarações

(nada-consta).

2.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Lixo eletrônico compreende resíduos provenientes de

dispositivos elétricos e eletrônicos. O processamento informal de lixo

eletrônico pode levar a efeitos adversos ao ambiente em que está

inserido.

Componentes de REEE contêm substâncias potencialmente

nocivas, como chumbo, cádmio, berílio, ou retardantes de chama. A

Reciclagem e eliminação de lixo eletrônico pode envolver risco

significativo para trabalhadores e comunidades. Por essa razão, cuidados

devem ser tomados para evitar exposição prejudicial durante a

reciclagem e contaminação por substancias nocivas, como metais

pesados.

O avanço tecnológico traz o aumento do volume de lixo

eletrônico no Brasil. Observa-se a tendência devido ao número de itens

que atualmente estão em uso, por exemplo, atualmente 160 milhões de

computadores estão sendo utilizados.

No Brasil, a Lei 12.305/2010, instituiu a Política Nacional de

Resíduos Sólidos. Ela legisla sobre a sustentabilidade econômica e

logística reversa na gestão de resíduos sólidos. A partir da sanção da

referida lei, faz-se necessário o estabelecimento de metas, programas de

reciclagem e a adequação de locais de descarte.

Em referência à gestão de REEE em Florianópolis, fica a

encargo da Companhia Melhoramentos da Capital (COMCAP) a

execução dos serviços públicos de coleta, transporte e tratamento de

resíduos sólidos e de limpeza dos logradouros e vias públicas.

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21

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este capítulo trata da descrição dos métodos adotados na

realização do presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Sob o ponto de vista de Andrade (2003), a metodologia é

definida como sendo “o conjunto de métodos ou caminhos que são

percorridos na busca do conhecimento”. Para Magalhães (2005) a

metodologia é o estudo ou a ciência do caminho, “para facilitar o

conhecimento, além de trazer implícita a possibilidade de, como

caminho, servir para que diversas pessoas o percorram, isto é, que possa

ser repetidamente seguido”. Segundo Prodanov e Freitas (2009), “a

metodologia científica preconiza uma série de regras através das quais o

conhecimento deve ser obtido”.

3.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa objetiva produzir novos conhecimentos através da

utilização de procedimentos científicos, contribuindo assim “para o trato

dos problemas e processos do dia a dia nas mais diversas atividades

humanas, no ambiente do trabalho, nas ações comunitárias, no processo

de formação, e outros” (SILVA, 2011).

A ciência desenvolvida por meio da pesquisa é um conjunto de

procedimentos sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, com o

objetivo de encontrar soluções para os problemas propostos mediante o

emprego de métodos científicos e definição de tipos de pesquisa

(CERVO, 2002). “A pesquisa, tanto para efeito científico como

profissional, envolve a abertura de horizontes e a apresentação de

diretrizes fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento

do conhecimento. ” (OLIVEIRA, 2002).

Collis e Hussey (2005) ressaltam que o objetivo da pesquisa

pode ser:

* Revisar e sintetizar o conhecimento existente;

* Investigar alguma situação ou problema existente;

* Fornecer soluções para um problema;

* Explorar e analisar questões mais gerais;

* Construir ou criar um novo procedimento ou sistema;

* Explicar um novo fenômeno;

* Gerar novo conhecimento;

* Uma combinação de quaisquer dos itens acima.

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22

Segundo Andrade (2005, p. 121), a pesquisa é “o conjunto de

procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por

objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a

utilização de métodos científicos”.

Ao se referir aos objetivos, a pesquisa é exploratória e

descritiva.

De acordo com Gil (2002), a pesquisa exploratória tem “[...]

como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com

vistas a torná-lo mais explícito [...]”. Para Beuren (2003), a

caracterização da pesquisa exploratória: “[...] ocorre quando há pouco

conhecimento sobre a temática a ser abordada”. Para tanto, por meio do

estudo exploratório, “busca-se conhecer com maior profundidade o

assunto, de modo a torná-lo mais claro ou construir questões

importantes para a condução da pesquisa”. Segundo, Freitas e Prodanov

(2013) pesquisa exploratória, “é quando a pesquisa se encontra na fase

preliminar, tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o

assunto que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu

delineamento”.

Já a pesquisa descritiva, segundo Beuren (2003), tem como

principal objetivo descrever características “de determinada população

ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma

de suas características mais significativas está na utilização de técnicas

padronizadas de coletas de dados”.

Conforme Vergara (2004), a pesquisa descritiva:

[...] expõe características de determinada população ou de

determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre

variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os

fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação.

Pesquisa de opinião insere-se nessa classificação.

Quanto à sua natureza, a pesquisa desenvolvida pode ser

classificada como sendo do tipo aplicada, que gera conhecimentos para

aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve

interesses locais (GIL, 2002). A pesquisa visa à aplicação de suas

descobertas a um problema (COLLIS; HUSSEY, 2005); ao contrário da

pesquisa de natureza básica, cujo objetivo primordial é produzir

conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais (GIL, 2002).

Quanto ao delineamento, a pesquisa é documental, bibliográfica

e estudo de caso.

Delineamento, segundo Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 27) é

“a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para

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23

atingir um certo fim ou resultado desejado”. Costa, Costa e Neves

(2007, p. 19) afirmam que o “delineamento de uma pesquisa está

subordinado tanto ao problema a ser estudado, da sua natureza e

situação espaço-temporal em que se depara, quanto da natureza e nível

de conhecimento do pesquisador”.

Pesquisa documental, muitas vezes confundida com a pesquisa

bibliográfica por suas características parecidas, porém diferem segundo

sua natureza de fonte. Segundo Beuren (2003):

A pesquisa bibliográfica utiliza-se principalmente das contribuições de vários autores sobre determinada temática de estudo, já a

pesquisa documental baseia-se em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou

que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.

Segundo Marconi e Lakatos (2002), a pesquisa documental “é

que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou

não, constituindo as fontes primárias, que podem ser recolhidas no

momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois”.

A pesquisa bibliográfica é parte essencial para qualquer

pesquisa, pois irá explicar o problema a partir de obras já publicadas de

outros autores, sendo sua finalidade explicar por diversos ângulos de

autores distintos um mesmo tema.

Segundo Gil (2010):

A pesquisa bibliográfica é elaborada

com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa

inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos

científicos. Todavia, passaram a incluir outros tipos de fontes, como discos, fitas magnéticas,

CDs, bem como o material disponibilizado pela internet.

Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é qualitativa e

quantitativa.

Segundo Fachin (2003), a pesquisa qualitativa “é caracterizada

pelos seus atributos e relaciona aspectos não somente mensuráveis, mas

também definidos descritivamente”.

Beuren (2003) complementa que:

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24

[...] na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa

visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a

superficialidade deste último.

Conforme Beuren (2003), a abordagem quantitativa caracteriza-

se:

[...] pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informação, quanto no tratamento delas por meio de técnicas

estatísticas, desde as mais simples, como percentual, média, desvio padrão, às mais

completas, como coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.

3.2. ETAPAS DA PESQUISA

O alcance dos objetivos propostos na seção 1.2 depende do

planejamento do projeto, onde devem ser consideradas todas as etapas

necessárias para o seu desenvolvimento. Estas etapas são apresentadas

na Figura 9 e, descritas detalhadamente nos próximos itens.

Figura 9 - Etapas de desenvolvimento do trabalho

Fonte: LAURENTINO (2015).

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25

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26

4. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

O benchmark do referencial bibliográfico pode ser realizado

através da utilização de um procedimento proposto pelo Laboratório de

Metodologias Multicritério em Apoio à Decisão da UFSC

(LAbMCDA). O procedimento estrutura a construção de um dossiê de

artigos utilizando etapas. Estas são: definição de palavras chave, busca e

filtragem na base de dados, seleção de artigos por alinhamento do título

à pesquisa, seleção por reconhecimento científico, repescagem de

referências excluídas, leitura de resumos e fichamento e seleção dos

artigos para compor o portfólio de leitura.

O objetivo do levantamento bibliográfico no trabalho é

reconhecer artigos, trabalhos publicados e termos relacionados que

envolvem a problemática estudada.

A pesquisa realizada utiliza o Portal de Periódicos da

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES), pois abrange bases de dados em diversas áreas do

conhecimento como por exemplo, Science Direct, Scopus, Springer,

Web of Science, Scielo e Medline..

4.1. PALAVRAS-CHAVE

As palavras-chaves utilizadas são pesquisadas no portal

CAPES, em todas as bases disponíveis para acesso. Elas foram definidas

com o objetivo de caracterizar os assuntos pertinentes. O primeiro grupo

de palavras se relaciona aos REEE, estas são: WEEE, electronic waste, e-waste. Um segundo grupo tem por objetivo denotar a gestão dos

resíduos, as palavras-chaves são: Waste Manegement e Reverse

Logistics. Outro grupo é referente ao universo das universidades

federais. Neste caso, as palavras foram: university e higher education

institutions. Como resultado tem-se a Tabela 1 que mostra o número de

artigos encontrados e as palavras-chave utilizadas.

Tabela 1 -Termos pesquisados e número de artigos encontrados.

Palavras-chave N. de artigos

e-waste 5.578

electronic waste 4.868

weee 4.829

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27

university + electronic waste 1.954

waste management + electronic waste 1.763

waste management + electronic waste + universities 98

waste management + electronic waste + universities + recycling 87

reverse logistic + electronic waste 32

e-waste + higher education institutions 23

electronic waste + higher education institutions 19

waste management + e-waste + higher education institutions +

recycling 7

waste management + electronic waste + higher education institutions

+ recycling 6

waste management + electronic waste + public universities +

recycling 2

Total Geral 5.578

Fonte: Elaborado pelo Autor (2017).

Utilizando a pesquisa realizada, pôde-se obter um portfólio dos

artigos mais relevantes. Por exemplo:

Antecedents of Green IT Adoption in South African Higher Education Institutions de Thomson et al. 2015;

Reducing solid waste in higher education: The first step

towards ‘greening’ a university campus de Smyth et al. 2010;

Green Computing and Green Technology based teaching

learning and administration in Higher Education Institutions de

Agarwal et al. 2013.

Trash or treasure: global trade and the accumulation of e-

waste in Lagos, Nigeria de Sullivan 2014.

A pesquisa bibliométrica evidencia pontos em comum entre os

artigos enquadrados no ambiente de controle do presente trabalho. O

entendimento das características do REEE é necessário para o devido

tratamento da problemática, de sustentabilidade ambiental e econômica

na gestão da logística dos REEE, segundo os artigos referidos. O assunto estudado é caracterizado como novo, devido ao

recente crescimento da importância do descarte sustentável. O artigo

mais antigo é do ano 2010, com sete anos de diferença para o presente

trabalho.

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28

Estudos sobre o tema são forças motivadoras durante os

estágios preliminares da iniciativa do descarte sustentável. As

universidades inseridas na sociedade são usualmente benchmark para a

tomada de decisão. Os estudos sobre o referente assunto trazem

benefícios para a instituição e as comunidades aos redores. Os artigos

evidenciam a importância das instituições de ensino superior como

provedor de técnicas e iniciativas de gestão sustentável. Tais iniciativas

de gestão do descarte de REEE são usualmente multiplicadas para a

comunidade ao redor da instituição.

Os artigos apontam a necessidade de pressão governamental e

institucional utilizando leis. O objetivo é tornar a gestão dos resíduos

eficaz. Nos artigos é referido que leis pouco especificadas e

classificadas como fracas não motivam uma boa gestão de resíduos.

Os resultados da pesquisa bibliográfica se fazem condizentes

com o assunto abordado no presente trabalho. Os artigos fundamentam a

importância do mesmo para esclarecer o panorama atual da instituição

em questão.

Outra pesquisa foi utilizada para identificar quais termos

sugeridos eram recorrentes por palavras-chave e assim identificar quais

artigos tem alguma alusão ou referência ao tema estudado no presente

trabalho. Observam-se os resultados na Tabela 2.

Através do levantamento bibliográfico, destacaram-se alguns

dos termos mais relevantes e usualmente utilizados. Estes termos são

utilizados para identificar o presente trabalho nas bases acadêmicas.

Eles são:

Electronic Waste;

Waste Management;

Recycling;

Issues in Sustainable Development;

Higher Education;

Educational Facilities.

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29

Tabela 2 - Número citações relacionadas aos termos pesquisados.

Elec

tron

ic W

aste

 

Was

te M

anag

emen

Rec

yclin

Rec

yclin

g  

Elec

tron

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elop

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Educ

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E-W

aste

  

Syst

ems

An

alys

is 

Tota

l Ger

al

Electronic Waste 1595 994 1368 901 562 5420

e-waste 1159 942 1231 579 767 4678

Waste Management + Electronic Waste 931 751 809 574 352 3417

weee 561 756 972 550 2839

Univers i ty + Electronic Waste 590 461 536 466 288 2341

Waste Management + Electronic Waste +

Univers i ties 36 44 40 23 20 163

Waste Management + Electronic Waste +

Univers i ties + Recycl ing 30 42 39 20 18 149

Reverse Logis tic + Electronic Waste 12 10 12 11 9 54

e-Waste + Higher Education Insti tutions 7 6 6 5 4 28

Electronic Waste + Higher Education

Insti tutions 6 6 7 4 4 27

Waste Management + Electronic Waste +

Higher Education Insti tutions + Recycl ing 5 5 4 3 2 19

Waste Management + e-Waste + Higher

Education Insti tutions + Recycl ing 3 3 4 3 3 16

Waste Management + Electronic Waste +

Publ ic Univers i ties + Recycl ing 1 1 1 1 4

Total Gera l 4914 4014 2713 2308 1952 1493 1340 288 62 27 13 9 9 4 3 2 1 1 1 1 19155 Fonte: Elaborado pelo Autor.

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30

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31

5. COLETA E ANÁLISE DE DADOS

5.1. ACUMULADO DE REEE NA UFSC

Quanto ao número de alunos, a UFSC possui mais de 30 mil

estudantes matriculados em 103 cursos de graduação presenciais e 14

cursos de educação a distância. Quanto à pós-graduação, a UFSC

disponibiliza mais de 7 mil vagas para cursos stricto sensu: são 63

mestrados acadêmicos, 15 mestrados profissionais e, 55 cursos de

doutorado. Nos 32 cursos de especialização, são mais de 6 mil alunos a

distância e 500 em cursos lato sensu presenciais. No que se refere ao

número de departamentos a UFSC possui 73 destas unidades

(DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA

INFORMAÇÃO - SEPLAN, 2017).

No entanto, o relatório para análise de dados conta com 79

unidades, ou seja, considera outros setores agregados, para melhor

identificação no DGP.

O número de itens descartados de REEE, pelas unidades, entre

janeiro de 2014 e junho de 2016, pode ser visto no Tabela 3.

Tabela 3 - Número de REEEs

descartados por departamento.

Setor 2014 2015 2016 Total

Geral

DAE/PREG 121 1 122

DIR/CCJ 97 15 112

DGP/PROAD 70 7 28 105

CNM/CSE 51 12 63

DGP/SCGP 45 2 2 49

CDS 47 47

EGR/CCE 1 30 31

CEAD 29 29

CSE 29 29

CIF/CCS 28 28

CEM/JOI 25 2 27

CED 2 22 24

CCB 16 7 23

DSS/CSE 22 22

CCJ 20 20

CCU/UFSC 14 5 19

CCE 2 1 16 19

OUVIDORIA 18 18

CAD/CSE 7 11 18

SETIC

/PROINFRA 1 17 18

EEL/CTC 14 1 15

ACL/CCS 15 15

SPB/CCS 13 13

FSC/CFM 12 12

PSI/CFH 3 8 11

CCS 10 1 11

CFH/GCN 9 2 11

AGECOM/

GR/UFSC 10 10

CFH 10 10

SEC/CSE 3 5 8

PU/PROAD 8 8

DSG

/PROINFRA 5 2 7

SECOGC

/CCE 7 7

LLE/CCE 7 7

DIREC/DGP/

PROAD 6 6

DIRADM/

BNU 6 6

DAS/CTC 6 6

ODT/CCS 6 6

ECV/CTC 5 1 6

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32

PU/

PROINFRA 4 1 5

MEN/CED 1 4 5

NFR/CCS 2 3 5

EMC/CTC 5 5

MIP/CCB 3 2 5

FIL/CFH 5 5

FIT/CCA 2 3 5

DCEVEN/

SECULT 4 4

PROINFRA/

UFSC 3 3

SINTER

/UFSC 3 3

ARQ/CTC 3 3

ENR/CCA 3 3

HU/NP 2 2

BOT/CCB 2 2

ECZ/CCB 2 2

NUMA/PU 2 2

CCS101 2 2

PREG/UFSC 2 2

NTR/CCS 2 2

UFSCTV 2 2

DOMP/

PROINFRA 1 1

SECARTE/

UFSC 1 1

EGC/CTC 1 1

UAB/

PROGRAD 1 1

DAC/

SECULT 1 1

ENS/CTC 1 1

JOR/CCE 1 1

PG 1 1

CPLA/CFH 1 1

PRAE/UFSC 1 1

DDPP/

PRDHS 1 1

DPL/PROAD 1 1

SEXP/ODT

/CCS 1 1

DLLV/CCE 1 1

ETUSC 1 1

DSI/SETIC 1 1

MTM/CFM 1 1

DCOM/

PROAD 1 1

DZDR/CCA 1 1

Total Geral 677 110 297 1084

Fonte: UFSC (2017).

Verifica-se que os setores que mais descartaram REE foram

DAE/PREG, DIR/CCJ e DGP/PROAD com 122, 112 e 105 itens,

respectivamente, e que no geral no ano de 2014 houve um maior

descarte, possivelmente relacionado com a troca de equipamentos,

conforme pode ser observado na Figura 10.

Figura 10 - Número de REEEs descartados mês a mês nos anos de 2014 a 2016.

Fonte: UFSC (2017).

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33

No ano de 2015, os departamentos solicitaram pouca reposição

de equipamentos.

Em comparativo com outras universidades, por exemplo, a

Universidade Federal da Bahia (UFBA), em média por ano entre 2010 a

2013, a universidade adquiriu 1.566 UCPs, 410 notebooks/netbooks e

240 impressoras (ZANTA et al., 2016). A UFBA possuiu em 2013 cerca

de 2.245 mil docentes (UFBA, 2014). Em uma relação entre número de

docentes e itens adquiridos chega-se a uma relação de entrada de 0,9870

itens por docente por ano.

É estabelecida a correlação entre o as universidades UFSC e

UFBA para estimar o número de entrada de itens na UFSC em números

absolutos. A estimativa é colocada como a relação de entrada de itens

por docentes da UFBA multiplicada pelo montante de 2.050 docentes da

UFSC em 2013 (UFSC, 2017), tem-se um total estimado de 2023 itens,

observa-se na Tabela 4.

Tabela 4 - Correlação itens adquiridos - Corpo docente.

UFBA - 2013 UFSC Estim.

UCPs 1.566 -

Notebooks/netbooks 410 -

Impressoras 240 -

Total 2.216 2.023

Docentes 2.245 2.050

Fonte: UFSC (2017); UFBA (2017).

Realiza-se um balanço de itens, que entraram e saíram, durante

o período de um ano. Tem-se o esquema na Figura 11.

Em números, tem-se o número estimado de itens que entram no

ambiente de controle, se subtrai o número de itens relacionados no

Figura 11 - Balanço de itens. Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

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Departamento de Gestão Patrimonial (DGP) em média por ano. O

objetivo é estimar o número de itens absorvidos pela universidade por

ano.

Itens absorvidos são itens que se acumulam nas dependências

da universidade. O período relacionado é de 30 meses, portanto se

inclui um multiplicador para obtenção da média anual de itens, tem-se:

Itens absorvidos = 2050 - [1084*(12/30) ] = 1616,4

O número estimado de itens absorvidos anualmente pela UFSC,

segundo a estimativa realizada é de aproximadamente 1600 itens. Os

itens teoricamente estão distribuídos pelos departamentos da

universidade.

Ao se tornarem obsoletos ou substituídos eles geram acúmulo

de sucata nas dependências dos departamentos. Tal quantidade de itens

ocupa o volume de cerca de 46 metros cúbicos de sucata espalhados

pela universidade.

5.2. VOLUME DE ITENS

O número de REEE (UCP’s, monitores, notebooks e

impressoras) destinados ao descarte e seu volume (m³), verifica-se

conforme a Tabela 5, com o total de 1084 itens. Tabela 5 - Volume [m³] dos REEEs transferidos para o DGP para desfazimento.

Item Soma de volume médio m³ Contagem de itens

Impressora 4,06 122

Monitor 15,89 454

Notebook 0,12 53

UCP -Desktop 10,82 455

Total Geral 30,89 1084

Fonte: UFSC (2017).

Fazendo-se uma estimativa, conforme estudos de Rodrigues,

Gunther e Boscov (2015), adotando valores por eles sugeridos, verifica-

se que UCP (média 15kg) monta 6.825kg; 246 monitores LCD (média

4,8kg) e 208 monitores CRT (média 15kg) montam 4.300,8kg; notebook

(média 2,9kg) monta 153,7kg; e, impressora (média 5,6kg) monta

683,2kg, totalizando 11.961,9kg de REEE.

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35

De acordo com os dados coletados durante o período estudado

de janeiro de 2014 a junho de 2016 foram transferidos para o DGP com

a finalidade de desfazimento 1084 itens, tem-se uma média de 434 itens

por ano encaminhados para o desfazimento.

Em volume, por ano a média de 434 itens caracteriza um

volume de 12,36m³ e uma massa de 4.789,1kg encaminhados para o

DPG com intenção de desfazimento.

Quanto ao percentual que cada REEE representa no volume

total de descarte entre os anos de 2014 e 2016, pode ser verificado na

Figura 12.

Em termos monetários do valor contábil dos itens, verifica-se na

Figura 13, que em valores, os três departamentos citados no Quadro 3,

somam os maiores valores, R$ 115.552,08, R$ 114.352,35 e R$

112.567,15 respectivamente. Correspondem a 11,25%, 10,33% e 9,69%

do total. Estes e outros valores podem ser observados na Figura 14.

Figura 12 - Porcentagem em volume de REEE por tipo de item encaminhado para desfazimento entre 2014 e 2016.

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36

Figura 13 - Valores por departamento

Fonte: UFSC (2017).

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37

Figura 14 - Porcentual por departamento Fonte: UFSC (2017).

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38

O volume acumulado ocupado por esses itens e o valor

acumulado em porcentagem (galpões no DGP) está representado na

Figura 15.

Figura 15 - Volumes e valores de REEE provenientes de cada departamento no

DGP. Fonte: UFSC (2017).

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39

Observa-se na Figura 15 que os setores DAE/PREG, DIR/CCJ e

DGP/PROAD ocupam o percentual de volume de 11,36%, 10,52% e

9,14% respectivamente e, que juntos representam 31,02% do montante.

Através da Figura 15 também é possível observar a relação dos

departamentos que possuem material de maior valor agregado, ou seja,

possui maior valor, mas com menor volume comparado aos demais

departamentos.

5.3. DESFAZIMENTO

Está previsto em lei, três tipos de desfazimento, quais sejam:

venda, permuta e doação. A venda pode ocorrer através de três

maneiras, concorrência, leilão ou convite, segundo o decreto número

99.658 de outubro de 1990: “A Administração poderá optar pelo leilão,

nos casos em que couber o convite, e, em qualquer caso, pela

concorrência.” (BRASIL, 1990).

A doação de itens computacionais pode ocorrer de

acordo com a oportunidade e conveniência do órgão público, estando

presentes razões de interesse social.

O decreto número 99.658 de outubro de 1990, alterado em abril

de 2007, coloca que, fica a cargo da administração da instituição

escolher a forma mais adequada de desfazimentos, de acordo com o

interesse público.

A doação, presentes razões de interesse social, poderá ser

efetuada pelos órgãos integrantes da Administração Pública Federal

direta, pelas autarquias e fundações, após a avaliação de sua

oportunidade e conveniência, relativamente à escolha de outra forma de

alienação, podendo ocorrer, em favor dos órgãos e entidades [...].

(BRASIL, 2007).

Ao se referir ao descarte, a unidade de ensino adota o leilão

como principal meio de desfazimento de seus REEEs. A escolha do

Leilão está relacionada com a legislação vigente, o valor total dos itens e

às decisões do gestor.

Os leilões ocorrem historicamente menos de uma vez ao ano, de

acordo com a demanda. No final de junho de 2016 ocorreu um leilão.

Desde a apresentação da necessidade em outubro de 2014 até a realização foram decorridos cerca de 21 meses.

Observa-se o mapeamento do processo de coleta até o

desfazimento dos itens computacionais pela Figura 16. O processo é

longo e envolve cerca de 12 setores. O mapeamento foi realizado

através de questionamentos presenciais com os responsáveis no DGP,

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40

através dos levantamentos da legislação nacional e interna da

universidade e através do documento processual do leilão de junho de

2016.

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Figura 16 - Fluxograma pictorial - recolhimento de itens ao desfazimento por leilão. Fonte: UFSC (2017).

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42

De acordo com Gomes (2005) em comparação entre leilões e

doações, se deve fazer preferência a doações devido a economia

proporcionada. É dito ainda que a doação se justifica devido ao fato de

que instituições alvo das doações são braços do Estado, por exemplo

entidades de assistência social etc.

Gomes (2005) cita “segundo o jornal a Folha de São Paulo, a

realização de leilão cuja duração ultrapasse a 4 meses e cujo retorno seja

inferior a R$ 40.000,00 é economicamente inviável, porque não suporta

sequer a despesa com esse pessoal. ”

No leilão ocorrido em junho de 2016, foram leiloados 23 lotes

de REEE com a somatória de valores iniciais de 4.031,58 reais e

resultado final no valor de 4.447,28 reais. Valor abaixo de 40.000,00

reais citado por Gomes (2005). Observa-se o resultado do leilão obtido

através da gravação em vídeo do mesmo, disponível no repositório

online da instituição, na Tabela 6. Tabela 6 - Resultado - Leilão junho 2016.

Lote V. Inicial V. Arrema-

tado N. de Itens

C/S

tomba-mento

Tipo de itens

Lote 1 R$ 148,71 R$ 168,71 45 C Monitores

Lote 2 R$ 155,47 R$ 155,47 47 C Monitores

Lote 3 R$ 150,97 R$ 170,97 46 C Monitores

Lote 4 R$ 165,61 R$ 185,61 48 C Monitores

Lote 5 R$ 78,86 R$ 118,86 7 C Osciloscópios

Lote 6 R$ 50,70 R$ 70,70 9 C Microsystems

Lote 7 R$ 185,33 R$ 205,33 24 C/S Projetores

Lote 8 R$ 113,79 R$ 133,79 49 S Monitores

Lote 9 R$ 85,62 R$ 105,62 38 S Monitores

Lote 10 R$ 119,42 R$ 139,42 44 C/S Monitores

Lote 11 R$ 122,80 R$ 142,80 50 S Monitores

Lote 12 R$ 22,53 R$ 25,00 10 S Televisores

Lote 13 R$ 22,53 R$ 25,00 2 C UCP e Monitor

Lote 14 R$ 168,99 R$ 189,00 30 C Retroprojetor

Lote 15 R$ 4,51 R$ 10,00 2 S Micro-ondas

Lote 16 R$ 349,03 R$ 370,00 85 C UCPs/ gravadores de

DVD

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Lote 17 R$ 389,41 R$ 410,00 72 C/S UCPs/ notebooks

Lote 18 R$ 292,69 R$ 313,00 60 S UCPs

Lote 19 R$ 204,14 R$ 225,00 41 S UCPs

Lote 20 R$ 322,36 R$ 343,00 72 C UCPs

Lote 21 R$ 301,71 R$ 322,00 64 C UCPs

Lote 22 R$ 306,21 R$ 327,00 66 C UCPs

Lote 23 R$ 270,19 R$ 291,00 57 C UCPs

Total R$ 4.031,58 R$ 4.447,28 968

Fonte: UFSC (2017).

Em um apanhado dos dados tem-se que o tramite do leilão

envolveu mais de 12 setores durante um período de 21 meses. No evento

do leilão estavam presentes 6 pessoas; o leiloeiro, seu ajudante, mais 4

pessoas sendo 3 arrematantes. Foram leiloados 23 lotes num total de 968

itens, sendo dois terços dos itens tombados pelo patrimônio da UFSC e

o restante sem tombamento.

5.4. POTENCIAL FINANCEIRO

Como sucata comum, eletrônicos de dez quilos resultam em

aproximadamente R$ 2,00. Desmontado, um computador de R$ 2,00

passa para R$ 12,00 ou mais. O lixo eletrônico é caro e é procurado

devido os materiais nobres, como o ouro. Itens mais valorizados como

processadores podem chegar a R$ 180 o quilo (RBA, 2011).

Segundo estudos de Miranda et al. (2017), em uma análise do

descarte de lixo eletrônico da Universidade Federal Fluminense (UFF),

“considerando que o ganho relativo ao reaproveitamento dos metais

presentes nas placas estudadas fosse máximo, poder-se-ia obter uma

média de ganho de mais de US$ 20.000,00 ao ano, no período

analisado”. A UFF possuiu, no ano de 2016, 66.186 alunos, 35% de

alunos a mais que a UFSC. Utiliza-se o número de alunos como base de

comparação, portanto a UFSC possui um potencial médio de ganho 35%

menor, cerca de US$ 13.000,00 ao ano, valor que atualmente representa

R$ 39.000,00 por ano.

Segundo Gerbase e Oliveira (2012), de acordo com o relatório

do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),

atualmente são gerados 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico por

ano no mundo. Os equipamentos eletrônicos contêm materiais valiosos,

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mormente nas placas de circuito impresso. A composição média de uma

Placa de Circuito Impresso (PCI) está descrita na Tabela 7. O ouro, por

exemplo, existente na PCI é superior à encontrada no minério de ouro

bruto. Existe 17 g de ouro por tonelada de resíduo de PCI, enquanto que

na mineração de ouro a quantidade extraída varia de 6-12 g por tonelada

de minério.

Tabela 7 - Componentes em uma PCI.

Componentes de uma PCI Quantidades médias

Metais Valores médios

Metais 28,00%

Cu 14,00%

Fe 6,00%

Ni 2,00%

Zn 2,00%

Sn 2,00%

Ag 0,30%

Au 0,04%

Pd 0,02%

Plásticos 19,00%

Bromo 4,00% Mat. Cerâmicos, vidro e óxidos 49,00% Fonte: Gerbase e Oliveira (2012).

Através do processamento mecânico pode-se obter um

concentrado de metais que ultrapassa os teores de metais presentes nos

respectivos minérios. Por exemplo, “após as etapas de cominuição e

classificação granulométrica das PCIs obtém-se uma fração de

concentrado com cerca de 24% de cobre, enquanto que no minério o

valor varia de 1 a 3% de cobre” (GERBASE; OLIVEIRA, 2012).

De acordo com Riberio (2013) que cita Bernardes et al. (1997)

PCIs chegam a representar 30% de todo o produto fabricado em diversas

áreas da indústria eletrônica.

Verifica-se que reciclar o REEE pode ser vantajoso, trazendo

benefícios à natureza, ao homem e retorno financeiro aceitável, esta

concepção de reciclagem de REEE se enquadra no termo de Urban Mining ou Mineração Urbana.

Melhorar a gestão dos REEE representa

uma oportunidade ambiental e econômica, daí o conceito de minas urbanas. A produção de

equipamentos eletroeletrônicos requer o uso de

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materiais com disponibilidade limitada e alto

valor agregado. A reciclagem pode, portanto, evitar a extração de novos recursos (IPT, 2016).

Ribeiro (2013) em seu estudo “Concentração de metais contidos

em placas de circuito impresso de computadores descartados” realiza

um estudo de viabilidade técnica e econômica em referente a criação de

uma cooperativa de reciclagem de REEE. Ele estima que são

necessários 330 computadores completos para se obter 2 toneladas de

Placas de Circuito Impresso (PCI). O preço por grama, do material

reciclado, é tido pelo autor sendo, Quadro 10:

Quadro 3 - Preço de material reciclado por grama.

Fonte: Ribeiro (2013).

Para o processamento de tal quantidade, por mês, seriam

necessários 20 cooperados e investimento em maquinário, Quadro 11,

no valor de 359 mil reais.

Quadro 4 - Equipamentos necessários para montagem de uma cooperativa.

Fonte: Ribeiro (2013).

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46

A receita obtida após o processamento pode ser observada no

Quadro 12:

Quadro 5 - Receita obtida após o processamento de duas toneladas de PCIs.

Fonte: Ribeiro (2013).

Ribeiro (2013) conclui que os cooperados teriam uma renda

média mensal de aproximadamente R$ 844,79, considerando 100% de

capital próprio investido (Quadro 13).

Quadro 6 - Valor a ser recebido por cada cooperado depois dos descontos do

fundo indivisível e do INSS ao longo de 5 anos. Fonte: Ribeiro (2013).

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Ajustando o estudo de Ribeiro (2013) ao ambiente universitário

da UFSC, remanejamentos de características são necessários, pois a

oferta de REEE da universidade é menor. Neste caso, são realizadas as

considerações:

35% de REEE entram sem tombamento, fato observado através

do Leilão de junho de 2016;

média de 434 itens encaminhados ao DGP para desfazimento ao

ano;

absorção de 1.616 itens ao ano;

peso médio ponderado de um item de REEE = peso total

estimado de itens transferidos ao DGP para desfazimento

durante o período de 2014 a junho de 2016, 11.961,9 kg,

dividido pelo total de 1084 itens. Portanto peso médio

ponderado de um item de REEE = 11,03kg.;

itens absorvidos (REEE não encaminhado para desfazimento)

considerados no dimensionamento da oferta.

Tem-se, então, que o potencial de geração de REEE para

reciclagem é de:

(absorvidos + encaminhados ao DGP)*peso médio = 22.611 kg

A oferta de REEE, em um ambiente em equilíbrio (entrada =

saída), seria de aproximadamente 22,6 toneladas. Este número refere-se

a um caso idealista onde todos os itens, de todos os campus da

universidade com e sem tombamento, são encaminhados para

reciclagem no mesmo centro.

Ao comparar a oferta de 22,6 toneladas ao ano, com as 24

toneladas necessárias para a viabilidade da cooperativa tem-se que o

ambiente da cooperativa no sistema da universidade pode não ser viável

economicamente. Ressalva-se que a oferta de REEE é otimista e inclui

todos os campus da universidade.

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48

6. CONCLUSÃO

Este trabalho promoveu uma avaliação do fluxo de

desfazimento de itens computacionais na UFSC. Foram estabelecidas as

forças que influenciam o fluxo de desfazimento dos itens. Entre as

forças influentes estão as classificações dos Equipamentos Elétricos e

Eletrônicos (EEE), a previsão de aumento de oferta, as leis, o volume de

entrada, saída e retenção de itens, o potencial financeiro da reciclagem e

a estratégia da gestão adotada para o desfazimento.

Observou-se que os departamentos/setores que mais

descartaram REEE foram DAE/PREG, DIR/CCJ e DGP/PROAD com

122, 112 e 105 itens respectivamente, e que no ano de 2014 houve um

maior descarte, possivelmente devido à atualização e troca dos

equipamentos por outros mais modernos. O item com maior volume de

descarte foi o de monitores (51,44%). Em termos de valores contábeis

estes departamentos/setores respondem por mais de 1/3 do valor total

(36,60%).

Estima-se que em volume de REEE, a média por ano é de 434

itens com tombamento, o que caracteriza um volume de 12,36m³ e uma

massa de 4.787kg encaminhados para o DPG com intenção de

desfazimento. A UFSC possui um potencial de descarte, em um

ambiente em equilíbrio (entrada = saída), de aproximadamente 22,6

toneladas. Este número refere-se a um caso idealista onde todos os itens

de REEE, com e sem tombamento, de todos os campus da universidade,

são encaminhados para reciclagem no mesmo centro.

Quanto aos objetivos específicos, foi abordado referencial

teórico esclarecendo o entendimento de leis e normas envolvidas. No

âmbito nacional, a Lei 12.305/2010 dispõe sobre os princípios, objetivos

e instrumentos e diretrizes relativas à gestão de resíduos sólidos. A Lei

delega sobre as responsabilidades dos geradores, do poder público,

relativos aos resíduos sólidos, conforme seu art. 33, a obrigatoriedade de

estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno

dos produtos após o uso pelo consumidor. No âmbito estadual, a PNRS

torna a responsabilidade da gestão integrada dos resíduos sólidos

urbanos uma obrigatoriedade dos municípios e Distrito Federal. No

âmbito municipal, Florianópolis, por exemplo, dispõe da Lei Municipal n° 5.635/99 que diz, em seu primeiro artigo, que a empresa de economia

mista, Companhia Melhoramentos da Capital (COMCAP), é

responsável por executar os serviços públicos de coleta, transporte e

tratamento de resíduos sólidos.

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49

Outro objetivo específico foi o de mapear o fluxo do processo

de descarte mais utilizado. A ABDI (2013) propõe que o benchmark da

logística reversa de EEE, de acordo com a legislação brasileira, seria

realizado através de transporte até o ponto descarte/recebimento;

recebimento e armazenagem (comércio disponibilizar pontos fixos de

descarte); transporte até o centro de triagem (podendo ser parcerias

público-privadas); triagem do resíduo (triar, armazenar e despachar);

transporte até o reciclador; reciclagem do resíduo (descaracteriza marcas

e dados, faz a rastreabilidade, recicla o REEE e realizando o balanço de

massa).

E, como último objetivo específico, o dimensionamento do

fluxo quanto ao volume e ao valor de itens descartados por

departamentos: verificou-se um número de 79 departamentos/setores, os

quais do ano de 2014 ao primeiro semestre de 2016, o descarte de REEE

gerou 1.084 unidades entre UCPs, monitores, notebooks e impressoras,

gerando um volume de 30,89 (m³), e são estimadas 11.9 toneladas de

material.

Verificou-se que, na realização de leilões cuja duração

ultrapasse a 4 meses e cujo retorno seja inferior a R$ 40.000,00, estes se

tornam economicamente inviáveis, porque não suportam as despesas

com pessoal. O último leilão efetuado pela UFSC levou cerca de 21

meses para ser concluído - do começo do processo até o desfazimento

dos itens computacionais, envolvendo cerca de 12 setores da

universidade.

Foi relacionada uma análise de viabilidade econômica para a

reciclagem do REEE pela própria instituição de ensino. Concluiu-se que

a reciclagem pode não gerar lucro e ser economicamente inviável.

Sugere-se, a doação do REEE para empresas especializadas na

reciclagem dos mesmos, como alternativa para o desfazimento.

Ressalta-se que devido à burocracia, das diretrizes previstas em

lei, a clareza dos fluxos se torna por vezes precária. Tem-se que a

inexistência de referencial, com pesquisa direta frente a valores atuais de

reciclagem de REEE atenuam a clareza dos números. Existe carência de

material apresentando análises de viabilidade, material com finalidade

de avaliar, se a devida reciclagem gera retorno monetário a quem o fazer

de fato. Diante dos episódios houve algumas mudanças na direção do propósito inicial deste trabalho.

Reitera-se que este trabalho não tem o propósito de exaurir os

questionamentos em torno do tema, mas sim, reiterar apelo no sentido

de que se façam mais trabalhos de pesquisa referente à aquisição e

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50

desfazimento de material tecnológico nas instituições de ensino

superior.

Propõe-se para trabalhos futuros o estudo aprofundado de

viabilidade das diversas maneiras de desfazimento. Propõe-se também o

estudo detalhado da caracterização das maiores fontes requisitórias de

EEE e das maiores geradoras de REEE e sua correlação, no âmbito da

universidade. Por fim sugere-se o estudo relativo a procedência dos itens

sem tombamento encaminhados ao Departamento de Gestão Patrimonial

da universidade.

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