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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA,
UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA
RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO
Período : Agosto/2014 a Julho/2015
( ) PARCIAL ( X ) FINAL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do Projeto de Pesquisa: Sistemas silvipastoris e agrossilvipastoris como alternativa para a
sustentabilidade da pecuária na agricultura familiar da região de Marabá - PA.
Nome do Orientador: Rosana Quaresma Maneschy
Titulação do Orientador: Doutorado em Ciências Agrárias
Instituto/Núcleo: Núcleo de Meio Ambiente (NUMA)
Título do Plano de Trabalho: Modelagem de econômica de sistemas agroflorestais pecuários para
agricultores familiares no Sudeste do Pará.
Nome do Bolsista: Jaqueline Fontel de Queiroz
Tipo de Bolsa: PIBIC/UFPA/2014
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INTRODUÇÃO
A agricultura familiar é considerada uma categoria produtiva importante na geração de emprego,
renda e produção de alimentos no país (GUILHOTO et al., 2007), por outro lado, de acordo com Veiga et.
al. (2000) na Amazônia oriental grandes áreas de floresta foram derrubadas para ceder lugar áreas de
pastagem para cultivo extensivo de gado de leite e de corte. Essa forma de prática extensiva da atividade
pecuária tem se mostrado pouco viável dos pontos de vista econômico e ecológico.
Dentro desse quadro os agricultores buscam saídas para minimizar o impacto ambiental e otimizar
a produção de acordo com os objetivos e estratégias familiares, buscando melhor gerenciamento dos
recursos naturais disponíveis. Os sistemas agroflorestais (SAF) têm sido adotados na região sudeste do
Pará, permitindo a diversificação da produção (HENTZ; MANESCHY, 2011). Nos sistemas pecuários
praticados os sistemas silvipastoris (SSP) podem ser uma opção viável para o agricultor, pois consistem
em Os SSPs, como prática agroflorestal, se caracterizam especificamente pela integração de árvores ou
arbustos, pastagens e gado, com a finalidade de auferir produtos ou serviços desses três componentes
(DIAS-FILHO, 2006).
Uma forma de minimizar a implantação desses sistemas e diminuir os custos com cercas na
propriedade é uso do mourão vivo, que são espécies arbóreas utilizadas como estacas vivas para cerca,
delimitando a propriedade ou aprisionando gado e outros animais (FRANKE; FURTADO, 2001 apud
OLIVEIRA, 2011).
As cercas vivas apresentam numerosas vantagens, tais como, proporcionar sombra e produzir
estacas para novas cercas (MIRANDA; VALENTIM, 1998). Além de cobrir o fluxo negativo do caixa
durante o período de implantação e amadurecimento das plantas.
As características desejáveis para uma planta ser usada como cerca viva inclui a rapidez de
crescimento; facilidade em reproduzir-se por estacas, com bom enraizamento; rapidez ao rebrotar depois
da poda; formação de uma cerca densa; resistência ao fogo; ausência de problemas de pragas e doenças; e
prover outros benefícios tais como frutos, madeira, lenha e forragem, entre outros (MIRANDA;
VALENTIM, 1998).
Existem muitas espécies que podem ser usadas na implantação dessas cercas, contudo Andrade
(2014) aponta a gliricídia (Gliricidia sepium) como uma espécie exótica adaptada e promissora na região
sudeste do Pará, e segundo Dias et al. (2009) sua produtividade permanece inalterada por cerca de 20
anos justificando seu uso por agricultores e na composição de SAFs pecuários.
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JUSTIFICATIVA
Carmo (1999) apud Tinoco (2006), abordando o perfil da agricultura brasileira, se refere à
agricultura familiar como forma de organização produtiva em que os critérios adotados para orientar as
decisões relativas à exploração agrícola não se subordinam unicamente pelo ângulo da produção /
rentabilidade econômica, mas levam em consideração também as necessidades e objetivos da família.
Contrariando o modelo patronal, no qual há completa separação entre gestão e trabalho, no modelo
familiar estes fatores estão intimamente relacionados.
Buainaim e Romeiro (2000) apud Tinoco (2006), afirmam que a agricultura familiar desenvolve,
em geral, sistemas complexos de produção, combinando várias culturas, criações animais e
transformações primárias, tanto para o consumo da família como para o mercado. Baseados em amplo
estudo sobre sistemas de produção familiares no Brasil, afirmam que os produtores familiares apresentam
frequentemente as seguintes características:
produtores se expõem, sendo que os autores verificaram essa diversificação na maior parte dos
estabelecimentos familiares estudados.
Progressivo”: A maior parte das estratégias de “acumulação” e
de aumento de produtividade dos agricultores familiares está baseada em pequenos volumes de forma
progressiva (cabeças de gado acumulados ao longo dos anos, equipamentos de irrigação adquiridos
progressivamente, máquinas e implementos usados, etc.).
geral sistemas que conjugam atividades intensivas em trabalho e terra, com atividades mais extensivas.
Quanto maior a disponibilidade de área, maior a participação de sistemas extensivos (cana, pecuária de
corte, citricultura). Nestes casos, a prioridade do produtor é introduzir sistemas que garantam uma boa
produtividade do trabalho, mesmo que com baixa rentabilidade por unidade de área. Ao contrário, quanto
menor a disponibilidade de área, maior a importância relativa dos cultivos altamente exigentes em mão-
de-obra e altamente intensivos no uso do solo (horticultura irrigada e fruticultura). Nessa situação, a
estratégia é gerar a maior renda possível por ha, mesmo que a produtividade do trabalho das produções
não seja das mais elevadas.
adaptação a ambientes em rápida transformação, seja devido à crise de produtos tradicionais, emergência
de novos mercados e ou mudanças mais gerais da situação econômica do país.
Na região amazônica, de acordo com Noda (2006), uma das principais características da
agricultura familiar na Amazônia é o processo produtivo, basicamente direcionado ao atendimento das
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necessidades da manutenção e reprodução biológica e social do produtor rural. Ela é praticada em
ambientes pouco modificados, que não sofreram, ainda, os impactos negativos do avanço da agropecuária
estritamente voltada aos mercados ou das ações de projetos de desenvolvimento de grande porte voltados
à exploração dos recursos naturais. Sua produção é diversificada que, além der permitir uma oferta
constante, ampla e variada de alimentos para o autoconsumo proporciona maior estabilidade ao sistema
produtivo, pois o suprimento das necessidades básicas em alimentos da família independe da
comercialização do “excedente”. As crises do mercado podem afetar o núcleo produtivo, mas não
inviabilizam sua sobrevivência.
O agricultor familiar da Amazônia, de maneira geral, preocupa-se em cultivar produtos variados;
embora Buainain (2003) apud Tinoco (2006) aponte essa prática como estratégia de reduzir os riscos e
incertezas, a diversificação na alimentação caracteriza a agricultura familiar e mostra que a família pode
ser independente na questão de sobrevivência alimentar.
Outra característica da agricultura familiar amazônica está relacionada à produção excedente. A
produção de excedente na agricultura familiar destina-se à aquisição de bens e serviços para atender as
necessidades não satisfeitas pela produção familiar. Noda (2006) explica que o produto excedente não
consumido pode ser colocado no mercado, gerando renda monetária, o que permitirá a compra de bens
não produzidos pela unidade de produção.
Por exemplo, no território do sudeste do Pará, os lotes apresentam um uso diversificado,
compostos de vários subsistemas: floresta, capoeira, pastagem para gado de cria e leite, culturas anuais e
culturas perenes, horta e ervas medicinais, com destaque para a pecuária de leite em propriedades
familiares no sudeste do Pará, que contribui decisivamente na estruturação de uma bacia leiteira no
território (PTDRSPARÁ, 2006 apud SANTOS; MITJA, 2011).
A dinâmica de comercialização de produtos proveniente da agricultura familiar no sudeste do Pará
se apresenta de forma bastante complexa, em que se destacam vários atores, com papéis diferenciados,
formando uma cadeia de relações: Agricultura Familiar (produção agropecuária); Atravessador (compra
produtos dos agricultores repassando aos revendedores com preços mais altos); Cooperativas de Pequenos
Produtores (adquirem os produtos direto das famílias com um preço melhor); Revendedor (comerciante
ou feirante) e o Consumidor (SANTOS; MITJA, 2011) (Figura 1).
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Figura 1 - Dinâmica de comercialização de produtos proveniente da agricultura familiar no sudeste do
Pará.
Fonte: PTDRSPARÁ, 2006 apud SANTOS; MITJA (2011).
DIVERSIFICAÇÃO PRODUTIVA DA AGRICULTURA FAMILIAR
A diversificação dos sistemas produtivos e processos graduais de intensificação das práticas
agrícolas são compatíveis com a lógica da grande parte dos agricultores familiares, que além da
diversificação da produção, busca equilibrar o uso dos recursos naturais atuando no processo de transição
para uma agricultura. (TOMASETTO et al., 2009; LAMARCHE, 1998 apud CASTRO (2014).
Chayanov (1974) apud Castro (2014) aponta que a estratégia de diversificar a produção, é para
otimizar o uso da força de trabalho familiar ao longo do ano, e que os agricultores familiares não seguem
a lógica da maximização do lucro, o que induziria o uso de poucas espécies (menor diversificação) com
maior valor de mercado, tendendo a contratar mão de obra sazonal em épocas de maior exigência.
Segundo Perondi (2009) e Ellis (1998) apud Castro (2014), a diversificação é a criação da
diversidade em processos sociais e econômicos que pressionam os agricultores familiares a se adaptarem
e a diversificarem os seus meios de vida e de produção, construindo uma crescente diversidade de
atividades, disponibilizando recursos para a sobrevivência e melhores níveis de vida.
A opção por diversificar os sistemas de produção tem levado os agricultores a adotar sistemas de
policultivo, como os sistemas agroflorestais (SAFs).
CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS
Os SAFs têm sido classificados de diferentes maneiras: de acordo com sua estrutura espacial,
desenho no tempo, importância relativa e a função dos diferentes componentes, objetivos da produção e
características socioeconômicas predominantes (ENGEL, 1999).
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Nair (1991) apud Castro (2014) aponta três tipos SAFs: silviagrícola (cultivos florestais e cultivos
agrícolas), silvipastoril – SSPs (cultivos florestais e criação de animais) e agrossilvipastoril – SAPs
(cultivos florestais, cultivos agrícolas e criação de animais).
SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO ESTRATÉGIA DE DIVERSIFICAÇÃO PRODUTIVA
Os SSPs e SAPs, que interagem lavoura pecuária e silvicultura têm despertado interesse na
comunidade científica na busca de novas alternativas de exploração da terra que seja biológica,
econômica e ecologicamente mais sustentável que os sistemas convencionais (VEIGA; TOURRAND
2002) apud (AZEVEDO et al., 2009).
Esses sistemas são uma opção viável entre os sistemas de produção sustentáveis existentes, com o
principal objetivo de contribuir para a segurança alimentar e o bem-estar social e econômico dos
produtores rurais, particularmente aqueles de baixa renda, assim como para a conservação dos recursos
naturais.
CERCAS VIVAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE SAFS NA AMAZÔNIA
A maior parte do capital aplicado na construção de cercas é gasto na compra da madeira, que pela
necessidade de ser durável, atinge custo elevado no mercado, sendo tanto mais caro quanto maior a
durabilidade da madeira. Como a maioria das propriedades só contam com madeira branca (madeira de
menor durabilidade e não são protegidas por lei como as madeiras tidas como nobres) em suas reservas, a
sua utilização sempre está associada a desmatamentos. Além disso, devido a sua baixa durabilidade,
aumenta consideravelmente os custos com manutenção e reposição de moirões (MATOS et al., 2005).
A progressiva escassez e consequente alto custo de aquisição de estacas de alta durabilidade, vem
tornando a construção de cercas um investimento cada vez mais pesado (CARVALHO FILHO et al.,
2002). O moirão vivo se manteve entre as de custos mais baixos, pelo menor preço do moirão e o custo
relativo diluído em pelo menos 25 anos de durabilidade. É uma tecnologia de fácil aplicação, porém
pouco utilizada no Brasil por falta de conhecimento dos agricultores sobre o assunto (MATOS et al.,
2005). O uso de estacas vivas de gliricídia, além de possibilitar a construção de cercas permanentes, traz
benefícios adicionais de sombra e forragem de alta qualidade para os animais, além de melhoramento do
solo subjacente (CARVALHO FILHO et al., 2002).
O modelo de cerca viva mais utilizada na Amazônia, é a cerca constituída por mourões vivos
(estacas grossas, bem enraizadas no solo, apresentando crescimento e produção de folhagem) e arame
farpado. O arame farpado é fixado ao mourão vivo bem enraizado e com um diâmetro mínimo de 10 cm,
capaz de resistir ao gado, que gosta de se esfregar nos mourões (DUBOIS; VIANA; ANDERSON, 1996
apud OLIVEIRA, 2011).
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Na região Amazônica, a Universidade Federal do Pará desenvolveu estudos com a gliricídia nos
municípios de Marabá e São Domingos do Araguaia verificando que a espécie desponta como alternativa
promissora que pode ser utilizada como cercas vivas e alimentação para os animais, além de contribuir
com a fixação de nitrogênio e melhorando a qualidade do solo (ANDRADE, 2014) (Figura 2).
Figura 2 - G. sepium. A) Cerca viva de Unidade de produção familiar no Assentamento Belo Horizonte,
São Domingos do Araguaia – PA. B) Corte de estacas para a construção de cercas; C) Animal
alimentando-se da forragem verde.
Fonte: SILVA JUNIOR (2012).
As cercas vivas reúnem atributos que permitem uma análise mercadológica que sustenta uma
proposta de geração de renda e ocupação no meio rural, com a possibilidade de ser consolidado a partir do
interesse e envolvimento de agricultores na produção e venda de moirões vivos em suas propriedades,
pois as soluções tecnológicas, por si só, não resolvem os problemas do campo e não garantem que o
produto se firme no mercado. Assim, as tecnologias devem estar associadas à visão da possibilidade
técnica de implantação, viabilidade econômica e demanda existente, respeitando assim, as condições
socioeconômicas e ambientais da realidade rural (MATOS et al., 2005).
VIABILIDADE ECONÔMICA DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS
A introdução do componente arbóreo na atividade pastoril certamente ocasionará uma
complementação de benefícios. Enquanto a pecuária cobre o fluxo de caixa negativo proporcionado pelo
período de maturação do investimento florestal, este por sua vez incorpora ao sistema pecuário benefícios
ambientais importantes do ponto de vista da sustentabilidade ambiental (ambiência animal e fixação de
carbono, etc.); da sustentabilidade econômica (poupança verde) e da sustentabilidade social por promover
entradas de recursos distribuídos ao longo do tempo (desbastes e colheita final) incentivando a
permanência do jovem rural e, minimizar o problema do êxodo rural (SILVA, 2009).
Nas regiões onde predomina a atividade pastoril, os sistemas silvipastoris podem trazer aumentos
consideráveis de circulação de riqueza, isto é, podem favorecer a agro-industrialização regional através da
A C B
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disponibilidade de matéria - prima em maior quantidade e diversidade promovendo aumento na oferta de
emprego direto e indireto via incremento de cadeias produtivas, Tais sistemas poderão produzir madeiras
de variadas espécies com custos competitivos, pois neles a colheita é mais fácil e, ainda, pode agregar-se
valor pelo fato da madeira ser produzida em condições ambientalmente adequadas (SILVA, 2009).
Quanto ao aspecto econômico tem o potencial de diversificar a renda da propriedade rural pela
possibilidade de comercialização dos produtos gerados pelas árvores, como madeira, frutos, óleos,
resinas, etc., além de agregar valor à área, fazendo com que o ganho econômico do produtor não fique
preso somente a uma única atividade (DIAS-FILHO, 2006). As áreas de pastagem terão sua produção e
sustentabilidade favorecidas pela melhoria ambiental e economia de recursos, decorrentes do aumento da
vida útil dos pastos fator que influencia no cálculo dos custos (SILVA, 2009).
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Modelar sistemas agroflorestais (SAF) pecuários com espécies arbóreas forrageiras nativas e
exóticas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Simular modelos econômicos em três cenários distintos: SAF pecuário, monocultura de pastagem
e cultivo agrícola (milho); e
Propor modelos de SAFs pecuários para agricultura familiar utilizando a espécie arbórea exótica
gliricídia na composição de cercas vivas com alto e baixo nível de insumo, comparado ao uso de mourão
tradicional.
MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho foi desenvolvido dentro do contexto do Projeto “Sistemas silvipastoris e
agrossilvipastoris como alternativa para a sustentabilidade da pecuária na agricultura da agricultura
familiar da Região de Marabá-PA” financiado pela Fundação de Amparo à pesquisa no Pará- FAPESPA.
Esse trabalho se dividiu em duas etapas:
1) Base de dados agroflorestais na região Sudeste do Pará: Na literatura pertinente foram buscadas
informações sobre coeficientes técnicos sobre SAFs pecuários na região sudeste do Pará a fim de
consolidar uma base de dados.
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2) Modelagem de SAFs: Foram simulados modelos de SAFs com o uso de espécie arbórea exótica
(gliricídia) em diferentes cenários (alto e baixo nível de insumo) para comparar com sistemas de
monocultura de pastagem e/ou de cultivos agrícolas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O estudo foi desenvolvido através do banco de dados do projeto de pesquisa realizado no
assentamento Belo Horizonte I no município de São Domingos do Araguaia (Figura 3), foi considerada
uma área de pastagem degradada, localizado na mesorregião sudeste do estado do Pará e na microrregião
do município de Marabá com população estimada para 2014 de 24.235 habitantes.
Figura 3 - Mapa de localização do P. A. Belo Horizonte I, São Domingos do Araguaia - PA.
Fonte: Adaptado de LASAT (2010).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o município tem Produto Interno
Bruto (PIB) R$ 30.534 e agropecuária se destaca como uma das principais atividades econômicas desse
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município perdendo apenas para serviços que correspondem R$ 75.384 a indústria é pouco expressiva
contribuindo apenas em R$ 9.968, o rendimento per capita de cada habitante na zona rural é de cerca de
R$204,00 enquanto que o de domicílios urbanos é de R$255,00 o Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) é de 0,594 Castro (2014).
PASSOS METODOLÓGICOS
Foram comparados os seguintes modelos: SAFs pecuários (cerca viva de gliricídia), mourão
tradicional integrado a pastagem de braquiarão (Brachiaria bizantha cv Marandu) com bovinos de corte e
cultivo agrícola (milho). Sendo realizadas simulações dentro de um período de 10 anos em função do
nível de insumo utilizado (alto e baixo) para os modelos SAF e mourão tradicional.
Os preços de insumos e venda de produtos foram obtidos no mercado local e no próprio
assentamento pesquisado no ano agrícola 2014-2015 (Tabela 1).
Tabela 1 - Parâmetros utilizados.
Especificação Valor
Valor da Mão-de-Obra (diária): R$75,00
Hora Trator (com tratorista): R$120,00
Taxa de Juros: 2,00%
Estaca de 2m (gliricídia) R$2,00
Mourão tradicional R$ 20,00
Arroba – bovino de corte (Animal entra no sistema com 0,6 UA e sai com 1 UA) R$12,80
Utilizou-se a taxa de 2% a.a. para as análises por ser a taxa do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) Mais Alimentos que financia formação de pastagens e
infraestrutura para pecuária, pois as linhas PRONAF-Agroecologia e PRONAF-Floresta ainda possuem
taxa menor, de 1% a.a.; conforme o ano agrícola 2014-2015.
Para a análise da viabilidade econômica foram utilizados os seguintes indicadores: valor presente
líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e relação benefício custo (Rb/c). O VPL (a) é definido como
a soma algébrica dos saldos do fluxo de caixa descontados à taxa de desconto anual, que representa o
custo de oportunidade. Quando a TIR supera o custo de oportunidade do capital um projeto é considerado
viável (b). A relação benefício/custo (Rb/c) é dada pelo valor atual do fluxo de benefícios do projeto
dividido pelo fluxo de custo do projeto (c) (SANTANA, 2005) apud Sousa (2013).
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Onde: Rj = receitas no final do ano ou do período de tempo j considerado; Cj = custos no final do ano ou do período de tempo j
considerado; n = duração do projeto em anos ou em número de períodos de tempo; i = taxa anual de juros, expressa em
porcentagem, considerada de 12 % a.a.
Onde i* = Taxa interna de retorno; Bt = receitas total ao final do ano ou período de tempo; Ct = custos total ao final do ano ou
período de tempo; n = duração do projeto em anos ou em número de períodos de tempo; j = duração do período do projeto, em
anos ou período de tempo.
Onde: Rj = receitas no final do ano ou do período de tempo j considerado; Cj = custos no final do ano ou do período de tempo j
considerado; n = duração do projeto em anos ou em número de períodos de tempo; i = taxa anual de juros, expressa na forma
unitária.
RESULTADOS
O SAF pecuário apresentou VPL e TIR superior em comparação aos modelos de mourão
tradicional e cultivo agrícola (milho), embora todos os modelos simulados de uso da terra foram
considerados viáveis economicamente (Tabela 2).
Tabela 2 - Valor presente líquido (VPL), Taxa interna de retorno (TIR), Relação benefício custo ( ),
Valor anual equivalente (VAE) e Payback nos modelos SAF pecuário (gliricídia), mourão
tradicional e cultivo agrícola (milho), Taxa de desconto de 2%.
Modelo Período de
simulação
VPL (R$) TIR (%) (R$) VAE (R$) Payback
(Anos)
Mourão vivo (SAF
pecuário)
10 anos 50.641,43 95,56 6,9 5.637,73 3,0
Mourão tradicional 10 anos 37.966,43 60,76 4,2 4.226,67 3,0
Cultivo agrícola (milho) 2 anos* 11,78 3,69 1,0 1,31 2,0
*Em seguida área entra em pousio.
A do SAF pecuário de R$ 6,9 comprovou que as receitas foram maiores que os custos
descontados com um valor líquido de R$ 5,9 no decorrer de dez anos, ou seja, a cada R$1,00 investido há
o retorno de 5,9. Enquanto que a 4,2 do sistema de mourão tradicional, apresentando um valor
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líquido menor em relação ao SAF pecuário, pois a cada R$1,00 investido há o retorno de apenas R$3,2
dentro de um período de dez anos. A do cultivo agrícola por outro lado indica que os benefícios se
equiparam aos custos totais, já que de acordo com Börner (2009) apud Arco-Verde; Amaro (2012), o
critério para a condição de viabilidade do projeto é que o valor obtido seja maior ou igual à unidade.
O VPL e o VAE do SAF pecuário são superiores em comparação ao modelo de mourão
tradicional e ao modelo de cultivo agrícola (milho), o que demostra a maior viabilidade econômica do
SAF pecuário. Por outro lado, o Payback (tempo de retorno do investimento inicial) se equipara nos
modelos de SAF pecuário e mourão tradicional e é menor no modelo de cultivo agrícola. A TIR
apresentada foi maior no modelo de SAF pecuário em comparação aos outros dois modelos,
comprovando a viabilidade econômica do projeto já que supera a taxa de desconto exigida.
Para os modelos de SAF pecuário e mourão tradicional também foi realizada simulação
considerando uma redução de custos com mecanização, configurando sistemas com baixo nível de
insumo.
Os SAFs pecuários analisados apresentaram VPL positivo e TIR superior aos modelos com
mourão tradicional, embora de acordo com o panorama da viabilidade econômica todos os modelos
propostos foram viáveis economicamente (Tabela 3).
Tabela 3 - Valor presente líquido (VPL), Taxa interna de retorno (TIR), Relação benefício custo ( ),
Valor anual equivalente (VAE) e Payback nos modelos simulados SAF pecuário (mourão vivo de
gliricídia) e mourão tradicional, com alto e baixo nível de insumos. (Taxa de desconto de 2%)
Modelo Nível de insumo VPL
(R$)
TIR
(%)
(R$)
VAE
(R$)
Payback
(Anos)
Mourão vivo (SAF pecuário) Alto 50.641,43 95,56 6,9 5.637,73 3,0
Mourão tradicional 37.966,43 60,76 4,2 4.226,67 3,0
Mourão vivo (SAF pecuário) Baixo 49.471,03 104,37 6,1 507,44 2,0
Mourão tradicional 37.600,80 54,12 4,1 4.185.97 3,0
A nos modelos de SAFs pecuários foi superior aos com mourão tradicional e comprovou que as
receitas foram maiores que os custos descontados em todos os sistemas analisados, pois a cada R$1,00
investido existe o retorno de tais valores líquidos (SANTANA, 2005).
Seguindo a tendência já descrita anteriormente o VPL e o VAE dos dois modelos de SAFs
pecuários simulados apresentaram valores superiores aos modelos tradicionais, uma vez que o custo com
aquisição de insumos foi inferior, e segundo Dias et al. (2009) com esse valor pode ser reduzido cerca de
2 a 6 vezes em comparação com a cerca tradicional de arame farpado. Além disso, foi possível obter uma
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nova fonte de renda com a venda das estacas de gliricídia, já que a espécie possui múltiplos usos e
durabilidade superior ao mourão tradicional. Esta característica favorece a utilização da mesma, sendo
possível a produção de estacas e manutenção de cercas por um longo período, reduzindo os custos de
renovação ou reimplantação dessas áreas, segundo Matos et al. (2005). Reforçando esse resultado, o
payback demonstrou melhor desempenho no SAF pecuário com baixo nível de insumo.
O custo da mão-de-obra foi maior nos SAFs pecuários (Tabela 4) do que nos modelos com mourão
tradicional dentro do mesmo horizonte de tempo, pois segundo Castro (2014) os agricultores em geral
restringem os custos com insumos durante o ciclo do projeto. O uso da mão-de-obra ao longo do tempo é
mais equilibrado nos SAFs pecuários, uma vez que existem demandas periódicas para a realização de
poda do mourão vivo, diferentemente do mourão tradicional que concentra a maior parte do uso da mão-
de-obra na instalação da cerca (Figura 4).
Tabela 4 - Custos com mão-de-obra ao longo de 10 anos, para os modelos simulados, com alto e baixo
nível de insumos.
Modelos Nível de insumo Custos com mão-de-obra ao longo de 10 anos
Mourão vivo (SAF pecuário) Alto R$ 3.420,86
Mourão Tradicional R$1.810,86
Mourão vivo (SAF pecuário) Baixo R$ 5.371,30
Mourão Tradicional R$ 3.128,80
Figura 4 - Demanda de mão-de-obra para os modelos simulados.
Fonte: Autor Próprio.
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CONCLUSÃO
Os modelos simulados foram considerados economicamente viáveis dentro de um planejamento
de 10 anos, levando em conta a taxa de desconto de 2% ao ano. Sendo que os SAFs pecuários tiveram
menor custo para serem implantados em comparação aos sistemas de mourão tradicional e cultivo
agrícola (milho). Assim, o uso do mourão vivo é mais vantajoso economicamente, além de possibilitar
fonte de renda extra, indicando que esse tipo de sistema é uma alternativa viável para os produtores na
região estudada.
PUBLICAÇÕES
RESUMO EXPANDIDO PUBLICADO EM ANAIS DE CONGRESSO
1. QUEIROZ, J. F.; MARQUES, M. N. C.; MANESCHY, R. Q. Viabilidade econômica da
gliricídia (Gliricidia sepium) na implantação de cercas vivas. In: VIII Congreso Internacional
sobre Sistemas Agroforestales para la Producción Pecuaria y Forestal Sostenible. III Congreso
Nacional de Sistemas Silvopastoriles, 2015, Puerto Iguazú. VIII Congreso Internacional sobre
Sistemas Agroforestales para la Producción Pecuaria y Forestal Sostenible. III Congreso Nacional
de Sistemas Silvopastoriles. Santa Cruz: INTA Ediciones, 2015. p. 425-428.
APRESENTAÇÃO DE TRABALHO EM EVENTO CENTÍFICO
1. QUEIROZ, J. F.; MANESCHY, R. Q.; MARQUES, M. N. C. Modelos econômicos de sistemas
silvipastoris com cercas vivas. Trabalho aprovado para apresentação na modalidade pôster no IX
CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA a ser realizado em Belém - Pa de 28 de
setembro a 1 de outubro de 2015.
2. MARQUES, M. N. C.; MANESCHY, R. Q.; QUEIROZ, J. F. Modelagem econômica de sistema
agroflorestal para agricultores familiares no sudeste do Pará. Trabalho aprovado para apresentação
na modalidade pôster no IX CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA a ser realizado
em Belém - Pa de 28 de setembro a 1 de outubro de 2015.
ARTIGOS ACEITOS PARA PUBLICAÇÃO
1. QUEIROZ, J. F.; MANESCHY, R. Q.; MARQUES, M. N. C. Modelos econômicos de sistemas
silvipastoris com cercas vivas. Cadernos de Agroecologia, v. 10, n. 3, Out. 2015. ISSN 2236-
7934.
2. MARQUES, M. N. C.; MANESCHY, R. Q.; QUEIROZ, J. F. Modelagem econômica de sistema
agroflorestal para agricultores familiares no sudeste do Pará. Cadernos de Agroecologia, v. 10, n.
3, Out. 2015. ISSN 2236-7934.
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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
ATIVIDADES 2014 2015
Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Revisão bibliográfica sobre modelagem
e análise financeira de projetos
agroflorestais.
X X X X X X X X X X X
Coleta de dados dos coeficientes
técnicos das espécies e indicadores de
análise financeira utilizados para a
análise de sistemas agroflorestais
pecuários, levantamento de preços no
mercado local.
X X X X X X X X X
Tabulação e Análise de dados. Os dados
estão sendo tabulados em planilhas do
Microsoft Excel em para a realização
dos cálculos referentes aos indicadores
financeiros.
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Divulgação dos resultados. Entrega do
relatório final, além de
submissão/apresentação dos resultados
em eventos científicos
X X
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DIFICULDADES - Inicialmente a dificuldade foi encontrar materiais com dados específicos da área de
implantação do projeto em São Domingos do Araguaia. A falta de trabalhos científicos voltados para
análise econômica de sistemas agroflorestais na região, foi o principal entrave para o melhor
desenvolvimento da pesquisa no decorrer da revisão literária. Também foram encontradas dificuldades
com relação à escrita científica sendo superada com o exercício de organizar textos para submissão em
eventos científicos.
PARECER DO ORIENTADOR: A estudante se dedicou a plena realização das atividades pertinentes à
bolsa de forma assídua e interessada. Na avaliação do relatório parcial da bolsa o avaliador solicitou
melhor detalhamentos dos objetivos específicos do trabalho e essa alteração foi realizada pela discente. A
facilidade com que a estudante tem em trabalhar em equipe permitiu que ela participasse de outras ações
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ligadas ao projeto de pesquisa juntamente com a outra bolsista que oriento. O progresso da discente foi
notável, sendo uma aluna aplicada que participou da elaboração de trabalhos para eventos (nacional e
internacional) e periódico científico que já foi aprovado e aguardando ser publicado em outubro de 2015
na Revista Cadernos de Agroecologia que possui Qualis da CAPES: Interdisciplinar-B4 e Ciências
Agrárias I-B5. Acredito que o fato da discente ser bolsista de PIBIC tem possibilitado o exercício de
relacionar os conteúdos teóricos trabalhados nas atividades curriculares do curso de Ciências Econômicas
com a prática da pesquisa no projeto no qual está inserida, contribuído positivamente no percurso
formativo da mesma. Diante do exposto e do interesse da estudante, sua bolsa será renovada.
DATA: 10/08/2015
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Prof.a Dra. Rosana Quaresma Maneschy
ORIENTADORA
Jaqueline Fontel de Queiroz
ALUNA DO CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS/BOLSISTA PIBIC-UFPA/2014
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