UNIVERSIDADE POTIGUAR
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
FELIPE RICARDO ALENCAR CATTANEO
ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS
DE INOVAÇÃO ABERTA À LUZ DA TEORIA UNIFICADA DE ACEITAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA
NATAL 2017
FELIPE RICARDO ALENCAR CATTANEO
ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS
DE INOVAÇÃO ABERTA À LUZ DA TEORIA UNIFICADA DE ACEITAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu em Administração, da
Universidade Potiguar, como requisito para
obtenção do título de Mestre em Administração,
na Área de Concentração Gestão Estratégica de
Negócios.
Orientador: Prof. Dr. Walid Abbas El-Aouar
Coorientadora: Prof. Lieda Amaral de Souza
NATAL 2017
FELIPE RICARDO ALENCAR CATTANEO
ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA E COMPETÊNCIAS DOS
PROFISSIONAIS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS
DE INOVAÇÃO ABERTA À LUZ DA TEORIA UNIFICADA DE ACEITAÇÃO E
UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação Stricto Sensu em
Administração, da Universidade Potiguar,
como para obtenção de título de Mestre
em Administração, na Área de
Concentração Gestão Estratégica de
Negócios.
Aprovado em: ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Dr. Walid Abbas El-Aouar
Orientador Universidade Potiguar – UnP
____________________________________________
Profa. Liêda Amaral de Souza
Coorientadora Universidade Potiguar – UnP
___________________________________________
Prof. Dr. Felipe Nalon Castro
Examinador Externo Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
___________________________________________
Prof. Dr. Rodrigo José Guerra Leone
Examinador Interno Universidade Potiguar – UnP
AGRADECIMENTOS
Ao ingressar nesta jornada não tinha a certeza que conseguiria concluí-la,
pois, o trabalho já demandava 12 horas de meu dia e os finais de semana eram
completos com minha família. Para conseguir chegar aqui, foram necessárias várias
noites de privação de sono, de férias sem viagens para ficar em casa estudando e
de menos tempo com a família no final de semana. Tenho certeza que hoje eles
entendem o motivo e que naquele momento eu precisava de foco e determinação.
Agradeço primeiramente a Deus por me permitir passar por este período de
mestrado com saúde e principalmente por manter minha mãe com saúde durante
este período, ela que vem há algum tempo lutando silenciosamente com uma
doença que aos poucos está sendo vencida, dominada e subjulgada com cirurgia,
hábitos saudáveis ou comida de passarinho como costumo chamar os diversos
grãos presentes em sua alimentação e certamente muita oração dos familiares e
amigos.
Agradeço também a minha família, minha esposa Patrícia e meus filhos Maria
Clara, Kalel e Gabriel por entender a ausência justificada durante este período de
estudos, a falta de tempo para brincar e as noites na frente do computador. Aos
meus dois irmãos Francisco e Fátima, e meus sobrinhos. Ao meu cunhado André
que deu força para entrar nesta jornada e também ao David. Ao meu sogro Antonio
e prima Fátima, pois não tenho sogra (...), que deram forças em momentos de crise.
Todos os colegas do curso de mestrado profissional em administração, que
foram presentes e juntos dividimos artigos, caronas e momentos de descontração,
em especial ao Gabriel, George, Fred, Carlos Kelsen, Carlos Augusto e Nyckell, e
toda a turma de estratégia por termos passado mais tempo juntos.
E sem esquecer todos os professores do curso, Rodrigo pelas excelentes
aulas de estatística e por uma orientação no projeto que foi essencial a construção
deste trabalho, Walid Abbas por nos dar a base necessária para construir o alierce
do conhecimento em administração, à Lais pelas primeiras aulas propiciando o
primeiro artigo, Domingos pela verdadeira aula de logística, ao professor Kleber
Nobrega que nos abriu a cabeça e colocou o verdadeiro sentido de prestação de
serviço, ao professor Alípio por nos mostrar o marketing como ele deve ser, e em
especial a professora Liêda Amaral que não apenas me forneceu suporte acadêmico
mas também conselhos pessoais, dietas milagrosas, tempo, compreensão e
conforto em momentos de apreensão profissional e pessoal, meu muito obrigado
professora, você tem um espaço especial em meu coração, um grande e demorado
abraço.
Termino este agradecimento com uma frase de Mario Sergio Cortella de seu
livro Qual é a tua obra? “Educação continuada pressupõe a capacidade de dar
vitalidade à ação, às competências, às habilidades, ao perfil das pessoas. ”
(CORTELLA, 2013). Definitivamente não podemos parar de aprender e não
podemos parar de dizer: “eu não sei tudo”.
RESUMO
Profissionais que atuam na cadeia de suprimentos precisam se atualizar devido as novas tecnologias que as empresas passam a utilizar em suas atividades. O processo de inovação é cada vez mais dinâmico, buscando atualização para manter a competitividade empresarial e, atualmente, o compartilhamento de valores e informações entre empresas está cada vez mais frequente. Este conceito de inovação aberta afeta diretamente as empresas e seus profissionais, necessitando deles características empreendedoras e também conhecimentos técnicos da cadeia de suprimentos. Por esse motivo, o presente estudo originou-se da pergunta: Como a Orientação Individual Empreendedora e as Competências dos profissionais da Cadeia de Suprimentos influenciam na adoção das práticas de Inovação Aberta à luz da Teoria Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia? Nos procedimentos métodologicos utilizados para responder a esta pergunta fez-se uso da Teoria Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia (UTAUT), Teoria da Orientação Individual Empreendedora, Teoria da Inovação Aberta e Estudos elencando as Competências dos Profissionais da Cadeia de Suprimentos. Realizou-se por meio de questionário aplicado em 137 profissionais de uma distribuidora de petróleo com atuação nacional, uma análise através de equações estruturais e método dos mínimos quadrados parciais (PLS-SEM). Avaliou-se o modelo conceitual proposto com base na UTAUT no qual a intenção, a condição facilitadora, acrescentando, também, a orientação individual empreendedora e as competências dos profissionais da cadeia de suprimentos, influenciam a propensão do uso de uma ferramenta tecnológica de inovação aberta. Neste caso, o Microsoft Lync - Skype for Business. O objetivo principal, foi o de analisar quais as relações existentes entre a orientação empreendedora individual dos profissionais da cadeia de suprimentos e suas respectivas competências na adoção das práticas de inovação aberta à luz da teoria unificada de aceitação e utilização de tecnologia, este objetivo foi atingido com a confirmação da influência positiva das teorias referenciadas, e a confirmação das hipóteses postuladas no estudo, entre elas: “as competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos” e “a Orientação Individual Empreendedora” influenciam positivamente a ação de inovar na cadeia de suprimentos. O trabalho também possibilita aos professores e coordenadores de cursos, na área de gestão da cadeia de suprimentos, aperfeiçoar seus cursos uma vez que o trabalho relaciona quais são as competências consideradas mais importantes entre os respondentes da pesquisa. Também proporciona a empresa estudada melhor avaliar os profissionais que atuam diretamente na gestão da cadeia de suprimentos. Palavras-chave: Equações Estruturais, Orientação Individual Empreendedora, Competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos, UTAUT e Inovação Aberta
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 - Autores e as competências dos profissionais da cadeia
de suprimentos ....................................................................................... 28
Quadro 02 - Proposições de interações da cadeia de suprimentos
com inovação ........................................................................................... 36
Quadro 03 - Teorias e Variáveis Latentes utilizadas pela UTAUT ..................... 40
Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores ........... 50
Quadro 05 - Relação entre os objetivos, questões do questionário
e ferramentas estatísticas ........................................................................ 57
Quadro 06 – Procedimentos Estatísticos ............................................................ 75
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Facilidades proporcionadas pelo uso do Lync .................................. 19
Figura 02: Quadro conceitual da orientação empreendedora –
Tradução Livre ......................................................................................... 29
Figura 03: Caminhos de regressão para o modelo – Tradução Livre ................ 30
Figura 04: Modelo de Geração de inovação nas relações da cadeia
de suprimentos – Tradução Livre ............................................................ 35
Figura 05: Relações da cadeia de suprimentos: estágios e mecanismos
de aprendizado levando à inovação – Tradução Livre ............................ 37
Figura 06 – Estrutura proposta de pesquisa – Tradução Livre .......................... 38
Figura 07 – Modelo Comprovado de Venkatesh ................................................ 42
Figura 08 – Esquema metodológico ................................................................... 43
Figura 09 – Modelo Conceitual Proposto ........................................................... 57
Figura 10 – Modelo Conceitual Proposto e distribuição de variáveis ................. 60
Figura 11 – Modelo Conceitual Proposto Ajustado ............................................. 70
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Dados Sociodemográficos dos Respondentes .............................. 45
Tabela 02 – KMO and Bartlett’s Fatorial ........................................................... 46
Tabela 03 - Competencias dos Gestores da Cadeia de
Suprimentos – CGCS ............................................................................ 48
Tabela 04 - Indicadores de Inovação Aberta – IA ............................................ 49
Tabela 05 – Fator de Inflação da Variância – VIF dos indicadores – Inicial .... 61
Tabela 06 – Fator de Inflação da Variância – VIF – Variáveis Latentes .......... 62
Tabela 07 – Fator de Inflação da Variância – VIF dos indicadores – Final ...... 62
Tabela 08 – Análise inicial de AVE ................................................................... 63
Tabela 09 – AVE após retirada dos indicadores com baixa carga fatorial ....... 64
Tabela 10 – Cargas fatoriais dos Indicadores .................................................. 64
Tabela 11 – Cargas cruzadas - Cross Loading ................................................ 65
Tabela 12 – Validade discriminante – critério Fornell e Larker (1981) ............. 67
Tabela 13 – Coeficiente de determinação (R²) ................................................. 67
Tabela 14 – Coeficientes de Caminho .............................................................. 68
Tabela 15 – Valores do t-estatístico .................................................................. 69
Tabela 16 – Validade preditiva e tamanho do efeito ......................................... 69
Tabela 17 – Resumo dos resultados ................................................................. 71
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVE –Average Variance Extracted - Variância Média Extraída
CILTA –Chartered Institute of Logístics and Transport in Austrália – Instituto de
Logística, Fretes e Transportes da Austrália
CPCS –Competência dos Profissionais da Cadeia de Suprimentos
C-TAM-TPB –Combined TAM and TPB - Combinação entre TAM e TPB
GCS –Gestão da Cadeia de Suprimentos
IA –Inovação Aberta
IDT –Innovation Diffusion Theory - Teoria da Difusão da Inovação
MM –Motivational Model - Modelo Motivacional
MPCU –Model of PC Utilization - Modelo de Utilização do PC
OI –Open Innovation – Inovação Aberta
OIE –Orientação Individual Empreendedora
P&D –Pesquisa e Desenvolvimento
SCM –Supply Chaim Management - Gestão da Cadeia de Suprimentos
SCT –Social Cognitive Theory - Teoria Social Cognitiva
TAM –Technology Acceptance Model - Modelo de Aceitação de Tecnologia
TPB –Theory of Planned Behavior - Teoria do Comportamento Planejado
TRA –Theory of Reasoned Action - Teoria da Ação Racionalizada
UTAUT –Unified Theory of Acceptance and Use of Technology – Teoria
Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia
VD –Validade Discriminante
VIF –Variance Inflation Factor – Inflação de Variância
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ....................................................................................... 13
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 17
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 17
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 17
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 20
2.1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ........................................................ 20
2.2 COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL DA CADEIA DE SUPRIMENTOS......... 21
2.3 ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA .............................................. 29
2.4 INOVAÇÃO ABERTA .......................................................................................... 31
2.5 INOVAÇÃO EM CADEIA DE SUPRIMENTOS .................................................... 35
2.6 MODELO UNIFICADO DE ACEITAÇÃO E USO DA TECNOLOGIA .................. 40
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 43
3.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................... 43
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA .................................................................................... 44
3.2.1 Caracterização dos Respondentes ............................................................... 44
3.3 COLETA DE DADOS .......................................................................................... 45
3.3.1 Instrumento de Pesquisa e Procedimentos da Coleta ................................ 45
3.3.2 Tratamento dos Dados do Pré-Teste ............................................................ 46
3.3.3 Variáveis de Estudo e Modelo Conceitual Proposto ................................... 50
3.4 TRATAMENTO DOS DADOS ............................................................................. 59
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 70
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 77
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 81
APÊNDICE A QUESTIONÁRIO SOBRE COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS
DA CADEIA DE SUPRIMENTOS .............................................................................. 90
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO SOBRE ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL
EMPREENDEDORA ................................................................................................. 92
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO SOBRE INOVAÇÃO ABERTA ............................. 93
APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO SOBRE COMPETÊNCIAS QUE INFLUENCIAM
NA ADOÇÃO DA INOVAÇÃO ................................................................................... 95
APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO SOBRE UTILIZAÇÃO DO USO DE
FERRAMENTAS DE INOVAÇÃO ABERTA – PARTILHA DE CONHECIMENTO .... 97
1 INTRODUÇÃO
Esta seção discorre acerca da contextualização das teorias que estão
relacionadas no estudo, assim como a proposições conceituais que originaram a
pergunta ou problemática do estudo. Em seguida são apresentados os objetivos
elaborados para serem alcançados com o intuito de responder à pergunta que
originou o trabalho. Finalmente, apresentam-se descritas as justificativas do porque
este trabalho é necessário e relevante para a comunidade acadêmica e profissionais
da cadeia de suprimentos.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A Gestão da Cadeia de Suprimentos e processos logísticos é realizada por
pessoas que precisam estar cada vez mais capacitadas, de forma a propiciar que a
logística produza mais rentabilidade aos níveis de serviços de distribuição aos
clientes, por meio de planejamento, organização e controles eficientes (BALLOU,
2007). A logística é o processo de gerenciamento de compra, transporte,
armazenagem visando a lucratividade com o menor custo possível (CHRISTOPHER,
2007). Tais atividades são gerenciadas por pessoas, portanto é importante conhecer
e entender quais são as competências que estes indivíduos precisam ter para
realizar a complexa tarefa de gerir com a propriedade necessária para alcançar os
objetivos esperados por todos na cadeia de suprimentos, desde o menor custo total
agregado ao produto até o melhor preço praticado para o consumidor final levando a
toda a extensão da cadeia os aspectos primordiais buscados pelo processo
logístico.
As competências desses profissionais da Cadeia de Suprimentos misturam-se
as suas capacidades empreendedoras, pois a inovação, a proatividade e a
predisposição para assumir riscos fazem parte de um perfil empreendedor. Estas
pessoas estão sempre em busca de maior competitividade, e possuir um forte perfil
empreendedor tende a obtenção de um melhor desempenho empresarial e para isso
é necessário estar sempre a frente dos concorrentes e aumentar o valor agregado
dos seus produtos e serviços. A busca por inovação de valor para que se possa
14
sobressair frente ao mercado deve ser constante (KIM; MAUBORGNE, 2005)
(MELLO; PAIVA-JÚNIOR, et al., 2006).
Com o aumento do uso da internet e a diminuição dos custos de
comunicação, aliados as diversas maneiras de se comunicar e se conectar com os
parceiros, a natureza das cadeias de suprimentos está mudando, e por sua vez esse
processo vem permitir as empresas novas formas de resolver problemas. Este
formato de inovar em produtos e serviços por meio de conhecimento e valores
compartilhados é realizado pelo chamado modelo de inovação aberta, e a
necessidade de se conhecer estes meios, e como se comportar neste novo mundo é
de extrema importância (BILLINGTON; DAVIDSON, 2013).
O foco para se conseguir vantagem competitiva mudou de capital financeiro
para conhecimento e informação, fornecidos pela conectividade digital e facilidade
ao acesso à informação. A tecnologia pode ajudar a processar os dados, mas as
informações não se analisam por si só. Faz-se necessário lidar com a complexidade,
do compartilhamento de informações, avaliando as questões críticas e explorando
alternativas. O novo foco estratégico tornou-se a construção de relacionamentos
mutuamente benéficos por meio de conexões internas e externas, e a partilha de
conhecimento é um fator essencial para se enfrentar os desafios dos negócios
(ALLEE; TAUG, 2006).
A análise de como as empresas estão se comunicando tem gerado estudos
interessantes sobre a comunicação virtual entre os colaboradores (BROTHERIDGE;
NEUFELD; DYCK, 2015). Um estudo de caso sobre a utilização do sistema Prezi,
ferramenta de apresentação alternativa ao Microsoft PowerPoint que permite o
compartilhamento das apresentações nela criada, demonstra como o
compartilhamento de informações pode ser utilizado como fonte de inovação na
comunicação, essa ferramenta mostra como ideias inovadoras geram impacto e
crescimento acelerado. A ferramenta foi aperfeiçoada com opiniões de usuários do
mundo todo, atualmente é utilizada gratuitamente por mais de 18 (dezoito) milhões
de usuários promovendo o empreendedorismo social (MULLOTH; KICKUL;
GUNDRY, 2016).
Silik e Back (2016) realizaram uma pesquisa nos usuários do Microsoft Lync,
utilizando equações estruturais para avaliar os fatores influenciadores na tecnologia
de colaboração e comunicação unificada através do modelo existente na Teoria
15
Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia (UTAUT), o resultado encontrado
apontou como principais fatores a expectativa de performance e a influência social
como os maiores influenciadores na aceitação de utilização de um sistema de
comunicação e colaboração, neste caso estudado o Microsoft Lync - Skype for
Business.
A utilização do Skype como ferramenta de comunicação ponto a ponto já vem
sendo estudada há algum tempo. Inicialmente a avaliação era quanto a entrada da
tecnologia no mercado, hoje observa-se a utilização e partilha de conhecimento por
meio de seu uso (HEIKKINEN; LUUKKAINEN, 2010).
A utilização do Skype como ferramenta de comunicação para uso corporativo
vem sendo encorajada pelas empresas no intuito de integrar a internet no processo
de inovação empresarial, pois a internet acelera as relações e os processos de
inovação (SKINNER, 2010). Os consumidores participam do processo de cocriação
dos produtos e serviços quando em desenvolvimento de inovações, esta interação
está presente na maneira como os clientes se comunicam com a empresa e trocam
informações (GUSTAFSSON; KRISTENSSON; WITELL, 2012).
Alguns estudos foram realizados para avaliar porque os modelos de inovação
de negócios fracassam e sugerem como suplantar cada obstáculo no caminho da
implantação. Os problemas na implantação de um modelo de inovação aberta
certamente aparecerão, sejam eles culturais ou de implantação, e é preciso estar
preparado para cada problema (EICHEN; FREILING; MATZLER, 2015). Um estudo
de caso na implantação de modelo de inovação aberta em empresa multinacional de
tecnologia constatou que é preciso equilibrar uma interação complexa de estratégias
organizacionais, humanas e de tecnologia de informação para fazer a inovação
aberta atender as expectativas de seus usuários (SCHNECKENBERG, 2015).
As comunidades online são constantemente utilizadas para desenvolver
novos produtos, este processo de inovação é importante para o setor comercial e
industrial, posto que as empresas precisam considerar fontes externas de inovação
para desenvolvimento de seus negócios. O uso de consumidores aliado ao
compartilhamento de informações e de estratégias de inovação aberta por meio de
tais comunidades é essencial, por ser uma ferramenta forte e barata, considerando
que a conectividade entre os usuários desta rede é fácil e com disponibilidade de
16
acesso 24 horas por dia, permitindo ao cliente participar da criação de valor dos
produtos e serviços (BUGSHAN, 2015).
A inovação está relacionada com a Cadeia de Suprimentos intrinsicamente,
pode-se observar no estudo dos autores Roy, Sivakumar e Wilkinson (2004), que
afirmaram que as interações entre os compradores e vendedores nas relações da
cadeia de suprimentos podem levar a inovações radicais e incrementais. Já segundo
Lee, Lee e Schniederjans (2011), a inovação na cadeia de suprimentos impacta no
processo de melhoria da cadeia de suprimentos. Os autores Golgeci e Ponomarov
(2013) sugerem que a capacidade de inovação e a magnitude da inovação são
positivamente associadas a resiliência da cadeia de suprimentos.
A Orientação Individual Empreendedora se relaciona com a Inovação e com
as competências dos profissionais, observa-se no trabalho de Elenurm (2012) que
os empreendedores que desenvolvem ideias inovadoras radicais deveriam ter
acesso às competências essenciais e buscar por oportunidades para aperfeiçoar tais
competências por meio de relacionamentos externos (ELENURM, 2012). Já o
relacionamento da Orientação Empreendedora com a Cadeia de Suprimentos é
sugerido no trabalho de Marshall, et al (2015) como fator moderador. Pode-se
destacar também no estudo de Giunipero, Denslow e Eltantawy (2005) no qual se
percebeu a tendência do profissional de logística seguir o modelo de um
empreendedor e investir nas características existentes nestes. Destaca-se também
em pesquisa de Wilson e Barbat (2015) que o aspecto empreendedor e político do
perfil profissional do gestor deve se fortalecer, para que o mesmo possa abranger
novas fronteiras.
A relação das competências dos profissionais e a inovação aberta pode ser
observada no estudo de Chatenier, Verstegen, et al (2010) no qual se buscou
examinar as competências necessárias para se trabalhar em times voltados aos
processos de inovação aberta.
Uma vez que a cadeia de suprimentos está cada vez mais influenciada pela
conectividade e novas formas de relacionamento entre os seus integrantes,
questiona-se: Como a Orientação Individual Empreendedora e as competências
dos profissionais da Cadeia de Suprimentos influenciam na adoção das
práticas de Inovação Aberta à luz da Teoria do Modelo Unificado de Aceitação
e Uso da Tecnologia? (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003).
17
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar as relações existentes entre a Orientação Individual
Empreendedora e as competências dos profissionais da Cadeia de
Suprimentos na adoção das práticas de Inovação Aberta à luz da Teoria
Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia (UTAUT).
1.2.2 Objetivos Específicos
Para nortear o trabalho em busca de alcançar o objetivo geral, elencaram-se
os seguintes objetivos específicos:
1. Identificar as competências mais relevantes dos profissionais da Gestão da
Cadeia de Suprimentos;
2. Identificar os indicadores mais relevantes de inovação aberta na Gestão da
Cadeia de Suprimentos;
3. Avaliar a influência da orientação individual empreendedora na propensão de
inovar por meio do uso ferramentas de inovação aberta na Gestão da Cadeia
de Suprimentos;
4. Avaliar a influência das competências do profissional da cadeia de
suprimentos na propensão de inovar por meio do uso de ferramentas de
inovação aberta na Gestão da Cadeia de Suprimentos;
5. Avaliar a influência da intenção de inovar no uso efetivo de ferramentas da
inovação aberta na Gestão da Cadeia de Suprimentos;
6. Propor um modelo teórico preditivo da aceitação de uso de ferramentas de
inovação aberta na Gestão da Cadeia de Suprimentos.
1.3 JUSTIFICATIVA
A cadeia de suprimentos relaciona compradores, fornecedores, fabricantes e
consumidores, e a relação entre todos estes agentes precisa de uma sincronia para
que tudo funcione conforme esperado. Estas relações existem por meio de
18
integrações de sistemas de informática e também por meio do relacionamento dos
profissionais que operam e trabalham em cada uma das instituições existentes ao
longo da cadeia de suprimentos (BOWERSOX; COOPER; CLOSS, 2006).
Estudos buscando avaliar como uma cultura de inovação pode ser
estabelecida com sucesso, utilizando comunicação interna inovadora, demonstram
que é preciso verificar o entendimento dos funcionários e direcionar para cada grupo
de colaboradores uma forma diferenciada de acordo com o grau de entendimento
sobre o compartilhamento de conhecimento que cada um deles possui (LINKE e
ZERFASS, 2011).
Pesquisas abordando a teoria de inovação aberta tem crescido nos últimos
vinte anos, entre os artigos publicados sobre o assunto neste período observa-se um
percentual entre 61% e 64% de autores europeus, entretanto, no Brasil o número
ainda é insipiente (HOSSAIN; ISLAM, et al., 2016).
Aplica-se o modelo de inovação aberta no qual a empresa mais precisa, os
benefícios são simples e diretos, ou seja, a empresa não se limita a utilizar apenas
as suas próprias ideias, tecnologias e inovações, ela necessita ir além buscando
ideias fora de suas fronteiras (MULLER; HUTCHINS; PINTO, 2012).
A constatação que o uso de uma ferramenta de partilha de conhecimento,
como o Lync – Skype for Business, facilita a inovação, permite a empresa entender
a importância do uso desta tecnologia, no processo de inovação de processos. Este
movimento se torna oportuno, na medida que precisamos sempre aprimorar o
compartilhamento de valores e informações tornando a comunicação entre os
membros da cadeia de suprimentos mais simples e acessível (LINKE; ZERFASS,
2011) (BOWERSOX; COOPER; CLOSS, 2006).
Na empresa pesquisada, o Lync – Skype for Business é utilizado para
realização de negociações diretas com diferentes parceiros da cadeia de
suprimentos, facilitando o compartilhamento de conhecimento sobre as
necessidades de serviços, compartilhamento de documentos, como minutas de
contrato e outros comunicados, possibilitando a diminuição no ruído no canal de
comunicação, a melhoria na qualidade de relacionamento entre os agentes
envolvidos, uma comunicação veloz, simples, acessível e imediata diminuindo assim
o tempo envolvendo as negociações entre os fornecedores e a empresa, conforme
pode ser visto na figura 01.
19
Figura 01: Facilidades proporcionadas pelo uso do Lync
Fonte: Elaborado pelo Autor
O estudo é relevante aos profissionais da cadeia de suprimentos, pois
identifica as competências necessárias para os profissionais atuarem de maneira
eficiente. Conhecer a influência, que estas competências exercem nos processos de
inovação, existentes na cadeia de suprimentos ajudará os profissionais a melhor se
preparar para o mercado de trabalho. A pesquisa também auxiliará as empresas na
busca por estes profissionais, destacando as qualidades mais importantes nos seus
profissionais, auxiliando no momento de treinamento ou até mesmo seleção de
novos funcionários. O estudo também tem relevância acadêmica, pois permite as
entidades de ensino, melhor adequar seus cursos às reais demandas do mercado,
possibilitando o aperfeiçoamento dos seus cursos ao que o mercado considera
importante. Também proporciona a empresa estudada melhor avaliar os
profissionais que atuam diretamente na cadeia de suprimentos. Dessa forma a
empresa poderá traçar cursos de aperfeiçoamento dos seus profissionais com base
no que os mesmos consideram mais importante para o desempenho de suas
atividades.
20
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Esta seção discorre acerca das principais obras teóricas relacionadas ao
tema da pesquisa. Primeiramente, aborda a Gestão da Cadeia de Suprimentos,
introduzindo o termo logística, suas definições e conexão com a gestão da cadeia de
suprimentos. Em seguida são apresentadas as principais competências exigidas dos
profissionais que atuam nesta área e as respectivas características da orientação
empreendedora esperada desses indivíduos. Finalmente, apresentam-se os
conceitos de inovação aberta e o modelo téorico que fundamenta o estudo.
2.1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
O termo Logística é muito amplo e abrange diversas áreas, tais como
distribuição, administração de materiais, transporte, armazenagem, estoque,
produção, marketing, e diversas outras atividades de uma empresa e conforme
Ballou (2007) a logística empresarial avalia como a administração pode melhorar a
rentabilidade por meio de planejamento, organização e controle (BALLOU, 2007),
(LAMBERT, 2008).
Para melhor compreensão da sua importância e uso inicial da logística, faz-se
necessário remeter à necessidade dos militares de gerir os seus recursos em
tempos de guerras, nas quais a mobilização de tropas demandava grande esforço
de gestão para, juntamente aos soldados, mobilizar recursos como armamentos,
alimentos, agasalhos e o que mais fosse necessário para manter a linha de frente
abastecida, pois a falta de munição poderia significar a perda da batalha. Conforme
dizia Sun Tzu no livro “A Arte da Guerra”: “Devemos concluir, então, que um exército
sem sua tropa de bagagem estará perdido; sem suas provisões, estará perdido; sem
suas bases de suprimento, estará perdido. ” (TZU, 2010, p. 90). Cabe a logística
prover as provisões aos exércitos em marcha, para que não morram de sede ou de
fome, as bases de suprimento mencionadas neste livro que remonta ao século VI
a.C. já demonstrava a importância do conceito que posteriormente viria a ser
denominado de logística.
A logística trata de gerenciar estrategicamente a compra, o transporte e a
armazenagem de produtos e matérias-primas, assim como as informações para
21
melhorar a lucratividade com menor custo (CHRISTOPHER, 2007). Desta forma é
importante observar a amplitude da logística, englobando deste a compra de
matérias primas até a entrega ao cliente com o menor custo possível, ou seja, pode-
se reescrever o conceito como: compra, manufatura e entrega ao menor custo
possível, com a maior lucratividade possível. Portanto, logística é então um processo
entre a compra e entrega, e este processo faz parte da cadeia de suprimentos,
percebe-se então que a Cadeia de Suprimentos é um processo maior que envolve a
logística como um dos seus aspectos (MARCHESINI; ALCÂNTARA, 2016),
(BOWERSOX; COOPER; CLOSS, 2006).
O gerenciamento da cadeia de suprimentos - GCS, ou SCM do inglês Supply
Chain Management engloba a logística e suplanta no momento de interação entre
fornecedores e compradores, não se preocupando somente com o transporte e
armazenagem do produto, mas também com as relações existentes antes da
compra com os fornecedores de produtos e todas as interações existentes na cadeia
de suprimentos, como compartilhamento de informações entre empresas da cadeia
para auxiliar no planejamento, e também controle e gerenciamento do processo
buscando benefício mútuo entre os agentes envolvidos neste processo (BALLOU,
2006), (LAMBERT, 2008).
A cadeia de suprimento ou gerenciamento da cadeia de suprimentos
apresenta como o processo mais amplo e com maior abrangência pode ser
percebido como a coordenação estratégica e sistemática em todas as partes do
negócio da empresa na busca de aperfeiçoar o desempenho das empresas
envolvidas no processo ao longo de toda a cadeia (MENTZER; DEWITT, et al.,
2001). Portanto, a cadeia de suprimentos é este enorme conjunto de atividades que
iniciam na alteração da matéria prima até o produto comercializado, seguindo até o
mercado, e o gerenciamento de todo este processo além de ser extremamente
complexo necessita de interação e integração entre várias entidades, cada um com
um papel a desenvolver nesta transformação, armazenagem, distribuição e entrega,
que só termina com o descarte final do resíduo resultante do produto (BALLOU,
2006), (LAMBERT, 2008).
2.2 COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
22
Em 1991 foi realizada uma pesquisa no qual constaram 131 questionários
respondidos por membros do conselho de gestão logística (Council of Logistics
Management) buscando compreender a importância dada a aspectos relacionados
com os negócios, a logística e a gestão. Para a avaliação dos aspectos de negócios
foram elencadas 33 competências ou habilidades que possuem relação com gestão
de negócios, para os aspectos de logística e gestão foram elaboradas perguntas
sobre 18 e 32 competências ou habilidades, respectivamente, ligadas aos assuntos
em questão, no qual pelo estudo feito, foi possível entender que 75% dos indivíduos
colocam como ponto de grande importância os aspectos de gestão, seguidos pelos
aspectos de logística e em seguida características de negócios (MURPHY; POIST,
1998). Após 15 anos do estudo inicial, no ano de 2006 a pesquisa foi refeita com a
mesma metodologia, e utilizou o mesmo questionário com pequenas alterações em
suas perguntas apenas adequando à época da aplicação do mesmo, e o resultado
dos 32 respondentes foram comparados com o estudo de 1991, o estudo reforçou
que o profissional precisa se manter primeiramente atuando como gestor e somente
depois como profissional logístico, destacou também que entre as competências de
negócios a habilidade de comunicação verbal sofreu o maior aumento em sua
importância comparativamente entre os dois períodos, entre as principais
competências logísticas para o profissional, quatro delas permaneceram com maior
índice, sendo elas: serviço ao cliente, gestão de estoques, gestão de transporte e
tráfego e gestão de informação logística, no lugar do manuseio de materiais,
considerado importante em 1991, aparece gestão de armazenagem em 2006,
(MURPHY; POIST, 2007).
Em 2001 este mesmo questionário utilizado em 1991 foi aplicado para avaliar
os profissionais da cadeia de suprimentos da Ásia, mais especificamente os
profissionais de Singapura e Malásia, contaram com um total de 222
respondentes, sendo 120 de Singapura e 102 da Malásia, foi possível realizar a
comparação com o estudo realizado previamente nos Estados Unidos e perceber
diferenças entre as competências consideradas essenciais, o estudo indicou a
mesma tendência de se colocar os aspectos da gestão em primeiro lugar seguidos
da logística e negócios, o que confirmou a tendência encontrada nas pesquisas de
Murphy e Poist realizadas anteriormente (RAZZAQUE; SIRAT, 2001).
23
Também na Ásia foi avaliado no ano de 1998 na cidade de Bancoque na
Tailândia, as práticas de gestão da cadeia de suprimentos, onde os autores do
estudo avaliaram vários aspectos logísticos da região, entre eles as competências
existentes nos profissionais da cadeia de suprimentos, cinco competências foram
avaliadas. Seguem as mesmas descritas na ordem de importância dada pelos
respondentes que estão presentes em gestores de logística da região: [1]
habilidades de boa comunicação; [2] habilidade de prever e planejar; [3] apoiado em
tecnologia; [4] Habilidades específicas em operação logística; e [5] formação
acadêmica em logística. As duas primeiras se destacaram das demais considerando
as competências presentes nos profissionais, este estudo também perguntou quais
das cinco seriam mais desejadas para o profissional da cadeia de suprimentos, a
ordem de importância desta vez, dada as competências seguiu da seguinte forma:
[1] habilidades de boa comunicação; [2] habilidades específicas em operação
logística; [3] habilidade de prever e planejar; [4] apoiado em tecnologia; [5] formação
acadêmica em logística; o destaque é que a formação acadêmica fica em último
lugar tanto nas competências presentes como nas competências desejadas pelos
gestores (GOH; PINAIKUL, 1998).
Os pesquisadores Poist, Scheraga e Semeijn (2001) aplicaram um
questionário em 43 profissionais da cadeia de suprimentos que atuavam na Europa
e em 54 profissionais que atuavam nos Estados Unidos, com os dados dos
respondentes realizaram uma comparação entre os dois grupos de profissionais.
Para esta comparação foram avaliadas treze competências (quadro 01). O
interessante neste estudo é que em oito competências das treze analisadas houve
uma grande disparidade entre os dois grupos, os americanos avaliam muito mais
importante que o grupo europeu as seguintes oito características: (1) habilidade de
liderança, (2) habilidades interpessoais, (3) adaptabilidade e flexibilidade, (4)
habilidades de gestão envolvendo planejamento e controle, (5) versatilidade /
capacidade multi-dimensionais, (6) forças funcionais/técnicas, (7) alfabetização
tecnológica e (8) habilidades quantitativas..
Os estudiosos Giunipero, Denslow e Eltantawy (2005) receberam preenchidos
os questionários de 73 profissionais da cadeia de suprimentos que estavam
presentes na lista das mil maiores empresas da revista Fortune, e nesta ocasião
avaliaram as características empreendedoras presentes nestes profissionais,
24
especificamente as características constantes no quadro 01, que estavam presentes
tanto nos profissionais da cadeia de suprimentos quanto os empreendedores de
sucesso. O estudo apontou que dentre sete características dos profissionais da
cadeia de suprimentos apenas uma não atingiu o nível mínimo para ser considerado
um empreendedor de sucesso, a habilidade de “comunicação interpessoal”,
presente fortemente em empreendedores. O estudo apontou que as outras seis
características ficaram em níveis elevados, desta forma se percebeu uma tendência,
que o profissional de logística deve seguir o modelo de um empreendedor e investir
nas características existentes nestes.
Corroborando com este direcionamento, um estudo analisando a mudança de
simples gestor da cadeia de suprimentos, para um gestor de relacionamentos desta
cadeia, foi abordada por Wilson e Barbat (2015) em que o aspecto empreendedor e
político, do perfil profissional, direciona para o aspecto de abranger novas fronteiras,
ao invés de apenas conectar tais fronteiras na cadeia de suprimentos e nos
relacionamentos entre organizações, nos três casos estudados no artigo foi
identificado o uso de mecanismos de governança informal para assegurar
obrigações contratuais, ou seja, o relacionamento dos profissionais redefinem as
relações entre as empresas que se relacionam no processo produtivo e três
elementos do empreendedorismo: oportunismo, inovação e proatividade, aliado aos
três elementos de relacionamento político: experiência, cargo/função e networking
direcionam o gestor a um papel mais estratégico de gestor de relacionamentos da
cadeia de suprimentos.
Mangan e Christopher (2005) publicaram um artigo abrangendo estudantes e
professores de cursos sobre a cadeia de suprimentos e também um executivo que
atua na área em uma grande empresa. O resultado da pesquisa trouxe treze
competências necessárias para o profissional da cadeia de suprimentos, estas
competências se dividem em três áreas, sendo elas: conhecimentos gerais, com três
competências: financeiro, tecnologia da informação, estratégia e gestão;
conhecimentos específicos, com cinco competências: (1) cadeia de suprimentos e
operações, (2) Foco em fluxos e processos, (3) negócios internacionais segurança e
legislação, (4) logística multimodal e (5) logística em mercados emergentes; e por
fim cinco competências pessoais: (1) analítico, (2) interpessoal (3) liderança, (4)
gestão de mudanças e (5) gestão de projetos (MANGAN; CHRISTOPHER, 2005).
25
Em um artigo de 2006, Giunipero, Handfield e Eltantawy levantam através de
uma revisão de literatura duas hipóteses, a primeira “a evolução da empresa e
negócios justifica o movimento em direção a um papel estratégico do gestor de
suprimentos” no qual cinco grupos de competências são críticas para se obter
eficácia na cadeia de suprimentos. As cinco correntes de competências são: gestão
de relacionamento estratégico com fornecedores, estratégia de redução de custo,
colaboração e sistemas integrados, maior foco em gestão de custo total na seleção
de fornecedores e orientação estratégica versus orientação de compras táticas.
A segunda hipótese foi “adotar um papel mais estratégico no gerenciamento
de suprimentos prevê um apoio em competências de nível mais elevado”, a
implementação desta estratégia contempla a adoção de alguns conjuntos chaves de
habilidades e as cinco principais áreas que sobressaíram na pesquisa foram:
habilidades de gestão de equipes - liderança, tomada de decisão, influência e
comprometimento; habilidades de planejamento estratégico – gestão de projetos,
definição de metas e execução; habilidades de comunicação – apresentação, falar
em público, ouvir e escrever; habilidades técnicas – pesquisador web capacitado e
análise de mercado; habilidades financeiras – contabilidade de custos e gestor de
negócios. O artigo indica que o papel estratégico do profissional de suprimentos será
um pré-requisito para os profissionais do futuro (GIUNIPERO; HANDFIELD;
ELTANTAWY, 2006).
Prajogo e Sohal (2013), após uma vasta revisão de literatura, revisaram uma
lista de competências com profissionais da cadeia de suprimentos e elaboraram um
questionário contendo sessenta e oito competências consideradas mais importantes
no entendimento dos profissionais e literatura revisada. Este questionário foi
aplicado em profissionais da cadeia de suprimentos da Austrália, onde se obteve
retorno de cento e quarenta e oito respondentes, as competências avaliadas se
distribuíram em três grupos:
(1) Competências e habilidades para profissionais da cadeia de suprimento,
nesta, uma lista de dezenove caraterísticas distribuídas em quatro áreas:
comunicação e trabalho em equipe, tecnologia, iniciativa e negócios e
conhecimento jurídico;
26
(2) Tecnologias da cadeia de suprimentos, nesta, uma lista de dezoito
características distribuídas em duas áreas: tecnologias de uso interno e
tecnologias de uso externo;
(3) Desafios futuros para a cadeia de suprimentos, uma lista de trinta e uma
características distribuídas em seis áreas: questões ambientais, impacto da
globalização, integração da cadeia de suprimentos, impacto da tecnologia de
informação, desenvolvimento e treinamento da cadeia de suprimentos, e
capacidade de resposta da cadeia de suprimentos;
O estudo apontou que o profissional da cadeia de suprimentos precisa de
amplo conhecimento de tecnologias, tanto internamente como externamente, na sua
empresa para obter o sucesso de longo prazo de seu negócio, também mostrou que
os desafios futuros englobam questões ambientais e comunicação intercultural
(PRAJOGO; SOHAL, 2013).
A metodologia de Murphy e Poist (1998) (2007) também serviu de base para
o artigo de Thai, Cahoon e Tran (2011) no qual as 81 perguntas agrupadas pelos
assuntos negócios, logística e gestão foram avaliadas por sete profissionais
experientes do Instituto de Logística, Fretes e Transportes da Austrália (CILTA –
Chartered Institute of Logistics and Transport in Australia), estes reduziram 13
competências consideradas menos importante e um questionário com 68
competências foi respondido por 147 profissionais filiados a CILTA, as cinco maiores
pontuações obtidas nas respostas mediante uso da escala de Likert, em ordem
decrescente foram: (1) integridade pessoal: (2) gestão do relacionamento com
clientes; (3) habilidade de resolução de problemas; (4) controle de custo; e (5)
habilidade de planejamento. Dentre as características que sobressaem no estudo, o
fator relacionamento fica logo após a integridade do profissional, que obtem a maior
pontuação, pois existe uma preocupação haja visto que os relacionamentos com os
demais integrantes da cadeia precisam ser realizados mantendo a ética e a virtude,
logo em seguida tem-se a necessidade de resolver problemas, aliada a um controle
de custos e planejamento necessários para manter o sucesso da empresa (THAI;
CAHOON; TRAN, 2011).
Apesar de existir crescimento sustentado nas empresas de cadeia de
suprimentos, existe uma falta de gestores com as habilidades e competências para
promover a inovação operacional e inovação em processos mais complexos da
27
cadeia de suprimentos. Completando este cenário, sente-se a falta de alinhamento
entre o treinamento e desenvolvimento atual, e o que o mercado realmente
necessita em termos de habilidades e competências destes gestores. Tendências
indicam que as empresas devem se tornar mais proativas no desenvolvimento dos
seus gestores, para que possam contribuir por meio dos seus conhecimentos, tanto
com o aumento como com a manutenção da vantagem competitiva da instituição
(ELLINGER; ELLINGER, 2013).
Com o objetivo de melhor preparar os gestores da cadeia de suprimentos
para enfrentar os futuros desafios existentes na gestão da cadeia de suprimentos,
Rahman e Qing (2014), por meio de uma matriz de importância e desempenho,
analisaram as competências de estudantes de pós-graduação em logística,
indicando para as instituições de ensino em que esforços deveriam se concentrar. O
instrumento de pesquisa utilizado foi elaborado a partir da experiência de três
profissionais da área com mais de 15 anos de atuação em logística. Estes
apontaram entre as competências indicadas na literatura pesquisada as principais
habilidades necessárias para os gestores divididas em quatro áreas de gestão:
administração geral da cadeia de suprimentos; conhecimento analítico da cadeia de
suprimentos; conhecimento sobre tecnologia da informação; e conhecimento
relacionado ao meio ambiente. Resultando em um questionário com 41
competências distribuídas nas referidas quatro áreas (RAHMAN; QING, 2014).
As principais áreas de competências, habilidades e características descritas
nos artigos pesquisados estão consolidadas no quadro 01, apresentando os autores,
as áreas e os grupos de competências encontradas nos artigos analisados nesta
pesquisa. Destaca-se, ainda, entre parênteses o desdobramento do número de
habilidades presentes nos grupos ou áreas estudadas nos artigos originais, e a
respectiva soma de competências desdobradas nos grupos; entre colchetes
observam-se as competências/habilidades em sí, sem desdobramento.
28
Autores Áreas Grupos
Conhecimento e competência em negócios(33)
Conhecimento e competência em logística(18)
Conhecimento e competência em gestão(32)
[1] Habilidades de boa comunicação
[2] Habilidade de prever e planejar
[3] Apoiado em tecnologia
[4] Habilidades específicas em operação logística
[5] Formação acadêmica em logística
[1] Habilidades em comunicação
[2] Adaptabilidade e Flexibilidade
[3] Versatilidade / capacidade multi dimensionais
[4] Habilidades em tecnologia e sistemas de informação
[5] Proficiência em lingua estrangeira
[6] Habilidade de Liderança
[7] Habilidades interpessoais
[8] Habilidades de gestão envolvendo planejamento e controle
[9] Forças funcionais/tecnicas
[10] Alfabetização tecnológica
[11] Habilidades quantitativas
[12] Habilidades de relacionamento governamental e politica
[13] Proficiência em documentação
[1] Planejar
[2] Influenciar e persuadir
[3] Motivação interna
[4] Criatividade
[5] Gestão de riscos
[6] Tomador de decisão
[7] Comunicação interpessoal
Gerais(3)
Específico em Cadeia de Suprimentos e logística(5)
Competências e habilidades(5)
Administração Geral da Cadeia de Suprimentos(15)
Conhecimento Analítico da Cadeia de Suprimentos(14)
Conhecimento Sobre Tecnologia da Informação(7)
Conhecimento Relacionado ao Meio Ambiente(5)
Gestão de relacionamento estratégico com fornecedores(3)
Estratégia de redução de custo;(4)
Colaboração e sistemas integrados;(6)
Maior foco em gestão de custo total na seleção de fornecedores(2)
Orientação estratégica versus orientação de compras táticas(2)
Habilidades de gestão de equipes(4)
Habilidades de planejamento estratégico(3)
Habilidades de comunicação(4)
Habilidades técnicas(2)
Habilidades financeiras(2)
Comunicação e trabalho em equipe (3)
Tecnologia (6)
Iniciativa e negócios(7)
Conhecimento Jurídico(3)
Tecnologia de uso interno(6)
Tecnologia de uso externo(12)
Questões Ambientais(6)
Impacto da Globalização(6)
Integração da cadeia de suprimentos(8)
Desenvolvimento e treinamento da cadeia de suprimentos(2)
Impacto da tecnologia de informação(4)
Capacidade de resposta da cadeia de suprimentos(5)
(Giunipero, Handfield, &
Eltantawy, 2006)
Correntes de competências de
evolução da empresa para um papel
estratégico do gestor da cadeia de
suprimentos (17)
Habilidades para suportar o papel
estratégico dos gestores de cadeia de
suprimentos (15)
(Prajogo & Sohal, 2013)
Competências e habilidades para
profissionais da cadeia de
suprimentos (19)
Tecnologias de cadeia de suprimentos
(18)
Desafios futuros para a cadeia de
suprimentos(31)
(Giunipero, Denslow, &
Eltantawy, 2005)Características empreendedoras (7)
(Mangan & Christopher, 2005) Gerais, Específicas e Pessoais(13)
(Rahman e Qing, 2014)Competências Gerais, Analíticas, TI e
Ambientais(41)
(Murphy & Poist, 1998)
(Murphy & Poist, 2007)
(Razzaque & Sirat, 2001)
Negócios, Logística e Gestão(83)
(Goh & Pinaikul, 1998) Competências Gerais(05)
(Poist, Scheraga, & Semeijn,
2001)Competências Gerais(13)
Quadro 01: Autores e as competências dos profissionais da cadeia de suprimentos
Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)
29
A orientação empreendedora afeta direta e indiretamente a performance do
pequeno negócio (KAJALO; LINDBLOM, 2015). A seção a seguir apresenta os
principais estudos acerca do tema no contexto dos indivíduos.
2.3 ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL EMPREENDEDORA
Em 1996 Lumpkin e Dess identificaram e descreveram as cinco dimensões da
orientação empreendedora: capacidade de inovação, disposição para assumir
riscos, proatividade; competitividade agressiva; e autonomia. O quadro conceitual da
orientação empreendedora na figura 02, estas ações e comportamentos
empreendedores se demonstram importantes no desempenho da empresa
(LUMPKIN; DESS, 1996).
Figura 02: Quadro conceitual da orientação empreendedora – Tradução Livre Fonte: (LUMPKIN; DESS, 1996)
Bolton e Lane (2012) apresentaram uma proposta de instrumento de
mensuração da orientação empreendedora individual, no estudo ficou evidente a
relação positiva empiricamente testada apenas dos aspectos de capacidade de
inovação, disposição para assumir riscos e proatividade, com a intenção
empreendedora, já as dimensões de competitividade agressiva e autonomia não se
comprovaram relevantes.
30
Em estudo de 2011, Zhang e Bruning sugerem que as características
pessoais dos empreendedores influenciam na performance da empresa, as
características pessoais dos indivíduos influenciam na busca e interpretação de
informação e nas escolhas estratégicas dos mesmos (ZHANG; BRUNING, 2011).
A cultura de sustentabilidade está relacionada com as práticas e influências
da orientação empreendedora na adoção de uma cadeia de suprimentos
sustentável, posto que esta é moderadora entre a orientação pela sustentabilidade
social e a prática de sustentabilidade social avançada. Na figura 03, Marshall et al
(2015) demonstram como a orientação empreendedora se relaciona com a cadeia
de suprimentos.
Figura 03: Caminhos de regressão para o modelo – Tradução Livre Fonte: (MARSHALL; MCCARTHY, et al., 2015)
O espírito inovador do indivíduo é base para iniciativas empresariais em
ambiente de negócios. Por sua vez, a diferenciação criativa é o principal pré-
requisito para criar e manter vantagem competitiva no mercado. Os empreendedores
que desenvolvem ideias inovadoras radicais deveriam ter acesso às competências
essenciais e buscar por oportunidades para aperfeiçoar tais competências por meio
de relacionamentos externos (ELENURM, 2012). Isto sugere que a inovação não
pode ser um processo meramente interno, mas deve sim ir além das fronteiras da
empresa.
A hipótese H1, a seguir, será investigada no desenvolver do trabalho, a base
para a elaboração da mesma decorre dos trabalhos de Bolton e Lane (2012),
(ELENURM, 2012) (LUMPKIN; DESS, 1996), (MARSHALL; MCCARTHY, et al.,
2015) e (ZHANG; BRUNING, 2011):
H1 – A Orientação individual empreendedora influencia positivamente na
ação de inovar na cadeia de suprimentos
31
Inovar na cadeia de suprimentos talvez signifique abrir as portas das
empresas para ideias originadas fora da própria organização. Dos centros de
pesquisa, clientes, fornecedores ou mesmo de outras empresas, mesmo que
concorrentes. A seção a seguir apresenta um modelo de inovação baseado em um
processo colaborativo, a inovação aberta.
2.4 INOVAÇÃO ABERTA
Em 2003 Chesbrough, propôs chamar de “inovação aberta” em inglês Open
Innovation, o processo de utilizar fluxos internos e também externos à organização
para acelerar a inovação e ampliar o processo de inovação, em oposição ao
processo em que a empresa desenvolve e também comercializa suas próprias ideias
a partir do esforço único e exclusivo dos seus colaboradores internos, ou seja, a
inovação “fechada” (CHESBROUGH, 2003). No Brasil, o movimento de utilização do
chamado modelo de inovação aberta ainda é tímido, pouco explorado e precisa ser
mais difundido (SILVEIRA; ARMELLINI, et al., 2012).
Pesquisadores apontam a inovação aberta como um processo colaborativo
entre diferentes partes e não um mercado aberto de ideias. Dentre as definições
utilizadas atualmente, a inovação aberta é descrita como um processo interno que
está começando a ficar mais dependente do conhecimento externo e agentes
externos. Uma das características principais é que a inovação aberta não
necessariamente acontece dentro das fronteiras da empresa, ao contrário, o
processo de inovar é distribuído ao longo de um grande número de agentes. Uma
mudança que o movimento de inovação aberta trás é a habilidade de colaboração
entre muitas pessoas, entendendo-se que a inteligência coletiva de um grupo maior
de indivíduos é maior que a de alguns no tocante a ideias e conhecimentos.
Aparecem neste contexto o chamado CrowdSourcing, que pode ser traduzido como
contribuição colaborativa, e também a colaboração em massa, como ferramentas no
processo de inovação aberta, no qual o CrowdSourcing a empresa ou o produto é o
foco e as pessoas recebem tarefas para trabalhar no processo de inovação, já a
colaboração em massa toma forma de auto-organização com pessoas recebendo
tarefas tais como moderadores de fóruns, codesenvolvedores de plataformas
técnicas ou avaliadores de material submetido por membros de comunidades
32
(ELMQUIST; FREDBERG; OLLILA, 2009), (HOSSAIN; KAURANEN, 2015)
(CONLEY; TOSTI-KHARAS, 2014).
Empresas que utilizam ferramentas como o CrowdSourcing na obtenção de
conhecimento dos consumidores e também na transformação em capacidades de
inovação possuem uma melhor performance frente as que não utilizam. Os sistemas
de informação das empresas possibilitam estrategicamente desenvolver um
profundo conhecimento das preferências e comportamentos de seus consumidores
para aumentar sua fidelidade e mantê-los por mais tempo como clientes. Uma
maneira de aprimorar a capacidade de inovação na empresa é introduzir tecnologias
de informação orientadas para captura das necessidades dos clientes (XU;
RIBEIRO-SORIANO; GONZALEZ-GARCIA, 2015).
Plataformas de CrowdSourcing estão alterando as formas como as
organizações obtem informações. Um estudo bibliométrico analisou 346 artigos
científicos, entretanto, não conseguiu definir um único conceito abrangente da
utilização da ferramenta, mas apresentou uma lista de sete possibilidades de
aplicações, tais como: (1) gerador de ideias, (2) distribuidor de microtarefas, (3)
criação de softwares com fonte aberta, (4) participação pública, (5) ciência
colaborativa cidadã, (6) jornalismo colaborativo cidadão e (7) sítios de internet de
colaboração participativa ou Wikies (HOSSAIN; KAURANEN, 2015).
Uma pesquisa de Conley e Tosti-Kharas (2014), apontou que os anônimos
auto-selecionados e não especialistas resolveram códigos de forma eficiente e com
baixo custo, constatou-se que a confiança e acuracidade podiam ser comparadas a
de pesquisadores treinados. Os resultados encontrados sugerem que o
CrowdSourcing é um método promissor de análise que combina a análise de
codificação tradicional humana e a análise de texto assistida por computador, isso
abre oportunidade para análise de maior número de informações em menor tempo
(CONLEY; TOSTI-KHARAS, 2014).
De acordo com Chesbrough (2007), as empresas na busca por um modelo de
inovação recaem em um problema comum de deficiência na liderança. Em regra,
não há nas organizações pessoas com a autoridade e ao mesmo tempo capacidade
de inovar o modelo de negócios. Algumas empresas até tentam treinar os gerentes
por meio de movimentações por vários setores, buscando aumentar a experiência
do colaborador, mas com o tempo esta experiência acumulada leva a um acúmulo
33
de setores sob a gestão deste profissional. Os gestores de maior nível hierárquico
na empresa executam o modelo de negócios que estão familiarizados, que já
conhecem a fundo, e sentem dificuldade e desconforto em mudar o modo como
fazem negócio, e desta forma implementar novas formas e modelos se tornam mais
difíceis, e a inovação sofre com isso.
Os pesquisadores Hsieh e Tidd (2012) sugerem que maiores níveis de
novidade em projetos demandam maior intensidade de compartilhamento de
conhecimento e comunicação. Quanto mais fechado o modelo, menor o tempo de
desenvolvimento, mas quanto mais aberto, melhor a variedade e qualidade da
inovação. Em ambos os modelos é a intensidade e a qualidade dos relacionamentos
envolvidos que diferencia o resultado da inovação, o que os autores referenciam
como geradores de interação.
Gassman, Enkel e Chesbrough (2010) questionavam qual o futuro da
inovação aberta e seus fluxos, então foram propostas nove perspectivas: a
perspectiva espacial; a perspectiva estrutural; a perspectiva do usuário; a
perspectiva do fornecedor; a perspectiva de alavancagem; a perspectiva do
processo; a perspectiva da ferramenta; a perspectiva institucional; e a perspectiva
cultural.
Seja qual for a perspectiva buscada, as interações entre as entidades estão
sendo estudadas em todos os aspectos, a abertura para a influência do ambiente
externo para o interno no processo de gestão de pesquisa e desenvolvimento é
muito importante para se conseguir resultados em inovação direta ou indiretamente.
A abertura voltada aos clientes, fornecedores e universidades tem um impacto
positivo na mensuração de diferentes performances em inovação. Esta abertura
para que fontes externas contribuam com o processo de inovar propicia um nível
mais elevado de performance na inovação. A empresa ao se preocupar apenas em
desenvolvimento interno pode gerar algumas desvantagens, pois aumenta a
probabilidade de se perder oportunidades em ações inovadoras. Cliente e usuário no
centro do processo de inovação já é um fenômeno que revela enorme concentração
de ideias sobre produtos e serviços, estas ideias devem ser aproveitadas para
melhoria e na inovação destes serviços e produtos, da mesma forma a integração
com fornecedores é uma poderosa estratégia de gestão para melhorias no processo
como um todo (INAUEN; SCHENKER-WICKI, 2011).
34
Uma pesquisa feita em setores de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
demonstrou que empresas que dão maior atenção para a inovação aberta no
modelo “de dentro para fora” estão criando inovações mais radicais e tendem a
vender um número maior de novos produtos. Enquanto as empresas que praticam
inovação fechada normalmente tendem a aumentar a performance de inovação em
um produto. O estudo apresentou que quanto mais aberta ao processo de inovação
aberta de dentro para fora maior o número de processos de inovação e maior a
probabilidade da empresa criar novos produtos e processos inovações (INAUEN;
SCHENKER-WICKI, 2012).
A inovação aberta já está de certa forma tão difundida que pesquisas
acadêmicas já propõem alterações nas estruturas das organizações para prover
melhor respostas ao processo de inovação. Em decorrência do impacto da
internacionalização das empresas aliada com o aumento de custos para P&D uma
busca incessante por processos de inovação e interconectividade teve início.
Estudos já avaliam como as organizações podem se adequar ao paradigma da
inovação aberta buscando se beneficiar deste processo e manter a saúde
econômica da empresa, pois a utilização de uma estrutura voltada para a inovação
aberta pode trazer vantagens estratégicas com a reestruturação da empresa perante
ao mercado (ABOUZEEDAN; HEDNER, 2012).
Para a implementação desta inovação aberta as empresas precisam de
profissionais mais preparados, um estudo de Chatenier, Verstegen, et al (2010)
buscou examinar as competências necessárias para se trabalhar em times voltados
aos processos de inovação aberta, o estudo aponta três principais atividades: gerir o
processo de colaboração interorganizacional; gestão do processo global de
inovação; e criação de novo conhecimento de forma colaborativa, Apresenta, ainda,
13 desafios para se trabalhar neste ambiente: baixo nível de comprometimento,
baixa coesão social e ambiente de aprendizado inseguro, alta diversidade e
distancias cognitivas, alto nível de incerteza, baixa disponibilidade de recursos,
ausência de hierarquia tradicional, e diferenças por poder. No referido estudo, foram
também identificadas 34 competências necessárias para os profissionais que podem
auxiliar na seleção e treinamento de times que trabalham com inovação aberta
(CHATENIER; VERSTEGEN, et al., 2010).
35
2.5 INOVAÇÃO EM CADEIA DE SUPRIMENTOS
Em pesquisa realizada por Roy, Sivakumar e Wilkinson (2004), os autores
afirmaram que as interações entre os compradores e vendedores nas relações da
cadeia de suprimentos podem levar a inovações radicais e incrementais. O estudo
buscou agrupar as teorias com a pesquisa acadêmica e a utilização prática que
levam a gestão da inovação nas relações da cadeia de suprimentos. Concentrando-
se nos fornecedores e nas relações com a cadeia de suprimentos, o referido estudo
contribuiu com um modelo gerador de inovação na cadeia de suprimentos relevante
para o contexto de rápido crescimento em cadeias de suprimentos globais, não
apenas em indústrias, mas também em prestadores de serviços e firmas que atuam
com conhecimento.
De uma perspectiva gerencial tenta-se explicar o elo entre interação e
geração de inovação e o efeito de vários fatores na busca de uma gestão de
inovação nos relacionamentos da cadeia de suprimentos, conforme modelo de
geração de inovação das relações constantes na figura 04, no estudo foram
elaboradas nove proposições, cada uma desdobrando em dois itens, sendo
caracterizados como “a” e “b” e estão descritas no quadro 02 em que os aspectos de
(1) interação entre comprador e vendedor; (2) adoção e integração de TI; (3)
assimetria no comprometimento de insumos; (4) assimetria no comprometimento
entre comprador e vendedor; (5) confiança de competência; (6) confiança de boa
vontade; (7) capacidade de tecnologia associada; (8) estabilidade de demanda; e (9)
conexões de rede entre as partes; são avaliadas para verificar o impacto nas
inovações radicais e incrementais nas relações da cadeia de suprimentos (ROY;
SIVAKUMAR; F. WILKINSON, 2004).
Figura 04: Modelo de Geração de inovação nas relações da cadeia de suprimentos – Tradução Livre Fonte: (ROY; SIVAKUMAR; F. WILKINSON, 2004)
36
Número Proposições de interações da cadeia de suprimentos com inovação
1aQuanto maior a extensão da interação comprador-vendedor, maior será a geração de inovações incrementais nas
relações da cadeia de suprimentos
1bQuanto maior a extensão da interação comprador-vendedor, maior a geração de inovações radicais no
relacionamento na cadeia de suprimentos
2aQuanto maior a adoção e integração da TI entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação na
geração de inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos
2bQuanto maior a adoção e integração de TI entre o comprador e o vendedor, menor o impacto de interação na
geração de inovações radicais na cadeia de suprimentos
3aQuanto maior a assimetria no comprometimento de insumos entre o comprador e o vendedor, o menor
o impacto da interação na geração de inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.
3bQuanto maior a assimetria no comprometimento de insumos entre o comprador e o vendedor, maior impacto da
interação na geração de inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos
4aQuanto menor for a assimetria Compromisso entre o comprador e o vendedor, o maior impacto da interação na
geração de inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.
4bQuanto menor for a assimetria Compromisso entre o comprador e o vendedor, maior impacto da interação na
geração de inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.
5aQuanto maior a confiança de competência entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação na
geração de inovações incrementais nas relações da cadeia de suprimentos.
5bQuanto maior a confiança de competência entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação na
geração de inovações radicais nas relações da cadeia de suprimentos
6aQuanto maior a confiança de boa vontade entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação sobre a
geração de inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.
6bQuanto maior a confiança de boa vontade entre o comprador e o vendedor, maior o impacto da interação Sobre a
geração de inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos.
7aQuanto maior for a capacidade da tecnologia associada a uma inovação, maior o impacto de interação na geração de
inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos
7bQuanto maior for a capacidade da tecnologia associada a uma inovação, maior o impacto de interação na geração de
inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos
8aQuanto maior a estabilidade da demanda do consumidor final, maior o impacto da interação sobre a geração de
inovações incrementais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos
8bQuanto menor for a estabilidade da demanda do consumidor final, maior será o impacto da interação na Geração
de inovações radicais nos relacionamentos da cadeia de suprimentos
9aQuanto maior as conexões de rede do comprador e vendedor dentro de um grupo de indústria, maior o impacto da
interação na geração de inovações incrementais nas relações da cadeia de suprimentos
9bQuanto maior as conexões de rede do comprador e do vendedor entre os grupos da indústria, maior o impacto da
interação na geração de inovações radicais nas relações da cadeia de suprimentos.
Quadro 02 - Proposições de interações da cadeia de suprimentos com inovação Fonte: Adaptado de (ROY; SIVAKUMAR; F. WILKINSON, 2004)
A inovação na cadeia de suprimentos impacta no processo de melhoria da
cadeia de suprimentos, um estudo no setor de saúde mostrou que a performance
organizacional está associada positivamente aos fatores de inovação na cadeia de
suprimentos, um modelo inovador de cadeia de suprimentos impacta na seleção e
cooperação com melhores fornecedores, tornando mais eficiente a cadeia de
suprimentos como um todo e encorajando práticas de gestão de qualidade. A
implementação de uma eficiente gestão de cadeia de suprimentos impelida em um
contínuo processo de inovação desta cadeia de suprimentos com cooperação dos
fornecedores aumenta a performance da organização (LEE; LEE;
SCHNIEDERJANS, 2011).
37
Buscando a inovação em um contexto para aprendizagem através das
relações da cadeia de suprimentos Knoppen, Johnston e Sáenz (2015) avaliaram as
melhores práticas e identificaram quatro lacunas para pesquisas futuras: a
assimilação e o aproveitamento são etapas ignoradas como etapas mediadoras
entre a exploração e performance; os intermediários do conhecimento e a gestão da
reputação são mecanismos chaves para fomentar a assimilação; a interação entre o
aproveitamento e a exploração é crítica embora subdesenvolvida na busca por
eficiência nas cadeias de suprimento; E finalmente, a literatura extenua os
mecanismos de aprendizagem estruturais em detrimento de uma visão estrutural
mais holística, cultural, psicológica e política. As etapas de exploração, assimilação
e aproveitamento são cruciais para a performance das relações entre os envolvidos
da cadeia de suprimentos conforme apresentado na figura 05 (KNOPPEN;
JOHNSTON; SÁENZ, 2015).
Figura 05: Relações da cadeia de suprimentos: estágios e mecanismos de aprendizado levando à
inovação – Tradução Livre Fonte: (KNOPPEN; JOHNSTON; SÁENZ, 2015)
Resiliência pode ser compreendida como a capacidade de retornar ao seu
estado natural, após situação crítica ou fora do comum. Um estudo de Golgeci e
Ponomarov (2013) sugere que a capacidade de inovação e a magnitude da inovação
são positivamente associadas a resiliência da cadeia de suprimentos, e também que
a severidade da ruptura está positivamente associada com a magnitude da
inovação. O estudo também apontou que empresas que desenvolvem a capacidade
38
de inovação como um processo interno e dinâmico devem apresentar sucesso
semelhante.
A comparação entre cadeias de suprimentos inovadoras e cadeias de
suprimentos não inovadoras feita por Storer e Hyland (2014) mostrou a existência de
uma lacuna entre o que a literatura apresenta e o que foi observado na prática.
Tanto as cadeias inovadoras como as não inovadoras apresentaram baixa influência
em se beneficiar com a inovação na indústria, também se percebeu uma falta de
entendimento dos benefícios de uma competente gestão estratégica da cadeia de
suprimentos particularmente em relação à inovação. A estrutura proposta no estudo
avaliava as interações entre os relacionamentos e a capacidade da cadeia de
suprimentos e a inovação conforme figura 06 (STORER; HYLAND, et al., 2014).
Figura 06 – Estrutura proposta de pesquisa – Tradução Livre
Fonte: (STORER; HYLAND, et al., 2014)
Na busca por uma ferramenta de medição de inovação aberta na cadeia de
suprimentos, os pesquisadores Shamah e Elssawabi (2015) desenvolveram um
instrumento padronizado para medir a inovação aberta e a confiança, este
instrumento examina a vontade dos envolvidos nas cadeias de suprimento em
aplicar a inovação aberta, o estudo foi realizado com uma multinacional de linha de
montagem automotiva no Egito. Foram indicados três facilitadores para a existência
da inovação aberta: inovação, valores compartilhados e conhecimento
compartilhado. Segundo os autores praticamente quase todas as empresas podem
implementar a inovação aberta, para isso são sugeridas quatro diretrizes: (1) as
relações interpessoais e confiança são dois fenomenossociais socialmente
39
construídos que merecem uma atenção superior no contexto gerencial; (2) as
cadeias de suprimentos devem focar em construção de confiança autêntica (crer que
o fornecedor vai entregar como prometido) e na confiança solidária (crer que o
fornecedo está agindo pensando no melhor interesse do cliente) com seus clientes;
(3) as cadeias de suprimentos podem melhorar a performance através da prática de
apoiar comportamentos que aumentam a confiança entre os envolvidos na cadeia de
suprimentos; (4) a integração das fontes externas pela aceitação de ideias externas
e metas de cima para baixo para integrar um certo número de ideias e tecnologias
de fontes externa (SHAMAH; ELSSAWABI, 2015).
A capacidade de inovação pode influenciar a performance da cadeia de
suprimentos quando o nível de integração é eficiente no desenvolvimento de suas
práticas. A criação de uma cultura de inovação entre a empresa e ao longo da
cadeia de suprimentos aprimora as práticas de integração pela estimulação da
inovação. A capacidade de inovação só afeta a performance da cadeia de
suprimentos por meio de uma cadeia de suprimentos integrada. Entre os
componentes de inovação na cadeia de suprimentos tem-se as novas ideias,
maneiras de lidar com novas praticas, também pode-se citar a criação de novos
métodos de operação, ou a introdução de novos serviços e novos processos
levando para uma cadeia de suprimentos mais integrada (DINWOODIE; KWAK,
2014).
Em uma revisão de literatura, Zimmermann, Ferreira e Moreira (2016)
avaliaram 94 artigos sobre a influência da cadeia de suprimentos no processo de
inovação, e destacou a percepção de que a inovação é um processo colaborativo
que envolve não só o ambiente interno, mas também atores externos da
organização explicando assim o crescente número de estudos publicados sobre a
relação das cadeias de suprimentos e inovação.
A hipótese H2 a seguir apresentada basea-se nos seguintes estudos: (ROY;
SIVAKUMAR; F. WILKINSON, 2004) (SHAMAH; ELSSAWABI, 2015), (DINWOODIE;
KWAK, 2014), (ZIMMERMANN; FERREIRA; MOREIRA, 2016), (STORER; HYLAND,
et al., 2014), (GOLGECI; PONOMAROV, 2013), (LEE; LEE; SCHNIEDERJANS,
2011), (KNOPPEN; JOHNSTON; SÁENZ, 2015).
H2 – As competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos
influenciam positivamente a ação de inovar na cadeia de suprimentos
40
2.6 MODELO UNIFICADO DE ACEITAÇÃO E USO DA TECNOLOGIA
O modelo unificado de aceitação do uso de tecnologia, conhecido como
UTAUT (Unified Theory of Acceptance and Use of Technology) originou-se do
estudo dos pesquisadores Venkatesh, Morris, et al. (2003) em que foram avaliados
oito modelos com diferentes abordagens conforme demonstrado no quadro 03. O
modelo visa avaliar a aceitação e uso de tecnologia pelos usuários.
Abreviação Inglês Português Constructos em Inglês Constructos em Português
Attitude Toward Behavior Atitude/Intenção de Comportamento
Subjective Norm Normas Subjetivas
Perceived Usefulness Utilidade Percebida
Perceived Ease of Use Facilidade de Uso Percebido
Subjective Norm Normas Subjetivas
Extrinsic Motivation Motivação Extrinseca
Intrinsic Motivation Motivação Intrínseca
Attitude Toward Behavior Atitude/Intenção de Comportamento
Subjective Norm Normas Subjetivas
Perceived Behavioral Control Controle Comportamental Percebido
Attitude Toward Behavior Atitude/Intenção de Comportamento
Subjective Norm Normas Subjetivas
Perceived Behavioral Control Controle Comportamental Percebido
Perceived Usefulness Utilidade Percebida
Job-Fit Ajuste ao Trabalho
Complexity Complexidade
Long-term Consequences Consequências de longo prazo
Affect Towards Use Efeito ao Uso
Social Factors Fatores Sociais
Facilitating Conditions Condições Facilitadoras
Relative Advantage Vantagem Relativa
Ease of Use Facilidade de Uso
Image Imagem
Visibility Visibilidade
Compatibility Compatibilidade
Results Demonstrability Demonstrativo de Resultado
Voluntariness of Use Voluntariedade de Uso
Outcome Expectations Performance Expectativa de Resultado de Performance
Outcome Expectations Personal Expectativa de Resultado Pessoal
Self-Efficacy Auto Eficácia
Affect Towards Use Efeito ao Uso
Anxiety Ansiedade
TRATheory of Reasoned
Action
Teoria da Ação
Racionalizada
TAMTechnology
Acceptance Model
Modelo de Aceitação
da Tecnologia
MM Motivational Model Modelo Motivacional
TPBTheory of Planned
Behavior
Teoria do
Comportamento
Planejado
C-TAM-TPBCombined TAM and
TPB
Combinação entre
TAM e TPB
MPCUModel of PC
Utilization
Modelo de Utilização
do PC
IDTInnovation Diffusion
Theory
Teoria da Difusão da
Inovação
SCTSocial Cognitive
Theory
Teoria Social
Cognitiva
Quadro 03 - Teorias e Variáveis Latentes utilizadas pela UTAUT Fonte: Adaptado de (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003)
A teoria da Ação Racionalizada (TRA) contém duas variáveis latentes ou
constructos, sendo eles a “Atitude” e as “Normas Subjetivas” influenciando no
comportamento do indivíduo, os estudiosos Fishbein e Ajzen (1975) desenvolveram
a teoria derivando de estudos e modelos de psicologia no qual se avaliavam as
atitudes dos indivíduos.
O Modelo de Aceitação de Tecnologia (TAM) foi abordado por Davis (1989) ,
o qual verificou que a utilidade percebida e a facilidade do uso percebida tinham
41
influência direta na aceitação do uso de tecnologia, o estudo trabalhou com 152
usuários e quatro programas diferentes. No ano 2000 Venkatesh juntamente com
Davis incluiu a variável latente “Normas Subjetivas” na teoria (VENKATESH; DAVIS,
2000).
Posteriormente, os pesquisadores Yousafzai, Foxall e Pallister (2007)
(2007a), realizaram duas pesquisas sobre a Teoria, no qual em uma primeira parte,
o trabalho bibliométrico avaliou 145 artigos abordando a TAM, demonstrando que a
teoria era utilizada em vários trabalhos acadêmicos, a segunda parte da pesquisa
aprofundou em 95 artigos sobre o tema, sumarizando 15 anos de estudos sobre a
teoria.
O modelo motivacional (MM) foi utilizado em 1992 para entender a adoção e uso de
novas tecnologias, esta teoria originada na área da psicologia traz as variáveis
latentes Motivação Extrinsica e a Motivação Intrinsica (DAVIS; BAGOZZI;
WARSHAW, 1992).
A teoria de comportamento planejado (TPB) incluiu a variável latente
“Controle Percebido” às outras duas variáveis da TRA, Atitude e Normas Subjetivas,
no estudo de Ajzen (1991).
Em 1995 os estudiosos Taylor e Todd adaptaram um modelo contendo as
variáveis latentes Atitude, Normas Subjetivas, Controle Comportamental Percebido
da TPB e Utilidade Percebida da TAM combinando os dois modelos (C-TAM-TPB)
(TAYLOR; TODD, 1995).
Em 1991 os pesquisadores Thompson, Higgins e Howell desenvolveram uma
teoria com as variáveis latentes “ajuste ao trabalho”, “complexidade”,
“consequências de longo prazo”, “efeito ao uso”, “fatores sociais” e “condições
facilitadoras” para avaliar a aceitação do uso do computador (MPCU), a pesquisa
envolveu 212 respondentes e utilizou o método dos mínimos quadrados parciais
para analisar estatisticamente os dados encontrados (THOMPSON; HIGGINS;
HOWELL, 1991).
Em 1991 os pesquisadores Moore e Benbasat utilizaram a teoria da difusão
da inovação (IDT) oriunda da sociologia, para avaliar a aceitação individual de
tecnologia, e utilizaram as variáveis latentes “vantagem relativa”, “facilidade de uso”,
“imagem”, “visibilidade”, “compatibilidade”, “demonstrativo de resultado” e
“voluntariedade de uso” (MOORE; BENBASAT, 1991).
42
A teoria social cognitiva (SCT) foi utilizada por Compeau e Higgins para
avaliar a aceitação do uso de tecnologia, e as variáveis latentes estudadas são:
“expectativa de resultado de performance”, “expectatida de resultado pessoal”, “auto
eficácia”, “efeito ao uso” e “ansiedade” (COMPEAU; HIGGINS, 1995). O modelo
comprovado de da UTAUT está representado na figura 07.
Do modelo unificado de aceitação do uso de tecnologia extraíram-se as
seguintes hipóteses:
H3 – A expectativa de performance influencia positivamente na intenção
de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos
H4 – A expectativa de esforço influencia positivamente na intenção de
uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos
H5 – A influência social influencia positivamente na intenção de uso de
ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos
H6 – A condição facilitadora influencia positivamente no uso de
ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos
H7 – A intenção de uso influencia positivamente no uso de ferramentas
de inovação aberta na cadeia de suprimentos
Figura 07: Modelo Comprovado de Venkatesh
Fonte: Adaptado de (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003)
43
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Nos procedimentos metodológicos deste trabalho estão descritos o tipo de
pesquisa, universo e amostra, plano de coleta de dados, variáveis observadas e
latentes e métodos de tratamento dos dados, e se apresenta na figura 08 o esquema
ou percurso metodológico desenvolvido para a realização desta pesquisa.
Figura 08: Esquema metodológico
Fonte: Autor, 2016
3.1 TIPO DE PESQUISA
Com o intuito de se atingir os objetivos propostos, realizou-se uma pesquisa
censitária, com característica descritiva, pois identifica as relações existentes entre
as variáveis latentes que podem influenciar na adoção de inovação aberta na cadeia
de suprimentos, e buscou-se analisar e determinar a relação dessa natureza. O
trabalho tem uma abordagem quantitativa posto que as variáreis possuem
características mensuráveis permitindo atingir alguns dos objetivos através de
análise fatoriais e através de uma análise estatística de modelagem dos mínimos
quadrados parciais, destacando-se a utilização do software “Smart PLS” no
tratamento dos dados estatísticos por meio de modelagem de equações estruturais
(structural equations modeling - SEM) que tem como principal característica avaliar
uma série de equações e suas relações de dependência, simultaneamente, assim
como as relações entre múltiplas variáveis (JOSEPH F. HAIR; BLACK, et al., 2009).
44
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA
O universo deste trabalho é composto por 152 profissionais atuantes na
cadeia de suprimentos de uma distribuidora de combustíveis, foram enviados
questionários a todos os profissionais, ao final da aplicação do questionário
apresentou-se um total de 137 respondentes. Seguindo os preceitos de Hair (2014)
multiplicando-se 5 a 10 vezes a quantidade de indicadores da variável latente com o
maior número de indicadores, ou seja, com maior número de variáveis observáveis
resultou-se a variável latente de Inovação Aberta com 19 indicadores. Dessa forma,
a amostra se apresenta adequada com mais de 7 vezes a quantidade de variáveis.
Sobre a área de abrangência e participantes da pesquisa, destaca-se que o
pre-teste sobre a dimensão competências dos profissionais da cadeia de
suprimentos – CGCS e sobre a Inovação Aberta, foi aplicado com profissionais do
setor de Operações e Logística, atuantes diretamente na gestão da cadeia de
suprimentos, de uma distribuidora de combustíveis do estado do Rio Grande do
Norte com abrangência nacional, tendo sido obtidas 123 respostas no pre-teste, as
quais foram submetidas ao tratamento estatístico de análise fatorial com a finalidade
de evidenciar quais itens deveriam compor o survey final. O questionário foi enviado
novamente após o tratamento do Pré-teste, para todos os 152 profissionais,
chegando ao total de 137 respondentes, não foi descartado nenhum questionário
preenchido, 15 profissionais não responderam por motivos desconhecidos.
3.2.1 Caracterização dos Respondentes
A coleta de dados do survey final foi realizada ao final de 2016 com um total
de 137 respondentes com as características conforme a tabela 01.
45
Tabela 01 - Dados Sociodemográficos dos Respondentes Qtd %
Masculino 99 72%
Feminino 38 28%
Ensino Médio ( completo ou incompleto) 8 6%
Pós-Graduação (completo ou incompleto) 43 31%
Curso Superior (completo ou incompleto) 86 63%
abaixo de 24 anos 12 9%
entre 24 e 39 anos 90 66%
entre 40 e 55 anos 33 24%
acima de 55 anos 2 1%
Sim 54 39%
Não 83 61%
0 - 2 anos 15 11%
2 - 4 anos 16 12%
Acima de 4 anos 106 77%
0 - 2 anos 40 29%
2 - 4 anos 25 18%
Acima de 4 anos 72 53%
Gênero
Dados Sócios demográficos
Você já cursou (ou está cursando) algum curso, especialização,
graduação em Logística ou Gestão da Cadeia de Suprimentos?
Tempo de experiência profissional em Logística, Cadeia de
Suprimentos.
Tempo de experiência profissional
Faixa Etária
Grau de escolaridade
Fonte: Dados da pesquisa (2017)
Observa-se que a maioria dos respondentes são do sexo masculino com 72%
da amostra, o grau de escolaridade pode ser considerado elevado, pois 94% possui
nível superior e/ou pós-graduação completo ou em andamento. Tem-se também
39% dos entrevistados com algum conhecimento técnico na cadeia de suprimentos
e pode-se também afirmar que são profissionais experientes com 77% deles
trabalhando há mais de 4 anos, e especificamente em logística 53% há mais de 4
anos e a estes somam-se mais 18% com tempo entre 2 e 4 anos trabalhando na
cadeia de suprimentos. Quanto a faixa etária, tem-se a grande maioria com 66% na
geração Y entre 24 e 39 anos, 24% na geração X entre 40 e 55 anos, seguidos de
9% da geração Z abaixo de 24 anos e apenas 1% de Baby Boomers acima de 55
anos (JUNIOR, 2015).
3.3 COLETA DE DADOS
3.3.1 Instrumento de pesquisa e procedimentos da coleta
Para a avaliação das competências dos profissionais da cadeia de
suprimentos foi utilizado instrumento validado por Rahman e Qing (2014) com 41
itens. Para avaliação da orientação empreendedora individual foi utilizado o
instrumento de Bolton e Lane (2012) contendo 10 afirmações. A inovação aberta - IA
foi avaliada por meio do questionário validado no artigo de Shanah e Elssawabi
(2015) com 31 afirmações distribuídas nas três sub-dimensões de inovação aberta:
46
partilha de conhecimento (13), partilha de valor (04) e inovação (14). Para avaliação
do uso de ferramentas de inovação aberta, tais como ferramentas de
compartilhamento de conhecimento, foi aplicado instrumento desenvolvido por
Venkatesh, Morris, et al (2003) composto por 19 itens.
Dessa forma, o survey aplicado de natureza quantitativa, com dados
sociodemográficos, possui “41” questões sobre as competências dos gestores da
cadeia de suprimentos - CGCS, outras “10” sobre orientação individual
empreendedora - OIE e também “31”sobre inovação aberta – IA e “19” sobre a
Teoria Unificada da Aceitação e Utilização de Tecnologia - UTAUT. Foi utilizado
escala do tipo Likert de 7 pontos para avaliação da importância de cada uma das
afirmações presentes nos questionários.
Os dados são primários, pois foram obtidos na pesquisa realizada por meio
de questionário específico sobre os assuntos abordados no estudo. A coleta se
realizou mediante survey disponibilizado na internet e distribuído aos respondentes
por e-mail.
3.3.2 Tratamento dos dados do Pré-Teste
Inicialmente, os dados do survey acerca das Competências dos Profissionais
da Gestão de Cadeia de Suprimentos (CGCS) e inovação aberta (IA), com um total
de 127 respondentes, foram analisados por meio de análise fatorial usando o
software SPSS 21, com o intuito de identificar o grau de explicação de cada variável
em relação a dimensão estudada, possibilitando assim resumir e aglutinar as
principais variáveis em conjuntos menores possibilitando a aglutinação o de
conceitos em fatores (HAIR; ANDERSON, et al., 2005).
Tabela 02 – KMO and Bartlett’s Fatorial
,913
Approx. Chi-Square 3171,829
df 465
Sig. 0,000
,917
Approx. Chi-Square 4675,647
df 820
Sig. 0,000
Bartlett's Test of Sphericity
Inovação Aberta
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy.
Bartlett's Test of Sphericity
Competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy.
Fonte: Autor, 2017
47
Os itens com carga fatorial menor que 0,7 foram excluídos, sendo o
questionário de competências (CGCS) reduzido de 41 para 18 itens demonstrados
na tabela 03, e o questionário de inovação aberta reduzido de 31 para 19 itens
conforme demonstrado na tabela 04. O método de extração utilizado no software foi
o: “Análise de Componentes Principais”, com o critério de Rotação: “Varimax com a
Normalização Kaiser”. O teste KMO -Kaiser-Meyer-Olkin que verifica a adequação
da amostra para a análise fatorial apresentou o valor de 0,913 para Inovação Aberta
(IA) e 0,917 para Competências (CGCS) e quanto mais próximo de 1,0 melhor. Já o
teste de esfericidade de Bartlett que indica se existe relação suficiente entre os
indicadores para aplicação da análise fatorial, este devendo ser próximo de zero, na
amostra apresentou o valor menor que 0,001 tanto para IA como para CGCS, como
pode ser observado na tabela 02, dessa forma pode-se concluir que a amostra está
adequada para a utilização da análise fatorial realizada, (CORRAR; PAULO; FILHO,
2014).
48
Tabela 03 - Competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos - CGCS
1 2 3 4 5
[1- Gerenciamento de Transportes] ,747
[2- Gerenciamento de Estoques] ,784
[3- Previsão de Demanda]
[4- Gerenciamento de Armazenagem] ,767
[5- Planejamento de Distribuição] ,740
[6- Processamento de Pedidos]
[7- Regulamentação de Transportes]
[8- Aquisição]
[9- Alocação das Instalações]
[10- Manuseio de Materiais] ,757
[11- Manuseio de Mercadorias Devolvidas] ,786
[12- Padronização ISO 14000]
[13- Armazenamento de Resíduos (descartes)] ,791
[14- Conhecimento de Diferenças Culturais] ,719
[15- Habilidade de Modelagem Quantitativa]
[16- Conhecimento de Software] ,723
[17- Habilidade com Planilhas] ,787
[18- Análise Estatística]
[19- Habilidade de Visão do "Todo" (Global)]
[20- Gestão de Mudanças]
[21- Gestão de Conflitos] ,740
[22- Habilidades Interpessoais] ,762
[23- Conhecimento da Indústria]
[24- Habilidade de Negociação] ,726
[25- Gestão de Projetos]
[26- Conhecimento Orientado à Cadeia de Suprimentos]
[27- Trabalho em Equipe]
[28- Conhecimento de Tecnologias de Ponta]
[29- Habilidade de Priorizar]
[30- Comunicação Verbal] ,711
[31- Comunicação Escrita] ,713
[32- Conscientização da Infraestrutura Diferencial]
[33- Habilidade em Tecnologia de Informação (TI)]
[34- Habilidade de Benchmarking] ,751
[35- Habilidade de Custear a Cadeia de Suprimentos]
[36- Integração de Fluxos de Informação e Sistemas Externos] ,710
[37- Integração de Fluxos de Informação e Sistemas Internos]
[38- Habilidade de Coordenação Interfuncional]
[39- Gestão da Qualidade] ,763
[40- Logística Reversa]
[41- Conhecimento de Questões Ambientais da Cadeia de Suprimentos]
Competências dos Gestores da Cadeia de SuprimentosCarga Fatorial
Fonte: Dados da pesquisa, 2016
49
Tabela 04 - Indicadores de Inovação Aberta - IA
1 2 3 4
IACC01 Sinto-me à vontade ao dizer ao meu gestor quando as coisas vão mal. ,709
IACC02 Meu gestor age conforme fala. ,738
IACC03 No geral estou muito satisfeito com a eficiência operacional da organização.
IACC04 Meu gestor me escuta. ,846
IACC05 Eu me sinto ligado a meus pares
IACC06 Eu sou livre para discordar do meu gestor
IACC07 A alta administração é sincera em seus esforços para se comunicar com os funcionários
IACC08 Meu gestor se comporta de uma maneira consistente dia após dia. ,833
IACC09 Minha empresa valoriza a importância do conhecimento. ,712
IACC10 Minha empresa estabelece medidas/regras escritas para manter o conhecimento. ,795
IACC11 Sinto-me ligado à minha organização.
IACC12 Estou muito satisfeito com a qualidade geral dos produtos e / ou serviços da organização
IACC13 Eu sempre tenho algo a dizer nas decisões que afetam o meu trabalho. ,759
IACV01 Meu gestor é de confiança. ,857
IACV02 Eu recebo informações adequadas sobre o quão bem eu estou fazendo no meu trabalho. ,723
IACV03 Estou muito satisfeito com a capacidade da organização para atingir os seus objetivos
IACV04 Eu recebo informações adequadas a respeito de como eu estou sendo avaliado
IAI01 A alta gestão escuta as preocupações dos trabalhadores. ,767
IAI02 A alta gestão mantém seus compromissos com os funcionários.
IAI03 Estou muito satisfeito com a capacidade dos funcionários da organização
IAI04 Sinto-me ligado ao meu gestor. ,833
IAI05 Eu recebo informações adequadas a respeito de como os meus problemas relacionados ao
trabalho são tratados.,743
IAI06 Meu gestor está preocupado com o meu bem-estar pessoal. ,837
IAI07 Os meus valores são semelhantes aos valores de meus pares
IAI08 Eu recebo informações adequadas sobre como as decisões organizacionais que afetam o meu
trabalho são tomadas
IAI09 A alta gestão está preocupada com o bem-estar pessoal dos funcionários. ,750
IAI10 Meu gestor mantém seus compromissos com os membros da equipe. ,815
IAI11 Os meus valores são semelhantes aos valores do meu gestor. ,801
IAI12 Eu recebo informações adequadas sobre as estratégias de longo prazo da minha organização. ,728
IAI13 Meu gestor é sincero em seus esforços para se comunicar com os membros da equipe. ,847
IAI14 Meu gestor fala positivamente sobre os subordinados na frente dos outros. ,775
Indicadores de Inovação AbertaCarga Fatorial
Fonte: Dados da pesquisa, 2016
Do questionário de UTAUT um pre-teste realizado demonstrou que o
indicador: “Se eu utilizar o Lync vou aumentar minhas chances de aumento de
remuneração” se assemelhou muito ao indicador “Usar o Lync aumenta minha
produtividade”, desta forma permaneceu somente a última no questionário final.
Desta forma do total de 19 itens, foram aplicados no último questionário apenas 18
itens da UTAUT. O questionário ajustado com o novo número de itens (65) foi
reaplicado no mesmo momento com os itens do questionário de CGCS (18) OIE
(10), IA (19) e UTAUT (18), e foi analisado por meio do software “Smart PLS 3.0” na
modelagem de equações estruturais, que utiliza o método de mínimos quadrados
parciais e permite a análise relacional entre as diferentes variáveis latentes
apresentadas no modelo conceitual proposto (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014).
50
3.3.3 Variáveis de estudo e modelo conceitual proposto
Os dados sóciodemográficos do estudo são: gênero, formação acadêmica,
curso/especialização/graduação na área de logística/cadeia de suprimentos, título do
curso e ano de conclusão, tempo de experiência profissional e tempo de experiência
profissional em logística/cadeia de suprimentos. Os demais indicadores presentes
no questionário final, podem ser observados no quadro 04 e nos instrumentos de
pesquisa apresentadas nos Anexos A a E.
Códigos Variáveis
Latentes Indicadores Autor
OIE01
Orientação
Individual
Empreendedora
Eu gosto de agir de maneira
arrojada, me aventurando no novo.
Adaptado de (BOLTON e
LANE, 2012)
OIE02
Orientação
Individual
Empreendedora
Eu estou disposto a investir muito
tempo e/ou dinheiro em algo que
me proporcione muito retorno.
Adaptado de (BOLTON e
LANE, 2012)
OIE03
Orientação
Individual
Empreendedora
Eu tendo a agir de maneira ousada
em situações de negócios que
envolvem riscos.
Adaptado de (BOLTON e
LANE, 2012)
OIE04
Orientação
Individual
Empreendedora
Eu geralmente gosto de tentar
atividades novas que não são
típicas, mas não necessariamente
arriscadas.
Adaptado de (BOLTON e
LANE, 2012)
OIE05
Orientação
Individual
Empreendedora
Em geral, prefiro dar ênfase em
projetos inéditos e inovadores, do
que em abordagens já previamente
testadas e usadas.
Adaptado de (BOLTON e
LANE, 2012)
OIE06
Orientação
Individual
Empreendedora
Eu prefiro fazer as coisas a minha
maneira, ao invés de fazer as coisas
da maneira como outras pessoas
fazem.
Adaptado de (BOLTON e
LANE, 2012)
Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
51
Códigos Variáveis
Latentes Indicadores Autor
OIE07
Orientação
Individual
Empreendedora
Geralmente gosto de experimentar
novas abordagens para resolução
de problemas ao invés de usar
métodos que outros comumente
usam.
Adaptado de (BOLTON;
LANE, 2012)
OIE08
Orientação
Individual
Empreendedora
Eu geralmente me antecipo aos
problemas futuros, mudanças ou
necessidades.
Adaptado de (BOLTON;
LANE, 2012)
OIE09
Orientação
Individual
Empreendedora
Eu valorizo e pratico o planejamento
em meus projetos.
Adaptado de (BOLTON;
LANE, 2012)
OIE10
Orientação
Individual
Empreendedora
Eu prefiro me antecipar e resolver
problemas nos projetos ao invés de
sentar e esperar que outra pessoa o
faça.
Adaptado de (BOLTON;
LANE, 2012)
IACC01
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Conhecimento
Sinto-me à vontade ao dizer ao meu
gestor quando as coisas vão mal.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IACC02
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Conhecimento
Meu gestor age conforme fala. Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IACC04
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Conhecimento
Meu gestor me escuta. Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IACC08
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Conhecimento
Meu gestor se comporta de uma
maneira consistente dia após dia.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IACC09
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Conhecimento
Minha empresa valoriza a
importância do conhecimento.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IACC10
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Conhecimento
Minha empresa estabelece
medidas/regras escritas para
manter o conhecimento.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
52
Códigos Variáveis
Latentes Indicadores Autor
IACC13
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Conhecimento
Eu sempre tenho algo a dizer nas
decisões que afetam o meu
trabalho.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IACV01
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Valor
Meu gestor é de confiança. Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IACV02
Inovação Aberta
Compartilhamento
de Valor
Eu recebo informações adequadas
sobre o quão bem eu estou fazendo
meu trabalho.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI01 Inovação Aberta
Inovação
A alta gestão escuta as
preocupações dos trabalhadores.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI04 Inovação Aberta
Inovação Sinto-me ligado ao meu gestor.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI05 Inovação Aberta
Inovação
Eu recebo informações adequadas
a respeito de como os meus
problemas relacionados ao trabalho
são tratados.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI06 Inovação Aberta
Inovação
Meu gestor está preocupado com o
meu bem-estar pessoal.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI09 Inovação Aberta
Inovação
A alta gestão está preocupada com
o bem-estar pessoal dos
funcionários.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI10 Inovação Aberta
Inovação
Meu gestor mantém seus
compromissos com os membros da
equipe.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI11 Inovação Aberta
Inovação
Os meus valores são semelhantes
aos valores do meu gestor.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI12 Inovação Aberta
Inovação
Eu recebo informações adequadas
sobre as estratégias de longo prazo
da minha organização.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
IAI13 Inovação Aberta
Inovação
Meu gestor é sincero em seus
esforços para se comunicar com os
membros da equipe.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
53
Códigos Variáveis
Latentes Indicadores Autor
IAI14 Inovação Aberta
Inovação
Meu gestor fala positivamente sobre
os subordinados na frente dos
outros.
Adaptado de (SHAMAH;
ELSSAWABI, 2015)
CPANA01 Competências
Analíticas
Ter habilidade em Gerenciamento
de Transportes facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPANA02 Competências
Analíticas
Ter habilidade em Gerenciamento
de Estoques facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPANA04 Competências
Analíticas
Ter habilidade em Gerenciamento
de Armazenagem facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPANA05 Competências
Analíticas
Ter conhecimento sobre
Planejamento de Distribuição facilita
inovar em logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPANA10 Competências
Analíticas
Ter conhecimento sobre Manuseio
de Materiais facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPAMB01 Competências
Ambientais
Ter conhecimento sobre Manuseio
de Mercadorias Devolvidas facilita
inovar em logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPAMB03 Competências
Ambientais
Ter conhecimento sobre
Armazenamento de Resíduos
(descartes) facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPGER01 Competências
Gerais
Possuir bom Conhecimento de
Diferenças Culturais facilita inovar
em logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPTI02 Competências TI
Ter experiência em Conhecimento
de Software facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPTI03 Competências TI Possuir boa Habilidade com
Planilhas facilita inovar em logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
54
Códigos Variáveis
Latentes Indicadores Autor
CPGER04 Competências
Gerais
Possuir habilidade em Gestão de
Conflitos facilita inovar em logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPGER05 Competências
Gerais
Possuir boas Habilidades
Interpessoais facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPGER07 Competências
Gerais
Possuir boa Habilidade de
Negociação facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPGER12 Competências
Gerais
Ter boa Comunicação Verbal facilita
inovar em logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPGER13 Competências
Gerais
Ter boa Comunicação Escrita
facilita inovar em logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPANA12 Competências
Analíticas
Possuir boa Habilidade de
Benchmarking facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPTI06 Competências TI
Ter conhecimento sobre Integração
de Fluxos de Informação e Sistemas
Externos facilita inovar em logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
CPANA14 Competências
Analíticas
Ter conhecimento sobre Gestão da
Qualidade facilita inovar em
logística
Adaptado de (RAHMAN;
QING, 2014)
UTEP01
UTAUT -
Expectativa de
Performance
Eu acho o Lync útil no meu trabalho Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTEP02
UTAUT -
Expectativa de
Performance
Usar o Lync me permite realizar
tarefas mais rapidamente
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTEP03
UTAUT -
Expectativa de
Performance
Usar o Lync aumenta minha
produtividade
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTEE01
UTAUT -
Expectativa de
Esforço
Minha interação com o Lync é clara
e compreensível
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
55
Códigos Variáveis
Latentes Indicadores Autor
UTEE02
UTAUT -
Expectativa de
Esforço
Foi fácil para mim tornar-me
habilidoso no Lync
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTEE03
UTAUT -
Expectativa de
Esforço
Eu acho o Lync fácil de usar Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTEE04
UTAUT -
Expectativa de
Esforço
Aprender a utilizar o Lync é fácil
para mim
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTIS01 UTAUT -
Influência Social
Meus Gestores acham que eu devo
utilizar o Lync
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTIS02 UTAUT -
Influência Social
Pessoas que são importantes para
mim acham que eu devo utilizar o
Lync
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTIS03 UTAUT -
Influência Social
Os gestores facilitariam o uso do
Lync
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTIS04 UTAUT -
Influência Social
Em geral a empresa apoia o uso do
Lync
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTCF01
UTAUT -
Condições
Facilitadoras
Eu tenho os recursos necessários
para o uso do Lync
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTCF02
UTAUT -
Condições
Facilitadoras
Eu tenho o conhecimento
necessário para o uso do Lync
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTCF03
UTAUT -
Condições
Facilitadoras
O Lync é compatível com outros
sistemas que eu uso
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTCF04
UTAUT -
Condições
Facilitadoras
Há suporte disponível para
assistência com dificuldades de uso
do Lync
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
Continuação - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
56
Códigos Variáveis
Latentes Indicadores Autor
UTINT01
UTAUT - Intenção
comportamental
de usar o sistema
Pretendo continuar utilizando o Lync
por muito tempo
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTINT02
UTAUT - Intenção
comportamental
de usar o sistema
Prevejo que continuarei utilizando o
Lync por muito tempo
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
UTINT03
UTAUT - Intenção
comportamental
de usar o sistema
Planejo utilizar o Lync por muito
tempo
Adaptado de (VENKATESH;
MORRIS, et al., 2003)
Conclusão - Quadro 04 - Relação entre as variáveis latentes, indicadores e autores
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
Com as hipóteses apresentadas na revisão de literatura e tomando como
base o modelo comprovado de Venkatesh conforme apresentado na figura 07 foi
elaborado o modelo conceitual proposto para a dissertação conforme a figura 09
com as competências CGCS e a orientação empreendedora individual influenciando
na ação de inovar e/ou uso de inovação aberta na cadeia de suprimentos.
H1 – A Orientação individual empreendedora influencia positivamente na
ação de inovar na cadeia de suprimentos
H2 – As competências dos Gestores da Cadeia de Suprimentos
influenciam positivamente a ação de inovar na cadeia de suprimentos
H3 – A expectativa de performance influencia positivamente na intenção
de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos
H4 – A expectativa de esforço influencia positivamente na intenção de
uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos
H5 – A influência social influencia positivamente na intenção de uso de
ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos
H6 – A condição facilitadora influencia positivamente no uso de
ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos
H7 – A intenção de uso influencia positivamente no uso de ferramentas
de inovação aberta na cadeia de suprimentos
57
Figura 09 – Modelo Conceitual Proposto
Fonte: Autor, 2016
O objetivo a ser alcançado no tratamento dos dados foi a avaliação do
relacionamento entre as variáveis latentes apresentadas no modelo conceitual
proposto. No quadro 05 estão descritas as relações entre os objetivos, as questões
dos instrumentos de pesquisa e as ferramentas estatísticas que se pretende utilizar.
OBJETIVOS
QUESTÕES DO
INSTRUMENTO DE
PESQUISA
FERRAMENTAS
ESTATÍSTICAS
AUTORES
REFERENCIADOS
Geral - Analisar as
relações existentes entre a
Orientação Individual
Empreendedora e as
competências dos
profissionais da Cadeia de
Suprimentos na adoção
das práticas de Inovação
Aberta à luz da Teoria
Unificada de Aceitação e
Utilização de Tecnologia
(UTAUT).
Utilização de todas as
questões dos
questionários aplicados,
após pré-teste
Utilização do Software
Smart PLS 3.0 para
tratamento das
equações estruturais de
correlação entre as
variáveis latentes pelo
método de mínimos
quadrados parciais e
análise relacional
Quadro 05 - Relação entre os objetivos, questões do questionário e ferramentas estatísticas Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
58
OBJETIVOS
QUESTÕES DO
INSTRUMENTO DE
PESQUISA
FERRAMENTAS
ESTATÍSTICAS
AUTORES
REFERENCIADOS
Específico 1. Identificar as
competências mais
relevantes dos
profissionais da Gestão da
Cadeia de Suprimentos
QUESTIONÁRIO
SOBRE
COMPETÊNCIAS DOS
PROFISSIONAIS DA
CADEIA DE
SUPRIMENTOS
41 Itens
Análise fatorial para
aglutinação
competências com
maior carga fatorial
RAHMAN, S.; QING, N.
Graduate students'
perceptions of supply chain
skills for supply chain
managers. Benchmarking:
An International Journal,
2014. 276-299.
Específico 2. Identificar os
indicadores mais
relevantes de inovação
aberta na Gestão da
Cadeia de Suprimentos
QUESTIONÁRIO
SOBRE INOVAÇÃO
ABERTA
31 Itens
Análise fatorial para
aglutinação
competências com
maior carga fatorial -
SPSS
SHAMAH, R. A. E.;
ELSSAWABI, S. M. Facing
the open innovation gap:
measuring and building
open innovation in supply
chains. Journal of Modelling
in Management, 10, n. 1,
2015. 50-75. Acesso em: 09
maio 2016.
Específico 3. Avaliar a
influência da orientação
individual empreendedora
na propensão de inovar
por meio do uso
ferramentas de inovação
aberta na Gestão da
Cadeia de Suprimentos
QUESTIONÁRIO
SOBRE ORIENTAÇÃO
INDIVIDUAL
EMPREENDEDORA
10 Itens
Utilização do Software
Smart PLS 3.0 para
tratamento das
equações estruturais de
correlação entre as
variáveis latentes pelo
método de mínimos
quadrados parciais e
análise relacional
BOLTON, D. L.; LANE, M.
D. Individual entrepreneurial
orientation: development of
a measurement instrument.
Education + Training, 54, n.
2/3, 2012. 219-233. Acesso
em: 26 nov. 2014.
Específico 4. Avaliar a
influência das
competências do
profissional da cadeia de
suprimentos na propensão
de inovar por meio do uso
de ferramentas de
inovação aberta na Gestão
da Cadeia de Suprimentos
Utilização dos itens
remanescentes dos
questionários aplicados,
após análise fatorial
Utilização do Software
Smart PLS 3.0 para
tratamento das
equações estruturais de
correlação entre as
variáveis latentes pelo
método de mínimos
quadrados parciais e
análise relacional
Ringle, Silva e Bido (2014)
Continuação - Quadro 05 - Relação entre os objetivos, questões do questionário e ferramentas estatísticas
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
59
OBJETIVOS
QUESTÕES DO
INSTRUMENTO DE
PESQUISA
FERRAMENTAS
ESTATÍSTICAS
AUTORES
REFERENCIADOS
Específico 5. Avaliar a
influência da intenção de
inovar no uso efetivo de
ferramentas da inovação
aberta na Gestão da
Cadeia de Suprimentos
Utilização dos itens
remanescentes dos
questionários aplicados,
após análise fatorial
Utilização do Software
Smart PLS 3.0 para
tratamento das
equações estruturais de
correlação entre as
variáveis latentes pelo
método de mínimos
quadrados parciais e
análise relacional
Ringle, Silva e Bido (2014)
Específico 6. Propor um
modelo teórico preditivo da
aceitação de uso de
ferramentas de inovação
aberta na Gestão da
Cadeia de Suprimentos
QUESTIONÁRIO
SOBRE UTAUT
19 Itens e Utilização de
todas as questões dos
questionários aplicados,
após pré-teste
Utilização do Software
Smart PLS 3.0 para
tratamento das
equações estruturais de
correlação entre as
variáveis latentes pelo
método de mínimos
quadrados parciais e
análise relacional
VENKATESH, V. et al. User
Acceptance of Information
Technology: Toward a
Unified View. MIS Quarterly,
23, n. 3, Setembro 2003.
425-478.
Ringle, Silva e Bido (2014)
Conclusão - Quadro 05 - Relação entre os objetivos, questões do questionário e ferramentas estatísticas
Fonte: Elaborado pelo autor (2016)
3.4 TRATAMENTO DOS DADOS
Os dados coletados foram processados no software Smart PLS 3.0 e foram
realizadas as avaliações estatísticas das variáveis latentes envolvidas no modelo
proposto conforme a figura 10, este software usa o método de Mínimos Quadrados
Parciais na modelagem de equações estruturais conforme Ringle, Silva e Bido
(2014):
Calculam-se as correlações entre as variáveis latentes e suas variáveis mesuradas ou observadas ou itens (modelos de mensuração) e em seguida são realizadas regressões lineares entre constructos (modelos estruturais). Dessa forma, consegue-se estimar modelos mais complexos com número menor de dados (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014, p. 57)
60
Figura 10: Modelo Conceitual Proposto e distribuição de variáveis
Fonte: Autor, 2016
O primeiro passo após executar o software e obter os primeiros dados
estatísticos foi analisar o fator de Inflação da Variância - VIF (Variance Inflation
Factor) de multicolinearidade estatística, que permite avaliar resultados exagerados
ou falsos. Observaram-se primeiramente os indicadores que estavam com valor de
VIF inadequado maior do que 3,3 conforme mostra a tabela 05. Os resultados
obtidos com as variáveis latentes precisam ter valores menores de 3,3 para o fator
de Inflação da Variância, desta forma, significa que o modelo apresenta baixa
multicolinearidade demonstrando a aplicabilidade do modelo proposto, sendo
admissível valores inferiores a 5 (KOCK; LYNN, 2012).
61
Tabela 05 – Fator de Inflação da Variância – VIF dos indicadores - Inicial
Indicadores VIF Indicadores VIF Indicadores VIF Indicadores VIF
CPAMB01 4,709 CPTI06 3,519 IAI12 2,569 UTEE01 2,810
CPAMB03 3,016 IACC01 1,913 IAI13 7,255 UTEE02 6,116
CPANA01 2,583 IACC02 6,503 IAI14 3,388 UTEE03 10,009
CPANA02 4,695 IACC04 4,740 OIE01 1,877 UTEE04 11,885
CPANA04 3,547 IACC08 6,473 OIE02 1,709 UTEP01 3,328
CPANA05 4,039 IACC09 4,819 OIE03 2,042 UTEP02 4,399
CPANA10 3,663 IACC10 4,090 OIE04 1,428 UTEP03 3,036
CPANA12 2,415 IACC13 1,795 OIE05 1,880 UTINT01 6,480
CPANA14 3,029 IACV01 4,803 OIE06 1,266 UTINT02 2,337
CPGER01 1,533 IACV02 4,376 OIE07 1,335 UTINT03 6,997
CPGER04 4,001 IAI01 3,239 OIE08 2,189 UTIS01 2,074
CPGER05 2,193 IAI04 5,051 OIE09 1,784 UTIS02 2,199
CPGER07 4,394 IAI05 5,333 OIE10 1,862 UTIS03 2,720
CPGER12 4,203 IAI06 5,420 UTCF01 1,802 UTIS04 2,070
CPGER13 2,810 IAI09 4,243 UTCF02 2,286
CPTI02 2,627 IAI10 5,976 UTCF03 1,653
CPTI03 2,539 IAI11 5,361 UTCF04 1,770
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Ao analisar os valores resolveu-se retirar do modelo os indicadores UTEE03
(10,009) e UTEE04 (11,885), em seguida retiramos os indicadores IAI13 (7,255) e
UTINT03 (6,997), no momento seguinte foram retirados IACC02 (6,476) e IACC08
(6,180), lembrando que cada interação desta ao processar novamente o algoritmo
no programa, os valores de VIF eram alterados, na vez seguinte saíram os
indicadores IAI05 (5,193), IAI06 (5,272), IAI10 (5,549) e IAI11 (5,203), na interação
seguinte saíram os indicadores CPAMB01 (4,709), CPANA02 (4,695), CPANA05
(4,039), CPANA10 (3,363), CPGER04 (4,001), CPGER07 (4,394), CPGER12
(4,203), IACC09 (4,251), UTEP02 (4,399), e na última alteração saíram IACC04
(3,754), IACV01 (3,698) e IAI04 (3,652), chegando a valores de VIF demonstrados
na tabela 06 para as variáveis latentes e na tabela 07 para os indicadores.
62
Tabela 06 – Fator de Inflação da Variância – VIF – Variáveis Latentes
Variáveis Latentes CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA
CONDIÇÃO FACILITADORA - CF 1,960
CPCS 1,341
EXPECTATIVA ESFORÇO - EE 2,329
EXPECTATIVA PERFORMANCE - EP 2,676
INFLUÊNCIA SOCIAL - IS 2,082
INTENÇÃO - INT 1,701
OIE - OIE 1,280
USO IA
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Tabela 07 – Fator de Inflação da Variância – VIF dos indicadores - Final
Indicadores VIF Indicadores VIF Indicadores VIF Indicadores VIF
CPAMB03 1,881 IACC01 1,657 OIE04 1,428 UTEE01 2,769
CPANA01 2,143 IACC10 2,048 OIE05 1,880 UTEE02 2,769
CPANA04 2,214 IACC13 1,513 OIE06 1,266 UTEP01 2,200
CPANA12 2,218 IACV02 2,573 OIE07 1,335 UTEP03 2,200
CPANA14 2,493 IAI01 2,987 OIE08 2,189 UTINT01 2,119
CPGER01 1,393 IAI09 2,835 OIE09 1,784 UTINT02 2,119
CPGER05 1,723 IAI12 2,011 OIE10 1,862 UTIS01 2,074
CPGER13 2,122 IAI14 1,718 UTCF01 1,802 UTIS02 2,199
CPTI02 2,348 OIE01 1,877 UTCF02 2,286 UTIS03 2,720
CPTI03 2,151 OIE02 1,709 UTCF03 1,653 UTIS04 2,070
CPTI06 2,869 OIE03 2,042 UTCF04 1,770
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Em seguida, o segundo passo após as interações entre os dados no cálculo
estatístico realizado pelo software e na construção da validade e confiabilidade foi a
análise da variância média extraída AVE (Average Variance Extracted), observou-se
que a variável latente OIE estava abaixo de 0,5 com o valor de 0,373 e a variável
latente USO IA estava apresentando o valor de 0,482 enquanto os demais estavam
acima de 0,5 conforme tabela 08. Os valores da AVE devem ser maiores que 0,5
(ESPOSITO, CHIN, et al., 2010), e a avaliação da Validade Discriminante é muito
importante para a validação do modelo, para evitar problemas de viés conceitual, por
isso as intercorrelações entre as variáveis latentes devem ser analisadas (FARRELL;
RUDD, 2009).
63
Tabela 08 – Análise inicial de AVE
Variáveis Latentes Fator Alpha de Cronbach Confiabilidade Composta Variância Média Extraída (AVE)
CONDIÇÃO FACILITADORA 0,829 0,886 0,661
CPCS 0,904 0,920 0,515
EXPECTATIVA ESFORÇO 0,888 0,947 0,900
EXPECTATIVA PERFORMANCE 0,850 0,930 0,869
INFLUÊNCIA SOCIAL 0,868 0,910 0,716
INTENÇÃO 0,842 0,927 0,863
OIE 0,819 0,853 0,373
USO IA 0,840 0,879 0,482
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
A analise de validades convergentes realizada com a mensuração das
variâncias médias extraídas – AVEs busca valores acima de 0,5, pois a AVE trata de
parte dos dados que é explicada por cada uma das variáveis latentes ou variáveis
latentes, e estas correlações devem ser maiores que 0,5 para o modelo demonstrar
bom resultado (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014) (FORNELL; LARCKER, 1981). Deve-
se realizar alterações no modelo para que o mesmo se adeque até termos valores
de AVE maiores de 0,5. Neste momento são realizados ajustes e reavaliados os
valores de AVE até que os mesmos sejam adequados, ou seja, todos acima de
0,500 (REINARTZ; HAENLEIN; HENSELER, 2009) (ESPOSITO; CHIN, et al., 2010).
Com o intuito de elevar o AVE do constructo OIE, foram retirados os
indicadores com a menor carga fatorial da variável latente OIE: OIE01 (0,490),
OIE06 (0,479) e os indicadores da variável latente USO IA: IACC01 (0,517) e
IACC13 (0,538) com esta alteração o AVE de OIE passou para 0,409 e o de USO IA
para 0,606. Portanto foi necessário retirar mais três indicadores de OIE, sendo eles:
OIE02 (0,567), OIE03 (0,537) e OIE07 (0,510), após estas alterações o AVE de OIE
apresentou o valor de 0,502. Neste momento todos os valores de cargas fatoriais
estavam maiores que 0,6 com exceção de CPGER01 que apresentava 0,564, e o
AVE de CPCS o valor de 0,514 com o objetivo de melhorar o modelo foi retirado o
indicador CPGER01 e o valor do AVE de CPCS melhorou para 0,539, como pode
ser observado na tabela 09.
64
Tabela 09 – AVE após retirada dos indicadores com baixa carga fatorial
Variáveis Latentes Fator Alpha de Cronbach Confiabilidade Composta Variância Média Extraída (AVE)
CONDIÇÃO FACILITADORA 0,829 0,886 0,661
CPCS 0,905 0,921 0,539
EXPECTATIVA ESFORÇO 0,888 0,947 0,900
EXPECTATIVA PERFORMANCE 0,850 0,930 0,869
INFLUÊNCIA SOCIAL 0,868 0,910 0,716
INTENÇÃO 0,842 0,927 0,863
OIE 0,751 0,834 0,502
USO IA 0,868 0,902 0,606
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Com todos os valores de AVEs apresentado valores acima de 0,5 passamos
a avaliar a consistência interna baseada na correlação média entre os itens. O fator
Alpha de Cronbach é utilizado para análise de confiabilidade e consistência interna,
pois trata das intercorrelações entre variáveis. Também avaliamos a confiabilidade
composta (Composite Reliability) que mostra a consistência dos indicadores dentro
da variável latente. Os valores calculados pelo SmartPLS para as variáveis latentes
apresentaram valores acima de 0,7 para os dois indicadores, conforme tabela 09,
mostrando que os dados possuem boa consistência (HAIR; ANDERSON, et al.,
2005), (CORRAR; PAULO; FILHO, 2014), (HAIR; ANDERSON, et al., 2005),
(HENSELER; RINGLE; SINKOVICS, 2009). As cargas fatoriais das variáveis
latentes estão apresentadas na Tabela 10, após os valores de AVE e VIF estarem
adequados para todos os indicadores e variáveis latentes.
Tabela 10 – Cargas fatoriais dos Indicadores
Indicadores CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA
CPAMB03 0,673
CPANA01 0,676
CPANA04 0,669
CPANA12 0,766
CPANA14 0,783
CPGER05 0,693
CPGER13 0,776
CPTI02 0,772
CPTI03 0,708
CPTI06 0,810
IACC10 0,785
IACV02 0,780
IAI01 0,866
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
65
Continuação - Tabela 10 – Cargas fatoriais dos Indicadores
Indicadores CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA
IAI09 0,810
IAI12 0,755
IAI14 0,661
OIE04 0,663
OIE05 0,641
OIE08 0,792
OIE09 0,746
OIE10 0,690
UTCF01 0,778
UTCF02 0,882
UTCF03 0,786
UTCF04 0,802
UTEE01 0,952
UTEE02 0,944
UTEP01 0,932
UTEP03 0,933
UTINT01 0,929
UTINT02 0,929
UTIS01 0,834
UTIS02 0,839
UTIS03 0,889
UTIS04 0,822
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
O próximo passo foi a avaliação da validade discriminante (VD), na qual se
observa a independência entre as variáveis latentes. Na primeira forma de avaliação
verifica-se as cargas cruzadas (Cross Loading), os indicadores não podem ter
valores maiores do que os da sua própria variável latente, conforme destacado em
negrito na tabela 11, todos os indicadores estão adequados (CHIN, 1998), (RINGLE;
SILVA; BIDO, 2014).
Tabela 11 – Cargas cruzadas - Cross Loading
INDICADORES CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA
CPAMB03 0,176 0,673 0,138 0,147 0,134 0,059 0,262 0,278
CPANA01 0,242 0,676 0,149 0,111 0,158 0,096 0,367 0,317
CPANA04 0,215 0,669 0,136 0,122 0,143 0,100 0,282 0,224
CPANA12 0,315 0,766 0,241 0,225 0,243 0,212 0,341 0,340
CPANA14 0,298 0,783 0,234 0,304 0,346 0,216 0,387 0,455
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
66
Continuação - Tabela 11 – Cargas cruzadas - Cross Loading
INDICADORES CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA
CPGER05 0,428 0,693 0,405 0,378 0,360 0,365 0,283 0,378
CPGER13 0,373 0,776 0,378 0,415 0,359 0,372 0,282 0,446
CPTI02 0,278 0,772 0,284 0,237 0,230 0,223 0,242 0,343
CPTI03 0,253 0,708 0,262 0,277 0,307 0,305 0,260 0,241
CPTI06 0,391 0,810 0,322 0,266 0,289 0,215 0,372 0,345
IACC10 0,345 0,419 0,298 0,404 0,459 0,339 0,359 0,785
IACV02 0,371 0,399 0,374 0,314 0,387 0,270 0,330 0,780
IAI01 0,393 0,399 0,387 0,385 0,411 0,328 0,345 0,866
IAI09 0,442 0,348 0,445 0,490 0,441 0,382 0,309 0,810
IAI12 0,306 0,264 0,403 0,463 0,414 0,399 0,195 0,755
IAI14 0,364 0,378 0,314 0,253 0,306 0,222 0,267 0,661
OIE04 0,249 0,211 0,223 0,207 0,217 0,196 0,663 0,333
OIE05 0,224 0,236 0,139 0,049 0,102 0,005 0,641 0,245
OIE08 0,263 0,352 0,200 0,188 0,187 0,170 0,792 0,239
OIE09 0,246 0,289 0,129 0,200 0,234 0,152 0,746 0,286
OIE10 0,279 0,426 0,278 0,237 0,205 0,182 0,690 0,255
UTCF01 0,778 0,220 0,519 0,423 0,609 0,504 0,187 0,332
UTCF02 0,882 0,349 0,672 0,469 0,620 0,539 0,371 0,466
UTCF03 0,786 0,470 0,576 0,489 0,609 0,584 0,347 0,375
UTCF04 0,802 0,302 0,551 0,434 0,515 0,444 0,231 0,364
UTEE01 0,664 0,339 0,952 0,727 0,612 0,646 0,230 0,435
UTEE02 0,700 0,344 0,944 0,663 0,599 0,598 0,295 0,468
UTEP01 0,561 0,353 0,747 0,932 0,650 0,678 0,192 0,460
UTEP03 0,479 0,310 0,623 0,933 0,648 0,686 0,282 0,462
UTINT01 0,625 0,300 0,603 0,668 0,710 0,929 0,219 0,356
UTINT02 0,557 0,273 0,617 0,691 0,624 0,929 0,164 0,414
UTIS01 0,525 0,226 0,559 0,594 0,834 0,579 0,184 0,425
UTIS02 0,480 0,199 0,457 0,609 0,839 0,602 0,191 0,321
UTIS03 0,663 0,387 0,522 0,605 0,889 0,635 0,302 0,523
UTIS04 0,769 0,414 0,625 0,549 0,822 0,611 0,241 0,484
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Um segundo modo de avaliação é o critério de Fornell e Larcker (1981) em
que são comparadas as AVEs de cada variável latente com a raiz quadrada da AVE
das demais variáveis latentes, observa-se que os valores da diagonal da tabela 12
são maiores que as correlações entre as AVEs das variáveis latentes, desta forma
quando todos os valores da diagonal, destacados em negrito, estão maiores que os
demais valores, assim a relação entre as variáveis e os indicadores está adequada
pois não excercem influência nas demais variáveis demonstrando validade
67
discriminante do modelo proposto (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014), (FORNELL;
LARCKER, 1981), (ESPOSITO; CHIN, et al., 2010), (CHIN, 1998).
Tabela 12 – Validade discriminante – critério Fornell e Larker (1981)
Variáveis Latentes CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA
CONDIÇÃO FACILITADORA - CF 0,813
CPCS 0,416 0,734
EXPECTATIVA ESFORÇO - EE 0,718 0,360 0,948
EXPECTATIVA PERFORMANCE - EP 0,557 0,356 0,734 0,932
INFLUÊNCIA SOCIAL - IS 0,722 0,365 0,639 0,696 0,846
INTENÇÃO - INT 0,636 0,308 0,657 0,732 0,718 0,929
OIE - OIE 0,358 0,422 0,276 0,254 0,273 0,206 0,709
USO IA 0,478 0,476 0,475 0,495 0,520 0,415 0,392 0,779
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Após as adequações de VIF, AVE, Validade Discriminante, Alpha de
Cronbach e Confiabilidade Composta, inicia-se a análise do modelo estrutural
através da verificação das hipóteses de relacionamento, iniciando-se pelo
coeficiente de determinação ou coeficiente de Pearson (R²) e em seguida os
coeficientes de caminho (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014).
Tabela 13 – Coeficiente de determinação (R²)
R² R² ajustado
INTENÇÃO 0,630 0,622
USO IA 0,361 0,341
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
O coeficiente de determinação varia entre 0 e 1, e quanto maior o valor, maior
o poder de explicação da variável latente. O coeficiente de determinação referencia
a proporção de variância entre uma variável dependente em torno de sua média,
que é explicada pelas variáveis independentes. O coeficiente de determinação
ajustado é utilizado para avaliação de variáveis que não contribuem estatisticamente
para a precisão preditiva (HAIR; ANDERSON, et al., 2005). Conforme a tabela 13, o
R² da Intenção apresentou o valor de 0,630 e do USO IA o valor de 0,361, já os
valores de R² ajustado ficaram respectivamente com 0,622 e 0,341. Este valor de R²
é geralmente classificado como parâmetro de avaliação, para as áreas de ciências
comportamentais e sociais pelos seguintes números apontados por Cohen (1988):
68
2% como efeito pequeno, 13% como efeito médio e 26% como grande efeito,
portanto os dados apresentam valores adequados ao modelo (COHEN, 1988).
Os coeficientes de caminho podem apresentar valores entre -1 e +1, quanto
mais próximo de +1 as relações são consideradas fortemente positivas, e quanto
mais próximo de -1 fortemente negativas, neste estudo os valores podem ser
observados na tabela 14 e apresentaram valores positivos para todas as relações,
ficando os valores entre 0,158 e 0,365.
Tabela 14 – Coeficientes de Caminho
Variáveis Latentes CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA
CONDIÇÃO FACILITADORA - CF 0,195
CPCS 0,269
EXPECTATIVA ESFORÇO - EE 0,158
EXPECTATIVA PERFORMANCE - EP 0,362
INFLUÊNCIA SOCIAL - IS 0,365
INTENÇÃO - INT 0,172
OIE - OIE 0,173
USO IA
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Para se ter uma melhor avaliação dos coeficientes de caminho, os mesmos
foram avaliados pelo teste t-estatístico ou t de Student, que examina o modelo
baseado em correlações e regressões. Utilizando a função “bootstrapping” do
software SMARTPLS, o programa realiza uma reamostragem dos dados, e segundo
Hair (2014) o valor para este coeficiente deve ser maior que 1,96 para que a relação
seja considerada significativa estatisticamente (HAIR; SARSTEDT, et al., 2014). A
avaliação deste fator verifica o nível de significância das hipóteses investigadas, os
valores são significativos a 95% quando t > 1,9600 e p < 0,05 (CHIN; NEWSTED,
1999). Os resultados encontrados, conforme tabela 15, com os dados do estudo
apresentam dois caminhos com valor abaixo do adequado de 1,96, trata-se do
caminho “IINTENÇÃO” para “USO IA” com valor de 1,902 e o caminho “CF –
CONDIÇÃO FACILITADORA” para “USO IA” com valor de 1,594, todos os demais
caminhos apresentaram valores maiores que 1,9600.
69
Tabela 15 – Valores do t-estatístico
Coeficiente de Caminho t-estatístico p valor
CONDIÇÃO FACILITADORA -> USO IA 0,195 1,594 0,112
CPCS -> USO IA 0,269 3,300 0,001
EXPECTATIVA ESFORÇO -> INTENÇÃO 0,158 2,058 0,040
EXPECTATIVA PERFORMANCE -> INTENÇÃO 0,362 3,176 0,002
INFLUÊNCIA SOCIAL_ -> INTENÇÃO 0,365 3,471 0,001
INTENÇÃO -> USO IA 0,172 1,902 0,058
OIE -> USO IA 0,173 2,000 0,046
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Após avaliar o valor t, seguimos para a função “Blindfolding” do software
SMARTPLS para que sejam calculados os indicadores de qualidade de ajuste do
modelo Q² e f². A validade preditiva [Q²], também conhecido como indicador de
Stone-Geisser, é obtido pela leitura da redundândia geral do modelo, que deve ser
maior que zero. E f² é o indicador que aponta o tamanho do efeito, também
conhecido por fator de Cohen [f²], que mede o tamanho do efeito para cada caminho
do modelo e reflete alteração no R² quando um constructo é eliminado ou inserido
no modelo, é medido pela leitura das comunalidades do modelo. Para f² toma-se
como parâmetro os valores de 0,02 para efeito pequeno, 0,15 para efeito médio e
0,35 para efeito grande, assim determina-se quanto cada variável latente é útil para
o ajuste do modelo proposto. Os valores do estudo podem ser observados na tabela
16 (HAIR; SARSTEDT, et al., 2014) (RINGLE; SILVA; BIDO, 2014).
Tabela 16 – Validade preditiva e tamanho do efeito
CONDIÇÃO FACILITADORA - CF 0,419
CPCS 0,427
EXPECTATIVA ESFORÇO - EE 0,532
EXPECTATIVA PERFORMANCE - EP 0,473
INFLUÊNCIA SOCIAL - IS 0,494
INTENÇÃO - INT 0,506 0,461
OIE - OIE 0,261
USO IA 0,195 0,438
Validade Preditiva
Redundâcia [Q²]
Tamanho do Efeito
Comunalidade [f²]Variáveis Latentes
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
70
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Esta seção discorrerá acerca das análises dos resultados encontrados na
seção anterior. Em seguida avaliará as hipóteses propostas no estudo baseando-se
nos resultados estatísticos encontrados na pesquisa
Os dados do modelo ajustado podem ser observados na figura 11 com os
valores de coeficientes de caminho entre as variáveis latentes e indicadores, assim
como o R².
Figura 11 – Modelo Conceitual Proposto Ajustado
Fonte: Autor, 2016
Os valores para todos os indicadores avaliados no estudo encontram-se na
tabela 17, na qual observa-se os valores dos fatores avaliados para cada uma das
variáveis latentes. Os resultados encontrados no estudo permitem avaliar as
hipóteses por meio dos dados estatísticos juntamente com a literatura estudada.
71
Tabela 17 – Resumo dos resultados
CF 0,661 0,829 0,886 0,195 1,594 0,112 0,419
CPCS 0,539 0,905 0,921 0,269 3,300 0,001 0,427
EE 0,900 0,888 0,947 0,158 2,058 0,040 0,532
EP 0,869 0,850 0,930 0,362 3,176 0,002 0,473
IS 0,716 0,868 0,910 0,365 3,471 0,001 0,494
INT 0,863 0,842 0,927 0,172 1,902 0,058R² = 0,630
R² Ajust. = 0,6220,506 0,461
OIE 0,502 0,751 0,834 0,173 2,000 0,046 0,261
USO IA 0,606 0,868 0,902R² = 0,361
R² Ajust. = 0,3410,195 0,438
AVEVariáveis
Latentes
Validade Preditiva
Redundâcia [Q²]
Tamanho do Efeito
Comunalidade [f²]
Coeficiente
de Caminho
Coeficientes de
Determinação de
Pearson (R2):
p valort de StudentConfiabilidade
Composta
Alfa de
Cronbach
Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
Os valores de variância média extraída para as variáveis exógenas “EP -
Expectativa de Performance” (0,869), “EE - Expectativa de Esforço” (0,900) e “IS -
Influência Social” (0,716) apresentaram valores bem acima do mínimo esperado de
0,5, e as três explicam a variável latente “INTENÇÃO” em aproximadamente 63%
como pode ser observado através do coeficiente de determinação R² da variável
latente “INTENÇÃO” de 0,630. Estes resultados eram esperados pois tratam-se de
variáveis latentes comprovadas pelo modelo de Venkatesh (2003), apresentado na
figura 07, na qual a intenção de aceitar e utilizar uma nova tecnologia é precedida
das expectativas de performance, do esforço empregado nesta tecnologia, assim
como a influência social ao qual o indivíduo está inserido (VENKATESH; MORRIS,
et al., 2003), (VENKATESH; DAVIS, 2000). Os valores de confiabilidade dos dados
demonstrados pelo fator de Alpha de Cronbach apresentaram o valor de “EP -
Expectativa de Performance” (0,850), “EE - Expectativa de Esforço” (0,888) e “IS -
Influência Social” (0,868) todos acima de 0,800 enquanto para a confiabilidade
composta ficaram “EP - Expectativa de Performance” (0,930), “EE - Expectativa de
Esforço” (0,947) e “IS - Influência Social” (0,910) ou seja todos acima de 0,900 o que
demonstra valores bastante altos quando avaliamos o alpha de cronbach e a
confiabilidade composta, pois os valores de referência apontam como valor mínimo
0,7 (HAIR; ANDERSON, et al., 2005).
A hipótese H3, que postulava que: “A expectativa de performance influencia
positivamente na intenção de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de
suprimentos” foi confirmada, haja visto que o coeficiente de caminho da variavel foi
de 0,362, portanto existe uma influência positiva, bem como pode ser validada para
72
significancia de 95%, com valores de t = 3,176 e valor f² de 0,473, garantindo
significancia, explicação e validação confirmando a hipótese, corroborando com o
estudo de Venkatesh, Morris et al (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003).
A hipótese H4 que afirma que: “A expectativa de esforço influencia
positivamente na intenção de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de
suprimentos” apresentou coeficiente de caminho = 0,158 demonstrando influência
positiva, e os valores de t = 2,058 e valor f² = 0,532 garantem a significância,
explicação e validação, confirmando a hipótese, corroborando com o estudo de
Venkatesh, Morris et al (VENKATESH; MORRIS, et al., 2003).
A hipótese H5 que atesta que: “A influência social influencia positivamente na
intenção de uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos”
apresentou coeficientes de caminho = 0,365 mostrando influência positiva, e os
valores t = 3,471 e valor f² = 0,494 garantindo a significância, explicação e validação,
confirmando a hipótese, corroborando com o estudo de Venkatesh, Morris et al
(VENKATESH; MORRIS, et al., 2003).
A hipótese H6 afirma que: “A condição facilitadora influencia positivamente no
uso de ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos”, e a hipótese H7
postula que: “A intenção de uso influencia positivamente no uso de ferramentas de
inovação aberta na cadeia de suprimentos” apresentaram um valor de coeficiente de
caminho = 0,195 e 0,172 respectivamente, demonstrando influência positiva nos dois
casos. No entanto o fator t de Student apontam respectivamente os valores 1,594 e
1,902, que são inferiores ao valor mínimo esperado de 1,96, mostrando que no teste
de reamostragem as hipóteses não apresentam significância estatística no tema
pesquisado, entretanto o valor do índice de Cohen f² apresentaram valores de 0,419
e 0,461 o que são considerados grandes, portanto pode-se concluir que as variáveis
latentes utilizadas são importantes ao ajuste geral do modelo. As condições
facilitadoras e a intenção influenciam na aceitação e utilização de tecnologia, no
caso do estudo, o uso de um serviço de comunicação e compartilhamento de
informações de inovação aberta. O fato se explica, pois, a pesquisa realizada foi
feita em uma empresa que utiliza a ferramenta intensamente e está instalada por
padrão nos computadores dos colaboradores, não influenciando assim na condição
facilitadora ou na intenção dos colaboradores em utilizar ou não o Lync, portanto se
73
confirmam assim as duas hipóteses (COHEN, 1988), (VENKATESH; MORRIS, et
al., 2003).
A Hipótese H2 postula que: “As competências dos Gestores da Cadeia de
Suprimentos influenciam positivamente a ação de inovar na cadeia de suprimentos”,
apresentou nos dados estudados, valores acima de 0,9 para os fatores de
confiabilidade Alpha de Cronbach e para a confiabilidade composta com os valores
0,905 e 0,921, respectivamente, atestando que a amostra dos dados é confiável. A
variância média extraída ficou acima de 0,5, com o valor de 0,539, ao se avaliar o
caminho entre as variáveis latentes CGSC e USO IA observa-se que o valor para o
coeficiente de caminho apresentou valor = 0,269, e o fator t de Student apresentou o
valor = 3,300, dentro do nível de significância p ≤ 0,001, valor de t acima de 1,96.
Segundo Storer e Hyland et al (2014) existe influência entre a gestão estratégica da
cadeia de suprimentos e a inovação. A relação das competências dos profissionais e
a inovação aberta também pode ser observada no estudo de Chatenier, Verstegen,
et al (2010) os estudiosos buscaram examinar as competências necessárias para se
trabalhar em times voltados aos processos de inovação aberta, demonstrando que
existe influência entre as competências e a Inovação. Dessa forma a hipótese H2 se
confirma tanto pelos valores estatísticos encontrados, como também se respalda
nos autores que já apontavam relação entre as variáveis latentes (CHATENIER;
VERSTEGEN, et al., 2010), (STORER; HYLAND, et al., 2014).
A hipótese H1 que afirma: “A orientação individual empreendedora influencia
positivamente na ação de inovar na cadeia de suprimentos”, apresentou o valor de
caminho 0,173 ou seja apresenta influência positiva no USO IA. O fator t de Student
valor de 2,000, maior que o parâmetro de 1,96, confirmando assim a hipótese
estatísticamente. Quanto as contribuições dos autores pesquisados podemos
destacar que a Orientação Individual Empreendedora se relaciona com a Inovação e
com as competências dos profissionais, como observa-se no trabalho de Elenurm
(2012) no qual os empreendedores que desenvolvem ideias inovadoras radicais
deveriam ter acesso às competências essenciais e buscar por oportunidades para
aperfeiçoar tais competências por meio de relacionamentos externos (ELENURM,
2012). Já o relacionamento da Orientação Empreendedora com a Cadeia de
Suprimentos é sugerido no trabalho de Marshall, et al (2015) como fator moderador.
Pode-se destacar também no estudo de Giunipero, Denslow e Eltantawy (2005), no
74
qual se percebeu a tendência do profissional de logística seguir o modelo de um
empreendedor e investir nas características existentes nestes. Destaca-se também
em pesquisa de Wilson e Barbat (2015), que o aspecto empreendedor e político do
perfil profissional do gestor deve se fortalecer, para que o mesmo possa abranger
novas fronteiras. A Confirmação da hipótese H1 demontra que existe influência entre
as variáveis latentes, como apontavam os trabalhos dos autores mencionados
(ELENURM, 2012), (MARSHALL; MCCARTHY, et al., 2015), (GIUNIPERO;
DENSLOW; ELTANTAWY, 2005), (WILSON; BARBAT, 2015).
O constructo USO IA, que trata da utilização de inovação aberta apresentou
valor de validade preditiva Q² = 0,195, fator também conhecido como indicador de
Stone-Geisser obtido pela leitura da redundândia geral do modelo, devendo ser
maior que zero, portanto, parâmetro foi atendido. O fator de Cohen f² que mede o
tamanho do efeito para cada caminho do modelo, apresentou o valor = 0,438, a
variável latente teve um coeficiente de determinação R² de 0,361, com as variáveis
latentes exogenas CF, CGSC e OIE explicando a variável latente em 36%,
considera-se um valor alto, pois o R² é geralmente classificado para as áreas de
ciências comportamentais e sociais com os seguintes números apontados por
Cohen (1988): 2% como efeito pequeno, 13% como efeito médio e 26% como
grande efeito. Desta forma os dados apresentam valores adequados ao modelo. Já
a variável latente INTENÇÃO também ficou com um valor alto de R² = 0,630,
portanto as variáveis latentes exógenas EE, EP e IS explicam cerca de 63% da
variável latenteo INTENÇÃO e o valor de validade preditiva Q² foi de 0,506. O fator
de Cohen f² apresentou o valor = 0,461, os valores nos três fatores são maiores que
o USO IA demonstrando que a teoria UTAUT é muito estruturada e comprovada, por
isso foi utilizada como base deste modelo proposto (VENKATESH; MORRIS, et al.,
2003) (COHEN, 1988) (HAIR; SARSTEDT, et al., 2014) (RINGLE; SILVA; BIDO,
2014).
Todas as Hipóteses postuladas no trabalho se confirmam estatisticamente, e
corroboram com os trabalhos estudados no referencial teórico exposto neste estudo,
a relação dos procedimentos estatísticos de forma resumida, se apresenta no
quadro 06 juntamente com os valores encontrados dos coeficientes de caminho e
alguns outros índices estatísticos calculados neste estudo.
75
INDICADOR/ PROCEDIMENTO
PROPÓSITO CF CPCS EE EP IS INT OIE USO IA VALORES REFERENCIAIS /
CRITÉRIO REFERÊNCIAS
1.1. AVE Validades Convergentes
0,661 0,539 0,900 0,869 0,716 0,863 0,502 0,606 AVE > 0,50
HENSELER; RINGLE; SINKOVICS (2009) ESPOSITO; CHIN et al (2010)
1.2. VIF
Multicolinearidade Estatística - evitar resultados exagerados ou falsos
1,960 1,341 2,239 2,676 2,082 1,701 1,280 VIF < 5,00 KOCK; LYNN (2012)
1.3. Cargas cruzadas
Validade Discriminante
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Valores das cargas maiores nas VLs originais do que em outras
CHIN (1998) RINGLE; SILVA; BIDO (2014)
1.4. Critério de Fornell e Larcker
Validade Discriminante
0,813 0,734 0,948 0,932 0,846 0,929 0,709 0,779
Compara-se as raízes quadradas dos valores das AVE de cada constructo com as correlações (de Pearson) entre os constructos (ou variáveis latentes). As raízes quadradas das AVEs devem ser maiores que as correlações dos constructos
FORNELL; LARCKER (1981) RINGLE; SILVA; BIDO (2014) CHIN (1998)
1.5.Alfa de Cronbach
Confiabilidade do modelo
0,829 0,905 0,888 0,850 0,868 0,842 0,751 0,868 AC > 0,7 HAIR et al. (2014)
Quadro 06 – Procedimentos Estatísticos Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
76
INDICADOR/ PROCEDIMENTO
PROPÓSITO CF CPCS EE EP IS INT OIE USO
IA VALORES REFERENCIAIS /
CRITÉRIO REFERÊNCIAS
1.6 Confiabilidade Composta
Confiabilidade do modelo
0,886 0,921 0,947 0,930 0,910 0,927 0,834 0,902 CM > 0,7 HAIR et al. (2014)
1.7. Teste t de Student
Avaliação das significâncias das correlações e regressões
1,594 3,300 2,058 3,176 3,471 1,902 2,000 t > 1,96
HAIR et al. (2014) CHIN; NEWSTED (1999)
1.8. Avaliação dos Coeficientes de Determinação de Pearson (R2):
Avaliam a porção da variância das variáveis endógenas, que é explicada pelo modelo estrutural.
R² = 0,630
R² Ajust.
= 0,622
R² = 0,361
R² Ajust.
= 0,341
Para a área de ciências sociais e comportamentais, R2=2% seja classificado como efeito pequeno, R2=13% como efeito médio e R2=26% como efeito grande.
COHEN (1988)
1.9. Tamanho do efeito (f2) ou Indicador de Cohen
Avalia-se quanto cada constructo é “útil” para o ajuste do modelo
0,419 0,427 0,532 0,473 0,494 0,461 0,261 0,438 Valores de 0,02, 0,15 e 0,35 são considerados pequenos, médios e grandes.
HAIR et al. (2014) RINGLE; SILVA; BIDO (2014)
2.0. Validade Preditiva (Q2) ou indicador de Stone-Geisser
Avalia a acurácia do modelo ajustado
0,506 0,195 Q2 > 0
HAIR et al. (2014) RINGLE; SILVA; BIDO (2014)
2.1. Coeficiente de Caminho
Avaliação das relações causais
0,195 0,269 0,158 0,362 0,365 0,172 0,173 Interpretação dos valores à luz da teoria.
HAIR et al. (2014)
Continuação - Quadro 06 – Procedimentos Estatísticos Fonte: Elaborado pelo autor (2017)
77
5 CONCLUSÃO
O objetivo geral deste estudo foi analisar as relações existentes entre a
Orientação Individual Empreendedora e as competências dos profissionais da
Cadeia de Suprimentos na adoção das práticas de Inovação Aberta à luz da
Teoria Unificada de Aceitação e Utilização de Tecnologia (UTAUT). Para a
realização desta análise, foram elaborados objetivos específicos que serão
explorados a seguir, no intuito de responder à pergunta que originou o estudo: quais
as relações existentes entre a Orientação Individual Empreendedora e as
competências dos profissionais da Cadeia de Suprimentos na adoção das
práticas de Inovação Aberta à luz da Teoria do Modelo Unificado de Aceitação
e Uso da Tecnologia? Uma vez que a cadeia de suprimentos está cada vez mais
influenciada pela conectividade e pelas novas formas de relacionamento entre os
seus integrantes (BILLINGTON; DAVIDSON, 2013).
O primeiro objetivo espefíco foi “Identificar as competências mais
relevantes dos profissionais da Gestão da Cadeia de Suprimentos”. Para isso,
foi extraído da literatura um questionário validado por Rahman e Qing (2014), este
foi aplicado na integra em profissionais com experiência em Logística. Após uma
análise fatorial realizada no software SPSS, conseguimos reduzir os 41 indicadores
iniciais para os 18 indicadores destacados na tabela 03 deste estudo. Dessa forma,
o objetivo foi alcançado demonstrando as principais competências dos
profissionais da cadeia de suprimentos de acordo com a amostra realizada.
O segundo objetivo específico tratou de “Identificar os indicadores mais
relevantes de inovação aberta na Gestão da Cadeia de Suprimentos” e, após se
avaliar a literatura, foi utilizado o questionário validado no artigo de Shanah e
Elssawabi (2015), com 31 afirmações distribuídas nas três sub-dimensões de
inovação aberta: partilha de conhecimento (13), partilha de valor (04) e inovação
(14). Este questionário foi elaborado para a avaliação da inovação aberta
especificamente na cadeia de suprimentos. O mesmo foi aplicado na íntegra em
profissionais com experiência em Logística, e após uma análise fatorial realizada
através do software SPSS, foram reduzidos dos 31 indicadores originais para 19,
considerados os mais importantes para profissionais da cadeia de suprimentos. Os
indicadores remanescentes estão destacados na tabela 04 deste estudo.
78
Conseguiu-se, assim, afirmar que o objetivo foi alcançado, demonstrando os
principais indicadores de inovação aberta na cadeia de suprimentos de acordo com
a amostra realizada.
Em seguida, partiu-se para o terceiro objetivo do estudo, que era “Avaliar a
influência da orientação individual empreendedora na propensão de inovar por
meio do uso ferramentas de inovação aberta na Gestão da Cadeia de
Suprimentos”. Para se atingir este objetivo foi aplicado o questionário validado de
Bolton e Lane (2012), com 10 afirmações sobre orientação individual
empreendedora. Bolton e Lane já evidenciaram a relação positiva dos aspectos de
capacidade de inovação, disposição para assumir riscos e proatividade, com a
intenção empreendedora. Por meio de nosso modelo, a variável latente OIE
influencia a variável USO IA, percebe-se influência positiva, pelo valor de caminho =
0,176. O fator t de Student = 2,000 ficou acima de 1,96 com significância de 95% e
valor p ≤ 0,046, e além disto também um valor considerado elevado de 0,261 para o
indicador de Cohen f², desta forma afirma-se que existe, sim, influência da
orientação individual empreendedora na propensão de inovar por meio do uso
ferramentas de inovação aberta na cadeia de suprimentos, e, portanto, atingiu-se o
objetivo.
Outro objetivo específico postulado foi o de “Avaliar a influência das
competências do profissional da cadeia de suprimentos na propensão de
inovar por meio do uso de ferramentas de inovação aberta na Gestão da
Cadeia de Suprimentos”, com a aplicação do questionário espefícico com os 18
indicadores destacados na tabela 03 deste estudo, conseguiu-se após uma analise
fatorial, observar que a variável latente CGCS exerce influência positiva, com valor
de caminho = 0,269, o t de Student = 3,3000, ficou acima de 1,9600, com
significância de 95% e valor p ≤ 0,001. Além disto, também se constata um valor
considerado elevado de 0,427 para o indicador de Cohen f². Dessa forma, afirma-se
que existe influência. Pelos valores dos fatores estatísticos, esta influência é até
maior que a influência da Orientação Empreendedora Individual, atingindo assim o
objetivo proposto.
Outro objetivo específico foi: “Avaliar a influência da intenção de inovar no
uso efetivo de ferramentas da inovação aberta na Gestão da Cadeia de
Suprimentos”. Foram utilizados os questionários e variáveis latentes da UTAUT -
79
Teoria Unificada da Aceitação e Utilização de tecnologia, e também, o questionário
validado de Venkatesh com 18 indicadores, através do método de equações
estruturais dos mínimos quadrados parciais e uso do software SMARTPLS, para
obter os valores de caminho = 0,172 de INTENÇÃO para USO IA, ou seja, existe
influência positiva da intenção de inovar no uso de ferramentas da inovação aberta.
Uma ressalva é o valor t de Student = 1,902, ou seja, menor que 1,9600,
demonstrando baixa significância para o contexto investigado. Mas o cálculo do fator
Q² = 0,506, acima de zero e o indicador de cohen f² = 0,461 demonstram a
qualidade de ajuste do modelo proposto no estudo, portanto o objetivo de avaliar a
influência da intenção de inovar no uso efetivo de ferramentas da inovação na
cadeia de suprimentos foi atingido.
O último objetivo específico elencado no estudo foi o de: “Propor um modelo
teórico preditivo da aceitação de uso de ferramentas de inovação aberta na
Gestão da Cadeia de Suprimentos”. Conforme figura 11, e com a comprovação de
todas as 07 hipóteses retiradas da literatura pesquisada, conseguimos comprovar o
modelo conceitual proposto como adequado, portanto o objetivo foi atingido.
Uma limitação deste trabalho é ter sido realizado com profissionais da cadeia
de suprimentos de apenas uma empresa, apesar de se tratar de uma empresa de
nível nacional e com certa complexidade nas áreas de aquisição, armazenagem e
distribuição de produto. Outra limitação foi a quantidade de itens no questionário
aplicado aos profissionais, muito longo. Sugere-se que este estudo também seja
realizado em outros segmentos e outras empresas presentes em grandes cadeias
de suprimentos.
Quanto aos achados, pode-se relacionar como importantes: a descoberta das
competências mais importantes na opinião dos profissionais da cadeia de
suprimentos da empresa pesquisada, a descoberta dos indicadores de inovação
aberta de maior impacto para os profissionais da cadeia de suprimentos da
empresa, comprovar que existe relação de OIE no uso de tecnologia de inovação
aberta, e também comprovar que existe relação entre as competências dos
profissionais de logística no uso de tecnologia de inovação aberta. Também pode-se
destacar a própria proposta de um modelo conceitual com influência de OIE e CGCS
na predição de uso de ferramenta de inovação aberta na cadeia de suprimentos,
80
possibilitando trazer, à luz das teorias estudadas valores estatísticos que podem
servir de referências para outros estudos sobre o tema.
As contribuições teóricas do trabalho se relacionam com a avaliação realizada
das teorias UTAUT, OIE, IA e CGSC, e a proposição de um modelo conceitual
relacionando as mesmas, assim como o fato de ter sido aplicado questionário
gerando dados estatísticos, e estes podem servir de parâmetros para outros
estudos. Um estudo bibliográfico realizado por Williams, Rana e Dwivedi (2015)
demonstrou que a avaliação da UTAUT tem sido realizada com grande enfase
através de análises de equações estruturais, e também através do uso do software
SPSS, a avaliação foi realizada em 174 artigos sobre a UTAUT, corroborando assim,
com a escolha assertiva da metodologia deste trabalho.
Estudos de aceitação de tecnologia foram feitos até para avaliar aceitação
comparando alunos de graduação e alunos de pós-graduação (MCKEOWN;
ANDERSON, 2016). Uma implicação gerencial deste trabalho, que deve ser
enaltecida, é a possibilidade de professores e coordenadores, de cursos das áreas
de logística e cadeia de suprimentos, poderem avaliar no contexto do estudo, quais
as competências consideradas mais importantes para os entrevistados, sabe-se que
estas competências podem sofrer alterações ao longo do tempo, assim como podem
ser diferentes para profissionais que atuam em outras empresas, conforme constata-
se na revisão de literatura.
81
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maio 2016.
90
APÊNDICE A QUESTIONÁRIO SOBRE COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS
DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Por favor avalie a importância das seguintes áreas de competências para Gestores de Logística/Cadeia de Suprimentos, utilizando a escala fornecida. Considerando o quão importante são estas competências para os gestores de Logística/Cadeia de Suprimentos, assinale entre "1" e "7" a Importância da Competência considerando a escala sendo "1" nenhuma importância, "2" Muito Baixa, "3" Baixa, "4" Média, "5" Média Alta, "6" Alta e "7" Muito Alta.
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1 2 3 4 5 6 7
1 Gerenciamento de Transportes
2 Gerenciamento de Estoques
3 Previsão de Demanda
4 Gerenciamento de Armazenagem
5 Planejamento de Distribuição
6 Processamento de Pedidos
7 Regulamentação de Transportes
8 Aquisição
9 Alocação das Instalações
10 Manuseio de Materiais
11 Manuseio de Mercadorias Devolvidas
12 Padronização ISO 14000
13 Armazenamento de Resíduos (descartes)
14 Conhecimento de Diferenças Culturais
15 Habilidade de Modelagem Quantitativa
16 Conhecimento de Software
17 Habilidade com Planilhas
18 Análise Estatística
19 Habilidade de Visão do "Todo" (Global)
20 Gestão de Mudanças
21 Gestão de Conflitos
22 Habilidades Interpessoais
23 Conhecimento da Indústria
24 Habilidade de Negociação
25 Gestão de Projetos
26 Conhecimento Orientado à Cadeia de Suprimentos
91
27 Trabalho em Equipe
28 Conhecimento de Tecnologias de Ponta
29 Habilidade de Priorizar
30 Comunicação Verbal
31 Comunicação Escrita
32 Conscientização da Infraestrutura Diferencial
33 Habilidade em Tecnologia de Informação (TI)
34 Habilidade de Benchmarking
35 Habilidade de Custear a Cadeia de Suprimentos
36 Integração de Fluxos de Informação e Sistemas
Externos
37 Integração de Fluxos de Informação e Sistemas
Internos
38 Habilidade de Coordenação Interfuncional
39 Gestão da Qualidade
40 Logística reversa
41 Conhecimento de Questões Ambientais da Cadeia
de Suprimentos
92
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO SOBRE ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL
EMPREENDEDORA
Por favor classifique a sua capacidade empreendedora, utilizando a escala fornecida. Considerando no seu entendimento qual a sua capacidade de empreender, assinale entre "1" e "7" considerando a escala sendo "1" Discordo Plenamente até "7" Concordo Plenamente
93
APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO SOBRE INOVAÇÃO ABERTA
Inovação Aberta é uma forma de inovação que trabalha compartilhamento de conhecimento, compartilhamento de valores e inovação. Considerando as afirmações abaixo, no seu entendimento sobre a ação de inovar, assinale entre "1" e "7" considerando a escala sendo "1" Discordo Plenamente até "7" Concordo Plenamente
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1 2 3 4 5 6 7
Conhecimento Compartilhado
1 Sinto-me à vontade ao dizer ao meu gestor quando as
coisas vão mal
2 Meu gestor age conforme fala
3 No geral estou muito satisfeito com a eficiência
operacional da organização
4 Meu gestor me escuta
5 Eu me sinto ligado a meus pares
6 Eu sou livre para discordar do meu gestor
7 A alta administração é sincera em seus esforços para se
comunicar com os funcionários
8 Meu gestor se comporta de uma maneira consistente dia
após dia
9 Minha empresa valoriza a importância do conhecimento
10 Minha empresa estabelece medidas/regras escritas para
manter o conhecimento
11 Sinto-me ligado à minha organização
12 Estou muito satisfeito com a qualidade geral dos produtos
e / ou serviços da organização
13 Eu sempre tenho algo a dizer nas decisões que afetam o
meu trabalho
Valor Compartilhado
1 Meu gestor é de confiança
2 Eu recebo informações adequadas sobre o quão bem eu
estou fazendo no meu trabalho
94
3 Estou muito satisfeito com a capacidade da organização
para atingir os seus objetivos
4 Eu recebo informações adequadas a respeito de como eu
estou sendo avaliado
Inovação
1 A alta gestão escuta as preocupações dos trabalhadores
2 A alta gestão mantém seus compromissos com os
funcionários
3 Estou muito satisfeito com a capacidade dos funcionários
da organização
4 Sinto-me ligado ao meu gestor
5 Eu recebo informações adequadas a respeito de como os
meus problemas relacionados ao trabalho são tratados
6 Meu gestor está preocupado com o meu bem-estar
pessoal
7 Os meus valores são semelhantes aos valores de meus
pares
8
Eu recebo informações adequadas sobre como as
decisões organizacionais que afetam o meu trabalho são
tomadas
9 A alta gestão está preocupada com o bem-estar pessoal
dos funcionários
10 Meu gestor mantém seus compromissos com os membros
da equipe
11 Os meus valores são semelhantes aos valores do meu
gestor
12 Eu recebo informações adequadas sobre as estratégias de
longo prazo da minha organização
13 Meu gestor é sincero em seus esforços para se comunicar
com os membros da equipe
14 Meu gestor fala positivamente sobre os subordinados na
frente dos outros
95
APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO SOBRE COMPETÊNCIAS QUE INFLUENCIAM
NA ADOÇÃO DA INOVAÇÃO
Por favor classifique as competências que facilitam inovar em logística/cadeia de suprimentos, utilizando a escala fornecida. Considerando as afirmações a seguir relacionadas, assinale entre "1" e "7" considerando a escala sendo "1" Discordo Completamente até "7" Concordo Completamente
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1 2 3 4 5 6 7
1 Ter habilidade em Gerenciamento de Transportes facilita
inovar em Logística
2 Ter habilidade em Gerenciamento de Estoques facilita
inovar em Logística
3 Ter habilidade em Gerenciamento de Armazenagem
facilita inovar em Logística
4 Ter conhecimento sobre Planejamento de Distribuição
facilita inovar em Logística
5 Ter conhecimento sobre Manuseio de Materiais facilita
inovar em Logística
6 Ter conhecimento sobre Manuseio de Mercadorias
Devolvidas facilita inovar em Logística
7 Ter conhecimento sobre Armazenamento de Resíduos
(descartes) facilita inovar em Logística
8 Possuir bom Conhecimento de Diferenças Culturais facilita
inovar em Logística
9 Ter experiência em Conhecimento de Software facilita
inovar em Logística
10 Possuir boa Habilidade com Planilhas facilita inovar em
Logística
11 Possuir habilidade em Gestão de Conflitos facilita inovar
em Logística
12 Possuir boas Habilidades Interpessoais facilita inovar em
96
Logística
13 Possuir boa Habilidade de Negociação facilita inovar em
Logística
14 Ter boa Comunicação Verbal facilita inovar em Logística
15 Ter boa Comunicação Escrita facilita inovar em Logística
16 Possuir boa Habilidade de Benchmarking facilita inovar em
Logística
17
Ter conhecimento sobre Integração de Fluxos de
Informação e Sistemas Externos facilita inovar em
Logística
18 Ter conhecimento sobre Gestão da Qualidade facilita
inovar em Logística
97
APÊNDICE E - QUESTIONÁRIO SOBRE UTILIZAÇÃO DO USO DE
FERRAMENTAS DE INOVAÇÃO ABERTA – PARTILHA DE CONHECIMENTO
Por favor classifique afirmações abaixo com base em sua experiência no uso de ferramentas de partilha de conhecimento, utilizando a escala fornecida. Considerando as afirmações a seguir relacionadas, assinale entre "1" e "7" considerando a escala sendo "1" Discordo Completamente até "7" Concordo Completamente
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AFIRMAÇÃO
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Co
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1 2 3 4 5 6 7
1 Eu acho o Lync - Skype for Business útil no meu trabalho
2 Usar o Lync - Skype for Business me permite realizar
tarefas mais rapidamente
3 Usar o Lync - Skype for Business aumenta minha
produtividade
4 Minha interação com o Lync - Skype for Business é clara e
compreensível
5 Foi fácil para mim tornar-me habilidoso no Lync – Skype
for Business
6 Eu acho o Lync - Skype for Business fácil de usar
7 Aprender a utilizar o Lync - Skype for Business é fácil para
mim
8 Meus Gestores acham que eu devo utilizar o Lync - Skype
for Business
9 Pessoas que são importantes para mim acham que eu
devo utilizar o Lync - Skype for Business
10 Os gestores facilitariam o uso do Lync - Skype for
Business
11 Em geral a empresa apoia o uso do Lync - Skype for
Business
12 Eu tenho os recursos necessários para o uso do Lync -
Skype for Business
13 Eu tenho o conhecimento necessário para o uso do Lync -
Skype for Business
98
14 O Lync - Skype for Business é compatível com outros
sistemas que eu uso
15 Há suporte disponível para assistência com dificuldades de
uso do Lync - Skype for Business
16 Pretendo continuar utilizando o Lync - Skype for Business
por muito tempo
17 Prevejo que continuarei utilizando o Lync - Skype for
Business por muito tempo
18 Planejo utilizar o Lync - Skype for Business por muito
tempo
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