REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA EDUVALE Publicação científica da Faculdade de Ciências Sociais aplicadas do Vale de São Lourenço-Jaciara/MT
Ano IV, Número 06, novembro de 2011 - Periodicidade Semestral- – ISSN 1806-6283
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USO PEDAGÓGICO DE MÍDIAS NA ESCOLA: O UCA (UM COMPUTADOR POR ALUNO) NA ESCOLA MAGDA IVANA, EM JACIARA.
Elisângela Lopes de Lima1
RESUMO
A busca pela compreensão do papel das TICs – Tecnologias de Informação – no
processo de desenvolvimento da aprendizagem foi o cerne que originou este trabalho.
No intuito de alcançar este aprendizado, desenvolveu-se uma pesquisa voltada para a
revisão bibliográfica de autores conhecedores do tema em questão: Tecnologias de
informação na educação, para que sua delimitação: “o uso das TICs no processo de
aprendizagem da Escola Municipal Magda Ivana” fosse concretizada. Desta forma,
desenvolveu-se um relato de experiência profissional, ressaltando o trabalho com o
Projeto UCA – Um computador por aluno – na referida escola, bem como se deu o
processo de adaptação do corpo docente a esta nova ferramenta de trabalho. Assim,
este trabalho partiu de uma abordagem teórica, utilizando o método dedutivo, para
ampliar as concepções apreendidas com a prática.
Palavras-chave: Tecnologias de informação, processo ensino-aprendizagem,
educação.
1 Professora efetiva da Rede Municipal de Jaciara/MT
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INTRODUÇÃO
O Projeto Um Computador por Aluno (UCA), instituído pelo Governo Federal
em algumas escolas do Brasil em 2007, visa disponibilizar aos educandos a
possibilidade de manuseio de um laptop durante o período escolar, a fim de não só
facilitar a inclusão digital destes educandos mas também de integrar a mídia no
processo pedagógico. Desta forma, tal projeto, que teve origem com base em
experiências europeias, está sendo adaptado à realidade escolar brasileira aos poucos,
o que tem ocasionado alguns entraves no processo de adaptação. O objetivo desta
pesquisa então, é conhecer o Projeto UCA, bem como sua aplicabilidade dentro de uma
escola pública do município de Jaciara, baseando a compreensão sobre o uso de
computador na sala de aula em autores como Oliveira (1997), Almeida (2005), Oliveira
(2006), Sousa (2008), entre outros.
Para tal abordagem, o presente trabalho foi dividido em algumas seções,
sendo a primeira um apanhado geral da conceituação de tecnologias de informação; a
segunda já aborda reflexões acerca do uso do computador em sala de aula, a terceira
apresenta algumas sugestões de uso do computador em sala de aula, e a quarta seção
retrata a experiência de implantação do Projeto UCA na unidade escolar escolhida para
a pesquisa – a Escola Municipal Magda Ivana, situada na periferia do município de
Jaciara – MT.
Visando esmiuçar a compreensão acerca do uso do computador em sala de
aula, o presente trabalho procura apresentar, de forma simples e sistemática, reflexões
que facilitem ao professor a integração com esta mídia, hoje indiscutivelmente
necessária ao processo educacional. Ignorar o avanço do uso das tecnologias de
informação e comunicação (TICs) dentro do ambiente escolar é estar à margem do
desenvolvimento sócioeducativo atual, pois é impossível que o professor não
reconheça sua importância e necessidade como facilitador da aprendizagem do aluno.
No entanto, muitos professores ainda têm dificuldades na organização do
trabalho pedagógico com o uso do computador e é justamente a compreensão destas
dificuldades que nortearão esta pesquisa, pois é importante que sejam direcionadas
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atitudes dentro da escola, não apenas com os alunos, mas com todo o corpo docente,
para que, cada vez mais, haja uma inclusão digital real dos alunos e da comunidade
escolar por inteiro.
Tecnologias em educação: concepções teóricas
A história da Educação nos mostra que a prática educacional tem sido
baseada na mera repetição de conteúdos prontos e pré-definidos, na utilização de
materiais agregados da realidade dos educandos, considerando que o conhecimento
necessário à formação destes deve apenas seguir preceitos curriculares já prontos pela
escola.( parece contraditório) O resultado disto é a falta de credibilidade educacional
pelos maus resultados computados em censo nacional onde se crucifica o professor
pelo seu papel já defasado, conforme cita ALMEIDA (2005, p. 9).
No cenário educacional, as políticas públicas a favor do Ensino Básico
Fundamental (1º ao 9º ano) foram eficazes com relação ao aumento nas matrículas,
atingindo, segundo ALMEIDA (2005, p. 11) “um crescimento porcentual de 68,5% tendo
um aumento bruto de 22.595.232 em quinze anos”.
Já em relação ao Ensino Médio, neste mesmo espaço de quinze anos
constatou-se que o aumento de alunos matriculados, conforme ALMEIDA (2005, p. 11)
aumentou 139,2%, o que corresponde a um aumento absoluto de 5.259.622 de alunos
matriculados.
Em contraponto, muitas escolas ainda não apresentam condições de
funcionamento, conforme se vê frequentemente em noticiários de TV, devido a
inúmeros motivos. Isso coloca em cheque outra dificuldade enfrentada pela educação
que é a qualidade social, uma vez que a garantia de matrículas não é sinônimo de
qualidade.
Na realidade, o verdadeiro sentido da educação enquanto formadora de
cidadãos está no conhecimento da realidade local e dos problemas mais próximos à
escola para, a partir daí, avançar para estudos e conhecimento de culturas distantes,
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universais, mudanças e contribuições que a humanidade já produziu, entre outros. No
entanto, o que se vê na escola é justamente o contrário: a aplicação de conceitos e
realidades totalmente adversas à do educando, o que faz com que o interesse do
mesmo pelo processo educacional seja cada vez minado. O uso do computador em
sala de aula, neste contexto, conforme aborda ALMEIDA (2005, p. 150), “tem o
significado de ajudar a fazer os diagnósticos da realidade e facilitar o cruzamento entre
as necessidades locais e os conteúdos da ciência, da arte e da cultura disponíveis em
suas enormes redes”.
Todavia, para que isso ocorra, é muito importante que o professor se baseie
em um projeto pedagógico, tanto a nível escolar (da escola como um todo), quanto a
nível de disciplina (individual). Neste momento, de acordo com ALMEIDA (2005, p. 15)
entram as “TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), mais especificamente o
computador”.
Com essas mudanças nas concepções educacionais, é importante que
alguns questionamentos voltados para as TICs sejam feitos: primeiramente é
importante compreender o que mudou no cenário educacional desde os anos 80, época
em que a maioria dos professores que atuam hoje estavam no ensino fundamental.
Depois é preciso saber se todo esse aparato tecnológico disponível hoje remete à
educação as questões sociais e políticas e, finalmente, se “a vinda massiva da internet
alterou significativamente o uso do computador nas salas de aula?” (ALMEIDA, 2005, p.
15).
Para quem estava no Primeiro Grau (hoje Ensino Fundamental) nos anos 80
(como é o meu caso), praticamente não se ouvia falar em computador. Até mesmo
outros tipos de recursos tecnológicos como vídeo cassete (que era mais comum na
época), televisão, entre outros, eram raramente utilizados em sala de aula. Hoje, no
entanto, é praticamente inviável ao professor atuar em sala de aula sem considerar as
mídias, visto que os alunos as têm (em sua maioria) disponíveis em casa: computador
com internet, televisão a cabo, DVDs, etc. e, ao menos que queira ser deixado para trás
diante das aspirações e questionamentos de seus alunos, o professor necessita estar
atualizado e inteirado com estes recursos.
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Os questionamentos apresentados anteriormente não existem para que se
apresentem respostas prontas, mas simplesmente para que se equacionem algumas
reflexões, compreendendo inclusive alguns chamados “equívocos” que, segundo
discorre ALMEIDA (2005, p. 16) “perpassam estes mais de vinte anos de trabalho na
implantação das TICs na educação”.
Equívoco 1: Em primeiro lugar acreditou-se e defendeu-se que a entrada eficaz das novas tecnologias nas escolas se daria pela mão, inteligência e pelo desenvolvimento criativo dos alunos. Esses jovens, corajosos, ousados e curiosos por natureza, além de nascidos sob o signo dos controles remotos e das “traquitanas” tecnológicas, invadiriam as salas e fariam que os mestres aprendessem a usá-las, envergonhados que ficariam diante dos jovens. Não funcionou. De um lado, o professor com tantos conteúdos a dar em currículos entupidos de matérias, argumentavam que o uso do computador o impediria de dar conta do seu compromisso com os conteúdos. De outro, mesmo tendo um discurso de que isso era importante, depois que fechava a sua porta de sala de aula, fazia o que melhor sabia fazer há muitos anos, e que julgava, vinha dando certo. Acrescia-se a este equívoco que a escola não estava equipada para tanto uso, e o computador, por exemplo, era apenas de uso nas demonstrações e simulações.Equívoco 2: vamos formar professores e dar-lhes computadores e muitos softwares educativos e eles começarão a usá-los em sala de aula. Assim o fizeram escolas e estados inteiros. Compraram softwares, máquinas, equiparam os laboratórios e andou-se pouco. [...] (ALMEIDA, 2005, p. 17).
Assim, conforme citação acima, de nada adianta a escola possuir diversas
mídias e TICs se não houver um prévio planejamento de utilização das mesmas, bem
como um acompanhamento responsável e comprometido dos gestores e equipe de
coordenação escolar. Sem isto, tais recursos serão totalmente inúteis diante do
processo de ensino-aprendizagem.
Mudanças na educação nos últimos vinte anos
De acordo com CROCHIK (1998, p. 127), o computador começou a ser
aplicado à educação com fins didáticos nos Estados Unidos, no final da década de 50,
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em uma indústria de computadores, a IBM, e a primeira disciplina curricular a ter o
suporte desse instrumento foi a Matemática”.
Daí para cá, muitas foram as mudanças ocorridas em se tratando de novas
linguagens de programação que visassem facilitar a utilização do computador em sala
de aula. Todavia, é importante que o uso do computador se adapte aos conhecimentos
transmitidos, o que facilita o processo de ensino e a avaliação.
Conforme foi dito anteriormente, a educação dos anos 80 para cá sofreu
diversas mudanças, assim como a própria realidade social do país, com a incidência
dos recursos tecnológicos no cotidiano da sociedade em geral. Por isso mesmo,
OLIVEIRA (1997, p. 21) afirma que “a entrada dos computadores na educação não
pode ser discutida de forma desconectada das mudanças tecnológicas que ocorreram
no mundo nestes últimos 30 anos”.
Foram essas mudanças que fizeram com que diversos setores produtivos e
financeiros como bancos, indústrias, telecomunicações tivessem seu desenvolvimento
baseado na informática, o que acabou, logicamente, se refletindo na escola: não há
como preparar o aluno para ser cidadão atuante sem dar-lhe os requisitos e
conhecimentos mínimos para integrar esta sociedade. E que aluno sai da escola e entra
no mercado de trabalho atuando positivamente sem nenhuma noção de como utilizar
um computador? Pode-se dizer que nenhum.
Cita OLIVEIRA (1997, p. 28) que “a forma de impulsionar a inserção dos
computadores nas escolas não teve um modelo universal; cada país acionou
mecanismos diferentes.” Dentre esses mecanismos, OLIVEIRA (1997, p. 28) cita a
priorização na formação de grande número de professores e a busca por convênios
com as empresas privadas. Quaisquer que fossem os mecanismos utilizados pelos
países de todo o mundo, sabe-se que todos tiveram o mesmo objetivo: melhorar a
qualidade das escolas e garantir aos alunos o acesso ao conhecimento de uma
tecnologia extremamente utilizada na sociedade moderna.
No Brasil, conforme SAVIANI (1985, p. 36), “a realidade parece mostrar que
nossas experiências não partiram da decisão de educadores e militantes da educação,
mas da vontade dos altos escalões do governo brasileiro [...]”. Essa afirmação
comprova a existência de certa resistência por parte dos professores quanto à
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utilização das TICs em sala de aula, o que recorre à prática profissional baseada na
própria experiência vivenciada em anos anteriores, à própria escolaridade.
OLIVEIRA (1997, p. 29) discorre que “Em 1981, como forma de inserir a
comunidade educacional nessa discussão, foi realizado, em Brasília, o I Seminário
Nacional de Informática na Educação [...], envolvendo, dessa vez, pessoas ligadas
diretamente ao processo educacional”.
A partir deste encontro, as avaliações e recomendações de uso do
computador na sala de aula apresentadas são as mesmas que vigoram até hoje, as
quais estão destacadas a seguir:
Na ótica dos participantes do Seminário, percebe-se que no Brasil: a) persiste um quadro de graves desequilíbrios na oferta de oportunidades educativas em prejuízo do acesso universal à escola elementar; b) e que, ao mesmo tempo, se requer melhor desempenho e qualidade dos níveis médios e superior ante o avanço dos padrões tecnológicos e organizacionais do mundo do trabalho e das relações societárias; c) que, neste sentido, é maior a deficiência das instituições educacionais para preparar as pessoas para criar, utilizar e conviver com os recursos e a organização das redes informacionais. Daí recomendarem: a) que as atividades de informática na educação seja balizadas por valores culturais, sociopolíticos e pedagógicos da realidade brasileira; b) que os aspectos técnicos-econômicos (custos, volume de inversões, tecnologia e relações interindustriais) sejam equacionados, não em função das pressões do mercado, mas em função dos benefícios socioeducacionais que um projeto desta natureza possa gerar e em equilíbrio com outros investimentos em educação no país; em especial que o fator custo não seja impeditivo da implantação da fase experimental do processo (OLIVEIRA, 1997, p. 30)
A partir das recomendações citadas, percebe-se que os educadores
participantes do II Seminário de Informática na Educação estavam preocupados tanto
com o uso indiscriminado de programas estrangeiros que influenciassem os conceitos e
a cultura nacional quanto com questões econômicas, como investimentos de empresas
privadas dentro do processo educacional.
ALMEIDA (2005, p. 19) afirma que tais reflexões “não podem dar cabo de
todas as mudanças que as TICs trouxeram para a melhoria da educação, mas
apresentar alguns caminhos que lhe foram abertos”.
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Isso quer dizer que os governos (estaduais, municipais e federal) passaram a
voltar os olhos para à necessidade de equipar as escolas públicas, como proporcionar
uma melhor merenda escolar, equipar e construir bibliotecas, além de construção de
novas escolas.
A partir daí foram criadas políticas de informatização envolvendo aquisição
de equipamentos aliadas à formação de professores que, segundo ALMEIDA (2005, p.
19) “mostraram impactos significativos nas redes, como foi um exemplo o projeto do
PROINFO”. Neste projeto, os Estados solicitavam equipamentos para seus Núcleos
Estaduais de Informática na Educação (NTE) a partir de projetos de uso e de formação
de seus educadores; quando aceitos esses projetos, os núcleos recebiam os
equipamentos e um programa de formação de educadores passava a ser desenvolvido
em parceria com o PROINFO e os Estados.
No ambiente do PROINFO, segundo ALMEIDA (2005), “pode-se verificar não
apenas o estado atual da arte, mas um pouco da história do projeto e seu
desenvolvimento.”
Todavia, mesmo com tanta evolução e facilidades no tocante ao processo de
informatização escolar, as universidades e licenciaturas ainda não oferecem ao
professor requisitos materiais e curriculares para fomentar a discussão e o preparo para
a educação continuada a partir das TICs e, tão pouco, prepara esses novos professores
para o domínio da educação à distância (EAD).
A Portaria MEC 4.059/2004 que facilita e normatiza que 20% das aulas de graduações sejam em modalidade de EAD não saiu do papel na maioria das universidades, principalmente nas públicas. Na verdade, a EAD, na universidade, não é (embora possa vir a ser) uma forma de vulgarizar ou superficializar o ensino, mas uma ocasião de abrir aos alunos e mestres uma janela para o estudo assíncrono, para a pesquisa como forma de estudos, para o desenvolvimento de escrita mais contínua, para os estudos colaborativos em redes de participação, para as habilidades de manipulação de novas e múltiplas linguagens, entre outras vantagens nas quais o ensino presencial não é tão ágil. (OLIVEIRA, 1997, p. 31)
Sabe-se que hoje, na maioria das escolas públicas brasileiras, devido ao
projeto PROINFO, há laboratórios de informática para serem utilizados pelos
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professores regentes. O computador, então, passa a ser um instrumento de auxílio no
processo de pensamento e linguagem, deixando de ser utilizado pelo professor apenas
como apresentação de slides, com o power point, para simplesmente chamar a atenção
dos alunos. É importante destacar que o professor deve vencer as dificuldades que
possui de manusear e inserir o computador no cotidiano da atividade escolar, claro que
de forma organizada e sistematizada.
Educação e informática: limites e possibilidades de uso
Com o rápido acesso da população aos microcomputadores a partir dos anos
80, muitas discussões foram geradas entre especialistas sobre as consequências que o
uso deste instrumento pode trazer para a vida da população.
Conforme foi visto no capítulo anterior, cada vez mais o uso do computador
em sala de aula torna-se justificado, variando e expandindo sua aplicação à medida que
os professores aumentam sua intimidade com este recurso.
A introdução do computador nas escolas brasileiras, quer como instrumento
auxiliar no ensino, quer com o objetivo de capacitar ao domínio da linguagem da
informática, conforme cita Souza (1998, p. 36) “vem se constituindo um ponto
importante no debate atual entre os educadores”. Saber quais as formas de abordar
este uso na sala de aula é uma constante dúvida do professor.
OLIVEIRA (1997, p. 118) enumera quatro formas generalizadas de utilização
do computador em sala de aula: “instrução programada, simulações, aprendizagem por
descoberta e pacotes aplicativos”.
A instrução programada citada por OLIVEIRA (1997) é uma das formas mais
empregadas nas escolas no ensino de situações, conceitos ou habilidades voltadas
para o contexto curricular. Na maioria das vezes, empregam-se atividades
caracterizadas pela execução de “exercícios repetitivos e demonstrações” (OLIVEIRA,
1997, p. 118).
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Essa abordagem reflete a visão que os profissionais têm do processo
educacional: o aluno deve aprender um conteúdo que outra pessoa preparou para si;
conteúdo este muitas vezes nada relacionado com a realidade e interesse do aluno.
[...] são varas as atividades que podem ser utilizadas no ensino programado. No entanto, por ser caracterizado pela realização de atividades repetitivas, os assuntos mais usualmente trabalhados são: operações aritméticas, vocabulário de línguas estrangeiras, ortografia, símbolos de substâncias químicas (OLIVEIRA, 1997, p. 118)
Este tipo de utilização é, na maioria das vezes, justificado pela tentativa do
professor de querer ajudar os alunos a memorizar os conteúdos, objetivando apoiar
aqueles com maior dificuldade a alcançarem o restante da turma, uma vez que, neste
tipo de utilização do computador, o atendimento é mais individual, o que acaba
facilitando o desenvolvimento desses alunos.
O atendimento individualizado é possível em função dos programas acompanharem o desenvolvimento dos alunos, ou seja, o programa avança em dependência da resposta dada pelo aluno. As perguntas normalmente vêm na forma de múltipla escolha. Dependendo da resposta, o aluno recebe ou um elogio, se respondeu certo, ou uma mensagem informando que ele está errado; neste segundo caso ele terá normalmente outra chance de tentar responder corretamente (CHAVES, 1988, p. 118).
Apesar da instrução programa ser, em algumas variações, uma forma de
aplicação mais avançada do computador em sala de aula e produtora de melhores
resultados que as atividades convencionais, muitos professores, apresentam
dificuldades em utilizá-la, pois exige um maior conhecimento de noções de
programação, “sendo, desta forma, sua elaboração de difícil realização por parte dos
professores” (OLIVEIRA, 1997, p. 119).
Outro fator citado por OLIVEIRA (1997, p. 118) é a capacidade de memória
das máquinas. Este aspecto é totalmente relevante, visto que, de nada adianta planejar
o desenvolvimento de determinadas atividades com os alunos, se no momento da
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realização não for possível executar tais tarefas em virtude de pouca memória no
computador e lentidão no acesso à internet, por exemplo. Essa dificuldade ocorre
frequentemente no ambiente escolar, visto que, na maioria das vezes, as máquinas
disponíveis nos laboratórios de informática já estão obsoletas e carregadas de
programas os quais impossibilitam o uso eficaz da máquina.
[...] dificuldades que são decorrentes dessa forma de utilização dos computadores na educação: • elevado custo tanto para preparação dos programas, como também pela necessidade de um computador para cada aluno; • o trabalho realizado pelos alunos é pouco criativo; • não permite análise das respostas erradas; (OLIVEIRA, 1997, p. 120)
A simulação, outra forma de utilização do computador em sala de aula citada
por OLIVEIRA (1997, p. 120) é, segundo o autor, “uma atividade que coloca o aluno
diante do computador como manipulador de situações ali desenvolvidas, que imitam ou
se aproximam de um sistema real ou imaginário.” Mesmo não precisando do
computador para realizar este tipo de tarefa, este recurso facilita muito mais o
desenvolvimento da simulação, visto que permite ao aluno a manipulação de resultados
imediatos, mediante a facilidade de modificar situações e condições. Apesar de ser
importante para que atividades de simulação sejam realizadas pelos alunos, o uso do
computador deve ser apenas um complemento, “e nunca uma substituição do trabalho
no laboratório, visto que a utilização apenas deste modelo pode privar os estudantes de
experiências importantes de aprendizagem” (CHAVES, 1988, p. 45).
SANTAROSA (apud OLIVEIRA, 1997, p. 121) cita algumas vantagens da
simulação com o computador:
• Garante ao participante a vivência de experiências semelhantes às que realizará na vida real;
• Propicia, potencialmente, maior transferência da situação de treinamento à situação e vida real;
• Oferece oportunidades para solucionar problemas difíceis mais do que observar formas de solução. (OLIVEIRA, 1997, p. 121)
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Mesmo com todas as vantagens de se fazer uma simulação de situação real com
o uso do computador, no desenvolvimento deste tipo de atividade é primordial que o
professor esteja preparado para mediar as dúvidas e conduzir a construção do
conhecimento, apresentando pressupostos que direcionem a realização da atividade
planejada.
A terceira forma de uso do computador citada por OLIVEIRA (1997, p. 122) –
aprendizagem por descoberta – é, segundo o autor, a forma “que mais se tem
disseminado nas escolas, não só por ter sido desenvolvida com objetivos educacionais,
mas por trazer consigo uma proposta filosófico-educacional que rompe com o modelo
de educação em que o processo se concentra na figura do professor.” Neste tipo de
abordagem, o aluno é compreendido como um depósito de informações previamente
selecionadas pelo professor.
Infelizmente, esse tipo de abordagem se dá pela supervalorização do computador
como símbolo do futuro: há um estereótipo em torno da ciência e da tecnologia,
particularmente em torno do computador, que só serve para elevá-lo diante de todas as
tecnologias mas não especifica claramente as possibilidades de sua aplicação.
Estas visões de mundo são impregnadas de valores e percepções que tende a se cristalizar em estereótipos ou preconceitos, que por sua vez fundamentam atitudes que podem se tornar mais ou menos rígidas por estarem associadas a estes estereótipos, que conduzem a mitos pouco criticados por aqueles que as adotam (OLIVEIRA, 1997, p. 130).
A partir desta citação, compreende-se que o uso do computador em sala de aula
sempre trará algum benefício pedagógico, seja para o aluno, seja para o professor.
Porém, é necessário que se tenha sempre em mente quais objetivos pretende alcançar
ao lançar mão desta ferramenta, para que a mesma não seja um recurso vazio,
utilizado apenas por costume, sem nenhuma regra ou concessão.
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A implantação do projeto uca – um computador por aluno – na Escola
Municipal Magda Ivana, em Jaciara – mt.
No ano de 2007, a Secretaria Municipal de Educação, por intermédio da
UNDIME – União dos Dirigentes Municipais de Educação – recebeu a possibilidade de
implantação do Projeto do governo federal denominado UCA – Um computador por
aluno. A escolha da unidade escolar da região do Vale do São Lourenço que receberia
este projeto deu-se a partir de dois critérios: ter menos de quinhentos alunos e estar em
zona de risco social. A seguir, temos na figura 1 uma vista panorâmica da Escola
Municipal Magda Ivana.
Figura 1: Escola Magda Ivana
Fonte: ESCOLA MUNICIPAL MAGDA IVANA, 2010.
A escola municipal Magda Ivana, localizada no Bairro Jardim Aeroporto e
que tem uma demanda de alunos provenientes de classe baixa e classe média baixa,
sendo grande parte da zona rural, devido sua localização estar no limite da zona rural
com a zona urbana, foi a escolhida para receber este projeto. Essa escola está
localizada em uma zona de risco não apenas social, mas físico, pois se encontra às
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margens do aeroporto municipal, tendo sido inclusive, no ano de 2004, atingida por um
avião que caiu no telhado, comprometendo grande parte da fiação e madeiramento da
escola.
A princípio, a euforia entre nós, professores, foi grande: ser a única escola da
região a ter um laptop para cada aluno utilizar em sala de aula era uma possibilidade
fantástica. Todavia, a preocupação e apreensão tomaram conta de todos nós, a partir
de alguns questionamentos: como vamos trabalhar com este projeto? De que forma os
computadores serão utilizados em sala de aula? Como fica a segurança da escola
diante de tal investimento? Essas e outras dúvidas nos incomodaram de forma mais
efetiva a partir do dia seis de agosto do corrente ano, quando chegaram os quinhentos
e onze (511) laptops à escola.
A promessa virara realidade e agora não havia como fugir: o computador não
estaria apenas no laboratório para ser utilizado uma vez por semana apenas para
cumprir tabela: estaria dentro da sala de aula, com cada aluno, e essa ideia assusta a
maioria dos professores, uma vez que muitos ainda sequer sabem como manusear um
laptop (principalmente pela ausência de mouse).
A primeira mudança realizada na escola deu-se com a organização da sala
de coordenação do projeto UCA, na qual foram feitas instalações elétricas adaptadas
para carregar cada laptop, conforme imagem a seguir.
Figura 2: Gerenciador de rede para internet sem fio/sala do Projeto UCA
Fonte: ESCOLA M. MAGDA IVANA, 2010.
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A partir das adaptações feitas na parte elétrica, foram confeccionados
armários para armazenamento dos laptops e também incubadoras para recarregar as
baterias.
Figura 3: Armário para armazenamento dos laptops
Fonte: ESCOLA MUNICIPAL MAGDA IVANA, 2010.
Figura 4: Laptops armazenados
Fonte: ESCOLA MUNICIPAL MAGDA IVANA, 2010.
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Assim, de acordo com as figuras 3 e 4, o espaço destinado ao
armazenamento dos laptops enquanto não estiverem sendo utilizados foi confeccionado
de forma a proteger os equipamentos, visto que a escola se localiza em uma região
limite entre a zona rural e a urbana, havendo constante poeira na mesma. A proteção
dos computadores é importante para mantê-los em perfeito funcionamento.
A figura a seguir mostra o momento em que técnicos enviados pelo MEC –
Ministério da Educação e Cultura – para configurar os laptops e prepará-los para a
utilização em sala de aula guardam os equipamentos. Esta instalação ocorreu
recentemente, no início do mês de outubro de 2010.
Em relação à recarga dos computadores, foram feitas as incubadoras para
este fim. As incubadoras são repartições onde os laptops são recarregados. Há uma
capacidade de recarga para 60 (sessenta) laptops simultaneamente, pois enquanto
esta quantidade está sendo carregada, outros computadores estão sendo utilizados em
sala de aula, conforme figura 5.
A partir desta organização, foi feita uma simulação de atividade pedagógica
com o uso dos laptops em sala de aula, onde os alunos da 1ª etapa do 3º ciclo (7º ano
do Ensino Fundamental) utilizaram os computadores para realizar um exercício de
Matemática, aplicando a planilha do Excel com o auxílio do professor. Essa atividade foi
realizada, conforme se pode perceber na imagem 7, com grande entusiasmo pelos
alunos, os quais estavam ansiosos para terem à mão este importante recurso
tecnológico.
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Figura 5: Aula-teste com os laptops
Fonte: ESCOLA MUNICIPAL MAGDA IVANA, 2010.
A organização pedagógica do laptop em sala de aula ainda está passando
por um processo de sistematização, visto que a capacitação prevista pelo MEC ainda
não foi viabilizada. No entanto, muitos professores que estão participando da formação
continuada sobre as TICs pelo E-PROINFO já estão tentando organizar este trabalho, a
fim de viabilizar a prática dos conteúdos apreendidos na formação.
É importante dizer que, apesar de não estar funcionando de forma efetiva
ainda, o projeto UCA já está trazendo resultados, pois o interesse e vontade dos alunos
em ter esse recurso à mão é tão grande que todos têm demonstrando vontade de
aprender e melhorado muito na participação em sala de aula.
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CONCLUSÃO
Neste trabalho foi apresentado um relato de experiência sobre a implantação
do Projeto UCA – Um Computador por Aluno – na Escola Municipal Magda Ivana. Para
tanto, desenvolveu-se no primeiro capítulo, uma abordagem teórica a respeito das TICs
(Tecnologias de Informação e Comunicação), a fim de compreender a história da
evolução e uso dessas tecnologias dentro do ambiente escolar, com base nas reflexões
de estudiosos sobre o tema.
A pesquisa objetivou discorrer sobre o processo de implantação do Projeto
UCA na Escola Municipal Magda Ivana, o qual ainda não foi concluído, estando em seu
momento inicial. Por este motivo, a reflexão sobre a validade ou não dos laptops como
facilitadores do trabalho didático cotidiano da escola ainda não pôde ser feita, a
despeito da mínima prática ocorrida.
A partir dos conceitos estudados, porém, é possível conceber que o uso do
computador em sala de aula, desde que feito de forma organizada, adequada ao
objetivo da aula, é e será sempre uma forma de facilitar a aprendizagem, não só pelas
possibilidades que apresentam, mas pela facilidade que os alunos adquirem em utilizá-
lo.
Assim, de forma dedutiva, pode-se dizer que o Projeto UCA, mesmo ainda
em fase de implantação, tem colaborado para facilitar o processo de aprendizagem dos
alunos, bem como está conseguindo vencer a barreira da intolerância por parte de
alguns professores, os quais estão começando a se acostumar com a ideia,
contagiados pela empolgação de seus alunos.
A principal estratégia utilizada para integrar o corpo docente dentro deste
processo de adaptação ao Projeto UCA está sendo justamente o aproveitamento do
interesse e empolgação dos alunos. É importante dizer também que o trabalho de
capacitação coletiva do LIED – Laboratório de Informática Educacional – , na pessoa da
técnica responsável, tem sido de grande valia para auxiliar os profissionais que têm
dificuldades na utilização do computador em sala de aula, visto que a mesma auxilia na
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sugestão de atividades, páginas eletrônicas, programas e softwares que facilitem a
integração da mídia com o conteúdo trabalhado.
Assim sendo, o objetivo inicial de conhecer o Projeto UCA, bem como sua
aplicabilidade dentro de uma escola pública do município de Jaciara foi concretizado,
pois a partir da observação direta realizada na escola, percebeu-se que a mesma está
se preparando, na pessoa de seus profissionais e demais membros da comunidade
escolar, para desenvolver uma relação estreita entre a máquina e o trabalho
pedagógico.
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REFERÊNCIAS
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CHAVES, Eduardo. O. C. (org.); SETZER, Valdemar. O uso de computadores na escola: fundamentos e críticas. São Paulo: Ed. Scipione, 1988.
CROCHIK, José Leon. Computador no ensino e a limitação da consciência. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
OLIVEIRA, José Márcio Augusto de. Escrevendo com o computador na sala de aula. São Paulo: Cortez, 2006. (Coleção Questões da Nossa Época)
OLIVEIRA, Ramon de. Informática educativa: dos planos e discursos à sala de aula. 13 ed. Campinas, SP: Papirus, 1997. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico)
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. 7.ed. São Paulo: Cortez e Autores Associados, 1985.
SOUZA, Valdemarina Bidone de Azevedo e (org.) Utilização do computador em sala de aula. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.
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