D€ &AO PAULO
UT1H2AÇÀ0 DO teZn COMO ELEMENTO TRAÇADOR NO
ESTUDO DA BIOACUMULAÇÀO DO ZINCO POR
ORGANISMOS AQUÁTICOS
WALCMR MALAGRINO
Dt»»ertaç5o apresentada come partedo* requurtos para oWença-; do Grauõt Mestre em Tecnologia Nucíear
84o Paulo
1992
- A Dra. Barbara Paci Mazzilli pela orientaçSo c pelo
incentivo durante a elaboraçSo desta dissertaçXo, contribuindo de
maneira decisiva para a minha formação cientifica.
- Ao Prof. Dr. Arlstides A3 Melda Rocha, pela constante
presença e apoio no transcorrer desta pesquisa, contribuindo de
forma decisiva com preciosas sugestBes.
- Aos colegas da DivisSo de Radioquimica pela colaboração no
transcorrer deste trabalho e pela utilização dos laboratórios» sem
os quais nXo seria possível a realização desta pesquisa.
- Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico CCNPqD. pela concessão da bolsa dos estudos.
- A Maria do Carmo Costa FalcSo e Antonio Soares Gouvea pela
orientação na analise estatística dos re&ultados.
- A Barbara. Konrad. Andreas, Cláudia e Peter pela inestimável
ajuda e Incentivo que tornou possível a realização desta pesquisa.
- Ao técnico Gerson Palletti CTFR>.
- Ao teenólogo Marcelo Francis* Maduar CNPA).
Aos meus pai s
Tabela 1.1. Zinco na Água •» M peixes Cnas vísceras e na
musculatura). Represa billing:; - campanhas 1975-1063 -
Dados medi anos 12
Tabela 1.2. Concentração de zinco na Água, sedimento e peixes em
diferentes 1 oca) 1 dades do Brasi 1 1 â
Tabela 1.3. ConcentraçZo de zinco na Água, sedimentos e peixes no
Estuário e Baia de Santos CCampanhas de 1084-1087) 14
Tabela 1.4. Teores de zinco em Água. sedimento e folhas das plantas
de mangue da Baixada Santista 15
Tabela l .S. Resultados obtidos por pesquisadores que utilizaram a
técnica de traçadores radioativos em estudos de
absorção e eJiminaçffo de rada onucl ideos de centros de
posquisa, centrais nucleares e do "fall-out" 88
Tabela 4.1. Qualidade da Água do local de coleta CJaneiro, Junho,
outubro e dezembro de 1Q8S0 52
Tabela 4.8. Valores do fator de concentração* ' para peixes fêmeas
da espécie Çoeci^a rçlicu^ata em funçSo do tempo de
exposicSo CQB horas?.
C*O media de 10 deter mi naçCes 55
Tabela 4.3. Valores do fator de concentração* ' do zinco-05 para
peixes machos da espOcie Çoocili.a r.Ç.Ü.Ç.ulata em função
do tempo de «xposiçXo €06 horas?.
C«O medi a de 10 determinações 57
i l i
label* 4.4. Valores do fator de concentração**' do zinco-65 para
peixes Machos e fêmeas da espécie Pçeçi^ia ££ti.Çulata
em funçSo do tempo de exposiçKo C86 horas).
CIO media de 15 determinações 64
Tabela 4. £>. FJiminaçSo do zinco-65 apôs 86 horas dv acumulaçSo da
água para peixes da espécie Çoeçi^ia r-£li.Çul£ta mm
funçSo do tempo. Cada ponto representa a. mfedia de 20
determinações 68
Tabela 4.6. Valores do fator de concentraçSo do zinco-65 para
peixes machos e fêmeas da espécie Poeçila ret^çulata em
funçSo do tempo de exposiçSo Cl8 dias). Cada ponto
representa a módl a de 3O determinaçCes 73
Tabela 4.7. ElinunaçSo de zinco-65 após 18 dias de acumulação da
água para peixes da espécie Çoççí^lia reti^çul^ata em
funçSo do tempo. Cada ponto representa a media de 3O
determi nações 77
Tabela 4.8. Valores do fator de concentração do zinco-65 para
peixes machos e fêmeas da espécie £9ÇÇ.!Í_* r.Ç Í.£yí.2i:§ e m
funçSo do tempo de exposiçSo C30 dias). Cada ponto
representa a media de 84 determinações 81
Tabela 4.8. EllminaçSo do zinco-65 após 30 dias de acumulação da
água para peixes da espécie Poeçllla t*l:i£üLãl:% e m
funçSo do tempo. Cada ponto representa a media de 24
determinações 65
i v
Quadro 1.1. Fontes de lançamento de resíduos contendo apreciáveis
quantidades de zi nco 11
Figura 3.1. Tanque de manutenç&o com f i l tro biológico e termostato
para acli mataç&o dos organismos 40
Figura 3.8. Espectro de ralos gama da soluçSo de zinco radioativo . . 44
Figura 3.3. Vista geral da caixa térmica onde foram realizados os
testes de bi oacumulaçXo 46
Figura 3.4. Bateria d» aquários utilizados para separação e triagem
dos organismos para os experimentos 47
Figura 4.1. Fator de concentração do zinco-65 para peixes fêmeas da
espécie Poecl.1.1*. C-Çticul ata em função do tempo de
exposição C96 horas). Cada ponto e barra vertical
representa a media e o desvio padrfio de 10 indivíduos . . 56
Figura 4.2. Fator de concentração do zinco-65 para peixes machos da
espécie £oecl^l£ r»t;l cul_»t* em funçXo do tempo de
exposiçlo C06 horas?. Cada ponto e barra vertical
representa a média e o desvio padrSo de 10 indivíduos . . 56
Figura 4.3. Fator de concentração do zlnco-65 para peixes machos e
fêmeas Cseparados? da espécie PofÇi_lia CSÜSüi.*!:* • "
funçSo do tempo de exposiçko Cttts horas?. Cada ponto e
b»rr» vertical representa a media e o desvio padrSo de
IP indivíduos S9
Figura 4.4. Fator de concentração do zlnco-65 para peixes fêmeas da
espécie Poeçl^ia CStic.ul.ata # m funçffo do tempo de
exposlçSo C06 horas?. Cada ponto e barra vertical
representa a média e o desvio padrXo de 15 indivíduos . . 6Si
Figura 4.S. Eliminação do zinco-65 para ptiXK da «specie ESSSi.il*.
ret^culata m funçXa do tempo, após 06 horas de
acumulaçKo da água 6©
Figura 4.6. Fator de concentração do zinco-65 para peixes da
espécie Poecl^a retl cul ata em função do tempo de
exposição C16 dlas2. Cada ponto e barra vertical
representa a aedla e o desvio padrão de 30
determinaç&es 74
Figura 4.7. EllwnaçXo do zlnco-65 para peixes da espécie
PoeclJ_i£ r.etí.£yi*^* e m funçSo do tempo, apôs 16 dias de
acumulaçSo da água 78
Figura 4.8. Fator de concentraçSo do 2inco-05 para peixes da
espécie Çoeçi^ia reti çuJ_ata em funçXo do tempo de
exposição C30 dias?. Cada ponto e barra vertical
representa a media de 84 Indivíduos 82
Figura 4.6. EllminaçSo do zlneo-65 para peixes da espécie £oec^li£
reti^çulata em função do tempo, apôs 30 dias de
arumu) açSo da Água 86
v i
Utilização do Zn COMO ei •—nto traçador no estudo da
bl oaeumul aç&o do zinco por organismos aquáticos.
KLSUMO
O prií&ente t raba lho t e v e como o b j e t i v o primordial r e s s a l t a r a
importância do u s o de traçadores r a d i o a t i v o s , bem como e s t a b e l e c e r
meiodoJ ogi a para a u t i l i x a ç S o do ~Zn no es tudo de bi oacumulaçSio do
sti nco através de ensaios biológicos.
Para os ensaios do tipo estático foram utilizados peixes
"Leblstes", Hoeçi_J^a reti_çul^ata. e o período de exposiçffo desses
organismos variou de 5 dias Cexperimentos de curta duraçSo) a
30 dias Cexperimentos de longa duração).
como a eliminação do metal previamente incorporado, por meio da
medida da atividade do traçador de Zn previamente adicionado. A
técnica utilizada permite acompanhar o comportamento do zinco
estável uma vez que o lsótopo radioativo utilizado é um lsotopo do
mesmo elemento e apresenta propriedades químicas semelhantes.
O radionuclideo utilizado C ZnD foi obtido por irradlaçfto de
zinco no Keator 1EA-R1, sob um íluxo de neutrons da ordem de
13 -2 —1
IO n. cm . s , durante £40 horas.
O GÍ52n formado C mel a-vi da de 2413 dias) foi dissolvido
convenientemente e a solução resultante adicionada aos recipientes
para a realização dos testes.
v i i
Determinou-se entVo * absorçSo • a eliminaç&o do zinco pelos
peixes da e&pecle ÇoeÇil_l.a ret^çulata pel» medida da atividade
premente no peixe no decorrer dos experimentos, utilizando par*
tanto detentores de NalCTlD acoplados a analisadores monocanal.
Os resultados obtidos indicam que a absorçXo e eliminação do
zinco pela espécie Ç°*Çili£ retieulata e cumulativa. sendo
necessários 3O dias para uma elimlnacSo de 7O5< do zinco previamente
absorvido.
Os resultados obtidos sSo relevantes se considerarmos que os
dados encontrados na literatura sobre a bioacumulaca'o do zinco pela
fauna ictica brasileira sXo escassos. Alem do mais, como esta
espécie ocupa poslçSo relevante na cadeia alimentar, o& resultados
obtidos podem servir como subsídios no estudo do risco potencial da
bioacumulaçSo deste elemento na fauna piseicola em níveis tróficos
superiores e em última instância, no homem, que e o elo final da
cadeia alimentar.
vi l i
IKe of ^^n as a radioactive tracw in the bioaccumulation
study of zinc by aquatic organisms.
ABSTRACT
The present work has- a s main o b j e c t i v e t o emphasyze t h e
importance of using radioactive tracers as we) 1 as to establish a
methodology for the uti .1 i7.at.ion of Zn in the bioaccumulation
study of zinc by Poeçi^a r.Çti.çu^*ita. The exposure time varied from
S days Cshort term experimento to 30 days Clong term experiments!).
The bi oaccumui ati on of 7.1 nc from the water as well as the
elimination of the metal previously absorbed were determined by
measuring the activity of Zn which was added to the water in the
beginning of the experiments.
The technique chosen i s suitable to study the behaviour of the
stable zinc since the radionucllde used i s an Isotope of the same
element and therefore presents the same chemical propertier.
The radionuclide was obtained by irradiation of zinc in the
research reactor 1EA--R: , at a neutron flux of 1O a n.cm .s
during S40 hours.
The t>b2n formed Chalf l i f e of 24 55 days D was conveniently
dissolved and the final solution added to the water u&ed in the
experiments. The absorption and elimination of Zn by the species
Pgeçi^ia L?t:*.£¥i.£ti were then determined by measuring the activity
present in the fish during the experiments by using a NalCTID
detector coupled to a monochannel analyzer.
i x
The results obtained show that the absorption and ell Mi nation
of zinc by Poeclli.a retlculata Is slow. 30 days being necessary for
the elimination of 7OSc of the previously absorbed zinc.
The results; are of main concern if It Is considered that the
literature about bl oaccumul at ion of zinc by the Brazilian
1chthyoftuna i s scarce. Furthermore the species Foeçi^la reticulata
is. part, of the food chain and the results can be used in the
revaluation of the potential risk of the zinc bioaccumulation by
fishes of higher trophic levels and by men who are the final link
of the food chain.
1
1. INTRODUÇXO
A Idéia de polui çtto ambiental abrange m u série de Aspectos»
que vSo desde a coniaminacSo do ar. das Águas e do seu o. a
transformação da paisagem. erosSo de monumentos e construções ate a
contaminação de ai isentos que comprometem a saúde ou M S D O a
sobrevivência do homem.
Segundo Pelenberg Cl0805. duas causas podem ser apontadas: a
industrializaçSo que durante a transformação de Matérias primas
Tor ma quantidades apreciáveis de resíduos Inertes ou tóxicos que
comprometem o ambiente e o aumento populacional que tende a
aumentar a produçSo de alimentos, forçando o desenvolvimento dw
terras cul ti viveis, que nSo crescem no mesmo ritmo da populaçSo.
sendo necessária uma produçSo de fertilizantes e defensivos
agricolas.
O problema da poluiçSo industrial taon despertado a atençSo de
grande» parte dos técnicos da área de saneamento ambiental em todo o
inundo. Genericamente, polui çSo pode ser definida como "qualquer
descarga de resíduos ou mesmo mudanças no ambiente natural que
sejam diretamente nocivas ao homem" CSewell. 10785. Segundo o mesmo
autor, a poluiçfio consiste em uma alteraçSo indesejável nas
caracterJstlcas físicas» químicas e biológicas do nosso mr, solo.
água que podem ou nXo afetar adversamente a vida humana.
A maioria dos grandes centros urbano», principalmonte no
Brasil, apresenta um crescimento industrial fora de qualquer
planejamento» sendo a regi So metropolitana de SSo Paulo um exemplo
típico desta situaçffo. Os efeitos d* polui ç&6 Industrial ti
sentir nos seres vivos Cho— m. animais, plantas e decompositoreO.
através da re*piraça~o. absorçKo da pele. lngestSo de água ou
aliBentos.
De acordo COR Greenberg Cl©78}. a format maus grava» de polui çXo
hídrica na atualidade e a química.
A partir da II Guerra Mundial. a indústria química conheceu
enorme expansKo com a chamada "revoluçXo dos sintéticos" liderada
pelos países desenvolvidos, especialmente E. U. A. . Estima-se que
cerca de 900 novos produtos químicos sintéticos surjam anualmente
no mercado, desconhecendo-se. na maioria dos casos, quais poderiam
ser seus efeitos sobre os seres vivos a longo prazo. Experimentos
conduzidos em laboratório por Malagrlno e colaboradores Cl065,
1007a e 10£7b3 utilizando moluscos provenientes do Litoral Norte de
SXo Paulo, permitem concluir que concentrações de detergentes
biodegradáveis que segundo os padrões Inseridos na leglslaçXo
estariam adequados A sobrevivência de organismos aquáticos, causam
anomalias no bisso de f.ixaçSo, na atividade de escavaçfto, bem como
letalidade mesmo quando esses animais eram transferidos para a Água
limpa.
Sabemos atualmente que alguns metais, especialmente os
pesados, tais como mercúrio» arstnlo, barlo, cadmio, cobre, chumbo,
mollbdenlo, platina e zinco tem efeitos maléficos sobre o corpo
humano.
Por outro lado, um número considerável de elementos metAllcos
pode ser encontrado praticamente em todos os organismos. Desses
elementos. 14 marcam presença e» baixas concentrações ou em nivel
de traços e sko considerados nutrientes essenciais nos processos
biológicos. Com certeza uma concentraçko mais Alta ou male baixa de
qualquer elemento •» relaçKo aos níveis fisiológicos pod», ao longo
do tempo, provocar um estado de toxldez ou de deficiência.
Resíduos industriais contendo tais elementos, fatalmente
gerarão problemas a curto e a longo prazo, tornando-se» difícil» no
último caso, associar os males detectados na população em uma
determinada época, ao poluente que foi liberado muito tempo antes.
Episódios de efeitos retardados com poluentes Industriais sfio
notórios. Um deles é o caso d* Minamata, no Japão, onde durante
muitos anos lançou-se Águas residuarias, contendo mercúrio
inorgânico na época considerado Inofensivo, na baia do mesmo nome.
Nü década de 1CX5O surgiram casos de doenças neurológicas, que
levaram A paralisia e a morte. Ficou provado cientificamente por
Jensen e Jernelov Cl8723 que microorganismos aquáticos transformam
o mercúrio inorgânico em sua forma orgânica, o meti1mercúrio,
extremamente tóxi co.
Os metal& pesados, denominaçSo genérica de uma série de
elementos que ocupam as colunas centrai*? da classificação
periódica, podem ter propriedades tóxicas, tanto no estado
elementar como quando combinados.
A acumulação e persistência de alguns metais é problema
global, nSo estando Isolado e nem confinado a areas costeiras,
sendo portanto imperioso analisai o perigo representado, sobretudo
quando esses metais revelam afinidades com moléculas orgânicas
bi oi ógl cas.
HA casos em que um metal nfio essencial toma o lugar de outro
necessário ao organismo; outros tf o indispensáveis ao organismo
biológico, entretanto basta uma pequena elevaçfo para *e tornarem
tóxicos.
Esses metais s*o introduzidos nos corpos hídricos através
dentre outros» de efluentes de indústrias de «ater1*2 elétrico,
químicas e farmacêuticas, por meio de resíduos de mineraçffo, de
indústrias de papel, de cosméticos, de portos de minérios, etc.
SSio também introduzidos metais pesados como o níquel , o
cobalto, o manganês e o vanAdlo em decorrência da polui cio pelo
petróleo, além de certos tipos; de agrotóxicos, especialmente os
empregados contra fungos que possuem metais como mercúrio, zinco e
cobre CTommasl. 10763.
Espumas de detergentes formadas em rios e reservatórios podem
além de albergar bactérias e fungos conter metais pesados, tais
como cadmlo, chumbo, cobre, mercúrio e zjnco C Castro e
colaboradores, 107O).
Além desse ingresso direto de poluentes que é de primordial
importância para os ecossistemas, sobretudo em areas costeiras, o
transporte atmosférico carreia grandes quantidades de metais
provenientes «ias Areas metropolitanas Cl doe, 1072).
Substâncias orgânicas ou minerais podem inibir as atividades
biológicas dos sistemas de tratamento de esgotos, criando problemas
operacionais durante o processo d« depuraçSo.
Com relaçXo ao tratamento anaeróbleo, os metais pesados, entro
outros inibidores, apresentam efeitos nefastos sobre as bactérias
responsáveis por esse processo de estabilização da matéria
orgânica.
Experiência realizada em Suo Paulo, demonstrou a influência de
elevadas concentrações de metais pesados na dlgestSo anaeróbica de
Iodos de esgotos CSouza, 10845.
A utilização do gas de esgoto para fins automotivos é um
exemplo. Conforme foi evidenciado anteriormente, a presença de
inibidores provenientes de efluentes industriais pode reduzir a
produçKo destes gases em apr oxl wadamento 30 k.
A utilização, muito dl fundi d*, do lodo das estaçBes de
tratamento como fertilizante organomineral exige que o excesso de
metais como o zinco, o cAdmlo, o cobre, o boro e o níquel, entre
outros. nSo seja levado aos solos agrocultivAvels pois estes podem
causar baixo rendimento das culturas ou podem ser nocivos A saúde
pela sua entrada na cadela alimentar CSouza, 10645.
A maioria dos metais pesados sSo acumulados biologicamente no
interior dos organismos marinhos permanecendo por longos períodos
de tempo e funcionando como veneno cumulativo C9CEP, 10743. As
ostras, por exemplo, podem acumular 31.8.000 vezes mais cadmio do
que o existente na água do mar» 110. OOO vezes mais zinco e 68.000
vezes mais ferro C9CEP, 1&74D.
Muitos desses metais sito altamente tóxicos para alç .5
estágios de vida de grande variedade de organismos quando absorvido
diretamente da água ou Indiretamente através da cadeia alimentar.
No que se refere a toxicidade diferencial de metais pesados
quanto As etapas de vida dos animais marinhos, cabe citar o retardo
no crescimento e interferência nas fases reprodutivas mais
importantes CSaliba e Krayz, 10767. Por outro lado, esses metais
sSo acumulados via cadeia alimentar, de tal forma que os peixes,
último elo dessa cadela no sistema aquático, podem apresentar
concentrações de tal ordem, que se tornam prejudiciais o tóxicos
para si próprios e para os organismos que deles se alimentam, como
aves aquáticas e principal emente o homem, que os utiliza como uma
das fontes de proteína do seu regime alimentar.
Assim como certos metais sSo necessArlos aos processos vitais ,
a maioria dos organismos possui a capacidade de concentrA-los,
sendo esta atividade aumentada por processos alimentares e
•rtabóllcos, que pode» levar a fatores du eoncer.traçffo Muito
elevados CLee. 1060). Alem do malb esses mesmos metais, m baixas
concentrações na água. podem ser acumulados na Magnitude de Mis de
1.000 vezes em certos organismos CLee. 10603.
O problema crit ico que os metais mostram com relação aos seus
efeitos nos organismos aquáticos © que, tendo a capacidade de
formar complexos com as substanciar, orgânicas, tendem a ser fixados
nos tecidos e serem excretados de forma lenta, ou seja. possuem uma
mel a-vi da biológica longa CWaldichuk. 16743.
Para que se possa conseguir um desenvolvimento satisfatório da
comunidade pisei cola. é imperioso o conhecimento nSo unicamente dos
hábitos de vida das diferentes espécies como também das
características limnologicas e da qualidade da Água onde dever So
vi ver.
Metais como zinco, cobre, ferro» níquel, etc. presentes na
água em concentrações acima do limite permisslvel seria desastroso
em um tanque ou reservatório destinados ao desenvolvimento da
aquicultura.
As águas desti nadas ao desenvol vi mento e manutençXo de pei xes
exigem um padrffo de qualidade diferente do necessário para consumo
humano, que podem conter alguns metais em concentrações que nSo
seriam permieslvels em águas destinadas a criaçXo e desenvolvimento
de peixes.
Peixes nato podem dispensar a presença de oxigênio, matéria
orgânica e mi cr organismos como alimento, e estabilidade de pH e
temperatura. £ de nosso conhecimento também que o* parasitas
específicos dos peixes só se desenvolvem quando as condições
químicas e f ís icas do ambiente nXo sSo adequadas.
A contam!naçXo dos amblenetes naturais, provenientes do
desenvolvimento urbano e «ndustr 1*1, é um dos graves problemas para
o desenvolvimento da aquicultura. Uma das conseqüências nefastas e
a destruiçXo da fauna dos rios e outros Mananciais poluídos:, nfio
apenas por causar a morte siaclça de peixes, mas também, e
principalmente, pelo desaparecimento de condlçCes propicias ao seu
desenvol vi ment o.
1 1 6ENERALJDADES_SOBRE_O_ZINÇO
O zinco é um metal branco azulado» com bri lho e s p e c i f i c o que
escurece gradualmente na presença de ar úmido como conseqüência da
oxi daçSo superí le i a i .
Tr*i.A-se de um elemento com r e l a t i v a abundância. pois
const i tui cerca de 0,O£ V. da crosta t e r r e s t r e sendo cerca de 100
vezes mais abundante que o cobre.
Os principais minérios de z inco saio a blenda CZnSD, calami na
CZnCOO e zincita CT^iOy, entre outros.
Este metal era quase exclusivamente obtido por via seca, pelo
processo da destilaçSo, até recentemente. Atualmente, grande parte
da produçSo mundial provem do processo eletrolit ico. Em qualquer
dos casos, o minério se converte inicialmente a oxido CGianotti,
16853.i
Além do zinco ser encontrado na natureza como sul feto, muitas i
vezes encontra-se a&sociado a sul fetos de outros metais, ..
principalmente de chumbo, cadmio, cobre • ferro. t
O zinco forma complexos com uma variedade de l l g a n t e s . por .
exemplo, os ion» de amônio e c ianeto .
O su l fa to de zinco CZhSO.3 é tecnicamente o mais Importante
sal de zinco. E produzido Mediante dissolução do Metal *m ácido
sulfúrico diluído.
O Maior emprego do zinco e na preparação de ferro galvanizado,
nc qual o ferro é recoberto por um» camada de zinco, que o protege
contra ferrugem. Neste processo a peça de- ferro é mergulhada em
zinco fundido e em seguida passada em laminador.
Existem ainda outros processos de galvanização, como a
eletrogalvanlzaçSo que proporciona uma camada de zinco mais
uniforme e de o&pttuaur* desejada.
A liga mais importante do zinco e o lat&o Ccobre-zinco) de
usos variados. Além de muitos outros empregos do zinco podemos
mencionar o da fabricação de pilhas elétricas.
Na forma de oxido de zinco é empregado na vulcanizaç&o de
borracha misturado com enxofre, carvão t outros componentes, que
entram como "matéria de enchimento" na confecção de pneumaticos e
outros artefatos de borracha.
Com o nome de branco-da-china é empregado como pigment o
branco, em pintura. £. empregado na manufatura de oleados
Cllnoleiriü').
O oxido de zinco é também usado como adesivo que em mistura
com outros ingredientes, constitui um ótimo adesivo empregado na
confecção de esparadrapos.
O sul feto de zinco, artificialmente preparado em mistura com
mínimas porcentagens de certas e convenientes Impurezas, torna-se
fluorescente. Devido a esta propriedade encontra aplicaçXo na
fabricaçlo de "écrans" fluorescentes.
O cloreto d* zinco é preparado pela reaçVo do zinco com ácido
clorídrico. £ usado para remover camadas de óxidos e evitar
oxidaçlo do superfícies metálicas a serem soldadas, £ um dos
e
ingredientes usados na fabricação de pergamlnho vegetal: quando
aplicado em soluçSo concentrada decompõe parcial mente as camadas
superficiais do papel de celulose, preenchendo os poros deste com
outros produtos de decomposição. Torna-se o papel mole e flexível
pela lavagem posterior do mesmo e tratamento com soluçSo de
glicerlna CSaffloti. 190CD.
0 zinco £ um metal-traço útil e essencial em pequenas
quantidades ao metabolismo humano, sendo também necessário a outros
mamíferos e peixes. Entretanto desconhece-se o seu papel exato no
organismo humano, tendo sido associado em funções enzimatica&,
síntese de proteínas e metabolismo de carbohidratos. A atividade da
insulina e diversos compostos enzlmaticos depende da sua presença.
Slater ClOGO assinala que o zinco em concentrações extremamente
baixas e importante sob o ponto de vista nutricional pois atua como
atlvador de enzimas. Tal fato esta de acordo com Michina Cl656).
que afirma que a molécula da insulina contém zinco e o pancreas e
especialmente rico neste elemento.
A ingestão média diária para crianças é de 0,3 mg/kg e, para
adultos, de O a 15 mg/kg. Deficiências deste elemento em crianças
pode ocasionar atraso no crescimento CEPA, 1976). £ grande a
diferença entre os níveis essenciais e tóxicos do zinco.
No Canadá foram detectados níveis considerados normais em
peixes, de 11 a 48 pg/g, sendo o limite máximo permisslvel para o
consumo humano de 100 /jg/g CSEMA, 1077; Ministério da Saúde, 1677;
Taylor & Ite Mayo. 1880?.
A presença do zinco é comum em Águas naturais, excedendo em um
levantamento efetuado nos E. U. A. a S0 mg/l em 65 dos 135 mananciais
pesquisados CEPA, 167Ü5.
01 padrBes para Águas reservadas ao abastecimento público
indica* 5.O mgi como permissive! CSEMA, 16773.
1.1.1 FPNTES_DE_LANÇAMENTO_DE ZINCO
As fontes de contribuição de* metals pesados em geral» e o
zinco em part icular para o ambiente. sSo d ivers i f i cadas . Podem ser
f e i t a s referências dentre outras A determinados processamentos
industr ia i s , u t i l i z a ç ã o de compostos agrl c o l a s , aplicaçSo na
lrradicacSo e controle de molést ias endêmicas, desmonte de rochas
nas mineradoras, e t c .
O Quadro 1.1 apresenta uma suei nta reiaçSío de aigumas fontes
de lançamento de resíduos contendo aprec iáve is quantidades de
xlnco.
Quanto aos dados quant i tat ivos e suas relaçSes com os
organismos aquát icos , um sucinto levantamento de dados re levantes
bibliográfico!: sobre o zinco p o s s i b i l i t o u a elaboração das Tabelas
3 . 1 , 1.2. 1 .3 e 1 .4 . Convém lembrar que o l i m i t e para e s t e metal em
água de abastecimento * de 5 . 0 mg/l CSEMA, 18ftO e EPA. 16763. para
a preservação da vida aquática e de O.OS mg/1 CSEMA, 1077? e para
peixes e de 50 /jg/g C Minister Io da Saúde, 16773, para o sedimento,
de 80 a SOO WQ CBowden, 16763. O l i m i t e para ambiente marinho é
para a água do mar de 0.010 mg/l para preservação da vida aquâtic*
CEPA, 16763, para o sedimento é de 20 pg/g CEPA, 16763 e 1OO pg/g
CGESAMP, 16763. Para peixes em geral é de 50 pg/g CMinistério da
Saúde. 16763 e 100 pg/g CSEMA, 16853.
1 0
QUABKO JL.X — rontes. «*& lsn ismonto dí? res íduos con-tendo
«.«T-i-«?ciiivtí-is cK_»£tntid«*de>:=> dt- z i n c o .
1 — Industr-S*-/!
— l i ifütS d>£ 1 -ritírí:) &— banhos de Sn e- Cu- roanuf^tur&cs:: d-s- uteris f 't ÍOK d>s- ws?- Í? & ;U inoxidável
— pr-oduçSúo dt- ribr«üT. t- T ics de- r í y o n , viscose
d* pol Pi* d>I'^plSL^ti-õ.
ÍCS£
de
I — A
:v ã base de» Zn:idfits d i ttoce.'rbSfiiicos Ufvi-vdo: nc control© <J
'_>e fatacam 1 e-srurrt i nosss, horta» •; CÕST/ pT «frites, ornante-nt&is, f r u t o s e- n*dei ra .Ex. IIANCÜZEb, PRDFINEB, ZINEE, Z IR^M,
II [ —
c «rial i z r*iu Sc- s ff-ss.! van *i s£Su'Ut-ns VI io i» , co i& t ' j cosmético.-"produtos •CiArr»i««c£iuticGfc - uno-uentos
t i n t s * * e óleos»,
t i198*:; Sooas.,
11
t o
ÔiHi:
COü
0 1
r* r
.DÍ3 £
ÜJ Ô
•r XU! i "
•
US: I * ;C\ ti') - D
M j i f TOT
3
«o
T> Í
ali L• 2S 65!
t'Xi 9rr yUil'l "-"
! I
n -
or
IT I I3
fix.3! I I ! E "0
a
!'C
ü -Jcr
I'.is
»:- i
!, V V . " - V "
S tS 9 |S 0 6 5 6 9 C1 S O :| 0» " 'JT"
—f ^ ^ •» - f ^ ^ ^ ^ ^ ^ « ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ " ^ ^ ^™~ " — ' * » 1^9 ^ ^ V % ^ F ^^m TÉ^" ^ÊW ^ I F k
!| T- ij, l! •• * • • •• * -• •» " •• •• •• » • •• • • ^t! - u jj j M E j i S S i Q G G S S I S S i jS 1 G © S O S S O G j : !T ) r f ^
lj - O l aí P«x
l! í I !i I t vü!; -T* |L"t :í h C& 0> 61 t; CJ fi (p '5 M 3 Ji IS r fi P) ! üKIr"'I £' If" Í" f" I" f* CO CO 0J CO Ili- t*1 (* j* p G CO w CC' i H e I>v' 'I. r» jjv. J> Ç"i Ji JÍ (T> Ç. C'I pi!'"' O 5' C1 Pi &"' P1 P1 «3 || '"ií;
_ Í ^Í5 :L a -j,. , OT jH Ij •" (8^ !">v ,
"Or ft li it ("ií^- ; > -!"0 r ft .
tilm\i aif Ü
J l 1
V: y
to aie?.
r
•r^rvtc*.* l o c a l Sds*d^?> cJo F^»-A-ÍSÍS
c? p<=?i
to
>cr-.r •*.
Local
Rio P«i-\cJ i Jo
R i o F* "• -"«z a3.P.
Pio Gua i'tr-aR.S.
Boni
i "fce-
CSS -iS-^TÍ .5T*E
CONCENTRACKO DC ZBB1 jx^gg*-*Jr,g."^vr
< rtiu/1
CF.TE3E,»
UTsc*-
< 3 , «3 Traíra 10:2,2
I
4ÜX Uisci>ir?ü
P i
i nv?n-fco :/ 1
U i o.?*.(1)
ica
cone . <S'O N.FV.30^< cone
cone .>
186 )
<. '4 >
CETES5B.
8ftno>j_< 1 > C 3 >7 ( 1 )
I
TAVLOR •& COL,19Ç.S0 <3>
BOIJDI.-NMIN . S
I.a.
1
TAEIXA
pc-i>:e-£, EIS"tuaiY»io ©•
3>=>di rnnM
d e S a n t o s (Campanhas
£?ed i me?r i -tosT © o r » * nrc*d i o s c o n e . roêdi a
R e f e r ê n c "i •&»
11 , 5 7 -a 1 £3GF i
U: 1ÊCaxTtivoiros
: 3,34—<5, 8 5
r»: 3 , 7 6 — 1 7 , i s
L i n» •» -tc« Perm i =;s f vs? 1
0 , 0 1 0 < 1 )U U S L S £ i t S S S S 5 S . L U
10030
< 3 >
CETE3K, 1937 < R© interno)
CETESB19S7
r. i : i s i- i =
1335 <3>197Ò <1><UHO>,
1976 <2>I1.SAÜDE, 1976
TAkIXA 1 . 4 — T c w r e s de- z i n c o «M» A ? U « \ , seo'Snwo-to e
e a s p i a n i ^ s » d e insoçrufe dai Bc-»>tt*d£i S«n-fc"is
(CETLSB, 1»>83>
Imiírrante*
Pio Di«m.?<.
Limi-t* Re-
do Mar
t-r-dS «c-r>"to
14,S
RK
16.,2
NíiCRE
Lsr
17,9
i HÃ L i n i:COP1ENt»AL
— ' - — - in —
31 ,S
TE
f L**siruncul«iri.o.
LPA,<2';>
1 - 1 2 ÇOMÇEMTRAÇXD_E_EFE1 TOR_SOBRE OS VEGETAIS
. Alguns metais CCa. Mg. Fe. Cu. 2». Nh. Co. Mo. Se . Cr. Ni. Sr».
; Si e V) tem importância re levante nos organismos vege ta i s e animais
f sendo que a carência d e l e s produz de f i c i ênc ia orgânica ao passo quei
o excesso resulta em efeitos tóxicos Inibidores e ate letais.
Quanto aos efeitos dos compostos de zinco sobre os vegetais,
pode-se destacar que como elemento traço essencial, a sua
deficiência provoca uma serie de alterações. Dentre outras, retarda
o crescimento e provoca o crescimento anormal das folhas,
diminuição da produção de frutos e diminuição das atividades
enzlmatlcas.
Estudos realizados por Salisbury e col. CltíOBO com relação a
deficiência do zinco mostraram que "folha pequena" e "roseta" sao
sintomas clássicos da escassez desse metal em arvores frutíferas:
ambos os sintomas resultam da impossibilidade dos tecidos crescerem
normalmente. A falta de expansão das folhas faz com que elas se
tornem pequenas: a falta de alongamento dos internos faz com que as
folhas localizadas em nos sucessivos se disponham cada vez mais
próximos dando o quadro da "roseta". Em algumas espécies, as folhas
se tornam cloróticas Cdegradação da elorofila) enquanto em outras
podem ser verde escuro ou azul esverdeado. As folhas podem se
tornar tortas e necrótlcas. O florescimento e a frutificação podem
ser multo reduzido» em condições de deficiência severa d* zinco e a
planta inteira pode se tornar anS e deformada. Al gleidas e
fungi cl das à. base de zinco inibem o crescimento de certas algas,
diminuem a taxa fotosslntetlca, produzem um decréscimo da
quantidade e diversidade de algumas espécies e além do mais
acumulam tal elemento ao longo da cadela alimentar. Clendenning e
4- í - • — - •
col.ClOGO) estudando a açXo de fungicldas a base de zinco em
algas do gênero MJCROCYSTIS» verificaram que o produto Inibiu o
crescimento delas numa concentração de O,004 mg/J. Por outro lado.
ditiocarbonato de zinco em concentrações de 0.85 mg/l controlou
todas as dlatomáceas. 43 M de algas verdes azuladas e 16 56 de algas
verdes.
OR mesmor. autores testaram os efeitos do sulfato de zinco em
e em quatro dias de exposlçXo com 1,31 mg/l de j
Zn , observaram uma diminuiç&o da taxa fotossintética, entretanto
uma concentraçXo de 10 mg/1 causou uma lnativaçXo de 50H das algas. J
Austin e col. Cl 085) estudaram populaçBes de espécies i
diferentes de fltoplanclon em lagos, que durante 14 anos receberam *
resíduos de mineração contendo vários metais, entre oi es o zinco, e '
constataram que houve um decréscimo na quantidade e na diversidade |
de algumas espécies. /
Bredoslan Cl062} estudou os efeitos causados pelo zinco
associados ao pH, taxa de area exposta em reJaç&o ao peso e a f
número de pigmentos fotosssl ntét.icos em algas. ^
Bryan e col. Cl073 a5 mostraram que concentrações de zinco em
algas da espécie FUÇUB yesi.çulosys e L^ d^gl^tata sSo mais altas nas
partes mais velhas do vegetal. <
Os mesmos autores estudaram a varlaçSo da concentração de •\
inetais traços em relaçSo a varlaçXo sazonal e mostraram que a
concentração da maioria dos metais alcançava seu ponto máximo no I
inverno. 1
Bryan Cl6603 constatou que na concentração de 20 pg/1 de Cd. |
Cu ou Nh tn L di.gi.tata, a taxa de absorção do Zn diminuía; foi
sugerido que esses metais competiam entre si.
Canter ford e col. Cl 078? estudando a acumulaçffo de vários
metals, entre e l e s o zinco, em algas diatomAceas marinhas,
mostraram que a quantidade de zinco absorvida pelo organismo
geralmente aumenta com o aumento da conctttitraçVo do metal no melo.
O mesmo autor mostra que em ambiente marinho esse metal e
encontrado na Água na concentração de 0.01 mg/1 entretanto espécies
de vegetais de Águas sal inas podem conter quantidades acima de 100
mg/l de zinco.
Existem algumas espécies vegetais tSo regularmente associadas
,< com os minérios de zinco que costumam ser tomadas como indic io
| positivo quando da prospecçao mineral. £ o caso da graminea
Kri_achne mucronata, na Australia, e de uma variedade de f lor
s i lves tre Viol£ lutwa. na Europa, tolerante a a l tas concentrações
de zinco CEdingtpn e Edington. 10773.
l Por outro lado. Chapman Cl0063 observou em estudos realizados
\ em plantas superiores que concentrações entre 3 a 10 mg/l de zincof
| provocaram sintomas tóxicos em algumas espécies.
? Huges C1O85D em estudos realizados com Arvores frutíferas
utilizando Zn como elemento traçador, mostrou que a absorçXo do
fertilizante pulverizado, vr» mais eficaz pelas folhas do que fiel o
solo e resultando na estaçXo seguinte, em aumento da produçfito de
frutas.
1.1.3 ÇONÇENTRAÇJO-E_EFEITOS_90BRE_OS_ANIMAIS
Vários autores tom realizado experiências para verif icar MI
reaçfies de animai* diante de um composto químico e constataram que
os efeitos; tóxicos variam consideravelmente entre as espécies.
Quanto AOS peixes Alguns estudos realizados por Malagrlno e
rol.Cl0665. NkUorlno e Rocha €10675. Malagrlno e col.CloeCia) e
Malagrlno e co). Cl 686b). mostraram que estes pode» t«r três tipos
d» atitude em relaçKo ao composto químico testado:
- Percebem o poluente e reagem»
- NSo percebem o poluente»
- Percebem mas entram em estado de torpor.
Sabe-se que os metais pesados» de uma forma geral. sXo tóxicos
aos peixes e por esse motivo tem recebido muita atençSo
recentemente por profissionais da area de saúde ambiental.
Kntretanto a literatura é tanto confusa» quanto
contraditória.
Estudos realizados por Skidmore C1O64D nSto revelaram nenhuma
relaçSo entre os níveis de metais nos tecidos, comportamento, peso
ou idade de diferentes espécies de peixes examinados.
Hughes e col. C196£D verificaram correlações tanto positivas
quanto negativas entre as concentrações de metais nos tecidos,
parâmetros de crescimento, bem como comportamento.
Inúmeros pesquisadores tentaram correlacionar alguns fatores
f 1 si co-qtil mi cos com a absorçXo de metais pesados em peixes e entre
esses fatores incluíram o alimento e os níveis de metais na Água.
Entretanto poucos desses pesquisadores constataram que a
concentração desses metais em peixes nXo e dependente de apenas um
fator, mas resulta de uma interaçifo complexa de muitos fatores.
O zinco e reconhecido como elemento essencial para
ml cr organismos aproximadamente ha 100 anos e nos ratos por volta
de 50 anos, mas sua deficiência foi Inicialmente demonstrada no
homem há 25 anos. Tal deficiência foi associada a severa anemia por
carência de ferro.
Os efeitos tóxico» do zinco sobre ou peixes slo muito
10
conhecidos. A ação desse ion Metálico pesado sobre o sistema
respiratório dos peixes provoca a precipitação da secreçlio da
mucosa produzida pelas branqulas. Assim o espaço lnterlamelar e
obstruído, e o moviBento normal dos filamentos das brAnqulas e
bloqueado.
S&idmore « col. Cl072} estudando os efeitos tóxicos do sulfato
de zinco sobre a estrutura das branqulas em trutas, comprovam tal
fato.
Uoyd O9603 em estudos realizados com trutas considerou que a
dureza e o fator mais importante para a toxicidade do zinco; Água
com 12 mg/l de CaCCL, e uma determinada concentraçSo de zinco é IO
vezes mais tóxica do que em uma concentraçSo de 320 mg/l de ^
Sallba e Krzyz Cl9765 estudando a açSo tóxica do zinco,
encontraram um decréscimo na quantidade de ovos de ArtemJ_a 5Ç.J.Í.D*.
em relação A concentração do sulfato de zinco.
Brown e co). C107JO determinaram a toxicidade de certos
metais, entre eles o zinco, em Ar temida salina e Ophryotroçha
^abroniça e os efeitos nefastos sobre o crescimento e a
mortalidade.
Stephen e col . Cl0(393 determinaram a toxicidade aguda de
vários saífc metálicos, dentre eles o zinco, em 3 espécies
diferentes de insetos aquáticos Cimportante fonte de alimento para
peixes), mostrando que dependendo de condições ambientais «les
acusam letalidade.
Eldon e col. C198O) determinaram os efeitos de baixas
concentrações de diversos metais posados, entre elos o zinco em
Maçoma bal.thiça C molusco marinho) sobre o comportamento de
escavac&o e possível recuperação em exposlçto de curta duração.
Hughes e col. Cl985) mostraram respostas adversas em trutas
nos sistemas cardio-respiretorlos e osmorefiulaçio. quando expostas
durante 7 dias ao elemento zinco.
Crandall e col. C1062) estudando es efeitos subi «tais de
diversos elementos tóxicos» entre eles o zinco, sobre o crescimento
do "guppy" Leblstes retlculatus CPoeca ia r et Jjçul£t a). encontrara»
efeitos nefastos sobre a Maturidade sexual. crescimento e
letal idade.
bill ar d e col. C1O85D em estudos realizados com gametas e
fertilização m trutas CSal.no 9»Ardner_ip utilizando vários metais,
entre eles o zinco, mostraram que os estágios iniciais sffo mais
sensíveis que os canetas.
Skidaore O064) revisando certos trabalhos mostrou que certos
fatores ambientais tém influência sobre a toxicidade dos compostos
de zinco em peixes e outros organismos aquáticos.
Benoit e Halcombe Cl8763, em estudos realizados com Pl»*Bb*i.!?5
gronelas em presença de compostos de zinco determinaram que tal
elemento afeta a fixaçSo, fragilidade dos ovos. bem como sua
quantidade. Em estudos realizados pelos mesmos autores com a mesma
espécie de peixe, foi observado no ciclo de vida completo com
testes sub-letals. que sfio afetadas a reprodução, o crescimento e a
própria sobrevivência.
Branco Cl0603 concluiu que a Jetalidade * acelerada quando é
promovida a agitação da água. Foi verificado que a agitaçXo da águn
provocava a asfixia de peixes "guarus", devido A coagulaçXo do muco
sobre as branquias.
Glanotti Cl0653 concluiu em seu estudo que na espécie Pçeçil^a
rotlçulat* os machos foram mais vulneráveis A açKo do zinco do que
as fêmeas e que a toxicidade do metal aumentou com a diminuiçSo dos
níveis da alcallnldade e dureza da água.
burton * col. Cl 0753 submetendo t5ES5i£ StCTjeEisLLlR *
concentrações letais e subletals de xinco. verificai a» que estes
peixes morrera» 8C vezes mais rápido a 30°C do que a &0°C.
Concentrações tóxicas de compostos de zinco causa» Mudanças
adversas na morfologla e fislologla do peixe. ConcentraçBes
: agudamente tóxicas Induzem ao colapso celular das branqulas e a sua
obslruçSo com muco. Concentrações cr-onlcamcntc tóxicas por outro
lado, causam enfraquecimento geral e alteraçBes hlstológieas anplas
em muitos órgXos. O crescimento e a maturaçSo sa*o retardados CEPA.
{ 18763.
A concentração deste ion metálico é maior nos organismosf
,. bentônicos que em peixes, e nestes e maior que nas espécies
• carnívoras.
ConcentraçSes da ordem de 0,4 W l de zinco sSo registradas em
aJgumas areas estuarinas causando mortandade de larvas bivalves
; (EPA, 107B5.i
| Muitos sXo os dados disponíveis sobre os efeitos do zinco no
t ambiente marinho. Este metal e acumulado por algumas espécies. Os
| animais, por exemplo, contem zinco em quantidades tfwt vao de O a
I 1500 mg/kg CEPA, 1076).
| Existe uma quantidade apreciável de zinco nos teciods dosP
| peixes, sendo que, de acordo com Vinogradov C1052O ha mais zinco
| que cobre e muito mais ainda que ferro.
Cohen Cl0855 definiu a bloacumulaçXo como a transferencia de
uma deter mi n*da substancia que be encontra no ambiente para um
organismo, o deste para outros através da cadeia tróflca, podendo
chegar a níveis bastante elevados.
F.vld«ncla-se por- estudos realizados pela CETESB que a Area da
Bala de Santos e estuários de Santos e SXo Vicente encontram-te
>• • . , •«...
contaminados por esse metal CCETESb. 1QBO.
Neste estudo todas as «species analisadas apresentam teores de
zinco mais elevados M S vísceras m relaçKo a Musculatura. O&
teores «ais elevados ocorreram em bagres, que s£o espécies
omnlvoras. de hábitos demersals. vivendo em contato direto com o
fundo.
O habito alimentar dos peixes parece influir diretamente sobre
os teores de zinco encontrados nas musculaturas e nas vísceras.
Di» todos os metais analisados nesta campanha CCETBS8, 2664),
multa atençXo deve ser dada ao zinco, mercúrio e cobre, que foram
í aqueles que apresentaram fatores de concentraçSo significativos nos
' peixes.
\ Fatores do concentraçSo significativos de zinco sao observados
apenas nas vísceras das ««species de peixes que, de uma maneira
geral . vivem em fundos lodosos t> se alimentam dos organismos do
• mesmo, como bagres, tainhas, paratis, linguados, etc. CBoldrini et
- Pereira. 19871).
| Por outro lado, deve-se levar em consideraçSo o efeito
|, sinérglco do zinco em presença do alumínio e cadmio e outros metais
I pesados. CBoldrinl e Pereira. 19875.t
Desde 1083, a CLTESB vem desenvolvendo um programa espec i f i co ,i
,! abrangendo todo o sistema alto e médio Tietê, incluindo-se ai o
,° estudo da Represa Barra IlonJta. Analises efetuadas em musculatura
e vísceras de peixe dessa represa revelaram que nas 2 campanhas
efetuadas em 10Õ4, os teores de zinco em vísceras de peixes
comerciais apresentam valores acima do limite estabelecido pelo
Ministério da Saúde o Secretaria Especial do Meio Ambiente.
Alllabadi e Sharp C1Q6S3, em estudos de transferência de
metais pesados de bactérias para protozoan os, numa relaçZo
.. »• . • • » a .
predador-presa, verificaram que a acumulaçKo do xlnco pelo
protozoario foi multo Maior que os demais metais.
Spehar e col. Cl070) lnvestlgara» OÜ cfoitou slnérglcou de ma
mistura de cadmlo e zinco sobre o peixe CJerdanel,a florldaeD em
todos os estágios de desenvolvimento e efeitos desses metais no
comportamento.
Cross v col. CJ972O comparam a relaçSo entre o peso total do
corpo e a bioacumulaçSo do mercúrio e outros metais, entre eles o
zinco, na musculatura branca de peixes que habitam diferentes
ambientes no Atlântico.
Simpson C107GD em estudos de laboratório e campo compara a
absorção e eliadnaçKo de rlnco por mexilhCes» e estabelece uma
relaçKo entre r, peso do corpo e o ciclo reprodutivo.
No homem esse metal traço é essencial em pequenas quantidades
ao metabolismo. Seu papel esta Implicado em funções enzlmaticas,
síntese de proteínas e metabolismo de carboldratos.
A deficiência do zinco em certos animais e manifestada por
anomalias de pele e causadora de uma doença que degenera a
quer atina. Por outro lado o conteúdo de zinco nas glândulas sexuais
de porcos machos * alto, provando ser este elemento essencial para
o desenvolvimento e função sexual normal nesses mamíferos.
No homem a cirrose pós-alcoóllca do fígado parece estar ligada
A deficiência do zinco CKrause e Mahan, 10843.
lia cerca de 1,4 a 2,3 g de zinco no corpo do homem adulto. Os
órgãos que possuem a maior concentração sSo: fígado, pancreas,
rins, ossos e músculo voJuntArlo. Outros tecidos com altas
concentrações «Io as vArias partes do olho, próstata,
espermatozóide, pele, cabelos e unhas.
Multas questSes, tendo em vista o papel biológico do zinco no
how» sfto ainda um* Incógnita; entr«tanto está claro que w s »
elemento participa de muitas atividades metabollcas. Há cerca de 7O
ou mais mrtaloenzlmas onde e exigida a presença do zinco.
A absorçko do zinco e afetada pelo tamanho do corpo, níveis
de zinco na dieta e a presença de substâncias interferences.
O zinco pode ser obtido de uma dieta balanceada contendo
suficiente proteína animal. Carnes, fígado, ovos. frutos do mar
Cprincipalmente ostras) sKo excelentes fontes de zinco.
O conteúdo d* zinco da maior parte da água potável é
desprezível. O leite materno contém cerca de £0 mg/l de zinco.
A deficiência do zinco provocou anomalias congênitas em
crianças nascidas de mSCes alcoólatras CKrause e Mahan, 1G&O.
Por outro lado. crianças com dieta pobre de carnes tiveram
perda do olfato e do paladar. alem da perda de cabelos, entretanto
bastou que o zinco estivesse presente para reverter totalmente o
quadro CKrause e Mahan» 1084).
Casos de envenenamento podem ocorrer, seja por ingest So de
alimentos, por bebidas contaminadas, de poeiras e fumaça com altos
teores de zinco ou contato da pele com o zinco e seus sais CRocha e
coi.. I O Ô » .
Por outro lado o envenenamento por zinco através da ingestXo
de peixes ou moluscos altamente contaminados * difícil de ocorrer,
pois os mesmos devido a coloraçSo azul-esvordeada produzida, s&o
rejeitados para consumo. Entretanto há risco potencial e as doses
excessivas desse metal podem causar problemas pulmonares, febre,
calafrios, ga&trcenterltes, sonolencia. náuseas, desidratação e
descoordenação muscular € Rocha. 1062?.
* - • * •
l . E §y?AlO§_BIOLO61ÇÇS_ÇOM_7VAÇADORES RADIOATiyOK
Em ter «os. eco tox lco lôg icos . pm.ru saber tie u n substância tem
e f e i t o sobre o ambiente aquático neces s i ta - se saber como é seu
estado, sua estrutura e dinâmica em condições normais.
A qualidade das águas continentais é com 1'reqUencla afetada
pela introdução de substâncias tóxicas variadas, entre e l a s
citam-se os metais pesados. Esses elementos altamente tóxicos podem
causar a destruição parcial ou masmo total da fauna e da f lora. SXo
bem conhecidos os e f e i t o s tóxicos causados sobre os peixes pelos
compostos de matais pesados e sKo vários os fa tores que devem ser
levados em conta com relaçXo a intoxicaçfio de organismos aquáticos
em geral. por e s s e s elementos.
A detecçffo da presença desses elemuntos conta com recursos
altamente e f i c i e n t e s obtendo-se excelentes resultados .
Por outro lado. a determlnaçXo exata de concentrações de
determinadas substâncias nXo dispensa provas de sens ibi l idade dos
seres vivos a e l a s expostos , para e f e i t o s prát icos e providencias
adequadas.
Os procedimentos associados s e completam e , através de les ,
chega-se ao ideal de s e estabelecer doses mínimas l e t a i s . JngestXo
diária aceitável e vários outros parâmetros de grande val ia .
Os ensaios b io lóg icos em geral tornaram-se instrumentos
básicos para o estudo da poluiç£o das águas nos últimos 30 anos
CStandard Methods. 107CO.
Os primeiros estudos empreendidos para a verif icação dos
e f e i t o s de surfactantes Ccomponentes de produtos de llmpoza) cobre
peixes foram inic iados ao f inal da década de 1090 na Inglaterra.
Alemanha. Bélgica • Uni So Soviét ica CMarchétti , 10653.
Certos países como * Fiança, Polônia. Estados Unido». CanadA e
Uni So Soviética desenvolveram técnicas utilizando testes de
bioen&aios a fim de determinar a toxicidade relativa de efluentes
domiciliares e indústrias antes de serem lançados em corpos d*Água
CABEU 19745.
A técnica dos ensaios biológicos com a finalidade de avaliar a
qualidade da Água fundamenta-se na utilizaçSo de organismos vivos
que funcionam como indicadores da presença de substAnelas tóxicas,
que se manifestam por diver^ab reações ou respostas biológicas.
Os peixes KSO sem dúvida nenhuma os organismos mais
freqüentemente utilizados em ensaios biológicos: devido ao fato de
os sintomas de intoxicação serem de fAcil observaçSo.
Diversos gêneros e espécies tém contribuído para essa
finalidade, sendo Inúmeros os trabalhos publicados sobre o
assunto. Além dos peixes, sSo utilixados crustáceos, moluscos,
insetos adultos e larvas, brlozoArios, equlnodermas, vermes, etc
CEPA, 1078; EPA, J07B3.
A vista dessas considerações o face A literatura sobre o
assunto, fica clara a preocupaçSo das instituiçSe& sanitárias
brasileiras quanto A nnwrscidad* d* d<rs<rnvolv*r ensaios biológicos
para avaliaçSo da qualidade das Águas e o controle da poluiçSo.
No Brasil entretanto os ensaios biológicos com o objetivo de
avaliar a qualidade das Águas tém história recente. A CETESB
iníciou-oc por volta de 1077 CPereira e co l . , 10783 a Escola de
Engenharia da USP, em SSo Carlos, em 1070 CLima, 10853; a Faculdade
de Saúde Pública da USP em 1080 CBranco. 1060; Rocha e col. , 1086;
Pereira e col . , 1086; Malagrino * col . , 10850; o Institutohi OceanogrAfico da USP em 1077 CTommasl e col. , 1081; Pereira • col. ,
I 1O81; Malagrino • col . . 10813.
Con traçadores radioativos os ensaios biológicos permitem
fornecer informaçBes em pesquisa ecológica. sempre quo Tor
necessário de se obter dados adicionais. O uso da técnica de
tracadores radioativos vem aumentando nossos conhecimentos das
águas continentais e oceânicas c dos seres vivos que habitam esses
ecossi stems s.
Na tabela 1.5 sXo apresentados os resultados obtidos por
pesquisadores que utilizaram a técnica dos tracadores radioativos
bem como de estudos de acumulaçXo e eliminaçXo de radionuclideos
provenientes de centros de pesquisas, centrais nucleares, assim
como do "fall out".
TABELA A.S - o obtidos porJ t l
t
iQUO u t i l i s »
«,^w. »« . •- êiYroiríãcão J r ««dTonuc"lTde©£'- prwen-f.*rtte-s de» centro* de pesquisi^. centre.ic nocle^rts,
folu£ *«_»«x d o c emoluscos
"ÍL
idade-
abso •& © l i
'GO xes <». e-sp.?-L ie C«F>: ASC. 1 US^URATUS
. trocas, do Cè. e
olysccv." Co—«•s^tTwe i «r-
t-
u o p o «•ttcitlos-ies
© in—
ZO3HÇTetc
riocMoluscoHALIOTISRUFXSCChK;
dc>£-
, o 11 rs- idiftvi
r»£, tecif £ , 13*7?
Esfs.C »«£T dfiíP€- i x&j- n&r i nk»o.-;
rft&rc'iai'^ricii•t£?CÍdOS
c o i . , 19SS
d á.ria£
- n»Ç.l UÇCO£: C O -ühimisu, 1975
Pe i xe-E c orec-í? *t Tei i , trutas
c ©li —
n>«?n t o d-»-J arerv
n «>c •» 1 h o e s , c a.— Heers t-c o i . , 1976
Uan
h *•>< it c o—
Moluscost v i
l.E.l
O uso do <&» c a n ferra—rrt > ecológica para estudar o
r 1 »— nt n do zinco na flora e fauna d» u» ecossistema tem sido
o objetivo d» diversos trabalhos. Ua traçador radioativo e u»
|- elemento qulaleo que conte» alguns átomos radioativos. Qiimir a—ntr
: nXo se distingue do Material nXo radioativo. mas pode ser
fadI Mente seguido tu sua passage» através do corpo.
nados sobre a absorçXo de £n referem-se principal emente as
algas, plantas superiores, aoluscos. crustáceos» insetos e suas
larvas. Por outro lado, dados sobre a absorçXo do ^^ta por peixes,
especial Mente os de água doce no Brasil, slo auito escassos.
Alguns estudos te» sido realizados co» ^&» c o w traçador e»
experiaentos de absorçSo e elJminaçXo em plantas aquáticas e algas.
Knauss e col. C1G5O descobrira» que a quantidade de Zn
absorvida por culturas de CHLORELLA variava de acordo co» a
concentraçSo de zinco no meio.
Idce ClO9Bi> relatou u»a absorçXo rápida e quase conplela de
^^n por culturas de NITZCHIA tanto n presença de luz quanto na
ausência.
Bachmann e col. C1Q60) usando 6 espécies de algas marinhas
benticas, encontrara* una rei açSío direta entre f otossl ntese e
absorçSo de ;&i em presença de luz, sen que tivesse ocorrido una
absorçXo apreciável na ausência de luz.
Gutknecht Cl0015 investigou os efeitos do netabollsno, pH,
ions e de temperatura na absorçXo e acumulaçXo de Zn por Ul.ya
| lactuça. em presença da luz e ausência.
} Gutknecht C106SO relaciona vários fatores ambientais na
absorçSo e eliminação do i!n e» quatro «species de algas benticas
30
marinhas.
Chlpmann C38383 encontrou grandes concentrações de i2h em
diatomaceas marinhas, verificando que a eliminação desse elemento e
multo lenta.
Mlshlna e col. Cl9655 relacionaram o tamanho do corpo,
temperatura do ar com taxa metabólica e de eliminação do ^zn em
caracóis do pântano salgado* em experimentos de campo ts |
laboratório. ;
Baudim Cl0733 determinou por meio de estudos experimentais a •-,
fixação e a eliminação do Zn em moluscos comestíveis. |
Chipmann e col. Cl6583 utilizando moluscos comestíveis ta is *
como: ostras» mariscos e mexilhSes, verificou que a quantidade de
Zn absorvido era maior em ostras seguida por mariscos e
mexilhSes.
Young Cl0673 descreve experimentos envolvendo respostas
compor tamen tais do molusco comestível
65mantido em condi çBes naturais seguindo as trocas do Zn em
diferentes ambientes.
Berg e Weiss Cl0753 desenvolveram em laboratório um estudo de
transferência do Zn dos sedimentos para larvas de CHIRONOMIDL'O
Clarva de Inseto, importante alimento para peixes3 e destes para
peixe de água doce, levando em conta o efeito do cadmio nesta
tranferéncia.
Odum Cl0613 realizando estudos no campo e em laboratório com
artropod» Cinsetos e cru&tâceos3, constatou que a taxa de excreçSo
de quantidades apreciáveis do traçador Zn é proporcional a certa
taxa na atividade, especialmente, taxas de consumo de alimento e
produçXo de ovos.
Baudim C1O813 estudou em laboratório as trocais do Zn como
traçador entre a Água e o sedimento, e a flxaçXo desse elemento por
UM espécie bentônica Nereis di versleo^or, que e um anelldeo
pollqueta que faz parte de cadeia alimentar piseicola.
Gutknecht C 14*65} mostrou que a ellminaçXo do Zh em Fuçus
ves^çulosus e extremamente lento.
Bodansky C1B2O5. Hi 1 ter e col. C1Q1O3 e Okada C1O3O3
registraram no inicio do século que as ostras acumulam altas
concentraçBes de zinco, atribuindo-se ao fenômeno a denomlnaçSo de
"esverdeado da ostra".
Lownan e col. Cl0573 e Lowman C1O6OD detectaram a presença do
Zn em pássaros marinhos, atum e no pi Ancton. após a ocorrência de
testes nucleares no Pacifico..
Townsley e cols. C1G613 estudaram os níveis de ^Zn que foi
acumulado e transferido numa cadela alimentar onde utilizou-se
micro ai ga-zoopl ancton e peixes.
Shulman e cols. ClOül) estudaram os efeitos da temperatura,
salinidade e absorçSo do alimento sobre a excreçSo do Zn em
peixes marinhos pequenos.
Matthlessen e Br afiei d Cl 0773 relacionaram o peso do corpo com
65a absorçSo do Zn em peixes da espécie Ga*terosteus açuleatus.
Em experimentos posteriores os mesmos autores observaram que a
absorçSo do Zn em Água dura foi 3.5 vezes maior do que em Água
isenta de cAlcio. apesar da Água dura ser menos tóxica. Essesasautores vari ficam que a concent raçSo de Zn foi maior nas
brAnquias e quo esta espécie reduz seus níveis de zinco C75 SO
quando expostos a Água isenta de zinco.
Pentreath Cl0703 estudou a acumulaçSo e retençSo do Zn em
ovos e larvas» a relaçXo desse metal entre os tecidos e o tempo,
bem como a mel a-vi da biológica a partir do alimento marcado com o
peixe P. ol at essa. !
Baudlm C1OB73 estudou a retençSo de ^zn absorvido por via |i
tróflca em carpas Çygrlnus çarglo. \I
Myttenaere e cols. C1O753 estudaram a influencia do cadmlo
estável na transferencia do Zn no peixe Çarassius auratus.
Slater Cl0613 fez uma analise da acumulaçSo comparativa do
Zn em alevinos de varias espécies de trutas. Paralelamente fez um
estudo da distribuiçSo deste elemento em vários órgãos.
Nakatami C10G63 em experimentos realizados em laboratório
mostrou a distribuiçSo e retençSo do Zn em trutas apôs ingestSo
oral, efeitos crônicos da ingestSo do Zn no corpo» sobre a
capacidade de nataçSo nesta espécie.
Hodson Cl0753 determinou a absorçSo do Zn em salmSo do
Atlântico em concentrações letais em temperaturas que variaram de |
3. 11 e 19°C. *,
iLebedeva e Kuznetsova Cl0603 em experimentos realizados em
laboratório com car pas Jovens, estudaram a distribuiçSo. taxa de \:
armazenamento e eliminaçSo do * Zn em vários órgSos. Paralelamente JACS
verificaram o efeito do cálcio estável na absorçSo do Zn.
Hoss Cl 0643 estudou a acumulaçSo do Zn pelo peixe ,
"Flounder": do gônero Paralichtys.
Edwards Cl0673 utilizando Zn como elemento traçador estimou *
a taxa respiratória, bem como a taxa de elimlnaçSo no peixe
em diferentes níveis alimentar es.
2. JVSTIFJCATIVA E OBJETIVOS
Apesar de um variado número de trabalhos , constatando os
•aí»
» • r «• « «
•feitos tóxicos d» start ale pesados sobre a vida aquática, pouca
atenção te» sido dada As possibilidades da utilização de traçadores
radioativos no estudo da bloacumulaçao desses elemento* químicos na
cadela ali atentar, envolvendo especialmente a fauna ictlca, pelo
menos no Bras.ll.
Ainda que exista» trabalhos enfocando as espécies de regitfes.
temperadas, no Brasil sSo escassas as pesquisas nesse campo» e
portanto, a metodologia principalmente a nível de praticidade de
utilização e» programas de controle ambiental esta por ser
estudada. Nas Areas de atuação do saneamento e na agricultura
existem alguns trabalhos com a aplicação de traçadores radioativos
CGarcia. 1077; CETESB, 3 078; Ferreira e cols. . 1OSS3, mus
especificamente quanto A bloacumulaçSo em peixes em território
nacional, e preciso enfatizar que a bibliografia é inexistente.
Portanto e importante estudar a bioacumulaçao de zinco em peixes
através de ensaios biológicos com traçadores radioativos,
utilizando-se o 2n, cuja presença nas Águas pode trazer graves
Inconvenientes A fauna letica.
Corroboram esta assertiva, os trabalhos de Gianottl , 3685;
Rocha, 1Q82; Kocha. 1085; Pereira. 1084; Souza. 3 087; CETESB, 1O80;
Tommasi, lQ7(j e outros que mostrar, ter havido um aumento das
concentraç&es de zinco nas Águas de lagos, represas, rios.
estuários e balas em at* B0 mg/l.
Embora o zinco possa ser removido em processos convencionais
de tratamento de água ele pode persistir nos corpos hídricos
durante ate 30 anos.
Deve também ser ressaltado que os traçadores radioativos foram
introduzidos nos estudos de controle da poluição do meio ambiente
em decorrência do grande suceeso obtido nas aplicações desses
traçadores; m u t í c w u , desenvol vi da a. partir de 1658, em «seal*
Mundial, é b » conhecida tios países desenvolvidos e Multo pouco
entre nos.
Assim o uso cia técnica do 7n como elemento traçador em
bioensalos. objeto dcs*«a dlssertaçKo, constitui pulo menos a nível
de território brasileiro, pesquisa pioneira.
- Ressaltar & importância dos traçadorcs radioativos no estudo
de bioacusiulaça*c em peixes.135
- Estabelecer e discutir Metodologia para uso do Zn no
estudo de bloacuulaçXo através de ensaios biológicos.
3 1
A escolha da espécie Poec.ll.ia r.Sti.çul ata fundamentou-se nav
segulntes características:
a) na relativa facilidade de ser encontrado em todo o
território nacional;
b? no tamanho relativamente pequeno C2 a 4 cnO;
c) no fácil Bumaseio, captura « transporte;
d) na sua adaptabilidade as condiçtses de laboratório;
«O na sua i«ç>orv*ncia na cadela ailment ar;
O de acordo cor a APHA C107G), trata-se de una espécie
"padrXo" es estudos de ensaios biológicos e tem sido
empregado na area toodcnlôglca •» toda part» do «undo;
g) sua biologia, distribuição e comportamento &Xa fortes
fatores que reforçam sua aceitabilidade COBC espécie
teste;
K> as fêmeas desta espécie %Mx* vi-vi par as. havendo
portanto supri Bento constante a partir do esvoque no
laboratório.
Levou-se en conta na realizaçXo dos testes , as condi.çSes mais
conunente encontradas nos corpos d*àguá do Estado de SEe Paulo,
quanto A dureza» pH» temperatura da água. conforne CETESS CS084>.
A APHA Cieeo> propSe SO espécies bioinâicadoras Centre as
quais Pogcllia reti^çulataD para Águas continentais.
A OECD C3G843 propSe a uillizaçSo de Brachydani o rerio e
Poecila reticul^ata entre outras.
A ISO ClúBcO recomenda o uso de Braçhydanio_rerio e Poecllla
reticulata.
Spraguf Cl0733 propâe as nesmas espécies, a les de incluir
outras.
Ape&ar de nXo ser nativa de território brasileiro, a espécie
selecionada foi introduzida ha muito tempo, sendo encontrada em
Águas cos baixo teor de carbonates e blcarbonates. Segundo Rosen e
Bailey Cl0033 esses animais s&o nativos das Antllhas Holandesas,
Barbados, Venezuela e Guiana Inglesa, mas sua distrlbuiçSo eundial
ocorreu pela ação do aquarJsmo. Hodetn ser «nconvradas ainda em
3b
varies habitats, tanto em ag.ua salobra coao dor». entretanto nfcc
deve* Ker encontrados ra r i o s de Montanhas, çrandes r i o s • ilhas.
distantes; habitam principalmente Águas rasas CNowura. 1077^.
ASPECTO:; ECOLÓGICOS
Os indivíduos desta espécie toleram temperaturas em torno ©*•
1S°C por um curte período de tempo, adaptando-** melhor entre ES e
E4°C CNomura. 1C77O.
Podem viver em água com pouco cod gênio d i sso lv ido tf sende
vi vi par os nSto depositam seus ovos e portanto nXo necess i ta» de
oxigênio d i s so lv ido para sua eclosSo.
O dlmorflsmc sexual em relaçSo ao tamanho ocorre, pois que nos
machuu u. onuiu-iu unptegada nu ctcucincnlu c dcwiudu pura a
na procura de fêmeas f é r t e i s , enquanto que nas femoas a energia
para o crecimento do corpo e gónodas. produvSo de ovos e
transferencia dv alimento para desenvolver os enbrlòVs.
Por outro Jado, ov indivíduos desta espécie s&o omniveros e
portanto empregadas como larvofagos na eliminaçSo de larvas de
algumas espécie* d* mosquitos transmissores de doenças.
iSegundo a APKA ClCdO> e a ISO Cl8620 o loc*l escolhido paia a
obtençXo dos organismos aquáticos deve estar l i vre de qualquer t i p o
de polulçZo. desta maneira e v i t a - s e que os organismos* tenham Algum
grau O contami naçSo. Por outro lado. Doudoroff Cl6315 corai dera
dois importantes fatores nu execuçXo de «usados. biológicos:
a) os organismos aquático* d w n ser coletados nu»
turso d* Água ar;
tO o curso d*Água frito dever* estar poluído pela substância
e» estudo.
Para atender estas exigências, procurou-se vs> loca) onde
houvesse uma aenor açSo antropica.
Após vis.it.ar varias localidades próximas d* capital CS3o
PauloD optou-se por um lago no município de Aruji. SXo Paulo,
distante aproximadamente 30 km da zona urbana da cidade de SSo
Paulo. Esse lago situa-se dentro de uma reserva particular onde nSo
ha qualquer lançamento de esgoto ou aplicações de defensivos
agrS colas.
Os organismos escolhidos para o* testes eram sextpre coletados
por volta de IE h. quando apresentavam-se com mais íacil percepçSo.
Para sua captura foram utilizadas redes especiais cuja textura nSo
provocasse lesões externas; portanto o máximo de cuidado foi tomado
para que sofressem o mínimo de traumatismos, çue os torna
susceptíveis a doenças CStandard Methods. 107CO.
O& peixes assim coletados foram transportados de acordo com as
normas estabelecidas internacionalmente, ou soja. sob aeraçSo
constante, LftmpetrAt.xir* da *çju* «ntr« P.Q « PSi°C, pH nmit.ro 011
ligeiramente ai call no CEPA, 1664>, COrsanco, 10743. Imediatamente
apôs serem coletados, os organismos eram colocados es. recipientes
d* plástico ou 1 sopor com água do próprio local e levados para o
laboratório da Divisão de Monitoração Ambiental do XPEH-CNENXSP.
No laboratório os organismos receberam tratamento profilatlco
te quimioterapico contra fungos, bactérias e protozoarJos. que
eventualmente estivessem presentes nos organismos -teste. O
tratamento foi fe i to com NaCl dissolvido em água, na preporçKo d»
3:1000 e antibiótico de largo espectro. Apôs: tal procedi atento teve
inicio o período de aelimaçko con a transferencia dos aquários d»
tratamento profll&tlco para tanques de ciaiento-amianto revestidos
com tinta cpôxi para evitar possível R contar.: naçoe*. Tais tanques
possuem as seguintes dJmonKBes: 0.40m de comprimento. 0.40m de
largura e O.3rim d* altura, contendo desse node um» capacidade total
de SO I CFlgura 3.13.
Para evitar una alta concentraçSo de organismos que poderia
gerar estresse nos animais e seria prejudicial A interpretação dos
resultados, optou-se por colocar aproxinadamenve ISO organismos por
ianque.
Para maior oxJgenaçSo do melo. remoç&o de restos alimentar es e
excretas. os tanques receberam filtros biológicos cos. dispositivos
de flltraçSo da água Cfiltro de IS d* vidro). aeraçKo constante con
compressores de ar e controle de temperatura por meio de
termostatos e respectivo aquecedor.
3U
F1GUKA 3 . ] Ianque de nnnut«ncflio com f i l tro biológico
t,ermov.iito para aclimatação don organismos.
CB organismos «quAticos «So pr at undaaente ligados As
características do Belo ambiente em que vivem. Cfcialquer alteraçSo
na composição qulsaca da Água se reflete sensível mente na
popiú açXo.
Segundo Sprague Cl658!) poucos dados existem sobro adimataçXo
de peixes as condições de laboratório, entretanto sugere este autor
um período de pelo menos uma Kemana.
Segundo a ISO C108ED. os organismos selecionados de uma
populaçSo de um me ir mm tanque de cstocagm. dever So se aclimatar por
um mínimo de duas semanas antes do ensaio, sob as mesmas condiçCes
de qualidade da Água e temperatura, mantidos durante o ensaio.
OL peixes testados dever£o estar Isentos de doenças e sintomas
visíveis de traumatismo.
De acordo com o Standard Methods Cl6763 os anismls coletados
no campo dever So ser mantidos em "quarentena" por um sdnlmo de sete
dias para a observaçSo de parasitas e doenças e para a recuperaçKo
do extres&e provocado pela coleta.
Se mais que 105í dos animais coletados morrerem após o segundo
dia ou se tiverem parasitados ou doentes, dever So ser descartados.
Caso isso nffo ocorra, ser&o transferidos para es tanques de
manutençXo dos estoques e dal começar A a aclimatação nas condições
dos ensaios. O período de aclimataç&o será governado pelo tipo de
organismo, extensSo de mudanças na qualidade da Água, bem como no
tipo de ensaio biológico que se propõe utilizar.
TV acordo com a* r.*rr.t«rlstJc.** do #mK»1n escolhido, optou-**»
por um per iodo de acllnataç&o d* aproximadamente JB diac.
Tanto durante o transcorrer da aclimatação como nos ensaios
foi mantido ur. fotoperlodo com a época do ano.
3.2.8 ETAPAEXre» MENTAL
A soluçSTo de zinco radioativo foi preparada dissolvendo-se o
zinco m po irradiado no reator nuclear de pe&quisa IEA-Rl do 1VEÜ
na posiçXo 34b. onde o fluxo de neutron* * da ordem êe
13 —2 ~1
10 n.c» . s . Para i s s o cerca de 50 «a de zinco mm po forax
envolvidos.- en> um Invólucro de papel alumínio previamente limpe e
depois acondlclonado num recipiente de alumímc para irradiaçSo.
O tempo de irradiaçSo necessário foi de cerca de 84O horas cec
6 horas de irradiaçSo por dia.
Após um tempo de resfriamento de cerca de IO dias . o zlnsc
irradiado foi dissolvido pela adiçSo de algumas gotas de acice
sulfúrlco 68 X e Água.
A mistura foi aquecida ec um» chapa elétrica até a dlssoluç£=
completa do zinco. Após a dissoluçSo a soluçSo foi aquecida até a
secura para a elininaçSo do ácido sulfúrlco em excesso. Esta
operação foi repetida 3 vezes.
O resíduo obtido, constituído de sulfato de zinco, fc:
dissolvido com Água quente, o pH corrigido até a neutralidade e
depois diluiu-se a soluçSo es. 25 ml de Água destilada em balls
vol «métrico.
Do balXo volumotrlco foram retirados 10 ml da soluçSo qut
foram lançados em aquários con capacidade de 10 l i t r o s cada um. d*
forma a obter uma soluçSo final com concentração da ordem de 2
COM atividade da ordee de 3000 cpm. determinada num analisador
monocanal acoplado • urn crlfctal do RalCHO. tip© poço de
8.1 CM X 4 .5 e n . «arc* HARSHAV.
O radioisotopo dr i n t e r e s s e para a present* pesquisa fa i o
aínco-65 de Asia vida r e l a t l v a w n U longa t T 1 / e * 845 diaic>. O
espectro de ra io s gam obtido eat o» d*fi-«ctor de Ge<Ll!> da soluç&o
dV zinco obtido e apresentado na Figura 3 . 2 e conflr»a a pureza do
Material usado.
ISS5.PAICNTOS_ÜIIU2ADOS
- detector GeCLO aiarca E G I G ORTCC.
- «fspectrôMctro de r a i o s gama» •coocanai, da »ürca
HAKSHAW ande]o PM 431 , acoplado a uc c r i s t a l de i o d e t o
de sód io ativado com t a l I o IMalCTm. t i p o "poço", de
5.1 X 4 .S cm.
- detectar de MalCH> t i p o planar C7.6 x 7 . 6 caO marca
QUAJCTZ A SUCE.
- medidor de pH METTHRON HERISAU, modelo E-350B, com
escala de le i tura de O.O5 unidades de pH.
- oaqulmrtro de fabricação Japonesa marca WTUTOYO.
- balança c e a i - a n a l í t i c a , precisSo 0.01 g, modelo H1O.
capacidade S0 g, fabricaçXo su íça .
- termômetros CHgí O/BO°C, marca Precision S c i e n t i f i c
Co. , PT 307037, USA. com precisXo de 0.5°C.
- condutivimetro marca THOMAS, modelo 275. Arthur H.
Thomas Co., Philadelphia, USA.
- compressores de ar marca Betta 110 V.
- terooiitato co» aquecedor acoplado. s*rca Viço-Flex,
110-150 W.
E^DI OAT1VO ÇOMO_ TRAÇADOR
Sob a denominacXo d* b l o e n s a i o s . Lemos d i v » r s a s nodal i d a d e s d»
estes, entretanto para a presente pesquisa a escolha recaiu nos
estes de bioacumulaçXo.
Ha três tipos de procedimento experimental utilizados para os
estes de bioacumulaçXo que variam de acordo com os objetivos
ir opostos:
- Estático
- Semi-estático
- Fluxo continuo
O tipo de procedimento escolhido para atender os objetivos
«-opostos nesta dissertaçSo foi o estático» ou seja, uma vez
ntroduzlda a substância a ser testada e mantidos constantes os
larâmetros fi si co-qui mi cos a água nSo é renovada até o fim do
este.
Os ensaios biológicos escolhidos foram divididos de acordo com
i período de exposiçSo em três grupos, assim denominados:
- experimento de curta duraçXo COG h ou 5 dias)
- experlnento de média duraçKo Cl8 dias)
- experisento de longa duracSCo C3O dias)
Os teste* foram realizados em recipientes de borossllicato.
Medindo 30 cm X 20 cm X 20 cm com capacidade total de 10 l itros
Figura 3.35.
4S
O sistema recebeu aeraçfeo constante por meio de ur coepr*ssor
de ar que promovi* agitaçSo e clrculacKo da Água. Uma pedra porosa
distribuía no fundo do recipiente bolhas de ar diminutas c
regulares.
Durante o período de aclisatacSo CIS dias? em tanque? com
capacidade para 50 l i t ros , con aeraçSo constante, os indivíduos
foram alimentados com r*.ç2o comercial liofllizada de dolt tipos
diferentes. O alimento era. fornecido uma vez ao dia.
Após esse período selecionava-se da populaç&o estoque
indivíduos com cerca de 80 a 25 mm de comprimento total,
tranferindo-os para recipientes de vidro semelhantes aos dos testes
CFigura 3.43.
FIGURA 3.< - Bateria de aquários utilizados para separaçlo
triagem dos organismos para os experimentos.
47
Tal procedimento «ra ntctttiMo para s* verificar em primeiro <
lugar se os pel Mrs escolhidos estava* e» toas condições e aptos ;
para as condiçbrs do teste , e em segundo» para adaptar os i
Indivíduos As novas condi çbes e nko soíreres choque ter alço. .
Todos os recipientes de teste foram coaertos com tampas de ]
vidro revestidas com papel alumínio para se evitar perda do
liquido por evaporação e por agitação do ar comprimido. Por outro
lado. esta cobertura protegia os peixes de estímulos externos a fim
de nko excita-los «• com isso produzir resultados incompatíveis com
a realidade, bem como evitar a camuflagem.
Os peixes ntc foram alimentados nas 48 horas que precederam o
inicio do teste e foram alimentados de duas a três vezes por semana
durante o período de testes. A limpeza dos recipientes dos vestes
que incluía retirada de material residual Cexeretas) era realizado
de duas a três vezes por semana com o auxilio de um si st tema de
slfonagem onde foi empregada uma per a e uma pi peta volumetric^ de
25 ml.
O número de indivíduos por aquário variou de acordo com o
tempo de exposlçSo proposto para cada teste. nXo ultrapassando o
limite indicado pelas agendas internacionais ae padronizaçSo CISO,
1082 e Standard Methods. 1O76D.
Para os bloensalos de absorção de curta duraçSo C5 dias> a
cada intervalo de tempo pré determinado C£4 h3, os peixes eram
retirados dos aquários, enxaguados em três banhos consecutivos e
imediatamente sacrificados por congelamento e» nitrogênio liquido.
Tal procedimento realizado de uma única voz eviva a perda do zinco
por movimentos espasmodieos e por excretas. Ee seguida es peixes
eram pesados em balança analítica e sua atividade determinada «si um
detector de NalCTl) tipo planar C7,6 x 7,6 csO «arca QUARTZ &
S3UCE.
Em outros testes de curta duraçXo para verificar a absorção e
eliminação nos testes de media e long* duração, foras utilizados
peixes vivos se» sacrificá-los Cal ter nativa usada quando as
condiçBes climáticas eram desfavoráveis à populaçSo dos. organismos
e » quantidade disponível era menor!).
Após. receberem o banho C3 vezes} para a retirada co excesso de
água com traçador. os Indivíduos eram colocados er tubos de
contagem contendo 3 ml de Água e levados para a sala de contagem
onde ce realizava a medida utilizando-se um detector de NalCTlD
tipo poço C5.1 x 4,5 CBL> marca HARSHAW.
Uma alíquota de água Cl ml5 também foi coletada e contada.
Tubos de plástico de 12 cm de altura e com capaelcade para 15
ml foram utilizados para a contagem dos organismos e da Água. sendo
o tempo de contagem de 1 ml mito.
Ao término das contagens promovia-se a pesagem dos Indivíduos,
que eram posteriormente utilizados nos experimentos. Tal
procedimento seria repetido a cada intervalo de tempo pré
determinado.
Fará os experimentos de ellmlnaçSo do zinco, transferiu-se os
; Indivíduos contendo tal elemento para um si eterna de Água
I descontam! nada após terem sido submetidos por um período de
í absorçSo de 5 dias C experimento de curta duraçffo), 16 dias
í Cexperimento de média duraçSo) e 30 dias Cexperlmonto de longa
t duraçacO. Nestes 3 tipos de testes as amostras for an contadasi
l durante 1 minuto usando-se um detector de NilCTI2 tipo poço C5,l x
4.0 ctò marca HAKSHAW, utilizando-se at mesmas condições Ja
descritas anteriormente.
- O parAmetro utilizado para se quantificar a acumulaçXo foi o
40
fator de concentração CFO que c definido cono sendo a razko entre
• concentração dt> zlnco-6£> no peixe e a concentração media na água:
cone. de zinco no peixe Ccpm/ig)FC B
cone. meòia de zinco m Água
Para a analise dos resultados dor. testes de ellminaçSo o
parâmetro utilizado para te quantificar a eliminação do zinco-GCJ
foi obtido comparando-se a atividade presente no peixe no decorrer
do experJ«aento com a atividade inicialaente retida.
4.
Neste capitulo ser So feitas Inicial Mente algtaaas consl der açSes
sobre a qualidade da Água no local de coleta, em seguida serio
apresentados os resultados obtidos nos testes de bioacumulaçSo e
«llmlnaçXo de curta, ia*dla e longa duraçKo.
4 . 1
Cte parâmetros físicos • químicos analisados «ncontran-se
representado» na Tabela 4.1 e referem-se aos resultados de quatro
coletas realizadas durante o ano de 3 060 nos meses de Janeiro.
Junho, outubro e dezembro. Devido as pequenas dimensões do lago, as
variAveis dos parAmetros físicos e químicos da água nffo diferem
muito entre si .
Pode-se observar na Tabela 4.1 que a temperatura da Água
B0
manteve-se lçual mente elevada not. meses de dezembro e Janeiro de
1BBB. situando-st» «ntre 2b • EtS°C. atingindo »eu valor mais baixo
em Junho, quando foi obtida a Impvralurk de 1SCC. Em k*guida houvf»
u» ttaento acentuaoc en outubro. quando foi ratglstrada a
tcaperatura dm S3 C.
Associada, a esta variável tKo importante para a coleta dos
peixes encontra-se a variável clinatlca. Assim, dias de baixa
intensidade luminosa e com ventos, propiciaram a dlninuiçXo
quantitativa da população da espécie de peixes selecionada para os
testes.
Observando-se os indivíduos tanto na fase adulta, como Juvenil
de Janeiro a dezembrc de 1088. foi constatada a formaçío de
cardumes. Por outro lado. durante observações tanto de campo quanto
de laboratório, pode-st inferir que a fase Juvenil e adulta possuem
hábitos diurnos.
imELA «.A - idade* c£e. asf\j<*. no "IC-CÍAI de co"lft~.
e
Farânetrosf ís icos ecfj fmi cos
1 empereftur-fe C*iC)
O.D. <me,vn >
PH
Alcai i in idade
Uur«z«x to"tat1< Mg/l C-aCO r)
Cor vdu "ti v i cJôjcteCurnKos/cn«>
TurbieteK <NTU>
Cor* < rnsr f-T/1 >
Uaticresr -resfQ
6,9
4 , 3
Jun
1 S
7,5
ô,9
5 1
4 3
114
2,8
isftrv&doe
Out
5 3
4 5
11*
£,5
5C?
2 5
7,&
0,8
4 ,
1 1 3
3,3
6 0
is»
Forum ut i l izados nos t e s t e s organismos nachos • fêmeas. LOJK.
após a lntroduçXo dos peixes nas condiçOes do t e s t e fo i observaoc
nXo ter havido percepçSo do poluente e os animais nadav*.it
normalmente e com o passar do tempo na*o se constatou comportamento
anômalo nos indivíduos submetidos ao teste .
As variáveis u t i l i z a d a s na análise t e bioacumulaçSo t
eliminação foram as seguintes:
- para absorçXo fo i u t i l i zado o fator de concentração
- para ellminaçXo foi usada a rctlacSo entre a at ividade
presente no peixe no decorrer co «experimento e t
atividade in ic ia lmente retida.
d. 2.1 TESTES_DE_ÇyRTA_DyRAÇXO
Os t e s t e s de curta duraçZo foram ut i l i zados tanto para t
absorção quanto para ellmlnaçZo do zinco. Nos t e s t e s de abeorçSo c
tempo de exposiçSo dos organismos às condiç6es de experimento nSc
ultrapassou 06 horas. Quanto aos t e s t e s de eliEinacSo o tempo fo i
da ordem de JéiO horas.
4 .2 .1 .1 IÇSTC_DF. BIOAÇUMULAÇXO
O período do aclimatação dos organismos ás condiçSes dos.
t e s t e s de absorçXo foi de 6 heras em rec ip ientes e s p e c i a i s CFigura
3.43 e o número de organismos u t i l i zados fo i de 463 entre cachos e
fêmeas. Inicialmente for A» realizados rxptrrlaentos COM machos •
fêmeas separadamente» sendo que os pesos variarar d» 60 ag * 370 mg
para org*nlnoi> femeas e de 116 mg a 250 mg nos, organismos machos.
Os resultados obtidos se encontrar»» nas Tabelas. 4.8 e 4.3 e nas
Figuras 4.1 e 4.2 e 4.2.
Vcriflca-se que ocorre absorcXo do zinco pelos peixes durante
todo o perJodo d* expos: çSfc>.
A »als alta taxa de absorção do zinco observada ocorreu por
volta de 70 horas de exposição, independente do sexo do peixe.
Outro foto a ser ressaltado ê que £ob as —fias condiçBes de
temperatura. pK e dureza da água aparentemente nto existe marcada
diferença entre a absorçSo que ocorre nos exesplares machos e
feaMras. Todavia, e preciso enfatizar que as feneas apresenta» após
í!4 horas um fator de concentração levenente superior ao dos machos
CKJgura 4.3). Possivelmente essa diferença na absorçXo esteja
ligada ao Metabolismo das peixes que varia de uma espécie para
outra e eai indivíduos da mesma espécie CNomura, 16773.
C fato conhecido que as fêmeas possuem um tecido adi poso que
facilita a absorção e a retenção de metais e do zinco em
particular, visto que os metais pesados tem afinidade por esse tipo
de tecido que por sua vez tem capacidade de armazena-los. Fato que
ainda deve ser levado ee. conta e que a velocidade do metabolismo
entre indivíduos machos e fêmeas de algumas espécies e diferente,
pois na fase de crescimento *• maturação sexual as femoas mais
volumosas e vagarosas utilizam sua energia para o crescimento do
corpo e gônodas, produção de óvulos e transporte de alimento para
desenvolver os esibriSes.
TASlXt* 4 .2 — Ufcloi^cs do Cator* d** ccio zinco-ô£» pay& pt-»>*s <~ê*a&£kr da.
do *lentpo cte exposicSto C õ h o r a s ) .
T€M1»PO o'if
< K:«r<& 3
1
£ 4
4 3
7 2
9 G
Fa-tor- decorvcen-trí^cSío
cpni/srf r f» - , «,
Cpra/tO
8,4
10,1
2.6 j5.6 :
3,y !
a,«» i2.3 ;
<*> nêdi<i. de
Ji-
It
( It 3D JC ID SB IE It it 10 10S
TEMPO (HORAS)
FIGURA 4.1: fato' de eoncertrseoo do zíneo*C5 pore peixes fe-recs do tspecieFwetffo Acfim/o/s em funceo do tempo de expotícío (95 ri^cs).Crf t • torro «« ,'cal r«prm«nto e m»*'o • e d»t*í» poe>«e tf* 1»
COMISUC r.£CCK > CC CfctRGIA WUCLCAU/SP • IfEPf
TABELA — ü * . l c r e seo zinco—6S
éi ^
concentr«;3b«*>P«ÍK*S nachos «te.
p / ra . ' *«s** em f S So o tempo cie c>xposic«ío < S é
.< K >
F*torc or.c
J<F.C.=
4—C-esvio
5 * 1
1.5
13,7 £,6.£,<!>
< K >
I I ;
l i -
• it it si •( »• it JC to i
TEWPC
RGUftA 4.2: *:tor ae cwcerrtrccoo do z ; - ; i - 0 5 poro pe^es mochos es «saeciePvteVHa Xetatlata em f uncco «Jo t r r ^ c =• cxposicoo (§6 horns).Coda ponte • borro vertical roprwonta e >—«d o • o rio«<ic podroe tm 1 i
tec
JC
21
u
8
I
1C 20 H 40 ÍC 10 70 er «o too
-U.'PO (HORAS)
CURVA FEME AS MACHOS
FIGURA 4.3: fetor Ct concentrocoo zz i i n c o - 6 3 porn peixes m e crio» e f emeos ( s ; : r o d o s )do especie PetcUia rttindatatrr fjneoo do tempo dc expos'soo (96 horos).Coda pente • berre v«<-tical reptwatte e media e o d«»*io pedrao de 16 indivie
S9
Nos indivíduos: «incho?» sutis ágeis * energia empregada no
crescimento e desviada para * natação nu procu-a de fêmeas férteis .
nSo arujtxenando por conseguinte quantidades apreciáveis de gordura
CNomura, 16775. Pode—se notar um dimorflsmo sexual em relação ao
tamanho e cnvte pode influir no comportamento oe absorçKo do zinco.
Kudo Cl6760 constatou em estudos de laboratório que em geral
peixes. Jovens, de espécie E9H£Üi.Ç. E.Ç.y.ÇUi.ü* acumularam altas
concentrações de mercúrio rapidamente C principal monte as fémeaíO
durante um período de exposição de 60 dias.
Km geral, espécies amis ativas . e estruturalmente anais
complexas apresentam taxas metabóllcas mais alvas como e o caso das
fêmeas da espécie ora estudada.
Assim para as discussSes acerca cas diferenças: de
comportamento entre machos: e fêmeas deve-se argumentar e levar t?m
conta os vários aspectos* do dimorfismo sexual, hábitos, bem como a
flsiologia dos mesmos.
O fato de encontrarmos indivíduos de mesiu. espécie e do mesmo
sexo con diferentes taxas de absorçSo deve-se provavelmente a três
fatores:
- alguma* mudanças na& praticas 1 ater ator i ais que pod<in
modificar as características ó» cada popuJ açffo
utilizada.
a sensibilidade especifica cie cada populaçfio
Cresistente ou nXo que pode ever-.ualmente acarretar
diferenças no comportamento CNvely, 16703
| - a s diferenças de comportamento de exemplares de uma
í: mesma espécie submetidos a ensaios biológicos.
Sparkc e col. Cl673? observaram diferenças de comportamento
importantes: em peixes confinado* em testes de laboratório. Notaram
que o coaporUMHito sempre dependeu de estímulos externes e «stes
traduziram-se em cada exemplar vm ritmos peculiares. Estes autores
constataram que Indivíduos, de comportamento submisso sobreviverão
menos tempo que os de comportamento dominador possivelmente por
causa da condi çSo de estresse a que eram submetidos pelas
freqüente:: investidas dos exemplares mais agressivos, port ante,
existe uma relaçXo submissos -dominadores que pode constituir também
uma fonte de variabi 1 idade de comportamento dor. peixes em ensaios
biológicos.
. Segundo Warren ClO7l!> esse comportamento nXo e atributo muito
l constante estando sujeito a mudanças com o desenvolvimento e a
' idade do organismo duraiit* todo o seu ciclo de vida.
Verifica-se pela analise dos resultados CFigura 4.3) que o
> desvio padrSo obtido, de uma maneira geral, e consideravelmente
alto quando nSo se trabalha com indivíduos com massa e tamanhos
noncioeneos >
: Ferreira e col. C3Q623 e Kudo ClOTtO utilizando a mesiu
*. espécie escolhida para este trabalho, assinalaram que sob o ponto
' de vista metodológico, bem como dos resultados é preciso multo
| cuidado na amostragem de indivíduos que serXo submetidos aos
I teste:;. Os meumob autores constataram que quando ocorre marcada
I diferença de peso e tamanho entre os indivíduos, os desvios padrSc
aumentavam, entretanto diminuíam a medida que a mas-Ka era mais
uniforme.
Repetiu-se entSo o experimento colocando-se fêmeas e machos no
; mesino recipiente de teste. mas tomando-se mais cuidado ns.
amostragem. Para isso foram selecionados organismos que tlnhar
] aproximadamente o mesmo peso e tamanho.II Ap6& esta piatica verificou-se que indivíduos machos e fêmeas
tinha» comprlwento lou} de- RO * 8£> •» e pesos entt-e 16ÍS * 168 aig.
Verificou-se pelos resultados obtidos; nest* teste C Tabela 4.4 •
Figura 4.4? que os desvios padrSo tornaram-se sensível «ente amores
«• cunfirmou-se a tendência da espécie de absorver o zinco
notadamente por volta d» 70^ hora.
De uma naneira geral verifica-se que existv una tendência das
varias espécies de acusular o zinco, o comportamento dé absorçSo de
diferentes orgSou. «nlrcUnlu, varia de uuu uupftcic; parti UULIÍI. A
seguir ser So apresentados alguns trabalhos encontrados; na
literatura que estudar, a absorçSo do zinco em dJferentet orgSos de
varias espécies, em experimentos de duraçSo relativamente curta Cs
15 a SO dias}.
Matihiessem e col. Cl8773 constataram que peixes da espécie
ÇS5&?T.9Sk£H£ ££¥i.5£l:i2 expostos a 1 mg^l de zinco em água
destilada, dose letal aguda em 84 horas» absorveram grande
quantidade de zinco nas brânquías após 16 horas de exposlçSo Cfator
de concentração = 5.13; seguida do fígado C3.83; rins C3.£D;
i intestinos C£,4!>; carcaça Cl ,63 * gonodas CO,83.
f fiaudlm C10873 e ueda e col. C10813. coirprovaram que o fato do
| fígado ser o segundo campar t i mento de maior absorçSo. prende-se no
I fato do zinco combinar-se com vários constituintes doste órg&o,
Ii entre eles vtetaloprotelrias, especialmente metal oensci nas. Tal
comportamento varia de acordo com a espécie considerada bem como
com as di for entes formas de absorçSo e ainda com as taxas de
retenção do metal entre peixes da mesma espécie.
A taxa metabcOica do fígado é mais elevada que do» másculos,
por leso qualquer mudança na rclaçSo entre aeumulaçSo e excreção
ocorre no fígado antes de se manifestar nos cúsculos.
Edwards Cl0673 eu. estudos realizados com peixes da «specie
62
PÍ.fti?55ê L - • observou que o estoaago e intestinos sao
ergaos que poscuem *& mais altas concontr*çBes de zinco, seguida da
pule. esqueleto, núscuios., flgads. rlnc o sangue.
Segundo o pesquisador tal fato esta ligado a certas enzima*
prlnclpalnente do intestino, que contêm zinco er. suas estruturas.
TAKEL.Ado zSnco-rS para peixes
or» fut-tçSo do tcfAPO de
Tempo do< horas>
1
*»8
7 3
F«"tor» dccencern-tY^scab
cpre/si f f — , . . . „ >
cpn/ri
2,73
13,£7
I
i0,25 j0,45
O,42
6,51
©,34 j
<*O cte 15
IS-
II-
13-
10-
K ê1
S.4
J
s
IS 10 JO 40 5C IC 70 IC (ft 100
TEMPO (HORAS)
FIGURA 4.4: f r t : - de contintrc:oo do zínco-65 p;rj peixes Ce espéciePoteiliz RttiexJtata em funcc; do tempo úe expos'ccc (96 hc-rs).Coda pente • ec-ro v»rücol rvp'tcvnte o m»Oio • e dvtvi» paéres, úm 15 indite jot
Para e estudo de ellminaçaío do zinco nos experimentos de r.rU
duraçSo. peixes loram transferidos para recipientes contendo Água
isenta de zinco após um período de permanência d» 9b horas em «gua
contendo zinco-65.
As excretas dos peixes foram removidas diariamente a fie de
evitar rcMtbsorçSo.
Os resultados obtidos que se encontram na Tabela 4.3 e Ficara
4.5. mostram que dentro de um período de lfcO horas de ellminaçSc os
organismos liberam o zinco lentamente atingindo apenas 15 X do
total absorvido.
Do ponto de vista ecológico-sanitario esses resultados tr&zem
informações muito importantes pois se transportarmos tal fato pira
o aeblente natural, os peixes, locomovendo-se de uma regJXo poluída
para outra nXo poluída verificaremos que nZo ha eliminaçSo toval
nesse intervalo de tempo do referido metal previamente absorvido.
Isto implica dlstor que se tal organismo serve como alimento em usa
cadela alimentar esse metal passara por vários níveis tróflccs.
atingindo o último elo com concentrações mais elevadas e
provavelmente tóxica para outros organismos.
Por outro lado, quando uma fonte poluidora e continua, meszo
apresentando baixas concentrações de um determinado poluenve
cumulativo, pode ocorrer uma conctmtraçffo residual muito e le vaca
podendo ocorrer episódios de toxicidade aguda.
Edwards (1OG75 constatou uma perda de cerca de 33 % et
zlnco-f3S em 7 dias, após dois dias de acumulaçSo a partir- da ag- a
na espécie marinha "solha". Todavia apôs permanecerem por mais ce
70 dias em Água descontam!nada os organismos: eliminaram apenas
cerca d» 15X do s ineo restante.
Lebedeva * Kuznetsova ClfietO. transfer i nco a levlnos d» car pas
apôs permanência de quatro meses em água contendo z inco , para Água
Isenta deste elemento por dois Meses. constataram que durante e s s e
pet-lodo os peixes retlveram quase todo o z ince acumulado, sendo que
cuas concentrações nos tecidos c orgSos p<»rm*.-iec«ri-am praticamente
as mesmas.
Ferreira c co l . Cl6623. trabalhando com s. mesma espécie usada
nesta dissertação, demonstraram que o mercúrio absorvido e
totalmente eliminado num período de i2O horas C5 d i a s ) , quando
transferidos para apua Isenta de mercúrio.
Kudo Cl 0763 constatou que peixes d& espéc ie Poeçi.lia
retlculata liberaram mercúrio rapidamente quanro transferidos para .
água Isenta do metal e» estudo.
Verificou também que o mercúrio * prontanente l iberado pelas
fezes e lentamente por meio de outros componentes do corpo.
Nos experimentos dessa dissertação também constatou-se uma
perda de z inco para a água através das «xcretas; por meio da medida
de 1 ml de água do aquário que continha a maior parte das excretas
presentes.
O valor médio encontrado nessas amostras foi de 2000 cpm.
enquanto que nSo fo i detectada qualquer atividade nas al íquotas de
1 ml de égua i senta de excreta» extraídas do mu mn rec ipient* .
Esses resultados obtidos experimentalmente, entretanto . nSo
BSO suf ic ientes para se afirmar que a v i a principal de eliminaçKo *
a excreta devido ao fato da atividade encontraca C* 8000 cpaO ser
decorrente das excretas de toda a populaçfio ex i s t en te no aquário «
do fator de d l lu lçSo da alíquota de Água medlú ser anil t o grande
ClriOOOCO.
Ci7
Os resultados, dc ellKina&Xo obtidos nan eqwlacnt t t de curt*
duração conflrMaraM os resuliados dos outros autores CEdwards.
3BU7; Lebedeva * Kranetsova. 1Q6OD. i s to e. a elimJnaçffo do
elemento zinco e lenta nio st para a espécie Foecllia retl çul_*t»
tono p*r» outras especi»*: ttfs-.&das que Inclusive Taze» parte da
dieta ali Montar. Por outro l*.io, ao se conparar a eliminação do
scJnco con a de outros net ais. texicos pela Mesma espécie verifica-se
que a retençSo do zinco 6 a^s elevada do que. por exemplo, o
•wrcurlo CKudo. 1O76; Ferreira e col. . 106BD.
COMO O intervalo de teMpc utilizado neste experiaiento para a
absorçXo e ellainaçSo foi relativamente curto, optou-se por se
realizar novos experimentos cor intervalos de tempo Maiores para se
poder confirMar a» tendências p-eli Minar es obtidas.
e i »cto
. icio "teopo * * 3 .
C*ctat ponto rc-pr««nta «t medi. de 2G»
Tempo<K)
-#
2 4
4 3
7 2
se
no peixe
13, es
13 , S3
1£,S>7
•-. ctei «i-tii-icJadc--ir»ici«.Tr-e-t-Jci..
S4,<?
52,6
&£,&
©4,1
1o
2« <! . 72 II UC
4.5:í -inccoctíc zince-ÉS ps-c =s'-es d: espece Pncilis -ztizitiatae-r. terzzz iz *.--.-:spot t6 her:» o* oeumuleeoo do oouo
Os testes de mfeàia duração foram utilizados tanto para
verificar a absorçlo quanto a eliminação ca *inco. Neste
experimento o tempo de exposição dos organismos foi de 16 dias. A
aclimatação dos organismos as condições do teste de absorção foi de
12 horas. O pe&o dos organismos variou de 160 a ICO mg. tendo sido
utilizados un total de 723 indivíduos entre machos e fêmeas.
4. a. 2.1 JESTHS_DÇ_BIOACUfJLAÇXD
Os resultados dos t e s t e s de media duração encontram-se na
Tabela 4 . 6 e o graf i co correspondente na Figura 4.6. Observando-se
o gráf ico da Figura 4.6 constata-se que ocorre uma absorção
acentuada do z inco pelos peixes nos onze primeiros d ias de
exposição.
A partir do 1 1 - dia a te o f ina l do experimento, ou s e j a . o 16-
dla. pode-se perceber usa tendência A estabi l idade indicando o
estabelecimento de um patamar. Nesta s e r i e de experimentos os
exemplares machos e fêmeas foram anal isados conjuntamente, tendo-se
obtido desvios padrKo acentuadamente manoras s e comparados aos
experimentos de curta duração onde o s peixes machos e fêmeas foram
analisados separadamente CFigura 4 .33 . Aqui tambec t a l fa to e s t a
relacionado com a seleçSo dos organismos para o t e s t e que
apresentaram massas mais homogêneas.
A tendência * es tabi l idade após 31 dias de exposição fo i
observada também em experimentos real izados por Ferreira e co l .
C10823 u t i l i zando a mesma espéc ie de peixe sob a a ç l o do
7 0
Oitros *utor*s CLebedcva e Kuznetsova. 106CO. estusando a
ab&orçab do zinco pela* carpal verificaram que * acnulaçao
decresce na seguinte ordem: vísceras, branqulas. esqueleto e
•Asculos.
S3 ater Cl 061) encontrou vma acumulaçXo «aior de zlneo nas
guclras do que em qualquer das outras partes Caused atura,
vísceras, etc.D estudadas em 3 espécies de trutas» Indicarão uma
atividade metabolica maior nas guelras do que em qualquer outra
parte.
Estudas realizados por Ptttntheath C10733 cm o "linguado** para
conhecer o comportamento de absorçSb do zinco-65 mostraram que este
elemento se encontrava distribuído por igual «*ntre os ossos e a
pele. entretanto foram encontradas concentrações mais haixat nos
músculos;.
Estudos de locallzaçSo feitos por SaikJ e col. Cl053) com
relacSo ao zinco- 66 em vários órgffos de peixes marinhos
demonstraram que apôs a explosSo atômica em Bikini a maior
quantidade deste eJemento encontrava-se no baço com quantidades
decrescentes Cpor ordem) nos rins. fígado, cecos pllcricos,
coraçSto, guelras» intestinos, parede gástrica, ovario,testículos,
músculos vermelhos, pele. vertebras e músculos brancos.
Estudos realizados por Mi ura e col. Cl 9583 cota três espécies
de trutas indicaram que a concentraçSo do zinco foi acentuadanente
mais evidente no plasma sangüíneo assinalando contudo que a caxima
concentração após os testes encontrava-se nos olhos.
De uma maneira geral os trabalhos apresentados na literatura
tem uma preoeupaçfo maior em analisar a concentração do zinco nos
diversos orgSos dos peixes. No nosso trabalho entretanto nlo foi
71
seletlvidade de absorçSo dos diversos erolos, devido As pequenas
dimensões da espécie escolhida.
Deva» ser ressaltado porem que o conheci—nt o da concentração
total de zinco absorvi de e importante, pois tal espécie é utilizada
como alimento para níveis troflcos superiores.
llodson C1O75D trabalhando com espécies de salmXo do Atlântico
Norte, submetidos a testes onde as tampar aturas eram de 3°C. 11°C e
19°C observou que a absorçlb do zinco foi sucevsl vamentv saior A
medida que a temperatura aumentava. Tal fato pode ser ainda
corroborado quando se examina os trabalhos de Hi ura e col. C1OSBD,
cujos testes com o peixe dourado foras realizados variando-se a
temperatura, indicando que em temperaturas superiores a 2O°C a
ab&orçSb era maior. Has o fato que parece mais interessante neste
trabalho prende-se A observação de que a mvlanlna Cpigmtnto de cor
escura) pode absorver maior quantidade de zinco.
Ainda que nXo se tenha realizado determinações que comprovem
tais fatos com a espécie do presente trabalho» pode-se inferir que
esses fatores possam ser relevantes uma vez que os peixes desta
espécie apresentam concentrações localizadas de m*lanina. Tais
fatores poderiam ser objeto de pesquisas futuras.
TAUEI.A <L.ü — Ut-lores do Cater codo aincq—65 pacrst. pe i xes machos
f S O»D te-mpo <ie expor,ic«to C13 dias-> .
Tempo deexpos i c «Co
1
3
4
S
7
1 1
1 3
1 5
1 7
18'- - » - i J . - . - • -
Fivtor de
cpni/g
cpw/n.1
1,92
3,44
4,8
5,5
i 6,-7
6 , 7
7,6
1fc,4
9,64
10,0
9 , 5
D e s v i o Pcio'r'SSo
0,27 JO,39
1 ,1
1 , 0
2,6
1 ,0
1 , 1
1,2
0,66
1,9
1 , 2
0,74
<»*•> mediai de- 33
7 3
"I13-
1J-
- 11-
- 10 • ••
I I t i i | | I t T i 1 ' ( ( I I
: • 4 i e i » » is i i u T' i i i» ii 17
RGUKA «.6: TB::- te cc*:entrc:;: Co zinco—K ;;ro pe'xis. c: tt^tz'sPetsilii Rttizi-ztz e— *urcs: ;c tempo de e«2sxoo(16 ess).Codo porno • b c c v«—Jcol m i M n l o o madio • c dtf">3 poceo d« 2C in
TEMPO (DIAS)
74
i.Z.Z.Z TCSTES. IJ^EU Kl NAÇXO
Para o estudo de ellminaçSo do xinco nos experimentos de media
duraçSo. peixes foram transferidos para recipientes contendo água
Cisenta de zinco) apôs um período de permanência de 16 dias m Água
contendo ainco-Gü.
As excretas dos peixes foram removidas diariamente a fim de
evitar reabsorçSo.
Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 4.7 e figura 4.7.
Pode-se notar uma inflcxSo da curva por volta do 5^ dia de
eliminaçSo. Portanto nos cinco primeiros, dias a eliminaçSto ê mais
acentuada Cí? 209O. confirmando os» resultados obtidos no experimento
dp curta duraçSo CKigura 4.5). Apôs este intervalo de tempo a
declividade da curva diminui obtendo-se ao final do experimento
Cpoi volta de IS dias) uma «llminaçSo total de 30% do zinco
inicialmente absorvido. Esta tendência é confirmada por Edwards
Cl0673 que constatou uma perda de 35% nos sete primeiros dias de
eliminaçSo seguida de 15% nos dias restantes até o final do
experimento C70 dias), na espécie marinha "solha".
Matthiessen e col. CJG773 «o analisarem a taxa de eliminaçSo
do zinco em peixes da espécie 6a£terosteus açuleatus verificaram
que esta foi maior C44$í após 6 horas) no» indivíduos expostos a 5
mg/Q de Zn em aqua dura do que expostos em Água destilada
contendo 1 mg/l de Zn CB39O.
Os autores constataram que tal fato esta relacionado a açSo
protetora do cálcio durante o experimonto.
Chlpman e col. CJ058) observaram uma pfrrà^ cerca de 0054 de
zinco na espécie Lagodon r_homboides em dois dias de eliminaçSo,
após receberem uma única dose de gelatina como alimento contendo
75
zlnco-65 Cvia trato digestivo}. Tal perda apôs curto período de
traço de exposição, segundo os autores. pode resultar de
contaalnaçXo da superfície interna dos intestinos. Os mesmos
autores assinalaram que o tempo de exposlçSo A atividade, tambên
afeta o padrXo de excreçXo.
Matthlessen e col. Cl9773 ao analisarem a taxa de ellminacKo
do zinco em Gastergsteus açul^eatus. constataram uma capacidade de
ellmlnaçãfo de cerca de 7BX quando a espécie foi colocada num
sistema de água descontam!nada por um período de tempo maior, o que
nSo ocorre com a maioria das espécies.
Lebedeva e Kuznetsova Cl0693 assinalaram que o excesso de
ca ldo na Água causa um espessumento dos tecidos em muitos:
organismos aquáticos. Possivelmente a menor penetração do zinco,
nos orgSCos e tecidos dos peixes deve-se a esse tipo de
comportamento.
Portanto, segundo esses autores e preciso muito cuidado ao se
comparar resultados com mesmas espécies uma vez que a composiçSo
química da Água Cdureza) varia de um experimento para outro.
76
4.V — «Jo zinco—<É>Í5 «apôs 18 dias «tedai ^U£ para peixes da. t-specie
e-nr. runçoo do ten>poc*5
Ga<d«i ponto represan-ta «». média do 30niin««foO£
ft-ti l idadono
30,11
% dí?i
(33
O2,
S1 ,1
24,14 80,1
QÇf 23, G4 7Q,5
11 23,32 77,4
1 3 22,44 74,5
21 ,S*>
1 7 21 .
18
3 0
180-»-
so-
i
5ãK
80-
70-
(0-
1 2 J 4 1 t 7 ( % 10 U 12 1J 14 1Í I I 17 I I
TEWPO (&A5)
FlGUR* 4.7: El-rr.ir scoo ds zir,co-65 poro peíre! de espese .Ooeciíio rtíicu/a/s er. fur,coe dc temps,opot 16 dio» c* ocumuiocoo do
7B
OB tesrtvs de long» duraçKo foram utilizados tantc para
verificar a AbsorçSo quanto a elimlnaçXo do zinco. O peso dos
organismos variou de 180 a 1OO n_, e foram utilizados um total de
650 indivíduos entre machos e fêmeas.
Neste experimento o tempo de exposlçXo dos organismos foi de
30 dias. A aclimatação dos organismos as condiçSes do teste de
AbsorçXo foi de 84 horas.
4.2.3.1 TKSTES_DE_BIOAÇUMULAÇXO
Os resultados dos testes de absorçXo encontram-se na tabela
4.8 e o grafico correspondente na Figura 4.8. Observando a Figura
4.8 verifica-se uma absorçXo do zinco pelos organismos ate
aproximadamente o 13- dia, tendência que confirma os resultados
obtidos nos testes de média duraçXo. Na figura 4.6» após esse
intervalo de tempo a absorçXo tendeu a estabilidade ate o final do
experimento. No teste de longa duraçXo nXo foi verificada a mesma
tendência, os resultados obtidos por volta do 13- dia até o final
do experimento foram bastante aleatórios nZo permitindo se chegar a
mesma concluslo sobre o comportamento de absorçSo, especlaiemente
se considerarmos que os respectivos dssvlos padrío relativos nSto
excederam a 5Jí.
Observa-se a partir do 24- dia até o final do experimento uma
tendência A eliminaçXo do zinco.
Estudos realizados por Kudo Cl0705 utilizando a mesma espécie
de organismo mostrou que a absorçXo do mercírio por 4 grupos de
peixes foi semelhante durante todo o período de exposição,
diminuindo gradualmente com relaçlo ao tempo de exposlçXo.
Entretanto se n*o considerarmos os desvios padrão obtidos.
verificar uaa tendência em absorver o zinco ate
aproxíaadamente o S4- dia e a partir desta data. uma tendência e»
ejiatinar tal elemento.
TABELA 4 t .» —oc zinco-65
ecdo
«"««.•tor» d e c or»c «#n •fcrnac3o c *peixes matcKosi- «r f*Ç
/«t r^/itfi«t<i erade- exposição Í3Q d i w ) .
Tempo cte>
I ""C*dias>*
1
2
«
5
6
7
1 i i
1 3
1 5
1 6
1 7
*.S
1*?
2iZr
£ 4
Í 2 6
2 7
2 3
2 9
3 0
F*.ês.-tor* dt-c oricc-r-r-ti^i3(t3o
f r r - _._". >cpfn/m1
2,00
2,70
3,46
7,26
4,43
6,42
6,30
7,S1
13,69
22, £2
23,46
12,46
21 ,Q3
£5,47
£2,S4
26,32
34,03
26,33
20,36
2fc,23
16, 5S
1ii,93
Dfcswio p««di~«fc>
0,15
0,17
0,25
0,38
0,3*5
0,41
k»,35
0,54
O,5i>
0,72
0,80
0,40
0,04
0,56
6,61
0,51
0,60
0,65
0,64
0,64
0,61
0,33
de 24
40-
• •
10
1J l i 17 I I 1 ! li J4 27 l i 11
TZVPO (CíAS)
A «.5: fzXor Ce coieertrccuo ec iirteo-65 poro pe:xes Sc sssec^e.p!jeci{i3 RttízxJ.atz e-r- funicc í : terrpc- de exposiccc (30 íos>.Codo ponto t bo^ro vt'ticol r»pr«»«nto c m«d>e • 6 G*rv>c ped'oo d* 24 ind'<
4.2.3.2 TESTES DEEL1 MI NAÇXD
Para o estudo de ellmlnaçKo do zlnco no» experimentnm de longa
duraçSo. peixes foram trantf«ridos para recipientes contando água
Isenta de zinco após o» período de permanência de 30 dias em água
contendo este elemento.
As excretas dos peixes fora» reeovldas diariamente a f in de
evitar reabsorçXo.
O& resultados obtidos encontram-se na Tabela 4. Q e Figura 4.0.
Verifica-se que sSo necessários 30 dias para que ocorra uma
•tllminaçSo total de 70 56 do zinco absorvido.
Os resultados obtidos confirmam aqueles apresentados nos
experimentos de curta e media duraçXo, ou seja» ÈSOXdo zinco sSo
eliminados nos 5 primeiros dias. seguindo-se uma eliminação menos
acentuada C= IO 9O nos IO dias subsequentes.
Verifica-se no experimento de longa duração que provavelmente
ocorrem outros dois pontos de inflexXo por volta do 17- e do 27-
dia quando a eliminação se torna mais uma vez acentuada.
Pentreath C1G735 estudando a espécie Pifuronectes Cl.*tessa
constatou a perda de cerca de 30 % do zinco em 00 dias, após l©0
dias de acumulaçSo a partir da água. Em outro experimento o mesmo
autor verificou una perda de zinco de cerca de 60 % em 3 40 dias
após uma injeção lntraperitorial.
C importante ressaltar os trabalhos realizados por Kudo CJO763
e Ferreira e col. Cl082), com a mesma espécie do peixe utilizando o
mercúrio 2O3. Estes autores obtiveram eliminação mais rápida em
curto período de tempo em relação ao zinco usado nesta dlssertaçfco.
Vo ponto de vlKta do risco potencial do zinco e de sua
transferencia de um nível trófico para o outro, esta espécie ocup*
posição relevante na cadela alimentar, pois sendo d* port» pequeno
* facilmente Ingerido por inteiro, COMO alimento d» pt ixn que se
«ncontra» em níveis trôficos superiores, atingindo em última
instância animais superiores e o próprio ho—m.
Dentro deste contexto confirma-se * ImportAnela dos resultados
obtidos no presente trabalho tanto para a absorção quanto para a
eliminação do zinco pela espécie Çoeei.l.ia r-ítiÇHi.*^» .<1ue pernlte»
concluir que a absorçKò do xinco e cumulativa e a ellainaçXo e
lenta.
Quanto as espécies conestlvels citadas no presente trabalho,
verifica-se que a parte cn—stlvel C conheci da coeo flleD geralmente
nKo apresenta concentrações de zinco tXo elevadas coeo, por
««•pio. as vísceras.
Desde que haja cuidados especiais na seleçío das partes
coaestlveis, pode-ce ninlnizar a Incorporação do zinco presente no
peixe proporcionando desta for«a a populaç&o uaa fonte alternativa
importante de proteína em sua dieta alimentar.
F'ode-se concluir que c* objetivos propostos no presente
trabalho foram plenamente alcançados. Tanto a técnica de traçadores
radioativos utilizada quanto A escolha da espécie foram adequadas e
permitiram estudar satisfatoriamente a absorçSo e a ellninaçSo do
zlnco.
Os resultados obtidos sKo importantes se considerarmos os
poucos dados encontrados na literatura sobre a bioacumulaçSo do
zinco pela fauna lctlca brasileira e podem sorvir como subsídios
para se avaliar o risco potencial e real da lncorperaçKo deste
metal pela populaçXo brasileira.
84
TABEUt Clided oCada ponto r e24
cio zinco-ó5cia
30i
et»
• . rn«dia»
Tempo
1 **~*
2
3
4
3
ó
7
1 3
1 3
1 5
1 6
1 7
1 õ
1 9
2 4
£ 6
2 7
S 3
£ 9
3 0
A-fcivsicJeJck»no peix»(cpm/«?)
70,51
«.5,19
G4,4ü
£4,79
01 ,tó
53,34
5<i,83
S4,7f>
54,O5
33,£:1
53,33
52, 0V
5O,33
47, £2
45,47
45,0©
44,£ÍS
40,i>o
35,15
23, 4S
22,4â
V. <te Atividad»inicial
1wO
*?a,4
91,3
í»1,3
87, <
82,7
77,6
7S,Õ
76,3
73,6
73,0
71,4
64,4
63,3
57,9
49,3
40,3
33,0
31 ,0
3 0 de ©1
I
SO'
70
I"
»0
JO
1 3 • 7 I 11 tS IS 17 I I 21 2J 25 27 2! 21
TEMPO (DIAS)
FIGURA 4.5: Elirr.inccso do iinco-65 pcro peixes do espécieopo* 30 dio* dt ocumuloeoo do og^o.
«ífciíiaíaem fur,:oo do tempc.
Os resultados obtidos nos ensaios biológicos mostraram que a
técnica dos traçadores radioativos utilizada na avail açXo da
absorçXo • eliminaçXo do zinco pela espécie Foeçi^i.a reti£ulata é
bastante adequada.
Os estudos realizados per «d ti ran que se chegasse as seguintes
conclusões:
- Nos experimentos de curta duraçXo verificou-se que nSto
ocorrem diferenças substanciais na ab&orçXo do zinco quando se
trabalha com machos e fêmeas separadamente» sendo que a mais alta
taxa de absorçXo deste elemento foi observada por volta de 7O horas
de exposiçXo.
- Not experimentos de eliminac&o verificou-se que os
organismos liberaram o zinco lentamente sendo necessárias 120 horas
para a ellminaçXo de apenas lSJí do elemento previamente absorvido.
- Nos experimentos de media duração verificou-se que ocorre
uma absorçXo acentuada do zinco pelos peixes, nos 11 primeiros dias
de exposição. A partir do 11°. dia até o final do experimento
Cl8°. dia) pode-se perceber uma tendência a estabilidade.
- Nos experimentos de eliminaçXo de media duração confirmou-se
os resultados obtidos nos experimentos de curta duraçXo, isto é,
aproximadamente lSfc do zinco é eliminado nos 5 primeiros dias. Após
este intervalo de tempo até o final do experimento Cl3°. dia)
verificou-se uma eliminaçXo de 3OJfi do zinco inicialmente absorvido.
- No» experimentos de Longa duraçXo confirmou-sv a tendência
da espécie em absorver o zinco nos 13 primeiros dias de exposiçXo.
Entretanto» a partir deste período até o final do teste C30°. dia)
87
comportamento de absorção bastante aleatório e incompatível com
desvios padrão correspondentes.
- Para os experimentos de eliminação do zinco constatou-
uma perda de 7OX do zinco previamente absorvido, durante o
Intervalo de tempo considerado C3O dias). Os resultados obtidos
indicam que a absorção e eliminação do zinco pela espécie Pç*ellla
retl.cul.ata é lenta e cumulativa sendo necessários 30 dias par* uma
eliminação de cerca de 7O9t do zinco previamente absorvido.
Os resultados obtidos para a espécie Poeçilia re^içu^ata sXo
relevantes, se considerarmos que os dados encontrados na literatura
sobre a bioacumulaçXo do zinco pela fauna ictlca brasileira sXo
escassos. Além do mais como essa espécie ocupa posição relevante na
cadela alimentar os resultados obtidos podem servir como subsídios
no estudo do risco potencial da bi oacumul açSo deste elemento na
fauna piseicola em níveis troflcos superiores e em última instância
no homem que é o elo final na cadela alimentar.
Tendo em vista a relevância dos resultados obtidos no presente
trabalho no estudo de bi oacumul ação do zinco por uma espécie
bastante freqüente na fauna ictica brasileira pretende-se dar
continuidade com ênfase nas seguintes linhas de pesquisa:
•• estudo da influencia da temperatura, pH. oxigênio dissolvido
e da dureza da água na bl oacumul ação do zinco.
- estudo da bioacumulaçXo do zinco em outras espécies nativas
que Juntamente com a espécie estudada representam os vários níveis
tráficos da cadela alimentar.
88
3 - ?
1 ABEL. P. D. Tox ic i ty of s i n t h e t i c detergents t o f i s h and
aquatic invertebrates . J. Fish. B l o l . , 6 :379-98. 1974.
3 ALLJA3ADI, M. M. 4 SHARP. R. E. Passage of s e l e c t e d heavy metals
from SPHAEROTCLU CBACTERIA:CHLAMYDO 3ACTERIALSSD t o PARAMECIUM
f CAUDATUM CPROTOZOA:ClLIATAD. Water R e s . , 19C63: 6 9 7 - 9 , 1985.
3 AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard methods for
examinat ion of water and wastewater. 15. ed. New York, APHA,
| 1980.
I 4 AUSTIN, A. ; DENISEGER, J. ; CLARK, M. J. R. , Lake Algal
I populat ions and physico-chemical changes a f t er 14 years input
| of m e t a l l i c mining wastes. Water Re. . 19C3): 399-308. 1985.t4 ' ~~J 3 BACHMANN. R. W. & ODUM, E. P. Uptake of °°Zn and primary%'• productivity in marine bent hie algae. Limnol. Oceanogr.,
5:349-55, 1960.
Q SAUDIN. J.P. Etude de la retention du 65Zn absorbe par vole
tropique chez Cyprinus carpio L. Influence du rythme
d'lngestlon et de la teneur en radiozlnc de la nourrlture.
Water Res., 21035:235-94. 1987.
7 BAUDIN, J.P. Etude experimentale de la contamination d'un
sdlment et d'une Annlide Polychete CNereis diversicolor)
muller, par l e zinc 33. Radioprotectlon, 16C33:175-83, 1981.
â 8AUDIN, J.P. etude experimental de la fixation et
1'elimination du zinc 63 par Mytllus galloprovinclalls CLD.
3 9
Comptes rendus Acad. Sci . Paris. 277:113-8. 1973.
9 3ENOIT. D. A. & HALCOMBE. G. W. Toxic e f fects of zinc on fathead
minnows Pimephales promelas in soft water. J. Fish B io l . .
13:701-3. 1978.
10 3ERG. A. Use of 8SSr for the determination of the contribution
of direct and Intest inal absorption of Ca and Sr in a
freshwater fixh. In: INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY.
Environmental contamination by radioactive materials. . .he ld i n
Vienna. 1969. Vienna. 197O. p. 325-38. CProceedings ser ies ) .
11 BERG. A. R. & WEISS. G. M. Le transfert du zinc 55 de sediments
a des larves de chlromomides et a un poisson d'eau douce et
l ' e f f e t du cadmium sur ce transfert. In: INTERNATIONAL ATOMIC
ENERGY AGENCY. Impacts of nuclear releases into aquatic
environments proceedings of t h e . . . held in Otamleml, 30
June-4 July, 197S. Vienna. 197S. p. 121-33.
12 3ILLARD. R- & ROUBANO. P. The effects of metals and cyanide on
f e r t i l i z a t i o n in rainbow trout C Sal mo GalrdnerD, Water Res..
19C23:209-14, 1333.
13 30DANSKY. M. Biochemical studies on marine organisms. II . The
ocurrence of zinc. J.BiOl. Chem.. 44:399-407. 1920.
14 30L0RINI. C. V. 2. PSRSIRA. 0. N. Metais pesados na Baia de
Santos e Estuários de Santos de S3o Vicente CbioacumulaçXo).
Ambiente. Rev. CETESB Tecnol. , 1C33:118-27, 1987.
13 30WDEN. 0. APUD PRATER, 3. L. & ANDERSON. M. A. A SO hour
bloassay of Otter Creek, Ohio. J. Water Pollut. Control Fed..
9 0
49:2099-106. 1977.
16 3SANCO. S. M. Observações sobre o comportamento de peixes
presença de certos compostos metálicos dissolvidos em gua.
DAE. 21C375:38-41. 1960.
17 BRASIL. Leis. decretos, etc. Ministério da Saúde. Decreto
55-871 de 26 de março de 1965. Brasilia. 1977.
| 13 BRASIL. Leis. decretos, etc. Secretaria Especial do Meio
f» Ambiente. Legislação básica. Brasí l ia . 1977.
19 BRASIL. Leis. decretos, etc. Secretaria Especial do Meio
Ambiente. Poluição por metais pesados: seminário
sobre. . . realizado em Brasil ia. 198O.
20 BROWN. 3. & AHSANULLAH. M. Effect of heavy metals on mortality
and growth. Mar. Pollut. Bul l . . 2C123:182-87. 1971.
21 3RYAN. G. W. The absorption of zinc and others metals by the
brown seaweed Laminaria digitata. J. Mar. Biol. Assoc. U.K.,
49:225-43. 1969.
22 BRYAN, O. W. ft HUMMERSTONE. L. G. Brown seaweed as an indicator
of heavy metals in estuaries in South-West England. J. Mar.
Biol. Assoc. U.K.. 53:705-20, 1973.
23 3URT0N. D. T. ; MORGAN. E. L.; CAIRNS JR. . J. Mortality curves of
bluegi l l s CLeponis macrochlrus. Safinesque) simultaneously
exposed to temperature and zinc stress . Trans. Amer. Fish.
Soc. , 101C33: 433-41, 1973.
24 CANTERFORD. 6.S. ; BUCHANEN. A. S. ; DUDKER. S.C. Accumulation of
. * • • • ' - - f f - I . . . . ^ • - • , , . . . , . .
heavy metals by the marine diatom Dltylum Bright-Wel l i i
Grunow. Aust. J. Mar. Freshwater Res . . 29C5D: 613-22 . 1978.
25 CASTRO. N. ; BAUCH. T. ; HAWAI. I . ; HESPANKOL. I . O problemas
das espumas formadas no Si o T ie t ê e na Sepresa B i l l i n g s em
SZo Paulo: presença de ABS, ions metál icos e microorganismos.
In: COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL.
Engenharia s a n i t a r i a e ambientais IO. congresso b r a s i l e i r o
d e . . . r ea l i zado em Manaus. 21-26 Janeiro . 1979. SSo Paulo.
1979.
26 CHAPMAN. H. D. Diagnostic c r i t e r i a for p lants and s o i l s . In:
FEDERAL WATER POLLUTION CONTROL ADMINISTRATION. Water q u a l i t y
c r i t e r i a . Washington. 1968. p. -
27 CHIPMAN. A.; RICE. T. R. ; PRICE. T. J. Uptake and accumulation
of rad ioac t ive zinc by marine plane ton, f i s h and s h e l l f i s h .
U.S. Fish. Wild. Serv. Fish. B u l l . , 58C1353:279-92, 1989.
2& CLENDENNING. K. A. i NORTH. W. J. . Ef fec t s of wastes on the Giant
Kelp. Microcyst is pyrlfera. In: FEDERAL WATER POLLUTION
CONTROL ADMINISTRATION. Water q u a l i t y c r i t e r i a . Washington.
1968. p.
29 COHEN, B. L. Sioaccumulation factor in marine organisms.
Health Phys . , 49C63: 1290-4. 1935.
30 COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Determinações
b i o l ó g i c a s . S3to Paulo, 1978. CNormalização técn ica de
Saneairento Ambiental, NT.00, 1978).
31 COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Contaminação
92
por metais p«sados nos peixes da Represa d* Barra Bonita. SZo
Paulo. DAEE. 1384. CRelatório CETESB-DAESD.
32 COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Estudos dos
manguesais. SSo Paulo. 1033. CProjeto Baixada Santista. O. S.
204-1615.
33 COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Metals
pesados no Estuário e Bala de Santos. S3o Paulo. 1980.
CRelatório CETESB).
34. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Qualidade das
águas Interiores do Estado d* S3o Paulo. SZo Paulo,
CETESB/Sema. 1984.
33 C3ANDALL. CA. 4 GOODNIGHT. C. J. Effects of sublethal
concentrations of several toxicants on growth of the common
guppy. Lebistes reticulatus. Limnol. Oceanogr.. 7C15D: 233-39,
1963.
36 CROSS, F. A. ; HARDY. L. H. ; JONES, N. Y. ; BARBER, R. T. Relation
between total body weight and concentrations of manganese,
iron, copper, zinc and mercury in the white muscle of blue fish
CPomatomus saltatrix) and a bathydemersal fish CAntlmora
rostrata). J. Fish. Res. Board Can., 30:1287-91. 1973.
37 DAHLGAARD. H. Loss of 51Cr. 3ÔMn. ^Co, S9Fe. ôSZn e l34Cs by
the mussel Mytillus edulis. In: INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY
AGENCY. Impacts of radionuclide releases in the marine
environment. Vienna, 1S81.
3d DOUDOROFF, P.; ANDERSON, 3. G. ; 3URDICK, G. E. ; GALTOSOFF. P. S. ;
HART, W.P. ; PATRICK. R. ; STRONG, S. R. ; SURBER. F. W. ; VAN
93
HORN. V. M. S ioassay m»thods for the «valuat ion of acute
t o x i c i t y of i n d u s t r i a l wastes t o f i s h . Sawage Ind. Wastes.
23C113:1380-97. 1951.
39 EDINGTON. J. M. & EDINGrON. M. A. Ecology and environmental
planning. Londres. Chapman & Hal l . 1977.
40 EDWARDS. R. R. C. Estimation of the re sp i ra tory r a t * of Joung
- p l a i c e CPIeuro nectar p l a t e s s a ) i n natural condi t ions us ing
35Zh. Nature. 216: 1335-7. 1967.
I 41 ELDON. J. ; PEKKARINEN. M. ; KRISTOFFERSSON, R. Ef fec t s of low
|: concentrat ions of heavy metals on the b i v a l v e Macoma Balthica.
I Ann. Zool. . Ecol. Anim. . 17:233-42. 198O.
I 42 ELDRIDGE. M. B. ; ECHEVERRIA. T.; KORN. S. Fate of 14C-benzeneFÍ in eggs and larvae of Pac i f i c Herring CClupea harengs p a l l a s i > .
[ J. Fish Res. Board Can.. 35:361-5 . 1973.
, 43 ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Quality c r i t e r i a for water.\I Washington, 1976. 301p.
i
) 44 ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Water q u a l i t y c r i t e r i a .
Washington, 1972. 394p.
: 45 FELLENBERG, G. Introduç3o aos problemas da poluiç2o ambiental.
S2o Paulo, EDUSP, 1980.
40 FERREIRA. J.R. ; RODRIGUES. M.S.; SGRILLO. 3 . 3 . Uptake and
cleaning of mercury C203Hg CNo332D in the gupple CLebistes
ReticulatusD. In: INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY.
Agroehemlcalss f a t e i n food and the environment using Isotope
techniques* proceedings of an in ternat iona l symposium o f . . . h e l d
in ROOM. 7-11 June» 1988. Vienna. 1S82. p. 268-71.
47 GARCIA AGUDO. E. ; SANTOS. J. L. ; MERIGHI, A. J. ; SANCHEZ. W.
DeterminacSo das carac ter í s t i cas hidráulicas da Represa 311Lings
uti l izando Lraçadores radioativos. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE ENGENHARIA SANITARIA. Engenharia sanitaria: 8? Congresso
bras i l e i ro de . . . rea l i zado no Rio de Janeiro, 14*19 dezembro,
1975. S3o Paulo» 1975. p. 1-19.
48 GIANOTTI. P. E. Contaminação das águas pelo zincot estudos de
alguns aspectos relacionados com a sua toxicidade a peixes.
SZo Paulo. 1985. CDissertação apresentada a Escola de
Engenharia de S2o Carlos da Universidade de S3to Paulo).
49 GREENBERG. 3. Impact of industrial a c t i v i t y on water quality.
In: HAMMOUD. K. ; MACINKO, G. ; FAIRCHILD, W. 3. . eds. Sburceboofc
on the environment. Chicago. 1978. p.208.
50 GUTKNECHT. J. SSZh uptake by bent hie aiarine algae. Limnol.
Oceanogr., 8Cl):31-9. 1965.
51 GUTKNECHT. J. Mechanism of radioactive zinc uptake by Ulva
Lactuca. Limnol. Oceanogr.. 6:426-31. 1961.
52 HARRISON. F.L. Accumulation and loss of cobalt and caesium by
the marine clam. Mya arenaria. under laboratory and f i e ld
conditions. In: INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY.
Radioac.tlve contamination of the marine environment*
proceedings of the symposium i n * . , held i n S e a t t l e , 1972.
Vienna. 1973. p. 453-77.
53 HILTNER. U.S. 3, WICHMAN. H. J. Zinc i n o y s t e r s . J. Biol .
Chem.. 38 :205 -21 . 1919.
34 HODSON. P. V. Zinc uptake by A t l a n t i c Salmon C Sal no salarO
exposed t o a l e t h a l concentrat ion of z i n c a t 3 C, 11 C and Id
C. J. F i sh . Res. Board Can. . 32C1232552-6. 1975.
35 HOSS. D. E. Accunulation o f 65Zh by f lounder o f the Genus
Para l i chthys . Trans. AM. Fish . S o e . . 93:3O4-8 . 19S4.
56 HUGHES. G. M. & TORT. L. C a r d i o - r e s p i r a t o r y responses of
rainbow trout during recovery from z i n c treatment . Environ.
P o l l u t . . 37A:355-66. 1S85.
57 INSTITUTE OF TECHNOLOGY. STUDY OF CRITICAL ENVIRONMENT
PROBLEMS. Man's impact on the g lobal environment, assessment
and recomendation for a c t i o n . Hassachusets , 1974.
33 INTERNATIONAL DECADE OF OCEAN EXPLORATION. 3 a s e l i n e s t u d i e s of
p o l l u t a n t s i n t h e marine environment and research
recommendations. In: BASELINE conference. 1972. p .1 -19 .
59 INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. Water qua l i ty !
determination of the acute lethal tox l c i ty of substances to a
freshwater f i sh CBrachydanio rerio, Hamilton-Buchanan»
Teleostei, Cyprlnidae). Pt. 1. Stat ic method. Washington.
D. C. . 1032. CI SO/"DI S 7346/13.
30 JAAKKOLA. T. ; TAKARASHI, H. ; SOININEN. Z. . RISSANEN. K. .
MIETTCNEN, J.K. Cadmium content of sea water: bottom, sediment
anci f ish and i t s elimination rate In f isn. In: INTERNATIONAL
ATOMIC ENERGY AGENCY. Radiotracer studies of chemical residues
in food an agriculture! proceedings of. . . he ld in Vienna.
90
October. 1971. Vienna. 1972.
Ôl JEFFERIES. D. F. & HEWETT» C. J. The Accumulation and excretion
of radioactive caesium by th* Plaice CPleuronects platessa) and
the Thornback Kay CRala clavata). J. Mar. Biol. Assoc. U.K.,
51:411-22. 1971.
62 JENSEN. S. 3, JERNELOV. A. Biological methyl at ion of mercury In
aquatic organisms. Nature. 22C33-.753-4. 1909.
63 KIKUCHI. O.K. 3k MASTRO. N.L. del Incorporação e eliminação de
cesio-134 pelo caramujo Biomphalaria glabrata CSAY. 13183.
Publicação I PEN 160 - Julho^l988 - CNEM SP.
34 KNAU3S. H. J. A PORTER. J.W. The absorption of inorganic ions
by Chi or el la pyrenoidosa. Plant Physiol. . 29.-229-34. 1954.
65 2CRAUSE. M. V. Si MAHAN. L. X. Food nutrition and diettherapyt a
textbook of nutritional care. 7.ed. Mew York. V.B. Saunders.
1984.
£6 KUDO. A. Mercury transfer from bed sediments to freshwater
f ish CGuppies). J. Environ. Qual.. 3C4):427-3O. 1976.
67 LEBEDEVA. G.D. & KUZNETSOVA. G. Absorption of radioactive zinc
by freshwater f ish Can experimental investigation). Gig.
Sanit. , 34:151-153. 1969.
S3 LEE. CM. 31 ©accumulateon tes t s . In: COMPANHIA DE TECNOLOGIA
DE SANEAMENTO AMBIENTAL, Aquatic tox lc i ty seminar, realizado
em S3o Paulo. 13-19 setembro. 1980. SZo Paulo. 1980.
69 LIMA. O. S. Utilização d» planar ia s de água doce como
indicadores biológicos de qualidade das águas. R*v. 0AE,
45C141}: 164-5. 1985.
70 LLOYD, R. The toxicity of zinc sulphate to rainbow trout.
Ann. Appl. Biol . . 480 3:94-94. I960.
71 LOWMAN. F.G. Marine biological investigations at the Eniwetok
test s i te . In: INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY COMMISSION.
Disposal of rad ioac t ive wastes: proceedings of the
conference . . .he ld i n Monaco, 16-21 November, 1959. Vienna,
I960. p. 106-33.
72 LOWMAN, F. 3. The occurrence and d i s t r i b u t i o n of rad ioact ive
non- f i s s ion products i n p lants and animals of the P a c i f i c
Proving Ground. Washington. Atomic Energy Commission. 1957.
CAEC report UWFL 51-Ô1D
73 MALAGRINO, W. & ROCHA, A. A. Estudo comparativo da açSo t ó x i c a
<de um detergente biodegradável sobre P o e c i l i a r e t l c u l a t a e
Poec i l i a vtvipara CPtsees: P o e c l l i i d a e ) . Rev. DAE. 4701483:80-
9 1 . 1937.
74 MALAGRINO. W. ; DAMATO. M. ; MUCCI, J.L.N. ; ROCHA. A. A. Estudos
preliminares da açZo t ó x i c a de e f l u e n t e s da indústr ia
petroquímica sobre P o e c i l i a r e t l c u l a t a CPisees: Poect l idae) .
In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE LIMNOLOGIA. Limnoloqia» congresso
b r a s i l e i r o d e . . . rea l izado em Belo Horizonte, 3*5 de setembro»
1986. S2o Paulo, 1980, p. 1-11.
73 MALAGRINO. H. ; MUCCI, J.L.N. ; DAMATO. M. ; ROCHA. A. A. Estudos
comparativos da aç2o t ó x i c a de e f l u e n t e s da indús tr ia
petroquímica sobre Poec i l ia re t lcu lata e Poec i l ia vivipara
CPIsees: Poecll idae3. In: SOCIEDADE SRASILEI»A DE
LIMNOLOGIA. Limrtologia: congresso brasileiro de... realizado
em Belo Horizonte, 3-5 de setembro» 1986. S2o Paulo. 1988.
p. 1-3.
76 MALAGRINO. W. ; PEREIRA. M. ; ROCHA, A. A. AvaliaçZo dos níveis
tóxicos de alguns surfactantes a moluscos da regi3o de Ubatuba.
Ambiente. Rev. CETESB Tecnol.. 1C23: 99-101. 1987.
77 MALAGRINO. W. ; PEREIRA. N. ; ROCHA. A. A. Estudos preliminares
da açlo tóxica de um detergente biodegradvel sobre Poecilia
vivipara. Eng. Sanit., 25C3D: 358-60. 1988.
73 MALAGRINO. W. ; PEREIRA. N. ; ROCHA. A. A. Estudos preliminares
sobre os efeitos de baixas concentrações de detergentes
aniònicos na formação do bisso em Brachidontes solisianus.
Ambiente, Rev. CETESB Tecnol.. 1C13: 37-9. 1937.
79 MALAGRINO. W. ; COCHA. A. A. ; PEREIRA. N. Efeitos de baixas
concentraçSes de detergentes aniònicos sobre o habito de
escavação de Tivela mactroides CBorn. 17733, Bi vaivia.
Veneridae. Rev. OAE. 45C1423: 313-5. 1935.
30 MARCHETTT. R. Critical review of the effects synthetic
detergents on aquatic life: genera), fisheries CCouncil3 of the
mediterranean. Stud. & Rev., 26, p. 1-32. 1965.
31 MATTHIESSEN, P. % 3RAFIELD» A. E. Uptake and loss of dissolved
zinc by the Stickleback CGasterosteus Aculeatus L.). J. Fish.
Biol. , 10: 399-410. 1977.
32 MISHINA. J. 3. ODUM, E. P. Excretion rate of Ô52n by Llttorlna
lrrorata in relation to temperature and body size. Llmnol. A
Oceanogr., 8C1): 39-44. 1965.
33 MORGAN. F. The uptake of radioactivity by f ish and shell fish:
1-134 caesium by whole animals. J. Mar. Biol. Assoc. U.K.» 44:
3-71. 1964.
â4 MYTTENAERE. C. ; MERLINI. M. ; BITTEL. R. ; OABIN. P.; MOUSNY.
J. M. ; PO2ZE. G. etude de 1'influence du cadmium stable sur l e
transfert du zinc-63 en ecosystème irrigue par submersion
Crizière irrigue). In: INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY.
Impacts of nuclear releases into the aquatic environment:
proceedings of a symposium on t h e . . . held in Otanieai, 3O June
- 4 July, 197S. Vienna, 1975. CIAEA-SM-198/«3.
35 NAKATAMI. R. E. Biological responses of rainbow trout CSalmo
gairdnerO Ingesting ô5Zn. In: INTERNATIONAL ATOMIC ENENRGY
AGENCY. Disposal wastes in the seas, oceans and sin.ace
waters. Vienna. 1966. p. 309-23.
36 NEELY, W. 3. Estimating rate constants for the uptake and
clearance of chemicals by fish. Environ. Sci. & Technol.,
13C125: 1SO6-1O. 1979.
37 NOMURA. H. Ict iologla e psicultura. S3to Paulo. Nobel, 1976.
38 ODUM, E. P. Excretion rate of radioisotopes as indices of
metabolic rates in nature: biological ha l f l i f e of SSZh in
relation to temperature. food consuption. growth and
reproduction in arthropods. Biol. Bull . , 121CO: 371-2, 1961.
39 OcCD - Organization for economic Co-operation and Development.
Guidelines for testing of Chemicals. "Fish, Acute Toxicity
Test", p. 11, 1931.
1 0 0
90 OHIO RIVES VALLEY WATER SANITATION COMMISSION. ORSANCO - 24
hour - bioassay. Cincinnati. 1974. CChemical manual).
91 CICADA. I. & MOTOHASHI. X. On green oysters. I.On the copper
contents. II. Determination of copper by polarography. III.
Relationship between copper content of sea water and that of
oysters. J. Fish.. 33:1-3. 1938.
92 PENTHREATH. R. J. Some further studies on the accumulation and
retention of Zn and ° Mn by the plaice. Pleuronectes
platessa. L. J. Exp. Mar. Biol. Ecol. . 21: 179-89. 1978.
93 PENTHREATH, 3. J. The accumulation and retention of 65Zh and
34Mn by the plaice, Pleuronectes platessa L. J. Exp. Mar.
Biol. Ecol.. 12: 1-18. 1973.
94 PEREIRA. D. H. ; GOLDSTEIN. E.G.; MARTINS. M. T. Bioensaios:
perspectivas de sua u t i l i zação na avaliação da qualidade das
águas e no controle da poluiçSo. In: COMPANHIA DE TECNOLOGIA
DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Engenharia sani tár ia e ambiental: 10.
congresso b r a s i l e i r o de . . . rea l i zado em Manaus, 21-26 d*
Janeiro, 1979. S3o Paulo. p. 10. 1979.
93 PEREIRA. N. ; MALAGRINO, V. ; AKL JR. . E. Avaliação dos n íve i s
tóxicos de alguns surfactantes a moluscos das regiSes de Santos
* Ubatuba CS. P. 3. In: SOCIEDADE BRASILEIRA DE MALACOLOGIA.
Malacologias 7? encontro bras i le iro d e . . . real izado no Rio de
Janeiro, 1-4 de julho de 1981. Rio de Janeiro, p .10. 1981.
96 PEREIRA. N. ; MALAGRINO. W. ; TOMMASI. L. R. Potencial d*
biodtf<gradaç2o de detergentes anlonicos das águas do Estuário de
101
SSo Vicente. In: SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA
CIÊNCIA. 33? ReuniSo anual, realizada em Salvador. 08 a 15 de
Julho de 1981, Bahia. SSo Paulo. 1981
97 PHILLIPS. O. J.H. The use of biological indicator organisms to
monitor trace inetal pollution in marine and estuarine
environments: review. Environ. Pollut., 13: 291-317. 1977.
98 PORTO ALEGRE. DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTOS. Inventario e
classificação da lctiofauna do Rio Gualba: pesquisa de metais e
substancias tóxicas. In:COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO
AMBIENTAL. Engenharia sanitária e ambiental: 12. Congresso
brasileiro de...realizado em Camboriu. 20-23 novembro. 1983.
53o Paulo. 1933. CTrabalho n. 413.
99 REED. J.tt. Uptake and excretion of 3°Co by Slack Bullheads
letalurus meias CRafinesque). Health Phys.. 21:335-844. 1971.
100 SICE. T. R. The accumulation and exchange of strontium by marine
pian*tonic algae. Limnol. Oceanogr.. 1: 123-37. 1958.
101 ROCHA, A. A. Efeitos dos poluentes encontrados nos efluentes
de uma galvanoplastia. Rev. DAE. 42C1303: 89-93, 1982.
102 ROCHA. A. A. & PEREIRA, D. H. Produtos de pesca e contaminantes
químicos na água da Represa Billings, SZo Paulo CBrasil). Rev.
Saúde Pública de SSo Paulo. 19: 401-IO, 1935.
103 ROSEN.. D. E. & BAILEY. R. M. The poeciliid fishes CCyprino
doutlformes) their structure, zoogeography and systematic».
Bull. Am. Mus. Nat. Hist., 126C1): 1-176. 1933.
104 ROSENTHAL, H. L. Uptake and turnover of calcium 43 by the
103
Guppy. Science. 124:371-4, 1S58.
105 SAFFIOTT, W. Fundamentos de química, v. 1: química geral,
inorgânica e físico-qulmica. SSo Paulo. Ed. Nacional, 1968. p.
549-51.
10Õ SALIBA, L. St KRAYZ. R. Effects of heavy metals on hatching of
Brine Shrimp Eggs. Mar. Pol lut . Bu l l . . 7C10D: 181-2. 1976.
107 SALISBURY. F. B. & ROSS. C. Mineral nutrit ion of plants.
Plant. Physiol. , 10: 191-210. 1969.
108 SANCHEZ. W. ; GARCIA AGUDO. E. ; SANTOS. J.L. ; MERICHI. A. J.
Técnicas r adi oi sotópi c as aplicadas a estudos de controle da
polui çSo do meio ambiente. In: ASSOCIAÇXO BRASILEIRA DE
ENGENHARIA SANITARIA. Engenharia s a n i t á r i a s 8 ? congresso
b r a s i l e i r o d e . . . r e a l i z a d o no Rio de Janeiro , 14-19 de Dezembro,
1975. Sato Paulo. 1973.
109 SEWEL, H. G. Administração e c o n t r o l e da qual idade ambiental .
SZo Paulo , CETES3. 1973.
110 SHIMIZU, M. Procedures for r a d i o e c o l o g i c a l s t u d i e s with
mol luscs . In: INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY. Design of
r a d i o t r a c e r experiments i n marine b i o l o g i c a l systems. Vienna,
1975. p. 121-30. CTechnical report s e r i e s , 1673
111 SHULMAN. J. ; 3RIS3IN, I . L. ; JCNOX, W. Ef fec t of temperature,
s a l i n i t y , and food in take on t h e e x c r e t i o n of 65Zh i n small
marine f i s h . Biol . B u l l . . iaiC10>: 378. 1961.
112 SZLVA. C. C. A. ; TOMMASI, L. R. ; GAGLIANONE. S. ; 3CRUSHNA. S. A. ;
PEREIRA. D. N. ; BOLDRINI, C. V. ; RESENDE. E. K. ; JURAS, A. A. ;
1 0 3
PÃOUA. H.a. Metais pesados na Bala de Santos e Estuários d*
Santos e S3o Vicente. S3o Paulo, SEMA/CETES3. 1931.
113 SIMPSON. R.D. Uptake and loss of zinc and lead by mussels
CMytilus edulis3 and relationships with body weight and
reproductive cycle. Mar. Pollut. Bull.» IOC33: 74-8. 1979.
114 SKIDMORE. J.F. Resistance to zinc sulphate of zebrafish
CSrachydanio rario - Hamilton-Buchanan} at different phases of
its live history. Ann. Appl. Biol.. 56: 47-33. 1963.
115 SKIDMORE, J.F. 3k TOVELL. P. W. A. Toxic effects of zinc sulphate
on the gills of rainbow trout. Water Res.. 6: 217-30, 197a.
116 SLATER. J. V. Comparative accumulation of radioactive zinc in
young rainbow, cutthroat and brook trout. COPEI A, 27: 158-61.
1961.
117 SOUZA. M.S. Influencia simultânea de elevadas concentrações de
metais pesados e cianetos na digestão anaeróblca de Iodos e
esgotos. Rev. DAE, 44C1383:231-33. 1984.
113 SPEHAR. R.L.; LEONARD, S.N. ; DEFOL. D. L. Chronic effects of
cadmium and zinc mixtures on flagfish CJordanella florida*).
Trans. Am. Fish. Soe., 107C25: 354-60. 1978.
119 SPIES, R. Q. Uptake of technetium from seawater by red abalone
Hal1otis rufescens. Health Phys., 29:693-99. 1973.
120 SPSAGUE. J.3. Measurement of pollutant toxicity to fish. I.
Bloassay methods for acute toxicity. Water Res., 3: 793-321.
1969.
104
121 SP3AGUS. J. 3. 7h« ABC's of p o l l u t a n t b i o a s s a y using f i s h .
Ph i lade lph ia . ASTM. 1973. C S c i e n t i f i c t e c h n i c a l p u b l i c a t i o n .
5383.
123 STANDARD METHODS FOR THE EXAMINATION OP WATER AND WASTEWATER -
1 4 - ed. Washington. APHA-AWWA-WPCF. S1S-743. 1978.
123 STEPHEN. L. W. â 9ELJ. H. L. The acute t o x i c i t y o f some heavy
metals to different species of aquatic insects . J. Water
Pollut. Control. 41C£>: 280-5. 1969.
124 TAYLOR. M. C. & DEMAYO. A. Zinc. In: Guidelines tor surface
water quality inorganic chemical substances. Otawa.
Environment Canada. ICO: 1-52. 1930.
125 TOMMASI. L. R. A degradação do meio ambiente. Sao Paulo.
Nobel. 1976.
128 TOWNSLSY. S. J. ; SEED. D. F. ; EGO, W. T. Uptake of radlolsotopes
and their transfer through food chains by marine organisms:
annual report 1959-60. Oak Ridge. TN. Department of Energy.
1Ô6O. CTID-â630>.
127 VINOGRADOV, A. D. The elementary chemical composition of marine
organisms. Mem. Seas Found. Mar. Res. New Haven. 1953. 647p.
apud 3OLDRINI, C. V. 4 PEREIRA. D. M. Metais pesados na Bala
d& Santos # Estuários de Santos » S3to Vicente CBtoacumulaç3o3.
Ambiente, Rev. CETESB Tecnol., 1C35: 113-27. 1937.
123 'VALDICHUK, M. Some biological concerns in heavy metal
pollution. In: VERNBERG. F.J. & VERNBER3. W. B. . eds.
Pollution and physiology of marine organisms. New York,
Academic Press, p.492. 1974.
1 0 3
Top Related