VACINAÇÃOVACINAÇÃOEnfª Ludmylla de Oliveira Beleza
UTIN – HRASwww.paulomargotto.com.br
Brasília, 02/8/2012
INTRODUÇÃO
Responsabilidade do MSPNI em 1973Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais em 1993Imunização Passiva: administração de anticorpos
Proteção Imediata
INTRODUÇÃO
Imunização ativa Vacinas: preparadas de vírus ou bactérias inativadas como organismos inteiros ou seus produtos, ou organismos inteiros vivos, mas atenuados Mais duradoura Dependente da imunidade humoral e celular
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO
Organismo: eliminação constante de microrganismos de sua superfície Possibilidade de infecção: aderência firme entre estruturas do mcg e hospedeiro Adesinas: componentes da superfície microbiana que se fixam a receptores celulares do hospedeiro
Pilos ou Fímbrias
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO
Afinidade estrutural determina localização da infecçãoAderência multiplicação colonização Infecção
Resposta Imunológica Ou Efeitos Patogênicos
Dependente de fatores: microrganismo e hospedeiro
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃOImunidade Inata/Inespecífica/Natural
PMNMonócitos Fagocitose Fagossomos + LisossomosMacrófagos Fagolisossomos Digestão
Complemento Sinais (C1 a C9 ) Inflamatórios
Lesão Tecidual Ptns da Fase Vasodilatação Aguda ↑ Permeabilidade Capilar Fixação à parede Sist.Coagulação (Isolar) das bactérias
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO
Complemento: ativação por Via clássica: interação com complexos Ag-Ac Via alternativa: interação direta com lipopolissacarídeos, toxinas e outras Processo infeccioso controlado ou Captura de Ag pelos nódulos linfáticos regionais Microrganismo na corrente sanguínea
Baço (filtra e remove)
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO
Imunidade Adquirida/Específica/Adaptativa Memória imunológica Especificidade: Ac (humoral)e células programadas para combater Ag específicos (celular) Ag: estrutura grande e complexa sist. Imune específico não reconheceEpítopos ou determinantes antigênicos:
sítios dos Ag reconhecíveis
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO Linfócitos B Medula óssea Possuem Ac na superfície
capazes de fixar um único Ag Contato com Ag
rápida proliferação células B de memória e céls B efetoras (plasmócitos) Produção de Ig
Reconhecem epítopos diretamente
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO Linfócitos T Origem na medula óssea;
amadurecimento no timo Receptores específicos na
membrana TH: CD4 na membrana TC: CD8
Reconhecem epítopos apresentados na membrana com ptns do MHC
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO Ptns MHC Classe I: apresentam às Tc Classe II: apresentam às TH
Céls Apresentadoras de Ags Dentríticas, macrófagos e
linfócitos B Apresentam epítopos de Ag
extracelulares em sua memb com MHC IITH TH2 Linfocinas Ac
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO
Se infectadas com Ag intracelulares (qq cél) apresentam epítopos com MHC II às TH
TH1 Citocinas Imunidade celular (TC específicos e macrófagos de ação inespecífica) TC: reconhece epítopo-MHC I específico
Proliferação e diferenciação em cél efetora que destrói céls-alvo com o mesmo complexo
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO
Memória imunológica mais potente: se Ag é apresentado por MHC I e MHC II Ag extracelular (p.ex. Vacinas inativadas)
Apresentação pelo MHC II memória fraca com necessidade de reexposição periódica Ag intracelular (p.ex. Vacinas virais vivas)
Resposta Imune mais potente por acionar imunidade inespecífica, humoral e celular
Memória imunológica: rápida elevação de Ac
quando nova exposição
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO
Anticorpos + células NK: lise de células infectadas com patógenos intracelulares IgA: mucosas, bloqueia aderência e penetração de microrganismos, não atravessa placentaInteração de linf B com TH troca de IgM por IgG IgM: sem memória, timo-independente, vida curta, fase aguda, resposta primária, não atravessam placenta
IMUNOLOGIA DA VACINAÇÃO
IgG: com memória, timo-dependente, predominante após nova exposição ao Ag, resposta secundária, atravessam placenta IgM e IgG ligam-se às bactérias que sobreviveram à fase inespecífica ativam complemento (fagocitose)IgE: proteção contra doenças parasitárias e alérgicas
CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS
Vivas Microrganismos atenuados: seleção de cepas naturais (selvagens) e atenuação por passagens em meios de cultura especiais Poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela VOP: repetição pela existência de 3 tipos de vírus
CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS Não-Vivas Microrganismos inteiros inativados Poliomielite inativada e vacina celular contra a coquelucheProdutos tóxicos dos microrganismos inativados tétano e a difteriaDe subunidades ou de fragmentos de microrganismos influenza.Identificação dos componentes responsáveis pela agressão infecciosa e pela proteção, inativados acelular contra coqueluche
CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS Não-VivasObtidas por engenharia genética, gene do microrganismo que codifica uma proteína importante para a imunidade é inserido no genoma de um vetor vivo que, ao se multiplicar, produzirá grandes quantidades do antígeno protetor hepatite BPolissacarídeos extraídos da cápsula de microrganismos invasivos pneumococo e meningococoGlicoconjugadas; componentes polissacarídicos são conjugados a proteínas
CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS CombinadasContêm no mesmo frasco várias vacinas diferentes
DPT e tríplice viral Podem também ser misturadas no momento da aplicação vacina tetravalenteConjugadasSão aquelas em que um produto imunologicamente menos potente, p.ex., um polissacarídeo, é juntado a um outro produto imunologicamente mais potente, p.ex., uma proteína primeiro produto adquire características de maior potência imunológica
CONSIDERAÇÕES Contra-indicações GeraisVacinas de vírus vivos: imunodeficiência congênita ou adquirida, neoplasia maligna e tratamento com corticosteróides em esquemas imunodepressores ou qualquer terapia imunodepressoraAdiamento de VacinaçãoDoenças agudas febris gravesTratamento com imunodepressores Uso de imunoglobulinas (vivas),
exceção VOP e FA
IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS Produtos imunobiológicos de moderna tecnologia e alto custo Indicações dos CRIE:Suscetibilidade↑ às doenças ou risco de complicações para si ou para outros (imunodepressão, asplenia, transplante, aids)Convívio com pessoas imunodeprimidasIntolerância aos imunobiológicos comunsExposição inadvertida a agentes infecciosos
IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAISImunodeprimido: distinguem-se por incapacidade de resposta a inúmeros estímulos antigênicos ou infecciosos; mais suscetíveis e possibilidade de desenvolvimento de doenças mais graves Dados sobre proteção vacinal em imunodeprimidos: escassosRisco da vacina X Risco da infecção naturalRisco: Varicela
IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS A imunização passiva pode interferir na resposta a vacinas atenuadas Não administrar imunoglobulinas durante os primeiros 14 dias após a aplicação das vacinas contra o sarampo ou tríplice viral RN pré-termoOs linfócitos T são encontrados no sangue periférico na 28ª semana de idade fetalN° de linfócitos B circulantes normal, mas problemas relacionados à fagocitose e à apresentação do antígeno ↓resposta humoral.
IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS Imunobiológicos de uso eventual na unidade neonatalImunoglobulina Anti-Hepatite B (IGHAHB)Imunoglobulina Antivaricela-zoster (IGHVAZ) – mãe, 28-36s e <28sImunoglobulina Antitetânica (IGHAT)
Vacinação na UTINVacinas inativadas (VIP)DTPa (tríplice bacteriana acelular)RNPT: hep B com 04 doses – 0-01-02 e 06 mesesRNPT MMBP: HiB 15 d após DPTa
• Os RN prematuros, especialmente prematuros extremos, apresentam níveis de IgG maternos invariavelmente baixos. Esses níveis podem ser ainda mais baixos dependendo das intercorrências clínicas, tais como doença pulmonar (com transudação de líquido para os pulmões), estresse (com
aumento do catabolismo da IgG) e múltiplas retiradas de sangue. A permanência prolongada no ambiente hospitalar e os procedimentos invasivos a que são submetidos, aliados à imaturidade dos sistemas de fagocitose, complemento e
células T, à deficiência de IgM e IgA e a uma resposta imune não muito ágil, caracterizam os prematuros extremos como uma classe de pacientes extraordinariamente susceptíveis à
infecção.
Tavares et all, 2005
BCG Composição e apresentaçãoAtenuação do Mycobacterium bovis, apresentada em ampolas com múltiplas doses.Idade de aplicaçãoQualquer idade e >2000g IndicaçãoPrevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea) em crianças com menos de cinco anos Via de administraçãoIntradérmica, no braço direito, inserção do deltóide
Obs: Revacinar com 6 ou 10 anos; val 6hs pós-reconst
BCGSe ausência da cicatriz vacinal aos 06 m, revacinar.Eventos adversos mais comunsAbscesso e/ou ulceração, no local da aplicação; linfadenite regional.Contra-indicaçõesImunodeficiência congênita ou adquirida, crianças com HIV que tenham sintomas; adiar se afecções dermatológicas extensas
HEPATITE B Composição e apresentaçãoPreparada por método de engenharia genética e obtida por tecnologia de recombinação do ADNIdade de aplicaçãoQualquer idade; até 12 hs de nascimento IndicaçãoCrianças, adultos em idade fértil,
hemodiálise, hemofílicos Via de administraçãoIntramuscular profunda, no vasto lateral da côxa; após 2 anos, deltóide.
HEPATITE BEventos adversos mais comunsDor no local da injeção e febre baixaMal-estar, cefaléia e fadiga podem ocorrer.Esquema0, 1 e 6 meses. Se RNPT (<33s ou <2000g), adicionar 1 dose no 2° mês (0,1,2,6)Contra-indicaçõesReação anafilática sistêmica seguindo-se à aplicação de dose anterior.
HEPATITE B “A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) acomete entre 350
e 500 milhões de pessoas em todo o mundo. Suas manifestações clínicas variam de infecção inaparente com cura sem seqüelas a cirrose e câncer hepáticos, podendo ainda causar hepatite aguda de vários graus de gravidade, infecção crônica inaparente (estado de portador) e hepatite crônica. Estima-se em cerca de 40% a chance de um infectado
crônico pelo VHB vir a morrer em decorrência desta infecção.” (Manual dos CRIE, 2006)
Imunoglobulina Humana anti-hepatite B (IGHAHB)
Obtida de plasma de doadores selecionados, submetidos recentemente à imunização ativa contra hepatite B, com altos títulos de Ac específicosDose de 0,5mL para recém-nascidos ou 0,06mL/kg, máximo de 5mL, para demais idades.Via intramuscularIndicações: prevenção da infecção perinatal; vítimas de acidentes com material biológico; comunicantes sexuais; vítimas de abuso sexual; imunodeprimido após exposição de risco, mesmo que previamente vacinados.
Imunoglobulina Humana anti-hepatite B (IGHAHB)
Crianças pré-termo, filhas de mães AgHBs positivas, com idade gestacional menor que 33 semanas ou peso menor que 2.000g, devem receber vacina e IGHAHB, e uma dose extra de vacina aos 2 meses de idade, além das recomendadas acima
POLIOMIELITE (VOP) Composição e apresentaçãoContém os 3 tipos de poliovírus vivos atenuadosIdade de aplicaçãoA partir de 2 meses até 5 anosVia de administraçãoOral, dose de 0,1 ml (2 gotas)Esquema2, 4, 6 e 15 meses; intervalo de
Pelo menos 30 dias entre doses
POLIOMIELITE (VOP) Eventos adversos mais comunsSeguraPodem ocorrer quatro a 40 dias após a vacinação acidentes pós-vacinais (paralisias flácidas)Contra-indicaçõesCrianças imunodeprimidasCrianças que estejam em contato domiciliar com pessoa imunodeficiente suscetívelPessoas submetidas a transplante de medula óssea.
POLIOMIELITE (VIP) Composição e apresentaçãoContém os 3 tipos de poliovírus obtidos em cultura celular e inativados por formaldeído;Apresentada sob a forma de solução injetávelIdade de aplicaçãoA partir de 2 mesesVia de administraçãoIntramuscular, dose de 0,5 ml Esquema03 doses com intervalo de 60 dias (intervalo mínimo = 30 dias); reforço de 6m a 1 ano pós 3ª dose e outro 3 a 5 anos após 1° reforço
POLIOMIELITE (VIP) Eventos adversos mais comunsLocais: eritema discreto no local da aplicaçãoSistêmicos: febre moderadaAlérgicos: anafilaxia é rara.Contra-indicaçõesReação grave à dose anterior de VIP ou anafilaxia a algum componente da vacina É injetável, não impede a
circulação do vírus selvagem por via intestinal, não protege os comunicantes dos vacinados,mais onerosa
ROTAVÍRUS (VORH) Composição e apresentaçãoElaborada com vírus isolados de humanos e atenuada para man-ter a capacidade imunogênica, porém não patogênica. A vacina é monovalente, ou seja, a cepa utilizada possui apenas um sorotipo em sua composição que é o G1[P8] da cepa RIX4414.Idade de aplicaçãoA partir de 2 mesesVia de administraçãoOralEsquema02 doses; 2 e 4 meses
ROTAVÍRUSContra-indicações ImunodeficiênciaUso de medicamentos imunossupressoresAlergiaDoença do aparelho gastrointestinal (crônica)Idade: 2ª dose até 5m e 15d
Eventos adversos mais comunsVômitos/regurgitaçãoInvaginação intestinal (com a vacina usada anteriormente): dor abdominal, obstrução intestinal, náuseas, vômitos, distensão, sangue nas fezes
DTP Composição e apresentação Toxóide diftérico, toxóide tetânico e Bordetella pertussis inativada em suspensão. Atualmente, é administrada com a Hib, conhecida como tetravalenteIdade de aplicaçãoA partir de 2 meses até 7 anos; após só DtEsquema2, 4, 6 e 15 meses; intervalo de pelo menos 30 dias entre dosesEm caso de ferimento com alto risco de tétano antes dos 7 anos,já decorridos mais de 5 anos da 4ª dose, revacinar
DTPVia de administraçãoIM profunda, dose de 0,5 ml
Eventos adversos mais comunsDor, vermelhidão e enduração locais; febre, mal-estar geral e irritabilidade nas primeiras 24 a 48 hs Com menor freqüência podem ocorrer sonolência, choro prolongado e incontrolável, convulsões e síndrome hipotônicohiporresponsiva (hipotonia, sudorese fria e diminuição de resposta a estímulos).Contra-indicaçõesDois últimos eventos até 7 dias após vacinação
DTPa Composição e apresentação Antígenos contra difteria, tétano e coqueluche, este do tipo acelular (toxóide e outros Ag).Idade de aplicaçãoA partir de 2 meses até 7 anosVia de administraçãoIM profunda, dose de 0,5 mlEsquema2, 4, 6 e 15 meses, outro reforço de 4 a 6 anos; Aplicar Hib em outro local, com 15 dias de diferença, preferencialmente
DTPa Indicações Eventos adversos graves após DPT ou tetravalente em crianças com maior risco de desenvolver eventos adversos graves: doença convulsiva crônica; cardiopatias ou pneumopatias crônicas em menores de 2 anos de idade com risco de descompensação se febre; doenças neurológicas crônicas incapacitantes; RN que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação; RN prematuro extremo (<1.000g ou 31s).Contra-indicaçõesChoque anafilático pós e encefalopatia até 7 dias pós DPT ou DPTa
DTPaVacinas acelulares são eficazes e menos reatogênicas do que as celularesO PNI ainda não inclui DTPa no calendário de rotina devido a alguns fatores:
1. Na maioria dos estudos, as vacinas acelulares não são mais eficazes do que as celulares na prevenção da coqueluche em todas as suas formas clínicas;
2. Em geral, as vacinas acelulares, quando combinadas com a vacina Hib, são menos imunogênicas contra este último antígeno do que as vacinas celulares;
3. A DTP é produzida no Brasil;4. Maior custo
Hib Composição e apresentação PRP (cápsula polissacarídica, que confere propriedades invasivas) conjugado a diferentes proteínasIdade de aplicaçãoA partir de 2 mesesVia de administraçãoIM , dose de 0,5 mlEsquema2, 4, 6;
Hib Indicações Transplantados Nos menores de 19 anos e não-vacinados, nas seguintes situações: HIV/aids; imunodeficiência congênita ou terapêutica; asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; DM; nefropatia, cardiopatia ou pneumopatias crônicas; trissomias; asma; fibrose cística;Contra-indicaçõesAnafilaxia
Hib
Eventos adversos mais comunsLocais: dor, eritema e enduração.Sistêmicos: febre, irritabilidade e sonolência. Não há relatos de eventos pós-vacinais graves Alérgicos: anafilaxia é rara
Calcula-se que mais de 95% das cepas de Haemophilus influenzae isoladas de pacientes com doença invasiva
(particularmente meningite, mas também sepse, pneumonia, epiglotite, celulite, artrite séptica, osteomielite e pericardite)
pertençam ao sorotipo b.
HEPATITE A Composição e apresentação Preparadas a partir de culturas celulares em fibroblastos humanos e inativadas pela formalina.Disponível no mercado combinada com Hepatite BIdade de aplicaçãoA partir de 1 anoVia de administraçãoIM, dose de 0,5 ml ou SC se coagulopatiasEsquema2 doses com intervalo de 6 mesesSe com Hep B, em 3 doses: 0, 1 e 6 meses
HEPATITE A Indicações Hepatopatias crônicas;Portadores crônicos do VHB;Coagulopatias e Hemoglobinopatias;Crianças menores de 13 anos com HIV/aids;Adultos com HIV/aids que sejam portadores do VHB ou VHC;Doenças de depósito;Fibrose cística e Trissomias;Imunodepressão terapêutica ou por doençaCandidatos a transplante de órgão sólido/doadores e transplantados.
HEPATITE A Contra-indicações Se reação anafilática anterior GestaçãoEventos adversosLocais: Dor, eritema ou edema ocorremSistêmicos: febre e fadiga ocorrem em menos de 5%Alérgicos: anafilaxia é rara.
VARICELA Composição e apresentação Vírus de varicela zoster (VVZ) atenuado.Idade de aplicaçãoA partir de 1 anoVia de administraçãoSC, dose de 0,5 mlEsquemaDose única se < 12 anos>13 anos e imunodeprimidos: duas doses com intervalo de 4 a 8 semanas
VARICELA Indicações Profissionais de saúde, pessoas e familiares suscetíveis à doença e imunocompetentes que estejam em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes imunodeprimidos;Imunocompetentes suscetíveis à doença e, maiores de 1 ano de idade, no momento da internação em enfermaria onde haja caso de varicela;Nefropatias crônicas;
Doenças dermatológicas crônicas graves;Trissomias; Hepatopatias crônicas; Coagulopatias e Hemoglobinopatias;
VARICELA Contra-indicações Reação anafilática anteriorPacientes imunodeprimidos, exceto nos casos previstosAté três meses após suspensão de terapia imunodepressoraGestação (mulheres em idade fértil vacinadas devem evitar a gravidez durante um mês após a vacinação)Eventos adversosLocais: dor, hiperestesia ou rubor; Erupção leve localSistêmicos: febre; erupção variceliforme com 5 lesões; Encefalite, ataxia, eritema polimorfo e anafilaxia são raros, assim como plaquetopenia
VARICELA
“Eventualmente, pode evoluir de forma grave e progressiva, com formação contínua de novas lesões e risco de disseminação da doença, que se manifesta clinicamente por encefalite, hepatite, pneumonite, coagulação intravascular disseminada, podendo levar a óbito.” (Manual dos CRIE, 2006)
INFLUENZA Composição e apresentação São trivalentes, obtidas a partir de culturas em ovos embrionados de galinha. Geralmente contém 15µg de cada um de dois subtipos do sorotipo A e 15µg de uma cepa do sorotipo B, de vírus fracionados ou subunidades inativadosComposição estabelecida anualmente pela OMSIdade de aplicaçãoA partir de 6 mesesVia de administraçãoIM, dose de 0,25 ml em < 3 a; 0,5ml > 3 a
INFLUENZAEsquemaDose anual, 0,25ml em < 5anos em 2 doses02 doses em < 9 anos na primeira aplicação, com intervalos de 4 a 6 semanas; só uma dose anual subsequenteContra-indicaçõesHistória de anafilaxia a proteínas do ovo ou a outros componentes da vacina.Eventos AdversosLocais: eritema, dor e enduração pouco intensosSistêmicos: febre, mal-estar e mialgia
INFLUENZA“Durante as epidemias de gripe, aumentam as consultas médicas e
as hospitalizações por infecções respiratórias agudas. Entre as complicações que podem ocorrer, destacam-se a otite média aguda e a pneumonia, viral ou bacteriana. A síndrome de Reye, geralmente associada com o uso simultâneo de aspirina durante a infecção, é mais rara e Extremamente grave. As pessoas nos extremos de idade e aquelas com doenças debilitantes e em estado de imunodepressão correm maior risco de complicações; a incidência anual da doença é maior entre escolares e pré-escolares.” (Manual dos CRIE, 2006)
PNEUMOCOCO Composição e apresentação
Pn23: É constituída de uma suspensão de antígenos polissacarídicos purificados, com 23 sorotipos de pneumococo
Pnc10: contém 2µg de polissacarídeo de cada um dos sorotipos, além da proteína de conjugaçãoIdade de aplicaçãoPn23 a partir de 2 anosPnc10 a partir de 2 meses e < 5 anosVia de administraçãoIM profunda
PNEUMOCOCOEsquemaPn23: dose única; revacinar após 5 anos
Contra-indicaçõesReação anterior de hipersensibilidade imediata
PNEUMOCOCOEventos AdversosLocais: eritema, dor e enduraçãoSistêmicos Pnc10: irritabilidade, sonolência e choro excessivo são descritos, porém de intensidade leve.Sistêmicos Pn23:febre baixa, astenia, cefaléia e mialgia podem ocorrer, sendo mais intensos e mais freqüentes na revacinação.
“O pneumococo faz parte da microbiota normal da nasofaringe, sendo causa freqüente de otite média aguda, pneumonias, bacteremias, meningites. A maior incidência de doença pneumocócica ocorre nos primeiros anos de vida e no idoso.”
MENINGOCOCO Composição e apresentação Polissacarídeo do meningococo C conjugado a toxóide tetânico ou CRM197.Idade de aplicaçãoA partir de 2 meses e < 5 anos, dose de 0,5mlVia de administraçãoIM profunda
Esquema>2 meses: 2 ou 3 doses no primeiro ano de vida, de acordo com as indicações do fabricante, com uma dose de reforço a partir dos 12 meses de vida. >12 meses e adultos, dose única.
MENINGOCOCO Contra-indicações Pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da vacina.Eventos adversosLocais: eritema, enduração e dorSistêmicos: febre baixa e irritabilidade
“A Neisseria meningitidis (meningococo) de tipo C é causa de bacteremia, meningite e meningococcemia; tem importância epidemiológica relevante em algumas regiões geográficas. Surtos são freqüentes, com alta letalidade. No Brasil, a distribuição é variável de região para região.”
PALIVIZUMABE Composição e apresentação Imunização passiva com o anticorpo monoclonal contra a glicoproteína F do Vírus Sincicial Respiratório, nos meses de maior circulação deste.Idade de aplicaçãoAté 1 ano de idadeVia de administração/Esquema15 mg/kg de peso, 5 doses mensais consecutivas, IMOBS:
A VRS-IGIV (Ig) é IV, 15 ml/kg, em infusão de 4 horas, mensalmente, por 5 meses no ano. Não deve ser utilizada em crianças com cardiopatia congênita cianótica (efeitos colaterais) e crianças só devem ser imunizadas contra sarampo e varicela 9 meses após a última dose
PALIVIZUMABE Indicações Prematuros com IG < 28s até 1 ano de idade Displasia broncopulmonar e cardiopatas em tratamento clínico nos últimos seis meses até 2 anos de idade. IG de 29 a 32s até o sexto mês de vida IG > 32s a 35s que apresentem dois ou mais fatores de risco: criança institucionalizada, irmão em idade escolar, anomalias congênitas de vias aéreas, e doenças neuromusculares severas.
BIBLIOGRAFIA1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-Vacinação 2007 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007. 188 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 188 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)3. BRASIL. Manual de Normas de Vacinação. 3.ed. Brasília: Ministério daSaúde: Fundação Nacional de Saúde; 2001 72p.4. BRASIL. Programa Nacional de Imunizações 30 anos. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2003. 212p.5. BRASIL. Capacitação de pessoal em sala de vacinação - Manual doTreinando. / Organizado pela Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. 2a ed. rev. e ampl. – Brasília : Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2001.
BIBLIOGRAFIA5. Imunização. Disponível em: http://ioh.medstudents.com.br/imunologia.htm. Acesso em 22/05/2010 às 07:57hs6. CREPE. C.A. Introduzindo a Imunologia: Vacinas. Apucarana: Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2009.7. TAVARES. E. C. et all. Imunização ativa e passiva no prematuro extremo. Jornal de Pediatria - Vol. 81, Nº1(supl), 2005.8. Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) – 2012/2013. Disponível em http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Prematuro_2012.pdf. Acesso em 02/07/2012 às 23:34hs.8. MARSHALL, G.S. Manual das Vacinas: Um Guia Prático para os Médicos. 3ª ed. México: Intersistemas Editores, 2011.
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