OS JARDINS DO OS JARDINS DO CASTELO DE VILLANDRYCASTELO DE VILLANDRY
O castelo de Villandry foi o último construído no vale do Loire. Em 1.536, Jean le Breton, secretário de estado das finanças de Francisco I, edificou o palácio castelo
sobre uma antiga torre fortaleza do século XII. Le Breton vivera um tempo na Itália onde se interesou pela arte da jardinagem e na posse de Villandry se decidiu a por em prática
o aprendido, obtendo um resultado realmente maravilhoso. Ainda em nossos dias, os jardins de Villandry, ainda que sejam uma reconstrução de começos de 1.900, são mais
conhecidos que o próprio castel.
Villandry já era conhecido no século XVI por
suas hortas. O cardeal de Aragão, que o
visitou em 1.570, escreveu ao
Papa
“que ele havia visto alfaces
mais formosas que em Roma”.
Para construir o atual palácio, Le Breton mandou arrasar a velha fortaleza do século XII, da qual restam apenas as fundações e a torre de menagem que se encontra por trás do cour d'honneur (pátio de honra).
A propriedade esteve em mãos da família Le Breton até 1.754, quando foi adquirida pelos marqueses de Castellane…
No século XIX o jardim renascentista original foi destruído e substituído por um jardim inglês menos custoso de manter. Ao tempo o castelo ficou abandonado ameaçado de ruína.
Em 1906, Joaquín Carvallo (1869-1936), comprou com a fortuna de sua esposa o
castelo de Villandry e decidiu restaurá-lo. Carvallo era espanhol, nascido em Don Benito na Extremadura. Médico com um futuro promissor, casado com a norte
americana Ann Coleman, rica herdeira de uma importante siderurgia, decidiu
abandonar suas investigações de fisiologia para dedicar-se de corpo e alma a devolver o
antigo esplendor a Villandry, um casarão semi-destruído pelo que havia pago 120.000
francos.
Para recuperar o jardim renascentista, Joaquín Carvallo recorreu a fontes
documentais, como o tratado de Androuet de Cerceau sobre os palácios do século XVI com estampas dos jardins renascentistas ou o “Monasticon gallicanum”, um conjunto de
gravuras sobre os jardins das abadias beneditinas.
Villandry, o castelo e seus famosos jardins continua em nossos dias em mãos
da família Carvallo, atualmente são os seus
bisnetos.
A estrutura geral do jardim parte de três terraços escalonados:
1. no terraço mas alto se situa o jardim da água com um grande tanque do qual
cai a água por gravidade ao resto da propriedade.
2. no terraço intermédio aparece o jardim
ornamental dividido a sua vez em três seções: jardim da música,
jardim das cruzes e
jardim do amor.
3. no terraço baixo, a famosa horta que deu fama
mundial aos jardins de Villandry, e o jardim das
plantas medicinais e aromáticas.
Situado na parte mas elevada do terreno é de inspiração clássica. Se centra ao redor de um grande tanque que funciona como um espelho refletor, que por sua vez é
rodeado de prados, plantas e árvores verdejantes.
Jardim da águaJardim da água::
Jardim do amorJardim do amor: : Melhor observado desde a torre do castelo. Constituído por quatro quadrados que reapresentam o amor em distintas fases: Amor terno, Amor apaixonado, Amor infiel e Amor trágico…
Jardim do amorJardim do amor::Todos os canteiros
são feitos com buxo, podados anualmente
em Setembro e Outubro, e flores de
cor:
branca da inocência e ternura, rosa do amor e vermelho da traição
e sangue.
Terno Apaixonado
Infiel Trágico
Jardim das cruzesJardim das cruzes:: Representa em seus
canteiros três cruzes:
de Malta, de Malta,
do Languedoc do Languedoc
e a e a
da Vasconia.da Vasconia.
Jardín da Música:Jardín da Música: Evoca de forma simbólica a música. Os grandes triângulos reapresentam liras, harpas, candelabros. Entre o buxo crescem na primavera plantas de lavanda que dão a este canteiro um aspecto espetacular.
A hortaA horta:: No terraço mais baixo, entre o castelo e povoado de Villandry, se encontra o jardim dos vegetais,
quiçá a parte mais famosa dos jardines de Villandry.
Plantados com hortaliças de cores contrastadas, buscando Plantados com hortaliças de cores contrastadas, buscando dar uma impressão de variedade: azul do alho porro, branco dar uma impressão de variedade: azul do alho porro, branco do repolho, roxo das couves lombardas e da beterraba, verde do repolho, roxo das couves lombardas e da beterraba, verde
da alface e das folhas de cenouras… da alface e das folhas de cenouras…
Desenhado no modelo
renascentista, consta de 9 quadros de
igual tamanho com
diferentes patrões
geométricos.
A origem do desenho da horta deve-se buscar na Idade Média, nas hortas monacais.
Esta horta nasceu durante a Primeira Guerra Mundial, quando o doutor Carvallo vestiu a bata branca para atender aos soldados feridos, alojados no palácio,
e tendo que dar-lhes de comer...
Aos monges das abadias beneditinas
lhes aprazia dispor suas hortaliças e ervas em formas geométricas. De fato muitos desses desenhos são cruzes, como seria de esperar. A segunda influência procede dos jardins
italianos do renascimento que
aportaram as fontes, a alegria dos roseirais e os quadrados de flores
decorativas.
Cada ano se efetuam duas plantações: uma na primavera, que dura de Março a Junho, e
outra no verão, de Junho a Novembro. Anualmente se utilizam 40
espécies de hortaliças. A rega é automática e
subterrânea.
Inspirado nas hortas monacais, esta joga com as vivas cores de todas essas hortaliças: lombardas, couves, beterrabas ou abóboras.
“A arte nasce de uma longa contemplação da natureza mediante a qual o espírito humano penetra na essência íntima das coisas… E se eleva até Deus
num esforço supremo”. Joaquín Carvallo.
“Os aseguro que una visita a los jardines de Villandry resulta una experiencia
inolvidable…”
PILAR M. E
Enero de 2010
C R É D I T O S
REFORMATAÇÃO: MENSAGEIRO DA PAZ
Mantidos os créditos anteriores.
MÚSICA: “Footprints on the Sand”
© favor manter os créditos, sem alterar
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