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perde mais
10 escolas
primárias
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:: número 17 :: ano 1 :: 20 de Julho de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
pag.: 4 e 5
Voz Ribatejana
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O administrador judicial mandou suspender a
actividade da TNC e regressar os motoristas que
estavam no estrangeiro. Prometeu, entretanto,
encontrar um comprador, mas sindicato e trabal-
hadores temem que seja o fim da empresa trans-
portadora de Alverca e dos seus 126 postos de tra-
balho.
Desenhador
condenado a
pena máxima
por matar o pai
Alverca – Transportadora TNC pode fechar se não aparecer comprador
Alhandra tem
campeões de
natação e
canoagem
300 kenpokas
invadem
Arruda
pag.: 17 e 18
pag.: 7
pag.: 19
pag.: 2 e 3
Desemprego
ameaça 126
Desemprego
ameaça 126
ABERTURA
“
02
voz ribatejana #17
PCP questiona
Governo e Câmara
Os vereadores da CDU já apresentaram um requerimento à
Câmara de Vila Franca de Xira onde questionam se a autar-
quia tinha conhecimento destes desenvolvimentos na TNC e
se sabe de algum interesse imobiliário ou de algum pedido de
viabilidade de empresas interessadas em dar outro destino ao
extenso espaço onde funciona a TNC.
Em comunicado, a Concelhia do PCP estranha os últimos
desenvolvimentos do caso da TNC, garante que está ao lado
da luta dos trabalhadores e que “tudo fará para impedir mais
um encerramento de uma empresa viável no concelho de Vila
Franca de Xira”.
No plenário de sexta-feira esteve também presente o deputa-
do comunista Miguel Tiago, que resumiu o requerimento
entretanto remetido pelo seu grupo par-
lamentar ao Ministério da Economia,
questionando que medidas tomou ou
vai tomar o Governo em defesa da
TNC e da manutenção destes postos
de trabalho.
O eleito do PCP frisou que “a força e
a resistência” que os trabalhadores
da empresa vierem a manifestar
serão decisivos nesta luta pela con-
tinuidade da empresa e aconselhou-os a unirem-se. “Há
forças políticas como o PCP que estão convosco, mas parte
da responsabilidade está nas vossas mãos ao fazerem frente a
esta linha de desmantelamento do nosso País e de destruição
das empresas, que deixa sempre incólumes e intocáveis os
interesses daqueles que gerem as empresas”, sustentou
Miguel Tiago, incentivando os trabalhadores presentes a não
permitirem que os bens existentes sejam retirados da empre-
sa. “O País não aguenta mais empresas a fechar, a prolifer-
ação do desemprego, não aguenta mais esta conversa de que
o trabalho é um privilégio. O trabalho é um direito”, con-
cluiu.
Também o Bloco de Esquerda já se pronunciou, mostrando-
se preocupado com toda esta situação dos 126 trabalhadores
da TNC e das suas famílias. Em requerimento dirigido ao
Governo, o grupo parlamentar bloquista quer que se
“explique como é que, no espaço de 3 semanas, uma empre-
sa que estava em recuperação é agora liquidada”. O docu-
mento sublinha que “é ainda necessário compreender se o
Estado ofereceu ajuda para a viabilização desta empresa” e
questiona o Ministério da Economia e do Emprego sobre a
forma como irá procurar garantir os direitos dos seus traba-
lhadores.
Alverca
Risco de fecho da TNC ameaça
126 postos de trabalhoTransportadora de Alverca é uma das maiores do País mas o plano de recuperação foi rejeita-
do pela banca. A ameaça de fecho da TNC levou ontem a um protesto com 28
camiões a desfilarem em Lisboa. Hoje, trabalhadores, sindicato, administrador
judicial e presidente da Câmara reunem em Vila Franca.
A paragem da laboração da
TNC (Transportadora Nacional
de Camionagem) ordenada, na
quarta-feira, pelo admi-
nistrador de insolvência, faz
temer o próximo encerramento
de uma empresa com 53 anos
de existência que, com os seus
105 camiões e 126 fun-
cionários, ainda é uma das
maiores do sector. Reunidos,
sexta-feira à tarde, em
plenário, os trabalhadores
decidiram organizar piquetes
para evitar a retirada de materi-
ais da empresa de Alverca, já
depois de, na véspera, terem
impedido alegados represen-
tantes do administrador judi-
cial de mudarem as fechaduras
das instalações.
Ao fim da tarde dessa mesma
sexta-feira, o administrador
judicial garantiu aos traba-
lhadores que conseguiu arran-
jar um comprador para a
empresa cuja identidade
preferiu não revelar, mas que
estará disposto a assumir o pas-
sivo da empresa (próximo dos
6 milhões de euros) e a manter
os postos de trabalho. O gestor
nomeado pelo tribunal prome-
teu submeter essa proposta
durante esta semana aos cre-
dores,
mas os
f u n -
cionários man-
têm muitas dúvidas e decidi-
ram continuar na empresa, de
modo a exigirem os seus di-
reitos e a impedirem a saída de
quaisquer materiais. Ontem
protestaram em Lisboa.
A TNC está envolvida num
complexo imbróglio judicial
que, segundo a comissão de
trabalhadores, terá origem nos
desentendimentos entre os dois
herdeiros do fundador. A irmã
ficou com a TNC (transportes
internacionais) e o irmão com a
TNC 2 (transportes nacionais).
Segundo José Martins, presi-
dente da comissão de traba-
lhadores, há ano e meio, o
irmão pediu a penhora das con-
tas da TNC para tentar recupe-
rar valores alegadamente devi-
dos. A irmã requereu, então,
um processo de insolvência,
com o objectivo de promover
um plano reestruturação. O
processo evoluiu, a empresa
tem salários e pagamentos à
Segurança Social e ao Fisco
em dia e bastante trabalho.
Para surpresa de muitos,
segundo o Sindicato dos
Trabalhadores Rodoviários e
Urbanos de Portugal (STRUP),
a assembleia de credores agen-
dada para Setembro foi anteci-
pada para Junho e, aí, o Banco
Espírito Santo e o Santander
Totta terão rejeitado um plano
de reestruturação, votando pelo
ence-
rramento da TNC. Na
quarta-feira ao fim do dia,
o administrador judicial
deu instruções a alguns tra-
balhadores que ainda se encon-
travam no complexo sede da
TNC para mandar regressar os
motoristas que estavam no
estrangeiro e para que os que
estavam na base não saíssem,
porque a empresa ia parar. A
notícia chegou à maioria dos
funcionários por telefone e
SMS.
Anabela Carvalheira, dirigente
do STRUP, reuniu, na sexta-
feira de manhã, com o admi-
nistrador judicial, que lhe disse
que estaria a tentar promover a
venda da TNC a outra grande
empresa do sector para evitar o
encerramento definitivo. O
gestor nomeado pelo Tribunal
do Comércio aponta “falta de
liquidez” à empresa e alguma
quebra de credibilidade pela
venda de 76 camiões no início
deste ano.
Já cerca das 19h00, o admi-
nistrador judicial esteve na
sede da TNC para anunciar que
já encontrara um interessado
em adquirir a empresa e que
iria submeter a proposta aos
credores na próxima segunda-
feira. Não quis revelar quem é
o “comprador”, o que adensou
as dúvidas, mas garantiu que
estará disponível para garantir
todos os direitos dos trabal-
hadores.
Anabela Carvalheira, dirigente
do STRUP, aponta con-
tradições
ao administrador judicial,
estranha a antecipação da
assembleia (onde os traba-
lhadores não participaram
porque ainda não eram cre-
dores) e a atitude dos bancos,
sobretudo do Santander. É que,
segundo os trabalhadores, a
empresa mantém 105 camiões,
cerca de 70 dos quais compra-
dos em Leasing através do
Santander, mas cujos paga-
mentos estarão totalmente em
dia. Anabela Carvalheira diz
não entender a atitude do
Santander, que “não tem crédi-
tos vencidos” e sabe que, para
além dos bancos, a TNC só tem
dívidas relevantes a uma gaso-
lineira (1 milhão de euros) e ao
irmão da dona (cerca de 2, 4
milhões de euros). “O admi-
nistrador diz que a assembleia
decidiu que a empresa é para
encerrar, mas a juíza tem que
publicar a acta e isso ainda não
foi feito. Parece-me que se está
a tentar acelerar o processo
sem percebermos porquê. A
vida de centenas de pessoas
não pode ser jogada de forma
verbal, tem que haver docu-
mentos”, sublinha a sindica-
lista, frisando que é preciso
esclarecer se a empresa tem
viabilidade ou se há outros
interesses relacionados com os
terrenos que possui em Alverca
avaliados em 6 milhões de
euros.
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Jorge Talixa
Jorge Talixa
José da Silva Martins trabalha
na TNC há 34 anos e dedicou
grande parte da vida à empresa.
Preside, agora, à comissão de
trabalhadores e é com muita
tristeza que vê os últimos
desenvolvimentos de uma casa
que se habituou a respeitar,
sobretudo quando o fundador
da TNC ainda era vivo (faleceu
em 2000). Um homem que
também era criticado mas que
José Martins acha que era a
grande alma da empresa. Não
se cansa por isso de repetir que
a TNC “foi uma das melhores
empresas portuguesas e ga-
nhou, na década de 90, o Óscar
da melhor transportadora
europeia. Foi considerada a
melhor pela União Europeia”,
sublinha, frisando que “teve
muitos bons momentos até o
fundador disto tudo ter morri-
do”.
Agora, com 59 anos, José
Martins está, sobretudo, pre-
ocupado com o futuro dos
colegas mais novos. “Por mim
tenho a vida organizada, estou
a dar a cara pelos meus colegas
e porque dediquei boa parte da
minha vida a esta empresa”,
explica, afirmando que os
problemas começaram com os
desentendimentos entre os dois
irmãos que herdaram a empre-
sa. “Houve vários problemas
entre eles, de dívidas, que
acabaram nesta transformação
toda que está a acontecer.
Serviço há muito, nunca pará-
mos. Temos salários em dia,
temos tudo em dia, feliz-
mente”, confessa, acrescentan-
do que, depois de ter vendido
76 camiões no início deste ano,
a TNC ainda mantinha 105
veículos em laboração e nunca
lhe faltou serviço. Os 126 fun-
cionários distribuem-se por
motoristas, mecânicos e pes-
soal de escritório.
José Martins critica também
muito a postura do Estado nes-
tas questões. “Se devêssemos
ao fisco se calhar o Estado não
deixava fechar, como não
devemos, quem cumpre com o
estado é prejudicado. Há aí fir-
mas que devem milhões ao
Estado e, quando metem
planos de insolvência, o Estado
ajuda, para ver se recuperam o
deles. Nós, como a firma não
deve nada, deixaram-nos ao
abandono e mandaram parar a
frota”, lamenta.
Segundo José Martins, na
sequência da morte do fun-
dador a antiga empresa – fun-
dada há 53 anos e desde 1996
sedeada em Alverca – foi divi-
dida em TNC (dirigida pela
filha e vocacionada para os
transportes internacionais) e
em TNC 2 (dirigida pelo filho e
vocacionada para os trans-
portes nacionais. O presidente
da comissão de trabalhadores
conta que, há cerca de ano e
meio, o irmão penhorou as
contas da TNC por alegadas
dívidas da irmã e esta terá
resolvido meter o processo de
insolvência para assegurar a
continuidade da empresa e a
aprovação de um plano de
recuperação. O processo arras-
tou-se e, nos últimos meses, a
assembleia de credores pre-
vista para Setembro foi anteci-
pada para Junho e terá sido
nessa altura que os dois bancos
votaram contra o projecto de
viabilização.
“No dia 13, o senhor Bruno
Vicente (administrador judi-
cial) deu ordem para todos os
motoristas regressarem e para
que os outros não saíssem,
dizendo que a empresa estava
parada. Ninguém nos disse se
estávamos despedidos. Ele
prometeu que, em princípio,
não seria para fechar”, conclui.
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gerência
“Foi das melhores
empresas portuguesas”José da Silva Martins tem 34 anos e trabalho na TNC e vive com muita tristeza estes momentos de extrema dificuldade da que
já foi uma das melhores transportadoras europeias.
Carina Belga e Carlos
Rodrigues são dos mais
jovens funcionários da
TNC e enfrentam, agora, o
risco de perderem repenti-
namente o emprego.
Sabiam das dificuldades da
TNC e do processo de
insolvência, mas o muito
trabalho que existia e os
salários e contribuições em
dia não faziam esperar
qualquer desenlace deste
tipo. Estavam já em casa
quando, ao fim da tarde de
dia 13,
alguns cole-
gas lhes
c o m u -
nicaram que
o admin-
i s t r a d o r
judicial man-
dara parar
toda a activi-
dade da
e m p r e s a .
E m b o r a
deixasse no
ar a expecta-
tiva de que
se procurava
uma solução,
os traba-
l h a d o r e s
perceberam
que havia
sérios riscos
de um ence-
r r a m e n t o
definitivo.
Já na sexta-
feira, antes do plenário,
Carina Belga explicou que
trabalha há 9 anos na
empresa, com a tarefa de
receber os serviços dos
motoristas e de os encami-
nhar para a facturação.
Reside em Alhandra, tem
27 anos e duas filhas
pequenas, uma com 6 e
outra com 2 anos. “Isto é
tudo muito complicado. É
com tristeza que vejo isto
acabar assim. Já sabíamos
que a empresa não estava
bem, por causa da
insolvência, mas que ia
fechar assim não tínhamos
conhecimento. Isto foi tudo
de um dia para outro”,
lamenta.
A informação do admi-
nistrador judicial de que
haverá um comprador
interessado na TNC veio
abrir uma réstea de espe-
rança, mas os trabal-
hadores mantêm muitas
dúvidas. Carina sabe que,
no actual quadro económi-
co, encontrar um novo
emprego é muito complica-
d o .
Felizmente
a situação
do seu
c o m p a -
nheiro é
e s t á v e l ,
mas a pre-
o c u p a ç ã o
da família
é grande.
C a r l o s
Rodrigues,
de 28 anos,
trabalha na
TNC na
área de
informática
e também
foi comple-
t a m e n t e
surpreendi-
do com esta
s i t u a ç ã o .
“Não tenho
filhos, vivo
com os
meus pais. Só soube no fim
do dia de trabalho que, afi-
nal, ia tudo parar. Trabalho
aqui faz 5 anos. É sempre
complicado conseguir uma
nova colocação, só se con-
segue coisas temporárias e
a recibo verde”, reconhece,
conhecedor das dificul-
dades de muitos dos seus
colegas de curso. “Uma
empresa tão grande e com
tantos anos, é triste parar
assim. Acabamos por não
acreditar muito bem no
que se está a passar”, con-
clui.
Dois casos
em 126
José da Silva Martins (à direita),
presidente da comissão de trabal-
hadores está há 34 anos na TNC,
aqui acompanhado com outro com-
panheiro da Comissão de trabalhores
Reuniãohoje naCâmaraTrabalhadores da TNCforam anteontem rece-bidos pela presidente daCâmara de Vila Franca deXira. Hoje, nos Paços doConcelho, realiza-se umareunião entre represen-tantes dos trabalhadores ,sindicato, administradorjudicial e presidente daautarquia.
TODOS COM VOZ
“
04
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – Jorge Humberto PerdigotoTalixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865) e Vasco Antão (carteirade colaborador 895) Paginação - António Dias Colaboradores: Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial –Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares
O Melhor e o Pior da Quinzena
Editorial
O sacrifício
dos pequenos
Cinco dos concelhos acompanhados
pelo Voz Ribatejana defrontam-se, no
início do próximo ano lectivo, com o
fecho de mais 10 escolas primárias. Ao
mesmo tempo, a reforma administrativa
de que tanto se fala parece ameaçar
muitas das pequenas freguesias e até,
possivelmente, alguns dos pequenos
municípios da região. A presidente da
Câmara de Vila Franca de Xira já disse,
na quarta-feira, que nos seus 136 mil
habitantes o Município está perfeita-
mente salvaguardado, mas outros não
poderão dizer o mesmo.
Em tudo isto ressalta uma ideia:
números. Como se cada cidadão ou
cada comunidade não passassem cada
vez mais de meros números para as
estatísticas. Como se cada um não
tivesse o direito a poder optar entre o
stress da vida urbana ou a pacatez das
pequenas comunidades. Que essa é,
infelizmente, a tendência cada vez mais
prevalecente na chamada sociedade
moderna já todos percebemos. Os
grandes “núcleos” urbanos vão
crescendo desmesuradamente “sacrifi-
cando” os pequenos, os grandes grupos
económicos não hesitam em “destruir”
as pequenas empresas que ainda lhes
vão “roubando” pequenas migalhas do
mercado, a grande distribuição explora
os pequenos fornecedores que sabe que
tem nas mãos, a banca vai deixando as
micro e pequenas empresas cada vez
mais entregues a si próprias, etc., etc. O
próprio Estado, no meio de tudo isto,
parece ainda mais apostado em sacri-
ficar os parcos rendimentos da maioria
da sua população, mantendo benesses
para grupos restritos.
Esta política ou esta orientação, mais
ou menos organizada, não tem futuro.
Os centros das grandes cidades perdem
cada vez mais qualidade de vida, a
construção está em grande crise, os
centros comerciais da moda já tiveram
melhores dias e o “castelo de cartas”
em que tudo isto assenta já abana por
todos lados. O pior é que, entretanto, o
estrago maior já está feito, muitas das
pequenas empresas já ficaram pelo
caminho, o desemprego cresce todos os
dias, as terras abandonadas multipli-
cam-se, as casas por vender ou alugar e
os estabelecimentos em trespasse são
mais que muitos nas principais locali-
dades da região. O próprio País procura
um caminho que lhe permita sobreviver
enquanto tal porque, pequeno, foi das
primeiras vítimas do sistema.
Assim saibamos perceber ainda a
tempo que só com muita solidariedade
e espírito aberto à parceria e à ajuda
mútua poderemos travar este caminho e
encontrar alternativas que sirvam para
todos e não levem a que muitas escolas,
freguesias, municípios, empresas, paí-
ses e pessoas fiquem definitivamente
perdidos.
Jorge Talixa
Inquérito
Cachoeiras perde escola
e pode perder freguesia
Jaime Rocha, 58
anos
Nem sei quantos miúdos
andavam na escola. O
pessoal aqui também é
pouco, é tudo quase só
pessoas de idade,
poucos rapazes
pequenos há aí. Mas
diziam que a escola não
fechava e, agora, já
dizem que fecha. Vivo aqui
há 30 anos, mas não andei
nesta escola. O movimento das
crianças dá vida à terra. Mas eles
é que sabem, da maneira como isto está.
Não sei por que é que há pouca construção aqui, os transportes
também são poucos e a malta foge. Não há nada aqui que fazer, não
há empregos. Em relação à freguesia não sei como é que vai ser.
Acho que não se devia acabar com ela, criaram para aí tantas
cidades, tanta coisa nova e, afinal de contas, querem dar a volta a
isso tudo.
Numa altura em que muitagente se preocupa com o ambi-ente, foi criada uma nova ilha
ecológica. Mas, incompreen-sivelmente, alguém resolveu
deixar um saco de lixo,durante mais de 24 horas, à
porta do prédio.
voz ribatejana #17
O Melhor e Pior da Quinzena é desta vez assegurado pelo nosso amigo leitor Semílio Torres, que de Vialonga nos envia dois exemplos opostos. A
belíssima ideia de dar outra cor e outro aspecto à emblemática antiga Adega do Brioso e o desleixo dos que nem se preocupam em deitar o lixo na
ilha ecológica instalada para o efeito. Envie-nos também os seus alertas e a sua crítica, para que todos possamos contribuir para melhorar o ambi-
ente que nos rodeia.
A escola primária das Cachoeiras já não reabre no próximo ano lecti-
vo. Tinha 12 alunos inscritos, mas não resiste ao plano de encerramen-
to da maioria dos estabelecimentos com menos de 21 alunos. Na aldeia,
que é também sede da freguesia menos populosa do concelho de Vila
Franca de Xira, com cerca de 700 habitantes, a decisão não suscita
grandes protestos, mas motiva sobretudo tristeza por mais um passo
num caminho de perda que vai afectando os pequenos lugares da
região e do país. A extinção da freguesia é uma possibilidade que tam-
bém já se começa a desenhar e que leva os cachoeirenses inquiridos
pelo Voz Ribatejana a sublinharem que tem que haver bom senso e que
os números não se podem sobrepor sempre às pessoas.
Bernardino Pinto,
43 anos,
economista
Penso que na educação a concen-
tração dos alunos nas escolas é
inimiga da qualidade de ensino.
Embora se perceba que, no enquadramen-
to orçamental actual, seja necessário cortar
despesas, as pessoas têm que estar conscientes que o preço disso é a diminuição
da qualidade do ensino.
Viemos residir recentemente para as Cachoeiras, mas somos do concelho de Vila
Franca. Temos duas filhas em idade escolar, que ainda não entraram no ensino
primário. Poder-se-ia equacionar a questão desta escola, mas encerrando já não
se coloca. É mais uma perda. Medidas dessas só contribuem para uma certa
desertificação, embora normalmente haja também um sentido inverso das pe-
ssoas fugirem aos grandes centros. Agora, o saldo não sei dizer qual é.
Mas acho que não há nenhum critério pedagógico que justifique o encerramen-
to, é uma medida exclusivamente economicista. Se disserem que é económica,
percebo. Penso que seria possível um professor para todos os 12 alunos, man-
tendo a escola. Qualquer pessoa que tenha feito o percurso escolar e que tenha
estado em turmas de 30 alunos sabe que isso não é a solução ideal.
No âmbito da redução das freguesias, é natural que as Cachoeiras também sejam
afectadas. Uma vez mais é uma questão de qualidade de serviços versus despe-
sa. No caso da junta de freguesia, pessoalmente acho que nos faz serviços que
não será possível substituir com a extinção da freguesia. Somos pessoas que nos
podemos mover, a questão, melhor ou pior, será ultrapassada. Para as pessoas
mais idosas, com pouca mobilidade, antevejo que aquilo que o Estado poupa, a
sociedade vai gastar em dobro. Mas como estamos a falar de equilíbrio orça-
mental e não das pessoas!
Penso que as pessoas, nas Cachoeiras, ainda não estão despertas para essa rea-
lidade. Ou não ouviram falar ou não se aperceberam que as Cachoeiras, sendo a
freguesia mais pequena do concelho, serão, naturalmente, a primeira a ser extin-
ta. E mesmo que fosse a única, para mostrar que Vila Franca teria aderido ao
movimento de extinção das freguesias, inevitavelmente seria a primeira. Nesse
âmbito, a freguesia das Cachoeiras é quase uma inevitabilidade desaparecer.
Um edifício em ruína, a antiga AdegaRegional Brioso, foi transformado num belobilhete postal da vila de Vialonga. Graças ao
apoio da Junta de Freguesia e ao espíritoinovador do senhor Francisco Bordalo, foi
criado um painel agradável de se ver.
Cachoeiras e Quintas
ficam sem escolas
05A maioria dos leitores do blog do Voz Ribatejana
está contra o fecho de estabelecimentos com
menos de 21 alunos. Sessenta por cento dos 23
votantes não concorda com esta política de
fecho de escolas. Outros 21% concordam com
as decisões já tomadas nesse sentido por
Ministério da Educação e câmaras municipais e
17% não tem opinião formada sobre o assunto.
21%
sim
60% não
17% NS/NR
20 de Julho de 2011
Jorge Talixa
O novo ministro da Educação anun-
ciou uma reavaliação dos processos de
encerramento de escolas primárias
com menos de 21 alunos. De acordo
com as previsões da anterior equipa do
Ministério da Educação deveriam
fechar cerca de 660 escolas no início
do próximo ano lectivo. Para já, a
tutela confirma o fecho de 266 escolas
e a reavaliação de outras 400 situ-
ações. Entre os casos de encerramento
já confirmado estão os das primárias
das Cachoeiras e de Quintas e de mais
8 escolas nos concelhos de Alenquer e
de Azambuja.
A questão voltou a ser abordada na
última reunião camarária, com a
vereadora da CDU Ana Lídia Cardoso
a questionar se a posição do novo
Governo sobre o assunto vai alterar a
situação das escolas de Cachoeiras e
das Quintas. Maria da Luz Rosinha
observou que são casos que estão con-
cluídos e que estas duas escolas vão
mesmo encerrar. “São processos artic-
ulados com os professores, com os
agrupamentos e com as famílias. A
Escola das Quintas tinha 6 alunos
inscritos e a das Cachoeiras 12. Este
assunto está terminado da nossa parte
e os alunos serão encaminhados para
outras escolas e envolvidos em função
das pretensões dos pais”, afiançou a
presidente da Câmara.
A autarca do PS referiu que, num
primeiro momento, foi anunciado que
o ministro tinha suspendido os proces-
sos de encerramento e, mais tarde, que
seriam reavaliados. Ao mesmo tempo,
a Associação Nacional de Municípios
esclareceu que será favorável ao
encerramento de escolas com menos
de 20 alunos, mas que isso só deverá
acontecer com parecer favorável das
autarquias e com alternativas ade-
quadas para a colocação dos alunos.
O concelho de Alenquer vai ter menos quatro escolas, já no
próximo ano lectivo. Segundo Pedro Folgado, responsável
pela área da educação do Município alenquerense, que cita
uma informação da Direcção Regional de Educação de
Lisboa e Vale do Tejo, irão encerrar as escolas básicas do 1º.
ciclo do Bairro, Azedia, Lapaduços e Camarnal .
Ao todo serão deslocados 52 alunos, sendo que 17 chegam da
escola do Bairro, 9 da Azedia, 9 de Lapaduços e 17 da escola
do Camarnal. Todavia, a autarquia espera que as escolas da
Paúla e do Pereiro de Palhacana permaneçam abertas mais
este ano lectivo.
Segundo Pedro Folgado, a edilidade pediu, a título excep-
cional, que ambas as escolas permanecessem em funciona-
mento, o que “se encontra em análise por parte da
DRELVT”. Em causa está o facto de não haver lugar nas
futuras escolas de acolhimento, que serão “em Cabanas de
Torres e Ribafria, respectivamente”.
Todavia, nem todos os pedidos da autarquia foram atendi-
dos, Pedro Folgado destaca que a câmara terá pedido em
igualdade de circunstâncias a permanência da escola do
Camarnal, mas esta “não foi aceite porhaver lugarna esco-
la de acolhimento”.
Segundo o responsável, estas mudanças terão um acréscimo
nos custos da Câmara, nomeadamente ao nível dos trans-
portes. Aautarquia deverá assegurar, assim, o transporte das
crianças entre os locais de residência e as novas escolas de
acolhimento.
Quanto ao encerramento destes estabelecimentos com
poucos alunos, “o executivo considera que, pedagogica-
mente, é preferível que estes alunos sejam integrados em tur-
mas do mesmo ano escolarem escolas com dimensão superi-
or àquelas em que estão actualmente”, frisando que terão
acesso simultâneo a outras mais-valias, “nomeadamente,
refeições, tecnologias da informação e comunicação e pos-
sam, ainda, diversificar a sua socialização com meninos da
mesma idade”. Quanto ao novo Centro Escolar do
Carregado, este será inaugurado em Setembro e vai acolher
no máximo 584 alunos. O novo edifício terá a valência de
Jardim-de-Infância e Escola Básica de 1º Ciclo. Quanto aos
edifícios que ficarão desocupados, Pedro Folgado refere que
“existem vários pedidos para esses edifícios”, mas adianta
que “a Câmara Municipal ainda não deliberou sobre esta
matéria”.
Miguel António Rodrigues
Mesmo com reavaliação do governo em cima da mesa,
sobre o encerramento das escolas com menos de 21 alunos,
as quatro escolas do concelho de Azambuja com encerra-
mento previsto vão mesmo fechar, conforme já tinha sido
noticiado pelo Voz Ribatejana.
Estão em causa as escolas dos casais de Baixo e dos Britos,
na freguesia de Azambuja, e as de Casais da Lagoa e Aveiras
de Baixo, esta última na sede de freguesia. Pese embora o
facto de ter existido alguma esperança dos autarcas em que
o processo fosse suspenso, o que é certo é que as ordens
dadas pelo anterior governo foram seguidas pelo Ministério,
agora na esfera de Nuno Crato.
A freguesia de Aveiras de Baixo vai ficar agora sem nenhu-
ma escola e os alunos serão transferidos para o novo Centro
Escolar de Azambuja, com abertura prevista para Setembro
próximo. Para trás fica a polémica levantada pelos encar-
regados de educação dos Casais da Lagoa que discordavam
da intenção da câmara de construir o novo centro escolar na
sede de freguesia, ou seja Aveiras de Baixo. Os populares
reclamavam aquilo que diziam ser uma promessa do PS em
campanha eleitoral, só que o impasse criado, segundo o
presidente da câmara, veio atrasar o processo. Nesse meio
tempo entrou em vigor numa nova legislação que impossi-
bilitou o avanço dos centros escolares de Aveiras de Baixo e
Vale do Paraíso.
Recentemente ficaram também comprometidos os centros
escolares de Aveiras de Cima e Vila Nova da Rainha. Estas
duas obras vão ter de esperar devido à recusa do visto por
parte do Tribunal de Contas. O parecer desta entidade é
necessário para as obras avançarem.
Joaquim Ramos, presidente da câmara de Azambuja, pre-
cisou que nenhuma autarquia conseguiu o visto do Tribunal
de Contas nestes processos, incluindo Azambuja, embora os
projectos apresentados fossem dados como urgentes, o
Tribunal de Contas assim não entendeu e, por isso, a
Associação Nacional de Municípios já contestou estes
"chumbos". Em Assembleia Municipal, o edil esclareceu
que o processo vai voltar agora à estaca zero.
Quatro fechos em Alenquer
Como se previa, as escolas primárias de Cachoeiras e das Quintas
vão mesmo fechar. Na região são mais 10 escolas que vã encerrar, nos
concelhos de Vila Franca, Alenquer e Azambuja.
Em Azambuja também fecham 4
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06
Jorge Talixa
O julgamento de um idoso de
75 anos acusado de ter dispara-
do um tiro de caçadeira que,
em Agosto do ano passado, no
Sobralinho, vitimou um seu
filho de 41 anos, prosseguiu,
na quinta-feira, com a audição
das últimas testemunhas e as
alegações finais. A leitura do
acórdão ficou marcada para a
próxima sexta-feira.
Sandra Pinto, psicóloga clíni-
ca, admitiu que o arguido, Luís
Espalha, sofre de depressão
severa e que lhe contou que
tinha sido agredido pelo filho
momentos antes do disparo.
“Diz que vinha a descer as
escadas, tropeçou e deu-se o
disparo”, contou a psicóloga,
frisando que Luís Espalha
manifesta um desgosto grande
por ter perdido o filho e que,
dos 4 filhos que teve, 3 já fale-
ceram. A vizinha Elisabete
Ramalhete garante que nunca
viu o idoso tratar mal ninguém
e que não o considera alcoóli-
co. Já Maria, irmã do arguido,
explicou que Luís Espalha
sempre ajudou muito os filhos
e tinha algum desgosto pelas
companhias com que o filho
Luís andava.
Nas alegações finais, o procu-
rador da república lembrou o
trajecto do tiro no corpo da
vítima, considerando que não
poderá ser explicado por um
disparo acidental. “Nada está
de acordo com o esforço que a
defesa tem feito para demon-
strar que foi um acidente.
Todas as provas apontam para
um homicídio voluntário”,
vincou o magistrado do
Ministério Público, con-
siderando que foram reunidas
provas suficientes para que
Luís Espalha seja condenado
por homicídio qualificado
(moldura penal de 12 a 25 anos
de cadeia).
Os advogados que representam
a filha e a mãe da vítima sub-
screveram a posição do
Ministério Público e pediram a
condenação de Luís Espalha
também de indemnizações a
estes familiares. Já o advogado
de defesa do idoso realçou os
problemas cognitivos de Luís
Espalha e frisou que a princi-
pal testemunha também reco-
nheceu que pai e filho
brigaram. “Tudo isto entrou
num clima de exaltação e
naquele ritmo pode muito bem
ter havido um desequilíbrio do
arguido. O relatório da autó-
psia não demonstra que o tiro
foi disparado com consciência
plena. Era uma questão de um
pai que quer o melhor para o
seu filho”, salientou o causídi-
co, considerando que, na dúvi-
da, o arguido deve beneficiar
de todas as atenuantes.
Mulher de 85
anos morre
carbonizada
Maria de Carvalho, idosa de 85 anos
que vivia no Casal Ventoso de Cima,
próximo de A-dos-Melros, no interi-
or da freguesia de Alverca, morreu
na quinta-feira, vítima de um incên-
dio que consumiu parte da
habitação isolada em que residia. O
fogo terá ocorrido na noite de quar-
ta para quinta-feira e foi já na
manhã seguinte que um filho encon-
trou a casa incendiada e o corpo da
mãe carbonizado.
O incêndio parece ter tido início na
sala, mas o corpo da idosa foi encon-
trado na cozinha, para onde se terá
arrastado. A casa, situada no alto da
serra e sem vizinhos próximos, ficou
parcialmente destruída e parte do
telhado ruiu. A habitação não tinha
electricidade, nem abastecimento de
água e as autoridades inclinam-se
para a possibilidade de o incêndio
ter sido motivado por algum can-
deeiro a petróleo ou vela acesa.
Antigos gerentes de um lar de
idosos que funcionou no Casal da
Tapadinha, arredores de Arruda dos
Vinhos, foram condenados, na quin-
ta-feira, a 4 anos e seis meses de
prisão pela prática de um crime de
burla qualificada. O colectivo de
juízes decidiu suspender a execução
da pena por igual período, con-
siderando que os arguidos não têm
antecedentes criminais e possuem
uma boa inserção social, mas vão
ficar obrigados a devolver 57 235
euros a um idoso que ali esteve
internado, porque o tribunal julgou
provado que se apropriaram indevi-
damente desta quantia entre 2004 e
2006.
Depois de algumas queixas de
maus-tratos feitas pelo idoso, uma
sobrinha retirou-o da instituição em
2007 e apresentaram queixa dos
responsáveis do lar. Estes alegaram
sempre que os valores de 14
cheques assinados pelo idoso
estavam relacionados com despesas
complementares de saúde e com
doações que Abílio Antunes teria
feito ao lar, mas o colectivo não
aceitou esta versão e condenou os
antigos gerentes, uma técnica de
serviço social e o homem com quem
estava então casada.
Segundo o acórdão, Abílio Antunes
sofreu um AVC em Novembro de
2003. Vivia só e sem contactos
próximos com familiares. Como
necessitava de cuidados de terceiros
procurou, em Março de 2004, o
internamento neste lar, onde per-
maneceu até Junho de 2007. “Ficou
acordado entre Abílio e os arguidos
que pagaria uma mensalidade de
870 euros, incluindo todos os cuida-
dos e tratamentos que lhe fossem
ministrados”, prosseguem os juízes,
frisando que tal mensalidade seria
suportada com o valor da reforma
do idoso (354 euros) e com uma
comparticipação da Segurança
Social. O colectivo considerou,
também, provado que os arguidos
souberam que Abílio tinha uma
conta bancária e “engendraram um
plano com vista a apoderarem-se
das quantias que Abílio mantinha na
Caixa Geral de Depósitos, aprovei-
tando o estado de debilidade e
doença do mesmo”.
Segundo o acórdão, o idoso passou
a ser abordado periodicamente para
assinar cheques, argumentando os
arguidos que seriam para pagar ou-
tras despesas médicas. Só que uma
sobrinha de Abílio soube, entretan-
to, da situação do tio, visitou-o
várias vezes e resolveram que deve-
ria sair do lar. Gracinda Antunes
explicou, em tribunal, que nunca
viu a caderneta da CGD, mas que
foi com o tio ao banco, pediram
extractos e verificaram levantamen-
tos invulgares. “Ele nunca deu din-
heiro a ninguém”, observou, con-
siderando pouco provável que o tio
tivesse doado dinheiro ao lar.
Nas alegações finais, a advogada de
defesa observou que os lares não
podem suportar despesas extra e
relacionadas com medicamentos,
considerando que as verbas levan-
tadas dizem respeito a essas despe-
sas e a doações do idoso. “Há uma
diferença de 24 659 euros que aqui
foi justificada pela arguida com a
doação que o arguido fez”. Mas a
advogada de Abílio sublinhou que
“um lar não é um resort” e que os 14
levantamentos foram indevidos.
“Acharam que era uma pessoa só,
como há muitas nos nossos lares e
abusaram”, rematou.
Já o acórdão sublinha que os argui-
dos “quiseram e conseguiram con-
vencer Abílio a entregar-lhes já
assinados um conjunto de cheques
da sua conta, entregas feitas no
falso convencimento de que se des-
tinavam ao pagamento dos trata-
mentos de que beneficiava, bem
sabendo os arguidos que tais paga-
mentos eram injustos e indevidos”.
E acrescenta que sabiam, assim, que
“deixavam Abílio espoliado das
suas poupanças”. Foram, por isso,
condenados pela prática, em co-
autoria, de um crime de burla quali-
ficada.
Homicídio do Sobralinho
dá versões desencontradasO Ministério Publico pede a condenação de Luís Espalha pelo
homicídio do seu filho Luís Manuel. O advogado de defesa
garante que tudo não passou de um acidente.
Antigos gerentes de lar
condenados por burlar idoso
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07
Benavente
“Gostei imensode ver o referido
campino, também ofotografei. Só não sabia
que era brasileiro”
“É sempre muitobom ver os nossos
campinos imponentes emcima do cavalo, melhor
que muitos cavaleiros nascorridas”
Jorge Talixa
Um desenhador projectista de
39 anos foi condenado, na
quinta-feira, no Tribunal de
Benavente, à pena máxima pre-
vista na Lei portuguesa de 25
anos de cadeia, pela prática de
um crime de homicídio qualifi-
cado sobre o seu próprio pai e
de um crime de tentativa de
homicídio da mãe. O colectivo
de juízas que julgou o caso
ocorrido na Rua Quebrada de
Água, em Glória do Ribatejo,
no concelho de Salvaterra de
Magos, realçou “a forma vio-
lentíssima” como o arguido
agrediu os seus pais e o facto
de não ter manifestado qual-
quer arrependimento.
Arsénio Dias vivia com os pais
e não contribuía para as despe-
sas da casa, mas eram conheci-
dos os problemas de relaciona-
mento no seio da família, por
vezes motivados pelo consumo
de álcool. O arguido disse, na
primeira sessão do julgamento,
que apresentara várias queixas
contra o pai, João, de 59 anos,
trabalhador da fábrica de ele-
vadores Fortis (Alverca), por
alegadas agressões que este lhe
infligia. Mas o procurador
responsável pelo caso salientou
que o registo que há é de 14
queixas dos pais contra o filho
por agressões deste.
Certo é que ao princípio da
noite de 20 de Outubro passa-
do, pai e filho voltaram a
desentender-se, segundo o tri-
bunal porque Arsénio, suposta-
mente alcoolizado, terá
ameaçado que cortava o
pescoço ao pai enquanto este
jantava. Saíram de casa e
envolveram-se em luta.
Arsénio disse, em tribunal, que
fora o pai que iniciara a dis-
cussão depois de o obrigar a
desligar o computador. O
colectivo presidido por Raquel
Costa deu mais credibilidade
ao relato da mãe, Quitéria
Coutinho, que garantiu que a
zanga começou pelas ameaças
do filho. Já no exterior, o pai
acabou por cair na sequência
de um soco do filho e, segundo
a autópsia, morreu por asfixia
originada por compressão do
pescoço, apresentava o crânio
parcialmente esmagado, três
costelas fracturadas e sangue
nos pulmões, entre outras
lesões. O arguido garantiu que
depois do pai ter caído não
voltou a tocar-lhe e sugeriu que
João poderia ter batido com a
cabeça numa pedra.
O acórdão, baseando-se na
autópsia e no relato da mãe,
considera provado que, depois
de João ter tomado no chão,
Arsénio “saltou um número
não concretamente apurado de
vezes com ambos os pés em
cima do tronco e da cabeça do
pai” e ter-lhe-á dado vários
pontapés, originando lesões
que causaram a morte.
Entretanto, a mãe gritava por
socorro e foi empurrada por
Arsénio para dentro de uma
vala, perdendo momentanea-
mente a consciência. Quando
recuperou os sentidos dirigiu-
se ao filho e disse-lhe: “Já
mataste o teu pai!”. Relatou a
mãe e o tribunal considerou
provado que Arsénio reagiu,
dizendo ”agora vais tu” e
voltando a agredir a mãe.
Entretanto aproximaram-se
vizinhos e Arsénio afastou-se,
entregando-se mais tarde à
GNR. Quitéria disse, na
primeira audiência, que até aos
17 anos Arsénio foi um bom
filho, mas depois começou a
ser de tal modo violento que os
pais admitiam que tivesse
algum problema cerebral.
Alertaram sucessivas vezes a
GNR e a Delegação de Saúde,
mas disseram-lhes sempre que
não os podiam ajudar.
O colectivo que julgou o caso
considerou não provado que,
naquele dia, Arsénio tenha
encostado a lâmina da navalha
ao pescoço do pai. Baseou a
sua decisão no relato de
Quitéria e nas lesões detec-
tadas no pai e na mãe
Tendo em conta o comporta-
mento “particularmente cen-
surável” do arguido e a violên-
cia que utilizou para com os
seus progenitores, quando
“apesar de ser homem já com
idade para se autonomizar
vivia em casa destes e por estes
era sustentado”, o tribunal con-
denou Arsénio Dias a 22 anos
de prisão pelo homicídio do pai
e a mais 5 anos pela tentativa
de homicídio da mãe. Contra o
arguido, o acórdão aponta
ainda a “inexistência total de
motivações” para o que fez e “a
crueldade demonstrada nos
seus actos”.
Aplicadas as regras do cúmulo
jurídico foi-lhe fixada uma
pena única de 25 anos de
cadeia. O arguido foi, ainda,
condenado a pagar uma inde-
mnização de 120 mil euros à
mãe.
Detidos suspeitos de
dezenas de roubos a
adolescentes
Três jovens, com idades entre os 17 e os 19 anos, suspeitos
de envolvimento em mais de 50 roubos a adolescentes,
foram detidos, na quarta-feira, pela Divisão de Policial de
Vila Franca de Xira e vão aguardar julgamento em prisão
preventiva, por decisão tomada do tribunal local. Segundo
a PSP, os roubos eram efectuados sob ameaça de armas
brancas e, por vezes, com agressões. As vítimas, adoles-
centes que se deslocavam sozinhos em várias localidades
do concelho de Vila Franca de Xira, ficavam sem artigos
pessoais como telemóveis, fios e pulseiras em ouro e ou-
tros objectos.
A investigação decorria já há dois meses, depois de diver-
sas denúncias de casos de roubo deste género e, de acordo
com a Divisão Policial, estes três detidos estão “conotados
com várias dezenas de roubos” e já foram reconhecidos
presencialmente por algumas das vítimas.
Idoso de Alverca
condenado por
abuso de menor
Um idoso residente em Alverca foi, na semana
passada, condenado a 1 ano e seis meses de prisão
com pena declarada suspensa por igual período. O
tribunal julgou provado que em Maio de 2010, o
homem pegou numa menor ao colo, deu-lhe um
beijo na boca e acariciou-a na zona da vagina.
Segundo o acórdão, os factos deram-se frente à
residência da avó da menor, que pediu ao homem
para não praticar aqueles actos.
O crime de abuso sexual de menor tem uma
moldura penal de 1 a 8 anos de cadeia e o idoso
foi, assim, condenado a 1 ano e seis meses. O tri-
bunal teve em conta que o arguido não tem
antecedentes criminais e, se não praticar qualquer
outro crime nos próximos 18 meses, não chegará a
cumprir pena de prisão.
Pena máxima para desenhador que
matou o pai e agrediu a mãeO Tribunal de Benavente condenou um desenhador proje-
ctista a 25 anos de cadeia, considerando provado que espan-
cou o pai até à morte e que também agrediu a sua mãe. O
arguido alegou que o pai e os tios também o agrediam e que
naquela noite o pai teria batido com a cabeça numa pedra,
mas a mãe diz que o filho se tornou violento a partir dos 17
anos e que naquele dia saltou sucessivamente a pés juntos
sobre o corpo do pai.
“Para mim o auge dafesta são os campinos, adorovê-los, não perco a cerimónia
da deposição da coroa de floresno monumento ao campino,nem a entrega do Pampilho”
“A Festa Bravaé para quem gosta,
não é só para os Vila-franquenses”
Nove detidos
na A 1O Destacamento de Trânsito do Carregado deteve, na madrugada do
dia 14, nove indivíduos no âmbito de uma operãção de fiscalização
rodoviária na auto-estrada do Norte.
Desta operação, segundo uma nota da GNR, que levou ao corte total
da circulação, resultou a detenção de nove indivíduos, "quatro por
posse de estupefacientes, quatro por furto de viatura e uma por falsifi-
cação de notação técnica".
A acção da GNR levou ainda à apreensão de diverso material "nor-
malmente utilizado em acções criminosas". Levou, ainda, à descoberta
e aprensão de vários estupefacientes, nomeadamente "haxixe, cocaína,
pólen de haxixe, anfetaminas e liamba" e ainda diverso material con-
trafeito, "vestuário e calçado no valor de 2900 euros", segundo a
mesma nota.
13
OLHO VIVO
“
Desafios à
presidente
Com criatividade, tam-
bém todas as formas cor-
rectas são possíveis e
aceitáveis para passar men-
sagens políticas. É o caso
do PCP de Vialonga, que
mantém a pressão sobre a
presidente da Câmara de Vila
Franca, exigindo obras na
urbanização da Flamenga. Um
caso “bicudo” que, devagar, lá
vai ganhando forma, com os
arranjos exteriores de uma das
maiores urbanizações do conce-
lho.
O mistério
da “Cavalo”
do Carregado
A Vala do Carregado é uma terra antiga e com
marcos importantes na história da região asso-
ciados à introdução dos comboios, mas tam-
bém à vivência ligada ao Tejo. Tradições
equestres na Vala do Carregado é que ainda não
conhecíamos, mas alguém com um sentido de
humor algo misterioso resolveu rebaptizar a terra
e, para surpresa de muitos, lá aparece a placa que
encaminha para “Cavalo do Carregado”. Será
algum novo centro equestre ou algum estabeleci-
mento comercial a precisar de publicidade!?
Benavente
consegue
juntar CDS e Bloco de
Esquerda
Estas coisas da política por vezes fornecem surpresas. Noutros pata-
mares da política à portuguesa, esta proximidade seria quase impossív-
el, mas, na Assembleia Municipal de Benavente, CDS-PP e Bloco de
Esquerda partilham pacificamente a primeira fila da bancada.
Margarida Netto, pelos centristas, e Helder Agapito, pelo Bloco, lá
vão desempenhando a sua tarefa sem desavenças que se vejam.
Acordo ortográfico
introduzido à força
O famoso acordo ortográfico que progressivamente nos vai
“obrigando” a alterar a grafia do português de Portugal é
contestado por muitos e ainda vai continuar a dar muito que
falar. Mas como País cosmopolita que se preza, Portugal acolhe da
melhor maneira comunidades com as mais variadas origens. É o caso
dos nossos amigos brasileiros que, mal ou bem, lá vão adaptando o
português, como aconteceu no caso deste estabelecimento vila-fran-
quense. Assim, com criatividade e compreensão, “esta-mos” todos
bem.
Parquímetros
“disfarçados”
em Arruda
O largo situado junto ao jardim de
Arruda dos Vinhos, mesmo em frente
da Farmácia da Misericórdia, dispõe,
desde o início de Julho, de um sistema
de parquímetros. Para satisfação de uns
e desagrado de outros, um espaço nor-
malmente cheio de viaturas cumpre,
agora, a sua função de rotatividade,
permitindo o estacionamento tem-
porário dos que frequentam o comércio
e os serviços da zona. Curioso foi veri-
ficar a forma como a Câmara arrudense
“disfarçou”, durante alguns dias, a
colocação dos parquímetros, até que
entrassem efectivamente em funciona-
mento. Para tudo é preciso engenho.
08
Jorge Talixa
Desenvolver uma escola de excelência e de
referência e dar passos para a melhoria das insta-
lações e das condições de ensino, são alguns dos
principais objectivos da direcção do novo
Agrupamento de Escolas Alves Redol (AEAR),
que tomou posse, no passado dia 30, em Vila
Franca de Xira. Composto por seis escolas, que
vão do pré-escolar ao secundário, o
Agrupamento Alves Redol envolve 1900 alunos
e 270 profissionais de ensino e, segundo o seu
director, Teodoro Roque, é também o agrupa-
mento com mais completa oferta de ensino na
região, uma vez que possui também um Centro
de Novas Oportunidades e aulas e regime no-
cturno.
“Defendo que devemos partilhar com as famílias
a responsabilidade pela educação das nossas cri-
anças e dos nossos jovens. Cada criança e cada
jovem tem, no nosso agrupamento, respostas
educativas adequadas”, frisou Teodoro Roque,
que já exerceu anteriormente funções de presi-
dente do conselho executivo da Secundária
Alves Redol. “Somos o agrupamento com a
mais completa oferta e também com escolas
mais antigas do concelho. Este importante
património tem que ser valorizado”, prosseguiu,
salientando que uma das principais preocu-
pações dos responsáveis pelo AEAR é a necessi-
dade de “pensar rapidamente” na remodelação
da Escola Alves Redol e da Escola do 1º. Ciclo
de Povos.
Depois, Teodoro Roque acha que, a integração
da Escola Vasco Moniz torna o AEAR “mais
completo” mas que, a partir daqui, o agrupamen-
to atingiu a dimensão do “território educativo
adequado” e não deve crescer mais. Por isso,
está já definido que o 3º. ciclo fixa-se definitiva-
mente na Alves Redol, que lecciona do 7º. ao
12º. ano e que a Vasco Moniz fica com os alunos
do 1º. ao 6º. Ano. Ao mesmo tempo, o agrupa-
mento gere, ainda, os jardins-de-infância João de
Deus (junto ao hospital) e de Povos e as
Primárias (1º. Ciclo) Álvaro Guerra e de Povos.
Com a mudança de 7 turmas do 1º. Ciclo da
Álvaro Guerra para um novo bloco construído
na Vasco Moniz (ver Voz Ribatejana de 6 de
Julho), o AEAR passa a ter todas as suas turmas
em horário normal.
“Precisamos de aprofundar trabalho e de
arregaçar as mangas para o muito trabalho que
se avizinha”, avisou, revelando que outro dos
objectivos já traçados é o de arrancar, no início
do próximo ano lectivo, com um mecanismo de
apoio à família, em que as escolas do 1º. Ciclo e
os jardins-de-infância do agrupamento vão fun-
cionar em horário alargado, o que significa que
os pais podem deixar as crianças a partir das
8h00 e que haverá actividades, sempre que se
justifique, até às 18h30.
Na abertura da sessão, Madalena Ferreira,
responsável pelo conselho geral do agrupamen-
to, deu também posse aos restantes elementos da
direcção que vão gerir o agrupamento no
quadriénio 2011/2015. Filipe Ferreira, represen-
tante da Direcção-Regional de Educação de
Lisboa e Vale do Tejo, salientou que correu
muito bem o processo de agregação da escola
secundária com o agrupamento e que este forma-
to, com escolas do pré-escolar ao secundário,
“vai permitir melhorar as condições de todos os
alunos”.
Já Fernando Paulo Ferreira, vereador com o
pelouro da educação na Câmara de Vila Franca,
observou que a criação deste agrupamento
“constitui uma excelente oportunidade para a
cidade de Vila Franca”, que já tinha também o
Agrupamento Sousa Martins/Reynaldo dos
Santos. “Creio que este ano lectivo que aí vem
vai constituir um momento importante com a
passagem de um número importante de turmas
para o horário normal. Uma perspectiva que per-
mite novas respostas, nomeadamente de ATL e o
funcionamento das AEC (actividades extra-cu-
rriculares), salientou, considerando que estes
agrupamentos vão num caminho de estabiliza-
ção das suas funções.
Alves Redol e Escola de Povos precisam
de obras de remodelaçãoA criação de condições para que todas as turmas do 1º. ciclo funcionem em regime normal e a
necessidade de planear obras de remodelação da Alves Redol e da primária de Povos são algu-
mas das preocupações prioritárias da direcção do novo Agrupamento Alves Redol.
voz ribatejana #17EDUCAÇÃO
“
Escola sem obras
preocupa
Ao contrário do que chegou a ser referido pela própria
Parque Escolar ao Voz Ribatejana, afinal a Escola Alves
Redol acabou por não ser incluída nos planos de renovação
dos estabelecimentos de ensino secundário desenvolvidos
por esta empresa pública. Tratando-se, nesta altura, depois da
renovação que beneficiou a Reynaldo dos Santos, da escola
secundária mais antiga do concelho de Vila Franca (inaugurada há 26
anos), as condições dos edifícios e a falta de alguns equipamentos começam a preocupar.
“O meu pensamento é que esta escola, que aqui já está desde 1985, começa a entrar numa
fase crítica, porque não tem sido possível fazer investimentos de fundo e essas intervenções
só são, de facto, possíveis de se realizar se forem feitas pela tutela e não pela escola, que não
tem possibilidades de o fazer”, sustenta Teodoro Roque, frisando que, não tendo sido essa
renovação contemplada pela Parque Escolar, é importante e urgente que o problema seja
encarado directamente pela Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo
(DRELVT). O director do Agrupamento colocou a questão em recente reunião na
DRELVT, referindo que lhe compete dar conhecimento da situação e à DRELVT equa-
cionar quais as formas disponíveis para intervir, de modo a que não se atinja uma situação
complicada em termos de instalações da escola.
“Precisamos de uma intervenção de requalificação. Não consigo quantificar os valores que
estarão envolvidos. O que desejo é que todas as escolas cheguem a esse patamar de excelên-
cia. Mas não gostaria que a minha, que é a mais antiga, não fosse contemplada”, vincou,
salientando que as condições gerais das Alves Redol são boas, mas que é preciso reabilitar
as instalações.
A Câmara de Vila Franca de Xira aprovou,
no final de Junho, seis propostas de apoio a
alunos e escolas no próximo ano lectivo. No
total, a autarquia prevê distribuir cerca de
220 mil euros, dos quais cerca de 80 mil
destinam-se a apoiar famílias carenciadas,
no âmbito da chamada Acção Social Escolar
(ASE), na
aquisição de
livros, material
escolar e partici-
pação em visitas
de estudo.
S e g u n d o
Fernando Paulo
Ferreira, o
número de
famílias abrangi-
das pela ASE tem
vindo a aumentar.
“Cerca de 30%
dos alunos do pré-
escolar e do 1º.
ciclo são alunos
com alguma dose
de carência e aos quais a Câmara subsidia a
aquisição de manuais e de material escolar e
a participação em visitas de estudo”, vincou
o autarca socialista, explicando que, dos
7000 alunos destes dois níveis de ensino,
cerca de 1400 têm apoio a 100 por cento
(escalão A) e 860 têm apoio a 50% (escalão
B).
No que diz respeito à alimentação, a edili-
dade serve cerca de 4000 refeições diárias
aos alunos do pré-escolar e do 1º. Ciclo. Já
no que concerne ao apoio ao funcionamento
das escolas e a actividades dos agrupamen-
tos, a Câmara assume uma contribuição
total da ordem dos 140 mil euros, calculada
tendo por base o
número de alunos
que frequentou esses
estabelecimentos de
ensino em 2010/2011
e correspondendo a
20 euros por aluno.
Este subsídio desti-
na-se a aquisição de
materiais pedagógi-
cos (jogos, puzzles,
pincéis, tesouras,
etc.); actividades pre-
vistas em planos de
a c t i v i d a d e s ;
aquisição de material
de higiene (sabonete
líquido, toalhetes de
mãos, desinfectantes) e despesas com mate-
riais de limpeza.
Fernando Paulo Ferreira acrescentou que
haverá novamente protocolos com agrupa-
mentos para as actividades de enriqueci-
mento curricular e, no último ano lectivo, a
taxa de adesão às AEC rondou os 77 por
cento.
Câmara apoia 30%
dos alunos
Nova direcção do Agrupamento
tomou posse em Vila Franca
Fernando Paulo Ferreira
09Os
Serões de Verão trazem
animação a Benavente. No sába-
do, 23, há um arraial popular com o
grupo “Pão com Manteiga”, na
Urbanização dos Curralinhos e Porto Belo.
Dia 29 haverá concerto da banda da SFUS,
no coreto do Jardim João Fernandes Pratas
e animação com Bruno Padre Santo. No
dia 5, o Bairro da Esteveira acolhe
um arraial popular com Jorge
Paulo e Susana.
20 de Julho de 2011
Jorge Talixa
A demora no entendimento
entre a Câmara e a Junta de
Freguesia de Vila Franca de
Xira tem feito com que o par-
que de estacionamento que a
Refer construiu entre a linha-
férrea e a Jardim Municipal
Constantino Palha permaneça
fechado e sem qualquer utili-
dade há quase um ano. A
empresa ferroviária aceitou
transferir a gestão do espaço
para as autarquias locais,
assim como do parque exis-
tente do outro lado da linha,
onde actualmente param os
táxis e para onde está previsto
o novo terminal de autocarros,
que ninguém sabe ainda muito
bem quando e como é que vai
ser feito.
Certo é que numa cidade onde
o estacionamento escasseia e é
claramente uma das maiores
dores de cabeça para quem ali
circula, não se percebe muito
bem que os 70 lugares deste
novo parque permaneçam de
acesso vedado com uma co-
rrente e sem qualquer utiliza-
ção. Aurélio Marques,
vereador da CDU, quis saber o
que se passa em recente
reunião camarária. “Já foi dito
que seria aberto aos utentes em
Janeiro, foi-nos apresentado
um protocolo-tipo entre a
Câmara e a Refer. Estamos em
Julho, deve haver razões
plausíveis para aquele parque
continuar fechado”, questio-
nou.
Maria da Luz Rosinha
reconhece “desperdício”
Maria da Luz Rosinha expli-
cou que tem abordado regular-
mente o assunto com o presi-
dente da Junta de Freguesia.
“É um assunto que está dire-
ctamente ligado com a Junta e
ficaram eles de nos dar respos-
ta em relação a uma ou duas
questões que estavam pen-
dentes”, sustentou a presidente
da Câmara vila-franquense,
que admite que “é um des-
perdício” não ter ainda em fun-
cionamento aquele parque.
“Ainda não se terá acertado o
valor a pagar, mas quando há
tanta falta de estacionamento,
ter ali 70 lugares sem utiliza-
ção não faz sentido”,
prosseguiu a edil, reconhecen-
do que há também questões
ligadas ao acesso ao parque
que estão por resolver. Certo é
que a Refer investiu no arranjo
daquela área, ligando-a tam-
bém ao acesso à passagem
pedonal superior e concordou
em cedê-lo às autarquias
locais, com a condição de que
o seu uso viesse a ter algum
pagamento dos utentes.
José Fidalgo, presidente da
Junta de Vila Franca de Xira,
sublinha, por seu lado, que
nunca a Junta teve negociações
directas com a Refer sobre este
assunto, que foram feitas sem-
pre pela Câmara, que estabele-
ceu o protocolo com a empresa
ferroviária. “A Junta esteve
sempre disponível para con-
versar com a Câmara. Mas há
uma série de questões em aber-
to. Logo que as ajustemos e
esteja garantido o interesse da
freguesia, com todo o gosto
faremos a gestão daquele par-
que, que não está independente
do terminal”, vincou o autarca
vila-franquense, salientando
que há várias questões a
resolver, de-signadamente o
valor a cobrar aos utentes, o
acesso demasiado estreito ao
parque e a prio-ridade a dar
aos passageiros dos comboios
na utilização desse parque. “É,
de facto, um acesso muito
estreito, é importante garantir
uma boa ligação com o parque
da UDV”, refere José Fidalgo,
frisando que tudo isto deverá
estar também arti-culado com
o novo terminal que se pre-
tende fazer do outro lado da
linha, junto à Igreja Maná.
Com a perspectiva de remode-
lação do Vilafranca Centro
para instalação de serviços
camarários e de demolição do
terminal de autocarros ali exis-
tente, tudo aponta para a
construção de um novo termi-
nal no parque construído pela
Refer entre a linha, a estação e
a Igreja Maná. Mas o processo
tarda em avançar.
“Há uma intenção manifestada
pela Câmara e com disponibi-
lidade da Junta para vir a
aceitar, desde que estejam sat-
isfeitas determinadas
condições. Se estiver sob a
nossa gestão, fazemos com
todo o gosto”, concluiu o
autarca do PS.
As filas de trânsito que se formam na Estrada
Nacional 10 (EN 10) junto a Alhandra e o
entroncamento com a EN 248-3, que segue em
direcção a São João dos Montes, estão a gerar
preocupação, com a CDU a lembrar que o exe-
cutivo camarário PS prometeu estudar uma
solução para que a circulação se fizesse com
maior fluidez. Alberto Mesquita, vice-presi-
dente da edilidade, garante que o estudo existe
e que é só uma questão da Câmara decidir
avançar para sua execução.
O assunto foi colocado pelo vereador
Bernardino Lima na recente sessão camarária
realizada no salão da CURPIFA (Comissão
Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos
da Freguesia de Alhandra), frisando que aquela
é uma “zona crítica de circulação automóvel”,
porque quem vem de Vila Franca encontra dois
semáforos seguidos e quem vem de Alverca
depara-se, por vezes, com o trânsito parado até
às proximidades das Piscinas da Cimpor, devi-
do à acumulação de viaturas que querem virar à
esquerda para a EN 248-3 e para À-dos-
Loucos. “A Câmara comprometeu-se a estudar
com a Estradas de Portugal uma solução para o
entroncamento da EN 10 com a estrada de
Arruda, e forma a que a circulação se fizesse
em segurança, mas com menos constrangimen-
tos. No entanto, tudo se encontra na mesma”,
criticou o autarca comunista, lemn.
O vice-presidente da Câmara, Alberto
Mesquita, reconheceu que aquele entroncamen-
to
“é uma questão complicada”. Segundo o autar-
ca do PS, foi pedido um estudo, que está con-
cluído e existe uma proposta de solução que,
“não resolvendo completamente a situação
vinha melhorá-la consideravelmente”.
Por isso, Alberto Mesquita acha que é só uma
questão da Câmara decidir dar prioridade e exe-
cutar esta intervenção. “Há necessidade
de termos autorização da Brisa para uti-
lizar mais um ou dois vãos entre pilares
da A 1, mas isso não será problema. E
teremos que relocalizar a rotunda que
hoje existe. Esse projecto existe, creio
que é exequível e virá melhorar os prob-
lemas, que são evidentes nas horas de
ponta”, admitiu o edil, acrescentando
que esta medida deverá ser articulada
com outras na zona do Sobralinho, que
passam pela construção de uma rotunda
e pela retirada dos semáforos junto à
Quinta da Figueira, que “também
constituem um constrangimento. Mas
só podemos retirar quando tivermos um
ponto de inversão de marcha, que são as
rotundas”, rematou.
J.T.
Vila Franca de Xira
Falta de entendimento entre Câmara e
Junta deixa parque de 70 lugares vazioO novo parque de estacionamento que a Refer construiu junto
ao Jardim Constantino Palha nunca chegou a abrir e a hipótese
de construção de um novo terminal de autocarros do outro lado
da linha-férrea também tarda em avançar.
Trânsito em Alhandra preocupa Câmara
10
Reorganização de Centro de Emprego de Vila Franca
voz ribatejana #17EMPREGO
“
Jorge Talixa
Uma recente reorganização
dos serviços do Instituto do
Emprego e da Formação
Profissional (IEFP) veio com-
plicar a vida a muitos habi-
tantes dos concelhos de
Alenquer, Arruda e Azambuja,
sobretudo os que se con-
frontam com problemas de
desemprego. Por questões uni-
camente ligadas à divisão do
País por NUT’s (nomencla-
turas de unidade territorial que
dizem principalmente respeito
aos fundos comunitários), o
IEFP decidiu que o Centro de
Emprego de Vila Franca con-
centrava, a partir de 1 de Abril
passado, a sua actividade
exclusivamente nos cerca de
140 mil habitantes do
Município vila-franquense. Os
residentes nos vizinhos conce-
lhos de Alenquer, Arruda e
Azambuja foram “transferi-
dos” para as áreas de actuação
do Centro de Emprego de
Torres Vedras (Arruda e
Alenquer) e de Santarém
(Azambuja).
Uma medida que, pelas distân-
cias e pela quantidade de
transportes existente, em nada
facilita a vida dos utentes e
que não foi nada bem entendi-
da por alguns responsáveis
regionais. E uma medida que
faz temer que a reorganização
administrativa de que tanto se
fala não tenha em conta as
necessidades do dia-a-dia das
pessoas e acabe por ser decidi-
da nos gabinetes.
Certo é que, neste caso, o
Município de Alenquer man-
tém um gabinete de inserção
profissional, mas, segundo o
presidente da Câmara, Jorge
Riso, faz apenas atendimentos
pré-marcados por iniciativa do
próprio IEFP e não faz atendi-
mento geral. Azambuja já dis-
pôs (ver texto nesta página) já
dispôs de um serviço seme-
lhante, actualmente desactiva-
do e Arruda apresentou uma
candidatura ao Centro de
Emprego de Torres Vedras
para albergar um balcão de
atendimento do IEFP, mas
ainda não teve resposta.
Transitoriamente, o Município
arrudense procura atender
algumas situações com os seus
próprios serviços.
“A nossa opinião é que esta
alteração não é benéfica para o
concelho de Arruda, por
razões de maior proximidade
com Vila Franca e, em termos
de transportes, as pessoas
estão melhor servidas para
Vila Franca. Nesta fase de
transição, as pessoas serão
prejudicadas, a mobilidade
para Torres Vedras não é a
mesma que para Vila Franca”,
admite Carlos Lourenço, pres-
idente da Câmara de Arruda,
em decla-rações ao Voz
Ribatejana, mas o autarca acha
que, sendo ne-gativa para os
utentes, esta medida tem a sua
lógica, porque Arruda per-
tence à Região Oeste e não à
Área Metropolitana de Lisboa
como Vila Franca.
“Sempre dissemos que a área
Oeste, na qual estamos inseri-
dos, não poderia estar a várias
velocidades ou ter diversas
instituições, não ter dois gov-
ernos civis, duas adminis-
trações regionais de saúde,
etc. Sempre pugnámos que
houvesse uma e esta medida,
de facto, vem ao encontro do
que nós dissemos”, reconhece
Carlos Lourenço, admitindo,
todavia, que esta “transferên-
cia” dos utentes dos centros de
emprego de Vila Franca para
Torres Vedras “é desvanta-
josa” para a população de
Arruda. “Manifestámos que
não estávamos de acordo, mas
é uma situação irreversível. O
que estamos a ver é a possibil-
idade de termos aqui um pólo
do Centro de Emprego de
Torres Vedras, uma ramifi-
cação, para que as pessoas não
tenham que se deslocar. A
autarquia já se manifestou
disponível para ceder o espaço
(edifício do Gabinete de
actividades Económicas, junto
ao chafariz) e fizemos essa
candidatura”, explicou o edil,
reafirmando que a Câmara de
Arruda “concorda com o
princípio” de ligação à zona
Oeste, mas não concorda com
esta alteração, que não
favorece as pessoas.
“De qualquer maneira, procu-
ramos tirar proveito dessa
situação, criando um gabinete
que faz atendimento e enca-
minhamento das situações,
fazendo os mesmos serviços,
mais próximo até”, prossegue
Carlos Lourenço, salientando
que, hoje em dia, com os
meios informáticos, tudo é
facilitado a este nível. O autar-
ca do PSD admite, no entanto,
que algumas situações mais
complexas terão mesmo que
ser tratadas no Centro de
Emprego de Torres Vedras.
“Se fossemos nós a decidir
mantínhamos como estava.
Sendo assim, vamos tentar
aproveitar ao máximo. Já
temos o gabinete de activi-
dades económicas e podemos
ter esse atendimento do IEFP
sem grandes encargos. Há
comparticipações para isso e
até pode trazer alguns benefí-
cios”, refere o edil, sublinhan-
do que, entretanto, os próprios
serviços da autarquia estão
disponíveis para fazer algum
atendimento nesta área.
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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA
Investimentos à espera demelhores diasCom cerca de 13 400 habitantes, o Município de Arruda temperto de 420 desempregados inscritos no IEFP, um númeroque tem estabilizado nos últimos meses. A criação deemprego é que não tem evoluído muito. Carlos Lourençodisse, ao Voz Ribatejana, que o concelho até tem muitasperspectivas de investimento e bastantes investidores intere-ssados que “acham que Arruda, por todos os motivos, é ame-lhor localização”. Só que, a crise e a indefinição quetem mercado a economia portuguesa nos últimos anos,levam muitos desses investidores a retraírem-se. “Temosinvestimentos muito interessantes em perspectiva, temosvariadíssimos interessados em áreas específicas, mas nestaaltura está tudo à espera”, observa Carlos Lourenço, man-ifestando esperança de que, com a próxima clarificação deuma série de situações, “os investidores, sabendo com o quepodem contar, avancem com alguma situações inovadoras ede interesse em Arruda dos Vinhos”.
IEFP obriga desempregados de Arruda e
Alenquer a deslocarem-se a Torres VedrasA reorganização dos centros de emprego da região desligou os concelhos de Alenquer, Arruda e Azambuja do Centro de Emprego de Vila Franca de Xira e obriga, agora, os desempregados
daqueles municípios a deslocações para locais bem mais distantes como Torres Vedras e Santarém. As autarquias ainda tentam criar serviços que atenuem o problema, mas faltam respostas
mais concretas do IEFP.
A medida contradiz o slogan do
IEFP que está agora mais longe
dos seus utentesde Alenquer e
Arruda e Azambuja
“estaalteraçãonão ébenéficaparao concelho”
11
20 de Julho de 2011
Miguel António Rodrigues
Uma medida administrativa
ditou que os desempregados
do concelho de Azambuja pa-
ssassem a apresentar-se em
Santarém, em vez de o fa-
zerem em Vila Franca de Xira.
A decisão apanhou muitos
desempregados de surpresa, já
que os transportes para
Santarém são mais escassos e
mais caros.
A informação chegou aos
desempregados através de
uma carta, no início de Abril,
mas nem todos estão de acor-
do com mais esta medida
administrativa. Daniel Claro,
eleito do Bloco de Esquerda
na Assembleia Municipal de
Azambuja, sustenta que esta
medida é “injusta” e social-
mente reprovável e exigiu à
Câmara que tomasse medidas
sobre esta questão.
Daniel Claro salienta que é, do
ponto de vista de uma politica
de emprego, “insensato que os
desempregados, para além da
sua situação, ainda tenham
que arrestar com a dificuldade
de transporte e o pagamento
acrescido de transportes daqui
para Santarém”.
E lançou um desafio à autar-
quia, referindo que espera que
a sua Câmara, que se tem
mostrado tão interessada nos
assuntos do desemprego nos
últimos tempos, “tenha uma
posição forte e negociações
sérias”.
Esta é uma medida adminis-
trativa que tem por base o
facto de Azambuja estar
inserida na Comunidade
Intermunicipal da Lezíria do
Tejo e na NUT 2 do Alentejo.
Por este motivo, o município
de Azambuja deixou de figu-
rar na AML (Área
Metropolitana de Lisboa) e,
por consequência, fica agora
agregado à região de
Santarém.
Na resposta, Joaquim Ramos,
presidente da Câmara, disse
que já reuniu com os respon-
sáveis do sector. Presidente da
câmara e vice-presidente, que
tem a responsabilidade políti-
ca da área, lamentaram em
uníssono a situação, mas
referiram que esta decisão é
governamental e praticamente
irreversível.
Durante a reunião de câmara,
Joaquim Ramos destacou que
a edilidade “nomeadamente o
vereador Marco Leal, está
neste momento no sentido de
nós próprios, através da
câmara, substituirmo-nos mais
uma vez aos serviços públi-
cos”. Nesse sentido, o autarca
anunciou que está a ser pon-
derada a criação de uma estru-
tura “que não será uma dele-
gação do Instituto do Emprego
e Formação Profissional, mas
que poderá dar uma ajuda no
que diz respeito a esta situ-
ação”.
António Jorge Lopes,
vereador da Coligação Pelo
Futuro da Nossa Terra, disse
discordar da forma como a
Câmara de Azambuja foi trata-
da neste processo. O vereador
lamentou que a notificação do
IEFP tenha chegado apenas
um dia antes das novas regras
entrarem em vigor.
Também o vereador António
Nobre, da CDU, lamentou a
decisão do anterior governo
no que toca a esta matéria.
O número de desempregados
inscritos nos centros de
emprego da região revela
nos últimos meses alguma
tendência para descer, rela-
cionada com algum emprego
sazonal e com as limpezas
regulares de ficheiros efectu-
adas pelo Instituto do
Emprego e da Formação
Profissional (IEFP). Esta
descida é mais notória nos
concelhos de Vila Franca de
Xira, Alenquer e Azambuja.
Por outro lado nota-se que o
grupo etário dos 35 aos 54
anos é claramente o mais
afectado.
No caso dos residentes no
Município de Vila Franca de
Xira (136 mil habitantes
segundo o últimos Censos),
o Centro de Emprego regis-
tava 6 279 desempregados
inscritos no final de Maio.
De acordo com estes dados,
os últimos divulgados pelo
IEFP, quase metade (2822)
destes desempregados têm
entre 35 e 54 anos, a esma-
gadora maioria procura um
novo emprego e há bastante
equilíbrio entre os números
de homens e de mulheres
desempregados. Por com-
paração com Maio de 2010,
o concelho vila-franquense
apresenta uma redução de
492 inscritos. Conclui-se,
também, que a maior parte
(1660) dos desempregados
residentes neste concelho
tem o ensino secundário
concluído, grupo que é
seguido pelas pessoas com o
3º. Ciclo do Ensino Básico,
correspondente ao 9º. ano
(1555). Já os inscritos com
formação superior são 518 e
os que procuram um
primeiro emprego 319. Por
idades é também muito re-
presentativo o grupo dos 25
aos 34 anos (1643 inscritos),
assim como as pessoas com
mais de 55 anos (1134).
Já no vizinho concelho de
Alenquer estavam 1962
desempregados inscritos no
final de Maio, o que co-
rresponde a uma diminuição
de 180 registos por compara-
ção com o período homólo-
go de 2010. Num município
com cerca de 43 mil habi-
tantes, nota-se que o proble-
ma do desemprego afecta
mais as mulheres (1054) e
que a grande maioria procu-
ra um novo emprego.
Também aqui o grupo etário
dos 35 aos 54 anos é o mais
afectado (895), seguido pelo
dos 25 aos 34. No que diz
respeito às habilitações sãos
as pessoas com o ensino
secundário, as que têm ape-
nas o ensino secundário e as
que concluíram o 9º. ano as
mais atingidas.
Em Arruda dos Vinhos tam-
bém se nota a tendência para
a redução do número de
desempregados inscritos,
392 no final de Maio passa-
do quando, 1 ano antes, eram
438. Na área do Município
arrudense também são as
mulheres as mais afectadas e
o grupo etário dos 35 aos 54
anos. A exemplo de
Alenquer, os grupos com a
4ª. Classe, com o 9º. ano e
com o 12º. ano são os mais
atingidos.
Azambuja revela também
sinais de descida do desem-
prego registado pelo IEFP,
com 890 inscritos no final de
Maio, quando no período
homólogo de 2010 eram
1047. Os grupos etários dos
25 aos 34 e dos 35 aos 54
são, também aqui os mais
atingidos, destacando-se as
pessoas que têm apenas o
ensino primário concluído.
Em Benavente, a redução do
número de inscritos foi
menor, passando de 1534 em
Maio de 2010 para 1459 em
Maio deste ano. O problema
afecta sobretudo quem
procura novo emprego, o
grupo etário dos 35 aos 54 e
há uma distribuição bastante
uniforme entre os que têm a
4ª. Classe, o 2º. Ano, o 9º.
Ano e o 12º. Ano, sentindo-
se uma diminuição significa-
tiva no volume de inscritos
nos extremos, ou seja dos
que não têm o ensino
primário concluído e dos que
possuem formação superior.
Já em Salvaterra de Magos, a
tendência para a diminuição
do número de inscritos man-
tém-se, com 1349 registos na
base de dados do IEFP no
final de Maio, menos 102
que um ano antes. Aqui é
também o grupo etário dos
35 aos 54 que mais sofre
com o desemprego, desta-
cando-se claramente os que
apenas têm habilitações
escolares ao nível da 4ª.
Classe.
J.T.
Azambujenses ligados
ao IEFP de Santarém
O Concelho de
Azambuja deixou de
depender do Centro de
Emprego Vila Franca de
Xira e passou a estar li-
gado a Santarém.
Desempregados
inscritos no IEFP
com ligeira descida
na região
12
voz ribatejana #17TAUROMAQUIA
“
Salgueiro,
Salvador e
Amadores
de Vila
Franca
juntos em
Salvaterra
A praça de toiros de
Salvaterra de Magos recebe,
na noite de dia 30 (22h00),
um espectáculo que promete
emoção. Frente a frente vão
estar os cavaleiros João
Salgueiro e Pedro Salvador,
que vão enfrentar toiros da
Ganadaria de Fernandes de
Castro. As pegas ficam a
cargo dos grupos de forcados
amadores de Vila Franca de
Xira e de Salvaterra de
Magos.
Clube Taurino
homenageia
Óscar Rosmano
O Clube Taurino Vilafranquense organi-
zou, no passado sábado, uma homenagem
ao maestro Óscar Romano. A iniciativa
incluiu almoço convívio, um colóquio onde
foram abordados temas como a trajectória
taurina de Óscar Rosmano e a sua ligação
a José Falcão. Realizou-se, igualmente,
uma romagem ao Mausoléu do Maestro
José Falcão, no Cemitério de Vila Franca
de Xira.
Concurso de
pegas no
Campo Pequeno
A praça de toiros do Campo Pequeno acolhe,
no próximo dia 28, uma corrida Concurso de
Pegas, que incluirá, também, uma homenagem
à figura do forcado, com o descerrar de uma
lápide alusiva num dos corredores do tauródro-
mo lisboeta.
O troféu para a Melhor Pega será disputado
pelos grupos de forcados amadores de
Santarém, Montemor e Lisboa, perante um
curro de seis toiros da Ganadaria Veiga
Teixeira. Em praça estarão, também, os ca-
valeiros Vítor Ribeiro e Manuel Lupi e o prati-
cante João Salgueiro da Costa.
As exposições integradas na Semana da Cultura Tauromáquica de Vila Franca de Xira prolon-garam-se pelos dias do Colete Encarnado e atraíram milhares de visitantes. Só a mostra decabeças de toiros e de pintura que esteve patente na Casa-Museu Mário Coelho recebeu cerca de1800 visitantes. A Casa-Museu Mário Coelho organizou também mostras de capotes de passeio(foto 2) no Núcleo Museológico da Igreja do Mártir Santo, de pintura no Clube Vilafranquense.A Escola de Toureio José Falcão foi responsável pelas mostras de pintura de Ana Maria Malta(salão nobre da Câmara) e de fotografia de Pedro Batalha e João Silva. O Museu do Neo-realis-mo apresentou gravuras de temática taurina de Júlio Pomar.
Festa
s d
e A
gosto
Póvoa de Santa Iria
especial :
voz ribatejana
sai a
3 de Agosto
contactos para
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14
voz ribatejana #17ECONOMIA
“
Promover mais o contacto e a
ligação entre os cerca de 220
profissionais da ADP
Fertilizantes é o grande obje-
ctivo da nova direcção da Casa
do Pessoal da empresa de
Alverca que, já no próximo dia
30, vai inaugurar novas insta-
lações, adaptadas no complexo
fabril com o apoio da adminis-
tração da empresa. Integrada
no grupo Fertibéria, a ADP
produz cerca de 1 milhão de
toneladas de fertilizantes por
ano, mais de metade dos quais
para exportação.
A Casa do Pessoal existe já
desde 1966, mas nos últimos
anos estava muito adormecida.
Ainda mantém o nome de Casa
do Pessoal dos Nitratos de
Portugal (nome original da
empresa), mas vai mudar
muito em breve a sua desig-
nação para Casa do Pessoal da
ADP Alverca. Nos últimos
anos, a actividade do grupo
resumia-se, praticamente, à
oferta de um cabaz de Natal
aos associados e, várias vicissi-
tudes, ligadas às mudanças
verificadas na empresa
levaram mesmo a que a Casa
do Pessoal já não tivesse sede e
sala de convívio a funcionar.
No início deste ano entrou em
funções uma nova direcção li-
derada por António Jorge
Lopes, que tem procurado
dinamizar a Casa do Pessoal da
ADP e recuperar o papel que
pode desempenhar na ligação
entre os profissionais da casa,
por vezes dispersos em áreas
tão diversas como a produção,
os escritórios ou o sector co-
mercial. “A maior parte das
pessoas já nem se conheciam e
estas iniciativas servem
também para que as pes-
soas se conheçam, se
aproximem e sintam
auto-estima por
tudo isto. Se con-
seguirmos criar um
grupo de amigos os
problemas que às
vezes surgem e que
não são bem entendi-
dos podem ser melhor
conversados e ultrapassa-
dos”, sublinha António Lopes,
um dos encarregados da
empresa.
A maioria dos funcionários
continua a ser sócio da Casa do
Pessoal, mas chegou a falar-se
numa assembleia para extin-
guir a associação. “Eu e mais
um grupo de companheiros
entendemos que não se devia
deixar acabar. Tivemos que
começar de novo. Tivemos a
boa vontade da nossa adminis-
tração e do director da empre-
sa, que nos têm ajudado bas-
tante e também acharam que a
Casa do Pessoal não devia
acabar”, sublinha, vincando
que, entretanto, já foi possível
encontrar e adaptar um novo
espaço para a sala de convívio,
que vai ser inaugurado no dia
30 (ver caixa). Ao mesmo
tempo foi organizado um con-
curso de fotografia, bastante
concorrido, e estão previstas
algumas excursões. As obras
de adaptação das instalações
foram integralmente supor-
tadas pela empresa, até porque
a quotização de 1 euro da Casa
do Pessoal não permite reunir
muitos meios.
“Vamos tentar não baixar os
braços, vamos fazer passeios
de barco no Tejo e pensamos
fazer uma excursão à Serra da
Estrela. E há uma coisa que
nunca acabou, que é o almoço
que fazemos todos os anos com
pessoas que saíram de cá”,
acrescenta António Jorge
Lopes, referindo a Casa do
Pessoal tem também protoco-
los com piscinas e ginásios da
região e tenta envolver mais os
filhos dos funcionários.
J.T.
O Município de Torres
Novas entrou oficialmente
no sistema intermunicipal da
Águas do Ribatejo (AR) no
passado dia 11, juntando-se
aos concelhos de Almeirim,
Alpiarça, Benavente,
Chamusca, Coruche e
Salvaterra que, em Maio de
2009, constituíram uma
empresa para a gestão dos
sectores da água e do sanea-
mento que é um exemplo
raro no País, uma vez que
tem capitais exclusivamente
das autarquias e não tem
parceiros privados. A
decisão de aderir à Águas do
Ribatejo já fora tomada por
Torres Novas no final de
2010 e desenrolaram-se,
desde então, os procedimen-
tos administrativos. António
Rodrigues, presidente da
Câmara torrejana, frisou este
é “um acto invulgarmente
importante na vida de Torres
Novas, dos municípios que
integram a AR e do País ” e
realçou o sucesso que tem sido
“este modelo único em
Portugal”, em que a empresa
tem como accionistas “apenas
os municípios que a inte-
gram”. O autarca do PS
salientou que, através desta
integração, o seu município
vai beneficiar de investimen-
tos de 30 milhões de euros nas
redes de água e saneamento
nos próximos 3 anos e fez
mesmo uma comparação para
explicar a importância deste
volume de obras. É que,
segundo refere, o Município
de Torres Novas conseguiu
investir 43 milhões de euros
nos últimos 23 anos. Agora,
em 3 anos, vai beneficiar de
30 milhões de euros em obras
da Águas do Ribatejo e a
Câmara pretende investir ou-
tros 30 milhões em centros
escolares e na reestruturação
de edifícios culturais. “São
perto de 60 milhões de euros
de investimentos em 3 anos”,
vincou.
O Município de Torres Novas
ainda equacionou a possibili-
dade de criar uma empresa
própria para a água e sanea-
mento em parceria com um
privado, mas acabou por con-
cluir que este é o melhor cam-
inho. “Percebemos que a
Águas do Ribatejo é a melhor
solução para Torres Novas. É
e vai continuar a ser um bom
exemplo daquilo que é possí-
vel fazer só com dinheiros
públicos municipais”, sustenta
António Rodrigues.
Para a Águas do Ribatejo esta
entrada de Torres Novas é
também importante, porque dá
maior dimensão à empresa.
Até aqui servia 105 mil habi-
tantes de 6 concelhos (55 mil
clientes) e passa a servir 144
mil habitantes (76 mil
clientes). “É muito importante
pela dimensão do concelho de
Torres Novas e por tudo aqui-
lo que vai trazer à Águas do
Ribatejo”, acrescenta Sousa
Gomes, presidente da Câmara
de Almeirim e do conselho de
administração da AR. Em
declarações aos jornalistas,
Sousa Gomes vincou que o
tempo deu razão às opções
tomadas pelos que acredi-
taram no projecto Águas do
Ribatejo e anunciou que há
vários municípios em conta-
ctos com a administração no
sentido de equacionarem a
possibilidade de integrarem a
empresa municipal. “Se forem
municípios com projectos
credíveis, são bem vindos.
Esta rede de solidariedade tem
espaço para crescer”, disse.
A AR julga que este alarga-
mento irá gerar “economias de
escala” e diz que, para além
das obras programadas para
Torres Novas, já está a in-
vestir, com apoios do Fundo
de Coesão, cerca de 80 mi-
lhões de euros nos municípios
de Almeirim, Alpiarça,
Benavente, Chamusca,
Coruche e Salvaterra de
Magos.
Myphoneabre loja na
galeriaJumbo de
AlvercaO grupo Myphone abriu, recente-
mente, mais um espaço da suarede de lojas. Instalada no
número 1 da Galeria doHipermercado Jumbo de Alverca,a “Bluestore” da Myphone apre-senta toda a gama de produtos eserviços de comunicação da PT,
TMN, Meo e Sapo.
Casa do Pessoal
reabre na ADP
de Alverca
O programa de dia 30No dia 30 vai ter lugar a cerimónia de inauguração dasnovas instalações da Casa do Pessoal da ADP e o descerra-mento da respectiva placa. Serão, ainda, entregues osprémios do concurso de fotografia e haverá um jogo de fute-bol e um almoço convívio. As actividades incluem, igual-mente, a apresentação do novo logótipo da Casa do Pessoalda ADP.
Águas do Ribatejo alarga
influência a Torres Novas
15
Vila Franca de Xira
A localidade de S. Tiago dos Velhos, no concelho de Arruda,
vai estar em festa de 29 a 31 de Julho. O programa arranca na sexta-
feira à noite com garraiada e baile animado pelos Ases do Ritmo. No
dia 30 haverá rally paper, passeio de BTT e baile com os Faraó. No
dia 31 destacam-se a missa solene (16h00), seguida de procissão,
acompanhada pela Banda Misericórdia de Arruda, pela Fanfarra dos
Bombeiros de Bucelas e pelo Regimento de Cavalaria da GNR. A festa
encerra com mais um baile, animado pelos Turno da Noite.20 de Julho de 2011
Jorge Talixa
Os cinco municípios servidos
pelo Hospital Reynaldo dos
Santos assumiram o paga-
mento das obras dos acessos
à nova unidade hospitalar que
está em construção, desde o
início de Maio, a Norte de
Vila Franca de Xira. O
processo tem gerado críticas
da CDU local e já motivou
um aceso desentendimento
entre os presidentes das
câmaras de Vila Franca e de
Arruda dos Vinhos (ver Voz
Ribatejana de 8 de Junho),
mas pode, agora, complicar-
se ainda mais, porque o con-
curso para a obra teve que ser
anulado, uma vez que todas
as propostas concorrentes
ultrapassavam o preço base
em mais de 20%.
O problema foi discutido na
última reunião camarária de
Vila Franca, com o vice-pres-
idente Alberto Mesquita,
responsável pelo pelouro do
urbanismo, a frisar que o
preço base de 2, 7 milhões de
euros estabelecido no concur-
so foi calculado “nos limites”
e a sugerir uma revisão desse
valor. Mas Maria da Luz
Rosinha, presidente da autar-
quia, acha que, primeiro, é
preciso exigir aos técnicos
que calcularam o preço base
que avaliem por que é que os
empreiteiros concorrentes
apresentam preços tão distin-
tos. É que, segundo os autar-
cas de Vila Franca, o valor
mais próximo dos 2, 7 mi-
lhões de euros apresentado a
concurso ronda os 3, 35 mi-
lhões e o mais elevado atinge
os 4, 5 milhões de euros.
“Não vejo nenhuma possibi-
lidade dos restantes municí-
pios virem a assumir mais
encargos”, avisa Maria da
Luz Rosinha, que já está a
braços com as divergências
de Arruda. O acordo estabele-
cido prevê que cada um dos 5
municípios contribua com
uma verba para os acessos de
acordo com a proporção dos
seus habitantes no universo
dos 243 mil habitantes servi-
dos pelo hospital. O que si-
gnifica que, num montante de
2, 7 milhões, caberiam 1, 51
milhões a Vila Franca, 466
mil a Alenquer, 148 mil a
Arruda, 224 mil a Azambuja
e 333 mil a Benavente. Mas
se os custos dispararem mais
caberá a cada uma das
câmaras, já a braços com difi-
culdades financeiras. Por
outro, coloca-se a questão da
escolha do local do novo hos-
pital (terreno cedido por Vila
Franca), numa encosta de
acesso difícil e se os municí-
pios devem contribuir desta
forma para um projecto que
está inserido nas parcerias
público-privadas, com o novo
hospital a ser construído e
gerido por um consórcio li-
derado pelo grupo Mello.
“Há uma disparidade que não
conseguimos perceber.
Quando avançámos este
preço base foi tendo em vista
o mercado e que era possível
construir com este valor de 2,
7 milhões, até por exemplos
de outras obras. Não nos pa-
ssou pela cabeça que não
houvesse empresas em
condições de apresentar um
valor igual ou inferior ao
preço base”, observou
Alberto Mesquita, frisando
que o projectista já reanalisou
a questão e entende que não
há alterações de preço a fazer.
Já Aurélio Marques, vereador
da CDU, mostrou-se sur-
preendido com estas pro-
postas “assustadoramente”
acima do preço base e quis
saber quem é que suportará a
diferença se, num próximo
concurso, se mantiverem
estes valores. Maria da Luz
Rosinha mostra-se, igual-
mente, preocupada, frisando
que os técnicos é que calcu-
laram o preço de 2, 7 milhões
e que “o mercado até não está
para obras mais caras, está
normalmente abaixo”.
Por isso, a presidente da
Câmara acha que o processo
tem que ser reanalisado.
“Solicito que os técnicos se
debrucem com mais atenção.
Ou erraram muito ou do outro
lado há quem tente
aproveitar-se desta obra para
ganhar muito dinheiro. Sem
isso esclarecido não haverá
novo concurso”, concluiu
A Peugeot vendeu 10 059 viaturas, no
primeiro semestre deste ano, em Portugal,
reforçando a sua quota de mercado que
está, assim, nos 9, 2%. A marca resistiu
melhor à forte quebra de vendas verificada
neste período, cifrada nos 20, 4%. Segundo
um comunicado da Peugeot
Portugal, com uma
diminuição de
vendas da
o r d e m
dos 14%
manteve
o segun-
do lugar
na lista
das mar-
cas mais
vendidas
em Portugal e subiu a
quota de 8, 6 para 9, 2%.
De acordo com a mesma nota, venderam-
se, nos primeiros seis meses deste ano, 109
178 automóveis ligeiros de passageiros em
Portugal, dos quais 7 875 foram da marca
Peugeot. Entre estes destacaram-se os mod-
elos 207 (o mais vendido) e 508. Já no que
diz respeito ao mercado dos veículos comer-
ciais ligeiros, a Peugeot vendeu 2 184 viat-
uras, atingindo uma quota de 12, 6%, supe-
rior em 1, 3 pontos percentuais à que
alcançara no perío-
do homólogo de
2010. No total
venderam-se
17 273 com-
e r c i a i s
l i g e i r o s ,
destacan-
do-se o
f u r g ã o
Partner da
P e u g e o t ,
com 1383
unidades vendidas.
Este primeiro semestre de 2011 fica tam-
bém marcado pelo lançamento no mercado
português do Peugeot 3008 Hybrid4, o
primeiro automóvel híbrido diesel do
Mundo.
Custos dos acessos
ao novo hospital
podem disparar
Ninguém quer construir os acessos ao novo hospital pelo preço previsto e o concurso foi
anulado.
Peugeot vende 10 059 e
reforça quota
Consulteware abre no Forte
da Casa
A Consulteware, conheci-
da empresa do ramo
informático, abriu, em
Junho, as suas novas
instalações no Forte da
Casa. O novo espaço fica
situado no número 21 da
Rua Fernando Pessoa,
próximo da Caixa Geral
de Depósitos e do Centro
Comercial Foca.
Vocacionada para a
prestação de serviços
informáticos a empresas,
nos mercados nacional e
internacional, a
Consulteware tem tam-
bém representações na
área da segurança/protecção informática e pode ser contactada através do número 21 957 42
50 e do endereço [email protected].
16
voz ribatejana #17
27 de Julho’11
15h00
Salão do Corpo
Nacional de
Escutas
na Freguesia
de Alverca do
Ribatejo
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do
ab
erto
à i
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blico
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Sede Praça D. Afonso V nº 5B
2615-357 ALVERCA DO RIBATEJO
Telef: 21 9580770 - 96 4008659 - 96 5249749
Filial: R. Padre Américo nº85 c/v Esqª
2625-394 FORTE DA CASA
Telef: 21 9560189 - 96 5240138 - Fax: 21 9531857
mail: [email protected]
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Agradecimento
Sua esposa, filha, mãe,
irmãs, cunhados e restante
família na impossibilidade
de o fazerem directamente ,
vêm, por este meio,
agradecer a todas as pes-
soas que acompanharam o
seu ente querido à sua últi-
ma morada, assim como a
todos quanto de algum
modo lhes manifestaram o
seu pesar.
Tratou: Agência Funerária
Machado, Lda.
Vila F. Xira 263 272 302
Alhandra 219 501 408
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17O rancho “Os Camponeses do Vale Brejo” (freguesia
de Aveiras de Cima) organiza, no próximo dia 30, o seu
34º. Festival Nacional de Folclore. A partir das 21h00
desfilam e actuam o grupo anfitrião e os convidados
Rancho Folclórico de Tavira (Algarve), Grupo
Folclórico dos Pescadores de Vila Chã, Vila do Conde
(Douro Litoral), o Grupo Folclórico de Gumiães, Viseu
(Beira-Alta) e o Rancho Folclórico e Etnográfico de
Casais de Revelhos, Abrantes (Templários).20 de Julho de 2011
Sardinha assada, baile pela calçada, manjericos e versos popu-
lares: assim é a tradição portuguesa. E foi assim que, no dia 10
de Julho, mais de uma centena de pessoas prestigiaram a “2ª
Sardinhada do Marina Caffé” na Estrada Nacional 10, em
Alverca.
Um pezinho de dança para aqui... uma sardinha no pão para
ali... e da tarde fez-se noite sem darmos por nada. “É o segun-
do ano consecutivo que participo da sardinhada realizada por
eles, e posso dizer que estão de parabéns. Foi um convívio
muito agradável, e o ambiente bastante familiar e convidativo.
Faz muita falta este tipo de convívio aqui em Alverca, para os
próximos podem sempre contar comigo”, disse o Sr. João
Gouvêa (79 anos), um dos anfitriões da festa.
Resumidamente o convívio foi considerado um sucesso por
parte dos seus organizadores, Sra. Marina Souza e Sr. Orlando
Carvalho (sócios-gerentes da empresa) e de boa aceitação por
parte de todos os participantes. O próximo já está em organiza-
ção e realiza-se no dia 04/09/2011. Acompanhe as próximas
edições do Voz Ribatejana e confira a programação. Não deixe
de reservar seu lugar. Participe e faça parte da nossa história!
Rafaela Tomé
ganha títulos
regionais
Rafaela de Faria Leal Tomé ganhou uma medalha de ouro e
quatro medalhas de prata nos Campeonatos Regionais de
Infantis em piscina longa da Associação de Natação de
Lisboa. As provas realizaram-se, no primeiro fim-de-semana
de Julho, exactamente o Colete Encarnado, no Complexo das
Piscinas Municipais de Vila Franca de Xira.
Participaram jovens nadadores de mais de 20 clubes e a vila-
franquense Rafaela Tomé foi uma das principais figuras da
competição, ganhando mesmo a prova de 100 metros em esti-
lo Crawl.
Rafaela Tomé representa o Alhandra Sporting Club, colec-
tividade com grandes tradições na natação. Também Carolina
Guerra Gaspar, sua colega de equipa, esteve em destaque ao
alcançar a medalha de prata em 200 metros mariposa.
Participaram mais de 200 jovens nadadores e os campeonatos
atraíram muitas centenas de assistentes, grande parte deles
familiares dos jovens praticantes.
Alenquer promove feira medieval
A vila de Alenquer vestiu-se a rigor, no início de
Julho, e entrou na máquina do tempo até à época
dos reis e das rainhas. Com efeito, na vila ocorreu
mais um momento único, revivendo a época
medieval. O cenário foi cuidado ao pormenor, vestes
antigas, cantigas e músicas de outros tempos, que
chamaram centenas de visitantes ao Parque Vaz
Monteiro e às ruas adjacentes.
Nesta edição, não foram esquecidos os manjares de
outros tempos, os jogos e farsas e a oportunidade
das crianças, para além de aprenderem história,
divertirem-se passeando de burro ou a cavalo, con-
forme os gostos de cada um.
A destacar, os figurantes vestidos à época que repro-
duzem, ao pormenor, através de trajes e maneiras,
o ambiente vivido naquela altura.
A Feira Medieval de Alenquer foi organizada pela
câmara municipal e nela participaram várias asso-
ciações concelhias. MAR
Forte da Casa entrega 12 galardões
A Junta do Forte da Casa assinalou, no dia 30, o 22º. aniversário da elevação da sede de freguesia a vila. Foram atribuí-
das medalhas de mérito comercial às firmas Automóveis Barreira, Café Periquito, Cantinho das Maravilhas,
Churrasqueira do Forte, Duartendeiro, Escola de Condução Coimbra, Minigrula, Móveis Mendes, Reivax e Silveira &
Ramos. Foram, igualmente, galardoados a PSP (medalha de mérito comunitário) e o professor Carlos Margaça Veiga
(medalha de mérito artístico e cultural).
Adriano Pires
Mais de 100 na 2ª Sardinhada do Marina Caffé
18
DESPORTO
“
Jorge Talixa
As dificuldades financeiras do
clube e a necessidade de
avançar rapidamente com o
processo de construção de um
novo parque desportivo devido
às más condições do velhinho
Campo da Hortinha, são as
maiores preocupações da nova
direcção do Alhandra Sporting
Club (ASC), que tomou posse
no passado dia 6. A presidente
da Câmara de Vila Franca de
Xira esteve presente na ce-
rimónia e admitiu que tem sido
muito complicado libertar o
espaço necessário para as
novas instalações que o ASC
merece.
Prestes a completar 90 anos de
existência e com um percurso
rico de conquistas desportivas
e de formação de jovens atle-
tas, o ASC ambiciona há muito
um parque desportivo com
boas condições, sobretudo para
a prática do futebol. Já foram
equacionadas pelo menos três
localizações possíveis. Duas
delas estão, para já fora de
hipótese e a terceira também
parece muito difícil. Talvez por
isso, um antigo sócio do clube
desabafava há saída: “Por este
andar nem daqui a 20 anos!”
Outros mostram-se mais opti-
mistas e sublinham que os
jovens praticantes do clube não
podem continuar a jogar no
pelado da Hortinha que mais
parece uma pedra.
Certo é que Vítor Silva, que
presidiu à direcção do clube
nos últimos anos, decidiu não
se recandidatar, admitindo difi-
culdades em gerir as finanças
do clube quando as três princi-
pais secções desenvolvem uma
gestão própria com muita
autonomia. Rui Macieira, que
já foi presidente do Alhandra e
desempenhou funções de vice-
presidente de Vítor Silva,
resolveu voltar a assumir a
responsabilidade principal pela
administração do clube e
encabeçou a lista eleita em
assembleia-geral realizada em
meados de Junho.
Na sessão de dia 6, o presi-
dente da mesa da assembleia
cessante José Macieira deu
posse aos novos corpos ger-
entes e rematou a sua inter-
venção dirigindo-se à presi-
dente da Câmara vila-fran-
quense Maria da Luz Rosinha.
“Gostaria de ver as instalações
que sempre foram necessárias
ao Alhandra, para que as cri-
anças de tenra idade deixem de
jogar na pedra, como fazem
hoje no Campo da Hortinha”,
frisou o dirigente, com muitos
anos de ligação ao clube.
O seu sobrinho Rui Macieira
começou por salientar que “é
uma questão de honra não
deixar cair no esquecimento
todos estes anos de história do
clube”, admitiu que se colocam
grandes desafios a esta nova
direcção, mas garantiu que,
“em conjunto e com os olhos
bem abertos, estamos prontos
para responder aos problemas
existentes, com a procura de
soluções para que possamos
dignificar o futuro”.
Por isso, Rui Macieira definiu
algumas das prioridades como
o seguimento das questões
financeiras e o honrar dos com-
promissos assumidos pelas
anteriores direcções, pre-
conizando uma sintonia com as
diversas secções para tentar
superar as dificuldades. Dar
continuidade ao projecto de
melhoria das instalações é
outro dos objectivos e o novo
presidente do clube acredita
que é possível concretizar este
sonho em articulação com as
autarquias locais. “Somos e
seremos realistas, este trabalho
só terá existência se a Câmara
tomar o compromisso de me-
lhorar as condições dos nossos
atletas. Há que dar início à
construção do parque desporti-
vo. Alhandra é provavelmente
a freguesia com mais crianças
na prática do futebol. Esta é a
altura de o Município cumprir
a promessa feita em anos ante-
riores”, sublinhou, asseguran-
do que esta direcção está aber-
ta ao diálogo com a Câmara e
com a Junta de Freguesia para
encontrar soluções adequadas.
Já Luís Filipe Dias, presidente
da Junta de Alhandra, vincou
que o Alhandra só sobrevive
com o trabalho e com a
amizade dos sócios, que todos
os dias dão o seu melhor pelo
clube. “O Alhandra faz atletas,
mantém a tradição que vem de
há muitos anos. Com todas as
agruras, tem todas as secções a
preparar atletas e a fazer
campeões”, referiu o autarca
do PS.
“Temos pela frente uma tarefa
não fácil, mas que com certeza
atingirá os seus objectivos”,
sustentou, por seu turno, Maria
da Luz Rosinha, presidente da
edilidade de Vila Franca, rela-
tando os muitos passos que o
processo das novas instalações
do Alhandra já
conheceu.”Houve um momen-
to em que a Câmara escreveu
uma carta em que dizia que,
quando o Alhandra tivesse
condições para avançar com o
campo, a Câmara disponibi-
lizaria o terreno”, explicou a
edil, lembrando que antes
havia um terreno, situado próx-
imo da Escola Soeiro Pereira
Gomes, mas que se revelou
demasiado inclinado e exigiria
“um aterro enorme”.
Depois, segundo referiu, houve
um momento em que se perce-
beu que o Alhandra não ia ter
condições financeiras para
avançar para o projecto. A
Câmara assumiu, então, o com-
promisso de adquirir o terreno
necessário e de tentar obter o
dinheiro necessário no âmbito
do acordo existente com a
Cimpor. Frisando que a
Câmara só receberia o dinheiro
depois de ter pago e de ter
apresentado os documentos de
despesa, Maria da Luz Rosinha
salientou que a edilidade nunca
gastou o dinheiro previsto para
este fim porque não chegou a
recebê-lo. Depois, acrescentou,
surgiram as dificuldades da
Cimianto que tornaram inviá-
vel a aquisição de uma parcela
da empresa com boas
condições para o parque
desportivo do Alhandra. Por
acordo entre as autarquias
locais, a Cimpor e a direcção
do clube decidiu-se, então, que,
não havendo perspectivas de
desbloquear o problema do te-
rreno, a verba de 431 mil euros
disponibilizada pela Cimpor
seria dividida pelas freguesias
do concelho, com a Junta de
Alhandra a receber cerca de
metade, uma verba na ordem
dos 200 mil euros.
Mais recentemente, Maria da
Luz Rosinha diz ter abordado o
presidente da Casa do Pessoal
da Cimpor e a administração
do Centro de Produção de
Alhandra para avaliar a possi-
bilidade de cedência do espaço
onde funcionam a pista de
atletismo e outras instalações
desportivas. A continuidade
destes contactos revelou-se
difícil e a presidente da
Câmara referiu que só nas últi-
mas semanas apurou que os
responsáveis da Casa do
Pessoal não estarão inclinados
para aceitar essa cedência, mas
remetem uma decisão também
para a administração da empre-
sa. A edil espera reunir nas
próximas semanas com um
responsável da Cimpor e pro-
mete continuar a diligenciar no
sentido de concretizar “aquilo
que reconhecemos há anos que
é uma necessidade, tendo em
consideração a prática para
uma comunidade jovem e para
a qual a Hortinha não tem qual-
quer tipo de condições. O com-
promisso é reiterado e conti-
nuaremos a fazer diligências”,
prometeu, frisando que, se o
problema do terreno for des-
bloqueado, já solicitou à
Cimpor uma antecipação da
verba correspondente ao proto-
colo de 2013, que permitiria
construir o campo relvado sin-
tético ambicionado pelo
Alhandra.
Situação financeira e instalações
preocupam nova direcção do Alhandra
voz ribatejana #17
Avançar com o novo parque desportivo é a grande ambição da nova direcção do Alhandra
Sporting Club, empossada no dia dia 6.
Preocupações chegam à
Câmara
O problema das más condições do Campo da Hortinha tam-
bém foi abordado na reunião camarária realizada, no dia 29,
nas instalações da CURPIFA. Aurélio Marques, vereador da
CDU, quis saber qual é o ponto da situação e que apoio vai
dar a Câmara ao Alhandra para resolver “o problema graví-
ssimo do Campo da Hortinha”.
Maria da Luz Rosinha explicou, na altura, a exemplo do que
fez na sessão de tomada de posse dos novos corpos gerentes,
que aguarda o regresso de férias de um administrador da
Cimpor para prosseguir as conversações acerca da possibili-
dade de cedência de uma parte do espaço que está ao cuida-
do da Casa do Pessoal da Cimpor. “Foi solicitada a possibi-
lidade de virem a disponibilizar aquela área, uma vez que não
a usam, mas essa hipótese não merece uma grande receptivi-
dade por parte da Casa do Pessoal, que remeteu o assunto
para a administração”, rematou a edil.
Novos responsáveisPresidente da assembleia-geral – Jorge
ZacariasPresidente do conselho fiscal – Joaquim
do CarmoPresidente da direcção – Rui Macieira
Presidente-adjunto – Rodolfo RebeloTesoureiro – José Sousa
Secretário – António Rodrigues
Diogo Raposo ganha
título nacional de
canoagem
O jovem canoísta Diogo Raposo, atleta do Alhandra
Sporting Club, alcançou o título nacional de K 1 500 me-
tros, nos campeonatos disputados de 7 a 10 de Julho, na
Pista de Canoagem de Montemor-o-Velho. Com 16 anos,
Diogo Raposo alcançou, também, o terceiro lugar nas
provas de K1 1000 metros e de K 1 500 metros, neste caso
fazendo dupla com Fábio Cameira.
A participação do Alhandra nestes nacionais de canoagem
destacou-se, ainda, pelas prestações de Inês Sebastião, que
foi 6ª. nas provas infantis de K 1 500 metros e K 1 1000
metros, e de David Varela que foi 7º. na prova júnior de
K1 200 metros.
19
20 de Julho de 2011
Jorge Talixa
O campo municipal de futebol
de Arruda dos Vinhos ganhou,
no dia 9, um colorido e uma
animação diferentes, com mais
de 300 praticantes de kenpo e
algumas centenas de familiares
nas bancadas, num encontro
nacional que serviu também
para realizar os exames de
graduação de final de época.
Uma jornada que arrancou
cedo, logo pelas 8h30, com
uma série de exercícios e de
demonstrações dos movimen-
tos característicos do kenpo.
Muitas crianças, mas também
bastantes adultos encheram de
vida o campo de Arruda.
Perceberam-se também as pre-
ocupações de disciplina e de
estímulo à actividade física e
mental que são próprias do
Kenpo, uma modalidade que
chegou a Portugal exactamente
através de Arruda, já lá vão 17
anos. Hoje, é praticada por
centenas de pessoas em perto
de uma dezena de clubes da
região e a sede da Federação
Portuguesa de Kosho-Ryu
Kenpo está instalada em
Alhandra.
Pedro Sequeira começou a
praticar kenpo há 7 anos.
Reside em Alhandra e, normal-
mente, faz cinco treinos sem-
anais de hora e meia, três em
Arruda e dois em Alhandra.
“Vim para o kenpo numa tenta-
tiva de me manter em forma e
também pelo facto de gostar de
artes marciais, mas foi funda-
mentalmente para me manter
em forma”, contou ao Voz
Ribatejana, num curto interva-
lo do treino de corrida feito á
volta do campo de Arruda.
“Ajuda-me muito no meu dia-
a-dia. Sinto-me melhor física e
mentalmente. A hora e meia de
treino que temos diariamente
faz-nos abstrair das dificul-
dades e dá-nos um bocado de
equilíbrio. É importante nesse
sentido”, sublinha.
Pedro Sequeira tem 39 anos e
admite que o treino no kenpo é
exigente. “O professor Pedro
Porém é conhecido por ser bas-
tante exigente nos aquecimen-
tos. Depois, cada um tem os
seus limites e temos que
respeitar os limites de cada um,
mas o grau de exigência está
lá”, acrescenta, explicando que
o kenpo, como qualquer outra
arte marcial também tem a sua
parte violenta, mas que “divide
de uma forma mais equilibrada
a parte espiritual e a parte físi-
ca”.
Já Susana Sá, de 12 anos,
reside em Arruda e pratica
kenpo desde Outubro passado.
“Vim para o kenpo para apren-
der a defender-me dos outros”,
disse, ao Voz Ribatejana, con-
fessando que é cansativo, mas
que tem gostado da modali-
dade. “Gosto das pessoas e esta
festa (encontro) é muito boni-
ta”, vincou.
Arruda junta mais de 300 kenpokasArruda dos Vinhos acolheu, no dia 9, um Encontro Nacional de Kenpo que reuniu mais de 300
praticantes. A modalidade já criou fortes raízes na região e é, actualmente, a arte marcial mais
praticada nos concelhos de Arruda e Vila Franca. Assenta num equilíbrio entre a actividade
física e o controlo espiritual e emocional e atrai praticantes de todas as idades.
Destaques da épocaMarço – Três atletas do CRDA participaram num evento
internacional nos EUAAbril - Seminário internacional em Arruda, com a pre-
sença do responsável europeuMaio - Participação de kenpokas da Euterpe Alhandrense(SEA), do CRDA, UDCAS, Clube dos Cadafais e Clube do
Bom Sucesso num seminário de kenpo nos Açores.Junho – Organização, na SEA, de um seminário interna-
cional de artes marciais com profesorres dos EUA e deEspanha
Junho - Participação de atletas do CRDA, da SEA, daSFUS e do Porto no encontro mundial de kenpo, na
Califórnia.
Voz Ribatejana - Como é que surge este
interesse pessoal do Pedro Porém pelo Kenpo
e o desenvolvimento da modalidade em
Arruda?
Pedro Porém - O Kosho-Ryu Kenpo surge em
Portugal, pela primeira vez, em 1994, mais pre-
cisamente no CRDA (Clube Recreativo e
Desportivo Arrudense), que foi o primeiro clube
a praticar esta arte marcial em Portugal. Sempre
com o apoio da Câmara Municipal de Arruda, o
Kenpo foi crescendo a nível quantitativo mas,
mais importante, a nível qualitativo... O CRDA
é o "recordista" a nível nacional no contacto
com mestres internacionais. Nos últimos 17
anos foram muitos os professores estrangeiros
(espanhóis, filipinos, chineses, japoneses, ame-
ricanos, suecos, israelitas, escoceses, etc) que
passaram por Arruda para ajudarem a "crescer"
o kenpo.
A Secção de Kenpo do CRDA também soube,
ao longo destes 17 anos, criar condições para
que os seus atletas participassem em inúmeros
eventos fora de Portugal (Califórnia, Hawaii,
Las Vegas, Escócia, Suécia, Inglaterra, Chipre,
Espanha, etc).
O que é actualmente o kenpo na região e que
dimensão tem a modalidade no País?
Embora o Kenpo, a nível nacional, ainda não
seja, e ainda bem, um desporto de massas, a
verdade é que tem vindo a crescer, sendo já
muitas as centenas de crianças e jovens a
praticar. Neste momento é a arte marcial mais
praticada nos concelhos de Arruda e Vila Franca
de Xira. Só o CRDA já tem mais de 100 prati-
cantes desde os 4 aos 60 anos.
O CRDA é sócio fundador da Federação
Portuguesa de Kosho-Ryu Kenpo e os atletas
arrudenses já deram origem a uma série de
clubes na região como por exemplo: Alhandra,
Sobralinho, Bom Sucesso, Forte da Casa, Póvoa
de Santa Iria, Samora Correia, Cadafais e
Alenquer, não esquecendo os clubes mais dis-
tantes do Ferroviário, Brandoa e Porto.
Há alguns factores que distingam o kenpo ou
é uma arte marcial semelhante a todas as
outras?
Um dos factores que nos distinguem das outras
artes marciais é o facto de tanto praticarmos um
sistema de defesa pessoal reconhecidamente
eficaz, como também praticarmos Kosho-yoga
que é uma sub-arte do Kosho-ryu kenpo, onde
procuramos dotar os praticantes das ferramen-
tas necessárias para que possam crescer, não só
a nível físico, mas também a nível mental, emo-
cional e espiritual. Hoje em dia já são os médi-
cos em geral e os psicólogos em particular a
"receitarem" o kenpo para as nossas crianças e
jovens!!
Os praticantes reconhecem que é uma
modalidade "exigente", será esse nível de
exigência física e mental que também ajuda a
"agarrar" os praticantes?
Sim, o facto de ser uma modalidade bastante
exigente e também pelo facto de a "arte" ser
baseada no espírito de Ohana (família) faz com
que os praticantes se sintam em casa, sejam
assíduos, e se crie um excelente espírito de
equipa, de entre-ajuda... É normal vermos nas
colectividades/associações onde se pratica o
kosho-ryu famílias inteiras a praticar!!
Este encontro de dia 9 foi uma das principais
actividades do calendário nacional nesta
época?
O evento do dia 9 foi o culminar de uma época
exigente, foi o ponto alto da época devido ao
facto dos kenpokas nessa data terem prestado
provas para a mudança de cinto. De referir que
este evento foi uma organização conjunta da
Fed Port de Kosho ryu kenpo, que tem a sua
sede em Alhandra, e do CRDA
“A prática do kenpo atrai famílias inteiras”
Pedro Porém tem sido um dos grandes
dinamizadores da prática do Kenpo em
Portugal. Em entrevista ao Voz Ribatejana
fala dos primeiros passos da modalidade em
Arruda e da enorme evolução que tem con-
hecido nos últimos anos, com centenas de
praticantes na região, distribuídos por quase
uma dezena de colectividades
Susana Sá Pedro Sequeira
20
voz ribatejana #17
Jorge Talixa
Arruda dos Vinhos
na região Oeste e
Benavente na Lezíria
do Tejo foram os
municípios que
mais viram
crescer a sua
população resi-
dente nos últimos
10 anos, com
subidas da
ordem dos
30%. Vila
F r a n c a
de Xira
foi, por
s e u
turno, o
terceiro con-
celho que mais
cresceu a nível populacional na
Região de Lisboa, atingindo
um aumento demográfico da
ordem dos 11%. Na região nor-
malmente acompanhada pelo
Voz Ribatejana todos os
municípios revelam um
crescimento da população,
com excepção de Coruche,
exactamente o mais
extenso, mas também o
que se debate com
maiores problemas de
alguma interioridade e de
falta de ace-ssibilidades.
Certo é que a dinâmica
económica e a proximidade da
Grande Lisboa tem mantido
esta região na rota do cresci-
mento populacional, notando-
se que os grandes eixos
rodoviários têm aqui bastante
importância, traduzida no
crescimento mais significativo
verificado em locali-
dades
e
freguesias
como Arruda,
C a r r e g a d o ,
Samora Correia,
Vila Nova da Rainha
e Alenquer.
O Voz Ribatejana apre-
senta nesta edição um tra-
balho desenvolvido sobre os
primeiros resultados pro-
visórios do
Censos 2011 divul-
gados pelo Instituto Nacional
de Estatística (INE).
Números que fazem
também reflectir sobre a
evolução económica,
urbana e sociológica
desta região,
caracter-
i z a d a
também pela
ligação que faz
entre as zonas
rurais da Lezíria e
do Oeste e perife-
ria densamente
povoada de Lisboa.
Vila Franca ultrapassa os
136 mil habitantes
Começando por Vila Franca de
Xira, o Censos 2011 revela que
o concelho já atingiu os 136
510 residentes, o que
traduz um aumento
de cerca de 13
500 face a
2001, mas
significa
que os
1 4 0
m i l
h a b i -
t a n t e s
e s t i m a -
dos nos
ú l t i m o s
anos ainda
não foram
alcança-
dos. De
qualquer
forma, o
M u n i c í p i o
vi la- f ran-
q u e n s e
foi o
ter-
c e i r o
q u e
m a i s
subiu na
G r a n d e
Lisboa, só superado por Mafra
e Cascais e está entre os 20
mais populosos do País.
Os dados divulgados permitem
perceber que este grande
crescimento é mais sensível
nas freguesias de Vialonga,
São João dos Montes e
Sobralinho (ver mapa), logo
seguidas pela Póvoa e por
Alverca e Castanheira. Já Vila
Franca, Cachoeiras e Forte da
Casa estabilizaram a sua popu-
lação nestes últimos 10
anos. Percurso oposto regis-
tam a Calhandriz, com uma
ligeira quebra, e sobretu-
do Alhandra, que foi a
freguesia que mais
população perdeu no
concelho. Uma reali-
dade que não surpreende,
mas que recomenda algu-
mas medidas para tentar
reabilitar o parque urbano da
vila e fomentar algum rejuve-
nescimento da sua população.
No que diz
respeito a
edif íc ios
( 1 6 % )
e
aloja-
m e n t o s
(20), o
Município rev-
elou um elevado
índice de cresci-
mento, assim
como ao nível
das famílias re-
sidentes (mais 20%).
Curioso é verificar
que o concelho de
Vila Franca tem mais
5000 residentes do
sexo feminino
do que do
m a s -
culi-
n o .
Segundo o Censos são 65
716
homens e 70 794
mu-lheres,
quando
h á
1 0
a n o s
e s s a
diferença era
bem menor e estava na
casa dos 2600. Significativo é
também o facto do número de
alojamentos ter passado de 54
170 para 65 095.
Carregado e
Alenquer com
forte cresci-
mento
O concelho de
Alenquer foi,
também, um dos
que mais cresceu
na Região Oeste,
com uma subida
populacional na
casa dos 7%, pas-
sando de 39 180 habi-
tantes para 42 362.
Carregado e Santo Estêvão
(uma das duas freguesias da
vila de Alenquer) foram as
freguesias que mais cresceram,
logo seguida por Triana. Ota e
Cadafais foram outras das
Concelhos de Arruda e Benavente Os resultados provisórios do Censos 2011 confirmam que a região normalmente acompanhada pelo Voz Ribatejana é das que mais cresce em termos populacionais. Arruda e Benavente são
mesmo os concelhos com maior crescimento nas suas sub-regiões e Vila Franca de Xira o terceiro com maior aumento populacional na Grande Lisboa. Dentro desta
realidade há também evoluções opostas, com freguesias como Arruda, Carregado, Samora e Vialonga a liderarem o crescimento e freguesias como
Alhandra, Calhandriz, Alcoentre, Olhalvo e Barrosa a perderem população.
zonas com crescimento signi-
ficativo, o que demonstra que a
proximidade de vias como a A
1 e a EN 1 têm forte influência
nesta questão. Já Santana da
Carnota, Cabanas de Torres e
Ribafria viram a sua população
estabilizar e as restantes 8
freguesias alenquerenses
perderam população nestes
últimos 10 anos, sendo Olhalvo
e Vila Verde dos Francos as
freguesias mais afectadas.
Em Alenquer também o
número de edifícios (18%) e de
alojamentos cresceu de forma
muito relevante (24) e também
aqui as mulheres são a maioria,
com 21 848 residentes. O
crescimento populacional do
concelho de Alenquer situou-se
exactamente dentro da média
da região Oeste.
Arruda cresce quase 30%
Arruda dos Vinhos foi, clara-
mente, o concelho que mais
aumentou a sua população na
região, com uma subida da
ordem dos 29, 5%, que lhe per-
mitiu passar dos 10 350 habi-
tantes de 2001 para os actuais
13 408. Um acréscimo mais
sensível nas freguesias de
Arruda e de S. Tiago dos
Velhos, mas também se verifi-
cou uma subida significativa
na freguesia de Cardosas e
algum acréscimo na freguesia
de Arranho, que continua a ser
a segunda mais populosa do
Município. Nos mapas pro-
visórios do INE, Arranho surge
a perder população, mas a
Câmara de Arruda já esclare-
ceu que tudo resulta de um erro
na delimitação das freguesias
de Arranho e S. Tiago e que a
primeira também aumentou a
sua população nestes 10 anos.
De qualquer forma nota-se que
a abertura do nó da A 10, a
construção verificada na vila
sede de concelho, a proximi-
dade de S. Tiago a Alverca e a
procura das Cardosas pela sua
paisagem rural e pela proximi-
dade de Vila Franca permitiram
ao concelho arrudense dar um
grande salto populacional.
O número de edifício cresceu,
por isso, 23% e o de alojamen-
tos 35%, colocando Arruda nos
primeiros lugares destas
tabelas. Entre os mais de 50
municípios da Região de
Lisboa e Vale do Tejo, Arruda é
o quinto que mais cresce.
Também aqui residem mais
mulheres, mas o número é
muito equivalente ao dos
homens. São 6819 residentes
do sexo feminino e 6589 do
masculino, numa diferença
semelhante à que se verificava
em 2001. A população jovem
também cresceu, de 18 para
21%.
Vila Nova é a freguesia que
mais cresce em Azambuja
No concelho de Azambuja, o
crescimento populacional foi
menos significativo, mas ainda
assim relevante, passando dos
20 837 habitantes de 2001 para
os actuais 21 776.
Vila Nova da Rainha foi, clara-
mente, a freguesia que mais
cresceu, seguida por Azambuja
e por Aveiras de Cima. Todas
as restantes 5 freguesias
perderam população, problema
que afecta mais as três fregue-
sias do Norte, no chamado Alto
Concelho, áreas onde a agricul-
tura tem decaído e não tem
havido investimentos que
criem o necessário emprego.
Certo é que Azambuja também
aumentou o número de edifí-
cios (17%) e de alojamentos
(22%) e que, apesar de tudo,
foi dos municípios da Lezíria
que mais aumentou a sua pop-
ulação. Neste caso também é
muito semelhante o número de
homens e de mulheres resi-
dentes. Segundo o Censos
2011 residem no concelho 10
810 pessoas do sexo masculino
e 10 967 do feminino.
Concelho de Benavente é o
que mais cresce no distrito
de Santarém
O Município de Benavente,
como se esperava, foi o que
mais cresceu em termos popu-
lacionais, não só na Lezíria,
mas em todo o distrito de
Santarém. Uma subida da
ordem dos 26%, que se revelou
mais nas freguesias de Samora
Correia e de Santo Estêvão e
também de alguma forma na
freguesia de Benavente. Só a
Barrosa registou uma ligeira
quebra da população residente.
De qualquer forma, o concelho
de Benavente está, agora, nos
29 388 habitantes, mais 6131
do que os contabilizados em
2001. O número de edifícios
subiu cerca de 23% e o de alo-
jamentos 27%. Também o
número de famílias residentes
aumentou 29%. A proximidade
de Lisboa e a dinâmica de
instalação de novas actividades
económicas justificam este
grande crescimento do
Município benaventense.
Salvaterra também cresce
Salvaterra de Magos foi o
segundo concelho que mais
cresceu na Lezíria do Tejo,
superado só pelo vizinho
município de Benavente. Com
22 053 habitantes registados
pelo Censos 2011, o concelho
de Salvaterra tem, agora, mais
cerca de 1900 residentes do
que em 2001. Glória do
Ribatejo foi a única freguesia a
perder população de forma sig-
nificativa, enquanto Muge e
Granho manifestaram alguma
estabilização. Foros de
Salvaterra foi a freguesia que
mais cresceu, logo seguida por
Marinhais. A freguesia da sede
de concelho também registou
uma subida relevante. No que
diz respeito a edifícios e aloja-
mentos, o Município salvater-
rense revela uma subida da
ordem dos 22%.
2120 de Julho de 2011
lideram crescimento da população
Alojamentos: 65 095
Edifícios 17 071
Famílias 53 476
Números doConcelho deVila Franca
Fonte: INE
| ÓPTIMAS INSTALAÇÕES
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Outros concelhos
2001 2011
Almeirim 21 957 23 403
Cartaxo 23 389 24 574
Coruche 21 332 19 931
Santarém 63 563 62 162
Loures 199 059 205 577
Alcochete 13 010 17 565
Montijo 39 168 51 308
Moita 67 449 66 311
Sobral Mte. Agraço 8927 10 158
Vialonga é uma das freguesias
com maior crescimento
22
CULTURA
“
voz ribatejana #17
Jorge Talixa
A Junta de Freguesia de Alverca homenageou
cinco personalidades e instituições locais nas
comemorações dos 21 anos da elevação a
cidade, realizadas no dia 13, no grande auditório
da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense.
Os autarcas salientaram que é nos momentos
difíceis que é necessário unir mais esforços e
destacar o exemplo dos que se empenham em
prol da comunidade. A cerimónia foi intercalada
com actuações de vários grupos culturais locais,
incluindo a dança jazz e o flamenco da SFRA
(Academia Paula Manso), o coro Ares Novos e
a classe de danças orientais da HR Fitness (pro-
fessora Inês Antunes).
Na abertura da sessão, Afonso Costa, presidente
da Junta alvequense, admitiu que os tempos são
de sacrifício e que a vida está difícil para as
famílias e também para as autarquias. “As ver-
bas que chegam à Junta de Freguesia de Alverca
têm vindo a descer, ao contrário das necessi-
dades dos cidadãos, que aumentam todos os
dias. É nestas alturas que temos que dar provas
do nosso valor”, vincou, frisando que é “um
autêntico desafio” cumprir as tarefas que com-
petem às autarquias locais com os poucos recur-
sos disponíveis.
“Gostaria de poder falar da variante, do passeio
ribeirinho e da ligação de Alverca aio Tejo. São
realidades que tardam em concretizar-se. Mas a
obra de regularização do Crós-Cós vai trazer, a
curto prazo, uma melhoria muito significativa da
qualidade de vida dos alverquenses. E podemos
falar também das novas escolas e do grande
esforço que a Junta tem feito no arranjo das
calçadas. Também continuamos a dar resposta a
outras solicitações dos nossos cidadãos. E posso
falar das parcerias e do apoio que temos dado ao
movimento associativo e ao trabalho que efectu-
amos nas escolas”, prosseguiu o eleito do PS,
sublinhando que a postura da autarquia local é
de dignificar a cidade. Nesta comemoração dos
21 anos da elevação de Alverca a cidade o obje-
ctivo foi, também, realçar exemplos de pessoas
que trabalham em prol da freguesia.
Maria da Luz Rosinha salientou que, nestes 21
anos, Alverca “está diferente” e tem “um con-
junto de pessoas que dão muito de si a favor de
todos os outros e para que efectivamente
Alverca possa ser aquilo que é hoje”.
Observando que Afonso Costa já dera conta das
necessidades de uma freguesia tão grande como
Alverca, a presidente da Câmara de Vila Franca
frisou que o autarca local também deu uma nota
de esperança “naquilo que é preciso fazer e no
engenho que é preciso ter nos momentos difí-
ceis. Quando há menos, há que fazer esticar”,
acrescentou, frisando que “não devemos deses-
perar, o que devemos é trabalhar e batalhar para
que as dificuldades se possam ultrapassar.
Vamos conseguir ultrapassar as dificuldades e
vamos ter muito orgulho no trabalho feito”, con-
cluiu.
Seguiu-se a apresentação dos 5 galardoados,
chamados por Daniela Azevedo que apresentou
a sessão, onde cada um viu também o seu per-
curso ilustrado em pequenos vídeos projectados
na sala.
Galardão “partilhado”
com a esposa
Joaquim Dias, dinamizador do Grupo Etnográfico de Danças e
Cantares de Alverca recebeu o galardão de mérito cultural pela
sua dedicação ao grupo e à divulgação da música tradicional.
Joaquim Dias fez questão de chamar também a sua esposa,
Manuela, ao palco, frisando que tem sido também uma pessoa
muito importante neste percurso. E foi Manuela a ler algumas
palavras escritas por Joaquim. “Não sei se mereço este galardão,
penso que fiz muito pouco pela cultura tradicional e pelos usos e
costumes dos nossos antepassados. Gostaria de ter feito muito
mais, mas sem condições não foi possível”, vincou o casal,
agradecendo todo o apoio que as autarquias locais têm dado ao
GEDCA.
Promover o desporto
através dos bombeiros
O Grupo Desportivo dos Bombeiros Voluntários de
Alverca foi constituído em 1971 e, desde então, tem
dinamizado modalidades como a pesca desportiva, a
natação, o ténis-de-mesa, o atletismo e o futsal, propor-
cionando a prática desportiva à população em geral e
aos jovens em particular e fomentando o “são convívio
desportivo”. Francisco Rosa Anacleto recebeu o
galardão em nome do GDBVA, mas fez questão de
chamar também ao palco dois atletas do clube, Paginha
e Neto. “O galardão deve ser e é merecido pelos nossos
atletas. São eles que levam por este País fora e represen-
tam, com dignidade, o GDBVA, os seus bombeiros e a
população e a cidade de Alverca”, vincou Francisco
Anacleto.
Cinco homenagens nos 21 anos
da cidade de AlvercaTrês personalidades da vida de Alverca, um
clube e uma empresa foram homenageados
com a atribuição de galardões de mérito da
cidade pelo seu percurso exemplar e pela
dedicação à comunidade.
Emocionada
e sem palavras
Maria Elisa Raimundo recebeu o galardão de mérito autárquico.
Actualmente com 75 anos, foi a primeira mulher eleita para a Assembleia
de Freguesia e a primeira mulher no executivo da Junta de Alverca.
“Estou muito emocionada com esta homenagem. Só me sinto à vontade
para dizer muito obrigada”, referiu, depois de receber o galardão.
Vila Franca de Xira
Exposição de Fotografia
"Tejo, como te Revejo" , de
Pedro Inácio, até 6 de Agosto,
na Galer ia de Exposições
Palácio Quinta da Piedade.
Exposição “Vidas e Obras de
um só… Pessoa!” , até 30 de
Setembro, na Galer ia de
Exposições da Biblioteca de
Alverca;
Exposição Comemorativa
dos 200 Anos das Linhas de
Torres Vedras , a té 16 de
Outubro, no Celeiro da
Patriarcal em Vila Franca;
Exposição de marcadores de
l ivros , e laborados pelos
alunos das escolas, no âmbito
das Comemorações dos 10
anos de exis tência do
Bibl iomóvel , a té 31 de
Agosto, na Biblioteca de Vila
Franca;
Comemorações do
Centenário de Alves Redol:
Várias exposições dos mais
variados géneros, ciclo de cin-
ema, sessões de teatro, encon-
tros e conferências, graffiti e
concertos filarmónicos.
Leituras, Travessuras e out-
ras Diabruras , dias 22 e 29 de
Julho, às 15h00, na Biblioteca
de Alverca (crianças dos 4 aos
10 anos de idade).
“Contos à Sombra” , dias 2 e
4 de Agosto, às 11h00, no
Parque Urbano Dr. Luís César
Pereira, em Vila Franca (cri-
anças dos 4 aos 10 anos de
idade).
Alenquer
Exposição de artesanato .
Trabalhos real izados pelos
participantes nos ateliers do
sector de adultos da Biblioteca
de Alenquer durante o ano de
2010, (Comemoração do Dia
dos Avós, dia 26 de Julho), na
Bibl ioteca Municipal de
Alenquer.
Biblioteca em Movimento . De
Julho a 30 de Setembro, a
Biblioteca de Alenquer vai à
rua em vários locais de
Alenquer.
Arruda dos Vinhos
Exposição Mostra de
Artesanato , até 31 de Julho
“Trabalhos de Patrícia Tomé”,
de 1 a 30 de Agosto, “Artesãos
do Concelho”, no Posto de
Turismo de Arruda.
Exposição de Fotografia de
Hugo Delgado , a té 10 de
Agosto, na Galeria Municipal
de Arruda;
Biblioteca em Movimento –
Ateliers de Férias para cri-
anças, até 29 de Julho e de 1 a
12 de Agosto, em Arruda.
Matiné com “Jorge César” ,
dia 24 de Julho, às 15h00, no
Clube Arrudense.
Festejos Anuais em Honra de
S. Tiago Maior, de 29 a 31 de
Julho, em S. Tiago dos Velhos.
Festas em Honra de Nossa
Senhora de Santa Anta , de 5
a 7 de Agosto, em Carvalha.
Festas de São Lourenço de
Arranhó , de 5 a 8 de Agosto.
Azambuja
Música “À Luz da Lua” ,
todas as noites de quinta-feira,
às 22h00, dia 21 (Recital de
Piano com o pianista Pedro
Ramos) e 28 de Julho (Peça de
Teatro o (des)concilio de Deus
pelo Grupo de Teatro MIAU-
FA), no Jardim do Museu
Sebastião Mateus Arenque.
Férias de Verão , a decorrer
até 29 de Julho, das 09h30 às
16h45, para jovens dos 06 aos
16 anos, no Pavilhão de Vale
do Paraíso, no Museu
Municipal , no Auditór io
Municipal, no Centro Hípico
Lebreiro de Azambuja e no
EPAC.
Comemoração do 22º
Aniversário da Associação
Cultural e Recreativa dos
Casais das Boiças , dia 24 de
Julho, nos Casais das Boiças.
XXXIV Festival Nacional de
Folclore , dia 30 Julho, pelas
21h30, no Vale do Brejo.
Organização: Rancho
Folclórico “Os Camponeses”.
Benavente
Exposição “Da Vinha ao
Vinho” , Comemorat iva do
Aniversár io do Museu
Municipal de Benavente, até
29 de Outubro, no Museu
Municipal de Benavente.
Exposição “Faianças
Artíst icas - Bordalo
Pinheiro” , a té 17 de
Setembro, na Galeria Bar do
Palácio do Infantado, em
Samora.
Noites de Verão (sexta para
sábado), às 21h30 durante o
mês de Julho, no Parque 25 de
Abril, em Benavente.
Festas em Honra de Santo
Estêvão (Arraiais , Largadas
de Toiros, Desfile Etnográfico
e Sardinhada), de 22 a 24 de
Julho, em Santo Estêvão.
Festas em Honra de N.ª Sr.ª
da Paz , de 5 a 9 de Agosto, em
Benavente. Tradição religiosa,
Espectáculos Musicais ,
Largadas de Toiros .
Organização: Comissão das
Festas de N.ª Sr.ª da Paz.
Salvaterra de Magos
Festa em Honra de Nossa
Senhora de Fátima , de 29 de
Julho a 01 de Agosto, no
Granho.
Festa em Honra de S. Miguel
Arcanjo , de 5 a 8 de Agosto,
em Marinhais.
Sobral de Monte Agraço
Exposição de Pintura
“Caminhos Possíveis” de
Matilde Costa, até 30 Julho,
na Galer ia Municipal do
Sobral;
“Noites na Praça” – Música
ao vivo: Mês de Julho, às
22h00: Dia 22, “Zen Zen” e
Dia 29 “4Teto de Saxofones”,
na Praça Dr. Eugénio Dias.
Dia dos Avós , dia 25 de Julho,
no Campo da Feira (junto às
Juntas de Freguesia) do Sobral
.
Santarém
Exposição de Pintura
“Corpos e gestos” – A
expressão em aguarela , de
João André, até 26 de Julho,
na Casa do Brasil.
Exposição de pintura: “A
Toirada” , da artista Mité. “A
Toirada”, pretende destacar e
valor izar a faceta ar t ís t ica
deste espectáculo, até 28 de
Agosto. na Casa do Brasil.
Ciclo de Masterclasses de
Viola Dedilhada , até 22 de
Julho, no Conservatór io de
Música
2º Encontro de Avieiros , dia
24 de Julho, nas Caneiras.
Feira de Agricultura
Biológica , dia 27 de Julho,
09h30 às 14h00, no Jardim da
Liberdade.
coordenação António Preto
Agenda Cultural
23
20 de Julho de 2011
Utilar com muito gás
A Utilar, loja da empresa de Elvira & Vieira Lda, e os seus grandes
dinamizadores, Elvira e Francisco Vieira, foram os galardoados na cate-
goria Mérito Empresarial. Uma empresa com percurso exemplar, insta-
lada desde 1959 junto ao mercado de Alverca. Depois de uma apresen-
tação marcada também por alguns dos curiosos anúncios da Gazcidla
nas décadas de 60 e 70, Elvira Vieira reconheceu que “é uma grande
honra” receber este galardão, agradeceu a todos os amigos e em parti-
cular a todos os clientes. “Tudo faremos para continuar a merecer a sua
confiança”, garantiu a empresária alverquense, salientando que o
galardão vai também para o marido Francisco, que “tem sido um men-
tor muito grande e tem trabalhado muito, senão não seria possível
chegarmos aonde temos chegado”, rematou.
Adelino Esperança entrega
galardão à Casa S. Pedro
Adelino Esperança presidiu à direcção da Casa S. Pedro durante 14 anos
e contribuiu de forma decisiva para a sua consolidação e para a modern-
ização das suas instalações. Em Novembro de 2010, “na sua humildade,
entendeu que outros deviam continuar a obra”, referiu o pequeno filme
sobre a sua vida e a ligação à instituição de apoio à terceira idade.
“Quando em disseram que ia ser nomeado achei estranho, porque nunca
foi a minha maneira de ser e de estar. Entretanto fiz uma avaliação e,
efectivamente, aquela casa tem grandes valores que, ao longo do tempo,
foram dados pelos fundadores, pelos corpos gerentes, pelos colabo-
radores, pelos técnicos, pelos utentes, que gostam daquela casa”, obser-
vou Adelino Esperança, explicando que o prémio é um reconhecimento
pelo trabalho da Casa S. Pedro e que, por isso, vai entregar o galardão à
instituição, para que fique no seu salão nobre.
Jorge Talixa
As últimas sepulturas no antigo
cemitério de Alverca foram
feitas há já cerca de 30 anos.
Conforme prevêem as regras,
embora desactivado, o
cemitério do centro da cidade
alverquense não foi mexido
durante 25 anos. Mas, entretan-
to, as autarquias locais prome-
teram ceder aquele espaço para
ampliação do quartel do
Bombeiros Voluntários de
Alverca e o processo mantém-
se num impasse, porque nem
junta nem câmara assumem a
remoção de tudo o que ainda
permanece no antigo cemitério.
A corporação já pediu uma
nova reunião às autarquias para
saber com o que é que pode
contar, até porque já tem
anteprojecto e precisa de ampli-
ar as instalações para guardar
viaturas.
Com a desactivação do velho
cemitério de São Sebastião e a
abertura do novo cemitério
alverquense começaram a
desenhar-se algumas possibili-
dades e as autarquias locais
prometeram ceder o terreno em
direito de superfície aos vizi-
nhos Bombeiros. Chegou a exi-
stir um compromisso de liber-
tação definitiva do espaço no
primeiro trimestre de 2010,
mas muito pouco avançou e o
processo está longe de estar
concluído. Em Setembro de
2008 realizou-se a última
reunião tripartida (Câmara,
Junta e Bombeiros) sobre a
matéria. Agora, depois de
vários contactos, a direcção dos
BVA solicitou uma nova
reunião entre as três partes
envolvidas para esclarecer a
situação.
“É um processo moroso que
mexe com a sensibilidade das
pessoas. A última sepultura foi
feita há cerca de 30 anos. E só
se pode mexer num cemitério
25 anos depois, o que quer
dizer que está desactivado há já
cerca de 5 anos. O processo foi
avançando, a Junta de
Freguesia foi fazendo o levan-
tamento de algumas sepulturas.
Depois houve um período de
cerca de 1 ano em que não
aconteceu nada e, por volta de
meados de 2010, notou-se
algum avanço”, esclarece Luís
Coimbra, presidente da
direcção dos BVA, frisando
que, entretanto, a Junta tem ale-
gado que é muito complicado
resolver situações como as dos
13 jazigos ali existentes. “As
sepulturas têm sido levantadas,
algumas, mas penso que há
ainda largas dezenas para
serem levantadas”, estima Luís
Coimbra, em declarações ao
Voz Ribatejana, admitindo que,
nestas condições, todo o
processo de desactivação do
antigo cemitério ainda pode
demorar bastantes anos.
Já Afonso Costa, presidente da
Junta de Alverca, começa por
salientar que este assunto não é
recente, não vem dos últimos
dois mandatos autárquicos e
“não se resume a mudar sepul-
turas ou jazigos”.
O autarca do PS sublinha, em
declarações ao Voz Ribatejana,
que, “quando lidamos com
assuntos relacionados com a
morte, lidamos com sentimen-
tos e susceptibilidades, pelo
que o processo não pode ser
conduzido como se estivésse-
mos a demolir um bairro de
casas velhas”. E acrescenta que
o desactivar do cemitério não é
uma competência apenas da
Junta de Freguesia. “A Junta
não tem capacidade logística
nem meios financeiros para
desenvolver um trabalho desta
envergadura”, assume, garanti-
ndo que “tem havido uma pre-
ocupação desta autarquia de dar
continuidade a um trabalho que
já vinha a ser feito, no sentido
de identificar os titulares dos
covais e mesmo de alguns jazi-
gos”.
“São processos morosos e que
obedecem a tempo definidos
legalmente. Já no mandato
anterior tomámos algumas
medidas tendentes a acelerar o
processo. Foi por nossa deliber-
ação que isentámos de taxas
quem optasse pela transladação
dos corpos para o cemitério
novo. No que respeita a tempo
para desencadear este processo,
não dispomos de meios
próprios que nos permitam
acelerar um processo que se
reveste de bastante complexi-
dade”, acrescenta Afonso
Costa.
Sentindo estas dificuldades,
Luís Coimbra solicitou a Maria
da Luz Rosinha, em Junho, que
marcasse uma nova reunião tri-
partida, que ainda não aconte-
ceu. “O nosso quartel faz 40
anos no final de 2012, não é
novo nem é velho, mas é insu-
ficiente para guardar as nossas
viaturas”, explica Luís
Coimbra, frisando que carros
deste tipo não podem ficar na
rua e que a corporação se viu
obrigada e colocar parte dos
seus veículos num armazém
situado a cerca de 700 a 800
metros, próximo da rotunda do
Jumbo, o que não ajuda nada à
sua operacionalidade.
“Seria lógico que esta ampli-
ação se fizesse naquele sítio, o
quartel está numa zona central
e tem boas acessibilidades.
Parece-me bem estender o
quartel para aquele lado”, ref-
ere o presidente dos BVA,
numa opinião que é consensual.
Entretanto, a corporação, com
autorização da Junta, já fez um
levantamento topográfico do
espaço do antigo cemitério e
mandou elaborar um antepro-
jecto. Falta fazer uma estimati-
va do custo da ampliação e Luís
Coimbra julga que será possív-
el candidatar a obra a apoios
comunitários.
“O importante para nós, neste
momento, é sabermos se
podemos contar com aquele
espaço em definitivo ou não.
Não gostaríamos de estar a dar
passos, a despender energias e
recursos, se não se vier a con-
cretizar esta cedência”, conclui
Luís Coimbra.
Voz Ribatejana
“
“
ALVERCA
A desactivação de um cemitério é sempre um processo com-
plexo. Em Alverca, os Bombeiros aguardam que as autarquias
locais cumpram a promessa de libertação do espaço do antigo
cemitério para ampliarem o quartel, mas ainda muito falta
fazer na retirada de campas e jazigos e na transladação de
algumas ossadas para o novo cemitério.
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Impasse na desactivação do antigo
cemitério preocupa bombeiros
Assunto chega à
Câmara
O problema da desactivação do antigo cemitério já foi abor-
dado em recente reunião camarária, com os vereadores da
CDU a lembrarem que existe o compromisso de ceder o
espaço aos BVA e a questionarem para quando se poderá per-
spectivar a libertação total do terreno e a cedência formal aos
Bombeiros de Alverca. Maria da Luz Rosinha frisou que o
compromisso mantém-se e que pretende abordar o assunto,
em breve, com a corporação e com a Junta de Alverca. A edil
observou, também, nas recentes comemorações do Dia
Municipal do Bombeiro, que a construção do novo quartel de
Vialonga e a ampliação do quartel de Alverca são, nesta
altura, as maiores prioridades em termos de instalações para
as corporações de bombeiros.
Alverca
CALHANDRIZ
031 192 997 [email protected] Nº38’55.505 W009º03.962
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