X I A N N O DOMINGO, 4 D E JUNHO DE 1911 N l 5 i j
E M A N A R Í O REPUBLÍCANO RADICAL
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is s ig n a liir aAnno. 1S000 réis: semestre, -'oo reis. Pagamenuy adeanraao. Para fóro: A nno . [S200: semestre. 600; avuiso. -.-o reis.Par.i o B rita i: Anno. :Sooo rei» mioeuu tortefí
DIRSCTOR-PROPRIETARIO—José Augusto Saloio H
I M D A C ® 0 . A D I N Í S T R A G A O E TYPOGAA FH0 (Cjtisjpsísieão e im pressão)U R U A C A N D íD O D O S REIS — 126,
AJLDEGALLKGA
a P u b l ic a ç õ e s2 A n n u n cio s— i . a puòiicacáo. 40 réis a linha, nas seguintes,0 20 réis. A nnuncios na 4.» pagina, contracto especial. O s auto- y. graphos não se restituem uuer sejam ou não publicados.
EDITOR— José Cypriano Salgado Junior
A reaccão do-■ ■ «
Escrevemos sob a dolorosa impressão de que a constituição que ha de regular as reiações mútuas entre os cidadãos e o Estado não será o que a verdadeira democracia aconselha. Oxalá nos enganemos; temos, porém, presenciado que a reacção republicana vence.
Mas o que será a reacção republicana, pergun- tar-nos-hão? E’ fácil de explicar. Nos tempos da monarquia o partido repuoli- cano era uno e aparentava-se indivisível. Esta tacti- ca extraordinaria, que todos os. republicanos sempre mantiveram, nao deixava perceber bem a todos, o choque de ideais que, sob a mesma bandeira, se havia de dar logo que a Republica fosse implantada. Por mais que se quizesse encobrir tudo era manifesto dentro do proprio Govêrno Provisorio.
As promessas feitas pelos oradores republicanos na propaganda dentro do regimen extincto eram idênticas. Conservadores, moderados e radicais, todos talavam como que una voce. Pareciam ser ensaiados antes do comicio estar aberto. O povo agora é que se não deve deixar a- dormecer no dôce leito de promessas feitas pelos a- póstolos. A iniciativa dos grandes movimentos deve partir delle mesmo e, assim, deve vêr que só os principios verdadeiramente democráticos haverão de reger e presidir á elaboração da legislação nacional. Isto para seu bem, entenda-se. E’ bom que es- queçâmos o effeito que produziam as palavras de alguns tribunos da democracia e melhor será ainda que reparemos na apostasia que alguns homens da antiga oposição estão fazendo das afirmações outrora feitas nos seus discursos, Fomos sempre con
tra o facto de seguirmos homens; hoje ainda mais o somos. O actual ministro do Interior tem dado sobejas provas de que nem sempre é bom atirar pedras aos telhados dos visi- nhos. Atirou-as e agora caem-lhe nos da sua casa que são de vidro.
Tanta demencia, tanta compaixão e os inimigos declarados da Republica continuam a mecher-se. Um commissario de policia querido por toda a gente da terra é abrutamenie de- metido sem que uma explicação acompanhe este acto. O resultado é triste mas constitue uma bella lição: O commissario nomeado em substituição daquelle é o primeiro que dá razão ao povo, pedindo a sua exoneração logo a seguir ao momento em que toma posse...
Mas nós estavamos explicando o que era a reacção republicana. Ella é constituída por todos a- quelles que não sentem claramente as necessidades do povo; ella é, infelizmente, composta tambem daquelles que, embriagados pela vaidade do mando, perturbados pela aquisição de cargos que nunca sonharam vira desempenhar, só pensam em formar partido, abraçando todos, sem uma rigorosa selecção e sem o critério que noutros tempos pareciam possuir. Ella é, finalmente, prehen- chida por áquelles que querem a Republica como simples movimento de evolução da monarquia constitucional para um regimen de liberdade mais ampla, isto é, a substituição d'um chefe hereditário por um electivo.
Contra isto clamámos nós e o povo deve acompanhar-nos. Queremos que a Republica nada ou muito pouco tenha da fórma de govêrno que os revolucionários de 4 de Outubro demoliram. O govêrno dos povos hoje já se não póde entender como alé ao fim do século passado. O século xx trouxe comsigono- bres aspirações a que os estados devem dar pleno
cumprimento, e essas aspirações consistem na reali- sação da encantadora legenda de«Liberdade, Igualdade e Fraternidade». A- pregoar estes sentimentos e não os cumprir é uma quebra de pundonor a que não pudèmos deixar de opôr o nosso vehemente protesto. O proprio povo portuguez comprehende a Republica assim; doutra fórma não valeria muito a pena mudarmos de situação.
Estas nossas palavras, decerto, vão fazer lançar sobre nós alguns epítetos que todos os conservadores guardam para áquelles que não pensam como elles. Seja como fôr, porém, nós que, infelizmente, vimos a recommendação de uma lista por meio d’um prospecto, em que pór sob o nome dum certo candidato se via escrito o nome dum ministro do Govêrno Provisorio, não pudêmos deixar de gritar contra estes processos. Achavamo- los indecorosos nos tem pos da monarquia e continuámos a achal-os ainda mais indignos feitos por republicanos. Por tudo isto tememos que a reacção vença e que o povo seja illudido. Elle que vigie que nós es- tâmos no nosso posto.
Paulino Gomes.■ ■ • » ■ ...... ...—
TEM DE SER ASSIMNão pudêmos nem de
vêm os deixar de agradecer ao Ex.mo sr. Martins dos Reis as penhorantes palavras com que na su3 «Despedida» de 21 do mez passado nos quiz honrar, parecendo até que,, de certo modo, nos differenceia um pouco dos outros seus leitores, o que realmente muito nos penhorou por nos não julgarmos digna de tantas attenções.
Diz S. Ex.a que, apezar da sua retirada daquella localidade, não deixará de continuar a escrever para O Domingo, o que sinceramente estimámos porque, se S. Ex a quiz concordar com o nosso dicto «Um dos maiores males da hu
manidade consiste em não haver humanidade», tambem a nós nos praz concordar— e plenamente — com aquellas suas palavras:
«Áquelles que mais humanidade apregoam, que mais benevolencia e mansidão aparentam, são os peio- res, e nunca os seus actos condizem com as suas palavras».
Muito bem. Mas, em vez de «são os peiores», deveria talvez antes ter dito «são geralmente os peiores»., por isso que, como S. Ex.a muito bem sabe, não ha regra sem excepção: e mal vai se assim não é, e oeior nos iria se assim não fosse, porque tambem os nossos homens públicos do velho e do novo regimen se jactaram de probos e honrados, apregoando-se uns e outros o non plus ultra da integridade e da j,ustiça.
Os do velho regimen faziam-no sem razão porque, se eram bons,, lá estavam as suas obras para o comprovar; se maus, melhor ihes fôra dormir que pré- gar embustes.
Os do novo esses faziam- n’o com certa necessidade porque, não tendo ainda sido homens públicos, ninguém sabia o que elles eram* precisando por isso de se fazer impôr ao público, já pela sua imprensa, já pela sua palavra. Porém, desde que entraram no poder* estão no mesmo caso dos outros: Se são* bons, queo digam nassuasobras, e tudo irá bem_
Mas, voltando ás palavras de S. Ex.% o certo é que a bondade, a honra, a dignidade, o dever, a generosidade, a lisura, a integridade, etc., etc., são effe- ctivamente qualidades que raramente se encontram naquelles que mais as alardeiam, porque os seus possuidores não são geralmente áquelles que mais as apregoam. E não, por dois motivos: Primeiro,porque lá estão as suas o- bras que dellas dão pieno testemunho; segundo, porque acham a «prática dobem» tão natural que nem
ao menos querem ser apontados pelo facto de terem cumprido aquillo a que elles costumam chamar «o seu dever». Quanto ao bello dito de
Cícero, tempo virá em que elle seja posto em voga, porque o mundo marcha e o Progresso ha de fazer-se um diat Mas quando será isso? Seja quando fôr, S. Ex.a o verá e nós o veremos. Na época actual porém, rarissimos são aquel- les que preferem a Verdade ao amigo que mentem... como prova de gratidão d sua eterna amizade. De maneira que o que hoje mais se encoutra é o «amicus humani generis»- que, na bôca da maior parte, é como quem diz «amigo deninguém».
Agora—e para terminar-um pouco de cavaco so
bre os uJtimos dois versos da poesia «O Baptismo» dó dia 14:-
«E tudo isto porquê? Porque na Biblia um mono- devora uma maçã sem licença do dono»T
Não está mal apanhada esta? Pois o homem foi lá nunca um mono? Selvagem sim, mas mono nunca! O homem nascera homem assim como o macaco nascera macaco, senhores dar- winistas!:
E se alguem duvida d’is- to, experimente: Peguen’um d’esses lindos progenitores de Darwin, leve-o para casa, trate-o muito bem,, fele muito com elle, etc. E: se durante alguns annos ou mesmo alguns séculos* conseguir que o lanzudo bicharôco articúle uma só palavra ou se ria, saiba q.ue- nos declararemos vencida. Mas até lá continuaremos a dizer que o macaco nascera macaco assina como o homem nascera homem:
Alguem- diz que oescla- recido auctor dos dois versos- supra os não- escreveria hoje por muito dinheiro,como sóe dizer-se, assim como-tambem sepro- phetiza q.ue esse génio da poesia luza- ainda, um: dia se resolverá a sacudir
9 O D O M I N G O
antigas idéias á Go-■suasrnes Leal.
Nós porém, duvidámos que elle o faça á Gomes Leal; mas íião que elle o faça por qualquer outraj fórma, porque demais sabe elle que o homem nunca toi macaco e que o systema Demócrito nada prova em contrario. Sim, a terra é atónica; mas que tem lá isso para o caso Darwin?' Apenas uma coisa: E é que n’isso mais e mais se fevela e patenteia a omnipotência e sabedoría do Supremo Architecto do -U- ni verso).
a Quem poenit peccasse, pene est innocensD.
A dekaide Moret.
(Lommmtarios Moíicias Senhora, eleitora
A distincta médica, s r .a D. Carolina B eatrâ Angélo que, como aqui já dissemos, requereu a inclusão do seu nome nos cadernos do recenseamento eleitoral por saber ler e escrever e ser considerada chefe de familia, conseguiu, como era justo, qne lhe fosse reconhecido-© direito de votar. Acompanhada de senhoras das suas relações apresentou-se na assembléia eleitoral de S. Jor ge de Arroyos, em Lisbôa, a fim de desempenhar os seus direitos de eleitora. Esse acto, o primei*- ro nos annaes do eleitorado nacional, foi coroado d ’uma grandiosa manifestação de simpatia.A situação vinícola em
França.Nas noites de 4, 5, 6 e 7 de
abril cabiram em França graves geadas, tendo a temperatura des eido a 8 graus abaixo de 0.
Toda a região meridional e do sud-oeste da França, justamente a mais íemporã, foi muito prejudicada, tendo sido destruídas a rebentação de muitos vinhedos e das arvores de frueto.
_ Os estragos foram muito consideráveis e «mbora seja ainda impossível calculal-os com exactidão, pode-se desde já prever que a futura cclheita será muito reduzida.
Estes dados são confirmados pelas ultimas noticias, do fim de abril, informando que no sudoeste, sobretudo na Charente inferior, os estragos atingiram uma importancia real.
As «flertas para vendas «na "cêpa», para 1911, são um pouco inferiores ás do começo do anno, mas não têem sido acceites pelos viticultores.
Os preços actuaes são: no Gard, 40 francos os 100 litros; no Au- de, 38 a 40 francos; no Roussil lon, 37 a 40 francos.
Ós vinhos disponíveis nas adegas são muitissimo raros.
A Hespanha e a Argélia sof- freram tambem muito com as intempéries de abril.Vinhos portuguezes
A União dos Viticultores de Portugal acaba de exportar para J&rsey, pelo navio «Detlif Wa- gaero, 20 meias pipas de vinhos tratos communs e 50 cascos e 70 quartos de pipa de,vinhos brancos, tudo no valor de 2:557$500 réis.Abalo de terra
No dia 31 de maio findo sentiu-se um pequeno movimento sis-
C 0 F R B S © P S R O X # J k S '
O ingrato é vima féra Que, quanto mais se lhe fa\, Tanto mais a besia espera, Porque só d'isto é capa\..
De todos os belluínos E decerto o mais ingrato, Porque só entre os felinos Acha o seu fiel retrato.
Só n este dragão, senhores, Se encontra o grande villão Que, a quem só deve favores, Mor-de a protectora mão/
E morde com tal fu ro r.., Com um tal desembaraço, Quê o pobre do bemfeitor Lhe lem de fu g ir co braço!
Selvagem de Ingratidão Em que tudo regorgita!Eu te detesto, dragão,Eu ie abomino, maldita!
Mas nem por isso deixemos De praticar sempre o bem; Pois antes nós nos queixemos, Que de nós se queixe alguem.
€tòc/uibl QTlcizt.
P a r t id o s o c ia l i s t a r e f o r m is ta .For se incompatíbilisar com os
membros dos corpos sociais d’a- quelle partido, deixou no dia 1 do corrente de faz-er parte do referido partido, o -sr. Agostinho José Fortes.
•Este mundo é uma bola e é certo.
L o p e s B a r r a d a sRetirou na sexta feira para E-
vora onde se demorará algum tempo, o nosso amigo e correligionário Manuel Maria Lopes Barradas, estimado praticante de farmacia n ’esta villa.A s C o n s t i t u in t e s
Os trabalhos preliminares para I
E tn f a m il iaDiz-se qne os «thalassas» ex
pulsos de Lourenço Marques serão ouvidos pelo sr. Freire de Andrade.
Muito bem. Assim ficará tudo em familia.J u lg a m e n t o s
Responderam no tribunal d’es- ta comarca: Dia 31 de maio, Antonio d’01iveira. carvoeiro, natural dAlemquer, acusado do crime de homicidio frustrado em Othello Esteves Braga, residente na Atalaia, sendo condemnado em 20 mezes de prisão e 20 de multa a IOO réis por dia, fioando a pena reduzida a 10 mezes de prisão e 200 dias de multa pelo decreto de amnistia e sem custas
as constituintes estão já delinea] ser bre_ Dia 1 4o corm). dos. Os trabalhos parlamentares, ^ João Abel Domingos da Ro.abrem no dia 19 do corrente, sendo esse dia considerado de grande gála. Algumas corporações populares da capital preparam-se para levar a efeito diver sos festejos.
Encetará a camara os seus trabalhos pela verificação dos po deres dos candidatos, trabalho esta que deve durar duas sessões passando se de seguida á eleição do presidente, secretario e com missões de estudo. Acabado este trabalho o presidente do govêrno dará conta da transformação po- lica, submetendo a á saneção parlamentar. O projecto da constituição elaborado pelo dr. Teofi- lo Braga, será o primeiro diplo ma a discutir, e a seguir entrar- se-ha na discussão e revisão dos diplomas publicados em dictadura pelos diversos ministérios.
“ O D ia ,,Este nosso collega da capital,
suspendeu temporariamente a sua publicação.F e io T e r e n a s
Perante o sr. ministro do interior, tomou posse do logar de director geral da secretaria da Assembléia Nacional, para o que havia sido já nomeado, o nosso
illustre deputado
sa, da Cortageira, acusado de dar duas facadas em Severino da Costa, de Alhos Vedros, sendo condemnado em 69 dias de prisão e 21 de multa a 100 réis por dia; João Justino, d’Atalaia, a- cusado de offensas corporais, condemnado em 8 dias de prisão.M a r in h a d e C a m p o s
O ex-governador da provincia de Cabo Verde, sr. Marinha de Campos, foi na passada sexta feira entregar no ministério da marinha o requerimento em que péde a sua demissão de oficial da armada.U in g r a n d e in c ê n d io
Pelas 8 horas da noite de 1 do corrente manifestou-se fogo no velho convento da Senhora da Conceição, na Avenida Antonio José dAlmeida, que após alguns minutos se transformou n’uma fogueira assustadora. Os rápidos soccorros dos nossos valentes bombeiros evitaram, e já foi muito, qne as propriedades contíguas1 fossem engulidas pelas cha-mnas. A deficiencia de ma terial e parece qne o sen mau estado fizersm com que se pedisse soccorro ás corporações de bombeiros do Barreiro, que prontamente acederam, prestando ma- gnificos serviços. O convento
preços correntes de géneros 9 utensilios de primeira necessidade.Gregorio Gil
Com fábrica de distiHaçUo na travessa do Lagar da Cera (na Pontinha) offerece á sua numerosa clientella, álém de aguardente bagaceira muito bôa de que sempre tem grande quantidade para venda, finissima aguardente de prova (30°) para melhoramento dos vinhos, assim como aguardente anisada muito melhor que a chamada de Evora. Os preços sJLo sempre inferiores aos de qualquer parte e as qualidades muito superiores
li.ev®ltaçã© FraaccaaDa Biblioteca Histórica (Po
pular e Illustrada), recebemos o 1.° volume da «Historia da Revolução Franceza» por F . M gnet, edição da casa Alfredo David, Rua Serpa Pinto, 30 a 36- Lisbôa.
Agradecemos.
! amigo, illustre aepuiacio e jorna jnioo, seriam 2,40m da madruga-1 lista, sr. Feio Terenas. _ _ _da. De tão imnerceptivel que foi I Ao novo director geral 0 nosso , pertencia á sr _ D. Maria Anto- não causou sustos» 'abraço de parabéns. »nia Tavares Moia, e nao es ava
no seguro. Os prejuizos são importantes.A s s u n t o s v i t i e o la s
Em vista da grande falta qne ha de pulverisadores e torpilhas, participamos aos nossos leitores que os ha do sovo systema Ver- morel na casa O. Herold & C.s,Lisboa e Porto. Esta casa tem para entrega immediata tanto em Lisbôa oemo ne Porto, sulfato de cobre e enxofre simples em pó com 99 °[0 de pureza garantida. Tem tambem enxofre flôr de diversas qualidades, re- commendando o da marca «Marialva» que rende mais 30 °[0 que os enxofres fiôr italianos habitualmente á venda.
Torna-se a lembrar que as vinhas fortificadas por uma adubação equilibrada com dosagem conveniente de potassa sâo em geral muito menos atacadas pelo oindiuaa e o mildew do que as vinhas estrumadas.
Nas oliveiras e outras arvores fructiferas convém fazer agora a aplicação da segunda dose de adubos, ou sejam 2 a 5 kiles de uma fórmula apropriada da marca registada «Trevo de 4 Folhas» o h então 1 kilo de cal azotada com 2 kilos de phosphato Thomaz e mais 2 kilos de kainite espalhados a lenço por arvore fazendo em seguida uma ligeira poda.«O Tolnntario»
Começou a publicar-se em Ta- vira uma nova folha semanal, li- teraria e noticiosa.
Agradecendo a visita, desejâmos-lhe longa e próspera vida,» r . A ffonso Costa
Consta que se vão acentuando consideravelmente as melhoras do sr. ministro da justiça, encontrando-se bem disposto.
Que s. ex.a prontamente se restabeleça são os nossos mais ardentes desejos.A s e le i ç õ e s
Ficaram eleitos por este circulo (n'.0 38), os srs. Dr. Celestino d’Almeida, dr. Teixeira de Queiroz, dr, Luiz Fortunato da Konseca, e pela minoria 0 sr.Gastão Rodrigues,U m j e s n i t a p r o t e g id o
Quando n’esta villa os trabalhadores rurais se puaeram em gréve procuraram logo nas cir- currivismhanças a adesão de todos os seus collegas. Sucede porém que na freguezia do Samouco todos se negaram a aderir escondendo-se debaixo das camas, nos palheiros e até um se meteu dentro d’um forno de coser pão.O padre «Sopas n.° 2», vendo que a gréve só poderia trazer embaraços á Republica e julgando que fosse obra preparada para esse fim, correu logo aos currais e arranjou uma commissão que á sua ordem aderiu aos grévistas.
Isto não é nada, a comparar com 0 que 0 barrasco já tem feito. Mas n’outras partes, por muito menos, os estão prendendo. Por que será que se está protegendo este jesnita?SI is são de C olonlsafão
Recebemos e agradecemos 0 exemplar do relatorio da «Missão de Colonisaçâo» no planalto de Benguella em 1909, cujo sum- mario é:
Descripçào geográfica—Flora, fauna, produetos naturaes apro- veitaveis — Rochas e natureza da! terra —Aguas—Clima— População indígena e trabalho—Meios de accesso e circulação, preços — Culturas, criações e explorações aconselhaveis — Systema conveniente de construcções, hv- J giene. alimentação, agrícola e seus instrumentos,' dega, 22, Porto
REGISTO CIVILN a s c im e n t o s . — Dia 21,
João d ’Oliveira Gaspar, filho dé João Marques Gaspar e de Ma* ria d’Atalaia Cola; Luiz Albino Gonçalves Fulgencio, filho ííie- gitimo de Guilhermina dos Santos Albino. Dia 22, Antonio Ju lio Cardeira Relogio, Gertrudes da Conceição Cardeira Relogio, Maria Joaquina Cardeira Relogio e Beatriz da Conceição Cardeira Relogio, filhos de Antoaio Joaquim Relogio Junior e de Lybia da Conceição Cardeira; Hilda Lima Torga, filha de Antonio Tavares Torga e de Emí- lia Lima. Dia 25, José da Costa, Miguel da Costa e Manuei da Costa, filhos illegitimos de Anna dos Santos; Francisco d'01iveira Fernandes e Anna d’Oiiveira Fornandes, filhos de José Fernandes Junior e de Anna d’01i- veira; Antonio Henrique Barbosa de Pinho, filho de José de Pinho Bastos e de Adelaide Barbosa de Pinho; Maria Joaquina Ramos Amaro e Carmen Fernanda Ramos Amaro, filhas do José Ramos Amaro e de Laura Baptista Amaro; Antonio da Conceição Victorino, filho de Estevam Victorino e de Emilia Rita da Conceição; Maria José da Silva, filha de José da Silva e de Arma da Silva. Dia 29, Maria Angélica Coelho e José Maria Coelho da Silva, filhos de José Leonardo da Silva e de Maria Angélica Coelho.
C a s a m e n to s .—Dia 21, Jacintho Alves com Izabel Maria dos Santos e João Rodrigues Cardeira com Adelaide Rita Pequerrucho. Dia 29, Carlos Joa* quim Baptista com Germana Maria d '01iveira.
COTIO PfflDe Cardiff e de Newcas-
lle, qualidades especiaes para queimar nas debulhadoras, a preços resumidos.
Têem quasi constantemente vapores á descarga. Igualmente com carvão de forja, coke de fundição,
coke para cosinha, e an- thracite da qualidade Gre- ai Mountain para motores a gaz pobre.
Pedidos a O. Herold & C.a, Rua da Prata, 14. Lts-
trãhaíhoI bôâ e Rua da Nova, Aiwa-
O D O M I N G O
_ AGRICULTURAISOsHagea» e Fenaçâo
Começou a fáina da ceifa dos fenos no sul do paiz, ficando a herva sobre as terras a curar até ser em- rnólhada, e depois reunida em moreias até ser enfardada ou transportada para os palheiros e granja».
A cura dos fenos é no nosso clima uma operação delicada, pois precisando de 12 a i5 dias para seccar, raro decorre nesta quadra Um tão largo período sem precipitações de chuvas, que, sendo seguidas ou repetidas, pódem estragar ou deteriorar uma grande parte dos fenos, sobretudo os que estiverem já quasi sècos ou prontos a emmó- lhar, quando venha a chover.
Usa-se em algumas regiões do extrangeiro, onde a cura dos fenos tambem se faz por este processo, juntar os fenos apenas en- chambrados, emmedal-os, espalhando-os repetidas vezes e juntando-os de novo em médas. nas quais se deixam nos dias chuvosos, espalhando-os de novo logo que não chove.
Os fenos ficam com a côr acastanhada, mas com bom cheiro característico, chamando-lhe os francezes foin brim, que nós poderemos chamar/eHO castanho. Nos nossos mercados porém, os fenos que por ■difficuldades de sécca ou cura ficaram assim acastanhados, nunca attingem o mesmo preço que os fenos sècos sem chuva.
A fenaçâo tem portanto enorme importancia, sendo difficil escolher a oportunidade para meter a foice aos fenos, sempre no receio de chuvas abundantes e seguidas.
+A’lém da fenaçâo ha po
rém um outro processo muito económico e prático para conservar os fenos, sem os perigos e riscos da cura ao sol ou fenaçâo.
Este processo á a cnsila- gem das forragens cortadas, em siios apropriados, em condições semelhantes áquellas em que se faz desde a mais remota antiguidade a ensilagem dos ce- reaes, e tem sobre a fena- ção a vantagem de conservar á forragem toda a a- gua e todas as qualidades da forragem verde.
A ensilagem aproveita a herva no proprio dia em que é ceifada, podendo re- coiher-se do sòlo molhada do orvalho e até da chuva, ;:Conservando-se bem logo quç, é cm peque
nos fragmentos de pollega- da e arrumada convenientemente no fosso ou silo, gradualmente calcado, com méthodo mas sem exagero, e depois protegido do ar e das chuvas.
Chegada a terra de feno ao ponto julgado mais própria para o córte, faz-se este rapidamente, transportando logo a herva para junto dos silos, cortando-a em aparelhos especiaes semelhantes aos chamados corta-palhas, e recolhendo-as aos silos aonde pódem conservar-se durante annos sem se alterarem.
As terras são rapidamente desocupadas, limpas, podendo-se nas terras mais frescas ou nas terras irrigadas fazer uma sementeira de milho para forragem ou para grão, ou uma ligeira deslavra para manter as terras em melhor estado de frescura, não as enxugando tanto pela acção do calor estivai.
★
A forragem ensilada é muito apreciada por todo0 gado, conservando a a- gua de vegetação e sendo magnifica para alimentação do gado leiteiro. Não deve constituir alimento exclusivo, devendo alternar-se em cada dia com os fenos, com as palhas, e até com hervas ou racõcs, con-» 7servando o gado em boa saude e facilitando-lhe a <ua funcção lactígena.
Os silos para forragens são em enorme número nos Estadas Unidos Norte Americanos, não se com- prehendendo hoje uma exploração agrícola americana sem um ou mais silos.
Entre nós já têem sido feitas várias experiencias para ensilar cevadas e milhos verdes, com magnifico resultado, sobretudo no Alemtejo, tendo nós mesmo já analysado cevada e milho ensilado pelo nosso querido amigo sr. conselheiro José de Oliveira Soares, de Evora, constando- nos que outros lavradores têem igualmente experimentado com êxito este processo.
Nesta quadra, em que os fenos estão sendo cortados, pódem todos os lavradores, experimentar este processo de conservação das forragens verdes, cuja acção nas explorações agrícolas tão util tem sido na agricultura norte-ame- ricana.
O silo para forragens é considerado na America do Norte indispensável ao criador de gado.
1 A mando de S eabra .
AGHADECIMEIMOMariano Rodrigues Serra
dor, Mónica Maria de Jesus, Rosalina Mónica Pinto e seu marido, Jo. ephina Augusta Rodrigues, Maria José Rodrigues, Antonio R. Serrador, sua mulher e filha, Maria Julia Rodrigues, Lucia A. R. d’Albu- querque, seu marido e filho, João F. R. Serrador, sua mulher e filhos e José Luiz Rodrigues, sua mulher e filhos agradecem, penhoradissimos, a todas as pessoa> que se dignaram acompanhar á sua ultima morada os restos mortais de sua chorada esposa, irmã, cunhada, madrinha e tia Bernardina Mónica Rodrigues e bem assim a todas aquellas que durante a sua doença se interessaram pelo seu estado indo ou mandando saber.
A todas, pois, o seu in- delevel agradecimento.
Aldegallega, 3 de junho de ig i i.
Pinto Sanches Chatillon, de Lisbôa, avaliada em réis 641 $900.
Para os devidos efeitos se declara que as despezas da praça e a respectiva contribuição de registo serão á custa do arrematante, e para ella, pelo presente, são citados quaisquer crédores incertos, a fim de deduzirem os seus direitos, querendo.
Aldegallega, 6 de Maio de 1911.V e rifiq u e i a exactidão:
O JU IZ D E D IR E IT O ,
A. Marçal.O E S C R IV Á O ,
Pedro José Bandeira.
Alfaiataria S A M F@S
José Julio dos Santos paiticipa a todos os seus amigos e freguezes que mudou o seu estabelecimento da rua da Cruz para a rua Theophilo Braga antiga rua do Conde), n.° 22-A, i.° andar, recanto.
Desde já agradece a todos que o procurarem.
ANNUNCIOS
A .3S T N U N C I O
Jl t lál lCA UI, A LU Jj
(í.* publicação)
No dia 4 de Junho proximo, pelas 11 horas da manhã, e ás portas do Tribunal Judicial d’esta comarca, se ha de arrematar e entregar a quem maior lanço oferecer sobre a respectiva avaliação, o prédio abaixo mencionado, pertencente ao casal do fallecido Antonio Gomes Ferreira, morador que foi no logar da Barra Cheia, freguezia de Alhos Vedros, desta mesma comarca, o qual vai á praça em virtu de de deliberação do conselho de familia e acôrdo dos interessados, para pagamento das custas e sellos em dívida a este Juizo nos respectivos autos de inventario de menores, e é o seguinte:
Uma propriedade rústica formada por terras dê semeadura, vinha e arvo res de frueto, casas de ha bitação e dois bocados de pinhal, sita no sitio da Barra Cheia, freguezia de S. Lourenço de Alhos Vedros, foreira em 4S955 réis. annuaes, e 3 galiinhas. ou 400 réis por cada uma. a D. Antonio de Castro
J L N N X J N C I O
COMARCA OE ALDEGALLEGA
ARKKMATAÇAO
( l . a publicação)
No dia 18 do proximo mez de Junho, pelas 11 horas da manhã e ás portas do Tribunal Judicial desta comarca, se ha de arre matar e entregar a quem maior lanço offerecer, sobre a quantia de 3oo$ooo réis, o prédio abaixo mencionado, pertencente o casal da fallecida Maria José Candida, moradora que; foi nesta villa, o qual vai pela segunda vez á praça,
em virtude de deliberação do conselho de familia « acôrdo dos interessados, para pagamento do passivo descripto no respectivo inventario de menores, e é o seguinte:
Um prédio composto de duas moradas de casas ter- reas, com quintal, sito na Rua Central, d’esta villa, e com frente, as ditas casas, uma para esta rua e outra para a Rua Corte do Mouro, foreiras a Francisco Maria de Jesus Relogio, casado, proprietário d’esta mesma villa, em 33ooo ré- is annuaes, sem laudémio.
Declara-se, para os devidos effeitos, que a respectiva contribuição de registo e despezas da praça serão á custa do arrematante, e para ella, pelo presente são citados quaes- quer crédores incertos, a fim de deduzirem os seu§ direitos, querendo.
Aldegallega, 3o de maio de 1911 -V e rifiq u e i a exactidão:
O JU IZ d e d i r e i t o ,
A. Marçal.o E S C R IV Á O ,
Pedro José Bandeira.
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tallações mais baratas, mais perfeitas e de mais fácil comprehensão para o freguez acudir a qualquer irregularidade que porventura possa acontecer na luz. O mateml empregado é c}e superior qualidade como sa póde prosar pelo avantajado-número de installações já feitas. N este estabelecimento está sempre em expo* sição todo o material para que o público o possa examinar.
Péde-se a fineza de não fazerem installações sem que primeiro vêjam os orçamentos d’esta casa.
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L iv ro notabilissim o, livro indispensável n quantos desejam in stru ir se e progredir. Tem os vivid o em uma ignorancia quasi absoluta ácerca da histo- ria das religiões. Chegam os a náo saber a proprta hisioria do Catolicism o, que mais de perto nos interessa e agita. De modo que um liv ro , conglob «o- do a bisioria ae to ao so s tempos e ein todos ós os paizes, constitue um trabalho que todos devem p o ssuir, que todos devem le r e propaaar - o que represent<:rá um vaiioso serviço pre.-.tado á causa da instrucção-, em P o rtu gal. porque uma das rnais neceisariiis tarefas da sciencia consiste hoje em reconstituir a historia das religiões.
Servindo se d. s notáveis trabalhos de Salomêo Reinach, de Beuebat. de Holiebecque e do Barão d '0 lbach, conseguiu líib a iro ds Carvalho conglobar em um só liv ro , p o r maneira ciara, toda essa historia, dividindo a obra em três partes, cuja enumeração basta pa-a lhe m ostrar a im portancia.
«A >ngem das R e lig iõ e s — Religião e Mytologia -T h e o ria da Reveíàçáo prim itiva - (.) culto das plantiise dos animais— As metamorphosés — O 1 ote* mismo e as fábulas - O sacrifício do ió te m — O Sabbat ■-LaiCiZaçiiO progres» s va da H um anidade— A Magia e a Sciencia— O F u tu ro das Religiões e a necessidade de ihes estud r a historia— A Sciencia das Religiões não só instruc e educa, mas liberta tambem o espirito humano.
«Religiões Antigas e Religiões A ctuaes.»— Religiões que existem actualmente— Religiões dos póvos chamados selva g en s-R e lig iõ e s de todos os povos antigos - Os seus ritos, os stus deuses, os seus sacrifícios— O s phenó- menos religiosos, as suas formas e a sua natureza— Logares sagra ios Os templos Os m ythos— Com o funcciona uma religião— Sacerdócio e Egrejas — E stud o histórico das Religiões.
«C hrist e o C h r stianism o.»— A Judeia ao nascer Je s u í— Quem foi C h r i‘ - to Exame da sua doutrina —Os prim eiros séculos do C hristianism o— A in fluencia de Platão— C hristo ão foi o fundador do Chistiani»m o--Falsidade da actual reli .iao c h ristan— Os c o n cílio s—Costum es de Christo e da sua pretendida Egreja G uerras entre C h ristã o s— A trocidades praticadas pelo C hristianism o— C rim es da E g r e ja —A moral christan, inimiga da V id a, do A m or e da Felicidade.
Com o se vê. por este simples enunciado dos seus capítulos, a «H istoria das Religiões é um liv ro notável e cuja leitura se im põe.
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