X I ANNO D O M I N G O , 8 D E O U T U B R O D E 1 9 1 1 N .1 5 J5
EM A N A R I O R E P U B L IC A N O R A D IC A L
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DÍR 5CT0 R-PR0PRIETAR10
(í 'o is5p«ssçáo e im p r e s s ã o )
José Augusto SaloioVi R U A C A N D i D O D O S R E IS — 126, 2.- « 8rap™ ™ seT ™ Z. _ L m T u U 1
PssMfeaçõesA n n u n cio s— i.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,
20 réis. A nnuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os aúto-q u sr sejam ou náo publicados.
A J L D E Í i A L L K G A EDITOR— José Cypriano Salgado Jun ior
Com 0 entusiasmo proprio bo L jc ÍÍo povo portugucj, realísaram-se em Lisbôa as annunciabas íestas commemorativas òo primeiro anniverea- rio (ta proclamação ba Republica Poríuquê a, venbo-se no imponentissimo cortejo representabas tobas as íerras bo pai’.
í Cp pois, jà, um anmr que um punhabo be valentes portugueses bei- Í9U por terra o carcomií)o trono b um traibor e beshabifoxt o palacio tias Mecessibabes.
fioje raê cs, pois, são becorribos que o povo besperfou ba letargia
em que vivia, conquistou a liberbabe evè prosperara paíria que estremece. Que tobos: Povo, Àrmaba e Exército, como um so, saibam sem
pre, para sua íelicibabe e engranbecimento ba Paíria, compreender o historico ba bella manhã be 0 33̂ OUTUSf̂ O*
Viva a Patria! Viva a Republicai Abaixo os bespotas, os tiranos, os íabrões e es fraibflre»f Abaixo!>..
Assassinos!Foi ha annos já, mas pa
rece que foi ha dias. A di- ctadura de João Franco tinha chegado ao auge e o povo portuguez, muito especialmente o de Lisbôa, respirava uma atmosféra ofegante de tirania e Je repressão Não se vivia bem na capital do paiz. O commercio encontrava-se quasi paralisado, pois as senhoras receiavam sair á rua e a cada momento um motim fazia que as portas dos estabelecimentos- se cerrassem. Algumas correspondências pos-suimos desse tempo em que a liberdade declarou guerra á opressão. Por ellas se vè ’ bem que a monarquia, prestes a afundar-se, de todos os meios lançava mão para mostrar que tinha força. Mas.'., coitada d’ella, os seus movimentos de exaspero simplesmente faziam que cada vez mais se enlameassem os seus provocadores.
O ministério, que então superintendia os negocios nacionais, era composto de elementos capazes das mais torpes iniquidades e da prática das maiores ignominias. O seu fito era 0 (Engrandecimento do poder real. Para isso procurou aliciar o exercito portuguez, melhorando as con
dições de existencia dos seus oficiais, como se estes, só por isso, se não importassem com o mal-estar da patria.
O partido republicano, sentindo dia a dia engrossarem-se as suas fileiras, aspirava ao momento o- nortuno para poder fazer valer os seus direitos e para conseguir a regeneração de Portugal. A lucta tinhad.e ser tenaz e, civis e militares, uniam-se para heroicamente offerecerem a sua vida em holocausto á felicidade da patria.
A policia de João Franco era, no emtanto, muitae, quando menos se esperava, dá-se a prisão dos dirigentes do movimento revolucionário. Antonio José de Almeida, Affonso Costa, João Chagas, França Borges e outros são encerrados em masmorras, guardados á vista por soldados da extincta guarda municipal. Estava prejudicada a revolução. Todos se retrai-
»
ram, mas a exaltação crescia de momento a momento. D. Carlos estava ausente e, a 3 i de Janeiro de 1907, o ministro Teixeira de Abreu levou á assinatura real um decreto cujo conteúdo desconhecemos, mas cujo fim era uma violentíssima perseguição ao partido republicano portuguez.
As reuniÕ.s eram cada vez mais frequentes e a a
gitação enorme que imperava em Lisbôa rapidamente se espalha pela provincia. Onde havia um núcleo de republicanos a respiração era ofegante. Aqui para Aldegallega é mandada a guarda municipal. Ia-se fazer substituir a vereação da camara por uma commissão administrativa imposta pelo govêrno aos munícipes. Para vergonha nossa houve quem aceitasse essa imposição, mas isso mais fazia aumentar o odio á monarquia. Os proprios soldados da guarda municipal, após algumas horas de convivência entre nós, soltavam vivas á Republica.
No Porto e em Coimbra o estado dos espiritos não era inferior e as povoações mais do norte de Portugal, ignorantes do significadod.a palavra Republica, olhavam para tudo isto embasbacadas, sem saber traduzir todo esse aparato bélico de que o sul estava cheio. Cada republicano em evidencia era seguido em to- cfos os seus passos por um d’esses homens que fazem o papel mesquinho de policia secreta. Assim se vivia nesse nefasto tempo.
Mas vem o trinta e um de janeiro, como acima ia- mos dizendo. O rei assinou o decreto e, para mostrar ás turbas que não receia a sua exaltação nem as suas »ameaças, pronõe-se apresentar-se em Lisbôa ao
mesmo tempo que a repressão máxima iria ser posta execução.
A capital portugueza estremece ao receber tal noticia. Era um desafio, um verdadeiro desafio, o acto que D. "Carlos vinha praticar. Que consequencias te-, ria aquella loucura!?...
O Terreiro do Paço en- che-se de soldados. A multidão acotovéla-se, mas o- Ihando uns para os outros como que a perguntar se alguma novidade haveria. Lá vem a familia real, despreocupada talvez, talvez sentindo no peito alguma opressão, espécie de resen- timento pelo futuro offerecido ás familias republicanas. N’isto soam uns tiros. D. Carlos e D. Luiz cáem varados pelas balas. Na rua ficam tambem dois cadáveres conhecidos e um desconhecido. As portas das masmorras abrem-se e de ellas saem os nossos actuais dirigentes. Respira-se mais suavemente. A liberdade é um facto.
Quem fez isto, pergunta-se? Dois assassinos responde-nos hoje um republicano: Manuel Buiça e Alfredo Costa.
P au lino G omes."------- ---------------- --—
Congresso Republicano
Em harmonia, cora o § unico do art.0 6 da Lei Organica do Partido Republicano Portuguez e segundo a deliberação tomada no ultimo Congresso, realizado
no Porto, » convocado 0 CoHgrss- so ordinário para os dias 27, 28 e 29 de outubro, n’esta cidade de Ltebôa. Deve «umprir-se, para a sua eonstituição, o art. 8.° da Lei Organica, que prescreve o seguinte: ■
Os congressos ordinários e extraordinários são constitaides:
1.°—Por delegados eleitos por sufrágio direto, um por cada som- missâo paroquial;
a) Emquanto, porém., não estivar regularmente organisade © recenseamento dos eleitores republicanos em cada fregu»«ia, poderão estes delegados ser eleitos pelos membres effeetivo.s e substitutos das commissões para- quiais;
2.°—Pelos presidentes das commissões districtais e municipais;
S.°—Por um representante de cada associação, centro ou. escola^ que estejam filiados no partido;
4.°—Por um delegado da cada vereação ou junta de paroquia republicanas;
5.°—Pelos deputados e ex-de- putados republicanos;;
6.c—Pelo Direcíorio e antigos, membros do Directorio;
7.°—-Pelos membros da Junta. Administrativa;
8.°—Pelos membros, da. Junta Consultiva.
9.°—Pelos representantes dos jornais republicanos, sendo dois por cada jornal diario e um por cada um dos ou-tros.
Os congressistas não têem que apresentar bilhete dá identidade.
As credenciais que os mostrarem kabilitados á representação de qualquer colectividade e q,ue a- presentarão no acto da abertura do Congrésso, constituem o unico titulo de admissão que. se. torna preciso.
N’este Congresso, só' têem representação as entidades reconhecidas até 5 de outubro de 1910.— Lisbôa, 29 de setembro de 1911. O secretario do Directorio, Euzebio Leão.
O D O M Í N G Ò
C O F R E P I E O L i §
TRA N SFO RM A ÇÃ ON u m cèrro erguia-se o castello antigo, N obre morada de senhores feudaes, D i\em velhos qtie elle fôra abrigo,Dos velhos amos de seus velhos paes.
Paredes negras, jd de lia tantos annos ■Ninguém se lembra das vêr alvejar. Muitos invernos lhe fizeram damnos,E as altas torres vão a desabar.
Junto ào castello ha uma velha igreja, Nas torres, sinos, para chamar ds re\as, E d noite a lua meigaftiente beija,
-Aquellas torres que nos dão tristezas.
Os annos seguem, vão-se derrubando D o alto da serra, no castello antigo,Os largos muros que nos vão deixando Saudades, como d algum-'velho afitigo.
N o campanario, já de noite, ás véçés, Contava o povo, mas muito em segredo, Que tinham visto muitos camponeses,
íPhantasmas brancos que metiam medo.
Passaram annos, no castello àgotã Ouvem-se !vo\es chilrear contentes; ílluminados pela lu\ d aurora H a labios frescos, sempre sorridentes.
O sino agora já não chama as rê\j~s Ouve-se ás ve^es, mas só por cantar. .» Pois desse monte fugiram tristezas Desde que a -infancia f o i ali pousar.
Tambem as aves teem lá abrigõ-.N o •campanario vivem andorinhas.Onde era dantes o castello -antigo,-Fei[-se uma escola para as criancinhas.
À l d a G u e r r e i r o .
P a r a s i t a sN o meio duma fe ira , uns poucos de palhaços Andavam a mostrar em cima dum jumento Um aborto infeli\, sem mãos, sem pés, sem braços, Aborto que lhes dava um grande rendimento.
Os MagroS histriões, hypoàrilàs, dèVassoè, Exploravam assim a flor do sentimento,E o monstro arregalava os grandes olhos baços, Uns olhos sem calor e sem entendimento.
E toda à gente deu esmola aos taes ciganos'; Deram esmola até mendigos quasi nus.E è t i, âo vêr este quadro, apóstolos romanos.
E u leinbrèi-me de vós, funambulos da Cru Que àndaes pelo universo ha mil e tantos annos -Exliibindo, explorando o corpo de Jesus.
G u er r a J c n q u eiro .
RUDIMENTOS DE POLITICA E DE CIVISMOSer liVrê-pensàdor: E’ cada um seguir a moral e a
politica que mais agradam ao seu espirito.O livre-pensador não se preocupa com as religiões
ou credos politicos estabelecidos pela tradição.— C. A. Fernandes.
ANNO DEPOISHa um anno já que a Republi
ca Portugueza é uma realidade palpavel e ao nosso espirito evo- cador ainda parece que foi hon tem que se deu a humartitaria revolução que a proclamou. E de então para cá quantas esperanças perdidas! Quantas desilItisSes desfeitas! Sina,, a desillusão, o
desespero que invade os sinceros republicanos, que amargura os revolucionários, nao provém do regimen que livremente proclamaram e qae defenderão através de tudo, mas sim dos pseudo-re- publieanos que, nada arriscando na madrugada de 4 de Outubro de 1910, se apoderaram da Republica, arvorando-se em seus mentores, falseatklo a sua missão e pactuando criminosamente com
os adversarios da véspera. ' O que é feito dos inflamados
tribunos que nos comicios constantemente ameaçavam a «ominosa» com a justiceira vindicta da cólera popular n’uma rubra madrugada rehabilitadorá? Que ■prometteram ao povo electrisado •pór uma rethorica incendiaria, embora sediça, de com elle ver- -ter o sèú sangue de revolucionário «sanscullote» do alto das barricadas? Sim, o que é feito d’e'l- les?
Degeneraram, nao ha dúvida, nos mais acommodaficios e grotescos conselheiros, dignos ému- los de «Pacheco»-, atraiçoando ignobilmente todo um passado de propaganda e os principios que fizeram grande e temido o partido republicano historico.
Ningtiem os Viu na rifa batendo se ao lado do povo, chefiando-to, fia Rotunda ou em Alcanta- ra. Ninguém-os lobrigou tão pouco no ataque aos quartéis como horas antes na histórica reunião da rua da Es.perança tinham pro metido. Mas, em compensação, toda a gente -os vê -irr.pávidos col- laborandt) coin afã n’uma politica tfHmihosâ, que irrisoriamente de-, nominam «d’atraeção»-, quando, com mais propriedade se póde a-, pelidar de traição. Todo o mundo os enxerga mancommunados com odiosos «caciques» da extincta monarquia, n’uma pressa insofrida e immoral de constituirêm partido e clientella, embora para o conseguir pontapeiem velhos e dedicados correligionários e desgostem organisaçÕes partidarias existentes UO paiz.
E o resultado de tudo isto, de tanta imbecilidade de paz com tanta vileza, estamos nós agora presenceando com o levantar da grimpa dos adversarios, ainda hontem humilhados e reduzidos á mais simples expressão, è já a- gora esperançados n’ilnâa próxima e fêroz «revanclre», qtre ha dias deu tos primeiros signaes Tia capital 'do norte « arredores.
São póde-, pois, restar dúvida que a orientação d ’esíes coriphe us do conselheirismo republicano, a prosegúir, pode traíer áRepu biica, que outros fizeram para elles disfruetar sérias complicações, se o patriotismo do povo não se iizer sentir mais uma vez e de maneira bem eloquente junto d’aquelles que tão facilmente esqueceram o que deviam a um passado de Coherencia e de ho nestidade politica. Só o poso. pois, é que póde obstar á conti nuâção de uma'tão criminosa politica, que ameaça frustrai1 por completo os propositos do generoso movimento de que hoje festejámos o primeiro anniversario. E só elle é capa?, de defender a Republica se, por Centura alguma vez ella perigar, pois que, como no 4 de Outubro, ninguém seria capaz de os ver—aos conselheiros da Republica—arriscar a «vida» para defeza do regimen vigente, que é hoje o mais segu ro penhor da nossa condição de nação livre e indépêndente e a mais sorridente esperança de melhoria do nosso bem estar so0ial.
Por isso é cabido o conselho ao povo de que, muito embora
j festejando o primeiro anriiversa- ! rio da proclamação dá Republica.! se não deixe embalar com o ean- ' tar da sereia, vigiando atento o | desenrolar do trama que, contra j a Republica, antigos republicanos, j de par coni ignóbeis cacique do regimen deposto, estão urdindo.
A Republica tem que ser, tanto quanto possivel, democrática, progressiva e radical, de contrario, nào será o preconisado regimen de socego e been-esíar que
os caudilhos no tempo dos comicios prometiam ao povo. Só as sim ella satisfará todos os patriotas e corresponderá ao momento historico que a tornou possivel.
Que os pseudo-repnblicanos pênsem Visto, sendo doloroso que após um anno dè Republica ainda haja ensejo de escrever artigos d’este 'theor.
 id o .
íLommeníartos & Not teias© es m e as ai «lo
A proposito d’tima noticia inserta no número passado d’este jornal subordinada á epigrafe «Aturai os e . . . » em que devido a uma informação d’ultiràa hora censurámos o estado do matadouro, veio queixar-se-nos a esta redacção o fiscal d’aque;lle ediíi cio municipal de que a acusação íyão tem nada de verdadeira pois que agora, mais do que nunca, o matadouro está iiasmelhorès condições hygiemeas e as rezes que ali se têem abatido são de boa qualidade.
Folgámos immenso 'que assim seja.® §>eÍ82B3?H*«
Fui a Lisbôa 'è pór isso não pude falar-te, fiz os possiveis esforços, mas quando vim só vi tua mãe -k o quintal. ,
A M B N T íl. S S S T S è â iÉ iV êJaíòsse l i t t h a . . .
Quando se iniciaram as obras no predio onde está installada a Associâçãò 'de Classe Marítima houve logo quem regorgitasse o seu contentamento supondo que. aquella associação tivesse fallido (Eu logo vi—dissê-se — quC isto não durava muito tempo! Esta é a primeira e as -outras tambem hão de ir pelo mesmo caminho!»
Parece impossível mas é verdade, qne n’uma terracomo esta, «o mâior baluarte . . . ‘da Republica», haja quem seja tão rancoroso para com os pequeninos.
Vale ser invejoso mas não tanto, senhores-.
 Associação Maritimâ é todas as associações de claáse, de esta villa, cada vez estão mais vigorosas e mais independentes.
Infelizmente já não acontece o mesmo com outras associações.
E quem tem a culpa?«© Hlsisl'©»
Com este titulo iniciou â sua. publicação em Alcácer do Sal um novo jóimál d'e clásse trabalhadora. E ’ quinzenarro.
Apetecemos-lhe longa e feliz existencia.
I la s s s iaFoi morto nâ 'rua com tim tiro
o presidente do Supremo Tribu- ttal. O auctor do âttentado, voltando a arma para si, feriu-se mortalmente.A s so e i a çâo I* S s e d o r i a
Na séde d’esta associação rea- lisou-se na segunda feira passada uma conferencia sobre a «utilidade das associações de classe e de socorros mutuos», falando os nossos amigos Manuel Luiz Dias e o dr. Paulino Gomes que foram muito aplaudidos. Os oradores haviâm sido. para aquelle íim, convidados pelo presidente da direcção da Associação.SSíts&caçâo M ova
Assim se intitula lima revista mensal do Instituto Grandella que começou a -publicar-se no Porto.
Agradecemos a honra da visita.,4po3iseIlsaTí«S»
O eminente estadista dr. Affonso Costa, no seu discurso tle inauguração no domingo passado
no Centro Republicano Democra* ta, dirigindo-se ao govêrno, diz;
«Nãô fa ç a le is d e excépçào^ hão estabeleça t r ib n n a e s espeeia- es, não fuxile ninguém, mas aplique severamente a lei. Os que estão presos por terem conspira- do contra a Republica têem go- sado de todos os favores da politica de atracção, fazendo livremente actos-, recebendo visitas-, dando se a luxos de todas as na- turezàs è a todos os prazeTes-, até ás satisfações da carne. E ’ preciso que isso acabe, pois qne o momento em que descobre uma conspiração, que certamente 'tem ramificações, não é o mais pro- prio para benevolencias. Recolham-se os criminosos ás prisões-, meta-se cada um em swa cela, para que não possam mais armar- se e concerí&r-se pará uma revolta , consinta-se-lhés qne falem ás familias embora a monarquia não o consentisse, mas diante de Uma guarda de confiança. Esta é â obra immediatà, a mais simples, que ficará concluída com o julgamento de todos os conspiradores. Mas liã depois d’-ellâ um a obra mais larga, mais àmpla: defender o terreno conquistado para quebrar a s armas do jesuitismo, fazer as grandes reformas financeiras -e económicas para interessar o paiz inteiro na marcha da Republica. Esta é a politica da coordenação, contraposta á da attraccão qué significou um apelo aos adversarios declarados para que viessem governar».
Muito bera. Basta de complâ- cencias. E ’ tempo de acabar com essa politica de agna morna que só tem prejudicado á Republica e incommodado o paiz3.
I^ropagasiíla ád .. IJrré * 8®câB8as5S5?3iil» c eleiçãoRealisou-se no domingo passa
do, no teatro Aldegallense, um grande comicio de propaganda do livre pensamento.
Aberto o comicio pelo nosso a- migo Francisco .Maria Relogio^ este convidou para a presidencia o nosso amigo dr. Paulino Gomes, o qual, por sua vez, nomeou para o secretariarem os no.sj sos amigos José Theodosi‘0 dâ Silva e Armando Antunes. O presidente depois dè explicar os fins d’aquella reunião lê as adesões qne se encontram sobre a meza e dá a palavra aos oradores inscriptos Começando pelo sfi
-C.yrillo de Carvalho e seguindo- se-lhe os srs. José Reis, Manuel Luiz Dias, Eurieo de Campos a Jose do Yaiie qne dissertaram largamente sobre o l iv r e -pensamento custando-lhes isso demorados aplausos. O menino Horacio Ferreira Saloio, filho do nosso director-, recitou uma linda poe ̂sia intitulada «Satan», que lho valeu fartos aplausos. Falaram ainda os srs. Oliveira, Mário Gomes e Alvaro Valente.
A nova Junta Local ficou com" posta dos srs. dr. Manuel Pailli* 110 Gomes, Manuel de Medeiros Junior, Manuel Luiz Dias, José Theodosio da Silva e Jo.ào Antonio Pereira Braga. Findo o comi* cio foi offerecido aos oradores o mais livres pensadores na impoi1' tante fábrica de gazozas e refri* gerantes do nosáo amigo Joss Theodosio da Silva, urn bello jantar que decorreu animadíssimo, trocando se muitos e e n tu siásticos brindes.«© xi l l l s t a»
E ’ este o titulo d’iim novo collega qtie sahirá á luz da publicidade em Lisbôa por todo es‘9 mez, e que terá como .director o sr. Silva Juaior.
O D O M I N G O 3S S aailiílos a s s o l d a d a d o s
Quando em quasi todo o paiz se festeja com entusiástico patriotismo o prioieiro anniversario da implantação da Republica, os b&udidos da extincta monarquia pagos em Hespanha pela cana jha jesuítica entram armados em Portugal no louco intuito d’uma resiauração monafquica. Foi batida essa horda de sicários, mas não é tudo'; o govêrno precisa reprimir irtergieamente esses assoldadados malfeitores e seus cúmplices. Já é tempo para acabar com contemplações-, e pôr-se de ir.do a politica d’atracção qúe só tem dado prejuizo á Republica. E’ urgehte exterminar de vez essa canalha infame e desprezi- vel!
Vá, Kiaós á obra! Às prisões qne serviram para as represalias da canalha defensora do regimen de crápula e roubo são as mesmas que podem servir hoje para corrigir bandidos assoldadados.
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