ISSN 0104-9046
Setembro, 2005 99
Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima - Acre
República Federativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
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Documentos 99
Luciana Mendes Cavalcante
Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó eMâncio Lima – Acre
Rio Branco, AC2005
ISSN 0104-9046
Setembro, 2005
Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaCentro de Pesquisa Agroflorestal do AcreMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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Comitê de Publicações da Unidade
Presidente: Rivadalve Coelho GonçalvesSecretária-Executiva: Suely Moreira de MeloMembros: Carlos Mauricio Soares de Andrade, Celso Luís Bergo, Claudenor Pinho deSá, Cleísa Brasil da Cunha Cartaxo, Henrique José Borges de Araujo, João Alencar deSousa, Jonny Everson S. Pereira, José Tadeu de Souza Marinho, Lúcia Helena deOliveira Wadt, Luís Cláudio de Oliveira, Marcílio José Thomazini, Patrícia MariaDrumondRevisores deste trabalho: Tadário Kamel de Oliveira (ad hoc), Celso Luís Bergo
Supervisão editorial: Claudia Carvalho Sena / Suely Moreira de MeloRevisão de texto: Claudia Carvalho Sena / Suely Moreira de MeloNormalização bibliográfica: Luiza de Marillac Pompeu Braga GonçalvesTratamento de ilustrações: Fernando Farias Sevá / Iuri Rudá Franca GomesFotos da capa: Zoneamento Ecológico-Econômico do AcreEditoração eletrônica: Fernando Farias Sevá / Iuri Rudá Franca Gomes
1ª edição1ª impressão (2005): 300 exemplares
Todos os direitos reservados.A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violaçãodos direitos autorais (Lei nº 9.610).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP).Embrapa Acre.
© Embrapa 2005
C167z Cavalcante, Luciana MendesZoneamento geológico e geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre / Luciana
Mendes Cavalcante. Rio Branco: Embrapa Acre, 2005. 24 p. il. color. (Embrapa Acre. Documentos, 99)
1. Zoneamento geológico – Acre. 2. Geomorfologia – Acre. I. Título. II. Série.
CDD 551.4 (19. Ed.)
Autora
Luciana Mendes Cavalcante
Geóloga, M.Sc., Embrapa Acre, Rodovia BR 364, km 14, Caixa Postal 321,CEP 69908-970, Rio Branco-AC, [email protected]
Apresentação
O zoneamento de áreas produtivas, críticas e especiais visa otimizar a expansão dasatividades econômicas e o planejamento da infra-estrutura regional a partir doconhecimento adequado do meio físico e do potencial de uso dos recursos naturaisdas diferentes regionais do Estado.
O conhecimento do meio físico envolve a definição de unidades biofísicas depaisagem, com um conjunto de características próprias e exclusivas. A base dasunidades de paisagem está na definição de unidades geológicas e geomorfológicas,onde processos diferentes atuam e resultam na disposição atual dos outros aspectosdo meio (solos, vegetação, hidrografia, etc.).
No ZEE do Estado do Acre, na área de gestão territorial, a Embrapa Acre trabalhouem parceira com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Acre, à frente dostemas geologia e geomorfologia e solos. Este trabalho apresenta o estudo de casosobre os temas geologia e geomorfologia para a área entre Feijó e Mâncio Lima, comvistas a adequar a metodologia tradicionalmente utilizada nos zoneamentos àrealidade do Estado do Acre.
Marcus Vinicio Neves d’Oliveira Chefe-Geral da Embrapa Acre
Sumário
Introdução ........................................................................................... 9
Metodologia ......................................................................................... 10
Geologia da Área .................................................................................. 11
Geomorfologia da Área .......................................................................... 15
Considerações Finais ............................................................................. 18
Referências .......................................................................................... 18
Anexo I ................................................................................................ 21
Anexo II ............................................................................................... 23
Zoneamento Geológico e Geomorfológico entreFeijó e Mâncio Lima – Acre
Luciana Mendes Cavalcante
Introdução
Como instrumento estratégico de planejamento regional, o Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre (ZEE-AC) apresentou seus resultados (mapa de gestãoterritorial) em escala 1:1.000.000, partindo de uma divisão em eixos temáticos.Por se tratar de um processo contínuo, é necessário permanente atualização edetalhamento das informações. Nesse sentido, foi planejada uma segunda fase emque os mapas serão apresentados em escala 1:250.000.
Para a realização dessa fase, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre(Sema), responsável pelo ZEE, firmou parceria com a Embrapa Acre. Nessainteração, a Embrapa Acre, entre outros itens, disponibilizou corpo técnico paraelucidar questões específicas dos temas geologia e geomorfologia que seencaixam no eixo de recursos naturais e são base para o desenvolvimento dosdemais aspectos da paisagem. Este relatório é resultado dessa parceria.
Estudos temáticos nas áreas de geologia e geomorfologia são imprescindíveis, umavez que trazem à tona a questão de que o meio ambiente é conduzido pordiferentes ritmos temporais e dinâmicas, além de elucidarem aspectoscondicionantes de morfoestruturas e das coberturas pedológicas, potenciaisminerais, fragilidades ambientais, hidrodinâmica dos recursos hídricos, etc. Apesardisso, resultados dessa natureza não serão apresentados neste relatório, pois esterepresenta uma descrição dos mapas temáticos gerados.
A geração de mapas temáticos é uma etapa delicada, pois, no caso do eixo derecursos naturais e meio ambiente, objetiva a construção (via sistema deinformações geográficas – SIG) de um mapa de unidades de paisagem biofísicasque aglutine todas as informações contidas em tema desse eixo. Em outraspalavras, será gerado um mapa contendo informações sobre geologia,geomorfologia, solos, vegetação e outros parâmetros biofísicos do Estado. Assim,todos os mapas criados precisam estar baseados nos mesmos parâmetroscartográficos para uma perfeita álgebra de mapas (atividade de geoprocessamentoque utiliza um conjunto de operadores os quais manipulam campos geográficosdentro de um SIG). Para isso, foi selecionada uma área-teste entre Feijó e MâncioLima, no Acre (Fig. 1), onde os parâmetros cartográficos foram testados paraposterior extrapolação no resto do Estado. É importante ressaltar que os mapasdos temas geologia e geomorfologia foram gerados a partir de análise e tratamentode dados pertencentes ao Sistema de Proteção da Amazônia – Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (Sipam – IBGE).
10Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
Fig. 1. Localização da área de estudo no contexto regional.
Metodologia
Estudos Preliminares
Os estudos envolveram uma área de aproximadamente 38.000 km² entre osMunicípios de Feijó e Mâncio Lima, oeste do Estado do Acre, delimitada pelascoordenadas 70°9’5” e 73°9’39” W e 7°24’1” e 8°24’2”S. Os estudos ouatividades preliminares envolveram trabalhos de escritório, que visaram reunir,cadastrar e sistematizar as informações geológico-geomorfológicas. Nessa etapaforam realizados levantamentos bibliográficos que embasaram as argumentaçõesapresentadas neste relatório e preparo do material básico – imagens de sensoresremotos e mapas planimétricos e/ou planialtimétricos – para interpretação.
Estudos Temáticos
Os estudos temáticos envolveram pesquisa bibliográfica, análise e interpretação debases cartográficas e de produtos de sensores remotos para serem gerados osprodutos cartográficos digitais finais. Foram utilizados como dados de controle osoriundos do banco de dados do Sipam. Os resultados apresentados quanto à geologiadizem respeito à delimitação de unidades litoestratigráficas e, quanto àgeomorfologia, à delimitação de unidades morfográficas.
A elaboração das bases cartográficas foi feita por meio de técnicas degeoprocessamento utilizando o programa ArcGis 9.0, além de procedimentosnormais à elaboração de mapas analógicos.
A geração das bases analógicas pautou-se na aplicação das técnicas de fotoleitura,fotoanálise e fotointerpretação recomendadas por Soares & Fiori (1976) envolvendoa interpretação de imagens de radar e de satélite. Além disso, foi aplicado o conceitode sistemas de relevo (Cooke & Doornkamp, 1978), que compreende a análise dasformas e dos grupos de formas de relevo e se aproxima das bases do mapeamentode land-systems, considerando-se ainda os critérios relacionados por Ponçano et al.(1981). Esse procedimento busca a subdivisão de uma região em áreas que tenham
11Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
em seu interior atributos físicos comuns que são diferentes das áreas adjacentes.Internamente, os sistemas de relevo apresentam um padrão recorrente de topografia,solos e vegetação.
Material Utilizado
O material em formato digital utilizado durante a pesquisa pertence ao acervo doInstituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), já aquele em formato analógico foiconsultado na Embrapa Amazônia Oriental, constando de:
a) Banco de dados gráfico-alfanumérico desenvolvido e alimentado pelo IBGE para oProjeto Sipam, consistindo de mapas no formato digital de geologia e geomorfologia ecartografia, com escala de entrada 1:250.000, e dados alfanuméricos sobre osdiversos temas.
b) Arquivos vetoriais contendo a hidrografia das cartas topográficas do IBGE e DSGna escala 1:250.000 disponíveis para a área, e das cartas planialtimétricas doProjeto Radambrasil na mesma escala (Tabela 1).
c) Imagens ETM do satélite LandSat 7, em formato digital com as configuraçõesconstantes na Tabela 1.
d) PC AMD Athlon XP 2100 com configuração de 1.31 GHz e 640 Mb de memóriaRAM.
e) Programa ArcGis para tratamento e gerenciamento dos dados cartográficos emformato digital.
Tabela 1. Materiais utilizados neste trabalho.
Geologia da Área
Na área em questão, o quadro estratigráfico compreende unidades terciárias equaternárias, com idades variando do final do Mioceno ao Holoceno, denominadas deFormação Solimões, Formação Cruzeiro do Sul, terraços fluviais pleistocênicos,terraços fluviais holocênicos, areias quartzosas inconsolidadas e aluviões holocênicos(Anexo I).
Formação Solimões (TNs)
Desde o século 19, diversos estudiosos debruçaram-se sobre a Formação Solimões(Hartt (1870), Orton (1876), Brown (1879), entre outros). Nesses trabalhos, ossedimentos receberam diversas denominações, tais como, Formação Pebas, Cruzeiro,Quixito, Baixada, Rio Branco, Aquiri, Rio Acre, Série Solimões e das Barreiras. Com aentrada da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás) no cenário a partir dos anos 50, algunsavanços foram obtidos em termos de seqüências estratigráficas, discordâncias,
Imagens de satélite
órbita - ponto WRS
Base topográfica de acordo com o corte
internacional na escala 1:250.000
004/065 SB18ZD004/066 SB19YC005/065 SB19YD005/066 SC18XB
- SC19YD- SC19VB
12Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
espessura das unidades, etc. Bouman (1959), Cunha (1963) e Caputo et al. (1972)concluíram que todos os sedimentos cenozóicos descritos anteriormenteapresentavam semelhanças e propuseram o nome Formação Solimões, revalidando otermo usado por Rego (1930). Posteriormente, Caputo (1973) separou da Solimões aFormação Ramon.
Outro avanço significativo veio com as pesquisas realizadas pelo ProjetoRadargrametria da Amazônia Brasileira (Radambrasil), cujos dados foramapresentadas por Silva et al. (1976), Barros et al. (1977) e Del´Arco et al. (1977).Maia et al. (1977) subdividiram a Formação Solimões em dois pacotes distintos. Parao pacote inferior, pelítico e de ambiente redutor, sugeriram restringir o uso dadenominação Formação Solimões. Com base em seu conteúdo fossilífero,estabeleceram o intervalo de idade Mioceno-Plioceno. Para o pacote superior, comsedimentos mais arenosos, propuseram o nome Formação Içá.
Latrubesse et al. (1994) admitiram para Formação Solimões um único ciclodeposicional contínuo, por meio de leques gigantes, durante o Mioceno Superior e oPlioceno, com abundante e variada fauna mamífera de vertebrados de idadeHuayqueriense montehermosense.
Esta formação ocupa quase toda a área do Estado do Acre, estendendo-se alémfronteira para os territórios peruano e boliviano. A norte e a sul limita-se comterrenos proterozóicos, e a leste, adelgaça-se sobre diversas formaçõessedimentares pré-cenozóicas. Encontra-se em grande parte encoberta pelasedimentação associada ao paleosistema fluvial da Formação Içá e pelas coberturasdetrito-lateríticas pleistocênicas, expondo-se nas áreas próximas aos vales,principalmente naquelas em processo de retomada de erosão.
A seqüência litológica constitui-se de argilitos sílticos cinza a esverdeados; siltitosargilosos, com coloração variando de cinza-claro a cinza-escuro, predominando ocinza-chumbo às vezes azulado ou esverdeado, maciços ou laminados, localmentecalcíferos, com concreções e lentes calcárias, concreções gipsíferas e limoníticas, eníveis ou lentes com matéria vegetal carbonizada (turfa e linhito) em geralfossilíferos.
Intercalados ou sobrepostos aos pelitos ocorrem arenitos com cores variando decreme aos diversos tons de cinza, finos a grosseiros. Em determinadas áreas,predominam sobre os pelitos, permitindo sua individualização. Esses litotiposdispõem-se em seqüências cíclicas, típicas de ambiente continental fluvial e flúvio-lacustre, com fácies de leque aluvial, apresentando alternância e/ou interdigitamentodas camadas, e mostrando contatos gradacionais e bruscos ou truncados.
A Formação Solimões apresenta estratificações plano-paralelas e cruzadas tabularese acanaladas de pequena, média e grande amplitude. Sua sedimentação esteveassociada à subsidência geral da bacia, com afundamentos e soerguimentos deintensidade variável, resultantes da reativação de falhamentos antigos. A associaçãofaunística encontrada é diversificada. Na área entre Feijó e Mâncio Lima, foramencontradas folhas fósseis e pedaços de madeiras carbonizados, assinalados pelaexpedição de Pedro de Moura em 1936; molusco bivalve da espécie Pachydonacreanus (Maury, 1937); fragmentos de ossos de tartarugas e, provavelmente, umincisivo de um toxodonte, molusco gastrópode do gênero Ampullaria; fragmentos depeixe; a grande mandíbula do crocodilídeo Purussaurus brasiliensis; placas dérmicas,
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vértebras e dentes de crocodilídeos; fragmentos de diversos mamíferos, coletadosem 1962 por Price; fragmentos de madeira fóssil piritizada e fragmentos de ossos detartarugas do gênero Chelus, coletados pelos geólogos Luciano Leite da Silva e LuisAntonio Soares, do Projeto Radambrasil, em 1975, e depositados no DepartamentoNacional de Pesquisa Mineral (DNPM); cerâmica, pedra trabalhada, ossos detartaruga, crocodilídeos e mamíferos (coleção feita pela expedição Price & Simpson(1956) e depositada no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém).
Formação Cruzeiro do Sul (QPcs)
Esta formação foi definida primeiramente por Boin & Bonatti (1975), citado porBarros et al. (1977), referindo-se aos sedimentos arenosos que se encontramsobrepostos aos terraços inferiores, localizados nas imediações da cidade de Cruzeirodo Sul, correspondendo ainda à porção superior da Formação Ramon (Bouman,1959). Para Barros et al. (1977) e demais levantamentos do Projeto Radambrasil naregião, tais sedimentos plio-pleistocênicos existentes a leste da Serra do Divisorpertencem à Formação Solimões (Caputo, 1973) e aqueles que ocorrem a oestedesta, à Formação Ramon. Os autores do Projeto Pmaci II (Pinto et al., 1994)adotaram a denominação Formação Cruzeiro do Sul para os sedimentos acimareferidos, da mesma forma, ratificada no presente trabalho.
Pouco estudada em suas características específicas, devido a sua recente criação apartir da Formação Solimões, a Formação Cruzeiro do Sul ocorre sobreposta afeições tipo terraço, sendo sua maior exposição localizada a sudoeste da cidade deCruzeiro do Sul, na confluência dos Rios Moa e Juruá. Ocorre ainda a sul até próximoà cidade de Porto Walter, nas folhas SB-18-ZD e SC-18-XB. São sedimentosdepositados por correntes fluviais, flúvio-lacustre e em leques aluviais, compostospor arenitos finos, friáveis, maciços, argilosos, coloração amarelo-escura, rosada eesbranquiçada, com intercalações de argilitos lenticulares e estratificação cruzada,sobretudo em sua porção inferior.
Terraços Pleistocênicos (QPt)
Diversos pesquisadores têm se dedicado à significativa sedimentação aluvial naRegião Amazônica, merecendo destaque Oliveira e Carvalho (1924) que descreveramimportantes observações ao longo dos rios desde a região do baixo Amazonas,entrando por seus afluentes, subindo o Solimões e atingindo as cabeceiras dos RiosJavari e Içá. Posteriormente, Oliveira (1929), na região do baixo Rio Branco,descreveu material aluvionar de coloração castanha e textura finíssima. As pretéritasplanícies de inundação, atualmente definidas como superfícies aplainadas epossivelmente escalonadas, as quais representam aluviões antigos, foramindividualizadas sob a designação aluviões indiferenciados, por Silva et al. (1976).
No presente trabalho esses depósitos foram designados terraços pleistocênicos. Sãoaqui diferenciados dos terraços holocênicos devido, principalmente, a sua dissecaçãopor drenagem de primeira e de segunda ordens e pela presença de raros meandroscolmatados, os quais são mais freqüentes nos terraços holocênicos. Depósitos comcaracterísticas similares foram anteriormente mapeados e descritos no vale do RioPindaré, no Estado do Maranhão, por Del Arco & Cunha (1988). Mostram umadistribuição descontínua, representando diferentes comportamentos dos meiosdeposicionais, provavelmente ocasionados por diferentes fatores, tais como:oscilações climáticas, movimentos eustáticos, ou mesmo a ação de algum evento decaráter tectônico, inclusive de basculamento local. Diversos pesquisadores, como
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Melo et al. (1976), Silva et al. (1976), Barros et al. (1977) e DelArco et al. (1977),admitiram estes registros tectônicos.
Os depósitos dos aluviões pleistocênicos ocorrem principalmente à margem direitados Rios Purus e Juruá e outros afluentes menores, nos Estados do Acre eAmazonas.
São constituídos por argilas, siltes e areias, às vezes maciços, de coloraçõesavermelhadas, depositados em terraços fluviais antigos e rampas-terraços.Localmente englobam intercalações lenticulares de argilitos e conglomerados. Naregião do Alto Juruá são encontrados conglomerados com seixos de materialcarbonático e quantidade expressiva de fauna fóssil pleistocênica. Nas rampas-terraços estão incluídos sedimentos colúvio-aluviais areno-argilosos, provavelmentedepositados em condições paleohidrológicas distintas das atuais, relacionadas àsvariações climáticas.
Terraços Holocênicos (QHt)
São aqueles descritos por Silva et al. (1976) e Barros et al. (1977) como aluviõesindiferenciados ao englobarem os depósitos encontrados sobre áreas terraceadas queforam palco de pretéritas planícies de inundação, constituídos por cascalhoslenticulares de fundo de canal, areias quartzosas inconsolidadas de barra em pontal,e siltes e argilas de transbordamento. Por conta disso, pode-se afirmar que se tratade depósito típico de planície fluvial. São sedimentos de idade holocênica e ocorremnas margens dos Rios Juruá, Gregório, Tarauacá e Envira.
Areias Quartzosas Inconsolidadas (QHat)
Barros et al. (1977) observaram na Formação Solimões duas feições morfológicasbastante distintas e perfeitamente delimitadas nas imagens de radar: uma comlitotipos predominantemente argilosos e outra com tipos litológicospredominantemente arenosos (depósitos de barra em pontal e de canal), localizadasno Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental, na parte central da área mapeada, nasimediações de Cruzeiro do Sul. Esses autores incluíram tais sedimentos como a partearenosa da Formação Solimões. Pinto et al. (1994) separaram as areias quartzosasdas campinas, posicionando-as na porção superior da Formação Cruzeiro do Sul.
Entende-se, neste trabalho, que esses sedimentos arenosos resultantes de processospedogenéticos constituem produto de intensa lixiviação sobre sedimentos daquelaformação, tendo sua área de exposição delimitada pela presença das campinas eadjacências. Ocorrem, portanto, em áreas interfluviais com lençol freático elevado,sendo uma formação superficial edafoestratigráfica correspondente aos Neossolosquartzarênicos.
As areias quartzosas inconsolidadas apresentam um relevo geralmente tabular,desenvolvendo uma drenagem com vales de fundo chato e planícies de inundaçãoamplas. Encontram-se recobrindo um pacote argiloso de caráter redutor (depósito detransbordamento), representativo de um ciclo mais antigo. Esse pacote argilosoapresenta um relevo mais movimentado, com formas de topo convexo e/ou aguçado,facilitando sua separação nas imagens.
Bezerra et al. (1985) também observaram em alguns locais na região de Cruzeiro doSul que é possível indicar áreas com predominância de sedimentos arenosos e áreascom predominância de sedimentos argilosos; sendo o terreno arenoso uma área comrelevo de topo plano limitada por desníveis topográficos, que representa um platôresidual.
15Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
Depósitos Aluvionares (QHa)
Inicialmente descritos por Oliveira & Carvalho (1924) no Estado do Amazonas, osdepósitos aluvionares constituem material aluvionar com notável presença nasplanícies dos rios maiores, sobretudo daqueles com cursos meândricos e sinuosos. Osrios que drenam terrenos com sedimentos mais antigos e rochas cristalinas sãoimportantes do ponto de vista da geologia econômica, pois geralmente abrigamacumulações de ouro, diamante e cassiterita, entretanto, por se localizarem em áreade preservação permanente, qualquer iniciativa exploratória mostra-se inviável.
Na área em questão correspondem a depósitos holocênicos grosseiros aconglomeráticos, representando residuais de canal, arenosos relativos a barras empontal e pelíticos relacionados a transbordamento de canal, cuja gênese é sedimentarclástica e ambiente deposicional fluvial. Distribuem-se ao longo dos Rios Juruá, Moa,Gregório, Envira, Liberdade e afluentes.
Geomorfologia da ÁreaNeste tema são abordados aspectos morfogenéticos e texturais do relevo (analisandoimagens de satélite). Aqui são descritas formas do relevo terrestre e a suaconfiguração superficial. Os mapas traduzem, em duas dimensões, aspectostridimensionais do relevo como altitude, concavidades e convexidades,entalhamentos, aplainamentos, pedimentações, exposição, declividades, orientaçõesespaciais, etc.
A área estudada divide-se em cinco unidades morfoestruturais (Fig. 2).
Fig. 2. Unidades morfoestruturais da área estudada: 1) Planície Amazônica; 2)Depressão do Juruá-Iaco; 3) Depressão do Tarauacá-Itaquaí; 4) Depressão Marginal àSerra do Divisor; 5) Superfície Tabular de Cruzeiro do Sul.
Planície Amazônica
Com altitudes variando entre 110 e 270 m, situada ao longo dos principais rios(Juruá, Moa, Liberdade, Gregório, Tarauacá e Envira), a Planície Amazônicaapresenta morfogênese química e mecânica. Os padrões de drenagem nela presentessão o meândrico e o anastomosado.
O processo de formação se dá por colmatagem de sedimentos em suspensão econstrução de planícies e terraços orientada por ajustes tectônicos e acelerada porevolução de meandros. É caracterizada por vários níveis de terraços e as várzeasrecentes contêm diques e paleocanais, lagos de meandro e de barramento, bacias dedecantação, furos, canais anastomosados e trechos de talvegues retilinizados porfatores estruturais. Geralmente em contato com os terraços mais antigos adelimitação entre ambos não é clara, e com as demais unidades é de forma gradual,
16Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
mas com ressaltos nítidos nos contatos das planícies com as formas de dissecaçãomais intensas das unidades vizinhas.
Por ser composta de níveis de argilas, siltes e areias muito finas a grosseiras,intercaladas por concreções ferruginosas e concentrações orgânicas, resulta emNeossolos flúvicos, Luvissolos hipocrômicos, Gleissolos melânicos, Argissolosvermelho-amarelos e amarelos e Plintossolos háplicos.
Apresenta-se, na área em questão, em quatro categorias distintas e dentro delas, háainda uma compartimentação em função do grau de dissecação (Anexo II). São elas:
• Atf: acumulação em terraço fluvial. São acumulações de forma plana,apresentando ruptura de declive em relação ao leito do rio e às várzeas recentessituadas em nível inferior, entalhadas devido à variação do nível de base. Ocorremnos vales contendo aluviões finos a grosseiros, pleistocênicos e holocênicos.
• Aptf: acumulação em planícies e terraços fluviais. São áreas planas resultantes dediferentes acumulações fluviais, periódica ou permanentemente inundadas,comportando meandros abandonados e diques fluviais com diferentes orientações.Ocorrem nos vales com preenchimento aluvial contendo material fino a grosseiro,pleistocênicos e holocênicos.
• Af: acumulação em planície fluvial. Áreas planas resultantes de acumulaçãofluvial, sujeitas a inundações periódicas, incluindo as várzeas atuais, podendo conterlagos de meandros, furos e diques aluviais paralelos ao leito atual do rio. Ocorremnos vales com preenchimento aluvial.
• Aptfl: área plana resultante de processos de acumulação fluvial/lacustre, podendocomportar canais anastomosados ou diques marginais, com ou sem ruptura dedeclive em relação à bacia do lago e às planícies fluviolacustres situadas em nívelinferior. Ocorre em setores sob o efeito de processos de acumulação fluvial elacustre, sujeitos ou não a inundações periódicas, com barramentos formando lagose lagunas, e nos vales contendo bacias lacustres.
Depressão do Juruá-Iaco
Essa depressão apresenta altitude variável de 150 a 440 m e morfogênese química.Trata-se de uma área nivelada por pediplanação pós-terciária e provavelmenteafetada por tectônica tardia. A erosão descaracterizou o aplainamento resultando emmodelados de dissecação. Sua principal característica é a de apresentar-se comouma superfície dissecada com elevada densidade de drenagem de primeira ordem epadrão dendrítico. Apresenta modelados de topos convexos, por vezes aguçados,com declives que variam de medianos a fortes. Seus contatos são graduais, de ummodo geral, e por diferença altimétrica, mas sem gerar linha de ruptura marcantecom as Depressões do Purus-Juruá e do Iaco-Acre.
Em termos sedimentológicos há um certo domínio dos sedimentos síltico-argilo-arenosos, com presença de material carbonático da Formação Solimões. Nesseslocais imprime caráter carbonático aos solos gerados. Apresenta dominantementeCambissolos háplicos. Em menor escala, exibe Luvissolo hipocrômico, Vertissolocromado, Plintossolo argilúvico e Argissolos vermelho-amarelos.
Suas principais formas de dissecação são a convexa, a tabular e a aguçada.
17Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
• Dc: dissecação homogênea convexa. Gera formas de relevo de topos convexos, àsvezes denotando controle estrutural, definidas por vales pouco profundos, vertentesde declividade suave, entalhadas por sulcos e canais de primeira ordem.
• Dt: dissecação homogênea tabular. Gera formas de relevo de topos tabulares,conformando feições de rampas suavemente inclinadas e lombas esculpidas emcoberturas sedimentares inconsolidadas, denotando eventual controle estrutural.
• Da: dissecação homogênea aguçada. Trata-se de um conjunto de formas de relevode topos estreitos e alongados, esculpidas em sedimentos, denotando controleestrutural, definidas por vales encaixados.
Depressão do Tarauacá-Itaquaí
A Depressão do Tarauacá-Itaquaí é constituída por relevos residuaistopograficamente mais elevados que as áreas circunvizinhas de onde foramoriginados. Trata-se de relevos de topos aguçados ocorrendo também formasconvexas, como é o caso da área em questão (descrição apresentada anteriormente– Dc), com alta densidade de drenagem de primeira ordem disposta num padrãoessencialmente dendrítico. Apresenta descontinuidade espacial pela planície do Juruáe pelos relevos mais baixos das unidades vizinhas, ou seja, os contatos são nítidos ebem marcados com os relevos em posição altimétrica mais baixa das Depressões doJavari-Juruá e Juruá-Iaco.
Os siltitos e argilitos da Formação Solimões deram origem a Luvissolos hipocrômicos,Cambissolos háplicos e, secundariamente, a Argissolos amarelos e vermelho-amarelos, além de Plintossolos argilúvicos.
Depressão Marginal à Serra do Divisor
Unidade com altitude variando de 230 a 300 m, de morfogênese química, e padrãode drenagem dendrítico. A Depressão Marginal à Serra do Divisor constitui umgráben associado à Falha Batã, com possíveis rearranjos pela pediplanação pós-terciária. A instalação da drenagem atual resultou na dissecação da área.
Basicamente, trata-se de relevo dissecado de topos convexos, comportando declivessuaves, esculpidos em litologias da Formação Solimões que originaramprincipalmente Argissolos amarelos em associação com Plintossolos argilúvicos,Cambissolos háplicos e localmente Vertissolos crômicos carbonáticos devido àpresença de material carbonático na formação geológica. O contato com a SuperfícieTabular de Cruzeiro do Sul se dá em aclive, pela zona dissecada e por escarpas comos Planaltos Residuais da Serra do Divisor, além de apresentar contato gradual comas depressões vizinhas.
A dissecação dessa unidade na área se dá de forma tabular e convexa (descritasanteriormente).
Superfície Tabular de Cruzeiro do Sul
Unidade de relevo com altitude média entre 150–270 m, de morfogênese química,padrão dendrítico a subparalelo (associado a estruturas tectônicas).
A unidade Superfície Tabular de Cruzeiro do Sul constitui um horst associado à FalhaBatã que pode ter sido afetado por pediplanação pós-terciária. Predominam relevos
18Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
tabulares com declives suaves, à exceção de alguns trechos, como a borda oeste epróximo à cidade de Guajará (AM), onde os declives são mais acentuados.
Os arenitos e argilitos da Formação Cruzeiro do Sul geraram Argissolos amarelos evermelho-amarelos e trechos de Latossolos amarelos típicos. Porém, ocorrem demodo disperso áreas de material arenoso esbranquiçado que constituem Neossolosquartzarênicos.
Na parte oeste, o contato com a depressão se faz por diferença de declive, marcadapor faixa de relevo mais dissecado. Em trechos do contato com o Rio Juruá, exiberessaltos de 40 m. No restante, é gradacional.
As formas de dissecação da unidade são a tabular, a convexa e a aguçada (descritasanteriormente). Entretanto, ocorre dentro da unidade a forma de acumulação aseguir:
• Ai: planos abaciados de inundação. Área abaciada definida por planosconvergentes, com material arenoso e/ou argiloso, sujeita a inundações, podendoapresentar arreísmo ou impedimento de drenagem, com lagoas fechadas ouprecariamente incorporadas à rede de drenagem.
Considerações FinaisDiante da demanda de mapeamento temático sobre geologia e geomorfologia paraposterior cruzamento com informações de outros temas, sem a concretização deetapa de campo, buscaram-se dados oriundos do Projeto Sipam, que sãoapresentados já na escala 1:250.000.
No banco de dados do Sipam havia algumas lacunas de informação. Esses gapsforam perfeitamente supridos com as análises analógicas de imagens de satélite. Éimportante ressaltar a grande capacidade de análise, tratamento e geração de dadosem SIGs, entretanto, sempre que houver necessidade e tempo hábil, a utilização debases analógicas é de grande valia, pois o cruzamento de dados analógicos comdados digitais imprime maior acurácia e verossimilhança aos dados gerados.
Com relação aos parâmetros cartográficos utilizados, houve discrepância entre osvalores obtidos no banco de dados do Sipam e aqueles das bases analógicas. Estasdivergências estão sendo corrigidas nas próprias tabelas de dados para osmapeamentos finais do ZEE.
Este relatório apresenta-se com uma função descritiva. No entanto, reforça-se anecessidade de estudos voltados a questões de gênese geológica e de relevo, poistais informações seriam úteis no entendimento da dinâmica da paisagem como umtodo. Entendendo-se os processos que consolidaram o cenário atual, pode-se inferir eaté intervir/controlar os cenários futuros.
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19Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
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21Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
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22Zoneamento Geológico e Geomorfológico entre Feijó e Mâncio Lima – Acre
Anexo I. Continuação.
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Formação Cruzeiro do Sul. Apresenta característicasde terraços, originados através de sedimentaçãofluvial, flúvio-lacustre e aluvial, constituídos por arenitosmédios, friáveis, maciços e argilosos, com intercalaçõesde argilitos
Terraços fluviais: mostram características típicas de depósitosde planície fluvial, isto é, são constituídos por cascalhoslenticulares de fundo de canal, areias quartzosasinconsolidadas de barra em pontal, e siltes e argilas detransbordamento
Aluviões holocênicos: depósitos grosseiros a conglomeráticos,representando residuais de canal, arenosos relativos à barraem pontal e pelíticos representando aqueles detransbordamento
Formação Solimões: sedimentos pelíticos fossilíferos (argilitos comintercalações de siltitos, arenitos, calcários e material carbonoso),de origem fluvial e flúvio-lacustre, com estratificações plano-paralelas e cruzadas tabulares e acanaladas. TNs/arn: fáciesarenosa dentro da Formação Solimões
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