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S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar [email protected] Roteiro de Planejamento 1º - 2º - 3º ano Ensino Médio MATERIAL: EUREKA: Construindo cidadãos reflexivos Autores: Valdecir C. Veloso – [email protected] José Roberto Garcia - [email protected] 1

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Roteiro de Planejamento 1º - 2º - 3º ano

Ensino Médio

MATERIAL:

EUREKA: Construindo cidadãos reflexivos

Autores: Valdecir C. Veloso – [email protected] José Roberto Garcia - [email protected]

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OBJETIVOSNossa proposta não é ministrar um curso da história do pensamento ou formar

especialistas em Filosofia, mas promover a inserção do nosso aluno à reflexão filosófica, pois a filosofia pela sua especificidade da sua abordagem o exige. A própria palavra (reflexão) indica o seu significado “voltar atrás”. Portanto é o pensamento questionando a si mesmo, é o ato de reconsiderar os dados disponíveis e examiná-los atentamente. Isto é o filosofar.

Para tanto, queremos possibilitar aos alunos e à comunidade escolar situarem-se no mundo a partir de uma postura mais criteriosa e crítica, extrapolando o mundo do imediatamente dado e suas pseudo-evidências. A filosofia tendo um compromisso com a paidéia visa contribuir com a formação cultural dos jovens.

No ensino fundamental ao trabalhar com os alunos de 8º ano (livro “Aprendendo a viver juntos: Investigando sobre Ética”), procuramos refletir sobre a Ética como campo histórico e institucional da Filosofia. Precisamos refletir sobre as grandes questões da ação humana: a liberdade, a escolha, a autonomia, moral, a religião, o bem e o mal etc. Queremos conscientizar nossos alunos a pensar sua própria vida e a sociedade na qual está inserido como sujeito ético. Já no 9º ano debatemos sobre o problema político e estético (livro “Somos filhos da Pólis: Investigando sobre Política e Estética”). Nesta discussão veremos que cada ação que fazemos é ética enquanto escolha e política e estética enquanto realização.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:• Refletir criticamente os problemas que a realidade apresenta no mundo atual; ideologia,

comerciais, consumismo;• Desenvolver compreensão de si mesmo como um bem social, histórico e em processo de

autoprodução;• Ler textos filosóficos e outros de modo significativo;• Ler de maneira filosófica, textos de diferentes estruturas e registros;

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O Seguinte Roteiro Pedagógico está organizado em:

- Sugestões de questões sobre Filosofia

- Sugestões de filmografia

- Sugestões de bibliografia

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• Elaborar por escutas textos reflexivos;• Debater, assumindo uma posição, defendendo-a através de argumentos significativos e

mudando de posição diante de argumentos mais constantes;• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conhecimentos presentes nas ciências

naturais e humanas, nas artes e em outras produções culturais;• Contextualizar conhecimentos filosóficos, nos planos de sua origem específica, pessoal-

biográfica, sócio-política, histórica, cultural e científico tecnológico;• Diferenciar a filosofia de outros tipos de conhecimento, apontando para sua utilidade,

compreender que o seu surgimento se dá a partir do pensamento crítico;• Debater em torno dos filósofos, buscando perceber seus questionamentos, bem como suas

características essenciais;• Explorar o conhecimento filosófico, no plano de sua origem específica e no horizonte da

sociedade científica (questão avanços tecnológicos).

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO• “Não se ensina Filosofia, mas filosofar”, já dizia Kant, pois a Filosofia não é um conjunto

de idéias que assimilamos automaticamente. • Os temas propostos em cada unidade não esgotam, em hipótese alguma, toda a Filosofia,

principalmente levando em conta uma aula por semana. Além disso, não é pretensão do Ensino Médio formar especialistas, porém isto não significa que a reflexão gire emtorno de generalidades ou “achologias”, sem aprofundamento nenhum, cujo risco é muito maior em Filosofia que nas outras disciplinas.

• Exposição oral, sistemática e dosada; leitura e análise de textos em sala;• Elaboração de estudos dirigidos; debates: pesquisa – estudo – discussão;• Desvelar as propagandas comerciais (percepção de idéias prejudiciais e enganosas

(vídeos, montagem);• Recortes de jornais e revistas;• Músicas, entrevistas, análises, júris simulados e dramatizações;• Exposição de trabalhos feitos em grupos em sala;• Apontar as diversas revistas científicas existentes na atualidade: Superinteressante,

Galileu – bem como reportagens que abordam temas polêmicos referentes a ciência hoje;

• Pesquisas em biblioteca.• Uma sugestão para se trabalhar na aula inaugural é debater com os alunos sobre o

significado da palavra “Eureka”. Pode ser feito uma pesquisa na biblioteca para que cada um tenha uma idéia preliminar. Depois o professor conclui com o verdadeiro significado e encaminha a discussão.

Programação de conteúdos para o Ensino Médio com o livro EUREKA

1º ano do E.M 2º ano do E.M 3º ano do E.M

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DO MITO AO LOGOS

O mito de Édipo.Mito na Grécia Antiga: Homero e Hesíodo.A passagem do Mito ao Logos.Primeiros filósofos: os pré-socráticos.Período Clássico: Sócrates e Os Sofistas.

OBRAA República de Platão.Cap. VII: O Mito da Caverna. (Coleção os Pensadores).

EUREKA: Eixo I.

FILOSOFIA POLÍTICA

Política, a arte de administrar uma Polis. O Poder e a Política no dia-a-dia.Construção da Cidadania e o analfabeto político.Democracia: governo da maioria. Política AntigaOs filósofos e a Política.Sócrates e os Sofistas. Platão e a República. Aristóteles e a Cidade Feliz.

Política MedievalA Religião e a Política.Agostinho e a cidade de Deus. Tomás de Aquino e a Escolástica.

Política ModernaRenascimentoNicolau Maquiavel e ‘ O Príncipe’. Contratualismo. Hobbes e o Absolutismo. Locke e o Liberalismo. Montesquieu e os três poderes. Rousseau e o governo da vontade geral. Hegel: os homens existem para o Estado. Karl Marx: a proposta comunista

OBRAO Príncipe de Maquiavel.(Coleção os Pensadores).

EUREKA: Eixo III.

DO MITO AO LOGOSO mito de Édipo.Mito na Grécia Antiga: Homero e Hesíodo.A passagem do Mito ao Logos.Primeiros filósofos: os pré-socráticos.Período Clássico.

ÉTICAAs correntes filosóficas e seus defensores. Platão. Aristóteles. As escolas Helenistas. A ética de Baruck de Espinosa. A ética formal de Kant. Nietzsche e a questão dos valores

FILOSOFIA POLÍTICA

Os filósofos e a Política. Platão e a República. Aristóteles e a Cidade Feliz. Agostinho e a cidade de Deus. Tomás de Aquino e a Escolástica. Nicolau Maquiavel e ‘ O Príncipe’. Contratualismo. Hobbes e o Absolutismo. Locke e o Liberalismo. Rousseau e o governo da vontade geral. Montesquieu e os três poderes. Hegel: os homens existem para o Estado. Karl Marx: a proposta comunista

OBRAÉtica a Nicômaco

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Aristóteles(Coleção os Pensadores).EUREKA: Eixo: I, III, IV.

EPISTEMOLOGIA

Introdução à Epistemologia: O conhecimento Humano.Os tipos de conhecimento. Correntes filosóficas e seus principais defensores. O Problema da Verdade. Os Sofistas e o relativismo.

Epistemologia Antiga:Sócrates: a Ironia e a Maiêutica. Platão e as Idéias perfeitas. O mito da caverna. O mito da caverna ilustrado. Aristóteles.

Idade Média – A Formação do Homem de Fé.Santo Agostinho. São Tomás de Aquino. Idade Moderna e Revolução Científica. Nicolau Copérnico.Galileu e o universo matemático. Racionalismo de René Descartes. O empirismo:

• Francis Bacon. • John Locke.• David Hume.

A METAFSICA

Antecedentes da metafísicaMetafísica na Antiguidade e na idade média.Metafisica Modernidade.Os tipos de conhecimento. Correntes filosóficas e seus principais defensores. Os Sofistas e o relativismo. Sócrates: a Ironia e a Maiêutica. Platão e as Idéias perfeitas. O mito da caverna. .O mito da caverna ilustrado. Aristóteles. Santo Agostinho. Tomás de Aquino.

OBRAO que é Metafisica.

( Coleção Primeiros Passos).

EUREKA: Eixo II.FILOSOFARE: Cap III.

EPISTEMOLOGIAOs tipos de conhecimento. Correntes filosóficas e seus principais defensores. Os Sofistas e o relativismo. Sócrates: a Ironia e a Maiêutica. Platão e as Idéias perfeitas. O mito da caverna. O mito da caverna ilustrado. Aristóteles. Santo Agostinho. Tomás de Aquino. Idade Moderna e Revolução Científica. Galileu e o universo matemático. Racionalismo, Empirismo Criticismo. René Descartes. O empirismo. Francis Bacon. David Hume. O Criticismo de Immanuel Kant. Textos de Epistemologia.

FILOSOFIA ESTÉTICAPlatão: a arte é mímesis. Aristóteles. A arte eleva o homem através da Catarse. A Teoria Crítica. A Indústria Cultural.

OBRAO Discurso do Método

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O Criticismo de Immanuel Kant. Textos de Epistemologia.

OBRAO que é Ciência.

( Coleção Primeiros Passos).

EUREKA: Cap I.

de Descartes. (Coleção os Pensadores).EUREKA: Eixos: II, V. FILOSOFARE:Cap. III, V.

ÉTICA

O que é Ética e o que é Moral. O Ético e o Moral.As correntes filosóficas e seus defensores. Platão. Aristóteles. As escolas Helenistas. A ética de Baruck de Espinosa. A ética formal de Kant. Nietzsche e a questão dos valores.

OBRAO que é Ética.

( Coleção Primeiros Passos).

EUREKA: Eixo IV

LÓGICA

Fundamentos sobre lógica formalSilogismosAntecedentes, premissas, termos.Validade, Quantidade, Qualidade, Categórico ou Hipotético, Dedutivo ou Indutivo, Dialético ou Apodítico.Lógica e Argumentação.

OBRAO que é Lógica.

( Coleção Primeiros Passos).

BIBLIOGRAFIA: SOARES, Edvaldo. Fundamentos de Lógica. São Paulo. Atlas.2003.Pág: 01 à 22.

FILOSOSIA CONTEMPORÂNEA

O Positivismo / Augusto Comte. O Neopositivismo e o Círculo de Viena. Karl Popper e a resposta ao Círculo. O Existencialismo. Martin Heidegger.Sartre e a Náusea. A Escola de Frankfurt. A Teoria Crítica. A Indústria Cultural. Walter Benjamin. A ação comunicativa de Habermas.

OBRAHORKHEIMER, Max. ADORNO, Theodor. A Dialética do esclarecimento de Adorno e Horkheimer. Trad. Guido Antonio de Almeida. RJ. Jorge Zahar. 1985.

EUREKA: Eixo: VI..

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FILOSOFIA ESTÉTICA

Platão: a arte é mímesis. Aristóteles. A arte eleva o homem através da Catarse. A Teoria Crítica. A Indústria Cultural.

OBRAO que é Indústria

Cultural.( Coleção Primeiros

Passos).

EUREKA: Eixo V.

FILOSOSIA CONTEMPORÂNEA

O Positivismo / Augusto Comte. O Neopositivismo e o Círculo de Viena. Karl Popper e a resposta ao Círculo. O Existencialismo. Martin Heidegger.Sartre e a Náusea. A Escola de Frankfurt. A Teoria Crítica. A Indústria Cultural. Walter Benjamin. A ação comunicativa de Habermas.

OBRA

MATOS, Olgária. A Escola de Frankfurt. SP. Moderna.

1993.

EUREKA: Eixo VI.

EXERCICIOS REVISÃO GERAL

AVALIAÇÃO:A avaliação será entendida sempre como um processo, onde nos

referenciaremos na qualidade dos trabalhos apresentados, promovendo avaliação grupal, individual e auto-avaliação. Avaliar não é dar nota, é olhar para o processo, ver as falhas e rever.

Questões a observar:- Avaliação oral e escrita;- Participação em projetos, eventos, em sala de aula;- Pensamento organizado e estruturado;- Respeito pelo posicionamento dos colegas, uma vez que o ponto de vista filosófico a verdade é uma procura constante;- Discussão em seminários.

SUGESTÕES DE QUESTÕES SOBRE FILOSOFIA:

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01- (UEL Conh. Ger. 2006) Durante séculos, houve controvérsias sobre a forma do planeta e sua representação. A idéia do contorno da Terra, na Grécia Clássica, foi influenciada por concepções filosóficas acerca da esfera, considerada a mais perfeita das formas. No medievo, o uso das sagradas escrituras como fonte de conhecimento sobre o planeta gerou críticas severas aos defensores de concepções pagãs. No século XVI, a primeira circunavegação comprovou a esfericidade do planeta, passível de visualização desde 1960, com a corrida espacial e o desenvolvimento da televisão. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.I. O conhecimento especulativo produzido na antiguidade clássica e no medievo tanto aproximadas quanto distantes da forma real do planeta.II. As representações cartográficas produzidas na Europa medieval eram descoladas da mentalidade da época, na qual predominava uma cosmografia baseada em expedições voltadas ao conhecimento do mundo natural.III. As representações da superfície da Terra, a partir do Renascimento, tinham estreitas relações com conhecimentos experimentais e ampliaram a concepção predominante na antiguidade clássica sobre a forma do planeta.IV. A imagem da Terra vista do espaço, sintetizada na frase de Yuri Gagarin: “a Terra é azul”, contribuiu para aprofundar a idéia da fragilidade e finitude do planeta.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) II e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, III e IV.

02- (UEL Conh. Ger. 2006) A nova compreensão de mundo que surge com os recursos provenientes das formas geométricas, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, pode ser observada na seguinte afirmação: o triângulo constituído pelos vértices “Homem- Natureza- Deus” apresenta em sua base a relação Homem e Natureza, que assume uma extensão infinita, considerando que o vértice (Deus) coincide com a base, transformando o triângulo em uma reta infinita. (Adaptado de: ANDRÉ, João Maria. Homem e Natureza em Nicolau de Cusa. In: Veritas, Porto Alegre, v. 44, n.3, p. 805, set. 1999.) Com base no texto e considere as afirmativas a seguir.I. A relação Homem-Natureza é indicada na base do triângulo, sendo que o primeiro lê e interpreta a segunda, sem desconsiderar Deus, que garante essa base geométrica.II. Ciente de sua vinculação à natureza, o homem buscou, por meio da análise das formas geométricas, entender sua integração ao universo e à perene relação com Deus.III. O conhecimento humano desconsidera a transcendência e limita-se à verdade natural, que é construída pela decifração do universo,IV. O homem, em sua atividade criadora, abre-se ao mundo natural e à crença no divino, buscando, além do mundo, assegurar sentido para a existência humana.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) III e IV.

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d) I, II e IV.e) II, III e IV.

03- (UEL Conh. Ger. 2006) “Sabe-se que para Hegel a História Universal não recobre o curso empírico da humanidade. A História propriamente dita nasce apenas com o Estado, quando a vida social ganha uma forma sob o efeito desta instância que confere a seus elementos expressão pública e consciência. Somente então é assegurada a permanência do sentido.” (LEFORT, Claude. As formas da História. Ensaios de Antropologia Política. São Paulo: Brasiliense, 1990. p. 37). Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.I. Hegel partia do mundo empírico para explicar a História.II. Segundo Hegel, a formação da consciência se dá com o surgimento do Estado.III. Hegel, ao analisar o surgimento da História, desconsidera a organização do Estado.IV. A noção de Estado só ganha sentido se relacionada à dimensão da vida social.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) II e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, III e IV.

04- (UEL Conh. Ger. 2006) Hylé é uma palavra grega, empregada na antiguidade para se referir às florestas de onde eram extraídas as árvores utilizadas na construção de embarcações marítimas. Essa palavra carrega consigo a significação de matéria apropriada para receber uma forma. A indeterminação da matéria possibilita a recepção de uma forma que lhe dê feição e a constitua em algo. (Adaptado de: FARIA, M.C. Bettencourt. Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo: Moderna, 1994. p. 44.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre matéria e forma em Aristóteles, é correto afirmar:a) A forma é dispensável quando se trata de perceber e conhecer a natureza das coisas.b) Enquanto a matéria é aquilo que permite que se faça algo, a forma é o que constitui a matéria em algo.c) A maneira como os objetos são constituídos independe da matéria, e a forma se limita a circunscrever a feitura estética.d) Naquilo que foge à atuação da natureza, a junção de matéria e forma na construção de objetos prescinde da ação humana.e) A realidade física é constituída ou de matéria ou de forma, sem que haja a necessidade de compreendê-la como um composto de ambas.

05- (UEL Conh. Ger. 2006) Nos textos de Sófocles, há uma separação entre a noção de tempo dos deuses e a dos homens, porém o tempo dos deuses presta conta do tempo dos homens. Em Édipo rei, é possível perceber como ocorre a inclusão do tempo humano no tempo divino, uma vez que no início da peça, sem que ninguém ainda saiba, tudo já aconteceu. “Tempo dos deuses e tempo dos homens se encontram quando a verdade vem à tona. Após ter-se cegado, Édipo pode dizer: ‘Apolo, meus amigos! Sim, é Apolo que me inflige, nessa hora, essas atrozes, essas atrozes desgraças que são meu fardo, meu fardo daqui em diante. Mas nenhuma outra mão além da minha agiu, infeliz’. A oposição dessas

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duas categorias temporais é, em si, muito mais antiga que os trágicos, mas o palco trágico é precisamente o lugar onde os dois tempos, inicialmente disjuntos, se encontram”. (VERNANT, Jean-Pierre; NAQUET, Pierre Vidal. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva, 1999, p. 278.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de tempo de Sófocles, é correto afirmar:a) A noção de tempo praticado no horizonte cultural de cada povo independe do tempo dos deuses.b) A compreensão do tempo na tragédia está relacionada com o desenrolar dos acontecimentos humanos que se vinculam à eternidade.c) A punição pelas transgressões excluía o tempo compreendido como eternidade.d) O tempo é suprimido das conseqüências advindas das ações dos personagens e das determinações do destino.e) A imortalidade é uma das características partilhadas por homens e deuses como decorrência do encontro entre tempo divino e humano.

06- (UEL Conh. Ger. 2006) “No Renascimento [...] o Tempo, Dom de Deus, transformou-se em Tempo, Servidor dos homens, pois os mercadores passaram a usá-lo, na sociedade urbana que se instalava na Europa ocidental, tanto como medida do tempo de trabalho do operário, [...] rompendo com o esquema do dia natural, como em elemento de cálculo de lucro, permitindo o ganho em cima do tempo. [...] Nos dias atuais, tempo é Senhor, pois os seres humanos estão escravizados ao Tempo, são seus servidores, e, quanto mais ocupado o tempo, tanto mais importante social e economicamente o homem é.” (GLEZER, Raquel. História em Debate. Rio de Janeiro: CNPq, 1991. p.263, 267.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.I. O tempo, enquanto construção social, é uma convenção estabelecida pelo próprio ser humano, havendo várias maneiras de interpretar as experiências passadas.II. Para Newton, a natureza do tempo é um dado relativo do mundo criado, um dado modificável da natureza humana.III. “Ganhar” ou “perder tempo” são expressões herdadas das sociedades da antiguidade, nas quais existia a necessidade de medir matematicamente e com exatidão o tempo das atividades humanas.IV. O tempo na modernidade é o tempo seqüencial, composto por séries rígidas, encadeado por gestos, operações, controles, para que renda plenamente.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) II e III.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

07-(UEL Conh. Ger. 2006) Para Platão, havia outra forma de conhecer além daquela proveniente da experiência. Em sua Teoria da Reminiscência, a razão é valorizada como meio de acesso ao inteligível. De acordo com a Teoria da Reminiscência de Platão, é correto afirmar que o conhecimento é:

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a) Proveniente da percepção sensível, na qual os sentidos retêm informações evidentes sobre o mundo material.b) Originado da ação que os objetos exercem sobre os órgãos dos sentidos, produzindo um conhecimento inquestionável do ponto de vista da razão.c) Reconhecido mediante intuição intelectual, ao se referir às idéias adquiridas anteriormente e relembradas na vida presente.d) Fruto da ação divina que, por meio da iluminação interior, revela ao ser humano verdades eternas.e) Estruturado empiricamente como condição para a realização das atividades da razão.

08- (UEL Conh. Ger. 2006) De acordo com Kant, o ato de conhecer é efetuado por meio da relação sujeito e objeto, em que se fixam dois pressupostos fundamentais. Por um lado, objetos que possam ser percebidos; por outro, o sujeito que assimila a representação dos objetos. O sujeito apreende as representações numa ordem de sucessão, pois se estas ocorressem de forma simultânea, não seria possível processar o conhecimento dos objetos. Assim, uma das condições para assegurar o conhecimento empírico envolve, já na própria estrutura do sujeito, uma dimensão a priori de temporalidade. Com base no texto, é correto afirmar:a) A construção do conhecimento empírico dispensa a incorporação, pelo indivíduo, de dimensões temporais.b) O tempo é apreendido empiricamente a partir dos sinais de degeneração e envelhecimento dos objetos.c) O tempo é anterior à experiência e condição para que o conhecimento dos objetos aconteça numa seqüência regular e uniforme.d) A existência do tempo é condicionada aos objetos, os quais garantem a noção de temporalidade do sujeito.e) A relatividade da noção de tempo resulta do movimento contingente dos objetos e da percepção do sujeito.

09- (UEL Conh. Ger. 2006) “[...] o principal privilégio do capitalismo, hoje como ontem, continua sendo a liberdade de escolha – um privilégio que tem a ver simultaneamente com sua posição social dominante, com o peso de seus capitais, com suas capacidades de empréstimo, com sua rede de informações e, em igual medida, com os vínculos que, entre os membros de uma minoria poderosa, por mais dividida que esteja por obra do jogo da concorrência, cria uma série de regras e de cumplicidades. [...] o capitalismo tem a capacidade, a qualquer momento, de mudar de rumo: é o segredo de sua vitalidade. [...] Quando há grandes crises, muitos capitalistas sucumbem, mas outros sobrevivem, outros instalam-se.” (BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo séculos XV-XVIII. v. 3. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p.578.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.I. A concorrência encontra na rede de informações seu principal obstáculo e diminui a vitalidade do capitalismo.II. O privilégio da liberdade de escolha confere vitalidade ao capitalismo, mesmo em tempos de crise.

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III. As capacidades de empréstimo e as redes de informações do capitalismo dificultam sua recuperação após períodos de crise.IV. A elite capitalista, diante das crises, por mais dividida que esteja, consegue criar uma série de regras e cumplicidades.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I III e IV.e) II, III e IV.

10- (UEL Conh. Ger. 2006) Walter Benjamin, filósofo alemão, dizia reconhecer o “anjo da história” no quadro Angelus novus de Paul Klee. Sobre o quadro, disse: “O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.” (BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 226.) Com base na imagem “Angelus novus” e no texto, é correto afirmar que Walter Benjamin:a) Defende a concepção de progresso baseada na idéia de separação de um tempo homogêneo e vazio em relação à história.b) Vivendo os conflitos da globalização, acusa a História por esta voltar-se apenas para o passado, desconsiderando, assim, os benefícios do progresso no futuro.c) Influenciado por uma era de guerras, carrega um pessimismo implícito, percebendo a história como tragédia.d) Entende a época da produção da pintura e do texto, como um período marcado pelo otimismo, pelo progresso humano e pela esperança no futuro.e) Concebe o progresso como um processo histórico reversível, apesar de criticá-lo.

11- (UEL Conh. Ger. 2006) Walter Benjamin usa a alegoria, o “anjo da história”, para criticar uma noção de processo histórico muito em voga no final do século XIX e início do século XX. Em sua obra, que pretendia ser uma grande arqueologia da época moderna, Benjamin faz uma tripla crítica: ao triunfo da burguesia, ao culto da mercadoria e à fé no progresso. Ele critica uma visão que assimila o progresso da humanidade estritamente ao progresso técnico e que propaga um determinismo no qual a libertação seria um acontecimento garantido pelo curso natural da história. A partir dessa crítica, ele propõe uma outra visão sobre o processo histórico. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que para o autor:a) A história deve permitir reativar, no presente, aspectos do passado, a fim de retomar uma história inacabada.b) A diacronia cria um tipo de inteligibilidade em que os acontecimentos futuros podem ser previstos e assegurados.

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c) As sociedades se desenvolvem progressivamente e os eventos devem sertomados como causas e conseqüências.d) A história é uma seqüência linear de eventos associada a um movimento numa direção discernível.e) A história é uma sucessão de sistemas socioculturais que evoluem dos mais simples aos mais complexos.

12- (UEL Conh. Ger. 2006) A maioria dos relógios atuais tem como princípio de funcionamento a contagem do número de vezes que um determinado processo repetitivo ocorre. Por volta de 1582, na Catedral de Pisa, Itália, Galileu Galilei percebeu que as oscilações de uma lâmpada (lustre) pendurada ao teto eram sempre iguais, fenômeno que ficou conhecido como isosincronismo das oscilações do pêndulo. Ainda hoje, esta é a idéia usada na maioria dos relógios. Assinale a alternativa que corresponde a uma propriedade essencial do pêndulo descoberta por Galileu.a) O período de oscilação independe do comprimento da haste.b) A freqüência de oscilação depende da massa do pêndulo.c) A freqüência de oscilação independe do comprimento da haste, enquanto que o período depende da massa do pêndulo. d) A amplitude de oscilação é determinada pela massa do pêndulo e independe do impulso inicial.e) Para pequenas oscilações, o período e a freqüência do pêndulo independem do impulso inicial.

13- (UEL Conh. Ger. 2006) Sobre o lugar social da mulher no contexto do pensamento dos filósofos gregos clássicos, é correto afirmar:a) Na Polis grega, as mulheres deveriam restringirse à execução das tarefas domésticas, cabendo aos cidadãos a atuação na vida política, jurídica e administrativa.b) Pelo fato de as mulheres possuírem habilidades diferentes em relação aos homens, Platão lhes concede tarefas menos exigentes, tais como o cuidado do lar e o exercício da filosofia.c) Para Aristóteles, a justiça como eqüidade, se aplica também à esfera doméstica, devendo as mulheres receber tratamento baseado nos mesmos princípios válidos para os cidadãos.d) Era consenso que a mulher deveria atuar, além da esfera privada, também na esfera pública, tendo o direito de influenciar nas decisões políticas.e) Entendia-se que a tarefa das mulheres, que assumiam postos de liderança na Polis, era a de gerar filhos saudáveis para o Estado.

14- (UEL Conh. Ger. 2006) Desde a época de Aristóteles, especula-se sobre os mecanismos envolvidos na determinação do sexo dos humanos. Acreditava-se que o sexo do embrião era definido por fatores como a nutrição materna. A partir dos estudos sobre herança mendeliana, divisão celular e comportamento dos cromossomos na meiose, comprovou-se que a determinação do sexo decorre de uma constituição cromossômica específica. Com base nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:a) O sexo genético é determinado na fecundação, quando ocorre a fusão dos núcleos masculino e feminino.

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b) Os cromossomos autossômicos são os responsáveis pela determinação do sexo genético do indivíduo.c) A probabilidade de o genitor masculino produzir gametas do tipo Y é maior que a do tipo X.d) O embrião XX desenvolverá testículos e o embrião XY desenvolverá ovários.e) O sexo genético é determinado pelo número de cromossomos X presentes no embrião.

15- (UEL Esp. 2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa. Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) II e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, III e IV.

16- (UEL Esp. 2005) “- Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas espécies. É verdade. Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A República.Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7ª. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.

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17- (UEL Esp. 2005) “A busca da ética é a busca de um ‘fim’, a saber, o do homem. E o empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um ‘fim’: ‘Toda arte e todo método, assim como toda ação e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem dito, com acerto, que o bem é aquilo para que todas as coisas tendem’. Nesse passo inicial de a Ética a Nicômacos está delineado o pensamento fundamental da Ética. Toda atividade possui seu fim, ou em si mesma, ou em outra coisa, e o valor de cada atividade deriva da sua proximidade ou distância em relação ao seu próprio fim”. (PAIXÃO, Márcio Petrocelli. O Problema da felicidade em Aristóteles: a passagem da ética à dianoética aristotélica no problema da felicidade. Rio de Janeiro: Pós-Moderno, 2002. p. 33-34.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ética em Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.I. O “fim” último da ação humana consiste na felicidade alcançada mediante a aquisição de honrarias oriundas da vida política.II. A ética é o estudo relativo à excelência ou à virtude própria do homem, isto é, do “fim” da vida humana.III. Todas as coisas têm uma tendência para realizar algo, e nessa tendência encontramos seu valor, sua virtude, que é o “fim” de cada coisa. IV. Uma ação virtuosa é aquela que está em acordo com o dever, independentemente dos seus “fins”.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e IV.b) II e III.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, II e IV.18- (UEL Esp. 2005) “Poder-se-ia [...] acrescentar à aquisição do estado civil a liberdade moral, única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatui a si mesma é liberdade”. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 37.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Rousseau, é correto afirmar:a) As leis condizentes com a liberdade moral dos homens devem atender aos seus apetites.b) A liberdade adquire sentido para os homens na medida em que eles podem desobedecer às leis.c) O homem livre obedece a princípios, independentemente de eles também valerem para a sociedade.d) O homem afirma sua liberdade quando obedece a uma lei que prescreve para si mesmo.e) É no estado de natureza que o homem pode atingir sua verdadeira liberdade

19- (UEL Esp. 2005) “É na verdade conforme ao dever que o merceeiro não suba os preços ao comprador inexperiente, e quando o movimento do negócio é grande, o comerciante esperto também não faz semelhante coisa, mas mantém um preço fixo geral para toda a gente, de forma que uma criança pode comprar em sua casa tão bem como qualquer outra pessoa. É-se, pois servido honradamente; mas isto ainda não é bastante para acreditar que o comerciante tenha assim procedido por dever e princípios de honradez; o seu interesse assim o exigia; mas não é de aceitar que ele além disso tenha tido uma inclinação imediata

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para os seus fregueses, de maneira a não fazer, por amor deles, preço mais vantajoso a um do que outro”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes.Trad. de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980.p. 112.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o conceito de dever em Kant, considere as afirmativas a seguir, sobre a ação do merceeiro.I. É uma ação correta, isto é, conforme o dever.II. É moral, pois revela honestidade na relação com seus clientes.III. Não é uma ação por dever, pois sua intenção é egoísta.IV. É honesta, mas motivada pela compaixão aos semelhantes.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

20- (UEL Esp. 2005) “Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional tem a capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo princípios, ou: só ele tem uma vontade. Como para derivar as ações das leis é necessária a razão, a vontade não é outra coisa senão razão prática. Se a razão determina infalivelmente a vontade, as ações de um tal ser, que são conhecidas como objetivamente necessárias, são também subjetivamente necessárias, isto é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a razão independentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer dizer bom”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 47.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Kant, considere as afirmativas a seguir.I. A liberdade, no sentido pleno de autonomia, restringe-se à independência que a vontade humana mantém em relação às leis da natureza.II. A liberdade configura-se plenamente quando a vontade humana vincula-se aos preceitos da vontade divina.III. É livre aquele que, pela sua vontade, age tanto objetivamente quanto subjetivamente, por princípios que são válidos para todos os seres racionais.IV. A liberdade é a capacidade de o sujeito dar a si a sua própria lei, independentemente da causalidade natural.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) II e III.c) III e IV.d) I, II e IV.e) I, III e IV.

21- (UEL Esp. 2005) “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-

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se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti.São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar:a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar.b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo.c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros.d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito.e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros.

22- (UEL Esp. 2005) “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. de Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos.II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos os direitos em favor do soberano.III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da segurança competem aos súditos cidadãos.IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de natureza.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) II e III.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

23- (UEL Esp. 2005) “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil.Trad. de Magda Lopes e Marisa

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Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político.II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político.III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu consentimento.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

24- (UEL Esp. 2005) “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é correto afirmar:a) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condições sociais decorrentes da evolução histórica da humanidade.b) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade e das diferenças sociais.c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens.d) Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, por ter corrompido o homem, tornando-o egoísta e mesquinho para com os seus semelhantes.e) Rousseau valoriza a fundação da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra.

25- (UEL Esp. 2005) “As instâncias do Poder, que os cidadãos acreditavam terem instalado democraticamente, estão, sob o peso da crítica, em vias de perder sua identidade. A opinião não lhes confere mais o certificado de conformidade que a legitimidade deles exige. Jürgen Habermas [...] vê nessa situação ‘um problema de regulação’. A opinião pública, abalada em suas crenças mais firmes, não dá mais sua adesão às regulações que o direito constitucional ou, mais amplamente, o direito positivo do Estado formaliza”. (GOYARD-FABRE, Simone. O que é democracia?. Trad. de Cláudia Berliner. São Paulo: Martins

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Fontes, 2003. p. 202-203.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre os Estados Democráticos de Direito na contemporaneidade, é correto afirmar:a) A atual identidade das instâncias do poder é confirmada pela “crítica”.b) Legalidade e legitimidade das instâncias de poder são coincidentes nos Estados Democráticos de Direito.c) A regulação das instituições de poder deve ser independente da opinião pública.d) A legitimidade das instâncias de poder deve ser baseada no direito positivo.e) A opinião pública é que deve dar legitimidade às instâncias de poder.

26- (UEL Esp. 2005) “[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não consultava devidamente a experiência para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo, ao seu arbítrio, assim decidido, submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”. (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.) Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia aristotélica.a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o fundamento da ciência.b) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados e axiomas da ciência.c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experiência.d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como conseqüência a desvalorização da experiência.e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para superar a opinião e atingir o conhecimento verdadeiro.

27- (UEL Esp. 2005) “[...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da ciência, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos, pelo contrário, o ideal científico, físico, do conhecimento passa a determinar o conhecimento metafísico”. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filósofo. In: Estudos sobre Galileo Galilei. Porto Alegre: UFRGS, Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul e Consulado Geral da Itália de Porto Alegre, 1964. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre filosofia e ciência, é correto afirmar:a) O conhecimento científico, a partir da modernidade, determina o conhecimento filosófico.b) A ciência antiga obteve maior êxito que a ciência moderna pelo fato de ter sido influenciada pela metafísica.c) A filosofia moderna, por partir da ciência, finalmente atinge a verdade metafísica buscada pelos antigos.d) A filosofia moderna, quando comparada às suas versões passadas, possui maior aplicabilidade instrumental.e) A ciência moderna, quando traduzida para o discurso filosófico, resume-se a um conhecimento metafísico.

28- (UEL Esp. 2005) “O mundo real é simplesmente uma sucessão de movimentos atômicos em continuidade matemática. Nessas circunstâncias, a causalidade só poderia ser

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colocada, de maneira inteligível, nos próprios movimentos dos átomos [...]. Mas que fazer com Deus? Com a derrubada da causalidade final, Deus, como concebido pelo aristotelismo, estava praticamente perdido; negar francamente sua existência, no entanto, era, à época de Galileu, um passo demasiado radical para que qualquer pensador importante pudesse considerá-lo”. (BURTT, Edwin Arthur. As bases metafísicas da ciência moderna. Trad. de José Viegas Filho e Orlando Araújo Henriques. Brasília: UnB, 1991. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Galileu, é correto afirmar:a) Galileu pretendia construir uma nova metafísica em que a teologia apareceria como princípio último de explicação.b) Segundo Galileu, tudo o que conhecemos sobre o mundo natural diz respeito à natureza íntima da força, ou de sua essência.c) Galileu buscava estabelecer o fundamento das convicções a respeito da relação determinante do homem com a natureza.d) A grandeza revolucionária de Galileu deveu-se a sua atitude de responder questões consideradas para além do domínio da ciência positiva.e) O interesse de Galileu estava em mostrar que para todo movimento expressável matematicamente existe uma causa primária.

29- (UEL Esp. 2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.) Com base no texto, é correto afirmar:a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idéia possa ser conhecida com evidência.b) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma conseqüência dos limites do espírito humano.c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.e) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser provada.

30- (UEL Esp. 2005) “As experiências e erros do cientista consistem de hipóteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode então tentar encontrar brechas em qualquer uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas cientistas, que ficarão deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hipótese não suportar essas críticas e esses testes pelo menos tão bem quanto suas concorrentes, será eliminada”. (POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad. de Milton Amado. São Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre ciência e método científico, é correto afirmar:

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a) O método científico implica a possibilidade constante de refutações teóricas por meio de experimentos cruciais.b) A crítica no meio científico significa o fracasso do cientista que formulou hipóteses incorretas.c) O conflito de hipóteses científicas deve ser resolvido por quem as formulou, sem ajuda de outros cientistas.d) O método crítico consiste em impedir que as hipóteses científicas tenham brechas.e) A atitude crítica é um empecilho para o progresso científico.

31- (UEL Esp. 2005) “Parece que enquanto o conhecimento técnico expande o horizonte da atividade e do pensamento humanos, a autonomia do homem enquanto indivíduo, a sua capacidade de opor resistência ao crescente mecanismo de manipulação das massas, o seu poder de imaginação e o seu juízo independente sofreram aparentemente uma redução. O avanço dos recursos técnicos de informação se acompanha de um processo de desumanização. Assim, o progresso ameaça anular o que se supõe ser o seu próprio objetivo: a idéia de homem”. (HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. Trad. de Sebastião Uchôa Leite. Rio de Janeiro: Editorial Labor do Brasil, 1976. p. 6.) Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos sobre racionalidade instrumental, é correto afirmar:a) A imagem de Chaplin está de acordo com a crítica de Horkheimer: ao invés de o progresso e da técnica servirem ao homem, este se torna cada vez mais escravo dos mecanismos criados para tornar a sua vida melhor e mais livre.b) A imagem e o texto remetem à idéia de que o desenvolvimento tecnológico e o extraordinário progresso permitiram ao homem atingir a autonomia plena.c) Imagem e texto apresentam o conceito de racionalidade que está na estrutura da sociedade industrial como viabilizador da emancipação do homem em relação a todas as formas de opressão.d) Enquanto a imagem de Chaplin apresenta a autonomia dos trabalhadores nas sociedades contemporâneas, o texto de Horkheimer mostra que, quanto maior o desenvolvimento tecnológico, maior o grau de humanização.e) Tanto a imagem quanto o texto enaltecem a inevitável instrumentalização das relações humanas nas sociedades contemporâneas.

32- (UEL Esp. 2005) “[...] não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. Com efeito, não diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa [...] diferem, sim, em que diz um as coisas que sucederam, e outro as que poderiam suceder. Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere aquela principalmente o universal, e esta o particular”. (ARISTÓTELES. Poética. Trad. de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a estética em Aristóteles, é correto afirmar:a) A poesia é uma cópia imperfeita, realizada no mundo sensível, sob a inspiração das musas e distante da verdade.b) Os poetas, de acordo com a sua índole, representam pessoas de caráter elevado, como ocorre na tragédia, ou homens inferiores, como na comédia.

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c) A poesia deve ser fiel aos acontecimentos históricos e considerar os fatos em sua particularidade.d) A poesia deve a sua origem à história e a compreensão daquela supõe o entendimento da própria natureza do ser humano.e) A imitação, que ocorre na tragédia, representa uma ação completa e de caráter elevado, de uma forma narrativa e não dramática.

33- (UEL Esp. 2005) “A indústria cultural não cessa de lograr seus consumidores quanto àquilo que está continuamente a lhes prometer. A promissória sobre o prazer, emitida pelo enredo e pela encenação, é prorrogada indefinidamente: maldosamente, a promessa a que afinal se reduz o espetáculo significa que jamais chegaremos à coisa mesma, que o convidado deve se contentar com a leitura do cardápio. [...] Cada espetáculo da indústria cultural vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira inequívoca a renúncia permanente que a civilização impõe às pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo tempo privá-las disso é a mesma coisa”. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 130-132.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre indústria cultural em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:a) A indústria cultural limita-se a atender aos desejos que surgem espontaneamente da massa de consumidores, satisfazendo as aspirações conscientes de indivíduos autônomos e livres que escolhem o que querem.b) A indústria cultural tem um desempenho pouco expressivo na produção dos desejos e necessidades dos indivíduos, mas ela é eficiente no sentido de que traz a satisfação destes desejos e necessidades.c) A indústria cultural planeja seus produtos determinando o que os consumidores desejam de acordo com critérios mercadológicos. Para atingir seus objetivos comerciais, ela cria o desejo, mas, ao mesmo tempo, o indivíduo é privado do acesso ao prazer e à satisfação prometidos.d) O entretenimento que veículos como o rádio, o cinema e as revistas proporcionam ao público não pode ser entendido como forma de exploração dos bens culturais, já que a cultura está situada fora desses canais.e) A produção em série de bens culturais padronizados permite que a obra de arte preserve a sua capacidade de ser o suporte de manifestação e realização do desejo: a cada nova cópia, a crítica se renova.

34- (UEL Esp. 2005) “A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo tempo, a mecanização atingiu um tal poderio sobre a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho”. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p.128.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre trabalho e lazer no capitalismo tardio, em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:

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a) Há um círculo vicioso que envolve o processo de trabalho e os momentos de lazer. Com o objetivo de fugir do trabalho mecanizado e repor as forças, o indivíduo busca refúgio no lazer, porém o lazer se estrutura com base na mesma lógica mecanizada do trabalho.b) Apesar de se apresentarem como duas dimensões de um mesmo processo, lazer e trabalho se diferenciam no capitalismo tardio, na medida em que o primeiro é o espaço do desenvolvimento das potencialidades individuais, a exemplo da reflexão.c) Mesmo sendo produzidas de acordo com um esquema mercadológico que fabrica cópias em ritmo industrial, as mercadorias acessadas nos momentosde lazer proporcionam ao indivíduo plena diversão e cultura.d) Tanto o trabalho quanto o lazer preservam a autonomia do indivíduo, mesmo nos processos de mecanização que caracterizam a fabricação de mercadorias no capitalismo tardio.e) As atividades de lazer no capitalismo tardio, como o cinema e a televisão, são caminhos para a politização e aquisição de cultura pelas massas, aproximando-as das verdadeiras obras de arte.

EIXOS TEMÁTICOS

PONTOS INTRODUTÓRIOS

01) (UEL 2003/ESPEC) ‘’Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um principio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse principio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.’’ A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano.b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos.d) A cosmologia, como investigação acerca da origem da ordem do mundo.e) A filosofia política, enquanto análise do estado e sua legislação.

02) (UEL2003) ‘’Uma vez que constituição significa o mesmo que governo, e o governo é o poder supremo em uma cidade, e o mando pode estar nas mãos de uma única pessoa, ou de poucas pessoas, ou a maioria, governam tendo em vista o bem comum, estas constituições devem ser forçosamente as corretas; ao contrário, constituem desvios os casos em que o governo é exercido com vistas ao próprio interesse da única pessoa, ou das poucas pessoas, ou da maioria, pois ou se deve dizer que os cidadãos não participam do governo da cidade, ou é necessário que eles realmente participem.’’Com base no texto e nos conhecimentos sobre as formas de governo em Aristóteles, analise as afirmativas a seguir.

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I-A democracia é uma forma de governo reta, ou seja, um governo que prioriza o exercício do poder em beneficio do interesse comum.II-A democracia faz parte das formas degeneradas de governo, entre as quais destacam-se a tirania e a oligarquia.III-A democracia é uma forma de governo que desconsidera o bem de todos; antes, porém, visa favorecer indevidamente os interesses dos mais pobres, reduzindo-se, desse modo, a uma acepção demagógica.IV-A democracia é uma forma de governo mais conveniente para as cidades gregas, justamente porque realiza o bem do Estado, que é o bem comumEstão corretas apenas as afirmativas:A) I e III.B) I e IV.C) II e III.D )I,II e III.E) II,III e IV.

03) (UEL 2003) “Com efeito, alguns tomam a coisa universal da seguinte maneira:eles colocam uma substância essencialmente a mesma em coisas que diferem umas das outras pelas formas; essa é a essência material das coisas singulares nas quais existe, e é uma só em si mesma, sendo diferente apenas pelas formas dos seus inferiores”. Sobre o texto acima é correto afirmar que: a) trata-se de uma tese realista, pois demonstra que a coisa universal existe por si mesma e constitui a essência material das coisas singulares.b) defende a tese nominalista, segundo a qual os universais não podem existir fora dos sujeitos de que são atributos.c) os universais são termos significativos, pois não são uma única essência em si mesmos.d) distingue as coisas singulares pela quantidade de matéria que nelas se apresentam.

04) (UEL 2003) Leia o texto, que se refere á idéia de cidade justa de Platão.‘’Como a temperança, também a justiça é uma virtude comum a toda a cidade. Quando cada uma das classes exerce a sua função própria, aquela para qual a sua natureza é a mais adequada ‘, a cidade é justa. Esta distribuição de tarefas e competências resultas do fato de que cada um de nós não nasceu igual ao outro e, assim, cada um contribui com a sua parte para satisfação das necessidades da vida individual e coletiva. (...) Justiça é, portanto, no indivíduo, a harmonia das partes da alma sob o domínio superior da razão, no estado, é a harmonia e a concórdia das classes da cidade.’’ (PIRES, Celestino). Sobre a cidade justa na concepção de Platão, é correto afirmar:a) Nela todos satisfazem suas necessidades mínimas, e inexistem funções como as de governantes, legisladores e juizes.b) É governada pelos filósofos, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores econômicos, todos cumprindo sua função própria.c) Seus habitantes desejam a posse ilimitada de riquezas, como terras e metais preciosos.d) Ela tem como principal objetivo fazer a guerra com seus vizinhos para ampliar suas posses através da conquista .

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e) Ela ambiciona o luxo desmedido e está cheia de objetos supérfluos, tais como perfumes,incensos, iguarias, guloseimas, ouro, marfim,etc.

05) (UEL 2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) II e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, III e IV.

06) (UEL 2004) “Entre os físicos da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou no começo de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” ( VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. De Isis Borges B. Da Fonseca.12ed. Rio de janeiro: Difel,2002. p.110.) Com base no texto, assinale a alternativa correta.a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender corno a natureza agia no começo (~). ou seja, no momento original.b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionaimente.d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalrnente compreendidas.

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07) O método argumentativo de Sócrates (469-399 ªC.) Consistia em dois momentos distintos: a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que:I – tornava o interlocutor um mestre na argumentação sofistica.II – levava o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo conteúdo era repleto de conceitos vagos e imprecisos.III – tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor a confessar suas próprias contradições e ignorâncias.IV – tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor.a) Se apenas a afirmação III é correta.b) Se apenas as afirmações i e IV são corretas.c) Se apenas a afirmação IV é correta.d) Se as afirmações II e III são corretas.e) Se todas não são corretas.

08) Sócrates é tradicionalmente considerado como um marco divisório da filosofia grega. Os filósofos que o antecederam são chamados pré-socraticos. Seu método, que parte do pressuposto “ só sei que nada sei”, é a maiêutica que tem como objetivo:I – “dar luz a idéias novas, buscando o conceito”II – partir da ironia, reconhecendo a ignorância até chegar ao conhecimento.III – encontrar as contradições das idéias para chegar ao conhecimento.IV – “ trazer as idéias do céu à terra”.a) se apenas I e II estiverem corretas.b) Se apenas I e III estiverem corretas.c) Se apenas II, III e IV estiverem corretas.d) Se apenas III e IV estiverem corretas.e) Se apenas i e IV estiverem corretas.

09) (UEL 2002) Sobre a teoria das quatro causas de Aristóteles é correto afirmar:I – É próprio da ciência investigá-las, pois são as causas do movimento e do repouso, ou seja, da passagem de potência para ato.II – A causa eficiente atua sobre a forma, visto ser a matéria o ato a que aspiram os seres.III - A causa final é própria daquele ser que deve atualizar as potências contidas em sua matéria para alcançar a finalidade própria.IV – A forma é o príncipio de indeterminação dos seres.Assinale a única alternativa que apresenta as assertivas correta:a) Apenas I e III.b) Apenas I, III e IV.c) Apenas II e III.d) Apenas I e II.e) Todas corretas

10) Com relação ao relacionamento entre os sofistas e Sócrates é correto afirmar que:a) Não houve nenhum tipo de relacionamento, pois eles não foram contemporâneos.

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b) Foi um relacionamento amistoso, pois eles tinham um só grande objetivo: a busca da verdade.c) Os sofistas criticavam o relativismo de Sócrates, que não acre-ditava na existência da verdade.d) Sócrates não admitia o relativismo sofístico que via na política uma mera técnica de convencimento, que se baseavas em con-cepções individuais da verdade.

11) (UFU) A opinião (doxa, em grego), no pensamento de Platão (427-347 a.C.), representa um saber sem fundamentacão metódica. É um saber que possui sua origem:a) nos mitos religiosos, lendas e poemas da Grécia arcaicab) nas impressões ou sensacões advindas da experiência sensívelc) no discurso dos sofistas na época da democracia ateniensed) num saber eclético, proveniente de algumas idéias dos filósofos pré-socráticos

12) (UEL ESPEC 2003) "Se chegasse á nossa cidade um homem aparentemente capaz, devido á sua arte, de tomar todas as formas e imitar todas as coisas, ansioso por se exibir juntamente com os seus poemas, prosternávamo-nos diante dele, como de um ser sagrado, maravilhoso, encantador, mas dir-lhe-íamos que na nossa cidade não há homens dessa espécie, nem sequer é lícito que existam, e mandá-lo-íamos embora para outra cidade, depois de lhe termos derramado mirra sobre a cabe(c)a e de o termos coroado de grinaldas." (PLATÃO. A República. Trad. De Maria Helena da Rocha Pereira. 7.ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 125.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a arte em Platão, é correto afirmar:a) Platão é contrário á imitação, por ela ser a "aparência da aparência" ou uma cópia da realidade, num nível inferior.b) Platão valoriza a presença dos artistas nas cidades, por sua capacidade de limitar todas as coisas.c) Platão concebe a imitação como uma atividade que,ao invés de copiar aparências, imita emoções e ações.d) Platão valoriza os poemas porque eles, apesar de imitarem as coisas, proporcionam um grande prazer sensível.e) Platão admite a possibilidade de a imitacão adquirir uma perspectiva positiva, desde que seja concebida como contendo uma visão que se afaste da sofística.

13) (UEL 2006) Os poemas de Homero serviram de alimento espiritual aos gregos, contribuindo de forma essencial para aquilo que mais tarde se desenvolveria como filosofia. Em seus poemas, a harmonia, a proporção, o limite e a medida,assim como a presença de questionamentos acerca das causas, dos princípios e do porquê das coisas se faziam presentes, revelando depois uma constante na elaboração dos princípios metafísicos da filosofia grega. (Adaptado de: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. v. I. Trad. Henrique C. Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994. p. 19. ) Com base no texto e nos conhecimentos acerca das características que marcaram o nascimento da filosofia na Grécia, considere as afirmativas a seguir.I. A política, enquanto forma de disputa oratória, contribuiu para formar um grupo de iguais, os cidadãos, que buscavam a verdade pela força da argumentação.

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II. O palácio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substituído pela Ágora, espaço público onde os problemas da polis eram debatidos.III. A palavra, utilizada na prática religiosa e nos ditos do rei, perdeu a função ritualista de fórmula justa, passando a ser veículo do debate e da discussão.IV. A expressão filosófica é tributária do caráter pragmático dos gregos, que substituíram a contemplação desinteressada dos mitos pela técnica utilitária do pensar racional.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e III.b) II e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, II e IV.

14) (UEL 2006) Analise a imagem e leia o texto a seguir.Mobilização pelas “Diretas já”, Praça da Sé, São Paulo, janeiro 1984. (Disponível em: http://novaescola.abril.com.br Acesso em: 13 jun. 2005.)“Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nem nada menos que pelo direito de administrar a justiça e exercer funções públicas [...].” (ARISTÓTELES. Política. Trad. Mário da Gama Kury. 3. ed. Brasília: UNB, 1997. p. 78.)Tendo como base o conceito de cidadania de Aristóteles, é correto afirmar que o fato político retratado na imagem:a) Confirma o ideal aristotélico de cidadão como aquele que se submete passivamente a uma autoridade coercitiva e ilimitada.b) Ilustra o conceito que Aristóteles construiu de cidadãos como aqueles que estão separados em três classes, sendo que uma delas governa, de modo absoluto, as demais.c) Manifesta contradição com a concepção de liberdade e de manifestação pública presente no exercício da cidadania grega, ao revelar uma campanha submissa e tutelada pela minoria.d) Mostra o ideário aristotélico de cidade e de cidadania, que exalta o individualismo e a supremacia do privado em detrimento do público.e) Caracteriza um exemplo contemporâneo de participação que demonstra o debate de assuntos públicos, assim como faziam os cidadãos livres de Atenas.

EIXOS TEMÁTICOS

ÉTICA E POLÍTICA

01 - (UEL-2004/ESP.) ‘’Que ninguém espere um grande progresso nas ciências, especialmente no seu lado prático, até que a filosofia natural seja levada ás ciências particulares e as ciências particulares sejam incorporadas á filosofia natural. [...] De fato, desde que as ciências particulares se constituíram e se dispersaram , não mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios , dos sons, da estrutura e do esquematismo dos

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corpos, das afecções e das percepções intelectuais, o que lhes teria infundido novas forças para novos progressos.’’ Com base no texto , é correto afirmar que Francis Bacon:a) Afirma que a única finalidade da filosofia natural é contribuir para o desenvolvimento das ciências particulares.b) Defende que o que há de mais importante nas ciências particulares é o seu lado prático.c) Propõe que o progresso da filosofia natural depende de que ela incorpore as ciências particulares.d) Constata a impossibilidade de progresso no lado prático das ciências particulares.e) Vincula a possibilidade do progresso nas ciências particulares á dependência destas á filosofia natural.

02 - (UFU JAN/01) A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776), escolha entre as alternativas abaixo a única que oferece, respectivamente, uma característica empirista e uma característica cética do pensamento deste filosofo escocêsa) Nenhuma idéia complexa pode ser derivada das sensações; a idéia de eu pode ser representada pelo pensamento puro.b) As idéias simples são inatas e independem dos sentidos; a causalidade é uma conexão necessária e facilmente observável.c) As idéias se originam da experiência sensível ; as impressões não são constantes e invariáveis a ponto de constituir a idéia de eu.d) A relação causa-efeito é apreendida pelo raciocínio a priori; as impressões são variáveis, por isso não há nada de regular no mundo.

03 - (UEL2003) ‘’O imperativo categórico é, portanto, só um único, que é este:Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.’’ (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. De Paulo. Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o principio de auto-conservação.d) Está subordinada á vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

04 - (UEL ESPEC/2003) A ciência moderna sofreu uma serie de transformações em relação á ciência antiga. Assinale a alternativa que apresenta uma das características da ciência moderna resultante dessa transformação.a) A submissão do saber ao conhecimento teórico, para o qual é irrelevante a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos.

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b) A subordinação da razão humana á fé religiosa, com a defesa da concepção de verdade como revelação.c) A primazia da analise das qualidades dos corpos em si mesmos, tais como cor , odor, tamanho e peso.d) A valorização do saber experimental , que visa á apropriação, ao controle e á transformação da natureza.e) O predomínio da concepção de natureza hierarquizada, segundo uma ordem divina.

05 - “Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas espécies. - É verdade. - Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A república. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.

06- “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar:a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar.b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo.c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros.d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito.e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros.

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07- “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. De Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos.II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos os direitos em favor do soberano.III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da segurança competem aos súditos cidadãos.IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de natureza.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) II e III.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

08 - “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político.II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político.III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu consentimento.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.

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e) II, III e IV.

09 - “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é correto afirmar:a) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condições sociais decorrentes da evolução histórica da humanidade.b) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade e das diferenças sociais.c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens.d) Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, por ter corrompido o homem, tornando-o egoísta e mesquinho para com os seus semelhantes.e) Rousseau valoriza a fundação da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra.

10 - A filosofia política de Thomas Hobbes combatia as tendências liberais de sua época. Hobbes sustentava que o poder resultante do pacto político deveria ser:I – ilimitado, julgando sobre o justo e o injusto, acima do bem e do mal e em que a alienação do súdito ao soberano deveria ser total.II – dividido entre rei e o parlamento, superando as discórdias e disputas em favor do bem comum da coletividade.III – absoluto, podendo utilizar a força das armas para manter a soberania e o silêncio dos súditos.Assinale correta:a) I e IIIb) II e IIIc) I e IId) IIe) I, II e III

11 - Leia o texto abaixo:Quando na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não existe liberdade, pois pode-se temer que o mesmo monarca e o mesmo senado apenas estabeleçam leis tirânicas para executá-las tiranicamente. Não haverá também liberdade se o poder de julgar não estiver separado do poder legislativo e executivo. Se estivesse ligado ao poder legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria o legislador. Se estivesse ligado ao executivo, o juiz teria a força de um opressor. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo

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corpo de principais, ou dos nobres ou do povo exercesse esses três poderes: o de fazer leis; o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências entre os indivíduos. (MONTESQUIEU, Do Espírito das Leis, Col Os Pensadores) Escolha alternativa que contém o princípio político que o texto acima busca fundamentar.a) Personificação do poder.b) Analfabetismo político.c) Institucionalização do poder.d) Absolutismo político.e) Despotismo.

12 - Leia com atenção o texto abaixo:Odeio os indiferentes (...), acredito que viver quer dizer tomar partido. Não podem existir apenas os homens estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, é parasitismo, é covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.A indiferença é o peso morto da história. É a bola de chumbo para o inovador, é a matéria inerte na qual freqüentemente se afogam os entusiasmos mais esplendorosos.A indiferença atua poderosamente na história. Atua passiva-mente, mas atua. É a fatalidade; é aquilo com o que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mais bem construídos. É a matéria bruta que se rebela contra a inteligência e a sufoca. (...)O que acontece não acontece tanto porque alguns queiram, mas porque a massa dos homens abdica da sua vontade e deixa de fazer, deixa enrolarem os nós que, depois, somente a espada poderá cortar; deixa promulgarem as leis que, depois, só a revolta poderá anular; deixa subir ao poder homens que, depois, só a sublevação poderá derrubar. (...) Os fatos amadurecem na sombra porque mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva e a massa não sabe porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões restritas, objetivos imediatos, ambições e pai-xões pessoais de pequenos grupos ativos e a massa dos homens ignora por que não se preocupa. (GRAMSCI apud SCHLESENER, Anita. Para filosofar S. Paulo, Scipione, 2000, p.188)O texto acima refere-se ao fenômeno político conhecido como ‘analfabetismo político’, com relação a isso é correto afirmar que:a) O analfabetismo político ocorre somente entre os mais pobres.b) As pessoas que não sabem ler ou escrever são os analfabetos políticos.c) O analfabetismo político é uma peculiaridade da classe mais rica da população.d) A participação ativa na esfera política e a principal característica do analfabetismo político.e) O indiferentismo é a marca distintiva do analfabetismo político.

13- Leia com atenção o texto abaixo:O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve não fala e não participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro, que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o

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imbecil que da sua ignorância política nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. (Berthold Brecht). De acordo com o texto podemos afirmar que:a) Boa parte dos problemas da sociedade poderiam ser evitados se as pessoas buscassem um maior comprometimento político.b) Problemas sociais como a prostituição, a violência, o tráfico de drogas e a questão dos menores abandonados sempre existiram e sempre existirão na sociedade.c) Somente as pessoas simples são analfabetos políticos.d) A participação política das pessoas é totalmente irrelevante para a resolução dos problemas sociais, pois os mesmo são de ordem econômica.e) O analfabeto político, apesar de sua indiferença é uma pessoa que se importa com os outros?

14- Leia com atenção os textos abaixo e escolha alternativa correta.Fragmento 1Como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que dela se possa imaginar e muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca se viram nem jamais forma reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre o como se vive e o modo que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar; em um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruine entre tantos que são maus. Assim é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso conforme a necessidade.(Maquiavel, O Príncipe)

Fragmento 2A obra de Maquiavel é demolidora e revolucionária em relação à tradição do pensamento político (Marilena Chauí). Com relação aos dois fragmentos acima podemos afirmar que:a) Eles não têm nenhuma relação entre si.b) O segundo trata-se de uma crítica ao primeiro, posicionando-se contra o mesmo.c) O segundo explica o primeiro tendo, como pano de fundo, uma nova relação ético- política.d) O segundo trata-se de ume) Nda

15 - ( UEL 2006) “O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam de jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e conseqüentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim.” (HOBBES, Thomas. Leviatã. Trad. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 82.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Estado de natureza em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.

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I. Todos os homens são igualmente vulneráveis à violência diante da ausência de uma autoridade soberana que detenha o uso da força.II. Em cada ser humano há um egoísmo na busca de seus interesses pessoais a fim de manter a própria sobrevivência.III. A competição e o desejo de fama passam a existir nos homens quando abandonam o Estado de natureza e ingressam no Estado social.IV. O homem é naturalmente um ser social, o que lhe garante uma vida harmônica entre seus pares.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) II, III e IV.

16 - ( UEL 2006) “[...] é preciso que examinemos a condição natural dos homens, ou seja, um estado em que eles sejam absolutamente livres para decidir suas ações, dispor de seus bens e de suas pessoas como bem entenderem, dentro dos limites do direito natural, sem pedir autorização de nenhum outro homem nem depender de sua vontade.” (LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Trad. Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 83.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o estado de natureza em Locke, é correto afirmar:a) Os homens desconhecem a noção de justiça, pelo fato de inexistir um direito natural que assegure a idéia do “meu” e do “teu”.b) É constituído pela inimizade, maldade, violência e destruição mútua, características inerentes ao ser humano.c) Baseia-se em atos de agressão física, o que gera insegurança coletiva na manutenção dos direitos privados.d) Pauta-se pela tripartição dos poderes como forma de manter a coesão natural e respeitosa entre as pessoas.e) Constitui-se de uma relativa paz, que inclui a boa vontade, a preservação e a assistência mútua.

17 - ( UEL 2006) Tendo por base a concepção de contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.I. Os homens firmam entre si um pacto de submissão, por meio do qual transferem a um terceiro o poder de coerção, trocando a condição de desigualdade do Estado de Natureza pela segurança e liberdade do Estado social.II. Os homens firmam um pacto de consentimento, no qual concordam livremente em formar a sociedade para preservar e consolidar os direitos que possuíam originalmente no Estado de natureza.III. O exercício legítimo da autoridade, no Estado social, baseia-se na teoria do direito divino, em que os monarcas, herdeiros dos patriarcas, são representantes diretos que garantem o contrato social.

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IV. O que leva os homens a se unirem e estabelecerem livremente entre si o contrato social é a falta de lei estabelecida, de juiz imparcial e de uma força coercitiva para impor a execução das sentenças.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.e) II, III e IV.Leia os textos a seguir e responda :“O direito natural se embasa [...] em princípios a priori da razão e é, portanto, cognoscível a priori pela razão de todo o homem, enquanto que o direito positivo é estatutário e procede da vontade do legislador. O primeiro há de servir como critério racional do segundo, já que é mister buscar na razão o critério do justo e do injusto, enquanto que o direito positivo diz o que é direito.” (KANT, Immanuel. La metafísica de las Costumbres. 2. ed. Trad. Adela Cortina Orts e Jesús Conill Sancho. Madri: Tecnos, 1994. p. XLIII.)“Para Estados, em relação uns com os outros, não pode haver, segundo a razão, outro meio de sair do estado sem leis, que contém pura guerra, a não ser que eles, exatamente como homens individuais, desistam de sua liberdade selvagem (sem lei), consintam com leis públicas de coerção e assim formem um (certamente sempre crescente) Estado dos Povos (civitas gentium), que por fim viria a compreender todos os povos da terra.” (KANT, Immanuel. A paz perpétua. Trad. Marco Antônio Zingano. Porto Alegre: L&PM, 1989. p. 42.)

18 - ( UEL 2006) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o Direito Natural em Kant, é correto afirmar:a) Modifica-se conforme as diversas compreensões de cada época histórica e de acordo com a variabilidade dos arranjos sociais.b) A semelhança entre direito natural e direito positivo reside no fato de que ambos se fundamentam no direito estatal.c) É constituído pela liberdade e serve de critério racional para o direito positivo, o qual deve efetivá-lo na forma da lei.d) É descaracterizado de sentido, pois todo direito é positivo e tem sua origem na vontade do legislador.e) Sujeita-se ao direito positivo e dele extrai a sua legitimidade, modificando-se com o passar do tempo.

19 - ( UEL 2006) Sobre a concepção de justiça em Kant, é correto afirmar:a) É definida pelo direito positivo e nele encontra sua fonte, prescindindo de qualquer outro parâmetro de legitimidade.b) Resulta da definição estatutária do direito, sob a forma da lei estabelecida nos códigos jurídicos e é confirmada pelas ações dos Estados.c) Coincide com a vontade do legislador, a partir da qual são definidos os parâmetros racionais de gestão dos Estados.

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d) Ampara-se em parâmetros racionais a priori que embasam o direito natural e que devem se converter em leis públicas de coerção.e) Configura-se com base em valores comuns partilhados tradicionalmente em cada ordenamento jurídico-político.

20 - ( UEL 2006) “[...] Somente ordenamentos políticos podem ter legitimidade e perdê-la; somente eles têm necessidade de legitimação. [...] dado que o Estado toma a si a tarefa de impedir a desintegração social por meio de decisões obrigatórias, liga-se ao exercício do poder estatal a intenção de conservar a sociedade em sua identidade normativamente determinada em cada oportunidade concreta. De resto, é esse o critério para mensurar a legitimidade do poder estatal, o qual – se pretende durar – deve ser reconhecido como legítimo.” (HABERMAS, Jürgen. Para a reconstrução do Materialismo Histórico. 2. ed. Trad. Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Brasiliense, 1990. p. 219-221.) Com base no texto, é correto afirmar que a legitimidade do Estado em Habermas:a) É uma necessidade que se impõe por meio da vontade do soberano, pois este é o único capaz de dispor de garantias sociais para todos.b) Reside na preservação da identidade da sociedade como forma de assegurar a integração social.c) É uma exigência que, uma vez conquistada, adquire perenidade sem se exaurir ao longo da história.d) É atingida pelo uso do poder econômico ou da força bélica, elementos esses que podem se perder facilmente.e) Conta de forma imprescindível com os parâmetros da vontade divina no estabelecimento de valores comumente vivenciados.

21 - ( UEL 2006) “Um povo, portanto, só será livre quando tiver todas as condições de elaborar suas leis num clima de igualdade, de tal modo que a obediência a essas mesmas leis signifique, na verdade, uma submissão à deliberação de si mesmo e de cada cidadão, como partes do poder soberano. Isto é, uma submissão à vontade geral e não à vontade de um indivíduo em particular ou de um grupo de indivíduos.” (NASCIMENTO, Milton Meira. Rousseau: da servidão à liberdade. In: WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. p. 196.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a legitimidade do poder do Estado em Rousseau, é correto afirmar:a) A legislação que rege o Estado deve ser elaborada por um indivíduo escolhido para tal e que se tornará o soberano desse Estado.b) A liberdade de uma nação é ameaçada quando se confere ao povo o direito de discutir a legitimidade das leis às quais está submetido.c) Devido à ignorância e ao atraso do povo, devese atribuir a especialistas competentes o papel de legisladores.d) A legitimidade das leis depende de que as mesmas sejam elaboradas pelo conjunto dos cidadãos, expressão da liberdade do povo.e) A vontade do monarca, cujo poder é assegurado pela hereditariedade, deve prevalecer na elaboração das leis às quais se submetem os cidadãos.

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22 - ( UEL 2006) “[...] uma pessoa age injustamente ou justamente sempre que pratica tais atos voluntariamente; quando os pratica involuntariamente, ela não age injustamente nem justamente, a não ser de maneira acidental. O que determina se um ato é ou não é um ato de injustiça (ou de justiça) é sua voluntariedade ou involuntariedade; quando ele é voluntário, o agente é censurado, e somente neste caso se trata de um ato de injustiça, de tal forma que haverá atos que são injustos mas não chegam a ser atos de injustiça se a voluntariedade também não estiver presente.” (ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 207.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de Justiça em Aristóteles, é correto afirmar:a) Um ato de justiça depende da consciência do agente e de ter sido praticado voluntariamente.b) A noção de justo desconsidera a discriminação de atos voluntários e involuntários quanto ao reconhecimento de mérito.c) A justiça é uma noção de virtude inata ao ser humano, a qual independe da voluntariedade do agente.d) O ato voluntário desobriga o agente de imputabilidade, devido à carência de critérios para distinguir a justiça da injustiça.e) Quando um homem delibera prejudicar outro, a injustiça está circunscrita ao ato e, portanto, exclui o agente.

23 - ( UEL 2006) “Uma moral racional se posiciona criticamente em relação a todas as orientações da ação, sejam elas naturais, auto-evidentes, institucionalizadas ou ancoradas em motivos através de padrões de socialização. No momento em que uma alternativa de ação e seu pano de fundo normativo são expostos ao olhar crítico dessa moral, entra em cena a problematização. A moral da razão é especializada em questões de justiça e aborda em princípio tudo à luz forte e restrita da universalidade.” (HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. v. I. Trad. Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. p. 149.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a moral em Habermas, é correto afirmar:a) A formação racional de normas de ação ocorre independentemente da efetivação de discursos e da autonomia pública.b) O discurso moral se estende a todas as normas de ações passíveis de serem justificadas sob o ponto de vista da razão.c) A validade universal das normas pauta-se no conteúdo dos valores, costumes e tradições praticados no interior das comunidades locais.d) A positivação da lei contida nos códigos, mesmo sem o consentimento da participação popular, garante a solução moral de conflitos de ação.e) Os parâmetros de justiça para a avaliação crítica de normas pautam-se no princípio do direito divino.

24 - ( UEL 2006) “Desde o final do século XIX, impõe-se cada vez com mais força a outra tendência evolutiva que caracteriza o capitalismo tardio: a cientificação da técnica. No capitalismo sempre se registrou a pressão institucional para intensificar a produtividade do trabalho por meio da introdução de novas técnicas. As inovações dependiam, porém, de inventos esporádicos que, por seu lado, podiam sem dúvida ser induzidos economicamente,

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mas tinham ainda um caráter natural. Isso modificou-se, na medida em que a evolução técnica é realimentada com o progresso das ciências modernas. Com a investigação industrial de grande estilo, a ciência, a técnica e a revalorização do capital confluem num mesmo sistema. Entretanto, a investigação industrial associa-se a uma investigação nascida dos encargos do Estado, que fomenta em primeiro lugar o progresso científico e técnico no campo militar. Daí as informações refluem para as esferas da produção civil de bens.” (HABERMAS, Jürgen. Técnica e ciência como ideologia. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1987. p. 72.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o capitalismo tardio, considere as afirmativas a seguir.I. A espontaneidade e naturalidade dos inventos esporádicos bloquearam a produtividade no capitalismo.II. No capitalismo tardio, há uma junção sistêmica entre a técnica, a ciência e a revalorização do capital.III. No interior do capitalismo tardio, a técnica e a ciência são independentes e se desenvolvem em sentidos opostos.IV. A produção civil de bens se apropria das informações geradas pela investigação industrial no campo militar.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) II e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, III e IV.

25 - ( UEL 2006) “Aristóteles foi o primeiro filósofo a elaborar tratados sistemáticos de Ética. O mais influente desses tratados, a Ética a Nicômaco, continua a ser reconhecido como uma das obras-primas da filosofia moral. Ali nosso autor apresenta a questão que, de seu ponto de vista, constitui a chave de toda investigação ética: Qual é o fim último de todas as atividades humanas?” (CORTINA, Adela; MARTÍNEZ, Emilio. Ética. Trad. Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Loyola, 2005. p. 57.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ética aristotélica, é correto afirmar:a) É uma ética que desconsidera os valores culturais e a participação discursiva dos envolvidos na escolha da concepção de bem a ser perseguida.b) É uma ética do dever que, ao impor normas de ação universais, transcende a concepção de vida boa de uma comunidade e exige o cumprimento categórico das mesmas.c) É uma ética compreendida teleologicamente, pois o bem supremo, vinculado à busca e à realização plena da felicidade, orienta as ações humanas.d) É uma ética que orienta as ações por meio da bem-aventurança proveniente da vontade de Deus, porém sinalizando para a irrealização plena do bem supremo nesta vida.e) É uma ética que compreende o indivíduo virtuoso como aquele que já nasce com certas qualidades físicas e morais, em função de seus laços sanguíneos.

EIXOS TEMÁTICOS

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EPISTEMOLOGIA - CONHECIMENTO

01 - Na sua obra “ Critica da Razão Pura”, Kant formulou uma síntese entre sujeito e objeto, mostrando que, ao conhecermos a realidade do mundo, participamos da sua construção mental. Segundo Kant, esta valorização do sujeito no ato do conhecimento, representou, na filosofia, algo comparável à:a) Previsão da órbita do Cometa Halley no sistema solar.b) Revolução de Copérnico na física.c) Invenção do telescópio por Galileu Galilei.d) Revolução Francesa, que derrubou o Ancien Regime.e) Invenção da máquina a vapor.02 - ( UEL Esp. 2005) “[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não consultava devidamente a experiência para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo, ao seu arbítrio, assim decidido, submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”. (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.) Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia aristotélica.a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o fundamento da ciência.b) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados e axiomas da ciência.c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experiência.d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como conseqüência a desvalorização da experiência.e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para superar a opinião e atingir o conhecimento verdadeiro.

03 - ( UEL Esp. 2005) “[...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da ciência, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos, pelo contrário, o ideal científico, físico, do conhecimento passa a determinar o conhecimento metafísico”. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filósofo. In: Estudos sobre Galileo Galilei. Porto Alegre: UFRGS, Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul e Consulado Geral da Itália de Porto Alegre, 1964. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre filosofia e ciência, é correto afirmar:a) O conhecimento científico, a partir da modernidade, determina o conhecimento filosófico.b) A ciência antiga obteve maior êxito que a ciência moderna pelo fato de ter sido influenciada pela metafísica.c) A filosofia moderna, por partir da ciência, finalmente atinge a verdade metafísica buscada pelos antigos.d) A filosofia moderna, quando comparada às suas versões passadas, possui maior aplicabilidade instrumental.

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e) A ciência moderna, quando traduzida para o discurso filosófico, resume-se a um conhecimento metafísico.

04 - ( UEL Esp. 2005) “O mundo real é simplesmente uma sucessão de movimentos atômicos em continuidade matemática. Nessas circunstâncias, a causalidade só poderia ser colocada, de maneira inteligível, nos próprios movimentos dos átomos [...]. Mas que fazer com Deus? Com a derrubada da causalidade final, Deus, como concebido pelo aristotelismo, estava praticamente perdido; negar francamente sua existência, no entanto, era, à época de Galileu, um passo demasiado radical para que qualquer pensador importante pudesse considerá-lo”. (BURTT, Edwin Arthur. As bases metafísicas da ciência moderna. Trad. de José Viegas Filho e Orlando Araújo Henriques. Brasília: UnB, 1991. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Galileu, é correto afirmar:a) Galileu pretendia construir uma nova metafísica em que a teologia apareceria como princípio último de explicação.b) Segundo Galileu, tudo o que conhecemos sobre o mundo natural diz respeito à natureza íntima da força, ou de sua essência.c) Galileu buscava estabelecer o fundamento das convicções a respeito da relação determinante do homem com a natureza.d) A grandeza revolucionária de Galileu deveu-se a sua atitude de responder questões consideradas para além do domínio da ciência positiva.e) O interesse de Galileu estava em mostrar que para todo movimento expressavel matematicamente existe uma causa primária.

05 - ( UEL Esp. 2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.) Com base no texto, é correto afirmar:a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idéia possa ser conhecida com evidência.b) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma conseqüência dos limites do espírito humano.c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.e) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser provada.

06 - ( UEL Esp. 2005) “As experiências e erros do cientista consistem de hipóteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode então tentar encontrar brechas em qualquer uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas

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cientistas, que ficarão deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hipótese não suportar essas críticas e esses testes pelo menos tão bem quanto suas concorrentes, será eliminada”. (POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad. de Milton Amado. São Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre ciência e método científico, é correto afirmar:a) O método científico implica a possibilidade constante de refutações teóricas por meio de experimentos cruciais.b) A crítica no meio científico significa o fracasso do cientista que formulou hipóteses incorretas.c) O conflito de hipóteses científicas deve ser resolvido por quem as formulou, sem ajuda de outros cientistas.d) O método crítico consiste em impedir que as hipóteses científicas tenham brechas.e) A atitude crítica é um empecilho para o progresso científico.

07) Foram as duas grandes correntes que traduzem o sentido dos novos tempos.a) Racionalismo e Empirismo.b) Panenteismo e Pitagorismo.c) Pré-socratismo e geocentrismo.d) Antropologismo e Fisiologismo.e) N.D.A

08) (UEL ESPEC 2003) "Você está acompanhando, Sofia? E agora vem Platão. Ele se interessava tanto pelo que é eterno e imutável na natureza quanto pelo que é eterno e imutável na natureza quanto pelo que é eterno e imutável na moral e na sociedade. Sim... para Platão tratava-se, em ambos os casos, de uma mesma coisa. Ele tentava entender uma `realidade` que fosse eterna e imutável. E, para ser franco, é para isto que os filósofos existem. Eles não estão preocupados em eleger a mulher mais bonita do ano, ou os tomates mais baratos da feira. (E exatamente por isso nem sempre são vistos com bons olhos). Os filósofos não se interessam muito por essas coisas efêmeras e cotidianas. Eles tentam mostrar o que é `eternamente verdadeiro`, `eternamente belo` e `eternamente bom'". (GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia. trad. de joão Azenha jr.são paulo:companhia das letras, 1995. p. 98.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das idéias de Platão, assinale a alternativa correta.a) Para Platão, o mundo das idéias é o mundo do "eternamente verdadeiro", "eternamente belo" e "eternamente bom" e é distinto do mundo sensível no qual vivemos.b) Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido diretamente pelos sentidos constitui a própria realidade das coisas.c) Platão considerava impossível que o homem pudesse ter idéias verdadeiras sobre qualquer coisa, seja sobre a natureza, a moral ou a sociedade, porque tudo é sonho e ilusão.d) Para Platão, as idéias sobre a natureza, a moral e a sociedade podem ser explicadas a partir das diferentes opiniões das pessoas.e) De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as coisas efêmeras e cotidianas do mundo, tidas por ele como as mais importantes.

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09 - (UEL ESPEC-2003) "Mas logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso,cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade eu penso,logo existo era tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que poderia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da filosofia que procurava." (DESCARTES, René. Discurso do método. Trad. de J.Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 92. Colecão Os Pensadores.) De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta.a) Para Descartes, não podemos conhecer nada com certeza, pois tudo quanto pensamos está sujeito á falsidade.b) O "eu penso, logo existo" expressa uma verdade instável e incerta, o que fez Descartes ser vencido pelos céticos.c) A expressão "eu penso, logo existo" representa a verdade firme e certa com a qual Descartes fundamenta o conhecimento e a ciência.d) As "extravagantes suposições dos céticos" impediram Descartes de encontrar uma verdade que servisse como princípio para a filosofia.e) Descartes, ao acreditar que tudo era falso, colocava em dúvida sua própria existência.

10 - "Embora nosso pensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificaremos, através de um exame mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência." (HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. Trad. de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p.36. Colecão Os Pensadores.) De acordo com o texto, é correto afirmar que, para Hume:a) Os sentidos e a experiência estão confinados dentro de limites muito reduzidos.b) Todo conhecimento depende dos materiais fornecidos pelos sentidos e pela experiência.c) O espírito pode conhecer as coisas sem a colabora(c)ão dos sentidos e da experiência.d) A possibilidade de conhecimento é determinada pela liberdade ilimitada do pensamento.e) Para formar as idéias, o pensamento descarta os materiais fornecidos pelos sentidos.

11 - Leia o texto: “Devemos submeter a experiência negativa a uma análise, com a finalidade de apurar o seu significado para o comportamento filosófico. Através de sua caracterização chegaremos a compreender que, através dela, e só através dela, pode o homem abandonar a postura dogmática, a aceder, consequentemente, á filosofia. Vale dizer que a experiência da negatividade é um momento do processo dialético que leva o homem a filosofar. Desta dialética, o primeiro momento é constituído pela afirmação dogmática do mundo: o segundo é a experiência da negatividade: e o terceiro, é o ato de assumir a filosofia como tarefa”. (BORNHEIM, G. Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Globo, 1970. p.51). Esse texto refere-se a três momentos apontados pelo autor como constitutivos da descoberta do filosofar. Explique um desses momentos.

12 - Leia este texto: “Da filosofia nada direi, senão que, vendo que foi cultivada pelos mais excelsos espíritos que viveram desde muitos séculos e que, no entanto, nela não se encontra

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ainda uma só coisa sobre a qual não se dispute e, por conseguinte, que não seja duvidosa, eu não alimentava qualquer presunção de acertar mais que outros; e que, considerando quantas opiniões diversas, sustentadas por homens doutos, pode haver sobre uma mesma matéria, sem que jamais possa existir mais de uma que seja verdadeira, reputava quase como falso tudo o que era somente verossímil. Eis por que, tão logo a idade me permitiu sair da sujeição de meus preceptores, deixei inteiramente o estudo das letras. E, resolvendo-me a não mais procurar outra ciência, além daquela que poderia achar em mim próprio, ou então no grande livro do mundo, empreguei o resto de minha mocidade em viajar, em ver cortes e exércitos, em frequentar gente de diversos humores e condições, em recolher diversas experiências, em provar-me a mim mesmo nos reencontros que a fortuna me propunha e, por toda parte, em fazer tal reflexão sobre coisas que me apresentavam que eu pudesse tirar delas algum proveito.[...] Mas, depois que empreguei alguns anos em estudar assim no livro do mundo, e em procurar adquirir alguma experiência, tomei um dia a resolução de estudar também a mim próprio e de empregar todas as forcas de meu espírito na escolha dos caminhos que deveria seguir. (DESCARTES, René. Discurso do método. Primeira parte. São Paulo: Abril Cultural, 1972). a) Na primeira parte do discurso do método, o autor faz uma avaliação de todos os conhecimentos acumulados pela tradição, inclusive da filosofia que aprendeu nos livros. - Explicite por que Descartes defende o abandonado dos caminhos traçados pela filosofia até então._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 - (UEL ESPEC 2003) "Para concluir, acho que só há um caminho para a ciência ou para a filosofia: encontrar um problema, ver a sua beleza e apaixonarmo-nos por ele; casarmo-nos com ele, até que a morte nos separe a não ser que encontremos outro problema ainda mais fascinante, ou a não ser que obtenhamos uma solução. Mas ainda que encontremos uma solução, poderemos descobrir, para nossa satisfação, a existência de toda uma família de encantadores, se bem que talvez difíceis, problemas-filhos, para cujo bem-estar poderemos trabalhar,com uma finalidade em vista, até ao fim dos nossos dias." (POPPER, Karl. O Realismo e o objetivo da ciência. trad. de Nuno Ferreira da Fonseca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1997. p. 42.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre epistemologia, assinale a alternativa correta.a) Para a ciência e a filosofia, a solução dos problemas que elas mesmas propõem é um objetivo inatingível.b) Os problemas, filosóficos ou científicos, são prejudiciais á investigação.c) Para a investigação científica, ou filosófica, é irrelevante a existência de problemas.d) A ciência e a filosofia investigam problemas que constituem para elas o elemento motivador de suas próprias atividades.e) A ciência e a filosofia investigam problemas que não têm relação com a realidade.

14 ( UEL 2006) Em sua obra Nova Atlântida, Francis Bacon descreve uma instituição imaginária chamada Casa de Salomão, cuja finalidade “[...] é o conhecimento das causas e

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dos segredos dos movimentos das coisas e a ampliação dos limites do império humano para a realização de todas as coisas que forem possíveis.” (BACON, Francis. Nova Atlântida. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 245.) Sobre a concepção de ciência em Francis Bacon, é correto afirmar:a) A ciência justifica-se por si própria e está desvinculada da necessidade de proporcionar conhecimento sobre a natureza.b) O objetivo da ciência é fornecer a quem a controla um instrumento de domínio social sobre os outros homens.c) Para a ciência, o enfrentamento das questões econômicas e sociais tem maior relevância do que o conhecimento da natureza, porque proporciona uma vida boa para os indivíduos.d) A origem da ciência está dada em pressupostos a priori, sendo desnecessário o recurso ao saber prático e empírico.e) A ciência visa o conhecimento da natureza com a intenção de controle e domínio sobre ela para que o homem possa ter uma vida melhor.

15 - ( UEL 2006) “Se um objeto nos fosse apresentado e fôssemos solicitados a nos pronunciar, sem consulta à observação passada, sobre o efeito que dele resultará, de que maneira, eu pergunto, deveria a mente proceder nessa operação? Ela deve inventar ou imaginar algum resultado para atribuir ao objeto como seu efeito, e é obvio que essa invenção terá de ser inteiramente arbitrária. O mais atento exame e escrutínio não permite à mente encontrar o efeito na suposta causa, pois o efeito é totalmente diferente da causa e não pode, conseqüentemente, revelar-se nela.” (HUME, David. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: UNESP, 2004. p. 57-58.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o empirismo de David Hume, é correto afirmar:a) O efeito de uma causa é assegurado pela demonstração racional que, a priori, seleciona as possíveis conseqüências decorrentes dos objetos empiricamente aprendidos.b) A causa revela pela sua própria natureza, independentemente da experiência e da razão, os efeitos que é capaz de produzir.c) A razão é apta para relacionar as causas aos seus respectivos efeitos, uma vez que a vinculação entre causa e efeito é assegurada pelo princípio de identidade.d) A descoberta do efeito de um objeto ocorre mediante a experiência, que assegura uma relação entre a causa e o efeito, porém desconhece a necessidade que os vinculam.e) A conexão entre causa e efeito é fundamentada pela indução, a partir da constatação de que as observações passadas ocorrerão de forma semelhante no futuro.

16 - ( UEL 2006) “Quando é, pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer questão que seja, o corpo, é claro, a engana radicalmente.- Dizes uma verdade.- Não é, por conseguinte, no ato de raciocinar, e não de outro modo, que a alma apreende, em parte, a realidade de um ser?- Sim.[...] - E é este então o pensamento que nos guia: durante todo o tempo em que tivermos o corpo, e nossa alma estiver misturada com essa coisa má, jamais possuiremos

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completamente o objeto de nossos desejos! Ora, esse objeto é, como dizíamos, a verdade.” (PLATÃO. Fédon. Trad. Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 66-67.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de verdade em Platão, é correto afirmar:a) O conhecimento inteligível, compreendido como verdade, está contido nas idéias que a alma possui.b) A verdade reside na contemplação das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas no mundo sensível.c) A verdade consiste na fidelidade, e como Deus é o único verdadeiramente fiel, então a verdade reside em Deus.d) A principal tarefa da filosofia está em aproximar o máximo possível a alma do corpo para, dessa forma, obter a verdade.e) A verdade encontra-se na correspondência entre um enunciado e os fatos que ele aponta no mundo sensível.

EIXOS TEMÁTICOS

ESTÉTICA OU FILOSOFIA DA ARTE

1) (UEL 2003-ESPEC): “Se chegasse à nossa cidade um homem aparentemente capaz, devido à sua arte, de tomar todas as formas e imitar todas as coisas, ansioso por se exibir juntamente com os seus poemas, prosternávamo-nos diante dele, como de um ser sagrado, maravilhoso, encantador; mas dir-lhe-íamos que na nossa cidade não há homens dessa espécie, nem sequer é licito que existam, e mandá-lo-íamos embora para outra cidade, depois de lhe termos derramado mirra sabre a cabeça e de o termos coroado de grinaldas.” (Platão. A República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 125.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a arte em Platão, é correto afirmar:a) Platão é contrário à imitação, por ela ser a “aparência da aparência” ou uma cópia da realidade, num nível inferior.b) Platão valoriza a presença dos artistas nas cidades, par sua capacidade de imitar todas as coisas.c) Platão concebe a imitação como uma atividade que, ao invés de copiar aparências, imita emoções e ações.d) Platão valoriza os poemas porque eles, apesar de imitarem as coisas, proporcionam um grande prazer sensível.e) Platão admite a possibilidade de a imitação adquirir uma perspectiva positiva, desde que seja concebida como contendo uma visão que se afaste da sofistica.

2) (UEL 2003-ESPEC): “Leni Riefenstahl destacou-se nos anos 20 e 30 como cineasta, dirigindo, entre outros, documentários encomendados pelo líder da propaganda nazista, Joseph Goebbels. Com os filmes “Triunfo da Vontade” (1935), sobre o culto ao “Führer” Adolf Hitler, e “Olímpia” (1938), um exemplo da devoção nacional-socialista em torno do

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corpo e da beleza, Riefenstahl ganhou fama em todo a mundo. Mas também a estampa de ideóloga nazista.” (O ressurgimento de Leni Riefenstahl. Disponível em: http://www.uol.com.br/fsp/mais/fs1911200006.htm Acesso em 20 nov. 2002.) “Sem dúvida Benjamin, como Marcuse, vê na arte de massa do fascismo, que surge com a pretensão de ser política, perigo de uma falsa dissolução da arte autônoma. Essa arte propagandista dos nazistas liquida efetivamente a arte como uma esfera autônoma, mas atrás do véu da politização ela está a serviço, na verdade, da estetização do poder político bruto.” (FREITAG, Bárbara; ROUANET Sérgio Paulo (Orgs.). Habermas. São Paulo: Ática, 1990. p. 175.) Com base nos textos acima e em seu conhecimento sobre a relação entre cinema e política, é correto afirmar:a) O caráter autônomo da arte cinematográfica impede que suas produções sejam apropriadas por regimes políticos, tais como o nazismo e o fascismo.b) A propaganda ideológica contida nos filmes encomendados pelo nazismo valorizou a arte enquanto uma esfera autônoma.c) A arte cinematográfica ao ser transformada em propaganda ideológica de regimes autoritários como o nazismo perde seu caráter de esfera autônoma.d) Os filmes de Leni Riefenstahl constituem-se em documentários destituídos de qualquer natureza ideológica ou de propaganda do regime nazista.e) A propaganda nazista, veiculada pelo cinema, tornou a arte um instrumento de crítica das desigualdades sociais.

3) (UFU - JAN. 2001) Para Sartre (1905-1980) a homem a todo momento está escolhendo o caminho a seguir em sua existência, e esta escolha tem valor porque é feita entre outras inúmeras possibilidades; esta situação é de angústia, mas, uma vez feita a escolha, a angústia passa a ser a autonomia do querer. A situação existencialista da escolha, tal como foi descrita, implica: a má fé do homem, pois a escolha é feita somente para satisfação de si mesmo. A responsabilidade do homem, pois ele é sempre o autor da escolha feita. A falsa consciência, que desconhece a autonomia e aceita aquilo que fazem de si. A natureza humana imutável do indivíduo, que é a certeza da liberdade espiritual.

4) (UFU - JULHO 1998) O Existencialismo é uma filosofia do século XX, que procura resgatar a valor da subjetividade, da concretude da vida humana, da singularidade indeterminada. A famosa frase de Sartre - “A existência precede a essência.” - significa que a homem é um projeto utópico de ser, condicionado pela sua existência. Neste sentido o(s) fundamento(s) teórico(s) e histórico(s) do Existencialismo de Sartre são: a desejo de ser o que é, próprio do século XIX, e a decepção do homem com a Igreja na sociedade atual. A exaltação ao materialismo que determina a vida do homem, própria do século XIX. As filosofias de Marx-Engels e o movimento negro, o rock, o feminismo e a revolução social pós guerra. O resgate do afeto, desejo e paixão segundo Freud e a exaltação do sexo como finalidade ética da vida no consumismo atual. A concepção de que a homem não é mais que o que ele faz na sua existência, própria do contexto histórico dilacerado da Europa do pós-guerra.

5) Na segunda metade do século XVIII, a sociedade européia atravessa uma profunda convulsão. O começo a Revolução Industrial, a Guerra da Independência Americana e a

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Revolução Francesa criaram um clima propício ao aparecimento de nova idéias. O principal movimento artístico deste período... Escreva a respeito.

6) Leia, interprete e escreva o seu entendimento sobre o texto:“Do ponto de vista estritamente filosófico, a estética estuda racionalmente o belo e o sentimento que este desperta nos homens. Dessa forma, surge o uso corrente, comum, de estética como sinônimo de beleza. É esse o sentido dos vários institutos de estética: institutos de beleza que pode abranger do salão de cabeleireiro à academia de ginástica. A palavra estética vem do grego aisthesis e significa “faculdade de sentir”.

07 - ( UEL 2006) “Efetivamente, um bom poeta, se quiser produzir um bom poema sobre o assunto que quer tratar, tem de saber o que vai fazer, sob pena de não ser capaz de o realizar. Temos, pois, de examinar se essas pessoas não estão a ser ludibriadas pelos imitadores que se lhes depararam, e, ao verem as suas obras, não se apercebem de que estão três pontos afastados do real, pois é fácil executá-las mesmo sem conhecer a verdade, porquanto são fantasmas e não seres reais o que eles representam; ou se tem algum valor o que eles dizem, e se, na realidade, os bons poetas têm aqueles conhecimentos que, perante a maioria, parecem expor tão bem.” (PLATÃO. A República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, s.d., p. 458.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a mímesis em Platão, considere as afirmativas a seguir.I. Platão faz críticas aos poetas que imitam o que não conhecem e dão ouvidos à multidão ignorante, permanecendo, dessa forma, distantes três graus da verdade representada pela idéia.II. Apesar de criticar a poesia imitativa, Platão abre uma exceção para Homero, por considerar a totalidade da sua poesia como materialização plena da verdade em primeiro grau e, portanto, benéfica para a educação dos cidadãos.III. Escrever um bom poema implica seguir uma determinada métrica e os conhecimentos do mundo sensível, representando os homens iguais, melhores ou piores do que eles são.IV. Por não estarem em sintonia com a cidade ideal, Platão exclui os poetas que se limitam somente à arte de imitar e, por esse motivo, ao visitarem a cidade, serão aconselhados a seguir adiante.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e IV.b) II e III.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, II e IV.

08 - ( UEL 2006) Analise as imagens a seguir. As imagens I e II representam duas formas artísticas de um fenômeno que provocou mudanças significativas na arte, sobretudo a partir do século XX: a reprodutibilidade técnica. Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre a reprodutibilidade técnica em Walter Benjamin, é correto afirmar:a) A reprodução das obras de arte começa no final do século XIX com o surgimento da fotografia e do cinema, pois até então as obras não eram copiadas, por motivos religiosos e místicos.

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b) Na passagem do período burguês para a sociedade de massas, o declínio da aura que ocorre na arte pode ser creditado a fatores sociais, como o desejo de ter as coisas mais próximas e superar aquilo que é único.c) A perda da aura retira da arte o seu papel crítico no interior da sociedade de consumo, isto ocorre porque a reprodutibilidade técnica destrói a possibilidade de exposição das obras.d) Desde o período medieval, o valor de exposição das obras de arte é fator preponderante, visto que o desempenho de sua função religiosa exigia que a arte aparecesse de forma bem visível aos espectadores que a cultuavam.e) O cinema desempenha um importante papel político de conscientização dos espectadores, uma vez que seu caráter expositivo tornou-se cultual ao recuperar a dimensão aurática.

09 - ( UEL 2006) Uma das afirmações mais conhecidas e citadas de Galileu, que reflete o novo projeto da ciência da natureza, é a seguinte: “A filosofia está escrita neste grandíssimo livro que aí está aberto continuamente diante dos olhos (digo, o universo), mas não se pode entendê-lo se primeiro não se aprende a entender a língua e conhecer os caracteres nos quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, e os caracteres são triângulos, círculos e outras figuras geométricas, meios sem os quais é humanamente impossível entender-lhe sequer uma palavra; sem estes trata-se de um inútil vaguear por obscuro labirinto.” (NASCIMENTO, Carlos Arthur R. De Tomás de Aquino a Galileu. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 1998. p. 176.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de ciência em Galileu, é correto afirmar:a) Ciência é o conhecimento fixo, estável e perene da essência constitutiva da realidade, alcançável por meio da abstração.b) A autonomia da explicação científica baseia-se em argumentos de autoridade e princípios metafísicos que justificam a verdade imutável do mundo natural.c) A verdade natural é conhecida independente de teorias e da realização de experiências, já que o fator primordial da ciência é o uso da matemática para decifrar a essência do mundo.d) A compreensão da natureza por meio de caracteres matemáticos significa decifrar a obra da criação e, conseqüentemente, ter acesso ao conhecimento do próprio criador.e) A ciência busca construir o conhecimento assentado na razão do sujeito e no controle experimental dos fenômenos naturais representados matematicamente.

EIXOS TEMÁTICOS

INDUSTRIA CULTURAL

01 - Na década de 1920, um grupo de pensadores alemães — Horkheimer, Adorno, Marcuse, Habermas — entre outros, participaram de um círculo de discussões filosóficas conhecido como Escola de Frankfttrt. Suas reflexões, entre outras questões, concentraram-se na análise da sociedade de massa, à qual o progresso tecnológico está colocado a serviço do capitalismo. Sua produção filosófica ficou conhecida como: dialética do conhecimento.a) crítica a pós-modernidade.

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b) razão ornamental.c) teoria crítica.d) crítica a razão iluminista.02 -(UEL-2004/ESP.) ‘’A doença da razão está no fato de que ela nasceu da necessidade humana de dominar a natureza. Essa vontade de dominar a natureza, compreender suas ‘leis ‘para submetê-la, exigiu a instauração de uma organização burocrática e impessoal, que, em nome do triunfo da razão sobre a natureza , chegou a reduzir o homem a simples instrumento. Naturalmente, as possibilidades atuais eram inimagináveis nos tempos passados: hoje o progresso tecnológico põe a disposição de todos objetos e bens que antes só existiam nos sonhos dos utopistas. [...] O progresso dos recursos técnicos, que poderia servir para iluminar a mente do homem, se acompanha pelo processo da desumanização, de tal modo que o progresso ameaça destruir precisamente o objetivo que deveria realizar: a idéia do homem.’’ Com base no texto e nos conhecimentos sobre razão instrumental em Adomo e Horkhrimer, considere as afirmativas a seguir.I- A forma como o domínio da natureza foi alcançado preservou a ‘’idéia do homem’’, objetivo central do progresso técnico.II- O objetivo do homem, desde o inicio de sua historia, era o de dominar a natureza e fazer uso de seus recursos para viver melhor.III- A dimensão crítica da razão, imune ao progresso tecnológico e ao avanço da ciência, impediu a dominação do homem.IV- A humanidade, nos dias atuais, atingiu um grau significativo de controle sobre o meio em que vive, e para isso, conta com o auxilio de instrumentos administrativos e tecnológicos.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e IIIb) I e IVc) II e IVd) I, II e IIIe) II, III e IV

03 - (UEL-2004/ESP.) ‘’O aumento da produtividade econômica , que por um lado produz as condições mais justas para um mundo mais justo, confere por outro lado ao aparelho técnico e aos grupos sociais que controlam uma superioridade imensa sobre o resto da população. O individuo se vê completamente anulado em face dos poderes econômicos. Ao mesmo tempo, estes elevam o poder da sociedade sobre a natureza a um nível jamais imaginado. Desaparecendo diante do aparelho a que serve, o individuo se vê,ao mesmo tempo, melhor do que nunca provido por ele. Numa situação injusta, a impotência e a dirigibilidade da massa aumentam com a quantidade de bens a ela destinados.’’ De acordo com o texto de Adomo e Horkheimer, é correto afirmar:a) A alta capacidade produtiva da sociedade garante liberdade e justiça para seus membros, independentemente da forma como ela se estrutura, controlando ou não seus membros.b) O “desaparecimento” do indivíduo diante do aparato econômico da sociedade se deve à incapacidade dos próprios cidadãos em se integrarem adequadamente ao mercado de trabalho.

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c) A ciência e a técnica, independente de quem tem seu controle, são as responsáveis pela circunstância de muitos estarem impossibilitados de atingir o status de sujeito numa sociedade altamente produtiva.d) O fato de a sociedade produzir muitos bens, valendo se da ciência e da técnica, poderia representar um grau maior de justiça para todos; no entanto, ela anula o indivíduo em função do modo como está organizada e como é exercido o poder.e) O alto grau de autonomia das massas na sociedade capitalista contemporânea é resultado do avançado domínio tecnológico alcançado pelo homem.

04 - (UEL 2003 Esp) “ Tudo indica que o termo “industria Cultural” foi empregado pela primeira vez no livro Dialética do Esclarecimento, que Horkheimer(1895-1973) e eu ( Adorno, 1903-1969) publicamos em 1947, em Amsterdã. (...) Em todos os seus ramos fazem-se, mais ou menos segundo um plano, produtos adaptados ao consumo das massas e que em grande medida determinam esse consumo” ( ADORNO, Theodor. A industria cultural. In: COHN, Gabriel. São Paulo. Ática. 1986. p92). Com base no texto e na concepção de Industria Cultural expressa por Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:a) Os produtos da indústria cultural caracterizam-se por ser a expressão espontânea das massas.b) Os produtos da industria cultural afastam o individuo da rotina do trabalho alienante realizado em seu cotidiano.c) A quantidade, a diversidade e a facilidade de acesso aos produtos da indústria cultural contribuem para a formação de indivíduos críticos, capazes de julgar com autonomia.d) A industria cultural visa à promoção das mais diferentes manifestações culturais, preservando as características originais de cada uma deles.e) A industria cultural banaliza a arte ao transformar obras artísticas em produtos voltados para o consumo de massa.

05 – (UFUB) Quanto ao conceito de industria cultural, é correto afirmar:I – A indústria cultural produz bens culturais como mercadorias.II – O objetivo da indústria cultural é estimular a capacidade crítica dos indivíduos.III – A industria cultural cria a ilusão de felicidade no presente e elimina a dimensão crítica.IV – A indústria cultural ocupa o espaço de lazer do trabalhador sem lhe dar tempo para pensar sobre as condições de exploração em que vive. Assinale a alternativa correta:a) II, III e IV estão corretas.b) I, II e III estão corretas.c) I, III e IV estão corretas.d) I, II e IV estão corretas.e) II e III estão corretas.

06 - ( UEL 2006) “O que os homens querem aprender da natureza é como aplicá-la para dominar completamente sobre ela e sobre os homens. Fora isso, nada conta. [...] O que importa não é aquela satisfação que os homens chamam de verdade, o que importa é a operation, o procedimento eficaz. [...] A partir de agora, a matéria deverá finalmente ser dominada, sem apelo a forças ilusórias que a governem ou que nela habitem, sem apelo a propriedades ocultas. O que não se ajusta às medidas da calculabilidade e da utilidade é

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suspeito para o iluminismo [...] O iluminismo se relaciona com as coisas assim como o ditador se relaciona com os homens. Ele os conhece, na medida em que os pode manipular. O homem de ciência conhece as coisas, na medida em que as pode produzir.” (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Conceito de Iluminismo. Trad. Zeljko Loparic e Andréa M. A . C. Loparic. 2. ed. São Paulo: Victor Civita, 1983. p. 90-93.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a racionalidade instrumental em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:a) A razão iluminista proporcionou ao homem a saída da menoridade da qual ele era culpado e permitiu o pleno uso da razão, dispensando a necessidade de tutores para guiar as suas ações.b) O procedimento eficaz, aplicado segundo as regras da calculabilidade e da utilidade, está desvinculado da esfera das relações humanas, pois sua lógica se restringe aos objetos da natureza.c) A racionalidade instrumental gera de forma equânime conforto e bem estar para as pessoas na esfera privada e confere um maior grau de liberdade na esfera social.d) A visão dos autores sobre a racionalidade instrumental guarda um reconhecimento positivo para setores específicos da alta tecnologia, sobretudo aqueles vinculados à informática.e) Contrariando a tese do projeto iluminista que opõe mito e iluminismo, os autores entendem que há uma dialética entre essas duas dimensões que resulta no domínio perpetrado pela razão instrumental.

07 – (UEL 2006 Soc.) “A indústria cultural vende Cultura. Para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor. Para seduzi-lo e agradá-lo, não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, fazê-lo ter informações novas que perturbem, mas deve devolver-lhe, com nova aparência, o que ele sabe, já viu, já fez. A ‘média’ é o senso-comum cristalizado que a indústria cultural devolve com cara de coisa nova [...]. Dessa maneira, um conjunto de programas e publicações que poderiam ter verdadeiro significado cultural tornam-se o contrário da Cultura e de sua democratização, pois se dirigem a um público transformado em massa inculta, infantil, desinformada e passiva.” (CHAUÍ, Marilena. Filosofia. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000. p. 330-333.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre meios de comunicação e indústria cultural, considere as afirmativas a seguir.I. Por terem massificado seu público por meio da indústria cultural, os meios de comunicação vendem produtos homogeneizados.II. Os meios de comunicação vendem produtos culturais destituídos de matizes ideológicos e políticos.III. No contexto da indústria cultural, por meio de processos de alienação de seu público, os meios de comunicação recriam o senso comum enquanto novidade.IV. Os produtos culturais com efetiva capacidade de democratização da cultura perdem sua força em função do poder da indústria cultural na sociedade atual.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.

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e) II, III e IV.

GABARITOS

Geral Introdutório Ética/Política ConhecimentoEpistemologia

EstéticaFil da Arte

Indústria Cultural

1 E D E B A E2 D C C D C C3 B A E A B D4 B B D E E E5 B D D B ... C6 B C E A ... E7 C A B A A D8 C A C A B9 C A D C E10 C D A B11 A B C B12 E A E ...13 A D A ...14 A E C C15 D A E16 D E D17 B C A18 D C19 D D20 B B21 C D22 E A23 B B24 C B25 D C26 E27 D28 A29 E30 B31 A32 A33 B34 C

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MAIS QUESTÕES SUGERIDAS:

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA(Passagem do Mito à Filosofia, Pré-socráticos, Sócrates e Platão)

QUESTÃO 01- “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.a) A verdade do mito obedece a critérios baseados no sobrenatural e no fantástico.b) O conhecimento mítico é uma coisa rara entre as civilizações humanasc) As explicações míticas constroem-se de maneira argumentativa e autocrítica.d) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade depende de provas.e) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento científico, tais como a lei de causa e efeito.

QUESTÃO 02“(…) Assim, a magia e a mitologia ocupam a imensa região exterior do desconhecido, englobando o pequeno campo do conhecimento concreto comum. O sobrenatural está em todas as partes, dentro ou além do natural; e o conhecimento do sobrenatural que o homem acredita possuir, não sendo da experiência direta comum, parece ser um conhecimento de ordem diferente e superior. É uma revelação acessível apenas ao homem inspirado ou (como diziam os gregos) ‘divino’ — o mágico e o sacerdote, o poeta e o vidente”. CORNFORD, F.M. Antes e Depois de Sócrates. Trad. Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Martins Fontes, 2001, pp.14-15.A partir do texto acima, é correto afirmar queA) o campo do conhecimento mítico não limita-se ao que se manifesta no campo concreto comum.B) a magia e a mitologia não se confundem com o conhecimento concreto comum.C) o conhecimento no mito, por ser uma revelação, não é acessível igualmente a todos os homens.D) o mito distingue o plano natural do sobrenatural, sendo o conhecimento do natural superior.

QUESTÃO 03No poema Teogonia, as Musas aparecem ao poeta Hesíodo e dizem-lhe o seguinte: “sabemos dizer muitas mentiras semelhantes aos fatos e sabemos, se queremos, dar a ouvir verdades” (vv. 25-6) Com base neste trecho é correto afirmar:

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I) A Filosofia não se assemelha ao mito por entender que a verdade baseia-se na pura racionalidade.II) No mito, não há espaço para contradições e incoerências, pois a verdade nele se estabelece em um plano em que atua a racionalidade humana.III) O mito entende que a verdade é, bastante elástica não dependendo exclusivamente da racionalidade.IV) A crença e a confiança no mito provêm da autoridade cietífica do poeta que o narra.A) II e III são corretas.B) I e III são corretasC) I e IV são corretas.D) III e IV são corretas.

QUESTÃO 04A palavra Filosofia é resultado da composição em grego de duas outras: philo e sophia. A partir do sentido desta composição e das características históricas que tornaram possível, na Grécia, o uso de tal palavra, pode-se afirmar que (:)A) Agamenon, mesmo sendo legislador, pode ser incluído na lista dos filósofos, visto que ele era dotado de um saber prático.B) a palavra, atribuída primeiramente a Kant, indica a posse de um saber divino e pleno, tornando os homens verdadeiros deuses.C) a Filosofia, como quer Hume, é um saber técnico, possibilitando, pela posse ou não de uma habilidade, tornar alguns homens os melhores.D) a Filosofia, na definição de Pitágoras, indica que o homem não possui um saber, mas o deseja, procurando a verdade por meio da observação.

QUESTÃO 05“Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.” (OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pré-socráticos:a invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000.p. 24.) Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos.a) A elaboração e discussão crítica das explicações relativas aos acontecimentos naturais.b) A discussão acrítica das idéias e posições, que não podem ser modificadas ou reformuladas.c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela mitologia.d) A confiança na tradição e na “mitologia” como fundamentos para o conhecimento.e) A crença na incapacidade da razão em virtude de existirem muitos pontos de vista conflitantes.

QUESTÃO 06“Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse

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princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.” (REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.)A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.a) A religião, visto que a mitologia ainda estava muito viva entre eles.b) A elétrica, enquanto estudo sobre o mito de Electra.c) A política, como avaliação dos procedimentos científicos.d) A teogonia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo.e) A cosmologia, enquanto análise da origem e constituição da natureza.

QUESTÃO 07“Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” (VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.)Com base no texto, assinale a alternativa correta.a) Para explicar o que acontece no presente é uma sã compreensão dos mitos de criação, que narram o passado.b) A explicação para os fenômenos naturais não pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais, visto que a razão e a natureza são as grandes fontes de conhecimento.c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação sobrenatural e esta não pode ser compreendida racionalmente.d) A razão é incapaz de compreender os fenômenos naturais, pois estes estão além da capacidade da mesma.e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e todas estas explicações podem ser irracionalmente compreendidas.

QUESTÃO 08Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia:a) Surgiu como um discurso teórico, com o embasamento nos mitos gregos.b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógicoargumentativas.c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina.d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos.

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e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição.

QUESTÃO 09Sócrates é tradicionalmente considerado como um marco divisório da filosofia grega. Os filósofos que o antecederam são chamados pré-socráticos. Seu método, que parte do pressuposto "só sei que nada sei", é a maiêutica que tem como objetivo:I- dar luz a idéias novas, buscando o conceito.II- partir da arrogância, até chegar ao conhecimento.III- fazer com que o opositor perceba-se ignorante para, assim, para chegarem juntos ao conhecimento.IV- "trazer as idéias do céu à terra".AssinaleA) se apenas I e II estiverem corretas.B) se apenas III e IV estiveren corretas.C) se apenas II, III e IV estiverem corretas.D) se apenas I e III estiverem corretas.E) se apenas I e IV estiverem corretas.

QUESTÃO 10“Você está acompanhando, Sofia? E agora vem Platão. Ele se interessava tanto pelo que é eterno e imutável na natureza quanto pelo que é eterno e imutável na moral e na sociedade. Sim... para Platão tratava-se, em ambos os casos, de uma mesma coisa. Ele tentava entender uma ‘realidade’ que fosse eterna e imutável. E, para ser franco, é para isto que os filósofos existem. Eles não estão preocupados em eleger a mulher mais bonita do ano, ou os tomates mais baratos da feira. (E exatamente por isso nem sempre são vistos com bons olhos). Os filósofos não se interessam muito por essas coisas efêmeras e cotidianas. Eles tentam mostrar o que é ‘eternamente verdadeiro’, ‘eternamente belo’ e ’eternamente bom’.” (GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 98.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das idéias de Platão, assinale a alternativa correta.a) Para Platão, o mundo das idéias é o mundo do “imaginário”, onde imaginamos o “eternamente belo”, o “eternamente bom” e é um complemento do mundo sensível no qual vivemos.b) Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido diretamente pela alma não constitui a própria realidade das coisas.c) Platão considerava impossível o conhecimento das idéias.d) Para Platão, as idéias sobre a natureza, a moral e a sociedade podem ser explicadas a partir das diferentes opiniões das pessoas.e) De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as coisas eternas e incorruptíveis, tidas por ele como as mais importantes.

QUESTÃO 11Sobre a alegoria da caverna de Platão pode-se afirmar que

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A) o filósofo deve ter uma vida exclusivamente celibatária.B) a educação do filósofo visa também à atividade artística.C) os sentidos são fundamentais para o conhecimento das idéias.D) qualquer um pode encontrar no mundo sensível, pela intuição sensível, a luz para o conhecimento.E) nos remete à teoria das idéias, pois faz alusão ao abandono do mundo sensível em prol do perfeito.

QUESTÃO 12“Mas quem fosse inteligente (…) lembrar-se-ia de que as perturbações visuais são duplas, e por dupla causa, da passagem da luz à sombra, e da sombra à luz. Se compreendesse que o mesmo se passa com a alma, quando visse alguma perturbada e incapaz de ver, não riria sem razão, mas reparava se ela não estaria antes ofuscada por falta de hábito, por vir de uma vida mais luminosa, ou se, por vir de uma maior ignorância a uma luz mais brilhante, não estaria deslumbrada por reflexos demasiadamente refulgentes [brilhantes]; à primeira, deveria felicitar pelas suas condições e pelo seu gênero de vida; da segunda, ter compaixão e, se quisesse troçar dela, seria menos risível esta zombaria do que aquela que descia do mundo luminoso.” A República, 518 a-b, trad. Maria Helena da Rocha Pereira, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1987. Sobre este trecho do livro VII de A República de Platão, é correto afirmar.I - A condição de quem vive nas sombras é digna de compaixão.II - O filósofo, sendo aquele que passa da luz à sombra, não tem problemas em retornar às sombras.III - O trecho estabelece uma relação entre o mundo visível e o inteligível, fundada em uma comparação entre o olho e a alma.IV - No trecho é afirmado que o conhecimento não necessita de educação, pois quem se encontraria nas sombras facilmente se acostumaria à luz.Marque a alternativa que contém todas as afirmações corretas.A) II e IIIB) I e IVC) I e IIID) III e IV

QUESTÃO 13“(…) Que pensamentos então que aconteceria, disse ela, se a alguém ocorresse contemplar o próprio belo, nítido, puro, simples, e não repleto de carnes, humanas, de cores e outras muitas ninharias mortais, mas o próprio divino belo pudesse em sua forma única contemplar? Porventura pensas, disse, que é vida vã a de um homem olhar naquela direção e aquele objeto, com aquilo [a alma] com que deve, quando o contempla e com ele convive? Ou não consideras, disse ela, que somente então, quando vir o belo com aquilo com que este pode ser visto, ocorrer-lhe-á produzir não sombras de virtude, porque não é em sombras que estará tocando, mas reais virtudes, porque é no real que estará tocando?” Platão. O Banquete. Trad. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1979, pp.42-43. A partir do trecho de Platão, analise as assertivas abaixo:

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I – O belo verdadeiro para Platão encontra-se no conhecimento obtido pela contemplação das idéias.II – A contemplação do belo puro e simples é atingida por meio dos sentidos.III – Cores e sombras são ilusões efêmeras do mundo sensível.IV – Não há, para Platão, uma relação direta entre o conhecimento e a virtude.Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.A) I e II são corretas.B) II e III são corretas.C) III e IV são corretas.D) I e III são corretas.

QUESTÃO 14“Todo aquele que ama o saber conhece por experiência que, quando a filosofia toma conta de uma alma, vai encontrá-la prisioneira do seu corpo, totalmente grudada a ele. Vê que, impelida a observar os seres, não em si e por si, mas por meio desse seu caráter, paira por isso na mais completa ignorância. Mas mais se dá ainda conta do absurdo de tal prisão: é que ela não tem outra razão de ser senão o desejo do próprio prisioneiro, que é assim levado a colaborar damaneira mais segura, no seu próprio encarceramento”. Platão, Fédon. Trad. Maria Tereza S. de Azevedo. Brasília: UnB, 2000, p. 66.Após analisar o texto acima, assinale a alternativa correta.A) A ignorância é fruto da observação voluntária das aparências e formas imperfeitas das coisas.B) A filosofia para Platão é, como a mitologia, um dom dos deuses, não sendo necessário nenhum esforço de quem a ela se dedica para obtê-la.C) A alma encontra-se prisioneira do mundo ideal por desejo do próprio homem.D) A alma do filósofo encontra-se desde o início liberta dos entraves do corpo como o demonstram, claramente, a Alegoria da Caverna e o texto acima.

EIXO POLÍTICO

(Introdução à Política, Sócrates e os Sofistas, Platão, Aristóteles, Maquiavel e os Contratualistas)

QUESTÃO 15De acordo com o que vimos em sala de aula escolha a alternativa que traz a melhor definição de Política:a) Conjunto de partidos políticos, que buscam o poder sem limites.b) Atividades humanas, um tanto quanto duvidosas, da época das eleições.c) Forma bastante esperta encontrada pelo homem para atingir seus objetivos e interesses, bem como daqueles que lhes financiam.d) Diz respeito à reflexão, organização e distribuição do poder na sociedades humanas.e) A política é uma coisa desonesta que visa, em primeiro lugar, beneficiar os mais ricos.

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QUESTÃO 16Leia o texto abaixo:Quando na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não existe liberdade, pois pode-se temer que o mesmo monarca e o mesmo senado apenas estabeleçam leis tirânicas para executá-las tiranicamente. Não haverá também liberdade se o poder de julgar não estiver separado do poder legislativo e executivo. Se estivesse ligado ao poder legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria o legislador. Se estivesse ligado ao executivo, o juiz teria a força de um opressor. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo de principais, ou dos nobres ou do povo exercesse esses três poderes: o de fazer leis; o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências entre os indivíduos. (MONTESQUIEU, Do Espírito das Leis, Col Os Pensadores)Escolha alternativa que contém o princípio político que o texto acima busca criticar.a) Democraciab) Analfabetismo político.c) Institucionalização do poder.d) Absolutismo políticoe) Parlamentarismo

QUESTÃO 17Sobre o princípio da institucionalização do poder, assinale V ou F:( ) Trata-se de um princípio que busca a divisão do poder para um melhor administração.( ) É uma das bases da teocracia.( ) O judiciário tem que ser mais forte que as outras esferas de poder.( ) Parte do princípio do equilíbrio entre os poderes.De cima para baixo, verifique a sequência correta:a) F, F, V, Fb) V, V, F, Vc) V, F, F, Vd) V, F, V, F

QUESTÃO 18Leia com atenção o texto abaixo:Odeio os indiferentes (...), acredito que viver quer dizer tomar partido. Não podem existir apenas os homens estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, é parasitismo, é covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.A indiferença é o peso morto da história. É a bola de chumbo para o inovador, é a matéria inerte na qual freqüentemente se afogam os entusiasmos mais esplendorosos.A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; é aquilo com o que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mais bem construídos. É a matéria bruta que se rebela contra a inteligência e a sufoca. (...) O que acontece não acontece tanto porque alguns queiram, mas porque a massa dos homens abdica da sua vontade e deixa de fazer, deixa enrolarem

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os nós que, depois, somente a espada poderá cortar; deixa promulgarem as leis que, depois, só a revolta poderá anular; deixa subir ao poder homens que, depois, só a sublevação poderá derrubar. (...) Os fatos amadurecem na sombra porque mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva e a massa não sabe porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões restritas, objetivos imediatos, ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos e a massa dos homens ignora por que não se preocupa. (GRAMSCI apud SCHLESENER, Anita. Para filosofar S. Paulo, Scipione, 2000, p.188) O texto acima refere-se ao fenômeno político conhecido como ‘analfabetismo político’, com relação a isso é correto afirmar que:O analfabetismo político ocorre somente entre os iletrados. As pessoas mais pobres são os analfabetos políticos.O analfabetismo político é uma peculiaridade da classe mais rica da população.A não participação ativa na esfera política é a principal característica do analfabetismo político.A atuação política é a marca distintiva do analfabetismo político.

QUESTÃO 19Sobre o fenômeno da personificação do poder, assinale V ou F:( ) A personificação do poder ocorre quando uma pessoa é eleita pela população e sua “pessoa” respeita a constituição.( ) Somente ocorre nos regimes que primam pelo autoritarismo baseado no acúmulo de poder.( ) O acúmulo do poder não é uma das condições para que aconteça.( ) Trata-se da identificação do poder com a pessoa que o exerce.De cima para baixo, verifique a sequência correta:a) F, F, V, Fb) F, V, F, Vc) F, F, V, Ve) V, F, V, F

QUESTÃO 20Leia com atenção o texto abaixo:O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve não fala e não participadoa acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro, que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. (Berthold Brecht)De acordo com o texto podemos afirmar que:a) Boa parte dos problemas da sociedade poderiam ser evitados se as pessoas buscassem se desvencilhar, de vez, da esfera e das decisões políticas.

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b) Problemas sociais como a prostituição, a violência, o tráfico de drogas e a questão dos menores abandonados sempre existiram e sempre existirão na sociedade, pois nem todos sabem aproveitar as oportunidades.c) Somente as pessoas ilustres são analfabetos políticos.d) A participação política das pessoas é de suma importância para a resolução dos problemas sociais.e) analfabeto político, apesar de sua indiferença é uma pessoa que se importa com os rumos de sua sociedade.

QUESTÃO 21“... os traços pelos quais a democracia é considerada forma boa de governo são essencialmente os seguintes: é um governo não a favor dos poucos mas dos muitos; a lei é igual para todos, tanto para os ricos quanto para os pobres e portanto é um governo de leis, escritas ou não escritas, e não de homens; a liberdade é respeitada seja na vida privada seja na vida pública, onde vale não o fato de se pertencer a este ou àquele partido mas o mérito.” (BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política. Trad. De Marco Aurélio Nogueira. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 141.)Com base no texto, considere as seguintes afirmativas sobre os direitos fundamentais da democracia grega.I. Todos os cidadãos submetem-se a uma elite, formada pelos ricos, que governa privilegiando seus interesses particulares.II. Todos os cidadãos possuem os mesmos direitos e devem ser tratados da mesma maneira, perante as leis e os costumes da pólis.III. O cidadão não tem a liberdade de expor, na assembléia, seus interesses e suas opiniões, discutindo-os com os outros.IV. Todo cidadão deve ter suas opiniões respeitadas, a partir de uma amplo e, às vezes conflituoso, debate de idéias.Assinale a alternativa correta.a) Apenas as afirmativas I e II são corretas.b) Apenas as afirmativas I e IV são corretas.c) Apenas as afirmativas II e III são corretas.d) Apenas as afirmativas II e IV são corretas.e) Apenas as afirmativas III e IV são corretas.

QUESTÃO 22Sobre o “conceito de justiça” no Estado democrático, é correto afirmar:a) Os critérios de justiça devem ser estabelecidos pelos mais ricos a partir de sua própria concepção do que é justo ou injusto.b) Os critérios de justiça devem ser estabelecidos pelos mais pobres, que determinam aquilo que é justo ou injusto para o restante da sociedade.c) Na sociedade democrática inexistem critérios de justiça estabelecidos; logo, cada pessoa pode agir do modo que acredita ser justo.d) Os critérios de justiça devem ser estabelecidos e sempre revistos por meio de uma discussão ampla, que envolva todos as agremiações religiosas.

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e) Os critérios de justiça em uma democracia devem respeitar a vontade popular e podem ser revistos sempre que for necessário.

QUESTÃO 23- “Foi na Grécia de Homero que surgiu uma maneira até então desconhecida de fazer política: o rei deixou de ser onipotente e seu poder foi paulatinamente partilhado e disputado entre os cidadãos. Era o início de um fenômeno que se consolidaria a partir do século 6º a.C., na Atenas de Sólon e Clístenes, e que se tornaria um dos fundamentos da civilização ocidental: a democracia.” (Entrevista com Jean Pierre Vernant. Folha de S. Paulo, 31 out. 1999. Caderno Mais!, p. 4.)Com base no trecho da entrevista e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta.a) A afirmação de que o “poder foi paulatinamente partilhado e disputado entre os cidadãos” considera que na democracia grega todos os habitantes podiam eleger e ser eleitos para cargos políticos.b) A democracia grega foi um fenômeno isolado e, por isso, não teve influência significativa nos rumos da política na civilização ocidental.c) Os gregos desconheciam, até o governo de Sólon e Clístenes, no século 6º a.C., qualquer forma de fazer política.d) A “maneira até então desconhecida de fazer política”, a que o texto se refere, é a democracia grega, que permitiu aos cidadãos participarem das questões relativas à coletividade.e) Na democracia grega, que se consolidou a partir do século 6º a.C., o rei detinha o poder absoluto, decidindo sobre todas as questões públicas.

QUESTÃO 24Considere o texto abaixo:Os sofistas foram mestres da oratória, que vendiam para os cidadão suas habilidades com o discurso, fundamental para a política. Assim, defendiam a opinião de quem lhes pagasse bem. Acreditavam que a verdade não era absoluta, mas é fruto das construções humanas. Os principais foram Górgias, Protágoras e Hipías. Para eles, como afirma a frase de Protágoras, ‘o homem é a medida de todas as coisas’. Por isso não existiriam coisas como o frio real. O frio é frio apenas para quem o sente, também não existiriam um sentimento natural de pudor, ou a verdade que Sócrates tanto procurava.A partir do texto e do que vimos em sala de aula escolha a alternativa correta.a) Os sofistas buscavam a construção de uma política de ordem retórica, baseando-se normalmente nos interesses de que defendia os vários, pontos de vista possíveis.b) De acordo com os sofistas, todos nós poderíamos chegar a uma ética universal de caráter político.c) O que importava na realidade para os sofistas políticos era a construção de uma sociedade mais opulenta, mais rica..d) Para os sofistas a política nada mais é do que uma espécie de arte da legislação.e) Os sofistas eram amigos de Sócrates e, por isso, buscavam a verdade universal dentro de cada homem.

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QUESTÃO 25A Alegoria da Caverna de Platão, além de ser um texto de teoria do conhecimento, é também um texto político. No sentido político, é correto afirmar que Platão sustentava um modelo (:)A) tirânico, cujo governo deveria ser exercido por um filósofo e cujo poder deveria ser absoluto, centralizador e hereditário.B) democrático, baseado na riqueza e que representava os interesses dos comerciantes e nobres atenienses, por serem eles os mecenas das artes, das letras e da filosofia.C) aristocrático, cujo governo deveria ser confiado aos filósofos.D) parlamentar, baseado, principalmente, na experiência política de governo da época de Péricles.

QUESTÃO 26Com relação à teoria política platônica é correto afirmar que:a) Trata-se de uma teoria política conciliadora, que busca a harmonia amalgamar os ignorantes e os sábios.b) Busca minimizar o conceito de justiça para que somente sirva aos interesses da aristocracia ateniense.c) É uma teoria democrática, que busca confirmar os ideais da democracia direta de Atenas.d) Platão elaborou uma teoria política que defendia o exercício do poder pelos sábios..e) Busca impedir o ideal do Rei Filósofo.

QUESTÃO 27De acordo com as características da política platônica, assinale V ou F:( ) A principal obra política de Platão é “O Leviatã”.( ).Na tentativa de formar sua aristocracia, Platão admite a prática da eugenia.( ) A violência seria o principal meio para forjar os futuros governantes da Polis.( ) Cada pessoa ocuparia um lugar na sociedade, de acordo com suas capacidades e aptidões físicas e intelectuais.De cima para baixo, verifique a sequência correta:a) F, F, V, Fb) F, V, V, Vc) F, V, F, Vd) V, F, V, F

QUESTÃO 28De acordo com as funções da “cidade perfeita” de Platão, assinale V ou F:( ) Os mais pobres é que desempenhariam funções governo, pois merecem fazê-lo.( ) Os escravos é que elegeriam os ocupantes das mais diversas funções.( ) As pessoas com “alma de bronze” desempenhariam as funções que exigem trabalho meramente braçal.( ) As pessoas com “alma de ouro” seriam os administradores da cidade.De cima para baixo, verifique a seqüência correta:a) F, F, F, Vb) F, V, V, F

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c) V, F, F, Vd) F, F, V, V

QUESTÃO 29Leia o texto, que se refere à idéia de cidade justa de Platão.“Como a temperança, também a justiça é uma virtude comum a toda a cidade. Quando cada uma das classes exerce a sua função própria, ‘aquela para a qual a sua natureza é a mais adequada’, a cidade é justa. Esta distribuição de tarefas e competências resulta do fato de que cada um de nós não nasceu igual ao outro e, assim, cada um contribui com a sua parte para a satisfação das necessidades da vida individual e coletiva. (...) Justiça é, portanto, no indivíduo, a harmonia das partes da alma sob o domínio superior da razão; no estado, é a harmonia e a concórdia das classes da cidade.” (PIRES, Celestino. Convivência política e noção tradicional de justiça. In: BRITO, Adriano N. de; HECK, José N. (Orgs.). Ética e política. Goiânia: Editora da UFG, 1997. p. 23.)Sobre a cidade justa na concepção de Platão, é correto afirmar:a) Nela todos satisfazem suas necessidades mínimas e não existe a propriedade privada, por isso uma cidade comunista.b) É governada pelos guerreiros, protegida pelos filósofos e mantida pelos deuses.c) Seus habitantes desejam a posse ilimitada de poder e riquezas.d) Ela tem como principal objetivo o imperialismo belicoso.e) Ela ambiciona a harmonia somente conseguida quando os habitantes da cidade desempenham funções de acordo com suas capacidades.

QUESTÃO 30Considere o texto abaixo:A efetivação desta utopia social dependeria fundamentalmente, por outro lado, de um cuidadoso sistema educativo, que permitisse a cada classe desenvolver as virtudes necessárias para o exercício de suas atribuições. Mas a cidade ideal só poderia surgir se o governo supremo fosse entregue aos reis-filósofos.O texto acima refere à teoria política:a) Helenista.b) Socrática.c) Platônica.d) Sofista.e) Hobbesiana.

QUESTÃO 31Baseando-se no que vimos sobre a política em Aristóteles, escolha alternativa que melhor explica a frase abaixo:O homem é um animal político.Aristótelesa) O homem é um animal político,pois em sua natureza está o estabelecimento de relações sociais e de poder que supõem a política.b) O ser humano só é capaz de usar a malícia, por isso ele é um animal político.

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c) Na sociedade o homem encontra-se imerso em relações de poder que o sufocam e oprimem por isso é um animal na política.d) A política, devido às suas estratégias, por vezes não muito éticas, faz com aqueles que a praticam sejam comparados a animais.e) A política é uma peculiaridade de todo o reino animal e Aristóteles como biólogo sabia disso, por isso resolve classificar o homem como animal político.

QUESTÃO 32Toda cidade [pólis], portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é seu estágio final. (...)Estas considerações deixam claro que a cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade.” (ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad. de Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997. p. 15.)De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a pólis:a) É instituída por contrato social.b) Existe de maneira artificial, pois não passa de uma artifício de organização.c) Passa a existir por um ato de vontade dos reis, alheios à vontade do povo.d) É estabelecida por uma tendência natural à política própria da essência humana.e) É fundada na razão, que estabelece as leis que a ordenam, por isso baseia-se na pura lógica construtiva.

QUESTÃO 33“Uma vez que constituição significa o mesmo que governo, e o governo é o poder supremo em uma cidade, e o mando pode estar nas mãos de uma única pessoa, ou de poucas pessoas, ou da maioria, nos casos em que esta única pessoa, ou as poucas pessoas, ou a maioria, governam tendo em vista o bem comum, estas constituições devem ser forçosamente as corretas; ao contrário, constituem desvios os casos em que o governo é exercido com vistas ao próprio interesse da única pessoa, ou das poucas pessoas, ou da maioria, pois ou se deve dizer que os cidadãos não participam do governo da cidade, ou é necessário que eles realmente participem.” (ARISTÓTELES. Política. Trad. de Mário da Gama Kury. 3.ed. Brasília: Editora UNB, 1997. p. 91.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre as for-mas de governo em Aristóteles, analise as afirmativas a seguir.I. A democracia é uma forma de governo reta, ou seja, um governo que prioriza o exercício do poder em benefício do interesse comum.II. A democracia faz parte das formas degeneradas de governo, entre as quais destacam-se a tirania e a oligarquia.III. A democracia é uma forma de governo que desconsidera o bem de todos; antes, porém, visa a favorecer indevidamente os interesses dos mais pobres, reduzindo-se, desse modo, a uma acepção demagógica.IV. A democracia é a forma de governo menos conveniente para as cidades gregas.Estão corretas apenas as afirmativas:

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a) I e III.b) I e IV.c) II e III.d) I, II e III.e) II, III e IV.

QUESTÃO 34De acordo com a concepção de política que encontramos em Aristóteles é correto afirmar que:a) Para ser um bom político o homem precisa ser necessariamente um bom cidadão, pois política e ética são indissociáveis.b) A política não tem implicações na vida dos homens..c) A política é uma estrutura burocrático-administrativa na vida social.d) A política não encontra-se ligada à ética, de maneira indissolúvel, daí a possibilidade de oferecer uma amplo mosaico de explicações acerca da política.

QUESTÃO 35De acordo com as características da política medieval, assinale V ou F:( ) Foi uma época em que a política era totalmente dependente da esfera eclesiástica( ) A liberdade política inexistia durante a Idade Média.( ) A política medieval era totalmente independente da Igreja Católica. ( ) Durante a Idade Média a política jamais conseguiu libertar-se do poder absoluto dos reis e caminhar com as próprias pernas.De cima para baixo, verifique a seqüência correta:a) F, F, V, Fb) V, V, F, Fc) V, V, F, Vd) F, F, V, V

QUESTÃO 36Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis pois que "os fins justificam os meios."Quando falamos em “fins” estamos falandoa) Do poder entendido dentro da esfera eclesiástica e sagradab) Da utilização ética e comedida do poder na política.c) Das estratégias necessárias para a conquista do poder.d) Da conquista e da manutenção do poder conquistadoe) Da política segundo as Sagradas Escrituras.

QUESTÃO 37Leia com atenção o texto de Maquiavel e escolha alternativa correta.

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Como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que dela se possa imaginar e muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca se viram nem jamais forma reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre o como se vive e o modo que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar; em um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruine entre tantos que são maus.Assim é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso conforme a necessidade. (MAQUIAVEL, O Príncipe)a) Maquiavel tenta preservar a ética cristã.b) Maquiavel é um pensador socialista, pois vemos traços de totalitarismo em suas palavras..c) O governante deve estar disposto ser uma pessoa boa ou má conforme a necessidade.d) A política de Maquiavel é utópica e pauta-se por aquilo que é eticamente correto para o exercício do poder.e) Indo contra o modelo político da Idade Média, Maquiavel busca legitimar sua política através da prática da tirania.

QUESTÃO 38As obras do florentino Nicolau Maquiavel, apesar da interdição, tiveram ampla repercussão no decurso da Idade Moderna. No pensamento de Maquiavel:I - o processo político situava-se abaixo da moral.II - o Príncipe, para manter-se no poder, devia aprender a ser bom ou mau, sua simpatia pelas pessoas.III - o Chefe político podia dominar a VIRTU (conjuntura social e política) através da FORTUNA (energia, resolução, talento).IV - o Monarca não deveria limitar-se aos rígidos limites religiosos impostos ao pensamento da época.V - o ideal republicano de governo está expresso em O PRÍNCIPE.Consideradas as proposições acima, assinale:a) se apenas a terceira e a quarta estiverem corretas.b) se todas estiverem corretas.c) se todas estiverem incorretas.d) se apenas a primeira, a segunda, a terceira e a quinta estiverem corretas.e) se apenas a quarta estiver correta.

QUESTÃO 39“O maquiavelismo é uma interpretação de O Príncipe de Maquiavel, em particular a interpretação segundo a qual a ação política, ou seja, a ação voltada para a conquista e conservação do Estado, é uma ação que não possui um fim próprio de utilidade e não deve ser julgada por meio de critérios diferentes dos de conveniência e oportunidade.” (BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensa-mento de Emanuel Kant. Trad. de Alfredo Fait. 3.ed. Brasília: Editora da UNB, 1984. p. 14.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, para Maquiavel o poder político é:

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a) Dependente da moral e da religião, devendo ser conduzido por critérios restritos a este âmbito.b) Independente da conveniência e oportunidade, pois estas dizem respeito à esfera privada da vida em sociedade.c) Independente da religião, devendo ser conduzido por parâmetros ditados pelos reformistas.d) Dependente da oportunidade, devendo ser orientado por princípios utilitários.e) Independente das pretensões dos governantes de realizar os interesses do Estado.

QUESTÃO 40Leia o texto abaixo:Sabemos que Hobbes é um contratualista, quer dizer, um daqueles filósofos que, entre os séculos XVI e XVIII (basicamente) afirmaram que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização, que somente surgiriam depois do pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de comércio social e de subordinação política. (RIBEIRO. Renato J. Hobbes: o medo e a esperança. In WOFFORT, F. Os clássicos da política. S. Paulo. Ed. Ática . p. 53.) Com base no texto, que se refere ao contratualismo de Hobbes, considere as seguintes afirmativas:I. A soberania decorrente do contrato é absoluta e se aplica a todos os membros da sociedade..II. A noção de estado de natureza é imprescindível para essa teoria.III.O contrato ocorre por meio da passagem do estado social para o estado de natureza.IV. O cumprimento do contrato depende da insubordinação política dos indivíduos.Quais as afirmativas que representam o pensamento de Hobbes?a) Apenas as afirmativas I e III.b) Apenas as afirmativas II e III.c) Apenas as afirmativas I e II.d) Apenas as afirmativas II e IV.e) Apenas as afirmativas I e IV.

QUESTÃO 41O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela miséria condição de guerra que é a conseqüência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando(os) por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza (...) (Hobbes, Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 2ª. ed.,1979, p. 103.) Considerando o fragmento anterior, podemos dizer que Thomas Hobbes, pensador inglês do séc.XVII, defende a noção de que:a) apenas um Estado democrático, surgido de um ato de liberdade dos cidadãos, teria legitimidade para criar leis e zelar pela segurança e demais necessidades sociais.b) certos indivíduos, extraordinariamente, quando apaixonados, amam dominar os outros e é preciso forçá-los, através do castigo, a manter o respeito; essa seria a função do Estado.

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c) o Estado resulta do desejo dos indivíduos de garantir a propriedade privada, para deixar de ter uma condição mísera e participar ativamente do pacto social.d) o homem é naturalmente bom, mas a vida social o corrompe, fazendo com que passe a querer dominar a liberdade dos outros; o nascimento do Estado é diretamente responsável por essa corrupção.e) os homens são naturalmente inaptos para a vida social, a menos que constituam uma autoridade à qual entreguem sua liberdade em troca de segurança.

QUESTÃO 42A filosofia política de Thomas Hobbes combatia as tendências liberais de sua época. Hobbes sustentava que o poder resultante do pacto político deveria ser:I- limitado, não deliberando sobre o justo e o injusto, sobre o bem e o mal e em que a alienação do súdito ao soberano deveria ser apenas parcial.II- dividido entre o rei e o parlamento, superando as discórdias e disputas em favor do bem comum da coletividade.III- absoluto, podendo utilizar a força necessária para manter a soberania do contrato e a submissão dos súditos.Assinale a alternativa correta.a) I e IIIb) II e IIIc) IId) III

QUESTÃO 43 (ENEM 2000)Para Hobbes (1588-1679), o homem reconhece a necessidade de renunciar ao seu direito sobre todas as coisas em favor de um "contrato". Isso implica também na abdicação de sua vontade em favor de "um homem ou assembléia de homens, como representantes" da sua pessoa. Assim para Hobbes o contrato social se justifica porque:a) a situação dos homens, entregues a si próprios, é de segurança, de estabilidade e de felicidade, graças a esta organização primitiva, os homens vivem sempre em paz e harmonia.b) as disputas são importantes para o desenvolvimento da indústria, da agricultura, da ciência, da navegação, enfim, é ela a responsável pelas comodidades e por todo o bem-estar dos homens.c) os interesses egoístas predominam entre os homens, a ponto de cada indivíduo representar um perigo eminente aos outros indivíduos, de modo que o homem se torna o lobo do próprio homem.d) o homem é sociável por natureza e, por meio dela, é levado a fundar um estado social pautado pela autoridade política, abdicando de todos os seus direitos em favor de um corpo político.

QUESTÃO 44 Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão

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dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder?Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da eqüidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro emuito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.” (JOHN LOCKE, Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991)Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:(A) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.(B) a origem do governo como uma propriedade do rei.(C) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.(D) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.(E) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.

QUESTÃO 45Analisando o texto, podemos concluir que se trata de um pensamento:(A) do liberalismo.(B) do socialismo utópico.(C) do absolutismo monárquico.(D) do socialismo científico.(E) do anarquismo.

QUESTÃO 46Assinale a alternativa INCORRETA. Segundo John Locke (1632-1704), são proprietáriosa) todos que são proprietários de suas vidas, de seus corpos, de seus trabalhos, isto é, todos são proprietários.b) todos os operários, pois fazem parte da sociedade civil, portanto, podem governar como qualquer cidadão, pois é sua prerrogativa.c) todos os homens, já que a primeira coisa que o homem possui é o seu próprio corpo; assim, todo homem é proprietário de si mesmo e de suas capacidades.d) somente aqueles que podem governar, isto é, os homens de fortuna, pois somente esses podem ter plena cidadania.

QUESTÃO 47A liberdade natural do homem deve estar livre de qualquer poder superior na terra e não depender da vontade ou da autoridade legislativa do homem, desconhecendo outra regra além da lei da natureza. A liberdade do homem na sociedade não deve estar edificada sobre qualquer poder legislativo exceto aquele estabelecido por consentimento na

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sociedade civil (LOCKE. John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Petrópolis: Ed. Vozes . p. 95.)Com base no texto, que se refere ao contratualismo de Locke, considere as seguintes afirmativas:I. No estado civil as pessoas são livres quando sua liberdade é edificado sobre um corpo legal legitimado pelo legislativo.II. No estado pré-civil a liberdade das pessoas limitada pela lei do poder legislativo.III. No estado pré-civil a liberdade das pessoas edifica-se nas leis estabelecidas pelo conjunto dos membros dessa sociedade.IV. No estado pré-civil a liberdade das pessoas submete-se às leis estabelecidas pela natureza.Quais as afirmativas que representam o pensamento de Locke sobre a liberdade?a) Apenas as afirmativas I e II.b) Apenas as afirmativas I e IV.c) Apenas as afirmativas I e III.d) Apenas as afirmativas II e IV.e) Apenas as afirmativas III e IV.

QUESTÃO 48O objetivo grande e principal, portanto, da união dos homens em comunidades, colocando-se eles sob um governo, é a preservação da propriedade. (LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Petrópolis: Ed. Vozes,1690.)Assinale a alternativa que apresenta uma condição para a cidadania coerente com o objetivo dos governos defendido pelo pensador.a) "Não pode ser cidadão senão aquele que faz parte do povo. Não pode fazer parte do povo senão aquele que tem sangue alemão..." (PROGRAMA NAZISTA, 1920)b) "São eleitores os brasileiros, de um e de outro sexo, maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei. Não podem alistar-se como eleitores: os analfabetos; os militares em serviço ativo; os mendigos..." (CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA, 1937, Art. 117)c) "São eleitores, sem condição de censo, todos os franceses de 21 anos de idade e gozando de seus direitos civis e políticos." (CONSTITUIÇÃO FRANCESA, 1848, Art. 25)d) "São excluídos de votar nas Assembléias Paroquiais [...] os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis, por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos." (CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA, 1826, Art. 64 parágrafo 5º)

QUESTÃO 49John Locke justificou a existência do Estado com estas palavras: “O motivo que leva os homens a entrarem em sociedade È a preservação da propriedade; é o objetivo para o qual escolhem e autorizam um poder legislativo È tornar possível a existência de leis e regras estabelecidas como guarda e proteção das propriedades de todos os membros da sociedade, a fim de limitar o poder e moderar o domínio de cada parte e de cada membro da comunidade; pois n(„)o se poder· nunca supor seja vontade da sociedade que o legislativo possua o poder de destruir o que todos intentam assegurar-se, entrando em sociedade e para o que o povo se submeteu a legisladores por ele mesmo criado” (LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo. Trad. de E. Jacy Monteiro.3 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983,

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p. 121. Coleção Os Pensadores). Analise as assertivas em conformidade com a citação acima.I - A propriedade privada È contratual, isto é, ela é subseqüente ao nascimento do Estado, que institui o direito à propriedade, distribuindo a cada um aquilo que era propriedade comunal no estado de natureza.II - A propriedade privada surge com o aparecimento da sociedade civil, a geradora do Estado, que é a instituição suprema que tem, inclusive, a prerrogativa de suprimir a propriedade em benefício da segurança do Estado.III - A propriedade privada é parte do estado de natureza, pois o homem possui a propriedade de si mesmo e, com isso, tem o direito de tornar como sua propriedade aquilo que está vinculado com seu trabalho.IV - A propriedade privada é anterior à sociedade civil, portanto, a propriedade antecedeu ao Estado, cuja existência resultou do contrato social e teve a finalidade de preservar e proteger a propriedade privada de cada um.Assinale a alternativa que tem as assertivas corretas.a) II e IVb) I e IIc) II e IIId) III e IV

QUESTÃO 50John Locke (1632-1704), vigoroso adversário do absolutismo, nos seus escritos políticos partiu da situação de que os homens isolados no estado de natureza buscaram se reunir por intermédio de um contrato social, tendo em vista a edificação da sociedade civil. Esta ação política associativa, quando concretizada, confere soberania ao:a) Poder Legislativo.b) Poder Executivo.c) Poder Federativo.d) Poder Judiciário.e) Povo.

QUESTÃO 51Leia com atenção o fragmento que se segue, extraído de um dos maiores clássicos do pensamento político moderno: “A diminuição do amor à pátria, a ação do interesse particular, a imensidão dos Estados, as conquistas, os abusos do Governo fizeram com que se imaginasse o recurso dos deputados ou representantes do povo nas assembléias da nação. É o que em certos países ousam chamar de Terceiro Estado. Desse modo, o interesse particular das duas ordens é colocado em primeiro e segundo lugares, ficando o interesse público em terceiro”.O autor dessas palavras foi:a) Jean Bodin.b) Jean-Jacques Rousseau.c) Francis Bacon.d) John Locke.

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QUESTÃO 52Um dos filósofos iluministas que exerceram uma enorme influência entre as camadas populares na França, como também nos movimentos mais radicais durante a Revolução Francesa, foi:a) Voltaire, que escreveu o livro clássico O Discurso do Método, em que apontava a forma como o povo deveria se comportar face às elites dirigentes num momento revolucionário.b) John Locke, por ter sido um dos inspiradores do empirismo, e defensor que todos quando nascemos somos como uma tábula rasa e as influências da sociedade é que nos molda.c) Montesquieu, que escreveu uma obra clássica denominada "O Elogio da Loucura", na qual satiriza os costumes da época, o que veio a influenciar enormemente as revoluções burguesas do século XIX.d) Jean-Jacques Rousseau, que de certa forma tornou-se uma exceção entre os iluministas, pela crítica à burguesia e à propriedade privada, escrevendo livros clássicos como "Contrato Social" e "Discurso sobre a origem da Desigualdade".

QUESTÃO 53Jean-Jacques Rousseau ( 1712-1778) faz parte dos contratualistas, porém tem uma posição inovadora em relação a Hobbes e a Locke, quanto ao conceito de soberania. Para ele:a) a democracia direta impede que os cidadãos vivam em paz, pois libera as paixões que impedem essa paz.b) soberano é o poder executivo, que tem o poder absoluto para garantir paz ao povo.c) é necessário distinguir os conceitos de soberano e de governo, atribuindo ao povo a soberania inalienável e indivisível.d) a vontade geral institui o governo, que submete o povo, para garantir a paz, não podendo, portanto, ser destituído.

QUESTÃO 54As assertivas abaixo referem-se ao pensamento político de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).I- No estado de natureza os indivíduos vivem isolados e vagueando pela imensa selva, sobrevivem com aquilo que a natureza lhes oferece, por isso são maus por excelência, lobos de si mesmos.II- O que originou o estado de sociedade foi o aparecimento da propriedade privada, isto é, a divisão arbitrária que define o que é meu e o que é teu; tal situação, acarretou o rompimento do estado de felicidade original.III- O governante é o indivíduo que está investido de poder, ele deve representar a vontade geral; única e legítima soberana.Assinale a única alternativa que contém as afirmativas corretas.a) Apenas I e II.b) Apenas I e III.c) Apenas II e III.d) I, II e III.

QUESTÃO 55

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Para Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o contrato social que seja verdadeiro e legítimo é aquele que:a) os indivíduos pelo pacto, reconhecem, como seus, os atos e decisões de alguém, não podendo, legitimamente, celebrar entre si um novo pacto no sentido de obedecer a outrem, seja no que for, sem sua licença.b) o indivíduo pelo pacto, abdica de sua liberdade, mas sendo ele próprio parte integrante e ativa do todo social, ao obedecer à lei, obedece a si mesmo sendo, portanto, livre.c) pelo pacto, todos os homens associados se alienam totalmente, abdicam, sem reserva, de todos os seus direitos em favor da comunidade, mas somente os proprietários nada perdem, porque, somente eles, participam plenamente da sociedade civil.d) pelo pacto, os homens deixam de ser livres, pois o poder soberano deve ser absoluto, ilimitado, sendo que o pouco que seja conservado da liberdade natural do homem, instaura de novo o estado de guerra.

QUESTÃO 56Antes de escrever Discursos sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens e o Do contrato social, Rousseau já havia manifestado seu pessimismo em relação ao progresso social. Na dissertação escrita em 1750, para o concurso literário promovido pela Academia de Dijon, este· escrito: Antes que a arte polisse nossas maneiras e ensinasse nossas paixões a falarem a linguagem apurada, nossos costumes eram rústicos, mas naturais e a diferença dos procedimentos denunciava, à primeira vista, a dos caracteres. No fundo, a natureza humana não era melhor, mas os homens encontravam sua segurança na facilidade para se penetrarem reciprocamente, e essa vantagem, de cujo valor não temos mais a noção, poupava-lhes muitos vícios. (ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3 ed. S„o Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 336. Coleção Os Pensadores).Analise as assertivas abaixo:I - A palavra natural significa sabedoria, portanto, o primitivo era dotado de um saber comparável ao estágio do conhecimento do século das luzes.II - As ciências e as artes serviram só para o progresso material e não levaram os homens a criarem vícios, antes inexistentes.III - O homem em estado de natureza era ignorante, porém, a ignorância preservava a pureza de coração e fazia, do primitivo, um ser livre.IV - A ignorância é um vício adquirido da natureza, portanto, as ciências e artes são necessárias para promover a liberdade humana.Assinale as alternativas incorreta.a) I, II e IIIb) I, III e IVc) I e IVd) I, II e IV

QUESTÃO 57O que há de comum entre as teorias dos filósofos contratualistas é que:a) eles partem da análise do homem em estado de natureza, isto é, antes de qualquer sociabilidade, tendo direito a tudo.

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b) no estado de natureza, o homem possui segurança e paz, pois é dono de um poder ilimitado.c) os interesses egoístas não existem no estado de natureza, pois os homens realizam todos os seus desejos.d) as disputas evitam a guerra de todos contra todos, pois os homens desfrutam de todas as coisas.

EIXO EPISTEMOLÓGICO

QUESTÃO 58Escolha a alternativa que caracteriza (ou define) respectivamente o conhecimento mítico e o conhecimento filosófico:a) 1) Conjunto de enunciado ordenados sistematicamente segundo padrões matemáticos; 2) Conhecimento crítico e racional surgido com a gradual decadência do mito.b) 1) Narrativa imaginativa que busca suas explicações no sobrenatural; 2) Conhecimento experimental surgido na idade moderna.c) 1) Conhecimento próprio da Idade Média que versa sobre Deus e a Bíblia; 2) Narrativa imaginativa que busca suas explicações no sobrenatural.d) 1) Conhecimento experimental com base matemática; 2) Conhecimento crítico e racional surgido com a gradual decadência do mito.e) 1) Narrativas ingênuas e imaginativas que, apelando ao sobrenatural, buscavam explicações sobre a existência humana; 2) Conhecimento crítico e lógico que busca confeccionar explicações a partir do uso da racionalidade humana.

QUESTÃO 59Com relação à filosofia pré-socrática, assinale V ou F:( ) Foi uma corrente de pensamento que surgiu tardiamente no contexto filosófico mundial.( ) Podemos dizer que os pré-socráticos foram os responsáveis pelos primeiros lampejos filosóficos no ocidente.( ) Foi uma pseudofilosofia, que cuidou de propagar a decadente consciência mítica.( ) A filosofia pré-socrática buscou na razão humana um novo caminho para explicar a natureza.De cima para baixo, verifique a sequência correta:a) F, F, V, Fb) F, V, F, Vc) V, F, F, Vd) V, F, V, F

QUESTÃO 60Entre as alternativas abaixo, escolha aquela que revela a intenção do método socrático.a) Fazer as pessoas de tolas para reafirmar sua inteligência superior.b) Confundir o interlocutor com uma série de perguntas circunloquiantes.c) Permanecer na defensiva esperando o melhor momento de pegar o opositor em uma contradição.

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d) Fingir-se de tolo para, em seguida, acabar com seu oponente, com uma série de considerações depreciativas.e) Fazer o interlocutor reconhecer sua própria ignorância para, a partir daí, chegar à verdadeira sabedoria.

QUESTÃO 61De acordo com o que vimos em sala de aula, escola a alternativa que explica o princípio socrático abaixo:

Só sei que nada sei.a) Precisamos nos fingir de tolos para ajudar as outras pessoas.b) Não existe verdade, por isso seremos eternamente ignorantes.c) O reconhecimento da ignorância é o primeiro passo para alcançar a verdadeira sabedoria.d) A ignorância é um grande bem e todos devemos querê-la.e) Todos devemos, de maneira indistinta, buscar incessantemente a ignorância, pois a verdade é uma ilusão.

QUESTÃO 62De acordo com o que vimos em sala de aula, escola a alternativa que explica o princípio socrático abaixo:

Conhece-te a ti mesmo.a) Precisamos nos amar para podermos amar as outras pessoas.b) Cada pessoa em a sua própria verdade.c) É uma maneira egoísta de explicar o processo de conhecimento.d) A ignorância é um grande bem e todos devemos querê-la, pois está dentro de cada um.e) A verdade plena e universal encontra-se dentro de cada ser humano.

QUESTÃO 63Sobre o conceito platônico de conhecimento, assinale V ou F:( ) Tem por objeto principal o mundo supra-lunar.( ) É adquirido através de um método racional experimental.( ) É a passagem de um nível imperfeito de conhecimento (doxa) para um nível superior (episteme).( ) O processo de conhecimento é um processo de anamnese (lembrança).De cima para baixo, verifique a sequência correta:a) F, F, F, Vb) F, V, F, Vc) F, F, V, Vd) V, F, V, V

QUESTÃO 64Sobre a astronomia aristotélica, assinale V ou F:( ) É hierarquizada.( ) É heliocêntrica.( ) Tem o cosmos como finito.( ) Vê o cosmos como um grande conjunto de elipses.

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De cima para baixo, verifique a sequência correta:a) V, F, F, Vb) F, V, F, Vc) F, F, V, Vd) V, F, V, F

QUESTÃO 65Sobre a teoria das quatro causas de Aristóteles é correto afirmar:I- É próprio da ciência investigá-las, pois são as causas do movimento e do repouso, ou seja, da passagem da potência ao ato.II- A causa eficiente atua sobre a forma, visto ser a matéria o ato a que aspiram os seres.III- A causa final é própria daquele ser que deve atualizar as potências contidas em sua matéria para alcançar a finalidade própria.IV- A forma é o princípio de determinação dos seres.Assinale a única alternativa que apresenta as assertivas corretas.a) Apenas I e III.b) I, III e IV.c) Apenas II e III.d) Apenas I e II.

QUESTÃO 66Com relação ao conhecimento grego clássico podemos afirmar que:a) Foi um conhecimento que conseguiu ultrapassar as fronteiras da cosmologia inicial contribuindo marcantemente para a formação da racionalidade ocidental.b) O mesmo tinha como fundamento a experiência sensível.c) Tratava-se de um conhecimento eminentemente especulativo, pois não prescindia da experimentação.d) Lançou as bases da ciência moderna e contemporânea.e) Foi um conhecimento voltado para a religiosidade, caracterizando-o como teológico.

QUESTÃO 67O filósofo grego que maior influência exerceu sobre Santo Tomás de Aquino foi:a) Platão.b) Aristóteles.c) Sócrates.d) Heráclito.e) Parmênides.

QUESTÃO 68O filósofo grego que maior influência exerceu sobre Santo Agostinho foi:a) Platão.b) Aristóteles.c) Sócrates.d) Anaxágorase) Zenão de Eléia.

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QUESTÃO 69“Uma importante atividade intelectual, desenvolvida por Galileu, no século XVII, foi objeto de controvérsias, sobretudo nos meios da Igreja Católica”.O texto refere-se:a) a idéia de que o conhecimento se reduzia à constatação da existência: "Penso, logo existo". b) a análise do mundo animal, como um espaço intermediário entre a Física e a Psicologia. c) a utilização de experimentos na investigação da verdade científica.d) a idéia de que a origem do conhecimento estava na dúvida metódica. e) ao princípio de que a matéria atrai a matéria, na razão inversa de suas massas.

QUESTÃO 70Ao longo dos séculos XVI e XVII, um conjunto de transformações culturais e sociais ocorridas na Europa Moderna alterou as concepções de Universo formuladas pela tradição escolástica e medieval. Dentre essas novas concepções, podemos citar corretamente a de:a) Nicolau Copérnico (1473-1543), que comprovou empiricamente o geocentrismo aristotélicoptolomaico, refutando a teoria heliocêntrica aceita pelo dogmatismo católico medieval.b) Galileu Galilei (1564-1642), que comprovou a teoria heliocêntrica, baseando-se no método experimental e na observação.c) Johannes Kepler (1571-1630), que formulou as leis da gravitação universal a partir de sua demonstração do movimento elíptico dos planetas.d) Renê Descartes (1596-1650), que refutou a validade e a universalidade da Razão, privilegiando a física como única fonte segura do conhecimento.e) lsaac Newton (1642-1727), que determinou os princípios do relativismo na ciência ao criticar o conceito tradicional da verdade científica única e absoluta.

QUESTÃO 71[...] a maneira pela qual Galileu concebe um método científico correto implica uma predominância da razão sobre a simples experiência, a substituição de uma realidade empiricamente conhecida por modelos ideais (matemáticos), a primazia da teoria sobre os fatos.Só assim é que [...] um verdadeiro método experimental pôde ser elaborado. Um método no qual a teoria matemática determina a própria estrutura da pesquisa experimental, ou, para retomar os próprios termos de Galileu, um método que utiliza a linguagem matemática (geométrica) para formular suas indagações à natureza e para interpretar as respostas que ela dá. (KOIRÉ, Alexandre. Estudos de história do pensamento científico. Trad. de Márcia Ramalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 1991. p. 74.)Com base no texto, é correto afirmar que o método científico de Galileu:a) É experimental e necessita de uma instância teórica que antecede a experiência.b) É um método segundo o qual a experiência interpreta a natureza.c) É independente da experiência, pois a razão está afastada da mesma.d) É um método no qual há o predomínio da experiência sobre a razão.e) É um método segundo o qual a matemática determina a estrutura da natureza.

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QUESTÃO 72Sobre a epistemologia Cartesiana, assinale V ou F:( ) É irracionalista, pois desvaloriza a razão no processo epistemológico.( ) É empirista, pois apoia-se na experiência controlada .( ) Nos diz que o homem pode chegar a conhecer uma verdade fundamental que é a base de todo o conhecimento: Cogito ergo sum.( ) É uma epistemologia que, como a de Hume apóia o conhecimento na objetividade da experiência.De cima para baixo, verifique a seqüência correta:a) F, F, F, Vb) F, V, F, Vc) V, F, V, Fd) F, F, V, F

QUESTÃO 73“Mas logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade eu penso, logo existo era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que poderia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava”. (DESCARTES, René. Discurso do método. Trad. de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 92. Os Pensadores.)De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta.a) Para Descartes, não podemos conhecer nada com certeza, pois tudo quanto pensamos está sujeito à falsidade.b) O “eu penso, logo existo” expressa uma verdade instável e incerta, o que fez Descartes ser vencido pelos céticos.c) A expressão “eu penso, logo existo” representa a verdade firme e certa com a qual Descartes fundamenta o conhecimento e a ciência.d) As “extravagantes suposições dos céticos” impediram Descartes de encontrar uma verdade que servisse como princípio para a filosofia.e) Descartes, ao acreditar que tudo era falso, colocava em dúvida sua própria existência.

QUESTÃO 74A expressão cogito ergo sum, dentro do contexto da filosofia cartesiana quer significar:a) Uma espécie de auto-afirmação narcisista.b) A estabelecimento de um princípio empirista para a legitimação do conhecimento..c) O alcance de uma certeza da qual podemos partir para o alcance de um conhecimento verdadeiro.d) A confirmação de princípios aristotélico-tomistas que norteiam as reflexões de René Descartes

QUESTÃO 75Entre as alternativas abaixo, assinale a que contém uma das regras do método cartesiano.

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a) Primeiramente, devemos escolher qualquer tipo de problema para abordar.b) Não se pode buscar uma ordem muito rígida, pois quanto mais aleatória a abordagem, melhor.c) Não devemos dividir o problema, visto que a abordagem global é mais frutífera. .d) Uma vez dividido, o problema deve ser abordado partindo das partes mais simples para as mais complexas.e) Se o problema for bem resolvido, não precisaremos fazer revisões.

QUESTÃO 76Sobre a filosofia de Descartes, pode-se afirmar, com certeza, que as suas mais importantes conseqüências foram:I- a afirmação do caráter relativo da razão que, através de suas próprias forças, não pode descobrir todas as verdades possíveis.II- a adoção do experimental, que permite estabelecer cadeias de razões.III- a afirmação do dualismo psico-físico, isto é, a dicotomia entre corpo e consciência.Assinale a alternativa correta.a) II e IIIb) IIIc) I e IIId) I e II

QUESTÃO 77Leia com atenção a citação e, em seguida, analise as assertivas."E, tendo notado que nada há no eu penso, logo existo, que me assegure de que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, julguei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui distintamente são todas verdadeiras, havendo apenas alguma dificuldade em notar bem quais são as que concebemos distintamente." (DESCARTES, Discurso do Método. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 55. Coleção "Os Pensadores")I- Este "eu" cartesiano é a alma e, portanto, algo mais difícil de ser conhecido do que o corpo.II- O "eu penso, logo existo" é a certeza que funda o primeiro princípio da Filosofia de Descartes.III- O "eu", tal como está no Discurso do Método, é inteiramente distinto da natureza corporal.IV- Ao concluir com o "logo existo", fica evidente que o "eu penso" depende das coisas materiais. Assinale a alternativa cujas assertivas estejam corretas.a) Apenas II e IV.b) I, II, IV.c) Apenas III e IV.d) Apenas II e III.

QUESTÃO 78Descartes (1596-1650) é importante para a Filosofia Moderna porque foi quem superou o ceticismo da filosofia do século XVI. Embora tenha se servido do recurso dos céticos a

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dúvida, Descartes utilizou este recurso para atingir a idéia clara e distinta, algo evidente e, portanto, irrefutável. Com base neste argumento,I- a evidência diz respeito à clareza e à distinção das idéias da razão;II- a análise é o procedimento que deve ser realizado para dividir as dificuldades até a sua menor parte;III- a enumeração é a primeira regra do método para a investigação da verdade;IV- a síntese proporciona a ordem para os raciocínios, desde o mais simples até o mais complexo.Estão corretas as afirmações:a) I, II e IIIb) I, III e IVc) I, II e IVd) II e III

QUESTÃO 79Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colméia: ele não perdeu ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o pode-mos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é, pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.)Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:a) Os sentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua aparência.b) A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos mesmos.c) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes excede o conhecimento sensitivo.d) A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a inexistência dos mesmos.e) A existência e o conseqüente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.

QUESTÃO 80Leia com atenção o texto abaixo:A busca cartesiana por um fundamento seguro para o conhecimento humano

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levou o filósofo francês a adotar uma postura singular diante da realidade, postura esta que possibilitaria o alcance de uma verdade inelutável. Escolha a alternativa que traz a postura a que o texto se refere.a) Método científico.b) Método copernicano.c) Ceticismo absoluto.d) Empirismo moderado.e) Dúvida metódica.

QUESTÃO 81Leia atentamente os fragmentos abaixo.Fragmento - 1Os homens procuram as ciências em seus pequenos mundos, não no mundo maior, que é idêntico para todos (...). Estes preconceitos têm sua origem na natureza específica na alma e no corpo dos indivíduos, em sua educação e seus hábitos ou então em outros casos fortuitos.Fragmento - 2Se alicerça, na própria natureza humana e na própria família ou tribo (...). O intelecto humano funciona como um espelho desigual em relação ao raio das coisas, que deforma e desfigura (...).O intelecto finge paralelismos e relações que na realidade não existem.Fragmento - 3Estes preconceitos penetram no espírito humano por meio de diversos sistemas doutrinário (...).Todos os sistemas filosóficos, até hoje, acatadas como fábulas a serem representadas.Fragmento - 4A relação entre os homens ocorre por meio da fala, mas os nomes são impostos às coisas segundo a compreensão do vulgo. E basta esta informa e inadequada atribuição de nomes para perturbar extraordinariamente o intelecto.

Os fragmentos acima expressam a teoria dos idola (ídolos) de Bacon, assinale a alternativa que traz a ordem correta das quatro definições de ídolo.a) Foro (mercado, praça), Tribo, Teatro e Cavernab) Caverna, Tribo, Teatro e Foroc) Caverna, Foro, Teatro e Tribo.d) Caverna, Tribo, Religião e Foro.e) Teatro, Tribo, Caverna e Foro.

QUESTÃO 82“Que ninguém espere um grande progresso nas ciências, especialmente no seu lado prático, até que a filosofia natural seja levada às ciências particulares e as ciências particulares sejam incorporadas à filosofia natural. [...] De fato, desde que as ciências particulares se constituíram e se dispersaram, não mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios, dos sons, da estrutura e do esquematismo dos corpos, das afecções e das percepções intelectuais, o que lhes teria infundido novas forças para novos progressos”. (BACON,

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Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reisde Andrade. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 48.)Com base no texto, é correto afirmar que Francis Bacon:a) Afirma que a única finalidade da filosofia natural é contribuir para o desenvolvimento das ciências particulares.b) Defende que o que há de mais importante nas ciências particulares é o seu lado prático.c) Propõe que o progresso da filosofia natural depende de que ela incorpore as ciências particulares.d) Constata a impossibilidade de progresso no lado prático das ciências particulares.e) Vincula a possibilidade do progresso nas ciências particulares à dependência destas à filosofia natural.

QUESTÃO 83Para Hume, portanto, a causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de uma conjunção constante entre fenômenos que, por força do hábito acabamos por projetar na realidade, tratando-a como se fosse algo existente. É nesse sentido que pode ser dito que a causalidade é uma forma nossa de perceber o real, uma idéia derivada da reflexão sobre as operações de nossa própria -mente, e não uma conexão necessária entre causa e efeito, uma característica do mundo natural. (MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 183.)De acordo com o texto e os conhecimentos sobre causalidade em Hume, é correto afirmar:a) A experiência prova que a causalidade é uma característica do mundo natural.b) O conhecimento das relações de causa e efeito decorre da experiência e do hábito.c) A simples observação de um fenômeno possibilita a inferência de suas causas e efeitos.d) É impossível obter conhecimento sobre a relação de causam e efeito entre os fenômenos.e) O conhecimento sobre as relações de causa e efeito independe da experiência.

QUESTÃO 84Qual das alternativas abaixo está de acordo com a teoria do conhecimento desenvolvida por David Hume?a) O conhecimento depende da experiência, mas os sentidos nos enganam..b) O conhecimento é adquirido através da especulação racional, prescindindo, portanto, da experiência.c) O homem não pode edificar um conhecimento de caráter metafísico, construindo, portanto, o conhecimento a partir da experiência com o objeto.d) O conhecimento e adquirido pela iluminação divina.e) O conhecimento está dentro de cada um de nós basta que o busquemos, reconhecendo a nossa ignorância.

QUESTÃO 85A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776), escolha entre as alternativas abaixo a única que oferece, respectivamente, uma característica empirista e uma característica cética do pensamento deste filósofo escocês.a) Nenhuma idéia complexa pode ser derivada das sensações; a idéia de eu pode ser representada pelo pensamento puro.

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b) As idéias simples são inatas e independem dos sentidos; a causalidade é uma conexão necessária e facilmente observável.c) As idéias se originam da experiência sensível; as impressões não são constantes e invariáveis a ponto de constituir a idéia de eu.d) A relação causa-efeito é apreendida pelo raciocínio a priori; as impressões são variáveis, por isso não há nada de regular no mundo.

QUESTÃO 86Sobre a epistemologia de David Hume , assinale V ou F:( ) É racionalista, pois desvaloriza a experiência no processo epistemológico.( ) É empirista, pois apoia-se na experiência .( ) Nos diz que o homem pode chegar a conhecer as leis universais que jazem secretas na natureza, basta que as descubramos..( ) É uma epistemologia que, diferente da cartesiana, defende, como última instância do conhecimento, experiência com o objeto.De cima para baixo, verifique a seqüência correta:a) F, F, F, Vb) F, V, F, Vc) V, F, V, Vd) F, V, F, F

QUESTÃO 87Para David Hume, a negação da validade universal do princípio de causalidade e da noção de necessidade que tal princípio implica, é fundamentada:a) na observação dos fenômenos que permite a compreensão e o conhecimento do mecanismo interno das coisas reais. Assim, qualquer ciência pode atingir o conhecimento pleno e definitivo dos fenômenos.b) na observação dos fatos e no hábito que permitem a afirmação mais geral quando a observação permite a associação de situações semelhantes; o hábito, portanto, vai além da experiência.c) em toda relação de causa e efeito, porém, é a causalidade que permite a passagem de um objeto para outro objeto, cada associação permite o conhecimento da natureza íntima das coisas, ou seja, da sua realidade interior.d) no conhecimento que só é possível pela refutação de todas as crenças; isto significa purificar o entendimento dos hábitos que o condicionam, permitindo o fluir das idéias inatas e independentes da experiência.

QUESTÃO 88Hume escreveu: “Quando pensamos numa montanha de ouro, apenas unimos duas idéias compatíveis, ouro e montanha, que outrora conhecêramos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, pois o sentimento que temos de nós mesmos nos permite conceber a virtude e podemos uni-la à figura e forma de um cavalo, que é um animal bem conhecido”. (HUME. Investigações acerca do entendimento humano — Seção II. In: Da origem das idéias. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1989). Observando os exemplos empregados pelo filósofo escocês, analise as assertivas abaixo:

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I - Todas as idéias utilizadas pela razão originam-se, diretamente, do pensamento puro, sem nenhuma relação com as sensações.II - A vinculação de uma coisa — o ouro, com outra — a montanha, não depende da vontade de querer associá-las.III - Tudo aquilo que está no pensamento deriva das sensações externas e internas: o cavalo e a virtude do exemplo acima.IV - Toda composição das coisas, conhecidas em separado, depende do espírito e da vontade que as empregam.Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras.a) Apenas II e III.b) Apenas I, III e IV.c) Apenas I e II.d) Apenas III e IV.

QUESTÃO 89“Embora nosso pensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificaremos, através de um exame mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou de diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência”. (HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. Trad. de Anoar Aiex. S. Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 36. Col. Os Pensadores.)De acordo com o texto, é correto afirmar que, para Hume:a) Os sentidos e a experiência estão confinados dentro de limites muito reduzidos.b) Todo conhecimento depende dos materiais fornecidos pelos sentidos e pela experiência.c) O espírito pode conhecer as coisas sem a colaboração dos sentidos e da experiência.d) A possibilidade de conhecimento é determinada pela liberdade ilimitada do pensamento.e) Para formar as idéias, o pensamento descarta os materiais fornecidos pelos sentidos.

QUESTÃO 90 Sobre o criticismo kantiano é correto afirmar que:I – Trata-se de uma teoria que propõe a impossibilidade do conhecimento, visto que não há como o ser humano se apropriar de todas as espécies de experiências possíveis.II – Faz uma síntese estrutural das correntes racionalista e empirista, pois ambas, em certos aspectos, têm sentido.III – Trata-se de uma teoria que, claramente, apresenta tendências cientificistas.IV – É uma teoria que procura verificar as condições de possibilidade e os limites do conhecimento humano, tendo como ponto de partida a análise crítica da razão, bem como o estabelecimento dos limites da mesma.a) I está correta.b) IV está correta.c) II e IIIestá correta.d) I e III estão corretase) II e IV estão corretas.

QUESTÃO 91

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Sobre a teoria criticista de conhecimento, assinale V ou F:( ) O conhecimento acontece somente com a experimentação controlada, sua única base possível.( ) É adquirido através da “Dúvida Metódica Cartesiana”.( ) Acontece com a interação entre sujeito e objeto.( ) Somente pode-se conhecer o mundo fenomênico.De cima para baixo, verifique a sequência correta:(a) F, F, F, F(b) F, F, F, V(c) V, F, F, V(d) F, F, V, V EIXO ÉTICO

QUESTÃO 92Sobre a ética Socrática, assinale V ou F:( ) É relativista, pois não supões valores universais.( ) É eudaimonista, pois apoia-se na busca pela felicidade humana .( ) Nos diz que o homem pode chegar a conhecer os valores éticos universais que jazem no espírito humano.( ) É uma ética intelectualista, ou seja, acha que através da reflexão podemos alcançar os valores universais.De cima para baixo, verifique a sequência correta:a) F, F, F, Vb) F, F, F, Fc) F, F, V, Vd) F, V, F, F

QUESTÃO 93Sobre a ética Sofística, assinale V ou F:( ) É intelectualista, pois acredita na reflexão para se chegar a valores universais.( ) É religiosa, pois apoia-se na busca pela graça divina .( ) É uma ética eudaimonista, ou seja, que busca, em última instância o prazer.( ) Nos diz que o homem não pode chegar a conhecer os valores éticos universais pois os mesmos são relativos.De cima para baixo, verifique a seqüência correta:a) V, F, F, Vb) F, F, F, Fc) F, F, F, Vd) V, V, F, F

QUESTÃO 94 “A virtude é pois uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania...” (ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. 4 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 33.)

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Com base no texto e nos conhecimentos sobre a virtude em Aristóteles, assinale a alternativa correta.a) A virtude é o governo das paixões para cumprir uma tarefa ou uma função.b) A virtude realiza-se no mundo das idéias.c) A virtude é a obediência aos preceitos divinos.d) A virtude é a justa medida de equilíbrio entre o excesso e a falta.e) A virtude tem como fundamento a utilidade da ação. QUESTÃO 95 “O imperativo categórico é portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.” (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de autoconservação.d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

QUESTÃO 96 “Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si.” (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas:I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, não segue a razão pura prática.II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal.III. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de acordo com o imperativo hipotético.IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) III e IV.

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d) II e III.e) II, III e IV.

QUESTÃO 97“Ser caritativo quando se pode sê-lo é um dever, e há além disso muitas almas de disposição tão compassivas que, mesmo sem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse, acham íntimo prazer em espalhar alegria à sua volta, e se podem alegrar com o contentamento dos outros, enquanto este é obra sua. Eu afirmo porém que neste caso uma tal ação, por conforme ao dever, por amável que ela seja, não tem contudo nenhum verdadeiro valor moral, mas vai emparelhar com outras inclinações, por exemplo o amor das honras que, quando por feliz acaso, topa aquilo que efetivamente é de interesse geral e conforme ao dever, é conseqüentemente honroso e merece louvor e estímulo, mas não estima; pois à sua máxima falta o conteúdo moral que manda que taisações se pratiquem não por inclinação, mas por dever.”(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 113.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre o dever em Kant, é correto afirmar:a) Ser compassivo é o que determina que uma ação tenha valor moral.b) Numa ação por dever, as inclinações não estão subordinadas ao princípio moral.c) A ação por dever é determinada pela simpatia para com os seres humanos.d) O valor moral de uma ação é determinado pela promoção do prazer.e) Não é no propósito visado que uma ação tem o seu valor moral, mas na coincidência com as estruturas da razão pura prática.

QUESTÃO 98Na Crítica da razão pura, Kant vincula o sistema da moralidade à felicidade. Assinale a alternativa que explica no que consiste a relação moralidade — subjetividade.a) A esperança de ser feliz e a aspiração por tornar-se feliz podem ser conhecidas pela razão prática, desde que o fundamento da ação e a norma da conduta sejam a máxima do “não faça aos outros aquilo que não queres que te façam”.b) A convicção da felicidade humana decorre da certeza de que todos os entes racionais comportam-se com a mais rigorosa conformidade à lei moral, de maneira que cada um age orientado pela sua vontade, ou seja, pela razão prática do arbítrio individual.c) Quando a liberdade é dirigida e restringida pelas leis morais, é possível pensar na felicidade universal, pois a observância dos princípios morais pode proporcionar não só o bem estar para si, como também ser o responsável pelo bem estar dos outros.d) A felicidade implica na transcendência do mundo moral, pois somente na esfera sensível é possível o conhecimento pleno das ações humanas, já que somente nesse mundo sensível é possível a conexão entre moralidade e felicidade.

QUESTÃO 99A idéia ilusória da vontade livre deriva de percepções inadequadas e confusas; a liberdade, entendida corretamente, no entanto, não é o estar livre da necessidade, mas sim a consciência da necessidade. (SCRUTON, Roger. Espinosa. Trad. de Angélica Elisabeth Könke. São Paulo: Unesp, 2000. p. 41.)

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Com base no texto e nos conhecimentos sobre liberdade em Espinosa, considere as afirmativas a seguir.I. A liberdade identifica-se com escolha voluntária.II. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causalidade interna do sujeito.III. A liberdade e a necessidade são compatíveis.IV. A liberdade baseia-se na contingência, pois se tudo no universo fosse necessário não haveria espaço para ações livres.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) II e III.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

EIXO CONTEMPORÂNEO E ESTÉTICO

QUESTÃO 100“Para concluir, acho que só há um caminho para a ciência – ou para a filosofia: encontrar um problema, ver a sua beleza e apaixonarmo-nos por ele; casarmo-nos com ele, até que a morte nos separe – a não ser que encontremos outro problema ainda mais fascinante, ou a não ser que obtenhamos uma solução. Mas ainda que encontremos uma solução, poderemos descobrir, para nossa satisfação, a existência de toda uma família de encantadores, se bem que talvez difíceis, problemas, filhos, para cujo bem-estar poderemos trabalhar, com uma finalidade em vista, até ao fim dos nossos dias”. (POPPER, Karl. O Realismo e o objetivo da ciência. Trad. de Nuno Ferreira da Fonseca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1997. p. 42.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre epistemologia, assinale a alternativa correta.a) Para a ciência e a filosofia, a solução dos problemas que elas mesmas propõem é um objetivo inatingível.b) Os problemas, filosóficos ou científicos, são prejudiciais à investigação.c) Para a investigação científica, ou filosófica, é irrelevante a existência de problemas.d) A ciência e a filosofia investigam problemas que constituem para elas o elemento motivador de suas próprias atividades.e) A ciência e a filosofia investigam problemas que não têm relação com a realidade.

QUESTÃO 101 “O positivista desaprova a idéia de que possam existir problemas significativos fora do campo da ciência empírica ‘positiva ’ – problemas a serem enfrentados por meio de uma teoria filosófica genuína. O positivista não aprova a idéia de que deva existir uma [...] epistemologia [...].” (POPPER, Karl R. A lógica da pesquisa científica. Trad. de Leônidas Hegenberg. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 53.)Com base no texto, é correto afirmar que Karl Popper:

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a) Defende a idéia de que a filosofia é uma ciência.b) Atribui aos positivistas a tese de que a filosofia é uma ciência.c) Afirma que as teorias filosóficas devem resolver os problemas científicos.d) Descreve a rejeição do positivista à epistemologia.e) Desaprova a idéia de que deva existir uma epistemologia.

QUESTÃO 102 “Só há ciência onde a discussão é possível, e só pode haver discussão entre mim e outra pessoa na medida em que eu estou em condições de esclarecer, com suficiente exatidão, o significado das expressões que uso e meu interlocutor possa, também, explicar-me o significado das palavras por ele empregadas.” (STEGMÜLLER, Wolfang. A filosofia contemporânea. Trad. de Nelson Gomes. São Paulo: EPU/ EDUSP, 1977. p. 283.)De acordo com o texto, assinale a alternativa que apresenta uma das características fundamentais do discurso científico.a) Na ciência devem ser usadas expressões subjetivas.b) As expressões usadas na ciência devem ser intersubjetivamente inteligíveis.c) A compreensão intersubjetiva das expressões é irrelevante para as discussões científicas.d) A objetividade das expressões é uma característica sem importância para a ciência.e) Na ciência as explicações lingüísticas são desnecessárias.

QUESTÃO 103“A doença da razão está no fato de que ela nasceu da necessidade humana de dominar a natureza. Essa vontade de dominar a natureza, de compreender suas ‘leis’ para submetê-la, exigiu a instauração de uma organização burocrática e impessoal, que, em nome do triunfo da razão sobre a natureza, chegou a reduzir o homem a simples instrumento. Naturalmente, as possibilidades atuais eram inimagináveis nos tempos passados: hoje o progresso tecnológico põe à disposição de todos objetos e bens que antes só existiam nos sonhos dos utopistas. [...] O progresso dos recursos técnicos, que poderia servir para ‘iluminar’ a mente do homem, se acompanha pelo processo da desumanização, de tal modo que o progresso ameaça destruir precisamente o objetivo que deveria realizar: a idéia do homem.” (REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia. Trad. de Álvaro Cunha. S. Paulo: Paulinas, 1991. v. 3. p. 846.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre razão instrumental em Adorno e Horkheimer, considere as afirmativas a seguir.I. A forma como o domínio da natureza foi alcançado preservou a “idéia do homem”, objetivo central do progresso técnico.II. O objetivo do homem, desde o início de sua história, era o de dominar a natureza e fazer uso de seus recursos para viver melhor.III. A dimensão crítica da razão, imune ao progresso tecnológico e ao avanço da ciência, impediu a dominação do homem.IV. A humanidade, nos dias atuais, atingiu um grau significativo de controle sobre o meio em que vive e, para isso, conta com o auxílio de instrumentos administrativos e tecnológicos.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e III.

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b) I e IV.c) II e IV.d) I, II e III.e) II, III e IV.

QUESTÃO 104O aumento da produtividade econômica, que por um lado produz as condições mais justas para um mundo mais justo, confere por outro lado ao aparelho técnico e aos grupos sociais que o controlam uma superioridade imensa sobre o resto da população. O indivíduo se vê completamente anulado em face dos poderes econômicos. Ao mesmo tempo, estes elevam o poder da sociedade sobre a natureza a um nível jamais imaginado. Desaparecendo diante do aparelho a que serve, o indivíduo se vê, ao mesmo tempo, melhor do que nunca provido por ele. Numa situação injusta, a impotência e a dirigibilidade da massa aumentam com a quantidade de bens a ela destinados. (ADORNO, Theodor W; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. p. 14.)De acordo com o texto de Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:a) A alta capacidade produtiva da sociedade garante liberdade e justiça para seus membros, independentemente da forma como ela se estrutura, controlando ou não seus membros.b) O “desaparecimento” do indivíduo diante do aparato econômico da sociedade se deve à incapacidade dos próprios cidadãos em se integrarem adequadamente ao mercado de trabalho.c) A ciência e a técnica, independente de quem tem seu controle, são as responsáveis pela circunstância de muitos estarem impossibilitados de atingir o status de sujeito numa sociedade altamente produtiva.d) O fato de a sociedade produzir muitos bens, valendo-se da ciência e da técnica, poderia representar um grau maior de justiça para todos; no entanto, ela anula o indivíduo em função do modo como está organizada e como é exercido o poder.e) O alto grau de autonomia das massas na sociedade capitalista contemporânea é resultado do avançado domínio tecnológico alcançado pelo homem.QUESTÃO 105Leni Riefenstahl destacou-se nos anos 20 e 30 como cineasta, dirigindo, entre outros, documentários encomendados pelo líder da propaganda nazista, Joseph Goebbels. Com os filmes “Triunfo da Vontade” (1935), sobre o culto ao “Führer” Adolf Hitler, e “Olímpia” (1938), um exemplo da devoção nacional-socialista em torno do corpo e da beleza, Riefenstahl ganhou fama em todo o mundo. Mas também a estampa de ideóloga nazista. (O ressurgimento de Leni Riefenstahl - Disponível em: www.uol.com.br/fsp/mais/fs1911200006 Acesso em 20 nov. 2002.)“Sem dúvida Benjamin, como Marcuse, vê na arte de massa do fascismo, que surge com a pretensão de ser política, perigo de uma falsa dissolução da arte autônoma. Essa arte propagandística dos nazistas liquida efetivamente a arte como uma esfera autônoma, mas atrás do véu da politização ela está a serviço, na verdade, da estetização do poder político bruto”. (FREITAG, Bárbara; ROUANET, Sérgio Paulo (Orgs.). Habermas. São Paulo: Ática, 1990. p. 175.)

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Com base nos textos acima e em seu conhecimento sobre a relação entre cinema e política, é correto afirmar:a) O caráter autônomo da arte cinematográfica impede que suas produções sejam apropriadas por regimes políticos, tais como o nazismo e o fascismo.b) A propaganda ideológica contida nos filmes encomendados pelo nazismo valorizou a arte enquanto uma esfera autônoma.c) A arte cinematográfica ao ser transformada em propaganda ideológica de regimes autoritários como o nazismo perde seu caráter de esfera autônoma.d) Os filmes de Leni Riefenstahl constituem-se em documentários destituídos de qualquer natureza ideológica ou de propaganda do regime nazista.e) A propaganda nazista, veiculada pelo cinema, tornou a arte um instrumento de crítica das desigualdades sociais.

QUESTÃO 106“Tudo indica que o termo ‘indústria cultural’ foi empregado pela primeira vez no livro Dialética do esclarecimento, que Horkheimer [1895-1973] e eu [Adorno, 1903-1969] publicamos em 1947, em Amsterdã. (...) Em todos os seus ramos fazem-se, mais ou menos segundo um plano, produtos adaptados ao consumo das massas e que em grande medida determinam esse consumo”. (ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (Org.). Theodor W. Adorno. São Paulo: Ática, 1986. p. 92.)Com base no texto acima e na concepção de indústria cultural expressa por Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:a) Os produtos da indústria cultural caracterizam-se por ser a expressão espontânea das massas.b) Os produtos da indústria cultural afastam o indivíduo da rotina do trabalho alienante realizado em seu cotidiano.c) A quantidade, a diversidade e a facilidade de acesso aos produtos da indústria cultural contribuem para a formação de indivíduos críticos, capazes de julgar com autonomia.d) A indústria cultural visa à promoção das mais diferentes manifestações culturais, preservando as características originais de cada uma delas.e) A indústria cultural banaliza a arte ao transformar as obras artísticas em produtos voltados para o consumo das massas.QUESTÃO 107“Se chegasse à nossa cidade um homem aparentemente capaz, devido à sua arte, de tomar todas as formas e imitar todas as coisas, ansioso por se exibir juntamente com os seus poemas, prosternávamo-nos diante dele, como de um ser sagrado, maravilhoso, encantador, mas dirlheiamos que na nossa cidade não há homens dessa espécie, nem sequer é lícito que existam, e mandá-lo-íamos embora para outra cidade, depois de lhe termos derramado mirra sobre a cabeça e de o termos coroado de grinaldas”. (PLATÃO. A República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7. ed. Lisboa: CalousteGulbenkian, 1993. p. 125.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a arte em Platão, é correto afirmar:a) Platão é contrário à imitação, por ela ser a “aparência da aparência” ou uma cópia da realidade, num nível inferior.

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b) Platão valoriza a presença dos artistas nas cidades, por sua capacidade de imitar todas as coisas.c) Platão concebe a imitação como uma atividade que, ao invés de copiar aparências, imita emoções e ações.d) Platão valoriza os poemas porque eles, apesar de imitarem as coisas, proporcionam um grande prazer sensível.e) Platão admite a possibilidade de a imitação adquirir uma perspectiva positiva, desde que seja concebida como contendo uma visão que se afaste da sofística.

QUESTÃO 108Nos textos de Sófocles, há uma separação entre a noção de tempo dos deuses e a dos homens, porém o tempo dos deuses presta conta do tempo dos homens. Em Édipo rei, é possível perceber como ocorre a inclusão do tempo humano no tempo divino, uma vez que no início da peça, sem que ninguém ainda saiba, tudo já aconteceu.“Tempo dos deuses e tempo dos homens se encontram quando a verdade vem à tona. Após ter-se cegado, Édipo pode dizer: ‘Apolo, meus amigos! Sim, é Apolo que me inflige, nessa hora, essas atrozes, essas atrozes desgraças que são meu fardo, meu fardo daqui em diante. Mas nenhuma outra mão além da minha agiu, infeliz’. A oposição dessas duas categorias temporais é, em si, muito mais antiga que os trágicos, mas o palco trágico é precisamente o lugar onde os dois tempos, inicialmente disjuntos, se encontram”. (VERNANT, Jean-Pierre; NAQUET, Pierre Vidal. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva, 1999, p. 278.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de tempo de Sófocles, é correto afirmar:a) A noção de tempo praticado no horizonte cultural de cada povo independe do tempo dos deuses.b) A compreensão do tempo na tragédia está relacionada com o desenrolar dos acontecimentos humanos que se vinculam à eternidade.c) A punição pelas transgressões excluía o tempo compreendido como eternidade.d) O tempo é suprimido das conseqüências advindas das ações dos personagens e das determinações do destino.e) A imortalidade é uma das características partilhadas por homens e deuses como decorrência do encontro entre tempo divino e humano.

QUESTÃO 109Walter Benjamin, filósofo alemão, dizia reconhecer o “anjo da história” no quadro Angelus novus de Paul Klee. Sobre o quadro, disse:“O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.” (BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 226.)

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Com base na imagem “Angelus novus” e no texto, é correto afirmar que Walter Benjamin:a) Defende a concepção de progresso baseada na idéia de separação de um tempo homogêneo e vazio em relação à história.b) Vivendo os conflitos da globalização, acusa a História por esta voltar-se apenas para o passado, desconsiderando, assim, os benefícios do progresso no futuro.c) Influenciado por uma era de guerras, carrega um pessimismo implícito, percebendo a história como tragédia.d) Entende a época da produção da pintura e do texto, como um período marcado pelo otimismo, pelo progresso humano e pela esperança no futuro.e) Concebe o progresso como um processo histórico reversível, apesar de criticá-lo.

SUGESTÕES DE FILMOGRAFIA

TEMA: CONSCIÊNCIA ÉTICA E FILOSÓFICA

1) Os últimos rebeldes (1992, Eua, direção Thomas Carter)Filme que apresenta a ascensão do nazismo e a ideologização da consciência da juventude alemã. Um grupo de jovens amigos se encontra, devido ao momento histórico, exposto à ideologia nazista que, entre outras coisas reprime toda forma de expressão cultural que possa significar uma ameaça a seus valores.

2) Sociedade dos poetas mortos (1989, EUA, direção Peter Weir)Obra que por traz de um enredo bastante previsível, aborda uma questão fundamental: em uma sociedade como as nossas marcadas por uma racionalidade que visa fins, objetivos úteis, sejam eles a sobrevivência, o sucesso ou o status, de que espaços podem dispor para a expressão do quehá de mais humano em nós, nossas duvidas, nossas perguntas essenciais.Qual o lugar do “inútil”, da poesia, da arte e da filosofia?

3) Mississipi em chamas (1988, Eua, direção: Alan Parker).Filme clássico sobre o racismo nos Estados Unidos dos anos 1960 que denuncia o problema da intolerância.

4) Nenhum a Menos - Durante a sessão do filme Nenhum a Menos deZhang Yimou, produção chinesa de 1999, houve o que vamos dizer de sensibilização do público, isto mesmo, sensibilização tomada aqui como um sentimento de estar no lugar do outro, sem clichês, o público escasso teve acesso a um enredo bastante simples, mas conduzido no tempo necessário para digeri-lo, nada de cortes alucinantes ou flashbacks, um enredo determinado pelas angústias e impressões das personagens.Nenhum a menos caminha entre o documentário e o filme de estilo neorealista, narra a desventuras de uma menina de 13 anos que assume a responsabilidade de substituir um professor num vilarejo no interior da China. A menina se chama Wei Minzhi, ou apenas, Minzhi que mesmo sabendo tão pouco quanto seus alunos, e recebe a ordem do professor

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Gao (aquele que será substituído) de não deixar nenhum aluno abandonar a pequena escola. Entretanto após ver uma de suas alunas ser levada para uma escola de esporte para tornar-se atleta, decide ir atrás de um aluno, Huike, que abandonou o colégio para poder trabalhar e sustentar a família que possuía dívidas. Daqui em diante Minzhi torna-se na heroína que sofrerá grandes desafios até conseguir seu desejo, trazer de volta Huike para a escola. Mas vamos ao pontos que considero mais importantes da obra, o primeiro que destaco é a relação material que os personagens mantêm entre si, de um pragmatismo que deixaria desconcertado até o maior dos capitalista de Wall Street, entretanto também é uma relação bastante dura na qual se dá pela sobrevivência. Outro ponto relevante é descrição de duas Chinas, uma rica, urbanizada, caótica, cheia de problemas sociais e uma outra China, a do interior, pobre, pacata, mas onde todos estão seguros, este dualismo ocorre quando Minzhi vai à cidade em busca de Huike. É interessante também notar que o conhecimento que a personagem não tem é construído coletivamente, todos são chamados a aprender através de um problema que os interfere. A construção coletiva do saber é a base de qualquer ciência ou princípio de educação. Por tudo isso que Nenhum a Menos é tão importante e sensibiliza a tantos.

5) Escritores da Liberdade: Erin Gruwell (Hilary Swank) é uma jovem professora que leciona em uma pequena escola de um bairro periférico nos EUA. Por meio de relatos de guerra, ela ensina seus alunos os valores da tolerância e da disciplina, realizando uma reforma educacional em toda a comunidade.

6) Efeito Borboleta: É um filme perturbador que mantém o espectador pregado na poltrona acompanhando as muitas reviravoltas na vida de Evan, um jovem que descobre a habilidade de voltar sua consciência no tempo. A trama gira em torno de Evan (Ashton Kutcher), um rapaz cuja infância foi marcada por pequenos lapsos de memória que acontecia entre variados momentos de sua vida, que pareciam não ser completos nunca. Treze anos depois de ter uma infância conturbada com seu problema e de viver somente com a mãe, já que seu pai se internara com problemas psicológicos, Evan percebe que tais lapsos podem ser recuperados e revividos somente lendo suas antigas anotações que fez durante a infância. É aí que começa uma verdadeira saga na tentativa de descobrir o que tais lapsos memoriais significaram e tentar mudá-los, o que causaria a mudança completa do seu destino e de todos aqueles que passaram por sua vida, inclusive a mulher que ama. - Objetivo central é fazer o aluno refletir sobre as conseqüências de suas atitudes em relação ao presente e, principalmente ao futuro.

TEMA: O PENSAMENTO CRISTÃO

7) O Nome da Rosa (1986, Itália/França/Alemanha, direção: Jean-Jacques Annaud) Adaptação para o cinema da obra homônima do pensador italiano Umberto Eco. Trata-se de uma trama ambientada no século XIII. Uma série de mortes misteriosas em um mosteiro dominicano começa a ser investigada por um frade franciscano e seu jovem acompanhante. No decorrer das investigações, são levantadas algumas das questões centrais que caracterizam a Idade Média: a relação entre a doutrina Cristã, a filosofia e a ciência; a

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questão das heresias; as diferenças entre as diversas orientações no seio do cristianismo; o processo da inquisição.

8) Em nome de Deus (1988, Inglaterra/Iugoslávia, direção: Clive Doneer)Filme que passa no século XII e enfoca o romance de Abelardo e Heloisa. Retrata o clima das discussões filosóficas e mostra o ambiente universitário na Universidade de Paris, entre 1114-1118, época em que Abelardo lecionou nessa instituição e em que viveu o célebre e dramático dramático romance com Heloisa

9) O sétimo selo (1957, Suécia, direção Clive Donner)Filme que mostra um pouco da vida na Europa do Século XIII, assolada pela peste negra. Tem como personagem central um soldado recém-chegado das Cruzadas, que joga xadrez com a morte e se envolve com um grupo de atores mambembes que percorrem as cidades e vilas.Através dessas personagens e sua perambulações, o filme apresenta aspectos da religiosidade medieval, sobretudo em relação à morte.

10) O destino (1997, Egito/França direção : Youssef Chaahine)No século XII, em Córdoba, os escritos do filosofo Averróis chocam os islâmicos. Para apaziguar a situação, o califa Al Mansour ordena que todas suas obras sejam queimadas. É quando os discípulos do filósofo decidem fazer cópias manuscritas de suas obras, para leva-los para além das fronteiras do Islã.

TEMA: IDADE MODERNA

11) Giordano Bruno (1973, Itália, Direção: Giuliano Montaldo)Filme que retrata parte da vida e Bruno, envolvido em problemas com a Igreja devido às suas idéias. Mostra o processo movido pela inquisição até a sua morte na fogueira.

12) Galileu (Itália, direção: Liliane Cavani)Vida e obra de Galileu, com destaque para seu julgamento pela inquisição

13) Rainha Margot (1994, França/Alemanha/Itália, direção :Patrice Chéreau)Obra sobre a questão religiosa e política entre católicos e protestantes no século XVI.

14) Decamerom (1970, Itália/França/Alemanha, direção Píer Paolo Pasolini)Adaptação de dez contos de obra homônima de Bocacio, que mostram aspectos do cotidiano, da religiosidade e dos costumes da cidade de Nápoles no século XIV, em histórias divertidas e picantes. TEMA: O MOVIMENTO ILUMINISTA DO SÉCULO XVIII

15) Amadeus (1984, EUA, direção: Milos Formam)

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Filme que retrata a vida do compositor austríaco Wolfgang Amdeus Mozart (1756-1791) nas cortes européias do século XVIII

16) Danton – O processo da revolução (1982, França/Poloni, direção: Andrzej Wajda) Visão da Revolução Francesa a partir da ótica liberalizante de Danton contra as posições mais radicais de Robespierre.

TEMA: FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA I

17) A época da inocência (1993, Eua, direção Martin Scorsese)Historia que desenrola em ambiente da burguesia norte-americana só final do século XIX. O jovem Newland Archer vê-se dividido entre o sentimento romântico da paixão por Ellen Olenska, mulher independente separada de um nobre russo, e o realismo de se submeter ao compromisso de noivado com May Welland, pertence a importante família local.

18) O enigma de Kaspar Hauser (cada um por si e Deus contra todos) (1975, Alemanha, direção Werner herzog)Filme que se inicia em 1828, na praça central de Nurenberg, onde aparece Kaspar Hauser. Sem conseguir falar nada, é a representação pura e romântica do homem natural, do bom selvagem. Contudo, diante do racionalismo e dos costumes da sociedade a que não consegue se adaptar, acaba morto violentadamente por aqueles que não conseguem conviver com a inquietação provocada pela diversidade.

19) Aguirre, o cólera dos deuses (1972, Alemanha, direção: Werner Herzog)Espetacular e terrível crônica do imperialismo enlouquecido, que narra a tentativa impossível de conquistar a cidade mítica de El dorado, feita por uma expedição espanhola nos princípios da colonização.

20) Júlia (1977, EUA, direção: Fred Zinneman)Filme sobre episódios da vida da escritora norte-americana Lilian Helman e de sua amiga Julia, ativista de movimentos políticos da década de 1930

TEMA: FILOSOFIA PÓS MODERNA21) O ovo da serpente (1978, EUA/Alemanha direção George Lucas)Filme que se passa no período anterior à chegada dos nazistas ao poder. Demonstra as estratégias construídas pelas diversas instancias dos sistemas social alemão para a aceitação do terror que viria a seguir.

22) Guerra na estrelas (1977, EUA, direção George Lucas)Primeiro filme produzido pra aa série e quarto na seqüência desta saga. Apresenta todas as características de entretenimento da industria cultural. Reunindo todos os estilos heróicos do passado – western, novelas de cavalaria com seus feiticeiros, samurais e os poderes da mente - , é bem o tipo de objeto de desejo do publico médio.

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23) O tambor (1979, direção: Volker Schlöndorf)Obra em que Oskar, uma criança de três anos, perante a falsidade do mundo dos adultos, decide não mais crescer. Comenta com seu tambor e seus gritos estridentes a Alemanha de Hitler e da Segunda Guerra Mundial . diante da anormalidade do mundo, sua própria deficiência mostra-se um gesto de recusa. Sua fragilidade é sua beleza.

24) O Menino do pijama listradoPara falar sobre Nazismo / Classificação: Livre).

25) O Fantasma da liberdade (1974, França, direção: Luis Buñuel)Filme surrealista que critica o abandono da liberdade pela sociedade burguesa, para colocar em seu lugar a irracionalidade, os bons costumes e a sexualidade culpada. O título refere-se imediatamente às linhas inicias do Manifesto Comunista, de Karl Marx; “um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo”

TEMA: TRABALHO: LIBERDADE E SUBMISSÃO

26) Tempos modernos (1936, EUA, direção Charles Chaplim )Obra em que, de uma forma ao mesmo tempo sátira e poética, Chaplim “passeia” pela paisagem moderna, a paisagem da industria moderna. Mostra-nos a submissão do homem à maquina e a substituição do trabalho humano pelo mecânico, o que leva ao desemprego e á miséria. Mas mostra-nos também a solidariedade e a capacitação de gentileza e alegria que resiste à opressão do trabalho.

27) Germinal (1993, Bélgica/Itália/França direção Claude Berri)Adaptação para o cinema de romance homônimo do escritor francês Émile Zola, publicada em 1885. retrata as condições de trabalho e vida dos trabalhadores das minas de carvão na segunda metade do século XIX, bem como a emergência dos movimentos, greves e revoltas operárias.

28) Eles não usam black-tie (1981, Brasil direção: Leon hirszman)Filme que retrata as dificuldades de organização dos trabalhadores na época da ditadura, tendo como foco uma família de operários e seus dilemas.

29) O Show de Truman (1998, EUA, direção Peter Weir)História que se passa numa pequena comunidade racionalizada a partir da mais avançada tecnológica. Truman tem sua vida exposta a milhões de telespectadores, tendo sua imagem vinculada à propaganda de produtos diversos.

TEMA: CULTURA E O COSMO-HUMANO

30) A guerra de fogo (1981 França/Canadá direção Jean-Jacques annaud)

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Filme que aborda o processo de hominização9surgimento em certos primatas de características próprias do homem ) e os primórdios da humanidade.

31) Blade Runner, o Caçador de Andróides (1982, EUA, direção: Riadley Scott)Ficção sobre a Terra no século XXI. A semelhança entre os homens e os andróides coloca a questão do que é seu humano.

32) Derzu Uzala (1975, Japão/URSS direção Akira Kurosawa)A amizade inabalável de dois homens aparentemente diferentes entre si, um humilde caçador e um militar que mapeia a s regiões inóspitas da URSS, e os ensinamentos que este absorve sobre anatureza através do experiente nativo.

33) O enigma de Kaspar Hauser (1975, Alemanha, direção : Werner Herzos)Garoto é criado num porão, longe de qualquer contato outro se humano, até completar 18 anos. Sem saber falar, andar ou sua própria identidade, ele é levado para a cidade, onde é objeto de curiosidade e desprezo da população local.

TEMA: FILOSOFIA DA CIÊNCIA

34) A ilha do Dr. Moreau (1977, EUA, direção: Don Taylor)Ficção acerca da idéia do cientista como criador, à semelhança de Deus. Em uma ilha isolada, cientista realiza experimentos de engenharia genética, criando seres, a partir de células humana e animais, que são controlados por ele através de dispositivos que causam dor.

35) O óleo de Lorenzo (1992, EUA, direção: George Miller )Baseado em historia real, o filme conta a luta dos pais de um garoto, que sofre de uma rara doença degenerativa, para conseguir criar um remédio que paralise o desenvolvimento do mal. Mostra a ciência como uma atividade interessada, que se principio com um problema e pode ser desenvolvida pelas pessoas comuns.

36) Frankenstein (1931, EUA, direção George Miller)Filme baseado no romance de Mary Shelley, Frankenstein ou O Prometeu moderno, de 1818, uma critica romântica à pretensão de verdade da ciência, que no seu desenvolvimento pode acabar criando monstros. Boris Karloff faz o papel do monstro criado pelo Dr Frankenstein.

37) Epidemia (1995, EUA direção: Wolfgang Petersen)Obra que trata de uma epidemia causada por um vírus letal e desconhecido que assola uma região da África. Uma equipe de médicos do exercito norte-americano é designada para o caso. Porém, além de descobrir o vírus causador da doença, os membros da equipe ainda têm que descobrir e desfazer a trama política que encobre a descoberta d a doença. Mostra os interesses políticos e econômicos nos quais a ciência tropeça.

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TEMA: FILOSOFIA MORAL

38) A lista de schindler (1993, EUA, direção: Steven Spielberg)Filme sobre industrial alemão que salva centenas de judeus poloneses durante a Segunda Guerra Mundial. Mostra como o componente moral de um indivíduo pode interferir nas suas decisões e escolhas, levando-o a ações fundamentais em sua vida e nas vidas de outros seres humanos.

39) Pulp Fiction (1994, EUA, direção: Quenin Tarantino)Filme polemico sobre o mundo do crime, retratando a gratuidade da violência na atualidade. A violência se torna banal, mata-se por qualquer motivo. Pode ser visto como uma critica da perda de valores morais na sociedade contemporânea.

40) Central do Brasil (1998, Brasil, direção: Walter Salles Jr.)Filme que mostra a amizade entre uma mulher e um menino que busca encontrar seu pai. Parte da apatia e da indiferença moral que caracteriza o Brasil de hoje, buscando recuperar a importância dos atos individuais no resgate de nossa cidadania.41) Poderosa Afrodite (1995, EUA, direção : Woody Allen )Comédia centrada na relação de um homem (casado) com uma prostituta, que é a mãe do seu filho adotivo. Ele deve decidir se conta ou não a ela quem adotou a criança. Mostra ainda, de forma divertida, a prostituta de maneira não-preconceituosa e a difícil relação no casamento, marcada pelo amor, pelos conflitos e pela rotina.

TEMA: FILOSOFIA POLÍTICA

42) O que é isso, companheiro? (1997, Brasil, direção : Bruno Barreto)Filme que se passa na época da ditadura militar no Brasil, baseado livro homônimo do jornalista e político Fernado Gabera, retrata a organização dos movimentos clandestinos e, especificamente, o seqüestro de um embaixador norte-americano para negociar sua libertação em troca da soltura de presos políticos.

43) Testa de ferro por acaso) (1976, EUA direção Martin Ritt)Filme que retrata a histeria do anticomunismo nos EUA na época do macarthismo.

44) Missing – o desaparecido (1982, EUA : direção: Constantin Costa-GravasRelato dramático baseado em fato real, sobre a busca empreendida pelo pai e ao esposa de um norte-americano desaparecido após o golpe de Pinochet, no Chile

45) Reds (1981, Eua, direção : Warren Beatty)Filme que enfoca uma parte da revolução socialista soviética, através da história do repórter norte-americano Jonh Reed, que fazia a cobertura dos acontecimentos. Mostra o processo revolucionário, suas tensões e suas contradições.

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FILMOGRAFIA COMENTADA

Esta filmografia foi escolhida pelo seu potencial de servir para a discussão de muitos temas tratados no livro EUREKA, a partir de uma perspectiva filosófica. Contudo, os filmes, como obras de arte, se prestam a inúmeras outras interpretações que levam em conta, inclusive, o contexto pessoal de cada espectador.

O trabalho aqui apresentado é apenas indicativo, ou seja, uma amostra do que pode ser feito com outros filmes, peças de teatro, exposições, canções, peças publicitárias, HQ, artigos de jornais e revistas, romance, contos etc.

Alunos e professores devem se sentir livres e incentivados a procurar seus próprios matérias, gravando, inclusive, da televisão. Convém, ainda, ver os filmes com antecedência para avaliar se são adequados para a discussão e reflexão que se deseja conduzir.

A filmografia está organizada por ordem alfabética a fim de facilitar a localização dos filmes sugeridos para cada uma das unidades do livro.

46) Banquete de casamento ( EUA, 1993) Ang Lee; 104 min. (Top Tape) Premio : Urso de Ouro do festival de Berlim de 1993.

Jovem executivo chinês que vive em Nova York, com o namorado norte-americano aceita casar-se com a moça chinesa a fim de esconder sua condição de gay dos pais que vem visitá-lo. Ela, em troca, poderá conseguir o visto e permanecer nos Estados Unidos. Isso gera uma série de situações ora engraçadas, ora difíceis, acabando por mostrar que os velhos percebem muito mais do que lhe é contado.

Usos: em ética, questões de orientação sexual, respeito pelo modo de ser dos outros, quebra de preconceitos.

47) Billy Eliot (Inglaterra, 2000) Stephen daldry; 110 min.Billy Elliot, de doze anos, filho de mineiro inglês mora em uma pequena cidade,

detesta esportes, principalmente boxe, que é obrigado a participar junto com outros meninos. Um dia, descobre as aulas de dança, dadas para as meninas da escola. Fascinado pelos movimentos, pede que a professora permita-lhe freqüentar o curso.

Sabendo que sua família operaria não aceitaria sua escolha, mantém aulas e ensaios em segredo. Trabalha arduamente pois o seu corpo tem de desaprender o condicionamento dado pelos esportes para adquirir a flexibilidade e a leveza necessárias à dança. Sonha com Fred Astaire. Quando seu pai descobre o que está fazendo, instala-se um violento conflito em que são revelados inúmeros preconceitos em relação a dança, a sexualidade de quem dança, dando margem a discussões sobre rótulos e papeis sociais tradicionais

Usos: em ética, muito útil para a discussão de preconceitos e a violência gerada por eles; da aceitação do outro, com suas possibilidades, limites e sonhos; do respeito pelo modo de ser de cada um. Lembrando que preconceito é sempre uma forma de dogmatismo, pode-se, ainda, discutir questões sobre verdade ou verificar como elas acabam pautando comportamentos sociais. Crença, senso comum, preconceito e conhecimento cientifico podem também ser abordados. Do ponto de vista da estética, relaciona-se às questões de alfabetização artística e ao trabalho do artista, que necessita, antes de tudo, dominar os códigos específicos de expressão.

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48) Domésticas – filme (1997) ; Fernando Meireles e Nando Olival. Baseado na peça homônima de Renata melo Fragmentos de histórias contadas por

cinco domesticas a respeito de seu cotidiano na casa dos patrões, em suas casas, na rua; seus sonhos, crenças, valores; a dura realidade de vida de mulheres que praticamente habitam o “gueto” da cozinha e lavanderia, ou seja, as dependências dos empregados.

De origem variada, tanto geográfica quanto étnica, são ignoradas, maltratadas e incompreendidas pelos patrões, que nunca entram em cena. Elas cuidam da infra-estrutura para que a qualidade de vida dos moradores das casas seja melhor possível. Formam uma rede solidária com os outros empregados: motoristas, entregadores... Seus sonhos são simples: ter uma casa, um marido atencioso, que as leve em passeios e as escute; ser manequim ou atriz de novela; servir a Deus e á religião etc.

Usos: para a unidade I(parte sobre o trabalho) é excelente: trabalho dignifica? Levantamento da linguagem usada, ideologia presente. Ainda, em ética, questões sobre dignidade humana e direitos humanos.

49) Ilha das flores (Brasil, 1988), Jorge Furtado 12 min documentário de curta-metragem parte do vídeo curta os gaúchos. Premio: Festival de Gramado 1989

O filme apresenta, com linguagem pseudo-cientifica, a trajetória de um tomate, do momento do plantio até chegar ao consumidor final, quando apodrece e é descartado, indo para um deposito de lixo na Ilha das Flores, perto de Porto Alegre(RS). Acompanhando o roteiro do tomate, passa-se por toda a escala social – o agricultor, o vendedor, a dona-de-casa, o dono do lixão – e chega até os miseráveis que se alimentam com os detritos rejeitados pelos animais.

Usos: o principal tema tratado é a diferença social e econômica encontrada no Brasil, onde partes da população se alimenta de restos de lixo. Portanto, presta-se à discussão das políticas liberais e suas condição humana, o fazer-se humano e a dignidade. Em artes, é interessante mostrar como a linguagem pseudo-cientifica, que quantifica e identifica a realidade, mantém um distanciamento do assunto que está sendo tratado. As imagens finais, entretanto, são mais fortes do que qualquer discurso, porque imediatas.

50) Indochina (França 1992) Regis Waignier, 157 min. (Paris Vídeo Filme) prêmios Oscar de melhor filme estrangeiro e Globo de Ouro de 1993.

Mulher, nascida na Indochina, filha de franceses, administra a plantação de borracha herdada do pai e acrescida pela propriedade de sua amiga indochinesa morta, cuja filha adota. A presença do imperialismo francês é acintosa no trato com os empregados, na invisibilidade da população nativa, na arrogância com que se posicionam os representantes da França, na submissão aparente da população – que já conta com o apoio da antiga URSS – e a seqüente Guerra do Vietnã estão presentes, tornando compreensível esse conflito.

Usos: Em política, a questão do imperialismo. Exploração de terra e trabalhadores para enriquecimento de uma outra nação. Situação de dominação. A ideologia que fundamenta a relação dominação/dominado.

51) Diamante de sangueO filme conta a história do vínculo entre um ex-mercenário do Zimbábue

(DiCaprio) que contrabandeia diamantes para fora de Serra Leoa no final dos anos 1990,

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quando o país está em guerra, e um pescador pobre (Djimon Hounsou) cujo filho é sequestrado por rebeldes e treinado para matar. DiCaprio e o diretor Ed Zwick disseram a jornalistas que não querem prejudicar a indústria de diamantes, mas conscientizar as pessoas da importância de verificar se o diamante que querem comprar foi extraído legalmente, se não, não devem comprá-lo. "As pessoas devem usar de seu discernimento, porque, em última análise, os diamantes são fonte de estabilidade econômica na África", disse DiCaprio.

De fato, a África gera 8,4 bilhões de dólares em diamantes todos os anos, e o setor dos diamantes emprega 10 milhões de pessoas no mundo, segundo o Conselho Mundial de Diamantes.Embora os diamantes de conflito ainda sejam um problema, o Processo de Kimberley, de 2003, apoiado pela ONU, ajudou a reduzir seu número, e hoje o setor afirma que mais de 99 por cento de todos os diamantes vêem de zonas livres de conflitos. Um porta-voz do conselho disse que a atenção dada ao filme ajudou a chamar a atenção das pessoas para as melhoras no comércio de diamantes. O envolvimento do governo e do setor de diamantes ajudou a conseguir que "Diamante de Sangue" obtivesse o apoio de um estúdio de Hollywood como a Warner Bros, que está fazendo sua distribuição.

52) Invasor, O (Brasil, 2001); Beto BrandtDois sócios de uma construtora contratam assassino profissional para matar o

terceiro sócio e amigo, pois querem mudar os rumos dos negócios. Cumprindo o acordo, o assassino resolve trabalhar na construtora e interferir na empresa. Conquista a filha do sócio que assassinara, passando a morar em sua casa. Faz-se ameaçadoramente presente em todas as facetas da vida dos amigos e sócios. Um deles, contudo, não consegue conviver com essas pressões, inclusive com a “boa consciência” e a falta de culpa do amigo. Sentindo-se ameaçado a ponto de perder a sanidade mental, vai a policia delatar o sócio.

Usos; em ética, ajuda refletir sobre atos e conseqüências, responsabilidade, liberdade etc. É também uma amostragem da violência em todos os níveis sociais e da crise de valores vivenciada pela sociedade contemporânea. Observar a curiosa falta de reação emocional da filha diante da perda dos pais. Em estética, uso documental do cinema de ficção; apresenta muitas e longas tomadas da periferia da cidade de São Paulo, o trafico de drogas e seu consumo generalizado nos bares e casas de danças freqüentados pela sociedade média e alta; a musica é eminente o rap, oriundo da periferia e que também invadiu as danceterias da cidade. De certo modo, é o símbolo do pós-moderno, com sua perda de fronteiras, sua inversão entre alto e baixo, sua linguagem de videoclipe.

53) Jarro, O (Irã, 1992) Ebrahim fotuxesh: 83 min(Cult Filmes) Prêmios: Leopoldo de Ouro do Festival de locarno, 1994 e Premio do Júri da 18º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

O jarro no qual todas as crianças bebem água, na escola de uma pequena comunidade no Irã, racha, obrigando os alunos a tomarem água suja de um rio próximo, com perigo de caírem e se afogarem. Todo o filme gira em torno desse problema fundamental em uma comunidade extremamente pobre e sem recursos naturais ou industriais. Instigados pelo professor a procurarem uma solução os alunos e famílias reagem de formas muito diferentes, mas a preocupação com o bem das crianças acaba prevalecendo sobre atitudes individualistas, e parte da comunidade se une para resolver o

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problema. As crianças que participam do filme não são atores profissionais, o que empresta um tom de veracidade muito grande a história.

Usos: do ponto de vista cultural, é um retrato pungente do Irã, da cultura Muçulmana, de práticas de vida muito diferentes. Pode colaborar para a compreensão de outras culturas, outros valores e modos de vida. É também um documentário sobre os excluídos, a pobreza de um povo sofrido que se opõe à riqueza gerada pelo petróleo. Apresenta um Irã que não é dominado pelos xiitas fundamentalistas, da população que está longe do poder e das disputas internacionais. Em ética, é um magnífico exemplo de crescimento moral que vai resultar em atitudes de profunda solidariedade. Do ponto de vista estético, representa um dos melhores exemplos do cinema iraniano contemporâneo, que vem ganhando reconhecimento internacional e pode ser comparado aos movimentos do cine vérité francês, neo-realismo italiano e do cinema novo brasileiro. É um contraponto ao cinema norte-americano.

54) Ladrões de sabonete (Itália, 1989) Maurizio nichetti; 93 min (alvorada Vídeo) Prêmios : Globo de Ouro, Telluride Film Festival (Canadá), Moscow Film Festival (URSS), Umea Film Festival (Suécia), London Film Festival (Inglaterra), Locarno Film Festival (Suíça), Kinotage Film Festival (Alemanha).

Filme em que o diretor presta homenagem ao neo-realismo italiano do pós-guerra, parodiando até o titulo do famoso Ladrões de bicicleta, de Vittorio de Sica, de 1947. a comédia, entretanto, se instala no momento em que a publicidade televisiva se mistura ao filme que esta sendo exibido. Personagens das peças publicitárias invadem o filme, personagens do filme vão pra dentro da publicidade, alterando as respectivas histórias. Isso leva o diretor a loucura e o faz entrar também no filme para tentar resgatar a história original.

Usos: para discutir ideologia e o caráter evasivo da propaganda em nossas vidas diárias e em nossos hábitos de consumo. Em estética, para discutir linguagem de cinema e de publicidade, como contam suas respectivas histórias e quais são suas funções. Brinca com o neo-realismo italiano, desconstruindo-o. Cabe como exemplo de imaginação criadora e de pós-modernismo, na medida em que mistura as linguagens, rompendo códigos estabelecidos, ao mesmo tempo em que revisita a tradição cinematográfica, comentando-a reativando a memória do cinema.

55) Minha vida cor de rosa (Bélgica/França, 1997); AlainBerliner; 89 min. (Pandora Filmes).

Garoto francês, de aproximadamente 10 anos, gosta de se vestir com roupas de meninas. Bastante fantasioso, brinca inocentemente com amigos e amigas, sempre fazendo o papel feminino: de fada, de princesa, de filha etc. Sofre terríveis pressões na escola, em casa e na vizinhança. O pai quer por força transformá-lo estereótipo do “macho” a questão social, do julgamento dos vizinhos e colegas de trabalho. É o que mais aborrece o pai, ou seja, ele esta preocupado com a sua própria imagem perante o circulo de poder que o cerca.

Curiosamente este filme é apresentado como se fosse uma comédia. Embora haja cenas engraçadas, leves, o que fica mais aparente é a violência cometida contra o garoto.

Usos: Em ética é oportuna a discussão do respeito pelas orientações sexuais de cada u e as conseqüências da violência sobre pessoas com tendências diferentes das nossas

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expectativas. Debater a responsabilidade de cada um por suas ações, mostrando a violência dos apelidos, alcunhas, “gracinhas e piadinhas” feitas as custas de características dos outros. Nesse ponto, é possível comentar como a violência atinge todos os que saem da “norma” : os gordos ou excessivamente magros; os muitos altos ou muitos baixinhos; os de diferentes etnias e suas diversas características, como cor da pele, cultura etc. Outra vez pode-se discutir preconceito e dogmatismo. Em estética, aproveitar a ocasião para discutir os gêneros cinematográficos (drama, comédia, aventura, romance, erótico etc.) pelos quais os filmes são rotulados e separados em vídeolocadoras. Quais os critérios dessa classificação? De que ponto de vista este filme pode ser considerado comédia?

56) Morango e chocolate (Cuba/México/Espanha, 1993); Tomas Gutierrez Alea e Juan Carlos tabio; 110 min. Prêmios: Urso de Prata no Festival de Berlim (1994), Festival de Gramado de 1994, XV Festival de Havana.

Amizade improvável entre estudante heterossexual, da Juventude Comunista de cuba, e outro jovem , homossexual, artista plástico, que gosta de literatura, música, teatro. Apresenta o mundo dividido entre sensibilidade, característica não-masculina, e razão; arte e política; liberdade e censura, religião e ortodoxia política marxista; pensamento crítico e dogmatismo; história e presente unidimensional. No desenvolver da história, os personagens ultrapassam os rótulos e preconceitos, aprendendo a ver pessoa – as diferenças, as semelhanças – com tolerância e compreensão, tornando a amizade possível.

Usos: políticas totalitárias, ideologia dominante. Em ética, apresenta muitos dilemas morais (como lealdade á amizade X fidelidade política, solidariedade humana X dever político, desenvolvimento pessoal X utilidade política, individualidade x coletividade), bem como questões sobre orientação sexual, tolerância, respeito. Em estética, ruptura de códigos, funções da arte, imaginação X visão realista e utilitária do mundo.

57) Negação do Brasil, A – o negro na telenovela brasileira (Brasil, 20000; Joel Zito Araújo; 84 min).

Este documentário mostra a imagem do negro apresentada na televisão desde as primeiras novelas do brasileiro até o final da década de 1990, destacando o preconceito camuflado na sociedade e refletido na produção novelística, independentemente de canal. As novelas são comentadas tanto pelo autor do documentário quanto por vários atores que vivem essas histórias. É curioso ver que, em um país com 47% de população negra, um ator branco - Sérgio Cardoso – foi convidado a fazer papel de escravo. Pai tomas, pintando-se de preto e colocando algodão dentro das narinas pra ficar com aparência mais convincente!

Usos: importante para a discussão de ideologia dominantes na mídia e vários temas de ética, como por exemplo, preconceito, respeito, violência, dignidade, humana, direitos humanos etc.

58) Quando tudo começa (França, 1999) Bertard tarvenier; 117 min (Cult Filmes)Diretor de escola pública multirracial, em pequena cidade da França com alto índice

de desemprego, vê se conformado no seu dia dia-a-dia com questões que fogem do âmbito do colégio, mas que se refletem no desemprego e no comportamento dos alunos. Embora aconselhado a não se envolver com os problemas crônicos da comunidade, não consegue permanecer indiferente da miséria, a falta de assistência social, à indiferença do governo e

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aos sérios conflitos domésticos vivenciados pelas crianças. Filme que retrata uma nova França, em busca de novos caminhos e convivências; a realidade ali mostrada pode ser relacionada á situação de nosso país. Foram utilizados histórias reais, relatadas por professores da educação infantil, e tom quase documental empresta uma sinceridade sem par ao filme.

Usos: discutir problemas de educação de política,educacional, de comunidade excluídas; problemas éticos relacionados à exclusão social e econômica, a participação da comunidade, cidadania e solidariedade.

59) Rio 40 graus (Brasil, 1955) Nelson Pereira dos Santos; 110 minCrônica do Rio de janeiro em tarde de domingo de verão, narra as

aventuras/desventuras de cinco crianças do morro que vendem amendoim em vários pontos da cidade: Copacabana, Pão de Açúcar, Corcovado, Maracanã, Quinta da boa Vista. Em cada lugar acontecem histórias diferentes, colocando em evidencia a vida d classe média e seus preconceitos em relação aos pequenos vendedores ambulantes, afro-adolescentes; o universo político da época; o comportamento dos turistas, da polícia ; os estratagemas para pedir esmolas, como contar desgraças familiares em tom muito humilde; os “trampos” etc. A violência revelada é exercida principalmente pela classe dominante, representada por esses vários segmentos. Em contraste, se vê também a difícil vida mas solidária do morro. Mesmo considerando a ideologia de esquerda do então jovem diretor, compõe um retrato interessante do Brasil da época, interditado pela censura exatamente por “veicular imagem desfavorável do Brasil”. É a primeira parte de uma almejada trilogia sobre o Rio de janeiro. O segundo filme foi Rio Zona Norte e o terceiro (sobre a zona sul) não chegou a ser feito.

Usos: o funcionamento da ideologia para a manutenção de um determinado status quo; em ética, o uso das pessoas como meio e não fim em si; em artes, exemplo de realismo e da “estética da fome”.

60) Pão e rosas (EUA, 1999) Kem Loach; 105 min. (Europa Filmes). Prêmios: Festival do Rio BR 2000, Seleção oficial de Cannes 2000.

Jovem mexicana, movida pela necessidade e pelo sonho de vencer na América, deixa família e pais e vai para Los Angeles, à procura da irmã e de emprego. Passa a trabalhar em uma empresa de limpezas de escritórios, fazendo parte de uma legião de estrangeiros anônimos, explorados por seus patrões. Ao conhecer Sam, um ativista sindical norte-americano, Maya descobre consciência de classe e passa a liderar movimentos de defesa dos direitos trabalhistas. Os patrões por seu lado, resistem ás pressões e cultivam o medo da extradição, uma ameaça constante para os imigrantes ilegais. Trata-se de um filme sobre uma das mais marginalizadas comunidades de Los Angeles e sua ousadia em enfrentar o patronato em condições de inferioridade.

Usos: É excelente para se discutir condições de trabalho, ideologia dominante, exploração de uma classe por outra, organização sindica, luta política, cidadania.

61) Poderosa Afrodite (EUA, 1996) Wood Allen; 95 min. Oscar de melhor atriz coadjuvante para Mira Sobrino.

Deliciosa comédia de Wood Allen, em que a história é o que menos importa. Casal sem filhos adota um bebê que, ao se desenvolver, demonstra grande inteligência. Durante

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crise de casamento, marido resolve localizar mãe biológica do menino, acreditando que encontrará mulher igualmente inteligente. Depara-se com uma prostituta, estrela de filme pornô, bonita e burra. A importância desse filme esta em sua linguagem: combina comédia musical e teatro grego trágico, com o coro fazendo críticas ao encaminhamento da história e ao comportamento do personagem principal. A trilha sonora também foi escolhida com muito cuidado, fundamentalmente jazz, e comenta passagens da história.

Usos: para discutir linguagem cinematográfica e tópicos de estética. Pode também ser usado para o estudo de mitos, uma vez que exige o conhecimento de vários dos mitos gregos a fim de que os significados mais profundos do filme se revelam.

FILMES PARA DISCUTIR EM CADA UNIDADE

Qualquer filme se presta para ser analisado em termos de linguagem cinematográfica, sua constituição, seus signos próprios. Seria bom comparar a linguagem dos vários gêneros: comédia, documentário, drama, tragédia etc. Atentar também para a linguagem da propaganda, do videoclipe e outras.

Unidade I – CULTURA

2001 – Uma odisséia no espaço. (Inglaterra, 1968); Stanley kubrick. - Discutir cultura e primórdios do processo de humanização

A guerra do fogo Domesticas – O filme. Ilha da Flores O enigma de Kaspar Hauser.

- Influencia da cultura e da vida social no processo de se tornar humana Pão e rosas Poderosa Afrodite Tempos modernos

- Discussão sobre Trabalho alienado

Unidade II – CONHECIMENTO

A marvada carne - Discussão de mitos contemporâneos

Domesticas – O filme. As troianas. (Grécia); Michael Cacoyannis.

- Discussão sobre mito Billy Elliot Electra, a vingadora (Grécia, 1962) Michael Cacoyannis - baseado da peça de

Eurípedes - Discussão de mito

Eles não usam black-tie (Brasil, 1981); Leonn Hirszman. Baseado da peça teatral de Gianfrancesco Guarnieri.

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- Discussão sobre ideologia Ifigênia. (Grécia) Michael Cacoyannis. Basedao dos fragmentos de Ifigênia de

Aulis, também de Eurípedes. - Discussão de mito

Ilha das Flores Indochina Ladrões de sabonete Minha vida cor de rosa Morango e chocolate Muito além do jardim. (EUA, 1979); Hal Ashbay.

- Discussão do conhecimento comum O Destino (Egito/França, 1997); Youssef Chahine.

- Filme sobre Averróis Pão e rosas

Unidade III – CIÊNCIAS

Apollo 13. (EUA, 1995); Ron Haward. - Bastidores da NASA

2001 – Uma Odisséia no espaço. (Inglaterra, 1968); Stanley kubrick. - Sobre tecnologia

Enigma de Andrômeda. (EUA, 1971); Robert Wise. - Relato minucioso de pesquisa

Epidemi (EUA, 1995); Wolfgang Petersen. - Procurando, investigando e pesquisando um antídoto para um vírus terrível

Giordano Bruno. (Italia, 1973); Guliano Montaldo. O destino. (Egito/França/, 1986); Youssef Chanine.

- Sobre Averrois O Nome da rosa, (Italia/frança/alemnha) Jean Jacques Annaud.

- Sobre a Idade Média.) Tempo de despertar (EUA, 1990); Penny Marshall.

- Experiências com pacientes que sofrem de encefalite letárgica ou doença do sono

Unidade IV POLÍTICA

A lista de Schindler. (EUA, 1993); Steven Spilberg. - Sobre o nazismo e o holocauto durante a Segunda Guerra Mundial

O menino do pijama listrado - Sobre o nazismo e o holocauto

Aleluia Gretchen. (Brasil, 1976); Silvio Back. - Sobre imigrantes alemães e suas relações com o nazismo

Basquiat, Traços de uma vida. (EUA, 1996) Julian Schanabel. Caminho para Kandahar. (Irã, 2001); mohsen Makhmalbaf.

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- Regime islâmico no Afeganistão, abordando vários aspectos da vida e da questão feminina

Gandhi. (EUA, 1982) Richard Attenborough. - Sobre o pacifismo

História oficial. (Argentina, 1985); Luiz Puenzo. - Regime Militar Argentino

Indochina Lamarca. (Brasil, 1994); Sérgio Rezende.

- Guerrilha e repressão na ditadura brasileira Missing – O desaparecido, (EUA, 1982); Constantin Costa-Gravas.

- Sobre o golpe militar de Pinochet Morango e chocolate O grande ditador. (EUA, 1941); Charles Chaplim.

- Sátira sobre o nazismo e da defesa democrática da liberdade O nome da Rosa. O tambor. (Alemanha, 1979); Volker Scholöndorf.

- Sobre o nazismo Pão e rosas. Pra frente Brasil. ((Brasil, 1983); Roberto Farias.

- Tortura e anos de ditadura no Brasil

Unidade IV ÉTICA

A procura da felicidade

Quando tudo começa A negação do Brasil Minha vida cor-de-rosa. Morango e chocolate O invasor O jarro Domesticas Ilha das flores Indochina Banquete de casamento Billi Elliot Filadelfia. (EUA, 1993); Jonathan Demme.

- Sobre discriminação de homossexuais e portadores do vírus da AIDS O quarto filho. (Itália, 2001); Nanni Moretti.

- Sobre a morte

Unidade IV ESTÉTICA

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Ladrões de sabonete Poderosa Afrodite A mulher do tenente francês. (EUA, 1981) Karl Reisz. Roteiro de Harold Pinter. -

Importante para discutir os processos de criação. Esta adaptação do romance homônimo de Jonh Fowles foi muito feliz ao transpor os problemas de linguagem apresentados no livro: a relação entre criador e criatura, fazendo uso da metalinguagem.A seguir indicamos os nomes de alguns Diretores cujos filmes em geral têm valor

estético e que devem ser vistos para a Educação da nossa sensibilidade e a formação de um referencial cinematográfico e visual.

Muitos dos filmes desses profissionais tem um forte cunho filosófico e existencial que podem ser explorados nas reflexões filosóficas em sala de aula e em outras atividades que o professor de Filosofia pode realizar na escola, estilo “Clube da Reflexão e Cinema” – G.A.S “Grupos Alternativos do Saber” – e outros que podem ser criados junto com alunos do Ensino Médio.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

VELOSO, Valdecir. GARCIA, Jose. Eureka: construindo cidadãos reflexivos. Sophos. Florianópolis.SC. 2007.VELOSO, Valdecir. GARCIA, José. FIORILLO, Lilson. Filosofare: a arte de pensar. S&F. Londrina. PR. 2008.

ORIENTAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS PARA O SEU APROFUNDAMENTO

Dicionários de Filosofia

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4 ed São Paulo, Martins Fontes, 2000.BLACKBURN, Simon. Dicionario Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1997.BOBBIO, Norberto e outros. Dicionário de política. Brasília, Ed Universidade de Brasília,2000 2 v.HUISMAN, Denis. Dicionário dos filósofos. São Paulo, Martins Fontes, 2001. 2v.JAPIASSU, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. Rio de janeiro, Jorge Zahar, 1990.LALANDE, André. Vocabulário técnico e critico da filosofia. 3. ed. São Paulo, Martins Fontes, 1999.MORA, José Ferrater. Dicionário de filosofia. São Paulo, Loyola, 2000. 4 v.

História da Filosofia

ABBAGNANO, Nicola. História da filosofia. Lisboa, editorial Presença, publicados de 1996 a 2000. 11v.BRÉHIER, Émile. História da filosofia. São Paulo, Mestre jou, 1977-1981.

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Introdução à Filosofia

ARANHA, Maria Lúcia de A./ Martins, Maria Helena P. Temas de filosofia. 2. ed. Rev. São Paulo, Moderna, 19989.BLACKBURN, Simon. Pense, uma introdução à filosofia. Lisboa, Grandiva, 2001.CASSIERER, Ernest. Antropologia à filosófica. México, Fondo, 2000.GARCIA MORENTE, Maunel. Fundamentos de à filosofia; lições preliminares. 8. ed. São Paulo, mestre Jou, 1980.JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento à filosófico. São Paulo, Cultix, 1971.OLIVEIRA, Armando Mora de (org.) . Primeira filosofia. São Paulo. Brasiliense, 1996. 2v.REZENDE, Antonio (org.). Curso de filosofia. Rio de janeiro, Jorge Zahar, 1998.

Filosofia no Brasil

ACERBONI, Lídia. A filosofia contemporânea no Brasil. São Paulo, Grijalbo/Edusp, 1969.ARANTES, Paulo. Um departamento francês de ultramar, estudos sobre a formação da cultura filosófica uspiana. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1994.CRIPPA, Adolpho (coord.). As idéias filosóficas no Brasil. São Paulo, Convívio, 1978. 3v.CRUZ COSTA, João. Contribuição à historia das idéias no Brasil. 2, ed. Rio de janeiro, Civilização Brasileira, 1967.JAIME, Jorge. Histórias da filosofia no Brasil. Petrópolis, RJ/São Paulo; Vozes/Faculdades Salesianas v. I e II: 1997; v. IV: 2002.NOBRE, Marcos e REGO, José Marcio. Conversas com filósofos brasileiros. São Paulo Ed. 34, 2000(.)PAIM, Antonio. Histórias das idéias filosóficas no Brasil. 3. ed, São Paulo, Convívio /INL, 1984(.)SEVERINO, Antonio Joaquim. A filosofia contemporânea no Brasil: conhecimento, política e educação. Petrópolis, Rj, Vozes, 1997____________. A filosofia no Brasil; catalogo sistemático dos profissionais, cursos, entidades e publicações da área da filosofia no Brasil. São Paulo, Anpof, 1990.

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Bibliografia por Assunto: Mitologia

BARTHES, Roland. Mitologias. 10. ed. São Paulo, Bertrand SP, 1999.CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. 2. ed Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1982.COMMELIN, p. Mitologia grega e romana. São Paulo, Martins Fontes, 1997.ELIADE, Mirecea. O sagrado e o profano. São Paulo, Martins Fontes, 2001.FRAZER, James G. O ramo de ouro. Rio de Janeiro, LTC, 1982.GRIMAL, Pierre. A mitologia grega. São Paulo, Brasiliense, 1987.GUSDRORF, Georges. Mito e metafísica. São Paulo, Convívio, 1979.LÍVI-STRAUSS, Claude. Mito e significado. Lisboa, edições 70, 2000.VERNANT, Jean-Pierre. Mito e pensamento entre os gregos. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2002.VIDAL-NAQUET, Pierre. O mundo de Homero. São Paulo, companhia das letras, 2002.

Bibliografia por Assunto: Lógica

COPI, Irving M. Introdução à lógica. 2. ed. São Paulo, Mestre Jou, 1978.FLEW, Antonty. Pensar direito. São Paulo, Cultrix/Edusp, 1979.HAACK, Susan. Filosofia das lógicas. São Paulo, Unesp. 2002.KONDER, Leandro. O que é dialética. São Paulo, Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1997. MORTARI, Cezar A introdução à lógica. São Paulo, Ed. Unesp/imprensa Oficial do estado, 2001. McGraw-Hill, 1991.NOLT ,Jonh e ROHATYN, Dennis. Lógica. São Paulo, McGraw-Hill, 1991.PINTO, Paulo Roberto Margutti. Introdução à lógica simbólica. Belo Horizonte, Ed. UFMG,2001.SALMON, Weslwy. Lógica. Rio de Janeiro, LTC, 1993.

Bibliografia por Assunto: Filosofia da Ciência

BRODY, David Eliot e BRODY, Arnold R. As sete maiores descobertas cientificas da história. São Paulo, Companhia das Letras, 1999.CHALMERS, Alan. A fabricação da ciência. São Paulo, ed. Unesp, 1994.__________, o que é ciência afinal? São Paulo, Brasiliense, 1993.FOUREZ, Gérard. A construção das ciências; introdução à filosofia e a ética das ciências. São Paulo, Ed. Unesp, 1995.FREUD, Sigmund. Cinco lições de psicanálise. Rio de Janeiro, Imago, 1997.JAPIASSU, Hilton. Introdução à epistemologia da psicologia. São Paulo, Letras & Letras, 1995.KNELLER, George F. A ciência como atividade humana São Paulo, Edusp; Rio de Janeiro, Zahar, 1980.KOYRÉ, Alexandre. Do mundo fechado ao universo finito. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2001.

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LACEY, Hugh. Valores e atividade cientifica. São Paulo, Discurso Editorial, 1998.MERLEAU-PONTY, Maurice. A estrutura do comportamento. Belo Horizonte, Interlivros, 1975.MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 6. ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2002.OMNÈS, Roland. Filosofia da ciência contemporânea. São Paulo, Ed. Unesp, 1996.PIAGET Jean. Seis estudos da psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro, Forense, 2003.RONAN, Colin A. História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge. Rio de janeiro, Jorge Zahar, 2001. 4 v. ( I: Das origens à Grécia; II: Oriente, Roma e Idade Média; III: Da Renascença à Revolução cientifica; IV A ciência nos séculos XIX e XX.)

Bibliografia por Assunto: Política

ARANHA, Maria Lúcia de A. Maquiavel, a lógica da força. São Paulo, Moderna, 1993.BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo. 4. ed. Brasília, Ed Universidade de Brasília, 1995._________. Estado, governo, sociedade; por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1997._________. Liberalismo e democracia. 7. ed. São Paulo, Brasiliense, 2000._________. O futuro da democracia; uma defesa das regras do jogo. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2000._________. Qual socialismo? Debate sobre uma alternativa. 3. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987._________. Teoria Geral da política, a filosofia política e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro, Campus 2000.CASSIRER, Ernest. O mito do Estado. Rio de Janeiro, Zahar, 1976.CHÂTELET, François e outros. Historias das idéias políticas. 2. ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1994.CHÂTELET, François e PISIR-KOUCHNER, Évelyne. As concepções políticas do século XX; história do pensamento político. Rio de Janeiro, Zahar, 1983(.)CHAUI, Marilena. O que é ideologia. São Paulo, Brasiliense, 1997. (Coleção Primeiros Passos) (.)CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. 7. ed. Rio de Janeiro, Agir, 1995._________. História do pensamento político. Rio de Janeiro, Guanabara-Kogan, 1983. 2 v.LEBRUN, Gerard. O que é poder. 14. ed. São Paulo, Brasiliense, 1994. (Coleção Primeiros Passos)LEFORT, Claude. A invenção democrática; os limites da dominação totalitária. São Paulo, Brasiliense, 1983.MERQUIOR, José Guilherme. O liberalismo; antigo e moderno. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1991.SAVATER, Fernando. Política para meu filho. São Paulo, Martins Fontes, 1996.WEFFORT, Francisco C. (org.). Os clássicos da política. São Paulo, Àtica, 1998. 2 v.WOODCOOCK, George (introdução e seleção.). Os grandes escritos anarquistas. Porto Alegre, L&PM, 1998.

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Bibliografia por Assunto: Ética

APEL, Karl-Otto. Estudos de moral moderna. Petrópolis, RJ, Vozes, 1994.BIAGGIO, Ângela M. Brasil. Lawrence Kohlberg, Ética e educação moral. São Paulo, Moderna, 2002. (Coleção Logos) (.)FREITAG, Bárbara. Itinerários de Antígona. Campinas, Papirus, 1992.HABERMAS, Jürgen. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1989.PUIG, Josep Maria. A construção da personalidade moral. São Paulo, Àtica, 1998.SÁNCHES VÁSQUEZ, Adolfo. Ética. 20. ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2000.SAVATER, Fernando. Ética para meu filho. 4. ed. São Paulo, Martins Fontes, 2001.TUGENDHAT, Ernest. Lições sobre ética. Petrópolis, RJ, Vozes, 1997.

Bibliografia por Assunto: Estética

BARBOSA, A. M e SALES, H. M. O ensino da Arte e sua História. São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP. Atas do III Simpósio Internacional sobre o Ensino da Arte e sua História, 1990.BARTHES, Roland. Elementos de semiologia. São Paulo, Cultrix/Edusp, 1971.CASSIRER, Ernest. Linguagem e mito. São Paulo, Perspectiva, 1972._________. Symbol, myth and culture. New Haven, Londres, Yale Univerity, 1979.COELHO, NETO, José Teixeira. A construção do sentido na arquitetura. São Paulo, Perspectiva, 1972.________. Arte e Utopia. Arte de nenhuma parte. São Paulo, Brasiliense, 1987.________. Dicionário critico das políticas culturais. São Paulo, Fapesp/iluminarias, 1997.________. Introdução à teoria da informação estética. Petrópolis, RJ, Vozes, 1973.________. Moderno Pós-Moderno. São Paulo, Iluminarias, s.d.________. O intelectual brasileiro; dogmatismo e outras confusões. São Paulo, Global, 1978.________. O que é industria cultural. São Paulo, Brasiliense, 1980. (Coleção Primeiros Passos) (.)________. Semiótica, informação e comunicação. São Paulo, Perspectiva, 1980.COLI, Jorge. O que é arte. São Paulo, Brasiliense, 1984. (Coleção Primeiros Passos) (.)DUFRENNE, Mikel. Estética e filosofia. São Paulo, Perspectiva, 1972.________. O poético. Porto Alegre, Globo, 1969.________. Phénoménolgie de I’expérience esthétique. Paris, PUF, 1967. 2 v.ECO, Umberto. A estrutura ausente. São Paulo, Perspectiva/Edusp, 2000.________. Apocalípticos e integrados. São Paulo, Perspectiva/Edusp 2000.________. Arte e beleza na estética medieval. Rio de Janeiro, Globo, 1989.________. Obra aberta. São Paulo, Perspectiva, 2001.FERRY, Luc. Homo aestheticus: a invenção a gosto na era democrática. São Paulo, Ensaio, 1994.FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. 9. ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1983.

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Bibliografia Diversas

BARTHES, Rolnd. Fragmentos de um discurso amoroso. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 2000.CARRILHO, Manuel Maria (Direção). Dicionário do pensamento contemporâneo. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1991.DUMAZEDIER, J. Lazer e cultura popular. São Paulo, Perspectiva, 2000.FOUCAULT, Michael. As palavras e as coisas. São Paulo, Martins Fontes, 2002.________. Microfisica do poder. Rio de Janeiro, Graal, 1996.________. Vigiar e punir. Petrópolis, Vozes, 2000.HESSEN, Johannes. Teoria do conhecimento. São Paulo, Martins Fontes, 2001.HORKHEIMER, Max e ADORNO, Theodor W. Dialética do esclarecimento. 2. ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1985.JAEGER, Werner. Paidéia. São Paulo, Martins Fontes, 2001.MARCONDES, Danilo. Filosofia, linguagem e comunicação. 3.ed. São Paulo, Cortez, 2000.MERLEAU-PONTY, Maurice. Elogio da filosofia. Lisboa, Guimarães, 1998.________. Fenomenologia da percepção. São Paulo, Martins Fontes, 1999.STRAWSON, Peter F. Análise e metafísica: Uma introdução a filosofia. São Paulo, Discurso Editorial, 2002.VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. São Paulo, Difel, 2002.VERNANT, Jean-Pierre e VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e tragedia na Grécia antiga. São Paulo, Perspectiva, 1999.

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Bibliografia Coleções

- CLASSICOS & COMENTADORES. São Paulo, Discurso Editorial.- LOGOS. São Paulo, Moderna.- OS PENSADORES. São Paulo, Abril Cultural (algumas reedições pela Nova Cultural.

Revistas

- CADERNO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA. Campinas, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp.- CLASSICOS E COMENTADORES. Revista da Discurso Editorial, São Paulo, Departamento de Filosofia da USP.- CONJETURA. Caxias do Sul, Departamento de Filosofia da Universidade Caxias do Sul.- DISCURSO. São Paulo, Departamento de filosofia da PUC-PR- FILOSOFIA. Curitiba, Departamento de filosofia da PUC-PR- MANUSCRITO. Campinas, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp.- NOVO ESTUDO CEBRAP. São Paulo, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento.- PESQUISA FAPESP. São Paulo, Fundação Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.- REFLEXÃO. Campinas, Instituto de filosofia da Puccamp.- REVISTA BRASILEIRA DE FILOSOFIA. São Paulo, Instituto Brasileiro de Filosofia.- REVISTA FILOSOFICA BRASILEIRA. Rio de Janeiro, Departamento de Filosofia da UFRJ.- REVISTA USP. São Paulo, Coordenadoria de Comunicação Social, USP.- TEMPO BRASILEIRO. Rio de Janeiro, Ed. Tempo Brasileiro.

Quando uma criança, adolescente ou jovem exprime um pensamento ou sentimento, a tarefa do professor é criar uma imagem verbal do que foi dito. Pode fazer isso usando um dos seguintes processos criados por Raths, e apresentados sob a denominação geral de Técnicas de Esclarecimento de Valor:1. Repita o que foi dito;

2. Faça uma paráfrase da afirmação;

3. Deforme ou procure a afirmação;

4. Peça exemplos;

5. Peça a definição de um termo;

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Dicas ao trabalharmos com a Educação para o Pensar Filosofia com crianças, adolescentes e jovens.

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6. Peça a outro participante explicar o que foi dito;

7. Peça ao autor do pensamento para resumir o que disse;

8. Pergunte se existe alguma incoerência;

9. Pergunte se algo foi simplesmente suposto, revele as suposições;

10. Pergunte a que levará o que foi dito. Quais as suas conseqüências? O que

vem depois?

11. Pergunte se todos devem acreditar na afirmação;

12. Pergunte se a afirmação é boa;

13. Pergunte: “como lhe ocorreu essa idéia”?

14. Pergunte se existe alguma coisa de que a pessoa goste muito;

15. Pergunte se a pessoa já pensou a respeito disso;

16. Pergunte se a pessoa faz isso muitas vezes;

17. Pergunte se isso é o que a pessoa acredita;

18.Pergunte como isso influi na vida da pessoa;

(In Aprender a Pensar, Louis E. Raths, São Paulo: EPU, pg.77)

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6. Peça a outro participante explicar o que foi dito;

7. Peça ao autor do pensamento para resumir o que disse;

8. Pergunte se existe alguma incoerência;

9. Pergunte se algo foi simplesmente suposto, revele as suposições;

10. Pergunte a que levará o que foi dito. Quais as suas conseqüências? O que

vem depois?

11. Pergunte se todos devem acreditar na afirmação;

12. Pergunte se a afirmação é boa;

13. Pergunte: “como lhe ocorreu essa idéia”?

14. Pergunte se existe alguma coisa de que a pessoa goste muito;

15. Pergunte se a pessoa já pensou a respeito disso;

16. Pergunte se a pessoa faz isso muitas vezes;

17. Pergunte se isso é o que a pessoa acredita;

18.Pergunte como isso influi na vida da pessoa;

(In Aprender a Pensar, Louis E. Raths, São Paulo: EPU, pg.77)

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6. Peça a outro participante explicar o que foi dito;

7. Peça ao autor do pensamento para resumir o que disse;

8. Pergunte se existe alguma incoerência;

9. Pergunte se algo foi simplesmente suposto, revele as suposições;

10. Pergunte a que levará o que foi dito. Quais as suas conseqüências? O que

vem depois?

11. Pergunte se todos devem acreditar na afirmação;

12. Pergunte se a afirmação é boa;

13. Pergunte: “como lhe ocorreu essa idéia”?

14. Pergunte se existe alguma coisa de que a pessoa goste muito;

15. Pergunte se a pessoa já pensou a respeito disso;

16. Pergunte se a pessoa faz isso muitas vezes;

17. Pergunte se isso é o que a pessoa acredita;

18.Pergunte como isso influi na vida da pessoa;

(In Aprender a Pensar, Louis E. Raths, São Paulo: EPU, pg.77)

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