MONOGRAFIA-FERNANDA DANTAS DOS SANTOS · DFC: Demonstração de Fluxo de Caixa DLPA: Demonstração...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS - DCEA CAMPUS DE CAICÓ FERNANDA DANTAS DOS SANTOS A UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE DE BALANÇO PARA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E OPERACIONAL DE UM SUPERMERCADO DA CIDADE DE SÃO JOSÉ DO SERIDÓ – RN CAICÓ – RN 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS - DCEA

CAMPUS DE CAICÓ

FERNANDA DANTAS DOS SANTOS

A UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE DE BALANÇO PARA VERIFICAÇÃO DA

SITUAÇÃO FINANCEIRA E OPERACIONAL DE UM SUPERMERCADO DA

CIDADE DE SÃO JOSÉ DO SERIDÓ – RN

CAICÓ – RN

2015

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FERNANDA DANTAS DOS SANTOS

A UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE DE BALANÇO PARA VERIFICAÇÃO DA

SITUAÇÃO FINANCEIRA E OPERACIONAL DE UM SUPERMERCADO DA

CIDADE DE SÃO JOSÉ DO SERIDÓ – RN

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: Profa. Ms. Luziana Maria Nunes de Queiroz

CAICÓ – RN

2015

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Santos, Fernanda Dantas dos.

A utilização da análise de balanço para verificação da situação financeira e operacional de um

supermercado da cidade de São José do Seridó RN / Fernanda Dantas dos Santos. - Caicó, 2015.

109 f: il.

Orientador: Luziana Maria Nunes de Queiroz.

Monografia (Bacharel em Ciências Contábeis) Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Centro de Ensino Superior do Seridó - Campus Caicó.

1. Contabilidade. 2. Demonstrações financeiras. 3. Demonstrações contábeis. I. Queiroz, Luziana

Maria Nunes de. II. Título.

RN/UF/BSE07 CDU 657

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FERNANDA DANTAS DOS SANTOS

A UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE DE BALANÇO PARA VERIFICAÇÃO DA

SITUAÇÃO FINANCEIRA E OPERACIONAL DE UM SUPERMERCADO DA

CIDADE DE SÃO JOSÉ DO SERIDÓ – RN

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicada do Centro de Ensino

Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título

de Bacharel em Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA

Profa. Ms. Luziana Maria Nunes de Queiroz- UFRN/CERES

Orientador

Profa. Esp. Clara Monise Silva-UFRN/CERES

Examinadora

Prof. Esp. Ney Fernandes de Araújo-UFRN/CERES

Examinador

CAICÓ – RN

2015

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Dedico com todo meu amor a Deus, aos meus pais e a minha família por estarem sempre comigo e me incentivarem a sempre persistir e a todos aqueles que contribuíram para que pudesse fazer esse sonho tornar-se realidade. Mãe e pai, o que sou hoje, devo a vocês.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, eu agradeço a Deus, pela vida, pela saúde, por toda sabedoria e

força de vontade que me deste. Por me ajudar a concretizar este sonho e não me deixar

desistir perante as dificuldades encontradas pelo caminho;

Aos meus pais, Inácio e Frassinete, por sempre batalharem para me darem os estudos,

por me incentivarem e ajudarem, por toda educação, amor, exemplo de vida, caráter,

honestidade e humildade que me passaram;

A minha irmã Iolanda e ao meu namorado Francimário, por estarem presentes em

minha vida, auxiliando-me e ajudando-me sempre que preciso;

Aos professores e colegas de faculdade, por todo auxílio, atenção, incentivo e

conhecimentos repassados. Em especial à professora Luziana, pela confiança, orientação e

ajuda para realização deste trabalho;

Aos meus familiares e amigos, pelo incentivo, apoio e confiança em mim depositados;

A minha avó Maria (em memória) por todo apoio que me deste, por toda ajuda, amor,

por sempre acreditar no meu potencial e me incentivar enquanto viveste aqui na terra;

Aos meus padrinhos, Rosildo e Valdenira, por toda ajuda, incentivo e apoio aos meus

estudos;

A Alessandra Sousa, por ter sido a primeira pessoa a me dá a mão e acreditar no meu

potencial;

Aos meus colegas de trabalho, nas pessoas de Eliane e André, por todo incentivo,

compreensão e ajuda em todos os momentos que precisei;

A meu amigo Isaías, por toda ajuda nos momentos que precisei;

A Francisco Lucena, por ter permitido que utilizasse os dados da sua empresa para

realização deste trabalho;

Obrigada a todos, por fazerem parte da minha vida e da minha história.

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“O estudo é o caminho certo

Para uma jovem aprendiz

Ame a Deus e a seus pais

Um dia será feliz.”

(Clidenor Clementino de Araújo)

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RESUMO

A contabilidade é a área que cuida de todas as documentações financeiras de uma empresa. Através da análise de balanços, pode-se extrair dados a partir das demonstrações financeiras, que quando analisadas fornecem informações importantes e significativas sobre o real patrimônio da entidade, deixando os usuários confiantes e seguros na hora de tomar as decisões necessárias. O referido trabalho, tem como objetivo analisar a situação operacional e financeira, com base nos dados das demonstrações contábeis dos últimos três anos (2012,2013 e 2014) da empresa Francisco das Chagas Lucena ME, com o intuito de verificar como está sua situação operacional e financeira. Este trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica e documental, seguida por um estudo de caso, em que através dos seus resultados, pudéssemos identificar como está o seu patrimônio. Foram calculados os seguintes índices: análise vertical e análise horizontal, índices de liquidez, índices de endividamento, índices de atividades, índices de rentabilidade/lucratividade, índices de alavancagem, análise dinâmica de capital de giro, fatores de insolvência, giro do ativo e ponto de equilíbrio. Os resultados encontrados mostram que a empresa apresenta uma análise vertical e horizontal com resultados crescentes, bons índices de liquidez, rentabilidade e retorno, como também elevados índices de endividamento. A empresa tem uma situação operacional, patrimonial, econômica e financeira satisfatória e tem capacidade de pagar todas as suas dívidas e obrigações e somente no ano de 2014 ela não obteve recursos próprios para pagar suas obrigações e dependeu totalmente de recursos de terceiros.

Palavras Chave:Contabilidade, Demonstrações Financeiras, Demonstrações Contábeis Índices Financeiros.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Balanço Patrimonial Reclassificado – Ativo 66

Tabela 2 - Balanço Patrimonial Reclassificado – Passivo 66

Tabela 3 - Demonstração do Resultado do Exercício Reclassificada 67

Tabela 4 - Análises Verticais e Horizontais - Ativo 68

Tabela 5 - Análise Vertical e Horizontal - Passivo 69

Tabela 6 - Análise Vertical e Horizontal – DRE 70

Tabela 7 - Cálculo dos Índices de Liquidez 77

Tabela 8 - Índices de Endividamento 80

Tabela 9 - Índices de Atividades 83

Tabela 10 - Índice de Rentabilidade/Lucratividade 88

Tabela 11 - Giro do Ativo 89

Tabela 12 - Índice de Rentabilidade/Lucratividade 91

Tabela 13 - Alavancagem 93

Tabela 14 - Análise Dinâmica de Capital 94

Tabela 15 - Fator de Insolvência 96

Tabela 16 - Modelo de Elizabetsky 98

Tabela 17 - Ponto de Equilíbrio 99

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Relação entre os prazos e os ciclos operacionais e financeiros 46

Gráfico 2 - Ponto de Equilíbrio 53

Gráfico 3 - Análise vertical do BP - Ativo 71

Gráfico 4 - Análise Vertical do BP - Passivo 72

Gráfico 5 - Análise Vertical – DRE 73

Gráfico 6 - Análise Horizontal do BP – Ativo 74

Gráfico 7 - Análise Horizontal do BP – Passivo 75

Gráfico 8 - Análise Horizontal da DRE 76

Gráfico 9 - Índices de Liquidez 78

Gráfico 10 - Índice de Endividamento 81

Gráfico 11 - Índices de Atividades 84

Gráfico 12 - Relação entre os prazos e os ciclos – ano 2012 85

Gráfico 13 - Relação entre os prazos e os ciclos – ano 2013 86

Gráfico 14 - Relação entre os prazos e os ciclos – ano 2014 87

Gráfico 15 - Índices de Rentabilidade 88

Gráfico 16 - Giro do Ativo 90

Gráfico 17 - Índice de Rentabilidade 91

Gráfico 18 - Alavancagem 93

Gráfico 19 - Análise Dinâmica de Capital 95

Gráfico 20 - Ponto de Equilíbrio – Ano 2012 100

Gráfico 21 - Ponto de Equilíbrio – Ano 2013 101

Gráfico 22 - Ponto de Equilíbrio – Ano 2014 102

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (Modelo Anglo-Saxão) 21

Quadro 2 - Estrutura do Balanço Patrimonial 28

Quadro 3 - Estrutura do Demonstração do Resultado do Exercício 29

Quadro 4 - Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 30

Quadro 5 - Estrutura da Demonstração de Fluxo de Caixa Indireto 31

Quadro 6 - Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado 34

Quadro 7 - Fórmula do Índice de Liquidez Geral 37

Quadro 8 - Fórmula do Índice de Liquidez Corrente 38

Quadro 9 - Fórmula do Índice de Liquidez Seca 39

Quadro 10 - Fórmula do Índice de Liquidez Imediata 39

Quadro 11 - Fórmula do Índice da Imobilização do Patrimônio Líquido 40

Quadro 12 - Fórmula do Índice de Participação de Capitais de Terceiros 41

Quadro 13 - Fórmula de Composição do Endividamento 42

Quadro 14 - Fórmula do Índice de Endividamento 42

Quadro 15 - Fórmula do Prazo Médio de Rotação dos Estoques 43

Quadro 16 - Fórmula do Prazo Médio de Recebimento das Vendas 44

Quadro 17 - Fórmula de Prazo Médio de Pagamento das Compras 44

Quadro 18 - Fórmula de Cálculo das Compras 45

Quadro 19 - Fórmula da Taxa de Retorno sobre Investimentos 47

Quadro 20 - Fórmula de Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido 47

Quadro 21 - Fórmula do Giro de Ativo 48

Quadro 22 - Fórmula da Margem Bruta 48

Quadro 23 - Fórmula da Margem Operacional 49

Quadro 24 - Fórmula da Margem Líquida 49

Quadro 25 - Fórmula da Alavancagem Operacional 50

Quadro 26 - Fórmula da Alavancagem Financeira 51

Quadro 27 - Fórmula da Alavancagem Total 52

Quadro 28 - Fórmula do Ponto de Equilíbrio 53

Quadro 29 - Fórmula do Fator de Insolvência – Kanitz 54

Quadro 30 - Fórmula do Fator de Insolvência – Elizabetsky 55

Quadro 31 - Fórmula do Capital Circulante Líquido 57

Quadro 32 - Fórmula da Necessidade de Capital de Giro 58

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Quadro 33 - Resumo da Necessidade de Capital de Giro (NCG) 59

Quadro 34 - Fórmula do saldo de Tesouraria 59

Quadro 35 - Resumo da Análise Dinâmica de Capital de Giro do CDG – IOG ou NCG e ST

ou ET 60

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LISTA DE FIGURA

Figura 1 - Termômetro de Insolvência -Modelo de Kanitz 55

Figura 2 - Termômetro Insolvência – Modelo de Elizabetsky 56

Figura 3 - Termômetro de Insolvência – Modelo Kanitz 97

Figura 4 - Termômetro Insolvência 2012 – Modelo Elizabetsky 98

Figura 5 - Termômetro Insolvência 2013 – Modelo Elizabetsky 98

Figura 6 - Termômetro de Insolvência 2014 – Modelo Elizabetsky 99

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC: Ativo circulante

ACC: Ativo circulante Cíclico

ACF: Ativo circulante Financeiro

AI: Ativo Imobilizado

ATM: Ativo Total Médio

BP: Balanço Patrimonial

C: Compra

CCL: Capital Circulante Líquido

CDF: Custos e Despesas Fixos

CDV: Custos e Despesas Variáveis Totais

CE: Composição do Endividamento

CF: Custos Fixos

CFC: Conselho Federal de Contabilidade

CMV: Custo das Mercadorias Vendidas

CS: Contribuição Social

CV: Custos Variáveis

DAS: Documento de Arrecadação Simplificado

DF: Despesas Financeiras

DFC: Demonstração de Fluxo de Caixa

DLPA: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DR: Duplicatas a Receber

DRE: Demonstração do Resultado do Exercício

DVA: Demonstração do Valor Adicionado

EF: Estoque Final

EG: Endividamento Geral

EI: Estoque Inicial

EPP: Empresa de Pequeno Porte

GA: Giro do Ativo

GAF: Grau de Alavancagem Financeira

GAO: Grau de Alavancagem Operacional

GAT: Grau de Alavancagem Total

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IE: Índice de Endividamento

IOG: Investimento Operacional em Giro

IPL: Imobilização do Patrimônio Líquido

IR: Imposto de Renda

LC: Liquidez Corrente

LI: Liquidez Imediata

LLE: Lucro Líquido do Exercício

LS: Liquidez Seca

LTDA: Limitada

MB: Margem Bruta

ME: Microempresas

ML: Margem Líquida

MO: Margem Operacional

NCG: Necessidade de Capital de Giro

NIG: Necessidade de Investimento em Giro

PC: Passivo Circulante

PCC: Passivo Circulante Cíclico

PCF: Passivo Circulante Financeiro

PCO: Passivo Circulante Oneroso

PCT: Participação de Capitais de Terceiros

PE: Ponto de Equilíbrio Contábil

PIB: Produto Interno Bruto

PL: Patrimônio Líquido

PLM: Patrimônio Líquido Médio

PMPC: Prazo Médio de Pagamento das Compras

PMRV: Prazo Médio de Recebimento das Vendas

PMRE: Prazo Médio de Rotação de Estoques

PNC: Passivo não Circulante

RIR: Regulamento de Imposto de Renda

RLP: Realizável a Longo Prazo

RT: Receita Total

RVT: Receitas de Vendas Totais

SD: Saldo Disponível

ST: Saldo de Tesouraria

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TRI: Taxa de Retorno sobre Investimentos

TRPL: Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido

VL: Vendas Líquidas

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 17

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA ........................................... 17

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA ............................................................................................ 18

1.2.1 Geral ............................................................................................................................ 18

1.2.2 Específicos ...................................................................................................................... 18

1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 19

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 20

2.1 CONTABILIDADE ........................................................................................................... 20

2.2 MICROEMPRESA (ME), EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP) E SOCIEDADE

LIMITADA .............................................................................................................................. 22

2.2.1 Regimes de Tributação .................................................................................................. 23

2.3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................... 25

2.4 USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................... 26

2.5 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EXIGIDAS .............................................................. 27

2.5.1 Balanço Patrimonial ...................................................................................................... 27

2.5.2 Demonstrações do resultado do Exercício ................................................................... 28

2.5.3 Demonstrações de lucros ou Prejuízos Acumulados / Demonstração das Mutações

do Patrimônio Líquido ........................................................................................................... 30

2.5.4 Demonstração do Fluxo de Caixa ................................................................................ 31

2.5.5 Balanço Social / Demonstração do valor Adicionado ................................................. 33

2.5.6 Notas Explicativas ......................................................................................................... 35

2.6 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE ......................................................................... 35

2.6.1 Reclassificação das Demonstrações Contábeis ........................................................... 36

2.6.2 Análise Vertical e Análise Horizontal .......................................................................... 36

2.6.3 Índices de Liquidez ........................................................................................................ 37

2.6.4 Índices de Endividamento ............................................................................................. 40

2.6.5Índices de Atividades (Índices de Prazos Médios) ....................................................... 42

2.6.6Índices de Rentabilidade/Lucratividade (Ponto de Equilíbrio) ................................. 46

2.6.7 Alavancagem Operacional e Financeira ...................................................................... 50

2.6.8 Ponto de Equilíbrio ........................................................................................................ 52

2.6.9 Fator de Insolvência ...................................................................................................... 53

2.6.10 Análise Dinâmica de Capital de Giro ....................................................................... 57

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3 METODOLOGIA................................................................................................................ 62

3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA .................................... 62

3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO .......... 63

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS ........................................ 63

3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ..................... 64

4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 65

4.1 PERFIL DA EMPRESA ..................................................................................................... 65

5 PARECER FINAL ............................................................................................................ 103

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 106

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 108

ANEXOS ............................................................................................................................... 110

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1INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA

No cenário da globalização e com o surgimento das inovações tecnológicas, muitas

empresas estão enfrentando problemas financeiros e econômicos para se manterdentro do

mercado de trabalho, devido às dificuldades financeiras e a competitividade. Muitos

administradores têm como objetivo principal a obtenção do lucro, com isso acabam

esquecendo de verificar como está a verdadeira situação da sua empresa, dificultando muitas

vezes a tomada de decisão. Assim, é necessário que eles organizem, comparem e interpretem

os componentes do seu patrimônio, de modo que utilizem uma contabilidade que seja

eficiente e eficaz, de acordo como portal da educação:

A contabilidade é a área que cuida de todas as documentações financeiras de uma empresa, podendo também auxiliar o empresário nas decisões que venham a envolver o dinheiro investido da empresa, para que não ocorram prejuízos, e se caso ocorra ele possa ter a capacidade de reverter esse problema.

Nesse contexto, os administradores precisam de contadores que os auxiliem a tomar as

decisões corretas, a fazer um estudo do presente, passado e futuro da empresa; através de uma

análise de balanços e demonstrações financeiras com o intuito de verificar como anda a

verdadeira situação da empresa, oferecendo informações claras e objetivas que possam

permitir que os usuários tomem conhecimento da sua real situação.

A análise de Balanços permite que se extraia dos demonstrativos contábeis apurados e divulgados por uma empresa, informações úteis sobre seu desempenho econômico-financeiro, podendo atender aos objetivos de análise dos investidores, credores, concorrentes, empregados, governo, etc. (ASSAF NETO, 2010,p. 36).

Deste modo, a análise de balanços é de fundamental importância para a empresa, uma

vez que, além de extrair informações importantes dos seus demonstrativos, ela permite avaliar

o seu desempenho e assim verificar-se o que está bom e o que pode ser melhorado de maneira

que leve ao crescimento da organização e ao mesmo tempo possa atender tanto aos objetivos

externos como internos.

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Neste trabalho irá abordar sobre as demonstrações contábeis exigidas pela Lei nº

6.404/76 da Sociedade por Ações. Porém no estudo de caso, analisará apenas O Balanço

Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, com o intuito de fazer uma

análiseclara e objetiva da situação econômica e financeira da empresa, que podem ser

extraídos do estudo cuidadoso do Balanço Patrimonial e DRE, uma vez que a Análise das

Demonstrações Contábeis consiste na decomposição, comparação e interpretação desses

dados.

Tendo em vista que a contabilidade é de fundamental importância para as empresas, e

que a cada dia os empresários estão necessitando de suas análises para auxiliar nas suas

decisões, esta pesquisa busca responder ao seguinte questionamento: Através das

demonstrações contábeis, qual a situação operacional e financeira de um supermercado

localizado na cidade de São José do Seridó-RN?

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.2.1 Geral

Analisar a situação Operacional e financeira de um Supermercado localizado na

cidade de São José do Seridó-RN, com base nas informações das demonstrações contábeis

dos últimos três anos (2012, 2013 e 2014), buscando fazer um levantamento econômico de

suas demonstrações.

1.2.2 Específicos

� Realizar uma consulta bibliográfica acerca da Análise de Demonstrações

Contábeis;

� Evidenciar as Demonstrações Contábeis exigidas pela Lei 6.404/76 da

sociedade por ações e suas alterações posteriores;

� Apresentar as principais Técnicas e Métodos da Análise de Demonstrações

Contábeis;

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� Analisar o balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício,

afim de identificar sua situação, bem como, o desenvolvimento econômico-financeiro e

Patrimonial da empresa;

� Calcular e interpretar os índices de liquidez e os fatores de insolvência da

análise financeira das Demonstrações Contábeis.

1.3JUSTIFICATIVA

A contabilidade é o grande instrumento que fornece informações aos usuários sobre

determinada organização. Com a Análise de Balançose a Análise das Demonstrações

Contábeis, os contadores podem auxiliar os gestores na tomada de decisão, orientando-os com

vistas a esclarecer as dúvidas que eles estão encontrando.

Deste modo, é de grande importância a Análise das demonstrações Contábeis para as

empresas, pois elas extraem os dados dos Balanços, para que seja feito um estudo detalhado e

assim averiguar a situação econômica e financeira da entidade, facilitando o entendimento dos

usuários sobre as demonstrações Contábeis elaboradas.

Porém, a Análise de Balanços é feita para atender principalmente os usuários internos

da organização, para só assim corresponderem aos externos, tendo em vista que os internos

precisam da análise para saber o que está acontecendo dentro da empresa, facilitando a

concretização dos objetivos traçados para a entidade.

AAnálise das Demonstrações Contábeis pode ser utilizada pelos administradores e ou

gestores como a principal ferramenta de auxílio para a tomada de decisões; e também como o

meio de se saber onde a empresaestá enfrentando maiores dificuldades; se está ocorrendo uma

boa rotatividade de mercadorias, quais os pontos fortes e fracos que a empresa apresenta no

seu exercício financeiro e operacional, dentre outros.

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2REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade surgiu desde o início da civilização, em uma época que não existia

moeda e que os pastoreios sem terem o que fazer sentiram a necessidade de contarem seus

rebanhos e eles utilizavam pedrinhas para contar quanto que o rebanho cresceu de um inverno

para outro.

De acordo com Iudícibus, Marion e Faria (2009, p. 4).

[...] Na monotonia do inverno, entre os balidos ininterruptos das ovelhas, o homem tem uma idéia. Havendo um pequeno monte de pedrinhas ao seu lado, o homem separa uma pedrinha para cada cabeça de ovelha, executando assim o que a contabilidade chamaria hoje de inventário. Após o término desta missão, o homem separa o conjunto de pedrinhas, guardando-as com muito cuidado, pois o conjunto representava a sua riqueza em determinado momento.

Conforme Iudícibus, Marion e Faria (2009), o que fica bem claro é que mesmo sem

moeda, escrita e número, a contabilidade como inventário já existia, ficando evidenciado que

ela é tão antiga quanto a existência do homem em atividade econômica, ou melhor, quem

sabe, do homem sapiente. Esta pode ser chamada de fase empírica da contabilidade, em que

se utilizavam desenhos, figuras, imagens, para identificar o patrimônio existente. Sendo a

função da contabilidade desde o início da civilização, avaliar a riqueza do homem.

Vale ressaltar que o método das partidas dobradas, foi a primeira literatura relevante

escrita pelo Frei Luca Pacioli em 1494. Literatura esta que expressa a causa e o efeito do

fenômeno Patrimonial, com os termos débito e crédito. Obra esta que pode ser vista como o

início do pensamento científico da contabilidade. Alguns outros autores também destacam-se

no panorama contábil brasileiro, dentre eles podemos destacar Carlos de Carvalho, Francisco

D’Auria, Frederico Hermann Júnior, Hilário Franco, dentre outros.

São sete os princípios fundamentais de contabilidade: Entidade, Continuidade,

Oportunidade, Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária, Competência e

Prudência. Onde o princípio da Entidade reconhece o patrimônio como sendo o objeto da

contabilidade e há uma necessidade de diferenciação do patrimônio próprio com o patrimônio

da entidade, pois o patrimônio da pessoa física não se confunde, nem se deve misturar com o

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da pessoa jurídica em que fizer parte. Com relação ao princípio da Continuidade, ele

pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e sendo assim a mensuração e

apresentação dos componentes do patrimônio leva em conta esta circunstância. Tratando-se

do princípio da Oportunidade, ele se refere ao momento em que devem ser registradas as

variações patrimoniais, que devem ser registradas imediatamente e de forma integral,

independentemente das causas que a originaram, contemplando os aspectos físicos e

monetários.Quando se trata do princípio do Registro pelo Valor Original, ele determina que os

componentes do patrimônio devem ser inicialmente registradas pelos valores originais das

transações, expressos em moeda nacional. O princípio da Atualização Monetária por sua vez

representa um ajuste nos valores originais, mediante aplicação de indicadores oficiais, que

reflitam a variação do poder aquisitivo da moeda. Falando do princípio da Competência, ele

estabelece que as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período

em que foram geradas, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,

independentemente de recebimento ou pagamento, pois sempre prevalece o período em que

ocorreram. E se falando do princípio da Prudência, ele por sua vez determina a adoção do

menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do Passivo,

sempre que apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Já os princípios contábeis geralmente aceitos (modelo anglo-saxão) Niyama e Silva

(2008, p.99) dizem:

[...] os princípios contábeis geralmente aceitos tem-se uma representação de um conjunto de regras, normas, procedimentos e critérios para a orientação da atividade do contador. São identificados como postulados os axiomas que não requerem a comprovação; princípios, as diretrizes mais gerais; e convenções, as normas e procedimentos que restringem a aplicação desses princípios.

Quadro 1 - Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (Modelo Anglo-Saxão)

Postulados:

Entidade e Continuidade

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Convenções:

Objetividade, Materialidade, Consistência e Conservadorismo

Princípios:

Custo com base no valor, realização de receita e confrontação com despesa e denominadorcomum

monetário.

Fonte: Adaptado deNimaya e Silva (2008,p. 98).

Onde os postulados são considerados como os axiomas que não requerem a

comprovação, os princípios são as diretrizes mais gerais e as convenções são as normas e

procedimentos que restringem a aplicação desses princípios.

2.2 MICROEMPRESA (ME), EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP) E SOCIEDADE

LIMITADA

Podemos ter uma definição de microempresa e Empresa de Pequeno Porte, através da

lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, capítulo 11, Art. 3º, que diz:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei complementar, consideram-semicroempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002 (código civil), devidamente registrado no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I- no caso de microempresa, aufira, em cada ano- calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 ( Trezentos e sessenta mil reais); e II- no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário , receita bruta superior a R$ 360.000,00 ( Trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (Três milhões e seiscentos mil reais).

Desta forma, podemos observar claramente que a definição das ME e EPP, se dá

através da classificação do faturamento bruto anual. A legislação brasileira dá um tratamento

diferenciado no que se refere aos aspectos administrativos e obrigações fiscais e creditícias,

uma vez que o principal objetivo para com essas empresas é que elas tenham melhores

condições de crescimento e melhores perspectivas para manter-se no mercado.

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No que diz respeito às sociedades limitadas são aquelas que são formadas por dois ou

mais sócios, que contribuem com moedas ou bens avaliáveis em dinheiro para a formação do

capital social. Cada sócio é responsável pelo valor do seu capital social (ou suas quotas),

porém eles respondem pela integralização do capital total, podendo ter um ou mais sócio

administrador que seja o responsável pelas tomadas de decisões da empresa, aquele que fique

a frente de tudo e responda pelos aspectos administrativos. Se algum dos sócios for sair, o

outro pode comprar a parte que aquele integralizou na sociedade, ou então pode optar por ser

formada uma nova sociedade com a outra pessoa que comprou as quotas do sócio que esteja

deixando a sociedade. A sociedade empresária limitada poderá optar por se enquadrar como

Microempresa, Empresa de Pequeno Porte, Médio ou grande Porte, se atendidas as exigências

contidas na Lei 6.404/76 da lei das Sociedades por Ações.

2.2.1 Regimes de Tributação

São quatro os tipos de regime de tributação existentes no Brasil: O simples Nacional, o

Lucro Presumido, o lucro real e o Lucro Arbitrado. O empresário precisa ter muito cuidado e

atenção na hora de escolher qual a atividade que vai executar na sua empresa. O bom seria

que o administrador antes de escolher o regime de tributação que deseja optar, que ele

juntamente com o contador realizassem alguns cálculos, estimando as receitas e os custos que

a empresa poderia ter, com base nos valores contábeis previstos para o orçamento anual,

levando em consideração qual dos quatro tipos de regime poderia tornar-se mais vantajoso e

econômico, o pagamento dos encargos e tributos que a empresa possa vir a dever, como

também analisar a limitação específica de cada tipo de regime tributário, dando sempre ênfase

a modalidade que a empresa apresenta.

O Simples Nacional, como o próprio nome já diz, consiste na forma mais simplificada

de arrecadação, sendo bastante atrativo para as pessoas jurídicas que se enquadram na

condição de Microempresa ou Empresas de Pequeno Porte, previstos na lei complementar nº

123 de 2006. O imposto é calculado com base na receita bruta. As alíquotas tendem a ser

menores, variando entre 4% e 17,42% em função do segmento. Com a vantagem de um

pagamento único, denominado DAS (Documento de Arrecadação Simplificada) que engloba a

maior parte dos impostos, sendo eles: IRPJ, CSLL, PIS/ PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISS e

Contribuição para seguridade social.

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Porém para se enquadrar no Simples nacional, o faturamento anual não pode

ultrapassar o limite de R$ 3.600.000,00 a partir de 2012.

O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base

de cálculo do Imposto de Renda e da contribuição social, que são apurados trimestralmente,

onde a alíquota de cada tributo (15% ou 25% de IRPJ E 9% de CSLL) são calculados com

base num percentual estabelecido sobre o valor das vendas ou prestação de serviços,

independentemente da apuração dos lucros. Do qual a presunção do tributo varia de 1,6% d

32% do faturamento, dependendo da atividade que a empresa exerce. Como este potencial

deriva da margem de lucro para cada atividade, ele se torna mais vantajoso para as empresas

em que o lucro seja superior a 32% do faturamento bruto; porque como a maior parte das

empresas a base de cálculo para os impostos é 32%, no lucro presumido esta já é a base

presumida.

Mas, nem todas as empresas podem optar pelo Lucro Presumido, pois há restrições

relativas ao objeto social e ao faturamento, que a partir de 2014, o limite da receita bruta para

este tipo de regime de tributação ficou de até R$ 78 milhões o valor da receita total no ano-

calendário anterior. E como nem tudo são flores, a desvantagem por optar por esse regime de

tributação é que nele não pode aproveitar os créditos do PIS e da COFINS, pelo fato de

recolherem com alíquotas mais baixas, uma vez que estão fora do sistema cumulativo.

O Lucro real é o regime de tributação pelo qual os impostos são calculados com base

no valor líquido da empresa. Somente as despesas comprovadas poderão ser consideradas

para fins de dedução e compensação, pois esta modalidade requer uma rigorosa escrituração

contábil. Esse regime é normalmente adotado pelas grandes empresas, que apresentam muitas

despesas ou por aquelas que são obrigadas a adotar esse regime por força de lei. Ele também é

recomendado para empresas em que o seu lucro é inferior a 32% da receita bruta, sendo este

calculado no resultado da receita, menos as despesas dedutivas. Assim a partir da apuração do

Lucro é que são calculados os impostos e as contribuições federais (IRPJ, CSLL, impostos

estaduais e municipais, como ICMS e ISS). As empresas que optarem pelo lucro real, tem que

ter uma receita total no ano-calendário anterior que seja superior ao limite de R$

78.000.000,00, dentre outras descritas no regulamento do Imposto de Renda(RIR/1999).

As empresas optantes pelo lucro real, podemoptar por calcular o IRPJ e a CSLL

trimestralmente ou anualmente. Na apuração trimestral, o IPJ e a CSLL são calculados com

base no resultado apurado no final de cada trimestre civil, de forma isoladamente. Deste

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modo, durante o ano acontecem quatro apurações, estas que não podem ser antecipadas para

ser calculadas mensalmente, como acontece no caso da apuração anual. Nesse caso, quando se

trata da apuração anual, o IRPJ e a CSLL são calculados mensalmente com base no

faturamento mensal, que será aplicado um percentual predeterminado de acordo com o

enquadramento das atividades para estimar o lucro, como também há a possibilidade de

levantar balancetes mensais que irão reduzir ou suspender o recolhimento da CSLL e IRPJ,

caso demonstre nos balancetes um lucro real menor que aquele que já foi estimado.

Ao final do ano a pessoa jurídica levanta um balancete anual, onde serão calculados o

IRPJ e a CSL. Caso o valor seja maior do que aquele descontado nas antecipações pagas

mensalmente, o empenho fica com um crédito a seu favor.

O lucro arbitrado até então é a modalidade de tributação menos utilizada, uma vez que

ele sempre é utilizado como última alternativa e que só acontece quando no momento da

fiscalização o fisco não confia na escrituração do contribuinte, seja devido a falta de

documentos, que permitam fornecer a comprovação de que realmente aconteceu aquele fato.

Isto acontece geralmente com empresas que usam o regime de tributação real ou presumido,

que quando são fiscalizados se recusam a atender às solicitações exigidas e fornecer os

documentos solicitados para que os órgãos fiscalizados possam efetuar o seu trabalho.

2.3ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A Análise das demonstrações contábeis pode ser considerada que é tão antiga quanto a

própria contabilidade, uma vez que nos primórdios das civilizações quando a base da

contabilidade era a geração de inventários, o analista já se preocupava em analisar e anotar

qual foi o seu real crescimento, tanto de maneira qualitativa como quantitativa.

Desta forma, com a preocupação que o homem tinha de verificar a evolução do seu

patrimônio, surgiu a necessidade de saber como se apresentava a situação econômico-

financeira da empresa, pois na medida que a análise das demonstrações contábeis já foi se

solidificando, ela teve um ágil desenvolvimento dentro do sistema bancário, isso por volta de

do século XIX, quando os bancários começaram a exigir das empresas uma análise de

balanços, com o intuito de certificar-se se a empresa tinha meios de pagar os empréstimos

solicitados e isto está vigorando até hoje, quando elas pedem relações e/ ou provisões de

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faturamento, baseados nas vendas das empresas, para analisar se ela terá condições de cumprir

com as solicitações que lhes forem permitidos.

De acordo com Matarazzo (2010, p. 3):

A Análise de Balanços objetiva extrairinformações das demonstrações financeiras para as tomadas de decisão. As Demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com as regras contábeis. A Análise de balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficientequanto melhores informações produzir.

Sendo assim, se Análise de balanços extrai os dados necessários das demonstrações

contábeis e os transformam em informações importantes para seus usuários. Estas por sua vez

facilitam o trabalho dos administradores, pois eles ficam mais seguros e confiantes na hora de

tomar as decisões que forem necessários.

2.4 USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A Análise das Demonstrações Contábeis está relacionada a diversos tipos de usuários.

De acordo com Braga (2009, p. 18),

Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se os investidores atuais e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público [...].

Assim, como a Análise das Demonstrações Contábeis tem uma variedade de

interessados, ela pode ofertar uma série de benefícios, a partir da análise de seus dados, que

são primordiais para a tomada de decisões dos usuários, fornecendo uma ampla visão sobre os

vários elementos extraídos que a partir da análise através dos diversos indicadores poderia

facilitar uma melhor compreensão e entendimento.

Segundo Assaf Neto (2010, p. 39):

A análise das demonstrações Contábeis de uma empresa pode atender os diferentes objetivos consoante, os interesses de seus vários usuários ou pessoas físicas ou jurídicas que apresentam algum tipo de relacionamento com a empresa. Nesse processo de avaliação cada usuário procurará detalhes específicos e conclusões próprias e, muitas vezes não coincidentes.

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Portanto, cabe aos usuários a utilizarem a análise das demonstrações contábeis, da

forma que acharem convenientes e necessários para auxiliá-los no que for preciso, de forma

que eles devem analisar com bastante cuidado, para assim não correr o perigo de tirarem

conclusões que não sejam concisas.

2.5DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EXIGIDAS

A Lei das sociedades por Ações (lei nº 6.404/76- modificada pelas leis nº 11.638/07 e

11.941/09) determina que a estrutura básica das quatro demonstrações contábeis principais

são: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração dos

lucros/Prejuízos Acumulados ou Demonstração da mutações do Patrimônio Líquido e

Demonstração do Fluxo de Caixa. Outras demonstrações também podem ser elaboradas para

os usuários externos tais como, Demonstração do valor adicionado e o Balanço Social, sem

esquecer que as notas Explicativas completam todas as Demonstrações Contábeis.

As demonstrações contábeis são importantes para os usuários internos e externos, uma

vez que, conforme Assaf Neto (2007), através das demonstrações contábeis de uma empresa é

possível extrair informações a respeito de sua posição econômica e financeira. As

demonstrações são elaboradas ao final de cada exercício social, evidenciando a posição

patronal e financeira da empresa, apresentando em sua composição duas peças básicas que

são utilizados para análise, tais como o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado

do Exercício; onde essas demonstrações são comtempladas por outras, com intuito de

englobar os diversos aspectos sobre o desempenho da situação da empresa.

De acordo com Blatt(2001, p. 18) as demonstrações contábeis têm como objetivo:

Registrar e controlar o patrimônio das organizações, a fim de avaliar todos os fatos relacionados com a formação, com a movimentação e com as variações do patrimônio, fornecendo informação para os administradores, proprietários e terceiros sobre como a organização está desenvolvendo as suas atividades econômicas para alcançar seus fins.

2.5.1BalançoPatrimonial

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que apresenta de forma qualitativa e

quantitativa a posição patrimonial e financeira da empresa em um determinado período de

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tempo (no final o exercício ou no período prefixado). Ele é composto de três partes: Ativo,

Passivo e Patrimônio Líquido, onde no Ativo ficam todos os bens e direitos da empresa, o

Passivo compreende as obrigações e o Patrimônio Líquido é a diferença entre o Ativo e

Passivo e representa o capital investido pelos sócios proprietários da empresa.

Assaf Neto (2010, p. 47) diz que:

O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e, muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum tempo após seu encerramento. No entanto, pelas relevantes informações de tendências que podem ser extraídas de seus diversos grupos de contas, o balanço servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira de uma empresa.

Ou seja, o balanço patrimonial representa a fotografia da situação da empresa em

determinado momento.

Quadro 2 - Estrutura do Balanço Patrimonial

Ativo Passivo

Passivo Circulante

Ativo Circulante Passivo Não Circulante

Ativo Não Circulante

• Realizável a longo Prazo

• Investimento

• Imobilizado

• Intangível

Patrimônio Líquido

• Capital Social

• Reserva de Capital

• Reserva de Lucro

• (-) Ações em Tesouraria

• Ajustes e Avaliação Patrimonial

• Ajustes Acumulados de Conversão

• Prejuízos Acumulados

Fonte: SILVA, (2013, p. 125).

2.5.2 Demonstrações do resultado do Exercício

A Demonstração do resultado do Exercício (DRE) é um relatório contábil que

descreve as operações realizadas pela empresa em um determinado período e apresenta

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exclusivamente os saldos acumulados das contas de receitas, custos e despesas (as chamadas

“contas de resultados”).

Segundo Assaf Neto (2010, p. 64);

A demonstração de resultado do exercício visa fornecer, de maneira esquemática, os resultados (lucro ou prejuízo) auferido pela empresa em determinado exercício social, os quais são transferidos para contas do patrimônio líquido. O lucro (ou prejuízo) é resultante de receitas, custos e despesas incorridas pela empresa no período e apropriados segundo o regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses valores ou recebidos.

Desta forma, a demonstração do resultado do exercício registra todas as receitas e

despesas, apresentando de forma resumida o movimento das entradas e saídas que afetam o

patrimônio líquido da mesma, fornecendo dados significativos sobre a sua real situação

patrimonial.

Quadro 3 - Estrutura do Demonstração do Resultado do Exercício

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

(-) Vendas canceladas

(-) Abatimentos sobre vendas

(-) Impostos sobre vendas

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) Custo dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos

LUCRO BRUTO

(-) Despesas com vendas

(-) Despesas administrativas

(-) Despesas gerais

(-) Outras despesas e receitas operacionais

RESULTADO ATIVIDADES DA DESPESA

(+/-) Despesas de equivalência patrimonial

RESULTADO ANTES DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS

(+/-) Despesas e receitas financeira

RESULTO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO

(+) Despesas com tributos sobre os lucros

(-) Participações)

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30

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO

Fonte: SILVA, (2013, p. 133).

2.5.3 Demonstrações de lucros ou Prejuízos Acumulados / Demonstração das Mutações

do Patrimônio Líquido

A Demonstração e Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), evidencia a integração

entre o Balanço Patrimonial, e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), fornecendo

basicamente a movimentação da conta lucros ou prejuízos acumulados. E a demonstração

contábil mais abrangente que a DLPA, pois além de demonstrar o lucro, demonstra as

variações das contas de todo o patrimônio líquido, tais como: as reservas de capital de lucros,

dentre outras.

Assaf Neto (2010, p. 78) diz

A demonstração das mutações do patrimônio líquido é um demonstrativo contábil mais abrangente que a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, podendo a sociedade optar por sua elaboração ou não. Se publicado, esse demonstrativo substitui legalmente o dos lucros acumulados. A demonstração das mutações patrimoniais abrange todas as contas do patrimônio líquido identificando os fluxos ocorridos entre uma conta e outra e as variações (acréscimos e diminuições) verificados no exercício.

Desta forma a demonstração das mutações do patrimônio líquido torna-se uma

demonstração mais completa que a DLPA, por evidenciar toda a variação das contas do

Patrimônio Líquido.

Quadro 4 - Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Capital

realizado

Reservas

de capital

Reservas

de lucros

Lucros

acumulados

Ajustes Total

Saldos em 31-12-X0

• Correção Monetária

• Aumento De Capital

Com Lucros Reservas

Por Subscrições

Realizadas

• Lucro Líquido Do

Exercício

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• Destinação Do Lucro

Líquido

Reserva Legal

Reserva Estatutária

Dividendos

Saldos em 31-12-X1

Fonte: MATARAZO (2010, p. 32).

2.5.4 Demonstração do Fluxo de Caixa

A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) é um dos principais relatórios contábeis

para fins gerenciais. Evidencia as movimentações (entradas e saídas) ocorridas no saldo de

disponibilidade (Caixa e equivalentes de Caixa), apresentando as alterações ocorridas em

determinado período de tempo.

De acordo com Assaf Neto (2010, p. 84) “a DFC permite que se analise,

principalmente a capacidade da empresa em honrar seus compromissos financeiros, gerar

resultados de caixas futuros, e sua liquidez e solvência financeira.” Ela pode ser apresentada

por dois métodos, o direto e o indireto.

De acordo com Padoveze e Benedito (2010, p. 55):

O método indireto evidencia a movimentação do saldo de caixa do período, partindo geração de caixa por meio da demonstração de resultado e das variações dos elementos patrimoniais do balanço que geram ou necessitam de caixa. O método direto, que evidencia a movimentação do saldo de caixa do período, coletando as informações específicas das entradas e saídas de numerário constante das contas de disponibilidade (caixa, bancos e aplicações financeiras).

Deste modo, a demonstração de fluxo de caixa é um importante instrumento de análise

financeira das empresas, por ser de fácil entendimento e fornecer informações contábeis que

auxiliam nas tomadas de decisões.

Quadro 5 - Estrutura da Demonstração de Fluxo de Caixa Indireto

FLUXOS OPERACIONAIS R$

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32

Resultados Líquido

(+) Depreciação

Aumento | Redução de Duplicatas a Receber

Aumento em Duplicatas Descontadas

Aumento em Provisão para crédito de Liquidação Duvidosa

Aumento | Redução em Estoques

Aumento | Redução em Fornecedores Redução de Salários a Pagar

Outros

Caixa Líquido das Atividades

FLUXOS DE INVESTIMENTOS

Pagamentos na compra de Imobilizado

Recebimento pela venda de Imobilizado

Outros

Caixa Líquido de Investimento

FLUXOS DE FINANCIAMENTO

Integralização de aumento de capital

Amortização de Empréstimos e Financiamentos

Recebimentos | Pagamento de Dividendos

Novas Captações de Empréstimos e Financiamentos

Outros

Caixa Líquido de Financiamentos

AUMENTO | EDUCAÇÃO DE CAIXA

SALDO INICIAL DE CAIXA

SALDO FINAL DE CAIXA

X

X

X

X

X

X

X

X

XX

X

X

X

XX

X

X

X

X

X

XX

XX

XX

XX

Fonte: Assaf Neto (2010, p. 85).

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2.5.5 Balanço Social / Demonstração do valor Adicionado

Segundo Assaf Neto (2010, p. 86):

O Balanço Social é um instrumento que a contabilidade coloca à disposição da sociedade para demonstrar suas relações com a empresa (entidade). A maneira geral, ele descreve de forma ampla a realidade econômica e social de uma entidade, sendo esta possível de avaliação.

Assim, o balanço social fornece dados aos usuários da informação contábil referente

as políticas internas, sobre o desempenho econômico e financeira das empresas, evidenciando

também os fatos sociais relevantes da mesma,

Algumas empresas elaboram o balanço social, por ser uma peça fundamental para a

divulgação de informação sociais, ambientais e econômicas à sociedade, porém esse

demonstrativo ainda não é exigido legalmente, mas é utilizado como estratégica de negócios

para entidades que são consumidoras de recursos materiais por fornecer informações sobre os

impactos que a empresa causa perante o ambiente que está inserido.

Iudícibus, Marion e Faria (2009, p 203) enfatiza que,

O Balanço Social evidencia o perfil social das empresas: relações de trabalho dentro da empresa (empregados: quantidade, sexo, escolaridade, encargos sociais, gastos com alimentação, educação e saúde do trabalhador, previdência privada); tributos pagos; investimentos para a comunidade (em cultura, esportes, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social etc.) investimentos no meio ambiente etc. Há quatro tipos de vertentes de Balanço Social, sendo que a que mais se destaca é a Demonstração do Valor Agregado ou Adicionado.

A elaboração e divulgação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) não é

obrigatória para todas as empresas, porém com a Lei 11.638/07 ela tornou-se obrigatória para

as sociedades econômicas de capital aberto. Para Iudícibus, Marion e Faria (2009) essa lei

determina que a empresa deve evidenciar o valor da riqueza gerada e a sua distribuição entre

os agentes que contribuíram para a geração desta riqueza, tais como empregados,

financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.

A Demonstração do Valor Adicionado é uma vertente do Balanço Social, apresenta

informação de natureza econômica, uma vez que permite apurar e analisar o desempenho

econômico da empresa e a relação entrea empresa e a sociedade.

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Assaf Neto (2010, p. 87) diz que:

Um benefício notório dessa demonstração é que pode ser utilizada como forma de avaliação de desempenho e de acompanhamento de agregação do valor para a sociedade, ou seja, o quanto a empresa agregou de valor efetivamente para a sociedade no exercício. Outro proveito da DVA está baseado no fato de ser um excelente macroeconômico servindo para mensurar a riqueza gerada pelas atividades das empresas.

A DVA fornece muitas informações aos usuários, referentes ao quanto criou de

riqueza e como foi efetivada a distribuição. Dentre os usuários pode-se destacar governos,

empresas, bancos etc. Como são necessários muitas informações para elaborar o balanço

social de uma empresa, a DVA é fundamental e auxilia bastante na elaboração do mesmo.

Quadro 6 - Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado

Item Contas Valores

monetári

os $

1 RECEITAS

Vendas de mercadorias, produtos e serviços

2

(-) Insumos Adquiridos de Terceiros

Materiais Consumidos

Outros Custos de produto

Energia

Serviço de terceiros

Outros

3 = VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2),

4 Retenção

Depreciação

Amortização

Exaustão

5 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA

ENTIDADE (3-4)

6 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

Resultado de equivalência patrimonial

Receitas Financeiras

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35

7 VALOR TOTAL A DISTRIBUIR (5-6)

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Pessoal e encargos

Impostos, Taxas e Contribuições

Juros e aluguéis

Juros sobre capital próprio e dividendos

Juros retidos e prejuízos do exercício

Fonte: Assaf Neto (2010, p. 88) Baseado no Ofício Circular CVM nº 01100.

2.5.6 Notas Explicativas

As notas explicativas contêm informações adicionais àquelas apresentadas no balanço

patrimonial, nas demonstrações contábeis. Elas formam descrições normativas e detalhes

acerca dos índices apresentados nessas demonstrações. De acordo com Silva (2013, p. 81):

Conforme o § 4º do art. 176, da lei nº 6404/76 as demonstrações serão complementares por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimentos da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

Para Assaf Neto (2010, p. 89):

As Notas Explicativas são normalmente apresentadas ao final das demonstrações financeiras publicadas, sendo obrigatórias para as companhias abertas. Representam uma contemplação das demonstrações contábeis, passando a fazer efetiva do conjunto de publicações previstas na lei das Sociedades por Ações.

2.6 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE

As técnicas de análises são os métodos pelos quais são extraídos índices a partir das

demonstrações contábeis, que são utilizados para facilitar um melhor entendimento da

situação econômico-financeira da empresa, bem como auxiliar os administradores nas

tomadas de decisões. A seguir serão abordadas as principais técnicas.

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36

2.6.1 Reclassificação das Demonstrações Contábeis

Reclassificação das demonstrações contábeis é uma outra forma de interpretação dos

elementos que compõem os balanços, classificando-os em outros grupos que se possa obter

informações exatas da situação patrimonial da empresa a ser analisada.

Marion (2012, p. 26) diz que a reclassificação das demonstrações contábeis “significa

uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas DC, sobretudo no

Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício”.

Após as alterações da Lei nº 6404/76 – lei das Sociedades por Ações, que foi alterada

pela lei 11638/07 e a lei 11941/09, apresentando uma nova estrutura de balanço patrimonial,

diminui a necessidade da reclassificação das contas, porém algumas ainda devem ser

reclassificadas, como, as duplicatas descontadas e as despesas antecipadas, por exemplo.

Assim devemos averiguar todas as contas do balanço patrimonial e da DRE para verificar se

elas estão classificadas no grupo correto e assim realizar uma análise eficaz acerca das contas

apresentadas nos demonstrativos contábeis das empresas.

2.6.2 Análise Vertical e Análise Horizontal

A análise vertical e a análise horizontal devem ser utilizadas para completar as

observações no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício, pois através

da análise dos indicadores econômicos e financeiros, pode-se obter uma visão geral sobre os

itens dos demonstrativos e assim avaliar de forma mais correta a evolução da empresa, ao

longo do tempo.

De acordo com Assaf Neto (2010, p. 101), “a análise vertical é também um processo

comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de

contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo”.

A técnica de análise vertical consiste em calcular o percentual de cada conta em

relação a um valor-base. No balanço patrimonial, por exemplo, calcula-se o percentual de

cada conta em relação ao total do ativo e passivo. Deste modo, possibilita ao analista verificar

a representatividade das contas individualmente, evidenciando a sua participação com os

elementos em conjunto.

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Conforme Matarazzo (2010, p. 176), o objetivo da análise horizontal é de “mostrar a

evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir

tirar conclusões sobre a evolução da empresa”.

Deste modo, além de acompanhar o desempenho de todas as contas que compõem as

demonstrações analisadas, podemos verificar os elementos e avaliar suas modificações com o

passar do tempo.

O critério do cálculo da análise horizontal, consiste em escolher um exercício que

normalmente é o primeiro ano a ser analisado, onde a todos os valores o percentual

considerado é 100 (cem) e a partir desse primeiro exercício pode-se fazer o cálculo dos

demais anos, levando sempre em consideração o primeiro ano, para servir de base para os

exercícios seguintes.

2.6.3 Índices de Liquidez

Os índices de liquidez procuram medir a capacidade financeira que a empresa tem de

saldar seus compromissos com terceiros, sejam eles de curto ou longo prazo.

Os índices de liquidez são divididos em Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Liquidez

Seca e Liquidez Imediata.

• Liquidez Geral (LG)

O Índice de Liquidez Geral revela a capacidade financeira da empresa em saldar seus

compromissos com os credores de curto e longo prazo.

Quadro 7 - Fórmula do Índice de Liquidez Geral

Fonte: Silva (2005, p. 308)

Sendo: AC = Ativo Circulante

RLP = Realizável a Longo Prazo

PC = Passivo Circulante

�� =�� + ���

�� + ��

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38

ELP = Exigível a Longo Prazo

Para Silva (2005, p. 309) “do ponto de vista de capacidade de pagamento, a

interpretação do índice de liquidez geral é no sentido de quanto maior, melhor, mantidos

constantes os demais fatores”.

Segundo Assaf Neto (2010, p. 164) “esse indicador revela a liquidez, tanto a curto

quanto a longo prazo. De cada $ 1 que a empresa mantém de dívida, o quanto existe de

direitos e haveres circulantes e no realizável a longo prazo”.

• Liquidez Corrente (LC)

O Índice de Liquidez Corrente revela a capacidade de pagamento das dívidas da

empresa em outro prazo. Evidencia o quanto ela possui em disponível e bens realizáveis a

curto prazo, até o próximo exercício social, comparando com as obrigações que devem ser

pagas no mesmo período.

Quadro 8 - Fórmula do Índice de Liquidez Corrente

Fonte: Silva (2005, p. 312).

Sendo:

AC = Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

Segundo Assaf Neto (2010), p. 164),“a liquidez corrente indica o quanto existe de

ativo circulante para cada $ 1 de dívida a curto prazo”.

Para analisar este índice, se a liquidez corrente for maior que um (LC > 1) o capital

circulante líquido é positivo, se for igual a um (LC = 1) o capital circulante é nulo e se for

menor que um (LC < 1) o capital circulante líquido é negativo. Deste modo, Assaf Neto

(2010, p. 164) conceitua que quanto maior for a liquidez corrente, mais alta se apresenta a

capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro.

�� = ��

��

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39

• Liquidez Seca (LS)

O Índice de Liquidez Seca indica a capacidade de pagamento da empresa a curto

prazo. Apresenta o quanto que ela possui em disponibilidades, para saldar suas dívidas.

Quadro 9 - Fórmula do Índice de Liquidez Seca

Fonte: Marion (2012, p.80).

Sendo:

AC = Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

Para Matarazzo (2010, p. 107) “esse índice indica quanto a empresa possui de ativo

líquido para $ 1,00 de passivo circulante (dívida a curto prazo)”.

Com relação a interpretação do índice de liquidez seca, conforme Silva (2005, p. 315)

“segue o mesmo raciocínio dos índices de liquidez geral e corrente, isto é, do ponto de vista

de capacidade de pagamento, quanto maior, melhor, mantidos constantes, os demais fatores”.

• Liquidez Imediata (LI)

O Índice de Liquidez Imediata representa o valor que a empresa tem em caixa, bancos

ou aplicações em financeiras de curto prazo para liquidar suas dívidas de imediato.

Quadro 10 - Fórmula do Índice de Liquidez Imediata

Fonte: Iudícibus (2009, p. 93).

Sendo:

�� = �� − �����

��

�� = �� ������������

�� ��� ����������

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Disponibilidade = caixa, bancos e aplicações financeiras de curtíssimo prazo.

Segundo Marion (2012, p. 83):

Para afeito de análise, é um índice sem muito realce, pois relacionamos dinheiro disponível com valores, que vencerão em datas as mais variadas possível, embora o curto prazo. Assim, temos contas que vencerão daqui a cinco ou dez dias, como também as que vencerão daqui a 360 dias, e que não se relacionam com a disponibilidade imediata.

2.6.4 Índices de Endividamento

Os índices de endividamento avaliam a proporção de recursos de terceiros e dos

recursos próprios mantidos pela empresa, relacionando as fontes de fundos entre si,

procurando evidenciarà natureza de suas exigibilidades e o risco financeiro da empresa.

• Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)

Para Silva (2005, p. 290), “o índice de imobilização do patrimônio líquido indica

quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo permanente”. Ou seja, o

quanto do ativo permanente da empresa é financiado pelo seu patrimônio líquido,

evidenciando dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para

manutenção dos negócios.

Quadro 11 - Fórmula do Índice da Imobilização do Patrimônio Líquido

Fonte: Adaptado Silva (2013, p. 268).

Sendo: AI = Ativo Imobilizado

PL = Patrimônio Líquido

Segundo Bruni (2011, p. 156) “o quociente expresso pelo índice de imobilização do

patrimônio líquido representa o quanto dos recursos próprios está aplicado no ativo

��� = ��

�� � 100

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imobilizado”. Ou seja, para cada $1,00 colocado pelo sócios, quanto está investindo e preso

no ativo imobilizado.

O mesmo autor (2011, p. 156) enfatiza, que: “Sob a ótica da solvência da empresa,

seria um indicador do tipo quanto menor melhor. Quanto menos recursos dos sócios estiverem

aplicados no imobilizado, melhor seria a folga financeira da empresa”.

• Participação de Capitais de Terceiros (PCT)

Conforme Bruni (2011, p. 153), a participação de capitais de terceiros sobre capitais

próprios indica outra forma de expressar a relação entre os recursos colocados por terceiros e

investimentos feitos pelos sócios. O quociente obtido indica quanto de terceiros a empresa

captou para cada $1,00 colocado pelos sócios.

Quadro 12 - Fórmula do Índice de Participação de Capitais de Terceiros

Fonte: Adaptado de Silva (2013, p. 270).

Sendo: PC = Passivo Circulante

PNC = Passivo Não circulante

PL = Patrimônio Líquido

Para Matarazzo (2010, p. 88), do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior

a relação Capitais de Terceiros/Patrimônio Líquido menor a liberdade de decisões financeiras

de empresa ou maior a dependência a esses terceiros.

• Composição do Investimento (CE)

Para Bruni (2011, p. 156), “o índice de composição do endividamento expressa a

natureza do endividamento, revelando o percentual do endividamento concentrado no curto

��" = �� + �#�

��� 100

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prazo”. É um indicador do tipo quanto maior, pior. Ou seja, quanto mais elevado for o valor

obtido no índice, maiores serão os compromissos da empresa concentrados no curto prazo.

Quadro 13 - Fórmula de Composição do Endividamento

Fonte: Silva (2013, p. 273)

Sendo: PC = Passivo Circulante

PNC = Passivo Não Circulante

• Endividamento Geral (EG) ou Índice de Endividamento (IE)

O endividamento geral (EG) mede o quanto a empresa está endividada, perante seus

credores, ou seja, mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada pelos credores.

Quadro 14 - Fórmula do Índice de Endividamento

Fonte: Adaptado de Bruni (2010, p.152).

Para fins de interpretação, quanto maior for esse índice, maior será a dependência

financeira da empresa pela utilização de recursos de terceiros, por outro lado, quanto menor

for é melhor, pois representa que a empresa não tem dependência elevada de capitais de

terceiros. O resultado é apresentado em forma de porcentagem e indica qual o percentual do

ativo da empresa é financiado por capitais de terceiros.

2.6.5Índices de Atividades (Índices de Prazos Médios)

� = ��

�� + �#� � 100

� = ������� �� ��������

����� "���� � 100

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Basicamente existem três índices de prazos médios, que são considerados de extrema

importância para o analista, uma vez que contribuem para a interpretação da liquidez e

rentabilidade da empresa. Eles podem ser encontrados a partir das demonstrações financeiras

e são divididos em Prazo Médio de Rotação dos Estoques, Prazo Médio de Recebimento das

Vendas e Prazo Médio de Pagamento de Compras.

• Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE)

O prazo médio de rotação de estoques indica quantos dias em média decorrem entre a

compra de mercadorias até serem vendidas, ou seja, quantos dias as mercadorias passam

estocadas na empresa antes de serem vendidas.

Quadro 15 - Fórmula do Prazo Médio de Rotação dos Estoques

Fonte: Adaptado Matarazzo (2010, p. 255).

Sendo: EST = Estoque

CMV = Custo das mercadorias vendidas

Para Silva (2005, p. 279) do ponto de vista de análise de risco, prazo médio de rotação

dos estoques é um índice do tipo quanto maior, pior, mantidos constantes os demais fatores.

Pois quanto menor a rotatividade, pior para a empresa, uma vez que significa que o dinheiro

não está circulando na empresa.

• Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV)

O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, a empresa leva em

média para receber efetivamente o valor de suas vendas.

�$� =�"

�$% � 360

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Quadro 16 - Fórmula do Prazo Médio de Recebimento das Vendas

Fonte: Adaptado de Matarazzo (2010, p. 262).

Sendo: DR = Duplicatas a Receber

VL = Vendas Líquidas

Para Silva (2010, p. 279), “o volume de duplicatas a receber é decorrência de dois

fatores básicos: o montante de vendas a prazo e o prazo concedido aos clientes para

pagamento”.

Em outro momento, o mesmo autor enfatiza que do ponto de vista de análise de risco,

o Prazo Médio de Recebimento das Vendas é um indicador do tipo “quanto maior, pior”,

mantidos constantes os demais fatores. É importante lembrar que mais importante que (ou tão

importante quanto) o volume de duplicatas a receber é a qualidade das duplicatas,

considerando o risco de crédito de recebíveis.

• Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC)

O prazo médio de pagamentos das compras indica o numerário de dias que a empresa

leva em média para pagar seus fornecedores.

Quadro 17 - Fórmula de Prazo Médio de Pagamento das Compras

Fonte: Adaptada Matarazzo (2010, p. 266).

Sendo: Forn = Fornecedor

C = Compras

�$�% = ��

%� � 360

�$�� =(���

� � 360

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Para encontrar o valor das compras, quando não temos como identificar naDRE e BP,

utiliza-se a seguinte fórmula:

Quadro 18 - Fórmula de Cálculo das Compras

Fonte: Silva (2005, p. 281).

Sendo: C = Compras

CMV = Custo de Mercadoria Vendida

EF = Estoque Final

EI = Estoque Inicial

Para fins de interpretação, Silva (2005, p. 284) diz que “O prazo médio de pagamento de

compras é um índice do tipo “quanto maior, melhor”, mantidos constantes os demais fatores e desde

que o seu volume de fornecedores não se mantenha alto por atraso nos pagamentos”.

Assim, a empresa conseguindo obter um maior prazo para pagar suas compras

consequentemente poderá oferecer melhores prazos para seus clientes.

• Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro

Para Matarazzo (2010), a análise dos prazos médios só é útil quando os três prazos são

analisados conjuntamente, pois cada um deles tem uma especificidade diferente. Onde o prazo

Médio de Rotação de Estoques (PMRE) mostra o tempo em média para renovar os estoques

de mercadorias, o Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) evidencia o tempo em

média entre a venda de mercadorias e o recebimento das mesmas e o Prazo Médio de

Pagamento das Compras (PMPC) por sua vez, representa quanto tempo em média a empresa

leva para pagar seus fornecedores. A partir da análise destes índices, surgiu o ciclo

operacional e financeiro.

Segundo Bruni (2011, p. 194) “o ciclo operacional refere-se ao período que a empresa

leva, na média, entre a data da compra de seus estoques ou insumos produtivos, seu

consequente processamento e transformação, sua venda e o posterior recebimento em caixa. O

� = �$% + ( − �

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ciclo operacional pode ser expresso através da soma dos prazos médios de estocagem e

recebimento”.

O autor enfatiza que o ciclo financeiro ou de caixa representa o gap de caixa, ou o

tempo em que a entidade é obrigada a investir nas suas operações, isto é, em estoques e contas

a receber, abatido do financiamento recebido de fornecedores. O ciclo financeiro equivale ao

ciclo operacional, deduzido do prazo médio de pagamento obtido junto aos fornecedores.

Gráfico 1 - Relação entre os prazos e os ciclos operacionais e financeiros

Fonte: Autoria Própria

Para fins de interpretação, Matarazzo (2010, p. 269) diz que, “quanto maior o ciclo

financeiro, pior para a empresa, pois representa maior tempo de utilização de financiamento e,

portanto, maior custo”.

2.6.6 Índices de Rentabilidade/Lucratividade (Ponto de equilíbrio)

A rentabilidade de uma empresa está ligada a política de negócios da mesma e a

tomada de decisão. O resultado decorrente desta atividade irá interferir nos demais

indicadores, pois de acordo com a análise deste índice, pode-se medir o desempenho final da

empresa, evidenciando se houve perdas ou lucros.

• Taxa de Retorno sobre Investimento (TRI)

Compras

PMRE

PMCP Pgto Compra

Vendas Rec. Vendas

PMRV

Ciclo Operacional

Ciclo Financeiro

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A taxa de retorno sobre o investimento relaciona o lucro operacional com o

investimento da empresa, ou seja, mostra a taxa de retorno obtido pela empresa para seus

financiadores, seja ela de capital próprio ou capital de terceiros.

Quadro 19 - Fórmula da Taxa de Retorno sobre Investimentos

Fonte: Adaptado Marion (2012, p. 132).

Ferreira (2010, p. 15) enfatiza que “este índice indica o retorno na forma de lucro,

sobre o patrimônio bruto aplicado em todas as atividades da companhia, usuais ou não. É o

índice de lucro com base no ativo total aplicado”.

A interpretação deste índice mostra que quanto maior ele for, melhor será a situação

financeira da empresa, pois mostra quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação ao

ativo.

• Taxa De Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL)

A taxa de retorno sobre o patrimônio líquido relaciona o lucro líquido com o

patrimônio líquido, onde estão alocados os recursos dos empresários. Pode ser definida como

a rentabilidade do ponto de vista dos proprietários, ou seja, o poder de ganho (ou não) dos

mesmos, e a partir desta análise verificar a remuneração que está sendo oferecida ao capital

próprio.

Quadro 20 - Fórmula de Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido

Fonte: Adaptado de Silva (2013, p. 247).

Este indicador é importante porque expressa os resultados auferidos pela gerência na

gestão de recursos próprios e de terceiros, ou seja, mede o retorno do investimento aos

"�� =����� �����

����� "���� � 100

"��� = �*��+ �Í-*��+

��"��$Ô#�+ �Í-*��+ $É��+ � 100

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acionistas em porcentagem. A interpretação se dá no sentido de quanto maior, melhor,

mostrando se o lucro apresentado pela empresa foi rentável, considerando o capital investido.

• Giro do Ativo (GA)

De acordo com Silva (2013, p. 236), “o giro do ativo é um dos principais indicadores

da atividade da empresa”. Estabelece relação entre as vendas do período e os investimentos

totais efetivados na empresa, que são representados pelo ativo total médio.

Quadro 21 - Fórmula do Giro de Ativo

Fonte: Silva (2013, p. 236).

Sendo: VL = Vendas Líquidas (ou Receitas Líquidas)

Atm = Ativo Total médio

A interpretação deste índice é no sentido de quanto maior, melhor, indicando quanto

que a empresa vendeu para cada $1.00 de investimento total.

• Margem Bruta (MB)

Segundo Braga (2009, p. 178), a margem bruta “mede a rentabilidade das vendas, logo

após a dedução do custo dos produtos vendidos (ou custo das mercadorias vendidas)”, ou seja,

é a decisão do lucro operacional bruto pelas vendas líquidas.

Quadro 22 - Fórmula da Margem Bruta

Fonte: Adaptado de Braga (2009, p. 178).

�� = %�

�"0

$1 = ����� �����

%���� ����� � 100

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Para fins de interpretação, quanto mais alto for este índice, melhor é a situação

financeira da empresa, uma vez que, mostra que os custos relativos são menores que os

produtos vendidos.

• Margem Operacional (MO)

Conforme Ferreira (2010, p. 14) “a margem operacional (ou taxa de retorno

operacional) sobre as Vendas Líquidas (ou sobre a receita operacional líquida) indica o

percentual de lucro operacional líquido embutido no valor das vendas líquidas do período”.

Quadro 23 - Fórmula da Margem Operacional

Fonte: Adaptado de Bruni (2011, p. 168).

Sua interpretação será no sentido de quanto maior melhor, pois indica que a empresa

soube realizar seus custos de modo que não afetassem o resultado da empresa.

• Margem Líquida (ML)

A margem líquida mostra a lucratividade obtida pela empresa sobre as vendas

líquidas, descontando todos os custos, despesas e demais impostos incorridos no período.

Quadro 24 - Fórmula da Margem Líquida

Fonte: Bruni (2011, p. 169).

Quanto a sua interpretação Matarazzo (2010) diz que quanto maior, melhor, pois

indica quanto que a empresa obtém de lucro para cada $1.00 vendido.

$+ = ����� +����������

%���� ����� � 100

$� = ����� �����

%���� ����� � 100

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50

2.6.7 Alavancagem Operacional e Financeira

• Alavancagem Operacional

Para Braga (2009, p. 182):

Aalavancagem operacional pode ser definida como a capacidade da empresa em usar custos fixos com a finalidade de maximizar os efeitos das variações nas vendas em seu lucro, antes de deduzidos os encargos financeiros e o imposto de renda. O grau de alavancagem operacional também é tomado em função do nível de vendas usado como base. Quanto mais próximo o nível de vendas (usado como referência) estiver do ponde de equilíbrio, maior a alavancagem operacional.

Quadro 25 - Fórmula da Alavancagem Operacional

Fonte: Assaf Neto (2010, p. 111).

Sendo: RVT = Receitas de Vendas Totais

CDVT = Custo e Despesas Variáveis Totais

CDF = Custos e Despesas Fixas

Com relação a interpretação Assaf Neto (2010, p. 108) enfatiza que, “quanto maior o

grau de alavancagem operacional, maior a participação dos custos e despesas fixos na

estrutura de resultados e, também, maior o risco operacional da empresa”, para o grau de

alavancagem operacional funciona nos dois sentidos, demonstrando maior alavancagem dos

lucros e, também dos prejuízos.

• Alavancagem financeira

Braga (2009, p. 183) diz que:

A análise do grau de alavancagem financeira tem por objetivo avaliar a utilização de recursos de terceiros para melhoria do retorno do capital próprio aplicado. Assim, o grau de alavancagem financeira pode ser

�+� = �%" − ��%"

2�%" − ��%"3 − ��(

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analisado em função da diferença de taxas de captação e aplicação de recursos obtidos de terceiros, da influência dessa diferença no retorno do patrimônio líquido, em função da relação entre as grandezas desses recursos de terceiros e os próprios, do aumento ou redução do retorno do patrimônio líquido e do percentual desse acréscimo ou decréscimo sobre o que se teria de retorno ou ausência de dívidas.

Quadro 26 - Fórmula da Alavancagem Financeira

Fonte: Adaptado Braga (2009, p. 183).

Sendo: LLE = Lucro Líquido do Exercício

PLm = Patrimônio Líquido Médio

DF = Despesas Financeiras

ATm = Ativo Total Médio

Para fins de interpretação, quando o grau de alavancagem financeira for superior a um

(GAF > 1), o uso do capital de terceiros aumenta a rentabilidade do capital próprio, quando o

grau de alavancagem financeira for igual a um (GAF = 1), o uso de capital de terceiros não

altera a rentabilidade do capital próprio e por fim quando o grau de alavancagem financeira

foi inferior a um (GAF < 1), o uso capital de terceiros diminui a rentabilidade do capital

próprio.

Iudícibus (2009) confirma esta teoria enfatizando que, quando a alavancagem for

superior a 1, o endividamento tem um efeito de alavanca sobre o lucro que é levado para

acionista e assim quanto mais elevado for GAF, maior será a capacidade da empresa em

elevar o retorno de seus proprietários, devido ao aumento no lucro operacional.

• Alavancagem Total (GAF) – Efeito combinado do GAO e do GAF

Assaf Neto (2010, p. 116) enfatiza que “o efeito combinado da alavancagem

operacional com a alavancagem financeira permite que se avalie, ao mesmo tempo, a

��( = �� ÷ ��0

2�� + �(3 ÷ �"0

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repercussão que uma alteração no volume de vendas promove sobre o resultado operacional e

líquido”.

Quadro 27 - Fórmula da Alavancagem Total

Fonte: Assaf Neto (2010, p.116).

Sendo: GAT = Grau de Alavancagem Total

GAO = Grau de Alavancagem Operacional

GAF = Grau de Alavancagem Financeira

A interpretação do GAT se dá no sentido de que quando o grau de alavancagem total

for maior que um (GAT > 1) é por que há indicação de que a empresa tem capacidade de

alavancagem total. O mesmo autor ainda ressalta que, qualquer variação no volume de

atividade provoca uma mudança mais que proporcional nos resultados líquidos dos

proprietários.

2.6.8 Ponto de Equilíbrio

• Ponto de Equilíbrio Contábil (PE)

O Ponto de Equilíbrio Contábil é obtido pela relação da soma de todos os custos e

despesas fixas de determinado período, sobre a margem de contribuição unitária, o que

determinará a quantidade mínima de produto a ser produzido e vendido para que a empresa

tenha equilíbrio contábil, ou seja, nulo.

Silva (2013, p. 546) enfatiza que “o PE é a identificação que a entidade busca em

relação a não haver lucros e nem prejuízos, ou seja, a produção é igual a venda”.

��" = ��+ � ��(

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Quadro

Fonte: Adaptado Silva (2013, p. 548)

Sendo: PE = Ponto de Equilíbrio Contábil

CF = Custos Fixos

CV = Custos Variáveis

RT = Receita Total

Conforme Ferreira (2010, p. 32),

Produzindo e vendendo acima do ponto de equilíbrio contábil, a indústria terá lucro, abaixoequilíbrio contábil, diferença entre a quantidade de produção e venda e a quantidade do ponto de equilíbrio contábil.

Fonte: Adaptado de Silva (2013, p. 550)

2.6.9 Fator de Insolvência

Quadro 28 - Fórmula do Ponto de Equilíbrio

Fonte: Adaptado Silva (2013, p. 548).

Sendo: PE = Ponto de Equilíbrio Contábil

CV = Custos Variáveis

Conforme Ferreira (2010, p. 32),

roduzindo e vendendo acima do ponto de equilíbrio contábil, a indústria terá lucro, abaixo, prejuízo. Para calcular o resultado com base no ponto de equilíbrio contábil, multiplicamos a margem de contribuição unitária pela diferença entre a quantidade de produção e venda e a quantidade do ponto de equilíbrio contábil.

Gráfico 2 - Ponto de Equilíbrio

Silva (2013, p. 550).

2.6.9 Fator de Insolvência

� = �( ÷ 1 − 2�% ÷ �"3

53

roduzindo e vendendo acima do ponto de equilíbrio contábil, a indústria , prejuízo. Para calcular o resultado com base no ponto de

multiplicamos a margem de contribuição unitária pela diferença entre a quantidade de produção e venda e a quantidade do ponto de

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• Modelo de Kanitz

O termômetro de Kanitz foi desenvolvido pelo professor Stephen CharlosKanitz através de uma análise discriminante, criando uma escala com base em índices compostos de liquidez, elaborando um instrumento para prever o grau de possibilidade de falência das empresas. (KANITZ, 1978, APUD SEBRAE, 2005).

Para Marion (2012, p. 183) o modelo de Kanitz“consiste, em primeiro lugar, em

encontrar o Fator de Insolvência ou nota da empresa em análise. A Fórmula do Fator de

Insolvência, não tendo sido explicado pelo referido professor como se chegou a ela, é a

seguinte”:

Quadro 29 - Fórmula do Fator de Insolvência – Kanitz

Fonte: Silva (1998, p. 285).

Sendo:

FI =Fator de Insolvência

5₁ = ������í�����

�����0������� 0,05

5₂ =2����� ���������� + �����;á��� � ���=� ���;�3

��=�� "����� 1,65

5₃ =2����� ���������� − ����� 3

�� ��� �����������3,55

5₄ =����� ����������

�� ��� �����������1,06

5₅ =��=í��� "����

�����0� ������ 0,33

Após o cálculo do fator de insolvência que determina a tendência de uma empresa falir

ou não, com o objetivo não só de analisar o risco de falência, bem como verifica a situação da

empresa, Kanitz criou uma escala chamada de termômetro de Insolvência, que indica três

situações diferentes: Solvência, Penumbra e Insolvente.

(� = 0,055₁ + 1,655₂ + 3,555₃ − 1,065₄ − 0,335₅

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Figura 1 - Termômetro de Insolvência -Modelo de Kanitz

Fonte: Marion (2012, p. 184)

Os valores positivos do termômetro de Insolvência de Kanitz indicam que a empresa

apresenta uma situação boa ou solvente e tem menos possibilidades de entrar em falência; se

for menor que - 3 a empresa se encontra em uma situação ruim ou insolvente, que poderá

levar a empresa a falência e se o intervalo for entre 0 e 3 é chamado de penumbra, exibindo

uma área em que o fator de insolvência não é suficiente para analisar a situação da empresa,

mas inspira cuidados. Braga (2003, p. 172) enfatiza essa análise dizendo que “empresas com

índice acima de 3,5 estão bem. Empresas com índice abaixo de – 1 estão mal – superam

somente 2,0% das empresas e poderão falir se a situação piorar. A média brasileira é entre

3,5”.

• Modelo de Elizabetsky

De acordo com Silva (1998, p. 287) “em 1976, Roberto Elizabetsky, preocupado com

a subjetividade na aprovação de crédito por parte das instituições de crédito, desenvolveu um

modelo de indicador de falência com base na análise estatística discriminante”.

O objetivo do modelo discriminante de previsão de insolvência desenvolvido por

Elizabetsky era de padronizar o processo de avaliação e concessão de crédito a clientes.

Quadro 30 - Fórmula do Fator de Insolvência – Elizabetsky

Fonte: Adaptado Silva (1998, p. 287).

A = 1,935₁ − 0,205₂ + 1,025₃ + 1,335₄ + 1,125₅

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Sendo:

Segundo esse modelo, o ponto crítico é 0,5. Acima desse valor a empresa estará

solvente; abaixo; insolvente. O modelo de Elizabetsky pode ser representado pelo

termômetro, conforme mostra a figura.

Figura

Fonte: Adaptado Marcos (2011)

Deste modo, comoo modelo

de insolvência que para uma melhor análise deve ser comparado como termômetro,

obedecendo sempre às escalas de variações. O fator de Insolvência de Elisabetsky é

representado pela variável Z, que se fo

honrar seus compromissos, portanto ela é solvente, se o fator de insolvência for igual a 0,5

por que a empresa está em ponto crítico e, quando Z for inferior a 0,5 indica que a empresa é

Z = Total ou escore de pontos obtidos

5₁ = ����� �í�����

%���� �1,93

5₂ =�� ���í���

����� ���0�����1,02

5₃ =����� � �������

����� "�����1,02

5₄ = �����

����� "�����1,33

5 =�� ��� ����������

����� ������1,12

Segundo esse modelo, o ponto crítico é 0,5. Acima desse valor a empresa estará

insolvente. O modelo de Elizabetsky pode ser representado pelo

termômetro, conforme mostra a figura.

Figura 2 - Termômetro Insolvência – Modelo de Elizabetsky

Fonte: Adaptado Marcos (2011)

o modelo de Kanitz, o modelo de Elizabetsky, resulta em um fator

de insolvência que para uma melhor análise deve ser comparado como termômetro,

obedecendo sempre às escalas de variações. O fator de Insolvência de Elisabetsky é

representado pela variável Z, que se for superior a 0,5 significa que a empresa é capaz de

honrar seus compromissos, portanto ela é solvente, se o fator de insolvência for igual a 0,5

por que a empresa está em ponto crítico e, quando Z for inferior a 0,5 indica que a empresa é

56

Segundo esse modelo, o ponto crítico é 0,5. Acima desse valor a empresa estará

insolvente. O modelo de Elizabetsky pode ser representado pelo

Modelo de Elizabetsky

e Kanitz, o modelo de Elizabetsky, resulta em um fator

de insolvência que para uma melhor análise deve ser comparado como termômetro,

obedecendo sempre às escalas de variações. O fator de Insolvência de Elisabetsky é

r superior a 0,5 significa que a empresa é capaz de

honrar seus compromissos, portanto ela é solvente, se o fator de insolvência for igual a 0,5 é

por que a empresa está em ponto crítico e, quando Z for inferior a 0,5 indica que a empresa é

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insolvente e quando isso acontece, mostra que ela está passando por problemas financeiros

que poderão chegar à falência da empresa.

2.6.10 Análise Dinâmica de Capital de Giro

• Capital circulante líquido (CCL)

Assaf Neto (2010, p. 143) evidencia que “o conceito de capital circulante líquido

apresenta-se mais claramente identificado com o excedente das aplicações em curto prazo (em

ativo circulante) em relação às captações de recursos processados também a curto prazo

(passivo circulante)”.

Deste modo, o cálculo do capital circulante líquido se dá através da seguinte forma:

Quadro 31 - Fórmula do Capital Circulante Líquido

Fonte: Silva (2013, p. 388)

Sendo: CCL = Capital Circulante Líquido

AC = Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

Com base na interpretação do capital circulante líquido, quando o ativo circulante é

maior que o passivo circulante, tem-se um capital circulante líquido próprio. (AC < PC =

CCL Próprio), isto é, significa que existe recursos permanentes de financiamento aplicado no

Ativo Circulante, gerando a folga financeira da empresa; quando o ativo circulante é igual ao

passivo circulante, tem-se um capital circulante líquido nulo (AC = PC = CCL Nulo), ou seja

não existe folga financeira da empresa, podendo a mesma estar convivendo em desequilíbrios

financeiros determinados pela necessidade de manterem um pequeno investimento em giro, e,

se o ativo circulante for menor do que o passivo circulante, tem-se um capital circulante

líquido negativo ou de terceiros (AC < PC = CCL Negativo). Assaf Neto (2010, p. 145) diz

que, um CCL negativo:

��� = �� − ��

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é consequência de um desequilíbrio financeiro da empresa, onde parte de suas aplicações de longo prazo (ou permanentes) são financiados por dívidas vencíveis a curto prazo. Este descasamento de prazos traz certas dificuldades financeiras à empresa, prejudicando suas operações normais.

• Investimento Operacional em Giro (IOG) ou Necessidade de Capital de

Giro (NCG)

Para Matarazzo (2010, p. 283) “a necessidade de capital de giro é a chave para a

administração financeira da empresa”. Além de ser fundamental para a análise de caixa,

estratégicas de financiamento, crescimento e lucratividade.

Quadro 32 - Fórmula da Necessidade de Capital de Giro

Fonte: Matarazzo (2010, p. 284)

Sendo: NCG = Necessidade de capital de giro

ACO = Ativo Circulante Operacional

PCO = Passivo Circulante Operacional

O mesmo autor, enfatiza que as situações básicas que ocorrem numa empresa, com

relação ao ACO/PCO, podem ser assim resumidas: quando o ativo circulante operacional é

maior que o passivo operacional (ACO > PCO), há uma NCG para a qual a empresa deve

encontrar fontes adequadas de financiamento. Esta é a situação normal na maioria das

empresas; quando o ativo circulante operacional é igual ao passivo circulante operacional

(ACO = PCO), a necessidade de capital de giro é igual a zero e, portanto, a empresa não tem

necessidade de financiamento para o giro e por fim quando o ativo circulante operacional for

menor que o passivo circulante operacional (ACO < PCO) significa que a empresa tem mais

financiamentos operacionais do que investimentos operacionais. Sobram recursos das

atividades operacionais, os quais poderão ser usados para aplicação no mercado financeiro ou

para expansão de planta fixa.

#�� = ��+ − ��+

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Quadro 33 - Resumo da Necessidade de Capital de Giro (NCG) Contas X₁ X₂ X₃

Ativo Circulante Operacional

Clientes

Estoques

= Soma ACO

Passivo Circulante Operacional

Fornecedores

Outras Obrigações

= Soma PCO

NCG = ACO - PCO

Fonte: Adaptado Matarazzo (2010, p. 285).

• Saldo de Tesouraria (ST) ou Saldo Disponível (SD)

Conforme Blatt (2001, p. 118), “O saldo de tesouraria mostra o excesso ou a falta de

ativos circulantes financeiros em relação aos passivos circulantes financeiros”. Diz ainda que,

esta diferença indica a folga ou aperto da tesouraria.

A fórmula para calcular o saldo de Tesouraria é a seguinte:

Quadro 34 - Fórmula do saldo de Tesouraria

Fonte: Adaptado Ferreira (2010, p. 39)

Sendo:

ST = Saldo de Tesouraria

ACF = Ativo Circulante Financeiro

PCF = Ativo Circulante Cíclico

�" = ��( − ��(

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O ativo circulante financeiro, como o próprio nome já diz é de natureza financeira e

compreende as disponibilidades, aplicações financeiras, os depósitos, etc. O passivo

circulante financeiro por sua vez compreende os empréstimos bancários em outro prazo,

dividendos, duplicatas descontadas, dentre outros. Deste modo, os valores circulantes que não

são caracterizados como cíclicos, são caracterizados como financeiros, por não se vincularem

diretamente com a atividade operacional de empresa.

Para Silva (2005, p. 424):

Quando trabalhamos com as contas que compõem o IOG e o CPL, restam no balanço apenas o ACF e o PCF, que compõem o que vamos chamar de Saldo em Tesouraria (T). Daí o T pode ser obtido tanto pela diferença entre CPL e IOG, quanto pela diferença entre ACF e PCF.

Em outro momento, o mesmo autor enfatiza que o saldo em tesouraria (T) pode ser

maior ou menor que zero. Quando for menor, significa que a empresa tem débitos de curto

prazo junto às instituições financeiras ou mesmo outras dívidas de curto prazo não

relacionadas a seu ciclo operacional, superior a seus recursos financeiros de curto prazo.

De acordo com Bruni (2011, p. 257), “o desequilíbrio financeiro resultante da

aplicação de recursos com caráter permanente no investimento operacional em giro com caros

e arriscados recursos de terceiros é muitas vezes denominado efeito tesoura”.

A denominação efeito tesoura, originou-se a partir da figura de uma tesoura formada

pelo gráfico que demonstra gratificante os efeitos das operações de vendas sobre a

necessidade de capital de giro, bem como suas evoluções e decréscimos.

Segundo Assaf Neto (2010, p.190):

É importante ressaltar, uma vez mais, que um saldo de disponível negativo, característica do efeito tesoura, revela que a empresa é incapaz de financiar adequadamente seus investimentos operacionais em giro, operando com recursos de maturidade incompatível com suas efetivas necessidades financeiras.

Quadro 35 - Resumo da Análise Dinâmica de Capital de Giro do CDG – IOG ou NCG e ST ou ET

Contas Ano x1 Ano x2 Ano x3

1- Ativo circulante Financeiro (ACF)

2- Passivo Circulante Oneroso (PCO)

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Saldo Tesouraria (1 - 2)

3- Ativo Circulante Cíclico (ACC)

4- Passivo Circulante Cíclico (PCC)

(NCG) ou (IOG) (3 - 4)

5- Ativo Circulante (AC)

6- Passivo Circulante (PC)

7- (CDG) ou (CCL) (5 – 6)

Fonte: Fleurit, Kehdy e Blanc(2003, p. 127).

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3 METODOLOGIA

3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA

Quanto a natureza da pesquisa, ela pode ser considerada como básica, uma vez que,

segundo Gil (2010, p. 27), “a pesquisa básica é destinada unicamente a ampliação do

conhecimento, sem qualquer preocupação com seus possíveis benefícios”. Ela vai ser

abordada através de um estudo quantitativo, uma vez que vai ser preciso calcular todos os

índices da empresa e vai ser abordada de forma qualitativa, pois na medida que serão

calculados todos esses índices, tem que ser analisados e interpretados, para se poder emitir

uma opinião sobre a situação econômico-financeiro da empresa.

Quanto a abordagem qualitativa e quantitativa, Oliveira (2007, p. 59), “a pesquisa

qualitativa pode ser caracterizada como sendo uma tentativa de se explicar em profundidade o

significado e as características do resultado das informações obtidas [...]”.

A abordagem quantitativa Beuren (2008, p. 92) afirma que:

Caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.

Quando se trata de objetivos, esta pesquisa é classificada como sendo explicativa, uma

vez que, de acordo com Gil (2010, p. 28) “tem como propósito identificar fatores que

determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Estas pesquisas são as que mais

aprofundam o conhecimento da realidade, pois têm como finalidade explicar a razão, o porquê

das coisas”.

No que diz respeito ao procedimento utilizado, classifica-se esta pesquisa como sendo

bibliográfica, documental e estudo de caso, por ser baseada em livros, artigos, leis, sítios

eletrônicos, artigos científicos, como também documentos internos (demonstrativos

contábeis) disponibilizados pela empresa estudada para o desenvolvimento da pesquisa e é um

estudo de caso por utilizar-se de um ou mais métodos qualitativos, que recolhem informações

e permitem um estudo amplo e detalhado dos objetos.

De acordo com Gil (2010, p. 30):

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A pesquisa documental é utilizada em praticamente todas as ciências sociais e constitui um dos delineamentos mais importantes no campo da história e da economia. Como delineamento, apresenta muitos pontos de semelhança com a pesquisa bibliográfica, posto que nas duas modalidades utilizam-se dados já existentes. A diferença está na natureza das fontes. A pesquisa bibliográfica fundamenta-se em material elaborado por autores com o propósito específico de ser lido por públicos específicos. Já a pesquisa documental vale-se de toda sorte de documentos, elaborado com finalidades diversas, tais como assentamento, autorização, comunicação, etc [...].

O mesmo autor (2010, p.37), diz que:

O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados.

Sendo assim, utilizaremos esses três tipos de abordagens, tendo em vista o grau de

complexidade que o tema aborda.

3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO

A pesquisa será realizada no Supermercado Lucena, situado na Rua Manoel Teodoro,

188, Centro, São José do Seridó, onde os sujeitos da pesquisa serão as Demonstrações

Contábeis, O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício dos últimos

três anos (2012, 2013 e 2014) deste Supermercado, localizado na cidade de São José do

Seridó- RN.

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS

Os dados serão retirados das Demonstrações Contábeis: O Balanço Patrimonial e as

Demonstrações do resultado do Exercício dos últimos três anos para que assim se possam

analisá-los. E por fim, em cima dessas demonstrações serão aplicadas algumas técnicas de

análises, afim de extrair dados e informações, objetivando analisá-los e interpretá-los com o

objetivo de fornecer sugestões referentes a situação financeira da empresa.

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3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Para fornecer informações que sejam suficientes para mostrar a situação econômico-

financeira da empresa, precisamos utilizar os métodos e técnicas da análise financeira

aplicados nas demonstrações contábeis, para assim podermos transformar os dados fornecidos

em informações e apresentá-las de forma clara e concisa para os seus usuários.

Após a coleta dos dados, serão calculadas as análises vertical e horizontal,

alavancagem operacional e Financeiras, os índices de liquidez, de atividade, de

endividamento e rentabilidade, os fatores de insolvência de Kanitz e Elizabetsky, o ponto de

equilíbrio, a análise dinâmica do capital de giro, serão utilizados fórmulas (equações) nas

demonstrações, baseadas nos autores estudados, será feito o cruzamento e a análise das

informações fornecidas no balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do

Exercício, e por fim, com os resultados obtidos, será emitido um parecer sobre a situação

econômico-financeira da entidade em estudo, baseado nas informações extraídas e

interpretadas de todos os demonstrativos contábeis.

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4 ESTUDO DE CASO

4.1 PERFIL DA EMPRESA

O estudo de caso foi realizado no Supermercado Lucena de razão social Francisco das

Chagas Lucena ME, filiado à Rede UniCompre de Supermercados, situado na Rua Manoel

Teodoro, nº 188, Bairro Centro, no município de São José do Seridó, Estado do Rio Grande

do Norte. Essa empresa foi fundada no dia 25/08/2005, devidamente registrada na Junta

Comercial do Rio Grande do Norte (JUCERN), sob o Nire 241.008.155-96, com CNPJ

04.445.142/0001-13 e Inscrição Estadual: 20.880.591-0, sendo sua atividade principal

comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios-

supermercado. Seu capital social é de R$ 50.000,00 e possui como único sócio o proprietário

Francisco das Chagas Lucena. O supermercado tem um quadro total de dez (10) funcionários,

distribuídos nos cargos de repositor de mercadorias, entregador, açougueiro, padeiro, gerente,

auxiliar administrativo e caixa. A empresa pertence ao regime de tributação do lucro real.

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FRANCISCO DAS CHAGAS LUCENA ME

CNPJ: 04.445.142/0001-13

Tabela 1 - Balanço Patrimonial Reclassificado – Ativo

ATIVO 2012 2013 2014 Ativo Circulante 436302,37 484077,26 371281,07 Caixa 289514,55 330729,03 306400,65 Bancos 23244,81 51080,16 1,00 Títulos de Renda Fixa 558,53 558,53 558,53 Crédito com Terceiros 2854,97 2278,32 4148,48 Estoques 120129,51 99431,22 60172,51 Ativo não Circulante 54892,61 54128,37 61192,79 Imobilizado 54892,61 54128,37 61192,79 Bens em Operação 62095,56 67912,56 74976,98 Móveis, Utensílios e Instalações Comerciais 25359,00 25359,00 25359,00 (-) Depreciação de Móv. Utens. E Instal. Com. -4195,29 -6731,17 -6731,17 Máquinas e Equipamentos 26418,97 32235,97 39300,39 (-) Depreciação acum. Máquin e equipam. -1506,05 -4519,45 -4519,45 Câmara Fria 10317,59 10317,59 10317,59 (-) Depreciação acum. Câmara Fria -1501,61 -2533,57 -2533,57 Total 491194,98 538205,63 432473,96

Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado.

Tabela 2 - Balanço Patrimonial Reclassificado – Passivo

PASSIVO 2012 2013 2014 Passivo Circulante 143508,46 189709,71 221239,55 Fornecedores 103584,98 157518,16 166751,78 Obrig. Trabal. Previdenc e Fiscais 39923,48 32191,55 54487,77 INSS a Recolher 3518,79 4321,08 5005,88 FGTS a Recolher 780,73 961,59 1154,16 Contribuição Sindical a Recolher - - 268,36 ICMS a Recolher 10687,71 6752,73 8648,03 PIS a Recolher 1095,80 542,24 246,52 COFINS a Recolher 5377,82 2497,55 2857,35 IRPJ a Recolher 10971,05 9599,14 22399,54 CSLL a Recolher 6240,88 5819,69 11051,33 ICMS Substituto- Entradas 312,34 896,50 1712,36 ICMS Antecipado a Recolher 938,36 801,03 1144,24 Patrimônio Líquido 347686,52 348495,92 211234,41 Capital Social 50000,00 50000,00 50000,00

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Lucros Acumulados 297686,52 298495,92 161234,41 Total 491194,98 538205,63 432473,96

Fonte: Balanço Patrimonial da empresa adaptado.

Tabela 3 - Demonstração do Resultado do Exercício Reclassificada

CONTAS 2012 2013 2014 RECEITA BRUTA 3023518,11 3393904,82 3770856,49 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -456018,68 -441911,10 -493036,17 ICMS S/ Vendas 274998,14 309531,63 344639,93 PIS S/vendas 32290,18 23597,28 26381,50 COFINS S/Vendas 148730,36 108690,39 121513,88 Vendas Canceladas, Devoluções, Descontos - 91,80 500,86 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 2163,83 1447,01 1601,84 Descontos Obtidos 1952,03 1447,01 1601,84 Bonificações/Prêmios 211,80 - - RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2569663,26 2953440,73 3279422,16 (-) CMV -2026386,36 -2373255,90 -2561763,37 LUCRO OPERACIONAL BRUTO 543276,90 580184,83 717658,79 (-) DESPESAS OPERACIONAIS -339338,87 -351117,07 -393159,98 Despesas Administrativas 18000,00 18000,00 18000,00 Despesas com Pessoal 88190,49 104378,52 115482,24 Despesa c/ Encargos Sociais 48395,65 53363,91 57783,95 Despesas c/Prestação de Serviço PJ 17633,54 14623,49 15600,00 Despesas c/ Manutenção e Conservação Bens 60,00 17037,62 19059,10 Despesas Gerais e Administrativas 167059,19 143713,53 167234,69 (-) DESP. NÃO OPERACIONAIS -5254,06 -4003,22 -6495,55 Despesas Tributárias 3195,65 1724,63 2261,67 Despesas Financeiras 2058,41 2278,59 4233,88 LUCRO ANTES DO IRPJ E CSLL 198683,97 225064,54 318003,26 Contribuição Social S/ o Lucro 17881,56 20255,81 31320,30 Imposto de Renda 29802,60 33999,33 63000,82 RESULTADO DO EXERCÍCIO 150999,82 170809,40 223682,14 Fonte: DRE da empresa Adaptada.

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68

Tabela 4 - Análises Verticais e Horizontais - Ativo

ATIVO 2012 AV% AH% 2013 AV% AH% 2014 AV% AH% Ativo Circulante 436302,37 88,82 100 484077,26 89,94 110,95 371281,07 85,85 76,7 Caixa 289514,55 58,94 100 330729,03 61,45 114,23 306400,65 70,85 92,64 Bancos 23244,81 4,73 100 51080,16 9,49 219,75 1,00 0 0 Títulos de Renda Fixa 558,53 0,11 100 558,53 0,1 100 558,53 0,13 100 Crédito com Terceiros 2854,97 0,58 100 2278,32 0,42 79,8 4148,48 0,96 182,08 Estoques 120129,51 24,46 100 99431,22 18,47 82,77 60172,51 13,91 60,52 Ativo não Circulante 54892,61 11,17 100 54128,37 10,06 98,6 61192,79 14,15 113,05 Imobilizado 54892,61 11,17 100 54128,37 10,06 98,6 61192,79 14,15 113,05 Bens em Operação 62095,56 12,64 100 67912,56 12,62 109,37 74976,98 17,34 110,4 Móveis, Utensílios e Instalações Comerciais 25359,00 5,16 100 25359,00 4,71 100 25359,00 5,86 100 (-) Depreciação de Móv. Utens. E Instal. Com. -4195,29 -0,85 100 -6731,17 -1,25 160,44 -6731,17 -1,56 100 Máquinas e Equipamentos 26418,97 5,38 100 32235,97 5,99 122,02 39300,39 9,09 121,91 (-) Depreciação acum. Máquin e equipam. -1506,05 -0,31 100 -4519,45 -0,84 300,09 -4519,45 -1,04 100 Câmara Fria 10317,59 2,1 100 10317,59 1,92 100 10317,59 2,38 100 (-) Depreciação acum. Câmara Fria -1501,61 -0,31 100 -2533,57 -0,47 168,72 -2533,57 -0,58 100 Total 491194,98 100 100 538205,63 100 109,57 432473,96 100 80,35

Fonte: Autoria Própria

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69

Tabela 5 - Análise Vertical e Horizontal - Passivo

PASSIVO 2012 AV% AH% 2013 AV% AH% 2014 AV% AH% Passivo Circulante 143508,46 29,22 100 189709,71 35,25 132,19 221239,55 51,16 116,62

Fornecedores 103584,98 21,01 100 157518,16 29,27 152,07 166751,78 38,56 105,86

Obrig. Trabal. Previdenc e Fiscais 39923,48 8,13 100 32191,55 5,98 80,63 54487,77 12,6 169,26 INSS a

Recolher 3518,79 0,72 100 4321,08 0,8 122,8 5005,88 1,16 115,84

FGTS a

Recolher 780,73 0,16 100 961,59 0,18 123,16 1154,16 0,27 120,03

Contribuição

Sindical a

Recolher - - 100 - - - 268,36 0,06 0

ICMS a

Recolher 10687,71 2,17 100 6752,73 1,25 63,18 8648,03 1,99 128,07

PIS a Recolher 1095,80 0,22 100 542,24 0,1 49,48 246,52 0,06 45,46

COFINS a

Recolher 5377,82 1,09 100 2497,55 0,46 46,44 2857,35 0,66 114,41

IRPJ a

Recolher 10971,05 2,23 100 9599,14 1,78 87,49 22399,54 5,18 233,35

CSLL a

Recolher 6240,88 1,27 100 5819,69 1,08 93,25 11051,33 2,55 189,89

ICMS

Substituto-

Entradas 312,34 0,06 100 896,50 0,17 287,03 1712,36 0,39 191

ICMS

Antecipado a

Recolher 938,36 0,19 100 801,03 0,15 85,36 1144,24 0,26 142,85

Patrimônio Líquido 347686,52 70,78 100 348495,92 64,75 100,23 211234,41 48,84 60,61

Capital Social 50000,00 10,18 100 50000,00 9,29 100 50000,00 11,56 100

Lucros

Acumulados 297686,52 60,6 100 298495,92 55,46 100,27 161234,41 37,28 54,01

Total 491194,98 100 100 538205,63 100 109,57 432473,96 100 80,35

Fonte: Autoria Própria

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70

Tabela 6 - Análise Vertical e Horizontal – DRE

CONTAS 2012 AV% AH% 2013 AV% AH% 2014 AV% AH% RECEITA BRUTA 3023518,11 100 100 3393904,82 100 112,25 3770856,49 100 111,11 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -456018,68 -15,08 100 -441911,10 -13,02 96,9 -493036,17 -13,07 111,57 ICMS S/ Vendas 274998,14 9,09 100 309531,63 9,12 112,56 344639,93 9,14 111,34 PIS S/vendas 32290,18 1,07 100 23597,28 0,7 73,08 26381,50 0,7 111,8

COFINS S/Vendas 148730,36 4,92 100 108690,39 3,2 73,08 121513,88 3,22 111,8 Vendas Canceladas, Devoluções, Descontos - - - 91,80 0,002 0 500,86 0,01 545,6 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 2163,83 0,07 100 1447,01 0,04 66,87 1601,84 0,04 110,7 Descontos Obtidos 1952,03 0,06 100 1447,01 0,04 74,13 1601,84 0,04 110,7 Bonificações/Prêmios 211,80 0,007 100 - - - - - - RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2569663,26 84,99 100 2953440,73 87,02 114,93 3279422,16 86,97 111,04 (-) CMV -2026386,36 -67,02 100 -2373255,90 -69,93 117,12 -2561763,37 -67,93 107,94 LUCRO OPERACIONAL BRUTO 543276,90 17,97 100 580184,83 17,09 106,79 717658,79 19,03 123,7 (-) DESPESAS OPERACIONAIS -339338,87 -11,22 100 -351117,07 10,34 103,47 -393159,98 -10,43 111,97 Despesas Administrativas 18000,00 0,59 100 18000,00 0,53 100 18000,00 0,48 100 Despesas com Pessoal 88190,49 2,92 100 104378,52 3,07 118,35 115482,24 3,06 110,64 Despesa c/ Encargos Sociais 48395,65 1,6 100 53363,91 1,57 110,26 57783,95 1,53 108,28 Despesas c/Prestação de Serviço PJ 17633,54 0,58 100 14623,49 0,43 82,93 15600,00 0,41 106,68 Despesas c/ Manutenção e Conservação Bens 60,00 0,001 100 17037,62 0,5 28396,03 19059,10 0,5 111,86 Despesas Gerais e Administrativas 167059,19 5,52 100 143713,53 4,23 86,02 167234,69 4,43 116,37 (-) DESP. NÃO OPERACIONAIS -5254,06 -0,17 100 -4003,22 -0,12 76,19 -6495,55 -0,17 162,26 Despesas Tributárias 3195,65 0,1 100 1724,63 0,05 53,97 2261,67 0,06 131,14 Despesas Financeiras 2058,41 0,07 100 2278,59 0,07 110,7 4233,88 0,11 185,81 LUCRO ANTES DO IRPJ E CSLL 198683,97 6,57 100 225064,54 6,63 113,28 318003,26 8,43 141,29 Contribuição Social S/ o Lucro 17881,56 0,59 100 20255,81 0,6 113,28 31320,30 0,83 154,62 Imposto de Renda 29802,60 0,98 100 33999,33 1 114,08 63000,82 1,67 185,3 RESULTADO DO EXERCÍCIO 150999,82 4,5 100 170809,40 5,03 113,12 223682,14 5,93 130,95

Fonte: A Autoria.

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• Análise Vertical

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

A análise ou coefici

do balanço patrimonial em relação

concentração de valores está no ativo circulante, em que o a

valor mais elevado comparado com os outros anos, apresentando um percentual de 89,84%,

seguido pelo o ano de 2012 em que o percentual f

2012, a maior concentração está na conta caixa que detém 58,94% e estoques que apresenta

24,46%. O ano de 2013 evidencia 61,45% na conta caixa e a

18,47%. No ano de 2014, a maior concent

70,85% e a conta de estoques com apenas 13,91%.

O ativo não circulante apresenta em 2012 uma participação de apenas 11,17% no ativo

total de empresa, em 2013, foi de 10,06% e, em 2014, de 14,15%. Verifica

imobilizado da empresa está aumentando aos poucos sua participação em relação ao ativo

total, mais precisamente na con

do imobilizado. Pode-se verificar que

conta caixa está aumentando os valores significativamente, aumento este que se deve ao

aumento das vendas à vista. Observa

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PO

RC

EN

TA

GE

M

Análise Vertical

Gráfico 3 - Análise vertical do BP - Ativo

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

A análise ou coeficiente vertical é aquela que evidencia a participação percentual (%)

do balanço patrimonial em relação às demais contas, onde podemos verificar que a maior

concentração de valores está no ativo circulante, em que o ano de 2013 foi o que apresentou o

valor mais elevado comparado com os outros anos, apresentando um percentual de 89,84%,

seguido pelo o ano de 2012 em que o percentual foi de 88,82% e 85,85% em 2014. No ano de

ncentração está na conta caixa que detém 58,94% e estoques que apresenta

24,46%. O ano de 2013 evidencia 61,45% na conta caixa e a conta de estoques com apenas

18,47%. No ano de 2014, a maior concentração também se encontrana conta caixa, com

70,85% e a conta de estoques com apenas 13,91%.

O ativo não circulante apresenta em 2012 uma participação de apenas 11,17% no ativo

total de empresa, em 2013, foi de 10,06% e, em 2014, de 14,15%. Verifica

imobilizado da empresa está aumentando aos poucos sua participação em relação ao ativo

total, mais precisamente na conta máquinas e equipamentos que são responsáveis

verificar que ao comparar 2012 com 2013 e 2014, perceb

conta caixa está aumentando os valores significativamente, aumento este que se deve ao

aumento das vendas à vista. Observa-se que o ativo circulante apresenta a porcentagem de

At. Total At. Circulante At. Ñ Circulante

100

88,82

11,17

10089,94

10,06

100

85,85

2012 2013 2014

71

ncia a participação percentual (%)

emos verificar que a maior

no de 2013 foi o que apresentou o

valor mais elevado comparado com os outros anos, apresentando um percentual de 89,84%,

oi de 88,82% e 85,85% em 2014. No ano de

ncentração está na conta caixa que detém 58,94% e estoques que apresenta

a de estoques com apenas

ração também se encontrana conta caixa, com

O ativo não circulante apresenta em 2012 uma participação de apenas 11,17% no ativo

total de empresa, em 2013, foi de 10,06% e, em 2014, de 14,15%. Verifica-se que o

imobilizado da empresa está aumentando aos poucos sua participação em relação ao ativo

ta máquinas e equipamentos que são responsáveis por 9,09%

ao comparar 2012 com 2013 e 2014, percebe-se que a

conta caixa está aumentando os valores significativamente, aumento este que se deve ao

se que o ativo circulante apresenta a porcentagem de

At. Ñ Circulante

14,15

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72

maior participação de cada grupo do ativo em relação ao ativo total, enquanto que o ativo não

circulante vem crescendo aos poucos.

Gráfico 4 - Análise Vertical do BP - Passivo

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

No passivo, irá evidenciar a composição dos grupos do passivo (circulante e não

circulante, sendo que a empresa não apresenta passivo não circulante) e patrimônio líquido

em relação ao passivo total. A empresa apesenta uma maior concentração de recursos no

patrimônio líquido com 70,78%, em 2012, 64,75%, em 2013 e 48,84% em 2014. Essa

diminuição do patrimônio líquido em 2014 se dá pelo fato de neste ano a empresa apresentar

um passivo circulante bastante elevado, pelo fato da empresa comprar muitas mercadorias a

prazo. O capital social permanece constante e a sua participação é um pouco baixa, em média

de apenas 11,56%; e a conta lucros acumulados apresenta uma grande participação do

patrimônio líquido, de 60,60% em 2012, caindo para 55,46% e 37,28%, respectivamente nos

anos de 2013 e 2014. O passivo circulante representa 29,22% em 2012, aumentando para

35,25% em 2013 e 51,56% em 2014, devido ao aumento das compras de mercadorias a prazo.

A empresa não apresenta participação no passivo não circulante, pois não possui nenhuma

dívida a longo prazo e por isto o seu passivo não circulante é zero.

100

29,22

70,78

100

35,25

64,75

100

55,4648,84

0

20

40

60

80

100

120

P. Total P. Circulante Patrim. Líquido

PO

RC

EN

TA

GE

M

2012 2013 2014

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Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis

Na análise vertical da DRE dos três anos estudados, pode

líquida da empresa apesentou uma participação de 84,99% em 2012, 87,02% em 2013 e

86,97% em 2014. O CMV aumentou um pouco sua participação sobre a receita total, sendo

67,02% em 2012, 69,93% em 2013, ca

consequentemente a diminuição do lucro bruto, apresentando um percentual de 17,97%, em

2012, 17,09%, em 2013 e 19,03%, em 2014. As despesas operacionais têm sua participação

de 11,22%, em 2012, caindo para 10,34%, em 2013 e aumentando para 10,43% em 2014.

Onde a maior concentração encontra

um maior percentual no ano d

lucros sobre as receitas totais era de 4,50%, apresentando um pequeno aumento para

5,93% nos anos de 2013 e 2014 respectivamente.

0

20

40

60

80

100

Rec. Bruta

100100

PO

RC

EN

TA

GE

M

Gráfico 5 - Análise Vertical – DRE

Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

Na análise vertical da DRE dos três anos estudados, pode-se verificar que a receita

líquida da empresa apesentou uma participação de 84,99% em 2012, 87,02% em 2013 e

CMV aumentou um pouco sua participação sobre a receita total, sendo

7,02% em 2012, 69,93% em 2013, caindo para 67,93% em 2014, o que

consequentemente a diminuição do lucro bruto, apresentando um percentual de 17,97%, em

2012, 17,09%, em 2013 e 19,03%, em 2014. As despesas operacionais têm sua participação

em 2012, caindo para 10,34%, em 2013 e aumentando para 10,43% em 2014.

Onde a maior concentração encontra-se nas despesas gerais e administrativas

um maior percentual no ano de 2012 de 5,52%. Observa-se que em 2012 a participação dos

sobre as receitas totais era de 4,50%, apresentando um pequeno aumento para

de 2013 e 2014 respectivamente.

Rec. Bruta Rec. Líquida Lucro Bruto Lucro Líquido

84,99

17,97

4,5

100

87,02

17,095,03

100

86,97

19,03

2012 2013 2014

73

se verificar que a receita

líquida da empresa apesentou uma participação de 84,99% em 2012, 87,02% em 2013 e

CMV aumentou um pouco sua participação sobre a receita total, sendo de

indo para 67,93% em 2014, o que afetou

consequentemente a diminuição do lucro bruto, apresentando um percentual de 17,97%, em

2012, 17,09%, em 2013 e 19,03%, em 2014. As despesas operacionais têm sua participação

em 2012, caindo para 10,34%, em 2013 e aumentando para 10,43% em 2014.

se nas despesas gerais e administrativas, apresentando

em 2012 a participação dos

sobre as receitas totais era de 4,50%, apresentando um pequeno aumento para 5,03% e

Lucro Líquido

5,035,93

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74

• Análise Horizontal

Gráfico 6 - Análise Horizontal do BP – Ativo

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

A análise horizontal da empresa evidencia um crescimento positivo no ativo total no

ano de 2013 e um decréscimo no ano de 2014, tendo aumentado 19,57% no ano de 2013,

comparado com o ano base e em 2014 não alcançou nem o percentual do ano base. O grupo

do ativo circulante e o não circulante também apresentaram um crescimento significativo no

ano de 2013 para o ativo circulante e no ano de 2014 para o ativo não circulante, refletindo no

aumento do ativo total no ano de 2013. A conta de disponibilidade foi a principal responsável

pelo aumento do ativo circulante, apresentando um crescimento de 233,98% em 2013 que foi

em mais de 100% do seu disponível, mas em 2014 ele não conseguiu obter crescimento,

comparando com o ano base. O ativo não circulante da empresa que é composto das contas

imobilizado e bens em operação não obteve crescimento em 2013 para a conta do

imobilizado, mas com relação ao ano de 2014 cresceu 13,05% e em se tratando dos bens em

operação teve um pequeno crescimento de 9,37% em 2013 para 10,40% em 2014.

100 100 100109,57 110,95

98,6

80,35 76,7

113,05

0

20

40

60

80

100

120

At. Total At. Circulante At. Ñ Circulante

PO

RC

EN

TA

GE

M

2012 2013 2014

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75

Gráfico 7 - Análise Horizontal do BP – Passivo

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

O passivo total, assim como o ativo total, apresentou crescimento apenas para o ano de

2013, comparado com o ano de 2012, em que apresentou um aumento de 9,57%. O grupo do

passivo circulante no ano de 2013 teve um aumento de 32,19% para o ano de 2013 e em 2014

apresentou um pequeno crescimento de apenas 16,62% comparado com o ano base. O

principal responsável pelo crescimento das contas do passivo circulante foi o aumento da

compra de mercadoria para revenda a prazo, com o maior percentual de 52,07% na conta

fornecedor para o ano de 2013, caindo para 05,86% no ano de 2014. Apesar do aumento do

passivo circulante não ter sido tão alto, a empresa deve tomar cuidado, pois todas as suas

dívidas são de curto prazo e suas obrigações devem ser pagas até o fim do exercício

financeiro. A empresa não apresenta passivo não circulante, por não possuir nenhuma dívida a

longo prazo. No patrimônio líquido houve um aumento muito pequeno no ano de 2013, de

apenas 0,23% e no ano de 2014não obteve crescimento comparado com o ano base e sim,

uma diminuição. A conta do lucro do exercício só obteve crescimento no ano de 2013, com

pequeno percentual de apenas 0,27%. De modo geral, no patrimônio líquido, não houve

aumento consideravelmente na empresa, apresentando apenas 0,23% para o ano de 2013, o

que quer dizer que é estável para a empresa, pois ela não obteve um crescimento considerável

de capital próprio.

100 100 100109,57

132,19

100,23

80,35

116,62

60,61

0

20

40

60

80

100

120

140

P. Total P. Circulante Patrim. Líquido

PO

RC

EN

TA

GE

M

2012 2013 2014

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76

Gráfico 8 - Análise Horizontal da DRE

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

Na análise horizontal da DRE, podemos observar que em 2013 as vendas aumentaram

12,25%, comparadas com 2012 e como as deduções não apresentaram um aumento

significativo, as vendas líquidas evoluíram em 14,93%. O CMV também teve um crescimento

em 17,12% e mesmo assim o lucro bruto ainda conseguiu ter um aumento de 06,79%. Apesar

das despesas operacionais apresentarem um aumento de 3,47%, a empresa conseguiu obter

um aumento do lucro líquido de 13,12% e aconteceu sua maximização, apresentando ainda

um resultado positivo do exercício. No ano de 2014, as vendas aumentaram em 11,11%,

comparados com o ano base. As deduções da receita bruta apresentaram um aumento de

11,57%, mas apesar deste aumento, as vendas líquidas evoluíram em 11,04%. O CMV obteve

um crescimento de 07,94% e mesmo assim o lucro bruto consegue obter um aumento de

23,70% sendo considerado o maior percentual comparado com os outros anos. As despesas

operacionais por sua vez apresentaram um aumento de 11,97% e mesmo assim o lucro líquido

conseguiu ter um aumento de 30,95%, onde aconteceu a maximização do lucro e a empresa

ainda obteve um resultado positivo do exercício.

100 100100 100

112,25 114,93

106,79113,12111,11 111,04

123,7130,95

0

20

40

60

80

100

120

140

Rec. Bruta Rec. Líquida Lucro Bruto Lucro Líquido

PO

RC

EN

TA

GE

M

2012 2013 2014

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77

Tabela 7 - Cálculo dos Índices de Liquidez

Liquidez Geral = (At Circ + Real LP)/(PassCirc + PassNaoCirc)

Ano 2012 2013 2014 Ativo Circulante 436.302,37 484.077,26 371.281,07 Realizável a LP 0,00 0,00 0,00 Passivo Circulante 143.508,46 189.709,71 221.239,55 Passivo Não Circulante 0,00 0,00 0,00 Liquidez Geral 3,04 2,55 1,68

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Anos 2012 2013 2014 Ativo Circulante 436.302,37 484.077,26 371.281,07 Passivo Circ. 143.508,46 189.709,71 221.239,55 Liquidez Corrente 3,04 2,55 1,68

Liquidez Seca= (AC- Estoque)/PC

Ano 2012 2013 2014 Ativo Circulante 436.302,37 484.077,26 371.281,07 Estoque 120.129,51 99.431,22 60.172,51 Passivo Circulante 143.508,46 189.709,71 221.239,55 Liquidez Seca 2,20 2,03 1,41

Liquidez Imediata= Disponível/PC

Anos 2012 2013 2014 Disponível 312.759,36 381.809,19 306.401,65 Passivo Circulante 143.508,46 189.709,71 221.239,55 Liquidez Imediata 2,18 2,01 1,39

Fonte: Autoria Própria

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Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações

Liquidez Geral: O índice de liquidez geral revela a capacidade da empresa em pagar

todas as suas dívidas, sejam elas de curto ou longo prazo. No ano de 2012, para cada R$1,00

em dívidas totais, a empresa pos

a longo prazo. No ano de 2013, esse índice caiu bastante e, em 2014, também diminui

indicando que para cada R$1,00 a empresa possui R$2,55 e R$1,68%, respectivamente, em

valores conversíveis em dinheiro. Deste modo, todos os anos

uma boa situação, porém, o ano de 2012 foi o que obteve o melhor índice e o ano de 2014 foi

o ano que o índice foi menor, mas não impede que a empresa pague todos as suas dívidas de

curto ou longo prazo.

Liquidez Corrente: Esse

em curto prazo (ativo circulante) para pagar suas dívidas no mesmo per

cada R$1,00 em dívidas em curto prazo,

direitos realizáveis em curto prazo. Em 2013, esse índice diminuiu um pouco, indicando que

para cada R$1,00 a empresa possui R$2,55 em valores conversíveis em dinheiro em curto

prazo e em 2014 esse índice também obteve uma queda

possuiem bens e disponibilidades R$1,68 para cada R$1,00 em dívida de curto prazo.

Portanto, esse índice está em uma boa situação, pois em todos os anos a empresa possui bens

e direitos a curto prazo para liquidar suas dívidas que são

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Liq. Geral

3,04

2,55

Gráfico 9 - Índices de Liquidez

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

Liquidez Geral: O índice de liquidez geral revela a capacidade da empresa em pagar

todas as suas dívidas, sejam elas de curto ou longo prazo. No ano de 2012, para cada R$1,00

em dívidas totais, a empresa possui de R$3,040 de valores conversíveis em dinheiro a curto

prazo. No ano de 2013, esse índice caiu bastante e, em 2014, também diminui

indicando que para cada R$1,00 a empresa possui R$2,55 e R$1,68%, respectivamente, em

valores conversíveis em dinheiro. Deste modo, todos os anos analisados encontram

uma boa situação, porém, o ano de 2012 foi o que obteve o melhor índice e o ano de 2014 foi

o ano que o índice foi menor, mas não impede que a empresa pague todos as suas dívidas de

Liquidez Corrente: Esse índice evidencia o quanto a empresa possui de bens e direitos

em curto prazo (ativo circulante) para pagar suas dívidas no mesmo per

cada R$1,00 em dívidas em curto prazo, a empresa possui R$3,040 de disponibilidades e

is em curto prazo. Em 2013, esse índice diminuiu um pouco, indicando que

para cada R$1,00 a empresa possui R$2,55 em valores conversíveis em dinheiro em curto

prazo e em 2014 esse índice também obteve uma queda, mostrando que a empresa só

isponibilidades R$1,68 para cada R$1,00 em dívida de curto prazo.

Portanto, esse índice está em uma boa situação, pois em todos os anos a empresa possui bens

e direitos a curto prazo para liquidar suas dívidas que são de curto prazo. Observa

Liq. Geral Liq. Corrente Liq. Seca Liq. Imediata

3,04

2,2 2,18

2,55 2,55

2,03 2,011,68 1,68

1,41

2012 2013 2014

78

Liquidez Geral: O índice de liquidez geral revela a capacidade da empresa em pagar

todas as suas dívidas, sejam elas de curto ou longo prazo. No ano de 2012, para cada R$1,00

is em dinheiro a curto e

prazo. No ano de 2013, esse índice caiu bastante e, em 2014, também diminuiu,

indicando que para cada R$1,00 a empresa possui R$2,55 e R$1,68%, respectivamente, em

analisados encontram-se em

uma boa situação, porém, o ano de 2012 foi o que obteve o melhor índice e o ano de 2014 foi

o ano que o índice foi menor, mas não impede que a empresa pague todos as suas dívidas de

índice evidencia o quanto a empresa possui de bens e direitos

em curto prazo (ativo circulante) para pagar suas dívidas no mesmo período. Em 2012, para

a empresa possui R$3,040 de disponibilidades e

is em curto prazo. Em 2013, esse índice diminuiu um pouco, indicando que

para cada R$1,00 a empresa possui R$2,55 em valores conversíveis em dinheiro em curto

mostrando que a empresa só

isponibilidades R$1,68 para cada R$1,00 em dívida de curto prazo.

Portanto, esse índice está em uma boa situação, pois em todos os anos a empresa possui bens

de curto prazo. Observa-se que nos

Liq. Imediata

2,01

1,39

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79

três anos analisados, o índice de Liquidez Geral é igual ao índice de Liquidez Corrente e isso

ocorre pelo fato de que nos três anos a empresa não apresenta passivo não circulante.

Liquidez Seca: O índice de Liquidez Seca revela a capacidade de pagamento da

empresa a curto prazo sem comprometer o seu estoque, pois o mesmo é considerado fonte de

recursos incertos, podendo se tornar obsoleto. No ano de 2012, para cada R$1,00 de dívidas

de curto prazo, a empresa possui R$2,20 em valor de bens e direitos em curto prazo, no ano

de 2013 e 2014 este índice teve uma redução contínua, mostrando que para cada R$1,00 do

passivo circulante, a empresa possui R$2,03 e R$1,41, respectivamente, em valor de bens e

direitos do ativo circulante e a situação da empresa continua boa, evidenciando que não

precisará comprometer o estoque para o pagamento de suas dívidas em curto prazo. Porém é

necessário ter um pouco de cuidado, pois se esta redução permanecer pelos outros anos, a

empresa poderá chegar a comprometer o seu estoque, se ela apresentar uma situação ruim

futuramente.

Liquidez Imediata: O índice de Liquidez Imediata evidencia o quanto que a empresa

tem de valor imediato para saldar as obrigações de curto prazo. No ano de 2012, para cada

R$1,00 de dívidas no passivo circulante, a empresa dispõe de R$2,18 de disponível (caixa e

bancos), nos anos seguintes para cada R$1,00 das obrigações em curto prazo, a empresa

dispõe de R$2,01 em 2013 e R$1,39 em 2014 de disponível para liquidar suas dívidas. Nos

anos analisados, a empresa apresenta uma boa situação, mostrando que possui de disponíveis

para saldar todo o seu passivo circulante.

Concluindo, pode se dizer que de maneira geral a empresa analisada apresenta uma

boa situação financeira, mostrando através dos índices que tem condições de pagar as suas

dívidas de curto e longo prazo. Observando o gráfico 08, houve uma pequena redução nos

índices, que apesar de ser pequena tem que tomar cuidado para que ele não permaneça

continuamente, pois os índices de liquidez são caracterizados por quanto maiores forem,

melhor será a situação financeira da empresa, demonstrando assim a capacidade de saldar

todos os seus compromissos.

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80

• Índice de Endividamento

Tabela 8 - Índices de Endividamento

Imobilização do PL = (Imobilizado/PL)x100 Anos 2012 2013 2014 Imobilizado 54.892,61 54.128,37 61.192,79

Patrimônio Líquido 347.686,52 348.495,92 211.234,4

1 IPL 15,79% 15,53% 28,97%

Participação de Capitais de Terceiros = (PC + PNC) / PL x 100 Ano 2012 2013 2014 Passivo Circulante 143508,46 189709,71 221239,55 Passivo Não circulante 0,00 0,00 0,00 Patrimônio Líquido 347686,52 348495,92 211234,41 PCT 41,27% 54,44% 104,74% Composição de Endividamento = PC / (PC + PNC) x 100 Ano 2012 2013 2014 Passivo Circulante 143508,46 189709,71 221239,55

Passivo Circulante + Passivo Não circulante 143508,46 189709,71 221239,55 CE 100,00% 100,00% 100,00% Endividamento Geral = Capital de Terceiros / Ativo Total x 100 Ano 2012 2013 2014 Capital de Terceiros 143508,46 189709,71 221239,55 Ativo Total 491194,98 538205,63 432473,96 EG 29,22% 35,25% 51,16%

Fonte: Autoria Própria

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Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

Imobilizado do Patrimônio Líquido: Esse índice indica o percentual de capital de

terceiros aplicados no ativo imobilizado da e

15,79% do patrimônio líquido no ativo imobilizado, ou seja, para cada R$1,00 de capital

próprio, a empresa investiu R$15,79 no imobilizado. No ano de 2013 a empresa apresentou

uma pequena redução e um

atingiu 28,97%, onde para cada R$100,00 do capital próprio, foram

R$28,97, respectivamente, no ativo imobilizado da empresa. Os anos analisados apres

uma boa situação, porém no ano de 20

quando comparado com os anos anteriores. Cont

for este índice, melhor será para a empresa, uma vez que quanto menor for o valor do

patrimônio líquido investido

financiar todo o ativo circulante, e a empresa não ficará dependente financeiramente para

financiar suas necessidades a curto prazo.

Participação de Capitais de Terceiros: Esse índice apresenta o pe

terceiros em relação ao patrimônio líquido, mostrando a dependência da empresa em relação

aos recursos externos. No ano de 2012, apresentou uma participação de 41,27%,

que para cada R$100,00 de capital próprio investido

terceiros. Nos anos seguintes, aconteceu um grande aumento e os resultados obtidos foram de

54,44% e 104,74% para os anos de 2013 e 2014 respectivamente, ou seja, para cada R$

0

20

40

60

80

100

120

Imob. Do PL

15,79PO

RC

ENTA

GEM

Gráfico 10 - Índice de Endividamento

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

Imobilizado do Patrimônio Líquido: Esse índice indica o percentual de capital de

terceiros aplicados no ativo imobilizado da empresa. No ano de 2012, a empresa aplicou

15,79% do patrimônio líquido no ativo imobilizado, ou seja, para cada R$1,00 de capital

próprio, a empresa investiu R$15,79 no imobilizado. No ano de 2013 a empresa apresentou

uma pequena redução e um crescimento no ano 2014, tendo em 2013, 15,53% e em 2014

atingiu 28,97%, onde para cada R$100,00 do capital próprio, foram

R$28,97, respectivamente, no ativo imobilizado da empresa. Os anos analisados apres

no ano de 2014, houve um crescimento significativo em quase 50%,

quando comparado com os anos anteriores. Contudo é importante ressaltar que quanto menor

este índice, melhor será para a empresa, uma vez que quanto menor for o valor do

patrimônio líquido investido no ativo imobilizado, maior será o valor que sobrará para

financiar todo o ativo circulante, e a empresa não ficará dependente financeiramente para

financiar suas necessidades a curto prazo.

Participação de Capitais de Terceiros: Esse índice apresenta o pe

terceiros em relação ao patrimônio líquido, mostrando a dependência da empresa em relação

aos recursos externos. No ano de 2012, apresentou uma participação de 41,27%,

para cada R$100,00 de capital próprio investido, a empresa utiliza R

terceiros. Nos anos seguintes, aconteceu um grande aumento e os resultados obtidos foram de

54,44% e 104,74% para os anos de 2013 e 2014 respectivamente, ou seja, para cada R$

Imob. Do PL Part. CT Comp. Endiv. Endiv. Geral

15,79

41,27

100

29,2215,53

54,44

100

35,2528,97

104,74100

2012 2013 2014

81

Imobilizado do Patrimônio Líquido: Esse índice indica o percentual de capital de

mpresa. No ano de 2012, a empresa aplicou

15,79% do patrimônio líquido no ativo imobilizado, ou seja, para cada R$1,00 de capital

próprio, a empresa investiu R$15,79 no imobilizado. No ano de 2013 a empresa apresentou

em 2013, 15,53% e em 2014

atingiu 28,97%, onde para cada R$100,00 do capital próprio, foram investidos R$15,53 e

R$28,97, respectivamente, no ativo imobilizado da empresa. Os anos analisados apresentam

14, houve um crescimento significativo em quase 50%,

udo é importante ressaltar que quanto menor

este índice, melhor será para a empresa, uma vez que quanto menor for o valor do

no ativo imobilizado, maior será o valor que sobrará para

financiar todo o ativo circulante, e a empresa não ficará dependente financeiramente para

Participação de Capitais de Terceiros: Esse índice apresenta o percentual de capital de

terceiros em relação ao patrimônio líquido, mostrando a dependência da empresa em relação

aos recursos externos. No ano de 2012, apresentou uma participação de 41,27%, que significa

, a empresa utiliza R$ 41,27 de capital de

terceiros. Nos anos seguintes, aconteceu um grande aumento e os resultados obtidos foram de

54,44% e 104,74% para os anos de 2013 e 2014 respectivamente, ou seja, para cada R$100,00

Endiv. Geral

35,25

51,16

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82

do patrimônio líquido a empresa utiliza de R$54,44 em 2013 e R$104,74 em 2014 de capital

de terceiros. De acordo com os resultados dos obtidos pode-se dizer que nos anos de 2012 e

2013 a empresa proporciona uma situação relativamente boa, por não apesentar uma grande

dependência de capitais de terceiros, contudo em 2014 a empresa apresentou uma grande

dependência de capitais de terceiros que ultrapassou os 100%.

Composição do Endividamento: Esse índice o porcentual das obrigações que devem

serem pagas a curto prazo comparadas com as obrigações totais da empresa. Os valores

apresentados na empresa mostram que o percentual da dívida total que vence em curto prazo

foi de 100% para todos os anos, ou seja, para cada R$100,00 da dívida total da empresa,

R$100,00 vencem em curto prazo. Isso acontece porque a empresa não possui passivo não

circulante. Deste modo, os resultados obtidos apresentam uma situação ruim para a empresa,

pois todas as suas obrigações são em curto prazo. E quanto maior forem esses índices, pior

será a situação da empresa, uma vez que ela terá mais dívidas para pagar em curto prazo e

assim maior será a pressão para que ela gere recursos que sejam suficientes para honrar seus

compromissos.

Endividamento Geral: Esse índice expressa em porcentagem o quanto do ativo total da

empresa está financiado por capitais de terceiros. O resultado apresentado no ano de 2012

mostra que a empresa tinha 29,22% do seu ativo financiado por capitais de terceiros, no ano

de 2013 houve um pequeno aumento e o valor financiado ficou de 35,25%, porém o ano de

2014 evidenciou que a empresa teve uma maior necessidade de financiar seu ativo com

capitais de terceiros, onde esse percentual foi de 51,16%. Contudo, pode-se dizer que a

empresa apresentou uma situação consideravelmente boa para o ano de 2012 e 2013,

diminuindo assim a sua dependência financeira, pela utilização dos recursos de terceiros, mas

já em 2014 sua situação não é boa, pois a dependência desses recursos foi de mais de 50% do

ativo total.

De modo geral, os índices de endividamento apresentam uma situação

consideravelmente boa, apesar da empresa não possuir passivo não circulante e todas as suas

obrigações serem a curto prazo, ela só foi totalmente dependente dos recursos de terceiros no

ano de 2014, pois nos outros anos ela não apresenta essa grande dependência.

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83

• Índice de Atividades

Tabela 9 - Índices de Atividades

Prazo Médio de Rotação dos Estoques = Estoque/CMV x 360 Ano 2012 2013 2014 Estoques 120.129,51 99.431,22 60.172,51 CMV 2.026.386,36 2.373.255,90 2.561.763,37 PMRE (Aprox.) 21 15 8

Prazo Médio de Recebimento de Vendas = Dup a Rec / VL x 360

Anos 2012 2013 2014 Duplicatas a receber 0,00 0,00 0,00 Vendas Líquidas 2.569.663,26 2.593.440,73 3.279.422,16

PMRV (Aprox.) O PMRV é zero, pois a empresa trabalha somente

com vendas à vista, por isso não tem a conta Duplicatas a Receber

Prazo Médio de Pagamentos das Compras = Fornecedores / Compras x 360

Anos 2012 2013 2014 Fornecedores 103.584,98 157.518,16 166.751,78 Compras 2.146.515,87 2.352.557,61 2.522.504,66 PMPC (Aprox.) 17 24 24

Ciclo Operacional= PMRE + PMRV

Anos 2012 2013 2014 PMRE 21 15 8 PMRV 0 0 0 Ciclo Operacional 21 15 8

Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - PMPC Anos 2012 2013 2014 Ciclo Operacional 21 15 8 PMPC 17 24 24 Ciclo Financeiro 4 -9 -16

Fonte: Autoria Própria

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Fonte: Autoria Própria, Baseado na

O Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) indica quantos dias, em média, os

produtos ficam armazenados na empresa antes de

passou aproximadamente 21 dias para renovar seus e

entre a compra de mercadoria e a venda dessas mercadorias para os seus clientes. Nos anos

seguintes houve uma boa redução consecutiva, onde

foram de 15 dias e 8 dias para

empresa apresenta uma rotativ

de 2012, 24 vezes no ano de 20

melhora na renovação de estoques qu

rotatividade é melhor e significa que o dinheiro está circulando dentro da empresa.

O Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) indica quantos dias em média a

empresa leva para receber efetivamente o val

zerado, uma vez que ela só trabalho com vendas à vista e por isso não tem a conta duplicatas a

receber ou clientes, impossibilitando o cálculo do mesmo.

O Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC) indica quantos

empresa leva para pagar a suas compras, ou seja, o prazo que ela negocia com seus

fornecedores, da data da compra até o pagamento efetivo. No ano de 2012, a empresa passou

aproximadamente 17 dias para pagar os seus fornecedores, nos anos de

0

5

10

15

20

25

MER

OS

DE

DIA

S

Gráfico 11 - Índices de Atividades

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

O Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) indica quantos dias, em média, os

produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. No ano de 2012

passou aproximadamente 21 dias para renovar seus estoques, que é o momento que decorre

entre a compra de mercadoria e a venda dessas mercadorias para os seus clientes. Nos anos

seguintes houve uma boa redução consecutiva, onde os prazos médios de rotação de estoques

de 15 dias e 8 dias para os anos de 2013 e 2014 respectivamente

empresa apresenta uma rotatividade anual de estoques de aproximadamente 17 vezes

de 2013 e 45 vezes no ano de 2014. Nos últimos anos houve uma

melhora na renovação de estoques que é bom para a empresa, pois quanto maior for sua

rotatividade é melhor e significa que o dinheiro está circulando dentro da empresa.

O Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) indica quantos dias em média a

empresa leva para receber efetivamente o valor de suas vendas. Nessa empresa o PMRV é

zerado, uma vez que ela só trabalho com vendas à vista e por isso não tem a conta duplicatas a

receber ou clientes, impossibilitando o cálculo do mesmo.

O Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC) indica quantos

empresa leva para pagar a suas compras, ou seja, o prazo que ela negocia com seus

fornecedores, da data da compra até o pagamento efetivo. No ano de 2012, a empresa passou

aproximadamente 17 dias para pagar os seus fornecedores, nos anos de

PMRE PMRV PMPC

21

0

1715

0

24

8

0

2012 2013 2014

84

O Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) indica quantos dias, em média, os

serem vendidos. No ano de 2012 a empresa

stoques, que é o momento que decorre

entre a compra de mercadoria e a venda dessas mercadorias para os seus clientes. Nos anos

os prazos médios de rotação de estoques

de 2013 e 2014 respectivamente. Deste modo, a

idade anual de estoques de aproximadamente 17 vezes no ano

os últimos anos houve uma

e é bom para a empresa, pois quanto maior for sua

rotatividade é melhor e significa que o dinheiro está circulando dentro da empresa.

O Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) indica quantos dias em média a

or de suas vendas. Nessa empresa o PMRV é

zerado, uma vez que ela só trabalho com vendas à vista e por isso não tem a conta duplicatas a

O Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC) indica quantos dias em média a

empresa leva para pagar a suas compras, ou seja, o prazo que ela negocia com seus

fornecedores, da data da compra até o pagamento efetivo. No ano de 2012, a empresa passou

aproximadamente 17 dias para pagar os seus fornecedores, nos anos de 2013 e 2014 teve um

24

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85

pequeno aumento no prazo de pagamento, passando a empresa a levar 24 dias para os dois

anos para pagarem as suas compras. Esse resultado é ruim, pois a prazo de pagamento aos

fornecedores é baixo e com isso impossibilita que a empresa ofereça bons prazos a seus

clientes.

Gráfico 12 - Relação entre os prazos e os ciclos – ano 2012

Fonte: Autoria Própria

O ciclo operacional é tempo decorrido entre a compra, estocagem, venda das

mercadorias e o recebimento destas. Em 2012, esse ciclo foi de 21 dias, ou seja, a empresa

passou de 21 dias para comprar, estocar, vender as mercadorias e receber o pagamento das

mesmas. Como a empresa não trabalha com vendas a prazo e não possui a conta clientes, ou

duplicatas a receber, o PMRE será igual ao ciclo operacional e, assim, a venda e o

recebimento delas serão iguais à PMRE, que é o tempo em média que a empresa leva para

renovar todo o seu estoque. O PMPC mostra o prazo em média que a empresa tem para pagar

suas compras perante seus fornecedores, que no ano de 2012 é igual a 17 dias, o que nos leva

a um ciclo financeiro de 4 dias, que compreende o período de tempo entre o prazo médio de

pagamento aos fornecedores, que é o momento do pagamento das mercadorias e o prazo

médio de recebimento das vendas, que é o momento que a empresa recebe o valor de suas

vendas.

Nota-se que essa situação é boa para a empresa, pois ela paga os seus fornecedores

com 17 dias e recebe dos clientes com apenas 4 dias para frente, quanto menor for o ciclo

Compras

PMRV = PMRE = 21Dias

PMPC= 17 Dias

Pagamento

Ciclo Operacional = 21

Ciclo Financeiro = 4 dias

RecebimentoVendas

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86

financeiro, melhor será para a empresa, pois representa uma menor utilização de

financiamento, gerando assim um menor custo.

Gráfico 13 - Relação entre os prazos e os ciclos – ano 2013

Fonte: Autoria Própria

O ciclo operacional é o tempo decorrido entre a compra, estocagem, venda das

mercadorias e o recebimento destas. Em 2013, houve uma pequena redução em relação a

2012, em que o ciclo foi de 15 dias, ou seja, a empresa passou 15 dias para comprar, estocar,

vender as mercadorias e receber o pagamento das mesmas. Como a empresa não trabalha com

vendas a prazo e não possui a conta clientes ou duplicatas a receber, o PMRE será igual ao

ciclo operacional e assim, a venda e o recebimento delas serão iguais a PMRE, que é o tempo

em média que a empresa leva para renovar todo o seu estoque. O PMPC mostra o prazo em

média que a empresa tem para pagar suas compras perante seus fornecedores, que no ano de

2013 é igual a 24 dias, o que nos leva a um ciclo financeiro de - 9 dias, que compreende o

período de tempo entre o prazo médio de pagamento aos fornecedores, que é o momento do

pagamento das mercadorias e o prazo médio de recebimento das vendas, que é o momento

que a empresa recebe o valor de suas vendas perante seus clientes. Nota-se que essa situação é

ótima para a empresa, pois ela comprou, vendeu e recebeu, antes de pagar aos seus

fornecedores e quanto menor for o ciclo financeiro, melhor será para a empresa, pois

representa uma menor utilização de financiamento, gerando assim um menor custo.

Compras

PMRV = PMRE = 15Dias

PMPC= 24 Dias

Ciclo Operacional = 15

RecebimentoVendas

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87

Gráfico 14 - Relação entre os prazos e os ciclos – ano 2014

Fonte: Autoria Própria.

O ciclo operacional é tempo decorrido entre a compra, estocagem, venda das

mercadorias e o recebimento destas. Em 2014, houve uma pequena redução em relação aos

outros anos, em que o ciclo foi de 8 dias, ou seja, a empresa passou 8 dias para comprar,

estocar, vender as mercadorias e receber o pagamento das mesmas. Como a empresa não

trabalha com vendas a prazo e não possui a conta clientes, ou duplicatas a receber, o PMRE

será igual ao ciclo operacional e assim, a venda e o recebimento delas serão iguais a PMRE,

que é o tempo em média que a empresa leva para renovar todo o seu estoque. O PMPC mostra

o prazo em média que a empresa tem para pagar suas compras perante seus fornecedores, que

no ano de 2014 foi igual a 24 dias, o que nos leva a um ciclo financeiro de -16 dias, que

compreende o período de tempo entre o prazo médio de pagamento aos fornecedores, que é o

momento do pagamento das mercadorias e o prazo médio de recebimento das vendas, que é o

momento que a empresa recebe o valor de suas vendas perante seus clientes. Nota-se que essa

situação é ótima para a empresa, pois ela comprou, vendeu e recebeu, antes de pagar aos seus

fornecedores, quanto menor for o ciclo financeiro melhor será para a empresa, pois representa

uma menor utilização de financiamento, gerando assim um menor custo.

Compras

PMRV = PMRE = 8Dias

PMPC= 24 Dias

Ciclo Operacional = 08

RecebimentoVendas

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• Índice de Rentabilidade/Lucratividade

Tabela

Taxa de Retorno sobre Investimentos = (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100

Anos Lucro Líquido Ativo Total TRI

Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido = (Lucro Líquido / PL Médio)x 100

Anos Lucro Líquido P L Médio TRPL

Fonte: Autoria Própria.

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações

Taxa de Retorno sobre Investimento (TRI): Esse ín

de lucro, com base no ativo total da empresa aplicado em todas as suas atividades, sejam elas

usuais ou não. No ano de 2012,

total, ou seja, para cada R$100,00 de ativo total, a empresa gerou um lucro líquido de

R$30,74, que é um resultado satisfatório, pois o seu ganho

0

10

20

30

40

50

60

70

80

PO

RC

ENTA

GEM

Índice de Rentabilidade/Lucratividade

Tabela 10 - Índice de Rentabilidade/Lucratividade

Taxa de Retorno sobre Investimentos = (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100

2012 150.999,82 170.809,40

491.194,98 538.205,63

30,74% 31,74%

Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido = (Lucro Líquido / PL Médio)x 100

2012 150.999,82 170.809,40

302.472,28 302.472,28

49,92% 56,47%

Gráfico 15 - Índices de Rentabilidade

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

Retorno sobre Investimento (TRI): Esse índice evidencia o retorno

no ativo total da empresa aplicado em todas as suas atividades, sejam elas

usuais ou não. No ano de 2012, a empresa obteve um ganho de 30,74%

total, ou seja, para cada R$100,00 de ativo total, a empresa gerou um lucro líquido de

R$30,74, que é um resultado satisfatório, pois o seu ganho foi de aproximadamente 1/3 do

TRI TRPL

30,74

49,92

31,74

56,4751,72

73,95

2012 2013 2014

88

Taxa de Retorno sobre Investimentos = (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100 2013 2014

170.809,40 223.682,14 538.205,63 432.473,96 31,74% 51,72%

Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido = (Lucro Líquido / PL Médio)x 100

2013 2014 170.809,40 223.682,14 302.472,28 302.472,28 56,47% 73,95%

dice evidencia o retorno na forma

no ativo total da empresa aplicado em todas as suas atividades, sejam elas

a empresa obteve um ganho de 30,74% em relação ao ativo

total, ou seja, para cada R$100,00 de ativo total, a empresa gerou um lucro líquido de

de aproximadamente 1/3 do

73,95

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89

valor investido. Em 2013 a empresa obteve um ganho de 31,74% em relação ao ativo total, ou

seja, para cada R$100,00 de ativo total, a empresa gerou um lucro de R$31,74, que assim

como em 2012 é um resultado satisfatório, pois o seu ganho também foi de aproximadamente

1/3 do valor investido. Em 2014, o resultado teve um aumento muitobom e o seu ganho foi de

51,72% de lucro líquido em relação ao ativo total, isso é ótimo para a empresa, pois cada

R$100,00 de ativo total ela gerou um lucro de R$51,00, que foi um ganho de mais da metade

do valor investido.

Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL). Esse índice indica em forma de

porcentagem o retorno total do capital próprio aplicado na empresa. Em 2012, a empresa

apresentou um retorno de 49,92% sobre o capital próprio investido, ou seja, para cada R$

100,00 de patrimônio líquido médio utilizado no período, gerou um lucro líquido de R$ 49,92.

No ano de 2013, a empresa obteve um ganho de 56,47% sobre o capital próprio investido, ou

seja, para cada R$100,00 de patrimônio líquido médio utilizado no período gerou um lucro

líquido de R$56,47. Em 2014, a empresa obteve um ganho melhor, pois foi de 73,95% sobre

o patrimônio líquido médio, ou seja, para cada R$100,00 de capital próprio investido gerou

um lucro líquido de R$73,95. Como se pode ver, nos três últimos anos analisados, a situação

da empresa era muito boa, pois seu índice de retorno era muito alto e teve um aumento

consecutivo muito bom, que mostra que o lucro apresentado pela empresa foi rentável,

considerando o seu capital investido.

Contudo, analisamos que a taxa de retorno sobre o investimento foi boa nos três anos,

apresentando que a empresa gerou um lucro crescente, que no último ano foi de mais da

metade do valor investido. E o lucro sobre o patrimônio líquido médio investido foi

satisfatório, mostrando que a empresa está em uma situação boa.

Tabela 11 - Giro do Ativo

Giro do Ativo = Vendas Líquidas /AT Médio Anos 2012 2013 2014 Vendas Líquida 2.569.663,26 2.953.440,73 3.279.422,16 Ativo Total Médio 487.291,52 487.291,52 487.291,52 GA 5,27 6,06 6,73

Fonte: Autoria Própria.

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90

Gráfico 16 - Giro do Ativo

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise.

Esse índice mostra quantas vezes o ativo da empresa girou no período analisado,

estabelecendo assim uma relação entre as vendas do período e os investimentos totais

efetuados na empresa que são representados pelo ativo total médio. O gráfico mostra que em

2012, as vendas geraram 5,27 vezes em relação aos investimentos aplicados e para cada

R$1,00 de investimento a empresa vendeu R$5,27. No ano de 2013, as vendas giraram 6,06

vezes em relação aos investimentos aplicados, sendo que para cada R$1,00 de investimento a

empresa vendeu R$6,06. Em 2014, as vendas giraram 6,73 vezes em relação ao ativo total

médio investido, sendo que para cada R$ 1,00 de investimento, a empresa vendeu R$6,73. De

modo geral, esse índice mede o volume das vendas em relação ao investimento total e quanto

maior for o giro do ativo pelas vendas, melhor será o aproveitamento dos recursos aplicados

no ativo. Ainda, de acordo com o gráfico, o índice evoluiu de maneira satisfatória com a

passar dos anos, e o ano de 2014 foi o ano que a empresa apresentou o maior giro, pois as

suas vendas líquidas foram maioresem relação aos anos anteriores.

5,276,06

6,73

0

1

2

3

4

5

6

7

8

GIRO DO ATIVO

2012 2013 2014

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• Índice de Rentabilidade

Tabela

Margem Bruta = Lucro Bruto /Vendas Líquidasx 100

Anos Lucro Bruto 543.276,90

Venda Líquida 2.569.663,26

Índice

Margem Operacional = Lucro Operacional/Vendas Líquidas x 100

Anos Lucro Operacional 203.938,03

Venda Líquida 2.569.663,26

Índice

Margem Líquida = Lucro Líquido /Vendas Líquidas x 100

Anos Lucro Líquido 150.999,82

Vendas Líquidas 2.569.663,26

Índice Fonte: Autoria Própria.

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis

0

5

10

15

20

25 21,14

PO

RC

ENTA

GEM

Índice de Rentabilidade

Tabela 12 - Índice de Rentabilidade/Lucratividade

Margem Bruta = Lucro Bruto /Vendas Líquidasx 100

2012 2013 543.276,90 580.184,83

2.569.663,26 2.953.440,73 21,14% 19,64%

Margem Operacional = Lucro Operacional/Vendas Líquidas x 100

2012 2013 203.938,03 229.067,16

2.569.663,26 2.953.440,73 7,94% 7,75%

Margem Líquida = Lucro Líquido /Vendas Líquidas x 100

2012 2013 150.999,82 170.809,40

2.569.663,26 2.953.440,73 5,88% 5,78%

Gráfico 17 - Índice de Rentabilidade

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

M. Bruta M. Operacional M. Líquida

21,14

7,945,88

19,64

7,75

5,78

21,88

9,89

2012 2013 2014

91

Margem Bruta = Lucro Bruto /Vendas Líquidasx 100 2014

717.658,79 3.279.422,16

21,88%

Margem Operacional = Lucro Operacional/Vendas Líquidas x 100 2014

324.498,81 3.279.422,16

9,89%

Margem Líquida = Lucro Líquido /Vendas Líquidas x 100 2014

223.682,14 3.279.422,16

6,82%

M. Líquida

6,82

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92

Margem Bruta: Esse índice mede a rentabilidade das vendas após a dedução dos

custos das mercadorias vendidas, ou seja, é a divisão do lucro bruto pelas vendas líquidas. Em

2012, a margem bruta foi de 21,14%, em 2013, foi de 19,64% e em 2014 foi de 21,88%.

Observando o gráfico, percebe-se que a margem bruta não aumentou muito com o passar dos

anos, em 2012 as vendas foram menores e a margem bruta foi maior que 2013, onde neste ano

as vendas foram maiores que 2012 e menores que em 2014, a margem bruta foi menor

comparando com os outros anos, já em 2014 foi o ano que a empresa teve suas vendas e seus

custos maiores, como também foi o ano que a empresa atingiu o maior percentual de margem

bruta. Esse percentual, apesar de não ser muito elevado, mostra que mesmo que a empresa

tenha aumentado suas vendas com o passar dos anos, os seus custos também aumentaram e

em consequência desses aumentos eles absorvem em média mais de 50% de receitas de

vendas brutas. Esse resultado pode ser considerado estável, pois quanto maior for este índice é

melhor a situação financeira da empresa.

Margem Operacional: Esse índice indica o percentual de lucro operacional líquido

embutido no valor das vendas líquidas do período. No ano de 2012 a margem operacional foi

de 7,94%, em 2013 foi de 7,75% e em 2014 foi de 9,89%. Esse índice não aumentou com o

passar dos anos, apenas 2012 e 2014 apresentaram índices maiores. Em 2012 e 2013 as

despesas operacionais absolveram quase 8% da receita líquida de cada ano e em 2014 foi

quase 10%. Esses índices não são muito altos, o que não é bom para a empresa, pois quanto

maiores eles forem, melhor será, pois indica que a empresa sabe reduzir os custos de modo

que não afetem o resultado da empresa.

Margem Líquida: Esse índice mostra a lucratividade obtida pela empresa sobre as

vendas líquidas, descontando todos os custos e as despesas incorridas no período. No ano de

2012 a empresa apresentou um índice de 5,88%, em 2013 foi de 5,78% e em 2014 este índice

foi de 6,82% de resultado líquido em relações as suas receitas líquidas, conseguindo um

resultado um pouco considerável. Pois este índice, quanto maior for é melhor, pois indica

quanto que a empresa obteve de lucro para cada R$100,00 vendidos, que em 2012, obteve

R$5,88 de lucro para cada R$100,00 vendidos, em 2013, obteve R$5,78 e em 2014 R$6,82.

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• Alavancagem

Grau de Alavancagem Operacional =(VB

Anos Vendas Bruta Custos Variáveis Custos Fixos GAO

Grau de Alavancagem Financeira = (LL/PLm)/[(LL+DF) / AT médio]

Anos Lucro Líquido Patrimônio Líquido Médio Despesa Financeira Ativo Total Médio GAF

Grau de Alavancagem Total = GAO x GAF

Anos GAO GAF GAT

Fonte: Autoria Própria.

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

GAO

1,521,53

Alavancagem

Tabela 13 - Alavancagem

Grau de Alavancagem Operacional =(VB-CV) / (VB-CV) / CF

2012 2013

3.023.518,11 3.393.904,82

2.026.386,36 2.373.255,90

342.534,52 352.841,70

1,52 1,53

Grau de Alavancagem Financeira = (LL/PLm)/[(LL+DF) / AT médio]

2012 2013

150.999,82 170.809,40

302.472,28 302.472,28

2.058,41 2.278,59

487.291,52 487.291,52

1,59 1,59

Grau de Alavancagem Total = GAO x GAF 2012 2013

1,52 1,53

1,59 1,59

2,42 2,43

Gráfico 18 - Alavancagem

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

GAO GAF GAT

1,59

2,42

1,53 1,59

2,43

1,49 1,58

2,35

2012 2013 2014

93

CV) / CF 2013 2014

3.393.904,82 3.770.856,49 2.373.255,90 2.561.763,37 352.841,70 395.421,65

1,53 1,49

Grau de Alavancagem Financeira = (LL/PLm)/[(LL+DF) / AT médio] 2013 2014

170.809,40 223.682,14 302.472,28 302.472,28

2.278,59 4.233,88 487.291,52 487.291,52

1,59 1,58

2013 2014 1,53 1,49 1,59 1,58 2,43 2,35

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94

O Grau de Alavancagem Operacional é definido como a capacidade da empresa em

usar custos fixos, com a finalidade de maximizar os efeitos das variações nas vendas,em seu

lucro, antes de deduzir os encargos financeiros e o imposto de renda. No ano de 2012, o

índice foi de 1,52, em 2013 foi de 1,53 e em 2014 foi de 1,49. Estes índices foram todos

maiores que 1,00, evidenciando o aumento das vendas e causando a alavancagem operacional.

Deste modo, quanto maior for o grau de alavancagem operacional, maior será a participação

dos custos e despesas fixas na estrutura de resultados e também maior o risco operacional da

empresa, uma vez que a alavancagem operacional funciona nos dois sentidos, demonstrando

maior alavancagem de lucros e, também dos prejuízos.

O grau de Alavancagem Financeira tem por objetivo avaliar a utilização de recursos de

terceiros para melhoria do retorno do capital próprio aplicado. Observando os resultados

obtidos nos anos de 2012 e 2013, o GAF foi constante e em 2014 foi de 1,58. Como estes

índices foram superiores a 1,00, apresenta uma situação favorável nos três anos e o

endividamento tem um efeito de alavanca sobre o lucro que é elevado aos acionistas,

evidenciando que o uso de capital de terceiros aumenta a rentabilidade do capital próprio.

O grau de Alavancagem Total é a relação entre o grau de alavancagem operacional e o

grau de alavancagem financeira e o efeito combinado GAOxGAF permite que se avalie ao

mesmo tempo, a repercussão que uma alteração no volume de vendas promove sobre o lucro

operacional e líquido. No ano de 2012, a empresa apresentou um índice de 2,42, em 2013 foi

de 2,43 e 2014 este índice foi de 2,35, indicando que a empresa tem capacidade de

alavancagem total, pois seus índices são superiores a 1,00.

• Análise Dinâmica de Capital

Tabela 14 - Análise Dinâmica de Capital

Contas 2012 2013 2014 1- At. Circ. Financeiro (ACF) 313.317,89 382.367,72 306.960,18 2- Psv Circ. Oneroso (PCO) 0,00 0,00 0,00 Saldo Tesouraria = (1-2) 313.317,89 382.367,72 306.960,18 3- At. Circ. Ciclíco (ACC) 122.984,48 101.709,54 64.320,99 4- Psv Circ. Ciclíco (PCC) 143.508,46 189.709,71 221.239,55 (NCG) ou (IOG) (3-4) -20.523,98 -88.000,17 -156.918,56 5- Ativo Circulante (AC) 436.302,37 484.077,26 371.281,07 6- Passivo Circulante (PC) 143.508,46 189.709,71 221.239,55

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7- (CDG) ou (CCL) (5-6) Fonte: Autoria Própria.

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis

O Saldo Tesouraria mostra o excesso ou a falta de ativos circulantes financeiros em

relações aos passivos circulantes

tesouraria. E, como está representando graficamente, podemos observar que o saldo tesouraria

foi positivo nos três anos. Isso quer dizer que a empresa dispõe de fundos de curto prazo, que

poderão, por exemplo, ser aplicados em títulos de liquidez imediata, aumentando assim a

margem de segurança da empresa.

A necessidade de capital de giro pode ser encontrada através da diferença entre o ativo

circulante cíclico e o passivo circulante cíclico. Ela é fundame

estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade. Como podemos observar

graficamente, todos os resultados obtidos foram negativos e significa que a empresa tem mais

despesas operacionais do

outras aplicações.

O capital circulante líquido representa a capacidade financeira da empresa a curto

prazo. Ele pode ser identificado pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.

Como podemos observar no

evidenciando que o ativo circulante é maior que o passivo circulante, mostrando que a

-200000

-100000

0

100000

200000

300000

400000

292793,91

292.793,91 294.367,55

Gráfico 19 - Análise Dinâmica de Capital

Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.

O Saldo Tesouraria mostra o excesso ou a falta de ativos circulantes financeiros em

relações aos passivos circulantes financeiros, esta diferença indica a folga ou aperto da

tesouraria. E, como está representando graficamente, podemos observar que o saldo tesouraria

foi positivo nos três anos. Isso quer dizer que a empresa dispõe de fundos de curto prazo, que

mplo, ser aplicados em títulos de liquidez imediata, aumentando assim a

margem de segurança da empresa.

A necessidade de capital de giro pode ser encontrada através da diferença entre o ativo

circulante cíclico e o passivo circulante cíclico. Ela é fundamental para análise de caixa,

estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade. Como podemos observar

graficamente, todos os resultados obtidos foram negativos e significa que a empresa tem mais

que investimentos operacionais, que representa uma fonte para

O capital circulante líquido representa a capacidade financeira da empresa a curto

prazo. Ele pode ser identificado pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.

Como podemos observar no gráfico, todos os resultados dos anos analisados são positivos,

evidenciando que o ativo circulante é maior que o passivo circulante, mostrando que a

CCL IOG ST

292793,91

-20523,98

313317,89294367,55

-88000,17

382367,72

150041,52

-156918,56

2012 2013 2014

95

294.367,55 150.041,52

O Saldo Tesouraria mostra o excesso ou a falta de ativos circulantes financeiros em

esta diferença indica a folga ou aperto da

tesouraria. E, como está representando graficamente, podemos observar que o saldo tesouraria

foi positivo nos três anos. Isso quer dizer que a empresa dispõe de fundos de curto prazo, que

mplo, ser aplicados em títulos de liquidez imediata, aumentando assim a

A necessidade de capital de giro pode ser encontrada através da diferença entre o ativo

ntal para análise de caixa,

estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade. Como podemos observar

graficamente, todos os resultados obtidos foram negativos e significa que a empresa tem mais

que representa uma fonte para

O capital circulante líquido representa a capacidade financeira da empresa a curto

prazo. Ele pode ser identificado pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.

gráfico, todos os resultados dos anos analisados são positivos,

evidenciando que o ativo circulante é maior que o passivo circulante, mostrando que a

382367,72

306960,18

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96

empresa tem um capital circulante líquido próprio. Percebe-se que o CCL mantém uma

relação direta com a LG, sendo que no capital circulante líquido representa a diferença do

ativo circulante sobre as dívidas de curto prazo, enquanto, que o índice de liquidez corrente,

mostra o que existe de bens e direitos em curto prazo para pagar as suas dívidas no mesmo

período. Os índices apresentaram uma redução comparando com 2012, em que o melhor

índice foi o de 2012, enquanto que o CCL, se comparado com 2012, o ano de 2013 foi o que

obteve um crescimento.

• Fator de Insolvência

Tabela 15 - Fator de Insolvência

Modelo de Kanitz: FI = X1 + X2 + X3 - X4 - X5 Ano 2012 2013 2014 X1 = RPL x 0,05 0,0249 0,0282 0,0369 X2 = LG x 1,65 5,016 4,209 2,769 X3 = LS x 3,55 7,821 7,196 4,991 X4 = LC x 1,06 3,222 2,704 1,778 X5 = PCT x 0,33 0,136 0,179 0,346 FI 9,504 8,55 5,673 Solvente / Insolvente Solvente Solvente Solvente

Fonte: Autoria Própria.

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Figura

Fonte: Autoria Própria.

Observando a figura do

8,550 em 2013 e 9,504 em 2014, apresentando uma situação boa, ou seja, solvente, em todos

os anos analisados. Porém o ano que obteve o melhor índice foi o ano de 2012, pois em 2012

a empresa apresentou os maiores índices de liquidez, como também uma baixa participação

de capitais de terceiros e esses fatores contribuíram para que este ano apresentasse o maior

fator de insolvência. Esta empresa apresenta

isso indica que a empresa tem menos possibilidades de entrar em falência, contudo quanto

maior for o fator insolvência, melhor será para a empresa, pois a possibilidade de entrar em

falência diminuirá.

Figura 3 - Termômetro de Insolvência – Modelo Kanitz

.

Observando a figura do gráfico, verificamos que o resultado obtido foi 5,673 em 2012,

8,550 em 2013 e 9,504 em 2014, apresentando uma situação boa, ou seja, solvente, em todos

os anos analisados. Porém o ano que obteve o melhor índice foi o ano de 2012, pois em 2012

presentou os maiores índices de liquidez, como também uma baixa participação

de capitais de terceiros e esses fatores contribuíram para que este ano apresentasse o maior

empresa apresenta um fator de insolvência positivo

isso indica que a empresa tem menos possibilidades de entrar em falência, contudo quanto

maior for o fator insolvência, melhor será para a empresa, pois a possibilidade de entrar em

97

Modelo Kanitz

gráfico, verificamos que o resultado obtido foi 5,673 em 2012,

8,550 em 2013 e 9,504 em 2014, apresentando uma situação boa, ou seja, solvente, em todos

os anos analisados. Porém o ano que obteve o melhor índice foi o ano de 2012, pois em 2012

presentou os maiores índices de liquidez, como também uma baixa participação

de capitais de terceiros e esses fatores contribuíram para que este ano apresentasse o maior

um fator de insolvência positivo nos três anos e

isso indica que a empresa tem menos possibilidades de entrar em falência, contudo quanto

maior for o fator insolvência, melhor será para a empresa, pois a possibilidade de entrar em

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Modelo de Elizabetsky: Z = 1,93 (X32)

Ano X32= Lucro Líquido / Vendas Bruta

X33= Disponível / Ativo Imobilizado

X35= Contas a Receber /Ativo Total

X36= Estoque / Ativo Total X37= Passivo Circulante /Ativo Total

Z = Solvente / Insolvente

Fonte: Autoria Própria.

Figura 4 -

Fonte: Autoria Própria.

Figura 5 -

Fonte: Autoria Própria.

Tabela 16 - Modelo de Elizabetsky

Modelo de Elizabetsky: Z = 1,93 (X32) - 0,20 (X33) + 1,33 (X36) - 1,12 (X37)

2012 / Vendas Bruta 0,0499

X33= Disponível / Ativo Imobilizado 5,698 Receber /Ativo Total 0

0,244 X37= Passivo Circulante /Ativo Total 0,292

-1,0463 Insolvente Insolvente

- Termômetro Insolvência 2012 – Modelo Elizabetsky

.

- Termômetro Insolvência 2013 – Modelo Elizabetsky

98

1,12 (X37) 2013 2014

0,0503 0,0593 7,053 5,007

0 0 0,185 0,139 0,352 0,511

-1,462 -1,274 Insolvente Insolvente

Modelo Elizabetsky

Modelo Elizabetsky

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Figura 6 - Termômetro de Insolvência 2014

Fonte: Autoria Própria

Analisando a figura d

em 2012, -1,462 em 2013 e

índices negativos. Deste modo, os índices encontrados foram inferiores a 0,5 indicando que a

empresa está em estado de insolvência e isso significa dizer que ela está passando por

problemas financeiros que poderão chegar a falência da empresa.

• Ponto de Equilíbrio

Anos Receita Total Custos Variáveis Custos Fixos Ponto de Equilíbrio 2012 PE = 342.534,52 / 1-(2.026.386,36 / 3.023.518,11)

PE = 342.534,52 / 1- (0,670)

PE = 342.534,52 / 0,330 PE = 1.037.983,39 Ponto de Equilíbrio 2013 PE = 352.841,70 / 1- (2.373.255,90 / 3.393.904,82)

Termômetro de Insolvência 2014 – Modelo Elizabetsky

a figura do gráfico, verifica-se que os resultados obtidos foram de

1,462 em 2013 e -1,274 em 2014, ou seja, em todos os anos a empresa

índices negativos. Deste modo, os índices encontrados foram inferiores a 0,5 indicando que a

empresa está em estado de insolvência e isso significa dizer que ela está passando por

que poderão chegar a falência da empresa.

quilíbrio

Tabela 17 - Ponto de Equilíbrio

Ponto de Equilíbrio = CF/1-(CV/RB) 2012 2013

3.023.518,11 3.393.904,82 2.026.386,36 2.373.255,90

342.534,52 352.841,70

Conta (2.026.386,36 / 3.023.518,11) Receita Total

(-) CV(RT x 0,670) (=) Margem Contr. (-) Custos Fixos (=) Resultado

Conta (2.373.255,90 / 3.393.904,82) Receita Total

99

Modelo Elizabetsky

se que os resultados obtidos foram de -1,0463

eja, em todos os anos a empresa apresentou

índices negativos. Deste modo, os índices encontrados foram inferiores a 0,5 indicando que a

empresa está em estado de insolvência e isso significa dizer que ela está passando por

2014 3.770.856,49 2.561.763,37 395.421,65

Valores

1.037.983,39 695.448,87 342.534,52 342.534,52

0,00

Valores 1.172.231,66

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PE = 352.841,70 / 1- (0,699)

PE = 352.841,70 / 0,301 PE = 1.172.231,66

Ponto de Equilíbrio 2014 PE = 395.421,65 / 1- (2.561.763,37 / 3.770.856,49)

PE = 395.421,65 / 1- (0,679)

PE = 395.421,65 / 0,321 PE = 1.231.843,15

Fonte: Autoria Própria.

Gráfico

Fonte: Autoria Própria.

O ponto de equilíbrio é aquele em que o lucro é zero, ou seja, a receita total é igual

soma dos custos fixos e variáveis, onde não há lucros e nem prejuízos, em que a produção é

igual a venda. No gráfico referente ao ano de 2012, observa

acorre quando a reta representativa da receita total cruza a reta do custo total, neste caso, se a

(-) CV(RT x 0,699) (=) Margem Contr. (-) Custos Fixos (=) Resultado Conta

(2.561.763,37 / 3.770.856,49) Receita Total (-) CV(RT x 0,679)

(=) Margem Contr. (-) Custos Fixos (=) Resultado

Gráfico 20 - Ponto de Equilíbrio – Ano 2012

O ponto de equilíbrio é aquele em que o lucro é zero, ou seja, a receita total é igual

soma dos custos fixos e variáveis, onde não há lucros e nem prejuízos, em que a produção é

venda. No gráfico referente ao ano de 2012, observa-se que o ponto de equilíbrio

acorre quando a reta representativa da receita total cruza a reta do custo total, neste caso, se a

100

819.389,86 352.841,70 352.841,70

0,00 Valores

1.231.843,15 836.421,50 395.421,65 395.421,65

0,00

O ponto de equilíbrio é aquele em que o lucro é zero, ou seja, a receita total é igual à

soma dos custos fixos e variáveis, onde não há lucros e nem prejuízos, em que a produção é

se que o ponto de equilíbrio

acorre quando a reta representativa da receita total cruza a reta do custo total, neste caso, se a

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empresa vendeu superior a R$1

a receita de vendas for igual ao ponto de equilíbrio, o resultado obtido será nulo e se a empesa

vender inferior a R$1.037

empresa vendeu superior ao ponto de equilíbrio, mos

ocasionando o lucro ao final do exercício.

Gráfico

Fonte: Autoria Própria.

Analisando o gráfico acima do ano de 2013

mínimo que a empresa tem que atingir para que não obtenha lucro e nem prejuízo, ou seja o

ponto de equilíbrio é de R$1

obteve lucro ao final do exercício, p

empresa vendeu superior a R$1.037.983,39, o resultado é positivo e a empres

a receita de vendas for igual ao ponto de equilíbrio, o resultado obtido será nulo e se a empesa

037.983,39, o resultado será prejuízo. Portanto, no ano de 2012, a

empresa vendeu superior ao ponto de equilíbrio, mostrando uma situação favorável e

ocasionando o lucro ao final do exercício.

Gráfico 21 - Ponto de Equilíbrio – Ano 2013

o o gráfico acima do ano de 2013, podemos observar que o faturamento

mínimo que a empresa tem que atingir para que não obtenha lucro e nem prejuízo, ou seja o

ponto de equilíbrio é de R$1.172.231,66. Neste ano, a empresa apresentou uma situação boa e

obteve lucro ao final do exercício, pois as vendas foram superiores ao ponto de equilíbrio.

101

983,39, o resultado é positivo e a empresa obterá lucro, se

a receita de vendas for igual ao ponto de equilíbrio, o resultado obtido será nulo e se a empesa

983,39, o resultado será prejuízo. Portanto, no ano de 2012, a

trando uma situação favorável e

, podemos observar que o faturamento

mínimo que a empresa tem que atingir para que não obtenha lucro e nem prejuízo, ou seja o

6. Neste ano, a empresa apresentou uma situação boa e

ois as vendas foram superiores ao ponto de equilíbrio.

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Gráfico

Fonte: Autoria Própria.

Analisando o gráfico acima, no ano de 2014 o ponto de equilíbrio passou a ser

R$1.231.843,15. Neste ano, assim como nos anos anteriores a situação da empresa foi boa,

pois as vendas foram superiores ao ponto de equilíbrio e a empresa obteve

exercício.

Gráfico 22 - Ponto de Equilíbrio – Ano 2014

Analisando o gráfico acima, no ano de 2014 o ponto de equilíbrio passou a ser

ano, assim como nos anos anteriores a situação da empresa foi boa,

pois as vendas foram superiores ao ponto de equilíbrio e a empresa obteve

102

Analisando o gráfico acima, no ano de 2014 o ponto de equilíbrio passou a ser

ano, assim como nos anos anteriores a situação da empresa foi boa,

pois as vendas foram superiores ao ponto de equilíbrio e a empresa obteve lucro ao final do

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103

5 PARECER FINAL

A empresa Francisco das Chagas Lucena ME, está situada na Rua Manoel Teodoro, nº

188, Bairro Centro, no município de São José do Seridó, Estado do Rio Grande do Norte.

Possui como único sócio o proprietário Francisco das Chagas Lucena. Apresenta um quadro

total de dez (10) funcionários, distribuídos nos cargos de repositor de mercadorias,

entregador, açougueiro, padeiro, gerente, auxiliar administrativo e caixa. A empresa está no

mercado há mais de dez anos, pertence ao regime de tributação do lucro real, sendo sua

atividade principal, comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de

produtos alimentícios-supermercados. Ela é filiada à Rede UniCompre de Supermercados.

A empresa possui uma administração bem rigorosa, que está sempre buscando inovar

e oferecer o que há de melhor no mercado para a sua clientela, onde os clientes têm um bom

atendimento e são tratados como parceiros. O empresário está sempre divulgando os seus

produtos, com intuito deatender o público em geral. Como também está sempre buscando um

acompanhamento dos seus demonstrativos contábeis, a fim de manter uma empresa saudável,

procurando pagar suas dívidas e obrigações em dia para assim ganhar mais estabilidade e

poder crescer no mercado.

O referido trabalho monográfico analisou a situação operacional e financeira da

empresa estudada. De acordo com as informações encontradas, conclui-se que na análise

vertical, a maior concentração de valores está no ativo circulante, apresentando o maior índice

no ano de 2013, onde odisponível foi o principal responsável por este crescimento. A

participação do ativo não circulante em relação ao ativo total é muito pequena, sendo que em

2014 ela cresceu um pouco, devido ao decréscimo do ativo circulante neste ano. No passivo

circulante a empresa mostra que todas as suas dívidas são de curto prazo, com maior

concentração na conta fornecedores. A empresa não apresenta participação no passivo não

circulante. O patrimônio líquido é responsável por mais da metade do passivo total,

apresentando um capital social constante e um lucro acumulado bastante elevado,

evidenciando que a mesma tem capacidade de investir no capital próprio. Analisando a DRE,

observa-se que as vendas brutas aumentaram bastante e apesar dos custos e despesas terem

aumentado consequentemente, a empresa obteve bons percentuais de lucro bruto e

operacional, apresentando um resultado do exercício positivo, com um elevado lucro líquido

em todos os anos.

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104

Com relação a análise horizontal, no ativo ocorreram algumas oscilações, em que a

empresa obteve crescimento no ano de 2013 para o ativo circulante e em 2014 para o ativo

não circulante, evidenciando que apesar dos altos e baixos ela está conseguindo se manter no

mercado. O passivo circulante e o patrimônio líquido também apresentaram oscilações e

assim como no ativo apresentaram valores altos em 2013 e um pouco baixos em 2014 e como

todas as dívidas e obrigações da empresa são de curto prazo,devendo ser pagas até o final do

exercício financeiro, este último ano requer bastante cuidado e atenção. Analisando

horizontalmente a DRE percebe-se que as receitas brutas e líquidas evoluíram e apesar do

aumento do CMV e das despesas, a empresa conseguiu obter um lucro líquido crescente.

Quanto aos índices de liquidez, a empresa apresentou uma boa situação financeira e

evidenciou que tem condições de pagar todas as suas dívidas de curto prazo. Em se tratando

dos índices de endividamento, apesar da empresa não possuir passivo não circulante e todas as

suas obrigações serem de curto prazo, ela conseguiu pagar todas as suas dívidas e somente no

ano de 2014, por não obter recursos próprios para isto, a empresa dependeu totalmente de

recursos de terceiros.

Já os ciclos operacionais e financeiros da empresa foram só diminuindo, o que foi

muito bom para a empresa, pois sua mercadoria passou a ter uma maior rotatividade. Nos

anos de 2013 e 2014, o ciclo financeiro foi negativo e evidenciou que a empresa comprou,

estocou, vendeu e recebeu o valor de suas vendas antes de pagar aos seus fornecedores, o que

foi ótimo e representou que a mesma obteve uma menor utilização de financiamento, gerando

assim um menor custo.

Com relação a taxa de retorno sobre o investimento, ela apresentou valores muito bons

em todos os anos, evidenciando que a empresa gerou um lucro crescente, em que no ano de

2014 esse lucro foi em mais da metade do valor investido. O lucro sobre o patrimônio líquido

médio investido foi satisfatório, mostrando que a situação da empresa é muito boa.

Quanto aos resultados da alavancagem total, a empresa apresentou índices superiores a

1,00, que mostraram que a mesma tem capacidade de aumentar as suas vendas para alavancar

o seu lucro. Na análise dinâmica de capital de giro, os resultados encontrados foram positivos,

evidenciando que o seu capital circulante líquido foi superior às suas necessidades

permanentes de giro, refletindo em um equilíbrio financeiro, em que no ano de 2013, o valor

encontrado foi superior aos demais anos. Com relação ao fator de insolvência de Kanitz, a

empresa foi solvente em todos os anos, evidenciando que ela tem menos possibilidade de

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105

entrar em falência. Quanto ao ponto de equilíbrio, em todos os anos analisados, a receita de

vendas foramsuperior ao mesmo, que levaram a uma situação muito boa para a empresa, com

obtenção de lucro no final do exercício em todos os anos.

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106

6CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como a contabilidade é a área que cuida de todas as documentações financeiras de

uma empresa, através da análise dos seus demonstrativos, pode-se obter informações

importantes e significativos sobre a real situação da entidade, que auxiliam os usuários na

hora de tomar decisões.

Este trabalho foi elaborado com intuito de identificar o seguinte questionamento: qual

a situação operacional e financeira de um supermercado localizado na cidade de São José do

Seridó?

Deste modo, foi realizado um estudo de caso, com base nas informações dos

demonstrativos contábeis dos últimos três anos (2012, 2013 e 2014) da empresa Francisco das

Chagas Lucena ME, em que através dessa análise e interpretação podemos responder ao

questionamento elaborado, demonstrando que a partir da análise das demonstrações contábeis,

das principais técnicas de balanço e dos fatores de insolvência, a empresa apresentou uma

situação operacional, patrimonial, econômica e financeira satisfatória, evidenciando que ela

tem capacidade de pagar todas as suas dívidas e obrigações, além de poder promover o

retorno financeiro para si mesma. Apesar de ter dependido totalmente dos recursos de

terceiros no último ano estudado, ela gerou um lucro crescente que neste mesmo ano foi de

mais da metade do valor investido.

Conclui-se que a empresa apresentou uma análise vertical e horizontal com resultados

crescentes, ganhando aos poucos maior estabilidade no mercado, bem como, bons índices de

liquidez, rentabilidade e retorno, mas obteve elevados índices de endividamento, onde no ano

de 2014, ela foi totalmente dependente de recursos de terceiros para pagar suas dívidas e

obrigações. Para diminuir essa dependência, seria bom que a empresa investisse mais no seu

capital próprio e reduzisse os custos e as despesas desnecessárias, com intuito de obter uma

maior rentabilidade. Uma outra sugestão, seria que a empresa criasse uma estratégia de

negócios a fim de aumentar suas vendas, onde ela poderia negociar com os fornecedores, para

aumentar o volume das compras e em decorrência disso ganhar um desconto, e assim ela

poderia aumentar a compra dos produtos que tem um maior índice de consumo, para levar a

um aumento nas suas vendas.

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Os objetivos do trabalho foram alcançados, uma vez que, ele retratou a importância da

utilização da análise de balanços e demonstrações contábeis para a empresa, que auxiliam os

administradores e contribuem para as tomadas de decisões.

A empresa deveria continuar com a elaboração e interpretação dessas demonstrações

contábeis, pois quando os gestores elaborarem estas análises, elas poderão auxiliá-los a

tomarem as melhores decisões, além de evidenciaremo desempenho e a situação operacional,

patrimonial, econômica e financeira da empresa.

Enfim, este trabalho mostrou a situação da empresa, atendeu aos objetivos e

apresentou algumas sugestões para melhorar e auxiliar os gestores nas tomadas de decisões.

Espera-se que este estudo de caso possa servir e contribuir para as empresas do ramo

empresarial, para o campo acadêmico,auxiliando principalmente os alunos que se interessem

pelo tema abordado e que ao mesmo tempo possa ser usado como base e referência para

futuros trabalhos e estudos acadêmicos.

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ANEXOS

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