Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

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1 Porque são contestáveis as pesquisas eleitorais? Mário Ferreira Neto, [email protected] 1 Yasmim Correia Ribeiro Ferreira, [email protected] 2 RESUMO Em uma pesquisa eleitoral de intenção de voto, a população a ser pesquisada, são todos os eleitores acima de 16 anos, aptos a votar no pleito de 2014. Por causa dos problemas de alto custo, se torna impraticável e inviável a realização de pesquisa da intenção de voto para Presidente da República com todas as pessoas que compõe o eleitorado brasileiro. Por isso, a pesquisa eleitoral tem-se que ser realizada com uma amostra - pequena parte da população, porém com uma amostra considerável, contendo características semelhantes que tendem à mesma preferência política, para que essa tendência - comportamento do eleitorado - se reproduza para a população eleitoral brasileira, porém aquelas características e comportamentos, na maioria são relativos, por genericamente se apresentarem como “fotografia do momento”. Dependendo do cenário político, do acirramento da campanha eleitoral, da posição ideológica de determinado tema polêmico ou da “guerra” de ofensas pessoas e políticas, poderá ocorrer repentinamente à mutabilidade do comportamento do eleitor - mudança da preferência política. Por estas circunstâncias, porque são contestáveis as pesquisas eleitorais? PALAVRAS-CHAVES: Pesquisas eleitorais, erros ou falhas, influência na decisão da intenção de voto. ABSTRACT In an election poll on voting intentions, the population being researched, are all voters above 16 years eligible to vote in the election of 2014 Because of the problems of high cost, it becomes impractical and unfeasible to conduct research intention to vote for president with all the people that make up the Brazilian electorate. Therefore , electoral research has to be conducted with a sample - small part of the population, but with a considerable sample containing similar characteristics that tend to the same political preference, for this trend - behavior of the electorate - to reproduce for Brazilian electoral population, but those characteristics and behaviors, most are related, by presenting themselves as generically "photograph of the moment". Depending on the political scene, the intensification of the campaign, the ideological position of a particular controversial topic or the "war" of people and political offenses, may suddenly occur to the mutability of voter behavior - change of policy preference. For these circumstances, because the polls are questionable? 1 Licenciado em Matemática pela Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS; Especialista em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras do Estado de Minas Gerais - UFLA; Especialista em Orientação Educacional pela Faculdade Salgado Oliveira - UNIVERSO; Especialista em Gestão Judiciária pela Faculdade Educacional da Lapa- FAEL; Especialista-MBA em Perícia Judicial e Auditoria pela Pontifícia Católica de Goiás em convênio com Instituto de Organização de Eventos, Ensino e Consultora - PUC-GO/IPECON; Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade Cambury - Campus de Goiânia. 2 Acadêmica do Curso de Direito da Fundação Universidade do Tocantins.

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Direito Eleitoral

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Porque são contestáveis as pesquisas eleitorais?

Mário Ferreira Neto, [email protected] Yasmim Correia Ribeiro Ferreira, [email protected]

RESUMO Em uma pesquisa eleitoral de intenção de voto, a população a ser pesquisada, são todos os eleitores acima de 16 anos, aptos a votar no pleito de 2014. Por causa dos problemas de alto custo, se torna impraticável e inviável a realização de pesquisa da intenção de voto para Presidente da República com todas as pessoas que compõe o eleitorado brasileiro. Por isso, a pesquisa eleitoral tem-se que ser realizada com uma amostra - pequena parte da população, porém com uma amostra considerável, contendo características semelhantes que tendem à mesma preferência política, para que essa tendência - comportamento do eleitorado - se reproduza para a população eleitoral brasileira, porém aquelas características e comportamentos, na maioria são relativos, por genericamente se apresentarem como “fotografia do momento”. Dependendo do cenário político, do acirramento da campanha eleitoral, da posição ideológica de determinado tema polêmico ou da “guerra” de ofensas pessoas e políticas, poderá ocorrer repentinamente à mutabilidade do comportamento do eleitor - mudança da preferência política. Por estas circunstâncias, porque são contestáveis as pesquisas eleitorais? PALAVRAS-CHAVES: Pesquisas eleitorais, erros ou falhas, influência na decisão da intenção de voto. ABSTRACT In an election poll on voting intentions, the population being researched, are all voters above 16 years eligible to vote in the election of 2014 Because of the problems of high cost, it becomes impractical and unfeasible to conduct research intention to vote for president with all the people that make up the Brazilian electorate. Therefore , electoral research has to be conducted with a sample - small part of the population, but with a considerable sample containing similar characteristics that tend to the same political preference, for this trend - behavior of the electorate - to reproduce for Brazilian electoral population, but those characteristics and behaviors, most are related, by presenting themselves as generically "photograph of the moment". Depending on the political scene, the intensification of the campaign, the ideological position of a particular controversial topic or the "war" of people and political offenses, may suddenly occur to the mutability of voter behavior - change of policy preference. For these circumstances, because the polls are questionable?

1 Licenciado em Matemática pela Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS; Especialista em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras do Estado de Minas Gerais - UFLA; Especialista em Orientação Educacional pela Faculdade Salgado Oliveira - UNIVERSO; Especialista em Gestão Judiciária pela Faculdade Educacional da Lapa- FAEL; Especialista-MBA em Perícia Judicial e Auditoria pela Pontifícia Católica de Goiás em convênio com Instituto de Organização de Eventos, Ensino e Consultora - PUC-GO/IPECON; Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade Cambury - Campus de Goiânia. 2 Acadêmica do Curso de Direito da Fundação Universidade do Tocantins.

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KEYWORDS: Polls, errors or failures , influence the decision of voting intention .

INTRODUÇÃO

Toda vez que a imprensa televisiva ou jornalística divulga ou publica os resultados

das pesquisas eleitorais, seja participante de algum grupo político ou simplesmente eleitor,

surge em nossa mente uma dúvida: Será que devemos confiar nos dados apresentados de

intenções de votos? Há casos de pesquisas eleitorais para Presidente da República, em que

menos de 2.100 pessoas foram entrevistadas-pesquisadas dentro de um universo eleitoral

de 142.822.046 pessoas – eleitores aptos. Além disso, sempre existem diversas reclamações

de candidatos, de partidos políticos e da sociedade, àqueles que estão em má posição nas

disputas eleitorais, segundo as pesquisas. As acusações são desde contradições, distorções,

erros e falhas na metodologia da coleta dos dados, inclusive chagam a alegar má-fé na hora

da divulgação-publicação dos resultados “pesquisados”.

Apesar destes argumentos contrários em relação à confiabilidade e à credibilidade

das pesquisas eleitorais, indispensável em uma pesquisa eleitoral, ter uma boa

metodologia de amostragem, uma boa coleta dos dados, uma análise e avaliação

adequada dos resultados, sobretudo realizar uma apuração matemático-estatística

correta sem qualquer manipulação ou artifício matemático e estatístico dos resultados

das intenções de votos “pesquisadas”.

Em ano de eleições, aparece uma enxurrada de pesquisas eleitorais, toda semana, a

respeito da intenção de voto, realizadas por diversos institutos de pesquisas, que servem ou

prestam-se a orientar estratégias político-partidárias, que determinam as diretrizes e rumos

das campanhas políticas, ainda despertam e influencia financiadores de recursos de

campanhas eleitorais, além dos interesses de grande parte do eleitorado, que por vez,

influencia-o na tomada de sua decisão do voto.

A pesquisa eleitoral é utilizada na tentativa de “conhecer” a intenção de voto dos

eleitores, porém realizada apenas em uma pequena parte do eleitorado, dependendo da

circunstância, desta pequena parte não se pode concluir que todo o eleitorado decidirá, no

percentual divulgado, votar naquele ou noutro candidato ou em nenhum deles.

O objetivo deste trabalho é esclarecer questões relevantes divulgadas ou publicadas

nas pesquisas eleitorais, principalmente para os leitores não familiarizados com a teoria

estatística referente à inferência estatística. As informações contidas em uma pesquisa

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eleitoral possuem aspectos técnicos relativamente simples, mas que devem ser

considerados por todos aqueles que tenham interesses em compreendê-las, analisá-las e

interpretá-las para que não seja distorcida ou dissociada da realidade do cenário político-

partidária, que estamos vivenciando.

TEMA

As divulgações e publicações das pesquisas eleitorais de intenções de votos para o

pleito eleitoral de 2014 de disputa do Cargo de Presidente da República, na jurisdição dos

5.570 municípios brasileiros, tendo em vista definições metodológicas e técnicas de

amostragens em relação ao tamanho da população, da amostra, da margem de erro e do

nível de confiança, questiona-se: Porque são contestáveis as pesquisas eleitorais?

JUSTIFICATIVA

As pesquisas de opinião eleitoral, nos anos de eleições, vêm ocupando um destaque

especial e um espaço significativo na mídia, sobretudo, televisiva no “horário político”,

destinado à propaganda eleitoral. Nesta época, somos bombardeados com inúmeros dados

percentuais de pesquisas de intenção de voto.

Em uma pesquisa eleitoral de intenção de voto, a população a ser pesquisa-

entrevistada, são os eleitores aptos a exercerem o direito de voto, com idade igual ou

superior a 16 anos, devidamente inscritos no processo eleitoral.

Em função dos problemas de custo e também por questão humana, se torna

impossível e impraticável pesquisar-entrevistar todos os eleitores que compõe a população,

pois que o Brasil possui atualmente 142.822.046 (cento e quarenta e dois milhões e

oitocentos e vinte e dois mil e quarenta e seis)3 eleitores aptos ao exercício do direito de

voto.

O maior problema é saber como utilizar essas informações para se que obtenha uma

estimativa – resultado, que seja “correto” e coerente para a proporção de eleitores da

população, no sentido de poder generalizar aquele resultado no universo populacional. Uma

forma de se mostrar esses resultados é utilizando uma margem de erro inter-relacionada a

3 Fonte: http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2014-eleitorado.

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um nível de confiança considerável para a proporção de eleitores da amostra, que

pretendem votar ou não em determinado candidato ou mesmo que estejam indecisos ou

ainda que pretendam votar em branco ou nulo.

PROBLEMA

Antes de se protocolar o pedido de registro de candidatura ou mesmo de iniciar as

propagandas político-partidárias, os institutos de pesquisa eleitoral, diuturnamente se

lançam na sociedade a realizar pesquisas de intenções de votos, na modalidade espontânea

– a pessoa pesquisa diz livremente sua intenção de voto – e estimulada – a pessoa é

direcionada a dizer a sua intenção de voto em um ou outro candidato indicado.

No período de campanha eleitoral: 05/07/2014 – data a partir da qual será permitida

a propaganda eleitoral (art. 36, caput, Lei n. 9.504/1997), a 04/10/2014 – último dia, até às

22h, para a distribuição de material gráfico e a promoção de caminhada, carreata, passeata

ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos

(art. 39, §9º, Lei n. 9.504/1997), a linguagem estatística e matemática passa fazer parte do

cotidiano dos brasileiros.

Com a enxurrada de realizações de pesquisas eleitorais procuram mostrar e explicar

a realidade da intenção de voto do eleitor, por intermédio da mensuração e quantificação

dos dados coletados com as pesquisas-entrevistas, na maioria, não confiáveis por não se

adotar metodologias e parâmetros corretos e coerentes com as teorias aplicáveis

matemático-estatísticas.

As estatísticas e os números divulgados pelos institutos de pesquisas eleitorais por

meio da mídia jornalística impressa e televisiva têm a finalidade de repassar a mensagem –

resultados das pesquisas.

Questionamos: 1- Porque são contestáveis as pesquisas eleitorais? 2- Quais as

contradições, distorções, erros ou falhas metodológicas ou técnicas existem nas pesquisas

eleitorais? 3- Quais são objetivos das empresas contratantes e dos institutos de pesquisas

para a realização das diversas pesquisas eleitorais, nos espaços de tempo bastante curto –

poucos dias uma da outra: de dois, três, quatro, ou no máximo, de cinco dias? 4- Quais são

os reais interesses e motivos tanto das empresas contratantes quanto dos institutos de

pesquisas para a realização de várias pesquisas eleitorais? 5- Qual a real influência das

pesquisas eleitorais na intenção e decisão do voto do eleitor brasileiro?

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Estas são as questões indispensáveis, as quais estão inter-relacionadas umas a outra,

que pretendemos responder com o presente trabalho, sobretudo relacionada à questão

mestre: Porque são contestáveis as pesquisas eleitorais?

HIPÓTESES

Sabemos que a hipótese é a possibilidade ou a chance de uma informação ou de um

dado ser ou não verdadeiro, em razão da probabilidade de sua generalização em relação à

população pesquisada ou a ser pesquisada. Apresentamos algumas hipóteses, as quais não

se excluem outras:

H1→ Conseguir uma amostragem parametrizada que possa refletir o pensamento

comum dos indivíduos pesquisados, para generalizar este pensamento à população,

extraída da amostra, contendo todas as possíveis opiniões da população nos limites

aceitáveis em relação ao tamanho da amostra e à margem de erro, que estejam nos limites

do índice de confiança;

H2→ Adotar uma adequada e coerente metodologia e técnica da coleta de

informações e dados que possa permear razoavelmente a confiabilidade e a credibilidade

dos resultados estatísticos apurados;

H3→ Número ínfimo – pequena amostra de eleitores pesquisados, apenas em uma,

duas ou três regiões, no máximo;

H4→ Pesquisas direcionadas e tendenciosas nos redutos político-partidários, de

alguns candidatos;

H5→ Computar rigorosamente os índices de abstenção, dos que não sabem ou não

quiseram responder, dos possíveis votos brancos e nulos na mensuração dos resultados,

para não alterar a generalização probabilística que se fará em relação à população, diante

dos resultados estatísticos apurados;

H6→ Os resultados das pesquisas eleitorais não podem ser o elemento determinante

na definição e no julgamento da intenção de voto do eleitor, pois estes resultados, dessas

pesquisas não podem ser a variável principal que venha a influenciar o eleitor na sua

escolha, por um ou outro candidato ou por nenhum dos candidatos;

H7→ Os interesses político-partidária da empresa ou da pessoa contratante da

pesquisa, em relação aos candidatos, bem como os interesses tangentes ou margeantes

socioeconômicos e políticos da empresa ou da pessoa contratante;

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H8→ Manipulações estatísticas e matemáticas dos supostos dados coletados nas

pesquisas para atender a desejos e interesses “não conhecidos”, mas que político-eleitorais;

H9→ As pesquisas eleitorais não podem exercer nenhuma influencia na intenção ou

decisão do voto do eleitor, sobretudo a manipulação, a mensuração e a quantificação das

informações e dos dados estatísticos extraídos das pesquisas-entrevistas, por meio da

divulgação e publicação pelos veículos de comunicação midiáticos dessas pesquisas

eleitorais não podem fazer ou criar um mecanismo que possa influenciar positiva ou

negativamente o eleitorado a escolher um ou outro candidato ou nenhum dos candidatos;

H10→ A influência do eleitor indeciso ou do eleitorado massificado atingido pela

mídia, do ponto de vista econômico, social, patrimonial, empregatício, etc.;

H11→ A existência de avalanche ou enxurrada de informações e dados estatísticos

disponíveis aos eleitores por meio da mídia televisiva e publicitária, sobretudo pela

polarização da rede de comunicação social – internet;

H12→ Constatação da mudança do comportamento do eleitorado em relação a

determinado candidato, antes ou depois da iniciada a campanha eleitoral, mesmo que essa

mudança seja sútil, não poderá ser menosprezada ou desconsiderá-lo na disputa eleitoral;

H13→ Mutabilidade do panorama eleitoral – mobilidade eleitoral (comoção, em

função da morte de um candidato para sensibilizar ou elevar seu substituto ou

desconsiderar que seus possíveis eleitorais migrem para outros candidatos), dos humores

políticos dos eleitores – mudanças repentinas (sensibilização, em função dos problemas

sociais de políticas públicas e dos desmandos políticos: corrupção, etc.) e do potencial de

disputa eleitoral – desaparecimento momentâneo, de certo candidato por questão

econômica, ética, filosófica, ideológica, moralista, política e sociológica ou pela “bandeira”

política que defende em função da não existência de verdade plena, mas relativa com

algumas informações que a constitui, sobretudo porque a verdade está ligada ao conceito

ou definição de determinada coisa ou objeto.

Uma, dentre várias respostas que se possa ter, centra-se na ínfima – pequena

amostra – quantidade de pessoas pesquisadas, em relação à população eleitoral brasileira –

eleitores aptos – e a amostra definida.

Outra possível resposta relaciona-se à série viciosa da influência das pesquisas

eleitorais que são frequentemente divulgadas pela mídia televisiva e jornalística, direta ou

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indireta na tomada de decisão do eleitor “indeciso” - o que “não sabe” ou que “não

responde”.

OBJETIVO GERAL

O objetivo é desmistificar as ideias pré-concebidas sobre estatísticas eleitorais

para se evitar o “fascínio” por números, percentagens e gráficos ou a ignorância sobre como

estes números, percentuais e gráficos são mensurados, produzidos, quantificados para

turvar o senso crítico das pessoas - eleitores, além de tentar influenciá-los na decisão do

voto do eleitor. O objetivo da pesquisa-estudo é demonstrar e mostrar pela questão-

problema: Porque são contestáveis as pesquisas eleitorais?

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos para que se possa lograr êxito na realização e materialização

de um bom e coerente trabalho:

Compreender os critérios, metodologias, parâmetros e técnicas que são

adotadas pelos institutos de pesquisas eleitorais para a pesquisa-entrevista de intenção de

voto do eleitorado brasileiro;

Entender as possíveis maneiras ou técnicas de manipulação, mensuração e

quantificação das informações e dados estatísticos extraídos das pesquisas-entrevistas

eleitorais realizadas pelos institutos de pesquisas, divulgadas e publicadas pela mídia

televisiva e jornalística e ainda pela polarização da rede social de comunicação – internet;

Analisar a relevância das pesquisas eleitorais como elementos constitutivos

da definição, formação, julgamento da opinião política afeta a intenção e decisão do voto

do eleitor;

Identificar as possíveis formas de influência das divulgações e publicações

pela mídia e pela internet das pesquisas eleitorais na definição, formação e julgamento da

intenção e decisão de voto do eleitor;

Verificar o nível de confiabilidade e o grau de credibilidade no entendimento

do eleitorado em relação às pesquisas eleitorais e à sua importância para definição honesta

e segura da intenção e decisão do voto do eleitor.

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REFERENCIAL TEÓRICO

As pesquisas eleitorais são realizadas bem antes do protocolo do pedido de registro

da candidatura ao cargo eletivo. Não existem registros e controles do órgão judiciário

competente: Tribunal Superior Eleitoral - TSE, Tribunal Regional Eleitoral - TRE ou Juiz

Eleitoral dessas pesquisas realizadas anteriormente ao período legal de campanha eleitoral.

Para realizar uma pesquisa eleitoral é necessário entrevistar com cada indivíduo -

eleitor - apto a votar. A técnica mais utilizada pelos institutos de pesquisas é o de pequenas

cotas ou mínimas amostras. No caso de pesquisa eleitoral para Presidente da República,

primeiramente, é indispensável definir os Estados, depois os Municípios que devem fazer

parte desta pesquisa. Depois devem ser separadas as regiões ou bairros - localidades. Na

sequência, definir algumas variáveis importantes: opção sexual, faixa etária, grau de

escolaridade, tipo de moradia, profissão, entre outras. Esses dados serão essenciais para

que os entrevistadores realizem uma “boa” pesquisa eleitoral.

É importante ainda definir que o número de pessoas a serem pesquisadas - eleitores

- tenha uma relação de proporcionalidade e razoabilidade com o número total de eleitores

aptos a votarem.

Podem ocorrer erros durante a pesquisa eleitoral, por ser uma pesquisa baseada em

dados estatísticos, por isso, se apresentam margem de erro correspondente ao tamanho da

amostra, inter-relacionada ao nível de confiança. Não estabelecer ou estipular a margem de

erro é um dos erros mais comuns durante o processo da pesquisa.

Os resultados das pesquisas eleitorais sofrem mudanças, conforme o passar do

tempo e o desenrolar da campanha eleitoral. A opinião pública é bastante mutável, por

diversas vezes, quando sofrem influências e estímulos por algumas circunstâncias, que

podem ser consideradas relevantes. Essa opinião é bem dinâmica, por apenas trazer o

diagnóstico daquele momento específico - período da pesquisa.

Conforme trabalhos acadêmico-científicos desenvolvidos e publicados

anteriormente a realização do pleito eleitoral de 2012 para o Cargo de Prefeito dos

Municípios, com os títulos: ‘Como contestar pesquisa eleitoral?4 Erros e falhas de

4 Artigo-Título: Como contestar pesquisa eleitoral? Instituição de publicação: Editora Conselux - Revista Prática Jurídica nº 125 de 31/8/2012 (Painel Universitário). Endereço eletrônico: www.consulex.com.br/co/default.asp?op=cor&id=15470. Data da publicação: 31/agosto/2012. ISSN: 1677-1788. Nome do Periódico: Revista Prática Jurídica – Ano XI – nº 125, p. 49/63. Dentre outros sites, inclusive publicado nos anais da PUC-GO.

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pesquisas eleitorais e suas influências na decisão do voto do eleitor5, que comprovaram

as teses, que nas pesquisas eleitorais, os institutos não adotam tamanhos de amostras,

margens de erros e níveis de confianças apropriadas para suas pesquisas, com isso, são

contestáveis e também por cometerem distorções, erros e falhas na metodologia de coleta

de dados, na manipulação e mensuração dos dados, criam artifícios matemático-

estatísticos na apuração dos percentuais, utilizam-se de má-fé na hora da divulgação-

publicação dos resultados “pesquisados”.

A pesquisa eleitoral é realizada por uma técnica de amostragem referente à

população em estudo - pesquisada, tratando-se do eleitorado apto de certa comunidade,

região, Município, Estado ou Nação - Brasil, utilizando-se, muitas vezes, de dados oficiais de

órgãos públicos, como: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Tribunal

Superior Eleitoral - TSE, Tribunal Regional Eleitoral - TRE, entre outros.

Os canais abertos de televisão: Bandeirantes, Gazeta, Globo, Record, Rede TV, SBT,

entre outras e suas afiliadas ou canais fechados: BandNews, GNews, Record News; alguns

jornais impressos: Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Diário de São Paulo; O Globo

- Rio de Janeiro; Jornal da Manhã, Gazeta do Povo - Paraná; Diário da Manhã, O Hoje, O

popular - Goiás; Correio da Bahia; Correio Brasiliense, entre outros de circulação regional -

principais veículos de comunicação do Brasil - sempre contratam e encomendam pesquisas

eleitorais de alguns institutos, dentre os quais: DATAFOLHA, IBOPE, SENSUS, VOX

POPULI, entre outros inúmeros institutos.

Os institutos de pesquisas precisam ter cautelas e cuidados redobrados, porque as

pesquisas de opiniões públicas sofrem mudanças frequentes, pois suas validades dependem

da opinião pública momentânea que variam bastante, especialmente em razão de pessoas

que, nas pesquisas, não sabem ou não querem responder, qual seria à sua preferência entre

os candidatos indicados - pesquisa estimulada - estes são os indecisos, que podem exercer

uma significativa influência nos resultados futuros.

Sabemos, qualquer pesquisa de opinião pública é realizada com base em estimativas

estatísticas em relação à população a ser pesquisada que, na maioria, são populações

consideradas infinitas, devido ao número de indivíduos. Não é realizada com valores

5 Artigo-Título: Erros e falhas de pesquisas eleitorais e suas influências na decisão do voto do eleitor. Instituição de publicação: http://www.webartigos.com/artigos/erros-e-falhas-de-pesquisas-eleitorais-e-suas-influencias-na-decisao-do-voto-do-eleitor/111403/. Dentre outros sites, inclusive publicado nos anais da PUC-GO.

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absolutos, com isso, apresenta uma margem de erro ligada a um nível de confiança, em

função do tamanho da amostra que é bastante pequena, extraída da população.

Nas pesquisas de opinião são indispensáveis, senão poderá ocorrer alguma espécie

de mácula, se não utilizar algumas componentes importantes e necessárias: população,

amostra, técnica de amostragem, parâmetro, estimador, estimativa e inferência estatística,

além de outras mais específicas: tamanho da amostra, margem de erro e grau ou nível de

confiança.

A margem de erro depende do tamanho da amostra relacionada à população infinita

e dos resultados que serão obtidos na pesquisa. Logicamente, em uma pesquisa eleitoral é

humanamente impossível pesquisar-entrevistar toda a população eleitoral apta a votar, mas

somente é realizada em uma parte desta população - que é a amostra, porém essa parte

deve ser apropriada, coerente e propicia, por exemplo, atualmente o Brasil possui

142.822.046 eleitores aptos a exercerem o direito de voto, assim uma amostra coerente e

ideal desta população seria, no mínimo, 1.537 eleitores, relacionado à margem de erro de ±

2,5% e nível de confiança de 95%, mas que fossem distribuídos nas 27 Unidades da

Federação, não centralizar-se em apenas uma ou outra capital de Estado ou em um ou

outro Município com população superior a 200.000 eleitores.

Segundo alguns estatísticos e matemáticos as pesquisas político-eleitorais deve ter

um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de ± 2,5%, isso quer dizer que, o

candidato tem 95% de chances de estar dentro dessa margem de erro, em seus limites

acima ou abaixo.

Antes mesmo de se iniciar as disputas eleitorais por cargos eletivos, surgem diversas

e frequentes pesquisas, divulgando supostas intenções de votos. Muitas vezes, a publicação

das pesquisas eleitorais não serve apenas para que o eleitor tome conhecimento da

campanha eleitoral em disputa, mas como um artifício na tentativa de influenciar a opinião

do eleitorado, sobretudo daquele indeciso - que não sabe ou não quer responder.

Nas pesquisas eleitorais aparecem diferentes e contestáveis resultados, divulgados

por cada instituto, com indicativos de vantagens percentuais que não reflete a realidade. As

pesquisas eleitorais exercem “influência” nos eleitores, que por vez, acaba induzido a votar,

naquele candidato que supostamente lidera a disputa eleitoral, com isso, servindo-se à

pesquisa de instrumento de manipulação política, que influencia ou tendencia a “liberdade”

da decisão do eleitor de votar por sua livre escolha e consciência.

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A pesquisa eleitoral é potencialmente positiva em exercer no eleitor essa

“influência”, mas que têm ocorrido algumas distorções, erros e falhas nos resultados

apresentados pela mídia televisiva e jornalística. Existem históricos de erros e falhas

cometidos pelos institutos no país, tornando-se contestáveis os resultados que são

constantemente apresentados nos jornais e telejornais.

A grande maioria - quase sua totalidade - das pesquisas eleitorais são suspeitas e

tendenciosas a uma ou outra agremiação político-partidária, porque são sempre

encomendadas e não corresponde à realidade de escolha - desejo - e da intenção de voto do

eleitor.

Deveria ter uma avaliação e apuração prévia e severa dos resultados das pesquisas

eleitorais e dos institutos, antes da divulgação e publicação pela mídia daqueles resultados

para evitar-se a “influência” ou tentativa de “manipulação” da escolha - vontade - do eleitor.

Percebe-se que os institutos de pesquisas eleitorais utilizam-se metodologias

contestáveis, por excluir de suas pesquisas partes importantes da população, considerando

uma amostra muita pequena em relação à população, ou por não adotar critérios objetivos

na pesquisa espontânea, preferindo-se a estimulada para induzir ou tendenciar uma

resposta positiva ou negativa em um ou outro candidato, aplicando-se algumas artimanhas

estatístico-matemáticas para desvirtuar os resultados, lançando-os aqueles que atendem

aos interesses da empresa, instituição ou pessoa que contratou a realização da pesquisa.

Analítica e sistematicamente, sem indicação exata das informações concernentes à

população em estudo, ao plano amostral e a ponderação, não há como se aferir em uma

pesquisa eleitoral, a preservação da representatividade das proporções do eleitorado,

relativo à opção de sexo, idade, grau de instrução, ramo de atividade, posição na ocupação,

localização geográfica de moradia, localidade de votação, porque não se pode escolher à

pessoa a ser pesquisada, mas estabelecer critérios claros e objetivos para essa escolha.

A forma ou fórmula de fazer pesquisa eleitoral - metodologia da pesquisa - com

grupos de controle, padrões de rigidez, tamanhos da população e da amostra, relativização

e proporcionalidade da amostra da população, período e imediatismo da pesquisa.

A pesquisa de opinião pública, sobretudo eleitoral é uma inferência estatística da

realidade parcial da amostra considerada em relação a uma população tida por infinita,

frente aos conceitos e definições de variáveis estatísticas: Brasil com 142.467.862 (eleitores

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internos: 99,752%) e 354.184 (eleitores externos: 0,248%) do total de 142.822.046 (100%),

assim distribuído por opção sexual e por região do País, respectivamente:

ABRANGÊNCIA OPÇÃO SEXUAL QUANTIDADE PERCENTUAL

BRASIL NÃO INFORMADO 115.024 0,081%

MASCULINO 68.104.171 47,803%

FEMININO 74.248.667 52,116%

TOTAL GERAL ELEITORES INTERNOS 142.467.862 100% Fonte: http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2014-eleitorado

ABRANGÊNCIA QUANTITATIVO PERCENTUAL

CENTRO-OESTE 10.238.050 7,168%

NORDESTE 38.269.533 26,795%

NORTE 10.801.178 7,563%

SUDESTE 62.041.794 43,440%

SUL 21.117.307 14,786%

INTERNO 142.467.862 99,752%

EXTERIOR 354.184 0,248%

TOTAL GERAL 142.822.046 100% Fonte: http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2014-eleitorado

Diante destas circunstâncias, podemos questionar: Você se baseia em pesquisas

eleitorais para escolher, decidir e votar no candidato que desejar - de sua vontade? Opções

de prováveis respostas: Sim, recorro ao voto útil, conforme resultado das pesquisas

eleitorais; não, meu voto independe do resultado das pesquisas eleitorais; não, voto por

minha livre escolha, de acordo com a minha liberdade de consciência.

Uma das hipóteses das pesquisas eleitorais são os efeitos diretos ou indiretos

gerados pelas difusões dos resultados dessas pesquisas, que se resume na adoção de uma

das três possibilidades mencionadas.

A pesquisa eleitoral ou qualquer espécie de pesquisa de opinião pública é o método

utilizado pelos institutos de pesquisa para sondarem, por amostragem, a intenção de voto

dos eleitores, trazendo em seu bojo a função da informação de um quadro diagnosticado,

bem como a função de propaganda eleitoral.

As informações estatísticas permeiam o cotidiano dos cidadãos, os quais conduzem

suas tomadas de decisões. Contudo, muitas dessas informações contêm armadilhas,

espertezas, logros e manobras matemáticas ou estatísticas, que o cidadão comum não

consegue contestar, por não possuir conhecimentos básicos de Estatística: Estatística

Descritiva e Inferência Estatística.

Page 13: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

13

Cada vez mais, assistimos à poluição das informações com estatísticas, gráficos,

sobretudo, números de pesquisas eleitorais.

Um exemplo claro da cilada estatística eleitoral, basta lembrar o pleito eleitoral para

Governo do Estado da Bahia, para vermos como a mídia televisiva usou uma linguagem,

que acabou por ser assumida e conhecida pelo cidadão comum. Termos antes restritos à

faculdade acadêmica, tais como: amostragem, margem de erro, nível de confiança,

adentram nos lares brasileiros no horário nobre da televisão. Jornais, outdoors, revistas

estamparam gráficos e números, cada vez mais coloridos, eficientes, envolventes e

sofisticados, porém não são sempre confiáveis e fidedignos.

Um exemplo claro, simples e muito familiar para qualquer cidadão brasileiro é a

pesquisa eleitoral, pois a cada dois anos, o Brasil tem eleições e a disputa eleitoral tem nos

resultados das pesquisas eleitorais, talvez a principal referência.

Nas eleições do pleito de 2006, muitos institutos de pesquisa, conhecidos e

conceituados, erraram seus prognósticos de forma bastante gravoso. O exemplo mais

contundente foi da eleição para Governo no Estado da Bahia, conforme anteriormente dito.

Em termos de votos válidos, o candidato Paulo Souto sempre esteve pelo menos

20% à frente do segundo colocado, o candidato Jacques Wagner. Do ponto de vista

estatístico, com aqueles dados, a probabilidade de uma reversão da tendência seria

infinitamente pequena, quase impossível. No entanto, não só o candidato Jacques Wagner

ultrapassou o candidato Paulo Souto, como o fez com folga, vencendo o pleito, já no

primeiro turno.

Observe-se a importância de informações estatísticas como esta, aqui noticiada,

pelo seu impacto na formação de opinião do eleitorado. Estudos mostram que os resultados

das pesquisas eleitorais induzem o eleitor, havendo a propensão para votar como “voto

útil”. Isto é muito grave, pois o cidadão fica vulnerável as informações como estas, por não

compreender o processo estatístico e a utilização da informação.

Neste caso, queremos não acreditar que tenha havido má-fé no processo estatístico

de coleta e análise de dados, uma vez que a confiabilidade e a credibilidade são dois valores

que qualquer instituto de pesquisa de opinião tem por obrigatoriedade almejar. A

credibilidade está em função da maior quantidade de acerto nas pesquisas desses institutos.

Assim, surge a indagação: Por que houve um erro desta magnitude de gravidade,

comprometedor das pesquisas? Levantamos algumas hipóteses, dentre elas a mais

Page 14: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

14

importante é de que a Estatística, assim como qualquer ferramenta científica, parte de

pressupostos que devem ser respeitados, tais como, por exemplo: a distribuição aleatória e

representativa da amostra em relação à população em estudo. Um sistema eficiente de

controle de qualidade da coleta de dados - lembrar, quem colhe os dados é pessoas que, na

maioria, não tem treinamento adequado para agir com imparcialidade no momento da

entrevista, dentre outras questões operacionais.

Por outro lado, a Estatística é somente uma ferramenta, que cria ou produz dados

estatísticos “frios” e “limitados”. Quem dá vida aos dados, transformando-os em

informações relevantes são as pessoas, aquelas que leem e traduzem seus significantes em

significados, os especialistas - cientistas políticos, sociólogos, publicitários, entre outros.

Exatamente, neste ponto, surge a pergunta: Será que esse processo é bastante

complexo que um professor, seja de Matemática ou de qualquer outra área não consiga

fazer essas leituras? Sim, acredito que pelo menos entender o processo envolvido na

geração desses dados, tendo em vista que, em tese, esse professor é formado em curso de

nível superior, tem a disciplina obrigatória de Estatística Básica.

Mas, se por um lado, a “guerra” política pelos votos dos cidadãos pode desencadear

uma disputa acirrada e nada ética, traduzida em uma “guerra” de informações, onde as

palavras, os números e os discursos se transformam em artimanha e astúcia, deixando

vulnerável o cidadão.

Por outra vertente, a pesquisa eleitoral tem a capacidade de influenciar e de induzir o

eleitorado, bem como de ter seus resultados manipulados, maquinados e distorcidos que

pode ser convertida em instrumento privilegiado de propaganda.

Do choque entre a liberdade de informação e o potencial para desequilibrar o pleito

eleitoral, surgiu à necessidade de controle das pesquisas eleitorais, fato que motivou o

legislador a editar normas de controle. Tais regras estão contidas na Lei n. 9.504, de

30/9/1997, cujas normas são regulamentadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, por meio de

Resoluções que, em regra, renovam-se a cada eleição. Essa regulamentação encontra

respaldo no art. 23, IX, do Código Eleitoral e no art. 105 da Lei n. 9.504/1997.

Neste caso específico, a Lei Eleitoral n. 9.504/1997 (art. 33) com alterações

acrescidas pela Lei Eleitoral n. 11.300/2006 (art. 35-A) e a Resolução TSE nº 23.400, de

27/12/2013 estabelecem as regras das pesquisas eleitorais e possibilita a qualquer cidadão,

Page 15: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

15

frente aos “bastidores” da informação estatística produzida para a divulgação de pesquisas

eleitorais.

Se esta faculdade, atribuída por lei, fosse adotada e utilizada por professores de

Estatística e Matemática, articulados com os alunos e representantes políticos para terem

acesso a essas informações, levando-as para Escolas e Faculdades a fim de discutirem aos

conceitos matemáticos e estatísticos envolvidos no processo de coleta dos dados, do plano

amostral - distribuição dos entrevistados por bairros ou regiões, das perguntas formuladas,

dentre outros aspectos da pesquisa, certamente fariam repensar aqueles políticos e

institutos de pesquisa que utilizam e abusam da ferramenta estatística.

Nesse sentido, adentro a profundidade da reflexão para mencionar que o

professor de Matemática não pode se limitar a ser um mero repassador de fórmulas e

algoritmos, mas deve dar sentido e vida a essa matemática escolar que parece tão distante,

mas que se faz cada vez, mais necessária.

Pesquisa eleitoral e enquete não se confundem por que esta não traz em si a

marca da formalidade pertinente a aquela, por se tratar de mero levantamento de opiniões

em uma população, sem controle de amostra que não utiliza método científico-estatístico

para a sua realização, obtidos apenas por participação espontânea do interessado.

As informações que ora apresento são para alertar ao brasileiro, em especial ao

público goiano de como contestar estatística de pesquisa eleitoral, tendo em vista a praxe

adotada pela maioria dos institutos de pesquisas estatísticas de intenções de voto nos anos

eleitorais, geralmente manipulam e maquinam dados estatísticos com certa armadilha e

esperteza.

O objetivo deste trabalho é desmistificar as ideias pré-concebidas sobre

estatísticas eleitorais para se evitar o “fascínio” por números, percentagens e gráficos ou a

ignorância sobre como estes números, percentuais e gráficos são produzidos e turvem o

senso crítico das pessoas.

Para melhor compreensão, observe-se a divulgação de pesquisas eleitorais de

alguns institutos de pesquisa para p leito de 2014 dos principais candidatos à Presidência da

República, dentre os quais: CNT/MDA, DATAFOLHA, IBOPE, SENSUS, VOX POPULI, e

ainda o ÍNDICE BAND, calculado pela média ponderada das pesquisas eleitorais destes

institutos, conforme planilhas em anexo.

Page 16: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

16

Alguns dos resultados de algumas das pesquisas publicadas-divulgadas

trouxeram resultados contraditórios e incoerentes em seus conteúdos com relação à soma

dos percentuais dos candidatos nominados e dos outros candidatos que não atingiram

percentuais consideráveis e inda dos possíveis votos brancos, nulos, indecisos (não sabe ou

não quis responder), pois alguns não atingem 100% e outros ultrapassam este patamar de

100%. Essa circunstância pode interferir potencialmente no resultado final.

A porcentagem de intenções de voto (percentagem mediana) representa melhor a

importância do conjunto da amostra da população pesquisada. Assim, a pesquisa

quantitativa divulgada, passa a conferir aval técnico-científico à notícia “espectacularizada”,

para lhe dar maior credibilidade e confiabilidade.

Antes de divulgar uma pesquisa-estatística, especialmente uma pesquisa eleitoral se

devem procurar os indícios de viesamento: uma amostra selecionada indevidamente ou que

seja muita pequena, permite e conduz a uma conclusão não confiável, além de produzir no

eleitorado uma opinião dissociada da realidade, porque a opinião não se mede e não se

pesa, não se toca e não se vê, por ser intangível e invisível.

Nas pesquisas eleitorais realizadas, transcritas neste trabalho (conforme quadros de

dados extraídos dos resultados publicados na mídia e registrados Tribunal Superior

Eleitoral), o eleitorado pesquisado é muito mínimo, isto é, uma quantidade muito pequena.

O tamanho dessas amostras escolhidas - pesquisadas, na maioria, não se mostra adequada

e suficiente para expressar certas conclusões, por exemplo: os candidatos que figura nos 2º

e 3º lugares nas pesquisas, pode tornar-se, 1º ou 2º colocados nos resultados da eleição, isto

é, pode haver uma reversão entre os candidatos que figuram nas três primeiras colocações,

em função de que a quantidade de eleitores que declaram suas intenções de voto branco ou

nulo ou ainda indeciso - não sabe e não quer responder - são percentuais bastante

significativos tanto para a Inferência Estatística quanto para Matemática.

Por outro lado, os institutos de pesquisas não adotaram um parâmetro correto e

hábil para aferir-se o tamanho certo para uma amostra adequada e suficiente para extrair as

conclusões divulgadas, pois os critérios definidos pelos institutos, por exemplo: nível de

confiança e margem de erro, conforme utilizadas pelos institutos, correspondem algumas

amostras com uma quantidade maior, outras com quantidade menor de eleitores, com isso,

houve algumas pesquisas que utilizaram uma quantidade bem menor de eleitores do que a

quantidade correta ou coerente (tamanho da amostra inferior à amostra correta).

Page 17: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

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Assim, poderão ocorrer erros quanto à veracidade da informação do entrevistado: a)

o informante pode mentir em relação aos dados demo-sócio-econômicos; b) o informante

pode mentir em relação a sua intenção de voto; c) o informante pode mudar de opinião com

ou sem novo cenário político, entre outras possibilidades-probabilidades.

Também podem ter erros quanto à qualidade do levantamento de campo. Com

qualquer método de amostragem, o procedimento do levantamento da informação é

fundamental, isto é, a seriedade, a forma criteriosa e a competência da equipe que faz o

levantamento dos dados é o ponto crítico da pesquisa. O projeto da obra civil pode ser

perfeito, mas se o mestre e seus operários não forem competentes, com certeza, cai por

desequilíbrio. Ainda podem ter erros inerentes à metodologia estatística que se vem

adotando pelos institutos.

A estatística não tem pretensão de fazer estimativas exatas, admite o erro como

sendo fato inerente e inevitável nos seus procedimentos de estimação. O erro é um parceiro

constante na atividade do profissional estatístico, mesmo na estimação de aspectos

concretos da população, onde se podem usar instrumentos de medida e avaliação. A

estimativa por amostragem nestas situações mais simples estaria sujeita a erros. Aliás,

mesmo que se fizesse um censo, que no caso eleitoral ocorre no dia da eleição, não há como

eliminar erros. Não há medida sem erro. A pesquisa é a técnica de conseguir uma prévia

com erro previsto, de custo baixo e rapidamente.

Em uma pesquisa de opinião onde o aspecto a ser determinado tem natureza

intangível e invisível, se aglutinam em volta da sua estimativa todas as fontes de erros: a

inépcia do entrevistador, a mentira do entrevistado, alteração do cenário político, a

mudança de opinião e o erro amostral, como consequência dessas ações têm-se

inevitavelmente avaliações esfumaçadas da realidade.

No caso da pesquisa de opinião inclusive os cálculos dos parâmetros: erro e

confiabilidade podem ser considerados como sendo ordem de grandeza dos verdadeiros

valores. Portanto, pesquisa de opinião é uma área da estatística sujeita a resultados “não

precisos”, inclusive do ponto de vista da medida do erro e da confiabilidade.

Mas, para ter uma avaliação da opinião eleitoral em certo momento, com rapidez,

com baixo custo e com alguma confiabilidade, a pesquisa por amostragem é o melhor

procedimento que se pode lançar mão.

Page 18: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

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Um caso típico de amostra selecionada indevidamente é a pesquisa-estatística

resultante da coleta de dados realizada ao entrevistado que passa pela rua - pergunta típica

do entrevistador à pessoa entrevistada: Qual à sua preferência de candidato à Presidência

da República - apresenta uma relação de prováveis candidatos. Neste aspecto o

entrevistador, rotineiramente, não questiona se a pessoa entrevistada é eleitora apta,

simplesmente solicita a opinião do entrevistado no mesmo instante, em qual daqueles

candidatos nominados, votaria naquele momento.

Neste tipo de procedimento de pesquisa-estatística, o percentual de pessoas que

efetivamente respondem aos questionários do entrevistador, costuma ser representativo,

mas não respondem todas as perguntas, também não são obedecidos os critérios,

parâmetros e variáveis imprescindíveis para uma aferição mais coesa e fidedigna estatística

e matematicamente, tornando a pesquisa viciada.

O fantasma das fraudes está relacionado à metodologia, se for correta, se a

população – universo - for bem delimitada, se a tabulação - mensuração - dos dados

pesquisados for boa, o resultado será fidedigno. Como é difícil errar pesquisa planejada com

metodologia científica, nascem suspeitas de que um ou outro instituto frauda resultados.

Concluímos que, diante dos dados transcritos neste trabalho, não podemos afirmar,

mesmo adotando as margens de erros variando de ±2,0% ou ±2,5% ou ±3,0% ou superior,

algumas consideradas pelos institutos de pesquisas, ainda mesmo considerando o nível de

confiança variando de 95% a 96,5%, se trata de uma pesquisa-estatística com

confiabilidade, credibilidade e fidegnidade conclusiva para um ou outro candidato, até

porque os percentuais de intenções de votos branco-nulos e indecisos variando de 10% a

27%, conforme divulgados pelos institutos e a mídia. Porque, estes percentuais, se definidos

em um ou outro candidato poderá alterar à sua colocação ou o resultado final da eleição.

O pesquisador deverá tomar todos os cuidados e cautelas ao selecionar os

elementos e variáveis da amostra, antes de iniciar-se a pesquisa, adotar critérios

qualitativos e quantitativos e portar-se com maior honestidade e ética imaginável, porém,

mesmo assim, a chance de um resultado ser “por acaso” é muito elevado.

Quando a amostra da população é grande (variando de 1%, 3º ou 5% da população)

ou muito elevada, se possível (10% da população), aquele risco persiste, mas a

probabilidade de sua ocorrência se reduz drasticamente.

Page 19: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

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Um dos casos mais intrigantes para nós - brasileiros, é o resultado de pesquisa

eleitoral. É plenamente possível obter resultados confiáveis, fiéis e válidos, se utilizarmos de

metodologia de amostragem e tratamento de dados adequados e coerentes. Mas, não

esqueça que há uma variação em torno dos percentuais divulgados - margens de erros,

geralmente há uma pequena probabilidade de o valor ser “verdadeiro”, tendo em vista o

percentual estar naquele intervalo da margem de erro.

No caso de a amostra ser pequena, menor do que 1% da população é coerente e

conveniente para a confiabilidade e fidelidade da pesquisa que a margem de erro seja de

±5,0% e o nível de confiança de 95%.

Uma contradição e incoerência é adotar uma margem de erro de ±2,0% e um nível

de confiança de 95,0%, enquanto deveria ser de 98%; assim como uma margem de erro de

±3,5% e um nível de confiança de 95,0%, enquanto deveria ser de 96,5% e também uma

margem de erro de ±4,0% e um nível de confiança de 95,0%, enquanto deveria ser de

96,0%.

Devemos considerar: Estatística é a ciência que trata da coleta, análise e disposição

de dados; na estatística descritiva, são descritas várias formas de medição e análise de

dados; população é a totalidade de eleitores aptos no Brasil, que se quer descrever -

generalizar; qualquer eleitor representa uma parte da amostra; amostragem é o retrato do

momento; a pesquisa é preparação do questionário e a efetivação da entrevista de qualquer

eleitor, considerando os atributos qualitativos; perfil é a definição das características de um

eleitor; margem de erro; grau de confiabilidade depende do alvo a ser atingido; estratos:

renda familiar (baixa, média e alta), nível de escolaridade (analfabeto, lê e escreve, 1º grau

incompleto, 1º grau completo, 2º grau incompleto, 2º grau completo, 3º grau incompleto e

3º grau completo), faixa etária - idade (16 a 18 anos incompletos, 18 a 25 anos, 26 a 35 anos,

36 a 45 anos, 46 a 55 anos, acima de 55 anos), setor residencial (norte, centro, centro norte,

centro sul, sul, zona rural, zona suburbana), sexo (masculino, feminino, homo-afetivo),

religião (ateu, budista, católico, espírita, evangélico, entre outros), dentre outras variáveis.

A inferência estatística é o processo de se obter informações para tomar decisões

sobre uma população. Inferência estatística é o processo pelo qual estatísticos extraem

conclusões acerca da população usando informação de uma amostra. A população se refere

a todos os casos ou situações as quais o pesquisador quer fazer inferências ou estimativas.

Uma amostra é um subconjunto da população usado para obter informação acerca do todo.

Page 20: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

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Características de uma população que diferem de um indivíduo para outro e as quais se tem

interesse em estudar são chamadas variáveis. Cada unidade - membro da população que é

escolhido como parte de uma amostra fornece uma medida de uma ou mais variáveis,

chamadas observações.

Nas pesquisas eleitorais, quase todos os institutos de pesquisas, utilizam estimativas

de uma amostra como “melhor chute” para os verdadeiros valores populacionais. Exemplos

são a média amostral, a mediana amostral, o desvio padrão amostral, o erro padrão

amostral, os quais estimam a verdadeira média, mediana, desvio padrão e erro padrão da

população ou da amostra, que são desconhecidos. Os verdadeiros desconhecidos são

valores populacionais ou amostrais chamados parâmetros.

Devemos realizar cautelosamente o teste de hipótese que é a verificação das

hipóteses sobre a população, mediante os critérios e variáveis estatísticas. O erro é

cumulativo na estatística, por isso requer um cuidado maior. O erro surge quando se elimina

ou rejeita alguma casa decimal ou centesimal que deveria considerá-la. A não significância

consiste no valor da probabilidade de se cometer um erro. O poder do teste consiste na

probabilidade de rejeição.

As influências mais relevantes que se observam com os resultados das pesquisas

eleitorais que se divulgam, costuma ocorrer em três campos do processo eleitoral: a) no

ânimo da militância quando o pleito envolve candidatos com algum enraizamento em

segmentos sociais organizados; b) na capacidade de captação de financiamento privado

para a disputa; c) no trabalho do marketing político e desempenho midiático que as

intenções de votos publicadas por meio de pesquisas migram de uma zona de influência

para outra. Para os dois últimos campos, a difusão das pesquisas de intenção de voto

cumpre um papel fundamental na elaboração e desenvolvimento do programa de

campanha.

As pesquisas de opinião eleitoral baseiam-se no fundamento da análise estatística

que para se obterem indicadores de uma população, basta consultar somente uma parte -

amostra, representativa dessa população. Os resultados derivados são chamados de

estimativas dos parâmetros populacionais. Portanto, passíveis de erro, o chamado erro

amostral. Assim, toda e qualquer pesquisa que não entrevista o conjunto do universo tem

erro de estimativa, que é calculado em função principalmente do tamanho da amostra e da

maior ou menor homogeneidade da população pesquisada. Para um mesmo desenho de

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amostra, há uma relação inversa entre erro amostral e tamanho da amostra, isto é, quanto

maior é o tamanho da amostra, menor é o erro amostral, vice-versa. A mesma relação

inversa se dá entre o nível de homogeneidade do universo pesquisado e o erro amostral:

quanto mais homogêneo é o conjunto da população, tanto menor é o erro amostral, vice-

versa.

Em qualquer pesquisa de opinião pública deve se observar e obedecer

criteriosamente às etapas da análise estatística:

Uma amostragem será probabilística, se todos os elementos da população tiverem

uma probabilidade conhecida, diferente de zero, de pertencer à amostra definida. A

amostragem probabilística implica um sorteio com regras bem determinadas e objetivas.

Como toda a Estatística Inferencial é baseada em amostragem probabilística, assim a

amostra coletada com outros critérios ou parâmetros não têm tratamento estatístico

adequado desenvolvido para a parte da população - amostra, com isso, se torna

tendencioso generalizar afirmações e “conclusões” sobre aquela população baseado nos

resultados obtidos na amostra.

Assim podem ocorrer amostras tendenciosas: 1- as inferências, quando possíveis,

somente devem ser realizadas para a população onde a amostra foi recolhida (eleitores

pesquisados na capital paulista somente servem para aquela capital); 2- é preciso verificar

se a amostra foi retirada da população utilizando um processo delineado segundo critérios

estatísticos; 3- na prática, o tamanho da amostra costuma ser determinado por

considerações de ordem prática, por exemplo, em relação ao orçamento disponível - custo

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da pesquisa; amostras bem pequenas podem até ser excelentes estudos de casos, mas não

permitem fazer Inferência Estatística.

A técnica estatística permite que se possa calcular e circunscrever esse erro a um

dado intervalo de variabilidade. A maneira como se interpretam os resultados de uma

pesquisa eleitoral depende, dentre outros fatores, da magnitude do erro incorrido nas

estimativas.

A fórmula apresentada que calcula a amostra adequada para uma pesquisa

quantitativa quando conhecido o tamanho da população e a margem de erro desejada.

Por outro lado, permite-se calcular a margem de erro da amostra, quando conhecido

o tamanho da amostra e da população.

Importante ressaltar que essa fórmula simplificada que pode ser aplicada em

condições ideais, nota-se, que existem outros aspectos que deve ser analisados para o

cálculo de uma amostra ideal de pesquisa.

Acreditamos ser útil explicar: este tipo de pesquisa de intenção de votos, chamada

de “inferência sobre a proporção de uma população”, já que se quer retirar conclusões sobre

o percentual de pessoas disposta a apontar aquela determinada resposta.

Nestes casos as pesquisas realizadas por todos os institutos de pesquisas eleitorais

deveriam ter adotado uma margem de ±5,0% e um nível de confiança de 95,0% para que

pudesse ter mais confiabilidade, credibilidade e fidelidade nos dados divulgados.

Para se determinar o intervalo de confiança tem-se que inter-relacionar, no mínimo,

três unidades essenciais e indispensáveis: 1- o tamanho da amostra; 2- a precisão da

estimativa - amplitude do intervalo ou margem de erro; 3- a confiança depositada no

intervalo, definida pela probabilidade que o intervalo contenha o verdadeiro valor da

proporção amostral que estima a verdadeira proporção populacional. Porque no processo

de generalização, dois tipos de erros ocorrem: 1- os erros amostrais - internos; 2- os erros

não amostrais - externos;

Mas, qual é a segurança que se tem de que as estimativas dessas pesquisas de

intenção de voto retratem a verdadeira preferência de toda a população - eleitores

brasileiros aptos a votarem, quer dizer, como ter certeza de que as intenções de voto da

população por aquele candidato situam-se entre os percentuais consignados nas planilhas?

Fazendo a pergunta de outra forma: Se a eleição fosse hoje - nas datas das pesquisas - como

se poderia assegurar que determinado candidato receberia uma votação de, no mínimo,

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suas intenções de voto subtraída da margem de erro ou suas intenções de voto somada da

margem de erro?

Certeza absoluta não se tem, mas podemos estabelecer estatisticamente, certo nível

de confiança que indique uma alta probabilidade de aquelas estimativas espelharem a

realidade. O nível de confiança é determinado de comum acordo entre o instituto de

pesquisa e o cliente (quem contratou a pesquisa).

Uma pesquisa realizada praticamente um mês antes da eleição é somente um

indicativo do grau de conhecimento do eleitorado em relação aos candidatos e uma medida

da simpatia ou antipatia ou aceitação ou rejeição que cada uma das pessoas pesquisadas

desperta em relação aos candidatos. Afirmamos com certeza, o cenário de hoje não será, o

do dia da votação - eleição: 05/outubro/2014. Mas, diante desta ressalva, as pesquisas

mostram tendências, dificuldades e incoerências bem divergentes da realidade, por si só,

cria um fato político direcionado, tendencioso e vicioso, que poderá influenciar ou

tendenciar a decisão daquele eleitorado massificado - de baixa ou média renda, do

sensibilizado com proliferação da corrupção no poder público, do revoltoso com as

promessas políticas irrealizáveis, do que vota nas figuras “lendárias”, entre outras.

Porque são contestáveis as pesquisas eleitorais, por residem nos critérios e

parâmetros dos trabalhos estatísticos utilizados pelos institutos, uns adotam a divisão da

amostra, apenas em quatro ou cinco estratos: sexo, idade, escolaridade, ocupação e espaço

geográfico; outros: sexo, idade, escolaridade e ramo de atividade; outros ainda: sexo, idade,

escolaridade, renda e ocupação. Essas pesquisas são realizadas em dois ou três (regra geral)

ou cinco dias ou mais dias (excepcional).

Também são contestáveis porque os institutos de pesquisa buscam atuar nos

períodos eleitorais como se fosse “termômetros” da decisão do eleitor - vontade popular,

mas acabam por ser instrumento de induzir e influenciar o eleitor, por utilizar, como regra, a

pesquisa estimulada - aquela em que o pesquisador diz o nome dos candidatos, fazendo a

pergunta básica e geral ao pesquisado, qual destes candidatos você votaria?

Ainda são contestáveis as pesquisas eleitorais pelos seguintes questionamentos:

Quais são as técnicas de amostragens utilizadas? Como são feitas as amostragens? Como

são definidos os estratos? Qual o tamanho da amostra adequado para uma população

infinita com 142.822.046 eleitores aptos? Qual a confiabilidade dos números pesquisados?

Por que uma investigação-pesquisa realizada com menos de 3.500 pessoas - eleitores,

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podem revelar o ânimo - à vontade ou o desejo de 142.822.046 eleitores? Qual a

credibilidade do instituto de pesquisa para à sociedade brasileira, por ser contratado por

empresas com interesses margeantes e tangentes?

Outras contestações que podem ocorrer que estão relacionadas a erros externos: 1-

erros de anotação por parte da pessoa que faz a coleta dos dados; 2- erros de digitação por

parte da pessoa que digita os resultados dos dados coletados; 3- possíveis fraudes por parte

da pessoa que faz a coleta os dados, que sozinha preenchem os formulários; perda de

informações relevantes coletadas nas pesquisas, que são omitidas.

CONCLUSÕES

As pesquisas eleitorais sempre foram tema de polêmica desde que começaram a ser

realizadas pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística - IBOPE em 1945. Desta

época em diante, as pesquisas de intenção de voto passaram a ser comuns nas eleições

brasileiras. Muitos institutos surgiram e as técnicas e métodos que são utilizados foram se

aperfeiçoando. Mas, sempre que o Brasil passa por um novo processo eleitoral, as mesmas

polêmicas, envolvendo as pesquisas, voltam à mídia às discussões da confiabilidade e

credibilidade ou não das pesquisas.

Qual o melhor tamanho da amostra em uma população infinita - eleitorado

brasileiro? A resposta mais coerente, em função da análise estatística, se a amostra for

grande é dispendiosa e demandam muito tempo de estudo-pesquisa e mensuração dos

dados; se a amostra for pequena é menos precisa e pouco confiável. O tamanho da amostra

depende do grau de confiança desejado, da margem de erro pretendida e do desvio padrão

que está correlacionado diretamente com a margem de erro.

A inferência estatística - fazer afirmações sobre características de uma

população baseando-se nos resultados de uma amostra - deve considerar a variável

qualitativa e quantitativa conduzida na população - eleitorado brasileiro apto a votar - para

se extrair uma amostra considerável para realização da análise da estatística descritiva, em

função da probabilidade de um evento - atributo ou estrato - ocorrer e que possa ou não

resultar em erro.

Os parâmetros da população que devem ser adotados: a média, a variância, o desvio

padrão, o erro padrão, nível de confiança, intervalo de confiança, a margem de erro, entre

outros, para conduzi-los a inferência e a metodologia de amostragem com análise da

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estimativa, destes parâmetros em relação à amostra considerada e pesquisada. A amostra,

no caso do eleitorado brasileiro de 142.822.046 deveria, no mínimo, variar de 0,01% a

0,02% da população, assim, no mínimo, deveriam pesquisar de 14.282 a 28.564 eleitores

aptos a exercer o direito de voto.

A pergunta a ser feita ao eleitor tem que ser espontânea e isenta, sem direcionar ou

influenciá-lo para uma resposta de tendência ao interesse margeante do instituto de

pesquisa, do contratante, do pesquisador ou da opção política de um destes. Pois, qualquer

trabalho estatístico desta espécie está sujeita por ser inter-relacionadas à margem de erro e

ao grau de confiabilidade.

Com os resultados das pesquisas eleitorais durante o período das campanhas

político-eleitorais, certos candidatos - aqueles que são divulgados à frente nas pesquisas de

intenções de voto - utilizam estes dados - resultados - para tentar influenciar e se beneficiar

da decisão do voto do eleitor.

Neste trabalho procuramos dar uma ideia dos problemas enfrentados pelos

Institutos de Pesquisas de Opinião Pública, que pode surgir durante a realização de uma

pesquisa de intenção de voto, mostrando-se os possíveis erros internos e externos que

poderão acontecer em relação ao tamanho da amostra escolhida.

Os defensores da ideia de que as pesquisas sejam proibidas, argumentam que a

divulgação das pesquisas tem uma forte influência nos resultados finais da eleição. Não

resta dúvida que deverá existir um controle mais rigoroso por parte do órgão judiciário

competente para verificar a confiabilidade dos resultados apurados nas pesquisas, antes de

permitir à sua divulgação e publicação pela imprensa - mídia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEAZORTI e BUENO FILHO, Eduardo e Júlio Sílvio de Sousa. Introdução à Inferência Estatística - Matemática e Estatística. Lavras-MG: UFLA/FAEPE, 1999. COSTA, Giovani Glaucio de Oliveira. Curso de Estatística Básica - Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2011. COSTA NETO, Pedro Luiz de Oliveira. Estatística. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2002. LINS, Newton. Propaganda eleitoral: comentários jurídicos, pesquisas eleitorais, publicidade de governo em ano eleitoral. 2. ed. Brasília: Brasília Jurídica, 2006.

Page 26: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

26

MENDONÇA JÚNIOR, Delosmar. Manual de Direito Eleitoral. Salvador: JusPodivm, 2006. MUNIZ e ABREU, Joel Augusto e Agostinho Roberto de. Técnicas de Amostragem - Matemática e Estatística. Lavras-MG: UFLA/FAEPE, 1999. NEUFELD, J. L. Estatística Aplicada a Administração usando EXCEL. 1. ed. 5. reimpressão. São Paulo: Pearson, 2009. PIMENTEL-GOMES, Frederico. Estatística Experimental. 15. ed. Piracicaba-SP: FEALQ, 2009. PINTO, Djalma. Direito Eleitoral: Anotações e temas polêmicos. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000. VIEIRA, Sônia. Estatística Experimental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. VIEIRA, Sônia. Elementos da Estatística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. ANEXOS: RESULTADOS DE PESQUISAS ELEITORAIS REGISTRAS NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL – TSE E PUBLICADAS PELA MÍDIA:

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 36,0% DILMA ROUSSEF - PT 31,6%

EDUARDO CAMPOS - PSB 8,0% EDUARDO CAMPOS - PSB 7,2%

AÉCIO NEVES - PSDB 20,0% AÉCIO NEVES - PSDB 21,1%

EDUARDO JORGE - PV 1,0% EDUARDO JORGE - PV 0,3%

EVERALDO PEREIRA - PSC 3,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 2,6%

LUCIANA GENRO - PSOL 1,0% LUCIANA GENRO - PSOL 1,1%

EYMAEL - PSDC 1,0% EYMAEL - PSDC 0,3%

JOSÉ MARIA - PSTU 1,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,5%

OUTROS* 1,0% OUTROS* 1,1%

B/N/I/NS/NR** 27,0% B/N/I/NS/NR** 34,4%

TOTAL 99,0% TOTAL 100,2%

ELEITORES PESQUISADOS 5.377 ELEITORES PESQUISADOS 2.000

MARGEM DE ERRO ±2,0% MARGEM DE ERRO ±2,2%

PERÍODO DA PESQUISA 15a16/07/2014 PERÍODO DA PESQUISA 12a16/07/2014

INSTITUTO DE PESQUISA DATAFOLHA INSTITUTO DE PESQUISA SENSUS

REGISTRO NO TSE BR-00219/2014 REGISTRO NO TSE BR-00214/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 27: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

27

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 38,0% DILMA ROUSSEF - PT 38,0%

EDUARDO CAMPOS - PSB 8,0% EDUARDO CAMPOS - PSB 9,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 22,0% AÉCIO NEVES - PSDB 23,0%

EDUARDO JORGE - PV 1,0% EDUARDO JORGE - PV 1,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 3,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 3,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 1,0% LUCIANA GENRO - PSOL 1,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 1,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

OUTROS* 0,0% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 25,0% B/N/I/NS/NR** 24,0%

TOTAL 99,0% TOTAL 99,0%

ELEITORES PESQUISADOS 2.002 ELEITORES PESQUISADOS 2.506

MARGEM DE ERRO ±2,5% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 18a21/07/2014 PERÍODO DA PESQUISA 3a7/08/2014

INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE

REGISTRO NO TSE BR-00235/2014 REGISTRO NO TSE BR-00308/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 28: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

28

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 32,7% DILMA ROUSSEF - PT 36,0%

EDUARDO CAMPOS - PSB 9,2% MARINA SILVA - PSB 21,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 21,4% AÉCIO NEVES - PSDB 20,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,0% EDUARDO JORGE - PV 1,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 1,7% EVERALDO PEREIRA - PSC 3,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,5% LUCIANA GENRO - PSOL 0,0%

EYMAEL - PSDC 0,2% EYMAEL - PSDC 0,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,5% JOSÉ MARIA - PSTU 1,0%

OUTROS* 0,3% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 33,2% B/N/I/NS/NR** 17,0%

TOTAL 99,7% TOTAL 99,0%

ELEITORES PESQUISADOS 2.000 ELEITORES PESQUISADOS 2.843

MARGEM DE ERRO ±2,2% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 9a12/08/2014 PERÍODO DA PESQUISA 14a15/08/2014

INSTITUTO DE PESQUISA SENSUS INSTITUTO DE PESQUISA DATAFOLHA

REGISTRO NO TSE BR-00336/2014 REGISTRO NO TSE BR-00386/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 29: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

29

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 34,2% DILMA ROUSSEF - PT 34,0%

MARINA SILVA - PSB 28,2% MARINA SILVA - PSB 29,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 16,0% AÉCIO NEVES - PSDB 19,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 1,3% EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,1% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,4% EDUARDO JORGE - PV 0,0%

EYMAEL - PSDC 0,1% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,3% LUCIANA GENRO - PSOL 1,0%

OUTROS* 0,3% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 19,1% B/N/I/NS/NR** 15,0%

TOTAL 100,0% TOTAL 99,0%

ELEITORES PESQUISADOS 2.002 ELEITORES PESQUISADOS 2.506

MARGEM DE ERRO ±2,0% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 21a24/08/2014 PERÍODO DA PESQUISA 23a25/08/2014

INSTITUTO DE PESQUISA CNT/MDA INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE

REGISTRO NO TSE BR-00400/2014 REGISTRO NO TSE BR-00428/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 30: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

30

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 34,0% DILMA ROUSSEF - PT 37,0%

MARINA SILVA - PSB 34,0% MARINA SILVA - PSB 33,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 15,0% AÉCIO NEVES - PSDB 15,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 2,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,0% EDUARDO JORGE - PV 0,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,0% LUCIANA GENRO - PSOL 0,0%

OUTROS* 1,0% OUTROS* 2,0%

B/N/I/NS/NR** 14,0% B/N/I/NS/NR** 12,0%

TOTAL 100,0% TOTAL 100,0%

ELEITORES PESQUISADOS 2.874 ELEITORES PESQUISADOS 2.506

MARGEM DE ERRO ±2,0% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 28a29/08/2014 PERÍODO DA PESQUISA 31/08a2/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA DATAFOLHA INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE

REGISTRO NO TSE BR-00438/2014 REGISTRO NO TSE BR-00514/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 31: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

31

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 35,0% DILMA ROUSSEF - PT 29,8%

MARINA SILVA - PSB 34,0% MARINA SILVA - PSB 29,5%

AÉCIO NEVES - PSDB 14,0% AÉCIO NEVES - PSDB 15,2%

EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 1,1%

JOSÉ MARIA - PSTU 1,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 1,0% EDUARDO JORGE - PV 0,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 1,0% LUCIANA GENRO - PSOL 0,0%

OUTROS* 0,0% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 13,0% B/N/I/NS/NR** 23,5%

TOTAL 100,0% TOTAL 99,1%

ELEITORES PESQUISADOS 10.054 ELEITORES PESQUISADOS 2.000

MARGEM DE ERRO ±3,0% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 1ºa3/09/2014 PERÍODO DA PESQUISA 1ºa4/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA DATAFOLHA INSTITUTO DE PESQUISA SENSUS

REGISTRO NO TSE BR-00517/2014 REGISTRO NO TSE BR-00541/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 32: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

32

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 38,1% DILMA ROUSSEF - PT 36,0%

MARINA SILVA - PSB 33,5% MARINA SILVA - PSB 28,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 14,7% AÉCIO NEVES - PSDB 15,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 0,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,0% EDUARDO JORGE - PV 0,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,0% LUCIANA GENRO - PSOL 0,0%

OUTROS* 1,1% OUTROS* 2,0%

B/N/I/NS/NR** 11,6% B/N/I/NS/NR** 20,0%

TOTAL 100,0% TOTAL 101,0%

ELEITORES PESQUISADOS 2.002 ELEITORES PESQUISADOS 2.000

MARGEM DE ERRO ±2,2% MARGEM DE ERRO ±2,2%

PERÍODO DA PESQUISA 5a7/09/2014 PERÍODO DA PESQUISA 8a9/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA CNT/MDA INSTITUTO DE PESQUISA VOX POPULI

REGISTRO NO TSE BR-00574/2014 REGISTRO NO TSE BR-00588/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 33: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

33

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 36,0% DILMA ROUSSEF - PT 36,0%

MARINA SILVA - PSB 33,0% MARINA SILVA - PSB 27,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 15,0% AÉCIO NEVES - PSDB 15,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 1,0% EDUARDO JORGE - PV 0,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 1,0% LUCIANA GENRO - PSOL 1,0%

OUTROS* 0,0% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 13,0% B/N/I/NS/NR** 20,0%

TOTAL 100,0% TOTAL 100,0%

ELEITORES PESQUISADOS 10.568 ELEITORES PESQUISADOS 2.000

MARGEM DE ERRO ±2,0% MARGEM DE ERRO ±2,2%

PERÍODO DA PESQUISA 8a9/09/2014 PERÍODO DA PESQUISA 12a14/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA DATAFOLHA INSTITUTO DE PESQUISA VOX POPULI

REGISTRO NO TSE BR-00584/2014 REGISTRO NO TSE BR-00632/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 34: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

34

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 36,0% DILMA ROUSSEF - PT 37,0%

MARINA SILVA - PSB 30,0% MARINA SILVA - PSB 30,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 19,0% AÉCIO NEVES - PSDB 17,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,0% EDUARDO JORGE - PV 1,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,0% LUCIANA GENRO - PSOL 1,0%

OUTROS* 1,0% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 13,0% B/N/I/NS/NR** 13,0%

TOTAL 100,0% TOTAL 100,0%

ELEITORES PESQUISADOS 3.010 ELEITORES PESQUISADOS 5.340

MARGEM DE ERRO ±2,0% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 13a15/09/2014 PERÍODO DA PESQUISA 17a18/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE INSTITUTO DE PESQUISA DATAFOLHA

REGISTRO NO TSE BR-00657/2014 REGISTRO NO TSE BR-00665/2014

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

Page 35: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

35

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 36,0% DILMA ROUSSEF - PT 37,0%

MARINA SILVA - PSB 30,0% MARINA SILVA - PSB 30,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 19,0% AÉCIO NEVES - PSDB 17,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,0% EDUARDO JORGE - PV 1,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,0% LUCIANA GENRO - PSOL 1,0%

OUTROS* 1,0% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 13,0% B/N/I/NS/NR** 13,0%

TOTAL 100,0% TOTAL 100,0%

ELEITORES PESQUISADOS 3.010 ELEITORES PESQUISADOS 5.340

MARGEM DE ERRO ±2,0% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 13a15/09/2014 PERÍODO DA PESQUISA 17a18/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE INSTITUTO DE PESQUISA DATAFOLHA

REGISTRO NO TSE BR-00657/2014 REGISTRO NO TSE BR-00665/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

Page 36: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

36

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 36,0% DILMA ROUSSEF - PT 40,0%

MARINA SILVA - PSB 27,4% MARINA SILVA - PSB 22,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 17,6% AÉCIO NEVES - PSDB 17,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 0,8% EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,0% EDUARDO JORGE - PV 0,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,9% LUCIANA GENRO - PSOL 1,0%

OUTROS* 0,8% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 16,5% B/N/I/NS/NR** 18,0%

TOTAL 100,0% TOTAL 99,0%

ELEITORES PESQUISADOS 2.002 ELEITORES PESQUISADOS 2.000

MARGEM DE ERRO ±2,2% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 20a21/09/2014 PERÍODO DA PESQUISA 20a21/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA CNT/MDA INSTITUTO DE PESQUISA VOX POPULI

REGISTRO NO TSE BR-00753/2014 REGISTRO NO TSE BR-00732/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 37: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

37

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 38,0% DILMA ROUSSEF - PT 38,0%

MARINA SILVA - PSB 29,0% MARINA SILVA - PSB 25,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 19,0% AÉCIO NEVES - PSDB 17,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0% EVERALDO PEREIRA - PSC 0,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,0% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,0% EDUARDO JORGE - PV 0,0%

EYMAEL - PSDC 0,0% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,0% LUCIANA GENRO - PSOL 0,0%

OUTROS* 2,0% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 12,0% B/N/I/NS/NR** 18,0%

TOTAL 101,0% TOTAL 98,0%

ELEITORES PESQUISADOS 3.010 ELEITORES PESQUISADOS 2.000

MARGEM DE ERRO ±2,0% MARGEM DE ERRO ±2,2%

PERÍODO DA PESQUISA 20a21/09/2014 PERÍODO DA PESQUISA 23a24/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE INSTITUTO DE PESQUISA VOX POPULI

REGISTRO NO TSE BR-00755/2014 REGISTRO NO TSE BR-00757/2014

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

Page 38: Porque São Contestáveis Pesquisas Eleitorais - Presidente

38

CANDIDATO (A) PERCENTUAL CANDIDATO (A) PERCENTUAL

DILMA ROUSSEF - PT 35,1% DILMA ROUSSEF - PT 40,0%

MARINA SILVA - PSB 25,0% MARINA SILVA - PSB 27,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 20,7% AÉCIO NEVES - PSDB 18,0%

EVERALDO PEREIRA - PSC 0,7% EVERALDO PEREIRA - PSC 1,0%

JOSÉ MARIA - PSTU 0,1% JOSÉ MARIA - PSTU 0,0%

EDUARDO JORGE - PV 0,7% EDUARDO JORGE - PV 1,0%

EYMAEL - PSDC 0,1% EYMAEL - PSDC 0,0%

LUCIANA GENRO - PSOL 0,7% LUCIANA GENRO - PSOL 1,0%

OUTROS* 0,5% OUTROS* 0,0%

B/N/I/NS/NR** 16,7% B/N/I/NS/NR** 11,0%

TOTAL 100,3% TOTAL 99,0%

ELEITORES PESQUISADOS 2.000 ELEITORES PESQUISADOS 11.474

MARGEM DE ERRO ±2,2% MARGEM DE ERRO ±2,0%

PERÍODO DA PESQUISA 21a26/09/2014 PERÍODO DA PESQUISA 25a26/09/2014

INSTITUTO DE PESQUISA SENSUS INSTITUTO DE PESQUISA DATAFOLHA

REGISTRO NO TSE BR-00756/2014 REGISTRO NO TSE BR-00782/2014

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)

* Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui

Costa Pimenta (PCO)** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeu

** Brancos, nulos, indecisos, não sabe, não

respondeuhttp://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/04/22/2014-pesquisas-eleitorais---1-turno.htm

http://download.uol.com.br/fernandorodrigues/pesquisas/2014/Brasil-Presidente-1T.pdf ANEXO: ÍNDICE BAN

ÍNDICE BAND 18/ago 27/ago 01/set 04/set 06/set 11/set 12/set 16/set 24/set 27/set

DILMA ROUSSEF - PT 44,0% 41,0% 41,0% 41,0% 41,0% 42,0% 43,0% 43,0% 45,0% 45,0%

MARINA SILVA - PSB 26,0% 35,0% 37,0% 39,0% 39,0% 38,0% 37,0% 35,0% 31,0% 31,0%

AÉCIO NEVES - PSDB 24,0% 21,0% 20,0% 16,0% 17,0% 17,0% 17,0% 20,0% 21,0% 21,0%

Pr. EVERALDO - PSC 4,0% 1,0% 2,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0%

OUTROS 2,0% 1,0% 1,0% 3,0% 3,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%

TOTAL 100,0% 99,0% 101,0% 100,0% 101,0% 100,0% 100,0% 101,0% 100,0% 100,0%http://noticias.band.uol.com.br/eleicoes/2014/indice-band.asp

Índice Band é a média ponderada das pesquisas. Considera apenas os votos válidos. Coordenado: Antônio Lavareda - Cientista Político.

Observação: O Índice Band apura a média ponderada das últimas pesquisas eleitorais

consideradas que são registras no TSE, posteriormente publicadas pela mídia, realizadas

pelos institutos de pesquisas: CNT/MDA, DATAFOLHA, IBOPE, SENSUS, VOX POPULI.