Simulado Sas Solucao 2dia

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c C l RESOLUÇÃO SIMULADO 2º DIA 17/10/2010 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Matemática e suas Tecnologias OSG.: 6659/10 Instruções 1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO: a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TELEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE QUALQUER ESPÉCIE; b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal. f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CONSULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à revista por meio de DETECTOR DE METAL. 2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 40 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) as questões de número 41 a 45 são relativas à área de Língua Estrangeira; c) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Matemática e suas Tecnologias. 3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, co- munique-a imediatamente ao aplicador. 4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o cartão-resposta, o qual será o único documento válido para a corre- ção da prova. 5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preen- chendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu cartão-resposta devidamente assinado, devendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala. 10. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta minutos.

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RESOLUÇÃO SIMULADO 2º DIA 17/10/2010

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Matemática e suas Tecnologias

OSG.: 6659/10

Instruções

1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO: a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE

CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TELEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE QUALQUER ESPÉCIE;

b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;

c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas;

d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;

e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal. f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado, APARELHO DE

ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CONSULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à revista por meio de DETECTOR DE METAL.

2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 40 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) as questões de número 41 a 45 são relativas à área de Língua Estrangeira; c) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Matemática e suas Tecnologias.

3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, co- munique-a imediatamente ao aplicador.

4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o cartão-resposta, o qual será o único documento válido para a corre- ção da prova.

5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.

6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preen- chendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.

8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu cartão-resposta devidamente assinado, devendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala.

10. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta minutos.

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1. A escrita existe desde que o homem dispõe de algum tipo de comunicação visual. Diz-se até que o homem se compõe de cabeça, tronco, membros e imagem. A imagem (linguagem verbal, não ver- bal, cibernética), de certa forma, busca meios de expressar a identidade do indivíduo ou da socie- dade que representa. Identifique o comentário adequado à situação de comunicação e à linguagem correspondente. a)

b) Quero ficar no teu corpo feito tatuagem Que é pra te dar coragem Pra seguir viagem Quando a noite vem E também pra me perpetuar em tua escrava Que você pega, esfrega, nega Mas não lava.

(Chico Buarque)

c)

d)

Fotografia térmica infravermelha. Veja, 2006.

e)

COMENTÁRIO: As tatuagens são marcas que diferenciam um indi- víduo dos demais, o que torna coerente o comentá- rio da letra A.

2.

Atente para as afirmativas abaixo, referentes a es- ta tira: I. A forma verbal "tem" é, no enunciado, impes-

soal e corresponde ao verbo "haver" na lin- guagem culta.

II. Nessa acepção, o verbo "ter" é pessoal e pos- sui como sujeito a expressão "uma árvore".

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Questões de 1 a 40

Para expressar o amor, o eu lírico se utiliza da linguagem verbal, valendo-se de uma metá- fora (feito tatuagem) cujo efeito de sentido se materializa em uma imagem que revela o desejo de permanência fugaz junto ao ser amado.

A escrita no corpo é uma busca de identidade, a- través de uma estética alternativa, em que se evidenciam as escolhas únicas (local, forma, cores, símbolos) que caracteri- zam determinada pessoa.

As inscrições encontradas nas pedras da Ser- ra da Capivara, no Piauí, podem representar a necessidade de o ser humano apagar da memória o conhecimento do cotidiano de uma forma de vida primitiva.

A foto do beijo expressa um sentimento que exige do observador, para sua visualização, um conhecimento apurado da linguagem cibernética.

Na sociedade atual, o cidadão é identificado por uma carteira padronizada ou apenas pela impressão digital, quando é analfabeto. De forma a fugirem do caráter obrigatório e massificador de tal modelo, os internautas criam modelos virtuais mais próximos de sua identidade, já com valor oficial.

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III. A oração "quando se precisa" é subordinada, porque funciona como adjunto adverbial em relação à oração principal.

IV. O sujeito da segunda oração é indeterminado, o que se comprova claramente pela presença do pronome "se".

V. Por se tratar de um período, o enunciado não pode ser considerado como exemplo de frase.

Somente estão corretas as afirmativas: a) II, III, IV e V. b) I, III e IV. c) II, III e IV. d) I, IV e V. e) Somente I.

COMENTÁRIO: O verbo ter é empregado no sentido de haver, existir, sendo, portanto, impessoal. O verbo preci- sar é transitivo indireto, o que torna a partícula se índice de indeterminação do sujeito. Além disso, o quando introduz uma ideia adverbial de tempo.

Leia o texto abaixo e responda às questões 3 e 4:

Pane no sistema alguém me desconfigurou Aonde estão meus olhos de robô? Eu não sabia, eu não tinha percebido Eu sempre achei que era vivo Parafuso e fluido em lugar de articulação Até achava que aqui batia um coração Nada é orgânico, é tudo programado E eu achando que tinha me libertado Mas lá vêm eles novamente e eu sei o que vão fazer Reinstalar o sistema

Pense, fale, compre, beba Leia, vote, não se esqueça Use, seja, ouça, diga Tenha, more, gaste, viva Não senhor, sim senhor, não senhor, sim senhor

( Admirável Chip Novo , letra e música de Pitty)

3. É correto afirmar que: a) os verbos da 2ª estrofe estão conjugados em 2ª

pessoa. b) o modo verbal dos verbos da 2ª estrofe é o

Subjuntivo. c) os fatos descritos na 1ª estrofe são narrados

por perseguidores do robô, que desejam re- programá-lo.

d) a 2ª estrofe faz referência a ordens de co- mando, o que pode ser inferido a partir dos verbos em modo Imperativo.

e) as ações explicitadas na 2ª estrofe ocorrem concomitantemente ao momento da fala do narrador.

COMENTÁRIO: Os verbos se encontram no modo Imperativo.

4. A referência mais direta que a segunda estrofe da canção faz é: a) aos governos ao redor do mundo. b) ao governo brasileiro. c) aos conselhos dos pais. d) a atitudes que deveriam ser tomadas pelas

pessoas para que se livrassem da submissão. e) à publicidade.

COMENTÁRIO: O referente é o pronome você , que representa as pessoas submissas.

5. Quando desci a ladeira, aos trancos e barrancos, lembrei-me da amiga Mariinha. Era naquela casa rosa que ela morava. Uma vez eu fui visitar uns pa- rentes e, quando voltei, um amigo me disse que ela tinha ido embora.

No texto acima, as formas verbais destacadas fo- ram empregadas, respectivamente, para: a) designar uma ação que se produziu em certo

momento do passado; para indicar uma ação que ocorreu antes de outra ação já passada.

b) indicar, entre ações simultâneas, a que se esta- va processando quando sobreveio a outra; pa- ra exprimir a continuidade de um ato até o presente em que se fala.

c) designar um fato passado concebido como permanente; para indicar uma ação habitual ou repetida.

d) exprimir uma ação durativa, não limitada no tempo; para expressar um fato repetido, no passado, mas que se aproxima do presente.

e) denotar um fato vagamente situado no passa- do; para indicar um fato provável.

COMENTÁRIO: O primeiro verbo está no pretérito perfeito e o segundo, no pretérito mais-que-perfeito.

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6. BEM-AVENTURADOS

Bem-aventurados os pintores escorrendo luz Que se expressam em verde Azul Ocre Cinza Zarcão! Bem-aventurados os músicos... E os bailarinos E os mímicos E os matemáticos... Cada qual na sua expressão! Só o poeta é que tem de lidar com a ingrata lin- guagem alheia... A impura linguagem dos homens!

(Mário Quintana)

O poema Bem-aventurados , de Mário Quintana, dentre outras questões, discute as diferenças de expressão que as linguagens propiciam, criando uma oposição com o trabalhoso fazer poético que constrói um sentido incomum com um material usado por todos: a língua. Assinale o texto poético que se aproxima do tema desenvolvido por Mário Quintana:

a) Poeta sou; pai, pouco; irmão, mais. Lúcido, sim; eleito, não. E bem triste de tantos ais Que me enchem a imaginação

(Manuel Bandeira)

b) Gastei uma hora pensando um verso Que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro Inquieto, vivo.

(Carlos Drummond de Andrade)

c) Alguém já me mediu Com fita métrica Para saber se de fato sou Maior poeta?

(Francisco Alvim)

d) Você não gosta do que eu escrevo Eu até gosto do que você escreve Talvez eu não seja tão exigente quanto você.

(José Paulo Paes)

e) Brasília, faltam exatos 3232 dias Para o nosso acerto de contas Me deves um poema Te devo um olhar terno

(Nicolas Behr)

COMENTÁRIO: No poema de Drummond, observamos a dificulda- de do eu-lírico em criar um simples verso.

7. O quadro Mona Lisa é provavelmente o retrato mais famoso da história da arte. Poucos outros trabalhos são tão controversos, questionados, va- liosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos. Em virtude de sua importância para a arte, muitos outros artistas criaram interferências no quadro o- riginal, atendendo às múltiplas possibilidades de tradução para a modernidade. A literatura tam- bém persegue dialogar com seu tempo, retoman- do e renovando seus modelos.

Identifique o comentário, no âmbito da literatura, que se aproxima do processo de interferência co- mo o ocorrido com a pintura do quadro de Leo- nardo da Vinci. a) Pelo que diz respeito às letras, o nosso instinto

é ver cultivado, pelas musas brasileiras, o ro- mance que reúne o estudo das paixões huma- nas aos toques delicados e originais da poesia, meio único de fazer com que uma obra de imaginação, zombando do açoite do tempo, chegue inalterável e pura aos olhos severos da posteridade.

(Machado de Assis)

b) A literatura nacional que outra cousa é senão a alma da pátria, que transmigrou para este solo virgem com uma raça ilustre, aqui impregnou- se da seiva americana desta terra que lhe ser- viu de regaço: e cada dia se enriquece ao con- tato de outros povos e ao influxo da civiliza- ção?

(José de Alencar)

c) Nenhum dos poetas da nova geração [parnasi- ana] quer fazer do verso um instrumento sem vida; nenhum deles quer transformar a Musa num belo cadáver. O que eles não querem é que a Vênus grega seja coxa e desajeitada e faça caretas em vez de sorrir.

(Olavo Bilac)

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d) O espírito científico do século [XIX] fecundará a inteligência dos homens de letras, e dessa be- néfica hematose, provirá a literatura naturalista, o reino da verdade escrita, estudo racional, verídico, e sobretudo inteiro, do homem e da sociedade, com a explicação das causas e dos efeitos.

(Urbano Duarte)

e) Não espanta que [os modernistas] utilizassem como técnica e atitude de espírito a valoriza- ção do prosaico e do bom humor, que, em todas as suas gamas, lavou e purificou a at- mosfera sobrecarregada pelos acadêmicos. Há no modernismo uma extraordinária ale- gria criadora. O claro riso que invade todos os gêneros.

(Ântônio Cândido & Aderaldo Castelo)

COMENTÁRIO: O humor gerado pela parodização de textos e obras clássicas foi, sem dúvida, marca dos moder- nistas.

Para responder às questões 8 e 9, leia o fragmento de texto abaixo.

(...) Alguns grandes eventos da "História" me

permitem datar minhas pequenas histórias. Recipro- camente, há datas de grandes eventos das quais me lembro porque estão ligadas a momentos cruciais de minha pequena história.

Tudo bem, eu uso meu teatro íntimo para me lembrar das datas dos grandes eventos e, reciproca- mente, sirvo-me dos grandes eventos para me lem- brar de algumas datas de minha vida.

(...) por mais que sonhemos, às vezes, com o progresso da razão, o fim da luta de classe ou a mar- cha providencial para o juízo final, "A História" não tem dinâmica própria.

Ela é só a resultante das infinitas pequenas histórias da gente.

(...) Quando contamos "A História", esquecemos

que ela não é nada senão uma abstração de histórias concretas. E, quando pensamos nas pequenas histó- rias, inclusive nas nossas, esquecemos que elas são o verdadeiro e único tecido da "História".

Contardo Calligaris, As nossas histórias e 'A História', Folha de S. Paulo, 2 de agosto de 2007.

8. Pode-se afirmar que, de acordo com o texto, a) a "História" interfere nas "pequenas histórias"

dos indivíduos, mas estas não são capazes de intervir naquela.

b) a História, por referir-se a grandes eventos, é mais importante do que as "pequenas histórias da gente".

c) o uso de maiúscula e minúscula para distinguir as duas "histórias" também confere a elas uma relação de hierarquia.

d) a "pequena história", apesar do adjetivo "pequena", não é menos importante que a "História", pois aquela é capaz de interferir nesta.

e) ambas as histórias são independentes de nos- sos atos.

COMENTÁRIO: O uso do diminutivo em "pequena história", em contraste com a maiúscula em "História", não serve de indicativo da inferioridade da primeira em rela- ção à segunda. Trata-se de um meio de distinguir as duas histórias que, segundo o autor do texto, são capazes de influenciar-se mutuamente.

9. O autor do texto estabelece, entre "as histórias" e a "História", uma relação de: a) adição. b) causa e consequência. c) oposição. d) similaridade. e) ambiguidade.

COMENTÁRIO: No fragmento "Ela [a História] é só a resultante das infinitas pequenas histórias da gente", percebe-se uma relação de causa e consequência estabelecida, pelo autor, entre a História e as histórias. Esta últi- ma seria a causadora dos grandes fatos da história da humanidade.

10. Leia a história em quadrinhos abaixo:

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Identifique a opção correta: a) Não é possível identificar argumentos basea-

dos no raciocínio lógico. b) Calvin baseia sua interpretação no senso comum. c) Calvin, embora use sua retórica argumentativa,

demonstra não querer testar sua tese para provar sua validade.

d) Há uma falha argumentativa no pensamento de Calvin, pois ele não se baseia numa tese pes- soal clara.

e) O pensamento de Calvin, embora baseado numa lógica textual e num discurso sem con- tradições internas, diverge do pensamento comum.

COMENTÁRIO: O pensamento de Calvin é sofismático. Embora seja baseado na lógica, ele é incoerente.

11. Leia o texto a seguir:

Meu ambiente: a rua. Sou um homem mane- jando uma câmera. Quando bem operada, é um fósforo aceso na escuridão. Ilumina fa- tos nem sempre muito compreensíveis. Ofe- rece lampejos, revela dores e impasses do mundo. E desperta nos homens o desejo de destruir este impasse. Dirijo minha energia à perseguição deste objetivo: captar a aventura de cada um, desven- dando, através da imagem, seus pequenos misté- rios. Gosto de ter absoluta visão da rua, meu am- biente, lugar onde os homens lançam desejos e sofrem destinos. Na rua, me esforço para atender ao mundo, e reproduzir o meio físico através da minha maneira particular de olhar a vida.

Evandro Teixeira. Adaptado de Classe. Revista da ADUFF. Arte e Política Maio/Junho e Julho, 2008.

O fotógrafo Evandro Teixeira demonstra, no seu texto e na sua fotografia, a intenção de captar o momento em que o fato ocorre: um instantâneo do acontecimento. As fotos abaixo apresentam uma afinidade quanto à captação de um instantâneo do acontecimento, exceto uma. Assinale-a: a)

b)

c)

d)

e)

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COMENTÁRIO: A letra E é estática, não explicitando nenhum ins- tantâneo do momento de observação.

12. A publicidade reproduzida a seguir foi extraída da Revista Imprensa, de maio de 1993, pag. 30.

Sobre as três últimas linhas do texto, apenas uma das alternativas faz uma interpretação compatível. Assinale-a. a) São mera repetição do que se disse nas linhas

anteriores. b) O sentido expresso por essas linhas se opõe ao

que foi dito antes. c) Após o verbo (está) caberia o uso de ainda

para assinalar que a revista passou a ter as mesmas qualidades anteriores em grau supe- rior.

d) Os adjetivos citados nas três linhas iniciais es- tão no grau comparativo de superioridade e são repetidos nas três últimas no grau superla- tivo relativo.

e) Se uma revista é a mais inteligente, a mais di- nâmica e a mais moderna, não é coerente dizer que ela tenha se tornado um grau acima do que já era.

COMENTÁRIO: Os três adjetivos, inicialmente no grau superlativo relativo, são usados, nas três últimas linhas, no grau comparativo de superioridade.

13. Entende-se como licença poética a liberdade que o escritor tem para utilizar construções que não obedecem a regras, em geral gramaticais. Aponte a alternativa que apresenta trecho de letra de mu- sica que utiliza esse recurso. a) Se acaso me quiseres,

Sou dessas mulheres Que só dizem sim Por uma coisa à toa, Uma noitada boa, Um cinema, um botequim.

( Folhetim , de Chico Buarque)

b) Você diz a verdade, A verdade é o seu dom De iludir. Como pode querer Que a mulher Vá viver sem mentir?

( Dom de iludir , de Caetano Veloso)

c) Só louco Amou como eu amei. Só louco Quis o bem que eu quis. Ah, insensato coração, Por que me fizeste sofrer? Por que de amor pra entender É preciso amar? Por quê? Só louco, louco...

( Só louco , de Dorival Caymmi)

d) Perdoa-me a comparação, mas fiz uma transfu- são. Eis que Jesus me premeia, Surge outro compositor, jovem de grande valor Com o mesmo sangue na veia.

( Fiz por você o que pude , de Cartola)

e) Um amor assim delicado Você pega e despreza. Não devia ter despertado. Ajoelha e não reza. Dessa coisa que mete medo Pela sua grandeza Não sou o único culpado, Disso eu tenho a certeza

( Queixa , de Caetano Veloso)

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COMENTÁRIO: Ocorre licença poética em premeia. De acordo com a gramática normativa, a terceira pessoa do singular do verbo premiar no presente do indicativo é premia . Cartola, porém, utilizou a forma premeia para estabelecer rima com veia.

Texto para as questões de 14 a 17.

UM TEMPO PARA PENSAR E UM TEMPO PARA CONCLUIR

Parece lógico: para tomar uma decisão certeira, é preciso pesar prós e contras e, eventualmente, enten- der as motivações (mais ou menos ocultas) das escolhas possíveis. Depois disso, a gente decide direito.

(...) Tudo bem, admitamos que nem sempre o

tempo para pensar e compreender seja útil para con- cluir e agir. Mas alguém perguntará: sem tempo para pensar e compreender, como e em nome de quais argumentos tomaríamos nossas decisões?

(...) O balanço é previsível: há situações em que a ausência de um tempo para pensar leva ao desastre e outras em que, ao contrário, desastroso é o tempo para pensar. (...) As decisões tomadas num piscar de olhos não são irracionais ou inspiradas , elas se servem de informações complexas, que são recebidas e processa- das sem que o sujeito se dê conta disso.

Em suma, existe um tempo para pensar que é longo, consciente e, sobretudo, procrastinador. E existe um outro tipo de tempo para pensar, que é rápido, encoraja a ação e não é consciente.

(...) O diabo é que, frequentemente, quem quer

encontrar argumentos que autorizem todas as suas escolhas transforma a vida numa série de extenuantes reflexões preliminares.

Em resumo, parodiando Hamlet, o tempo pa- ra pensar nos torna, às vezes, um pouco covardes.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 21/7/05)

14. No trecho

As decisões tomadas num piscar de olhos não são irracionais ou inspiradas ...

o emprego das aspas no termo inspiradas ocorre pelo mesmo motivo que em: a) Sem falar no uso da própria função legislativa pa-

ra obter vantagens políticas e pecuniárias, como se vê agora com o escândalo do mensalão .

b) Antônio Damásio, em O Erro de Descartes , descreve sujeitos que se perdem nos argumen- tos que justificam suas hesitações.

c) O guatemalteco José Rubén Zamora reclama que em seu país a democracia foi substituída por uma cleptoditadura .

d) A constituição do país afirma que todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido .

e) Os países menos desenvolvidos, isto é, marginais , terão de fazer um esforço su- plementar para enfrentar a crise.

COMENTÁRIO: No enunciado, como na alternativa e, usam-se aspas para marcar a distância que o enunciador mantém em relação à denominação comumente utilizada.

15. Segundo o texto, o tempo para pensar é pro- crastinador quando: a) dispensa longas ponderações. b) incapacita a pessoa para a ação. c) ajuda a decidir. d) provoca extenuantes reflexões prelimina-

res . e) justifica a urgência de chegar a uma decisão.

COMENTÁRIO: Procrastinador é o que adia, demora, posterga.

16. Em que são recebidas e processadas sem que o sujeito se dê conta disso , a locução conjuntiva sem que é: a) concessiva, podendo ser substituída por em-

bora: embora o sujeito não se dê conta disso. b) causal, podendo ser substituída por porque:

porque o sujeito não se dá conta disso. c) adversativa, podendo ser substituída por mas:

mas o sujeito não se dá conta disso. d) final, podendo ser substituída por para que:

para que o sujeito se dê conta disso. e) condicional, podendo ser substituída por desde

que: desde que o sujeito não se dê conta disso.

COMENTÁRIO: A locução é concessiva porque constitui uma oposi- ção ao fato anterior sem, no entanto, invalidá-lo.

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17. Leia os quadrinhos abaixo:

O aspecto temático implícito e recorrente nas duas tiras é: a) a submissão à sociedade de consumo. b) o descontentamento com o próprio corpo. c) a insatisfação com os serviços de terceiros. d) a insubordinação psicológica diante da moda. e) a dependência da opinião alheia.

COMENTÁRIO: A preocupação com a opinião alheia norteia a char- ge. A personagem chega ao extremo de pedir a opinião do atendente de telemarketing e do taxista sobre coisas banais, como que roupa vestir ou se aparenta estar gorda.

18. Falar uma única língua num território de dimen- sões continentais faz parte do imaginário de nossa identidade nacional. Mas até que ponto resiste es- sa unidade linguística brasileira? (...) Historicamente, as variações de pronúncia, ento- nação e ritmo observadas no Brasil espelham a expansão heterogênea do português desde a co- lonização do país. Tupi-guarani, ioruba, banto, castelhano, holandês, francês, árabe, alemão, itali- ano, inglês são alguns dos idiomas que influencia- ram a variação existente no português daqui.

(Revista Língua, 2007)

Assinale o fragmento de texto que apresenta, de forma mais abrangente, o pluralismo étnico e cul- tural na formação da sociedade brasileira.

a) A refavela Batuque puro De samba duro de marfim Marfim da costa De uma Nigéria Miséria, roupa de cetim

(Gilberto Gil)

b) É negro, e branco, e nisei É verde, é índio peladão E mameluco, e cafuso, e confusão Oh Pindorama quero seu Porto Seguro Suas palmeiras, suas pêras, seu café Suas riquezas, praias, cachoeiras Quero ver o seu povo de cabeça em pé

(Seu Jorge)

c) Brasília tem o seu destaque Na arte, na beleza e arquitetura Feitiços de garoa pela serra São Paulo engrandece a nossa terra Do Leste por todo Centro-Oeste Tudo é belo, e tem lindo matiz

(Silas de Oliveira)

d) Vanina linda, Vanina linda Lisboa linda E a Porto infinda Luanda é linda, ô Vanina, ô Vanina Também Cabinda E lá Dili, Timor Leste Serás bem-vinda ou bem-ida Maputo e fina, ô Vanina, ô Vanina

(Martinho da Vila)

e) Vim do Norte vim de longe De um lugar que já não há Vim dormindo pela estrada Vim parar neste lugar Meu cheiro é de cravo Minha cor de canela A minha bandeira É verde-amarela

(Tom Jobim)

COMENTÁRIO: A letra B faz referência a grande número de etnias e culturas que contribuíram para a composição de nossa sociedade.

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19. Como produto, e às vezes contraponto, de uma sociedade, a propaganda retrata o período em que foi concebida. Analise estas duas propagan- das que aludem ao Brasil de algumas décadas atrás.

http://bibelo2000.blogspot.com/2007/11/propagandas- antigas.html

http://ruralwillys.tripod.com/propagandarural/anuncio1.jpg

Analisando as propagandas (embora esta mais atual que aquela, ambas são de marcas ainda pre- sentes em nosso cotidiano), assinale a alternativa correta. a) As propagandas dirigem-se especificamente ao

público feminino, por ser à época o responsá- vel pelos serviços domésticos. Isso seria impen- sável na publicidade atual.

b) A linguagem empregada em ambas as propa- gandas, além de exagerar no tom informal, não apresenta diferença em relação à modalidade padrão atual.

c) A propaganda do carro, apesar de apresentar a mulher numa posição menos submissa na so- ciedade, se contradiz ao apresentá-la como uma voz que sugere ao consumidor, seu mari- do, preocupação com aspectos fúteis.

d) Na primeira, a lide doméstica é retratada como um ambiente feminino, cuja técnica era trans- mitida de mãe pra filha. Essa espécie de lega- do é inexistente, ou no máximo velado, na segunda.

e) Embora mais distante dos dias hodiernos, a segunda traduz uma posição feminina menos altiva, reflexo do lugar ocupado pela mulher na sociedade da época.

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COMENTÁRIO: Observa-se a transmissão de ensinamento de mãe para filha na primeira propaganda. Já na segunda, não ocorre de forma explícita essa menção.

20. Leia os textos a seguir:

Texto I

Mulher, Irmã, escuta-me: não ames, Quando a teus pés um homem terno e curvo jurar amor, chorar pranto de sangue, Não creias, não, mulher: ele te engana! As lágrimas são gotas da mentira E o juramento manto da perfídia.

(Joaquim Manoel de Macedo)

Texto II

Texto III

Textos de diferentes tipos de composição, estilo e época podem tratar do mesmo tema, como é ob- servado na leitura dos textos I, II e III. Com base

na visão de amor defendida pelo Romantismo e pelo Realismo, verifica-se que: a) há um tratamento idealizado da relação ho-

mem/mulher nos três textos. b) só o texto I apresenta um tratamento idealiza-

do da relação homem/mulher. c) há um tratamento realista da relação ho-

mem/mulher nos três textos. d) só o texto II apresenta um tratamento realista

da relação homem/mulher. e) só o texto III apresenta um tratamento realista

da relação homem/mulher.

COMENTÁRIO: Nos três textos, não observamos o sentimento idea- lizado do amor romântico. A relação é tratada com realismo.

21. O ano da França no Brasil foi inaugurado no dia 21 de abril e será encerrado no dia 15 de novem- bro deste ano. Dentre cerca de 700 projetos chancelados que constituem um importante con- junto de manifestações artísticas e intelectuais, es- tá a exposição O mundo mágico de Marc Chagall o Sonho e a Vida , com curadoria de Fábio Ma- galhães, que apresentará cerca de 250 obras do artista. Trata-se de pinturas, guaches, esculturas e gravuras marcadas por um estilo romântico e ale- górico típico de Marc Chagall. As suas obras são visões místicas e sonhadoras, repletas de símbolos e referências à educação judaica tradicional que Chagall recebeu na Rússia. A natureza da grande maioria das suas obras é indefinível, enigmática, remetendo para o mundo dos sonhos e do sub- consciente. Tendo vivido em Paris entre 1910 e 1914, foi inicialmente influenciado pelo Cubismo, mas manteve um estilo único, desafiando a cate- gorização da sua obra em qualquer movimento ar- tístico. Foi um artista incrivelmente prolífero e ta- lentoso, produzindo vitrais, mosaicos, tapeçarias e cenários, além da sua extensa obra de pintura. Marc Chagall nasceu em Vitebsk (RUS) em 1887 e morreu em Saint Paul de Vence (FR) em 1985. Assinale abaixo a alternativa que apresenta uma obra de Marc Chagall.

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Angeli. Folha de São Paulo, 25/04/93.

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a)

b)

c)

d)

e)

COMENTÁRIO: O item E apresenta uma visão mística e sonhadora do amor, representada pelo casal.

22. Nos textos a seguir, o escrivão da frota cabralina, Pero Vaz de Caminha, e o poeta Olavo Bilac apre- sentam imagens simbólicas do Brasil. Esta terra, senhor, [...] De ponta a ponta é toda praia redonda... muito chã e muito formosa. Pelo sertão, nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender d olhos, não podíamos ver se- não terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. [...] a terra em si é de muito bons ares, as- sim frios e temperados como os de Entre-Douro e Minho. [...] As águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem.

(CAMINHA apud CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. 2.ed.

São Paulo: L&PM Editores, 1987. p. 97-98.)

Ama com fé e orgulho a terra em que nascestes! Criança, jamais verás país como este! Olha que céu, que mar, que floresta! A natureza, aqui perpetuamente em festa, É um seio de mãe a transbordar carinhos.

(Olavo Bilac apud CHAUÍ, Marilena. O mito fundador do Brasil. Folha de S.Paulo, São Paulo, 26 mar. 2000.

Caderno Mais!, p. 10.)

Com base nos textos, assinale a alternativa que apresenta a compreensão dos autores sobre o Brasil. a) Tanto para Caminha quanto para Bilac, a imen-

sa e esplendorosa natureza do Brasil constitui- se em um elemento negativo, já que a imagem de perigo sobrepõe-se à de Paraíso.

b) A presença de elementos míticos do Paraíso Terrestre restringe-se à descrição de Caminha, pois no poema de Bilac a nossa identidade e grandeza desligam-se do plano natural.

c) A descrição de Caminha sobre a natureza inaugurou uma visão do Brasil associada ao mito do Paraíso Terrestre, visão essa que permaneceu no poema de Bilac num tom u- fanista.

d) Tanto o escrivão quanto o poeta construíram imagens do Brasil em desarmonia com sua na- tureza, defendendo que somente a extensão territorial era digna de destaque.

e) As imagens simbólicas criadas por Olavo Bilac para representar o Brasil estão dissociadas das de Pero Vaz de Caminha, visto que com o fim do pe- ríodo da colonização encerra-se a demanda pela construção de um mito fundador do país.

COMENTÁRIO: Os dois textos descrevem a natureza brasileira, sua flora e sua fauna, de maneira exuberante e idílica.

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As questões 23 e 24 referem-se à crônica de Rubem Braga.

Uma senhora de sorriso triste

De uma senhora, amigos me contaram um gesto, que, nem por ser de desdém, deixa de ser de justiça. Trata-se de bela senhora, que, em tempos idos, brilhou em todas as cerimônias e festins. Era natural que assim fosse, posto que se casara com um alto personagem, e mais ainda por ser dama de ele- gância, formosura e espírito.

Certa mudança das coisas, que houve há tem- pos, pôs abaixo o alto personagem. Não apenas ele deixou de ser alto como até de ser personagem; ficou sendo apenas um vago, obscuro espectador. Sua se- nhora também mergulhou, companheira fiel, na pe- numbra desse ostracismo; seu perfil já não era visto nas revistas de luxo; seu nome quase já se não dizia, nem ouvia. Encontrei-a, nesses tempos, em casa de amigos comuns, e sucedeu que me sentei a seu lado. E, a certa altura, ela me confessou sua melancolia. Sen- tia-se velha e triste. Sem nenhum esforço, nem favor, eu disse que a achava bela, e bem. Cuidei ouvir-lhe um suspiro. Interpretei-o a meu modo, pensando:

A esta senhora o que lhe falta não é a bele- za, nem mocidade, nem conforto; afinal, em um mun- do de tantas aflições e carências, a vida lhe é sosse- gada e doce. Mas os galanteios e lisonjas, os sorrisos e as palavras finas, tudo isso ela teve, e não tem mais. Tudo isso lhe faz falta como à flor a brisa fresca, o sol e o ar da loura manhã.

Sem esse alimento aéreo e imponderável, mas costumado, ela se fana, e murcha.

Pois a roda da fortuna vem agora colocar ou- tra vez esse casal na luz. Outro dia foi o aniversário da bela dama; e então à sua casa chegaram cestas de flores, e mimos, afetuosas mensagens. O que me con- taram é que a senhora olhou tudo aquilo com os olhos frios e um sorriso triste. Sentou-se à mesa e passou os olhos pelos cartões e telegramas que recebera, um a um. Separou apenas dois ou três: os que, todo ano, através de um lustro de ostracismo, continuara a re- ceber; e só a esses agradeceu. Chamou a criada e lhe indicou com um gesto as flores dos amigos novos, ou ressuscitados, e lhe disse apenas: Isso é para você.

Não sei se a história é verdadeira, pois hoje contam muitas, e algumas falsas. Mas é uma fábula dos tempos.

Pareceu-me valer a pena contá-la; não para fazer agrados a essa senhora, que deles não precisa, e, como ficou visto, nem mais os quer; mas para edifi-

cação de outras que um dia possam mergulhar nessas melancolias. Que elas recebam estas linhas como se fossem flores, ainda que tristes. São, creio bem, as primeiras que lhes mando. Aceitem-nas, pois podem não ter muitas nesses tempos que vão vir.

(BRAGA, Rubem. Um cartão de Paris. 2. ed. Rio de Janeiro: Re- cord, 1977. p. 33-35.)

23. Com base na crônica Uma senhora de sorriso triste , de Rubem Braga, é correto afirmar: a) Trata-se de uma história em que predomina o

diálogo do eu do cronista com a personagem feminina, com quem ele teve um romance.

b) Trata-se de uma história inventada pelo cronis- ta, como podem comprovar as duas primeiras frases do último parágrafo.

c) Trata-se de um texto que focaliza uma perso- nagem em dois momentos: antes e depois do casamento, fatal para suas ambições sociais.

d) Trata-se da representação de um sentimento, a inveja, que se desfaz quando o casal volta a estar no centro das atenções, superando o ostracismo.

e) Trata-se da utilização de uma história narrada para evidenciar o olhar do cronista sobre a passagem do tempo e sobre a alternância nos momentos da vida.

COMENTÁRIO: A partir dessa estória, o cronista reflete sobre a instabilidade das posições sociais e dos afetos.

24. Considerando a atitude da senhora com a criada, relatada no penúltimo parágrafo da crônica Uma senhora de sorriso triste , de Rubem Braga, é cor- reto afirmar: a) É uma demonstração de amor e reconhecimen-

to da patroa com os que a cercam. b) É o reflexo do bem-estar da senhora com a no-

va fase experimentada pelo casal, após a re- conquista da fama e dos amigos.

c) É um gesto percebido pelo cronista como si- nal da permanência da melancolia da patroa, que não é seduzida pelas novas homenagens.

d) É uma ação condenada pelo cronista pela ma- nifestação de revolta diante dos novos amigos e de superioridade diante de subalternos.

e) É uma confirmação da interpretação do cronis- ta, na fase anterior da vida da personagem, em que a melhor caracterização para a senhora se- ria a arrogância.

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COMENTÁRIO: O gesto da senhora foi de resignação filosófica.

Leia o poema a seguir.

Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te alguma cousa a dor que me ficou da mágoa sem remédio de perder-te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo de meus olhos te levou.

(CAMÕES, Luís de. Rimas. Coimbra: Atlântida, 1973. p. 156.)

25. Em relação ao poema, é correto afirmar: a) Através do uso frequente de palavras referen-

tes ao sentido da visão, o eu lírico afirma que o seu amor é essencialmente corporal, físico, e que, portanto, termina com a morte.

b) O eu lírico dirige-se à sua amada, lamentan- do a precoce morte dela e pedindo-lhe que interceda junto a Deus para que os dois pos- sam, em breve, estar juntos novamente.

c) O poema exprime a fugacidade do amor espi- ritual por meio de uma linguagem romântica, como era próprio do estilo clássico.

d) O eu lírico expressa de forma direta a impossi- bilidade de realização do amor espiritual ou fí- sico com a sua amada após a morte.

e) O eu lírico evoca a memória de sua amada pa- ra recordar os encontros amorosos que tiveram quando jovens.

COMENTÁRIO: Este soneto de Camões já foi considerado um bilhe- te enviado aos céus, com a finalidade de abreviar os dias do poeta.

A questão 26 refere-se ao texto a seguir.

Até o século XV pouco se sabia sobre a estru- tura e o funcionamento interno do corpo humano. Gregos e romanos já haviam se voltado para a análise minuciosa do que Platão chamou de morada da alma ,

mas o estudo da anatomia pouco avançara da Antigui- dade à Renascença. Envolta por tabus, superstições e proibições religiosas, a investigação empírica do corpo pela dissecção foi encarada como repugnante e profa- nadora. Foi preciso esperar pelos artistas e médicos renascentistas. Eles se debruçaram sobre corpos sem vida buscando no ideal estético/ humanista enxergar a anatomia como disciplina científica. Retiraram o véu de sacralidade que cobria o corpo do homem e abriram caminho para a ciência moderna [...].

(FERRARI, Ana Claudia. Scientific American Brasil, ano 2, n. 13, p. 94, jun. 2003.)

26. Segundo o texto, é correto afirmar: a) Durante a Antiguidade, foram feitos os mais

significativos avanços no campo dos estudos de anatomia.

b) No período da Renascença, a dissecção era considerada tabu pelos artistas e médicos.

c) Desde Platão, a dissecção de cadáveres era considerada disciplina científica.

d) Os filósofos se debruçaram sobre as supersti- ções religiosas criadas pelos artistas e médicos renascentistas.

e) Até a Renascença, a investigação empírica do corpo era considerada uma profanação.

COMENTÁRIO: A passagem o estudo da anatomia pouco avançara da Antiguidade à Renascença está justificada no item e.

Obra para responder a questão 27.

René Magritte, Invenção Coletiva, 1935. http://tee.blogs.sapo.pt/tag/ti.

27. Em análise ao texto pictórico Invenção Coletiva , considerando como referência o Surrealismo, po- de-se afirmar que esse movimento: a) numa tentativa de tentar interpretar as angús-

tias do homem do início do século XX por meio de linhas e cores, procura expressar as emo- ções humanas.

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b) é regido por dois princípios: a simplificação das formas das figuras, que são apenas sugeridas, e o uso de cores puras e irreais.

c) retrata, em suas pinturas, as formas da nature- za como cones, esferas, cilindros e que, ao de- comporem os objetos, os artistas não se preo- cupam em apresentar fielmente a aparência real desses objetos.

d) se faz por meio de obras de arte considera- das pelos artistas como manifestações do subconsciente, absurdas e ilógicas, como, por exemplo, as imagens dos sonhos e das alucinações.

e) tem a preocupação de apenas produzir sensa- ções de luz e cor, não se importando com sen- timento humano ou com problemática da so- ciedade moderna.

COMENTÁRIO: A obra de Magritte revela o diálogo pós-modernista entre a arte e a psicologia.

Poema A

Lembranças do Losango Cáqui Meu Deus como ela era branca!... Como era parecida com a neve... Porém não sei como é a neve, Eu nunca vi a neve, Eu não gosto da neve! E eu não gostava dela...

(ANDRADE, Mário de. Poesias completas. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. p. 122.)

Poema B

Necrológio dos desiludidos do amor

Os desiludidos do amor estão desfechando tiros no peito. Do meu quarto ouço a fuzilaria. As amadas torcem-se de gozo. Oh quanta matéria para os jornais. Desiludidos mas fotografados, escreveram cartas explicativas, tomaram todas as providências para o remorso das amadas. Pum pum pum adeus, enjoada. Eu vou, tu ficas, mas nos veremos seja no claro céu ou turvo inferno. Os médicos estão fazendo a autópsia dos desiludidos que se mataram. Que grandes corações eles possuíam.

Vísceras imensas, tripas sentimentais E um estômago cheio de poesia... Agora vamos para o cemitério levar os corpos dos desiludidos encaixotados competentemente (paixões de primeira e de segunda classe). Os desiludidos seguem iludidos, sem coração, sem tripas, sem amor. Única fortuna, os seus dentes de ouro não servirão de lastro financeiro e cobertos de terra perderão o brilho enquanto as amadas dançarão um samba bravo, violento, sobre a tumba deles.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Nova Reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1983. p. 58-59.)

28. Sobre os poemas, considere as afirmativas a se- guir. I. O poema B possui diversos termos e expres-

sões com efeito sarcástico, como fuzilaria e tripas sentimentais ; já o poema A explora o sarcasmo gradativamente a partir da repetição do termo neve e de sua desvalorização.

II. Ambos os poemas desenvolvem uma ironia di- rigida ao amor romântico, vulgarizando e des- sacralizando o sentimento.

III. Ambos os poemas reafirmam procedimentos românticos como a admiração por mulheres brancas (no poema A), o suicídio por amor (no poema B) e idealizações (em ambos).

IV. Ambos os poemas apresentam concepções modernistas, sobretudo no que se refere à ir- reverência no trato com a temática amorosa.

Estão corretas apenas as afirmativas: a) I, II e IV. b) I, III e IV. c) I e II. d) II e III. e) III e IV.

COMENTÁRIO: O texto A alude a uma mulher branca, certamente de origem europeia, contra a qual o eu-lírico de- monstra uma tênue revolta. O texto B é mais irôni- co e mais engraçado.

29. Sobre as mulheres focalizadas nos dois poemas, é correto afirmar: a) Sofrem com o desdém manifestado pelos ho-

mens em ambos os poemas, embora no poema A esse desdém se manifeste sutilmente.

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b) São enfocadas a partir da perspectiva pre- dominante entre os escritores da época, ca- racterizada pela sátira aos excessos senti- mentalistas.

c) Caracterizam-se pelo remorso, sentimento de- terminado, no poema B, pelo desfecho trágico que os desiludidos do amor dão às vidas deles e delas.

d) Dividem espaço, em ambos os poemas, com homens inconsequentes, dispostos a amores fugazes.

e) São enaltecidas por conciliarem a fidelidade aos desígnios da ordem masculina sem abdicar da cumplicidade própria da alma feminina.

COMENTÁRIO: Ambos os textos ironizam situações típicas da poe- sia romântica, deixando claro a sua filiação ao Mo- dernismo.

30. Observe as imagens e assinale a que corresponde à ideia de Arte Concreta no Brasil. a)

Alfredo Volpi (1973)

b)

Tomie Ohtake Pintura (1969)

c)

Ivan Serpa Formas (1951)

d)

Ismael Nery Duas Reproduções (1930)

e)

Tarsila do Amaral composição (1930)

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COMENTÁRIO: A obra Formas , de Ivan Serpa, trabalha apenas a cor e a forma, desprezando o universo figurativo das outras telas.

Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália renas- centista, escreveu: Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens consi- derados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, huma- no, íntegro e religioso), bastando que aparente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se afas- tar do bem, mas deve saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado.

Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe.

31. Indique qual das afirmações está claramente ex- pressa no texto: a) Os homens considerados bons são os únicos

aptos a governar. b) O príncipe deve observar os preceitos da mo-

ral cristã medieval. c) Fidelidade, humanidade, integridade e religio-

sidade são qualidades indispensáveis ao go- vernante.

d) O príncipe deve sempre fazer o mal, para man- ter o governo.

e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante do que possuí-las.

COMENTÁRIO: Em sua importante obra O Príncipe, Nicolau Maqui- avel defende que é mais útil ao governante aparen- tar possuir qualidades do que de fato possuí-las, como foi explicitado no texto.

Diz a Constituição Brasileira de 1988, no capí- tulo reservado aos índios:

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua or- ganização social, costumes, línguas, crenças e tradi- ções, e os direitos originários sobre as terras que tra- dicionalmente ocupam, competindo à União demarcá- las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter perma- nente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua

reprodução física e cultural, segundo seus usos, cos- tumes e tradições.

§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.

§ 3º O aproveitamento dos recursos hídri- cos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando- lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.

§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.

(...)

32. Pela Constituição Brasileira, é correto afirmar que: a) os índios podem usufruir de todos os recur-

sos naturais da área que lhes for demarcada. b) os índios precisam de autorização do Congres-

so Nacional para utilizar os recursos hídricos das terras que ocupam.

c) a reprodução física e cultural dos índios não é prevista pela legislação.

d) a União deverá demarcar terras ocupadas pe- los índios desde que estes reconheçam a ne- cessidade de alterar seus costumes e tradições.

e) os índios são os legítimos proprietários das ter- ras que ocupam, podendo vendê-las de acordo com seus interesses.

COMENTÁRIO: O artigo 231 da Constituição de 1988, em seu pa- rágrafo 2º, adjudica aos índios, nas terras uma vez demarcadas, o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes .

Texto para as questões 33 e 34.

Estamos livres de uma série de desgraças co- mo grandes terremotos, vulcões e furacões por causa de fatores geológicos e climáticos. Catástrofes como sismos, vulcanismos e ondas gigantes estão ligadas aos movimentos na crosta da Terra. A gente nem percebe, mas sua superfície anda: ela está dividida em placas, que deslizam sobre o magma entre 1 e 20 centímetros por ano. No encontro dessas placas é que ocorre a maior parte dos terremotos e vulcões. (...)

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A pouca o ocorrência de ventos devastadores como furacões, tufões e ciclones é devida, em grande parte, à baixa temperatura do mar nossos mares dificilmente atingem os 26,5 graus necessários para a formação das piores tempestades. Furacões e tufões são a mesma coisa, com nomes diferentes. Ciclones são diferentes nas condições de formação e geral- mente são mais brandos. Um furacão deve ter ventos superiores a 118 quilômetros por hora, mas há ciclo- nes com ventos muito intensos , diz a meteorologista Rosmeri da Rocha, da USP. O Catarina, por exemplo, que passou em março pelo sul do Brasil, tinha caracte- rísticas tanto de ciclone quanto de furacão, segundo o INPE.

Adaptado da Revista Super Interessante, maio 2004.

33. Assinale a alternativa que serviria para ser título da notícia: a) Ventos causam baixas temperaturas? b) Por que o Brasil tem poucos desastres natu-

rais? c) O Brasil está livre de catástrofes naturais. d) Baixas temperaturas provocam desastres. e) Magma provoca furacões.

COMENTÁRIO: O texto faz referência à baixa ocorrência de desastres naturais no Brasil. Portanto, o título mais coerente seria: Por que o Brasil tem poucos desastres naturais?

34. De acordo com o texto, os desastres naturais ocorrem devido a: a) fatores geológicos e climáticos. b) baixas temperaturas do mar. c) pouca ocorrência de ventos. d) imobilidade das placas. e) rochas derretidas pelo calor.

COMENTÁRIO: No início do texto, afirma-se: Estamos livres de uma série de desgraças como grandes terremotos, vulcões e furacões por causa de fatores geológicos e climáticos. Portanto, desastres naturais desse tipo são consequências desses fatores.

Texto para as questões de 35 a 37.

(...) CORINTHIANS (2) VS. PALESTRA (1) (...) Delírio futebolístico no Parque Antártica. Camisas verdes e calções negros corriam, pulavam, chocavam-se, embaralhavam-se, caíam, contorciona- vam-se, esfalfavam-se, brigavam. Por causa da bola de

couro amarelo que não parava, que não parava um minuto, um segundo. Não parava. Neco! Neco! Parecia um louco. Driblou. Escorregou. Driblou. Cor- reu. Parou. Chutou. Gooool! Gooool! Miquelina ficou abobada com o olhar parado. Arque- jando. Achando aquilo um desaforo, um absurdo. Aleguá-guá-guá! Aleguá-guá-guá! Hurra! Hurra! Corin- thians! Palhetas subiram no ar. Com os gritos. Entusiasmos rugiam. Pulavam. Dançavam. E as mãos batendo nas bocas: Go-o-o-o-o-o-ol!

Antônio de Alcântara Machado. Brás, Bexiga e Barra Funda e outros contos, 1997.

35. No texto, o uso de frases curtas e de formas ver- bais simples: a) caracteriza o estilo romântico. b) caracteriza o estilo realista. c) retarda o tempo da ação. d) dá mais agilidade à narração. e) marca o tempo de duração do jogo.

COMENTÁRIO: O predomínio de frases curtas e orações coordena- das são recursos estilísticos notáveis na escrita tele- gráfica de Alcântara Machado.

36. Metonímia é a figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, havendo sempre uma relação entre os dois. A relação pode ser de causa e efeito, de continente e conteúdo, de autor e obra ou da parte pelo todo. Assinale a alternativa em que essa figura ocorre: a) Achando aquilo um desaforo. b) Miquelina ficou abobada com o olhar parado. c) E as mãos batendo nas bocas. d) Calções negros corriam, pulavam. e) Palhetas subiram no ar.

COMENTÁRIO: O fragmento calções negros corriam, pulavam se caracteriza claramente como uma metonímia, uma vez que os calções negros simbolizam os jogadores.

37. O emprego dos verbos no pretérito imperfeito no trecho Camisas verdes e calções negros corriam, pulavam, chocavam-se, embaralhavam-se ..., e no

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pretérito perfeito no trecho Driblou. Escorregou. Driblou. Correu. Parou. Chutou. , expressam ações, respectivamente, a) simultâneas e inacabadas. b) concluídas e habituais. c) inacabadas e futuras. d) possíveis e concluídas. e) simultâneas e concluídas.

COMENTÁRIO: No emprego do pretérito imperfeito, estão explici- tadas ações que ocorrem simultaneamente no jogo de futebol. Já no emprego de verbos no pretérito perfeito, percebemos claramente o sentido de ação concluída.

Texto para as questões 38 e 39.

A Carta da Terra, aprovada em Paris no ano de 2000 e endossada por representantes da socieda- de civil de inúmeros países, estabeleceu 16 princípios fundamentais para orientar a transição do mundo para o chamado desenvolvimento sustentável. Aqui estão alguns desses princípios: 1. Respeitar a Terra e a vida em toda a sua diversi-

dade. 6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor mé-

todo de proteção ambiental e, quando o conhe- cimento for limitado, assumir uma postura de pre- caução.

12. Defender (...) os direitos de todas as pessoas a um ambiente (...) capaz de assegurar a dignidade hu- mana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos po- vos indígenas e minorias.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consi- deração.

38. Os princípios 1, 12 e 15 levam em conta: a) apenas o que o homem tem em comum com

outros seres vivos. b) os outros seres vivos e o homem como minoria. c) o homem em sua especificidade, mas não o

que tem em comum com outros seres vivos. d) o homem em sua especificidade e o que tem

em comum com outros seres vivos. e) os outros seres vivos, mas não o homem em

sua especificidade.

COMENTÁRIO: Os princípios 1, 12 e 15 da Carta da Terra tratam, respectivamente, sobre o homem e sobre o que há em comum entre ele e os demais seres vivos do planeta.

39. Se quiséssemos extrair do princípio 6 da Carta da Terra uma regra geral de conduta, qual seria ela? a) Deve-se ter conhecimentos ilimitados sobre

qualquer assunto relacionado à ação. b) Deve-se agir, mesmo sem conhecer o assunto

relacionado à ação. c) Não se deve agir sem suficiente conhecimen-

to prévio do assunto relacionado à ação. d) Não se deve assumir postura de precaução so-

bre assuntos relacionados à ação. e) Deve-se assumir postura de precaução, somen-

te quando o conhecimento for limitado.

COMENTÁRIO: A regra geral de conduta que se pode extrair daí é: Não se deve agir sem suficiente conhecimento prévio do assunto relacionado à ação .

40. Na frase (...) data da nossa independência políti- ca, e do meu primeiro cativeiro pessoal , ocorre o mesmo recurso expressivo de natureza semântica que em: a) Meu coração / Não sei por que / Bate feliz,

quando te vê. b) Há tanta vida lá fora, / Aqui dentro, sempre,

/ Como uma onda no mar. c) Brasil, meu Brasil brasileiro, / Meu mulato inzo-

neiro, / Vou cantar-te nos meus versos. d) Se lembra da fogueira, / Se lembra dos balões,

/ Se lembra dos luares, dos sertões? e) Meu bem querer / É segredo, é sagrado, / Está

sacramentado / Em meu coração.

COMENTÁRIO: Machado de Assis mostra o confronto entre o parti- cular (individual) e o universal, também presente na alternativa B.

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41.

Com base nos elementos visuais e verbais conti- dos na charge acima, é correto afirmar que o car- tunista: a) acredita na recuperação rápida do mercado fi-

nanceiro. b) questiona o papel da mídia na cobertura das

notícias sobre o mercado financeiro. c) evidencia uma visão pessimista sobre a situa-

ção do mercado financeiro. d) sugere uma lenta porém gradual recuperação

do mercado financeiro. e) denuncia o intervencionismo estatal sobre o

mercado financeiro.

COMENTÁRIO: A questão tem como objetivo avaliar a habilidade do candidato para associar uma expressão típica da língua inglesa Rest In Peace (R.I.P.) à temática abordada na charge, a saber, a crise econômica que se instalou no mercado financeiro a partir de outu- bro de 2008. Sendo assim, as letras R.I.P. ( Des- canse Em Paz ) nos prédios de Wall Street (o cora- ção financeiro de New York) denotam o pessimismo do cartunista em relação à situação do mercado financeiro.

42.

O diagrama acima apresenta uma visão esquemá- tica das câmaras de refúgio utilizadas em minas de carvão para abrigar os trabalhadores em situações emergenciais. Baseado na compreensão do dia- grama, é correto afirmar que: a) Não há a possibilidade de remover o dióxido

de carbono produzido pela respiração dos in- divíduos dentro da câmara de refúgio.

b) A porta de entrada da câmara de refúgio é hermeticamente fechada, ou seja, impede completamente a entrada de ar.

c) A câmara de refúgio não dispõe de nenhum equipamento especial para eliminar os dejetos (urina e fezes) produzidos pelos mineiros.

d) Inexiste, na câmara de refúgio, qualquer possi- bilidade de atender emergências médicas em função da ausência de equipamento de primei- ros-socorros.

e) Os suprimentos de água e comida da câmara de refúgio podem garantir a sobrevivência dos indivíduos por no máximo três dias.

Língua Estrangeira Inglês Questões de 41 a 45

Page 21: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 21

COMENTÁRIO: A questão busca verificar a habilidade do candidato de utilizar a língua inglesa para ampliar seus conhe- cimentos a respeito das câmaras de refúgio, um equipamento utilizado para abrigar os trabalhado- res em situações emergenciais. O diagrama afirma que a porta de entrada das câmaras impede a en- trada do ar ( Air-Lock Entry ). Sendo assim, ela é hermeticamente fechada.

43.

No que diz respeito às estruturas linguísticas con- tidas nos quadrinhos acima, é correto afirmar que: a) o uso do s (apóstrofo + s ) remete o leitor,

nas três situações em que ele aparece na histó- ria acima, ao caso genitivo.

b) o pronome You (no primeiro quadrinho) po- de ser classificado como pronome subjetivo.

c) não há registro da presença de qualquer artigo definido ou indefinido nos quadrinhos acima.

d) as palavras Lucky Eddie (no terceiro qua- drinho) funcionam como vocativo.

e) o verbo follow (no segundo quadrinho) está no infinitivo e expressa um comando.

COMENTÁRIO: A questão avalia a habilidade do candidato de re- conhecer as estruturas linguísticas envolvidas nos quadrinhos. As palavras Lucky Eddie (Eddie Sor- tudo) são utilizadas no texto como vocativo, ou seja, o termo usado para chamar, evocar, interpelar uma pessoa, animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos.

44. He was an old man who fished alone in a skiff

in the Gulf Stream and he had gone eighty-four days now without taking a fish. In the first forty days a boy had been with him. But after forty days without a fish the boy s parents had told him that the old man was now definitely and finally salao, which is the worst form of unlucky and the boy had gone at their orders in another boat which caught three good fish the first week. It made the boy sad to see the old man come in each day with his skiff empty and he always went down to help him carry either the coiled lines or the gaff and harpoon and the sail that was furled around the mast. The sail was patched with flour sacks and, furled; it looked like the flag of permanent defeat.

(FONTE OMITIDA PARA EVITAR INDUÇÃO NA RESPOSTA)

Ernest Hemingway (1899 1961) é um dos maiores expoentes da literatura norte-americana, tendo recebido o Prêmio Nobel em 1954. O trecho aci- ma foi reproduzido a partir de um dos seus livros, com o qual conquistou o Prêmio Pulitzer em 1953. Com base na narrativa, é correto afirmar que o fragmento, provavelmente, pertence ao livro: a) b)

c) d)

e)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Page 22: Simulado Sas Solucao 2dia

22

SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

COMENTÁRIO: A questão avalia a habilidade do candidato de usar a língua inglesa para compreender um trecho de um livro e associá-lo ao título do mesmo, estampado em uma capa. Logo no início do fragmento, o autor (Ernest Hemingway) menciona um homem velho que pescava sozinho em um pequeno barco na Cor- rente do Golfo. Munido dessas informações, o can- didato poderia reconhecer na obra o O Velho e o Mar , a fonte de onde foi extraído o supracitado fragmento.

45.

A tabela acima mostra as diferenças entre o etanol produzido pelos Estados Unidos e o etanol produ- zido pelo Brasil. A partir da análise dos quatro in- dicadores supracitados, é correto afirmar que: a) A redução na emissão de poluentes, mais

precisamente o GHG, tendo como parâmetro a gasolina, é quase três vezes maior por par- te do etanol produzido pelo Brasil, se com- parado com o etanol produzido pelos Esta- dos Unidos.

b) Consome-se muito mais combustível fóssil para se obter o etanol a partir do milho do que para a produção do etanol derivado da cana de açúcar.

c) Se compararmos o etanol produzido no Brasil com o etanol produzido nos Estados Unidos tomando por base os quatro critérios utilizados na tabela, observa-se um superioridade inques- tionável do etanol produzido a partir do milho.

d) A produtividade do etanol produzido pelos Es- tados Unidos é menos da metade da produti- vidade do etanol produzido pelo Brasil.

e) Por ser derivado do milho, o etanol produzido pe- los Estados Unidos apresenta um custo de produ- ção bem inferior ao etanol produzido pelo Brasil.

COMENTÁRIO: A questão busca verificar a habilidade do candidato de utilizar a língua inglesa para ampliar seus conheci-

mentos a respeito das tecnologias de produção do etanol no Brasil e nos Estados Unidos. Tomando como referência a redução na emissão de poluentes, é cor- reto afirmar que o etanol produzido no Brasil apre- senta um percentual de redução (acima de 80%) qua- se três vezes maior que o percentual de redução (30%) do etanol produzido pelos Estados Unidos, quando ambos são comparados com a gasolina.

41.

Mercedes Sosa, conocida como La Negra Sosa o La Voz de América, fue una cantante de música folclórica argentina reconocida en América Latina y Europa. Considerada como la principal cantante de Argentina. Fundadora del Movimiento del Nuevo Cancionero y exponente mayor de la Nueva Can- ción latinoamericana. Incursionó en otros géneros como el tango, el rock y el pop. Se definía a sí misma como "cantora" antes que "cantante", en lo que fue una distinción fundamental de la nueva canción latinoamericana de la que ella fue una de las iniciadoras: "cantante es el que puede y cantor el que debe" (Facundo Cabral). Ese ideal fue expresado por Mercedes Sosa en los títulos de sus álbumes como Canciones con fundamento y Yo no canto por cantar.

(http://es.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa)

El verbo incursionar (l. 7) podría ser sustituido sin alterar el significo del texto por: a) cantó. d) buscó. b) trabajó. e) publicó. c) penetró.

COMENTÁRIO O verbo incursionar quer dizer penetrar.

Língua Estrangeira Espanhol Questões de 41 a 45

Page 23: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 23

42. Mercedes Sosa es argentina porque es de Argen- tina. Observa el gentilicio y el país al que corres- ponde: I. danés, a quien nace en Dinamarca. II. norte-americano, a quien nace en Estados Unidos. III. marroquí, a quien nace en Marruecos. IV. iraniano, a quien nace en Irak. V. panameño, a quien nace en Panamá.

Son equivocada: a) Todas. d) Sólo I, III y V. b) Sólo II y IV. e) Sólo III, IV y V. c) Ninguna.

COMENTÁRIO: Estão equivocadas II, porque quem nasce nos Esta- dos Unidos é estadunidense e IV, porque quem nasce no Iraque é Iraní.

43. Venezuela vota con normalidad su nuevo Parla- mento Chávez arenga a la población a que vote en masa y tempranito PABLO ORDAZ | Caracas (ENVIADO ESPECIAL) 26/09/2010

Hugo Chávez se ha levantado muy tem- prano. Antes de las cinco de la mañana ya ha puesto su pri- mer mensaje del día en Twitter: "Mundo

Patrio! Que resuenen las Dianas por toda esta tier- ra mojada! Levántate Pueblo Mío y desenvaina tu espada!! Vamos con Dios!!". Tanto por el tono como por el texto se nota que el presidente de Venezuela no necesita que nadie le escriba los mensajes. Es él quien, desde más de una hora an- tes de que abrieran los colegios electorales (a las seis de la mañana en Venezuela, seis horas y me- dia más en España), lleva arengando a los más de 17 millones de electores a acercarse a las urnas. En sólo una hora, había mandado 25 mensajes desde su BlackBerry, entre los que se incluía mu- chas respuestas a sus seguidores del tipo "¡Vamos Perlita Patriota!" o "¡Ese zurdo. Dale con la raboe- cochino!! Venceremos!!".

Sacado de http://www.elpais.com/articulo/internacional/ Venezuela/vota/normalidad/nuevo/

Parlamento/elpepuint/20100926elpepuint_3/Tes

Sobre el texto arriba, podemos decir que: a) A Hugo Chávez le gusta despertarse temprano. b) Chávez está miedoso. c) El presidente venezolano es creído. d) Apenas eran las 5 de la mañana y Chávez ya

estaba despierto. e) Chávez recibía mensajes de personas que no

escuchan.

COMENTÁRIO: Basta ler Antes de las cinco de la mañana ya ha puesto su primer mensaje del día en Twitter: e verás que ele, antes das 5 já mandava mensagens, então já estava acordado.

44. El verbo arengar (l. 16) puede ser entendido como: a) regañar. b) gritar. c) rechazar. d) intimidar. e) incitar.

COMENTÁRIO: O verbo arengar aqui dá a ideia de incitar, pois o que Chávez quer é estimular as pessoas a votar.

45. Observa el cuadro del pintor español Salvador Dalí y contesta:

Salvador Dalí

¿Ves el reloj? Entonces di ¿Qué rora es? a) son las doce y media. b) son las doce y trienta. c) son las doce y meia. d) es meiodía. e) es las doce y treinta.

Page 24: Simulado Sas Solucao 2dia

24

SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

COMENTÁRIO: Son las doce y media; Son las doce y treinta ou me- diodía. Portanto, item correto: a

46. Observe o gráfico a seguir:

Fonte: Folha de S. Paulo, 20/9/2010.

Considerando o aumento percentual no número de feridos do ano de 2009 em relação ao ano de 2008 e projetando esse mesmo aumento para o ano de 2010, podemos concluir que: a) o número de feridos ficará entre 90.000 e

92.000 pessoas. b) o número de feridos ficará entre 93.000 e

95.000 pessoas. c) o número de feridos ficará entre 95.000 e

97.000 pessoas. d) o número de feridos ficará entre 97.000 e

99.000 pessoas. e) o número de feridos ficará entre 99.000 e

102.000 pessoas.

COMENTÁRIO:

Relação de 2009 para 2008 ⇒ 93.861

1,08 86.644

≅ .

Logo o aumento foi de aproximadamente 8%. Apli- cando esse aumento para o ano de 2009, encon- tramos: 93.861 + 8% . 93.861 ≅ 101,369

47. Uma pesquisa mostra que os ativos sessentões brasileiros estão forjando um novo conceito sobre essa fase da vida

Fonte: Revista Veja, 01/9/2010

Considerando o período 2010-2050, em que a ex- pectativa de vida ao nascer cresça de forma linear, a idade projetada para o ano de 2035 é: a) 74 anos d) 77 anos b) 75 anos e) 78 anos c) 76 anos

COMENTÁRIO:

Como o gráfico é linear, podemos considerar que

y x

∆ ∆

é constante. Assim:

81 73 2050 2010 81 x 2050 2035

8

− − =

− − 1 40

81 x =

5 1

15 3

81 x = 3 ⇒ x = 78 anos

Matemática e suas Tecnologias Questões de 46 a 90

Page 25: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 25

48. Para construir o telhado de casas, os carpinteiros fazem uma estrutura com vigas de madeira deno- minadas tesouras , com o formato indicado na figura abaixo:

Considere α o ângulo de inclinação do telhado. Quando o carpinteiro diz que o caimento do te- lhado é de p%, ele quer dizer que, para cada me- tro na horizontal, o telhado deve subir p% de um metro na vertical. Na execução do telhado de uma casa, usou-se o caimento de 70%. De acordo com essas informações, pode-se afir-

mar que: (Se necessário, use 2 = 1,41 e

3 =1,73.)

a) α = 30° b) 30° < α < 45° c) α = 45° d) 45° < α < 60° e) α = 60°

COMENTÁRIO: Para o caimento de 70%, temos:

tgα = 0,7

Como tg 30º = 3 1,73

0,58 3 3

= ≅

e tg 45º = 1, então tg 30º < tg α < tg 45º 30º < α < 45º (α agudo)

49. Um século atrás, as maiores cidades concentra- vam-se nas nações mais ricas. Hoje, quase todas as megalópoles (aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de habitantes) estão localizadas em países em desenvolvimento. O quadro lista alguns valores das populações nas grandes áreas metro-

politanas das dez maiores cidades, em milhões de habitantes, em 2007.

1º Tóquio, Japão 35,7 2º Nova York, EUA 3º Cidade do México, México 4º Mumbai, Índia 5º São Paulo, Brasil 18,8 6º Nova Délhi, Índia 15,9 7º Xangai, China 15 8º Calcutá, Índia 14,8 9º Daca, Bangladesh 13,5 10º Buenos Aires, Argentina 12,8

Sabendo-se que em 2007 Nova York, Cidade do México e Mumbai tinham as populações iguais, e que a média aritmética das populações das cinco maiores megalópoles era igual a 22,3 milhões de pessoas, pode-se concluir que a população de Mumbai, na Índia, era, em 2007, de: a) 18,9 milhões de habitantes. b) 19,0 milhões de habitantes. c) 19,8 milhões de habitantes. d) 20,3 milhões de habitantes. e) 20,7 milhões de habitantes.

COMENTÁRIO: Sendo x a população, em milhões, de cada uma das cidades Nova York, Cidade do México e Mumbai temos:

35,7 x x x 18,8 22,3

5 + + + +

=

3x + 54,5 = 22,3 . 5 ∴ x = 19 Pode-se concluir que a população de Mumbai era de 19 milhões.

50. Em São Paulo, a lentidão no trânsito é medida em quilômetros. Em uma determinada via de alto flu- xo estão sendo realizadas inúmeras obras visando à diminuição dos congestionamentos. Um enge- nheiro do departamento de trânsito prevê que o número de quilômetros de lentidão no trânsito dessa via irá diminuir segundo a lei n(t) = n(0) . 4 t/3 , em que n(0) é o número de quilômetros de lenti- dão no início das obras e n(t) é o número de qui- lômetros de lentidão existentes t anos depois. O tempo necessário para que o número de quilôme- tros de lentidão seja reduzido à metade daquele existente no início das obras será igual a: a) 16 meses. b) 17 meses.

0,7m

1 m

α

Page 26: Simulado Sas Solucao 2dia

26

SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

c) 18 meses. d) 20 meses. e) 24 meses.

COMENTÁRIO:

n(t) = n(0) . 1 2

n(0) . t

1 3 4 n(0).2 −

− = 2t

1 3 2 2

2t 3 1 t 1,5

3 2

− − =

= ∴ = =

A lentidão será reduzida à metade após 1 ano e meio, isto é, 18 meses.

51. Um projeto prevê a revitalização da Av. dos Ban- deirantes, em São Paulo. Serão construídos viadu- tos e passarelas e eliminados semáforos e cruza- mentos, e cada pista será ampliada de 4 para 5 faixas de rolamento, conforme mostra a figura.

Sabe-se que as faixas A, D e E terão larguras iguais, e serão 25cm mais largas que as faixas B e C, que também terão larguras iguais. A largura da faixa B será igual a: a) 3,05m. b) 3,10m. c) 3,15m. d) 3,20m. e) 3,25m.

COMENTÁRIO: Sendo x a largura, em metros, das faixas A, D e E, e y a largura, em metros, das faixas B e C, do enunci- ado, devemos ter:

x y 0,25

3x 2y 16 − =

+ = Resolvendo esse sistema, obtemos x = 3,30 e y = 3,05. Logo, a largura da faixa B será 3,05 metros.

52. Um estudo feito com certo tipo de bactéria detec- tou que, no decorrer de uma infecção, a quanti- dade dessas bactérias no corpo de um paciente varia aproximadamente segundo uma função q(t) que fornece o número de bactérias em milhares por mm 3 de sangue no instante t. O gráfico da função q(t) encontra-se esboçado abaixo. O tem- po é medido em horas, e o instante t = 0 corres- ponde ao momento do contágio.

Com base nessas informações, considere as se- guintes afirmativas: I. A função q(t) é crescente no intervalo [0,48]. II. A quantidade máxima de bactérias é atingida

24 horas após o contágio, aproximadamente. III. 60 horas após o contágio, a quantidade de

bactérias está abaixo de 1.500 por mm 3 .

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. d) Somente a afirmativa I é verdadeira. e) Somente a afirmativa III é verdadeira.

COMENTÁRIO: I. Falso, pois do gráfico, q(t) é crescente em [0,

24] e decrescente para t > 24. II. Verdadeiro, pois, do gráfico, o ponto de maior

ordenada possui abscissa igual a 24. III. Verdadeiro, pois, do gráfico, se t ≥ 48, então

q(t) ≤ 1; logo, para t = 60, certamente q(t) < 1,5. Assim, estão corretas as afirmações II e III. 

q(t) 

24  48  t 

4

Page 27: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 27

53. A tabela abaixo apresenta o cálculo do custo da violência, feito pela Organização Mundial da Saúde.

Custo da violência Estados Unidos 3,3% do PIB Europa 5% do PIB Brasil 10,5% do PIB América Latina 13% do PIB África 14% do PIB

OMS, The economic dimensions of interpersonal violence. jul. 2004

Os custos da violência na América Latina e na Eu- ropa seriam iguais se, e somente se, o PIB da Eu- ropa superasse o PIB da América Latina exatamen- te em: a) 100%. b) 130%. c) 160%. d) 200%. e) 260%.

COMENTÁRIO: Sendo P E e P L , nessa ordem, o PIB da Europa e o da América Latina, temos:

E L

F L

E L

5 13 .P .P

100 100 13

P .P 5

P 2,6.P

=

=

=

Se P E é igual a 260% de P L , então P E supera P L em 160%.

54. A área da superfície da Terra é aproximadamente 510 milhões de km 2 . Um satélite artificial dirige-se aleatoriamente para a Terra. Qual a probabilidade de ele cair numa cidade cuja superfície tem área igual a 102km 2 ? a) 2 . 10 9 d) 2 . 10 6

b) 2 . 10 8 e) 2 . 10 5

c) 2 . 10 7

COMENTÁRIO: A probabilidade P pedida é:

6 6

102 P 0,2 10

510.10 − = = ⋅ , ou seja, P = 2 . 10 7

55. A base metálica de um dos tanques de armaze- namento de látex de uma fábrica de preservativos cedeu, provocando um acidente ambiental. Nesse acidente, vazaram 12 mil litros de látex. Conside- rando a aproximação π = 3 e que 1000 litros cor- respondem a 1m 3 , se utilizássemos vasilhames na forma de um cilindro circular reto de 0,4 m de raio e 1 m de altura, a quantidade de látex derramado daria para encher exatamente quantos vasilha- mes? a) 12 d) 25 b) 20 e) 30 c) 22

COMENTÁRIO: Sendo V: volume de cada vasilhame, em m 3 . n: número pedido de vasilhames. Do enunciado, temos:

n . V = 12.000 1.000

n . π . (0,4) 2 . 1 = 12 n . 3 . 0,16 = 12 ∴ n = 25

56. Na busca de solução para o problema da gravidez na adolescência, uma equipe de orientadores educacionais de uma instituição de ensino pesqui- sou um grupo de adolescentes de uma comunida- de próxima a essa escola e obteve os seguintes dados:

Idade (em anos)

Frequência absoluta de adolescentes grávidas

13 4 14 3 15 2 16 5 17 6

Com base nos textos e em seus conhecimentos, é correto afirmar, em relação às idades das adoles- centes grávidas, que: a) a média é 15 anos. b) a mediana é 15,3 anos. c) a mediana é 16,1 anos. d) a moda é 16 anos. e) a média é 15,3 anos.

COMENTÁRIO:

Média = 13x4 14x3 15x2 16x5 17x6 306 15,3

4 3 2 5 6 20 + + + +

= = + + + +

Page 28: Simulado Sas Solucao 2dia

28

SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

57. Em porcentagem das emissões totais de gases do efeito estufa, o Brasil é o quarto maior poluidor, conforme a tabela a seguir. Classificação País Porcentagem

1º Estados Unidos 15,8 2º China 11,9 4º Brasil 5,4 7º Japão 3,2 9º Malásia 2,1

10º Canadá 1,8

Fonte: Apocalipse já. Veja, São Paulo, n. 1961, p. 83. 26 jun. 2006 (Adaptado)

É correto afirmar que a soma das porcentagens de gases emitidos por Japão e Canadá, em relação à porcentagem do Brasil, é, aproximadamente: a) 92,4%. b) 92,7%. c) 92,3%. d) 92,6%. e) 92,5%.

COMENTÁRIO: Japão = 3,2%

Japão + Canadá = 5% Canadá = 1,8% Brasil = 5,4% Relação: Japão e Canadá / Brasil

5% =92,6%

5,4%

58. O senhor Olavo Pires é dono de uma lanchonete e vende refrigerantes em copos de formato cônico por R$1,50. Já o senhor Oscar A. Melo é dono de uma doceria e vende refrigerantes em copos de formato cilíndrico por R$3,60. Considerando que os dois refrigerantes são da mesma marca e que os dois copos têm a mesma altura e bocas com o mesmo diâmetro, pode-se concluir que o preço do refrigerante na doceria, em relação ao preço do refrigerante na lanchonete, está:

a) 60% mais caro. b) 40% mais caro. c) 14% mais caro. d) 20% mais barato.

e) 25% mais barato.

COMENTÁRIO: Considerando que os dois refrigerantes são da mesma marca e que os dois copos têm a mesma altura e bocas com o mesmo diâmetro, temos:

2 cone

cone cilindro 2

cilindro

1 V r h 1 3 V V

3 V r h

= π ⋅ ⇒ = = π ⋅

Preço do copo cônico de refrigerante: R$1,50. Preço do copo cilíndrico de refrigerante: R$3,60. Para comparar preços é preciso comparar volumes iguais. Portanto, é necessário dividir o volume e o preço do cilindro por 3. Temos: Preço do mesmo volume no copo cilíndrico =

R$3,60 R$1,20

3 =

O refrigerante na doceria do Senhor Oscar A. Melo, servido em copo cilíndrico, é mais barato do que na lanchonete do senhor Olavo Pires, que usa copo cônico. E, ao dividirmos o preço da doceria pelo da lanchonete, percebemos que:

1,20 0,8

1,50 = . Ou seja, o refrigerante na doceria é

20% mais barato do que na lanchonete.

59. As características dos vinhos dependem do grau de maturação das uvas nas parreiras porque as concentrações de diversas substâncias da compo- sição das uvas variam à medida que elas vão ama- durecendo. O gráfico a seguir mostra a variação da concentração de três substâncias presentes em uvas em função do tempo.

O teor alcoólico do vinho deve-se à fermentação dos açucares do suco da uva. Por sua vez, a acidez do vinho produzido é proporcional à concentração dos ácidos tartárico e málico. Considerando-se as diferentes características dese- jadas, as uvas podem ser colhidas:

Page 29: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 29

a) mais cedo, para obtenção de vinhos menos ácidos e menos alcoólicos.

b) mais cedo, para obtenção de vinhos mais ácidos e mais alcoólicos.

c) mais tarde, para obtenção de vinhos mais alcoólicos e menos ácidos.

d) mais cedo e ser fermentadas por mais tempo, para a obtenção de vinhos mais alcoólicos.

e) mais tarde e ser fermentadas por menos tempo, para a obtenção de vinhos menos alcoólicos.

COMENTÁRIO:

Pelo gráfico, com o passar do tempo, as concentra- ções de: açúcares aumentam; ácidos tartárico e málico diminuem. Informação presente no texto: o teor alcoólico deve-se à fermentação dos açúcares . Logo, pode- mos concluir que, quanto maior a concentração de açúcar, maior poderá ser o teor alcoólico. Assim, quanto mais tarde for feita a colheita da uva, vinhos mais alcoólicos e menos ácidos serão obtidos.

60. Um pesquisador, submetendo uma população de moscas a diferentes doses de raios X, observou o seguinte resultado em relação ao número de mu- tações.

Dose de raios X Número de mutações 0 3

20 25 40 38 60 51 80 74

100 82

Qual dos gráficos a seguir representa os resulta- dos observados?

COMENTÁRIO: Note que os valores de x e y são sempre crescen- tes, o único gráfico que atende a essa condição é o de letra c.

61. Assinale a alternativa que apresenta coerência entre as formas das taças e seus respectivos volu- mes em litros:

a) 1 litro 2 litros 3 litros b) 1 litro 2,5 litros 3 litros c) 1 litro 2 litros 4 litros d) 2 litros 3 litros 4 litros e) 2 litros 3 litros 6 litros

COMENTÁRIO: Observe que o teste pede coerência entre as for- mas das taças e seus respectivos volumes. Podemos admitir que a 1ª taça tem a forma de um cone reto de raio da base x e altura x. A 2ª taça tem a forma de uma semiesfera de raio também x e a última, a forma de um cilindro reto de raio da base x e altura x, então:

Page 30: Simulado Sas Solucao 2dia

30

SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

2 3 1 1

3 3

2 2

2 3 3 3

1 1 V x x V x

3 3 4

x 2 3 V V x 2 3

V x x V x

= π ⇒ = π

π = ⇒ = π

= π ⇒ = π

62. A análise do solo de certa região revelou a pre- sença de 37,5 ppm (partes por milhão) de uma substância química. Se a densidade do solo anali- sado é de 1,2 toneladas por metro cúbico, então a quantidade dessa substância, presente em 1 ha do solo, considerando uma camada de 30cm de pro- fundidade é: Dados: 1 tonelada vale 1000kg; 1 ha (hectare) é 10.000m 2

Densidade = massa volume

a) 125kg. b) 135kg. c) 1250kg. d) 1350kg. e) 3750kg.

COMENTÁRIO: Podemos considerar o solo como um paralelepípe- do cuja base mede 1ha (10000m 2 ) e cuja altura me- de 0,3m. Assim, o volume dessa camada é dado por V = 0,3 . 10000 = 3000m 3 . Como a densidade é de 1,2 toneladas/m 3 , temos:

M d M d.V 1,2.3000 3600

V = ⇒ = = = toneladas.

A concentração da substância é de 37,5ppm. Assim, denotando por q a quantidade dessa substância, temos: 37,5 ...................... 10 6 kg q .......................... 3600 . 10 3 kg Logo, temos q = 37,5 . 3600 . 10 3 /10 6 = 135kg.

63. Um gerente de um hotel, após fazer alguns cálculos, chegou à conclusão de que, para atingir a meta de economia elétrica, bastava apagar 2 lâmpadas de um corredor com 8 lâmpadas alinhadas. Para man- ter um mínimo de claridade ao longo do corredor, o gerente determinou que 2 lâmpadas adjacentes não poderiam ficar apagadas ao mesmo tempo, e as 2 lâmpadas das extremidades deveriam perma- necer acesas. Sendo assim, o número de maneiras que este gerente pode apagar 2 lâmpadas é:

a) 24 d) 12 b) 10 e) 6 c) 15

COMENTÁRIO: A P _ P _ _ _ A A → Lâmpada acesa P → Lâmpada apagada Para que duas lâmpadas apagadas não fiquem jun- tas, deve-se escolher 2 posições entre 5 posições disponíveis.

2 5

5! 5x4x3! C 10

3!2! 3!x2x1 = = =

64. Qual dos gráficos a seguir melhor representa o valor do imposto de renda a ser pago em função do rendimento mensal líquido do mês de outubro de 2010, sabendo-se que:

Tabela retirada do Jornal Diário do Nordeste em 29/09/10

Como calcular o Imposto de Renda: sobre o valor do rendi- mento líquido, aplique a alíquota e subtraia a parcela a de- duzir.

Page 31: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 31

COMENTÁRIO: Segundo a tabela, o cálculo do imposto de renda é cobrado em intervalos de alíquotas constantes em relação a determinadas faixas de valores (em R$), entretanto, o imposto é sempre crescente. O gráfi- co que atende a essa condição é o de letra e.

65. Numa operação de salvamento marítimo, foi lançado um foguete sinalizador que permaneceu aceso durante toda a sua trajetória. Considere que a altura h, em metros, alcançada por este foguete, em relação ao nível do mar, é descrita por h = 10 + 5t t 2 , em que t é o tempo, em se- gundos, após seu lançamento. A luz emitida pelo foguete é útil apenas a partir de 14m acima do ní- vel do mar. O intervalo de tempo, em segundos, no qual o foguete emite luz útil é igual a: a) 3 d) 6 b) 4 e) 7 c) 5

COMENTÁRIO:

h = t 2 + 5 . t + 10 t 2 + 5 .t + 10 = 14 t 2 + 5 .t 4 = 0

t = 5 9

t' 1e t" 4 2

− ± ⇒ = =

− Logo, o intervalo será: 4 1 = 3 segundos.

66. Um pesquisador, interessado em estudar uma determinada espécie de cobra, verificou que, numa amostra de trezentas cobras, suas massas M, em gramas, eram proporcionais ao cubo de seus comprimentos L, em metros, ou seja, M = a x L 3

em que a é uma constante positiva. Observe os gráficos abaixo.

Aquele que melhor representa log M em função de log L é o indicado pelo número: a) I d) IV b) II e) V c) III

COMENTÁRIO: M = a . L 3

log M = log(a x L 3 ) log M = log a + 3 . logL

Coeficiente angular

67. No trajeto de um rio, localizou-se um ponto de despejo de esgotos, como na figura:

Medindo-se o teor de oxigênio da água nos pon- tos A, B e C, poderá ser construído um dos gráfi- cos a seguir. Assinale-o.

c)

a) b)

d)

e)

Page 32: Simulado Sas Solucao 2dia

32

SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

a) d)

b) e)

c)

COMENTÁRIO: O ponto A do rio é onde a água estará mais poluí- da, pois é logo após a saída dos esgotos. Ao longo do curso do rio, o nível de O 2 será crescente e, não havendo mais esgoto, tende a ser constante. O gráfico que atende a essa condição é o de letra c.

68. O Sr. Paiva é proprietário de duas papelarias, A e B. Em 2002, o faturamento da unidade A foi 50% supe- rior ao da unidade B. Em 2003, o faturamento de A aumentou 20% em relação ao seu faturamento no ano anterior e o faturamento de B aumentou 10% em relação ao seu faturamento no ano anterior. Podemos afirmar que, em 2003, o faturamento de A em relação ao faturamento de B foi superior em aproximadamente: a) 70% d) 60% b) 68% e) 64% c) 66%

COMENTÁRIO: Sendo f o faturamento da unidade B em 2002, te- mos os faturamentos:

unidade ano

A B

2002 1,5 . f f 2003 1,5 . f . 1,2 f . 1,1

Temos que 1,5 f 1,2

1,64 f 1,1 ⋅ ⋅

= ⋅

Portanto, em 2003, o faturamento de A foi 64% superior ao faturamento de B.

69. Uma urna contém quatro fichas numeradas, sendo: A 1ª com o número 5 A 2ª com o número 10. A 3ª com o número 15. A 4ª com o número 20. Uma ficha é sorteada, tem seu número anotado e é recolocada na urna, em seguida outra ficha é sorteada e anotado seu número. A probabilidade de que a média aritmética dos dois números sorteados esteja entre 6 e 14 é: a) 5/12 d) 7/14 b) 9/16 e) 8/15 c) 6/13

COMENTÁRIO: O número de elementos do espaço amostral é n(E) = 4 . 4 = 16. Para o evento A pedido, sendo x 1 e x 2 os números anotados:

1 2 1 2

x x 6 14 12 x x 28

2 +

< < ∴ < + <

Assim: A = {(5, 10), (5, 15), (5, 20), (10, 5), (10, 10), (10, 15), (15, 5), (15, 10), (20, 5)} ∴ n(A) = 9

Logo: P(A) = 9

16

70. Um supermercado que fica aberto 24 horas por dia faz a contagem do número de clientes na loja a cada 3 horas. Com base nos dados observados, estima-se que o número de clientes possa ser cal- culado pela função trigonométrica

x (x) 900 800sen

12 ⋅ π = −

onde (x) é o número de clientes e x, a hora da ob- servação (x é um número inteiro tal que 0 ≤ x ≤ 24). Utilizando essa função, a estimativa da diferença en- tre o número máximo e o número mínimo de clien- tes dentro do supermercado, em um dia completo, é igual a: a) 600 d) 1500 b) 800 e) 1600 c) 900

Page 33: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 33

COMENTÁRIO: Do enunciado, temos: O valor máximo de f(x) ocorre quando

x sen 1

12 π = − .

f(x) MÁX = 900 800( 1) = 1700

O valor mínimo de f(x) ocorre quando x

sen 1 12

π = .

f(x) MÍN = 900 800(1) = 100 Assim: f(x) MÁX f(x) MÍN = 1700 100 = 1600

71. Precisando contratar serviço de limpeza para car- petes, uma pessoa encontrou duas empresas que prestam o mesmo tipo de serviço e cobram os preços descritos a seguir, sempre baseados na áreas do carpete. Empresa Limpinski: para áreas de até 50m 2 , preço fixo de R$ 70,00; para áreas superiores a 50m 2 , valor fixo de R$ 45,00, acrescido de R$ 0,50 por metro quadrado lavado. Empresa Clean: para áreas de até 40m 2 , preço fixo de R$40,00; para áreas superiores a 40m², R$ 1,00 por metro quadrado lavado. Com base nessas informações, considere as seguintes afirmativas: I. Para lavar 80m 2 de carpete, a empresa Clean

cobra R$ 120,00. II. É a empresa Clean que oferece o menor preço

para lavar menos de 70m² de carpete. III. Para lavar entre 80m 2 e 100m 2 de carpete, a

opção mais barata é sempre a empresa Limpinski. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. d) Somente a afirmativa I é verdadeira. e) Somente a afirmativa II é verdadeira.

COMENTÁRIO: Sendo x a quantidade de m 2 lavados, L(x) a função custo da empresa Limpinski e C(x) a função custo da empresa Clean, do enunciado, temos:

70, se x 50 L(x)

45 0,5 x, se x 50 ≤

= + ⋅ >

40, se x 40 C(x)

x, se x 40 ≤

= > O gráfico de L(x) e C(x) pode ser representado co- mo segue:

I. Falso, pois se x = 80, então C(x) = 80. II. Verdadeiro, pois se x < 70, então C(x) < L(x). III. Falso, pois 80 < x ≤ 90, temos C(x) ≤ L(x), mas

90 < x < 100, temos C(x) > L(x).

72. Um comerciante comprou um produto com 25% de desconto sobre o preço do catálogo. Ele dese- ja marcar o preço de venda de modo que, dando um desconto de 25% sobre esse preço, ainda con- siga um lucro de 30% sobre o custo. A porcenta- gem sobre o preço do catálogo que ele deve usar para marcar o preço de venda é: a) 110%. d) 135%. b) 120%. e) 140%. c) 130%.

COMENTÁRIO: Sendo c o preço de catálogo, o preço de custo é (1 0,25)c = 0,75c. Além disso, sendo v o preço de venda, o comerciante quer vender o produto por (1 0,25) . v = 0,75v e obter lucro de 30% sobre o preço de custo. Assim, 0,75v = (1 + 0,3) . 0,75c ⇔ v = 1,3c, ou seja, a porcentagem sobre o preço de catálago que ele deve usar para marcar o preço de venda é 130%.

73. Uma forma experimental de insulina está sendo injetada a cada 6 horas em um paciente com dia- betes. O organismo usa ou elimina, a cada 6 ho- ras, 50% da droga presente no corpo. O gráfico que melhor representa a quantidade Y da droga no organismo como função do tempo t, em um período de 24 horas, é:

Page 34: Simulado Sas Solucao 2dia

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SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

COMENTÁRIO: No instante t = 0, o paciente recebe a quantidade Y da droga e 50% dela será usada ou eliminada até o instante t = 6h. Nesse intervalo, a quantidade da droga no corpo é decrescente. Quando t = 6h, o paciente recebe mais uma dose Y,

ficando então com Y 3Y

Y 2 2

+ = de insulina no cor-

po, da qual 50% será usada ou eliminada, e assim sucessivamente. Note que em momento algum a quantidade de droga no organismo chega ao fim. O gráfico que melhor representa a situação descrita é o da alternativa E.

74. Em uma lanchonete, o custo de 3 sanduíches, 7 refrigerantes e uma torta de maçã é R$22,50. Com 4 sanduíches, 10 refrigerantes e uma torta de ma- çã, o custo vai para R$30,50. O custo de um san- duíche, um refrigerante e uma torta de maçã, em reais, é: a) 7,00. d) 5,50. b) 6,50. e) 5,00. c) 6,00.

COMENTÁRIO: Sejam x, y e z os custos unitários, respectivamente, do sanduíche, do refrigerante e da torta de maçã. Assim:

3x 7y z 22,5 3x 7y z 22,5 (I)

4x 10y z 30,5 x 3y 8 (II) + + = + + =

⇔ + + = + =

De (I) 2 . (II) temos x + y + z = 6,5. Logo o custo de um sanduíche, um refrigerante e uma torta de maçã é R$6,50.

75. Quando estava viajando pelo Chile, Jorge, por não ter uma calculadora disponível, tinha dificuldade em fazer a conversão dos preços, dados em pesos chile- nos, para o valor correspondente em reais. À época, a cotação era de 196,50 pesos para cada real. Assi- nale, entre as seguintes alternativas, aquela que apresenta a regra que Jorge deveria utilizar para efetuar essa conversão com o MENOR erro. a) Dividir o preço em pesos por 2 e, no valor

obtido, mover a vírgula duas casas decimais para a esquerda.

b) Dividir o preço em pesos por 5 e, no valor obtido, mover a vírgula duas casas decimais para a es- querda.

c) Multiplicar o preço em pesos por 2 e, no valor obtido, mover a vírgula duas casas decimais para a esquerda.

d) Multiplicar o preço em pesos por 5 e, no valor obtido, mover a vírgula duas casas decimais para a esquerda.

e) Multiplicar o preço em pesos por 5 e, no valor obtido, mover a vírgula duas casas decimais para a direita.

COMENTÁRIO: Vamos supor que um objeto custe exatamente 196,50 pesos, o que corresponde a 1 real. a) 196,50 : 2 = 98,25. Valor = 0,9825 real. b) 196,50 : 5 = 39,30. Valor = 0,393 real. c) 196,50 x 2 = 393,00. Valor = 3,93 reais. d) 196,50 x 5 = 982,50. Valor = 9,825 reais. e) 196,50 x 5 = 982,50. Valor = 98250 reais.

76. Por razões antropológicas desconhecidas, certa comunidade utilizava uma unidade de área singu- lar, que consistia em um círculo, cujo raio media 1cm, e a que se dava o nome de anelar. Adotando-se essa unidade, é correto afirmar que a área de um quadrado, cujo lado mede 1cm, é:

a) 1 π

anelar. d) π anelares.

b) 1

2π anelares. e) 2π anelares.

c) 1 anelar.

COMENTÁRIO: Área do círculo: A = π . r 2 = π . 1 2 = πcm 2 (corres- pondente a 1 anelar). Área do quadrado: A q = 1 2 = 1cm 2 .

q q

A 1 1 1 A A

A = → = =

π π π anelar.

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Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 35

77. Para que fosse feito um levantamento sobre o número de infrações de trânsito, foram escolhidos 50 motoristas. O número de infrações cometidas por esses motoristas, nos últimos cinco anos, pro- duziu a seguinte tabela:

Número de infrações

Número de motoristas

De 1 a 3 7 De 4 a 6 10 De 7 a 9 15 De 10 a 12 13 Maior ou igual a 16 50

Pode-se então afirmar que a média do número de infrações, por motorista, nos últimos cinco anos, para esse grupo, está entre: a) 6,9 e 9,0. d) 7,8 e 9,9. b) 7,2 e 9,3. e) 8,1 e 10,2. c) 7,5 e 9,6.

COMENTÁRIO:

QUESTÃO ANULADA

78. Um pátio de grandes dimensões vai ser revestido por pastilhas quadradas brancas e pretas, segun- do um padrão de que: para cada 100 pastilhas co- locadas, 80 são brancas e, portanto, 20 são pretas. O padrão vai ser repetido em toda a extensão do pátio. As pastilhas de cor branca custam R$ 8,00 por me- tro quadrado e as de cor preta, R$10,00. O custo por metro quadrado do revestimento será de: a) R$ 8,20. d) R$ 8,80. b) R$ 8,40. e) R$ 9,00. c) R$ 8,60.

COMENTÁRIO: Sabemos que, para cada 100 pastilhas, temos 20 pastilhas pretas e 80 pastilhas brancas. Assim, a razão entre o número de pastilhas pretas e o núme- ro de pastilhas brancas é 20 : 80, ou 1 : 4. Logo, o custo por metro quadrado revestido será:

1 10 4 8 8,40

5 ⋅ + ⋅

= reais.

79. Para fazer traduções de textos para o inglês, um tradutor A cobra um valor inicial de R$16,00 mais R$0,78 por linha traduzida e um outro tradutor, B, cobra um valor inicial de R$28,00 mais R$0,48 por li- nha traduzida. A quantidade mínima de linhas de um texto a ser traduzido para o inglês, de modo que o custo seja menor se for realizado pelo tradutor B, é:

a) 16. d) 48. b) 28. e) 78. c) 41.

COMENTÁRIO: Seja x o número de páginas traduzidas. Temos: para A, f(x) = 16 + 0,78x; para B, g(x) = 28 + 0,48x. 28 + 0,48x < 16 + 0,78x 0,48x 0,78x < 16 28 0,3x < 12 x > 40. Portanto, a quantidade mínima é de 41 páginas.

80. Uma ONG decidiu preparar sacolas, contendo 4 itens distintos cada, para distribuir entre a população ca- rente. Esses 4 itens devem ser escolhidos entre 8 ti- pos de produtos de limpeza e 5 tipos de alimentos não perecíveis. Em cada sacola, deve haver pelo me- nos um item que seja alimento não perecível e pelo menos um item que seja produto de limpeza. Quan- tos tipos de sacolas distintas podem ser feitos? a) 360 d) 600 b) 420 e) 640 c) 540

COMENTÁRIO: O número total de tipos de sacolas distintas, cada uma com 4 itens, que podem ser feitos com 8 pro- dutos de limpeza e 5 produtos alimentícios, é:

13,4 13 12 11 10

C 715 4 3 2 1 ⋅ ⋅ ⋅

= = ⋅ ⋅ ⋅

O número total de tipos de sacolas distintas, com 4 itens de limpeza, escolhidos entre os 8 disponíveis, é:

8,4 8 7 6 5

C 70 4 3 2 1

⋅ ⋅ ⋅ = =

⋅ ⋅ ⋅ O número total de tipos de sacolas distintas, com 4 itens de alimentação, escolhidos entre os 5 disponí- veis, é C 5,4 = 5

5,4 5 4 3 2

C 5 4 3 2 1

⋅ ⋅ ⋅ = =

⋅ ⋅ ⋅ O número total de tipos de sacolas distintas com, pelo menos, um item de limpeza e um de alimenta- ção é 715 70 5 = 640.

81. O Sr. Reginaldo tem dois filhos, nascidos respecti- vamente em 1/1/2000 e 1/1/2004. Em testamento, ele estipulou que sua fortuna deve ser dividida en- tre os dois filhos, de tal forma que: (1) os valores sejam proporcionais às idades;

Page 36: Simulado Sas Solucao 2dia

36

SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

(2) o filho mais novo receba, pelo menos, 75% do valor que o mais velho receber.

O primeiro dia no qual o testamento poderá ser cumprido é: a) 1/1/2013. d) 1/1/2016. b) 1/1/2014. e) 1/1/2017. c) 1/1/2015.

COMENTÁRIO: Se os nascimentos ocorreram em 1/1/2000 e 1/1/2004, então as idades dessas pessoas serão x + 4 e x anos, respectivamente. Nas condições do problema, se a e b forem as par- celas a ser herdadas, então,

a b bx a

x x 4 x 4 = → =

+ + Se a corresponde a, pelo menos, 75% b (3/4 de b),

então, bx 3b

x 4 4 ≥

+ → 4x ≥ 3x + 12 → x ≥ 12 e x + 4 ≥ 16.

Logo, a divisão deverá ser feita a partir de 1/1/2016.

82. O valor presente, V p , de uma parcela de um finan- ciamento, a ser paga daqui a n meses, é dado pe- la fórmula a seguir, em que r é o percentual men- sal de juros (0 ≤ r ≤ 100) e p é o valor da parcela.

p n p

V r

1 100

= +

Suponha que uma mercadoria seja vendida em duas parcelas iguais de R$200,00, uma a ser paga à vista, e outra a ser paga em 30 dias (ou seja, 1 mês). O va- lor presente da mercadoria, V p , supondo uma taxa de juros de 1% ao mês é, aproximadamente: a) R$396,05. d) R$398,02. b) R$394,07. e) R$400,00. c) R$594,07.

COMENTÁRIO:

Temos: p n p

V r

1 100

= +

Para a primeira parcela: p1 0 200

V 200 1

1 100

= = +

Para a segunda parcela: p2 1 200

V 198,2 1

1 100

= ≅ +

Logo, o valor presente da mercadoria é dado por V p ≈ 200 + 198,02 ≈ 398,02.

83. A arte de mosaico teve seu início aproximadamente em 3.500 a.C. e seu apogeu no século VI d.C., du- rante o Império Bizantino. O mosaico consiste na formação de uma figura com pequenas peças (pe- dras, vidros etc.) colocadas sobre o cimento fresco de uma parede ou de um piso. No Brasil, o mosaico foi utilizado, entre outros, por Cândido Portinari, Di Cavalcanti e Tomie Ohtake em diversas obras. Ele ainda é utilizado, principalmente na construção civil em imensos painéis, na decoração de piscinas e em pisos e paredes dos mais diversos ambientes.

Admirador dessa arte, um famoso milionário con- tratou um renomado artista para decorar o piso de sua casa de campo com mosaicos. Inspirado nos trabalhos de Escher, o artista decidiu construir o mosaico colorindo os números do triângulo de Pascal (veja as figuras a seguir) que são múltiplos de dois. O triângulo de Pascal é constituído pelos

termos binomiais n,p n n!

C . p p!(n p)!

= = −

Completando o triângulo de Pascal acima e colo- rindo os múltiplos de 2, obtém-se a figura ideali- zada pelo artista, representada na alternativa

Page 37: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 37

a) d)

b) e)

c)

COMENTÁRIO:

Desenvolvendo os binomiais, conforme modelo sugerido na questão, encontramos a construção acima. Letra E.

84. Uma artesã confecciona dois diferentes tipos de vela ornamental a partir de moldes feitos com car- tões de papel retangulares de 20cm x 10cm (con- forme ilustram as figuras abaixo). Unindo dois la- dos opostos do cartão, de duas maneiras, a artesã forma cilindros e, em seguida, os preenche com- pletamente com parafina.

Supondo-se que o custo da vela seja diretamente proporcional ao volume de parafina empregado, o custo da vela do tipo I, em relação ao custo da ve- la do tipo II, será a) o triplo. d) a metade. b) o dobro. e) a terça parte. c) igual.

COMENTÁRIO: Se R 1 e R 2 forem os raios dos cilindros tipo I e tipo II, respectivamente, e V 1 e V 2 os respectivos volu- mes, então:

1) 2π R 1 = 20 ⇒ 1 1 20 10

R R 2

= ⇒ = π π

2) 2π R 2 = 10 ⇒ 2 2 10 5

R R 2

= ⇒ = π π

3) 2

1 1 10 1000

V . .10 V = π ⇒ = π π

4) 2

2 2 5 500

V . .20 V = π ⇒ = π π 5) V 1 é o dobro de V 2 .

85. Eduardo tem de tomar 100 mg de um medicamento para controlar a sua pressão arterial. O gráfico se- guinte indica a quantidade inicial de medicamento e a quantidade que permanece ativa no sangue de Eduardo depois de um, dois, três e quatro dias.

Page 38: Simulado Sas Solucao 2dia

38

SIMULADO ESTILO ENEM

OSG 6659/10

Que quantidade de medicamento permanece ati- va no fim do quarto dia? a) 3 mg d) 15 mg b) 10 mg e) 18 mg c) 12 mg

COMENTÁRIO: Pela leitura do gráfico, alternativa a.

86. Pitágoras estabeleceu a seguinte relação entre as sete notas musicais e números racionais:

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ

1 8 9

6481

3 4

2 3

1627

128 243

1 2

Para encontrarmos o número 1627

relativo à nota LÁ,

multiplicamos 2 3

(o correspondente da nota SOL)

por 8 9

. Assim, para obtermos 3 4

(relativo à nota FÁ),

devemos multiplicar 6481

(da nota MI) por:

a) 8 9

d) 256 243

b) 9 8

e) 192 324

c) 243 256

COMENTÁRIO:

64 3 x

81 4 ⋅ =

4 . 64 . x = 3 . 81 256x = 243

243 x

256 =

87. Devido à epidemia de gripe do último inverno, fo- ram suspensos alguns concertos em lugares fecha- dos. Uma alternativa foi realizar espetáculos em lu- gares abertos, como parques ou praças. Para uma apresentação, precisou-se compor uma plateia com oito filas, de tal forma que, na primeira fila, houvesse 10 cadeiras; na segunda, 14 cadeiras; na terceira, 18 cadeiras; e assim por diante. O total de cadeiras foi: a) 384. d) 92. b) 192. e) 80. c) 168.

COMENTÁRIO:

A questão apresenta uma progressão aritmética, da qual queremos determinar a soma dos oito primei- ros termos: (10, 14, 18, 22, 26, 30, 34, 38)

1 n n

8

8

n (a a ) S

2 8 (10 38)

S 2

S 192

⋅ + =

⋅ + =

=

88. Uma melodia é uma sequência de notas musicais. Para compor um trecho de três notas musicais sem repeti-las, um músico pode utilizar as sete no- tas que existem na escala musical. O número de melodias diferentes possíveis de serem escritas é: a) 3 d) 210 b) 21 e) 5040 c) 35

COMENTÁRIO: A 7,3 = 7 . 6 . 5 = 210 melodias diferentes.

INSTRUÇÃO: Resolver a questão 89 com base nas informações a seguir.

Após quase meio ano em construção nas oficinas do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, a réplica em escala 1:3 do barco Beagle, usado por Darwin em suas expedições, foi transportada através do campus da Universidade para a área do Museu. O modelo é um dos pontos altos da exposição inaugurada no dia 24 de março, que ficará aberta ao público até dezem- bro de 2009.

89. Podemos estabelecer uma regra para determinar as medidas do navio original (y), conhecendo as dimensões da réplica (x). Essa regra será:

a) y = x 3 d) y = x 3

Page 39: Simulado Sas Solucao 2dia

Nº de R.A. REGISTRO ACADÊMICO

OSG 6659/10 39

b) y = x + 3 e) y = 3x c) y = x 3

COMENTÁRIO: Se a réplica está em escala 1 : 3, sabemos que cada unidade de medida da réplica corresponde a 3 uni- dades de medida do navio original. Sendo x as dimensões da réplica e y as originais, temos a relação y = 3x.

INSTRUÇÃO: Responder à questão 90 com base nas informações a seguir. Contando com uma roda de alimentos, é possível a elaboração de dietas com as mais variadas finalidades, pois as funções e fontes de cada nutriente são visualiza- das através da classificação apresentada nos gráficos.

Uma dieta elaborada requer 154 unidades de gordura, 148 unidades de proteínas e 253 unidades de car- boidratos para a refeição principal e são três os ali- mentos com os quais pode-se montar essa refeição, conforme o quadro a seguir:

90. Considere x, y e z o número de porções que a pessoa consome dos alimentos I, II e III, respecti- vamente, em sua refeição principal. O sistema linear em x, y e z, cuja solução diz quantas por- ções de cada alimento devem ser consumidas pela

pessoa para atender à dieta, considerando apenas a refeição principal, é:

a)

5x 3y 4z 154

3x 7y 2z 148

4x 5y 9z 253

+ + = + + = + + =

d)

5x 3y 4z 0

3x 7y 5z 0

4x 2y 9z 0

+ + = + + = + + =

b)

5x 3y 4z 154

3x 7y 5z 148

4x 2y 9z 253

+ + = + + = + + =

e)

5x 3y 4z 148

3x 7y 5z 253

4x 2y 9z 154

+ + = + + = + + =

c)

5x 3y 4z 0

3x 7y 2z 0

4x 5y 9z 0

+ + = + + = + + =

COMENTÁRIO: Como a dieta requer 154 unidades de gordura, 148 de proteína e 253 de carboidratos, temos que X porções do alimento I, Y porções do alimento II e Z porções de III devem suprir essas quantidades. Como consta no quadro de unidades de nutrientes dos alimentos I, II e III, as quantidades de gordura, proteína e carboidrato encontradas em cada um deles, respectivamente, são: alimento I: 5, 3 e 4. alimento II: 3, 7 e 5. alimento III: 4, 2 e 9. Sendo assim, montamos o sistema:

5x 3y 4z 154

3x 7y 2z 148

4x 5y 9z 253

+ + = + + = + + =